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COMPLITAS

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Projeto graficoMaria Regina Balieiro (capat aberturas)Aparecido Sart6rio (diagramac;ao)

Composi~iio/ acetatosARTESTILO - Compositora Grafica Ltda.

FotolitosPOLICOLOR esludio de reprodUl;5es graficas ltda.

Impressiio / acabamentoIMPRESS, Cia. Brasileira de Impressao e Propaganda

Direitos ReservadosNenhuma parte pode ser duplicada ou reproduzida

sem expressa autorizaqao do Editor

~li'j[~1S a r vi e r E d i t or s d e L i v r o! M e d ic o s l t da

Ru a D r. Amanc io de C8 fValf1o n. 459

CaixaPostal12.92 7 F one 5713439

04092 SaoPaulo Brasil

Tamaki, Tadachi, 1923-

Tl54d Dentaduras completss /  Tadachi Tamaki.

4.ed. 4. ed. rev. e ample -- Sao Paulo: SARVIER,

19 83.

CDD-617.692NLM-IIU 530

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A SUNAO,

minha  de di c a da e sposa 

ARMANDO e NELY,

meus queridos f  il hos .

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Apresenta~io d a 4 .8 Edi~io

Nesta 4." Edi9ao, fizemos uma revisao completa do texto, com

intuito de r eparar as falhas das edi90es e reimpressoes anteriores

e dar um tratamento mais homogeneo a cada fase do trabalho.

Portanto, nesta edi9ao, varios capitulos foram ampliados e acres-

cidos com descri90es pormenorizadas de varias tecnicas e ilustra-

90es correspondentes. Por outro lado, procuramos apresentar a parte

tecnica, clinica ou laboratorial, de maneira mais clara e mais objetiva.

Queremos externar os nossos sinceros agradecimentos a Ora.

Sunao Taga Tamaki, Professor Adjunto da Oisciplina de Protese Total

da FOUSP, pelo inestimavel auxilio prestado na r evisao do t exto e

pelas sugestoes valiosas apresentadas para a amplia9ao dos capitulos

citados.

Nao poderiamos deixar de consignar, tambem, os nossos sinceros

agradecimentos aos componentes da Editora Sarvier, pelo carinho

que tem dispensado a este Iivro.

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Explica~ao d a ta Edi~ao

o objetivo principal deste livro e dar uma orientac;;ao aos estu-dantes de Odontologia, iniciando-os, pois, na disciplina de Pr6tese

Total.

A grande aceitac;;ao dos nossos trabalhos anteriores sobre 0

assunto, em forma de apostilas, nao s6 pelos discentes senao tambem

pelos profissionais, estimulou-nos a concretizar a presente publicaC;;ao.

Aqui, tentamos analisar da maneira mais simples possivel, assun-

tos complexos como 0 problema das leis de articulac;;ao, os movi-

mentos mandibulares, relac;;6es maxilomandibulares e outros.

Alern disso, base ado em conquistas cientificas modernas, pro·

curamos atualizar conceitos e tecnicas vigentes.

Consignamos aqui os nossos melhores agradecimentos a todos

quantos cooperaram para a feitura desta monografia. Particularmente,

devemos salientar os nomes dos senhores: Prof. Dr. Luiz Ferreira

Martins, dinamico Diretor da Faculdade de Odontologia de Bauru, pelo

apoio que nos tem proporcionado, Prof. Dr. Paulo de Toledo Artigas,

ex-Diretor e fundador da mesma Faculdade, Dr. Paulo Jose de Sousa,

do Instituto de Cultura Brasileira e da Faculdade de Odontologia da

Paraiba, pela revisao do vernacu!o, e Srta. Joinvile Zanatta, Secretaria

do Departamento de Pr6tese Dentaria da FOB, pela datilografia dos

originais.

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Explica~ao d a 2 .8 Edi~ao

As minhas primeiras palavras na publica<;80 desta 2." Edi<;80 de

Dentaduras Completas sao de agradecimentos aos Colegas das Fa-

culdades de Odontologia do Pais que adotaram 0 nosso livro nas

suas Disciplinas e aos Colegas profissionais que me tem escrito

de maneira carinhosa e animadora, fazendo esgotar a 1." Edi<;ao em

curto tempo.

o objetivo principal deste livro ainda e de orientar os alunos

da Disciplina de Pr6tese Total. Por isso, tenho 0 firme prop6sito de

em cada edi<;ao procurar corrigi-Io e atualiza-Io. Na presente Edi<;ao,alem da corre<;80 e atualiza<;ao, foram acrescidos os capitulos XVIII,

XIX, XX e XXI, referentes a Dentaduras Imediatas - para ampliar

o conhecimento tecnico dos alunos.

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Expl ica~ao d a 3 .8 Ed i~ao

As minhas primeiras palavras na publica<;:8o desta 3." Edi<;:80 deDentaduras Completas continuam sendo de agradecimento aos Cole-

gas das Faculdades, aos Professores e aos Alunos que tem dado

preferencia a este despretensioso livro didatico. fazendo esgotar a

2." Edi<;:80 em breve tempo.

Nesta edi<;:ao, foram acrescidos dois itens: ajustes do articula-

dor TT e ajustes de oclusao e de articula<;ao em Pr6tese Total. Foi

tambem realizada uma revisao geral no senti do de atualiza<;:ao

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i nd i c e

CAP[TULO 1

ANATOMIA PROTETICA 1

Anatomia protetica do maxilar superior. . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

Anatomia protetica da mandibula 5

Cavidade bucal 7

Lingua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

EXAME DA BOCA PARA DENTADURAS COMPLETAS 9

Exame da boca 9

Exame clfnico 10

Boca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

Bochecha .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

Area chapeavel 11

Relac;:ao intermaxilar 12

Lingua 13

Exame radiogratico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

Exame do modelo de estudo 13Exames dos fatores biol6gicos 14

Fator biol6gico geral 14

Estado de saude . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

Idade 14

Estado psiquico 14

Movimentos mandibulares 15

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Articula<;:ao temporomandibular 15

Vicios 15

Fator biol6gico local 15

Indica<;:ao e contra-indica<;:ao , ,.. 15

Progn6stico 16

CONSIDERACOES GERAIS SOBRE DENTADURAS COMPLETAS 17

Defini<;:ao de pr6tese dentaria .".................. 17

Defini<;:ao de dentadura 17

Requisitos de uma dentadura .. , , '...... 18

Requisito mastigat6rio ,." .. ' .. ,....... 18

Requisito estetico , , .. ,., ... , .. ,...... 19

Requisito fonetico ., , " \  .. , . . . . . . . . . . . 20

Requisito de comodidade 20Fatores que influem no exito do trabalho 21

L1MITES GERAIS DA AREA CHAPEAVEL .... ,............... 23

Delimita<;:ao da area chapeavel da maxila 23

Zonas da area chapeavel 24

Zona de suporte principal 24

Zona de suporte secundario :..... 25

Zona do selado periferico . . . . . . . . . . . . . . . . . 26Zona do selado posterior . . . . . . . . . . . 26

Zona de alivio . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

Delimita<;:ao da area chapeavel da mandibula 27

Zonas da area chapeavel 28

Zona de suporte principal 28

Zona de suporte secundario . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

Zona do selado periferico , , . 28

Zona do selado posterior 29

Zona de alivio ,..... . . . . . . . . . . . . . . 29

Musculos que influem na estabilidade da dentadura inferior 29

MEIOS DE RETENCAO DAS DENTADURAS C OMPLETAS 31

Adesao ,.................................. 31

Coesao ,... 32

Tensao superficial 33

Pressao atmosterica . . . . . . . . . . . 33

CAPfTULO 6

INTRODUCAO AO ESTUDO DAS MOLDAGENS 37

Conceito de moldagem 37

Defini<;:oes de moldagens ,....... 38

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Moldeiras em geral 39

Tipos de moldeiras 39

Material de moldagem 41

Materiais de moldagens quanto a finalidade 41

Materiais de moldagens quanta as propriedadesfisicas 41

Materiais de moldagens quanta ao aspecto clfnico 42

Requisitos exigidos do material de moldagem 43

Tempo de trabalho 43

Grau de plasticidade 43

Altera<;ao dimensional e morfol6gica 44

Resistencia a fratura 44

Inocuidade aos tecidos bucais 44

MOLDAGEM ANATOMICA 45

Moldagem anatomica da maxila 45

Materiais necessarios 45

Posi<;ao do paciente 45

Sele<;ao da moldeira 45

Prepara<;ao do material 48

Tecnica de moldagem 49

Exame do molde 52

Defeitos do mol de 52Corre<;ao do molde ......•.................... 53

Moldagem anatomica da mandibula 53

Materiais necessarios 53

Posi<;ao do paciente 54

Sele<;ao da moldeira 54

Preparo do material 55

Tecnica de moldagem 56

Exame do mol de 58

Acidentes que pod em ocorrer na moldagem 59

MODELOS E MOLDEIRAS INDIVIDUAlS 61

Tipos de modelos 61

Modelo de arquivo 61

Modelo de estudo 62

Modelo anatomico 62

Modelo funcional 62

Confec<;oes dos modelos 63

Materiais necessarios 63

Tecnica de confec<;ao 63Desenho da area chapeavel 64

Confec<;ao da moldeira individual 65

Materiais necessarios 65

Tecnica de confec<;ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65

A juste clfnico da moldeira individual 67

Materiais necessarios 67

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Tecnica de ajuste da moldeira individual superior 67

Ajuste clfnico da moldeira individual inferior .. 69

CAPiTULO 9

REQUISITOS FiSICOS E FUNCIONAIS DAS DENTADURAS 71

Base da dentadura 71

Extensao 72

Selado periferico 72

Recorte muscular 72

Compressao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73

Alfvio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73

Fidelidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73

Dentes artificiais 74

Arco dental ,. 74

CAPiTULO 10

MOlDAGEM FUNCIONAl ,.... 77

MOlDAGEM FUNCIONAl COM BOCA ABERTA 78

MOlDAGEM COM COMPRESSAO 78

Moldagem funcional da maxila 78

Material e Instrumental 78

Posil;ao do paciente e do operador .. . . . . . . . . . . . . 78

Preparo do material de moldagem '. . . . . . 78Tecnica de moldagem 79

Introdul;ao da moldeira 80

Moldagem do rebordo alveolar e do palato 80

Moldagem do fecho periferico 81

Testes de estabilidade e retenl;ao 83

Teste de estabilidade 83

Teste de retenl;ao horizontal 83

Teste de retenl;ao vertical 84

Teste de retenl;ao lateral 84

Moldagem complementar do selado posterior 84

MOlDAGEM COM COMPRESSAO 85

Moldagem funcional da mandibula 85

Material e Instrumental ...............•....... 85

Posil;ao do paciente 86

Preparo do material 86

Tecnica de moldagem 86

Moldagem do corpo da mandibula 87

Moldagem do fecho periferico vestibular 87

Moldagem do fecho periferico lingual 89

Testes de retenl;ao e estabilidade 91

Teste de reten<;ao vertical 91Teste· de retenl;ao horizontal 91

Teste de estabilidade 92

Moldagem complementar 92

Indical;oes da tecnica de moldagem com compressao 93

MOlDAGEM SEM COMPRESSAO , 93

Moldagem funcional da maxila ,... 93

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Material e Instrumental 93

Posi<;:6es do paciente e do operador '. . . . . . . . 94

Preparo do material 94

Tecnica de moldagem , ,.......... 94

Exame do molde 96MOLDAGEM SEM COMPRESS)\O 96

Moldagem funcional da mandibula 96

Material e Instrumental 96

Posi<;:6es do paciente e do profissional 97

Preparo do material 97

Tecnica de moldagem 97

Indica<;:6es da moldagem sem compressao 98

Moldagem mista ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98

Indica<;:6es de moldagem mista 99

MOLDAGEM FUNCIONAL COM BOCA FECHADA 99Moldagem pel a a<;:aodos labios e bochechas 99

Tecnica de moldagem 100

Moldagem funcional por suc<;:ao e degluti<;:ao 100

CAPITULO 11

RELAc;OES INTERMAXILARES EM DESDENTADOS COMPLETOS 103

Dimensao vertical 103

Defini<;:ao .. 103

Espa<;:o funcional livre (EFL) 105

Imutabilidade da dimensao vertical de repouso 105

Determina<;:ao da dimensao vertical (DV) 107

Metodos de Boos 107

Metodo de degluti<;:ao 107

Tecnica da mascara facial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 108

Tecnica de Willis 108

Metodo fotogrMico 108

Metodo de Sears 108

Metodo de Turner e Fox . . . . . . . . . . . . . . . 108

Metodo de Gerson Martins 109

Metodo de Brodie e Thompson 109

Metodo fonetico 109

Tecnica de determina<;:ao da DVO. 109

Plano-de-orienta<;:ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 110

Base-de-prova . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 110

Confec<;:ao da base-de-prova 110

Material e Instrumental 110

Tecnica de confec<;:ao 111

Plano-de-cera 111

Confec<;:ao dos planos-de-cera 112

Material e Instrumental 112

Tecnica de confec<;:ao do plano-de-cera superior 112

Determina<;:ao da dimensao vertical de oclusao .. 114

Tecnica de confec<;:ao do plano-de-cera interior 114

Curva de compensa<;:ao 115

Tecnicas de obten<;:ao da curva de compensa<;:ao .. 115

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I t i d d 116

Determinagao da curva de compensagao pela tecnica de

Paterson 117

Material e Instrumental 117

Preparo dos planos-de-cera 118

Desgaste de Paterson 118

Relagao central . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . .. 119

Conceito 119

Definigao 120

Tecnicas de determinagao de relagao central 120

Metodos mecanicos . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 120

Metodos fisiol6gicos 120

Metodos mecanicos . . . . . . . 120

Metodo extra-oral com uma pua 120

Registro de RC pelo arco g6tico - extra-oral 121

Metodo extra-oral com duas puas 121

Metodo extra-oral: com pressao equilibrada .. 122Metodos intra-orais 122

Metodo intra-oral com pua central 122

Registro da RC pelo arco g6tieo - intra-oral 122

Metodo intra-oral com puas perifericas 123

Outros metodos mecanicos 123

Metodos fisiol6gicos 123

Metodo de deglutigao 124

Metodo de contragao dos museulos temporais 124

Metodo de levantamento da Ifngua 124

Oclusao central 124

Conce ita :.. 124

Definigao . .. 124

Determinagao da oclusao central 124

Metodo de repouso da mandibula 125

Metodo de mordida 125

Determinagao das posigoes de RC de oclusao - tecnica

extra-ora I -. .. 125

Material e Instrumental 125

Fixagao da plataforma 125

Fixagao da pua \ ................ 126

Tragado do area g6tico 126Posigao de relagao central e de OClUS80 127

Imobilizag8o dos planos-de-cera 127

Relagao entre a oelusao central e a relagao central 127

CAPiTULO 12

ESTUDOS DOS MOVIMENTOS MANDIBUlARES 131

Movimento de abertura 13.1

Movimento de translagao 132

Movimento de rotag8o 132Movimento de transrotag8o 133

'Movimento de lateralidade 134

Movimento de transrotagao 134

Movimento de rotagao 134

Movimento de translagao 135

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Movimento de protrusao 135

Movi mento de retrusao 135

TEORIAS SaBRE A ROTACAO DA MANDIBUlA 135

Teoria do centro instantaneo de rota<;:ao 135

Teoria eliptica 136Teoria esferica 136

Teoria gnatol6gica (Unico eixo) 136

Teoria de Ackermann (dais eixos) 137

Teoria transogratica 138

Teoria de Hall ou conica 138

Teoria biaxial de Hjorty e Moss 139

leis de Gysi sobre os movimentos mandibulares 139

leis de articulac;:ao de Hanau 140

CAPiTULO 13

ARTICUlADORES E ARCOS FACIAlS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 143

Defini<;:ao 143

Hist6rico , , . , . , , , 143

Partes componentes de um articulador 144

Classifica<;:ao dos articuladores 144

Classifica<;:ao quanta ao dispositivo de rota<;:ao .. 145

Classificac;:oes quanta a adaptabilidade da distancia

intercondilar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 146

Classificac;:ao de Weinberg, . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 148

Arco facial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 148

Montagem dos rnodelos no articulador . . . . . . .. 150

Articulador anatornico arbitrario 150

Articulador parcialrnente ajustavel 151

Tecnicas de deterrninac;ao da inclinac;:ao da cavidade

glen6ide . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . .. 151

Tecnica de Walker. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 151

Tecnica de Gysi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 151

Tecnica de Christensen 153Tecnica baseada na curva de carnpensac;:ao

individual , . . . . . . . . . . . . 153

Tecnica radiogratica 153

Articulador totalrnente ajustavel - Articulador TT . . . . . . .. 154

Transferencia dos rnodelos corn arco facial ..... 154

Prograrna<;:ao do articulador totalrnente ajustavel com'

base na curva de cornpensa<;:ao individual 159

Sequencia da prograrna<;:ao do articulador TT .,. 159

Ajuste da guia condilar 159

Ajuste da guia incisal ,............ 160

Ajuste do angulo de Bennett 160

Ajuste do angulo de Fischer . . . . . . . . . . . . . . .. 161

Mernorizac;:oes das posic;:6es de RC e de

oclusao . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . .. 161

CAPiTULO 14

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Classifica9ao de dentes artificiais 166

Caracterfsticas ideais dos dentes artificiais 167

Vantagens e desvantagens de dentes de porcelana e de

resina acrilica 168

Indica9ao e contra-indica9ao dos dentes de porcelana e de

resina acrilica 168Sele9ao de dentes artificiais '.................. 169

Forma dos dentes 169

Determina9ao da forma dos dentes em des-

dentado total 170

Tamanho dos dentes ,.... 171

Tecnica de sele9ao do tamanho dos dentes arti-

ficiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 172

Linhas de referencias para sele9ao dos

dentes '. . . . . . . . . . . . . . .. 172

Largura dos dentes artificiais 173

Tabela para sele9ao. dos dentes artificiais .. 174

Sele9ao da cor dos dentes 174

Cor dos dentes naturais 175

Determina9ao da cor dos dentes artificiais .. 175

CAPITULO '15

MONT AGEM DOS DENTES 179

Disposi9ao dos dentes 179

Reprodu9ao dos planos-de-orienta9ao ,........ 180Montagem dos dentes superiores 181

Incisivo central superior ,. 182

Incisivo lateral superior ,. 182

Canino 182

Primeiro e segundo pre-molares 182

Primeiro e segundo molares 183

Montagem dos dentes inferiores 184

Disposi<;:ao dos dentes inferiores 184

Incisivo central ,................ 184

Incisivo lateral , ,............. 184Canino 184

Primeiro pre-molar 184

Segundo pre-molar 185'

Primeiro molar 185

Segundo molar 185

Ajustes em oclusao e em articula<;:ao 185

Detec<;:ao dos pontos de contacto em arti-

cula9ao , .. 186

Exame dos pontos de contacto em articula9ao 186

Ajuste em protrusao 187Ajuste em rela9ao central 187

Alinhamento 188

Posi9ao 188

Escultura das dentaduras campi etas 188

Enceramento 189

Recorte do cola cervical 189

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Escultura da regiao gengival vestibular 190

Escultura da regiao gengival lingual 191

Dentadura em cera 191

Prova no paciente :. 192

Relac;ao oclusal dos dentes 192Reconstituic;ao fisionomica 193

Teste fonetico 193

Aprovac;ao do paciente 194

Caracterizac;ao da dentadura 194

CAPITULO 16

PROCESSAMENTO DA BASE DA DENTADURA 197

Inclusao na mufla 197

Material e Instrumental 197

Tecnica de inclusao 198

Prensagem da resina acrilica 199

Material e Instrumental 200

Eliminac;ao da cera 200

Retenc;ao dos dentes 200

Condensac;ao da resina acrilica 201

Preparo da resina acrilica 201

Condensac;ao da resina acrllica 202

Prensagem linica 202

Ciclos da polimerizac;ao 203

Acabamento e polimento ". . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 204

Material e Instrumental 204

Abertura da mufla e desinclusao 204

Acabamento 205

Polimento 205

Polimento com cone de feltro e pedra-pomes 205

Polimento com escova preta e pomes 206

Polimento final com escova branca e

"branco-de-espanha" (CaCOs) 207

INSTALACAO DAS DENTADURAS 209

Provas funcionais 210

Ajuste oclusal 211

Teste fonetico 212

Higienizac;ao da dentadura 213

Assistencia posterior 213

REEMBASAMENTO 215

Definic;ao 215

Indicac;ao 215

Tecnica de reembasamento 216

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Tecnica de reembasamento 216

Reembasamento total , .. , ,.,......... 216

Reembasamento parcial " ,............. 216

DENTADURAS IMEDIATAS - INTRODUCAO ,.. 217

Exame clinico do paciente ,...................... 220

Exame da boca 221

Indicac;:ao e contra-indicac;:ao 223

Preparo pre-operat6rio 224

Hemorragia 224

Hemostasia ,......... 225

Tempo de sangria 225Tempo de coagulac;:ao 226

Hemorragia p6s-operat6ria ,......... 226

Preparo psiquico previa 226

Registro pre-operat6rio 227

Preparo preliminar da boca 228

DENTADURAS IMEDIATAS - MOlDAGENS 231

Moldagem preliminar ou anatomica 231

Confecc;:ao da moldeira individual .'... 233

Moldagem funcional 234

A juste da moldeira individual 235

Moldagem funcional do maxilar superior 235

Moldagem funcional da mandibula 236

DENTADURAS IMEDIATAS - RElACOES INTERMAXllARES 239

Dimensao vertical 239

Oclusao central 239

Confecc;:ao da chapa de prova 240

Determinac;:ao da oclusao central 240

Montagem dos modelos no articulador 240

Selec;:ao dos dentes 241

Montagem dos dentes anteriores 243

Montagem dos dentes posteriores 245

Confecc;:ao da dentadura e da guia cirurgica 246

CAPiTULO 22

DENTADURAS IMEDIATAS - INSTAlACAO 249

Extrac;:ao e alveolotomia 249

Instalac;:ao da dentadura 250

Reembasamento 251

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A natomia Protetica

As dentaduras completas sac proteses mucoso-suportadas que

ficam assentadas e retidas sobre os rebordos alveolares desdentados,

grac;as a ac;ao dos fen6menos fisicos naturais,como a adesao, a

coesao, a tensao superficial e a pressao atmosferica. Dessa forma,

estas proteses participam das func;6es fisiol6gicas, pr6prias do sis-

tema estomatognatico, sem se deslocarem das suas posic;6es. Por

isso, para 0 protesista, 0 conhecimento da anatomia topogrMica da

boca e imprescindivel. Para demonstrar essa importancia, como exem-

plo podemos considerar as ac;6es musculares que interferem, sob

diferentes aspectos, na confecc;ao de uma dentadura:

a) na moldagem devemos copiar as inserc;6es musculares que

vem terminar na area chapeavel;

b) na tomada da dimensao vertical, necessitamos obter 0 equi-

librio dos musculos elevadores e abaixadores;

c) na tomada da relac;ao central, levamos em considerac;ao 0

aspecto dinamico dos musculos retropulsores da mandibula;

d) no ajuste da oclusao e da articulac;ao respeitamos a ac;ao

conjunta dos musculos mastigadores.

Como vimos, 0 conhecimento anatomo-fisiol6gico da reglao ea base fundamental para obter exito nas manobras operat6rias. aque foi visto em relac;ao a musculatura, podemos dizer, tambem,

com rela<;:ao a conformac;ao e a mobilidade do soalho da boca, da

bochecha, da regiao do f6rnice, do veu do paladar, da articulac;ao

temporomandibular etc.

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a estudo dos ossos maxi lares tem uma grande importancia na

protese dental, porque eles constituem a base do suporte das

dentaduras artificiais. .

as ossos maxilares articulam-se com todos os ossos do cranio

facial e tambem com alguns do cranio cerebral. Essas articula<;:6es

osseas formam uma arma<;:ao semelhante a estrutura das constru-

<;:6esde engenharia, apresentando refor<;:os osseos, tais como: pilares,

vigas e arcos, a fim de aumentar a resistancia do esqueleto osseo.

as pilares sac forma<;:6es osseas compactas que se disp6em

verticalmente no cranio facial, nas tras regi6es: anterior - os

pilares caninos; posterior - os pilares zigomlHicos e internamente

- os pilares pterigoideos.

a pilar canino inicia-sea

altura da bossa canina e terminano osso frontal, passando ao lado da cavidade nasal e do seio

maxilar (Fig. 1-1).

a pilar zigomatico come<;:a a altura do primeiro molar, sobe

ao lado externo do seio maxilar pela ap6fise piramidal do maxilar

e termina na ap6fise orbital externa do os so frontal.

a pilar pterig6ideo e formado pelas asas externa e interna

do osso esfen6ide e constitui um refor<;:o 6sseo que vai da regiao

dos molares a base do cranio (Fig. 1-2).

as pilares sac ligados entre si por meio de forma<;:6es com-

pactas 6sseas, denominadas vigas e arcos, que proporcionam, aestrutura esqueletica, uma rigidez muito grande.

As vigas sac em numero de duas. Iniciam-se no pilar zigoma-

tico, a altura do osso malar de ambos os lados da face, e caminham

em dire<;:ao posterior acompanhando 0 arco iigomlHico, daf 0 nome

de viga zigomlHica.

as arcos sac em numero de seis; dois supra-orbitais e dois

infra-orbitais, 0 supranasal e final mente, 0 infranasal. as supra-

orbitais e 0 infra-orbitais contornam as bordas orbitais dos ossos

frontal e malar, respectivamente, ligando 0 pilar canino ao zigo-

matico. Unindo os pilares caninos entre si, encontramos os arcos

supranasal e infranasal: 0 primeiro liga as extremidades superiores

Figura 1-1

1. Pil a r  cani n " O .2 . P i l ar  z i gomat i co .3 . Vi g a  zi gomatica .

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Figura 1-2

1 e 2. Pi/ares pterig6id e os .

Figura 1-3

2. Area infra-orbitario.1. Area supra - orbitario.

3. Area supranasal.4. Area infranasal.

dos pilares e 0 segundo fica a altura da espinha nasal dos ossos

maxilares superiores (Fig. 1-3).

o osso maxilar superior e constitufdo por um corpo central

escavado, quatro prolongamentos as ap6fises: ascendente, zigomati-

ca, palatina e alveolar.

Na sua parte externa, podemos destacar tres faces (anterior,

posterior e superior); tres bordas (anterior, posterior e inferior);

uma base e um vertice.,

Na face anterior, encontramos a fossa canina, onde se insere

o musculo canino e 0 buraco infra-orbitario, donde emerge 0 buqueinfra-orbitario do nervo maxilar superior. Na parte inferior, ainda

encontramos a bossa canina, que e a eleval;80 da raiz do canino,

e a fosseta mirtiforme, que e a concavidade destinada a inserl;80

do musculo mirtiforme.

A face superior do osso maxilar superior concorre para a

formal;80 do soalho da 6rbita e a face posterior apresenta-se com

forma abaulada com dois a tres oriffcios com os respectivos con-

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forma abaulada com dois a tres oriffcios com os respectivos con

A borda anterior forma a porc;:ao inferior e interna do rebordo

orbitario; a posterior constitui 0 limite anterior da fenda esfeno-

maxilar, e a borda inferior apresenta-se concava, dirigindo-se para

dentro e para baixo.

A base do osso maxilar confunde-se com a ap6fise alveolar,

e seu vertice, rico em rugosidade, constitui a ap6fise malar quese articula com 0 os so zigomMico (Fig. 1-4).

A face interna do os so maxilar e constituida pela abertura do

seio maxilar, face nasal, ap6fise palatina e ap6fise ascendente.

A ap6fise ascendente ocupa a parte antero-superior do os so

maxilar. Na porc;:ao mediana dessa eminencia 6ssea, encontramos

a crista etmoidal e, na base, outra crista para a inser9ao do corneto

inferior. Dessa regiao para baixo forma-se uma concavidade que

corresponde a abertura nasal ou piriforme.

Na por9ao postero-superior, fica a abertura do seio maxilar.

Entre a abertura do seio e a ap6fise, nota-se 0 canal lacrimal quecorre vertical mente

No terGo  inferior, ha uma lamina horizontal que corresponde

a ap6fise palatina. A face superior da ap6fise forma 0 soalho da

cavidade nasal e a face inferior, a abobada palatina.

A parte posterior do ossa maxilar e de forma abaulada, rica

em oriffcios e rugosidades constituindo a tuberosidade do maxilar

(Fig. 1-5).

f'igura 1·4

1. Ap6fis e a s c endente .

2. Bu r aco infra - o r bitario .

3 . Espi n h a  na sa l a n terior .

4. Ap6fi s e z i gom a tica .5  Ap 6 fi s e  a l v e o l a r .

Figura 1-5

1. Ap6fise ascendente  52 . Canal  l acr i ma l .

3 . Abertur a  do seio  m ax i lar .

4 . T ube r osi da de do   ma x  /l ar 

5 . La m l a  h o r izonta l 

6 . C r ista e  tm o i da l 

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A mandfbula e um osso fmpar, simetrico, que esta situado na

parte anterior e inferior da face.

Apesar de ser um osso compacto, possui os reforc;:os 6sseos

que sac linhas de resistencia cruzan do ao longo do seu corpo.

Assim, temos: a trajet6ria basilar que corre na porc;:ao basilar do

corpo do osso; a trajet6ria alveolar, na regiao do alveolo dental;

a trajet6ria coronoidal que acompanha 0 processo coron6ide e a

trajet6ria condiliana que reforc;:a 0 condilo (Fig. 1-6).

Podemos descrever a mandfbula dividindo-a em tres porc;:6es:

um corpo e dois ramos.

o corpo da mandfbula apresenta duas faces (externa e internal

e duas bordas (superior e inferior).

Na face externa, a altura da Iinha mediana do corpo, encon·tramos uma pequena saliencia que corresponde a eminencia men·

toniana. Mais abaixo, ha outra saliencia triangular que e a protu-

berancia do mento e, em ambos os lados dessa protuberancia,

existe uma pequena depressao que corresponde as fossetas do

mento.

Na regiao dos pre-molares, a altura do terc;:o superior, ha um

oriffcio que e 0 buraco mentoniano. Na parte distal do buraco

mentoniano, inicia-se uma aresta que caminha em direc;:ao ao ramo

rMntante, a qual recebe 0 nome de linha oblfqua externa (Fig. 1-7).

Figura 1-6

f. T rajet6ria coronoidal .2 . Trajet6ria alveolar 3 . Trajet6ria basilar .

4 . Trajet6ria condiJiam ,

Figura 1·7

f. Eminencia do mento .2 . Protub e ranci a  do mento .

3 . Fo s seta do mento .4 . Bu r aco m e ntoniano .

5 Linha obliqua externa

5

4

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5 Linha obliqua externa

A altura da linha mediana da face lingual do corpo da man·

dfbula, nota-se 0 vestfgio do sfncondro mentoniano e, em ambos

os lados, duas ap6fises genis, a fim de dar inser<;:oes aos musculos

genioglossos.

Mais para a distal da ap6fise genl, InICla-Se a linha oblfqua

interna que caminha em direc;:ao a ap6fise coron6ide. Entre 0 pri-

meiro acidente anatomico e 0 segundo, fica localizada a fosseta

subl ingual.

A parte superior do corpo da mandfbula e formada pela apOfise

alveolar em toda sua extensao e a inferior, pela base da mandibula.

Em ambos os lados da linha mediana da mandibula, encontramos,

a altura da base, a fosseta digastrica (Fig. 1·8).

o ramo da mandfbula apresenta duas faces (interna e external

e uma borda superior.

Na porc;:ao central da face interna, notamos 0 buraco do canal

dentario inferior. Na borda superior do buraco, temos a espinha

de Spix; e da borda inferior do mesmo, inicia-se 0 sulco milo-hi6deo

que desce em direc;:ao ao corpo da mandfbula.

A face externa do ramo da mandfbula apresenta-se rugosa na

porc;:ao inferior para dar inserc;:ao ao musculo masseter.

Na borda superior do ramo, encontramos as ap6fises coron6ide

e condilar, e a chanfradura sigm6ide.

A \  ap6fise coron6ide situa-se na porc;:ao anterior e apresenta

duas faces (interna e external e duas bordas (anterior e posterior).

A ap6fise condilar encontra-se na porc;:ao posterior da borda superior

do ramo e possui duas vertentes (anterior e posterior), uma borda

superior e duas extremidades (Fig. 1-9).

Figura 1·8

1. Sincondro mentoniano.2 . Ap6fise geni.

3 . Linha obliqua interna.4 . Fosseta sublingual .5. Fosseta digastrica .

6 . Canal dentario inferior .7 . Espinha de Spix .

Figura 1·9

1. Ap6fise coronoide .

2 . Chanfradura sigm6ide.

3. Ap6fise condilar.

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" : : . . ~ ..,

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3. Ap6fise condilar.

A boca e uma cavidade irregular, limitada pelos labios, boche-

chas, soalho da boca, abobada palatina e veu do paladar. Esta

situada entre duas partes do esqueleto facial: uma fixa, composta

pelos ossos maxi lares e palatinos e outra movel, formada pelamandibula.

A cavidade bucal comunica-se com 0 exterior pelo vestibulo

bucal e para tras com a faringe, pelo istmo da garganta.

Para fins proteticos, interessam-nos os conhecimentos das es-

truturas anatomicas profundas assim como as superficiais da mu-

cosa bucal.

As estruturas anatomicas das fibromucosas san iguais nas bocas

dos individuos desdentados e nao desdentados; diferem apenas no

que concerne a aderencia das mesmas ao osso. 0 periosteo da

fibromucosa da boca desdentada e menos aderente do que a deuma boca com os dentes.

Ouanto a conformac;:ao da abobada palatina, as bocas edentadas

san menos arqueadas em relac;:ao aos individuos com os seus

dentes no arco, porque, com a extrac;:ao dos mesmos, 0 rebordo

alveolar perde cerca de 10mm na altura.

o soalho da boca apresenta, normal mente, tres formac;:6es ana-

tomicas de importancia para a protese: 0 treio lingual, a inserc;:ao

do musculo genioglosso e 0 fornice g'engivolingual.

No fornice vestibular dos arcos superior e inferior encontra-

mos tres freios: um anterior ou labial e dois laterais ou do buci-

nador. 0 freio ou inserc;:ao labial localiza-se no fornice gengivolabial

e as inserc;:6es laterais, no fornice gengivogeniano.

A lingua e uma formac;:ao muscular constituida por uma porc;:ao

horizontal que forma 0 corpo do orgao e outra, vertical, que cons-

titui a base.I

Na parte mediana e anterior do corpo da lingua encontra-se 0

freio lingual. Internamente" os musculos que constituem a linguapodem ser classificados em musculos intrinsecos e extrinsecos.

E intrinseco 0 musculo transverso e os extrinsecos san subdi-

vididos em tres grupos, conforme suas origens.

Assim, no primeiro grupo, enquadram-se todos aqueles mus-

culos que tem insen;:6es nos ossos vizinhos, tais como os musculos

genioglosso, hioglosso e estiloglosso; no segundo grupo, reunem-se

todos os musculos da lingua que se originam dos orgaos vizinhos,

tais como os musculos palatoglosso, faringoglosso e amigdaloglosso,

e, finalmente, no terceiro grupo, os musculos que conectam as

partes moles, nao osseas, proximas da lingua, tais como os musculoslingual superior e lingual inferior.

1. GRAZIANI, M. - P rotese Maxi/a-Facia  / . 2.' Ed. Rio, Ea. Cientffica, pp. 19·22,

1956.

2. GRAZIANI, M. - Gp. Cit . re f . 1, pp. 24·25, 1956.

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3. SCHLOSSER, O. R. & GEHL, H. D. - Pratesis Camp/eta. Buenos Aires. Ed,

Mundi, SRL, pp. 10-11

4. SICHER, H. & TANDLER, J. - Anatamia para dentistas. 2.' Ed Barcelona-

-Madrid. Ed. Labor, SA., pp. 29·36, 1950.

5. SICHER, H. & TANDLER, J,-- Gp . eit . ref . 4, pp. 42·47. 1950.

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Exam e da Boca Para Dentaduras Com pletas

o exame do paciente com finalidade protetica deve orientar-se

pelo seguinte esquema:

Exame da boca: 

a) exame cllnico;

b) exame radiografico;

c) exame do modelo de estudo.

Exame dos fatores bio/6gicos: 

a) fator geral;

b) fator local.

Indic8980  e contra-indica{:8o.

Progn6stico.

Nos desdentados completos, 0 exame clfnico da boca nao

deve restringir-se apenas ao levantamento amplo e minucioso das

caracterfsticas anatomicas da area chapeavel, mas, tambem, devem

ser analisadas a natureza do revestimento fibromucoso dessa area

e as estruturas museu lares que a envolvem, como labios. bochechas

e lingua.

o exame completo do estado atual da boca desdentada tem.

como objetivo, 0 reconhecimento das condi<;6es anatomo-fisiol6gicas

das areas de interferencias protetica, possibilitando avaliar como

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se instalou 0 processo degenerativo e fazer uma estimativa do

prognostico da protese a ser instalada.

Para que 0 exame da boca seja completo, alem do exame

clfnico, devem ser feitos os exames radiograficos e0

exame dosmodelos de estudo. Normalmente, os exames radiograficos e 0

dos model os de estudo saD complementares do exame clfnico. Em

protese total, porem, os mesmos desempenham um papel impor-

tantfssimo, pois tanto um quanta 0 outro podem contra-indicar a

instalayao das proteses nas condi<;:6es atuais, isto e , sem antes

se submeterem a uma terapeutica adequada.

Exame clinico

a exame clfnico deve ser feito sistematica e ordenadamente.

a preenchimento de uma ficha clfnica adequada podera servir deorienta<;:ao para a realiza<;:ao de um exame cllnico completo, evitando

omitir dados importantes. Quando 0 paciente ja e portador de uma

protese completa, a sua historia protetica, isto e , as suas opini6es

e experiencias anteriores devem ser ouvidas e levadas em cons i-

dera<;:ao.

a exame cllnico da boca dos desdentados completos, segundo

Barone, deve iniciar-se da parte externa da area bucal passando depois

para a parte interna da cavidade oral. a exame cllnico da boca com-

preende: exame da boca, da bochecha, da area chapeavel, do espa<;:o

intermaxilar e da lingua.

Boca

Examinamos a amplitude da abertura bucal e a tensao dos

musculos orbiculares dos labios. Para esse exame. solicitamos ao

paciente que abra a boca ligeiramente e introduzindo-se os dedos

indicadores, procuramos afastar as comissuras labiais nos sentidos

opostos.

Ha pacientes que apresentam a abertura bucal limitada por

natureza congenita e outros que apresentam a mesma caracteristica,

provocada pela contra<;:ao contfnua dos musculos orbiculares dos

labios, que se madificam, tornando-se extremamente tensos.

a estrangulamento da abertura bucal nos pacientes idosos que

permaneceram sem as proteses durante muitos anos, corre por conta

da atresia dos musculos orbiculares, resultando na forma<;:ao de

rugas que se disp6em perpendicularmente a fenda bucal (Fig. 2-1),

A finalidade desse exame e verificar 0 grau de dificuldade que

iremos enfrentar no ato da moldagem, ou, mais propriamente, na

introdu<;:ao da moldeira na moldagem. Se houver dificuldade 0

molde podera ficar camprometido se a manobra cllnica de intro-

dUl;:ao nao for feita com habilidade, usanda-se de artiHcio para

contomar essa dificuldade.

Bochecha

Atribui-se, atualmente, um papel muito grande a a<;:ao das bo-

chechas na reten<;:ao de uma dentadura completa.

Antes de examinarmos a a<;:aoda bochecha. posiciona-se 0 polegar

por fora e introduz-se 0 indicador na boca, e realizam-se palpa<;:6es

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Figura 2-1

Sulcos perpendicular es.

para avaliar a espessura e consistencia da mesma. A seguir, levam-se

os dedos indicadores na regiao do f6rnice gengivogeniano de cad a

lade para verificar a interferencia ou nao do musculo bucinador

durante a abertura e fechamento da boca.

Ar ea chap eave I 

No exame da area chapeavel, primeiro inspecionamos 0 aspecto

e a colorac;:ao da fibromucosa de revestimento da regiao. Em segui-

da, por palpac;:ao, examinamos a consistencia da fibromucosa que

reveste 0 rebordo alveolar superior e inferior. Verificamos depois

a a ltura e a espessura dos rebordos. Certificamos ainda se ha

alguma formac;:ao patol6gica que indique a remoc;:ao cirurgica, ou

adie a confecc;:ao dos aparelhos.

Continuando, fazemos 0 exame corn vistas a estabilidade das

futuras pr6teses totais. A estabilidade sera problematica se 0 paciente

apresentar formac;:6es 6sseas como t oru s pa la t i n u s  e t or u s m and i- 

b u l a ris, assim como hipertrofia da mucosa, localizada em determinada

regiao ou generalizada pela area chapeavel.

Em pr6tese total, a hipertrofia da mucosa bucal e. de um modo

geral, uma reac;:ao tecidual diante de uma sobrecarga. As principais

causas sac: falta de retenc;ao ou de estabilidade, sobre extensao da

area basal, desiquilibrio oclusal, camara de vacuo etc.

A hipertrofia provocada pela camara de vacuo e caracteristica

pois, apresenta 0 contorno nitidamente delimitado e localiza-se na

regiao do palato. Quando a hipertrofia se localiza no rebordo alveolar.

suspeita-se de sobrecompressao por desiquilibrio oclusal e quando e

generalizada, por deficiencia de retenc;ao ou de estabilidade.

Observamos depois a regiao do fecho periferico. No exame

dessa regiao, 0 objetivo e saber 0 quanta de fibromucosa m6vel

podera ser englobada na area chapeavel e. tambem, conhecer a

tonicidade das inserc;6es muscula~es, que terminam nessa regiaoprincipal mente dos freios dos labios e do bucinador.

Para avaliar a interferencia de algum dos freios na retenc;ao da

futura pr6tese total, procede-se da seguinte maneira: coloca-se 0

dedo indicador sobre 0 freio que se quer examinar e faz-se uma

trac;ao do labia com a outra mao. Caso 0 cordao fibroso seja tao

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tenso que chega a deslocar 0 dedo, entao esse freio devera ser

removido cirurgicamente. Se. porem, a tensao nao for dessa ordem,

essa inserc;:ao nao causara danG a retenc;:ao e a estabilidade do

aparelho, mesmo estando localizada na zona principal de suporte.

A regiao do s elamento posterior e uma outra regiao que merece

uma atenc;:ao especial, visto que, a custa dessa parte, e que iremos

obter a retenc;:ao anteroposterior do aparelho. No exame dessa regiaodevem ser considerados os fatores: extensao, consistencia da mucosa

e a sensibilidade.

Nesse exame 0 objetivo e de conhecer 0 espa<;:o livre entre os

rebordos superior e inferior para saber de antemao se teremos

dificuldade ou nao na montagem dos dentes. Para isso, determina-se

a dimensao vertical de oclusao e posiciona-se a mandfbula nessa

dimensao vertical com 0 auxflio do compasso de Willis; depoisafastam-se os labios e examina-se a distancia entre os rebordos.

A distancia normal e da ordem de 2 a 2.5cm na parte anterior e

que tende a diminuir a medida que caminha para posterior.

Nos pacientes que apresentam uma tuberosidade volumosa, as

vezes. esta chega a tocar na papila piriforme e, como consequencia,

nao sobra espac;:o para acomodar as bases das dentaduras. Nesses

casos, indica-se uma reduc;:ao cirurgica da tuberosidade para propiciar

o espa90 necessario (Fig. 2-2).

Figura 2-2

1. Posici o n a mento d  a  mandibul a 

em O VO eom  0 eo mpa s so  de 

W i ll i s . 2. E spar; : o entr e  0 8 

rebordos . 3'. Tuberosid a d e 

toe ando  a papil a  piriforme .

Um outro ponto que se deve observar e a altura do rebordo

alveolar, especial mente do rebordo superior. Se 0 paciente apresentar

um rebordo alveolar alto, e, durante 0 sorriso deixa-o muito exposto,

entao nesse caso, tambem e conveniente indicar uma cirurgia redu-

tora, para nao comprometer a estetica.

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Lingua 

A lingua influi na estabilidade da dentadura inferior pelo seu

grau de mobilidade, tamanho e consistencia.

Durante os movimentos fisiol6gicos normais, como na masti-

gac;:ao, fonac;:ao, deglutic;:ao, tosse, bocejo etc., todo 0 corpo da linguase movimenta. Devido a esses movimentos, 0 soalho da boca (ac;:ao

dos musculos milo-hi6ideo) se eleva e, em con sequencia, provoca

o deslocamento da base da dentadura.

Portanto, se 0 paciente apresenta uma lingua com muita mobi-

lidade, entao ten:i maior dificuldade em controlar esses desloca-

mentos da pr6tese. Por outro lado, quando 0 paciente apresenta

uma lingua com movimento muito limitado, como e 0 caso de lingua

presa, devido a tensao excessiva do freio lingual, tambem a adaptac;:ao

da pr6tese na regiao lingual e anterior sera diffcil, prejudicando

assim a estabilidade da pr6tese instalada.

Quanto ao tamanho, ha pacientes que tem a lingua tao volumosa

que, muitas vezes, chega a preencher, quase que total mente, a

cavidade bucal. Nesses casos, tambem instaladas as dentaduras,

qualquer movimento de lingua provocara 0 deslocamento das mesmas.

A lingua quando se apresenta muito tensa e dura, como se

estivesse em contrac;:aa permanente, tambem dificulta a estabilidade

da pr6tese.

Exame radiografico

Nos pacientes desdentados, atraves das radiografias oclusais,

tem-se uma noc;:ao geral do estado dos ossos alveolares, e, tambem,

possibilita certificar-se da possivel presenc;:a de raizes residuais,

cistos, dentes inclusos, extranumerario, odontoma etc. Uma vez

constatada a existencia de qualquer corpo estranho ou aspecto anol'-

mal do osso, deve-se requisitar uma radiografia periapical da regiao

suspeita, para examinar, diagnosticar e localizar melhar a natureza

do corpo estranho.

Segundo Ennis, Waggener e Austin, Smith e Young, a frequenciade corpos estranhos nos rebordos clinicamente normais e muito

grande. Assim e que os protesistas consideram, com razao, todos

rebordos desdentados, clinicamente suspeitos.

Exame do modelo de estudo

Os modelos de estudo sac de grande utilidade nos exames da

boca, porque permitem uma visao geral das areas chapeaveis e

auxiliam, consequentemente, no diagn6stico e no planejamento do

tratamento.

Os model os de estudo, alem da visao panoramica, mostram

tambem, com clareza, certas partes da boca, diffceis de serem

observadas clinicamente. Na obtenc;:ao' dos modelos, conforme 0

objetivo do estudo, deve-se escolher 0 material de moldagem mais

adequado. Assim, se 0 abjetivo e de estudar, por exemplo, 0 volume

das tuberosidades do torus, da hipertrafia da mucosa, ou ainda saber

da inclinac;:aa dos rebordos em relac;:ao ao plano oclusal, indica-se

m material de moldagem elastico Mas se par o tra lado esti er

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um material de moldagem elastico Mas se par outra lado estiver

interessado em conhecer a tonicidade das inserc;:6es museu lares, a

extensao da area chapeavel de um rebordo reabsorvido ou um

rebordo alveolar duplo etc., a moldagem devera ser' efetuada com

um material anelastico.

Com 0 titulo de exame dos fatores biol6gicos, estudam-se os

fatores gerais e locais, os quais podem interferir, direta ou indire-

tamente, no sucesso de uma dentadura completa.

Cada um dos itens, relativos aos fatores biol6gicos, devem ser

ponderados, e os resultados anotados na ficha clinica de maneira

objetiva, clara e sintetica.

Dos fatores gerais, de interesse protetico, deve-se destacar 0

estado de saude geral do paciente, porque a boa disposic;:ao do

paciente cria condic;:6es favoraveis para tudo. Essa afirmativa pode

ser comprovada nos pacientes portadores de dentaduras, pois, que

qualquer alterac;:ao da saude, por menor que seja, reflete primeiro

na boca, manifestada pela intolerancia em permanecer com as den-

taduras. Dai a razao da afirmac;:ao "a boca e 0 term6metro da saude".

A idade do paciente e u m outro fator geral que interessa aos

protesistas, visto que a capacidade de adaptac;:ao do paciente em

relac;:ao a pr6tese diminui com 0 avan9ar dos anos.

Outro fator geral que merece considerac;:ao toda especial e 0

estado psiquico do paciente, pois 0 exito final do trabalho depende

muito da coopera9ao do paciente.

Fox, estudando a rea9ao psiquica dos pacientes em relac;:ao ao

trabalho a executar, dividiu-os em quatro classes distintas: receptivos,

cepticos, histericos e indiferentes.

Receptivo s :  saD os pacientes cultos, compreensiveis e de indole

calma; saD os pacientes que estao prontos a cooperar com 0 pro-

fissional.

C e ptic o s:  saD os pacientes pouco cultos, com poder de racio-

cinio limitado e desconfiados; saD pessoas que relutam em aceitar

a opiniao do profissional mesmo a respeito do tratamento, porque

 ja tem a sua formada.

H is t ericos:  saD os pacientes nervosos, irriquietos, pessimistas,

portadores de algum trauma psiquico, geralmente de fundo senti-

mental

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mental.

Movimentos mandibulares 

o conhecimento das caracteristicas individuais dos movimentos

de abertura e fechamento, assim como os de lateralidade, SaD impor-

tantes para se poder confeccionar a dentadura que mais se ad~pte

as condic;;oes atuais, sob os pontos de vista fisiologico e anatomico.

Artieulat;ao temporomandibular 

o exame da articulac;ao temporomandibular (ATM) deve ser feito

como rotina. Dos sinais e sintomas que indicam a presenc;a de dis-

turbios da ATM, sao mais frequentes: ruido dos condilos durante a

abertura e fechamento da boca, dor na regiao da articulac;ao, desvio

da mandibula, vertigens etc.

Vie i os 

Os vicios, tais como, 0 uso de cachimbo, de piteira, cigarro ou

charuto, devem ser conhecidos. Tambem os habitos profissionais,

como prender pregos com os dentes, nos sapateiros, segurar a ponta

do instrumento de sopro, nos musicos, de morder 0 lapis, nos escri-

turarios etc., merecem ser considerados e ponderados antecipada-

mente.

Outra averiguac;ao relacionada ao assunto, refere-se ao estado

psicologico e neurologico, no sentido de c onstatar se 0 pacientenao esta sujeito a graves riscos, como 0 de engolir a protese nas

crises agudas, como pode acontecer na epilepsia e na demencia

mental.

Fator biol6gico local

Os fatores biologicos locais ja foram devidamente considerados

e ponderados no exame da boca, isto e, nos exames clinicos, radio-

grafico e dos modelos de estudo.

Realizado 0 exame minucioso da boca do paciente e anotados

na ficha clinica os resumos objetivos de cad a urn dos fatores gerais

e locais, que interessam a confecc;ao da protese, pass amos depois

para a avaliac;ao dos dados obtidos, considerando-os em conjunto.

Essa avaliac;ao nos levara a indicac;ao da conduta clinica mais ade-

quada para cada caso. Para isso podemos dividir os dados obtidos em:

- fatores favoraveis 

- fatores desfavoraveis 

Sao fatores favoraveis  todos aqueles de ordem geral ou local,

que proporcionam condic;oes propicias para que a dentadura venha

a preencher os requisitos de mastigac;ao, estetica, fonetica e de

comodidade.

Sao exemplos de. fatores favoraveis: rebordo alveolar de forma

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Sao fatores desfav o raveis  aqueles que se contrapoem ao exito

da pr6tese. Sao exemplos de fatores desfavoraveis: rebordos alveo-

lares reabsorvidos; inserc;:oes musculares invadindo a zona de suporte

principal; volume excessivo da lingua; distdrbios da ATM; assimetria

facial; prognatismo; idade muito avanc;:ada etc.Separados os fatores em favoraveis  e desfavoraveis, conferem-se,

para cada item, pesos especfficos, conforme a importancia de cad a

urn dos fatores, do ponto de vista protetico.

Somados os pesos atribuidos, se 0 resultado for maior do lado

dos fatores favoraveis do que do lado dos desfavoraveis, entao,

faz-se a indicac;:ao do trabalho. Se, porem, 0 resultado for menor do

lado dos fatores favoraveis, contra-indica-se 0 trabalho, considerando-

se as condic;:oes biol6gicas, psicol6gicas e neurol6gicas atuais do

paciente.

Progn6stico

Uma vez feita a indicac;:ao, 0 progn6stico  ou a e stimativa da

probabilidade de sucesso ou insucesso do trabalho e, tambem, obtido

com base no mesmo criterio acima referido. Desse modo se a soma

dos pesos dos fatores pender para 0 lado dos fatores favoraveis,

entao, 0 progn6stico e born, podendo-se antever sucesso do trabalho.

Se verificar urn equillbrio entre os pesos dos fatores favoraveis e

desfavoraveis, entao, 0 p r ogn6stico  e regular . Por outro lado, se 0

resultado pender para 0 lado dos fatores desfavoraveis, 0 progn6s - 

ti c o  e d uv i d o so ou r  eservado .

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Considera~iies Gerais Sobre Dentaduras Completas

AS aparelhos proteticos podem ser classificados, visando os

aspectos de fixa9ao e de transmissao dos esfor90s de mastiga9ao.

Sob 0 ponto de vista da fixa9ao, os aparelhos proteticos podem

ser classificados em: Proteses Fixas e Proteses Removlveis. Essas,

por sua vez, subdividem-se em Protese Total e Protese Parcial.

Sob 0 ponto de vista da transmissao de esfor90s mastigatorios,

as proteses podem ser: dento-suportada (exemplo: protese fixa),

dento-mucoso-suportada (aparelho parcial removlvel) e mucoso-supor-

tad a (dentadura completa).

A protese dentaria e a ciencia que trata da substitui9ao de

um ou mais dentes ausentes do arco dental e das partes circunvizi-

nhas, por um substituto artificial.

as objetivos da substitui9ao dos elementos ausentes e de res-

tituir a fun9ao, a estetica e a saude do orgao de mastiga9ao, favo-

recendo a manuten9ao desse orgao em condi90es normais, por maior

tempo passlvel, contribuindo assim para a eleva9ao da biostatica da

cavidade oral.

DEFINI<;AO DE DENTADURA

A dentadura pode ser definida com base na fixa9ao do aparelho

na boca ou considerando-se a via de transmissao dos esfor90s mas-

tigatorios. No primeiro caso, pade-se dizer: a dentadura e um aparelha

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protetico do tipo removivel, destinado a substituir todos os dentes

do arco, assim como reconstituir a parte gengival ausente, a fim

de restituir a func;ao do 6rgao e a estetica. No segundo caso, pode-se

dizer: a dentadura e um aparelho do tipo mucoso-suportado destinado

a substituir todos os dentes do arco dental, assim como a parte

gengival ausente, a fim de restituir a func;:ao do 6rgao, a estetica e

a fonetica.

as requisitos para que uma dentadura se  ja considerada um

aparelho util e realmente desempenhe suas func;oes na boca do

paciente, segundo Schlosser & Gehl, sao:

a) requisito mastigat6rio;

b) requisito estetico;c) requisito fonetico; e

d) requisito de comodidade.

Requisito mastigatorio

A eficiencia mastigat6ria de uma dentadura esta correlacionada

diretamente com a retenc;ao e a estabilidade do aparelho.

A retenc;ao e a propriedade que tem uma dentadura, depois de

instalada na boca, de resistir as forc;as que tentam deslocar 0 apa-

relho no senti do gengivo-oclusal.A retenc;ao depende de varios fatores, podendo ser considerados

como principais: precisao da tecnica de moldagem; forma e tamanho

do rebordo alveolar; consistencia da fibromucosa de revestimento;

tonicidade das inserc;oes museu lares e tecidos ad jacentes a area

chapeavel.

A moldagem e um conjunto de atos operat6rios, mas que para

o seu completo exito, alem do dominio tecnico e te6rico do profissio-

nal, entram em jogo uma serie de outros fatores, tais como: as

circunstancias em que 0 operador trabalha, materiais e instrumentais

de que dispoe, a natureza anatomo-patol6gica da boca a moldar,cooperac;ao do paciente etc.

A moldagem perfeita da b oca desdentada e a quela em que 0

operador consegue reproduzir, com detalhes, todas as regioes da

area chapeavel, a fim de poder contar com a a c;ao dos fen6menos

fisicos de adesao, de coesao, tensao superficial e de pressao atmos-

ferica, os quais constituem, em ultima analise, a retenc;ao da den-

tadura.

Por outro lado, a ac;ao das paredes da cavidade oral tambem

tem grande influencia na retenc;ao do aparelho, assim como a mobi-

Iidade da lingua, a ac;ao dos musculos bucinador e dos labios

(Fig. 3-1)

A estabilidade e a propriedade que uma dentadura adquire, uma

vez instalada na b oca, de opor-se as forc;as horizontais que atuam

durante a mastigac;ao, a f im de nao desloca-Ia da sua posic;ao.

A estabilidade da dentadura depende diretamente da oclusao,

da articulac;ao e do balanceio dos dentes artificiais.

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;

Figura 3-1

1. Bochecha . 2. Lingu a .

A oclusao e a intercuspidac;:ao dos dentes dos arcos superior e

inferior, na posi<;ao em que ha maior numero de contactos de cusp ides

com as superffcies oclusais opostas.

A articulac;:ao e toda posic;:ao de contacto de cuspide com cuspide

dos dentes dos arcos superior e inferior.

Chama-se articulac;:ao balanceada a um tipo de articulac;:ao que,

em qualquer movimento mandibular, de lateralidade ou de propulsao,

ha sempre, no mini mo. tres pontos de contactos: um ponto de

contacto na regiao anterior e dois nas partes posteriores (um de

cad a lado).A finalidade de se obter uma articulac;:ao balanceada na denta-

dura e para, durante a mastiga<;ao, auxiliar a estabilizac;:ao do apa-

relho para se conseguir maior eficiencia funcional.

De todos os aparelhos proteticos 0 de maior eficiencia masti-

gat6ria e a pr6tese fixa. Quando esta corretamente confeccionada,

a sua eficiencia mastigat6ria e da ordem de 80% em relac;:ao a do

arco dental natural. Nesses termos de comparac;:ao, a eficiencia do

aparelho parcial removivel e da dentadura completa caem, respecti-

vamente, para 50 e 20%.

Por esse motivo, nunca se deve indicar uma dentadura completa

quando ainda se tem condic;:6es de reconstituir 0 arco dental com

um aparelho parcial removivel ou este quando se pode resolver

com uma pr6tese fixa.

Requisito estetico

o fator estetico e 0 motivo principal ao lado da dor, 0 qual

leva um paciente a procurar um profissional dentista.

Quando se fala em estetica na pratica da dentadura, 0 objetivo

e reconstituir a fisionomia natura! do paciente, ocultando 0 artificia-

lismo do aparelho, a que Martone chama de harmonia facial.

Como, em geral, os trabalhos dessa natureza SaD indicados para

as pessoas com certa idade, a nossa principal preocupac;:ao deve

ser em atentar as modificac;:6es que, normal mente. ocorrem na matu-

ridade e senilidade. Essas modificac;:6es devem ser incorporadas

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nas proteses para que se consiga a reconstituic;:ao mais harmoniosa

da face.

A estetica, segundo Pound, depende principalmente de tres fato-

res: primeiro, dos dentes artificiais; segundo, da montagem desses

dentes para formar 0 arco e, finalmente, da parte gengival anterior

e superior da base-' da dentadura.

Os problemas' que se referem a forma, a cor e ao tamanho dos

dentes artificiais, conforme observa Clapp, vem sendo cientificamente

estudados desde 0 inicio do nosso seculo. Hoje, no comercio espe-

cializado, ja se encontra uma grande variedade de dentes de alto

padrao. Por outro lado, ha regras 'precisas que permitem a um· pro-

fissional selecionar um jogo de dentes que seja de cor mais adequada

para a idade, cor da pele e s exo do paciente, com a forma que se

harmonize com a forma do rosto e de tamanho 0 mais favoravel.

Quanto aos problemas ligados a montagem dos dentes, estes

serao estudados mais adiante, nos topicos: disposic;:ao, posic;:ao ealinhamento.

Os artificios que se usam, tais como acavalando os dentes ou

deixando-os com espac;:os, sem pontos de contacto, conhecidos, este

com 0 nome de diastema e aquele de apinhamento, exporemos,

tambem, mais adiante, no capitulo da caracterizac;:ao da montagem

dos dentes.

Tambem os problemas relacionados com a mudanc;:a de cores

de certas partes dos dentes e da gengiva, colocac;:ao de obturac;:6es

e incrustac;:6es nos dentes artificiais e outros artificios, conhecidos

como caracteriza9ao da protese, discutiremosa

parte.Finalmente, trataremos tambem da normalizac;:ao da altura da

mordida, no capitulo referente a dimensao vertical, pois tambem

influi, grandemente, na estetica. Quando essa dimensao vertical e

tomada incorretamente, instalada a protese, 0 paciente ficara com

aparencia de precoce senilidade, quando a altura nao foi suficiente,

ou no caso contrario, aspecto de um indivfduo tenso, nervoso ou

irado.

Requisito fonetico

o requisito fonetico e um outro fator de grande importanciapara a boa aceitac;:ao do aparelho, pois qualquer defeito na fonac;:ao,

alem de dificultar a compreensao da fala, indica de imediato ser

portador de uma protese. No dia da instalac;:ao da dentadura e natu-

ral que 0 paciente sinta certa dificuldade, mas se foi corretamente

executada devera, em pouco tempo, integrar-se-a ao aparelho estoma-

tognatico e pronunciar normal mente as palavras.

A dificuldade na fonac;:ao e devida a diminuic;:ao do espac;:o da

cavidade oral, que imobiliza parcial mente a lingua e os labios. A

espessura do palato influi no t imbre da voz; a dimensao vertical

por sua vez atua na pronuncia das palavras sibilantes, e as posic;:6es

dos dentes, nas silabas dentais.

Requisito de comodidade

o requisito de comodidade e dado pela sensac;:ao de justeza, de

conforto e utilidade no usa do aparelho. Essa qualidade se consegue

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a custa dos cuidados tomados nos passos da confec<;ao de uma

dentadura.

Assim, em Iinhas gerais, 0 requisito de conforto depende da

delimitar;:ao correta da area chapeavel e da moldagem, para propor-

cionar 0 maximo de reten<;ao com 0 minima de traumatismo; depende,da correta tomada de dimensao vertical que influi no descanso dos

musculos mastigadores e do correto relacionamento dos dentes em

oclusao e em rela<;ao central que implicam no perfeito funciona-

mento da articula<;ao temporomandibular.

Finalmente, na confec<;ao de uma dentadura, os fatores respon-

saveis pelo exito final, em regra, podem ser divididos eqUitativa-

mente: metade por conta do paciente e metade por conta do pro-fissional.

Na parte que cabe ao paciente (50%), estao inclusos alem das

condi<;oes locais do rebordo alveolar, da fibromucosa de revestimento

dos musculos etc., os fatores como: saude geral, idade, estado

psiquico, habito etc. Na parte que cabe ao profissional (50%), con-

sideramos: os recursos profissionais, conhecimentos, conceito de

que goza no meio da classe e da comunidade, 0 ambiente em que

trabalha etc.

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Limites Gera is da Area Chapeavel

o ob jetivo do estudo dos limites gerais da area chapeavel e

conhecer a extensao maxima da boca desdentada que podera ser

recoberta pela dentadura.

E importante conseguirmos uma delimita«;:ao correta da area

chapeavel, visto que a reten«;:ao e 0 conforto que 0 aparelho propor-

ciona ao paciente estao diretamente ligados com a extensao da

base da dentadura. De um modo geral, podemos dizer que quanto

maior  e a ar ea chapeavel, maior  e a ret em;ao. Porem, sabemos que

quanto maior e a area que ultrapassa os limites de tolerancia da

fibromucosa, que vem se inserir nas regi6es dos fornices gengivo-labial e gengivogeniano, maior sera 0 desconforto para 0 portador

do aparelho.

A linha demarcatoria da area chapeavel e tra«;:ada a lapis no

modele anatomico. Costuma-se fazer esse tra«;:ado, partindo da regiao

vestibular, anterior e mediana, prosseguindo para a regiao lateral

de um dos lados e depois para a posterior. Completa-se a delimita«;:ao

da area chapeavel, marcando-se 0 contorno delimitatorio da metade

oposta.

Na maxila, na regiao anterior mediana, encontra-se 0 freio do

labio superior que deve ser aliviado, contornando-o inteiramente,

respeitando a inser«;:ao fibrosa em toda extensao de sua mobilidade,

excluindo-o, portanto, da area chapeavel. Prosseguindo, a linha de-

marcatoria e tra«;:ada, paralelamente ao sulco do modelo ou fundo

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de saco gengivolabial distando cerca de 3 a 4mm da linha de inser<;ao

da fibromucosa movel. Portanto, nessa regiao, parte da fibromucosa

movel, nao aderente, fica englobada na area chapeavel.

Na regiao lateral, a linha delimitatoria depara-se com a inser<;ao

do musculo bucinador que tambam deve ser perfeitamente aliviada,respeitando-se a sua tonicidade. Uma vez contornada, a linha delimi-

tatoria atinge a regiao da fibromucosa move I e depois avan<;a para-

lelamente ao fundo de saco gengivogeniano, sempre de 3 a 4mm

da mucosa imovel, aderente; mais para posterior contorna a tube-

rosidade, pass a pelo sulco hamular ou pterigopalatino e atinge a

regiao posterior, no palato.

Na parte posterior, a linha de delimita<;ao normalmente a tra<;ada

no limite do palato mole e duro. Assim, a delimita<;ao dessa regiao

resulta num segmento curvo, que acompanha a borda posterior do

palato duro de uma tuberosidade a outra.

A delimita<;ao do hemiarco oposto a realizada de maneira iden-

tica a ja estudada. Uma vez completado 0 tra<;ado em torno do

rebordo alveolar, toda a area contida na demarca<;ao a a area chapea-

vel, isto a, a area basal da dentadura.

Pendleton, em 1928, estudando a area chapeavel verificou que

havia cinco zonas, diferentes na forma, na consistencia da fibro-

mucosa e na situa<;ao topogratica, cad a uma desempenhando ainda

.fun<;oes distintas sob a a<;ao da dentadura. Assim, a area chapeavel

foi dividida, pelo autor, em cinco partes e denominadas da seguinte

maneira (Fig. 4·1):

a) zona de suporte principal;

b) zona de suporte secundario;

c) zona do selado perifarico;

d) zona do selado posterior;

e) zona de alivio.

Zona de suporte principal

A zona de suporte principal, como 0 propno nome indica, a a

regiao destinada a suportar a carga mastigatoria. Ocupa toda a

Figura 4-1

Z d P dl t

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Zonas de Pendleton

extensao da crista do rebordo alveolar de uma extremidade a outra.

Conforme 0 tamanho, os rebordos alveolares podem ser classificados

em rebordo grande, medio ou pequeno. a rebordo e grande quando

a distancia entre as tuberosidades, e tambem destas, a linha me-

diana anterior do rebordo, medir mais de 5cm; e medio, quandoessa medida e de aproximadarnente 4,5cm; e pequeno quando e

de 4cm ou menos.

A forma do arco dental da pr6tese compJeta deve acompanhar

a forma do rebordo alveolar. A forma do rebordo alveolar, de um

modo generico, pode ser classificada em: triangular, ov6ide e qua-

drada. Segundo Nelson, essas formas coincidem com as formas dos

rostos que tambem se dividem em rastos triangular, ov6ide ou

quadrado.

A altura do rebordo alveolar varia de um paciente para outro

e, as vezes, num mesmo rebordo varia, ainda, conforme a regiao.

A secc;:ao transversal do rebordo alveolar, geralmente tem uma

forma triangular. Quando esse triangulo e equilatero, 0 rebordo e

normal quanta a altura; quando a base e menor do que os lados,

o rebordo e considerado alto; quando a base e maior do que os

lados, 0 rebordo e baixo ou reabsorvido (Fig. 4-2).

Figura 4-2

1. AB  = BC  = CA -> Normal 

2 . B C  > AB  =AC -> Baixo .

3. BC  < AB  =AC  -> Alto .

~

::"'~':-,.

2

Zona de suporte secundario

A zona de suporte secundario e a zona que ajuda a absorver a

carga mastigat6ria, desempenhando, ainda, uma outra func;:ao impor-tante que e a de imobilizac;:ao da dentadura, no sentido horizontal, a

custa das vertentes vestibular e palatina do rebordo alveolar. aaparelho fica retido, acavalado sobre 0 rebordo alveolar como se

fosse uma sela sobre 0 dorso do cavalo.

A zona secundaria de suporte estende-se ao longo das vertentes

vestibular e palatina do rebordo alveolar, indo de uma tuberosidade

a outra.

As formac;:oes anatomicas de interesse protetico, no lado pala-

tino, que podemos mencionar sao: na parte anterior, a rugosidade

palatina, onde encontramos tambem0

buraco palatino anterior; naparte posterior, 0 buraco palatino posterior recoberto com a fibro-

mucosa bastante espessa.

A inclinac;:ao da vertente vestibular do rebordo alveolar e maior

do que a do lado correspondente palatino. A vertente vestibular

pode atingir ate 90° em relac;:ao ao plano oclusal.

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Quanto a compressibilidade da mucosa, de um modo geral, a

vertente vestibular e revestida com uma fibromucosa menos com-

presslvel do que a do lado palatino.

Zona do selado periferico

A zona do selado periferico e uma faixa da 2 a 3mm de largura,

faixa essa que contorna a area chapeavel em toda a sua sinuosidade,

com exce<;:ao da parte posterior. Essa faixa inicia-se em continua<;:ao

a zona secundaria de suporte, onde come<;:a a fibromucosa move!,

avan<;:ando de 2 a 3mm na dire<;:ao do fundo de saco. Portanto, e

uma zona que se situa na regiao revestida com fibromucosa movel.

A func;:ao primordial dessa zona e manter 0 vedamento periferico

para impedir que se quebrem as for<;:as de adesao, de coesao, de

tensao superficial e de pressao atmosferica que estao atuantes entre

a base da dentadura e a mucosa bucal. .

as musculos que se vem inserir nessa regiao saD:

a) freio do labio, cuja inserc;:ao pode situar-se na zona de fecho

periferico, como tambem na zona secundaria de suporte;

b) musculo mirtiforme;

c) musculo incisivo superior;

d) musculo orbicular do labio;

e) musculo bucinador que forma 0 freio lateral; as vezes podeestar tambem em outra zona contfgua;

f) Iigamento pterigomandibular.

Como indica 0 proprio nome, 0 selado posterior e uma zona que

fica na parte posterior da area chapeavel. a seu limite externo

fica na divisa entre os palatos mole e duro.

Internamente, 0 limite e dado por uma linha sinuosa que cir-

cunscreve os buracos palatinos posteriores, incluindo-os na area e,

na parte mediana, passa sobre a rafe palatina na sua parte mais

posterior.

A compressibilidade da mucosa que reveste essa regiao e muito

variavel. Com base no grau de compressibilidade da mucosa, Lyntton

Harris dividiu 0 selado posterior em cinco subzonas:

1.a fica atras da tuberosidade;

2.a fica na regiao do buraco palatino posterior;

3.a fica na regiao do rafe palatino;

4.a fica na regiao do buraco palatino posterior do lado oposto;

5.a fica atras da tuberosidade do outro lado.

a autor concluiu que as regi6es de numeros pares saD mais

largas e correspond em as mucosas mais co·mpresslveis; as de nume-

ros Impares saD mais estreitas e de pouca compressibilidade.

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Segundo Neil (1932), citado por Saizar, a posic;:ao do palato mole

pode ser horizontal, descendente e vertical. E quanta a mobilidade

o palato mole pode ser classificado como normal, muito move I e

pouco movel.

Finalmente, os musculos que tem inserc;:6es nessa regiao sac:

a) aponevrose do veu palatino;

b) musculo constrictor superior da faringe;

c) musculo palatofarfngeo;

d) musculo palatoglosso.

A zona de alfvio, como indica, e a reglao que deve ser aliviada

na moldagem para que a mucosa nao receba os esforc;:os mastiga-

torios. Por conseguinte, a regiao nao concorre para a neutralizac;:ao

dos esforc;:os, mas auxilia a retenc;:ao. Aumentando a area chapeavel,

como a "pressao atmosferica e diretamente proporcional a superff-

cie", consequentemente a retenc;:ao sera aumentada.

A regiao central da abobada palatina, ou rafe palatina, e consi-

derada, normal mente, como a regiao de alfvio. Entretanto, as opini6es

variam: Pendleton acha que somente 0 torus palatino constitui a

zona de alfvio. Beeson, por outro lado, admite que nem 0 torus e

preciso ser aliviado, ao passe que Doxtater considera como zona

de alfvio nao so 0 torus como ate a rugosidade palatina.

As vezes, as condic;:6es anat6micas locais, tais como espfculas

6sseas em vias de reabsorc;:ao, situadas nas zonas de suporte prin-

cipal ou secundaria de suporte, obrigam a efetuar um alfvio na

dentadura para 0 conforto do paciente. Esse local passa entao a

funcionar temporariamente como zona de alfvio.

Ouando 0 rebordo alveolar e do tipo "lamina de faca", local cor-

respondente a crista do rebordo que normalmente e a zona principalde suporte, devera tambem ser al iviado para nao traumatizar.

Na delimitac;:ao da area chapeavel da mandfbula, comec;:ando da

linha mediana para a extremidade distal, encontramos, inicialmente,

o freio do labia inferior que deve ser amplamente contdrnado; a

seguir, a linha demarcat6ria desce no sentido do fundo de saco, ate

invadir mais ou menos de 2 a 3mm da regiao da mucosa movel.Desse ponto, ela caminha no senti do posterior, em paralelo ao fundo

de saco gengivolabial ate encontrar a inserc;:ao do musculo bucinador,

que deve ser respeitada.

Uma vez contornada a referida inserc;:ao, localiza-se 0 infcio

da linha oblfqua externa e trac;:a-se a linha delimitatoria, acompa-

nhando toda a sua trajetoria.

N i t i li h d d li it t il i i

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Na regiao posterior a linha de delimitac;:ao corta a papila piri

Na parte lingual, a delimitagao e orientada pela trajetoria da

linha obllqua interna ate a sua parte inicial, que fica mais ou menos

a altura dos pre-mol ares. Daqui ate a linha mediana, acompanha 0

soalho da boca. No seu percurso, devemos respeitar a mobilidade

dos musculos milo-hioideos e, na linha mediana, 0 freio da lingua.Delimitando-se 0 lado oposto, de maneira identica a que foi

descrita, completa-se 0 contorno da area chapeavel da mandfbula.

ZONAS DA AREA CHAPEAVEL

A area chapeavel da mandfbula tambem foi dividida em cinco

zonas por Pendleton, com as mesmas denominagoes das do maxilar

superior (Fig. 4-3).

Figura 4-3

1. Cordao fibrosa .

2 . Muc os a flac  i d a 

Zona de suporte principal

Ouanto a fun<;ao, a localizagao no rebordo e as caracterfsticas

anatomicas cabem, aqui, tambem, as mesmas consideragoes que

fizemos para 0 maxilar superior. Ouanto a extensao dessa zona,

abrange de uma papila piriforme a outra.

Zona de suporte secundario

Esta zona e igualmente formada das vertentes vestibular e

lingual do rebordo alveolar. Ambas se iniciam na papila piriforme

de um lado e terminam na papila piriforme do outro lado.

Desempenham as mesmas fungoes, ja descritas para a regiaocorrespondente do maxilar superior.

Zona do selado periferico

E uma faixa de 2 a 3mm da regiao de mucosa movel, que contorna

toda a area chapeavel, tanto na vertente vestibular como na vertente

lingual.

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As inser<;:6es musculares que interferem nessa regiao, no lado

vestibular, sac:

a} freio do labia;

b} musculo borla do mento;c} musculo orbicular do labio;

d) musculo bucinador;

e} ligamento pterigomandibular ou aponevrose bucinatofaringea.

No lado lingual, sac:

a} freio da lingua;

b) musculo da lingua;

c) musculo genioglosso;

d) musculo constrictor superior da faringe.

Zona do selado posterior

Ha divergencia entre os autores quanta a localizac;:ao da zona

do selado posterior da mandibula. Uns consideram-na atras da papila

piriforme, outros nos 2 / 3 da p apila e outros, ainda, antes da papila,

exatamente no sulco que lembra a letra "V".

Zona de aHvio

As regi6es que sac consideradas de alivio, na mandibula, sao:a) regiao do buraco mentoniano;

b) porc;:ao posterior da linha obliqua interna;

c) tor us mandibulares;

d) rebordo alveolar em lamina de faca.

MlJSCULOS QUE INFLUEM NA ESTABILIDADE

DA DENTADURA INFERIOR

Podemos aproveitar este capitulo para lembrar os musculos que

interferem na estabilidade da dentadura inferior. Sao:

a) freio do labio;

b) musculo borla do mento: e um musculo par que se localiza

ao lade da linha mediana e cuja contrac;:ao eleva 0 labia inferior;

c) musculo quadrado do mento que fica no plano mais profundo

e cuja contrac;:ao levanta 0 f6rnice;

d) musculo bucinador, de forma trapezoidal, cuja contrac;:ao retrai

a comissura;

e) ligamento pterigomandibular;f) musculo temporal que as vezes influi na estabilidade das

dentaduras.

Na parte lingual, os musculos que interferem na estabilidade sao:

a) freio da lingua;

b) musculo genioglosso, em forma de leque;

c) musculo milo-hi6ideo com forma quadrangular;

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c) musculo milo-hi6ideo com forma quadrangular;

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7. Idem - Ibidem. p. 73.

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Meios de Reten~ao das Dentaduras Completas

Segundo Hardy e Kapur, os fatores que influem na reten<;ao de

uma dentadura podem ser divididos em: fisicos, fisiol6gicos, psrqui-

cos, mecanicos e cirurgicos.

A a<;ao dos fen6menos de adesao, de coesao, de tensao super-

ficial e de pressao atmosfarica na reten<;ao de uma dentadura, cons-

titui 0 item dos fatores fisicos. As influencias do grau de tonicidade

dos tecidos, das caracteristicas anat6micas do rebordo alveolar, do

controle neuromuscular e da qualidade e quantidade de saliva saD

analisadas nos fatores fisiol6gicos. Por outro lado, 0 valor da com-

preensao e da coopera<;ao do paciente na melhoria da reten<;ao ou

a influencia negativa da atitude mental de pessimismo saD tratados

no item dos fatores psicol6gicos. Por sua vez, 0 estudo da interfe-

rencia da oclusao e da articula<;ao na reten<;ao assim como 0 aumento

cirurgico da area chapeavel saD assuntos tratados como fatores

mecanicos e cirurgicos, respectivamente.

Neste capitulo, poram, dos fatores acima enumerados, apenas

os fatores fisicos serao estudados, visto que os demais serao anal i-

sad os em outras partes deste trabalho.

o fen6meno de adesao a a for<;a de atra<;ao resultante da a<;ao

intermolecular de dois corpos de naturezas diferentes em contacto.

Segundo Greve, a adesao a um dos fatores mais importantes na

retenc;ao.

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As leis que regem 0 fen6meno de adesao saD:

a) a adesao e proporcional a area em contacto, portanto, quanta

maior a area, maior sera a adesao;

b) a adesao e proporcional ao numero de pontos de contactos,

assim, em uma mesma area, aquela que tiver mais pontos de con-

tactos tera maior for<;a de adesao.

A a<;ao do fen6meno de adesao na dentadura e mais intensa

quando ha um intimo contacto entre a base da pr6tese e a mucosa,

interposta de uma pelicula de saliva. A saliva aumenta a fon;:a de

adesao porque proporciona um aumento do numero de pontos de

contactos entre a dentadura e a mucosa, conforme 0 enunciado da

2." Lei.

Budgett estudou as propriedades adesivas dos Iiquidos fazendo

experiencias com do is blocos de a90 e chegou as seguintes conclu-

soes:

- mais ou menos 70% da for<;a de adesao de dois corpos e

devida a pelicula de Iiquido entre as faces de contacto;

- mais ou menos 25% da for9a de adesao e exercida pela

pressao atmosferica e, finalmente;

- a a9ao intermolecular entre os s61idos e insignificante.

o aumento da for<;a de adesao de duas superficies de s61idos

com a presen9a da pelicula de liquido foi tambem constatado pelas

experiencias de Stone e Moses, que as executaram respectivamente

com perolas de vidro e placas de vidro.

A coesao e a for9a que une as partfculas que constituem um

corpo.

As experiencias mostram que quando duas placas de vidro saD

  justapostas apresentam certa dificuldade em se separarem e a a<;:ao

do fen6meno de adesao. Se colocarmos, entre as placas de vidro,

uma pelicula de agua, a fon;:a de atra<;:ao aumenta consideravelmente;

e 0 fen6meno de adesao que foi auxiliado pela pelicula de agua

que aumentou os pontos de contacto.

Se, ao inves de agua, colocarmos 61eo, a adesao aumentara

muito mais, porque, alem do fen6meno que vimos acima, agora

atuou tambem a for<;:a de coesao do 6leo, que e maior do que a

da agua.

Ostlund e Campbell demonstraram que a reten<;:ao da dentadura

aumenta a medida que a distancia entre a base da dentadura e a

mucosa diminui. Em outras palavras, quanta melhor for a adapta<;:ao

maior e a for9a de adesao, porque ha maior numero de pontos de

contacto.

Ostlund ainda demonstrou, e foi posteriormente confirmado por

Kuber, que a reten<;:ao da dentadura e diretamente proporcional a

viscosidade da saliva do paciente.

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A tensao superficial, segundo Craddock, e 0 fenomeno que se

pass a com a saliva em contacto com as bordas da dentadura, uma

vez instalada na boca. A tensao superficial da saliva favorece aforQa de adesao e aumenta a retenc;ao da base do aparelho.

Os Ifquidos podem apresentar dois tipos de comportamentos

diferentes quando sao colocados em contacto com a superHcie de

um corpo. 0 primeiro molha a superffcie de contacto e a parte livre

forma uma expansao, terminando num nfvel mais elevado (exemplo:

agua no copo de vidro). Nesse caso, 0 fenomeno de tensao super-

ficial auxilia na retenQao da protese, aumentando a adesao, porque

a superHcie livre da saliva veda a junQao entre a borda da protese

e a mucosa. Tal Ifquido possui tensao superficial positiva (Fig. 5-1).

Figura 5-1

1. T ens li o sup  er fi c ial .

2 . P e Jicula d e  s a liv a .

o segundo tipo de liquido nao molha 0 corpo e, na Iinha de

contacto, a superHcie livre se retrai, como que fugindo ou recusan-

do-se a entrar em contacto (exemplo: mercurio e vidro). Colocando-se

este tipo de Ifquido entre duas placas de vidro, por exemplo, nao

modifica a adesao. 0 mesmo e considerado liquido com tensao su-

perficial negativa.

PRESSAO ATMOSFERiCA

Segundo Snyder e cols., a pressao atmosferica influi de modo

perceptivel na retenQao das dentaduras completas.

Essa afirmativa dos autores apoia-se na seguinte observaQao:

quando os portadores de dentaduras superiores, com camaras de

vacuo, realizam voos aereos, por exemplo, nas altas altitudes, quando

a pressao ambiente diminui, a retenc;ao da protese tambem diminui.

Ostlund, em 1948, fez a mesma experiencia in vitro e observou

que a dentadura com camara de vacuo perdia completamente a

retenQao toda vez que colocava a camara em comunica<;ao com 0

meio externo por meio de furo.

Quanto a influencia da pressao atmosferica na retenQao da

dentadura, parece nao haver duvida; discute-se, porem, se ela atua

ou nao permanentemente.

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coesao e tensao superficial; a pressao atmosferica atua s6 quando

aparece alguma fon;:a que tente deslocar a dentadura.

Sabemos que cada cm2 de superffcie de qualquer corpo, ao

nivel do mar, recebe uma pressao de 998g. Se considerarmos que

a area chapeavel de uma boca de tamanho medio e de 20cm2, entao,

teoricamente, aquela area, estaria recebendo uma carga de 20kg de

for9a, permanentemente.

Porem, essa pressao de quase 1kgjcm2 que recai sobre os corpos

e neutralizada pela a9ao interna dos tecidos. Assim, tambem, acon-

tece / c6m os peixes que conseguem resistir, normal mente, a pressao

da / coluna de agua, porque 0 seu organismo esta adaptado a ela.

E i   por esse motivo que, tambem, os portadores de dentadura nao

sentem, normal mente, nenhum efeito da pressao atmosferica.

Baseado no que foi exposto, se 0 paciente, com a dentadura

na boca, nao sente 0 efeito da pressao, podemos escrever (Fig. 5-2):

P = R

onde:

"P" corresponde a pressao atmosferica e

"R" a for9a de rea9ao interna.

Se, porem, nessa mesma dentadura, for introduzida uma camara

de vacuo na regiao da ab6bada palatina, 0 paciente ira sentir, agora,

uma pressao maior. Explica-se 0 fen6meno da seguinte maneira

(Fig. 5-3).

Figura 5-2

P  = Pressii o  atmosfer i c a  que 

i nc i de  em toda area c  h apeavel .

R  = Reat ; iio  i nterna de toda 

a re a  em contac t o com   a base 

da pr6tese .

P I, P2 , Pa, P  m  = pres s iio local  .

R I , R2, R a , R m  = rear;;iio local .

PI  + P 2  + P s  + P m  = P .

RI  + R 2  + R s  + Rn , = R .

 R I  -I- R2 + Ra ... - ( R , + R , + R  ,) ... + R , , , = R

PI  + P 2  Px + P, + P. + .,. +P ,,, = P Por ta nt o :  P  > R 

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No segundo caso, P e maior, porque a forc;a de neutralizaC;8o

da area correspondente a camara de vacuo nao atinge a superffcie

da dentadura. A sensac;ao de succ;ao que 0 paciente sente e justa-

mente a pressao atmosferica correspondente a area da camara de

vacuo, isto e, a (Px Py).

Por outro lado, a prova de que existe uma forc;a de reac;ao de

dentro para fora e dada pela hipertrofia da mucosa provocada pela

camara de vacuo. Essa formac;ao aparece e cresce lentamente, com

o usa do aparelho e, quando preencher toda a cavidade da camara

de vacuo. entao a dentadura perde a reten<;8o.

1. BUDGETT,B. A. - Patella, J. - Theory of adhesion and impression technic

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12. STONE, W. - Apud Patella, J  -  op. cit

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Introdu~ao aD Estudo das Moldagens

Moldagem em pr6tese completa e a conjunto de atos clinicos

que visam a obter a impressao da area chapeavel, par meio de

materiais pr6prios e moldeiras adequadas.

Molde e a impressao negativa da area chapeavel, fixada no

material pr6prio, a custa das manobras clinicas corretamente orien-

tadas.

No campo da escultura, a emprego da moldagem para a repro-

duc;:ao dos corpos e bem antigo; assim e que, segundo Aldrovandi,

Lissipus, grande escultor grego, da era antes de Cristo, ja empregava

a gesso na moldagem da face, para a obtenc;:ao da mascara facial.

Na Odontologia, a operac;:ao de "moldagem" e relativamente re-

cente, Mathias Purman, em 1783, empregando a cera de abelha,

obteve a primeira moldagem total da boca. Dunning, em 1843, utilizou

a gesso para moldagem da boca, Stent, em 1857, a godiva para a

mesma finalidade.

a conceito de moldagem perfeita da boca desdentada para den-

tadura e muito diferente da moldagem perfeita de uma cavidade comfinalidade protetica, par exemplo. Nesta, a problema e reproduzir com

fidelidade e sem deformac;:ao, sendo possivel porque a dente e um

corpo s6lido, indeformavel sob ac;:ao do material de moldagem. No

cas a de boca desdentada, a fibromucosa que reveste a area de suporte

altera-se durante a moldagem com a ac;:aodo material e, alem disso,

modifica-se ainda durante a mastigac;ao com as esforc;os mastiga-

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t6rios. Tal varia<;ao difere conforme a reglao da boca. Por exemplo,

na zona do fecho periferico, a regiao e completamente m6vel em

todos os sentidos, na zona principal de suporte e compressivel e,

na zona de alivio, e completamente rigida. Oai conclui-se que a

moldagem perfeita da boca desdentada e a que reproduz com fide-lidade todos os acidentes anatomicos, e, tambem, as modifica<;oes

da fibromucosa no estado dinamico, sob a a<;ao dos musculos eleva-

dores e abaixadores, musculos mimicos, musculos orbiculares dos

labios, movimentos da lingua etc. Em outras palavras, a moldagem

perfeita e uma moldagem deformada intencionalmente, conforme as

necessidades dos casos.

Como se ve, a moldagem de uma boca totalmente desdentadadifere muito das moldagens comuns de um dente. Para se conseguir

essa modifica<;ao da fibromucosa de revestimento, no ato da ope-

ra<;ao, utilizam-se de varios artificios. 0 artificio mais generalizado

e a tomada de duas moldagens, cada uma com objetivos e finalidades

diferentes.

A primeira moldagem recebe 0 nome de moldagem preliminar

ou anatomica. As manobras operat6rias realizadas nessa moldagem

tem como objetivos obter um mol de com as seguintes caracterfsticas:

a) c6pia da conforma<;ao geral da boca;b) afastamento da mucosa m6vel ao maximo posslvel, recebendo,

ao mesmo tempo, as suas impressoes no estado de tensao.

A moldagem anatomica assim realizada tem por finalidade obter

um modelo que possibilite:

a) delimita<;ao correta da area chapeavel;

b) saber da tonicidade das inser<;oes musculares que vem ter-

minar na zona do selado periferico;

c) saber se ha ou nao necessidade de cirurgia pre-protetica;d) confec<;ao da moldeira individual.

Para se conseguir uma moldagem anatomica com as caracteris-

ticas assinaladas acima, ha necessidade de uma moldeira de estoque

adequada, de um material de moldagem pr6prio que, manipulado,

tenha uma consistencia suficiente para afastar as partes m6veis

que circunscreve a area chapeavel e, final mente, de uma tecnica

operat6ria correta.

Nao obstante, ha autores que definem a moldagem anatomica

como sendo uma moldagem estatica, onde interessa obter apenasa conforma<;ao geral da area chapeavel.

A defini<;ao mais correta e mais atualizada e q uando se diz:

a moldagem anatomica e a moldagem que tem por finalidade obter

a configura<;ao geral de area chapeavel e tambem 0 aspecto da fibro-

mucosa que circunscreve, modificada, sob 0 efeito dos movimentos

fisiol6gicos.

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A segunda moldagem € I uma moldagem mais delicada onde inte-

ressa reproduzir os detalhes anatamicos da area chapeavel, compri-

mindo as zonas ditas de compressao, aliviando as zonas ditas de

alfvio, e registrando as inser<;:6es musculares que vem terminar na

area chapeavel.Esta segunda moldagem portanto visa os seguintes objetivos:

a) obter os detalhes anatamicos da area chapeavel;

b) comprimir as zonas de compressao;

c) aliviar as zonas consideradas de alfvio.

Essa segunda moldagem ou moldagem funcional tem por fina-

lidade:

a) obter a retenc;:a~ do aparelho;

b) obter a uniformidade no assentamento da base da dentadura;

c) satisfazer 0 conforto do paciente.

Para obter 0 que esta supradito, utilizamo-nos de uma moldeira

individual, de um material de moldagem especial para esse fim e

tambem de uma tecnica adequada.

A moldagem acima descrita chama-se moldagem definitiva ou

funcional. E definida da seguinte maneira: € I uma moldagem dinamica,

que registra todos os detalhes anatamicos da area chapeavel e tam-

bem as inserc;:6es museu lares que, pelos seus movimentos, inte-

ressam a dentadura.

Moldeira €I um dispositivo que serve para conduzir 0 material

de moldagem manipulado a boca, a fim de pa-Io em contacto fntimo

com a parte a moldar e remover 0 molde sem distorc;:6es.

Tipos de moldeiras

Ha dois tipos de moldeiras: moldeira de estoque e moldeira

individual.

A moldeira de estoque € I aquela que € I encontrada pronta no

comercio, em jogos de tamanhos-padrao, feitos geralmente em alu-

mfnio (Figs. 6-1 e 6-2).

A moldeira individual € I feita especial mente para uma determi-

nada boca, geralmente em resina acrflica, podendo, nao obstante,

ser feita em placa base, metal de baixa fusao, conforme 0 caso.

A moldeira de estoque, para a moldagem da boca desdentada,

difere da usada para a boca com os dentes, na forma e tamanho.

As moldeiras para as bocas desdentadas tem os seus sulcos maisrasos e acompanham mais a conformac;:ao anatamica dos rebordos.

As moldeiras destinadas aos arcos com os dentes saD maiores, os

sulcos saD mais profundos e n as bordas encontram-se dobras que

servem para reter 0 material de moldagem.

Faz parte do jogo de moldeiras para dentados, uma destinada

para desdentado posterior, a qual apresenta duas caracterfsticas:

a parte desdentada (posterior) € I mais rasa e baixa, ao passo que

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a parte desdentada (posterior) € I mais rasa e baixa, ao passo que

Figura 6-1

Moldeiras anatomicas 

superiores .

Figura 6-2

Moldeiras anatOmicas 

inferiores.

Ainda existem moldeiras para moldagens parclals ou regionais.

Esse tipo de moldeira se utiliza nas moldagens de grupos de dentes.

como ocorre nos casos de proteses fixas.

Edward e Boucher, em 1942. observando as moldeiras individuais,

e tambem as dentaduras prontas, encontraram dificuldades em deno-

minar as partes destas, visto que a saliencia da boca corresponde

a reentrancia da moldeira e vice-versa. Para facilitar, os autores

propuseram a seguinte denomina<;ao:a) chamar os sulcos da boca, bordas na moldeira;

b) chamar 0 rebordo da boca, sulco na moldeira;

c) chamar os freios da boca, de recortes na moldeira.

Assim temos. na moldeira, bordas vestibular e lingual; sulco

alveolar e recortes lateral. labial e l ingual (Fig. 6-3).

Figura 6-3

1. Sulco - Borda.2. Rebordo - sulco.

3. Freio - recorte .

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r  superior

1 . inferior

J  superior

1inferior

. parcial

{

de resina acrilica

placa base

{

de resina acrilica

placa base

Os materiais de moldagem em protese total podem ser classi-

ficados, segundo trespontos de vista: quanta a finalidade, quanta

as propriedades ffsicas e quanta ao aspecto clfnico.

Materiais de moldagens quanta a finalidade

Segundo a finalidade, os materiais de moldagem podem ser divi-

didos em:

a) fundamentais;

b) complementar;

c) de duplica<;:ao.

Material fundamental  e 0 responsavel principal na obten<;:ao de

um molde, tanto na extensao como na fidelidade. Pode ser classifi-

cado em termoplastico (cera, godiva, hidrocoloide), e nao termoplas-

tico (pasta zincoenolica, alginato, gesso etc.).

Materi a l  co mplem e ntar  e 0 que, numa moldagem, complementa

ou corrige as falhas ou efetua a moldagem que 0 outro material nao

consegue realizar. Pode ser tambem dividido em termoplastico (cera

gutapercha) e nao termoplastico (pasta zincoeugenolica).

M a ter i al de dupli  c ar  e 0 que e utilizado para duplica<;:ao do

modelo. Pode ser reprodu<;:ao unitaria (alginato) e em serie (corogel).

Materiais de moldagens quanta as propriedades fisicas

Segundo as propriedades ffsicas, os materiais de moldagem

podem ser divididos em:

a) anelastico;

b) elastico.

Material anelastico  e 0 que, uma vez obtido, 0 molde nao apre-

senta elasticidade (godiva. gesso).

Material elastico  e 0 que, depois de moldado, apresenta alguma

elasticidade. sem, contudo, prejudicar a fidelidade do mol de (hidro-

coloide, alginato, material a base de borracha).

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quanta a

finalidade

{

." {gOdiVa, hidrocol6idetermoplastlco _ cera baixa fusao,

nao alginato, gesso,termoplastico { pasta zincoeugen6lica",

{

termoplastico { cera de baixa fusao,

gutaperchacomplementar _ 

nao

termoplastico {pasta zincoeugen61ica,

{

anelastico

elastico

quanta as

propriedades

fisicas

quanta aos

aspectos

clfnicos

{ hidrocol6ide, corogel, alginato

{godiva, gesso,

pasta zincoeugen61ica,

{hidrocol6ide, algi nato,

- material a base de borracha

{godiva

cera de baixa fusao

{

pasta zincoeugen61ica,alginato

hidrocol6ide

silicona

Materiais de moldagens quanta ao aspecto clinico

Quanto ao aspecto clinico, os materiais podem ser classificados

em dois tipos: materiais de moldagem imediatos, que recebem a

impressao logo no ato de compressao, e outros de moldagem me-

diatos, que requerem urn certo tempo de espera junto ao corpo a

ser moldado para se obter a impressao.o material de moldagem imediato, sucessivamente, durante as

operac;oes de introduc;ao, centralizac;ao e compressao, tenta afastar

as partes m6veis da mucosa, mas, como estas se opoem atraves

da sua consistencia, entao se estabelece urn equilibrio entre os

dois corpos.

o equilibrio se da exatamente no momenta em que a plasticidade

do material contrabalanc;a a compressibilidade da mucosa. Nesse

momento, 0 material nao s6 atua ativamente, provocando a mudanc;a

de forma da fibromucosa, mas tambem se comporta passivamente,

recebendo as impressoes dos detalhes anatomicos da area que estasendo moldada.

Oaf, modernamente, considerar-se esse tipo de moldagem tam-

bem como uma moldagem dinamica.

o material representativo tipico do grupo e a godiva. Traba-

Ihando-se com esse tipo de material, isto e, material que molda com

o simples ato de compressao, assim que sustarmos essa compressao,

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podemos esfriar a godiva com urn jato de agua e retira-Ia da boca

em seguida.

a material de moldagem mediato  difere do imediato, justamente

no comportamento fisico. A pasta zincoeugen6lica, que e 0 represen-

tante tipico do grupo, depois de manipulada e levada a boca, paraa obten9ao da impressao, necessita de algum tempo para que se

processe a presa do material. Como a presa ocorre ap6s alguns

minutos da manipula9ao, 0 material s6 molda, fixando a imagem do

corpo, quando processada a rea9ao quimica e adquire a consistencia

rigida. Durante as manobras de moldagem, como esse tipo de mate-

rial, por falta de consistencia, nao comprime a mucosa, dai a razao

da moldagem ser chamada de passiva ou sem compressao.

Urn born material de moldagem deve apresentar certos requisitos:

a) tempo de trabalho;

b) grau de plasticidade;

c) altera9ao dimensional e morfol6gica;

d) resistencia a fratura;

e) inocuidade aos tecidos bucais.

Tempo de trabalho

a tempo de trabalho para 0 material de moldagem e 0 espa90

de t empo que vai do instante que iniciamos a m anipula9ao ate a

remo9ao do mol de. Esse espa90 de tempo nunca pode ser menor

do que 3 minutos; caso contrario, 0 profissional nao dispoe de tempo

suficiente para manipular 0 material, coloca-Io na moldeira e leva-Io

a boca do paciente. Nao deve, por outro lado, ultrapassar de 7 mi-

nutos, porque a demora da presa do material pods cansar 0 paciente

ou mexer a moldeira, 0 que pod era comprometer a moldagem.

A godiva, como e urn material termoplastico, depende muito

das condi90es em que 0 profissional trabalha, mas enquadra-se

perfeitamente dentro dos requisitos exigidos.

A pasta zincoeugen61ica tambem e urn material que depende de

muitos fatores, tais como a propor9ao de pasta branca e vermelha,

da temperatura ambiente, tempo de espatula9ao etc., mas, quando

corretamente manipulada, satisfaz plenamente.

Deve ser de tal ordem que permita, no ato da moldagem, espa-

Ihar-se com facilidade em toda a extensao da area, penetrando nas

menores reentrancias para conseguir urn molde fiel.

A godiva, quando aquecida na agua, apresenta uma plasticidade

perfeita; 0 mesmo acontece com ·a pasta zincoen61ica, quando as

pastas dos dois tubos sao manipLi.lados convenientemente, nas pro-

por90es corretas.

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Altera~ao dimensional e '1Iorfol6gica

a material nao deve sofrer alterac;:oes dimensionais e nem mor-

fol6gicas dentro de um certo limite de tempo, durante a presa ou

ap6s a presa.

A pasta zincoeugen61ica apresenta uma estabilidade boa, pois,

dentro de 24 horas. as alterac;:oes dimensionais e morfol6gicas que

sofrem sao, em nfveis, consideradas aceitaveis.

A godiva tambem apresenta alterac;:oes consideradas aceitaveis:

0,5% de contrac;:ao ao passar de 40°C para 25°C; 0,3 a 0,4% da tem-

peratura ambiente para 0 meio bucal.

Resistencia a fratura

Depois da presa, os materiais de moldagem devem apresentar

uma certa resistencia a fratura, ao ser removida da boca e tambemdurante a confecc;:ao do modelo.

Tanto a godiva como a pasta zincoeugen61ica satisfazem plena-

mente 0 presente requisito.

Inocuidade aos tecidos bucais

as materiais de moldagem nao devem irritar a mucosa bucal e

nem provocar sensac;:ao desagradavel.

A pasta zincoeugen61ica e a godiva nao desrespeitam 0 requisito

acima, pois SaD completamente neutras.

1. ALDROVANDI, C. - O en taduras Camp  / etas -   1.° Vol., 2.' ed. Ed. Cientifica,

Rio, pp. 93-95, 1960.

2. EDWARD, L. F. & BOUCHTER, C. O. - Anatomy of the mouth in relationto complete dentures. J .A.O .A., 29: 331-345, Mar., 1942.

3. SAIZAR. P. - Protesis  a Placa  -  6.' ed.. Progrental Editor, B. Aires, pp. 90-96,1958.

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M oldag em A na t om ic a

Materiais necessarios

Inieialmente, seleeionamos as materiais e instrumentais indis-

pensaveis para a realiza<;ao da moldagem anatomiea superior que

sao (Fig. 7-1):

a) jogo de moldeiras de estoque superior tipo TT 1,2,3;

b) plaeas de godiva de alta fusao;

c) bastao de godiva de baixa fusao;

d) espatula Le Cron;

e) lampada de Hanau au similar;

f) plastificador de godiva.

Posic;ao do paciente

o paeiente devera fiear sentado eomodamente, com a eabe<;:a

e a troneo apoiados no eneosto, ligeiramente inelinado para tras, de

tal modo que a plano de Camper fique paralelo ao piso. A altura

ideal do paciente e quando a sua eomissura labial esta na altura

da metade inferior do bra<;:o do operador, eoloeado ao seu lado

(Fig. 7-2).

Selec;ao da moldeira

o passo seguinte e a sele<;:ao da moldeira de estoque. E uma

fase muito importante e par isso nao deve ser desprezada. 0 tamanho

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Figura 7-1

Materiais necessarios.

Figura 7-2

Posi980 do paciente .

da moldeira influi, decididamente, no resultado da moldagem anato-

mica. Pode-se mesmo afirmar que, quando e selecionada 0 tamanho

adequado, equivale, de antemao, a metade do t3xito da moldagem

anatomica.

A moldeira de estoque deve cobrir a maxila em toda a extensao,

deixando uma folga de 2 a 3mm em todos os sentidos. A bordavestibular da moldeira nao deve ser baixa nem mais alta do que

o rebordo alveolar, mas, aproximadamente, da mesma altura, e a

borda posterior nao ultrapassar a "Iinha do ah".

A ,escolha da moldeira e feita por tentativas. Esterilizamos 0

  jogo completo e geralmente come«;:amosa experimentar pelo tamanhomedio. . .

Segurando-a pelo cabo com os dedos indicador e polegar, apoian-

do com 0 dedo medio na parte inferior, levamo-Ia a boca, que devera

estar semi-aberta, com os musculos orbiculares relaxados.

Pondo em contacto 0 recorte lateral da moldeira na comissura

esquerda, com 0 dedoindicador, afastamos a comissura direita e

com um pequeno movimento de rota«;:aona moldeira para a direita,

introduzimo-Ia na boca (Fig. 7-3).Inicialmente, pedimos ao paciente para abir bem a boca: encos-

tamos a parte posterior da moldeira na "Iinha do ah", e, com um

movimento de rota«;:ao em tome da borda posterior, adaptamos a

por«;:aoanterior. Mantemos a moldeira nessa posi«;:ao com 0 dedomedio apoiado na parte central. Com os dedos in-dicador e polegar,

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Figura 7·3

Introduciio da moldeira superior.

afastamos as bochechas e 0 labia para examinar se no comprimento

e na largura ha folga de 2 a 3mm entre 0 rebordo alveolar e amoldeira. Se nao houver 0 espac;o adequado, testamos outra moldeira

maior, e, pelo contrario, se 0 espac;o for excessivo, passamos paraa serie menor (Fig. 7-4).

Assim, por tentativas, procuramos aquela que melhor se ajusta

ao caso. Quando acontecer de 0 tamanho ou a forma da boca ser

muito diferente da moldeira, esta deve ser ajustada. Para isso, pre-

para-se uma porc;ao de godiva de alta fusao plastica, adaptando-a

nas bordas da moldeira e, a custa desse material, prClcura-se ajusta-Ia

na conformac;ao adequada ao caso, aumentando, diminuindo ou mu-

dandO"a forma, conforme as necessidades (Fig. 7-5).

Figura 7-4

Adaptando  a parte posterior 

da moldeira .

Figura 7-5

Adap t ando  a parte anterIor 

l ; J a moldelra.

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,Preparac,:ao do material

Colocamos duas placas de godiva no plastificador a 54°C, e,

e, uma vez obtida a plasticidade da godiva, manipulamos ate obter

u'ma massa homogenea. 'A seguir, tomamos a moldeira selecionada,

e colocamos a godiva plastica no seu centro sob forma de uma bolae, com os dedos umedecidos, distribufmos 0 material por toda a

superficie. Devemos ter 0 cuidado de obter uma camada de espessura

uniforme e com um ligeiro excesso na p eriferia para proteger as

bordas da moldeira. Mergulhamos 0 conjunto no plastificador por

alguns instantes, segurando pelo cabo da moldeira para plastificar

a godiva uniformemente. Esta, assim, pronta para ser levada a boca,

para a moldagem [Figs. 7-6 a 7-8). ,

Figura 7-6

Prepar o  da godiv a.

Figura 7-7

Coloca r ;ao da go d iva .

Figura 7-8

Adaptaryao da godiva .

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a paciente, estando na cadeira, na posil;:ao descrita, colocamo-nos

ao seu lado direito e iniciamos os a tos clfnicos de moldagem:

a) com os dedos polegar e indicador direitos, seguramos 0 caboda moldeira, e, com 0 medio, apoiamos a b~cia;

b) com 0 dedo indicador esquerdo, afastamos a comissura direita

e, com a moldeira contendo godiva, afastamos ligeiramente a co-

missura esquerda; dando uma ligeira rota<;:ao na moldeira. acabamos

introduzindo-a na boca sem nenhuma dificuldade (Fig. 7-9).

c) pedimos ao paciente que abra a boca 0 maximo posslve!.

Fazemos coincidir as tuberosidades do maxilar com as partes finais

do sulco da moldeira, e, dando uma rota<;:ao na moldeira, adaptamos

tambem a parte anterior (Fig. 7-10)·;

d) com os dedos da mao direita, continuamos ainda segurando

o cabo da moldeira e. com 0 indicador esquerdo introduzido na boca,

levantamos 0 labio superior e a bochecha de cada lado, deixando

as bordas da moldeira livres de interferencia;

e) centralizamos a moldeira de modo que 0 cabo fique na Iinha

mediana do rosto (Fig. 7-11);

f) mantendo a moldeira nessa posi<;:ao. passamos para tras do

paciente, e, logo a seguir, abaixamos a cadeira cllnica ate atingir

uma altura conveniente;

Figura 7-9

Introd u {: ii o com   ro ta{:i i o .

Figura 7·10

Adapta{:iio da borda posterior .

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p { p

Figura 7-11 .

Centralizar;ao dfJ moldeira.

Figura 7-12

Compres s ao bil  a teral.

g) apoiamos os dedos indicadores e medios em cada lado da

moldeira, na altura dos pre-molares e imprimimos uma compressao

bilateral e simultanea, lenta e firme com mesma intensidade em

ambos os lados. Quando sentirmos resistencia, sustamos a com·

pressao, pois e sinal do aprofundamento total; com essa compressao,

  ja moldamos 0 corpo da maxila (Fig. 7-12);

h) passamos entao para a moldagem do selado periferico ves-

tibular; para isso deslocamos os dedos indicador e medio esquerdos

para 0 centro da moldeira e imobilizamos a moldeira. Com os dedos

indicador e polegar direitos, seguramos a bochecha, introduzindo 0

indicador para dentro da boca;

i) fazemos as tra<;oes da bochecha direita para baixo, tres ou

quatro vezes, sem deslocar a moldeira do lugar (Fig. 7·13);

 j) fazemos, depois. as tra<;oes do labio superior para baixo, segu-

rando-o com os dedos indicador e polegar 'direitos e esquerdos e

mantendo a moldeira no lugar com os dedos medios de ambos os

lados (Fig. 7-14);

k) levamos novamente os dedos indicador e me,dio direitos aregiaodo rebordo da moldeira, para a sua fixa<;ao, e, com os dedos

indicador e polegar esquerdos, fazemos as tra<;oes da bochecha para

baixo (Fig. 7-15); .

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· Figura 7-13

Tra r ;a o da bochecha direita.

Figura 7-14Trar;ao do labio superior.

Figura 7-15

Trar ;a o da bochec h a esque rd a .

I) voltamos a posic;:ao inicial, isto e , ao lado do paciente, e com

um jato d'agua esfriamos a godiva das bordas e removemos 0 molde

da boca. Na remoc;:ao do molde, geralmente, encontramos uma grande

retenc;:ao. Para quebrar essa retenc;:ao, levantamos 0 labia e a bo-

checha do lado direito para afastar a ac;:ao dos musculos e fazemos

uma trac;:ao firme da moldeira para baixo, a qual se destacara com

essa manobra.

m) lavamos 0 molde em agua corrente para deixa-Io completa-

mente isento de -saliva. Secamos com 0 jato de ar para ser examinado.

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Exame do molde

a) 0 molde deve apresentar a superffcie fosca e distribufda

uniformemente;

b) verificar se alguma parte da borda do molde nao entrou em

contacto com a mucosa, 0 que se percebe pela permanencia do

brilho e tambem pela falta de conforma<;ao anatomica, arredondada

e perfeitamente lisa;

c) examinar 0 sulco do mol de, de tuberosidade a tuberosidade,

verificar se houve falta de godiva em alguma regiao, se houve dis-

ton;:ao no ato da remo<;ao, se a compressao for suficiente ou se a

superffcie da moldeira entrou em contacto direto com a mucosa;

d) observar depois a regiao do palato para ver se 0 material

copiou a conforma<;ao anatomica, se ha nitidez dos detalhes da rugo-

sidade palatina, se 0 material foi suficiente ou se tem, ainda, im-

press6es digitais;

e) verificar a centralizac;ao do molde (Fig. 7-16);

f) levar 0 molde a boca e verificar se, com a compressao alter-

nada nas regi6es dos pre-molares, ha movimentos de bascula.

Figura 7-16

Exame do mofde .

 \  Defeitos do molde

o mol de pode apresentar dois tipos de defeitos: os que podem

ser corrigidos sem prejufzo final e os que nao podem ser corrigidos.

Os defeitos que podem ser corrigidos:

a) falta de godiva nas regi6es do fecho periferico e do "post-

damming";

b) presenc;a de impress6es digitais.

Os defeitos que nao podem ser corrigidos:

a) molde descentralizado;

b) molde com bascula;

c) falta de material no sulco ou no palato;

d) molde com excesso de compressao;

e) molde com falta de compressao ou sem 0 devido aprofunda-

mento.

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Corre~ao do molde

A correc;:ao do molde com falha, por falta de material, e feita

com 0 acrescimo de godiva de baixa fusao. Plastificamos 0 bastao

de godiva a chama, diretamente, e depositamos 0 material na regiao

da falha e com a espatula quente promovemos a uniao dos doismateriais; com a lampada de Hanau plastificamos apenas a regiao

onde foi acrescida a godiva, molhamos na agua do plastificador e

levamos a boca para a remoldagem (Figs. 7-17 e 7-18).

Figura 7-17

Falta d e mater ial.

Figura 7-18

C orrer ;iio do mold e.

a molde, instalado na boca, e fixado na sua poslc;:ao correta, e,

feito isso, repetimos os movimentos correspondentes a regiao a sercorrigida.

A correc;:ao do molde quando permanecem as impress6es digitais

na superffcie da godiva tambem e simples: com a lampada de Hanau

plastificamos superficial mente todo 0 molde, molhamos na agua do

plastificador e levamos a boca para remoldagem, repetindo todos os

movimentos.

Materiais necessarios

Para a moldagem anatomica inferior, necessitamos dos seguintes

materiais e instrumentais:

a) placas de godiva de alta fusao;

b) bastao de godiva de baixa fusao;

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c) um jogo de moldeiras metalieas inferior tipo TT: 4, 5, 6;

d) lampada de Hanau;

e) espatula Le Cron;

f) plastifieador de godiva (Fig. 7-19).

Figura 7-19

Materiais necessarios.

Posic;ao do paciente

a paeiente devera fiear na eadeira elfniea, com a eabe<;:a e 0

troneo ligeiramente inelinados de tal modo que 0 plano de Camperfique paralelo ao piso. A altura ideal do paeiente e quando a sua

eomissura labial esta na altura do ter<;:o superior do bra<;:odo operador,

de pe ao seu lado (Fig. 7-20).

Figura 7-20

POSir;;80 do paciente .

Selec;ao da moldeira

A moldeira de estoque para a moldagem anat6miea da mandfbula

deve eobrir as seguintes partes da area ehapeavel:

a) as extremidades da mandfbula, isto e, as papilas piriformes;

b) lateralmente, a Iinha oblfqua externa;

c) lingual mente, a linha oblfqua interna.

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Figura 7-21

  Introdur;ao da moldeira.

Figura 7-22

  Adaptar;ao da moldeira. na

regiao anterior .

A sele<;ao da moldeira inferior e feita tambem por tentativas .

. Come<;amos pela de tamanho medio, segurando-o com os dedos

indicador e polegar. Introduzimos 0 lado esquerdo da moldeira, total-

mente na boca, com 0 dedo indicador esquerdo afastanios a comissura

do lado direito e depois completamos a introdu<;ao com um movi-

mento de rota<;ao (Fig. 7-21).

Adaptamos, entao, 0 sulco da moldeira, primeiro na parte an-

terior do rebordo alveolar e, sem retira-Ia dessa posi<;ao, ajustamos

depois nas partes posteriores. Examinamos, a seguir, para ver se essa

moldeira preenche os requisitos de extensao, ja referidos (Fig. 7-22).

Preparo do material

Coloc~mos duas placas de godiva no plastificador com a agua

r:ta temperatura de 54°C e aguardamos alguns minutos para que se

tornem plasticos. Quando as placas amolecerem e tomarem a formado fundo do aparelho, e 0 momenta de retira-Ias. homogeneiza-Ias e

dar-Ihes forma de um bastao (Fig. 7-23).

o bastao de godiva e adaptado no sulco da moldeira e a seguir

o material e distribufdo uniformemente, em toda a extensao cobrindo

por completo as bordas. Levamos novamente ao plastificador para

obter a uniformidade de consistencia do material (Figs. 7-24 e 7-25)

e passamos para a moldagem.

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e passamos para a moldagem.

Figura 7-23

 Bast ao de god  iva plastica.

Figura 7-24

Coloca{:ao da godiva na

moldura.

Figura 7-25

 Moldeira com god iva.

Tecnica de moldagem

Estando 0 paciente na cadeira, colocamos-nos ao seu lado epassamos para os atos clfnicos da moldagem anat6mica:

a) seguramos 0 cabo da moldeira com os dedos indicador e po-

legar da mao direita e introduzimos o. ramo esquerdo da moJdeira

na boca do paciente;

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b) com 0 dedo indicador ou medio' esquerdo, afastamos a co-

missura direita da boca _ e, com uma pequena rota<;:ao da moldeira,

completamos a introdu<;:ao (Fig. 7-26);.c) adaptamos ao rebordo alveolar anterior 0 sulco correspon-

dente da moldeira (Fig. 7-27);d) passamos 0 dedo indicador esquerdo nas bochechas e no

labia por dentro, no intuito de deixar livre a borda da moldeira;

e) colocamos os ded-os indicador e medio esquerdos sobre os

ramos da moldeira e 0 polegar na base da mand[bula, pomos. tambem.

os mesmos dedos da mao direita nas mesmas posi<;:oes descritas

acima (Fig. 7-28);

Figura 7-26

Intr odur;ao da mo l deir a .

Figura 7-27

Ad apta r ; a o  da  m oldeira  n a  boca .

Figura 7-28

Compressao da mol deira.

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Figura 7-29

F echamento da boca com a  ponta da lingua levantada.

Figura 7-30

  Molde anatOmico.

f) com forc;:a moderada, fazemos uma compressao lenta, bilateral

e uniforme sobre a moldeira ao mesmo tempo que 0 paciente vai

fechando a boca, para relaxar os musculos e leva a lingua para cima

(Fig. 7-29);

g) imobilizamos a moldeira com os dedos medio e indicador es-

querdos posicionados sobre os ramos da Iilesma. e 0 polegar sob a

base da mandibula; depois jogamos um j ato c;ie agua na moldeira·

para esfriar a godiva;

h) removemos a moldeira da boca; lavamos com agua corrente

e, ap6s secarmos completamente 0 molde com um jato de ar, pro-

cedemos a um exame (Fig. 7-30).

Exame do molde

Consideramos uma moldagem inferior bem realizada, quando

satisfizer os seguintes detalhes:

a) 0 molde deve apresentar a superffcie fosca e 0 material

distribuido uniformemente;

b) no sulco, a forma negatiya do rebordo alveolar e das papilas

piriformes, com detalhes anatomicos e sem distorc;:6es;

c) nao apresentar falta de material ao longo das bordas do molde;

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d) nao possuir dobras, sulcos, arestas e nem impress6es digi-

tais em toda a extensao do molde;

e) nao apresentar sinais de excesso ou falta de compressao;

f) apresentar a central izac;:ao correta.

Os defeitos encontraveis no molde podem ser classificados em

dois tipos: corrigfveis e nao corrigfveis. 0 criterio da avaliac;:ao e 0

mesmo descrito para 0 molde do maxilar superior.

Acidentes que podem ocorrer na moldagem

A grande maioria dos acidentes de moldagem e relativa anausea. Esta e uma forma de reac;:ao do paciente quando sente 0

contacto do material de moldagem na boca. Assim, felizmente,

esses acidentes apenas dificultam a moldagem, sem maiores con·

sequencias.A nausea pode ser contornada durante 0 ato clfnico, do seguinte

modo:

a) solicitamos que 0 paciente respire pelo nariz profundamente,

varias vezes. Nao raro apenas com esse exercfcio respirat6rio, con-

seguimos moldar normalmente;

b) quando a nausea persiste, pass am os urn anestesico t6pico

na parte posterior da area chapeavel;

c) se ainda com 0 anestesico t6pico nao conseguirmos con·

te-Ia, anestesiamos a parte posterior da ab6bada palatina, por meio

de infiltrac;:ao.

Nas clfnicas da Faculdade, as queimaduras provocadas pela go-

diva superaquecida, no rebordo alveolar, no labia ou na comissura

saD relativamente comuns, mas, em geral, sem gravidade.

Outro acidente e 0 ferimento nas comissuras produzido na in-

troduc;:ao da moldeira. .

Finalmente, urn acidente mais raro e a luxac;:ao temporomandi-

bular durante a moldagem. Se isso acontecer, apoiamos a mandfbula,

fjrmemente, com os polegares sobre os ramos do rebordo, bilateral·

mente, e, com os outros dedos na base da mandfbula, forc;:amos os. c6ndilos para tras e para cima ate recoloca·los nas cavidades gle-

n6ides.

1. ALDROVANDI, C. - D e n t adu r as C a mp/etas, 1.° Vol., 2.' ed. Editora Cientrfica,

Rio de Janeiro, p. 117, 1960.

2. SAIZAR, P. - Prote si s  a p/ aca, 6.' ed., Progrental Editora, Buenos Aires, p. 14,

1958.

3. SCHLOSSER, R. O. & GEHL, D. H. - Complete denture prosthes i s, 3.' ed.

W. B. Saunders, Co. Philadelphia & London, p. 76, 1953.

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Modelos e Moldeiras Individuais

o modelo e a reprodU<;;ao positiva do mol de.

o modelo de gesso, na Odontologia, foi utilizado, pela primeira

vez, por Pfaff, dentista de Frederico, 0 Grande, da Russia, por volta

de 1756.

Na protese, utilizam-se de varios tipos de modelos obtidos atra-

ves de diferentes materia is de moldagem, conforme as finalidades a

que se destinam. Por exemplo: 0 modelo de um dente isolado para

incrusta9ao; modelo de um grupo de dentes para protese fixa; modelo

da boca desdentada para 0 planejamento de trabalho; modelo des-

tinado a mostrar anomalias anatomicas etc. Assim, conforme a fina-

lidade, tambem, os modelos recebem um nome especifico.

Neste capitulo, examinaremos quatro tipos de mol des de des-

dentados totais: modelo de arquivo, modelo de estudo, modelo ana-

tomico e modelo funcional.

Modelo de arquivo

Destina-se a documenta9ao dos casos interessantes, casos raros,

casos anormais etc., a fim de ilustrar aulas, conferencias, trabalhosou museus.

Nesses casos, conforme a natureza do que queremos copiar, de-

vemos selecionar 0 material de moldagem mais adequado: elastico

ou anelastico. Por exemplo, se 0 objetivo e registrar um to r us pala - 

tinus  muito grande, um rebordo estrangulado, um polipo, uma tube-

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rosidade volumosa, uma mucosa flacida etc., onde apresenta super-

ficies retentivas ou ha perigo de deforma<;:oes, utilizamos, sempre,

materiais elasticos. Estes sao: alginato, hidrocoloide ou material a

base de borracha.

Por outro lado, a moldeira tambem devera ser apropriada para

cad a material para obtermos um molde sem deforma<;:oes, e, conse-

quentemente, um modelo perfeitamente fiel.

Se, porem, estivermos interessados em um rebordo reabsorvido,

um rebordo duplo, rebordo alveolar grande, rebordo alveolar peque-

no etc., onde necessitamos de certa compressao para afastar as

estruturas moveis empregaremos um material anelastico, a godiva,

por exemplo.

o modelo de estudo complementa e auxilia os exames clinicos.

o valor do modelo de estudo no planejamento de uma protese ime-

diata, implantada ou mesmo da protese total, e inestimavel. Pode

nos dar informa<;:oes precisas por exemplo do espa<;:o protetico, das

condi<;:oes da area chapeavel, das rela<;:oes maxilomandibular; alem

disso, pode auxiliar na indica<;:ao ou nao de uma cirurgia pre-prote-

tica, orientar a cirurgia quanto a extensao da area a intervir, a loca-

liza<;:ao etc.

Conforme os objetivos e a natureza da regiao que queremos

estudar, devemos tambem selecionar 0 material de moldagem maisadequado. Assim, por exemplo, uma tuberosidade muito saliente ou

uma hipertrofia abrangente da mucosapodem colocar 0 profissional

em duvida, se deve indicar a cirurgia pre-protetica ou nao. Nesses

casos os modelos de estudo devem ser obtidos, a partir de uma mol-

dagem com um material elastico.

Por outro lado, se quisermos saber a consistencia de algum freio

ou estudar a area chapeavel de um rebordo alveolar muito reabsor·

vido, atraves do modelo de estudo, obtemo-lo com um material ane-

lastico.

o modelo anatomico e aquele que teve origem na m oldagem

anatomica da boca total mente desdentada.

o modelo anatomico nos da informa<;:oes da extensao da area

chapeavel, grau de interferencia das inser<;:oes musculares, tamanho,

forma, inclina<;:ao, espessura e altura do rebordo.

o modelo anatomico serve tambem de matriz, na confec<;:ao da

moldeira individual.

E aquele que provem da moldagem funcional. E utilizado para a

confec<;:ao da base-de-prova, e, mais tarde, utilizado como matriz da

base da dentadura, na fase laboratorial de confec<;:ao, propriamente

dita da mesma.

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A tecnica de confec9ao dos modelos em gesso e praticamente

igual para todos os tipos. Descreveremos, assim, a confecl;ao de urn

modelo anat6mico superior, visto que 0 inferior e identico, outrossim

faremos algumas consideral;6es, quando necessario, para a confeco

9ao dos modelos funcionais.

Materiais necessarios

Na confecl;ao do modelo anat6mico, precisamos dos seguintes

materiais e instrumentais:

a) 100g de gesso comum;

b) SOcm3 de agua;

c) gral de borracha;

d) espatula para gesso;

e) placa de vidro;

f) vibrador;

g) faca para gesso.

Tecnica de confecc;ao

a) Colocamos SOcm3 de agua no gral de borracha e em seguida

100g de gesso comum; aguardamos a satural;ao completa e 0 gesso

e espatulado ate que forme uma massa cremosa e homogenea;

b) para verter 0 gesso, seguramos a moldeira pelo cabo com a

mao esquerda, levamo-Ia ao vibrador ligado no minima e come9amos

a deposi9ao do material, com a espatula de gesso, no sulco do molde,

pouco a pouco, evitando incorporar qualquer bolha de ar, ate que se

complete 0 prendimento do molde, isto e, que toda superficie interna

do molde fique recoberta pelo material. Desliga-se 0 vibrador;

c) 0 molde assim preenchido e deixado sobre a placa de vidro

e e acrescido de novas por<;6es de gesso;

d) a seguir, 0 restante do material e depositado na placa de

vidro e sobre essa massa de gesso, viramos 0 molde;

e) a moldeira e entao pressionada para que 0 gesso se espalhe

urn pouco, formando as bases do modelo planae horizontal, com

espessura de 2cm; depois, sem deslocar a moldeira, com todo cui-

dado, as bordas do mol de saD recobertas com gesso que se escoou.

Em se tratando da confecl;ao de urn modelo funcional, este e

vazado em gesso-p~dra. Nesse caso, utilizamos 0 gesso-pedra "me-

Ihorado" para cobrir todo 0 molde, inclusive as bordas, espatulando

40g de gesso; logo a seguir, antes da cristalizal;ao total desse ma-

terial, 0 modelo e completado com 0 gesso-pedra. Convem notar que

os volumes de agua utilizados para espatular 0 gesso-pedra "me-

Ihorado", assim como para 0 segundo tipo de gesso~pedra, dependem

das especifical;6es dos fabricantes;

f) aguardamos a cristalizal;ao do gesso. Uma vez cristalizado, 0

modelo e destacado da placa de vidro: 0passo seguinte e a separa-

l;ao do modelo do molde de godiva;

g) a moldeira e mergulhada na agua quente com temperatura

de 60°C a 70°C. Deixamos assim ate que a godiva se torne plastica;'

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h) quando notarmos que a godiva, estando plastica, pode ser

separada do modelo, retiramos a moldeira da agua quente. Inicial-

mente, destacamos 0 modelo do mol de . de godiva e, em seguida,

esta da moldeira.

Se utilizarmos a agua muito quente, a godiva tornar-se-a plas-

tica demais e podera ficar aderida ao modelo e a moldeira, dificul-

tando a sua remoc;:ao. Porem, se isso acontecer, procedemos do se-

guinte modo: tomamos de uma porc;:ao de godiva menos plastica e

comprimimos sobre a mais plastica que se encontra aderida no mo-

delo. Como a godiva mais plastica e mais pegajosa, fica grudada a

menos plastica e, desse modo, ao ser tracionada, desprende-se do

modelo;

i) uma vez retirada toda a godiva do modelo, levamo-Ia ao cor - 

tador de gesso  e eliminamos os excessos, dando-Ihe uma formaoctogonal; depois, com a faca para gesso, rebaixamos as bordas do

modelo, nao esquecendo de deixar 0 sulco do modelo, a fim de res-

guardar a forma do fundo de saco gengivolabial e gengivogeniano;

 j) os modelos terminados, tanto 0 anat6mico como 0 funcional,

nao devem apresentar nenhuma bolha, falta de material, fratura etc.

D e s e n h o d a a r ea c h ap e av e l

Estabelecer 0 desenho da area chapeavel, no modelo, com lapis,

significa demarcar a extensao da area a ser coberta pela moldeira

individual.

Ja descrevemos, no Capitulo 4, a orientac;:ao para delimitar a

area chapeavel no modelo, quando tratamos desse assunto (Figs.

8-1 e 8-2).

Figura 8-1

  Modelo anatOmico comdelimit ac;ao d a ar ea chapeavel.

Figura 8-2

Modelo anatOmico com

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  Modelo anat Omico com

Como ja vimos, a moldeira individual pode ser confeccionada

com diferentes materiais. Nos vimos usando, ha anos, com sucesso

e muitas vantagens sobre os outros materiais, a resina de autopoli-

meriza<;ao incolor.A'6 vantagens da r esina acrilica de autopolimeriza<;ao sobre a

de lenta polimeriza<;ao saD: nao inutiliza 0 modelo anatomico; e me·

nos trabalhosa; e m ais rapida e mais economica.

As vantagens da resina incolor sobre outro tipo de material saD:

a transparencia que facilita 0 a juste; permite ter no<;:ao da extensao

da fibromucosa da zona do fecho periferico; possibilita ver a interfe-

rencia das inser<;:oes; permite localizar qualquer defeito da moldeira

na a justagem etc.

Descreveremos a confec<;:ao da moldeira superior em resina de

autopolimeriza<;:ao incolor, visto que os passos, os cuidados e a tec-

nica sao iguais para ambos os arcos.

Para a confeccao da moldeira individual, de resina ativada qui-

micamente, necessitamos dos seguintes materiais e instrumentais:

a) isolante de resina;

b) pincel de tamanho medio;

c) pote com tampa para resina acrilica;

d) pote Dappen;

e) resina (polfmero e mono{l1ero) de autopolimeriza<;:80 incolor;f) espatula para cera n.o 31;

g) uma lamina de cera n.o 7;

h) pedra para resina;

i) tiras de lixa fina;

 j) mandril para tira de lixa;

k) modelo anatomico com a area chapeavel delimitada.

Tecnica de confecc;ao

a) Primeiramente, promovemos os alfvios das regioes retentivas

do modelo, preenchendo-as com cera rosa;

b) depois de remover os excessos de cera e alisar a superficie,

pincelamos a area chapeavel do modelo com isolante de resina;

c) a seguir, colocamos 12cm3 de polfmero no pote e 0 saturamos

com 0 monomero. Com a espMula n.o 31 manipulamos a mistura;

d) sem perda de tempo, com a mesma espMula, come<;:amos a

adapta<;:ao da resina acril ica sobre 0 modelo. A resina acril ica tende

a se escoar para as regi6es mais baixas devido a sua pouca consis-

tencia. Com a mao esquerda, tomamos 0 modelo e damos inclina<;:oes

convenientes para que isso nao aconte<;:a e que a resina acrilica

recubra toda a area chapeavel.Logo depois a massa se torna mais consistente; acrescentamos

novas por<;:oes nas regioes em fa/ ta ou com menos espessura. Nessa

fase do trabalho, portanto, atentar para que 0 material nao se acumule

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nas regioes concavas do palato ou dos sulcos do modelo. A camada

de resina acrflica deve ficl'lr numa espessura homogenea e sufi-

cientemente grossa e resistente para que nao se flexione durante

as manobras de moldagem. A superffcie da moldeira e, f inal mente,

alisada com 0 dedo molhado no monomero;

e) sem esperar que a resina acrflica se polimerize por completo,

fixamos 0 cabo da moldeira. Para a confec<;ao do cabo, tomamos de

uma por<;ao de resina que restou no pote e adaptamo-Ia na regiao me-

diana e anterior, sobre 0 rebordo, de modo que fique voltada para 0

lade vestibular, com inclina<;ao aproximada de 60°. Com os dedos

molhados em monomero, damos a forma conveniente.

A seguir, aguardamos alguns minutos para que se complete a

polimeriza<;ao. Nos dias com temperatura muito elevada podemos

perder 0 trabalho devido a forma<;ao de bolhas de ar. Em consequen-

cia da polimeriza<;ao ocorrer com uma rea<;ao exotermica, que nesse

caso fica muito acelerada e com desprendimento de muito calor. Evi-

tamos esse inconveni,ente mergulhando 0 conjunto na agua fria, du-

rante a fase da rea<;ao qufmica.

Obtida a polimeriza<;ao, com uma espatula, removeremos a placa

de resina do modelo; a seguir, damos 0 acabamento necessario:

a) desgastamos as bordas com pedra montada para resina, ate

a l inha demarcat6ria da area chapeavel;

, b) uniformizamos a espessura de toda superffcie da moldeira e

arredondamos as bordas:

c) retocamos 0 cabo da moldeira, de maneira que fique com as

paredes planas perfeitamente paralelas entre si. Terminado, 0 tama-

nho aproximado deve ser de: altura 1,Ocm; largura 1,Ocm e espessura

de 0,5cm;

d) examinamos depois a superffcie interna: se notar algum exces-

so, bolhas ou arestas cortantes, estes devem ser eliminados;

e) com tira de lixa fina, montada no mandril, damos 0 acaba-

mento geral (Fig. 8-3).

Figura 8-3

Moldeira individual de 

resina aeriliea .

Na confec<;ao das moldeiras individuais inferiores, como as por-

<;oes finais das linhas oblfquas interna, frequentemente sac areas

de reten<;oes, antes de passar 0 material isolante no modelo, preci-

samos eliminar as reten<;oes, acrescentando cera fundida nas regioes

em apre<;o.

Esta pronta, assim, para ser ajustada na boca do paciente, a

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ld i i di id l d i d li i i l (Fi 8 4)

Figura 8-4

Mol d eira individual de 

resina acri f ic a .

Materiais necessarios

Para0

ajuste clinico da moldeira individual, precisamos do se-guinte material:

a) pedra montada para resina acrilica;

b) disco de lixa montada no mandril;

c) lapis-c6pia e lapis comum;

d) disco de "carborundun" montado no mandril (Fig. 8-5).

Figura 8-5

Material n e c essa n o  para 

o a  j u s te  d a mo f d ei ra.

Te~nica de ajuste da moldeira individual superior

Golocamos a moldeira na boca do paciente e verificamos, pela

transparencia, a adaptac;ao geral.

Em seguida, apoiando 0 dedo indicador da mao esquerda no cen-

tro da moldeira~ imobilizamo-Ia; com os dedos indicador e polegar

da mao direita,. tracionando 0 labio, vamos verificar se a fibromucosa

desloca a moldeira ou nao. Se deslocar, com 0 lapis comum marca-

mos 0 local exato da interferencia e at raves da transparencia da

moldeira, verificamos a extensao dessa interferencia. Removemos

a moldeira da boca e passamos na agua corrente para remover a

saliva e secamos a seguir. Com uma pedra montada, desgastamos

o local da borda marcado com 0 lapis. Se a regiao interessada for 0

freio, desgastamos, entao, com 0 disco de "carborundun" (Fig. 8-6).

Levamos a moldeira novamente a boca e repetimos a mesma

operac;ao para verificar se 0 desgaste foi suficiente.

Se ainda estiver interferindo com os movimentos de trac;:ao, des-

gastamos um pouco mais, ate que as inserc;:6es fiquem livres.

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Figura 8-6

  Ajuste da moldeira individual.

Repetimos a opera<;:ao nas regloes das inser<;:oes laterais. Naregiao do selado posterior, normal mente deixamos 0 comprimento

da moldeira exatamente no limite do palato duro e mole. Podemos

localizar esse limite de varias maneiras:

a) por palpa<;:ao, examinando a borda posterior da moldeira, para

ver se ela esta sobre a regiao em apre<;:o;

b) por vibra<;:ao do palato mole, quando se pronuncia "ah!" va-

rias vezes;

c) local izando as f6veas palatinas.

Uma vez localizado, marca-se 0 limite em questao, com 0 lapis-

-c6pia e transfere-o a moldeira, instalando-a em posi<;:ao. Esta trans-

ferencia e possfvel porque a moldeira e transparente. 0 ajuste efeito depois de removido a moldeira da boca (Fig. 8-7).

Figura 8-7

  Ajuste da moldeira

na porr ;ao lateral.

Finalmente, com a tira de Iixa montada no mandril, damos um

acabamento geral nas regioes que foram desgastadas, a fim de nao

traumatizar 0 paciente.

Consideramos uma moldeira individual de resina acrfl ica com

o ajuste clfnico terminado, quando:

a) nao apresentar dificuldades na adapta<;:ao e remo<;:ao da boca;

b) nao causar dores na adapta<;:ao ou remo<;:ao;

c) uma vez adaptada a boca, nao interferir nos movimentos

leves do labia e das bochechas (Fig 8 8)

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leves do labia e das bochechas (Fig 8 8)

Figura 8-8

Mo/deira depois do ajuste .

Ajuste clinico da moldeira individual inferior

Levamos a moldeira inferior a boca e a imobilizamos com 0 dedo

indicador da mao esquerda, colocado na regiao dos pre-molares. Com

os dedos indicador e polegar da mao direita, fazemos uma ligeira

tra9ao do labia para cima a fim de verificarmos se ha interfer€mcia

da moldeira na regiao vestibular anterior, principalmente do freio. Se

estiver interferindo, marcamos com 0 lapis 0 local exato. Procede-

mos depois ao desgaste dos locais marcados (Fig. 8-9).

Figura 8-9

Ajuste da mo/deira infer i or .

A seguir, tracionamos a bochecha do lado esquerdo para cima,

a fim de examinarmos a regiao da inser9ao lateral. Depois de ajus-

tado 0 lado esquerdo, passamos para 0 lado oposto.

Uma vez terminada a ajustagem do lado vestibular, passamos

para 0 lado lingual. Inicialmente, estabilizamos a moldeira na boca

com os dedos indicadores colocados nas regi6es dos pre-molares.

o paciente faz os seguintes movimentos da Ifngua:

a) coloca-a ligeiramente para fora; nesse movimento, se as pa-

redes posteriores do lado lingual estiverem interferindo, a moldeira

sera levantada;

b) coloca-a ligeiramente para cima; se a parte anterior, inclu-

sive 0 recorte do freio da lingua, estiver insuficiente, a moldeira se

deslocara.

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Fazemos 0 ajuste do lado lingual tambem as expensas de des-

gastes CDm a pedra montada fora da boca; uma vez terminado, pas-

samos a lixa fina a fim de alisar a superffcie desgastada.

Concluido 0 ajuste clinico da moldeira individual inferior. quan-

do levada a boca e perfeitamente adaptada. nao deve se deslocarquando a mandibula se posiciona em dimensao vertical de repouso.

1. BARONE, J. V. - Physiologic complete denture impressions. J. Prosth . Dent ..13 (5): 800-809, Sept.-Oct. 1963.

2. MUNZ, F. R. - Impressions in transparent trays. J. Prost . De n t ., 4 (5):596-605, Sep., 1954.

3. TAMAKI, T. - Curv8 de compenS8t;80 -  contribui9BO ao seu estudo. Tese -

Fac. Odont. S.P., p. 43, 1960.

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Requis itos F is icos e Funcion'a is das Dentaduras

Estudaremos neste capItulo as requisitos exigidos para uma den-

tadura, sob a ponto de vista fisico e funcional.

Muitos auto res confundem-se ao apresentarem as requisitos

ffsicos e funcionais separadamente. pais, na realidade. nao passam

do estudo de um mesmo assunto com names diferentes. 5e quiser-

mas ser rigorosos no conceito, podemos dizer que as requisitos fisi-

cas se referem apenas aos fen6menos relacionados com a base da

dentadura. ao passo que as requisitos funcionais se referem aos fe-

n6menos ligados tanto com a base como com as dentes artificiais e

aos arcos dentais da dentadura. Em outras palavras, as requisitos

ffsicos se reportam a retenc;:ao. e as requisitos funcionais a estabi-

lidade da dentadura.

Para maior clareza, podemos estudar as requisitos fisicos e fun-

cionais de uma dentadura, dividindo-os em tres partes distintas:

Na base da dentadura. do ponto de vista da r et~wao. au requi-

sito ffsico, deve ser analisada quanta a sua extensa(} ••selado perife-

rico. recorte muscular. compressao. alivio e a fidelidade.

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Extensao

Analisaremos 0 assunto baseando-nos no princlplo ffsico que

diz "quanto maior a area, maior sera 0 aproveitamento da pressao

atmosferica e quanta maior a extensao da base da dentadura, menor

sera a carga mastigatoria transmitida aos tecidos de suporte, por

un idade de superffcie".

E por esse motivo que, na delimitac;:ao da area chapeavel. pro-

curamos sempre estende-la ao maximo, dentro dos limites de tole-

rancia dos tecidos.

Sabemos hoje, tambem, que a espessura da borda da dentadura

tern uma influencia muito grande na retenc;:ao da protese. A borda

grossa proporciona maior retenc;:ao, principal mente quando se trata

das porc;:6es posteriores.

Por outro lado, os tecidos moles, extra-area chapeavel, como porexemplo 0 musculo bucinador na parte vestibular, tambem atuam

aumentando de muito a retenc;:ao do aparelho.

Selado periferico

Quando instalada na boca, a faixa periferica, de 2 a 3mm de

largura da base da dentadura deve apoiar-se na mucosa movel para

promover 0 selamento periferico.

Este vedamento e necessario para a preservac;:ao dos fenomenos

fisicos de tensao superficial, coesao e adesao que estao atuando,

continuamente, entre a mucosa e a base da dentadura, com 0 auxilio

da saliva. A ausencia de compressao adequada dessa regiao da base

da protese implica mal aproveitamento dos fenomenos fisicos e

reflete na retenc;:ao e estabilidade do aparelho. Nesses casos, a pres-

sao atmosferica, mesmo quando solicitada, devido as forc;:as de extru-

seo, nao consegue responder com toda a sua capacidade, por falta

dos fenomenos basicos, isto e, tensao superficial, coesao e adesao.

A fibromucosa da regiao do selado periferico, em virtude de

sua mobilidade e espessura, permite perfeitamente essa compressao

para ativar0

fenomeno da tensao superficial. Teoricamente, quantamais 0 selado periferico comprimir a mucosa, maior sera a retenc;:ao,

porem, a compressao exagerada e prejudicial a fibromucosae ao teci-

do osseo. Quando isso acontece, a fibromucosa se atrofia e 0 osso

entra em processo de reabsorc;:ao. E por isso que muitas vezes, em

tempo relativamente curto, urn aparelho que apresentava uma reten-

c;:ao otima fica sem retenc;:ao.

Sabemos, por outro lado, que uma compressao moderada serve

de estimulo aos tecidos, atuando, portanto, beneficamente. A com-

pressao do selado periferico deve ser de tal intensidade que nao

ultrapasse 0 limite de tolerancia do organisrno, para manter por muitotempo a retenc;:ao do aparelho.

Recorte muscular

As fibromucosas que se vem inserir na area chapeavel tern uma

mobilidade ampla e vigbrosa. A base da dentadura nao deve interfe-

rir nos movimentos dos tecidos musculares.

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Na maxila, temos tres inserc;oes mais importantes: freio do labio

e inserc;oes laterais, e, na mandibula, al8m das tres correspondentes

inferidas, ha mais uma que 8 0 freio da lingua. Devemos estudar cui-

dadosamente todas essas inserc;oes, antes da confecc;ao da denta-

dura, no que diz respeito a tonicidade e mobilidade, para serem alivia-das nos locais correspondentes durante a moldagem funcional.

Quando a base da dentadura interfere na fibromucosa durante a

mastigac;ao ou na conversa normal, pode acontecer 0 seguinte:

a) a dentadura desloca-se subitamente da posic;ao. Esse desloca-

mento 8 -provocado pelo movimento do freio que interfere na base da

dentadura e provoca 0 rompimento do selado perif8rico;

b) 0 paciente acusa dor. A dor 8 produzida em virtude do roc;a-

mento da pr6tese durante os movimentos fisiol6gicos dos labios, bo-

chechas, lingua etc. Assim, 0 recorte muscular inadequado pode pre-

  judicar a retenc;ao do aparelho e causar traumatismos.

Compressao

Nas moldagens funcionais, principal mente quando saD executa-

das com godiva, a compressao deve ser observada com atenc;ao, visto

que a mucosa apresenta certa compressibilidade.

A compressibilidade da mucosa varia conforme as diferentes

zonas da area chapeavel.

Como vimos no capitulo da Moldagem, a moldagem com 0 refe-

rido material 8 realizada em etapas, comprimindo as zonas da area

chapeavel com intensidades diferentes, de acordo com 0 grau de

compressibilidade, caso contrario, a dentadura ira ferir certas regioespor compressao indevida.

Ao lado do traumatismo, a base da dentadura perdera grande

parte da retenc;ao por falta de uniformidade na adaptac;ao a mucosa.

Alivio

A zona de alivio 8 uma area recoberta de fibromucosa ade-

rente e sem compressibilidade.

Normalmente, a mucosa que reveste 0 rebordo alveolar, durante

a mastigac;ao, sempre cede algumas frac;oes de milimetros, no sen-

tido oclusogengival. Por8m a mucosa da regiao de alivio, por ser fina

e aderente, nao acompanha os movimentos da base da dentadura.

Se esse tipo de mucosa localizar-se na zona principal de suporte,

esta sera traumatizada; se estiver longe, noutra zona da area chapea-

vel, funcionara como ponto de apoio de alavanca, durante os movi-

mentos fisiol6gicos inutilizara a retenc;ao, desequilibrando a den-

tadura.

o meio de contornar essa inconveniencia 8 fazer 0 alivio da base

da dentadura, desgastando com pedra montada 0 local corresponden-

te, a fim de que essa regiao de mucosa aderente tenha apenas um

leve contacto com a base da dentadura.

Fidelidade

A fidelidade da base da dentadura depende da moldagem corre-

tamente conduzida, das fases laboratoriais de confecc;ao e da assis-

tencia ao cliente ap6s a instalac;ao da pr6tese.

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Sobre a moldagem, podemos dizer que, conforme 0 estado da

boca, 0 profissional devera escolher a tecnica e 0 material de molda-

gem adequados para obter 0 maximo de reten9ao.

Na realiza9ao das fases laboratoriais de confec9ao, convem se-

guir rigorosamente as recomenda90es dos fabricantes dos materiais

em uso. No acabamento do aparelho, ao desgastar os excessos das

bordas, tomar cuidado para nao destrui-Ias, pois significa 0 selamento

periferico.

Ap6s a instala9ao da dentadura, as regioes que traumatizam de-

vem ser aliviadas quando se da assist€mcia posterior. Porem, esse

desgaste nao pode ser feito arbitrariamente; procurar a localiza9ao

exata e desgastar apenas 0 suficiente para nao comprometer a

reten9ao.

Estudaremos os dentes artificiais sob 0 ponto de vista da esta-

bilidade do aparelho. Para melhor clareza, analisaremos a estabilidade

da dentadura em rela9ao a oclusao e a articula9ao.

A dentadura pode perder a estabilidade por causa da oclusao.

Nos pacientes com os dentes naturais, a oclusao e a posi9ao de

rela9ao maxilomandibular que proporciona maior numero de con-

tactos entre os dentes opostos.

Na confec9ao da dentadura artificial, procuramos determinar

aquela posi9ao maxilomandibular a fim de montar os dentes. Mas adetermina9ao dessa posi9ao nao e facil. Ha muitas teorias e tecnicas

a esse respeito, porem, frequentemente, falham no resultado.

Ouando a posi9ao funcional de oclusao nao e determinada cor-

retamente, os dentes nao apresentam a interdigita9ao correta e, como

consequencia, as pr6teses perdem a estabilidade.

A possibilidade de uma articula9ao incorreta desequilibrar uma

dentadura e bem maior do que em razao de uma deficiencia na oclu-

sao. Articula9ao e, em ultima analise, toda rela9ao maxilomandibular

quando os arcos dentais estao em contacto, excluindo a posi9ao de

oclusao.

A perfeita articula9ao de uma dentadura depende da individua-

liza9ao da curva de compensa9ao, da inclina9ao das cuspides e do

balanceio.

as problemas relacionados com a individualiza9ao da curva de

compensa9ao saD complexos e vastos, porque dependem nao s6 da

inclina9ao da cavidade glen6ide como, tambem, do mecanismo ana-

tomo-fisiol6gico da articula9ao temporomandibular.

As inclina90es das cuspides dependem da inclina9ao da cavi-

dade glen6ide nos sentidos anteroposterior e vestibulolingual.

a balanceio da articula9ao depende do funcionamento harmoni-

co dos fatores acima. Como caracteristica de uma articula9ao balan-

ceada, uma dentadura deve manter, pelo menos, tres pontos de con-

tacto entre os arcos, sem travamento das cuspides, qualquer que

seja a dire9ao do movimento mandibular.

A forma do arco dental da dentadura deve ser semelhante a do

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Figura 9-1

Formaryiio de alavanea , quando 

o area dental niio aeompanha 

a forma do rebordo alve  o l a r .

"-:~.. / : . •~. . . • / . . _ :, . ~ .~ .~<.

-',.

quando 0 rebordo alveolar e triangular e 0 arco dental e quadrado, os

dentes da regiao dos caninos ficam fora da zona principal de suporte;

dai qualquer esfon;:o pode ser suficiente para desequilibrar a den-

tadura (Fig. 9-1).

Na montagem dos dentes, um outro fator que deve ser cons i-

derado e a linha intermaxilar.

Nos arcos dentais naturais, a linha intermaxilar, na parte poste-

rior, tem uma inclinac;:ao de aproximadamente 800 em relac;:ao ao

plano oclusal. E justamente nessa angulagem que a resultante dos

musculos elevadores da mandibula exercem sua ac;:ao durante a mas-

tigac;:ao. Na montagem de dentes artificiais, devemos obedecer essa

linha, pois, caso contrario, ocorre um desequilibrio durante a masti-

gac;:ao porque os esforc;:os mastigatorios nao saD transmitidos per-

pendicularmente a zona principal de suporte.

Ainda, as dentaduras completas, sob 0 ponto de vista dos requi-

sitos funcionais, devem satisfazer 0 chamado "trio da chave funcio-

nal da dentadura artificial". Chama-se "trio da chave funcional", ao

conjunto dos fatores que concorrem para proporcionar as dentaduras,

as condic;:6es de retenc;:ao, estabilidade e suporte.

o elemento de suporte, como foi estudado, e constituido da mu-

cosa, periosteo e osso que, englobando-os, formam 0 rebordo alveolar.

1. PELLIZZER, A. J. - Retenryao  em dentaduras artifieiais superiores . TeseArac;atuba, S. P., 1965.

2. SAIZAR, P. - Protesis  a plaea . 6.' ed. Progrental, B. Aires, p. 60, 1958.

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Moldagem Func ional

Existe uma serle imensa de tecnicas de moldagem funcional

para dentaduras completas. Analisando os principios basicos dessas

tecnicas, chegamos a conclusao de que, na realidade, ainda estao

sendo discutidos aqueles velhos problemas sobre as vantagens da

moldagem com compressao e sem compressao, de um lado, e mol-

dagem com boca aberta e fechada, de outrQ lado.

Nossa opiniao sobre as correntes filos6ficas de moldagem, sem

discutir 0 problema nos seus detalhes, e d e que todas as correntes

tem a sua razao de ser, porque nos cas os indicados cada uma tem

oferecido bons resultados. Porem, nao podemos concordar com os

que querem indicar uma determinada tecnica para todos os tipos deboca, sem distinguir a natureza da fibromucosa de revestimento e

caracteristicas do rebordo.

Assim, somos partidarios de que um profissional especialista

em dentaduras deve aceitar e saber executar os trabalhos sob dife-

rentes concep<;:oes basicas de moldagem. S6 assim e que consegui-

remos resolver todos os casos clinicos preservando 0 rebordo alveo-

lar pelo maior tempo possivel, visto que a tendencia a reabsor<;:ao e

relativamente rapida.

Sob esse ponto de vista, vamos estudar a moldagem funcional,

dividindo-a nos seguintes itens:

Moldagem com boca aberta 

a) com compressao no ato da moldagem;

b) sem compressao no ato da moldagem;

c) moldagem mista.

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Moldagem com bo c a fechada 

a) Moldagem com os movimentos dos labios, das bochechas eda lingua;

b) moldagem com succ;ao e deglutic;ao.

M O L D A G E M FUN ClONAL C O M B OC A A BE RT A

MOLDAGEM COM COMPRESSAO

MOLDAGEM FUNCIONAL DA MAXILA

Material e Instrumental

Para a moldagem funcional da maxila, precisamos dos seguintes

(Fig: 10-1):

a) moldeira individual de resina acrflica com 0 ajuste pronto;

b) uma lamina de godiva de baixa fusao;c) lampada de Hanau;

d) espatula Le Cron;

e) pincel de tamanho medio;

f) cera de baixa fusao;

g) tesoura curva para ouro;

h) plastificador de godiva.

Figura 10-1

Mater i ais n  ece ss a r ios  par a m ol dagem funcio n a l  com godiva.

Posi~ao do paciente e do operador

Tanto a posic;ao do paciente como a do operador saD as mesmas

que foram descritas para a moldagem anatomica.

Conio vimos 0 paciente senta-se comodamente, com a cabec;a

e 0 corpo ligeiramente inclinados para tras. Levantamos a cadeirade tal modo que a comissura da boca do paciente fique situada na

altura da metade inferior do brac;o do operador, quando se coloca ao

seu lado (Fig. 7-2).

Preparo do material de moldagem

Plastificamos uma lamina de godiva· de baixa fusao, d e 2mm, a

chama e adaptamo-Ia em toda a superHcie interna da moldeira, com

os dedos, sem fazer muita pressao para nao alterar a espessura (Fig.10-2).

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Com tesoura para ouro, cortamos os excessos de godiva, dei-

xando 5mm de sobra, em todo 0 CO[ltorno da moldeira; a seguir, do-

bramo-Ia e adaptamos os excessos por fora da borda da moldeira

(Figs. 10-3 e 10-4).

Figura 10-2

  Adapta{:8o da godiva.

Figura 10-3

 Recoriando 0 excesso

de material.

Figura 10-4

o e xcesso de material d obrado.

Com a lampada de Hanau, plastificamos a .godiva uniformemente

em toda a extensao. Devemos tomar cuidado de nao superaquece-Ia

porque a superffcie pod era se queimar e em consequencia ficar

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rugosa, irregular e pode perder as propriedades Hsicas desejadas

do material de moldagem. .

Conseguida a plastifica<;ao, mergulhamos a moldeira com a go-

diva na agua a 50°C, para uniformizar a temperatura do material, e

levamo-Ia a boca.

Introduc;iio da moldeira

Segurando 0 cabo da moldeira com os dedos indicador e polegar

da mao direita, apoiamos com 0 dedo medio a parte inferior e cen-

tral; pedimos ao paciente que deixe a boca entreaberta e os mus-

culos orbiculares relaxados; tocamos a borda da moldeira na comis-

sura e, com 0 dedo indicador da mao esquerda, afastamos a comissu-

ra direita; sem intervalo, a custa de um movimento de rota<;ao. intro-

duzimo-Ia na boca (Fig. 10-5). .

Figura 10-5

  Introdur;iio da mold eira.

Moldagem do rebordo alveolar e do 'palato

Mantendo a moldeira ainda com os dedos indicador e polegar

direitos e com 0 indicador da outra mao, passamos ligeiramente nas

bordas vestibulares da moldeira, para Iivra-Ia da a<;ao das bochechas

e do labio.

Passamos para tras do paciente e abai,xamos a cadeira ate umaaltura suficientemente comoda para se trabalhar. Apoiamos os dedos

indicador e medio, da mao esquerda, sobre 0 rebordo da moldeira na

regiao dos pre-mol ares. Deixamos 0 cabo e levamos os dedos indi-

cador e medio, da mao direita, tambem na regiao dos pre-mol ares,

do outro lado.

Fazemos, agora, uma compressao firme, uniforme e lenta ate

sentirmos resistencia. A compressao deve ser de igual intensidade

para ambos os lados; iniciar e s ustar simultaneamente (Fig. 10-6).

Jogamos um jato de agua fria na moldeira e removemo-Ia da

boca. Lavamos em agua corrente e secamos a fim de examinar 0

molde.

Numa moldagem satisfat6ria, 0 molde deve apresentar as se-

gu intes caracterfsti cas:

a) aspecto nftido da ab6bada palatina com escoamento da go-

diva para a parte posterior.

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Figura 10-6

Compressi i o bil  a te r al.

b) impressao nitida da rugosidade palatina;

c) na regiao do rebordo alveolar mostrar 0 negativo dos detalhesanat6micos;

d) na regiao do fecho periferico, 0 movimento da godiva para a

periferia.

Moldagem do fecho periferico

Com a lampada de Hanau, plastificamos a g odiva da borda da

moldeira, de canino a tuberosidade do lado esquerdo; mergulhamos

ligeiramente na agua a 50°C e levamo-Ia a boca do paciente.

Introduzimos a moldeira com os m esmos movimentos e mano-

bras descritos e ajustamos no local. Passamos imediatamente atras

do paciente e, com os dedas, indicador e media da mao direita, colo-cados na ab6bada palatina, fixamos a moldeira; com 0 indicador es-

querdo, colocado dentro da boca, e, com a polegar, par fora, tracio-

namos a bochecha para baixo, varias vezes (Fig. 10-7).

Figura 10-7

Moldagem do fecho 

perlferico esquerdo .

Com um jato de agua, esfriamos a godiva, removemos a mol dei-

ra e lavamo-Ia em agua corrente para examinar a regiao moldada.Esta devera estar arredondada, lisa, sem sulcos ou irregularidades

e na regiao lat~ral, apresentar a impressao do freio lateral.

A seguir, plastificamos a godiva da borda anterior, de canino a

canino; mergulhamo-Ia ligeiramente na agua a 50°C e a levamos para

moldar. Par meio das m~nobras ja descritas, introduzimos a moldeira,

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colocamo-nos imediatamente atras do paciente e fixamos a moldeira

com os dedos medios na ab6bada palatina e com os dedos polegares

e indicadores fazemos a tra<;ao do labio para baixo, varias vezes (Fig.

10-8).

Figura 10-8

Moldagem do fecho 

p er if erico anterior .

Removemo-Io ap6s esfriar a godiva, lavamo-Ia e ~xaminamos. 0

molde devera apresentar-se com a borda arredondada elisa, c6pia

do fundo de saco, e, na linha mediana, um sulco profundo que corres-

ponde ao freio do labio.

Plastificamos 0 restante da borda vestibular, isto e, de caninoa tuberosidade do lado direito, passamos na agua a 50°C e levamos a

boca com os mesmos cuidados. Com os dedos, inCficador e medio da

mao esquerda, colocados na ab6bada palatina, fixamos a moldeira

e, com os dedos indicador e polegar direitos, tracionamos para baixo

a bochecha desse lado (Fig. 10-9).

Figura 10-9

Moldagem do fecho 

per i fe r ico d  ir eito.

Esfriamos a godiva com um jato de agua, removemos 0 molde,

lavamos e examinamos para ver se conseguimos obter 0 negativo do

fundo de saco e da inser<;ao lateral (Fig. 10-10).

Obtidos os resultados desejados nessa sequencia de manobras

clfnicas, efetuamos os testes para ter no<;ao de estabilidade e grau

de reten ;ao do molde

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de reten<;ao do molde

Figura 10-10

Molde funcional superior.

Testes de estabilidade e retenc;io

Teste de estabilidade

A verifica<;ao do assehtamento do molde na boca e importante

porque e a condi<;ao "sine qua non" da estabilidade de uma denta-

dura. Levamos 0 molde a boca, ajustamo-Io no local e, com os dedos

indicadores, comprimimos as regi6es dos pre-mol ares, alternadamen-

te, de urn lado e depois do outro, a fim de testar se ha ou nao movi·

mento de bascula.

Se notarmos algum movimento, devemos interromper 0 trabalho,

e repetir toda a moldagem porque, este, como vimos na moldagem

anatomica, e urn dos defeitos do tipo que nao podemos corrigir.

Teste de retem;ao horizontal

Fazemos 0 teste de travamento p6stero-anterior para verificar 0

grau de reten<;ao que conseguimoi1 na regiao do selado posterior

("postdamming"). Conforme 0 grau de reten<;ao que obtivermos, co-

locaremos menor ou maior espessura de cera na moldagem comple-

mentar.

Esse teste e realizado da seguinte forma: adaptamos 0 molde

perfeitamente a boca e 0 paciente fica com a mandibula em posi<;:ao

de repouso: tracionamos 0 cabo para 0 lado vestibular, com 0 indi-

cador colocado na parte palatina. 0 molde nao deve se deslocar comfacilidade. Porem, mesmo que nesse teste a reten<;:ao seja 6tima,

sempre e realizada a moldagem complementar (Fig. 10-11).

Figura 10-11

Teste de travamento posterior .

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Teste de retem;iio vertical

Testamos 0 travamento vertical da parte anterior, do seguinte

modo: ajustamos 0 mol de perfeitamente ao local; a mandibula deve

estar em posi9ao de repouso; segurando, com os dedos indicador e

polegar, 0 cabo da moldeira, fazemos uma tra9ao para baixo. Se· amoldeira nao se deslocar e porque a moldagem do selado periferico,

da parte correspondente de canino a canino, esta perfeita. Caso nao

resista e porque a compressao dessa regiao esta insuficiente, e, acusta da moldagem complementar, podemos aumentar a reten9ao

(Fig. 10-12).

Figura 10-12

Teste de t  r avamento anterior .

Teste de retem;iio lateral

Verificamos 0 travamento lateral, com a mandibula tambem em

posi9ao de repouso. Fazemos uma tra9ao do molde para 0 lado vesti-

bular com 0 dedo indicador colocado a altura dos pre-molares; se 0

selado periferico da regiao do canino a tuberosidade, do lado contra-

rio, nao estiver satisfatorio, nao resistira a prova. A corre9ao da falha

podera ser feita a custa da moldagem complementar. Repetimos 0

mesmo teste para 0 lado oposto.

Moldagem complementar do selado posterior

A zona do selado posterior ou "postdamming" e a que fica na

parte posterior da area chapeavel. 0 seu limite interno e dado por

uma linha sinuosa que circunscreve as regi6es dos buracos palatinos

posteriores, incluindo-os, e, na parte mediana, corta 0 rafe palatino

o mais posterior possivel. Este selamento e feito em tocfas as molda-

gens, mesmo que no teste de travamento postero-anterior 0 molde

tenha respondido positivamente.

A moldagem coniplementar e feita com cera de baixa fusao. Para

isso, fundimos a cera e pincelamos sobre a regiao do selado poste-

rior depositando uma camada suficiente para remoldar essa zona decompressao.

Regulamos a espessura da cera ·conforme a compressibilidade

das diferentes zonas que comp6em essa regiao e tambem conforme

o travamento postero-anterior que dese jamos (Fig. 10-13).

Terminada a coloca9ao da cera, levamos 0 molde a boca e 0

mantemos sob compressao. A custa do calor da boca, a cera torna-se

plastica e moldara a regiao.

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p g

Figura 10-13

Selamento posterior.

Passados alguns minutos (5 minutos mais ou menos). retiramosa moldeira da boca, lavamos e secamos para examinar 0 aspecto

da superffcie da cera. A cera deve apresentar uma superffcie opaca

e ter os sinais de contactos com a mucosa bucal. Se estiver satisfa-

toria, recolocamos na boca 'para testar 0 travamento postero-anterior.

Geralmente, uma pequena camada de cera e suficente para aumen·

tar de muito 0 travamento.

Porem, se a melhora da reten<;ao e pouca, vamos entao repetir

a opera<;ao depositando mais uma camada de cera de baixa fusao

para conseguirmos 0 travamento necessario.

Quando desejamos melhorar 0 travamento vertical anterior outravamentos laterais, realizamos opera<;6es identicas as que vimos

para a regiao do selado posterior.

Colocamos uma camada de cera fundida com pincel, sabre  a

borda interna da regiao interessada e levamas 0 malde  a boca. Apos

5 minutos, fazemos novamente 0 teste.

Assim, esta terminada a moldagem funcional da maxila pela tee-

nica de boca aberta com campressaa.

MOLDAGEM COM COMPRESSAO

MOLDAGEM FUNCIONAL DA MANDfBULA

Material e Instrumental

Para a moldagem funcional da mandibula pela tecnica acima, as

materiais necessarios saD:

a) maldeira individual de resina acrilica earn  ajuste clinica;

b) uma lamina de godiva de baixa fusao;

c) lampada de Hanau;

d) espatula Le Cran;

e) pincel de tamanho medio;

f) cera de baixa fusao;

g) tesoura curva para auro; 

h) plastificador de godiva.

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Posi~ao do paciente

o paciente devera estar com a cabec;:a ligeiramente inclinada

para tras. A altura devera ser tal que a comissura da boca fique ao

nfvel do ter<;:o superior do brac;:o do operador.

Preparo do materialPlastificamos a lamina de godiva sobre a chama e adaptamo-Ia

na moldeira, com os dedos ligeiramente molhados, fazendo Iigeiras

compress6es.

Com uma tesoura curva, recortamos 0 excesso de godiva, dei-

xando 0,5cm de sobra em todo 0 contorno da moldeira. Levamo-Ia

a chama para a plastificac;:ao da godiva das bordas. Obtida a plastifj-

cac;:ao, adaptamos os excessos rebatendo-os por fora da moldeira e

protegendo, assim, as bordas (Fig. 10-14).

Figura 10-14

  Moldeira com godiva.

Terminada a adaptac;:ao, com a lampada de Hanau, plastificamos

toda a superffcie da godiva uniformemente, com cuidado para nao

superaquecer. A seguir, mergulhamos a moldeira na agua a 50°C para

uniformizar a temperatura e a levamos a boca do paciente.

nCNICA DE MOLDAGEM

Segurando 0 cabo da moldeira, com os dedos indicador e polegar

direitos, introduzimos0

lado direito da moldeira na boca do paciente.Com 0 dedo indicador esquerdo afastando a comissura, damos uma

pequena rotac;:ao na moldeira e introduzimos 0 lado esquerdo (Fig.

10-15).

Figura 10-15

.  Introduc;ao da moldeira.

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AS tempos de moldagem funcional podem ser divididos em:

a) moldagem do corpo da mandibula;

b) moldagem do fecho periferico vestibular;

c) moldagem do fecho periferico lingual;

d) moldagem complementar.

Moldagem do corpo da mandibula I

Uma vez conseguida a introdu9ao da moldeira, iniciamos a mol-

dagem do corpo da mandibula.

Adaptamos a moldeira sobre 0 rebordo alveolar segurando-a

ainda pelo cabo; apoiamos os dedos, indicador e medio esquerdos,

sobre a moldeira na regiao dos pre-mol ares e 0 polegar na base da

mandibula. Soltamos 0 cabo e imediatamente levamos tambem os

dedos indicador e medio da mao direita sobre 0 rebordo, na regiao

dos pre-molares e 0 polegar na base da mandfbula (Fig. 10-16).

Figura 10-16

Moldagem do corpo 

da mandibula .

Fazemos uma compressao uniforme e lenta de ambos os lados,

simultaneamente, ate sentir uma resistencia. Mantendo a moldeira

nessa posi9ao, com um jato de agua esfriamos a godiva e remove-

mo-Ia da boca. A seguir, secamos e procedemos a um exame do

molde. A superffcie da godiva deve apresentar-se opaca, e no sulco

as formas negativas dos detalhes anat6micos. Na regiao das bordas,

a aspecto da godiva deve ser de extravasamento para fora.

Moldagem do fecho periferico vestibular

Conseguida a moldagem do corpo, passamos para a moldagem

do fecho periferico do lado vestibular. Na mandfbula, tambem, este

passo e dividido em tres etapas.

A primeira etapa corresponde a regiao posterior, de canino a

papila periforme do lado esquerdo. Plastificamos a godiva da borda

com a lampada de Hanau, levamos abaca e mantemos firmemente

a moldeira com as dedos indicador e media esquerdos, apoiados nas

regi6es dos pre-molares de cada lado e a polegar na base da mandf-

bula e, com as dedos indicador e polegar direitos, tracionamos a bo-

checha do lado esquerdo para cima (Fig. 10-17). Esfriamos a godiva

com um jato de agua e removemos a moldeira da boca. Lavamos,

secamos e examinamos. Neste. ter90 do selado vestibular deve apre-

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sentar, na parte anterior 0 sulco do freio lateral e, na parte posterior,

a conforma«;:ao do sulco gengivogeniano. No seu conjunto, a superff-

,cie deve apresentar-se com a forma arredondada, Iisa e regular. De-

pois passamos para a moldagem do tenio anterior.

Figura 10·17

Moldagem do fecho 

periferico esquerdo .

Plastificamos a godiva da borda anterior (segunda etapa), de ca·

nino a canino, e levamos a boca. Introduzimos, com cuidado, obede-

cendo sempre aos detalhes das manobras de introdu«;:ao ja descritos,

e adaptamos 0 molde sobre 0 rebordo.

Fixamos a moldeira nessa posi«;:ao, firmemente, apoiando com os

dedos medios da mao esquerda e direita nas regi6es dos pre-mol arese com 0 indicador e 0 polegar, de ambas as maos, tracionamos 0 labio

para cima. Depois de esfriada a godiva. removemos com os mesmos

culdados ja descritos. Uma moldagem perfeita dessa regiao devera

apresentar urn sulco amplo na altura da l inha mediana que corres-

ponde ao freio do labia e a conforma«;:ao do f6rnice gengivolabial

(Fig. 10·18).

Figura 10·18

Moldagem do {echo 

periferico anterior .

Passamos, imediatamente, para a ultima etapa: plastificamos a

godiva da regiao de canino a papila piriforme do lado direito eleva-

mos a boca. Apoiamos a moldeira com os dedos indicador e medio

direitos colocados sobre as regi6es dos pre-molares, e 0 polegar

na base da mandibula e com 0 polegar e 0 indicador da mao esquerda

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tracionamos a bochecha. Essa reglao deve apresentar 0 sulco dains€·n;:ao lateral; e, na parte mais posterior, a conform~yao do fundo

de saco gengivogeniano (Fig. 10-19).

Figura 10·19

Moldagem d o  f ec h o 

perifer  / c o  dir e ito .

Moldagem do fecho periferico lingual

A moldagem da regiao do selado periferico lingual e realizada

em uma unica etapa.

Plastificamos, com cuidado, com lampada de Hanau a godiva da

borda lingual, de uma extremidade a outra. Mergulhamos ligeira-

mente na agua a 50°C do plastificador e introduzimos a moldeira

assentando-a sobre0

rebordo (Fig. 10-20).

Figura 10·20

Pl astificagiio da godiva 

na parte lingual .

Fixamos a moldeira, apoiando os dedos medios e indicadores,

de ambos os lados, nas regi6es dos pre-molares, e os polegares co-

focados na base da mandfbula. A seguir, pedimos ao paciente para

executar os movimentos da lingua:

a) projeta-Ia para forae para frente. Com esse movimento, obte-mos a moldagem do ter«o posterior de ambos os lados (Fig. 10-21);

b) levar a ponta da lingua na dire«ao da comissura direita e

projeta-Ia para fora; repetir a opera«ao para 0 lade oposto. Com esses

movimentos, obtemos a moldagem do ter«o medio' de ambos os lados

(Fig. 10-22);

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Figura 10-21

Moldagem do {echo perif e rico 

lingual posterior .

Figura 10-22

Moldagem do (echo periferico 

l i ngual esquerdo .

c) levantar a lingua em direc;:ao ao palato, ao maximo. Com esse

movimento, obtemos a moldagem do soalho da boca, isto e, do terc;:o

anterior (Fig. 10-23).

Figura 10-23

Moldagem do {echo periferico 

lingual anterior .

Esfriamos a godiva com urn jato de agua e removemos a mol-

deira. Lavamos em agua corrente, secamos e passamos a examinar

o molde. Este devera apresentar, na linha mediana, urn sulco, que e a

marca do freio da lingua, bordas arredondadas, lisas, uniformes e de

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g , , ,

Figura 10-24

Molde funcional inferior.

Assim terminamos a moldagem funcional da mandibula com go-

diva, utilizada como material fundamental. Fazemos depois os testes

para verificar 0 grau de reten9ao e assentamento conseguidos, antes

de passarmos para a moldagem complementar, com cera de baixa

fusao.

Teste de retenr;ao vertical

Adaptar 0 molde na boca. Solicitar ao paciente 'que relaxe os

musculos e deixe a mandibula em posi9ao de repouso; 0 labio e a

lingua tambem na sua posi9aO normal; segurando 0 cabo da moldeira,com os dedos indicador e polegar, faz-se uma tra9ao para cima leve-

mente. Se a moldeira se deslocar e porque a compressao do fecho

periferico anterior, do lado lingual ou do vestibular esta imperfeita.

Nesses casos, geralmente 0 problema e do lado lingual, que podera

ser melhorado com a moldagem complementar (Fig. 10-25).

Figura 10-25

Teste vertical.

Teste de retenc;ao horizontalAs posi90es da mandibula, da moldeira, da lingua e do labio SaD

as mesmas do teste anterior. Com 0 dedo indicador apoiado no cabo,

fazendo uma tra9ao postero-anterior. Se a moldeira se deslocar facil·

mente, significa que a compressao do fecho periferico posterior e

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insuficiente. A corre<;:ao sera feita com a cera de baixa fusao na

moldagem complementar (Fig. 10-26).

Figura 10-26

Teste postero-ant er ior.

Teste de estabilid ade

Fazemos 0 teste de assentamento ou estabilidade pressionando

as regi6es dos pre-mol ares de cada lado com os indicadores, alter-

nadamente. Se constatarmos bascula, a moldagem devera ser repe-

tida, pois 0 defeito e do tipo que nao podemos corrigir (Fig. 10-27).

Figura 10-27

Teste de assent amento lateral

Moldagem complementar

No rebordo inferior, a vertente vestibular e mais inclinada e a

vertente lingual mais vertical. Em virtude disso, a borda da vertente

lingual nao e moldada com suficiente compressao para promover 0

selamento periferico dessa regiao. Daf a necessidade de uma mol-dagem complementar da regiao lingual, mesmo que 0 teste demonstre

uma boa reten<;:ao do mol de.

Para realizarmos a moldagem complementar, do selado lingual,

fundimos a cera de baixa fusao e, com urn pincel, passamo-Ia em

toda a extensao da borda do lado interno. Depois, levamos a moldeira

a boca e niantemo-Ia firmemente no local. Passados cinco minutos,

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testamos a retenc;ao; se estiver satisfat6ria, damos por terminada a

moldagem funcional (Fig. 10-28).

Figura 10-28

Col o car;ao  d a  c e ra 

de  b aix a fu sa o .

Indicac;oes da tecnica de moldagem com compressao

a) Quando a forma do rebordo e normal e a c ompressibilidade

da mucosa e normal;

b) quando 0 rebordo e reabsorvido e a mucosa e normal.

Material e Instrumental

Para a moldagem funcional da maxila com a tecnica sem com·

pressao, necessitamos dos seguintes (Fig. 10-29):

a) moldeira individual de ~esina acrllica ja a justada;

b) pasta zincoeugen61ica (branca e vermelha);

c) placa de vidro;

d) espMula n.O 36;

e) cera de baixa fusao;f) pincel;

g) Mer sulfurico.

Figura 10-29

Mate r iais para moldagem 

sem  c ompressao .

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Posi~6es do paciente e do operador

As posi<;:6es do paciente e do operador para essa tecnica SaG

identicas as da moldagem com compressao.

Preparo do material

Colocamos 5cm de pasta zincoeugenolica branca sobre a placa de

vidro e sobre ela a pasta vermelha no mesmo comprimento.

Com a espatula n.o 36, misturamos as pastas ate que forme uma

mistura de cor rosea uniforme. A seguir, com a mesma espiitula, de-

positamos 0 material na parte interna da moldeira, numa espessura

aproximada de 1mm, cobrindo toda a superffcie.

Tomando 0 cabo da moldeira com os dedos indicador e polegar

direitos, com 0 medio apoiamos na parte inferior, e a introduzimos

na boca do paciente, obedecendo aos passos e cuidados ja descritos

(Fig. 10-30).

Figura 10·30

AdaptaC;8o do molde 

Sem tardanc;a, mantendo ainda a moldeira no lugar com a mao

direita, passamos para tras do paciente e abaixamos a cadeira ate

a uma altura c6moda para 0 trabalho. Levamos os dedos indicador e

medio sobre 0 rebordo, na zona dos pre-mol ares, de cad a lado.

Em seguida, imprimimos uma compressao leve e simultanea de

ambos os lados, 0 mais uniforme possivel, ate sentirmos uma res is-

tencia ao movimento de aprofundamento.

Sustamos entao a compressao, porem mantemos a moldeiraimovel, por mais alguns minutos, ate que se realize a rea<;:ao quimica

da presa inicial, 0 que ocorre dentro de 2 a 3 minutos apos a mani-

pulac;ao (Fig. 10-31).

E importante, nessa tecnica, que se controle 0 andamento do

processo de rea<;:ao quimica, a fim de sabermos 0 momenta em que

o material entra na fase inicial da presa e quando termina. E nesse

intervalo que 0 material retem a imagem do corpo que esta sendo

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intervalo que 0 material retem a imagem do corpo que esta sendo

Figura 10-31

Agu a rdando a presa inicia! d o  mate ri a! para moldar 

o f echo - periterico .

Figura 10-32

Contro ! ando a p  res a do m aterial .

Na pratica, esse controle e feito, tocando-se com 0 dedo, de

tempo em tempo, 0 material que restou na placa de vidro. Sabe-se

que 0 material esta na fase inicial da presa quando, embora pouco

consistente, deixa de aderir no dedo. Por outro lado, a presa final,

sabe-se, quando 0 material fica completamente rfgido (Fig. 10-32).

Quando 0 material entra na fase de presa inicial, rapidamente

imobilizamos a moldeira com os dedos indicador e medio esquerdos,

e, com 0 indicador e polegar direitos, fazemos trar,:6es da bochecha e

depois do labio para baixo. Imediatamente, invertemos as posi<;6es

das maos; com 0 indicador e 0 polegar esquerdos, distendemos

agora a bochecha esquerda e depois 0 labia para baixo, enquanto com

a outra mao mantemos a moldeira no lugar (Fig. 10-33).

Repetimos essas opera<;6es continuamente ate que se verifique

a presa final da pasta lincoeugen6lica.

Como se pode notar, nessa tecnica, as moldagens do corpo damaxila e do fecho periterico SaD realizadas em um mesmo tempo

clfnico.

Quando a moldagem e feita com a pasta zincoeugen61ica, muitas

vezes, temos dificuldades ao remover a moldeira da boca. Quando

isso acontecer, procede-se do seguinte modo:

a) com 0 dedo indicador esquerdo, levantamos a bochecha es-

querda e com 0 polegar 0 labia superior;

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querda e com 0 polegar 0 labia superior;

Figura 10-33

Moldagem do ( ec ho p eri fe rico .

b) segurando 0 cabo da moldeira firmemente, fOrl;amo-la para

baixo; como a ac;:aodo musculo bucinador deste lado esta livre a

borda da moldeira se destaca e assim conseguimos remover a

moldeira.

Exame do mo/d e 

o molde deve apresentar a seguinte aspecto para ser conside-

rado satisfatorio:

a) apresentar todos os detalhes das formac;:oes anatomicas com

nitidez;

b) nao deve apresentar interrupc;:oes de material, zonas sem

material par excesso de compressao au par sobrextensao da mol dei-

ra, bolhas, fraturas etc.

c) deve apresentar a forma dos sulcos gengivogeniano e gen-

givolabial, com bordas arredondadas. regulares e lisas;

d) deve mostrar as negativos dos freios e bridas;

Os defeitos situ ados na zona do selado periferico podem ser

corrigidos, acrescentando cera de baixa fusao e remoldando a regiao.

Os defeitos da regiao principal de suporte nao devem ser retocados,

mesmo as pequenos, porque podem comprometer a assentamento

do molde.

No que concerne aos testes de travamento postero-anterior. tra-

vamento vertical e assentamento do mol de, sao as mesmos que des-

creve mas para a moldagem com compressao. Quanta a moldagem

complementar. do selado posterior, devera ser feita em todos as

casas e de maneira ja descrita.

o eter sulfUrico. embebido em algodao. se destina a remoc;:ao

da pasta zincoeugenolica endurecida nos dedos d o profissional au na

face do paciente.

MOLDAGEM SEM COMPRESSAO

MOLDAGEM FUNCIONAL DA MANDiBULA

Material e Instrumental

Necessitamos do seguinte material para a moldagem funcional

da mandfbula (Fig 10 34):

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da mandfbula (Fig 10-34):

Figura 10-34

Mater i al par  a  moldagem .

a) moldeira individual inferior de resina acrflica, ja ajustada aboca;

b) pasta zincoenolica (branca e vermelha);

c) placa de vidro;

d) espatula n.O 36;

e) cera de baixa fusao;

f) pincel.

Posic;oesdo paciente e do profissional

Tanto a posic;:ao do paciente como a do profissional saD como jadescrevemos na moldagem com godiva (Fig. 7-20).

Preparo do material

A manipulac;:ao do material e a colocac;:ao na moldeira saD feitas

da mesma forma que a descrita para 0 maxilar superior (Fig. 10-34).

Introduzimos a moldeira na boca do paciente, seguindo os passos

e cuidados ja descritos para a moldagem com godiva. Depois leva-mos os dedos, indicador e medio esquerdos, sobre 0 rebordo da

moldeira, na regiao dos pre-mol ares direitos e, com 0 polegar, apoia-

mos na base da mandibula. A seguir, colocamos os dedos da mao

direita sobre 0 rebordo esquerdo, nas mesmas posic;:6es.

Fazemos tambem a moldagem da mandibula com a pasta zinco-

eugenolica em um so tempo cllnico.

Inicialmente, realizamos a moldagem do corpo da mandibula.

Fazemos uma compressao oclusogengival, leve e uniforme sobre a

moldeira, ate sentirmos uma resistencia; entao sustamos a compres-

sao. Procuramos manter a moldeira nessa posic;:ao, imovel, por alguns

instantes, aguardando a reac;:ao quimica da presa inicial da pasta

zincoeugenolica. Quando esta adquirir certa consistencia e deixar

de ser pegajosa, come<;amos a moldagem da zona d o fecho periferico.

A moldagem da zona do selado periferico, tanto na parte lingual

como na vestibular, a sequencia dos passos, os movimentos das bo-

chechas, do labio e da lingua sao iguais aos descritos para a molda-

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gem com godiva. Difere apenas no que concerne aos intervalos entre

os passos de moldagem; com a pasta zincoeugenolica, e executada

em um tempo unico, isto e, retiramos a moldeira da boca, apenas

quando a moldagem estiver terminada.

Na moldagem do selado periferico vestibular, primeiro fixamos

a moldeira na boca, com os dedos indicador e medio esquerdos, co-

locados nas regioes dos pre-mol ares de cad a lado e 0 polegar na

base da mandfbula.

Com os dedos indicador e polegar direitos, distendemos a bo-

checha para cima e, a seguir, 0 labio. Trocamos as posi90es das

maos: apoiamos a moldeira com os dedos indicador e 0 medio direi-

tos, e, com 0 indicador e polegar esquerdos, distendemos a bo-

checha e 0 labio do outro lado para cima. Em continua9aO realizamos

a moldagem do selado periferico lingual. Para isso fixamos a mol-deira bilateralmente naquela posi9aO de moldagem do corpo da man-

dfbula. 0 paciente, entao, executara os movimentos da lingua que

SaD: para fora, para cima e para os lados, esquerdo e direito. Repe-

timos as manobras de moldagem do lado vestibular e lingual ate

que se verifique a presa final do material.

Terminamos, assim, a moldagem funcional com material funda-

mental. Removemo-Ia da boca, lavamos e passamos a examinar 0

molde.

As caracterfsticas de um mol de aceitavel SaD as mesmas que

descrevemos para 0 molde do maxilar superior.

Fazemos os testes funcionais do molde e a moldagem comple-

mentar, como descrevemos para a moldagem funcional, com a godiva.

Como vimos, a pasta zincoeugenolica e um tipo de material de

moldagem mediata: so conseguimos moldar um corpo atraves do

contacto demorado. Esse tipo de moldagem esta indicado para os

seguintes casos:

a) rebordo com as vertentes vestibular e lingual paralelas;

b) zonas de allvio situadas sobre 0 rebordo;

c) rebordo alveolar coberto com fibromucosa lisa e aderente;

d) rebordo alveolar revestido com fibromucosa flacida genera-

lizada.

Chamamos de moldagem mista aquela em que dois materiais

diferentes SaD usados como fundamentais.

Amoldagem mista tem por objetivo aproveitar as vantagens de

cada material, a fim de conseguir 0 maximo de reten9aO na moldagem.

As associa90es de materiais mais utilizados SaD combina90es

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As associa90es de materiais mais utilizados SaD combina90es

Indica~oes de moldagem mista

a) Rebordo alveolar com revestimento mucoso que apresenta

compressibilidades muito diferentes de um local para outro;

b) rebordo alveolar com 0 cordao fibroso movel;

c) rebordo alveolar de forma estrangulada;d) rebordo alveolar irregular;

e) quando nao conseguimos bons resultados com a moldagem

simples.

Como dissemos, a moldagem mista e uma tecnica que utiliza

dois materiais fundamentais diferentes: portanto, os passos, os cui·

dados e a execu<;:ao devem ser aqueles descritos para cad a tipo de

material.

Dessa maneira, achamos que e dispensavel a descri<;:ao minu-

ciosa das tecnicas. Diremos apenas que devemos realizar, primeira-mente, a moldagem completa com um tipo de material e, a seguir,

com esse molde servindo de moldeira individual, realizar a moldagem

funcional completa, com 0 segundo material. Apos os testes de re-

ten<;:ao e de estabilidade, terminamos a moldagem funcional, reali-

zando a moldagem complementar do fecho posterior com a cera de

baixa fusao (Fig. 10-35).

Figura 10-35

M o/dage m  mis ta  - go diva e past a  zincoeugen6/ ica .

Na pratica, realizamos a moldagem mista utilizando a associa<;:ao

de godiva e pasta zincoeugenolica. A godiva e utilizada como 0 pri-

meiro material fundamental. Portanto, fazemos a moldagem com

aquele material, seguindo, passo a passo, a sequencia da tecnica

com compressiio.Logo, a seguir, realizamos a moldagem com pasta zincoeugenolica,

sobre 0 molde de godiva obedecendo, desta vez, a tecnica sem com-

 pressiio.

MOLDAGEM FUNCIONAL COM BOCA FECHADA

MOLDAGEM PELA ACAO DOS LABIOS E BOCHECHAS

Esta tecnica de moldagem funcional foi preconizada por Swenson

e apresenta as seguintes caracteristicas:

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) ld i i di id i i i f i b

b) planos-de-cera confeccionados sobre as moldeiras individuais,

estabelecendo-se portanto a dimensao vertical de oclusao, previa-

mente;

c) na parte anterior dos planos-de-cera superior e inferior abre-se

uma janela para permitir os movimentos da lingua.

Tecnica de moldagem

Manipulamos a pasta zincoeugenolica e preen chemos as moldei-

ras superior e inferior.

Levamos as moldeiras a boca e com a propria compressao, de-

vido ao fechamento em oclusao, moldamos 0 corpo da maxila e da

mandibula, simultaneamente. Aguardamos alguns minutos nessa po-

si<;ao de oclusao, porem relaxando os musculos ate 0 infcio da rea<;ao

de presa do material.

Quando a mass a da pasta zincoenolica come<;a a tomar consis-

tencia e 0 momenta de pedirmos ao paciente para movimentar os

labios, as bochechas e a lingua, a fim de moldar 0 selado periferico,

vestibular e lingual. Os movimentos a serem solicitados sao:

a) contrair os musculos mfmicos esbo<;ando urn sorriso for<;ado;

b) contrair os orbiculares do labio como se fosse assobiar;

c) contrair 0 bucinador do lado direito;

d) contrair 0 bucinador do lado esquerdo;

e) projetar a lingua para fora;

f) levar a lingua para cima;

g) projetar a lingua para 0 lado direito;

h) projetar a lingua para 0 lado esquerdo.

Os movimentos sao repetidos ate que ocorra a presa final domaterial.

A seguir, realizamos os testes funcionais para verificar se ha

ou nao necessidade de fazer a moldagem complementar.

Usamos essa tecnica no casa de reembasamento de dentadura.Aproveitamos a dentadura a reembasar como moldeira individual, e

todos os atos operatorios de moldagem sao feitos na posi<;ao de oclu-

sao como vimos acima.

Semelhante procedimento, nesses casos, leva vantagem sobre a

tecnica de boca aberta no que concerne a manuten<;ao da oclusao.

MOLDAGEM FUNCIONAL POR SUCCAO E DEGLUTICAO

OS fundamentos empregados para a moldagem por suc<;ao sao

identicos aos da moldagem por a<;ao muscular, porem diferem daprimeira nos seguintes pontos:

a) as moldeiras individuais sao sem cabo e sem pianos de

oclusao;

b) as moldagens da maxila e da mandibula saD tomadas separa-

damente;

c) para a moldagem do selado periferico vestibular aproveita-

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d

d) para a moldagem do (ado lingual aproveitamos 0 ato de de-

gluti<;:ao;

e) a moldagem do corpo, tanto da maxila como da mandfbula, e

executada pela tecnica de boca aberta, isto e, pelo operador.

1. ALDRIVANDI, C. - D ent a dur as Camp/ et as -  vol. I, 2.' ed. Edit. Cientifica,

Rio de Janeiro, pp. 213-221, 1960.

2. Idem - Ibidem, pp. 197-203.

3. BUCKLEY, G. A. - Diagnostic factors in the choice of impression materiaisand methods. J. Pros t h . Dent ., 5 (2): 149-161, March, 1955.

4. JAMIESON, C. H. - A complete denture impression technique. J. Pr o sth . D e nt ..4 (1): 17-29. Jan., 1954.

5. LEWIS, E. T. - A lower impression technique. J. Prosth . Dent .. 12 (4): 661-665,

Jul.. 1956.

6. SWENSON, M. G. - D e nt a dura s  camp/etas. Trad., Univ. Tip. Ed. Hispano--Americana - Mexico, pp. 44-46.

7. WOELFEL,J. B. - Contour variations in impressions of one edentulous patient.J. Prosth . De n t ., 12 (2): 229-254, Mar.-Apr., 1962.

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Rela~iies In te rm axila res em Desdentados Com ple tos

Sob este titulo vamos estudar a dimensao vertical, plano-de-

-orientac;ao e relac;ao central dos indivfduos desdentados.

Chama-se "regiao protetica", na protese cllnica, a regiao do terc;o

inferior do rosto do paciente. Essa denominac;ao tern a sua razao de

ser porque a reconstituic;ao da plenitude facial depende, quase que

exclusivamente, dos trabalhos proteticos.

A operac;ao cllni·ca denominada tomada da dimensao vertical em

protese e aquela que trata do problema da localizac;ao da posic;ao

natural e conveniente da mandfbula, no senti do da altura da face. E a

operac;ao, que tern por objetivo fixar a posic;ao da mandfbula no sen-

tido anteroposterior e de lateralidade, chama-se determinac;ao da re-

lac;ao central.

o plano-de-orientac;ao serve para fixar essas posic;oes da mandf-

bula e transporta-Ias para 0 articulador.

Defini(:io

Na Odontologia, denomina-se dimensao vertical ao espac;o inter-

maxilar de urn indivfduo. Geralmente, os autores tomam como posi-

c;ao base aquela em que os musculos elevadores e abaixadores da

mandfbula se acham em estado de equillbrio. Oaf a definic;ao da di-

mensao vertical mais aceita pela maioria, embora, na realidade, nao

traduza 0 verdadeiro significado:

"Oimensao vertical e a posic;ao da mandfbula em que os mus-

culos elevadores e abaixadores estao em equillbrio"

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culos elevadores e abaixadores estao em equillbrio"

Ora, 0 espa90 intermaxilar que procuramos estabelecer num indi-

viduo desdentado total, para a confecc;:ao de uma dentadura completa,

nao a 0 que corresponde a posic;:ao de equilibrio muscular, mas, sim,

o espac;:o que corresponde ao afastamento intermaxilar, quando do

contacto dos dentes naturais superiores e inferiores, no estado de

oclusao. Essa posic;:ao da mandibula com os contactos de dentesque real mente precisamos para a confecc;:ao da dentadura recebe 0

nome de dimensao vertical de oclusao e a anterior, que corresponde

a posic;:ao de equilibrio muscular, de dimensao vertical de repouso.

A dimensao vertical de oclusao a tambam chamada de dimensao

vertical ativa. A denominac;:ao at iva provam do fato de os musculos

elevadores se encontrarem em atividade quando os dentes estao em

oclusao.

A posic;:ao de equi Iibrio muscular dos mlisculos mastigadores

depende de uma sarie de fatores, e, por isso mesmo, a muito dificil,

na pratica, obter a dimensao vertical de repouso. Por outro lado, haquem defenda 0 ponto de vista de que a posic;:ao de repouso muscular

nao existe, mas, sim, a de "tono muscular" que a um estado de equi-

Iibrio entre a contrac;:ao e 0 relaxamento muscular.

Os fatores que influem no repouso muscular sac: equilibrio da

cabec;:a; presenc;:a dos dentes naturais; cansac;:o muscular; estado

psiquico do paciente e 0 estado da articulac;:ao temporomandibular.

o equilibrio da cabec;:a a importante para a obtenc;:ao do repouso

muscular. A cabec;:a, no sentido anteroposterior, tem a sua parte an-

terior correspondente a 2/3 do peso total, e 0 1  /3 posterior se ap6ia

na primeira vartebra cervical, 0 atlas; para a cabec;:a se manter emvertical, os mlisculos posteriores do pescoc;:o contraem-se, equili-

brando assim 0 peso do 1/3 anterior da oabec;:a (Fig. 11-1).

Tambem a presen<;:a dos dentes naturais, que permitem a oclu-

sac normal, concorre para 0 equilibrio muscular, equilibrio esse que

obtemos a custa dos mlisculos elevadores e abaixadores. Os mus-

culos abaixadores comp6em-se de duas partes: supra-hi6ideo e infra-

-hi6ideo, as quais, por sua vez, tambem se equilibram.

o cansa<;:o muscular tende a levar os mlisculos a posi<;:ao de equi-

Iibrio; portanto, e um outro fator de equilibrio.

o estado psiquico do paciente, assim como 0 estado da articula-

<;:aotemporomandibular sac os fatores que atuam negativamente para

o equilibrio muscular, quando fogem da normalidade.

Figura 11·1

1. A98 0  d o s mus e u  /o s 

p o ste r i o r es  do p e s e0 9 0. 2. Pes o 

I I

~~ ~ _ I I

~ \ i

~i 0 \ :I I

I III •

 \ 

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d 1/3 i d b 9

Espac;o funcional livre (EFt)

a espa<;o funcional livre ("free way space") e uma pequena dis-

tancia intermaxilar que corresponde ao deslocamento da mandibula,

da posi<;ao de dimensao vertical de repouso a dimensao vertical de

oclusao. Em outras palavras,0

espa<;o funcional livre e a diferen<;aentre a dimens'ao vertical de repouso (OVR) e a de oclusao (OVa).

OVR - ova =EFL

Esse espa<;o na altura dos incisivos e de 2 a 4mm, conforme 0

paciente. Landa encontrou 0 espa<;o funcional livre maximo de 3,67mm

e 0 minimo de 3,07mm e 3,3mm como valor medio.

A correta determina<;ao do espa<;o funcional livre na confec<;ao

de uma dentadura e indispensavel para 0 seu born funcionamento.

Quando 0 espa<;o e insuficiente, os dentes se tocam durante a con-

versa<;ao, prejudicando a pronuncia e provocando 0 cansa<;o dos mus-

culos de mastiga<;ao.

Quando 0 espa<;o e maior do que 0 necessario, a estetica fica

prejudicada e a pronuncia se torna sibilante.

A determina<;ao do espa<;o funcional livre constitui urn dos pro-

blemas das dentaduras, 0 qual ainda nao foi solucionado. Gada urn

dos metodos conhecidos mostra lJm prop6sito serio dos autores em

soluciona-Io, porem, a natureza do problema nao permite urn resul-

tado exato do ponto de vista cientifico.

Silverman observou que 0 espa<;o funcional livre (EFL) era dife-

rente do espa<;o funcional de pronuncia (EFP), 'Pois 0 primeiro ocorrequando os musculos elevadores e abaixadores da mandibula estao

em estado de tono muscular, enquanto 0 segundo e verificado, quan-

do os mesmos musculos estao em atividade fonetica. Em consequen-

cia, a varia<;ao do EFP dependia menos do paciente do que a do

EFL. porque ele perde 0 controle muscular voluntario durante a

fona<;ao.

a trabalho de Yasaki, realizado em 1961, demonstrou que 0 EFL

nao se limitava a varia<;ao de 2 a 4mm, aceito pela maioria dos auto-

res. Na pesquisa realizada, constatou que, depend endo do estado de

relaxamento muscular do paciente, aquele espa<;o poderia chegar a10mm. Lins Villa<;a, realizando tambem urn trabalho no mesmo cam-

po, notou que 0 EFL era urn fator instavel e variavel e que 0 EFP era

mais estavel e mais constante. Encontrou a media de 2,9mm com

varia<;oes dentro de limites minimos.

Em 1946, Thompson apresentou urn trabalho sobre a imutabili-

dade da dimensao vertical de repouso, baseado em observa<;oes e

medi<;oes realizadas durante0

crescimento da face ate a senilidade.a autor observou que existe uma rela<;ao constante, entre as

distancias nasio e subnasio, gonio e nasio num individuo, ao longo

do desenvolvimento da face que persiste, proporcionalmente, na idade

madura. Oai as conclusoes a que chegou:

a) a OVR e imutavel num individuo;

b ) a OVR se instala aos tres meses de vida intra-uterina e, pro-

porcionalmente nao se altera ao fango da ida

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porcionalmente nao se altera ao fango da vida;

c} a DVR nao depende da presen<;a dos dentes;

d}a distancia nasio-subnasio e igual a 49,5% da distancia na-

sio-gonio.

A dimensao vertical de que precisamos na confec<;ao da denta-

dura e a de oclusao. A determina<;ao dessa medida e diflcil porquedepende dos arcos dentais e 0 paciente e desdentado completo. as

metodos existentes na epoca, de determina<;ao da dimensao vertical

de oclusao, nao erampraticos e os resultados duvidosos.

a trabalho de Thompson veio abri( um novo caminho ao estudo

da dimensao vertical, visto que introduziu a rela<;ao de proporciona-

lidade anatomica para a sua determina<;ao. A tecnica em si se funda-

menta em bases muito simples: se a posi<;ao de dimensao vertical

de repouso e determinavel pela rela<;ao apr:esentada e, se, por outro

lado, 0 espa<;o funcional livre e conhecido como sendo de 3,3mm

basta aplicar a equa<;ao abaixo para ter a dimensao vertical de

oclusao.DVR-DVO EFL

DVO=DVR EFL

Sabemos que esse metodo nao tem fundamento cientifico, pois,

com ele, nao conseguimos um resultado exato. Porem, e um metodo

pratico e de facil aplica<;ao.

As investiga<;oes recentes vieram mudar esse conceito de di-

mensao vertical, estabelecido por Thompson. Muitos trabalhos foramrealizados nesse campo. Podemos destacar 0 de Ducan e Willian

que, por meio de radiografias, demonstraram a mutabilidade da di-

mensao vertical de repouso, quando os pacientes perdem todos os

dentes. A DVR de um paciente desdentado e menor do que a DVR

desse mesmo paciente quando possuia seus dentes naturais.

Swerdlow, estudando tambem as varia<;oes da DVR e da Dva em

pacientes portadores de dentadura imediata, chegou as seguintes

conclusoes:

a) comparando a DVa tomada antes da extra<;ao dos dentes coma obtida semanas ap6s a coloca<;ao da pr6tese, notou a segunda di-

minuida;

b} confrontando os dados obtidos depois de algumas semanas

com os conseguidos depois de seis meses, verificou que ainda es-

tavam menores;

c} notou que a Dva do portador de dentadura imediata bimaxilar

diminuia duas vezes mais do que a do portador da dentadura uni-

maxilar.

Por outro lado, Yasaki, estudando 0 espa<;o funcional livre nos pa-cientes com os dentes naturais, considerou como importantes tres

espa<;os livres e denominou-os de:

EFL de 1.° grau, quando os arcos estao afastados de 1 a 1,5mm.

EFL de 2.° grau, quando os arcos estao afastados cerca de 3 mm.

EFL de 3.° grau, quando os arcos estao afastados mais de 6 mm.

A rigor, ainda devemos considerar em um paciente mais duas

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A rigor, ainda devemos considerar em um paciente mais duas

A dimensao vertical maxima e a posic;:ao da mandibula que cor-

responde a abertura maxima da boca. Essa dimensao tern muita im-

porUlncia no diagn6stico dos distLirbios da ATM.

A dimensao vertical mInima e a posic;:ao da mandibula que cor-

responde ao fechamento maximo da boca num indivlduo desdentadototal.

DETERMINACAO DA DIMENSAO VERTICAL (DV)

Existem muitas tecnicas para a determinac;:ao da dimensao ver-

tical dos pacientes desdentados, baseadas em diferentes pontos de

vista. Essas tecnicas podem ser agrupadas em duas categorias, se-

gundo a dimensao vertical que se procura.

o primeiro grupo determina a posic;:ao de dimensao vertical de

oclusao diretamente, e 0 outro estabelece, inicialmente, a dimensaovertical de repouso para depois chegar na dimensao vertical de

oclusao.

Dentre as principais tecnicas que determinam a dimensao ver-

tical de oclusao diretamente, podemos citar: os metodos de Boos,

de deglutic;:ao ou de Monson e 0 da mascara facial.

No segundo grupo podemos citar: 0 metodo de Willis, 0 fotogra-

fico ou de Wright, 0 do paralelismo dos rebordos ou de Sears, 0 da

aparencia facial ou de Turner e Fox, 0 do repouso muscular de Gerson

Martins, 0 metoda proporcional de Brodie e Thompson e 0 foneticode Silverman.

Metodo de Boos

o autor parte do princlpio de que, quando a mandlbula e levada

a posic;:ao de dimensao vertical de oclusao, os musculos elevadores

estao na posic;:ao exata de desenvolverem a sua potencia maxima de

mastigac;:ao. Dessa maneira, essa tecnica utiliza urn aparelho cha-

mado bimeter, que e urn dinamometro, e determina esse estado.

o aparelho bimeter  e fixado nas bases de prova, nas regi6es

dos pre-mol ares e e levado a boca. 0 paciente executa, a seguir, 0

movimento de fechamento com toda a forc;:a, e 0 profissional, lendo

o ponteiro do aparelho, localiza a posic;:ao de maior potencia mus-

cular.

Metodo de degluti«;ao

Ha urn grupo de autores para os quais as posic;:6es de dimensao

vertical de oclusao e a de relac;:ao central estao no mesmo afasta-

mento intermaxilar. Com efeito, ,estudos realizados no setor da fisio-

logia do movimento mandibular demonstraram que 0 ato de deglutic;:aoleva a mandibula a posic;ao chamada de relac;ao central. Assim, grac;as

a deglutic;ao, podemos chegar a posic;ao de dimensao vertical de

oclusao. Essa foi a ideia de Monson que, pela primeira vez, aprovei-

tou 0 ato de degluti<;:ao para determinar a dimensao vertical de oclu-

sao e a de rela<;:ao central ao mesmo tempo.

Teoricamente consiste no seguinte: levamos a boca os planos-

d d l i di i d l i A

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d t d l ti di i t d l ti A

Tecnica da mascara facial

A mascara facial e usada para a determinac;:ao da dimensao ver-

tical de oclusao, nos pacientes com os dentes naturais condenados.

Nesses casos, moldamos 0 ter<;o inferior do rosto com a mandibulaem ova e confeccionamos uma mascara de resina incolor. Oepois

da extrac;:ao total dos dentes, na fase de confecc;:ao dos planos-de-cera,

a ova e estabelecida por meio de mascara transparente. Assim, os

planos-de-orientac;:ao ficam na altura da dimensao vertical de oclusao.

Tecnica de Willis

Willis observou que a distancia entre 0 canto do olho a comis-

sura labial era iguaI a distancia entre a base do nariz ao mento, no

paciente normal em posic;:ao de repouso muscular.A determin1:!c;:ao da dimensao vertical por esse metodo, no des-

dentado, consiste em aproveitar a relac;:ao de igualdade entre a dis-

tancia da base do nariz ao mento e da comissura labial ao canto do

olho.

Para medir essa distancia Willis ideou urn compasso em forma

de letra "L", com uma pequena haste movel, que corre ao longo do

corpo do compasso.

Segurando na haste longa, colocamos a haste menor ao nivel do

canto do olho, e a haste movel, na altura da comissura labial e imo-

bilizamo-la com 0parafuso.

A distancia assim obtida, com 0 compasso de Willis, equivale adimensao vertical de repouso.

Metodo fotogriifico

Medimos a distancia interpupilar do paciente desdendato (A) e

a mesma distancia na fotografia do paciente, antes de perder os

dentes (B). Oepois, mensuramos a distancia que vai do mento a basedo nariz, na fotografia (e). Essa distancia, no paciente desdentado

e a incognita (X). Oiante disso, podemos armar a seguinte equac;:ao:

A--B

x--c

XB = A C

AC

X = -- = Dimensao vertical

B

Metodo de Sears

Seg\ .lndo Sears, quando os rebordos alveolares superior e infe-

rior, na porc;:ao posterior, estao paralelos, a mandibula estara na po-

sic;:ao de dimensao vertical.

Metodo de Turner e Fox

Na opiniao de Turner e Fox, a guia mais segura para a determi-

nac;:ao da dimensao vertical e a reconstituic;:ao facial as pontos de

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nac;:ao da dimensao vertical e a reconstituic;:ao facial as pontos de

Metodo de Gerson Martins

a presente autor idealizou urn dispositivo composto de duas

partes: uma e fixada na base-de-prova inferior e a outra na base-de-

-prova superior. A pe~a destinada a mandfbula e composta de tres

estojos e a destinada a maxila de tres estiletes.Na prcHica. manipulamos 0 gesso comum, preenchemos os esto-

  jos e levamos as bases-de-prova a boca. Oeixamos 0 paciente em

posi~ao de repouso. a gesso do estojo, ao cristalizar-se, fixa 0 esti-

lete na posi~ao de dimensao vertical de repouso.

Metodo -de Brodie e Thompson

Como vimos atras, Brodie e Thompson elaboraram a teoria da

imutabilidade da dimensao vertical de repouso, isto e, que urn indi-

vfduo conserva, ao longo da vida, uma proporc;ao constante entre as

distancias nasio-subnasio e nasio-gonio. Notaram nesse trabalho que

a distancia nasio-subnasio equivale a 49,5% da distancia nasio-gonio.

Na pratica, para determinarmos a dimensao vertical de repouso,

basta medir a distancia nasio-subnasio do individuo desdentado e

armar a proporc;ao:

Oistancia nasio-gonio

A = distancia nasio-subnasio

X = distancia subnasio-gonio

100%

49,5%

OVR

Metodo fonetico

a metoda fonetico foi introduzido por Silverman. Em 1953, 0

citado autor apresentou a tecnica de determina~ao da ova atraves

do espac;o funcional de pronuncla, isto e, baseado na posi~ao fisio-

16gica da mandfbula durante a fala.

Verificou que, quando 0 paciente pronunciava palavras sibilantes,

repetidas vezes, como "Mississipe", a mandfbula se deslocava, for-mando um espac;o interoclusal ao que chamou de e sp ac ;o fun c i onal 

de p ro nu nci a . abservou ainda que 0 EFP nao era 0 mesmo que EFL,

pois urn era resultado da atividade muscular e 0 segundo devido ao

relaxamento muscular; que 0 primeiro era urn espac;o mais constante

e 0 outro mais variavel.

Ap6s 0 trabalho de Yasaki, apresentado em 1962, demonstrando

que 0 EFL variava de 1 a 10mm, os protesistas comec;aram a aceitar

o EFP como uma referencia mais segura para a determinac;ao da

ova do que 0 EFL.

Tecnica de determinac;io da D.V.O.

Na clfnica protetica, da Oisciplina de Pr6tese Total, adotamos

o metoda de Lytle modificado pelo autor para a determina9ao da

dimensao vertical de oclusao. Consiste no seguinte:

a) deixamos 0 paciente completamente a vontade para conseguir

a posic;ao de repouso muscular;

b) com 0 compasso de Willis medimos a distancia que vai do

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b) com 0 compasso de Willis, medimos a distancia que vai do

c) diminuimos 3mm (EFP) do valor encontrado; calibramos 0 com-

passe de Willis com esse novo valor, 0 qual correspondera a ova dopaciente;

d)confeccionamos os planos-de-cera com 0ova do compasso de

Willis;

e) fazemos a reavalia<;ao da ova com os planos-de-cera insta-

lados no paciente, considerando os fatores: estetica e fonetica.

A dimensao vertical estara correta, do ponto de vista estetico,

quando 0 aspecto facial for normal, repousante e harmonioso. 00

ponto de vista da fonetica, a ova estaracorreta quando no teste com

os fonemas s'ibilantes como "Mississipe" "sessenta e seis" abrir entre

os planos-de-cera superior e inferior, urn espa<;o de 3mm que e 0

EFP. Nesse teste, convem lembrar que nao sedeve levar em cons i-

dera<;aoa pronuncia clara das palavras, visto que a lIngua fica tolhida

com 0volume dos roletes de cera.

PLANO.DE.ORIENTA<;AO

a plano-de-orienta<;ao, constitufdo de base-de-prova e plano-de-

-cera, destina-se a registrar todos os dados referentes a rela<;ao in-

termaxilar necessarios a confec<;ao de uma dentadura. Esse plano-

-de-cera, depois de registrados os dados, orienta os passos de con-fec<;ao; daf vem a denomina<;ao "plano-de-orienta<;ao".

Base·de.prova

A base-de-prova e a base provisona de uma dentadura, prepa-rada sobre 0 modele funcional, com material adequado, que permite

a realiza<;ao de todas as opera<;oes previas para a confec<;ao, semse deformar ou romper-se.

A base-de-prova pode ser confeccionada em placa-base e em

resina acrflica.

A placa-base, substancia termoplastica de composi<;ao resinosa,

apresenta-se em laminas de 1mm de espessura, nas cores marrom

e r6sea.As bases-de-prova de placa-base tem algumas vantagens, tais

como: simplicidade na confec<;ao e custo m6dico; porem, as desvan-tagens sac de tal ordem que contra-indicam 0 seu uso.

As principais desvantagens das bases-de-prova de placa-basesao: deforma<;ao, friabilidade, empenamento e adapta<;ao imperfeita.

Nas bases-de-prova de resina acrflica, encontramos todas as

qualidades necessarias para a execu<;ao dos trabalhos clInicos, quais

sejam: ajuste perfeito na boca, resistencia aos choques e indefor·

mabilidade. Tratando-se de resina de autopolimeriza<;ao, podemos

ainda acrescentar, como vantagens, 0 aproveitamento do modele fun-cional, a simplicidade e a rapidez da confec<;ao.

Adotamos a base-de-prova de resinaacrflica de autopolimeriza-<;ao incolor, confeccjonada diretamente sobre 0 modele funcional.

Confec~ao da base·de·prova

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M i l I l

a) modelo funcional;

b) isolante de resina acrilica;

c) pincel de tamanho medio;

d) resina de autopolimerizac;ao (monomero e polfmero) incolor;

e) pote com tampa e pote Dappen;

f) espatula n.O31 e Le Cron;g) pedra montada para resina acrilica;

h) cera rosa;

i) tira de lixa;

 j) mandril para lixa.

Tecnica d e confec~io

Realizamos os alivios das zonas retentivas do modelo preen-

chendo-as com cera rosa fundida. Removemos os excessos com a

espatula Le Cron e alisamos a superficie da cera.Inicialmente, passamos em toda area chapeavel do modelo uma

camada de isolante com um pincel. A seguir, num tamanho medio da

area chapeavel, colocamos 6cm3 de polfmero no pote e saturamo-Io

com monomero. Misturamos a resina com espMula n.O31 e passamos

a adaptac;ao sobre 0 rebordo alveolar do modelo. Como a resina esta

ainda pouco consistente, ela tende a se escoar e preencher as

regi6es dos sulcose palato. Para que isso nao acontec;a, da-se incli-

nac;6es convenientes ao modelo, procurando cobrir toda a area cha-

peavel com camada uniforme. Em continuac;ao, acrescentamosa

primeira uma nova camada de resina e teremos uma espessura sufi-

ciente para a base-de-prova. Aguardamos alguns minutos, ate que se

complete a polimerizac;ao da resina.

Nos dias de muito calor, quando 0 processo de reac;ao quimica

do monomero com 0 polimero for muito rapida, diminuindo 0 tempo

de trabalho, podemos agregar 0 monometro de lenta polimerizac;ao ao

de rapida, na proporc;ao de 1/3, no ato da manipulac;ao da resina.

Obtida a polimerizac;ao, removemos a base-de-prova do modelo,

com muito cuidado para nao fraturar a mesma e tambem 0 modelo.

Com uma pedra montada. eliminamos os excessos e arredondamos

as arestas cortantes das bordas. Desgastamos depois a superficie,

ate conseguirmos uma base-de-prova lisa e com espessura uniforme

de 1mm, aproximadamente.

a plano-de-cera e uma muralha de cera adaptada a base-de-pro-

va, onde registramos as relac;6es intermaxilares de interesse prote-

tico. a fim de orientar os passos da confecc;ao da dentadura.Nos planos-de-cera, devem ser registrados os seguintes dados

da relac;ao intermaxilar:

a) dimensao ver,tical 'de oclusao;

b) a forma do arco dental;

c) 0 limite vestibular do arco;

d) a curva de compensac;ao anteroposterior e vestibulolingual;

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) p ; p g ;

Confecc;ao dos planos-de-cera

Material  e Inst r umental 

Para a confec<;ao dos planos·de-cera, necessitamos dos seguintes:

a) compasso de Willis;

b) tres laminas de cera rosa n.o 7;

c) espMula n.O31;

d) espatula Le Gron;

e) lamparina a alcool:

f) vaselina (Fig. 11-2);

g) placa de vidro.

Figura 11-2

 Mater ial necessar io.

Tecni c a de conf ec r; a o d o  plan o -d e -cera superi o r 

a) Tomamos uma lamina de cera e plastificamos, sobre a cha-

ma, uma faixa de 1cm ao longo do seu comprimento, fazendo movi-

mentos de uma extremidade a outra, ate que, tornando plastica, co-

mece a se dobrar. Nessa altura, retiramos da chama e, com os dedos,

completamos 0 dobramento. A seguir, aquecemos a faixa seguinte edobramos novamente assim, sucessivamente, ate obtermos um rolete

de cera plastica.

b) Levamos novamente 0 rolete a chama, e dobramos ao meio

para diminuir 0 comprimento e ganhar na espessura. Adaptamos a

seguir 0 rolete ao rebordo da base-de-prova e 0 fixamos, dando-I he

a forma do arco dental.

c) Golocamos 0 plano-de-orienta<;ao assim esbo<;ado na boca, a

fim de ser estabelecida a altura. Normalmente, 0 plano-de-cera devera

ficar 2mm abaixo do tuberculo do labio, na regiao mediana anterior

e, lateral mente, na altura das comissuras labiais. Podemos marcar

com a espMula Le Gron as citadas referencias e depois comprimi-

mo-Io sobre a placa de vidro, ate chegar na altura desejada. Tambem

podemos acertar a altura, no proprio paciente comprimindo a cera

com 0 indicador; 0 dedo indicador, comprimindo 0 plano-de-cera, na

parte anterior, de uma comissura a outra (Fig. 11-3).

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Figura 11-3

M ar cando  a altura do 

pl a no - d e- cera na regia o 

ante r omed i ano 

Figura 11-4

f mprimind o  a cur va d e comp e n s a c ;a o .

A seguir, passamos para a conformal;ao da curva oclusal posterior.

Na placa de vidro e tomando por base a altura das regi6es dos ca-

nin os  ja registrada, comprimimos as partes posteriores do rolete de

cera com movimento de rotal;ao para posterior. Imprimimos, assim,

uma curva de compensal;ao anteroposterior arbitraria (Fig. 11-4).

e) A superflcie oclusal, do plano-de-cera, uma vez posicionado na

boca do paciente, devera ficar com a seguinte oriental;ao: na parte

anterior, 2mm abaixo do tuberculo do labio; dos lados, a altura dascomissuras e nas partes posteriores, descrevendo uma curva antero-

posterior em direl;ao aos condilos.

f) Depois e dada a conformal;ao da face vestibular. A definil;ao

do contorno vestibular anterior e baseada na estetica, procurando-se

dar um suporte adequado ao labio superior. Quanto a regiao poste-

rior, alem do suporte, as bochechas, deve-se atentar para que fique

em harmonia com a inclinal;ao da linha intermaxilar. Portanto, os

excessos serao eliminados e acrescidos, onde for necessario, de

forma que uma superflcie fique lisa e plana, com ligeira projel;ao

para vestibular.

g) Depois a parede palatina do plano-de-cera deve ser recortada

com espatula Le Cron para estabelecer a largura de 12mm de uma

extremidade a outra. A seguir, com uma espatula n.O31 aquecida, as

superficies serao uniformizadas e alisadas.

h) Quanto ao comprimento do plano-de-cera, normal mente, vai

de uma tuberosidade a outra, cobrindo-as, pelo menos em parte.

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Terminada a confec~ao do plano-de-cera superior, passamos,

imediatamente a obten~ao do plano inferior. Antes, porem, temos que

determinar a dimensao vertical de oclusao.

Determinac;ao da dimensao vertifical de oclusao

Inicialmente, determinamos a dimensao vertical de repouso com

o auxflio do compasso de Willis, at raves das seguintes opera~6es:

a) colocamos a cabe~a do paciente na posi~ao de perfeito equi-

Ifbrio no senti do anteroposterior e de lateralidade, a custa de con-

tra~ao dos musculos posteriores do peSC090;

b) instrufmos para que fique olhando para a frente na mesma

altura;

c) pedimos que rei axe os musculos elevadores e abaixadores,

respirando lenta e profundamente;d) obtido 0 relaxamento muscular, com 0 compasso de Willis

medimos a distancia entre a base do nariz e 0 mento, que corres-

ponde a dimensao vertical de repouso;

e) subtrafmos da medida obtida 3mm, que corresponde ao espa~o

funcional de pronuncia, e com 0 valor achado, que representa a di-

mensao vertical de oclusao, deixamos 0 compasso de Willis ajustado.

TECNICA DE CONFEC<;AO DO PLANO-DE-CERA INTERIOR

a) Tomamos uma lamina de cera, plastificamo-Ia e, obedecendo

aos cuidados vistos para 0 plano superior, confeccionamos 0 rolete.

Passando rapidamente sobre a chama e adaptamo-Ia ao rebordo da

base-de-prova inferior, levamos, a seguir, imediatamente a boca do

paciente. Colocamos tambem 0 plano-de-orienta~ao superior com a

superHcie oclusal do rolete de cera untada ligeiramente em vaselina.

b) Tomamos 0 compasso de Willis, calibrado em DVO e adapta-

mos a haste inferior no mento e solicitamos ao paciente que feche a

boca lentamente. 0 plano-de-cera inferior, como esta plastico, vai

cedendo a compressao do plano superior. Quando a haste superior do

compasso tocar na base do nariz, sustamos 0 movimento (Fig. 11-5).

Figura 11-5

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g

c) A face oclusal do plano-de-cera inferior, com a compressao,

por estar plastica, amolda-se a face correspondente superior, que

nesse momenta ja esta completamente endurecida. Removem-se da

boca os planos-de-cera unidos. Ainda sem separar, da-se a confor-

ma<;:ao vestibular e lingual, tendo por base 0 plano-de-cera superior.

d) as planos-de-cera, depois, saD instalados no paciente. Na boca

entreaberta a superficie oclusal do plano-de-cera devera ficar ao nf-

vel do labia inferior; na pronuncia de palavras sibilantes como ses-

senta e seis, devera formar, entre os pianos, 0 espa<;:o de 3mm que

13 0 EFP.

CURVA DE COMPENSA<;AO

as estudos da curva de compensa<;:ao e 0 seu significado meca-

nico em dentaduras artificiais remontam aos trabalhos de Bonwill.Esse autor descreveu a disposi<;:ao dos dentes naturais em curva e

denominou-a curva vertical. Na confec<;:ao de dentaduras, recomen-

dava aquela disposi<;:ao, visto que observou uma grande influencia

na estabilidade.

Em 1890, Spee relacionou a curva anteroposterior do arco dental

com a inclina<;:ao da cavidade glen6ide. Assim, em homenagem a ele,

a curva recebeu seu nome.

Em 1910, Gysi, estudando os problemas da curva de compensa-

<;:ao, notou que havia uma outra curva, no sentido vestibulolingual.

Mais tarde, Monson verificou que a curva vestibulolingual, assim como

a anteroposterior, coincidia com uma calota de esfera de 8 polega-

das de diametro.

Essa curva frontal 13 conhecida com 0 nome de curva de Monson.

Avery em 1930, e Pleasure em 1937, estudando a curva vestibu-

lolingual, observaram curvas opostas a de Monson, isto 1 3 , encontra-

ram a curva com inclina<;:ao para vestibular. Essa curva 1 3 conhecida

com 0 nome de curva anti-Monson ou curva de Avery.

Mais tarde, em 1954, Graty, pesquisando a mesma curva, notou

que tanto Monson como Avery tinham razao, pois encontrou nao s6

as curvas descritas por eles, como ainda uma terceira, que era reta,

zero ou plana. Assim, chamou de curva, positiva a curva Monson;

curva negativa a de Avery e de curva zero, a plana.

Quanto a rela<;:ao da cavidade glen6ide com a curva de com pen-

sa<;:ao, nem todos aceitam a ideia de Spee, embora defendida por

Gysi, Hanau e outros. Hall, Monson, Villain, Wadsworth etc. acham que

a curva de compensa<;:ao e a cavidade glen6ide saD entidades distin-tas e que nao guardam rela<;:ao na mecanica mandibular.

A obten<;:ao da curva de compensa<;:ao pode ser feita por metodos

mecanicos e fisiol6gicos.

d

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o d i i d W lk G i H

Gysi, por exemplo. adotou as seguintes particularidades para

obter aquela curva:

a) 0 plano-de-cera sem curvatura ou em curva zero;

b) 0 I pre-molar superior atinge 0 plano inferior apenas com acuspide vestibular;

c) 0 II pre-molar superior apoia as duas cusp ides no plano;

d) 0 I molar superior tern contacto com tres cuspides: meso-

vestibular, mesopalatina e distopalatina;

e) 0 II molar superior so toca a cuspide mesopalatina.

Ha urn segundo grupo de autores que. embora pertenyam a cor-

rente mecanica, diverge do anterior. E representado por Christensen,

Monson, Wadsworth e outros. que dao a conformayao da curva de

compensayao do rolete de cera no proprio articulador.

Quanto ao metodo fisiologico. foi introduzido por Paterson em

1923. Segundo Hanau, por mais que se aperfeiyoe 0 articulador, este

nunca reproduzira os movimentos como sao no vivo. Paterson, diante

dessa afirmayao de Hanau, teve a ideia de obter a curva de compen-

sayao diretamente do paciente.

Para isso, confeccionou os planos-de-cera e os preparou com urn

material abrasivo. Apos 0 desgaste realizado pelo paciente, fisiolo-

gicamente. notou que a superficie oclusal mudava. formando uma

leve curvatura anteroposterior e vestibulolingual. A essa curvatura.

chamou de "curva d e compensa9iio individual".

Mais tarde, em 1928, 0 proprio autor notou que se fosse impri-

mida uma curva anteroposterior inicial. facilitaria os movimentos e

a curva se evidenciaria mais.

Esse processo de obter a conformayao da curva de compensayao

pelo proprio paciente. realizando 6s movimentos fisiologicos, e co-

nhecido como Tecnica de d  esgast e de Paterson.

Importancia da curva de compensa.;ao

Se os condilos. durante a abertura da boca, executassem 0 mo-

vimento de Bonwill, isto e. postero-anterior no sentido horizontal,

como nos roedores, nao haveria necessidade da curva de compensa-

yao anteroposterior, nas dentaduras. porque os condilos nao sofre-

riam 0 abaixamento. Mas, como sabemos, os condilos executam 0

movimento de Walker, para frente e para baixo; dal a necessidade de

compensar 0 abaixamento dos condilos. Essa compensayao se faz

atraves da curva anteroposterior. Na falta da curvatura, durante aprotrusao havera perda de contacto entre os dentes superiores e infe-

riores nas regi6es posteriores. Foi Christensen quem observou esse

fato pel a primeira vez e, por isso, em sua homenagem, e conhecido

como fenomeno de Christensen. a perda de contacto das extremida-

des posteriores durante 0 movimento de protrusao (Fig. 11-6).

No movimento de lateralidade, se nao existisse a inclinayao da

id d l id tib l li l h bl h i

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cavidade glenoide vestibulolingual como nos herblvoros nao haveria

Figura 11-6

1. E m  oclu sfi o .

2 . E m  protrus fi o .

3 . Fen 6 m e n o de  Christense n .4 . Pr ot rus fi o com curva 

d e  c ompensat; fi o .

Figura 11-7

1. Oc l us fio .

2 . Lat eralid a de .3. Later a J i dad e.4 . Lat e r a Ji dad e .

DETERMINACAO DA CURVA DE COMPENSACAO PELATECNICA DE PATERSON

A superficie oclusal do arco dental nao se apresenta horizontal

e plana, mas com uma curvatura caracteristica, denominada de curva

de compensac;ao. Esta, comec;a na altura dos caninos e segue comcurvatura nos sentidos sagital (anteroposterior) e transversal (vesti-

bulolingual).

No sentido sagital, a curva guarda relac;ao com a inclinac;ao da

vertente anterior da cavidade glen6ide e no sentido transversal, com

a inclinac;ao da parede interna da mesma cavidade.

A curva sagital, anteroposterior, e denominada curva de Spee,

e a curva transversal, vestibulolingual, curva de Monson ou curva

de Wilson.

A tecnica para determinac;ao da curva de compensac;ao indivi-

dual, adotada na disciplina, foi idealizada por Paterson, e dai 0nome

de desgaste de Paterson  para denominar a serie de operac;6es clini-

cas que procura individualizar a curva de compensa£;iio  atraves dos

movimentos executados pelo pr6prio paciente.

Material e Instrumental

a) Instrumento para abrir canal eta;

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b) b i (20% d 6 d " b d " 80% d

c) gral de borracha;

d) espatula para gesso;

e) espatula Le Cran;

f) espatula n.O31.

Preparo dos planos-de-cera

a) Abrir uma canaleta de 6mm de largura por 6mm de profundi-

dade com 0abridor de canaleta, nas superffcies oclusais dos planos-

-de-cera superior e inferior. A canaletadevera ser retentiva e a espes-

sura das paredes vestibular e lingual de 3mm. As paredes internas

devem ser paralelas entre si e perpendiculares ao soalho, e as su-

perffcies, regulares e lisas (Fig. 11-8).

Figura 11-8

P/anos - de-cera com as cana  / etas .

b) Manipula-se 0 material abrasivo com agua, obtendo-se uma

mistura relativamente espessa"e preenchem-se as canaletas com essa

mistura, sob vibra<;ao; depois cobre-se toda a superffcie oclusal dos

planos-de-cera de modo que fique um excesso de 2mm de espessura

(Fig. 11-9).

Figura 11-9

Cana/ e t as pree n ch i d a s co m 

o m ater ial  a b rasivo .

Desgaste de Paterson

Ap6s a cristaliza<;ao, 0 material abrasivo e hidratado e os pla-

nos-de-orienta<;ao sao instalados na boca do paciente. Para dar infcio

ao desgaste, e preciso observar se as faces oclusais estao contac-

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Visto isso, solicita-se ao paciente que desgaste 0 abrasivo, rea-

lizando movimentos de protrusao e retrusao, lateralidade para um

lado e depois para outro lado, continua e normal mente, sem fon;:ar.

a desgaste sera sustado quando os planos-de-cera retornarem a ova.

Durante 0 desgaste, os planos-de-cera, serao removidos varias vezes,

para eliminar 0 material desgastado, observar 0 andamento do des-gaste e a dimensao vertical.

abservando-se as superffcies oclusais dos planos-de-cera ap6s

a desgaste de Pater son, pode-se notar que 0 material abrasivo nao

sofreu 0 desgaste de maneira uniforme: em algumas regi6es, parte

do abrasivo permaneceu, em outras, foi desgastado completamente

e ainda em outras a pr6pria cera foi desgastada. Portanto, a curva-

tura que foi imprimida arbitrariamente sobre a placa de vidro tor-

nou-se individual. Dai 0 nome de "curva de compensac;ao individual"

para essa superffcie modificada fisiologicamente pelo rogamento das

superffcies oclusais dos planos-de-cera em consequencia dos movi-

mentos realizados pelo pr6prio paciente (Fig. 11-10).

Figura 11-10

Curva de compensar ;8oindividualizada pela tecnica

de Peterson.

Feito 0 desgaste do material abrasivo, tragam-se as linhas de

referencias que orientarao a selegao e, posteriormente, a montagemdos dentes e a escultura da parte gengival. Para isso, os planos-de-

-orientagao saD novamente instal ados na boca e, com a espatula Le

Cron, tragam-se a linha mediana, linha alta ou do sorriso e as linhas

dos caninos (Ver capitulo 14).

a conceito de relagao central, como afirma Robinson, e muitovago em dentaduras completas. Sears, por exemplo, leva em consi-

deragao a posigao da mandibula em relagao ao maxilar superior, em

geral. Thompson, por outro lado, relaciona-o nao s6 com a oclusao

dos dentes, mas tambem com a relagao maxilomandibular. na posi-

gao de oclusao normal e funcional.

Na opiniao de Walker, ha dois conceitos distintos de relagao

central: fisiol6gico e mecanico

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central: fisiol6gico e mecanico

o conceito fisiologico da rela9ao central admite a fun9ao neuro-

muscular como 0 fator dominante na determina9ao da relac;:ao central,

atraves dos seus movimentos. E 0 conceito mecanico leva em con-

siderac;:ao a p o sic;:ao do condilo na cavidade glenoide.

Definic;ao

Para a Academia de Protese Dentaria dos Estados Unidos da

America do Norte, a Relac;:ao Central e a posic;:ao mais retrusiva, nao

forc;:ada, do condilo dentro da cavidade glenoide, da qual a mandfbula

pode executar os movimentos de lateralidade e de abertura, livre-

mente.

TECNICAS DE DETERMINAc;.lO DE RELAc;.lO CENTRAL

Existem varias tecnicas de determinac;:ao da relac;:ao central, como

veremos a seguir:

Met od o s  m ec ani c o s 

a) Metodos extra-oral:

- com uma pua;

-: com duas puas;

- com pressao equilibrada.

b) Metodo intra-oral:

- com pua central;

- com puas perifericas.

c) Outros metodos.

Metodos fisiol6 g icos 

a) Metodos de degluti9aO:

- sem estabilizador;

- com estabilizador.

b) Contra9ao dos mLisculos temporais.

c) Levantamento da lingua, seguido de fechamento da boca.

Metodo extra - oral com uma p u a 

Este metodo foi descrito por Gysi em 1910. E conhecido com 0

nome de metodo de determinac;:ao da relac;:ao central por meio do arco

gotico de G ysi.

Segundo Kapur & Yurkstas, a base teorica fundamental do tra-

c;:ado do arco gotico foi elaborada pel a primeira vez por Hesse, em

1897. Em 1910, Gysi apresentou 0 aparelho extra-oral de registro do

arco gotico e divulgou a tecnica de determinac;:ao de R.C.o aparelho consta de duas partes: uma plataforma e uma pua.

A plataforma e constitufda de uma lamina metalica com prolonga-

mentos laterais para a fixac;:ao no plano-de-cera inferior. A pua re-

gistradora e composta de um pino movel, no senti do do seu longo

eixo, sob a a9ao de uma mola e de um suporte metalico com a forma

da letra 'T'. A pua e fixada no plano-de-cera superior, na linha me-

diana, pela parte que corresponde a haste horizontal do 'T'. A pla-

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, p p q p p

Figura 11-11

  Aparelho d e r elar;iio

central extra-oral.

taforma e fixada no plano-de-cera inferior de maneira que fique pa-

ralela a superflcie oclusal do plano-de-cera (Fig. 11-11).

Registro de RC pelo arco g6tico - Extra-or a l 

Fixados os dispositivos nos planos-de-orienta<;ao, oclufmos estes

para verificar 0 contacto do pino na plataforma. A pua deve estar sob

ligeira a<;ao da mola e situar-se no centro da plataforma. A seguir,

pass amos uma camada fina de cera zul sobre a plataforma e levamos

os pianos a boca do paciente.

o paciente, ao executar os movimentos de lateralidade e de

protrusao, faz que a pua va deslizando sobre a plataforma e descreva

um angulo. Sendo este 0 arco g6tico. Sustam-se os movimentos que

conduzem a mandfbula para que a pua se posicione no vertice do

angulo e imobilizam-se os pianos superior e inferior, dentro da bocacom os grampos aquecidos nesta posi<;ao de RC (Fig. 11-12).

A seguir, removemos 0 con  junto fixado. lavamos, secamos e

examinamos:

a) se 0 eontacto das superficies oelusais dos planos-de-cera

esta perfeito;

b) se a pua esta posicionada no vertice do arco g6tico.

c) se os planos-de-cera estao firmemente fixados entre si.

Figura 11-12

Obtenr;iio d o arco g6tico.

Met o d a  e x tr a-o r a l  co m  duas puas 

Nagle e Sears acham que ha neeessidade de transferir ao arti-

culador as rela<;oes dos pianos horizontal e vertical, ao determinar

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culador as rela<;oes dos pianos horizontal e vertical, ao determinar

Metoda extra-oral: com pressiio equilibrada 

Aprile e Saizar, Silverman e Kazis acham que a compressao exer-

cida pelos musculos elevadores da mandfbula sobre 0 plano-de-orien-

tac,:ao, durante a determinac,:ao da relac,:ao central extra-oral, nao influi

no resultado final. Por outro lado, Hall, Higth, Hart, Schlosser e Gehl,Trapozzano e outros acham que a pressao muscular compromete 0

registro, havendo necessidade de equilibra-Ia.

Para equilibrar a pressao, os adeptos dessa ideia usam 0 dispo-

sitivo de registro da relac,:ao central extra-oral, conjugado com 0

intra-oral. 0 aparelho intra-oral serve, no caso, exclusivamente para

equilibrar a compressao.

Metodos intra-orais 

Dentre os adeptos do "metodo mecanico", estao Trapozzano,

Graty e outros, que nao aceitam a tecnica extra-oral, em consequen-cia das dificuldades em equilibrar a pressao durante 0 registro, re-

comendam 0 aparelho intra-oral, que, na opiniao deles, sana perfei-

tamente a falha da tecnica anterior.

Metoda intra-oral com pua central 

o presente metodo foi descrito por Phillips. 0 aparelho utilizado

consta de duas partes: uma plataforma e uma pua registradora.

A plataforma tem a forma do arco dental e um tamanho tal que

cobre a parte lingual do arco interior. A pua e constitufda por um

sistema de tripes que sustenta um pine central movel no seu longo

eixo (Fig. 11-13).

Figura '11-13

  Aparelho de relar;aocentral intra-oral.

Registro da RC pelo area g6tico - Intra-oral 

Fixa-se a plataforma no plano-de-orientac,:ao inferior, na parte lin-

gual, e a pua, na superior, na face palatina. Na posic,:ao de oclusao,

o pino deve tocar no centro da plataforma com pressao, sob ac,:ao de

uma mola que esta dentro do pino. Com a espatula n.D 31, aquecida,

passamos uma camada de cera azul sobre a parte central da plata-

forma e levamos os planos-de-orientac,:ao superior e inferior a boca.

o paciente e instrufdo no senti do de realizar os movimentos de

lateralidade e protrusao com os planos-de-orientac,:ao em contacto.

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p p ,

mos uma perfura<;ao no vertice do angulo. Os planos-de-cera saD leva-

dos novamente a boca e 0 paciente realizara. agora. lentamente. os

movimentos. Quando 0 pino passar pelo vertice. caira no oriffcio e

imobilizara os pianos. Nessa ocasiao. os pianos serao fixados com os

grampos aquecidos. nas regioes dos pre-mol ares (Fig. 11-14).

Figura 11-14

Posir;ao de relar;ao central.

Assim teremos determinado a relac;ao central pelo metodo in-

tra-oral e pua central.

Metodo intra-oral com puas peritericas 

Nessa tecnica. as puas saD em numero de tres. uma anterior. e

duas laterais. saD colocadas no plano-de-cera superior. A tecnica

dispensa a plataforma. As puas descrevem os angulos sobre a su-

perffcie do plano-de-cera inferior. diretamente. quando '0 paciente

realiza os movimentos de lateralidade.

Outros metodos mecanicos 

Ha um terceiro grupo de autores que. embora aceitem a relac;:ao

central na confecc;ao da dentadura, nao adotam nenhum dos metodosque acabamos de descrever.

Fountain. por exemplo, pressiona 0 mento com a mao para tras

e determina a rela<;:ao central for<;:ando os condilos para dentro da

cavidade. Cerveris aplica um vibrador eletrico proprio, "Vibracentric".

no mento, de frente para tras, e de baixo para cima, para obter tam-

bem aquela posic;ao dos condilos.

Metodos fisiol6gicos 

Essa corrente diverge dos que ja vimos, em dois itens:

a) acredita na fun<;:ao neuromuscular;

b) nao aceita a posi<;ao mais posterior dos condilos. mas, sim,

a posic;ao de equilibrio.

Existem varias tecnicas sob orienta<;:ao fisiologica. Porem, essas

tecnicas embora preconizem 0 equilibrio neuromuscular. todas tem

um ponto em comum que e, justamente, 0 aproveitamento do movi-

mento de Bennett para estabelecer a posic;ao de RC. Ora 0 movimen-

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mento de Bennett para estabelecer a posic;ao de RC. Ora 0 movimen

to de Bennett tambem nao deixa de ser urn movimento for9ado, arti-

ficial e arbitrario, como observa Bodine.

Dentre os metodos fisiologicos de determina9ao de R.C, pode-

mas destacar: metoda de degluti9ao; metodo de contra9ao dos mus-

culos temporal e metoda de levantamento da lingua seguido de fe-chamento da boca.

Me t odo de deg/uth;ao 

Foi descrito par Monson, que observou 0 movimento retrusivo

da mandibula no ato de degluti9ao e teve a ideia de utiliza-Io na

determina9ao da rela9ao central.

Granger e Naylor opinam que no ato da degluti9ao, a mandibula

se desloca da posi9ao de repouso para a posi9ao de rela9ao central.

Metodo de eontra<;ao dos museu/os temporals 

As contra90es dos feixes posteriores simultaneos dos musculos

temporais levam os condilos para dentro da cavidade glenoide. A~

esta a razao do aproveitamento desse ato fisiologico para a determi-

na9ao da rela9ao central.

Metodo de /evantamento da lingua 

o ato fisiologico de levantamento da ponta da lingua em dire9ao

a abobada palatina, combinado com 0 fechamento da boca, leva a

mandibula para a posi9ao de rela9ao central.

Conceito

A oclusao no sentido lato, segundo McLean, e dada pelo fecha-

mento maxilomandibular, nao somente na posi9ao centroestatica, mas·

tarr,bem em todo 0 percurso da mandibula em movimento. Para

Sicher e Brecke, a oclusao e a posi9ao da mandibula quando os deri-

tes se acham em contacto. Silverman encara 0 problema em tres

dimensoes: oclusoes vertical, horizontal e anteroposterior. Para ele

a oclusao central e uma rela9ao craniomandibular causada por a9ao

muscular.

Definic;ao

A Academia de Protese Dentaria dos Estados Unidos define tam-

bem a oclusao central nos seguintes termos: "e a rela9ao das su-

perficies oclusais dos dentes opostos que proporciona maior numero

de pontos de contactos ou de intercuspida9ao".

Determinac;ao da oclusao central

Como nao poderia deixar de ser, os defensores do metoda de

oclusao central sao aqueles que nao aceitam a posi9ao da mandibula

baseada pela posi9ao mais posterior dos condHos na cavidade gle-

noide. Esse grupo de autores se orienta pelo lado anatomo-funcional

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esta no registro cuidadoso da rela9ao central". Boos, tambem, e da

mesma opiniao: "a oclusao central e estabelecida em conjuga9ao

com a mandibula em rela9ao centrica".

Metodo de repouso da mandibula 

Esse metodo baseia-se no principio de que a mandfbula, na po-si9ao de dimensao vertical de repouso, passa para a de oclusao cen-

tral, segundo 0 movimento de rota9ao em torno do eixo terminal de

rota9ao.

Assim e que Berman obtem a oclusao central por meio da pasta

zincoeugen61ica manipulada e colocada entre os planos-de-orienta9ao

para fixa-Ios na posi9ao de dimensao vertical de repouso.

Martins fixa,. por sua vez, os ,planos-de-orienta9ao na posi9ao de

repouso, por meio de gesso colocado em tres pequenos estojos e adap-

tados ao plano-de-orienta9ao inferior. No plano superior, estao trespinos metalicos na posi9ao correspondente nos estojos. Os pinos na

oclusao caem exatamente dentro do gesso e, nessa posi9ao, espe-

ra-se a presa do gesso.

Metodo de mordida 

Dentre as tecnicas de oclusao central, 0 metodo de mordida e 0

mais usado. segundo Willie.

Em 1918, House descreveu a tecnica de obten9ao da oclusao

central a custa da mordida, pratica que ficou conhecida com 0 nomede "Tecnica de House".

A tecnica consta dos seguintes passos:

a) confeccionamos os planos-de-cera superior e inferior na di-

mensao vertical correta;

b) pedimos ao paciente que morda levemente os planos-de-orien-

ta9ao, varias vezes, executando pequenos movimentos de abertura

e fechamento;

c) observamos com aten9ao a parte anterior dos planos-de-cera

e marcamos com um estilete as posi90es de mordida;d) fixamos os planos-de-cera na posi9aO de fechamento hab~tual,

considerando-a como posi9ao de oclusao.

DETERMINA<;AO DAS POSI<;OES DE RC E DE OCLUSAO -

TECNICA EXTRA-ORAL

As posi90es de Rela9ao Central e de Oclusao saD determinadas

no mesmo dispositivo extra-oral.

Material  e Instrumental 

a) Plataforma e pua de registro extra-oral;

b) ceras rosa e azul;

c) grampos;

d) pin9a clinica;

e) espMulas Le Cron e n.D 31.

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Fi d l f

de cera rosa na face vestibular do plano-de-cera. A seguir, posicio-

na-se a plataforma com a seguinte orienta<;:ao (Fig. 11-15):

a) centralizada em rela<;:ao aos ramos do plano-de-cera;

b) Iigeiramente ascendente, em prolongamento a curva de com-

pensa<;:ao;c) a parte mediana anterior, da plataforma ao nivel da superficie

oclusal.

Fix a<;a o da  p ua 

A pua e fixada no plano-de-cera superior na regiao mediana. Tam-

bem, com finalidade de proteger as linhas de referencia, fixa-se pri-

meiro uma tira de cera. Depois, justapondo os planos-de-cera, posi-

ciona-se a pua de forma que:

a) fique perpendicular a plataforma, tanto em vista frontal como

em vista lateral;b) toque a plataforma' sob pressao quando a mol a e acionada.

Portanto, antes de fixar a pua, desativa-se a mola, ativando-a

somente no momenta da obten<;ao dos registros (Fig. 11-16).

Figura 11-15

F ix a fYao  d a p la ta f or ma 

extra-oral .

Figura 11-16

Na fixafYaO da pua  a mola 

e desativada  e os planos - de-cera 

SaD iustapostos para orientar 

o posicionamento .

Tra < ;ado do areo g6tieo Passar uma fina camada de cera azul na plataforma. Com os

planos-de-orienta<;ao em posi<;:ao, solicita-se ao paciente que execute

os movimentos de protrusao e retrusao, lateralidade para um lado e

retorno, lateralidade para 0 outro laqo e retorno; com esses movi-

mentos, a pua tra<;ara um angulo cortado por um segmento anteropos-

terior. Durante 0 tra<;:ado desse arco gatico, 0 operador devera pres-

sionar 0 mento conduzindo os condilos para a posi<;ao mais pos

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sionar 0 mento conduzindo os condilos para a posi<;ao mais pos-

Figura 11-17

Arco-gatica .

POSit;80 de relat;8o central  e de oclus8o 

Quando a pua se situa no vertice do arco g6tico, a mandibula

estara em posigao de relagao central.

Uma vez conhecida a posigao de relagao central, determina-se,

depois, a posigao de oclusao no mesmo dispositivo extra-oral. No

paciente, essa posigao e determinada com base nos movimentos ha-

bituais de abertura e fechamento em pequena amplitude, realizados

repetidas vezes.

A posigao mais con stante de fechamento sera considerada como

a P O Sit;80 de oclus8 o .

Imobiliza t;80  d os  pl a n os- d e-cera 

Uma vez determinadas as posigoes de RG e de oclusao no dis-

positivo extra-oral, os planos-de-orientagao saD relacionados em oclu-saD e nessa posic;ao saD imobilizados com grampos. Portanto, 0 tra-

balho de confecgao das pr6teses sera realizado em posigao de oclu-

saD; a posigao de RG, para os pacientes que tem essa posigao dife-

rente da de oclusao, sera utilizada, posteriormente, no ajuste oclusal

(Fig. 11-18).

Figura 11-18

as planos - de-cera SaD imobilizados  n a pasi{ : a o 

de oclusao funcional .

Quando a oclusao tem a linha mediana em comum com a relagao

central e uma oclusao central. Nesse caso, a diferenga dessas duas

posigoes esta somente no sentido anteroposterior.

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Posselt acha que a diferen<;:a media entre a rela<;:ao central e a

oclusao e de 1,2mm. Na rela<;:ao central a mandibula se posiciona

mais posteriormente do que na oclusao.

Ficando a mandibula em qualquer posi<;:ao fora da oclusao cen-

tral, dizemos que a mesma esta na posi<;:ao excentrica.A posi<;:ao de oclusao excentrica pode ser:

a) oclusao excentrica natural ou congenita;

b) oclusao excentrica adquirida acidentalmente, exemplo: de-

sastre, choque, queda etc., ou patologica, exemplo: tumor;

c) oclusao excentrica funcional, quando a mandfbula se deslo-

cou para uma nova posi<;:ao, lentamente, 0 que pode acontecer por

falta de dentes ou por uma protese indevida.

Finalmente, as posi<;:6es de RC e DC  podem coincidir. Nesse

caso, a posi<;:ao de oclusao e tambem de oclusao central.

Como vimos, as posi<;:6es de RC e DC  saD importantes na res-taura<;:ao oclusal: e a chave nao so do estudo da articula<;:ao temporo-

mandibular, mas, tambem, do planejamento do tratamento. Por isso

fizemos uma pesquisa nos desdentados completos sobre 0 assunto e

encontramos 0 seguinte: a coincidencia de RC e DC  em 15% dos

casos examinados; 23% dos casos tinham em comum a linha media-

na e em 62% dos casos restantes a DC  estava com desvio lateral.

Desse modo, a execu<;:ao do trabalho protetico deve ser iniciada

depois de verificada a rela<;:ao entre as posi<;:6es de rela<;:ao central

e de oclusao para poder selecionar a tecnica de reconstru<;:ao ou de

ajuste oclusal mais adequada a cada paciente e nao aplicar qualquertecnica, indistintamente. Para nos, quando a RC e a DC  coincidem, a

tecnica indicada e a gnatologica; quando a RC e a DC  nao coincidem,

mas tem em comum a linha mediana, 0 ajuste oclusal deve ser efe-

tuado segundo a tecnica de centrica-Ionga e quando a RC e a posi<;:ao

de oclusao saD diferentes, indicamos. a tecnica fisiologica.

Assim, na obten<;:ao da rela<;:ao maxilomandibular, na confec<;:ao

de dentaduras completas, adotamos a seguinte orienta<;:ao:

a) com 0 aparel ho de rela<;:ao central extra-oral, determinamos

a posi<;:ao de RC por meio de arco gotico;

b) a seguir, atraves dos movimentos de abertura e fechamentoda boca, realizados varias vezes, determinamos 0 ponto de oclusao

habitual sobre a plataforma de registro da RC;

c) os planos-de-orienta<;:ao saD fixados na posi<;:ab de oclusao

habitual e os modelos saD montados nessa posi<;:ao no articulador;

d) 0 ponto de RC determinado, orientara, posteriormente, a

transferencia do modelo da posi<;:ao de oclusao para a posi<;:ao de RC

ao procedermos ao ajuste oclusal naquela posi<;:ao depois de monta-

dos os dentes.

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57 YASAKI M Th h i ht f th l i i d th i t l l di t

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57 YASAKI M The height of the occlusion rim and the interocclusal distance

E studos dos M ov im entos M and ibu la res

A mandfbula executa doze movimentos diferentes de interesse

protetico. a partir da posi<;ao de repouso, os quais sao:

a) movimento para cima e 0 seu retorno;

b) movimento para frente e 0 seu retorno;

c) movimento para baixo e 0 seu retorno;

d) movimento para a esquerda e 0 seu retorno;

e) movimento para a direita e 0 seu retorno;

f) movimento para tras e 0 seu retorno.

Esses doze movimentos podem ser sintetizados em quatro:

a) movimento de abertura e fechamento;

b) movimento de lateralidade;

c) movimento de protrusao;

d) movimento de retrusao.

o movimento de abertura da boca pode ser dividido em tres fases

distintas. A primeira fase vai da posi<;ao de oclusao ate a posi<;ao de

repouso muscular. Tal movimento se realiza sob a a<;ao da gravidade,

pois a mandfbula se desloca a custa do seu pr6prio peso. A segunda

fase corresponde a abertura da boca no ato da preensao de pequenos

objetos com os dentes; por exemplo: um palito. uma piteira. um ca-

chimbo etc. Nessa posi<;ao verifica-se 0 equillbrio dos dois grupos

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supra-hioideos sao: milo-hioideo, estilo-hioideo e digastrico. Os infra-

-hioideos sa9: omo-hioideo, tfreo-hioideo e esterno-hioideo.

A terceira fase compreende a abertura maxima da boca. Atuam

nesse movimento as musculos: pterigoideoexterno, digastrico, ge-

nio-hioideo e milo-hioideo.

o movimento de abertura da boca e considerado pelos autores

de diferentes maneiras:

a) movimento de transla<;ao;

b) de rota<;ao;

c) de transrota<;ao.

Movimento de translac;ao

Bonwill, em 1858, estudando a mecanlca dos movimentos man·

dibulares, notou que os condilos, durante a abertura da boca, deslo-

cavam-se da cavidade glenoide e descreviam uma trajetoria horizon-

tal postero-anterior.

Embora tivesse conhecimentos avan<;ados sabre a mecanica da

articula<;ao, ignorava ainda a inclina<;ao da vertente posterior do con-

dilo do osso temporal. Bonwill, alem de descrever a trajetoria do can-

dilo, ideou tambem um articulador anatomico, baseando-se nas suas

observa<;6es.

o movimento do condilo no sentido postero-anterior, durante a

abertura, e conhecido como "movimento de Bonwill",

Walker, em 1897, examinando tambem 0 movimento do condilo

durante a abertura da boca, com 0 aparelho "clinometer", notou que,

ao lado do movimento postero-anterior horizontal, havia, concomitan-

temente, 0 de cima para baixo. Dessa maneira, 0 autor percebeu a

influencia da inclina<;ao da cavidade glenoide, na abertura da boca,

Com a aparelho "clinometer", Walker determinou tambem a inclina-

<;ao da cavidade glenoide em rela<;ao ao plano oclusal e registrou

essa angulagem no seu articulador anatomico. Assim, foi ele 0 pri-

meiro profissional a confeccionar uma dentadura completa com ainclina<;ao da cavidade glenoide individual.

o movimento do condilo, de tras para frente e de cima para

baixo, recebeu 0 nome de "movimento de Walker". Como na reali-

dade nao existe a "movimento de Bonwill", alguns autores querem

chamar a movimento descrito par Walker de "movimento Bonwill-

-Walker". Um grupo de autores, procurando nao cometer injusti<;as,

propos a denomina<;:ao de "trajetoria sagital do condilo".

Movimento de rotac;ao

McCollum, em 1938, estudando a movimento de abertura, notou

que, na amplitude que interessa a protese, isto e, ate 2cm de sepa-

ra<;:ao entre os incisivos superiores e inferiores, os condilos exe-

cutam um movimento de rota<;ao. Esse movimento e executado em

torno do eixo terminal de rota<;ao, que nem sempre esta sabre as

condilos.

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usando os recursos tecnicos de que dispomos, mas apenas com apro-

xima<;:ao, em uma area circular com raio de 2mrn.

Essa concep<;:ao do movimento mandibular recebeu 0 nome de

Escola Gnatol6gica de McCollum.

Em oposi<;:ao a escola de McCollum, Page fundou outra corrente

filos6fica chamada Transografica que, ao inves de um eixo, aceita

dois, isto e, cad a condilo possui um eixo de rota<;:ao independente.

A teoria transografica parte do principio de que a mandfbula e

um osso assimetrico, ao contrario da anterior que se baseia na

simetria mandibular, aceitando, portanto, a teoria do trHlngulo equi-

latera de Bonwill.

as eixos sac determinados por um arco facial especializado e

registrados no articulador que tem dois eixos independentes.

A teoria biaxial, de Hjorty e Moss, e mais recente. as auto res

defendem 0 ponto de vista de que, durante 0 movimento de abertura,

existem dois eixos de rota<;:ao em cad a regiao do condilo, sendo que

um se localiza no condilo, e 0 outro, no menisco.

Movimento de transrota.;ao

Segundo Posse It, 0 movimento normal de abertura da boca e,

na quase totalidade, um movimento de transrota<;:ao dos condilos.

a grafico de Posse It representa, no 'plano horizontal, os movi-

mentos bordejantes contactantes e no plano sagital, os movimentos

bordejantes nao contactantes. Registrando-se, consecutivamente os

citados movimentos, teremos 0 grafico conhecido como envelopedos movimentos de Posselt  (Fig. 12-1).

" RCI  

~.Figura 12-1

Grafico de Posselt . RCJ 

Co r responde  a posic;ao de relac;ao central . I) Oclus a o 

central. PJ Protrusao . KKJ Movimento rotat6rio de 

abertura. M J Dimensao vert i cal 

m a xima . JJ De movimento 

t r a nsrotat6ria de fechamento.HJ Rotac ; ao de fechamento .

DJ Segundo Parks.correspondente  ao inicio d o 

movimento de rotac ;ao,Q J Equivale  a dimensao vertical 

de repouso.

Da posi<;:ao de intercuspida<;:ao maxima dos dentes I (oclusao),

havendo uma contra<;:ao simultanea e bilateral dos musculos pterig6i-

deo interno e dos pterig6ideo externo, a mandfbula e conduzida aposi<;:ao de protrusao maxima "P". A trajet6ria desse movimento e

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p p j

do incisivo superior, descrito pelos inclslvos inferiores naquele mo-

vimento. Nesse trecho a mandibula faz um movimento bordejante

contactante.

Do ponto " P " , mantendo-se a contrac;:ao dos musculos pterig6ideo

externo, relaxando os musculos pterig6ideo interno e a seguir con-traindo-se os musculos digastrico, obtem-se a abertura em protrusao

"M" , delimitando-se a borda anterior do movimento borde  jante nao

contactante "K  ". A trajet6ria desse movimento e realizada com rota-

c;:ao dos condilos.

a movimento bordejante nao contactante de fechamento e rea·

lizado em duas etapas. Na primeira "r, a mandibula se desloca pela

contrac;:ao dos musculos pterig6ideo interno, os masseter e os feixes

anteriores e medios dos musculos temporais, e na segunda "H", sob

ac;:ao dos feixes posteriores dos musculos temporais, chegando ao

ponto de intrusao RC ou de relac;:ao central. as condilos, nessa pri-

meira etapa realizam um movimento de transrotac;:ao e na segunda

etapa um movimento de rotac;:ao.

as movimentos bordejantes saD os movimentos forc;:ados que

delimitam 0 contorno externo maximo de todos os tipos de movi-

mentos mandibulares e os movimentos intrabordejantes correspon-

dem aos movimentos de abertura e fechamento. protrusao. retrusao

e d e lateralidade executados normalmente.

a movimento de lateralidade e considerado, conforme os auto-

res, como um movimento de transrotac;:ao, de rotac;:ao ou de trans-

lac;:ao.

Movimento de transrota~ao

Bennett descreveu em 1908 0 movimento de lateralidade da

mandibula. a autor levou em considerac;:ao 0 condilo que permanece

na cavidade glen6ide e nao aquele que se desloca. a condilo estavele que orienta 0 movimento de lateralidade.

a condilo, quando na cavidade, executa tres movimentos, sendo

que 0 conjunto constitui 0 chamado "movimento de Bennett":

a) movimento de rotac;:ao sobre si mesma;

b) movimento de translac;:ao para a linha mediana;

c) movimento de translac;:ao para cima.

Em 1868, Balkewill ja hmiia estudado 0 movimento de lateralida-

de da mandibula, porem 0 seu trabalho ficou sem divulgac;:ao. Por

essa razao, muitos auto res nao querem chamar de "movimento deBennett" aquele movimento, mas sim de "movimento transversal do

condilo".

Movimento de rota~ao

Para Weinberg, 0 movimento de lateralidade e composto de tres

movimentos de rotac;:ao:

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Movimento de transla~ao

Segundo Posselt, a mandibula executa 0 movimento de transla-

<;ao durante 0 movimento de lateralidade.

o condilo tra<;a. nesse movimento. diferentes figuras geome-

tricas. tais como: um retangulo. um hexagono. um pentagono etc. 0corpo da mandibula. por sua vez. descreve sempre um losango.

o movimento de protrusao e dado pel a contra<;ao simultanea

dos mLisculos pterigoideos externos. No desdentado. 0 ponto inicial

desenha uma trajetoria horizontal da posi<;ao de rela<;ao central ao

ponto correspondente a protrusao. E. no individuo com os dentes.

um segmento quebrado.

o movimento de retrusao normal da mandibula e dado pela con-

tra<;ao simultanea dos feixes posteriores dos mLisculos temporais.

E. durante a degluti<;ao. a mandibula e levada para a posi<;ao de re-

trusao a custa das contra<;6es dos mLisculos supra-hioideos e relaxa-

mento dos infra-hioideos.

Sobre a materia. existem muitas opini6es e pontos de vista. as

vezes completamente antagonicos. mas todos com uma certa razao.

Isto equivale a dizer que 0 assunto e muito complexo. e que ainda

nao se conseguiu uma explica<;ao convincente do fenomeno.

As teorias sobre 0 movimento de rota<;ao da mandibula podem

ser qualificadas como em dois grandes grupos: os que admitem 0

ponto de rota<;a o e os que preconizam 0 eixo de rota<;ao.

Inicialmente. vamos estudar os autores que defend em as teorias

do ponto de rota<;ao. Dentro dessa corrente ha dais pontos de vista

diferentes, que sao: 0 ponto de rota<;ao movel (T. Centro Instantaneoe T. Elfptica) e 0 ponto de rota<;ao fixo (Teoria Esferica).

Ouanto as teorias em torno de eixos podemos dividi-Ias em

quatro grupos. de acordo com 0 nLimero de eixos. Sao: Linico eixo

(T. Gnatologica); dois eixos (T. Ackermann e T. Transografica); tres

eixos (Teoria Conical e quatro eixos (Teoria Biaxial).

TEORIA DO CENTRO INSTANTANEO DE ROTACAO

o maior defensor do centro move I de rota<;ao e Gysi que, em

1910. apresentou a Teoria do Centro Instantaneo de Rota<;ao Mandi-bular. 0 autor observou que. durante a abertura da boca. 0 condilo

e 0 ponto incisal descreviam trajetorias diferentes. Dai concluiu que a

mandibula nao executava 0 movimento de transla<;ao, mas sim, de

rota<;ao.

o problema era determinar 0 ponto de rota<;ao; para isso, ele

tra<;ou uma perpendicular da trajetoria condflica num instante "a" e

t di l d id i i l i t t " "

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uma outra perpendicular do recorrido incisal no mesmo instante "a"

"Pa" da mandfbula naquele instante "a". Na outra POSi<;:80ou instante

"b", teremos outro ponto virtual de rota<;:80 "Pb", no instante "c",

o ponto "Pc" e assim por diante.

Gysi notou que esses pontos instanHlneos se localizavam a altura

da nuca do paciente e sempreabaixo do plano de OClUS80 (Fig. 12-2).

Figura 12-2

Teoria de Gysi.

1. Recorrido incisal ,

2. Recor r ido condilico ,

Pal Centro instantaneu

de rotac;ao

Outro autor que ,defende a Teoria dos Centro Instantaneos e Villa,

Professor da Faculdade de Odontologia do Mexico. Esse pesquisador

acha que a mandibula descreve, durante 0 movimento de abertura e

fechamento, uma figura elfptica.

as autores que defendem a Teoria do Centro de Rota<;:80 Fixa se

baseiam no triangulo equilcHero de Bonwill.

Christensen, precursor da teoria do centro de rota<;:80 fixo, obser-

vou que 0 arco dental ideal era aquele cuja superffcie oclusal se

dispoe de acordo com a calota de uma esfera.

Monson, baseando-se nesses dois autores, arquitetou a teoria

do ponto de rota<;:80 fixo ou teoria da esfera. Localizou 0 centro, aaltura da glabela a 2,5cm para dentro do cranio, na crista "gal Ii",

e estabeleceu a esfera de 10cm de raio, para orientar a disposi<;:80

dos dentes.

Villain, adepto da te.9ria do centro fixo, observou que os movi-

mentos anteroposterior e de lateralidade da mandfbula se asseme-

Ihavam aos movimentos de pendulo, cujo centro esta na altura da

glabela. Por esse motivo, para alguns. a teoria do centro fixo e cha-

mad a tambem de teoria de Monson-Villain (Figs. 12-3 e 12-4).

TEORIA GNATOLOGICA (llNICO EIXO)

McCollum, estudando em 1939 os movimentos mandibulares,

notou que a mandfbula realiza urn movimento de rota<;:ao em torno

de urn eixo, quando a abertura da boca nao ultrapassa 2cm, entre os

incisivos.

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i d B ill i i i d df

Figura 12-3

Teoria da e  sf era.

Figura 12-4

Movimento pendular.

teoria e comum aos dois condilos e se localiza, geralmente, atras

do condilo e anterior ao meato auditivo. A determinac;:ao, na pratica.

realiza-se por meio de um arco facial especial.

o autor, ao elaborar essa teoria. baseou-se nas observac;:oes de

Monson no que diz respeito aos movimentos pendulares da mandi-

bula e, na teoria de Hall. quanta aos movimentos de lateralidade.

Ackermann aceita, para os movimentos de lateralidade. dois

eixos, um para cada condilo, os quais se localizam logo atras destes.

Alem disso, admite os recorridos incisal e condilico de Gysi.

A determinac;:ao do eixo de rotac;:ao e feita pela intersec9ao de

dois pianos: um que contem 0 recorrido incisal e outro que contemo recorrido condilico. Por exemplo, 0 eixo de rotac;:ao da mandibuJa.

durante 0 movimento para 0 lado esquerdo, e determinado pela inter-

secc;:aodo plano que contem 0 recorrido incisal e passa adjacente ao

condilo esquerdo pelo lado interno, com 0 plano que contem 0 longo

eixo do condilo direito. 0 qual e perpendicular ao recorrido condilico

desse lado.

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O i fi l li d li i i li d f

os pontos que constituem a mandibula descrevem cilindros em tomo

desses eixos.

Ouando 0 movimento e realizado pelo condilo esquerdo. por

exemplo. os pontos do corpo da mandibula descrevem urn cilindro

em tomo do eixo virtual desse lado. Do mesmo modo, quando 0

movimento e do condilo direito descrevera outro cilindro em tomo

do eixo desse lado.

Os eixos de rotacao nao SaD fixos, variam conforme a abertura

da boca (Fig. 12-5).

Figura 12-5

Teori a c i l ind r ica.

A teoria transografica defende a existencia de dois eixos de ro-

tacao urn para cada condilo. Esses eixos geralmente nao estao sobre

os condilos. mas a altura do meato auditivo.

A teoria transografica nao admite a simetria do condilo, isto e ,o triangulo equilatero de Bonwill.

Hall parte do ponto de vista de que 0 triangulo de Bonwill e ver-

dadeiro e admite tres eixos de rotacao para os movimentos mandi-

bulares. Dois eixos SaD paralelos entre si e estao dispostos trans-

versalmente: urn, abaixo do plano oclusal, e outro, do angulo da man-

dibula e ambos estao situ ados abaixo do condilo.

Durante a abertura da boca, a mandibula executa 0 movimento

de rotacao em tomo do primeiro eixo, isto e. aquele que se localiza

na altura do plano oclusal. No decurso da protrusao, realiza 0movi-

mento de rotacao em tomo do segundo eixo, isto e , aquele que ficana regiao do angulo da mandibula.

o terceiro eixo fica disposto na linha mediana, posteriormente.

com uma inclinaCao de 45° em relaCao ao plano oclusal para anterior.

Esse e 0 eixo de urn cone que, segundo Hall, orienta 0 movimento

de lateralidade. A superf[cie conica descrita pelo eixo, na opiniao

do autor, coincide com 0 plano oclusal do arco dental, da i a denomi-

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C d T i G i (Fi 12 6 12 7)

Figura 12-6

Objetivar;ao  d a teori a  c o nic a.

Figura 12-7

Teoria conica .I. Eixo intercond i la r .

2 . Eixo de abertura ,

3. Eixo de protrusao .4 . Eixo de lateralidade .

Hjorty e Moss admitem quatro eixos de rota<;ao, dois para cad a

regiao do condilo.

Como 0 menisco acompanha 0 movimento de transla<;ao do con-

dilo, os autores acima acham que a menisco, em rela<;ao ao condilo,

executa um movimento de rota<;ao. Assim, para cada lado ficam dois

eixos: um no condilo e outro no menisco.

Gysi enunciou quatro leis sabre as movimentos mandibulares,

sintetizando as suas ideias sabre a complexo assunto.

1." Lei - Em todos as movimentos da mandibula, em cada mo-

menta, as pontos que a comp6em giram segundo um ponto instan-taneo de rota<;ao.

2." Lei - lodos as pontos da mandibula estao no mesmo regi-

me de cinematica; as trajetorias do condilo e as das cuspides, des-

critas pelo eixo virtual geometrico instantaneo de rota<;ao, sao em

forma de arco de um circulo.

3." Lei - As guias condflicas, as vertentes de articula<;ao e a

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4." Lei - as fatores variaveis fundamentais do sistema arqui-

tet6nico configurado pelo aparelho dentario, do qual depende a co-

ordenac;:ao morfofuncional, saD:

a) a angulagem da guia condflica;

b) a angulagem das vertentes de articulac;:ao;

c) a altura das cuspides;

d) a relac;:ao entre "overbite" e "overject";

e) a angulagem dos eixos longitudinais dos dentes.

Citaremos, a seguir, as leis de Hanau, as quais saD 40 no total:10 fundamentais e 30 dependentes. Em outras palavras, de cada uma

das leis fundamentais, derivam trt3S dependentes.

Hanau deduziu essas 40 leis, estabelecendo inicialmente cinco

fatores que influem na articulac;:ao:

a) cavidade gJen6ide;

b) a curva de compensac;:ao;

c) plano-de-orientac;:ao;

d) guia incisal,

e) cuspides.

As dez leis fundamentais saD:

1." Le i  -  Um aumento da inclinac;:ao da guia condilica aumenta

a proeminencia da curva de compensac;:ao.

2 ." Lei -   Um aumento da inclinac;:ao da guia condilica aumentaa inclinac;:ao do plano-de-orientac;:ao.

3 ."  Lei  -  Um aumento da inclinac;:ao da guia condflica diminui a

inclinac;:ao da guia incisal.

4 .8  Lei -   Um aumento da inclinac;:ao da guia condilica aumenta

a altura das cuspides progressivamente para posterior.

S ."  Le i  -  Um aumento da proeminencia da curva de compensa-

c;:aodiminuira inclinac;:ao do plano-de-orientac;:ao.

6 ." Lei -   Um aumento da proeminencia da curva de com pen-

sac;:ao aumenta a inclinac;:ao da guia incisal.

7 ."  Lei -   Um aumento da proeminencia da curva de compen-

sac;:ao diminui a altura das cuspides progressivamente para posterior.

8 ."  Lei -  Um aumento da inclinac;:ao do plano-de-orientac;:ao au-

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t i li d i i i l

o autor conservou os seguintes fatores:

a) a guia incisal;

b) a altura das cuspides;

c) a guia condilica.

As leis foram retificadas da seguinte maneira:

a) diminuindo a guia incisal, diminuem a altura das cuspides e a

inclina<;ao condflica;

b) aumentando a guia incisal, aumentam a altura das cuspides

e a inclina<;ao condilica.

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A rtic u la d o re s e A rc o s F a cia is

Articulador e urn aparelho destinado a fixayao dos modelos. a

registrar as relayoes intermaxilares e a reproduzir os movimentos

mandibulares de interesse protetico.

Em 1805, Gariot. pela primeira vez, articulou modelos superior e

inferior com gesso para manter a dimensao vertical. Alias, foi tam-

bem esse autor 0 introdutor dos planos-de-orientayao para 0 registro

da dimensao vertical.

Em 1840, Evan apresentou, com prioridade, urn tipo de articula-

dor com capacidade para reproduzir os movimentos de lateralidade

da mandfbula. Nesse ano, foi patenteado 0 seu articulador anatomico

que apresentava 0 ramo inferior mover e 0 superior fixo. lembrando

vagamente 0 modelo atual, usado nos preparos da cavidade.

Bonwill, em 1858, descreveu 0 movimento do condilo da man-

dfbula, no senti do horizontal postero-anterior, durante a abertura da

boca. Paralelamente, ao estudo da mecfmica da articulayao, apresen-

tou tambem urn articulador anatomico de acordo com a sua teoria.

Portanto, 0 articulador de Bonwill reproduz os movimentos de late-

ralidade, porem com 0 recorrido condflico horizontal.

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tura desloca-se para frente e para baixo, acompanhando a inclinacao

da cavidade glenoide. 0 seu articulador anatomico executa os movi-

mentos de lateralidade obedecendo a inclinacao da cavidade glenoide.

Em 1900. Snow introduziu no articulador anatomico um disposi-

tivo chamado arco facial. com a finalidade de transportar os planos--de-orientacao da boca do paciente para 0 articulador, respeitando a

distancia "condilo-incisivo".

No seculo XX, os estudos da mecanica dos movimentos mandi-

bulares atingiram 0 clfmax. Como nao poderia deixar de ser. os estu-

dos correlacionados com os articuladores tambem evoluiram para-

lelamente. De um modo geral, podemos resumir esses progressos em

duas fases distintas: a primeira vai do inicio do seculo ate 1930 mais

ou menos, e a segunda, de 1930 ate 0 presente momento.

Em cada uma dessas fases predominaram duas grandes corren-

tes sobre os movimentos mandibulares, as quais se refletiram na

confeccao dos articuladores. Na primeira fase, citam-se as teorias

do Centro da Rotacao Instantaneo e a Teoria Esferica que apresen-

taram na epoca muitas novidades. Na segunda. temos a escola Gna-

tologica e a escola Transografica que vem contribuindo para 0 escla-

recimento de muitos problemas da articulacao temporomandibular.

Um articulador compoe-se de: corpo, ramos e guias.

o corpo e a parte central do articulador onde saD fixados os

ramos e as guias condllicas. 0 corpo estabelece a distancia bicon-

dilar e a distancia dos ramos. Alguns autores chamam-no de postes

ou ainda hastes verticais.

Os ramos consistem em dois suportes horizontais e paralelos.

destinados a fixacao dos modelos. Cada articulador constitui-se de

dois ramos. superior e inferior.

A maioria dos articuladores, senao todos, tem 0 ramo inferior

fixo e 0 superior move!, para reproduzir os movimentos mandibulares.

Quanto as guias, normal mente, saD de dois tipos: condilica eincisal.

A guia condilica permite graduar os movimentos de protrusao

e lateralidade. de acordo com os do paciente. Sao duas e estao dis-

postas de forma a ligar 0 ramo superior ao corpo do articulador.

A guia incisal esta situada na parte anterior e mediana do apa-

relho e tem a finalidade de orientar os movimentos da haste incisal

do ramo superior. Na guia incisal podemos registrar a amplitude dos

movimentos de lateralidade em tres pianos: horizontal, vertical e

sagital.

Costuma-se classificar os articuladores, levando em considera-

<,:ao0 grau de reprodu<,:ao dos movimentos mandibulares. Neste tra-

balho, vamos classifica-Ios tambem baseando-nos no dispositivo de

rotacao e na adaptabilidade da distancia intercondilar.

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Classifica~ao quanta ao dispositivo de rota~ao:

a) Articuladores com centro de rota98o -  Nos articuladores dos

autores adeptos da Teoria Esferica ou de Monson, a conexao do

ramo movel ao corpo se faz a custa de urn ponto central, que per-mite os movimentos pendulares do ramo. Exemplo: articulador de

Monson.

b) Articuladores sem eixo de rota98o -  Existem articuladores

chamados oclusores em que os ramos superior e inferior constituem

partes independentes. No ato da fixa<;;ao dos modelos, fechamos 0

ramo superior sobre 0 inferior e, a custa de tres hastes dispostas

em trHlngulo, mantemos a distancia. as movimentos do ramo sac de

translac;ao e orientam-se pelas pontas das hastes que deslizam sobre

as guias. Como exemplo, podemos citar0

oclusor de Stansbery.c) Articuladores com um eixo de rota98o -  Quase todos os

articuladores, hoje em use, pertencem a esta categoria. a ramo mo-

vel Iiga-se ao corpo por meio de urn eixo que orienta os movimentos.

as articuladores com os eixos de rotac;ao sac divididos em rigi-

dos e anatomicos.

Dizemos que urn articulador e rigido quando 0 ramo movel exe-

cuta apenas os movimentos de abertura e fechamento em tome do

eixo, E anatomico, quando 0 ramo move\ , alem dos movimentos de

abertura e fechamento, realiza tambem os de lateralidade e protrusao.

as articuladores anatomicos, conforme seu grau de reprodu<;:ao

dos movimentos mandibulares, sac subdivididos em arbitrarios e

adaptaveis.

Articuladores anatomicos arbitrarios sac aqueles em que os dis-

positivos que regulam os recorridos incisal e condilicos estao fixos

numa inclina<;:ao media. Essas inclina<;:6es geralmente sac de 30°

para 0 recorrido incisal e 33° para os condilicos. Exemplo: articula-

dor de Gysi Simplex (Fig. 13-1).

a articulador anatomico adaptavel e aquele que permite regularo ramo movel de acordo com os movimentos mandibulares do pa-

ciente. Segundo 0 grau de adaptabilidade do aparelho, subdivide-se

em: total mente adaptavel e parcial mente adaptavel.

Figura 13-1

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o articulador anat6mico total mente adaptavel, como 0 proprio

nome diz, permite reproduzir todos Os movimentos mandibulares, de

interesse protetico. Como exemplo, podemos citar 0 articulador de

Stuart (Fig. 13-2).

Ainda de acordo com a nomenclatura, articulador anat6mico par-

cialmente adaptavel e aquele que tem possibilidade de ajustar ape-

nas alguns movimentos. Geralmente, as articuladores dessa cate-

goria, apresentam a guia condilar, a guia incisal e a angulo de Bennett

regulaveis. Exemplo: articulador "Hanau II" (Fig. 13-3).

Figura 13-2

 Ar ticulad or  d e St uart .

Figura 13-3

  Articulador t i  po Hanau.

d) Articulador com dois eixos de rotac;ao -  Sao as articulado-

res dos autores que pertencem a Escola Transografica. As duas guias

condilicas tem as seus eixos de rotac;:ao independentes. Nesses tipos,

a ramo superior esta praticamente reduzido a dais eixos de rotac;:ao,

e a modelo superior e f ixado diretamente nos eixos com gesso.

Exemplo: articulador de Page (Fig. 13-4).

Classifica~6es quanta it adaptabilidade da distancia intercondilar.

Os articuladores quanta a distancia intercondilar podem ser:

adaptaveis e fixos.

a) Articulador fixo quanta a distancia intercondilar e aquele arti-

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l d dil fi l di

b) articulador com a distancia intercondilar adaptavel com va·

lores medios (grande, medio, pequeno). Exemplo: Whip-Mix;

c) articulador com a distancia intercondilar adaptavel. Exemplo:

articulador de Stuart, articulador n, articulador de Di Pietro (Fig.13-5).

Figura 13-4

Articulador transografico.

Figura 13-5

Art icu l ado r  d e  D i  P i e tr o .

Existem ainda· articuladores que SaD modificados, conforme a

evoluc;:ao dos conhecimentos dos movimentos mandibulares. 0 arti-

culador de Hanau e urn exemplo.

o articulador de Hanau, depois que foi incorporado por uma

industria de equipamentos odontol6gicos, sofreu sucessivas altera-

c;:oesconforme foram surgindo as diferentes teorias de oclusao. Poris-

so existem varios modelos com a denominac;:ao de articulador de Hanau.

Dentre as muitas modificac;:oes introduzidas podemos citar como

as mais importantes:

a) Miller, aumentou a altura dos postes e introduziu 0 ajuste dos

mesmos para atender as necessidades clfnicas;

b) com 0 advento da gnatologia, foi introduzido 0 ajuste da dis-

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c) com 0 advento da centrica-Ionga, 0 articulador foi adaptado

para possibilitar esse ajuste.

As modifica96es introduzidas no articulador de Hanau, tiveram

reflexos nao so no mecanismo, como tambem na forma ffsica. Os

articuladores mais modernos de Hanau, sofrendo adapta96es de va-rias correntes de oclusao, nao caracteriza mais uma determinada

escola.

Classificacao de Weinberg

Weinberg, em 1963, apresentou uma nova classifica9ao, dividin-

do os articuladores em quatro categorias: articulador arbitrario, esta-

tico, semi-ajustavel e total mente ajustavel.

Articulador arbitrario e aquele articulador baseado nas Teorias

de Monson ou de Hall.

Articulador estatico ou oclusor e aquele baseado na Teoria da

imutabilidade da dimensao vertical. Tem como caracterfstica a inde-

pendencia do ramo superior com inferior.

Articulador semi-ajustavel e 0 articulador com os seguintes ajus-

tes: inclina9ao do recorrido condflico, angulo de Bennett e do recor-

rido incisal. Pertencem a esse grupo os articuladores de Gysi, Trubyte

e de Hanau modele H.

Articulador total mente ajustavel e aquele tipo de articulador que

tem as seguintes regulagens: inclina9ao do recorrido condflico, an-

gulo de Bennett, angulo de Fischer, recorrido incisal, altura das has-

tes e distancia intercondflica (exemplo: articuladores de Stuart e de

Oi Pietro).

o arco facial, como 0 nome indica, tem a forma de umarco. Nas

suas extremidades estao os dispositivos para serem adaptados aosJ  • 

condilos e, na parte mediana, um dispositivo para fixa9ao dos pla-

nos-de-orienta9ao.

Snow, em 1899, inspirando-se nos trabalhos de Hayes, introdu-

ziu, com prioridade, 0 arco facial na montagem dos model os no arti-

culador (Fig. 13-6).

o arco facial e um dispositivo acessorio do articulador com a

finalidade de transferir os modelos ao articulador, conservando as

distancias condilos-incisivos do paciente.

Mais tarde, Gysi deu mais uma fun9ao ao arco facial, qual seja

a de determina9ao da inclina9ao da cavidade glenoide. 0 arco facial,

desse autor, tem a fun9ao de determinar a incl ina9ao da cavidade

glenoide e tambem a de transferir os model os ao articulador (Fig.

13-7).

Alguns articuladores total mente ajustaveis tem como acesso-

rios, tambem, outros tipos de arco facial: 0 arco facial cinematico e

o pantografo.

A principal fun9ao do arco facial cinematico e determinar 0 eixo

terminal de rota9ao. Esse tipo de arco facial e constitufdo de dais

arcos: um para a maxila e 0 outro para a mandfbula. 0 arco facial

cinematico do articulador de Stuart tem tambem a fun9ao de trans-

f i d l

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f i m d l

Figura 13-6

Ar co  f a ci a l de Snow .

Figura 13-7

Ar c o fac  ial  de  G y s i .

o segundo. denominado pant6grafo, tem a func;ao de registrar

os movimentos mandibulares que possibilitam ajustar 0 angulo de

Bennett, angulo de Fischer, inclinac;ao da cavidade glen6ide. incli-

nac;ao da plataforma incisal e a distancia intercondilar do articulador.

o pant6grafo tambem e constituido de dois arcos. 0 arco supe-

rior esta munido de dispositivos que sustentam nas partes poste-

riores, duas bandeiras ou plaquetas. dispostas perpendieu(armente,

e na parte anterior duas puas de registro.

o area inferior, por sua vez, apresenta na extremidade de cada

lado duas puas de registro, correspondentes a cada bandeira do area

superior e na parte anterior apresenta duas plataformas ineisais

que mantem contaeto com as puas do arco aposto (Figs. 13-8 e 13-9).

Figura 13-8

Ar c o  f a c i al cinematico 

de Stu ar t .

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Figura 13-9

P a n t 6g r afo de Stuart .

Articulador anatomico arbitrario

Para a montagem dos modelos num articulador anat6mico sim-

ples ou arbitrario precisamos dos seguintes:

a) modelos superior e inferior fixados com cera nas bases dos

planos-de-orientac;:ao, determinadas as posic;:6es de relac;:ao central e

de oclusao;

b) articulador anat6mico;

c) gesso comum (200g);d) agua (100cc);

e) gral de borracha;

f) espMula para gesso;

g) vaselina;

h) placa de vidro.

A montagem obedece aos seguintes passos preliminares:

a) vaselinamos os ramos do articulador;

b) hidratamos os modelos;

c) ajustamos a altura da haste incisal para deixar os ramos

paralelos;

d) manipulamos 200g de gesso com 100cc de agua.

Passamos entao para montagem dos modelos propriamente ditos:

a) depositamos uma porc;:ao de gesso manipulado sobre a placa

de vidro;

b) introduzimos 0 ramo inferior do articulador na massa de gesso

da placa;

c) posicionamos os modelos relacionados na posic;:ao de oclusao

sobre 0 ramo inferior;d) abrimos 0 ramo superior e colocamos outra porc;:ao de gesso

Robre 0 modelo superior;

e) fechamos 0 ramo superior do articulador;

f) centralizamos os modelos de acordo com os ramos do arti-

culador;

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g) pomos 0 resto do gesso sobre 0 modelo superior, damos uma

conforma<;:ao adequada, eliminamos os excessos e aguardamos a cris-

taliza<;:ao do gesso.

Articulador parcial mente ajustavel

o articulador ajustavel foi introduzido por Walker em 1896. Foi

tambem 0 autor que primeiro cogitou de registrar a trajetoria

condflica do paciente com 0 objetivo de ajustar individual mente 0

articulador.

Portanto, os primeiros articuladores apresentavam a possibili-

dade de um unico ajuste, isto e, das guias condflicas. Mais tarde,

com 0 avan<;:o dos conhecimentos sobre os movimentos mandibula-

res, paralelamente, os articuladores sofreram adapta<;:oes e aperfei-

<;:oamentos para poder reproduzir, de maneira mais aproximada, a

mecanica mandibular de cad a paciente.Gysi introduziu a guia incisal, e baseado nos estudos dos movi-

mentos de lateralidade, realizados por Bennett em 1908, tambem, 0

ajuste do angulo de Bennett. Dessa forma, surgiram os articuladores

com tres fatores ajustaveis: guia condflica, guia incisal e angulo de

Bennett.

Com os articuladores ajustaveis, surgiu 0 problema da obten<;:ao

dos registros dos movimentos mandibulares individuais para regular

as guias dos articuladores.

A maioria dos autores que idealizou os articuladores parcial men-

te a justaveis, isto e, com as tres guias a  justaveis, ja referidas, pre-conizaram tambem, as suas tecnicas de registro dos movimentos.

Porem, geralmente, nessas tecnicas, apenas a guia condflica e ajus-

tada individual mente, e, com base nesta, aplicando formulas, equa-

<;:oes ou medias, chegam aos val ores numericos das demais guias.

Tecnicas de determinac;:ao da inclinac;:ao da cavidade glen6ide

Tecnica de Walker 

Walker idealizou um aparelho que chamou de "clinometer facial"

para determinar a trajetoria condilar do paclente e ajustar 0 seu arti-

culador ajustavel.

A parte principal do "clinometer" e composta de uma haste fixa

e de um cursor movel. A haste e adaptada no ramo da mandfbula e 0

cursor posicionado sobre 0 condilo. Ouando 0 paciente realiza 0 mo-

vimento de abertura da boca, 0 cursor acompanha 0 deslocamento do

condilo, registrando 0 seu percurso. Relacionando esse percurso

com 0 plano de Camper, 0 angulo formado indica a inclina<;:ao da ca-

vidade glenoide.

Tecnica de Gysi 

Gysi mais tarde descreveu um metodo que ate ho je e aceito.Modificou 0 arco facial, de entao, introduzindo um modelo mais aper-

fei<;:oado para, tambem, desempenhar a fun<;:ao do "clinometer" de

Walker.

A tecnica consta dos seguintes passos:

a) marcamos 0 ponto condilar que fica, em media, a 12mm do

meato auditivo na linha que une este ao canto do olho. (Fig. 13-10);

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Figura 13·10

Localizando  0 c6ndilo.

b) posieionamos 0 area facial sustentado pela haste da platafor-

ma do aparelho de rela<;:ao central fixado no plano-de-orienta<;:ao;

c) ajustamos os estiletes horizontais do arco facial aos pontos

condilares mareados no paciente (Fig. 13-11);

d) pedimos ao paciente que execute 0movimento de abertura da

boea (Fig. 13-12);

Figura 13·11

Estiletes horizontais sobre 

os pontos condilares .

Figura 13-12

Marcando  a trajet6ria 

do c6ndilo .

e) marcamos depois as posi<;:oes dos estiletes quando 0 paciente

faz 0 movimento de abertura as quais correspondem ao deslocamento

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d dil i t

Figura 13-13

Determinando  a angufagem.

g) 0 valor encontrado indica a inclina<;:ao da vertente anterior da

cavidade glen6ide.

Tecnica de Christensen 

Christensen descreveu, no inicio do nosso seculo, uma maneira

prcHica para a determina<;:ao da inclina<;:ao da cavidade glen6ide.

A tecnica de Christensen consiste no seguinte:

a) a superficie oclusal dos planos-de-cera superior e inferior sao

confeccionados com base no plano de Fox;

b) os modelos saD montados no articulador;

c) os planos-de-cera saD posicionados no paciente; quando esteleva a mandibula em protrusiva, os planos-de-cera saD imobilizados;

d) adaptados os planos-de-cera aos modelos do articulador, re-

produzir 0 deslocamento em protrusiva e baseado no desnivel dos

pianos ajustam-se os dispositivos condilares.

Tecnica baseada na curva de compensa<;;8o individual 

a) os planos-de-orienta9ao com curva de compensa<;:ao indivi-

dualizada pelo "desgaste de Paterson";

b) determina<;:ao das posi<;:oes de rela<;:ao central e de oclusao;

c) montagem dos modelos no articulador ajustavel com 0 arco

facial.

d) reprodu<;:ao do movimento protrusivo, contactando as super-

ficies oclusais dos planos-de-cera;

e) ajustar as guias condilares, inclinando-as convenientemente

para que durante a reprodu<;:ao dos movimentos protrusivos os con-

dilos do articulador deslizem contactando as paredes superiores das

mesmas.

Te c nica radiogr aF ic a 

Cradock foi 0 primeiro a lembrar-se da imagem radiogratica para

a determina<;:ao da inclina<;:ao da cavidade glen6ide. Utilizando dois

filmes extra-orais com chassi, toma radiografias do condilo, uma com-

a mandibula em r epouso e a outra em abertura. Unindo as imagens

do condilo com uma reta obtem a trajet6ria do condilo.

Um outro metoda radiogratico para 0 mesmo fim, preconizado

pelo autor, consta do seguinte:

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a) utiliza-se de um porta-filme que mantem 0 filme na regiao dos

. condilos;

b) e utilizado um filme periapical ultra-rapido preparado com

"ecran" ;

c) 0 cone de raio X dentario e posicionado 2cm atras do meato

auditivo e desse ponto direcionado para 0 condilo do lado oposto,

como na tecnica de Sindblom;

d) na imagem radiografica medimos a inclinaC;ao da cavidade

glenoide, considerando 0 trecho entre 0 condilo da mandibula e 0

condilo do osso temporal.

ARTICULADOR TOTALMENTE AJUSTAVEL- Articulador TT

a articulador TT e um aparelho do tipo total mente adaptavel na

escala de classificaC;ao de Weinberg. Foi concebido para obter 0 re-

lacionamento cuspideos dentro da interpretac;ao filosofica do autor a

respeito da gnatofisiologia da mastigaC;ao. as seus dispositivos acei-

tam os seguintes ajustes individuais: distancia intercondilar, guia

condilar, guia incisal, angulo de Bennett e angulo de Fischer. Alem

disso, 0 modeJo montado pode ser deslocado da posiC;ao de oclusao

para a posiC;ao de relaC;ao central ou vice-versa, sem necessidade deremontar 0 modelo.

Acompanham 0 articulador, como acessorios, 0 arco facial e 0

dispositivo extra-oral de relac;ao central (Fig. 13-14).

Figura 13-14

Art i eulador  e area facial 

do autor .

Transferencia dos modelos com 0 arco facial

a) Fixar a plataforma e a pua registradora do dispositivo de rela-

C;aocentral nos planos-de-cera, e obter 0 grafico do arco gotico, atra-

ves dos movimentos de Bennett e de protrusao. A seguir sobre 0

trac;ado do arco gotico estabelecer a posiC;ao de oclusao por meio dos

movimentos de abertura e fechamento da boca (tecnica de Hause).

as planos-de-orientac;ao superior e inferior san fixados com grampos

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as planos de orientac;ao superior e inferior san fixados com grampos

Figura 13-15

P lanos - de-orientac;ao fixados 

em posic;ao de oclusao.

c) Antes de transferir 0 arco facial ao articulador, deve-se ajus-

tar a distancia intercondilar do mesmo. Para isso, toma-se a distanciaintercondilar do paciente, adaptando os cursores horizontais do arco

facial aos respectivos pontos condilares. Mede-se 0 espa<;:oentre as

extremidades dos cursores para conhecer 0 que e, por conven<;:ao,

chamado de distancia intercondilar externa (OIE)~

00 valor achado, subtrai-se 2,6cm para conhecer a distancia in-

tercondilar interna (011). Esta, corresponde ao espa<;:oentre os eixos

verticais de rota<;:ao dos condilos, nos movimentos de lateralidade.

Exemplo:

Se DIE = 13,Ocm

entao 011 = 13,0 - 2,6 = 10,4cm

Conhecida a Oil, deslocam-se os postes do articulador, simetri-

camente, orientando-se pelas grava<;:oes, de tal modo que entre os

centros das esferas fique 0 espa<;:ocorrespondente a 011, que e de

10,4cm, no exemplo dado. Lembramos que, nesse articulador, quando

os postes estao nas marcas mais internas das grava<;:oes,0 espa<;:o

entre ambos e de 8,Ocm. Para saber qual e 0 afastamento para cad a

lado, quando a 011 e de 10,4, fazemos os calculos:

10,4 - B,D = 2,4

2,4 -7- 2 1,2cm

Assim, os postes deverao ser afastados de 1,2cm para cada

lado. Felto isso, os es·tojos condilares do ramo superior do articula-

dor, tambem, deverao ser ajustados, tal como se fez com os postes,

de modo que nao fique nenhuma folga entre os ramos do articulador

(Fig. 13-16).

d) a seguir, com vista a facilitar a montagem, ajustem-se, pro-

visoriamente, os dispositivos condilares e incisal em 30°; verificar

tambem se os angulos de Bennette de Fischer estao em zero grau;

os postes do condilo no senti do anteroposterior em zero, e a altura

da haste incisal, de maneira que os ramos superior e inferior doarticulador fiquem em paralelo (Fig. 13-17).

e) Untar com vaselina os estojos e os pinos de fixa<;:ao dos mo-

de/os dos ramos superior e inferior (Fig. 13-18).

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Figura 13-16

Ajuste da dis t ancia 

inter c ondi/ar .

Figura 13-17

o a r ticu/ador ajustado para fjxar;iio dos mode/os .

Figura 13-18

Passando vase  / ina no estojo 

de  f i x ar;iio do mode  / o .

f) Levar em poslC;ao, no paciente, os planos-de-orienta<;:ao rela-

cionados em oclusao munidos do dispositivo de rela<;:ao central. De-

pois, introduzir ao sistema de conexao do arco facial 0 cabo do

mencionado dispositivo. Localizar, entao, os cursores condilares afas-

tados simetricamente e ja na DIE, nos respectivos pontos condilares,

(Fig. 13-19) e, estando 0 rosto do paciente centralizado, imobilizar 0

arco facial. Conduzir depois, a haste anterior ao ponto infra-orbital

(Fig. 13-20).

g) Retirar os planos-de-orienta<;:ao da boca do paciente, junto

com 0 arco facial e lavar em agua corrente, com cuidado, para nao

modificar as posi<;:oes do arco facial.

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Figura 13-19

Marcando  0 ponto condila r .

Figura 13-20

Arco f acial  em pos i r ; ao .

h) Transferir a arco facial ao articulador. Para isso as extremi-

dades dos cursores horizontais do arco facial saG introduzidos, nos

orificios dos dispositivos condilares, sob pressao. Geralmente hii

necessidade de diminuir a pressao. E, nesse caso, afastam-se as cur-

sores, simetricamente, para os lados direito e esquerdo, a fim de

manter a centralizagao dos modelos. A seguir, a haste infra-orbital

e conduzida para que toque a pega semilunar do articulador, along an-

do a cursor vertical do arco facial. Por fim, adapta-se a modelo su-

perior na base-de-prova e fixa-o nessa posigao, com cera fundida

(Fig. 13-21).

i) Para montar a modelo superior, destaca-se a ramo superior do

articulador, juntamente com a arco facial, e deixa-o em posigao in-

vertida sabre a mesa. Umedecer a base do modelo, com uma mecha

de algodao e prepara-se a gesso comum para fixaQao do modelo.

 j) A seguir, desloca-se com um movimento de rotagao a arco

facial; preenchemos 0 estojo de fixagao com gesso manipulado,

adaptamos uma porgao tambem na base do modelo, e.a seguir con-

duz-se 0modelo para sua posigao inicial, isto e, de modo que a haste

infraorbital do arco facial toque na plataforma semilunar do articula-

dor (Fig. 13-22).

k) Eliminam-se OS·· Bxcessos de gesso, antes da presa, deixando

o minima necessaria para a fixagao. Ap6s a presa do gesso, remover

a arco facial e adaptar a modelo inferior na base-de-prova respectiva

e fixando-o, depois com cera fundida.

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Figura 13-21

Transfereneia do modelo 

superior com  0 area facial.

Figura 13-22

Fixal ;ii o  d o modelo super i o r.

I) Umedecer a base do modelo inferior com mecha de algodao

embebida em agua manipula-se uma nova porc;:ao de gesso comum.

Preencher, a seguir, 0 estojo de fixac;:ao; depositar 0 gesso sobre

a base do modele e recolocar 0 ramo superior sobre 0 inferior na

posic;:ao correta, orientando-se pela posic;:ao da haste incisal, tocando

na mesa incisal. Remover os excessos, deixando apenas 0 suficiente

para a fixac;:ao do modelo (Fig. 13-23).

Figura 13-23

Montagem do modelo inferior.

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PROGRAMACAO DO ARTICULADOR TOTALMENTE AJUSTAVEL

COM BASE NA CURVA DE COMPENSACAO INDIVIDUAL

As principais tecnicas de programac;:ao dos articuladores total·

mente adaptaveis, na confecc;:ao de uma protese total bimaxilar, sao:utilizando-se os registros graficos dos movimentos mandibulares

obtidos no pantografo; utilizando-se as guias de mordidas em cera

ou, ainda, tendo por base as superficies oclusais dos planos-de-cera

em que foi imprimida a "curva de compensac;:ao individual" pela tec-

nica de Paterson.

Na tecnica de desgaste de Paterson, 0 roc;:amento das superfi-

cies oclusais dos planos-de-cera, em que foi acrescido 0 material

abrasivo, e feito, fisiologicamente, pelo paciente, ate se chegar, no-

vamente, a dimensao vertical de oclusao. Se os movimentos realiza-

dos pelo paciente sao orientados pela propria articulac;:ao temporo-mandibular e ac;:aoneuromuscular, pode-se considerar como individual

a superffcie oclusal resultante desse desgaste. Assim, os movimentos

protrusivos, desgastando 0 abrasivo no sentido anteroposterior tor-

naram a curva de Spee individual e, os de lateralidade, desgastando-o

no sentido vestibulolingual, imprime a curva de Monson ou de Wil-

son, formando, dessa maneira, fisiologicamente, a chamada "curva de

compensac;:ao individual".

A curva de compensac;:ao individual, nessa fase do trabalho, e de

grande importancia, pois orienta a reproduc;:ao dos movimentos man-

dibulares do articulador, possibilitando, assim, realizar os ajustes dos

seus dispositivos, propramando-os para cad a paciente. Portanto, reo

produzindo-se os movimentos mandibulares, regulam-se: a inclinac;:ao

da guia condilar, da guia incisal, 0 angulo de Bennett  e 0 angulo de 

Fischer.

Terminados os ajustes do articulador, 0 grafico do arco gotico

que indica a posic;:ao de relac;:ao central, e 0 ponto de oclusao, regis-

trados no dispositivo extra-oral, sac transferidos a plataforma incisal

do articulador, deixando as citadas posic;:6es mandibulares memori-

zadas.

Seqiiencia da programac;ao do articulador TT

Ajuste da guia condilar 

o primeiro fator individual a ser incorporado depois da ,distancia

intercondilar e a inclinac;:ao anteroposterior da guia condilar. Para

isso, retiram-se os grampos de fixac;:ao dos planos-de-cera e recolo-

cam-se as guias condilares e a guia incisal em zero grau.

A seguir, reproduz-se 0 movimento de protrusao (retrusao no

articulador) fazendo deslizar a face oclusal do plano-de-cera superior

sobre a inferior, contactando entre si; mantem-se 0 articulador nessa

posic;:ao para ajustar as guias condilares. Com 0movimento realizado,

os estojos condilares se deslocam e as esferas perdem os contactos

com as paredes superiores dos estojos. Para ajustar as guias condi-

lares, basta inclinar 0 estojo de um lado e depois do outro, restabe-

lecendo os contactos com as respectivas esferas. A inclinac;:ao dada,

corresponde a inclinac;:ao da trajetoria condilar no movimento de pro-

trusao.

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As grava<;6es, que se encontram em cada lado do articulador,

permitem a leitura dos valores numericos das guias condilares, sa-

bendo-se que os intervalos representam 5° (Fig. 13-24).

Ajuste da guia incisal 

Em seguida, com 0 mesmo movimento de retrusao do ramo supe-

rior, ajusta-se a guia incisal. Na posi<;ao de retrusao se a extremidade

da haste incisal nao tem contacto com a plataforma incisal, restabe-

lece-se 0 contacto entre as pe<;as, inclinando convenientemente a

mesa incisal.

A inclina<;ao da guia incisar corresponde a trajetoria dos incisi-

vos inferiores nos movimentos protrusivos.

As grava<;6es, que se encontram nos lados da mesa incisal, indi-

cam 0 seu valor, sabendo-se que os intervalos saD de 10°(Fig. 13-25).

Figura 13-24

Aj u ste da gu  i a co nd i l ar .

Figura 13-25

Aju s t e  d a g uia incis a l .

Ajuste do fmgulo de Bennett 

Como sabemos, no movimento de Bennett, 0 c6ndilo de trabalho

permanece na cavidade glenoide rotando sobre os seus eixos e 0

c6ndilo de balanceio, desloca-se para frente, para baixo e para a linha

mediana.

o angulo de Bennett e aquele formado no plano horizontal, pelas

proje<;6es das trajetorias dos movimentos de protrusao e de Bennett.

Como a trajetoria da protrusao ja esta incorporada na guia condilar,

para se ajustar 0 angulo de Bennett falta incorporar 0 movimento de

lateralidade.

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Para ajustar 0 angulo de Bennett do lado direito, reproduz-se 0

movimento de lateralidade para 0 lado esquerdo. Para isso, 0 ramo

superior do articulador e movido para a direita, contactando-se, entre

si, as superficies oclusais dos planos-de-cera.

Reproduzindo-se a lateralidade, como a esfera de balanceio ficaforc;ando a parede lateral interna do estojo, este devera ser girado,

de vestibular para lingual, horizontal mente, pouco a pouco, ate que

saia daquele contacto forc;ado e possa deslizar sem travamento. As-

sim, fica ajustado 0 angulo de Bennett desse lado. A leitura dos an-

Qulos de Bennett e feita nas gravac;oes que se encontram na parte

superior de cada lado do articulador, sendo que os intervalos cor-

respondem a 50. Reproduz-se 0 movimento dE; Bennett do lado oposto

para regular 0 angulo de Bennett do lado esquerdo (Fig. 13-26).

Figura 13-26

A j u s t e do a  ngu lo  d e  Bennett .

Ajuste do ang u lo de Fischer 

o angulo de Fischer e aquele formado, no plano sagital, pel as

projec;oes das trajetorias dos movimentos de protrusao e de Bennett.

Mesmo que a guia condilar e 0 angulo de Bennett tenham sido

ajustados quando, em lateralidade, a esfera deixa de tocar a paredesuperior do estojo condilar, significa que, nessa amplitude do movi-

mento, 0 c6ndilo de balanceio, ao se dirigir para frente, tambem des-

ceu; e preciso, pois, inclina-Io, de cima para baixo, segundo 0 eixo

sagital, ate restabelecer 0 contacto, regulando-se assim, 0 angulo de

Fischer de um lado.

A leitura do valor dos angulos de Fischer e feita nas gravac;oes

que se encontram na parte posterior do articulador e que se apresen·

tam com intervalos de 50 (Fig. 13-27).

Memoriza90es das posi90eS de RC  e de oclusao 

Com a finalidade de orientar 0 ajuste oclusal, apos a montagem

dos dentes, as posic;oes de RC e de oclusao, registradas no aparelho

extra-oral, saD transferidas para a plataforma incisal do articulador.

Esse trabalho e feito da seguinte forma:

a) passa-se uma fina camada de cera azul, fundida na superficie

da plataforma incisal; com a propria haste incisal do articulador,

marca-se 0ponto de oclusao, atraves do movimento de abertura e fe-

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Ajuste 13-27

Ajus te  do  li ngulo de Fischer.

Figura 13-28

T r ansfe r enc i a d o  ponto oc/usa f .

b) se a paciente e do tipo que tem as posi96es de RG e de

oclusao coincidentes (primeiro grupo), basta, nesse momenta, trac;ar,

tambem, a arco g6tico e depois protege-Io com uma lamina de ace-

tato;

c) se a paciente tem as referidas posic;6es, em lugares distin-

tos, depois de marcado a ponto de oclusao, conduz-se a haste incisal

para a posif;ao de RG . Para isso, liberam-se as pastes condilares e

desloca-se a ramo superior do articulador para a frente, ate que a

pua do aparelho de RG, que estava na posi9ao de oclusao, encontre

a vertice do arco g6tico. Fixam-se as postes nessa posi9ao e trac;a-se

a arco g6tico com a haste incisal (Fig. 13-29);

d) transferido 0 arco g6tico. as postes saD reconduzidos a po-

si9ao original, voltando, portanto. os modelos para a posic;ao de oclu-

sao, como foram fixados no articulador. 0 reposicionamento dos

modelos estara correto. quando, tanto a pua como a haste incisal,

voltarem, exatamente, nas marcas do ponto de oclusao (Fig. 13-30);

e) a seguir, 0arco g6tico e a ponto de oclusao descritos na pla-

taforma incisal sao protegidos por meio de uma lamina de acetato

transparente (Fig. 13-31);

f) assim ajustado, a articulador esta apto a reproduzir os movi-

mentos mandibulares do paciente. Finalmente a plataforma e a pua

saD removidas e a superffcie vestibular dos planos-de-cera e reto-

cada. A fase seguinte e a sele9ao dos dentes e a montagem dos

mesmos (Fig. 13-32),

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Figura 13-29

Transfereneia do area g6tieo .

Figura 13-30

Area g6tieo  e ponto 

de ocJusiio transferidos.

Figura 13-31

Coloea~iio da lamina de aeetato.

Figura 13-32

A;ustes terminados.

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A;ustes te r minados.

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Dentes Art i f ic iais

Segundo Loewe, ja os fenfcios e egipcios, por volta de 2.500 a.C..

preocupavam-se com a substituic;ao de dentes ausentes do arco den-

tal. as dentes empregados na epoca eram de homens e de animais.

Esses dentes eram cortados em tamanhos adequados e fixados no

espac;o protetico com fios metalicos.

Na antiga Roma, tambem temos notfcias de que os dentes ex-

trafdos eram substitufdos pelos dentes de homens e de animais. Po-

rem, esses dentes ja eram trabalhados por artffices especializados

que viviam a custa desses trabalhos.

A primeira referencia sobre dentaduras completas de que temos

conhecimento esta na satira de Horacio "Implicac;ao de Prfaco contra

as bruxas Canfdea e Sagana": "Quando elas eram perseguidas pelos

guardas, ao safrem da cidade apressadamente, Canfdea deixou cair da

boca uma dentadura postic;a e Sagana uma peruca".

Por volta de 1597, pela primeira vez, Guilhemeau tentou a con-

fecc;ao de dentes artificiais, sem obter resultado satisfatorio. Nessa

epoca, a dentadura artificial era esculpida em marfim de hipopotamo.

No ana de 1774, Duchateau, farmaceutico que usava uma denta-

dura esculpida em marfim de hipopotamo, teve a ideia de fabricar

dentes de porcelana. A primeira tentativa resultou em fracasso em

virtude da falta de conhecimento anatomico dos dentes. Para sanar

essa deficiencia, associou-se com Chemant que era dentista e assim

conseguiram resultados satisfatorios.

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Chemant, venda 0 exito assegurado e a importancia do produto,

separou-se de seu socio e foi montar uma industria independente-

mente. A Uibrica prosperou e ele chegou a ser ate agraciado pelo Rei

L U IS XV I.

Com 0 inlcio da RevolU<;ao Francesa, a industria de Chemant

entrou em falencia. a motivo principal foi 0 aparecimento de dentesnaturais frescos a pre<;os modicos, no mercado de Paris. Chemant

entao se mudou para a Inglaterrae la fundou uma nova fabrica

de dentes artificiais. Essa fabrica prosperou e existe ate hoje com 0

nome de Dentes Ash.

Mais tarde, nos Estados Unidos, apareceram diversas fabricas

de dentes artificiais de porcelana. Gra<;as ao aprimoramento dos pro-

dutos, sua aceita<;ao foi crescendo cada vez mais e, de 1820 para ca,

os dentes artificiais entraram, definitivamente, na Odontologia.

Apos a Segundo Guerra Mundial, com a vinda da resina acrflica,

surgiu no mercado novo tipo de dentes, isto e, dentes de resinaacrflica que, principal mente no nosso meio, estao tendo boa aceita<;ao.

as dentes artihciais podem ser classificados segundo 0 material

de que saD feitos e segundo 0 desenho da face oclusal.

Segundo 0 material, os dentes artificiais podem ser: dentes de

resina acrflica e dentes de porcelana.

Todos os dentes de resina acrflica, existentes no mercado, des-

tinam-se a confec<;ao de dentaduras completas. Conforme os meios

de fixa<;ao encontrados nos dentes de resina, podem ser: dentes com

reten<;ao e sem reten<;ao. a meio retentivo do dente e dado a custa

de uma pequena escava<;ao na base onde ha penetra<;ao da resina da

base da dentadura para auxiliar a reten<;ao.

as dentes de porcelana saD de dois tipos: aqueles destinados

para a ponte fixa - dentes em faceta - e aqueles destinados a den-

taduras - dentes com talao.

A fixa<;ao dos dentes com talao, proprios para a confec<;ao de

dentaduras, na base do aparelha, faz-se a custa de uma cavidade nos

dentes posteriores e de pequenos pinos com cabe<;a, nos anteriores.as dentes em faceta, adequados a completar a face vestibular

do ponti co, quanta ao meio de fixa<;ao na contraplaca, podem ser:

facetas com espigas e facetas com ranhura ou canal eta.

No que concerne as faces oclusais, os dentes podem ser: ana-

tomicos e funcionais. as dentes anatomicos apresentam 0 desenho

da face oclusal semelhante ao do dente natural. as dentes funcionais

diferem dos anatomicos e, geralmente, saD sem cuspides.

Gysi estudou dentes com 45° de inclina<;ao das cuspides, colo-

cando-os no seu articulador com 33° de inclina<;ao do condilo e 60°

do incisivo. Notou que real mente os dentes com as cuspides de in-clina<;ao acentuada levam vantagem na questao da eficiencia masti-

gatoria, porem, como inconveniencia aparecia 0 componente horizon-

tal que sempre acabava, com 0 tempo, prejudicando a estabilidade

do aparelho.

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Em 1914, a firma Dentist's Supply Co. lanc;ou no mercado dentes

de porcelana com 33° de inclinac;ao das cuspides. Essa inclinac;ao

de 33° e a media da angulagem da inclinac;ao da cavidade glen6ide

estabelecida por Gysi, para quem os dentes posteriores devem ter

cusp ides com a mesma angulagem da inclinac;ao da cavidade glen6ide.

Como perdurasse ainda a inconveniencia das cuspides altas no

tocante a retenc;ao e a estabilidade, Gysi fez estudos com dentes de

17° e encontrou resultados melhores do que com os de 33°. Assim,

a Dentist's Supply Co. lanc;ou um novo tipo de dentes com 20° de

cusp ides que passou a atender satisfatoriamente 0 objetivo da escola

anatomica sem, contudo, desprezar 0 fator retenc;ao e estabilidade.

Os dentes artificiais funcionais foram introduzidos por Hall em

1930. Esse autor havia notado que, a medida que a abrasao ia desgas-

tando as cuspides dos dentes, as dentaduras melhoravam na estabili-

dade. Ao tentar soludonar um caso de dentaduras para sua mae, que

possufa as condic;6es de rebordos desfavoraveis, depois de muitas

tentativas fracassadas, lembrou-se da abrasao e desgastou, artificial-

mente, de infcio, todas as cuspides dos dentes e com surpresa obteve

o resultado desejado.

Hall publicou os resultados obtidos com os dentes sem cuspides,

e essa nova concepc;ao do desenho oclusal dos dentes artificiais rece-

beu 0 nome de dentes funcionais, surgindo inumeros adeptos.

Sears apresentou seus dentesfuncionais com a seguinte carac-

terfstica: cuspides-zero nos superiores e nos inferiores e eliminac;ao

das cuspides vestibulares. 0objetivo da eliminac;ao das cuspides ves-

tibulares e fazer que as forc;as de mastigac;ao caiam sempre no lado

lingual do rebordo alveolar, a fim de aumentar a estabilidade do apa-

relho.

French modificou a forma da face oclusal dos dentes superiores,

introduzindo pequenas cuspides e conservando os inferiores com as

caracterfsticas dos dentes de Sears. Rae Shephred propos os dentes

superiores com cristas vestibulolinguais e os inferiores com cristasmesodistais.

As objec;6es que se fazem com relac;ao aos dentes funcionais

saD justamente a deficiencia da mastigac;ao e falta de balanceio. Na

nossa opiniao, as discuss6es que se travam entre essas duas Escolas

nao tem razao de ser, porque nas dentaduras precisamos, igualmente,

da estabilidade assim como da eficiencia mastigat6ria. Um bom es-

pecialista nunca pode visar apenas a eficiencia da mastigac;ao ou s6

a estabilidade; deve, ao contrario, tirar proveito de ambas as Esco-

las e, ainda, saber fazer a indicac;ao e contra-indicac;ao de cada casoindividualmente.

Os dentes artificiais devem preencher duas condic;6es mlnlmas:

a estetica e a func;ao. Para poderem desempenhar esses dois fatores,

precisam satisfazer uma serie de requisitos. Segundo Sears, as prin-

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precisam satisfazer uma serie de requisitos. Segundo Sears, as prin

b) as faces oclusais dos dentes devem estar desenhadas de tal

modo que permitam a tritura<:ao dos alimentos, mas nao devem ser

muito extensas nas superficies;

c) por outro lado, os dentes posteriores devem permitir facil-

mente 0 balanceio, assim como orientar as for<:as de mastiga<:ao que

incidem sobre a area de suporte principal do rebordo alveolar;

d) os dentes artificiais devem satisfazer a estetica.

VANT AGENS E DESVANT AGENS DE DENTES DE

PORCELANA E DE RESINA ACR(UCA

As vantagens dos dentes de porcelana sao: a estabilidade da

cor; resistencia a abrasao e eficiencia mastigatoria, quando compa-

rados com os dentes de resina acrilica.

A cor dos dentes de porcelana e tao estavel que, as vezes, numa

protese que dura de 10 a 15 anos, mesmo que este ja bem quanto a

reten<:ao, somos obrigados a refazer 0 aparelho porque a cor dos

dentes ja nao esta em harmonia com a idade do paciente.

A resistencia a abrasao tambem e muito grande nos dentes de

porcelana: dentaduras com muitos anos de uso ainda apresentam as

cuspides dos dentes posteriores nitidas. Como consequencia dessa

propriedade, os dentes de porcelana sempre apresentam muito maior

eficiencia mastigatoria do que os de resina.

As desvantagens dos dentes de porcelana sao muitas. Podemos

enumerar entre outras as seguintes:

a) nas dentaduras duplas, devido a alta dureza do material, du-

rante a conversa<:ao e tambem no ato da mastiga<:ao, quando os den-

tes entram em contacto, produzem ruidos caracteristicos que logo

chamam a aten<:ao de quem estiver proximo;

b) em consequencia da dureza e resistencia a abrasao, os dentes

de porcelana apresentam certa dificuldade na montagem quando re-

querem desgaste;

c) os dentes de porcelana sac mais pesados do que os dentes

de resina: nos casos de dentadura superior, as vezes, esse peso pode

interferir na reten<:ao, diminuindo-a;

d) a porcelana e um m aterial friavel; trinca-se e fratura-se facil-mente. Assim, qualquer descuido com a dentadura, os dentes podem

fraturar-se, principal mente os anteriores.

as dentes de resina acrilica, que cad a vez tem melhor aceita<:ao,

apresentam-se tambem com uma serie de vantagens e desvantagens.

As vantagen~ sao: facilidade nos trabalhos de l aboratorio e de

clinica; ausencia de rufdos durante a conversa<:ao; facilidade na

caracteriza<:ao; uniao entre dentes e a base da dentadura, mais per-

feita; nao for<:am 0 rebordo alveolar etc.

Ao lade das vantagens, os dentes de resina apresentam, tam-

bem, as seguintes desvantagens: facil abrasao e instabilidade da cor.

INDICAC;AO E CONTRA.INDICAC;AO DOS DENTES DE

PORCELANA E DE RESINA ACR(UCA

as dentes de porcelana estao indicados para as pessoas que

desempenham um esfor<:o de mastiga<:ao muito grande, que apresen-

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tam 0 rebordo alveolar normal e 0 espac;:o inter-rebordo alveolar

suficiente para a montagem dos dentes.

Devido a dificuldade no desgaste dos dentes de porcelana e por

causa dos choques mastigatorios muito grandes nos pacientes de

rebordo alveolar fino ou em casos de espac;:o inter-rebordo alveolarpequeno, devem ser contra-indicados os dentes de porcelana.

Os dentes de resina acrflica, pela facilidade que apresentam para

a mudanc;:a de forma e por serem menos traumaticos na transmissao

de esforc;:os mastigatorios, devem ser indicados para casos de rebor-

do alveolar fino,rebordo baixo, quando houver necessidade de des-

gastar muitos dentes na montagem.

A contra-indicac;:ao dos dentes de resina e feita para os casos

dos pacientes que desenvolvem um esforc;:o mastigatorio muito gran-

de, principal mente nos dentes posteriores. Os dentes anteriores de

resina acrflica estao contra-indicados, alem dos casos mencionados,tambem para os casos de fumantes, sapateiros que seguram pregos

com os dentes e para os musicos de instrumento de sopro.

Spurzhein introduziu na Odontologia 0 conceito antigo da Medici-

na que ainda esta em voga, qual se ja, da constituic;:ao ffsica, psfquica

e fisiologica estarem em relac;:ao direta com 0 temperamento do indi-

vfduo. Assim, ate 0 fim do seculo passado, acreditava-se que havia

quatro temperamentos fundamentais: linfatico, sangUfneo, nervoso e

bilioso. A cad a temperamento, pensava-se que h avia uma correspon-dencia estreita com a cor dos olhos, cabelos, pele e outros tra<;os

tais como a forma e a cor dos dentes.

Forma dos dentes

Em 1906, Berry notou que a forma do incisivo central superior

tinha muita semelhanc;:a com a forma do rosto do proprio indivfduo.

Assim, 0autor efetuou medidas e estudos nesse senti do. Mais tarde,

William (1914) interessou-se tambem pelos problemas da coinciden-

cia da forma do rostoe do dente para 0 qual Berry havia chamado a

atenc;:ao. Apos uma serie de observac;:6es, chegou a conclusao de quea forma dos incisivos centrais superiores do homem podem ser agru-

pados em tres formas principais: a triangular, a quadrada e a ovoide.

Observou,. a seguir, que os tipos de rosto dos indivfduos tambem po-

deriam ser divididos nas tres maneiras principais acima. Notou, mais

tarde, que havia uma concordancia em grande numero de casos obser-

vados entre a forma do rosto e a do dente num indivfduo. Constatou

ainda que, quando isto acontecia, a correlac;:ao completava a harmo-

nia dos trac;:os fisionomicos do indivfduo.

Assim, William enunciou sua lei que pas sou a ser conhecida com

o nome de "Lei da harmonia de William": "Num indivfduo deve h avera concordancia entre a forma do rosto e do d ente para se comple-

mentarem os trac;:os fisionomicos harmonicos".

Em 1825, Nelson voltou aoestudo da forma do dente e do rosto

e estabeleceu outro fator interessante que e a forma do rebordo

alveolar.

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Segundo 0 autor, a forma do arco dental tambem pode ser divi-

dida em triangular, quadrada e ovoide. Mais ainda: essa forma acom-

panha a forma do rosto e do incisivo central superior. Assim, tal

coincidencia trfplice recebeu 0 nome de triangulo estetico de Nelson.

DeterminaC;8o da forma dos dentes  em desdentado total Determinamos a forma dos dentes artificiais, baseando-nos na

lei de James Leon William, isto e, pela concordancia da forma do

rosto e do incisivo central.

Wavrin ideou uma regua que se compoe de duas hastes moveis,

presas a uma terceira, nas extremidades, destinada a classificar;:ao

da forma do rosto, no paciente desdentado total (Fig. 14.1).

Segurando as duas extremidades livres, adaptamo-Ia aos angulos

da mandibula e arcos zignomaticos, de tal modo que a terceira haste

fique horizontal mente sobre a caber;:a. Conforme a relar;:ao de afasta-

mento entre as duas hastes ajustadas ao rosto, 0 paciente e classi-

ficado como:

a) rosto ovoide, quando as hastes convergem para cima;

b) rosto quadrado, quando ha paralelismo entre as hastes, e

c) rosto triangular, quando as hastes se afastam para cima.

A regua esta munida de um ponteiro fixado no corpo do disposi-

tivo que acusa a forma do rosto, bastando, para isso, colocar no local

corretamente. Aqueles que nao possuem dispositivos de Wavrin, po-

dem trabalhar com duas reguas comuns, adaptando-as no rosto do

paciente.

Dessa maneira, uma vez determinada a forma do rosto, estaraautomaticamente estabelecida a forma dos incisivos centrais e su-

periores.

Figura 14-1

Aplicar,:iio da regua de Wavrin .

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Tamanho dos dentes

Na selec;ao do tamanho dos dentes artificiais devemos levar em

considerac;ao a altura e a largura dos seis dentes anteriores e su-

periores.

Altura -  Como na determinac;ao da forma do dente basearam-~ena forma do rosto, no que se refere a altura tambem tentaram rela-

ciona-Ia com as demais partes anat6micas. Com efeito, Berry, em

1906,e Sawage, mais tarde, comparando a altura da face com a do

incisivo central, chegaram a conclusao de que 0 incisivo central

superior e 1/16 da altura da face. Para House (1939), essa proporc;ao

e um pouco menor, isto e, encontrou 1/20.

As experiencias clfnicas demonstraram que essas correlac;6es

eram arbitrarias, e os resultados praticos muito pequenos.

Wood Clapp cogitou da possibilidade da determinac;ao da altura

dos dentes pela posic;ao do labio superior com sorriso forc;ado. No

plano-de-cera ou no plano-de-orientac;ao, marcamos com um trac;o ho-

rizontal a altura do tuberculo do labio no ato do sorriso. Essa linha

recebe 0 nome de linha alta ou linha do sorriso. A distancia entre a

borda oclusal do plano e a linha do sorriso corresponde a altura do

incisivo central superior.

Largura -  Segundo Sears (1941), a largura do incisivo central

superior e de 1/18 da distancia bizigomatica.

Tench e Clapp acham que a largura dos seis dentes anteriores

superiores, dispostos no arco, deve ser igual a largura da boca, isto e,

de comissura a comissura. Outros defendem que devemos orientar-

-nos pela bissetriz dos angulos formados pelo sulco nasolabial e asado nariz. Nesse caso, as bissetrizes devem coincidir com as pontas

dos caninos. '

Segundo Lee a largura do "filtrum" ou sulco subnasal e uma

refert3ncia para selecionar a largura dos incisivos centrais superiores;

para Scolt, a largura da base do nariz, fornece a largura dos dentes

anteriores, entre as cuspides dos caninos.

Mais recentemente, Schiffman, sugeriu uma outra tecnica, a qual

se baseia na posic;ao da papila incisiva. Para 0 autor, 0 ponto de

encontro de uma reta, perpendicular a linha mediana e que corta 0

centro da papila incisiva, com a vertente vestibular do rebordo, indica

a posic;ao do canino.Pelo que foi visto, nota-se que a maioria das tecnicas se funda·

menta em dados antropometricos e alem disso estabelecem a lar-

gura dos 14 dentes em func;ao dos dentes anteriores, sem levar em

considerac;ao 0 tamanho do rebordo alveolar. Por isso, desenvolvemos

um trabalho pesql.iisando nos jovens, com os dentes naturais com-

pletos, a relac;ao que existe entre a extensao do arco dental e a lar-

gura dos dentes anteriores. Os calculos da analise estatfstica demons-

tram que nos portadores de dentes naturais, existe uma correlac;:ao

entre as variaveis citadas, representada pela equac;:ao:

y=

0,4341x - 0,1025 onde."x" e a extensao do arco dental que e mensuravel e

"y" a largura dos dentes anteriores que queremos saber.

Na Disciplina de Protese Total, a partir desse trabalho, selecio-

namos a largura dos dentes artificiais baseada na equac;ao, com re-

sultados satisfatorios.

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Linhas de referencias para sele9ao dos dentes 

Linha mediana -  Marcamos com um sulco vertical, cortando os

planos-de-cera superior e inferior, observando a Iinha mediana do

rosto (Fig. 14-2).

Linhas dos canin os - Marcamos com um sulco vertical de cada

lado as localizac;:6es das cornissuras labiais em repoLiso (Fig. 14-3).

Lin h a alta ou do sorriso -  Marcamos com um sulco-horizontal,

perpendicular a linha mediana. justamente na altura do tuberculo do

labio, quando este se contrai num sorriso forc;:ado (Fig. 14-4).

Figura 14-2

Linha median a .

linha 14-3

Linha do canino .

Figura 14-4

Linhas de referencia .

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Largura dos dentes artific i ais 

a) Marcar no plano-de-cera superior os limites do futuro arco

dental ou as localizac;6es das faces distais do II molar superior.

b) Medir, com uma regua flexivel, a face vestibular do plano-de-

-cera entre os limites assinalados (Fig. 14-5).

c) Desenvolver a equac;ao y = 0,4341x - 0,1025 onde "x" e a

medida do plano-de-cera obtida com a regua e "y" a largura dos seis

dentes que queremos determinar.

d) Conhecido 0valor de "y", ver, no mapa ou tabela dos modelos

de dentes com as respectivas alturas e larguras, aqueles cujas di-

mens6es mais se aproximam da altura determinada pel a linha alta

e a largura pela equac;ao (Fig. 14-6).

e) Dentre os modelos que satisfac;am 0 item anterior, selecionar

aquele que apresente a forma e a cor mais convenientes ao paciente.

f ) Quanto aos dentes posteriores e anteriores inferiores, exis-

tem os modelos correspondentes aos anteriores superiores escolhi-

dos indicados na tabela.

Figura 14-5

M e d i n do a extensiio d o  f utu ro a r e a d e nta l .

Figura 14-6

A alt ura d  o s dentes  eeseolhi d a  pe l a Iinh a a lt a 

e· a largu ra pela e qu a r;ii o 

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Tabela para selec;ao dos dentes art iliciais

Para nao calcular 0valor de "y" toda vez que se quer seler.ionar

os dentes, elaboramos a tabela abaixo que mostra: na primeira co-

luna, os valores de "x" (extensao do arco dental) variando de 9,3cm

a 12,01cm; na segunda coluna, os valores de "y" (Iargura dos dentes

anteriores) correspondentes a "x" e calculados, desenvolvendo-se a

equa<;ao; na terceira, os modelos dos dentes do Classico indicados;

na quarta. os modelos da Dentron e na quinta, os modelos da Perol-

-Lux (tabela 14-1).

Tabe/a  14·1 Indicac;:ao dos modelos de dentes artificiais

Den t es  Indie a c ; ao dos mode/os Ar eo ( x   ) ante  ri ores  (y)

( m m) (mm) C/assieo Dentron   Perot-Lux 

3,9 ADC 1

359,33 M

10,0 4,2 ED 37

10,2 4,3 AP-EP 3 B 38

10,4 4,4 BP 133 39-40

10,5 4,4 DP A23 41

10,6 4,4 GP 263-2N 4210,7 4,5 AE 20 42

10,8 4,6 DE 3N 42

10,9 4,7 AM 3D 43

11,0 4,7 BE IN 44

11,1 4,7 GE A25 45

11,2 4,7 GE 264 45

11,3 4,8 OM 2P 46

11,4 4,8 EM 135-3P 46

11,6 5,0 AC A26-4H 47-4812,0 5,1 BM 266 50-51

O bs . as fabricantes de d entes fornecem tabelas e mapas com as medidas dos

dentes dispostos em reta. Com a equac;:ao apresentada relaciona superficies

curvas, os valores apresentados nas colunas 3, 4 e 5 correspond em a

media de 10 bocas de dentes montados em arco.

A cor, fisicamente falando, e uma sensa<;ao produzida pel os raios

luminosos que, em numero e quantidade variaveis, atingem a retina.

as raios luminosos, para os que aceitam a teoria ondulatoria de

Hyggiens, saD ondas que atravessam 0 espa<;o e, ao atingirem a reti-

na. provocam incita<;ao. E para aqueles que admitem a teoria corpus-

cular de Newton, consistem em partfculas infimas que sensibilizam

a retina.

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C b t b lh d N t i l i

que reflete todos os raios sem absorver nenhum. aparenta ser branco.

e um terceiro, que absorve todos e nao reflete nenhum, a cor preta.

Uma vez determinada. a cor pode ser estudada sob tres aspectos:

a) Tonalidade - a tonalidade da cor e um fator que Ihe altera 0

aspecto; assim, uma cor vermelha pode apresentar-se azulada. ala-

ranjada etc.

b) Luminosidade - e a diferenc;:a que faz distinguir a cor seme-

Ihante pela intensidade do mesmo tipo de cor.

c) Pureza - diz-se que uma cor pura quando e formada por uma

cor simples. As cores simples ou tambem conhecidas com 0 nome

de cores primarias SaD: a cor vermelha. amarela e azul. Combinan-

do-se as cores simples entre si dao as cores combinadas ou secun-

darias que SaD: violeta. verde e alaranjada.

Quando essas cores simples ou combinadas SaD comparadas comas outras, estabelecem-se dois fatores interessantes:

a) harmonia entre si por analogia de cor;

b) harmonia entre si por contraste de cor.

A harmonia por analogia observa-se quando existe. em ambas as

cores. os mesmos ingredientes comuns. Por exemplo. a cor alaran-

  jada com a vermelha. E a harmonia por contraste se processa quando

nao ha ingredientes comuns. Para modelo citamos a cor vermelha

com a verde.

Cor dos dentes naturais

as dentes naturais. principal mente os anteriores. podem ser di-

vi didos em duas zonas, levando-se em considerac;:ao a cor; a zona

incisal e a zona cervical. A parte incisal e acinzentada. e a cervical,

amarelada.

Quanto a disposic;:ao dos dentes no arco. os incisivos superiores

SaD os dentes mais claros. depois os caninos. os pre-molares e,

finalmente. os molares. Quanto a tonalidade" dos dentes,acentua-se

a medida que caminha para distal. Talvez esteja em relac;:ao com a

espessura da dentina.

as dentes inferiores sao. geralmente. um pouco mais escuros

do que seus correspondentes superiores.

A cor dos dentes naturais ainda varia conforme 0 sexo. rac;:a,

idade e outros fatores locais.

Quanto ao sexo. normal mente os homens tem dentes mais es-

curos do que as mulheres da mesma idade e rac;:a. No que se refere

a rac;:a. parece que os brancos possuem sempre dentes mais claros

do que os negros da mesma idade e sexo. A idade apresenta influen-

cia marcante na cor dos dentes: assim. os velhos tem dentes maisescuros que os jovens. as fatores locais que influem na cor dos den-

tes sao: as manchas. os desgastes fisiol6gicos, estado da polpa etc.

que sempre enegrecem a cor natural do dente.

 Deter mina<;aoda cor dos dentes artiliciais

Para a determinac;:ao da cor dos dentes em dentadura completa.

Clapp acredita que a cor da pele dos labios e importante, pois ambas

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Clapp acredita que a cor da pele dos labios e importante, pois ambas

devem ter harmonia. Sawage ja acha que a cor dos olhos deve servir

de base.

A orientaQao mais  acertada e aquela que leva em conta os se·

guintes  fatores: a idade do paciente, 0 sexo e a cor da pele. Assim,

quanta mais velho for 0 individuo, mais  escuro devera ser 0 dente

selecionado, 0 mesmo acontecendo com a cor da pele. No homem,

deveremos ter sempre 0cuidado de carregar um pouco mais na tona·

lidade da cor do dente selecionado do que para a mulher.

Essa escolha e feita atraves de uma escala pr6pria que cada fa-

bricante tem, onde estao todas as cores, inclusive a tonalidade. Os

dentes artificiais sao feitos de acordo com essa graduaQao; portanto,

basta estabelecer a cor pela escala. As cores da escala sao, geral-

mente, representadas em numero ou em letra maiuscula. Por exem-

plo, aescala de "Juste" tem quatro graduaQoes: P, C, 0, R. A cor P

significa perola, esta indicadapara pessoas de 20 a 30 anos; a C querdizer "creme", recomendada para pessoas de 30 a 40 anos; a cor 0

corresponde a "orange" e e apropriada para individuos de 45 a 55

anos; e a cor R vem de "red", vermelho, serve a pessoas de 55-70

anos de idade. A escala Dental Pearl vai do numero 20 a· 60 com

variaQao de 5. Cada numero equivale a idade de Dentist Supply, do

numero 62 a 69, com variaQao de uma unidade com exceQao do 64,

que nao existe. Nessa escala, os numeros baixos correspond em as

cores claras, e os altos, as mais escuras.

Os cuidados que 0 profissional deve tomar no ato da escolha da

cor dos dentes sao:a) procurar sempre que for possivel ver a escala com a luz na-

tural indireta;

b) evitar a interferencia da luz direta ou refletida;

c) desviar-se da possivel interferencia da cor dos objetos que

estiverem pr6ximos no momento; avental, roupa do paciente, pare-

des, cortinas etc.;

d) umedecer os dentes da escala no ato da comparaQao;

e) nao ficar olhando muito tempo sobre a cor.

Com essas precauQoes e paciencia, 0 profissional pode conseguirselecionar a cor dos dentes que satisfaQam plenamente a estetica e

harmonia facial.

1. CLAPP, G. W. - Selecting .teeth for full dentures. J .A.D .A., 17: 2.216-2.226,

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8. Idem - Ibidem, pp. 357-359.

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10. SCHIFFMAN, P. - Relation of the maxilary canines to the incisive papilla.J. Prosth . Dent ., 14 (3): 469-472, May-June, 1964.

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12. SEARS, V. H. - Selection of anterior - teeth for artificial dentures. J.A.D .A..

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13. TAMAKI, S. T. - Determina c ;ao d a  l arg u r a dos dentes art i fici ais  p a r a  os des · 

d entado s t ota is . Fac. Odont. Bauru, 1969 (Tese de Doutoramento).

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M o n ta ge m d os D e n te s

Na montagem dos dentes devemos observar os cinco fatores se-guintes: disposi<;:ao, alinhamento, posi<;:ao, articula<;:ao e oclusao.

A disposi<;:ao e 0 estudo da situa<;:ao de cada dente, individual-

mente, na arcada.

a alinhamento e 0 estudo da forma do arco dental que se obtem

apos a montagem dos dentes.

A posi<;:ao e a estudo do conjunto de dentes fixados em rela<;:ao

ao rosto do paciente.

A articula<;:ao e 0 estudo da rela<;:ao do contacto entre os arcos

superior e inferior em movimento de lateralidade e protrusao.A oclusao e 0estudo da rela<;:ao de contacto entre os arcos supe-

rior e inferior nos movimentos de abertura e fechamento.

Ao entrarmos no estudo da disposi<;:ao dos dentes devemos ana·

lisar. inicialmente. a questao da sequencia das montagens, conside-

rando os dentes em grupos para depois entrarmos nos problemas da

disposi<;:ao de cada dente, propriamente dito.

Existem varias sequencias de montagem dos dentes artificiais emprotese completa. As mais conhecidas sao:

a) montagem dos seis dentes antero-superiores e depois os an-

tero-inferiores correspondentes; a seguir os dentes postero-superio-

res de um lado e depois, de outro, completando 0arco superior. Com-

pleta-se depois a montagem dos dentes do arco inferior;

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b) montagem dos dentes de um hemiarco superior e depois do

hemiarco inferior do lado correspondente; segue depois para a mon-

tagem dos superiores do hemiarco oposto, e final mente dos inferio-

res desse mesmo lado;

c) montagem de todos os dentes superiores esquerdos, JnIClan-

do-se pelo incisivo central superior; passar para a montagem do he-

miarco oposto, come<;ando tambem pelo incisivo central superior.

Montar os dentes inferiores na mesma sequencia, isto e, come<;ando

cad a hemiarco pelo incisivo central inferior;

d) montagem dos dentes superiores de cad a hemiarco. Na mon-

tagem dos dentes inferiores, estabelecer primeiro as posi<;6es corre-

tas do II pre-molar inferior ou do I molar inferior e, em ordem, dispor

os demais dentes posteriores; no espa<;o anterior que restou, montar

os dentes anteriores e os pre-molares.

Como se pode perceber, a montagem dos dentes superiores se

inicia sempre pelo incisivo central superior, enquanto que a monta-

gem dos dentes inferiores, dependendo da tecnica, pode come<;ar pelo

incisivo central inferior, II pre-molar inferior ou I molar inferior.

Durante a montagem dos dentes, ou mesmo depois de montados,

pod em ocorrer imprevistos que nos obriguem a remonta-Ios. Nesses

casos, se utilizarmos os planos-de-cera originais, onde se registrou

a curva oclusal individual para montar os dentes, teremos perdido

todas as informa<;6es neles incorporadas, resultando em uma protese

arbitraria. Por isso, como norma, reproduzimos sempre os planos-de--orienta<;ao e montamos os dentes nesses pIanos reproduzidos, re-

servando os originais, com 0 abrasivo para ser utilizados, sempre

que necessario.

As vantagens dessa reprodu<;ao sac tantas que consideramos

imprescindfvel a realiza<;ao dessa fase.

Os materiais e instrumentais necessarios sac aqueles que pre-

cisamos para a confec<;ao da base-de-prova em resina acrflica ativa-

da quimicamente e tambem para a confec<;ao dos planos-de-cera, vis-

tos no capftulo 11.

A sequencia da dupl ica<;ao dos planos-de-orienta<;ao e comosegue:

a) obten<;ao de novas bases-de-prova superior e inferior;

b) no articulador, relacionam-se os planos-de-orienta<;ao com 0

abrasivo; retira-se 0 plano-de-orienta<;ao superior do articulador, subs-

tituindo-o pel a base-de-prova correspondente;

c) obtem-se um rolete de cera plastico com um a e meio lamina

de cera rosa; da-lhe forma de ferradura e adapta-o na base-de-prova;

d) interpondo uma folha de papel, de preferencia impermeavel

entre 0 rolete e a superffcie oclusal do plano-de-cera inferior, fecha-

mos 0 articulador, comprimindo 0 ramo superior ate atingir a DVO;

e) removem-se os planos-de-cera assim relacionados; recortam-

-se os excessos de cera por vestibular e lingual, copiando a confor-

ma<;ao vestibular do plano-de-cera original;

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Figura 15-1

 Reproduc;ao d o plano~d e-cer a.

Figura 15-2

Planos-de-orientac;aoreproduzidos.

f) transferem-se as linhas de referencia, prolongando-se as mes-

mas linhas do plano-de-cera original. Fica, assim, reproduzido 0

plano-de-cera superior;

g) para reproduzir 0 inferior, ambos os planos-de-cera utilizados

sao substituidos pelo plano-de-cera original superior e pela base-de-

prova inferior; nesta adapta-se um outro rolete de cera plcl"stico, fe-cha-se 0 articulador e repetem-se os passos ja descritos (Fig. 15-1);

h) conjugam-se, final mente, no articulador, os dois planos-de-

-orientac;ao reproduzidos. Observar os seguintes pontos: se a dimen-

sao vertical esta correta; se as linhas de referencias, transferidas

separadamente, estao coincidindo; se as superficies oclusais dos

planos-de-cera adaptam-se perfeitamente e se a conformac;ao vesti-

bular esta semelhante aos dos pianos originais.

Concluida a reprodUl;:ao dos planos-de-orientac;ao, passamos para

a fase seguinte que e a da montagem dos dentes nesses planos-de-

-cera (Fig. 15-2).

Fixamos os planos-de-orientac;ao nos respectivos modelos, com

cera fundida. Removemos a parte do plano-de-cera correspondente ao

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hemiarco superior esquerdo, compreendida entre a linha mediana e

a linha do sorriso. Depois fixa-se um fino rolete de cera na superffcie

oclusal seccionada, 0 qual nao devera tocar a superffCie oclusal

oposta. A cera desse rolete e destinada a fixar os dentes para evitar

de molestar 0 plano-de-cera.

A disposic;ao de cada dente no arco e a seguinte:

Inci s iv o c e n t r a l  superior 

A face mesial do dente ficara encostada a linha mediana; a face

vestibular localizar-se-a na altura do plano vestibular de cera; no sen-

tido mesodistal 0 longo eixo ficara paralelo a linha mediana; vest i-

bulolingual devera estar ligeiramente inclinado para 0 lado palatino;

a face incisal, tocando a borda vestibuloclusal do plano-de-cera infe-

rior (Fig. 15-3).

Figura 15-3

Vi s ta vestib u lar  e v ista 

prox i mal  d o ICs .

Incisivo lateral superior 

A face mesial ficara em contacto com a face distal do incisivo

central, pelo ponto de contacto; a vestibular estara ligeiramente re-

cuada para 0 lado palatino; a face incisal nao tocara 0 plano; a incli-nac;ao do longo eixo, no sentido mesodistal, e para 0 lado distal e no

vestibulopalatino, ligeiramente para 0 lado palatino.

Canino 

A face mesial mantera 0 ponto de contacto com 0 incisivo late-

ral; a face vestibular conforme 0 contorno do plano-de-cera ou muito

ligeiramente saliente; a cuspide tocando 0 plano oclusal; a inclinac;ao

mesodistal e paradistal um pouco menos do que 0 incisivo lateral e

nao tem inclinac;ao vestibulopalatino, pois e perpendicular ao plano

oclusaf.

Primeiro  e segundo pre-molares 

A face mesial mantem 0 ponto de contacto: a face vestibular

acompanha 0 contorno do plano-de-cera; as duas cuspides vestibular

e palatina tocando 0 plano oclusal: a inclinac;ao do longo eixo no sen-

tido mesodistal e perpendicular ao plano oclusal assim como no sen-

tido vestibulopalatino.

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Primeiro  e segundo molares 

A face mesial em contacto com 0 dente anterior: a face vestibular

acompanha 0 contorno do plano-de-cera; as cuspides, todas tocam 0

plano oclusal; a inclinac;:ao mesodistal do longo eixo e perpendicular

ao plano oclusal, assim como no sentido vestibulopalatino.as dentes saD fixados urn por urn nos seus locais com cera fun-

dida, pelo lado palatino a medida que saD montados (Fig. 15-4).

A seguir, removemos parte do plano-de-cera do lado oposto ten-

do por base a linha do sorriso: dispomos os dentes de acordo com

o que acabamos de ver para 0 hemiarco esquerdo (Fig. 15-5).

Terminada a montagem dos dentes superiores, antes de passaro

mos para a montagem dos dentes inferiores, devemos examinar se

a curva oclusal dos dentes superiores montados esta de conformidade

com a curva de compensaf;8o individual. Para isso, substitui-se a

plano-de-cera inferior reproduzido, que esta no articulador pelo plano--de-cera original com a abrasivo.

Nesse exame, devemos ter todas as cusp ides e bordas incisais

tocando a face oclusal do plano-de-cera original, com excec;:ao do in-

cisivo lateral superior. Verificar a dimensao vertical de oclusao, isto

e, se a haste incisal do articulador tambem esta contactando a mesa

incisal. Qualquer irregularidade deve ser corrigida, nesse momento,

antes de comec;:ar a montar os dentes inferiores. Uma outra parti-

Figura 15-4

Mon t age m do hemiare o su p erio r .

Figura 15-5

M ont ag em do  s  dentes 

do  a reo  supe r ior.

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cularidade que deve ser observada e quanta ao alinhamento. Qual-

quer dente que estiver fugindo da conformac;ao vestibular do

plano original, com excec;ao tambem do incisivo lateral superior, que

normal mente fica recuado, os demais devem ser corrigidos.

Na montagem dos dentes inferiores, dependendo do tipo de rela-

cionamento maxilomandibular, os dentes anteriores podem se dispor

de tres maneiras: com trespasse vertical ("over-bite"), com trespas-

se horizontal ("over-ject") e topo a topo.

A montagem com trespasse e quando 0 terc;o incisal dos dentes

antero-inferiores ficam incobertos pelos antagonicos superiores e as

suas bordas tocam a face palatina dos superiores.

Com trespasse horizontal e quando a situac;ao dos dentes antero-

-inferiores e semelhante, mas as suas bordas ficam afastadas das

faces palatinas dos superiores; e topo a topo, quando ha contactosdas bordas incisais dos dentes superiores e inferiores.

Quando 0 paciente tem uma relac;ao maxilomandibular normal. a

montagem indicada e com trespasse vertical; quando apresenta

prognatismo da maxila, com trespasse horizontal e quando 0 paciente

tem prognatismo mandibular ou 0 rebordo inferior muito reabsorvido,

indica-se a montagem topo a topo.

Ao dar infcio a montagem dos dentes inferiores, preparamos 0

plano-de-cera, eliminando a parte de hemiarco esquerdo, compreen-

dida entre a linha mediana e a altura correspondente a coroa clfnica

dos dentes inferiores. Depois fixamos um pequeno rolete de cera nasuperffcie oclusal seccionada, a fim de utilizarmos a cera colocada

para a fixac;ao dos dentes, sem necessidade de molestar 0 plano-de-

-cera que restou.

Disposi~io dos dentes inferiores

I ncisivo cen t ral 

Fazemos coincidir a face mesial com a l inha mediana, a borda

incisal em contacto com a face palatina do incisivo central superior

na altura de 1  /4 incisal; a inclina<;:ao no sentido vestibulolingual do

seu longo eixo e ligeiramente para vestibular e no sentido mesodis-tal e paralelo a linha mediana.

Incisivo la teral 

A face mesial mantem 0 ponto de contacto; a incisal toca a face

palatina do incisivo central superior e parte do i ncisivo lateral supe-

rior; 0 longo eixo devera estar ligeiramente inclinado para mesial e

no sentido vestibulolingual e perpendicular ao plano oclusal.

Ca ni no 

A cuspide fica exatamente na linha do contacto do incisivo late-

ral e canino do arco superior e toca a altura do 1/4 incisal; 0 longoeixo no sentido mesodistal estara inclinado para mesial; e no sen-

tido vestibulolingual ligeiramente para lingual.

Pr i meir o pr e - molar 

A cuspide vestibular interp6e-se entre 0 canino e 0 primeiro

pre-molar superiores a altura do ponto de contacto, 0 apice da cuspi-

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de lingual fica livre; a inclina<;:ao do tongo eixo, tanto no sentido ves-

tibulolingual. como no mesodistal e perpendicular ao plano oclusal.

Segundo pre-m o l a r 

A cuspide vestibular interp6e-se entre os dois pre-molares supe-

riores a altura das faces proximais e a lingual ficara livre; a inclina-

c;:ao do longo eixo tanto no senti do mesodistal como no vestibulolin-

gual e perpendicular ao plano oclusal.

Primeiro molar 

A cuspide mesovestibular insere-se entre 0 segundo pre-molar

e 0 primeiro molar, a altura das faces proximais; a cuspide mesoves-

tibular do primeiro molar superior recai sobre 0 sulco mesovestibular

do molar inferior. As demais cuspides vestibulares ocluem com 0

molar superior no sulco mesodistal. As cusp ides linguais do molar

inferior ficarao livres no lado lingual.

Segund o  molar 

As cuspides vestibulares tocam 0 sulco mesodistal do molar su-

perior correspondente e as cuspides linguais ficam livres de contacto

(Fig. 15-6).

Figura 15-6

Montagem do ar e o inferior .

Terminada a montagem dos dentes, funde-se a cera em tome do

cola de cada dente com a espMula n.o 7, aquecida, a fim de fixa-Ios

perfeitamente. 0 ajuste oclusal de uma dentadura completa deve ser

feito em posic;:ao de oc lu s8 o  e depois em posic;:ao de Re l aC ;8o Central,

quando, no paciente, ambas nao coincidem.

Ajustes em oclusao e em articula~ao

Os contactos prematuros das cuspides sac detectados com 0

auxilio do papel de articulac;:ao (papel-carbono), interposto entre os

arcos superior e inferior (Fig. 15-7).

o aspecto das marcas do carbono revelam a intensidade doscontactos, orientando-nos desse modo a conduta do ajuste oclusaL

Assim, as marcas em forma de anel devem ser desgastadas primeiro,

pois sao os contactos mais intensos; depois desgastam-se as marcas

em forma de disco; as marcas em forma de pontos sac 0 que dese-

 jamos.

No ajuste oclusal, as cuspides devem ser resguardadas; os des-

gastes devem ser feitos nas vertentes das cusp ides, fossas, f6ssulas

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g p

Figura 15-7

 Marcando os contactos

 premat uros em oclusao.

au cristas marginais. Portanto, quando uma cuspide ficar intensamen·

te marcada, a desgaste deve ser feito na regiao correspondente do

dente antagonico.

o registro dos pontos de contacto com a carbona deve ser repe-

tido varias vezes, ate que, feitos as ajustes, obtenha pontos de

contactos uniformemente marcados, ao longo dos dentes posterio-

res, em numero de 24, sendo 12 para cada lado.

Feito a ajuste em oclusao, a passo seguinte e a a juste em ar·

ticulac;:ao, movimentando-se a ramo do articulador em lateralidade e

em protrusao.Durante as movimentos de lateralidade as vertentes das cuspi-

des devem proporcionar livre passagem as cuspides. No caso de apre·

sentar algum travamento se desgastam as vertentes au as cuspides.

No movimento de lateralidade, a lado em que ha contactos de cusp i-

des com as mesmos names chama-se lado ativo au de t rabalho e a

lado em que as cuspides palatinas dos dentes superiores contactam

as vestibulares inferiores chama-se lado de balanceio.

DetecC;8o dos pontos de contacto  em articulaC;8o 

Coloca-se uma folha de papel de articulac;:ao (carbona) entre as

arcos dentais e movimenta-se a ramo do articulador em lateralidade

(Fig. 15-8).

Figura 15-8

 Aiuste em articula980.

Exame dos pontos de contacto  em ar t iculaC;8o 

A d i d l b d if A

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A d i d l b d if A

desgastam-se as cuspides ou vertentes das cuspides. proporcionando

maior liberdade de movimento.

Ajuste  em protrusao 

o papel de articulac;ao e interposto entre os dentes para detec-

tar algum travamento no movimento anteroposterior. Revelando-se

nos dentes anteriores. realizar 0 desgaste. de preferencia na face pa-

latina dos dentes superiores.

Ajuste em relac;ao central

Em relac;ao central , 0 ajuste oclusal e feito tambem em duas

etapas. Inicialmente. 0 modelo superior deve ser deslocado da posi-

C;ao de oc/usao  para a d e relac;ao central. Com os modelos. assim

relacionados. marcam-se os pontos de contactos entre os arcos den-

tais opostos; nesse primeira etapa, tambem verifica-se a uniformi-

dade dos pontos assinalados. No ajuste. desgastar as fossas, verten-

tes das cusp ides ou cristas marginais. reguardando as pontas de

cusp ides (Fig. 15-9).

Na segunda etapa , 0 ajuste e feito para permitir 0 movimento

de deslizamento das cuspides. do vertice do arco g6tico ao ponto

oclusal. Com as tiras de papel-carbono colocadas entre os dentes

posteriores de ambos os lados. faz-se os movimentos de deslizamento

anteroposterior (Fig. 15-9). Os desgastes para eliminar as interferen-

cias assinaladas SaD feitos convenien-temente nas cuspides, ver-

tentes ou cristas marginais ate permitir passagem livre para posiC;ao

de relaC;ao central ao ponto oclusal e vice-versa (Fig. 15-10).

Figura 15-9

Ajuste  em p o s i c;ao 

de relac;ao centra l .

Fifura 15-10

Aj ust e  ' oc/ us a!  pa ra  pe rmi t ir 

de s l izamen t o anteroposterior .

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A custa de um alinhamento adequado da-se uma conforma<;:ao

natural, funcional e estetico ao arco dental artificial.

A questao do alinhamento dos dentes artificiais e ainda um pro-

blema nao solucionado, daf haver muitas divergencias de opinioes:

para alguns, a lei do triangulo estetico de Nelson e valida e para

outros, nao.

Para aqueles que seguem a "lei da estetica" basta construir um

alinhamento semelhante ao do rebordo alveolar do proprio paciente.

Assim, para 0 paciente com rebordo triangular, 0 alinhamento dos

dentes tambem deve ter a forma triangular; com 0 rebordo quadrado,

o alinhamento quadrado e com 0 rebordo ovoide, 0 arcodental tam-

bem ovoide.

as que divergem da orienta<;:ao dada por Nelson, podem ser agru-

pados em duas correntes. A primeira preocupa-se mais com a estetica,isto e , com a reconstitui<;:ao fisionomica a custa do contorno vesti-

bular do arco dental. A segunda, considera sobretudo 0 ate masti-

gat6rio e a comodidade e estabelece 0alinhamento a custa da posi<;:ao

da Ifngua no ate da degluti<;:ao.

as autores dessa corrente constroem os planos-de-oclusao em

godiva. Como, no ate da degluti<;:ao, a Ifngua exerce pressao para

vestibular, a godiva estando plastica, imprime a forma da Ifngua na-

quela situa<;:ao e, ao mesmo tempo, do lade vestibular, molda as

bochechas e os labios, resultando num plano-de-oclusao com a forma

de arco dental. Por isso, acham que os planos-de-oclusao, assim

conformados, proporcionam 0 alinhamento ideal, fisiologico e funcio-

nal ao paciente.

Na nossa disciplina, adotamos 0 metodo da reconstitui<;:ao fisio-

nomica pelo contorno do plano-de-cera, sem desprezarmos a obser-

va<;:ao do triangulo estetico de Nelson.

Alguns autores, ainda, recomendam consultar fotografias anti gas

do paciente, mostrando seus dentes naturais. Na impossibilidade des-

tas, aconselham observar 0 alinhamento dos dentes das pessoas da

familia: irmao, irma, pai ou mae que mais se pare<;:am com 0 paciente.

a presente procedimento nao s6 traz informa<;:oes sobre a forma do

arco, mas tambem sobre certas caracterfsticas pessoais dos dentes,tais como: diastema, apinhamento, tor<;:ao, abrasao etc. que, reprodu-

zidas nas pr6teses, proporcionam um aspecto muito natural.

Nesta fase, com as pr6teses instaladas, vamos verificar se a dis-

posi<;:ao e 0 alinhamento conseguidos satisfazem os requisitos este-

tico e funcional. A verifica<;:ao da posi<;:ao do arco dental integrando

o conjunto anatomico da face constitui 0 que chamamos de prova da

dentadura. Para que possamos fazer a prova, de modo eficiente, e

necessario, antes disso, fazer a escultura da parte gengival.

A escultura e realizada na seguinte sequencia: enceramento,

recorte do colo cervical, delineamento dos sulcos horizontais, esbo<;:o

das bossas radiculares e acabamento da escultura.

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Enceramento

Antes de darmos infcio ao enceramento, as bases-de-prova SaD

removidas dos model os e estes recebem uma camada de isolante,

para que, terminada a escultura, a dentadura em cera possa ser re-

movida facilmente, sem molestar a escultura. Depois SaD perfeita-mente reposicionadas e fixadas nos modelos, correndo a cera bem

fundida em todo 0 seu contorno.

Dar infcio ao enceramento, depositando cera rosa fundida por

vestibular, em torno do cola cervical de cada dente, preenchendo os

espa<;:os interdentais, cobrindo 0 limite das faces clfnicas e evitando""

que escorra sobre os dentes. Varias camadas de cera deverao ser so-

brepostas, ate que tenham uma espessura suficiente para dar forma

as boss as radiculares (Fig. 15-11).

a enceramento da superffcie lingual e semelhante, sendo que,

na regiao do palato, a camada devera ser fina (Fig. 15-12).

Figura 15-11

Espessura suficient e 

de cera para dar  i n/cio a escultura .

Figura 15-12

Ence r amento do lado 

pa/atino .

Recarte da Cala Cervical 

A borda livre da gengiva e re-cortada com a espatula Le Cron.

contornando 0 cola cervical e expondo toda face clfnica de cad a

dente. a recorte vestibular e feito em 45°, deslizando a espatula de

urn lado a outro do dente, com urn movimento firme e contfnuo, dan-

do forma a borda livre e as papilas interdentais. A altura desses reo

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cortes deverao variar de acordo com 0 tamanho dos dentes. Esse

detalhe e sobretudo importante nos dentes anteriores, pois influi na

estetica, conferindo maior naturalidade.

o recorte da borda livre gengival do lade lingual e realizado,deslizando a espatula, praticamente em horizontal, evitando que

formem areas retentivas.

A orientac;:ao desse recorte e valida tanto para a dentadura su-

perior como para a inferior.

Escultura da RegUla Gengival Vestibular 

Com 0 espMulo n.o 7, fazemos um sulco mesodistal, horizontal,

relativamente acentuado que se inicia na l inha mediana e segue pr6-

ximo ao sulco do modelo acompanhando-o e indo terminar no freio

lateral; depois, um outro sulco partindo do outro lado do freio laterale vai terminar na regiao da tuberosidade, espraiando-se. Delinear os

mesmos sulcos do lade oposto.

Depois, com a espatula Le Cran, esboc;:amos a escultura das

boss as radiculares e fossas inter-radiculares. Para isso, fazemos os

sulcos verticais que, tendo infcio nas papilas interdentais, mais es-

treitas, vao terminar nos sulcos mesodistais, alargando-se. Lembrar

que nessa fase estamos esboc;:ando a escultura no seu todo, dando

forma, tamanho e direc;:ao adequados a cad a bossa.

Depois do esboc;:o, com a espatula n.O 7, damos a conformac;:ao

natural as bossas radiculares, arredondando-as, acentuando os sulcos.eliminando os excessos, regularizando, melhorando a forma, 0 tama-

nho e a direc;:ao de cada bossa, de modo que fiquem de acordo com

cada dente. .

Completando a escultura desse lado, damos os retoques finais

uniformizando a espessura das bordas livres, deixando-as com apro·

ximadamente 1mm de espessura em torno de cad a um dos dentes.

Depois os sulcos verticais sac prolongados ate as extremidades das

papilas interdentais e, final mente, os sulcos mesodistais sac suavi-

zados, estendendo-as ate as bordas do modele (Fig. 15·13).

Figura 15-13

Terminand o a escultur a

do lado vestibular .

Terminando· a escultura

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Escultura da Regiao Gengival Lingual 

A escultura do lado lingual e feita com a espatula Le Cron, es-

b09ando os sulcos verticais que tern infcio nas regi6es dos contactos

interdentais, mais profundos, indo terminar logo em seguida, suave-

mente. Depois, igualamos a espessura da cera que envolve cad a

dente; terminamos com a espatula n.o 7 retirando os excessos, reto-

cando a escultura, tornando a superffcie lisa, sem irregularidades.

Na regiao do palato, a cera deve ser eliminada, alisando-a, de modo

que permane9a uma camada fina (Fig. 15-14).

Quanto a escultura da dentadura inferior, obedece aos mesmos

passos e cuidados exigidos para a dentadura superior (Fig. 15·15).

Figura 15-14

do lado palatino.

Figura 15-15

Sulc os hor i zo nt als 

da pr6 tese  i n f er i or 

Dentadura em ceraTerminada a escultura, as dentaduras em cera SaD destacadas

dos respectivos model~s. A rem09aO nao e diHcil porque 0 modelo

foi isolado. Antes de instalar as dentaduras em cera na boca do

paciente, fazemos pequenos retoques, que consistem nos seguintes:

a) eliminam-se as rebarbas da cera das bordas vestibulares das

protese, de tal modo que fiquem com a exata conforma9aO e es-

d l if i d d l (Fi 15 16)

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pessura dos sulcos perifericos do modelo (Fig 15 16)

Figura 15-16

Aeertando  a espessura 

e a eonformar;:ao da borda 

vestibular com base nas mareas 

do suleo do modelo .

b) sem interferir nas bordas da dentadura, retocam-se os sulcos

horizontais para que terminem sem formar nenhum degrau, mas, ao

contra rio, suavemente e muito proximos as bordas.

Durante 0 ato clfnico de prova das proteses no paciente, a escul-

tura da superffcie vestibular pode ainda sofrer alguns reparos em

func;ao da estetica.

Para melhor clareza, subdividimos esse passo em cinco partes:

relac;ao oclusal dos dentes, reconstituic;ao fision6mica, teste fone-

tico, aprovac;ao do paciente e caracterizac;ao.

Relac;ao oclusal dos dentes

Colocamos as dentaduras em cera superior e inferior na boca

do paciente e fazemos uma ligeira compressao contra 0 rebordo

para fixa-Ias. Com essa medida. se as dentaduras em cera nao fica-

rem retidas, recomendamos a sua fixac;ao com urn po ad,esivo.

Obtida a fixac;ao das dentaduras, acomodamos 0 paciente na

cadeira, de modo que a cabec;a e 0 tranco fiquem na posic;ao vertical,

de preferencia desencostados. Pedimos, a seguir, que ° paciente

feche vagarosamente a boca ate que os arcos entrem em contacto.

Nesse fechamento, 0 contacto dos dentes pode ser em: oclusao

central, oclusao em protrusao, oclusao em retrusao e oclusao emlateralidade.

A mordida em oclusao central e a mais frequente, pois e aquela

oclusao conseguida no articulador com a montagem dos dentes. Os

demai"s casos de oclusao sao menos frequentes; se ocorrer, 0 tra-

balho devera ser repetido porque 0 erro, pravavelmente, foi cometido

na fase de determinac;ao das posic;6es de RC e de oclusao.

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Reconstitui~ao fisionomica

Comec;:amos 0 exame pela parte intra-oral. Colocando-nos de

frente ao paciente e observamos durante 0 sorriso: se a linha me-

diana do arco superior coincide com a linha mediana do rosto; emseguida, se as linhas medianas dos arcos superior e inferior coinci-

dem entre si. Na falta de concordancia, no primeiro caso, ha neces-

sidade de correc;:ao porque depoe contra a estetica. A desarmonia

das linhas medianas entre os arcos, nao sendo decorrente do posi-

cionamento funcional excentrico da mandibula, muitas vezes, dis-

pensa a correc;:ao.

A disposic;:ao dos do is incisivos centra is, no que se refere ao seu

longo eixo em relac;:ao ao plano oclusal, e importante sob 0 ponto de

vista estetico; os eixos devem ser paralelos a linha mediana e no

senti do vestibulopalatino, uma certa inclinac;:ao para 0 lado palatino.

Outro fator relevante e a verificac;:ao da parte gengival das den-

taduras superior e inferior: durante 0sorriso forc;:ado, a parte gengival

deve ficar muito pouco ex posta. Ouando, devido as condic;:oes do

rebordo alveolar ou contrac;:ao excessiva do labio, isso nao acontece

e fica muito exposta. convem procurar todos os meios e artificios 

para oculta-Ia. porque esse fato destoa da estetica.

Uma vez examinados e aprovados os pontos principais, relativos

a parte intra-oral, passaremos ao exame da parte extra-oral.

No exame extra-oral. inicialmente verificamos a altura dos labiossuperior e inferior. Num paciente desdentado, por falta do suporte

normal que saD os dentes e 0 osso alveolar, ha um grande aprofun-

damento, nao s6 dos labios, mas ate da base do nariz. Por me i o  da

dentadura e que restauramos a parte perdida. Com efeito, muitas

vezes, quando a reabsorc;:ao 6ssea e grande, precisamos dar uma es-

pessura consideravel de cera nas partes anterior e vestibular para

normalizar a posic;:ao dos labios.

Os sulcos nasogenianos tambem devem ser observados e nor-

malizados. pois seu aspecto influi na fisionomia natural do paciente.

A profundidade desse sulco esta na dependencia direta da presenc;:a

de dentes e da dimensao vertical. Ouando a dimensao e baixa ele

ficara acentuado e, na dimensao alta, aparentara 0 contrario.

Observamos. de resto, se 0 terc;:o inferior do rosto esta em har-

monia com os dois terc;:os restantes. Oevemos, sempre, levar em

conta a condic;:ao atual do paciente e nunca a do passado.

Teste fonetico

o objetivo do teste fonetico, agora, e diferente da ocaslao da

determinac;:ao da OVO do plano-de-orientac;:ao, pois tem aqui. real-

mente, a caracteristica fonetica. Realizamos diversas provas com

palavras possuidoras de fonemas linguodentais, visto que e nessas

palavras que os portadores de aparelhos falham. Os americanos usam

a palavra "Mississipi" para testar e n6s utilizamos numeros tais como

66, 666.

Para que 0 teste de resultado. as dentaduras em cera devem

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Aprovac;io do paciente

Depois de ter observado com cuidado e corrigido os defeitos do

aparelho em prova, na boca do paciente, passamos a outra fase que,

a nosso ver, e importantissima. Precisamos ouvir a opiniao do pa-ciente a respeito do trabalho.

Muitos autores acham que nao deve existir essa fase, nos dis-

cordamos: 0 paciente merec'e toda a considera<;:ao. Ouvi-Io no que

se refere a estetica e a comodidade nao significa a intromissao deste

no nosso trabalho. E preciso orientar 0 exame do seu rosto atraves

do espelho.

Colocamos um espelho comum de 20x10cm de extensao a 50cm

de distancia no minima e explicamos, mostrando a dentadura na sua

boca: 0 porque da cor, do tamanho, da disposi<;:ao, do alinhamento e

da posi<;:ao dada aos dentes, assim com6' do levantamento do labio,da dimensao vertical etc. Finalmente, perguntamos se ha mais alguma

coisa a acrescentar para melhorar a estetica. Com a explica<;:ao cui-

dadosa e baseada em fundamentos cientificos, geralmente, 0paciente

concorda com 0 nos so ponto de vista.

Caso 0 paciente nao concorde em alguns pontos, somos de opi-

niao de que, se for problema de estetica, devemos respeitar sempre

a opiniao do paciente.

Caracterizac;io da dentadura

Quando 0 paciente deixa exposta a gengiva durante 0 sorriso e

nao quer submeter-se a uma opera<;:ao redutora do rebordo, empre-gamos 0 recurso da caracteriza<;:ao.

A caracteriza<;:ao da dentadura e um artiffcio empregado para

obter maior naturalidade, imitando certas condi<;:oes particulares

locais, tais como inflama<;:ao, hipertrofia, carie, obtura<;:ao, manchas,

abrasao etc. Pode ser dividida em duas partes: a caracteriza<;:ao da

gengiva e a caracteriza<;:ao dos dentes.

A caracterizaC;80 da gengiva  consiste em utilizar corantes pig-

mentares de resina para obter diferentes tonalidades e cores de re-

sinas. Essas saD aplicadas na fase de condensa<;:ao ,da resina ou

depois da polimeriza<;:ao da base, em regioes como bossas, fossas ebridas, acentuando ou atenuando as tonalidades dessas regioes ou

mesmo simulando veias com a cor azulada.

A ca r acterizaC;8o dos dentes  consiste em fazer restaura<;:oes de

ouro, de resina etc. nos caninos e pre-molares; restaura<;:oes de amal-

gama nos molares e pre-molares; usa de corantes para simular as

manchas e abrasoes; artificios na disposi<;:ao dos dentes, tais como:

apinhamento e diastema; modifica<;:oes da forma dos dentes; usa

alternado de dentes de cores diferentes para a montagem dos seis

incisivos superiores etc.

Na individualiza<;:ao da dentadura artificial deveremos ainda ana-

lisar a questao da idade e 0 sexo.

A idade do paciente reflete-se nos arcos dentais naturais, pelo

menos, de quatro maneiras: na cor, abrasao, altura da borda gengival

e diastema dos dentes anteriores. Assim, nas dentaduras artificiais,

para conseguirmos naturalidade e harmonia nos pacientes de idade,

montamos os incisivos centrais e laterais superiores de forma que

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as bordas incisais fiquem na mesma altura; usamos a montagem de

topo com pequenos di'astemas; selecionamos os dentes de cor mais

amarelada e esculpimos a borda gengival expondo os colos dos den-

tes ao maximo.

a sexo influi na disposic;ao dos dentes do seguinte modo: nohomem, os caninos e os incisivos centrais esHio mais salientes, ao

passo que, nas mulheres, os incisivos laterais sobressaem-se dentre

os demais dentes anteriores. Desse modo, nas dentaduras artificiais

dos homens, os caninos e os incisivos centrais superiores devem ser '

destacados, e, nas das mulheres, ocultamos os caninos e os incisivos

centrais e salientamos os incisivos laterais.

1. DIRKSEN, L. C. - A natural esthetic buccal and labial anatomic form for

complete dentures. J. Prosth. Dent., 5 (3): 368-374, May, 1955.2. FENN, H. R. & cols. - Clinical dental prosthetics. London, Stapless. Press, pp.

417-453, 1961. ,

3. PICARD, C. F. - Complete denture esthetics. J. Prosth. Dent . , 8 (2): 252-259,

March, 1958.

4. POUND, Z. - Lost-fine arts in the fallacy of the ridges. J. Prosth. Dent . , 4

(1): 6-11, Jan., 1954.

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P ro c es sa m e nto d a B a se d a D e nta du ra

Satisfeitos todos os requisitos da prova da dentadura, passarnos

para a fase de processamento das bases.

Recolocamos as dentaduras em cera nos respectivos model os

do articulador e verificamos 0 seu perfeito assentamento; fecharnos

o articulador e, mantendo os dentes em oclusao, fazemos correr uma

fina camada de cera rosa fundida em torno das pr6teses, fixando-as

aos model os, vedando completamente todo 0 contorno periferico. A

seguir, os modelos sao separados dos estojos do articulador e 0

gesso utilizado para a fixac;ao e eliminado.

As operac;oes que se segueme os cuidados que se tomam emrelac;ao a inclusao na mufla, prensagem da resina, polirnerizac;ao e

acabamento, tem por objetivo substituir a base da dentadura, que

esta em cera, por um material pr6prio, sem provocar nenhuma alte-

rac;ao dimensional ou morfol6gica, distorc;ao ou mudanc;a de posic;ao

dos dentes.

Material  e In s trume n t al 

a) muflas n.o 6;b) gral de borracha;

c) espMula para gesso;

d) espatula n.O 31;

e) espatula Le Cron;

f) pincel n.o 14;

g) vaselina;

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Figura 16-1

A muf l a de vera  acomoda r  0

m odel o  e te r espac;; o s uf i cie n t e 

p a r a  0 gesso qu e  0 f ixara.

h) gesso comum e gesso-pedra;

i) prensa de bancada.

Inicialmente, selecionamos duas muflas de taman has adequa-

dos aos modelos superior e inferior. A mufla deve ser de tal tama-

nho que acomode a modelo com certa folga, tanto em altura como

em largura e comprimento (Fig. 16-1).

Tecnica de inclusao

Para facilitar, mais tarde, a desinclusao da protese, as superfi-

cies internas das muflas sao untadas com vaselina. Depois a modelo

e fixado na base da mufla, do seguinte modo:

a) hidratar a modeloenquanto se lespatula 100g de gesso co-

mum em SOcc de agua;

b) depositar uma parte do gesso manipulado na base da mufla;

posicionar a model a centralizando-o sabre a massa de gesso; pres-

sionar a modelo de modo que fique no mesmo nlvel da borda da

base da mufla; rapidamente, remover a gesso que aflorou;

c) imediatamente, adaptar a contramufla, na base da mufla, para

verificar a posi<;ao do area dental em rela<;ao as paredes da contra- _ mufla; se estiver muito proximo de qualquer das paredes, ainda e

posslvel a justar a posicionamento do modelo, pais a gesso ainda

esta pouco consistente;

d) remover a contramufla; se for preciso ajustar a posi<;ao do

modelo, faze-Iosem perder tempo; depois eliminar a excesso de

gesso em torno do modelo, com todo cuidado para nao sujar a escul-

tura, ao mesmo tempo que torna a sua superficie lisa e expulsiva no

senti do oclusal (Fig. 16-2);

e) depois da cristaliza<;ao do gesso, adaptar, novamente, a con-

tramufla na base da mufla e examinar, agora, a assentamento das

duas partes; as partes metalicas devem ter contactos entre si;

f) estando correto, remove-se a contramufla; depois unta-se com

vaselina toda a superficie de gesso, isolando-o do gesso que sera

vertido na contramufla;

g) antes, porem, de completar a inclusao, constroi-se uma mu-

ralha em torno do area dental com a objetivo de evitar que as dentes

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Figura 16-2

Model o fixa do na base d a  mufla .

se desloquem das suas posic;6es nas fases subseqi.ientes. Para isso,

manipula-se uma porc;ao de gesso - pedra  e deposita-o. com 0 auxflio

de um pineel. sobre os dentes e n os espac;os interdentarios. pro-eurando. dessa forma. nao ineluir bolhas de ar. Aereseenta-se. de-

pois. com a espMula de gesso. novas porc;6es de gesso. reforc;ando

a prote<;ao dos dentes. formando a muralha (Fig. 16-3);

Figura 16-3

A mura l ha de  gesso - ped ra 

envolvendo o s d e ntes .

h) a seguir. a parte da eontramufla e preenehida com gesso. 0

gesso manipulado. 200g de gesso por 100ee de agua. e vertido poueo

a poueo na parte da eontramufla sob vibracao manual. preenehendo-a

por eompleto. Ajustada a tampa. a mufla e levada a prensa de ban-

eada; visto a eentraliza<;ao. mantEi-Ia sob pressao ate a eristaliza<;ao

do gesso.

Cristalizado 0 gesso da mufla utilizado para inelusao da dentadu-

ra. 'poderemos agora eliminar a base em cera para ser substitufda

pela resina aerfliea.

A resina aerfliea apresenta-se na forma Ifquida (monomero) e naforma de po (polfmero).

o monomero e. geralmente. metaerilato de metila puro. eonten-

do ligeira quantidade de hidroquinona que inibe a polimeriza<;ao du-

rante 0 seu armazenamento.

o polfmero. obtem-se do monomero. quando esse e aqueeido em

um Ifquido. nao polimerizavel e onde e aereseido substaneias esta-

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bilizadoras como 0 talco ou gelatina para impedir a coesao das pe-

roJas. A composi~ao, na sua essencia, e polimetacrilato de metila.

Para a base da protese e utilizada a resina ativada termicamente

que, em geral, e toda em cor rosea, ou com 0 palato em resina trans-

parente.

a) Agua em ebuli~ao;

b) porta mufla;

c) faca para gesso;

d) espcHulas Le Cran e n.o 31;

e) bracas esfericas n.os 2 e 5;

f) pinceis n.OS4 e 14;

g) dois potes com tampa para resina;

h) resina acrllica ativada termicamente (po e Hquido);

i) prensa de bancada;

 j) prensa com mola para polimeriza~ao _ 

Elimina~ao da cera

Retiramos a mufla que estava na prensa e a mergulhamos na

agua em ebuJi~ao por 5 minutos. Este e 0 tempo necessario para que

o calor chegue ate 0 interior da mufla e amole~a a cera. Passado esse

tempo, a mufla e retirada da agua e logo a seguir e aberta com auxilio

da faca para gesso.Se 0aquecimento foi suficiente, com uma leve for~a de alavanca

aplicada na jun~ao da base da mufla e contramufla, a mufla se separa

em duas partes.

Uma vez aberta, com a espatula n.O31 removemos a base-de-pro-

va e toda a cera que agora esta plastica. Lavamos, a seguir. as duas

partes da mufla, com jato de agua fervente ate que desapare~a qual-

quer vestigio de cera. Lava-se depois com agua tria (Fig. 16-4).

Figura 16-4

El imin a nd o  a c er a c o m ag u a  fe rvente .

Reten~ao dos dentes

Embora, teoricamente, se saiba que a resina acrllica da base da

dentadura, uma vez submetida a rea~ao de polimeriza~ao ativada ter-

micamente, forme uma unidade com os dentes, quando do mesma

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material, e sempre aconselhavel que se promovam areas de reten-

<;6es nos dentes para garantir a melhor fixa<;ao dos mesmos.

Com essa inten<;ao, abrimos pequenos sulcos retentivos, en-

trando por cervical em cada um dos dentes, utilizando uma broca

esterica. No aprofundamento desses sulcos, cuidar para nao atingira face vestibular dos dentes anteriores ou a face oclusal dos pos-

teriores (Fig. 16-5).

Figura 16-5Fazendo as retem;:oes

nos dentes.

Condensa~ao da resina acrilica

Antes da condensa<;ao da resina acrflica, as"superficies de gesso,

da mufla e contramufla devem ser isoladas com uma pelleula de ma-

terial proprio. Esse isolamento e necessario para que a resina aeri-

liea nao se adira ao gesso porque isso difieultaria a opera<;ao de de-

sinelusao e limpeza da protese, depois de polimerizada.

Um outro euidado que se deve ter e quanta ao isolamento das

areas em torno dos dentes: utilizar 0 pineel fino e passar 0 material

atentando para que nao eseorra para os dentes, isolando-os tambem,

inadvertidamente.

Preparo da resina acrilica

a) Coloear no pote para resina, para um tamanho medio de uma

dentadura, 25em3 de pollmero e, depois, adicionar, poueo a poueo, 0

monomero, ate que 0 primeiro fique eompletamente saturado. Sabe-

-se que 0 pollmero esta saturado, quando 0 monomero afluir para asuperficie, depois de ter molhado todos os granulos do poHmero;

b) misturar eom a espatula n.o 31 e depois tampar 0 pote para

evitar a evapora<;ao do monomero. Aguardar alguns minutos para

que se inicie a rea<;ao quimica. Como se sabe, a resina aerflica, ati-

vada termieamente, da fase arenosa, isto e, do momenta em que se

misturam po e IIquido, passa, sucessivamente, para as fases peg a-

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  josa, fibrilosa, plastiea e borraehoide, no meio ambiente. Para se

tornar rigida e preeiso submete-Ia a um aqueeimento, lento e prolon-

gado, porque a rea<;ao de polimeriza<;ao desse material e exotermiea.

Se a temperatura utilizada for muito elevada, fatalmente formarao

bolhas no interior da base da protese, podendo lnutilizar 0 trabalho;

c) a resina aerfliea e eondensada na mufla quando atinge a fase

plastiea. Atingindo essa fase, retira-se toda massa do pote e e ho-

mogeneizada manual mente. Sabe-se que ela esta na fase plastiea,

porque fica mais eonsistente e perde adereneia as paredes do pote,

permitindo a manipula<;ao. Passamos, entao, para a condensa<;ao da

resina aerfliea.

Condensa~ao da resina acrilica

a) Separar uma parte da resina aer[liea. dar-Ihe forma de bastaoe adapta-Ia sobre 0 area dental, eomprimindo a massa com 0 dedo,

de um extremo 0 outro (Fig. 16-6);

b) separar uma outra porvao. tambem em forma de bastao, adap-

ta-Ia, agora, na vertende vestibular, eomprimindo-a;

c) na dentadura superior, a tereeira porvao e adaptada a regiao

do palato e na dentadura inferior, na vertente lingual;

d) a massa de resina que restou e adaptada no proprio modelo,

nas regi6es retentivas, para que na prensagem da mufla, haja trans-

missao de igual forc;a em todos os pontos da mesma.

Figura 16-6

C ondensar  a resina acrilica

na lase plast ica.

Prensagem (mica

Distribuida. eonvenientemente, a resina aerfliea no interior dabase da mufla e da eontramufla, juntam-se as duas partes e e levada

a prensa de borraeha, observando a eentralizavao. Pressionar 0 em-

bolo da prensa. lentamente, para que 0 material se aeomode. Quando

o exeesso de resina aeriliea surgir. dentre as partes da mufla, a pres-

sac deve ser sustada, aguardando 0 movimento da resina aerfliea.

Comprimir novamente quando 0 material deixar de se eseoar. Repetir

essa operavao ate que as partes metalieas da base da mufla e da

fl (Fi 16 7) C i l d d

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t fl t (Fi 16 7) C i l d d t

dura tivemos esse mesmo cuidado, se na prensagem isso nao acon-

tecer natural mente, a dimensao vertical ficara aumentada. Dai a

importancia da observa«ao desse particular nessa fase do trabalho.

A mufla depois e transferida para a prensa de polimerizayao com

mala. e e levada para a aparelho de polimerizay80.

Figura 16-7

Prensag e m com d  i s tribu il;;ao 

u ni fo rm e de  m at e rial .

Ciclos da polimerizac;:ao

o metacrilato de metila polimeriza-se pelo processo de adi«ao,

isto e, nao ha altera«ao da composi«ao quimica durante a rea«ao.

Esta inicia-se quando se adicionar a monomero ao polimero, porem

e mais intensa quando a temperatura atinge as 60°C. Nesse momenta

as moleculas de peroxido de benzoila (C6H5COO) decomp6em-se para

formar radicais livres. A medida que se processa a rea«ao, as radi-

cais livres vao se reagindo com as moleculas de monomero, suces-

sivamente, ate terminar a polimeriza«ao. Essa rea«ao em cadeia se

verifica com desprendimento de calor. E par isso que a temperatura

deve ser controlada, elevando-a lentamente, para evitar a forma«ao

de bolhas na massa de resina.

A polimeriza«ao da resina acrflica pode ser feita de duas ma-

neiras: rapida e lenta.

Na po/imerizaC;8o  r ap i da . recomenda-se elevar a temperatura da

agua ate 65°C, demorando 30 minutos; depois, manter nessa tempera-

tura durante 60 minutos. e, final mente, elevar a 100°C e manter par

30 minutos.Na polimerizaC;8o /enta , utiliza-se a aparelho de polimerizac;ao,

regulado a 75°C durante 12 horas:"

Verifica-se, normal mente, uma contra«ao de 0,2 a 0,5% durante

a esfriamento, uma vez polimerizada a resina. Na dentadura superior,

par exemplo, como a regiao que corresponde aos rebordos e mais

espessa, a contrac;ao e maior nessa regiao e, em conseqOencia disso,

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aparece 0 esfon;o de tensao na reglao mais fina que e 0 palato. ~

por isso que 0 esfriamento deve ser natural para nao aumentar essa

contrac;:ao do esfriamento.

o polimento deve ser realizado com esmero. pois a superficie.

perfeitamente lisa e polida, favorece a Iimpeza e a higienizac;:ao, evi-

tando desse modo 0 desenvolvime'nto de fungos e placas bacterianas.

preservando a protese por mais tempo.

Material  e Instrumental 

a) chave de fenda;

b) tesoura para gesso;

c) faca para gesso;

d) martelo;

e) espatula Le Cron;

f) estilete;

g) pedras para resina (grande e pequena);

h) broca de fissura;

i) mandril para tira de lixa;

 j) Iixa n.O00;

k) cone de feltro;

I) escovas com cerdas pretas e brancas;m) pedra-pomes;

n) branca-de-espanha (carbonato de calcio).

Abertura da mufla e desinclusao-

Polimerizada a resina acrflica e resfriada, procedemos a aber-

tura da mufla. Inicialmente. com a chave de fenda aplicada entre a

base da mufla e a contramufla, separamos em duas partes. A seguir,

com l-eves golpes de martelo aplicados nas bordas da contramufla.

Iivramos 0 bloco de gesso que contem a dentadura.

Figura 16-8

Co rt a r  0 gesso co m  tod o 

c ui dado pa r a nao {  r atura r a dentu r a .

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Depois, com uma tesoura propria, cortamos 0 gesso empon;oes

sucessivas, com todo cuidado para nao fraturar a dentadura. Quando

o modelo funcional fica retido, a sua rema<;ao e, muitas vezes, bas-

tante trabalhosa, pois deve ser feita com 0 maximo de cuidado, por-

que 0 perigo de fraturar a dentadura e ainda maior (Fig. 16-8).

Conseguida a remo<;ao do gessC?que envolvia a dentadura, faze-

mos uma limpeza, eliminando todo 0 gesso das superficies interna

e externa com a espMula Le Cran. a gesso que ficou retido no es-

pa<;ointerdentario e removido com 0 auxflio do estilete.

Acabamento

Eliminar as rebarbas com uma pedra de "carborundum", cuidan-

do para nao desgastar as bordas da dentadura que estao na confor-

rna<;ao e espessura do selado periferico (Fig. 16-9). As regioes dosrecortes, correspondentes aos freios e inser<;oes musculares, quando

Figura 16-9

EJimi n an do  as r ebarbas .

l1'luito acentuadas, podem ser aliviadas com broca de fissura. Depois,

dar um acabamento geral com a mesma pedra de "carborundum", res-peitando a escultura, eliminando qualquer irregularidade ou aspereza;

nas regioes das papilas interdentarias e bordas livres da gengiva,

entrar com uma pedra periforme e pequena, alisando as superficies

e arredondando arestas.

Passar depois a tira de lixa fina por toda a superflcie externa

da protese, acompanhando a escultura; nao esquecer tambem de

lixar as bordas da protese e as bordas livres da gengiva, tornando-as

arredondadas e lisas. Nessa fase, nao devera permanecer nenhum

risco deixado pela pedra de "carborundum".

Polimento

Polimento  com cone de  f eltro  e ped r a-pome s 

Iniciar 0 polimento, utilizando 0 cone de feltra e uma mistura

de pedra·pomes e agua; 0 motor do torno e ligado em baixa rota<;ao

(n.o 1). a cone de feltro deve correr por toda superflcie externa da

dentadura, inclusive a borda periferica. a material abrasivo deve ser

% d t d d t d f t d d d d

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rec%cado toda vez que a dentadura e afastada da a ;ao do cone de

feltro. Examinar, de vez em quando, 0 andamento do polimento,

Javando a dentadura em agua corrente e e nxugando-a muito bem.

Voltar a polir, insistindo mais nas regioes que ainda apresentarem

riscos, mas com cuidado para nao alterar a escultura.

Polimento com escova preta  e ped r a - pornes 

Quando 0 polimento com 0 cone de feltro estiver satisfat6rio,

troca-se pela escova de cerdas pretas. Ligar 0 motor ainda em baixa

rotayao e aprimorar, ainda mais. 0 alisamento. Para isso. lambuza-se

a protese com a mistura de pedra-pomes toda vez que e retirada da

ayao da escova. e esta deve ser aplicada com certa pressao. Por essa

razao. a dentadura nao deve ser mantida estatica, mas em continuo

movimento, procurando-se, ainda, mudar tambem as direyoes. Nessa

fase do polimento, os pequenos riscos, deixados pelo cone, devemdesaparecer completamente (Fig. 16-10).

Figura 16-10

To d os  as riscos deixados pelo 

cone de feltro devem desa p arecer com a escova 

pre t a.

Figura 16-11

o br i l h o  e da d o com  0 motor 

em a/ta rotac;:ao .

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Polimento final com escova branca e "bran co- d e-espanh a" (CaC0  3  )

o polimento final au a brilho e dado com escova de cerdas bran·

cas, finas, macias e delicadas e mistura de "branco-de-espanha" e

agua. 0 motor e ligado em alta rota<;:ao (n .D  2) e a dentadura lam bu·

zada com a mistura e apenas encostada as cerdas, portanto sem fazerpressao. Tomar cuidado para nao deixar escapar das maos, pais a

motor estara girando em alta velocidade (Fig. 16-11).

Obtido a brilho, lavamos a aparelho para remover qualquer re-

sidua do material abrasivo utilizado no polimento. Assim esta pronta

a dentadura para ser instalada.

1. ALTUBE, L. A. C. - Tecnica de pratesis -  Ed. Mundi. B. Aires. Argentina,p. 376.

2. SKINEER, E. W. & PHILLIPS, R. W. - A Ciencia dos Materiais Odonto/6gico s .

Trad. Degni, F. & Vieira, D. F. Ed. Atheneu, pp. 207-213, 1962.

3. TAMAKI, T. & TAMAKI, S. T. - Prat i cas de Laborat6rio  -  Dentaduras Com - 

p/etas . Saa Paulo, Sarvier, 1980.

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I n s t ala c ao d a s D e n ta d u ra s.

Antes de levar a aparelho a boca, examinamos com cuidado a

superffcie que ira entrar em contacto com a area chapeavel, e remo-

vemos qualquer aresta cortante ou excesso de resina que possam

ferir a mucosa.

Colocamos, em primeiro lugar, a dentadura superior e procura-

mas assenta-Ia no IOGal, com cuidado, para nao traumatizar 0 pa-

ciente. Conseguido 0 assentamento, fazemos uma compressao firme

para cima contra 0 alveolo, para eliminar 0 ar que ficou retido.

Ao ser eliminado, ele faz um chiado caracteristico que indica

sempre uma boa adapta<;ao. A seguir, pomos a dentadura inferior.obedecendo as mesmas precau<;oes (Fig. 17-1).

Figura 17-1

lnstalac;ao da dentadura.

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Figura 17-2

As pe ct o  f i sionomico obtido 

com  a dentadura .

Ap6s a instala<;ao dos aparelhos, pedimos ao paciente que fechea boca lentamente e realize movimentos com os labios e as boche-

chas para que as dentaduras se acomodem na posi<;ao natural. Es-

tando 0 paciente com os arcos dentais em oclusao e com os labios

em posi<;ao natural, procuramos observar a reconstitui<;ao fisiona-

mica. Examinamos 0 aspecto fisionamico colocando-nos de frente ao

paciente e, a seguir, de lado. Tres possibilidades podem ocorrer desse

exame: a primeira, quando 0 paciente se apresenta com a dimensao

vertical alta; a segunda, quando a dimensao vertical esta correta,

mas os labios estao projetados demais e, final mente, quando a di-

mensao vertical e a posi<;ao dos labios estao corretas. Nas duas

primeiras eventualidades devemos considerar as dentaduras como

imperfeitas e nao entrega-Ias para evitar reclama<;oes (Fig. 17-2).

Os pacientes que apresentam muita sensibilidade na regiao do

palato, logo ap6s a coloca<;ao do aparelho, reagem com ansia de va-

mito. Nesses pacientes, 0 limite posterior da dentadura superior

deve ficar mais curto. Assim, com uma pedra montada, desgastamos

ligeiramente a regiao do "postdamning", para eliminar esse mal-estar.

Outra rea<;ao que pode oearrer e a dor em determinada regiao.

Essa reclama<;ao deve ser atendida. Removemos 0 aparelho e exa·

minamos atentamente a regiao. Geralmente, a causa e um pequeno

excesso de resina que passou despercebido.

As provas funcionais no ato de instala<;ao compoem-se do teste

de reten<;ao e do teste de adapta<;ao.

o teste de reten<;ao. como 0 nome indica, e feito para verificar-

mos 0 grau de "fixa<;ao" da dentadura obtido no momenta da insta-

la<;ao. Conforme se  ja essa reten<;ao. podemos ou nao entregar 0

aparelho.

Os testes de reten<;ao contam com as seguintes opera<;oes: tra-<;aovertical, tra<;ao horizontal e tra<;ao de lateralidade. 0 teste de re-

ten<;ao vertical consiste em tracionar os incisivos. vertical mente: se

nessa opera<;ao a dentadura deslocar-se e porque 0 fecho periterico

da regiao gengivolabial esta deficiente.

o teste horizontal consiste em tracionar os incisivos para frente:

se a dentadura deslocar-se e porque 0 "postdamming" foi insuficente.

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o teste lateral faz-se tracionando firmemente as molares, para vesti-

bulares de ambos as ladas, alternativamente, para verificarmos a

travamento lateral.

As dentaduras, para serem consideradas satisfat6rias, devem

resistir a esses testes. Ouando a travamento vertical e insuficiente,

a aparelho se salta durante a conversa<;:ao; se ha falta de travamento

postero-anterior a a<;:ao de incisao fica comprometida e na falta de

travamentos laterais, a a<;:aode tritura<;:ao se reduz.

Enquanto na prova de reten<;:ao verificamos a a<;:aodo fecho pe-

riferico, na prova de estabilidade a objetivo e examinar 0 comporta-

menta da area chapeavel, em geral, quanta a adapta<;:ao. A falta de

adapta<;:ao da area chapeavel compromete tambem a reten<;:ao. A de-

ficiencia de reten<;:ao podera ser corrlgida par meio de resina da

autopolimeriza<;:ao, mas para a falta de adapta<;:ao nao ha conserto,

o aparelho e pois considerado insatisfatorio.

o ajuste oclusal consiste em constatar e depois promover a

equilibria das rela<;:6es de contacto entre as arcos em oclusao e em

articula<;:ao.

A verifica<;:ao da oclusao e feita por meio de "mordida", normal-

mente executada pelo paciente, colocando-se uma folha de papel-car-

bono entre os areas. Os aspectos das partes assinaladas podem ser

de forma circular e puntiforme. As cusp ides que imprimiram a forma

circular sao mais altas do que as puntiformes, pais aquelas chegaram

ate a perfurar a papel (Fig. 17-3).

o a juste oclusal. nessa fase do trabalho, e tambem feito por

meio de desgaste das partes mais baixas dos dentes como nos sul-

cas, fossas e bordas marginais, a fim de respeitar as cuspides, por-

que necessitamos delas para obter 0 balanceio. As marcas circulares

devem ser desgastadas primeiro e mais do que as outras.

Nos dentes anteriores, 0 ajuste e feito desgastando as faces

palatinas dos incisivos superiores respeitando as bordas incisais dos

inferiores.

Repetimos as opera<;:6es de ajustes ate obtermos um contacto

uniforme, durante a mordida.

A seguir, fazemos 0 ajuste em articula<;:ao: com 0 papel-carbono,

colocado entre os arcos, pedimos ao paciente para executar os mo-

vimentos de lateralidade e protrusao. Valem, nessa fase, as mesmas

observa<;:6es feitas ace rea das marcas deixadas pelo carbona; s6 ha

Figura 17-3

Marca dos  co ntactos em oc l usao .

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uma diferen<;a no desgaste: podemos agora reduzir a altura das

cuspides assinaladas. Ap6s 0 ajuste, os movimentos de lateralidade

e protrusao devem ser Iivres, sem travamento. Durante os movimen-

tos de lateralidade, 0 aparelho al8m de estar sem travamento, deve

ter tres pontos de contacto no minimo, urn na parte anterior; dois

posteriores, urn de cada lado.

Quando as dentaduras bimaxilares mantiverem tres pontos de

contacto entre os arcos, durante os movimentos de lateralidade ou

de protrusao, dizemos que elas tern balanceio. 0 balanceio 8 uma

condi<;ao necessaria para 0 born funcionamento das dentaduras, pois

ajuda a estabilidade.

Conseguido 0 ajuste oclusal, principal mente quando 0 paciente

esta recebendo a pr6tese peJa primeira vez, devemos exercita-Io napronuncia ensinando-Ihe a correta movimenta<;ao e localiza<;ao da

lingua e dos labios.

o exercicio fon8tico consta da pronuncia das seguintes palavras:

Santfssimo

Nada

Sapato

Dente

Dentadura

A ponta da lingua toca a parte superior dos incisivos encostan-do-se no V8U do palato.

Favor

Fava

Favela

Viva

o labia inferior atinge as extremidades dos incis.ivos.

Palavras com fonemas Iinguais (r, s, z, I):

Rosa Casa

Riqueza Carro

Asa Sol

A ponta da lingua alcan<;a a parte superior dos incisivos, por8m

a abertura da boca 8 maior e 0 sopro se escapa em maior quantidade.

Palavras com fonemas guturais (c, q, g):

t

A lingua vai a parte posterior do palato, recua e tende a inter-

ceptar 0 sopro no fundo do palato, na garganta.

Palavras com fonemas palatais (j, Ih, nh, x):

Jorge Senhora Olhar

Minha Mulher Xicara

A lingua eleva-se contra 0 palato e tende a encostar-se nele em

toda a sua largura.

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Depois do exercicio fonetico, 0 paciente e dispensado apos uma·

pequena instruc;ao sobre a maneira do usa, a higienizac;ao e a neces-

sidade de conservar 0 aparelho na boca etc.

Se 0 paciente esta recebendo, pela' primeira vez, 0 aparelho,

devemos recomendar-Ihe que nao tente mastigar alimentos duros ate

que se acostume. Esta recomendac;ao e para evitar que, ao morder,

realize movimentos falsos, provocando sobrecargas nos rebordos

podendo ferir a gengiva. Aconselhamos ainda, durante as refeic;6es,

colocar pequenas porc;6es de alimento na boca, mastigar com vagar

e tentar distribui-Ios para ambos os lados. Convem realizar apenas

movimentos de abertura e fechamento ate habituar-se completamente.

Quando estiver perfeitamente afeito ao aparelho, 0 proprio paciente

descobrira a maneira mais conveniente de mastigar.A higienizac;ao do aparelho deve ser feita com agua e sabonete

ou pasta dentifricia com auxflio de uma escova dental apos cad a re-

feic;ao, por vestibular e por lingual, eliminando qualquer residuo

al;mentar.

Quando 0 paciente se acostumar, integral mente, com as denta-

duras, aconselhamos naodormir com elas, retirando-as, para que a

mucosa se refac;a durante 0 sono.

o paciente devera voltar ao consultorio no dia seguinte ao da

instalac;ao para um controle. Essa operac;ao consiste em retirarmos

a dentadura e examinarmos, clinicamente, a area chapeavel para ve-

rificarmos se 0 aparelho nao provocou alguma escoriac;ao. Nos casos

em que a d elimitac;ao da area chapeavel foi criteriosa, havera pouco

transtorno e 0 trabalho de ajuste consiste, geralmente, em desgastar

levemente as regi6es dos recortes, aliviando os freios.

A retenc;ao da dentadura, normalmente, tende a diminuir nos pri-

meiros dias; porem, depois de tres dias, mais ou menos, tende a

aumentar voltando a ter a retenc;ao de quando foi instalada. Portanto,se 0 aparelho ficar nos primeiros dias com retenc;ao insuficiente, de-

veremos aguardar mais alguns dias para indicar 0 reembasamento,

porque a retenc;ao pode voltar a ser normal.

BIBLIOGRAFIAS

1. ALDROVANDI, C. - Dentaduras Comp/etas -   2.° vol., Ed. Cientffica, R.J.

pp. 337·340, 1956.

2. BECHARA, E. - Moderna Grama t ica Por  t uguesa . Ed. Nacional. Saa Paulo,

Brasil.

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R e e m b a s a m e n t o

Reembasamento e a reajustagem da base da dentadura por acres-

ci mo de uma nova quantidade de material.

Conforme a extensao do a juste, 0 reembasamento pode ser: total

ou parcial.

Reembasamento total e 0 reajustamento de toda a extensao da

area chapeavel e0

reembasamento parcial, como0

nome indica.e 0 reajustamento local.

Ate alguns anos atras, 0 reembasamento fazia parte normal da

confecc;ao da dentadura e tambem do aparelho parcial removfvel.

Assim, terminada a confecc;ao da dentadura ou do aparelho parcial

removfvel, eram sistematicamente reembasados.

Modernamente, os autores chegaram a conclusao de que, efe-tuando-se, sistematicamente ou nao, 0 reembasamento, nao havia

muita influencia no resultado final. Por isso, esse passo final foi

pouco a pouco sendo abandonado.

Atualmente, as indicac;oes do reembasamento saD reservadas

para os casos em que 0 aparelho nao responde aos testes de reten-

c;ao no momento da entrega ou ap6s algum tempo de uso.

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H a duas maneiras principais de processarmos 0 reembasamento

total: primeiro, aproveitando a pr6pria dentadura como moldeiraindividual, e a outra, usando apenas os dentes da dentadura. 0 pri-

meiro processo e indicado quanoo a defeito da pr6tese e relativo a

falta de reten~ao; a segundo, quando 0 aparelho apresenta, alem da

falta de reten~ao, tambem a falta de estabilidade, erro na dimensao

vertical au na articula~ao.

o material de moldagem indicado para a reembasamento, apro-

veitando a dentadura como moldeira, e a pasta zincoen61ica e a tec-

nica de moldagem deve ser com boca fechada, para respeitarmos a

oclusao.

Obtida a moldagem, testamos a reten~ao, a estabilidade e a oclu-sao. Se estiverem satisfat6rias, procedemos a confec~ao do modelo,

inclusao na mufla, condensa~ao da resina e assim por diante, se-

guindo a tecnica convencional.

No segundo caso, moldamos a boca desdentada, obedecendo a

tecnica convencional e obtemos um novo modelo funcional. Sobre

esse modelo funcional, baseado em alguns pontos de referencia,

adaptamos 0 arco dental da dentadura a reembasar livre das partes

gengivais vestibular e lingual. Os pontos de referencia significam

regi6es da dentadura que nao saD desgastadas, deixadas com a fina-

nalidade de possibilitar 0 assentamento do arco dental no novo mo-

delo funcional na sua posi<;ao exata. Esses pontos de referencias

devem localizar-se ao longo do arco dental, isto e, pelo menos um

ponto em cada lado posterior do arco e um ou dois na regiao ante-

rior. Com a cera rosa fixamos 0arco dental no modelo e depois com-

pletamos as partes gengival, vestibular e lingual que foram desgas-

tadas. Fazemos a escultura, inclufmos na mufJa e terminamos a pr6·

tese, normal mente.

Reembasamento parcial

o reembasamento parcial e feito utilizando resina acrflica ativa-

da quimicamente. Esse material e manipulado, e, ainda, na fase ini-

cia I de polimeriza~ao, e depositado na regiao a reembasar e levado

diretamente a boca do paciente. Se queremos reembasar a regiao do

f'postdarnning", a dentadura com 0 material e mantida sob compres-

sao, ocluindo com os arcos dentais em contacto, ate que se com-

plete a polimeriza~ao. Por outro lado, se e na regiao do selado peri-

ferico, realizamos os movimentos dessa regiao para obtermos a forma

do f6rnice, arredondada, lisa, sem sulcos, arestas ou irregularidades.

1. Glossary of prosthodontic terms - 2.' Ed. J . Prosth . Dent ., 10 (6): Nov.-

Dez., 1960.

2. REOCK,E. C. & GALE, S. M. - Full upper and lower denture rebasing under

masticatory pressure: J. Amer. Dent. Ass ., 28 (8): 1.320-1.324,Aug., 1941.

3. SKINNER, E. W. et al. - A ciencia dos materiais odonto/6gicos , 2.' ed., Brasil,

trad., Degni, F., Sao Paulo, p. 240, 1962.

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D e n t a d u ra s Im e d ia t a s - In t ro d u c a o.

Chama-se dentadura imediata, aquele aparelho total confeccio-

nado sobre 0 modelo obtido antes da extraGao completa e colocado

na boca logo ap6s a avulsao dos 6rgaos dentarios remanescentes.

Assim, as dentaduras imediatas diferem das comuns no que se

refere ao estado da area chapeavel, sobre a qual elas sao confeccio-

nadas, e tambem sobre os modelos assim obtidos. Quanto a maneira

da colocaGao, enquanto nas dentaduras comuns se esperam alguns

meses ap6s as extraGoes e se instalam as dentaduras sobre 0 re-

bordo alveolar ja completamente cicatrizado, as dentaduras imediatas

sao colocadas logo depois da extraGao dos dentes remanescentes e

sobre a ferida cirurgica. Em outras palavras. as dentaduras comuns

sao trabalhos eminentemente clfnico-proteticos, ao passo que as den-

taduras imediatas, cirurgico-prot~ticos.

As dentaduras imediatas nao constituem pratica moderna. pois

 ja eram conhecidas no fim do seculo passado. e nao se sabe quem

foi 0 primeiro a realizar tal trabalho. Segundo Benedetti. Rodrigues

em 1861. Atkinson em 1863, e Herbast. um pouco mais tarde. se preo-

cuparam com esta modalidade de trabalho protetico.

A primeira publicaGao acerca de dentaduras imediatas de que se

tem notfcia, segundo Wistrow. e de Scheff em 1893. A partir dessa

epoca. varios aiJtores tem tratado do assunto, como Fletcher. Dox-

tater. Kazajian e outros, mas, a nosso ver, as dentaduras imediatas

se tornaram exeqOiveis, tendo alcanGado exito somente depois de

Sears. que em 1923 introduziu 0 uso do guia cirurgico, na instalaGao

das dentaduras imediatas.

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Atualmente, grac;:as aos estudos de inumeros autores, de um

lado, e par outro lado ao aparecimento de novos materiais, como

resina incolor, resina de polimerizac;:ao. ativada quimicamente. ere·

sinas resilientes, a prMica de dentaduras imediatas tornou-se aces-

sivel a todos as dentistas.As dentaduras imediatas vieram resolver, segundo Aldrovandi,

um dos problemas -mais serios dos dentistas: aquele relacionado a

falta de cooperac;:ao dos pacientes, quando ha necessidade de ex-

trafrmos todos os dentes anteriores.

Tanto no homem como na mulher. geralmente se ia adiando a

intervenc;:ao, mais por causa da estetica do que do receio da extrac;:ao.

Ouando as casos chegavam ao extremo, os pacientes se sujeitavam

a intervenc;:ao, mas, geralmente, partiam em seguida para um retiro a

fim de se ocultarem dos conhecidos ou, entao, ficarem repousando

em casa, durante a fase de cicatrizac;:ao, interrompendo todas as ati-vidades profissionais e sociais.

Grac;:as as tecnicas modern as de confecc;:ao de dentaduras ime-

diatas. os pacientes estao isentos dessas amofinac;:oes. Pode-se con-

seguir, hoje, sem exagero. confeccionar uma dentadura artificial com

a posic;:ao, a forma, 0 tamanho e a cor dos dentes, tao semelhantes

quanta aos naturais do paciente. Uma vez colocada na boca essa

dentadura confeccionada, apos a extrac;:ao, dificilmente podera ser

reconhecida. Oaf a razao de 0 paciente nao necessitar mais de inter·

romper suas func;:oes e compromissos. Ate mesmo nos dias seguintes

aos da colocac;:ao da dentadura, a reac;:ao e quase sempre imperceptive!.So a fator estetico justificaria. perfeitamente, a confecc;:ao de

dentaduras imediatas. Ao lado dessa grande vantagem, elas mantem,

praticamente sem soluc;:ao de continuidade, a sistema alimentar que

e de importancia consideravel para a saude do paciente. Apos a insta·

<;;ao da protese. a paciente permanece, apenas as primeiras horas,

com os alimentos Ifquidos. voltando gradativamente aos alimentos

normais. Esse fa to nao se verifica quando 0 paciente extrai todos as

dentes, e nao recebe um trabalho provisorio. Ele esta sujeito a ingerir

os alimentos Ifquidos, par muitos dias. Temos observado que essa

rapida mudanc;:a, no sistema alimentar, geralmente provoca transtor-nos ffsicos no paciente, os quais se resumem em perda de peso, fra-

queza geral, as vezes, ate transtornos psfquicos ocasionando nervo-

sismo e estado de pessimismo.

Outra vantagem, segundo Fletcher, e relacionada com a ausen-

cia de dor pos-operatoria, quando se coloca uma dentadura imediata.

E um fato curioso que, a primeira vista, parece ate paradoxa!. Como

Gonseguimos adaptar perfeitamente na boca. eliminando a compres-

sac excessiva, a pr6tese protege a ferida cirurgica ao inves de

irrita-Ia.

ofato de uma dentadura imediata proteger satisfatoriamente a

terida, ao inves de irrita-Ia, talvez tenha despertado 0 interesse dos

cirurgioes europeus que, hoje, usam com exito uma placa protetora

de resina acrflica, apos as intervenc;:oes na abobada palatina.

Os autores sao de opiniao unanime em afirmar que 0 perigo de

hemorragia pos-operatoria. depois da colocac;:ao da dentadura ime-

diata, e muito menor do que em qualquer outro tipo de cirurgia da

boca. porque alem da sutura, ha a protec;:ao com dentadura que impede

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d d l f E d l d

a afirmacao dos tratadistas, mas e preciso instruir bem 0 paciente

no sentido de, nas primeiras horas que se seguem a colocacao da

dentadura, deixa-Ia no lugar sem provocar nenhum movimento de

remocao, seja com a l ingua ou seja com os dentes antagonistas.

Temos observado que nos casos de 0 paciente experimentar esseabuso, principal mente nas primeiras horas, quando ainda esta sob a

acao de anestesia, 0 aparelho atua sobre a ferlda como se fosse

uma ventosa, e desencadeia a hemorragia.

A cicatrizacao e mais rapida e uniforme nos pacientes que rece-

beram as dentaduras imediatas. Admite-se que os aparelhos, alem

de proteger as feridas contra as injurias Hsicas e qufmicas, of ere cern

urn estfmulo favoravel a regeneracao dos tecidos. Talvez devido aos

estfmulos favoraveis, a reabsorcao dos ossos alveoJares nos porta-

dores de dentaduras imediatas se processa menos e mais regular-

mente.

Uma das quest6es diHceis e contraditorias na confeccao de den-

taduras e aquela reiacionada com a determinacao da dimensao ver-

tical no desdentado total. Nas dentaduras imediatas, esse problema

nao existe na grande maioria dos casos, porque podemos aproveitar

a 9imensao natural do paciente. Mas ha casos em que a dimensao

vertical ja esta alterada por diversos motivos. Nesses casos, 0 pro-

fissional e obrigado a abandonar a dimensao vertical do paciente e

estabelecer uma propria para 0 caso, por uma das diversas tecnicas

que existem, ou por conjuncao das mesmas, como veremos mais

adiante.

Precisamos acrescentar que a opera<;ao de reconstituicao da di-mensao perdida e bem mais facil, aqui, do que nos casos de denta-

duras completas, visto que os dentes remanescentes prestam para

pontos de referencia. Nos pacientes em que podemos aproveitar a

dimensao vertical, depois da coloca<;ao do aparelho, nao se nota a

atrofia da musculatura mfmica, e, ainda, assegura a fisionomia natural.

Outra posi<;ao da mandfbula de suma importancia e diHcil de ser

estabelecida na confec<;ao de uma dentadura comum completa e a

relacao central. A dentadura imediata leva vantagem, ainda nesse

particular, porque, geralmente, ao inves de se trabalhar com a rela<;ao

central, pode-se perfeitamente optar pela oclusao central, orientan-

do-se nos dentes remanescentes.

Finalmente, os pacientes acostumam-se muito mais rapidamente

com 0 aparelho protetico imediato do que com aquele colocado algum

tempo depois. A expl.icacao desse fato e simples: quando 0 paciente

permanece desdentado por algum tempo, os musculos que circuns-

crevem a boca, inclusive a lingua, saD solicitados para auxiliar a fona-

cao e desempenhar a fun<;ao mastigatoria. Todos esses movimentos

for<;ados e anorma}s obrigam 0 indivfduo a criar habitos e condic6es

tais que motivam a intolerancia de qualquer corpo estranho na boca.

Daf, a dentadura, uma vez instalada, funcionar como corpo estranho,

sem se integrar no conjunto complexo que e 0 orgao de mastigacaoe fonacao. Na protese imediata, verifica-se desde 0 infcio uma inte-

gracao no conjunto. Talvez esse fato se explique devido ao paciente

preocupar-se mais com a ferida do que com 0 aparelho, nas primeiras

horas, que e a fase critica. Quando ele voltar a sentir a dentadura na

boca, quase sempre a fase crftica ja esta ultrapassada.

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Os auto res costumam citar algumas desvantagens das dentadu-

ras imediatas, mas, como iremos ver, saD todas de ordem secundaria,

e, em relac;ao as vantagens, tornam-se insignificantes.

Assim, na opiniao de Saizar, por mais perfeita que seja a adap-

tac;ao da dentadura imediata na boca, apos algum tempo poderao

surgir escoriac;oes da fibromucosa, 0 que obriga 0 paciente a voltar

ao consultorio mais vezes. Alias, esse inconveniente e de minima

importfmcia, uma vez que, ate mesmo nos casos de dentaduras co-

muns, ha necessidade de se proceder aos retoques do aparelho pro-

tetico, principal mente nos primeiros dias de uso. Por outro lado, a

tecnica da confecc;ao de dentaduras imediatas nao e facil, e requer

nao so conhecimentos, como, tambem, bastante habilidade por parte

do profissional. Contudo, esses conhecimentos e essa habilidade

estao ao alcance dos que verdadeiramente se interessam por esse

tipo de trabalho cirurgico-protetico.

o exame clinico do paciente, para dentaduras imediatas, deve ser

o mais completo possivel, e os dados obtidos devem ser anotados

cuidadosamente na ficha clinica, para alcanc;armos bom resultado. 0

modus operandi  difere da rotina dos exames de pacientes para as

dentaduras comuns. Como 0 trabalho por executar e de natureza

cirurgico-protetica, 0 profissional, antes de tudo, deve dominar as

duas especialidades, para poder realizar 0 exame sob 0 prisma prote-

tico e tambem cirurgico.

Ha quem ache que essa modalidade de trabalho deve ser feita

sempre por dois especialistas; um protesista e um cirurgiao. 0 prj-

meiro, encarrega-se da confecc;ao de dentaduras, e 0 outro executa a

parte cirurgica e instalac;ao do aparelho na boca. Nesse caso, 0 pa-

ciente deve ser examinado pelos dois especialistas, e, antes de ini-

. ciarem 0 trabalho, ambos deverao estar de acordo no que se refere

ao plano de tratamento.

o exame clinico do paciente, para a protese imediata, pode ser

dividido em exames geral e local.o exame geral tem muito mais importancia do que parece, a pri-

meira vista, porque, antes de iniciarmos 0 nosso trabalho, devemos

conhecer perfeitamente 0 paciente para podermos indicar ou contra-

-indicar 0 trabalho.

No exame geral. voltamos nossa atenc;ao para 0 lado fisiologico

e psiquico do paciente. Assim, no exame fisiologico, vamos verificar,

de inicio, se 0 paciente apresenta aspecto saudavel, porque, como

veremos mais adiante, nunca devemos indicar uma dentadura ime-

diata para uma pessoa doentia. Outras informac;oes uteis que preci-

samos obter do paciente at r aves de anamnese saD as seguintes:a) se e diabetico;

b) se sofre de alguma disfunc;ao cardiaca;

c) se e hemofilico;

d) se houve hemorragia apos as extrac;oes de dentes, anterior-

mente.

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Se 0 paciente confirmar, ou se suspeitarmos de alguma dessas

doenc;:as, deveremos encaminha-Io para urn especialista, antes de ini-

ciarmos 0 nosso trabalho.

Fox classifica psiquicamente os pacientes desdentados comple-

tos em quatro classes: receptivo, ceptico. histerico e indiferente. Para

a confecc;:ao de protese imediata costumamos classificar os pacientes

em duas categorias: pacientes que cooperam e os que nao cooperam.

Entre os que cooperam, estao aqueles que concordam plenamente com

o nosso plano, ou aqueles que, embora amedrontados. nervosos e

que, de certo modo, se opuseram de inicio a natureza do trabalho.

mas querem submeter-se ao tratamento, confiando inteiramente em

nosso servic;:o profissional.

Com 0 procedimento inteligentemente orientado, no sentido de

captar a simpatia. podemos transformar essas pessoas nervosas ou

ate mesmo assustadas em bons pacientes. Uma vez conquistada a

simpatia dessas pessoas estara assegurada a confianc;:a e, a seguir,a cooperac;:ao necessaria para executar 0 trabalho.

as pacientes do grupo que nao cooperam sao, felizmente, em por-

centagem pequena, constituindo-se, geralmente. de indivfduos, cujas

ocupac;:oes sociais nao exigem urn trabalho imediato; sao o s que nao

querem confiar no profissional; doentes mentais e histericos de toda

natureza. Como veremos adiante, as dentaduras imediatas para esses

pacientes tern urn prognostico duvidoso, portanto estao contra-in-

dicadas.

as exames da boca para as dentaduras imediatas devem ser

meticulosos, e os dados devem ser cuidadosamente anotados na fi-

cha especializada. A tomada de radiografia de toda boca e a obtenc;:ao

de modelos de estudos sao indispensaveis para completar os exames

(Fig. 19-1). A nosso ver, urn exame da boca deve constar dos se-

guintes topicos:

a) exame dos dentes remanescentes;

b) exarne das areas chapeaveis;

c) exame de rela9ao intermaxilar.

Figura 19-1

Mode l o de estudo .

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No exame dos dentes, vamos verificar 0 numero destes existen-

tes na arcada e, em seguida, examinar com cuidado 0estado de cada

um deles, na por<;ao coromiria como na por<;ao radicular.

Na por<;ao coromlria vamos examinar, com 0 explorador, dente por

dente: se apresentam alguma carie, obtura<;oes ou pe<;as proteticas;se houver, observar se esta perfeito; anotar tambem a forma, a cor

e 0 tamanho dos dentes antero-superiores.

No exame da por<;ao radicular, 0 estado doperiodonto e tambem

da regiao periapical dos dentes remanescentes e feito atraves das

radiografias.

Todos esses exames· san para saber, entre os dentes remanes-

centes, real mente quantos aproveitaveis existem. Alem disso, a re-

la<;ao que estes guardam com os seus dentes antagonistas em oclu-

san central.

Associar os fatores: numero, a posi<;ao e a oclusao dos dentes

aproveitaveis com a vontade e possibilidade financeira do paciente

para ver se podemos evitar uma dentadura e indicar, no lugar, um

aparelho de .eficiencia mastigat6ria maior. Hoje, com os meios tecni-

cos e materiais que dispomos podemos resolver a grande maioria

desses casos condenados a dentadura ate pouco, por meio de uma

reabilita<;ao oclusal. Dai considerarmos muito importante essa fase

do exame.

Devemos examinar bem 0 estado da gengiva nas partes anterior

e superior, porque essa regiao influi na estetica da dentadura.Anotar na ficha clinica 0 estado atual do rebordo alveolar e da

mucosa gengival. Se 0 rebordo e alto e 0 paciente deixa-o muito a

mostra, como veremos mais adiante, nesse caso precisamos restabe-

lecer a altura normal da parte gengival da dentadura a ser confec-

cionada para satisfazer a estetica.

Podemos adiantar que, quando 0 rebordo alveolar e alto e a gen-

giva fica exposta de forma exagerada, a estetica fica comprometida.

Se procurarmos ocultar a parte gengival, os dentes ficarao gran-

des demais e se escolhermos os dentes mais adequados, e a parte

gengival da pr6tese que ficara exposta demais.

No exame da area chapeavel, se 0 caso e desdentado parcial,

vamos verificar a colora<;ao da gengiva e a consistencia da mucosa .

. Estenderemos 0 exame as zonas de fecho periferico, para observar

a tonicidade e a altura dos freios e das inser<;ao laterais, a fim de

anotar tudo de anormal ou que venha atuar contra a estabilidade do

futuro aparelho.

Uma vez examinadas as duas arcadas, separadamente, vamos

examinar agora as duas em conjunto. Os modelos de estudo facilitam

muito essa tarefa. Devemos examinar se a tuberosidade nao toca na

papila piriforme, na posi<;ao de oclusao. Sabemos que, quando 0 pa-

ciente ficar por muito tempo desdentado nas por<;oes posterior e

inferior, sem coloca<;ao de dentes artificiais, havera mudan<;a na an-

gulagem dos ramos da mandibula, e a tuberosidade se aproxima da

papila (Fig. 19-2).

Quando a tuberosidade esta em contacto com a papila, devemos

examinar, radiograficamente, essa regiao: se 0 seio maxilar permi~e

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Figura 19-2

Modelo de estudo  em oclusao.

fica do seio maxilar estiver longe da superflcie livre da tuberosidade.

entao corrigiremos cirurgicamente e. se estiver perto. isto e, encos-

tado a superflcie. entao contornaremos a situal;ao.. aumentando a

dimensao vertical. embora comprometa a estetica.

Sob 0 ponto de vista da pr6tese, existem tres posil;:oes d.o labio

superior: labia alto ou arqueado. normal e baixo ou caido. Devemos

verificar com cuidado a qual tipo pertence 0 labio do paciente em

repouso e assina~ar a lapis a altura do mesmo no modelo de estudo.

Em seguida, determinamos a posil;:ao do labio em sorriso forl;:ado e

novamente marcamos no modelo. Esses dois tral;:os horizontais orien-tam nao s6 a geterminal;:ao do comprimento dos dentes artificiais

como tanibem ii alveolotomia.

As questoes da dimensao vertical de oclusao e da oclusao cen-

tral san de suma importancia, principal mente, tratando-se de um exa-

me de paciente desdentado parcial onde os dentes remanescentes

estao quase todos condenados a extral;:ao. A dimensao vertical de

oclusao e oclusao central estao diretamente condicionadas a presen-

l;:a de dentes, dai a razao da necessidade do estudo cuidadoso. 0 que

se verifica comumente e a alteral;:ao da dimensao vertical de oclusao

por falta de dentes posteriores e de oclusao central devido a mi-

gral;:ao de dentes remanescentes. Essas alteral;:oes, se houver, devem

ser medidas e anotadas na ficha e nos modelos de estudo para serem

corrigidas durante a execul;:ao do trabalho.

INDICAC,lO E CONTRA-INDICA(:,lO

A maioria dos autores estao de acordo quanta a questao da indi-

cal;:ao e contra-indical;:ao das dentaduras imediatas. Assim, elas estao

indicadas para pessoas normais f1sica e psiquicamente e em boas

condil;:oes gerais de saude.

Antes de indicarmos a dentadura imediata, deveremos, mais umavez, estudar os dados obtidos em exame clinico, conjuntamente com

os modelos de estudo, radiografias, vontade e possibilidades do pa-

ciente, para ver se nao ha maneira de evitar aparelhos totais. Somos

da opiniao de que, podendo evitar a dentadura, deveremos proceder

sempre ,assim porque, alem de evitar uma serie de aborrecimentos

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para 0 pacieme, estaremos contribuindo para a odontologia conser-

vadora.

Oueremos deixar claro 0 nosso ponto de vista acrescentando 0

seguinte: aconselhamos evitar 0 maximo a indica<;:ao de aparelhos

totais, mas tambem somos de opiniao de que e preferivel para a

saude do paciente indicar uma dentadura ja, do que adiar para mais

alguns meses a extra<;:ao de dentes condenados por infec<;:oes peria-

picais ou periodontais, para serem aproveitados como elementos de

suportes de aparelhos parciais.

Por outro lado, nos casos em que podemos indicar mais de um

tipo de aparelho, aconselhamos optar sempre pelo mais simples,

mais benefico a saude do orgao mastigatorio e de menor custo.

As dentaduras imediatas devem ser contra-indicadas para os

doentes mentais e tambem para todos os tipos de histericos por

impraticabilidade do trabalho, devido a incompreensao e falta de

coopera<;:ao. Ouando a rea<;:aodo organismo e baixa como acontececom as pessoas de idade avan<;:adae com os pacientes de saude geral

debilitada, costumam-se evitar as proteses imediatas. Na nossa opi-

niao, essa contra-indica<;:ao e relativa porque, se a falta de rea<;:aodo

organismo estiver condicionada a disfun<;:ao do aparelho digestivo

e esta, com 0 orgao de mastiga<;:ao, somos obrigados a restaurar a

oclusao, inclusive por meio de dentaduras imediatas, que e a tera-

peutica indicada para 0 caso.

Se 0 paciente apresentar qualquer defeito congenito ou adquiri-

do na area chapeavel que possa influir na reten<;:ao e estabilidade do

aparelho, preferimos semprecontra-indicar a dentadura imediata. a

nao ser que 0 interessado fa<;:aquestao, prontificando-se a cooperar

em todos os sentidos conosco, compreendendo as dificuldades que

vamos enfrentar.

As pessoas que pertencem a classe de indiferentes, nunca se

deve indicar um tipo de aparelho protetico em questao, porque re-

quer muita paciencia e na primeira dificuldade desanimam e desis-

tem do tratamento.

o preparo do paciente para dentaduras imediatas deve estar con-

dicionado a uma pequena interven<;:ao cirurgica e um preparo psiquico,

a fim de receber uma protese total.

No que se refere ao preparo pre-operatorio, estudaremos os pro-

blemas ligados a hemorragia e a hemostasia, ao tempo de sangria

e coagula<;:ao.

Hemorragia

Segundo Houssay, hemorragia e a saida do sangue dos vasos

para 0 exterior (hemorragia external ou para dentro do organismo

(hemorragia internal. Assim a hemorragia, de um modo geral, pode

ser interna e externa. A interna, quando ha extravasamento do sanguedentro do organismo, e, conforme sua intensidade, recebe 0 nome

de purpura, equimose e hematoma. A externa quando ha extrava-

mento para fora e, segundo 0 local, pode ser, otorragia, rinorragia.

hemoptise etc.

A hemorragia, segundo sua origem, pode ser arterial, venosa e

capilar. A hemorragia arterial se caracteriza pelo jorro intermitente

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do sangue de cor vermelho vivo, a hemorragia venosa se caracteriza

pela safda de sangue de cor vermelho-escuro continuamente. e a he-

morragia capilar difere das primeiras par ser difusa.

A hemorragia, segundo a causa. distingue-se em espontanea.

acidental e cirurgica.

Hemostasia

A hemostasia e combate a hemorragia. EJa pode ser natural au

espontanea e artificial.

A hemostasia natural au espontanea se resume no seguinte fe-

n6meno: a extremidade lesada do vasa se estreita. devido a a<;:ao

vasoconstritora do sistema neurovegetativo. Par outro Jado. as pia-

quetas tamponam a abertura, precipitando as fibrinas sabre a ferida,

que e formadora do coagula.

A hemostasia artificial pode ser cirurgica e medicamentosa.

Os meios cirurgicos mais frequentemente usados Para sustar a

hemorragia s130a conten<;:13oe a sutura.

A conten<;:13oconsiste em comprimir as tecidos do local da he-

morragia.

A sutura mais indicada no caso e a chamada sutura em massa,

isto e , a sutura que abrange todos as tecidos da ferida.

Os medicamentos hemostaticos mais empregados s13o: coagule-

no. cloreto au gluconato de calcio. botropase. sora, vitamina K etc.

Esses medicamentos podem ser us ados tanto para as casas de

hemorragia como tambem para as de tratamento pre-operat6rio.

Nos casas de tratamento pre-operat6rio, podemos ministrar coa-

guleno diariamente, durante as tres dias que precedem a opera<;:13o.

A administra<;:13o da vitamina K so deve ser feita na ausencia

desta no organismo. A fun<;:13oda vitamina K. no organismo. e a for-

ma<;:13ode protrombina. Normalmente, a vitamina K provem da ali-

menta<;:13oe das atividades bacterianas.

A vitamina K e absorvida nas paredes intestinais e e levada ao

ffgado e af transformada em protrombina na presen<;:a da bflis.

o fen6meno da coagula<;:ao sangufnea e complexo, mas ja estamais au menos esclarecido.

o sangue circulante n130se coagula. devido a heparina. A hepa-

rina. libertada pelo ffgado. inativa a protrombina que desencadeia a

processo de coagula<;:13o.Mas. uma vez a sangue extravasado. a pla-

queta se desintegra em maior parte. libertando a fermento trombo-

plastin.a que tem a propriedade de ativar a protrombina.

A protrombina e uma coenzima libertada pelo ffgado, sob a a<;:13o

catalisadora da vitamina K. incorporada no alimento.

A protrombina ativada pelo fans de calcio se transforma em trom-

bina. A trombina e um fermento ativo que atua sabre a fibrinogenopara se transformar em fibrina que e a formadora do coagula.

Tempo de sangria

Nos indivfduos normais, a tempo de sangria varia de 1 a 5 minu-

tos. 0 exame de tempo de sangria e muito simples; podemos perfei·

tamente realiza-Io no consultorio dentario.

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Tomamos uma agulha ou lanceta automatica esterilizada, pica-

mos a polpa do dedo ou 0 lobulo da orelha; marcamos 0 tempo no

rel6gio. Pass ado 1 minuto, esprememos a ponta do dedo ou lobulo,

de urn em urn minuto ate que nao haja mais 0 extravasamento do

sangue.Nesse momento, observamos 0 tempo decorrido desde a

lancetagem. Se esse intervalo de tempo decorrido for mais do que

5 minutos, nao estara contra-indicada a dentadura imediata, mas antes

devemos mandar fazer 0 tratamento especializado, para evitar que

o paciente no ato da instalac;:ao da dentadura perca muito sangue ou

que ocorra a hemorragia pos-operat6ria que e tao comum nesse tipo

de paciente.

Tempo de coagulac;ao

Nas pessoas normais, 0 tempo de coagulac;:ao varia de 6 a 10

minutos. Esse exame tambem e muito facil. Fazem-se normal mente,ao mesmo tempo, os exames do tempo de coagulac;:ao e sangria. Pi-

camos a ponta do dedo e desprezamos a primeira gota: colocamos

numa lamina de vidro a segunda gota de sangue e deixamos em re-

pouso, durante 5 minutos.

Passados os primeiros 5 minutos, de urn em urn minuto, com

urn estilete, tocamos na gota para verificar se houve a formac;:ao de

fibrina. A fibrina aparece sob a forma de fios delgados. Quando no-

tarmos a presenc;:a de fios, contaremos os minutos decorridos a partir

do momenta em que a gota de sangue foi depositada sobre a lamina.

Outro metoda tambem muito usado para determinar 0 tempo decoagulac;:ao e com 0 tubo de vidro capilar. Encostando-se 0 tubo capi-

lar na segunda gota de sangue e por ac;:aocapilar 0 tuba sera ime-

diatamente preenchido. Passados 5 minutos, comec;:amos a quebrar

o tuba com intervalo de urn minuto ate 0 aparecimento de fibrina.

Quando 0 tempo de coagulac;:ao for maior do que 10 minutos.

deveremos trata~ 0 paciente antes de iniciarmos 0 trabalho.

Hemorragia p6s-operat6ria

Apesar de termos tornado os devidos cuidados, as vezes, ha

cas os de hemorragia p6s-operatoria, logo ap6s a intervenc;:ao ou de-pois de algumas horas. Assim, a hemorragia p6s-operat6ria pode ser

imediata e mediata.

o tratamento consiste em: tratamento local e tratamento geral.

Para 0 tratamento local, empregamos a compressao, 0 tamponamento

e a sutura, E para 0 tratamento geral ministramos os hemostaticos.

Descrevemos separadamente, mas na pratica sempre empregamos

os dois metodos conjugados.

A hemorragia mediata ou secundaria ocorre depois de passados

alguns dias. 0 tratamento e igual ao do caso anterior.

Preparo psiquico previa

Quando 0 paciente e do grupo receptivo pouco trabalho tera 0

profissional nesse particular, porque, como ja t ivemos ocasiao de

ver, 0 paciente tern capacidade suficiente para escolher a conduta

que se deve tomar. Cabe ao profissional, geralmente, responder al-

gumas perguntas de esclarecimento, formuladas pelos pacientes.

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Infelizmente, 0 mesmo nao ocorre com os indivlduos do grupo

ceptico. Aqui 0 profissional e crivado de perguntasquase sempre

sem nexo ou sobre a mesma coisa repetidas vezes; Ha explica9ao

para isso: e a confusao mental gerada por medos: 0 medo da dor

durante 0 tratamento; 0 me do de perder a aparencia natural e 0 medode nao conseguir se acostumar com a dentadura.

a preparo pSlquico previa do paciente consiste, a nosso ver, em

ajudar a analisar ascausas do made que por si s6 nao consegue, por

falta de conhecimento ou cultura. Para isso 0 profissional deve apro-

veitar as perguntas e explica-Ias de modo 0 mais simples posslvel

e demonstrar os meios de que dispomos para resolver esses proble-

mas. Procurar sempre salientar a importancia do tratamento, fazendo

sentir a necessidade da sua coopera9ao para corresponder ao es-

for90 e a boa vontade do profissional.

as pacientes do grupo ceptico ficarao tranquilos, e compreen-slveis, assim que se inteirarem da natureza do tratamento, e prin-

cipalmente sabendo que 0 profissional fara tudo para resolver 0 caso

da melhor maneira posslvel.

Aos pacientes dos grupos histericos e indiferentes, as dehtadu-

ras imediatas estao contra-indicadas.

Registro pre-operatorio

Chegando a conclusao de que uma dentadura e inevitavel, vamos

entao procurar resolver 0 caso do melhor modo posslvel, nao s6mecanica e esteticamente, como tambem do ponto de vista do con-

forto do paciente.

Na confec9ao de dentaduras imediatas, como em demais traba-

Ihos proteticos, uma das preocupa90es mais serias do profissional e,

sem duvida. de ocultar 0 artificialismo, imitando ao maximo a denta-

dura natural. Para isso, devemos colher 0 maior numero posslvel de

dados relacionados ao trabalho e anotar na ficha e nos model os de

estudosantes da extra9ao dos dentes, para servir de guia durante a

confec9ao do aparelho.

Gieler recomenda a anota9ao da dimensao vertical de oclusao

e tomada de modelos dos arcos, para 0 estudo da forma, cor e do

tamanho dos incisivos centrais superiores.

Um detalhe muito importante que devemos registrar e a oclusao

central. Como nas dentaduras imediatas trabalhamos com a oclusao

ao inves de rela9ao, dal a necessidade do conhecimento dessa po-

si9ao.

as modelos de estudos de ambas as arcadas devem ser mol-

dados com alginato e vazados em gesso. Ja nos referimos, no capi-

tulo anterior,a

importancia dos modelos de estudo nos exames daboca.

Silverman recomenda registrar nos modelos os trespasses hori-

zontal e vertical, bem como 0 trespasse durante a pronuncia das

palavras sibil antes.

as model os de estudo devem ser arquivados para serem consul-

tados em caso de duvida, durante a confec9ao da dentadura.

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Quanto a forma dos incisivos centra is superiores, sabemos que

se apresenta sob tres tipos fundamentais: quadrado, triangular e

ov6ide. A forma do incisivo central superior de um indivfduo, segundo

os autores, coincide com a forma do rosto e tambem com a da arcada

superior. Portanto. nocaso de diffcil reconhecimento da forma devidoa destruir;:ao parcial ou pela substituir;:ao por per;:a protetica inade-

quada, podemos nos guiar pela forma do rosto do paciente.

Na anotar;:ao da cor dos dentes. ha um detalhe muito importan-

te: ela deve ser sempre obtida de acordo com a cor dos dentes que

vao permanecer na boca. e nunca com aqueles que vao ser extrafdos.

Preparo preliminar da boca

Quanto a necessidade do preparo previa da boca para a inser<;ao

das dentaduras imediatas, varia conforme os autores. Windeker e

outros preferem extrair todos os dentes remanescentes de uma s6vez, na ocasiao da colocar;:ao do aparelho protetico, ao passo que,

para um segundo grupo, como por exemplo Leathers aconselha ex-

trair os dentes posteriores com seis semanas de antecedencia, dei-

xando os anteriores para serem removidos na ocasiao da instalar;:ao

da dentadura.

Somos tambem da opiniao de que se deve fazer 0 tratamento

previo. Durante a fase da cicatrizar;:ao da regiao dos dentes pos-

teriores, que leva mais ou menos quatro semanas, os dentes ante-

riores de canino a canino asseguram a estetica, a dimensao vertical,

a oclusao central e a fonar;:ao. As cirurgias pre-proteticas, tais como:redur;:ao de tuberosidade, remor;:ao de espfcula 6ssea, raiz residual

etc., havendo necessidade, devem ser feitas nesse momento. Dei-

xando-se somente os dentes anteriores para serem extrafdos no dia

da colocar;:ao da dentadura. 0 paciente sofre menos devido a menor

extensao da ferida e, consequentemente, 0 ato operat6rio tambem

sera curto. Por outro lado, adaptar;:ao do aparelho e sempre maior,

porque se ap6ia nas partes posteriores ja cicatrizadas.

Assim, extrafdos os dentes posteriores remanescentes, e, se

algum dos dentes anteriores apresentar infecr;:ao periapical como

grande area de destruir;:ao 6ssea, cisto, por exemplo. procedemostambem a sua avulsao. Essa conduta tem dupla finalidade: 0 paciente

fica desde logo livre da infecr;:ao e, por outro lado, evita-se a perda

do aparelho terminado, porque nao se pode preyer no modelo 0 volu-

me de tecido a ser removido na ocasiao dessa intervenr;:ao cirurgica

(Fig. 19-3).

o preparo previo da boca para dentaduras imediatas estende-se

aos dentes da arcada antagonista, que devem estar restaurados e em

condir;:oes de poder articular e balancear perfeitamente.

Nos casos de dentadura imediata dupla, tudo quanto se relacio-

na com0

preparo da boca, moldagens etc., e iguala

de uma simples,e deve ser trabalhada em ambas as arcadas simultaneamente.

Na colocar;:ao ha quem instale as duas dentaduras no mesmo

dia, intervindo em ambas as arcadas. Achamos que e melhor faze-Io

em duas etapas; colocar uma primeiro e aguardar alguns dias para

instalar a outra. Neste caso, deixamos sempre a arcada que tiver

maior numero de dentes para depois, a fim de poder ocluir e ajudar

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Figura 19-3

Mode/os anatomicos .

a manter a dentadura no lugar. Em caso de ambas as arcadas terem

a mesma quantidade de dentes remanescentes, entao colocaremos a

superior primeiro porque esta possui, geralmente, maior estabilidade

e reten9ao do que a inferior.Em caso de 0 paciente ser portador de uma ponte fixa extensa,

preferimos remove-I a antes da moldagem, porque 0 material, pene-

trando embaixo dos p6nticos, nao so oferece dificuldade na rem09aO,

como tambem frequentemente se fratura e vem infJuir na exatidao

do mol de. Se a ponte for anterior, preparamos uma protese parcial

removivel provisoria com grampos de fio de a90 inoxidavel, espe-

cialmente para fim estetico.

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Dentaduras I m ed ia tas - m oldag ens

Como para as dentaduras comuns, vamos tambem realizar duas

moldagens: a moldagem preliminar que e feita com 0 alginato, e a

definitiva com a pasta zincoen61ica e alginato.

A moldagem preliminar ou anat6mica normalmente e realizada

tres a quatro semanas ap6s a ultima extrac;ao, ou conforme a cica-

trizaC;ao, antes desse tempo.

A seleC;ao da moldeira de estoque para alginato no maxilar su-perior obedece ' a seguinte norma: introduzir a moldeira na boca do

paciente e fazer coincidir a borda posterior da moldeira com 0 limite

posterior da area chapeavel; manter esse contacto e, fazendo rota-

C;ao,cobrir a parte anterior do arco. A moldeira deve cobrir a area

chapeavel total mente e guardar urn espac;o de 0,5cm no minimo entre

a parede da moldeira e 0 rebordo alveolar em toda a extensao (Fig.

20-1).

No arco inferior, 0 procedimento e urn pouco diferente: introdu-

zir a moldeira; ajustar a parte anterior e em seguida, com 0 movi-

ment.o de rotac;ao, adaptar a parte posterior dos dois lados simulta-

neamente, e 0 paciente deve levantar ligeiramente a lingua para

facilitar a operaC;ao. A moldeira que ajustar folgadamente em toda a

extensao do arco e cobrir as regi6es dos terceiros mol ares pode ser

considerada tndicada para -0 caso.

Em casos de nao encontrar uma moldeira adequada, devido ao

tamanho anormal do maxilar ou da mandibula, devemos transformar

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Figura :W -1

Moldeiras superio r  e

inferior para a l g i nato .

a que mais se ajustar, por meio de godiva ou de cera, aumentando nocomprimento, na profundidade ou ainda na largura para satisfazer a

exigencia que se faz em rela<;ao a moldeira (Fig. 20-2).

Figura 20-2

Moldeira superior 

aumentada com cera .

Uma vez escolhida a moldeira, a moldagem anat6mica do ma-

xilar superior e feita da seguinte maneira:

a) manipular 0 alginato e carregar a moldeira;

b) introduzir na boca e centralizar segurando-se no cabo;

c) passar para tdis do paciente e abaixar a cadeira;

d) apoiar com os dedos indicadores e medios as regioes dos

pre-mol ares da moldeira e iniciar uma compressao leve, continua e

uniforme em toda a extensao da moldeira ate obter um aprofunda-

mento desejado.

A moldeira devera ser mantida nessa posi<;ao imovel, sem com-pressao, ate 0 inicio da geleifica<;ao do alginato. Assim que 0 algi-

nato entrar na fase de geleifica<;ao, segurar a moldeira apoiando-se

na parte central, realizar as tra<;oes dos labios e das bocheehas va-

rias vezes ate a geleifiea<;ao completa do alginato para ser removida

(Fig. 20-3).

Para a moldagem anat6mica do area dental inferior aconselha-

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i t b ld i l i t d id t

Figura 20-3

MO  / de do areo superior 

eom algmato ,

comprimida, leve e uniformemente, com as dedos media e indicador

colocados sabre a rebordo da moldeira. 0 paciente devera fechar a

boca lentamente e, ao mesmo tempo, levantar a lingua ligeiramente.

A moldeira devera permanecer im6vel alguns minutos sem compres-

sao ate a geleifica<;:ao campI eta do alginato.

Os moldes devem ser lavados em agua corrente e imediatamente

vazados em gesso-pedra para a obten<;:ao dos model as preliminares

(Fig. 20-4).

Figura 20-4

Mod e lo an  a t6m i eo superior .

Obtidos as modelos anat6micos vamos a delimita<;:ao da area

chapeavel a fim de orientar a extensao da moldeira individual.

Inicialmente assinalamos, a lapis, todas as inser<;:oes e as freios,

contornando a forma apresentada no modelo.

No maxilar superior, tanto na parte labial como nas regioes dosmolares, a limite da area .chapeavel fica na vertente vestibular, 3 a

4mm da linha de inser<;:ao da fibromucosa movel. A delimita<;:ao pos-

terior e dad a pelo confinamento dos palatos mole e duro (Fig. 20-5).

A delimita<;:ao da area chapeavel da mandfbula e feita obedecen-

do-se as seguintes referencias anat6micas: na regiao dos molares,

na parte vestibular, pela linha oblfqua externa; no lado lingual, pela

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Figura 20-5

 , Delimitar;ao da area chapeavel.

Figura 20-6

  Delimitar;ao da area chapeavel.

linha oblfqua interna; na parte posterior 2/3 da papila piriforme; na

porc;:ao anterior do lade vestibular orienta-se da mesma forma que

no superior, e do lado lingual delimita-se pela altura do soalho da

boca (Fig. 20-6).

As moldeiras individuais para dentaduras imediatas sac confec-

cionadas em resina acrilica de autopolimerizac;:ao.

o processo de confecc;:ao e 0 seguinte: delimitar a area chapea-

vel e eliminar todas as partes retentivas com a cera fundida, inclu-

sive dos dentes remanescentes dando uma forma expulsiva. Ap6s 0

alfvio, a area chapeavel e pintada com isolante de resina. Aplicamos

imediatamente sobre 0 modele a resina preparada ja na fase arenosa.

com espatula, em toda a extensao. Assim, a resina forma uma pelf-

cula cobrindo e adaptando-se perfeitamente ao modelo. A seguir co-

loca-se mais uma camada sobre a primeira e depois outra, assim ate

conseguir uma espessura ideal para a moldeira. Nessa fase do traba-

Iho, a resina ja estara bastante consistente, e porisso podemos alisar

a superfi~ie com 0 dedo molhado no mon6mero.

Passados 10 a 15 minutos podemos remover a moldeira, para

efetuar 0 acabamento, que ja estara polimerizada (Fig. 20-7).

As diferentes tecnicas de moldagem funcional existentes em

dentaduras imediatas podem ser divididas em dois grupos, segundo

o material de moldagem utilizado; moldagem simples e moldagem

mista.

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Figura 20-7

Molde i ras individuais superior 

e i nf e ri o r  de resin a 

A moldagern simples e quando a impressao e obtida empregan-

do-se apenas urn tipo de material moldador. Por exemplo, Standar,

Klein e Hugles usam material a base de borracha e Appleoy e Kichoff,

alginato para a moldagem funcional.

Quando se empregam dois tipos de materiais, urn elastico e

outro anelastico, para a obten<;ao da impressao das zonas principal e

secundaria de suporte, chama-se moldagem mista. A conjugac;ao

mais comurn e a de algi nato-pasta zincoenolica e alginato-godiva. Nos

preferimos e adotamos a primeira combinac;ao: com a pasta zincoeu-

genolica moldamos a parte posterior desdentada primeiro e, a seguir,

remoldamos toda a area com alginato.

Ajuste da moldeira individual

oprimeiro passo para a realizac;ao da moldagem funcional e

0

ajuste da moldeira na boca do paciente. 0 ajuste deve ser feito com

todo 0 cuidado e atenc;ao porque qualquer excesso da moldeira que

nao for removido agora, seremos obrigados a retirar na dentadura

pronta, apos alguns dias de usa, com 0 risco de comprometer a re-

tenc;ao da mesma. Por outro lado, os defeitos como moldeira curta,

bordas baixas que nao atingem 0 limite da area etc. devem ser cons-

tatados e corrigidos nessa fase, antes de passar para a operac;ao

seguinte.

o ajuste da moldeira individual superior consiste no seguinte:

verificac;ao do deslocamento com trac;ao leve das bochechas e do

labio apos a colocac;ao e manutenc;ao da moldeira no local com umacompressao leve na abobada palatina. Se houver interferencia no mo-

vimento, levantar 0 labio ou a bochecha ligeiramente e repetir a ope-

rac;ao para precisar 0 local a ser desgastado.

o comprimento da moldeira superior e verificado ao passar 0

dedo ao longo da borda posterior da moldeira e sentir com palpac;ao

a coincidencia desta com 0 limite dos palatos duro e mole.

o ajuste da moldeira inferior deve merecer atenc;ao especial,

visto que a interferencia muscular e maior em area e em numero

do que no maxilar superior. 0 procedimento da operac;ao, no que se

refere ao lado vestibular, e igual ao do superior e na parte lingual,

verificamos a interferencia do movimento da lingua atraves do mo-

vimento nao exagerado deste para cima e para fora.

Moldagem funcional do maxilar superior

Uma vez ajustada a moldeira, manipulamos uma quantidade su-

ficiente de pasta zincoenolica, colocamos sobre as areas desdenta-

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das e sobre a abobada palatina. Levamos a boca e moldamos a parte

posterior: mantemos alguns instantes, ate 0 inicio da presa da pasta.

e fazemos trac;ao das bochechas para baixo, para moldar as porc;6es

do fecho periferico. Esperamos 0 material tomar presa e removemos

a moldeira na boca. Se0

molde estiver satisfatorio fazemos0

"post-damning" com cera de baixa fusao. como na moldagem funcional para

dentadura superior convencional (Fig. 20-8).

Emseguida. com uma broca esferica fazemos pequenas perfu-

rac;6es (brocas n.O2 ou 3) em toda a superficie da moldeira. Prepara-

mos 0 alginato. cobrindo com ele a O1oldeira, levamos novamente a

boca para entao moldar todo 0 maxilar. Repetimos os movimentos

de trac;ao do labia e da bochecha para baixo, no momenta em que 0

material iniciar a geleificac;ao (Fig. 20-9).

Figura 20-8

Mold a gem  com p as t a 

zi n c oeun6 t i c a .

Figura 20-9Mo lda gem func io na l 

te rm i nad a.

Moldagem funcional da mandibula

A moldagem da mandibula e feita da seguinte maneira: prepara-

mos uma quantidade suficiente de pasta zincoeugenolica e adaptamos

a pasta na parte desdentada da moldeira; levamos a boca e fazemos

uma compressao leve euniforme sobre 0 rebordo e 0 paciente vai

fechando a boca vagarosamente. Depois de alguns minutos, manten-

do-se a moldeira no lugar, pedimos ao paciEmte que coloque a lingua. para fora e, em seguida, para 0 lado direito e para 0 lado esquerdo.

Tracionamos as bochechas para cima, a fim de obtermos a molda-

gem funcional dessas regi6es. Removemos 0 molde da boca e 0

examinamos em seguida. Se 0 molde estiver satisfatorio fazemos as

perfurac;6es com broca esferica, em toda a extensao da moldeira.

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Preparamos assim a moJdeira individual para a moldagem funcional

com alginato.

Na moldagem com 0 alginato devemos repetir todos os movi-

mentos ja descritos e mais os seguintes: tracionar 0 labio inferior

para cima e levantar a lingua fazendo tocar no centro da abobada

palatina. Durante esse movimento, a moldeira deve permanecer

imovel.

Apos a geleifica<;:ao do algi nato, removemos 0 molde da boca com

muito cuidado e confeccionamos 0 modele funcional em gesso-pedra

se 0molde satisfizer os requisitos de uma boa moldagem.

A moldagem inicial com a pasta zincoeugenolica tern a fun<;:aode

ajustar melhor, ainda, a moldeira individual, principal mente na regiao

do fecho periferico.

Como sabemos, a moldagem com alginato nem sempre nos ofe-

rece urn mol de com limites nftidos das regi6es de fecho periferico.Geralmente apresenta-se sob a forma' de uma membrana movel, e

quando vazado em gesso, essa regiao cede e apresenta urn modelo

flaso. Daf a razao de moldar antes com a pasta zincoeugenolica para

evitar a moldagem falsa do fecho periferico.

1. APPLEY,R. C. & KICHOFF, W. F. - Immediate Maxilary Denture Impression.

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D e n ta d u ra s Im e d ia ta s - R e la c iie s In te rm a x ila re s•

Uma das vantagens da dentadura imediata e de poder trabalhar

com a dimensao vertical de oclusao e oclusao central que 0 paciente

possui.

Para saber se podemos ou nao adotar a dimensao vertical de

oclusao do paciente, examinamos inicialmente 0 aspecto fisionomico

na posi<;:ao de oclusao. Se os sulcos nasogenianos saD profundos,

dando aspecto de velhice prematura ou de cansa<;:o e porque a di-

mensao vertical de oclusao esta baixa. 0 espa<;:o funcional livre tam-

bem deve ser verificado e quando ultrapassar de 5mm, geralmentee porque a dimensao vertical de oclusao esta baixa.

Em caso de 0 paciente apresentar perda de dimensao, estabele-

ceremos a dimensao vertical de oclusao (DVO) subtraindo 0 espa<;:o

funcional de pronuncia 3mm (EFP) da dimensao vertical de repouso

(DVR).

A verifica<;:ao da oclusao central se faz peJa coincidencia daslinhas medianas dos areos superior e inferior. Constatando 0 des-

via da mandibula, que e comum, devemos imediatamente examinar

a articula<;:ao temporomandibular do paciente, principal mente 0 con-

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dilo do lado do desvio. Se essa oclusao excentrica nao estiver cau-

sando distUrbios na articulac;ao temporomandibular, aconselhamos

seguir a oclusao de conveniencia.

As chapas-de-prova sao confeccionadas em resina acrflica de au-

topolimerizac;ao incolor.

A tecnica da confecc;ao e as cuidados exigidos sao as mesmos

aplicados para a obtenc;ao das moldeiras individuais ja descritos, an-

teriormente (Fig. 21-1).

Figura 21-1

Chap a s-de-pro v a superior  

e inferior de resina .

DETERMINACAO DA OCLUSAO CENTRAL

o plano-de-cera e preparado amolecendo a chama uma lamina de

cera n.o 7, dobrando varias vezes sabre si mesma. Cortamos em se-

guida a plano-de-cera, assim obtido, em duas porc;6es, suficientes

para cobrir as areas desdentadas da chapa-de-prova superior, e ai,

fixamos com espfitula aquecida. Levamos a chapa-de-prova a boca do

paciente e, enquanto a cera estiver mole, acertar as planos-de-cera,

de modo que fiquem nas partes anteriores a altura dos dentes rema-

nescentes e nas partes posteriores formem as planas ascendentes.

Os planos-de-cera para a chapa-de-prova inferior sao preparados

da mesma maneira que as superiores. Uma vez colocados as planos-

-de-cera nas porc;6es desdentadas levamos a boca do paciente e so-

licitamos que a feche vagarosamente. 0 plano-de-cera inferior, devido

a sua plasticidade, ira se ajustar ao superior. Uma vez obtido a con-

tacto dos dentes em oclusao central, fixamos a plano superior com

a inferior par meio de grampos e removemos da boca as dais planasassim unidos. Essa posic;ao da mandibula corresponde a dimensao

vertical de oclusao e ao mesmo tempo a de oclusao do paciente (Fig.

21-2) .

A montagem dos modelos de dentaduras imediatas e feita com a

emprego do arco facial, como aconselha Schweitzer.

Somas da opiniao de que a emprego de articulador anat6mico

adaptavel, na confecc;ao de dentaduras imediatas, constitui u rn dos

fatores importantes para a exito do trabalho.

A tecnica e a cui dado exigido para a f ixac;ao dos modelos, de

dentaduras imediatas, no articulador, obedecem aos passos conven-

cionais de montagem, que foram descritos na parte de dentaduras

completas (Fig. 21-3).

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Figura 21-2

P/ano-de-orienta98o.

Figura 21-3

Montagem dos mode/os no articulador .

SELECAO DOS DENTES

No que se refere a escolha dos dentes, as opini6es dos autores

divergem, dando cada um as raz6es da sua preferencia.

Hugles prefere os dentes artificiais de resina acrilica, porque

permite modificar as formas mais facilmente. Reig prefere dentes

de resina acrflica sem cuspides. Parkinson confecciona todos os den-tes anteriores em resina acrflica, baseando-se nos naturais.

Preferimos tambem empregar os dentes de resina acrilica de

desenho anatomico, isto e, com cuspides. Como sabemos da meca-

nica da articulac;ao, os dentes com cuspides transmitem menos pres-

saD aos tecidos subjacentes do que os dentes desprovidos de cusp i-

des. Como nos trabalhos de pr6tese imediata devemos aliviar os

esforc;os mastigat6rios 0 mais posslvel, mesmo nas regi6es poste-

riores do arco dental onde os rebordos alveolares de certo modo

ainda estao sensfveis por causa da extrac;ao recente, achamos que

os dentes com cuspides saD mais indicados. Alem disso, as denta-

duras confeccionadas com dentes sem cuspides, como nao existe

travamento das cuspides nas partes posteriores, a mandfbula tem

tendencia a deslizar para a frente onde justamente se situam as fe-

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ridas. Quanto a questao da articulac;ao e balanceio, pode-se articular

e balancear uma dentadura com dentes anat6micos.

Sob 0 ponto de vista da selec;ao de dentes artificiais e da mon-

tagem dos mesmos em protese imediata, conforme as condic;6es dos

arcos, podem ser agrupados em tres classes:

a) casos em que se podem conservar a forma, 0 tamanho, a

posic;ao, a disposic;ao e 0 alinhamento dos dentes naturais (oclusao

normal) ;

b) casos em que os fatores acima citados pod em servir somente

para a orientac;ao geral (com trespasse vertical);

c) casos em que os fatores acima nao servem para orientac;ao

(com trespasse vertical e horizontal).

A determinac;ao da altura dos dentes e feita atraves das posi-

c;6es do labio superior. Inicialmente, pedimos ao paciente que fique

com a boca Iigeiramente aberta e deixe os Uibios em posic;ao de re-

pouso. Marcamos a altura do tuberculo do labio superior sobre a face

vestibular dos incisivos centrais. Por meio de um compasso trans-

portamos a marca da altura do labio aos dentes correspondentes domodelo. as modelos definitivos, nesta fase do trabalho, devem estar

corretamente fixados no articulador. A seguir 0 paciente e instrufdo

no sentido de ocluir a fim de levar os labios para a posic;ao de sor-

riso forc;ado. Com um lapis-copia marcamos, na propria gengiva, a

pOSic;ao do tuberculo do labio, quando 0 labio superior se contrai

nesse movimento forc;ado. Essa Iinha horizontal, que corresponde a

linha alta no desdentado total, e transferida ao modele definitivo por

meio de u m com pas so (Fig. 21-4).

Figura 21-4

Li n h a a/ta  e posi l ;: iio 

de repouso .

A linha alta devera ser marcada no modelo de estudo, a f im de

orientar 0 ate cirurgico durante a instalac;ao da dentadura.

A altura do incisivo central superior dos dentes artificiais e de-

terminada pela distancia entre a linha de repouso e a l inha de sorriso

acrescido de 1 a 2mm que corresponde as bordas dos incisivos que

aparecem, normal mente, abaixo do tuberculo do labio (Fig. 21-5).

Para a determinac;ao da largura dos dentes 0 melhor metodo, a

nos so ver, e aquele que se baseia nos pr6prios dentes remanescentes.

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Figura 21-5

Escolha do dente artif i cial .

Contudo, quando isso nao e possivel, selecionamos com base na

extensao do futuro arco dental, como fazemos na confec9ao de den-

taduras completas. Quanto ao problema da determina9ao da forma

do dente, conseguimos, muitas vezes, orientar-nos pelos dentes re-

manescentes, porem, em caso de duvida, baseamo-nos pela forma

do rosto.

A montagem dos dentes varia segundo os autores. Fred Miller,

por exemplo, monta os dentes na seguinte sequencia: incisivo central

direito, lateral esquerdo, canino direito, canino esquerdo, incisivo

central esquerdo, e, final mente, 0 lateral direito.

Swenson inicia a montagem com 0 incisivo central direito, de-

pois incisivo central esquerdo, 0 lateral direito, lateral esquerdo.

canino direito e, final mente, canino esquerdo.

Ha, ainda, quem monte os dentes anteriores, eliminando todosos dentes antes, e colocando arbitrariamente os artificiais.

Nos casos de oclusao normal seguimos a orienta9ao de Swenson,

com pequena modifica9ao. Desgastamos 0 incisivo central direito

ate 2mm abaixo do cola gengival e raspamos 0 suficiente para elimi-

nar a reten9ao no lado vestibular do modelo de gesso e, em seguida,

colocamos no lugar um dente artificial correspondente (Fig. 21-6). Ge-

ralmente, 0dente artificial nao se adapta perfeitamente ao local; pro-

cedemos ao ajuste necessario do mesmo, levando-se em conta a

altura, 0 alinhamento vestibular e a largura para 0 restabelecimento

dos pontos de contacto do dente. Conseguida a adapta9ao, fi~amos 0

dente no lugar, diretamente sobre 0 modelo, com cera fundida e veri-

ficamos a oclusao (Fig. 21-7).

Em seguida, montaremos 0 incisivo central do lado esquerdo

com os mesmos cuidados, depois 0 incisivo lateral direito, a seguir

o esquerdo, e assim vamos dispondo os dentes sucessivamente, ate

completarmos a montagem de todos os dentes anteriores (Fig. 21-8).

N t d d t t i d l

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Na montagem de dentes anteriores nos casos de oclusao com

Figura 21-6

Remof;ao do dente  e

desgaste do modelo 

Figura 21·7

Incisivo central ajustado 

e fixado ,

Figura 21-8

Montagem dos dentes terminada,

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incisivo central do modelo raspando 0 gesso da porc;ao gengival ate

a linha alta. A seguir desgastamos a aresta vestibuloclusal do mo-

deJo em alguns milfmetros para compensar a espessura da base da

dentadura.

Tomamos em seguida0

dente correspondente e passamos aajustar na sua posic;ao oorreta, de modo que a borda incisal fique de

1 a 2mm abaixo da linha do labia em repouso, a face mesial na linha

mediana e a face palatina permitindo a oclusao. Se 0 espac;o prepa-

rado for insuficiente para acomodar 0 dente artificial, devemos alar-

gar, desgastando a face mesial do incisivo lateral do modelo e nunca

reduzir 0 dente artificial. Conseguida a posic;ao desejada, fixamos 0

dente diretamente sobre 0 modelo com cera fundida (Fig. 21-9).

Figura 21-9

a) Oclusiio com trespasse

vertical. b) Desgast e do modelocom r emor ;iio d o dente.

c) Fixar;aodo dent e artiticial

na posir ;iio.

- - - - - -~-~.> - - - - - -

- - - - - -1;""··t••

------~~----- ----~----

A seguir removemos 0 incisivo central do lado oposto e adapta-

mos 0 dente correspondente; depois 0 incisivo lateral de urn lado, e,

ap6s 0 outro, assim sucessivamente, ate completar a montagem de

todos os dentes anteriores observando, rigorosamente, os cuidados

descritos para 0 primeiro dente.

as dentes posteriores saD montados da mesma forma que nas

dentaduras completas. Porem nao e demais lembrar que os dentes

posteriores devem ser perfeitamente oclufdos com os seus antago-nistas. Tratando-se de aparelhos proteticos em ambas as arcadas, os

dentes posteriores devem ser colocados segundo a linha de forc;a

intermaxilar para que as dentaduras executem a sua func;ao, com 0

minimo de prejuizo aos tecidos de suporte.

Terminada a montagem, conseguida a oclusao e 0 balanceio, pro-

cedemos a uma prova no paciente somente com os dentes que esti-

verem fixos a chapa-de-prova. A prova dos dentes posteriores tern a

finalidade de verificar a dimensao vertical e a oclusao dos dentes

posteriores. Se a oclusao dos dentes posteriores estiver perfeita. po-

deremos assegurar, desde logo, que os dentes anteriores artificiaisda dentadura tambem iraQ ocluir-se com seus antagonistas, porque

os posteriores foram montados em func;ao dos anteriores. Em outras

palavras, a montagem foi iniciada do incisivo central para os poste-

riores.

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Oualquer duvida na oclusao ou na dimensao vertical deveremos

corrigir  nessa fase de trabalho.

Uma vez provada a dentadura, procedemos ao seu acabamento,

pela tecnica usual indicada  para as dentaduras completas no que se

refere as partes posteriores. Na regiao anterior, para se conseguira uniformidade na espessura, adaptamos, inicialmente, uma lamina

de cera n.o 7 na regiao, ap6s realizamos a escultura.

Ap6s a escultura, procedemos a inclusao da dentadura na mufla

e depois executaremos todas as opera«;oes da confec«;ao ate 0 ter-

mino do aparelho, obedecendo, rigorosamente, as tecnicas conven-

cionais.

Para a confec«;ao da gUiacirurgica, na fase da remo«;ao da cerada mufla para a condensa«;ao da resina acrilica, moldamos 0 modelo

conti do na mufla, com alginato e reproduzimos 0 modelo. Sobre 0

modelo-c6pia adaptamos, em toda a area chapeavel, uma lamina de

cera r6sea e incluimos, em seguida, na mufla.

Depois da presa de gesso, a mufla e levada a agua quente, onde

procedemos a lavagem da mesma. As partes internas da mufla SaD

isoladas com "cel-Iac" e a seguir realizamos a condensa«;ao de resina

incolor.

A chapa de resina acrilica transparente que vamos obter ap6s a

polimeriza«;ao e acabamento e 0 que se chama de guia cirurgica. Esse

guia vai orientar-nos no trabalho de alveolotomia no ato da instala«;ao

da dentadura (Fig. 21-10).

Temos confeccionado a dentadura imediata total mente em resina

incolor e a experiencia mostrou-nos que nao ha inconveniencia de

ordem estetica, devido ao cuidado que tivemos de desgastar 0 mo-

deja ate a linha alta e, assim, 0 paciente, durante 0 sorriso, nao mos-

trara a base da dentadura.

Por outro lado, muitas SaD as vantagens que decorrem de uma

dentadura imediata totalmente incolor.Em primeiro lugar, a pr6pria dentadura serve de guia cirurgica,

e, consequentemente, simplifica em muito a tecnica. Permite, atraves

Figura 21-10

Guia cirurgica .

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da transparencia da base incolor, localizar facilmente 0 ponto exato

da escoriac;ao durante todo 0 perfodo do controle p6s-operat6rio. Fi-

nalmente, permite ao profissional ter uma visao do panorama geral

da adaptac;ao do aparelho, nao somente no ato da instalac;ao, mas

durante toda a fase da integrac;:ao do aparelho (Fig. 21-11).

Figu(a 21-11

Dentad ur a im e d iat a 

inteiram e nte  em r esi na 

in c% r .

1. HUGLES,F. - Immediate denture service. J. Am . De nt. As s ., 34 (1): 20-26.

Jan., 1947.

2. MILLER, F. - Immediate denture service. J. Am . Dent . Ass ., 23 (1): 83. Jan.,

1936.

3. PARKINSON,D. I. - Duplicating natu al teeth in immediate denture service.

Den t . Digest , 48 (5): 232. May, 1943.

4. REIG, P. - Importancia de la articulacion balanceada em prothesis imediata,registro intra-oral del Dr. Meyer. Rev . Prothesis , 3 (11): 341-348. Dez., 1940.

5. SCHWEITZER,A. - Use of face bow and gothic arch tracer in immediate

denture construction. Dent . Digest , 47 (4): 172-175.Abr., 1941.

6. STANDAD, S. G. - Immediate denture. J. Prost . Dent ., 8 (1): 26-30. Jan., 1958.

7. SWENSON,M. G. - Immediate denture service. Jour . Am. Dent . Ass., 26 (5):

719-730. May, 1939.

8. TAMAKI, T. - Dentaduras /mediatas  (apostila), pp. 33-35. Sao Paulo, 1960.9. WAGMON, S. S. - Immediate Denture. J. Prost . Dent ., 7 (1): 43-50.Jan., 1957.

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D e n t a d u ra s Im e diatas - Instalacao.

Campbell acha que as dentaduras imediatas saD raramente sa-

tisfatorias se nao for realizada a alveolotomia na sua coloca9ao. De

Yam, pelo contrario, acha que a melhor alveolotomia e nao fazer aI-

veolotomia.

Achamos que devemos contra-indicar a alveolotomia extensa e

excessiva, sempre que nao prejudique 0 resultado final do trabalho.

Somos da opiniao de que e preferfvel sacrificar algum tecido osseo

alveolar, sempre que esteja em jogo a estabilidade ou a estetica da

dentadura.

A extra9ao e feita sob anestesia por condu9ao, tendo-se 0 cui-

dado de nao fraturar as rafzes.

Apos a extra9ao, com 0 osteotomo, recortamos levemente os

septos osseos interalveolares. Em seguida, colocamos a guia cirur-

gica na boca do paciente para a verifica9ao de sua adapta9ao, fazen-

do-se leve compressao sobre a mesma.

Esta comprimira a mucosa da area chapeavel e as por90es que

estao altas tomarao 0 aspecto esbranqui9ado, devido a esquemia.

Removemos a guia cirurgica; em seguida procedemos a um leve

deslocamento mucoperiosteo dessas regioes altas, e por meio delima para osso, alisamos 0 tecido osseo e experimentamos novamen-

te a guia cirurgica e se for necessario repetimos a opera9ao ate con-

seguirmos uma perfeita adapta9ao, isto e, ate que nao haja nenhuma

area de isquemia.

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Assim, a custa da guia cirlirgica, adaptaremos a boca do paciente

a dentadura ja pronta. Isto e posslvel, porque a guia, na sua parte da

area chapeavel, e rigorosamente igual a da dentadura, pois ambas

foram confeccionadas sobre modelos identicos.

No caso de estar empregando a dentadura total mente de resinaincolor, a verifica<;:ao da parte alta do rebordo alveolar para orientar

a alveolotomia, faz-se com 0 proprio aparelho e a custa da compressao

exercida pelos dentes na posi<;:ao de oclusao central. A experiencia

tem mostrado que essa maneira de proceder leva vantagens sobre

aquela de comprimir com os dedos devido a distribui<;:ao uniforme de

for<;:a.

Muitos cirurgi6es deslocam extensamente 0 mucoperiosteo, indo

ate 0 fundo do saco vestibular para fazer uma simples alveolotomia.

Segundo Centeno, essa pratica e um erro, porque, .alem de outros

inconvenientes, pode ocasionar a diminui<;:ao do "fornice", 0 que pre-  judica a reten<;:ao do aparelho protetico.

Uma vez conseguido 0 ajuste da boca do paciente a guia cirlir-

gica, procedemos em seguida a sutura dos retalhos e colocamos ime-

diatamente a dentadura.

Alguns autores preferem fazer a alveolotomia antes da extra<;:ao.

A nosso ver, essa pratica facilita a extra<;:ao, mas pode desperdic;:ar

o precioso rebordo alveolar, agora, para 0 paciente que deve usar

dentadura pelo resto da vida.

Terminada a interven<;:ao cirlirgica, instalamos, cuidadosamente,

o aparelho protetico na boca.

A seguir tomamos a precau<;:ao de verificar se a oclusao e 0

balanceio nao foram alterados. Constatando-se qualquer anormalidade

corrigiremos os defeitos, localizando-os por meio de papel-carbono.

Fazemos 0 paciente fechar a boca em oclusao central, com uma tira

de papel carbono entre os arcos, e, em seguida .. pedimos para rea-

lizar os movimentos de lateralidade. As partes dos dentes marcadas

pelo papel-carbono serao desgastadas com uma pedra montada, reopetindo-se a opera<;:ao ate conseguirmos 0 a  juste da oclusao e arti-

cula<;:ao.

Terminado esse trabalho, 0 paciente e dispensado, apos ser-Ihe

ministradas algumas instruc;:6es:

a) nao retirar 0 aparelho de maneira alguma nas primeiras 24

horas e nem ocluir for<;:ando a dentadura para evitar a sobrecompres-

saD na ferida cirlirgica;

b) em caso de dor, que sempre e minima, combate-Ia com com·

primidos a base de acido acetilsalicflico (aspirina);

c) ingerir alimenta<;:ao Ifquida e fria nas primeiras horas;

d) voltar ao consultorio no dia seguinte;

e) aplicar bolsa de gelo durante algumas horas, com intervalode 15 minutos.

Passadas as primeiras 24 horas, 0 paciente devera retornar ao

consultorio para submeter-se ao curativo. Esse tratamento consiste

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no seguinte: remover 0 aparelho e lava-Io com agua e sabao. Geral-

mente, a parte intema da dentadura esta forrada de coagulo san-

giHneo. A higienizac;ao da boca, fazemo-Ia com uma solw;:ao fisiolo-

gica evitando ao maximo tocar na ferida.

Em seguida, 0 profissional devera examinar toda a extensao daarea chapeavel. As vezes apresenta-se, principal mente, nas zonas de

fecho periferico e nos freios, inicio de escoriac;oes que nem 0 pacien-

te ainda percebeu. Devemos, entao, fazer um alfvio, desgastando 0

aparelho no local com pedra. Terminado 0 retoque, imediatamente

recolocamos 0 aparelho na boca. Costumamos verificar novamente a

articulac;ao com 0 papel carbono.

Dispensamos 0 paciente, em seguida, com as seguintes reco-

mendac;oes:

a) retirar 0 aparelho, em casa, duas a tres vezes ao dia para a

higienizac;ao do mesmo e tambem da boca;

b) quanta a alimentac;ao, 0 paciente devera gradativamente re-

tomar ao normal. Em nossas observac;oes, depois de uma semana

o paciente, geralmente, estara mastigando quase de tudo;

c) voltar novamente ao consultorio, se nada acontecer, depois

de passadas 72 horas, para remover os pontos. Nessa ocasiao 0 pro-

fissional devera efetuar novos retoques, se for necessario;

d) depois de tirados os pontos, 0 paciente so voltara ao consul-

torio quando sentir alguma anormalidade no aparelho. Caso contra-

rio, voltar depois de algumas semanas para um controle.

A maioria dos autores acha que 0 reembasamento do aparelho

ou a confecc;ao de um outro "definitivo" devera ser feito depois de

pass ado no mlnimo um e no maximo quatro meses, conforme 0 es-

tado de cicatrizac;ao.

Geralmente, decorrido esse perfodo, a dentadura comec;a a per-

der a retenc;ao; entao, providenciar 0 reembasamento, segundo as

tecnicas convencionais ou confeccionar uma nova. Nos, particular-mente, nao costumamos reembasar dentaduras imediatas.

Muitas vezes, mesmo depois de quatro meses de usa, a denta-

dura imediata continua com retenc;ao. Nestes casos, se no ato cirur-

gico a inserc;ao do aparelho a remoc;ao do tecido osseo foi minima.

o paciente podera continuar usando 0 aparelho por mais tempo; mas.

se houve alveolotomia extensa, devemos, obrigatoriamente, reem-

basar. Nesse segundo caso, mesmo que 0 aparelho esteja com re-

tenc;ao, a parte do rebordo correspondente a alveolotomia ja estara

reabsorvida. a espac;o assim formado vai sendo preenchido por uma

mucosa flacida. Essa mucosa move!, na parte anterior do rebordoalveolar, traz um grande problema na estabilidade da futura dentadu-

ra. Para evitar a formac;ao dessa mucosa, e que indicamos 0 reem-

basamento ou confecc;ao de uma nova protese.

Muitas vezes, a dentadura imediata comec;a a perder reten<;ao

logo depois de algumas semanas.

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A fim de contornar essa instabilidade do aparelho, temos utili-

zado a resina acrilica de polimerizac;ao, ativada quimicamente, para

efetuar 0 fecho periferico e "postdamming", conforme 0 caso.

1. CAMPBELL, D. - Immediate Denture. Jour . Am . Dent . Ass ., 23 (3): 436-442.

Mar., 1934.

2. CENTENO,R. - Cirurgia Bucal . 2.· Vol., B. Aires, ed. Ateneo, pp. 693-710, 1952.

3. DE VAM - Conservation of the alveolar process by immediate prothesis

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