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PROTOCOLO DE ACOLHIMENTO, AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO Hospital Dr. Eulalino Ignácio de Andrade Zona Sul de Londrina Londrina – PR 2018

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PROTOCOLO DE ACOLHIMENTO,

AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO

DE RISCO

Hospital Dr. Eulalino Ignácio de Andrade

Zona Sul de Londrina

Londrina – PR 2018

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Diretor Geral

Dr. Aparecido José Andrade

Diretor Técnico

Dr. Antônio da Silva Freitas

Diretora Administrativa

Maura Aparecida Silveira

Direção de Enfermagem

Geraldo Junior Guilherme

Escritores

Érika Mitiyo Watanabe

Geraldo Junior Guilherme

Jakeline Barbara Alves

Juliana Suzuki

Sandro Aparecido Casu

Walter Belussi

Revisão Técnica: Elza de Lara Bezerra

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SUMÁRIO 1 Introdução .............................................................................................................................. 4

2 Público Alvo ........................................................................................................................... 7

3 Objetivos ................................................................................................................................ 8

4 Estrutura Necessária .............................................................................................................. 9

5 Responsabilidades ................................................................................................................. 9

6 Resultados Esperados ........................................................................................................... 9

7 O Classificador ..................................................................................................................... 10

8 Atribuições da Equipe Multidisciplinar ................................................................................... 11

8.1 Atribuições dos Profissionais no AACR........................................................................... 11

8.1.1 Recepção/Registro .................................................................................................. 12

8.1.2 Enfermeiro do AACR ............................................................................................... 12

8.1.3 Médico .................................................................................................................... 13

8.1.4 Técnico de Enfermagem do AACR .......................................................................... 14

8.1.5 Serviço Social / Psicologia ....................................................................................... 14

8.1.6 Serviço de Vigilância ............................................................................................... 15

9 A Avaliação ......................................................................................................................... 15

10 A Classificação .................................................................................................................. 15

11 Fluxo .................................................................................................................................. 17

11.1 Fluxograma do Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco ................................ 17

11.2 Fluxo interno ............................................................................................................... 18

11.2.1 Grupo especial ...................................................................................................... 20

11.2.2 Contrarreferenciamento ......................................................................................... 21

12 Classificação de Risco ....................................................................................................... 22

12.1 Prioridades .................................................................................................................. 22

12.2 Sinais vitais alterados com sintomas............................................................................ 23

12.3 Sinais vitais alterados sem sintomas............................................................................ 23

13 Classificação de Risco no Trauma...................................................................................... 24

13.1 Queimaduras ............................................................................................................... 24

13.2 Traumatismo Crânio Encefálico ................................................................................... 25

13.3 Trauma grave/moderado ............................................................................................. 26

13.4 Trauma moderado/leve ................................................................................................ 27

14 Classificação de Risco em intercorrências clínicas ............................................................. 28

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14.1 Afecções de pele e subcutâneo ................................................................................. 28

14.2 Alteração aguda do estado neurológico ..................................................................... 29

14.3 Alteração glicêmica ................................................................................................... 30

14.4 Cefaléia (sem história de trauma) .............................................................................. 31

14.5 Distúrbios psiquiátricos/ abstinência/ Intoxicação alcoólica e drogas .......................... 32

14.6 Dor cervical, dorsal, lombar e extremidades ............................................................... 33

14.7 Dor torácica ............................................................................................................... 34

14.8 Feridas/abcessos/ mordedura .................................................................................... 35

14.9 Intoxicação aguda (via dérmica) ................................................................................ 36

14.10 Intoxicação aguda (via digestiva/respiratória) ........................................................... 37

14.11 Queixas abdominais/urinárias .................................................................................. 38

14.12 Queixas oftalmológicas ............................................................................................ 39

14.13 Queixas respiratórias ............................................................................................... 40

14.14 Sangramentos ......................................................................................................... 41

15 Indicadores ........................................................................................................................ 42

Anexos ................................................................................................................................... 43

Queimaduras .................................................................................................................... 43

Acidente Vascular Encefálico ............................................................................................ 47

Traumatismo Cranioencefálico .......................................................................................... 49

Infarto Agudo do Miocardio ................................................................................................ 53

Escalas de dor .................................................................................................................. 55

Terminologias ................................................................................................................... 58

Bases legais para construção do protocolo ........................................................................ 65

Apêndices ............................................................................................................................... 68

Referências............................................................................................................................. 70

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Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

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1 INTRODUÇÃO

A palavra “acolher, em seus vários sentidos, expressa dar acolhida,

admitir, aceitar, dar ouvidos, dar crédito a, agasalhar, receber, atender, admitir”

(FERREIRA, 1975).

O acolhimento como ato ou efeito de acolher expressa uma ação de aproximação, um “estar com” e “perto de”, ou seja, uma atitude de inclusão, de estar em relação com O que entendemos por acolhimento? É exatamente no sentido da ação de “estar com” ou “próximo de” que queremos afirmar o acolhimento como uma das diretrizes de maior relevância política, ética e estética da Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. (BRASIL, 2009, p. 10-11)”.

O acolhimento “é um modo de operar os processos de trabalho em

saúde, de forma a atender todos que procuram os serviços de saúde, ouvindo

o usuário e assumindo uma postura capaz de acolher, escutar e dar respostas

mais adequadas aos usuários”. (BRASIL, 2006, p.21).

Segundo Malta et al. (2000) o acolhimento é uma estratégia de mudança no processo de trabalho alterando as relações entre profissionais e usuários. Sendo que a equipe de saúde deve utilizar de todo seu conhecimento para prestar a assistência de qualidade, a fim de ampliar suas intervenções com a promoção de saúde de forma rápida, resolutiva e humanizada.

O Acolhimento implica em prestar um atendimento com resolutividade e

responsabilidade, orientando, quando for o caso, o usuário e a família em

relação a outros serviços de saúde para a continuidade da assistência e

estabelecendo articulações com esses serviços para garantir a eficácia desses

encaminhamentos. (BRASIL, 2006).

Acolhimento são antes de tudo, uma diretriz política e operacional do

Sistema Único de Saúde (SUS). É uma atitude em relação à garantia de

acesso aos serviços de saúde, à qualidade e integralidade da atenção, de

maneira ética. Entende-se por recepção do usuário nos serviços de saúde,

desde a sua chegada, na qual os profissionais ouvem suas queixas, permitem

que expressem suas preocupações e o serviço se responsabiliza integralmente

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por ele. Implica prestar um atendimento resolutivo e com responsabilidade,

conforme os preceitos do SUS.

A classificação de risco determinará a prioridade de atendimento,

conforme os sinais e sintomas agudos observados no momento da avaliação e

pela história de saúde pregressa, conforme critérios definidos neste protocolo,

baseado em ampla bibliografia a respeito e em consonância às diversas

legislações dos exercícios profissionais que dão amparo a esta prática.

É importante observar que as portas de entradas dos serviços de

urgência e emergência em todo o mundo estão recebendo a cada dia uma

demanda maior de usuários, fato este ocorrido por diversas motivações, gerado

pelo aumento da expectativa de vida populacional, acompanhado pela

expansão das ocorrências de comorbidades crônicas e suas agudizações,

elevação da violência urbana, ineficácia da rede em suprir as necessidades do

usuário frente ao crescimento da demanda apresentada, entre outros fatores

contribuintes.

Em decorrência do processo mundial de transição demográfica e

epidemiológica, houve um aumento considerável na expectativa de vida dos

indivíduos e, conseqüentemente, maior prevalência de doenças crônicas e

degenerativas, explosão de violência urbana e preocupante incremento no

número de acidentes de transporte. Nesse cenário, a assistência hospitalar

configura-se como a principal referência no atendimento dos casos agudos,

complicações de doenças crônicas e de causas externas (DUBEUX; FREESE;

REIS, 2010).

No contexto hospitalar, principalmente, nos serviços de urgência e

emergência, a elevada demanda de usuários, por este tipo de atendimento,

afeta diretamente a qualidade dos serviços prestados, especialmente quando a

abordagem dos profissionais é focada na ordem de chegada do usuário e não

na gravidade do problema (BELLUCCI JÚNIOR; MATSUDA, 2012b).

Vale ressaltar que, embora sejam unidades destinadas ao atendimento

às pessoas com agravos agudos de saúde, os Serviços de Urgência e

Emergência passaram a ser vistos como porta de entrada para o SUS, uma

alternativa para a falta de retaguarda na atenção básica, uma forma de obter

consulta médica, realizar exames e obter resultados no mesmo dia. (OLIVEIRA

et al, 2013; SOUZA; BASTOS, 2008).

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Entretanto, esse fenômeno acabou determinando muitas dificuldades

para tais serviços, restringindo sua capacidade em oferecer atendimento de

qualidade aos seus usuários (NASCIMENTO et al., 2011).

Assim o principal desafio das unidades de Urgência e Emergência é

prestar assistência de qualidade em um local onde as demandas das urgências

propriamente ditas se misturam às urgências sociais e as urgências individuais

do usuário (SOUZA; BASTOS, 2008).

A Classificação de Risco tem sido utilizada como consagrado

instrumento que proporciona considerável ganho de tempo para a identificação

de usuários graves, na qual o tempo de intervenção pode gerar impacto

decisivo sobre a saúde destes, proporciona gerenciamento adequado de

recursos, evitando alienação frente ao processo de trabalho, e tendo como

resultado, uma maior satisfação do usuário e dos trabalhadores.

A aplicação da classificação de risco assegura um atendimento de

qualidade e minimiza os possíveis riscos aos usuários. Atua como instrumento

técnico de base e eficácia cientificamente reconhecida e validamente

comprovada, sem deixar de valorizar os preceitos humanos fundamentais

como aspectos éticos, sociais, religiosos e culturais.

O acolhimento não é um espaço ou um local, mas uma postura ética.

Não pressupõe hora ou profissional específico para fazê-lo, mas implica

necessariamente no compartilhamento de saberes, angústias e invenções.

Quem acolhe toma para si a responsabilidade de “abrigar e agasalhar” outrem

em suas demandas, com a resolutibilidade necessária para o caso em questão.

Desse modo, é que o diferencia da triagem, pois se constitui numa ação de

inclusão que não se esgota na etapa de recepção, mas que deve ocorrer em

todos os locais e momentos do serviço de saúde.

Frente à preocupação em ordenar o fluxo de atendimento dos usuários

admitidos no Hospital Dr. Eulalino Ignácio de Andrade e a equipe deste serviço

formaliza a prática de um Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação

de Risco (AACR). Protocolo este elaborado, seguindo as diretrizes do Plano

Nacional de Humanização (PNH), instrumento que tem por objetivo assegurar

ao usuário deste serviço, atendimento de qualidade, respeitando os preceitos

do Sistema Único de Saúde. Assim, a classificação de risco é uma ferramenta

utilizada nos serviços de urgência e emergência, que visa avaliar e identificar

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7 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

os usuários que necessitam de atendimento prioritário, de acordo com a

gravidade clínica, potencial de risco, agravos à saúde ou grau de

sofrimento. Ou seja, trata-se da priorização do atendimento, após uma

avaliação rápida, porém, efetiva da avaliação do usuário, devendo ser realizada

por um profissional devidamente capacitado, do ponto de vista técnico e

científico.

Sendo assim, espera-se que através da aplicação deste protocolo, haja

uma diminuição dos riscos assistenciais, as quais um usuário se expõe ao

necessitar de assistência em uma unidade de urgência/emergência, permitindo

com isso, viabilizar um atendimento que potencialize as chances de tratamento

e resolutividade na recuperação destes usuários, devendo ser gerenciada de

forma racional e ordenada, com recursos materiais e humanos disponíveis de

modo a proporcionar impacto positivo na saúde dos usuários.

O Hospital Dr. Eulalino Ignácio de Andrade - Zona Sul de Londrina,

entende que o acolhimento deve ocorrer em todas as unidades e por todos

aqueles que assistem ao usuário. No Pronto Socorro, em especial, a equipe

multidisciplinar deve estar amplamente envolvida, haja vista que o cuidar e

assistir do usuário, não se resume em uma atitude técnica, mas numa

mudança de comportamento profissional e cultural da instituição, com foco na

responsabilização dos resultados obtidos, sendo esta, uma análise

qualiquantitativa da produção de saúde.

2 PÚBLICO ALVO

O cuidar e assistir devem ser voltados a toda população que procura de

forma direta ou indireta, a porta de entrada do Hospital Dr. Eulalino Ignácio de

Andrade, em especial os da região Sul, bem como, através de regulação via

SAMU, SIATE e Central de leitos.

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8 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

3 OBJETIVOS

• Organizar e ordenar o fluxo de atendimento de todos os usuários

acolhidos no Pronto Socorro, seguindo os critérios da classificação de risco.

• Orientar, encaminhar e/ou contrarreferenciar os usuários que não

precisam de atendimento de urgência e emergência, após avaliação do médico

responsável, buscando descongestionar o Pronto Socorro e instruindo-os sob o

fluxo de acesso junto aos serviços de saúde de baixa complexidade.

• Estabelecer avaliação do risco dos usuários seguindo preceitos

preconizados de forma equânime através da aplicação de protocolo

gerenciado.

• Divulgar a relevância da execução do protocolo para toda a comunidade,

disseminando através da informação o processo de trabalho aos usuários e

seus familiares.

• Melhorar a sensibilização de toda a equipe de saúde sobre a relevância

da aplicação do Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de

Riscos.

• Aprimorar a efetividade do serviço.

• Padronizar informações, proporcionando condições de investigação de

casos para futuras intervenções de ações de melhorias.

• Informar o tempo de espera aos usuários já classificados e seus

familiares.

• Organizar o ambiente de trabalho, direcionando os usuários aos seus

respectivos Eixos de Risco, oferecendo melhores condições de atendimento,

proporcionando uma assistência mais rápida e segura.

• Deixar de usar o critério cronológico como definidor para a ordem dos

atendimentos, sendo usados os critérios de avaliação clínica para tal prática.

• Promover orientações e educação em saúde a toda população que

procura este serviço de Pronto Socorro.

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4 ESTRUTURA NECESSÁRIA

• Equipe multidisciplinar de Saúde capacitada para execução do

Protocolo. (Enfermeiros, Médicos, Técnicos em Enfermagem, Atendentes do

registro, Atendentes da Portaria, Serviço Social, Psicólogos e outros)

• Duas salas de acolhimento na porta do Pronto Socorro.

• Material para execução do AACR: Esfignomanômetro, estetoscópio,

glicosímetro, oxímetro, termômetro e computador.

• Sala de Emergência, Sala de apoio, unidade de repouso, e se

necessário o corredor do Pronto Socorro, conforme sua estratificação.

5 RESPONSABILIDADES

Responsável pelo Gerenciamento do Protocolo de Acolhimento e

Classificação de Risco: Profissional Classificador e/ou Enfermeiro do Pronto

Socorro.

Responsável pela Contra referência de usuários para serviços de Baixa

Complexidade: Médico de Plantão no Pronto Socorro (em escala pré-

determinada).

6 RESULTADOS ESPERADOS

Ofertar atendimento que siga as premissas propostas pelo Protocolo de

Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco da Instituição, proporcionando

aos cidadãos, um atendimento integral, fundamentado nas diretrizes do SUS,

com base nos preceitos científicos éticos e legais.

Diminuir o tempo de resposta para o inicio da terapia, melhorando assim

o prognóstico de recuperação e satisfação do cliente, sem deixar de oferecer

atendimento Humanizado;

Conscientização e sensibilização da comunidade que procura o serviço

de saúde desta instituição.

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10 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

7 O CLASSIFICADOR

É o profissional que atua como elo entre o usuário e o serviço, podendo

ser médico ou enfermeiro. O Classificador deve estar capacitado para atuar

nas diversas aéreas clínicas, deve possuir habilidade de comunicação e

interação com profissionais envolvidos no processo de trabalho, ter experiência

prévia de atuação em serviços de Urgência e Emergência e de nível superior

ou ter sido capacitado previamente para desenvolver esta função, em se

tratando do classificador enfermeiro conforme o artigo 1º, da Resolução Cofen

423/2012, no âmbito da equipe de enfermagem, a Classificação de Risco e a

priorização da assistência em Serviços de Urgência é privativa do Enfermeiro

observada às disposições legais da profissão.

Em se tratando do classificador médico o Conselho Federal de Medicina

através da Resolução nº 2.077/14, dispõe sobre a normatização do

funcionamento dos Serviços Hospitalares de Urgência e Emergência, bem

como do dimensionamento da equipe médica e do sistema de trabalho. Já no

art. 3º, todo paciente que tiver acesso ao Serviço Hospitalar de Urgência e

Emergência deverá, obrigatoriamente, ser atendido por um médico, não

podendo, sob nenhuma justificativa, ser dispensado ou encaminhado a outra

unidade de saúde por outro profissional que não o médico.

Além disso, a referida resolução prevê que o enfermeiro deve estar

dotado de conhecimentos, competências, habilidades que garantam rigor

técnico-científico ao procedimento. Esse procedimento deverá ser executado

no contexto do Processo de Enfermagem, atendendo-se as disposições da

Resolução Cofen 358/2009 (Sistematização da Assistência de Enfermagem) e

aos princípios da Política Nacional de Humanização do Sistema Único de

Saúde (BRASIL, 2004).

A Portaria 2048/2002 do Ministério da Saúde propõe a implantação do

acolhimento e da “triagem classificatória de risco” nas unidades de atendimento

às urgências. Conforme essa Portaria, o processo “deve ser realizado por

profissional de saúde de nível superior, mediante treinamento específico e

utilização de protocolos pré-estabelecidos e tem por objetivo avaliar o grau de

urgência das queixas dos usuários, colocando-os em ordem de prioridade para

o atendimento” (BRASIL, 2002).

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11 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

8 ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

• A Equipe Multidisciplinar de Saúde envolvida no Protocolo de

Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco deve desenvolver

comunicação eficaz (clara e objetiva) com usuário, familiares e demais

membros da equipe.

• Manter comportamento ético com discrição, preservando a privacidade

dos usuários, se desvencilhando de qualquer possível julgamento de valor, seja

ele de qual ordem for: religioso, sexual, social, cultural ou afim.

• Respeitar e aceitar a queixa/nível de dor em especial.

• Acionar serviços de apoio de acordo com a demanda apresentada.

• Registrar fichas de atendimento procurando sempre atualizar os

cadastros dos usuários, acrescentando contato de familiares para facilitar a

comunicação entre a instituição e os familiares dos usuários.

• Manter-se sensibilizados sobre a necessidade do trabalho em equipe.

• Desenvolver aptidão para as tomadas de decisões fundamentadas nos

mais diversos conceitos, técnicos e humanísticos, dando ênfase ao

acolhimento classificatório por gravidade e sofrimento intenso.

8.1 Atribuições dos Profissionais no AACR

Considerando que o processo de AACR é de caráter interdisciplinar e

multiprofissional, é imprescindível que, para o bom andamento do processo de

trabalho, todos os profissionais envolvidos realizem com empenho suas

atribuições, conforme listado a seguir.

Atuando de forma integrada com os profissionais do pronto-socorro

(Pós-consulta e Sala de Emergência) buscando maior resolutividade aos

problemas e agilidade no atendimento.

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12 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

8.1.1 Recepção/Registro

• Preencher corretamente a ficha de atendimento com agilidade e clareza

nos dados, colocando a queixa principal do usuário conforme sua própria fala

exemplo: “dor no peito”, “dor de barriga”, etc;

• Colocar pulseira de identificação do usuário;

• Orientar o usuário para que aguarde ser chamado pela equipe de

enfermagem;

• Atuar de forma integrada com os profissionais classificadores buscando

melhor resolutividade aos problemas dos usuários;

• Caso perceba algum usuário com sinais de desmaio, com queixa de dor

excessiva, ou que o acompanhante relate que o usuário está “muito mal” no

carro, acionar imediatamente o profissional classificador;

• Organizar e arquivar, conforme rotina do serviço, a ficha de atendimento.

8.1.2 Enfermeiro do AACR

• Receber as fichas de atendimento, avaliando de forma ágil (em torno de

03 minutos) e responsável priorizando o usuário, de acordo com a queixa

relatada, complexidade e gravidade do caso e o grau de sofrimento.

• Acolher o usuário e acompanhante (quando houver) com respeito e

empatia.

• Classificar com rapidez e eficiência, seguindo o protocolo adotado;

• Registrar os dados da classificação na ficha de atendimento e sinalizá-la

por meio de cores conforme protocolo utilizado.

• Identificar as pulseiras com a cor conforme estratificação da

classificação.

• Orientar o usuário de forma clara quanto à sua situação e ao provável

tempo de espera do atendimento;

• Encaminhar o usuário para o eixo correspondente ao escore

classificatório.

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13 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

• Atentar para situações especiais (possível doença transmissível com

necessidade de isolamento, vítimas de violência, usuários do sistema prisional,

grupo especial) e sinais e sintomas de alerta (conforme protocolos internos);

• Reclassificar os usuários em especial aqueles fora do eixo

urgência/emergência sempre que forem identificadas alterações do quadro

inicial;

• Manter a sala de classificação limpa e organizada;

• Realizar passagem de plantão.

8.1.3 Médico

• Receber as fichas de atendimento, avaliando de forma ágil e

responsável a prioridade do usuário, de acordo com a classificação de risco;

• Atender prontamente os usuários, evitando demoras desnecessárias e

que possam prejudicar o fluxo do serviço;

• Acolher o usuário e acompanhante (quando houver) com respeito e

empatia;

• Informar a equipe de enfermagem sobre a conduta adotada

(atendimento, observação, internação ou necessidade de transferência para

outro setor ou serviço);

• Atuar de forma integrada com os profissionais do AACR e pronto socorro

(Pós-consulta e Sala de emergência) buscando agilidade e resolutividade aos

problemas dos usuários;

• Realizar a contrarreferência dos usuários classificados como verdes e

azuis em no máximo uma hora, utilizando impresso próprio (a definir) e

registrar na ficha de atendimento, o horário em que o usuário foi chamado;

• Manter a sala de classificação limpa e organizada;

• Realizar passagem de plantão.

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14 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

8.1.4 Técnico em Enfermagem do AACR

• Na falta do enfermeiro e/ou médico para AACR o Técnico em

Enfermagem que foi treinado e capacitado poderá realizar a classificação

primária dos usuários (aferindo sinais vitais, colhendo e registrando queixas

agudas do momento, realizando Glicemia Capilar (Dextro) e Eletrocardiograma

- ECG se necessário e a pedido do enfermeiro e/ou médico).

• Acolher o usuário e acompanhante (quando houver) com respeito e

urbanidade;

• Registrar a queixa principal do usuário;

• Verificar sinais vitais e anotá-los na ficha de atendimento;

• Encaminhar o para atendimento, conforme a classificação e colocar a

ficha de atendimento no escaninho ou entregá-la diretamente ao médico, de

acordo com a prioridade;

• Estar alerta para as necessidades de reclassificação dos usuários que

aguardam atendimento;

• Manter a sala de classificação limpa e organizada;

• Realizar passagem de plantão.

8.1.5 Serviço Social / Psicologia

• Realizar atendimento ao usuário quando solicitado pelo médico ou

enfermeiro;

• Acolher o usuário e acompanhante (quando houver) com respeito e

empatia;

• Informar ao enfermeiro do pronto-socorro sobre a conduta adotada e

realizar orientações de acordo com as necessidades do usuário;

• Atuar de forma integrada com os profissionais do pronto-socorro

buscando melhor resolutividade aos problemas dos usuários;

• Registrar sua avaliação e conduta na ficha do usuário.

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15 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

8.1.6 Serviço de Vigilância

• Zelar pela segurança dos profissionais que trabalham no acolhimento e

pela segurança do patrimônio;

• Atuar de forma integrada com a equipe multiprofissional visando manter

um ambiente tranqüilo e livre de riscos.

9 A AVALIAÇÃO

Todos os usuários que procurarem o Pronto Socorro do Hospital Dr.

Eulalino Ignácio de Andrade ou os que forem encaminhados pelos serviços

médicos de Regulação (SAMU/SIATE/CENTRAL DE LEITOS), devem passar

pela avaliação e classificação de risco na instituição.

Esta medida se faz necessária, pois se avalia que mesmo os usuários já

regulados por outros serviços podem sofrer alteração na sua classificação, já

que o processo é dinâmico, além de que estes dados são importantes para a

elaboração de planejamento para futuras possíveis intervenções.

Vale ainda lembrar que os critérios para avaliação de quaisquer destes

usuários é o mesmo para todos, não podendo haver priorização de usuários

regulados, pois as avaliações devem ser individualizadas independentemente

da procedência dos usuários, preservando assim, o princípio da isonomia e a

atuação do classificador deve sempre estar voltada para a análise individual da

clínica e dos riscos de cada usuário avaliado.

10 A CLASSIFICAÇÃO

O usuário será prontamente avaliado pelo profissional classificador

utilizando os critérios propostos pelo Protocolo de AACR e que definirá o nível

de Classificação de Risco para o usuário, identificando sua ficha de

atendimento com uma cor pré-determinada, preenchendo todos os parâmetros

necessários para a avaliação, utilizando um impresso próprio e, posteriormente

encaminhando o usuário para sua respectiva área de atendimento. Nos casos

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16 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

envolvendo maior gravidade (Urgência e Emergência) a equipe de plantão

deve ser imediatamente comunicada.

Os níveis de Classificação do AACR do serviço, está edificado dentro da

literatura existente, legislação brasileira e os devidos conselhos profissionais. O

processo terá como referencia norteadora o Protocolo de Manchester,

modificado. A construção foi definida com base no perfil epidemiológico dos

usuários da instituição.

O usuário que buscar este serviço de saúde será classificado após

avaliação, através da sua pulseira de identificação e da cor correspondente à

sua gravidade clínica e/ou do seu sofrimento intenso: VERMELHO –

emergência (risco iminente de morte); LARANJA – muito urgente (risco de

evoluir para morte); AMARELO – urgência (risco de agravo à saúde); VERDE –

pouco urgente (doença aguda porém estável); AZUL – pouco urgente

(condição crônica, eletiva), pode ser contrarrefenciado para um serviço de

baixa complexidade de imediato pelo serviço médico.

Todo usuário deverá ser reclassificado no prazo estabelecido pelo

protocolo institucional, caso atendimento médico não ocorra no prazo

determinado.

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17 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

11 FLUXO

11.1 Fluxograma do Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação

de Risco do Hospital Dr. Eulalino Ignácio de Andrade (HZS)

Fonte: autores (Jan. 2018)

CHEGADA Espontânea/SAMU/SIATE/

CENTRAL DE LEITOS

REGISTRO Questiona queixas Preenche ficha de

atendimento

VERMELHO Sala de emergência

Atendimento imediato Interna ou transfere

VERDE Sala de espera

Atendimento em

120 minutos

Consulta médica Avalia / Orienta

Contrarreferência

AZUL Sala de espera

Atendimento em 240 minutos

AMARELO Sala de apoio/ Corredor Atendimento em 60 min

Interna / transfere/

Libera

EIXO BAIXO RISCO

EIXO URGÊNCIA/

EMERGÊNCIA

LARANJA Sala de Emergência/ Sala

de apoio Atendimento em 10 min

Interna ou transfere

ACOLHIMENTO

Sala de AACR Sala de emergência

Sala de apoio Corredor

Consulta médica Avalia / Orienta

Contrarreferência

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18 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

OBSERVAÇÕES

➢ Avaliado o risco e definido o eixo de prioridade, o usuário irá seguir o fluxo pré-

determinado, o que deverá contribuir para uma melhor organização do fluxo e do processo de

trabalho, sendo fundamental a boa comunicação entre a equipe de plantão. O objetivo de

organização de fluxo é otimizar o atendimento, proporcionar melhores condição de intervenção

aos usuários, buscando reduzir o tempo de resposta.

➢ Sempre que o intervalo entre a chegada do usuário e a realização da avaliação e

classificação de risco for superior a 10 minutos, deve ser aberta a segunda sala de avaliação e

classificação de risco.

➢ O tempo estimado para contrarreferência dos usuários classificados como verde ou

azul, não deve ultrapassar 60 minutos.

➢ Em situações atípicas ao fluxo pré-estabelecido, onde os plantonistas do eixo

urgência/emergência não consigam atender a demanda de usuários classificados neste eixo, o

plantonista do eixo de baixo risco será acionado a dar suporte aos usuários classificados no

eixo urgência/emergência. Buscando dessa forma, manter o tempo resposta adequado ao

Protocolo de AACR.

11.2 FLUXO INTERNO

Todo usuário que procurar atendimento médico no Hospital Dr. Eulalino

Ignácio de Andrade, deve abrir ficha de atendimento e ter a sua condição

clínica avaliada por um profissional de saúde devidamente habilitado, após

treinamento especifico.

Sob nenhuma hipótese usuários que procurarem atendimento médico

podem ser orientados a se dirigir a outros serviços de saúde, esta atribuição é

privativa apenas ao profissional médico, e deve ocorrer sempre após avaliação

prévia do usuário.

O profissional capacitado para o AACR deve avaliar e acolher o usuário

e sua família em ambiente privativo, realizar a escuta do usuário, avaliar seus

parâmetros clínicos e definir seu nível de estratificação de risco seguindo o que

se preconiza nas diretrizes institucionais.

Uma vez estratificado o risco, os usuários classificados como Vermelho,

Laranja e Amarelo devem ser encaminhados para ambiência intra-hospitalar

adequada, de acordo com a condição clínica do usuário, observando se o fluxo

para o Eixo – Urgência/ Emergência – Estratificação de escore VERMELHO e

LARANJA priorizar seu encaminhamento para a “Sala de Emergência e ou

Sala de apoio”, Estratificação de escore AMARELA, priorizar para a Sala de

apoio ou “Corredor Interno do Pronto Socorro”. Sendo que nos casos

específicos destes mesmos níveis de estratificação, a equipe médica e de

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19 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

enfermagem de plantão no pronto socorro devem ser comunicadas

imediatamente sobre as condições de chegada destes usuários.

Os usuários classificados como VERDE e AZUL devem ser

comunicados sobre a existência da possibilidade de encaminhamento para

serviços de saúde de baixa complexidade e devem ser encaminhados para o

Eixo de Baixo Risco: área verde ou azul, direcionando-os para a área

localizada na sala de espera em frente à recepção do Pronto Socorro e lá

aguardarão o atendimento médico, seguindo os níveis de prioridade

preconizados pelo Protocolo de AACR. Nas situações de superlotação e

conseqüente demora prevista para o atendimento, os mesmos devem ser

reavaliados periodicamente.

Na ausência do profissional Pediatra na escala de plantão do pronto

socorro, o hospital é responsável por acolher e oferecer o primeiro atendimento

médico de urgência e emergência às crianças que por ventura procurem nosso

atendimento.

Este atendimento deve ser realizado pelo médico de plantão na clínica

médica, sendo que após a estabilização e o primeiro atendimento, a criança

pode ser regulada para avaliação especializada em outro serviço, se assim o

profissional médico responsável pelo atendimento julgar indicado.

No Art. 135 do Código Penal estão descritos que: deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo, a pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta morte.

O Conselho Federal de Medicina difere terminologicamente, urgência de

emergência, porém em ambas as hipóteses há necessidade de tratamento

médico imediato. Assim embora o tipo penal em estudo faça menção apenas

ao atendimento médico hospitalar emergencial, deve nele também

compreender o atendimento médico de urgência.

O Código de Ética Médica ainda em seu capitulo V cita que é vedado ao

médico, Art.33 deixar de atender o paciente que procure seus cuidados

profissionais em casos de urgência ou emergência, quando não haja outro

médico ou serviço médico em condição de fazê-lo.

Na ausência de profissional pediatra de plantão no período subsequente

à escala é fundamental que o plantonista presente reavalie o risco de

permanência de criança no serviço, providenciando caso julgue necessário, a

regulação da criança para outro serviço com profissional pediatra de plantão.

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20 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

Os usuários em retorno cirúrgico realizados na instituição nos primeiros

dias de pós-operatório devem ter a sua condição clínica avaliada e em caso de

estratificação de risco vermelha, laranja ou amarela, receber atendimento

médico de imediato pelo profissional de plantão na clínica médica e,

posteriormente, se assim julgar necessário, acionar o cirurgião responsável

pelo usuário, cabendo ao médico plantonista o contato direto com mesmo.

A equipe médica deve comunicar a equipe de enfermagem sobre as

condições de chegada dos usuários regulados pela Central de Regulação, para

que previamente se providencie as condições mais adequadas para este

atendimento, sendo que todos os usuários recebidos provenientes do

atendimento pré-hospitalar devem passar pelo AACR na instituição.

A segunda sala de acolhimento sempre deverá ser aberta, quando o

tempo entre a abertura da ficha e a realização da classificação for superior a 10

minutos ou 08 fichas.

11.2.1 GRUPO ESPECIAL

Os usuários que forem avaliados e classificados como Grupo Especial,

devem ser acolhidos em ambiente interno do hospital, em que deve se levar

em consideração a condição de vulnerabilidade do usuário ou mesmo da

equipe, sendo que ele deve ter prioridade no atendimento, respeitando o nível

de classificação de risco dos demais usuários.

Deve se priorizar o atendimento de certos grupos de usuários, cujo qual se definiu como em

condições especiais. São eles:

• Deficientes físicos;

• Gestantes;

• Idosos;

• Usuários que retornam em menos de 24hs sem melhora;

• Deficientes mentais;

• Acamados;

• Vítimas de abuso sexual;

• Envolvidos em ocorrência policial e escoltados.

• Crise aguda de Distúrbio Neuro Vegetativo – DNV.

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21 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

11.2.2 CONTRARREFERENCIAMENTO

A Resolução CFM nº 2079 de 14 de agosto de 2014 torna obrigatória a

implantação do Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco para o

atendimento dos usuários em todos os serviços de pronto atendimento 24hs da

rede de complexidade intermediária (UPAS – Unidades de Pronto Atendimento)

e hospitalares. Ainda, destaca que todo usuário nesses espaços, independente

do agravo, deverão ser atendidos por um profissional médico e não podem ser

dispensados ou encaminhados a outras unidades por profissional não médico.

Assim de forma a ordenar o atendimento no Pronto Socorro do Hospital

Dr. Eulalino Ignácio de Andrade, a direção organiza o atendimento médico na

instituição através de Escalas de Atribuições Médicas de forma a agilizar o

atendimento aos usuários na instituição, na qual nos períodos em que existe

maior fluxo de atendimentos no pronto socorro a equipe médica de plantão com

a colaboração do corpo de enfermagem, após atendimento dos casos de maior

gravidade, fica responsável por contrarreferenciar os atendimentos onde não

existe urgência, em um intervalo nunca maior do que de 01h00min.

Importante considerar que a instituição de acordo com as suas

características e particularidades deve estabelecer protocolos, normas e rotinas

que devem ter por objetivo assegurar e agilizar os atendimentos aos usuários,

estabelecendo ainda os recursos humanos adequado, bem como a condição

para o atendimento no Pronto Socorro, tendo como referência a Resolução

COFEN nº543/2017 e a Resolução CFM 2.079/2014.

Para isso a direção desta instituição organizará o serviço através de

escalas próprias para este fim, evitando a superlotação do serviço com os

casos que prontamente podem ser resolvidos na baixa complexidade

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22 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

12 Classificação de Risco do Hospital Dr. Eulalino Ignácio

de Andrade (HZS)

12.1 PRIORIDADES

PCR • PCR

ATENDIMENTO MÉDICO IMEDIATO

• Parada respiratória

• Respiração agônica

CHOQUE

• Hipotensão (PA sistólica ≤ 80mmHg)

• Taquicardia (FC ≥ 140bpm)

• Bradicardia (FC ≤40bpm)

• Alteração do estado de consciência

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

• FR < 10 ou ≥ 36irpm com incapacidade de falar

• Cianose

• Letargia e/ou confusão mental

• FC ≤ 40 ou ≥ 180bpm

• Saturação O2 < 90%

COMA • ECG ≤ 8

SOFRIMENTO INTENSO

• Choro constante

• Alteração de comportamento

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23 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

12.2 SINAIS VITAIS ALTERADOS COM SINTOMAS

SIM VERMELHO

VERMELHO

NÃO

SIM LARANJA

12.3 SINAIS VITAIS ALTERADOS SEM SINTOMAS

SIM AMARELO

- PAS ≥ 180 ou PAD ≥ 120mmHg

-PAS ≤ 80mmHg

-FC ≤ 40 ou ≥ 180bpm

-FR ≤ 10 ou ≥ 36irpm

-SatO2 não mensurável

-Febre (T. axilar ≥ 40ºC)

-PAS ≥ 180 ou PAD≥100 mmhg

-PAS ≤ 90 mmhg

-FC≥150 bpm ≤ 50 bpm

-FR>35 irpm articulando frases

entrecortadas

-SatO2 ≤ 89%

-Febre (T. axilar ≥ 38,5ºC- 39,9ºC ou

T<35ºC) – priorizar os imunodeprimidos

-PAS ≥ 160 mmhg PAD ≥100 mmhg

-Pulso arrítmico com FC normal

-FR 25-34 irpm articulando frases

completas com SatO2 ≥ 90% - 95% em

ar ambiente

- T: 38,5-39,9ºC em imunocompetentes

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24 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

13 CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NO TRAUMA

13.1 Queimaduras

SIM VERMELHO

NÃO

SIM LARANJA

NÃO

SIM AMARELO

NÃO

SIM VERDE

-Sinais vitais alterados

-Queimaduras de 2º/3º graus ≥ 10% e ≤ 25% SCQ

-Queimaduras de 2º/3º graus em face e períneo

-Queimaduras envolvendo inalação de fumaça/envolvimento de vias aéreas

-Queimaduras elétricas

-Queimaduras circunferenciais

-Queimaduras em ambientes confinados

-Sinais vitais normais

-Queimaduras de 2º/3º graus < 10% SCQ

-Queimaduras de 1º grau ≥ 10% SCQ em

áreas não críticas

-Sinais vitais normais

-Queimaduras de 1º grau em face sem inalação de fumaça/ envolvimento de vias aéreas

-Queimaduras de 1º grau < 10% SCQ em áreas não críticas

-Queimaduras de 1º grau pequenas em

áreas não críticas

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25 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

13.2 Traumatismo Crânio Encefálico

SIM VERMELHO

NÃO

SIM LARANJA

NÃO

SIM AMARELO

-Alteração do estado de consciência

(ECG entre 9 e 13) e/ou confusão

mental associado à:

-Perda de consciência

-Cefaléia intensa (8-10/10) e/ou

cervicalgia

-Otorragia

-Náuseas / vômitos

-Crise convulsiva

-Ferimento perfurante

-ECG 14 ou 15 associado à:

-Cefaléia moderada (4-7/10)

-Sem perda de consciência, náuseas,

vômitos, crise convulsiva ou ferimento

perfurante

-ECG 15

-Cefaléia leve (1-3/10)

-Trauma de baixo impacto

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26 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

Traumas

SIM VERMELHO

NÃO

SIM LARANJA

NÃO

13.3 Trauma Grave

-Lesão grave de únicos ou múltiplos sistemas

-TCE com ECG ≤ 8

-Trauma torácico e/ou abdominal com perfuração,

taquidispnéia, alteração mental, hipotensão,

taquicardia e dor intensa

-Lesões múltiplas de membros com desalinhamento

Sinais vitais normais e/ou estado de

consciência normal associado à cinemática ou

as queixas abaixo:

-Dor intensa (8-10/10)

-Palidez cutânea e sudorese fria

-Sinais/sintomas menos graves em múltiplos

sistemas

-Relato de perda de consciência

-Fraturas com deformidade ou luxações

-Ferimentos com sangramento ativo não

compressível

13.3 Trauma Moderado

-ECG 14 ou 15 associado à:

- Dor intensa (8-10/10)

-Cefaléia moderada (4-7/10)

-Sem perda de consciência, náuseas, vômitos, crise convulsiva ou ferimento perfurante

- Fratura sem deformidade

- Ferimentos extensos sem sangramento ativo

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27 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

Traumas

SIM AMARELO

NÃO

SIM VERDE

13.4 Trauma Moderado

-ECG 15

-Cefaléia leve (1-3/10)

-Trauma de baixo impacto

13.4 Trauma Leve

-Dados vitais normais

-Dor leve (1-3/10)

-Contusões e escoriações

-Trauma há > 6 horas

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28 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

14 CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM INTERCORRÊNCIAS

CLÍNICAS

14.1 Afecções de pele e subcutâneo

SIM VERMELHO

NÃO

SIM LARANJA

NÃO

SIM AMARELO

NÃO

SIM VERDE

NÃO

SIM AZUL

-Sinais vitais alterados com estridor

laríngeo ou dificuldade de falar

-Sinais vitais normais

-Toxemiado, prostrado ou febril

-Prurido generalizado intenso

-Com infecção secundária e sinais sistêmicos

-Sinais vitais normais

-Prurido localizado e intenso/moderado

sem sinais sistêmicos

-Prurido discreto

-Sem toxemia, prostração ou febre

-Com infecção secundária sem sinais

sistêmicos

-Quadro crônico ou recorrente sem sinais

sistêmicos

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29 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

14.2 Alteração aguda do estado neurológico e relato de

convulsão, desmaio ou síncope

SIM VERMELHO

NÃO

SIM LARANJA

NÃO

SIM AMARELO

NÃO

SIM VERDE

NÃO

SIM AZUL

-Sinais vitais alterados

-ECG entre 9 e 13

-Piora de seqüela neurológica prévia

-Em pós-ictal e torporoso/comatoso

-Com crises repetitivas e sem recuperação completa da consciência entre as mesmas

-Com déficit neurológico agudo (paresia, plegia, disfasia, afasia, ataxia, paralisia facial)

-Cefaléia intensa (8-10/10) de início súbito

-Rigidez de nuca, hipertonicidade, rigidez muscular

-Distúrbio súbito do equilíbrio associado

à náuseas/vômitos

-Ritmo cardíaco irregular -Hemiparestesia -Em pós-ictal (menos de 1 hr) e alerta

-Sinais vitais normais -Crise convulsiva há menos de 12h e alerta -Relato de desmaio ou síncope -Tontura rotatória objetiva

-Sinais vitais normais -Crise convulsiva há mais de 12h e alerta -Tontura não rotatória -Parestesias bilaterais ou migratórias

-Sinais vitais normais -História de crise convulsiva / epilepsia e precisando apenas da receita

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30 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

14.3 Alteração glicêmica

SIM VERMELHO

NÃO

SIM LARANJA

NÃO

SIM AMARELO

NÃO

SIM VERDE

NÃO

SIM AZUL

-Sinais vitais alterados

-Hiperglicemia/ hipoglicemia com

alteração do estado mental (letargia,

visão turva, confusão mental,

agitação, coma)

Hiperglicemia/ Hipoglicemia sem alteração do estado mental, mas com sinais clínicos (sudorese, tremores, pele fria e palidez cutânea)

-Hipoglicemia ≤ 50 mg/dl assintomático

-Sinais vitais normais

-Glicemia > 250mg/dl e sinais de

desidratação

-Glicemia > 250mg/dl e assintomático

-Glicemia ≤ 250mg/dl e assintomático

-História de Diabetes e precisando

apenas de receita

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31 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

14.4 Cefaléia (sem história de trauma)

SIM VERMELHO

NÃO

SIM LARANJA

NÃO

SIM AMARELO

NÃO

SIM VERDE

NÃO

SIM AZUL

-Sinais vitais alterados associado à:

-Dor intensa (8-10/10)

-Meningismo (rigidez de nuca)

-Alteração do estado de consciência

-Sinais neurológicos focais (paresia,

parestesia, disfasia, afasia, ataxia,

distúrbio do equilíbrio)

-Dor intensa (8-10/10) associado à:

fotofobia, estocomas, náuseas, vômito

e/ou lipotimia)

-Sinais vitais normais -Dor moderada (4-7/10) com náuseas e/ou vômitos

-Sinais vitais normais -Dor leve (1-3/10) -Dor facial com rinorréia purulenta -Relato de febre -Não se apresenta toxemiado ou

prostrado

-Sinais vitais normais -Dor crônica ou recorrente sem piora recente)

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32 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

14.5 Distúrbios psiquiátricos e abstinência/ intoxicação de

álcool e drogas

SIM VERMELHO

NÃO

SIM LARANJA

NÃO

SIM AMARELO

NÃO

SIM VERDE

NÃO

SIM AZUL

-Sinais vitais alterados associado à:

-Delírios, alucinações, agitação

psicomotora intensa, confusão mental,

ansiedade intensa, pânico e

impulsividade com risco para si e

para os outros

-Convulsão, déficit neurológico agudo,

letargia, coma

-Hipertonicidade e rigidez muscular

-Uso abusivo de drogas e entorpecentes

sintomático (dor torácica, midriase e

dispneia)

-Agitação psicomotora menos intensa sem risco para si e outros

-Quadro depressivo grave com intenção suicida (choro inconsolável)

-Humor deprimido -Uso abusivo de drogas/ álcool e entorpecentes associado à náuseas, vômito, ataxia e agitação psicomotora leve)

-Sinais vitais normais e assintomático com

demanda social e psicológica.

-Sinais vitais normais -Depressão crônica ou recorrente -Insônia -História de distúrbio psiquiátrico e precisando de receita

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33 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

14.6 Dor cervical, dorsal, lombar ou em extremidades (Sem história de trauma)

SIM VERMELHO

NÃO

SIM LARANJA

NÃO

SIM AMARELO

NÃO

SIM VERDE

NÃO

SIM AZUL

SIM AZUL

-Dor intensa (8-10/10) associado à:

-Sinais de isquemia (ausência de pulso periférico no membro associado à cianose/ necrose e pele fria)

-Dor moderada (4-7/10) associado à: -Limitação importante dos movimentos/função -Febre associado a sinais meningeos (rigidez de nuca, cefaléia, náuseas e/ou vômito).

-Dor moderada (4-7/10) -Sem sinais de isquemia -Febre sem sinais meníngeos -Sinais flogísticos locais no membro (edema, calor e hiperemia)

-Dor leve (1-3/10) -Limitação leve dos movimentos -Sem perda da função -Edema articular sem sinais flogísticos

-Sinais vitais normais -Dor crônica associado à mobilização e/ou ventilação sem característica de dor isquêmica

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34 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

14.7 Dor torácica

SIM VERMELHO

NÃO

SIM AMARELO

NÃO

SIM VERDE

NÃO

SIM AZUL

-Sinais vitais alterados

-Dor, desconforto, queimação ou sensação de opressão na região precordial ou retroesternal, podendo irradiar para o ombro ou braço esquerdo, pescoço e mandíbula, acompanhada freqüentemente de sudorese, náuseas, vômitos ou dispnéia (DOR ISQUÊMICA!)

-Dor intensa/moderada (4-10/10)

Classificador acionar a equipe de

enfermagem para já realizar o ECG

-Sinais vitais normais

-Dor ventilatório-dependente ou que piora

com tosse, acompanhada de febre, tosse

ou expectoração

-Dor moderada (4-7/10)

-Sinais vitais normais

-Dor aguda leve (3-10/10) de

característica muscular (localizada,

evidenciada à palpação, que piora com

movimentos do tronco ou membros

superiores) sem outros sintomas

associados e em usuários sem história

prévia de coronariopatia ou embolia

pulmonar

-Sinais vitais normais

-Dor crônica associado à mobilização

e/ou ventilação sem característica de

dor isquêmica

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35 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

14.8 Feridas, abscessos, mordeduras e acidente com animais

peçonhentos (inclui abelhas, maribondos, vespas, formigas e

lacraias)

SIM VERMELHO

NÃO

SIM LARANJA

NÃO

SIM AMARELO

NÃO

SIM VERDE

NÃO

SIM AZUL

-Sinais vitais alterados

-Ferida com sangramento não compressível

-Acidente com animal peçonhento com sinais e sintomas sistêmicos

-Acidente perfuro-cortante com material biológico -Abscesso com dor intensa (8-10/10) ou flutuação -Acidente com animal peçonhento sem sinais e sintomas sistêmicos -Ferida infectada com sinais sistêmicos

-Sinais vitais normais -Ferida com sangramento compressível -Mordedura (humana ou animal)

-Ferida pequena, superficial e sem sangramento ou hematoma -Ferida infectada sem sinais sistêmicos -Abscesso com dor leve-moderada (1-7/10) e sem flutuação

-Troca de curativos ou retirada de

pontos

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36 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

14.9 Intoxicações agudas (Via dérmica)

SIM VERMELHO

NÃO

SIM LARANJA

NÃO

SIM AMARELO

NÃO

SIM VERDE

NÃO

SIM AZUL

-Sinais vitais alterados

-Alteração do estado de

consciência com estridor laríngeo

ou dificuldade para falar

Prurido e/ou irritação intensa em

superfície corporal extensa após

contato dérmico

-Contato com compostos

tiofosforados- inseticidas

-Prurido e/ou irritação moderado em

superfície corporal após contato

dérmico

- Alterações dérmicas apenas locais

-Contato há mais de 4h e

assintomático (excluir compostos

tiofosforados-inseticidas)

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37 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

14.10 Intoxicações agudas (Via digestiva e respiratória)

SIM VERMELHO

NÃO

SIM LARANJA

NÃO

SIM AMARELO

-Relato de ingestão há menos de 2h com ou sem sintomas

-Relato de inalação com sintomas

- Relato de ingestão de 2- 6h com

ou sem sintomas

-Relato de ingestão há mais de 6h e

assintomático

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38 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

14.11 Queixa abdominal/ urinária

SIM VERMELHO

NÃO

SIM LARANJA

NÃO

SIM AMARELO

NÃO

SIM VERDE

NÃO

SIM AZUL

-Sinais vitais alterados associado à:

-Dor intensa, não associado a trauma (8-

10/10)

-Dor abdominal com suspeita de Dor

isquêmica (ver torácica)

-Sinais vitais normais associado à: -Dor intensa (8-10/10) -Toxemiado, prostrado, febril ou desidratado Retenção urinária aguda com bexigoma

-Sinais vitais normais associado à: -Dor moderada (4-7/10) -Disúria intensa com polaciúria e/ou hematúria -Distensão abdominal -Vômito e/ou diarreia com sinais de desidratação -Diarreia intensa (vários episódios nas últimas horas)

-Sinais vitais normais associado à: -Dor leve (1-3/10) -Enjoo ou relato de vômitos e/ou diarréia sem sinais de desidratação -Disúria isolada ou discreta sem outros sintomas -Não se apresenta prostrado e/ou toxemiado -Dor crônica ou recorrente

-Sinais vitais normais -Constipação sem outros sintomas

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39 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

14.12 Queixas oftalmológicas

SIM VERMELHO

NÃO

SIM LARANJA

NÃO

SIM AMARELO

NÃO

SIM VERDE

-Sinais vitais alterados associado à:

-Dor intensa (8-10/10)

-Trauma oftalmológico (mecânico,

penetrante, perfurante, lacerativo, rupturas

e corpo estranho).

*O enfermeiro/ médico deve

contrarreferenciar o usuário ao Hoftalon.

-Contato com substâncias químicas ou

solda.

-Dados vitais normais -Dor moderada (4-7/10) associado à: perda visual súbita e/ou diplopia súbita

-Sinais vitais normais -Dor moderada (4-7/10) associado à celulite periorbitária

-Dor leve (1-3/10) -Prurido ocular -Hemorragia na esclera sem história de trauma -Olho avermelhado sem história de trauma ou contato com substâncias químicas ou solda -Tumefação e/ou inflamação sem celulite

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40 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

14.13 Queixas respiratória (Dispnéia, dor de garganta, dor de ouvido, obstrução nasal e tosse)

SIM VERMELHO

NÃO

SIM LARANJA

NÃO

SIM AMARELO

NÃO

SIM VERDE

-FR ≥ 36irpm associado à Sat. O2 ≤

92%

-Esforço respiratório moderado

-Estridor laríngeo

-FR entre 28 e 35irpm associado à Sat. O2 93% ou 94% -Dispnéia aos esforços -Dor torácica ventilatório-dependente com ou sem febre -Dor de garganta com febre, com placas e com toxemia

-FR entre 17 e 27irpm -Esforço respiratório leve -Dor de garganta com febre, com placas e sem toxemia

-Dor torácica ao tossir -Secreção nasal amarelada -Dor de ouvido com febre -Tosse, coriza, obstrução nasal, dor de garganta ou de ouvido sem febre e sem toxemia

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41 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

14.14 Sangramentos (Hematêmese, enterorragia, melena, hemoptise, epistaxe, metrorragia)

SIM VERMELHO

NÃO

SIM LARANJA

NÃO

SIM AMARELO

NÃO

SIM VERDE

NÃO

SIM AZUL

-Hematêmese, enterorragia, melena ou

hemoptise com sinais de choque.

-Epistaxe com PA ≥ 180/110

-Sangramento vaginal com dados vitais

alterados ou sangramento vaginal em

grávidas ou com atraso menstrual

-Hematêmese, enterorragia, melena ou hemoptise leve com dados vitais normais -Mamilos hemorroidários exteriorizados com sangramento moderado e dor moderada (4-7/10) -Relato de melena (normal no momento)

- Sinais vitais normais

-Relato de hematêmese, enterorragia ou hemoptise leve (estrias de sangue)

-Mamilos hemorroidários exteriorizados com sangramento discreto e dor leve/moderada (1-7/10)

-Sangramento vaginal em não grávidas com dados vitais normais

-Relato de hemorróidas com dor leve (1-4/10) e sem sangramento -Relato de epistaxe (normal no momento)

-Hematêmese, enterorragia, melena ou hemoptise moderada com sinais vitais normais -Dados vitais normais com sangramento não compressível -Epistaxe com PA < 180/110 -Mamilos Hemorroidários exteriorizados com sangramento intenso/moderado e dor intensa (8-10/10)

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42 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

15 INDICADORES

Visando o monitoramento interno do processo de AACR serão monitorados os

seguintes indicadores:

▪ Tempo médio de espera entre o horário de abertura da ficha de atendimento e

a realização da classificação de risco;

▪ Tempo médio de espera para atendimento médico conforme estratificação

seguindo o protocolo utilizado no serviço;

▪ Tempo médio de espera entre a realização da classificação de risco e a

conduta terapêutica

▪ Tempo médio de espera entre a realização da classificação de risco e a

contrarreferência se houver;

▪ Percentual de usuários referenciados (PROCURA DIRETA, UBS, UPAS,

SAMU, SIATE, outros municípios etc.);

▪ Percentual de altas, transferências, internações, óbitos e usuários ausentes

(que não aguardaram atendimento médico);

▪ Tempo médio de permanência intra hospitalar conforme classificação de risco;

▪ Taxa de atendimentos médicos (clínico/ pediátrico).

Observação

A análise dos resultados obtidos serão realizados mensalmente pelo Serviço de Pronto Socorro e Comitê Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente, afim de propor ações de melhorias, frente às fragilidades diagnosticadas aprimorando os fluxos e o processo de trabalho.

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43 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

ANEXOS

QUEIMADURAS

DEFINIÇÃO: São lesões da pele provocadas pelo calor, frio, eletricidade,

radiação, produtos químicos ou certos animais ou vegetais e suas

características dependem da sua profundidade e extensão.

AGENTES CAUSADORES:

Físicos: temperatura, vapor, objetos aquecidos, água quente, chama,

eletricidade, radiação, raio ultravioleta ou nuclear;

Químicos: produtos químicos, ácidos, bases, álcool ou gasolina;

Biológicos: Lagarta de fogo, água viva, medusa, látex de certas plantas

ou urtiga.

CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS QUANTO A EXTENSÃO ATINGIDA

As queimaduras são classificadas de acordo com a extensão da

superfície corpórea queimada, calculada em porcentagem da Área Total de

Superfície Corporal Queimada (ATSQ).

Várias classificações existem para o cálculo da ATSQ, entretanto a Regra dos

Nove de Wallace é a que tem mais aceitação e é a mais empregada.

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44 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS QUANTO A PROFUNDIDADE

ATINGIDA

FONTE: Sociedade Brasileira de Queimados

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45 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

GRAVIDADE

De modo a determinar a necessidade de transferência para unidade

especial de queimados, é possível recorrer a um sistema que classifica as

queimaduras em leve, moderada e grave, a avaliação baseia-se em uma serie

de fatores, entre os quais a área de superfície corporal queimada, o

envolvimento de determinadas regiões anatômicas sensíveis, a idade da

pessoa, as lesões associadas, as queimaduras leves geralmente podem ser

tratadas em casa, as queimaduras moderadas podem requerer internação e as

queimaduras graves necessitam de unidades especiais de queimados.

CLASSIFICAÇÃO EM FUNÇÃO DA GRAVIDADE

LEVE MODERADA GRAVE

Adulto < 10% SCT Adultos 10-20% SCT Adultos > 20%SCT

Crianças ou Idosos

< 5% SCT

Crianças ou Idosos

5 a 10% SCT

Crianças ou Idosos > 10%

SCT

< 2% queimaduras

profundidade total

2-5% queimadura

profundidade total

>5% queimaduras

profundidade total

Lesão por alta tensão Queimadura por alta

tensão

Lesão por possível

inalação

Lesão por inalação

confirmada

Queimadura

Circunferência

Queimaduras significativas

na face, articulações,

mãos e pés

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES

A queimadura das vias aéreas são importante fator de agravo à vítima

de queimadura, pois o dano pulmonar resultado do trauma direto desencadeia

um processo inflamatório importante, caracterizado por aumento do líquido

extra-vascular, uma breve exposição da epiglote às altas temperaturas pode

provocar maciço edema e rápida obstrução de vias aéreas, nas crianças

resulta em epiglotite, laringotraquite, e bronquite, como conseqüência ocorre

asfixia pela inalação do monóxido de carbono (CO) e Cianeto, diminuição das

trocas gasosas pelo edema, diminuição da complacência pulmonar e torácica e

aumento da resistência vascular pulmonar.

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46 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

A inalação de fumaça promove danos tanto nas vias aéreas superiores

como no trato respiratório inferior, produtos químicos da combustão como

amônia, dióxido de nitrogênio, e dióxido de enxofre com água no trato

respiratório, produz ácidos e bases fortes, que induzem bronco espasmo,

edema, ulceração da membrana mucosa, lesão alveolar e impedimento das

trocas gasosas. Deve se lembrar ainda que o monóxido de carbono se combina

de forma duzentas vezes mais estável com a hemoglobina do que o oxigênio,

dificultando assim a liberação de oxigênio para os tecidos, nestes casos a

decisão de entubar deve ser rápida para garantir uma boa suplementação de

oxigênio.

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47 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC)

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) - conhecido popularmente como "derrame cerebral".

Tipos:

Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) e Acidente Vascular

Hemorrágico (AVCH).

Causas:

O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI), o mais comum, é

causado pela falta de sangue em determinada área do cérebro, decorrente da

obstrução de uma artéria.

O Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH) é causado por

sangramento devido ao rompimento de um vaso sanguíneo.

Nos dois tipos de AVC uma vez que o sangue, contendo nutrientes e

oxigênio, não chega a determinadas áreas do cérebro, ocorre a perda das

funções dos neurônios, causando os sinais e sintomas que dependerão da

região do cérebro envolvida. O AVC atinge pessoas de todas as idades, sendo

raro na infância. Deve ser considerado como um ataque cerebral, pois é a

causa mais frequente de morte e incapacidades na população adulta brasileira.

Existe outra condição chamada "Ataque Isquêmico Transitório" (AIT ou

TIA, do Inglês) que consiste na interrupção temporária do fluxo sanguíneo,

causando sinais e sintomas iguais ao AVC que, porém revertem-se

espontaneamente em um curto período de tempo. O ataque isquêmico

transitório deve ser encarado como um aviso de que algo está errado. Sua

causa precisa ser descoberta e tratada, antes que o AVC ocorra.

Principais sintomas

Os sinais e sintomas do AVC se iniciam de forma súbita e podem ser únicos

ou combinados, de acordo com a lista abaixo:

• Enfraquecimento, adormecimento ou paralisação da face, braço ou

perna de um lado do corpo. • Alteração de visão: turvação ou perda da visão, especialmente de um

olho; episódio de visão dupla; sensação de "sombra" sobre a linha da visão.

• Dificuldade para falar ou entender o que os outros estão falando, mesmo que sejam as frases mais simples.

• Tontura sem causa definida, desequilíbrio, falta de coordenação no andar ou queda súbita, geralmente acompanhada pelos sintomas acima descritos.

• Dores de cabeça fortes e persistentes.

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48 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

• Dificuldade para engolir.

APLICAÇÃO DE ESCALAS

Escala Pré-Hospitalar para AVC (ESCALA DE CINCINNATI Pré Hospital STROKE SCALE – CPSS).

A escala buscar orientar e identificar precocemente 03 achados físicos, em menos de

um minuto, que poderão sinalizar um provável AVE.

1 – Queda Facial

2 – Debilidades dos braços

3 – Fala anormal

Pacientes com aparecimento súbito de 01 destes 03 achados tem 72% de

probabilidade de estar desenvolvendo um AVC Isquêmico, se os 3 achados

estiverem presentes a probabilidade é maior que 85%.

Queda Facial Debilidade dos braços

FONTE:

APLICABILIDADE DA ESCALA DE CINCINATTI

Escala Pré Hospitalar para AVC de CINCINNATI

Sinal/Sintoma Como testar Normal Anormal

Queda facial

Pede-se para o paciente mostrar os dentes ou sorrir

Ambos os lados da face movem-se igualmente

Um lado da face não se move tão bem quanto o outro

Debilidade dos braços

O paciente fecha os olhos e mantém os braços estendidos

Ambos os braços movem se igualmente ou não se movem

Um braço não se move ou cai baixo, quando comparado com o outro

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49 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

Fonte: Kothari RU, Pancioli A, Liu T, et al. (1999)

TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO (TCE)

O trauma cranioencefálico é causado por uma agressão ou por uma

aceleração ou desaceleração de alta intensidade do cérebro dentro do crânio,

este processo causa comprometimento estrutural e funcional do crânio,

meninges, encéfalo ou de seus vasos. O TCE é um trauma que não apresenta

origem degenerativa ou congênita, e pode causar diminuição ou alteração de

consciência, resultando em alterações que afetam diretamente o

funcionamento físico, cognitivo memória, aprendizado e atenção,

comportamento ou emocional.

TIPOS DE TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO

O TCE está dividido em três tipos: trauma craniano fechado, trauma com

abaulamento no crânio e fratura exposta, o trauma craniano fechado se

caracteriza por uma fratura sem desvio na estrutura óssea, ou por não

apresentar ferimento na calota craniana. Na fratura com abaulamento o osso

fraturado se encontra afundado no crânio, podendo causar compressão ou

lesão cerebral, e na fratura exposta geralmente ocorre uma laceração de couro

cabeludo e músculos pericrânios, existindo comunicação direta entre a parte

externa do crânio com o parênquima cerebral.

HEMATOMA INTRACRANIANO

Existem vários tipos de hematomas intracranianos ou acumulações de sangue

dentro ou fora do cérebro, sendo classificados de acordo com sua localização

no cérebro, os hematomas intracranianos podem variar de pequenas lesões

até lesões muito graves.

Fala anormal

Pede-se para o paciente dizer “O rato roeu a roupa do rei de Roma”.

Use as palavras corretas, com pronúncia clara

Pronuncia palavras ininteligíveis, usa palavras incorretas ou é incapaz de falar

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50 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

HEMATOMA EPIDURAL

É uma acumulação de sangue que se forma entre os ossos do crânio e a dura-

máter a membrana externa do cérebro, os hematomas epidurais são

geralmente associados com uma fratura de crânio causada por um trauma, os

sintomas dependem da extensão da lesão e da quantidade de sangue

derramado, podendo aparecer imediatamente, ou mesmo depois de alguns

dias.

HEMATOMA SUBDURAL

É a acumulação de sangue que se forma abaixo do crânio, entre duas

membranas do cérebro, a dura-máter e a aracnóide, o hematoma subdural

pode ocorrer após uma fratura no crânio.

CONTUSÃO OU HEMATOMA INTRACEREBRAL

A contusão cerebral é uma lesão que causa sangramento e inchaço ao

redor da área onde ocorreu o trauma, a lesão primária ocorre a partir de um

impacto direto ou indireto na cabeça, causando aceleração/desaceleração do

cérebro, a lesão cerebral secundaria resulta de um trauma axonal intracerebral,

hipertensão intracraniana, hipoxemia, hipercapnia ou hipotensão sistêmica,

sendo a concussão cerebral a forma mais comum de traumatismo craniano.

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51 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

SINTOMAS DO TRAUMATISMO CRANIANO

Uma pessoa pode ter sintomas são variados e dependem da gravidade do

trauma.

TRAUMA CRÂNIO LEVE

Cefaléia, hipersensibilidade ao ruído e a luz, irritabilidade, confusão,

desequilíbrio, zumbido ouvido.

TRAUMA CRANIANO MODERADO À GRAVE ( ATENÇÃO MÉDICA

IMEDIATA )

Perda de consciência, cefaléia que não passa náuseas e vômitos recorrentes,

confusão, dificuldade de andar, convulsões, mudança de comportamento,

irritabilidade, perda de sangue ou fluidos do nariz ou ouvidos, palidez,

alterações motoras, sensitivas, de linguagem, incontinência urinária ou fecal,

coma.

GRAVIDADE DO TRAUMATISMO CRANIANO

A gravidade é verificada através da Escala de Coma de Glasgow (ECG).

ESCALA DE COMA DE GLASGOW

ABERTURA OCULAR

MELHOR RESPOSTA VERBAL

MELHOR RESPOSTA MOTORA

Espontânea 4 Orientado 5 Obedece ao comando verbal 6

Ordem Verbal 3 Confuso 4 Localiza a dor 5

Dor 2 Palavras Inapropriadas 3 Reação inespecífica 4

Sem resposta 1 Sons 2 Flexão anormal (decorticação)

3

Sem resposta 1 Extensão a dor (descerebração)

2

Sem resposta 1

CONCLUSÃO DA AVALIAÇÃO ECG < 08 - TCE GRAVE (VÍTIMA EM COMA) ECG 09 a 13 - TCE MODERADO ECG 14 a 15 - TCE LEVE

DECORTICAÇÃO

Postura flexora patológica causada por danos cerebrais consiste em flexão dos

cotovelos e punhos, adução dos ombros e extensão dos membros inferiores,

geralmente indica lesões acima do tronco encefálico.

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52 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

DESCEREBRAÇÃO

Consiste em extensão bilateral dos membros inferiores, adução e rotação

interna dos ombros e extensão dos cotovelos e punhos, geralmente indicam

lesão bilateral em mesencéfalo e ponte.

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53 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

Infarto agudo do miocárdio é necrose miocárdica resultante de

obstrução aguda de uma artéria coronária. Os sintomas incluem desconforto

torácico com ou sem dispnéia, náuseas e diaforese. O diagnóstico é efetuado

por ECG e pela existência ou ausência de marcadores sorológicos. O

tratamento consiste em drogas antiplaquetárias, anticoagulantes, nitratos,

betabloqueadores, estatinas e terapia de reperfusão. Para IM com elevação do

segmento ST, reperfusão de emergência com drogas fibrinolíticas, intervenção

percutânea ou, ocasionalmente, cirurgia de revascularização miocárdica. Para

IM sem elevação do segmento ST, a reperfusão é por meio de intervenção

percutânea ou cirurgia de revascularização do miocárdio.

Identificação do eletrocardiograma do paciente com supra desnivelamento do

segmento

ST.

SUPRA ST – O supradesnível do segmento ST > 1 mm em duas derivações contíguas

determina o diagnóstico e correlaciona-se com a topografia do infarto.

A importância do tamanho do manguito para a medida adequada da pressão

arterial;

Um dos aspectos mais importantes para garantir a acurácia das medidas de pressão

arterial é a utilização de manguitos de dimensões recomendadas para o uso nas diversas

faixas etárias e locais de medida de PA. A utilização de aparelhos de pressão com manguitos

de dimensões fora das recomendadas acarretará na imprecisão dos resultados obtidos, a

utilização de manguitos de dimensões inferiores às necessidades, de acordo com o paciente

sob exame, resultara em pressão arterial superestimada, enquanto que o oposto levará à

pressão arterial menor do que a real, sendo assim, a recomendação de que existam

disponíveis manguitos dos diversos tamanhos e que a medida da circunferência do braço do

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54 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

doente seja sempre medida para que a escolha do tamanho adequado se torne o mais objetiva

possível.

Fatores de correção da PA medidas com manguito adulto padrão (13cm de

largura e 30cm de comprimento), de acordo com a circunferência do braço do paciente

Dimensões do manguito de acordo com a circunferência do membro

Circunferência do

braço (cm)

Denominação do

manguito

Largura do

manguito (cm)

Comprimento da

bolsa (cm)

< 6 Recém-nascido 3 6

6 a 15 Criança 5 15

16-21 Infantil 8 21

22-26 Adulto pequeno 10 24

27-34 Adulto 13 30

35-44 Adulto grande 16 38

45-52 Coxa 20 42

Fonte: VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial Sistêmica, 2016

Fator de Correção (mmHg)

Circunferência (cm) PAS PAD

26 +5 +3

28 +3 +2

30 0 0

32 -2 -1

34 -4 -3

36 -6 -4

38 -8 -6

40 -10 -7

42 -12 -9

44 -14 -10

46 -16 -11

48 -18 -13

Fonte: VII diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial Sistêmica, 2016

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55 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

DOR COMO 5° SINAL VITAL – SISTEMATIZAÇÃO DA INTENSIDADE DA

DOR

Podemos definir a dor como um fenômeno multidimensional, envolvendo

aspectos físico-sensoriais e aspectos emocionais, um sintoma que acompanha

de forma transversal, a generalidade das situações patológicas que requerem

cuidados de saúde, a dor possui várias intensidades, denominadas pelo

indivíduo, ela pode ser ligeira, desconfortante, desolante, horrível e atroz. A dor

pode ser classificada também em termos temporais como:

Transitória: dor de curta duração na qual o dano real é quase inexistente ou

reparável raramente se acompanha de intensidade.

Aguda: caracterizam-se pela combinação de lesão tecidual, dor e intensidade,

por lapso de tempo muito curto entre o afrontamento com a causa do ferimento

e a preparação para o restabelecimento.

Crônica: subsiste depois que cessou de cumprir uma função necessária, não é

mais um simples sintoma do ferimento, é a doença, conduz á debilidade e gera,

muitas vezes, uma depressão profunda, é um problema médico grave, em si,

que exige uma muita atenção.

O controle eficaz da Dor é um dever dos profissionais de saúde, um

direito dos doentes que dela padecem e um passo fundamental para a efetiva

humanização das unidades de saúde, a avaliação e registro da intensidade da

Dor, pelos profissionais de saúde, tem que ser feitos de forma continua e

regular, a semelhança dos sinais vitais, de modo a otimizar a terapêutica, dar

segurança à equipe prestadora de cuidados de saúde e melhorar a qualidade

de vida do doente.

REGRAS DE APLICAÇÃO DAS ESCALAS DE AVALIAÇÃO DA DOR

A avaliação da intensidade da Dor pode efetuar-se com recurso a

qualquer das escalas propostas.

A intensidade da Dor é sempre a referida pelo doente.

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56 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

À semelhança dos sinais vitais, a intensidade da Dor registrada refere-se

ao momento da sua coleta.

As escalas propostas aplicam-se a doentes conscientes e colaborativos,

com idade superior a 03 anos.

A escala utilizada, para um determinado doente, deve ser sempre a

mesma.

Para uma correta avaliação da intensidade da dor é necessária a

utilização de uma linguagem comum entre o profissional de saúde e o doente,

que se traduz por uma padronização da escala a utilizar e pelo ensino prévio à

sua utilização.

É fundamental que o profissional de saúde assegure que o doente

compreenda, corretamente, o significado e utilização da escala utilizada.

ESCALAS DE DOR

A Escala Visual Analógica consiste numa linha horizontal, ou vertical,

com 10 centímetros de comprimento, que tem assinalada numa extremidade a

classificação “Sem Dor” e, na outra a classificação “Dor Máxima”. O doente terá

que fazer uma cruz, ou um traço perpendicular à linha, no ponto que representa

a intensidade da sua Dor, por isso uma equivalência entre a intensidade da Dor

e a posição assinalada na linha reta. Mede-se, posteriormente e centímetros, a

distância entre o início da linha, que corresponde a zero e o local assinalado,

obtendo-se, assim, uma classificação numérica que será assinalada na folha

de registro.

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57 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

ESCALA NUMÉRICA

A escala numérica consiste numa régua dividida em onze partes iguais,

numeradas sucessivamente de 0 a 10, pretende-se que o doente faça a

equivalência entre a intensidade da sua Dor, uma classificação numérica,

sendo que a 0 corresponde a classificação “Sem Dor”, e a 10 a classificação “

Dor Máxima”, a classificação numérica indicada pelo doente será assinalada na

folha de registro.

ESCALA QUALITATIVA / ESCALA DE FACES

Na escala Qualitativa solicita-se ao doente que classifique a intensidade

da sua Dor de acordo com os seguintes adjetivos: “Sem Dor”, “Dor

Ligeira/Leve”, Dor Moderada”, “Dor Intensa”, estes adjetivos devem ser

registrados na folha de registro. Na Escala de Faces é solicitado ao doente que

classifique a intensidade da sua Dor de acordo com a mímica representada em

cada face desenhada, sendo que à expressão de felicidade corresponde à

classificação “Sem Dor” e a expressão de máxima tristeza corresponde a

classificação “Dor Máxima”.

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58 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

TERMINOLOGIAS

1. Abscesso – coleção de pus contendo células e microorganismos mortos,

apresenta-se como uma bolsa bem delimitada na área infectada.

2. Adenite – Inflamação dos gânglios linfáticos.

3. Adiposo – de natureza gordurosa.

4. Aerofagia – deglutição voluntária ou involuntária de ar que penetra no

estômago e se acumula.

5. Afagia – impossibilidade de deglutir.

6. Afasia – impossibilidade de falar ou entender a palavra falada em

decorrência de disfunção dos centros cerebrais.

7. Afebril – que está sem febre.

8. Afonia – perda da voz.

9. Alérgeno – substância capaz de provocar alergia.

10. Alergia – reação de hipersensibilidade adquirida do organismo a uma

determinada substância (ex: pelos, pólen, leite, medicamentos...). Os sinais

mais freqüentes são: urticária, coriza, asma.

11. Álgico – relativo à dor.

12. Alopecia – perda de cabelos ou pelos ocasionada por diversas doenças.

Pode ser total ou parcial, prematura ou senil.

13. Amenorréia – ausência anormal do fluxo menstrual.

14. Analgésico – que suprime a dor.

15. Anasarca – edema generalizado.

16. Anastomose – comunicação natural ou cirúrgica entre dois condutos.

17. Anisocoria – desigualdade de diâmetro das pupilas.

18. Anosmia – diminuição ou perda completa do olfato pode ser transitória ou

permanente.

19. Anóxia – falta de oxigênio nos tecidos.

20. Anúria – ausência da eliminação urinaria.

21. Apatia – falta de energia, estado de indiferença.

22. Apático – indiferente, sem reações afetivas.

23. Apnéia – parada dos movimentos respiratórios.

24. Assepsia – ausência completa de germes patogênicos.

25. Asséptico – estéril, sem contaminação.

26. Astenia – fadiga, enfraquecimento, falta de vitalidade, perda de energia em

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59 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

conseqüência de um estado de fraqueza geral.

27. Ataxia – incoordenação motora (ex: mal de Parkinson)

28. Atonia – falta de tônus muscular.

29. Autoclave – aparelho esterilizador com base no vapor d’água sob pressão,

a 120ºC de temperatura.

30. Balanite – inflamação da glande.

31. Balanopostite – inflamação da glande e do prepúcio.

32. Banho de assento – Semicúpio. Imersão da bacia e dos quadris.

33. Blefarite – inflamação das pálpebras.

34. Bradicardia – diminuição dos batimentos cardíacos.

35. Bradipnéia – movimento respiratório abaixo do normal.

36. Caquexia – desnutrição adiantada, emagrecimento severo.

37. Cefaléia – dor de cabeça.

38. Ceratite – inflamação da córnea.

39. Cianose – cor azulada da pele por falta de oxigênio no sangue.

40. Claudicar – o mesmo que mancar.

41. Colúria – presença de bilirrubina ou bílis na urina.

42. Conjuntiva – membrana que recobre a parte externa do globo ocular e parte

interna da pálpebra.

43. Conjuntivite – inflamação da conjuntiva.

44. Constipação – retenção de fezes no intestino por um tempo

demasiadamente longo.

45. Corpo estranho – qualquer material encontrado no corpo que não deveria

estar.

46. Desbridamento – limpeza mecânica de uma ferida infectada com remoção

de tecidos desvitalizados e secreção.

47. Desinfecção – destruição de microorganismo patogênico.

48. Diplopia – visão dupla.

49. Disfagia – dificuldade de deglutir.

50. Dislalia – comprometimento da fala, dificuldade na pronúncia das palavras.

51. Dismenorréia – menstruação difícil e dolorosa.

52. Dispareunia – dor na relação sexual.

53. Dispnéia – dificuldade respiratória.

54. Dispnéico – aquele que apresenta dispnéia.

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60 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

55. Disúria – micção difícil e dolorosa.

56. Diurese – eliminação de urina.

57. Êmese – ato de vomitar.

58. Emético – substância que induz o vômito.

59. Enterorragia – hemorragia intestinal, eliminação de sangue nas fezes.

60. Enurese – incontinência urinaria noturna.

61. Epigástrio – porção média e superior do abdômen.

62. Epigastralgia – dor no epigastro.

63. Epistaxe – hemorragia nasal

64. Equimose – mancha escura ou azulada em decorrência do extravasamento

de sangue no tecido subcutâneo.

65. Eritema – vermelhidão na pele que desaparece à compressão do local.

66. Eructação – eliminação de gases estomacais pela boca, na linguagem

popular o mesmo que arrotar.

67. Escotomas – pontos luminosos no campo visual que ocorre na hipertensão

arterial.

68. Esmegma – secreção caseosa que se acumula em redor do prepúcio ou

dos pequenos lábios.

69. Esputo – escarro; material expectorado; pode ser mucoso, purulento,

hemorrágico, espumoso.

70. Estase – estagnação de um líquido anteriormente circulante.

71. Esteatorréia - evacuação de fezes descoradas, contendo muita gordura.

72. Estenose – estreitamento congênito ou adquirido de uma estrutura tubular

(ex: estenose de esôfago).

73. Estéril – asséptico, livre de qualquer micróbio.

74. Esterilização – operação pela qual uma substância ou um objeto passa a

não conter nenhum micróbio.

75. Estomatite – inflamação da mucosa oral.

76. Etilismo – vício do uso de bebidas alcoólicas, intoxicação crônica pelo

álcool etílico.

77. Eupnéia – respiração normal, sem dificuldade.

78. Evacuação – eliminação de fezes.

79. Exantema – deflorência cutânea, qualquer erupção cutânea.

80. Expectoração – expulsão de catarro das vias respiratórias.

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61 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

81. Exsudato – líquido orgânico, rico em proteínas, de natureza inflamatória,

formado pela passagem do soro através das paredes vasculares dos tecidos.

82. Febrícula – febre pouco elevada e passageira.

83. Fenestrado - com aberturas ou janelas.

84. Fétido – que exala um odor desagradável.

85. Filiforme – em forma de fio; diz-se de um pulso fraco, fino.

86. Flato – ar ou gases do intestino.

87. Flatulência – acúmulo de gases nos intestinos, provocando uma distensão

e eliminação dos gases pelo ânus.

88. Flebite – inflamação de uma veia.

89. Flebotomia – incisão de uma veia, venosecção.

90. Fllictema ou flictena – elevação da epiderme com forma irregular,

preenchida por líquido; bolha.

91. Friável – que se rompe ou se quebra facilmente.

92. Galactagogo – que estimula a secreção de leite.

93. Gengivite – inflamação da gengiva.

94. Glicosúria – presença de açúcar na urina.

95. Glossite – inflamação da língua.

96. Halitose – mau hálito.

97. Hematêmese – vômito com sangue.

98. Hematoma – coleção de sangue em tecido traumatizado.

99. Hematúria – presença de sangue na urina.

100. Hemiparesia – perda da sensibilidade em um lado do corpo.

101. Hemiplegia – paralisia de metade do corpo.

102. Hemoptise – hemorragia de origem pulmonar, expectoração com sangue.

103. Hemostasia – processo para conter a hemorragia, coagulação do sangue.

104. Hemotórax – coleção de sangue, na cavidade pleural.

105. Hepatoesplenomegalia – aumento do volume do fígado e do baço.

106. Hialino – cristalino, transparente.

107. Hígio – saudável.

108. Hiperemese – vômitos excessivos ou incoercíveis.

109. Hiperemia – coloração avermelhada da pela causada por congestão

sanguinea.

110. Hiperglicemia – excesso de glicose no sangue.

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62 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

111. Hipertermia – elevação da temperatura corporal.

112. Hipo-osmia – diminuição do olfato.

113. Hipotensão – diminuição anormal da pressão arterial.

114. Hipotonia – tonicidade muscular diminuída.

115. Hipóxia – diminuição de oxigênio no sangue.

116. Hordéolo – inflamação de uma glândula sebácea da pálpebra, (terçol).

117. Icterícia – coloração amarelada da pele e mucosas devido ao aumento da

quantidade de bilirrubina no sangue.

118. Ictérico – com icterícia, relativo à icterícia

119. Inapetência – falta de apetite, anorexia.

120. Incontinência – perda de controle vesical ou intestinal.

121. Indolor – sem dor.

122. Ingesta – conjunto de alimentos e/ou líquidos ingeridos.

123. Isquemia – diminuição ou interrupção da circulação sanguínea a um tecido

ou órgão.

124. Jejum – estado de privação de alimento sólido ou líquido durante um

tempo determinado.

125. Lacerar – o mesmo que rasgar, dilacerar.

126. Lipotímia – estado de mal-estar caracterizado por fraqueza muscular ,

transpiração e distúrbios visuais, podendo haver ou não perda dos sentidos

127. Meato – orifício de um canal (ex. meato uretral)

128. Melena – fezes com sangue, em forma de borra de café. É o sangue que

vem do estômago ou duodeno e sofreu transformações químicas.

129. Menarca – primeira menstruação.

130. Mento – saliência que se localiza abaixo do lábio inferior (queixo).

131. Metrorragia – hemorragia uterina fora do período menstrual.

132. Mialgia – dor muscular.

133. Miíase – presença de larvas de moscas no organismo.

134. Micção – expulsão de urina da bexiga, ato de urinar.

135. Miose – contração da pupila.

136. Mucosa – membrana que reveste as cavidades do organismo (ex. boca,

olhos, estômago, pulmões).

137. Náusea – vontade de vomitar seguida ou não de vômito.

138. Necrose – processo de morte dos tecidos de uma região do corpo por falta

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63 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

de nutrientes e/ou oxigênio.

139. Nictúria – micção freqüente á noite.

140. Nistagmo – sucessão de movimentos involuntários rítmicos e conjugados

dos globos oculares.

141. Obesidade – excesso de tecido adiposo, aumento de peso superior a 25%

do peso normal.

142. Obnubilação – estado de apatia e torpor, apresentando turvação e

lentidão no pensamento.

143. Obstipação – constipação rebelde, prisão de ventre.

144. Oligúria – diminuição da quantidade de urina eliminada em 24 horas.

145. Ortopnéia – acentuada falta de ar em decúbito dorsal.

146. Otalgia – dor de ouvido.

147. Paraplegia – paralisia dos membros inferiores, que compromete

parcialmente o tronco.

148. Paresia – paralisia ligeira ou incompleta que se manifesta como

diminuição da força muscular.

149. Parestesia – alteração da sensibilidade, desordem nervosa, com

sensações anormais. (ex. picadas, formigamentos).

150. Paroníquia – inflamação ao redor da unha.

151. Peristaltismo – movimentos de contração (de cima para baixo) do tubo

digestivo.

152. Petéquias – pequenas hemorragias puntiformes.

153. Pirose – azia, fermentação ácida com sensação de calor no estômago.

154. Piúria – presença de pus na urina.

155. Polidipsia – sede excessiva.

156. Poliúria – aumento da quantidade de urina.

157. Precordial – relativo á área torácica que corresponde ao coração.

158. Priaprismo – ereção prolongada, dolorosa, não associada com

estimulação sexual.

159. Profilático – que previne, que evita.

160. Proteinúria – presença de proteína na urina.

161. Prurido – coceira.

162. Ptose – queda ou posicionamento anormalmente baixo de uma estrutura

ou órgão (ex. ptose palpebral).

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64 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

163. Pus – líquido de cor turva, espesso formado na infecção. É composto de

leucócitos, monócitos, células mortas e microorganismos.

164. Pústula – vesícula cheia de pus.

165. Queilose – afecção dos lábios e dos ângulos da boca.

166. Quelóide – excesso de tecido conjuntivo na cicatriz.

167. Recidiva – recaída, reaparecimento da doença após remissão bem-

sucedida.

168. Refluxo – movimento do conteúdo líquido de um conduto orgânico em

sentido contrario ao do movimento normal (ex. relfuxo gastroesofágico).

169. Regurgitação – volta de comia do estômago á boca.

170. Retenção urinária – incapacidade de eliminar a urina.

171. Rinorréia – coriza, descarga mucosa pelo nariz.

172. Sialorréia – salivação excessiva.

173. Sialosquiese – salivação deficiente, boca seca.

174. Taquipnéia – aumento da freqüência dos movimentos respiratórios.

175. Tenesmo – esforço doloroso (e involuntário) para evacuar sem eliminação

de fezes.

176. Timpanismo – distensão por gases.

177. Urina residual – urina que permanece na bexiga após a micção. Mede-se

mediante cateterismo.

178. Vasoconstrição – contração dos vasos com estreitamento de seu canal ou

luz.

179. Vasodilatação – dilatação dos vasos sanguíneos.

180. Vesícula – pequena bolha contendo líquido.

.

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65 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

BASES LEGAIS PARA CONSTRUÇÃO DESTE PROTOCOLO

O HOSPITAL DR. EULALINO IGNACIO DE ANDRADE, no uso de suas

atribuições, estabelece junto ao grupo elencado neste manual a construção e

aplicação deste, a todos os profissionais que atuam diretamente junto ao

cliente paciente nesta instituição.

CONSIDERANDO o direito à saúde, estabelecido pelo artigo 6º da Constituição

da República Federativa do Brasil de 1988 e o direito ao acesso universal e

igualitário às ações e serviços de saúde prestados pelo poder público, previsto

no artigo 196 da Carta Magna;

CONSIDERANDO o crescimento exponencial da demanda por serviços na

área de Urgência e Emergência e a conseqüente necessidade de

aprimoramento na classificação dos pacientes em espera por atendimento,

respeitando a proposta do Ministério da Saúde com a Política Nacional de

humanização (PNH) lançada em 2003.

CONSIDERANDO o imperativo de prover a atenção qualificada à saúde de

toda população, incluindo o atendimento ágil e resolutivo das urgências e

emergências, pautado nas leis regulamentadas, resoluções, portarias e código

de ética medico e de enfermagem, conforme elencados a baixo.

• Lei 8080/90 SUS - Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano,

devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.

• § 1º É dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução

de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de

outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e

igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.

Decreto nº 94.406/87, que regulamenta a Lei do Exercício Profissional de

Enfermagem 7.498/86, estabelece como atividades privativas do Enfermeiro: Art. 8º

Ao Enfermeiro incumbe privativamente:

c) Planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da

assistência de Enfermagem;

e) Consulta de Enfermagem;

f) Prescrição da assistência de Enfermagem;

h) Cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam

conhecimentos científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas;

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66 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

• Código de Ética 311/07 (Resolução 564/2017); Dos Profissionais de

Enfermagem e estabelece responsabilidades e deveres dos profissionais de

enfermagem.

Art. 5º – Exercer a profissão com justiça, compromisso, equidade, resolutividade,

dignidade, competência, responsabilidade, honestidade e lealdade;

Art. 12 – Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de Enfermagem livre

de danos decorrentes de imperícia, negligência e imprudência;

Art. 13 – Avaliar criteriosamente sua competência técnica, científica, ética e legal e

somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para

si e outrem

• Resolução CFM 2.077/14 Dispõe sobre a normatização do funcionamento dos

Serviços Hospitalares de Urgência e Emergência, bem como do dimensionamento da

equipe médica e do sistema de trabalho:

Art. 2º Tornar obrigatória a implantação do Acolhimento com Classificação de Risco

para atendimento dos pacientes nos Serviços Hospitalares de Urgência e Emergência.

Art. 3º Todo paciente que tiver acesso ao Serviço Hospitalar de Urgência e

Emergência deverá, obrigatoriamente, ser atendido por um médico, não podendo, sob

nenhuma justificativa, ser dispensada ou encaminhada a outra unidade de saúde por

outro profissional que não o médico.

• Resolução COFEN 423/12; Normatiza no Âmbito do Sistema Cofen/Conselhos

Regionais de Enfermagem, a Participação do Enfermeiro na Atividade de Classificação

de Riscos;

Art. 1º No âmbito da equipe de Enfermagem, a classificação de risco e priorização da

assistência em Serviços de Urgência é PRIVATIVA DO ENFERMEIRO observada às

disposições legais da profissão.

Parágrafo único. Para executar a classificação de risco e priorização da assistência,

o Enfermeiro deverá estar dotado dos conhecimentos, competências e habilidades que

garantam rigor técnico-científico ao procedimento.

Art. 2º O procedimento a que se refere esta Resolução deve ser executado no

contexto do Processo de Enfermagem, atendendo-se às determinações da Resolução

Cofen nº 358/2009 e aos princípios da Política Nacional de Humanização do Sistema

Único de Saúde.

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67 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

• Resolução CFM 2079/14 torna obrigatória a implantação do Acolhimento com

Classificação de Risco para o atendimento dos pacientes em todos os serviços de

pronto atendimento 24h da rede de complexidade intermediária (UPAS – Unidades de

Pronto Atendimento) e hospitalares. Ainda, destaca que todo paciente nesses

espaços, independente do agravo, deverão ser atendidos por um profissional médico e

não podem ser dispensados ou encaminhados a outras unidades por profissional não-

médico.

• Portaria 2048/02 do Ministério da Saúde propõe a implantação nas unidades

de atendimento às urgências do acolhimento e da “triagem classificatória de risco”.

Conforme essa Portaria, o processo “deve ser realizado por profissional de saúde, de

nível superior, mediante treinamento específico e utilização de protocolos pré-

estabelecidos e tem por objetivo avaliar o grau de urgência das queixas dos pacientes,

colocando-os em ordem de prioridade para o atendimento”.

Diante do exposto fica, estabelecido por esta instituição de saúde, o Protocolo

de Classificação de Risco dos Usuários na Rede de Urgências e Emergências, que

buscam atendimento por procura espontânea ou encaminhada via SAMU, SIATE e

outros, a esta pertencente à Secretaria Municipal de Saúde do Estado do Paraná

(SESA).

O protocolo fica disponível, na sala de acolhimento e classificação de risco, no setor

de pós consulta sala de coordenação de enfermagem e educação permanente.

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68 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

APÊNDICES

Protocolo de Avaliação de Risco

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69 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

Guia de Encaminhamento

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70 Protocolo de Acolhimento, Avaliação e Classificação de Risco-HZS

REFERÊNCIAS

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