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PROTOCOLO DE ATENÇÃO À SAÚDE

DO IDOSO

MANAUS - 2017

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ARTHUR VIRGILIO DO CARMO RIBEIRO NETO

Prefeito de Manaus

MARCELO MAGALDI ALVES

Secretário Municipal de Saúde

JEAN MARCELO CHAVES DE ABREU

Subsecretário Executivo

LUBÉLIA SÁ FREIRE DA SILVA

Subsecretária de Gestão de Saúde - SUBGS

KÁSSIA JANARA PESSOA VERAS

Diretora do Departamento de Atenção Primária - DAP

LUANA AMARAL ALPIREZ

Gerente da Rede de Cuidados Crônicos - GRCC

MARIA ELINY RIBEIRO DA ROCHA

Chefe do Núcleo de Saúde do Idoso - NUSI

CONSULTORIA:

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SUMÁRIO

Introdução......................................................................................................................05 Diretrizes e Objetivo do Protocolo.................................................................................06 Política de Atenção à Saúde do Idoso: Principais Publicações e Bases Legais...........07 Atenção Integral a Saúde do Idoso: Conceitos e Definições Importantes....................08 Aspectos Gerais do Envelhecimento: Abordagem Integral...........................................10 Abrodagem a Fragilidade Multidimensional.................................................................10 Atenção ao Idoso no Município de Manaus..................................................................11 Plano de Cuidado..........................................................................................................15 Orientações Gerais sobre Alimentação e nutrição da Pessoa Idosa............................16 Atividade Física.............................................................................................................17 Imunização ...................................................................................................................18 Saúde Bucal da Pessoa Idosa......................................................................................18 Cuidador Familiar.........................................................................................................23 . Violência e Maus Tratos contra a Pessoa Idosa..........................................................24 Demanda Externa Relacionadas ao Cuidado de Saúde da Pessoa Idosa.............................................................................................................................28 Serviço de Atenção Domiciliar......................................................................................28 Assistência Farmacêutica a Pessoa Idosa...................................................................29 Saúde da Mulher Idosa.................................................................................................30 Serviços de Apoio.........................................................................................................32 Fundação Doutor Thomas............................................................................................38 Telefones Úteis.............................................................................................................40 Anexos .........................................................................................................................41 Referência Bibliográfica................................................................................................47 ...

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APRESENTAÇÃO

Os Protocolos Clínicos ou Diretrizes Terapêuticas são ferramentas que visam

organizar e padronizar a conduta dos profissionais da saúde diante das diversas

situações que possam enfrentar na rotina dos serviços de saúde.

Em consonância com os princípios e diretrizes da Política Nacional de Saúde da

Pessoa Idosa (PNPSI), define que a atenção à saúde dessa população terá como

porta de entrada a Atenção Básica/Saúde da Família, tendo como referência a rede de

serviços especializados de média e alta complexidade.

Nesse sentido a Secretaria Municipal de Saúde elaborou o Protocolo de

diretrizes clínicas na atenção à saúde do idoso, com enfoque clínico e de gestão do

cuidado, tomada de decisão qualificada por parte dos profissionais de saúde, de

acordo com aspectos essenciais à produção do cuidado, devendo ser utilizado como

material de consulta no dia a dia dos profissionais de saúde da Atenção Básica.

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INTRODUÇÃO

O envelhecimento é uma realidade que ocorre de maneira exponencial no

mundo inteiro. No Brasil o processo de envelhecimento se deve à melhoria de

indicadores de saúde como redução da taxa de fecundidade, de mortalidade e

aumento da esperança de vida. Moraes e Azevedo, 2016 apresentam que a estimativa

atual de idosos no Brasil é de 27 milhões, correspondendo a 12% da população e que

em 2050 estima-se que 30% serão de pessoas acima de 60 anos.

O envelhecimento demográfico é caracterizado também por uma transição

epidemiológica que ocasiona o aumento de doenças crônicas não transmissíveis

(DCNTs) e a necessidade de adequações de políticas sociais nas áreas da saúde,

previdência e assistência social.

Manaus é um município que vivencia essa realidade, pois vem apresentando

expressivo crescimento populacional na faixa etária de 60 anos e mais. O Censo de

2010 mostrou que 108.081 eram idosos, correspondendo a 6% em relação à

população geral.

No ano de 2016 identificou-se por meio do TABWINNET/DATASUS, que 224

idosos foram internados por fratura de fêmur, 337 para tratamento de diabetes mellitus

e 1009 internações para tratamento de Acidente Vascular Cerebral - AVC.

Nas internações, segundo CID 10, as 05 (cinco) principais causas foram as doenças

associadas ao sistema circulatório: 3.807, sistema digestório: 1.807, sistema

respiratório: 1.506, doenças infecciosas e parasitárias: 1.271 e lesões por

envenenamentos e causas externas: 1.209.

Essa realidade é um desafio no cumprimento de políticas, que não está restrito

somente ao aumento populacional, mas que traz juntamente com ele, projetos,

programas e ações direcionadas ao atendimento ao idoso exigindo diversas

alternativas como implementação de ações, avaliação e identificação de idosos frágeis

ou em risco de fragilização, realização de planos de cuidado e apoio as famílias que

tem sob sua responsabilidade pessoas em processo de envelhecimento e em especial

os que envelhecem com algum grau de dependência.

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1. OBJETIVO DO PROTOCOLO

1.1 POPULAÇÃO ALVO: Profissionais de Saúde da Atenção Primária do município de

Manaus.

1.2 OBJETIVOS

GERAL:

Organizar o processo de trabalho dos serviços da Secretaria

Municipal de Saúde de Manaus na Atenção Integral à saúde da

pessoa idosa;

ESPECÍFICOS:

Fomentar a promoção do envelhecimento ativo e saudável;

Propiciar o monitoramento do processo de envelhecimento;

Auxiliar na identificação dos fatores de riscos de doenças e

agravos;

Auxiliar na identificação e promoção dos fatores de proteção e

recuperação da saúde, envolvendo a família e comunidade no

processo do cuidado;

Normatizar a avaliação do idoso por meio do instrumento

Protocolo de Identificação do Idoso Vulnerável/ Vulnerable

Elders Survey (VES-13)

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2. POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE DO IDOSO: PRINCIPAIS PUBLICAÇÕES E

BASES LEGAIS

Lei nº. 8.842 de 04/01/1994 – Política Nacional do Idoso.

Lei nº. 10.741 de 01/10/2003 – Estatuto do Idoso.

Portaria nº. 1.395 de 09/12/1999 – Política Nacional de Saúde do Idoso.

Decreto nº 5.482 de 07/03/2001 – Política Municipal do Idoso

Portaria nº. 703 de 12/04/2002 – Assistência aos portadores da Doença de

Alzheimer.

Portaria nº. 738 de 12/04/2002 – Assistência domiciliar geriátrica.

Resolução SES nº. 1.141 de 26/08/2002 – Cria a Coordenadoria de Atenção

ao Idoso.

12ª Conferencia Nacional de Saúde. 2004

Guia de Alimentação Saudável do MS. 2005.

I Conferência Nacional de Direitos da Pessoa Idosa. 2006.

Caderno de Atenção Básica em Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa.

2006.

Atenção a Saúde do Idoso. SAS/MG. 2006.

Guia Prático do Cuidador / MS. Brasília 2006.

Carta dos Direitos dos Usuários do SUS. 2006

Lei nº 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento

às pessoas que especifica

Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e

critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras

de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.

Decreto nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004, regulamenta as Leis nos

10.048/2000 e 10.098/2000.

Lei nº 13.466, de Julho de 2017 (Altera o Estatuto do Idoso).

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3. ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO IDOSO: CONCEITOS E DEFINIÇÕES

ATIVIDADES AVANÇADAS DE VIDA DIÁRIA (AAVD): referem-se às

atividades do cotidiano mais complexas, como aquelas relacionadas ao

trabalho, recreação e participação social.

ATIVIDADES BÁSICAS DE VIDA DIÁRIA (ABVD): correspondem as tarefas

necessárias para o cuidado com o corpo ou o autocuidado, como banhar-se,

vestir-se, uso do banheiro, controle esfincteriano, alimentar-se sem ajuda,

transferência (sair da cama para a cadeira).

ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DE VIDA DIÁRIA (AIVD): correspondem às

tarefas necessárias para o cuidado com o domicílio ou atividades domésticas

(refeição, controle do dinheiro ou finanças, arrumar a casa, tomar remédios no

horário e dosagem corretos, fazer compras e sair sozinho).

AUTONOMIA: é a capacidade individual de decisão e comando sobre ações.

DEPENDÊNCIA: é a dificuldade para a realização de tarefas essenciais para

uma vida independente.

ENVELHECIMENTO: é um processo sequencial, individual, cumulativo,

irreversível, universal, não patológico de deterioração de um organismo

maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira que o tempo

o torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio ambiente (OMS).

IATROGENIA: são o conjunto de intervenções inadequadas realizadas por

profissionais de saúde, por desconhecimento das particularidades do processo

de envelhecimento, capazes de prejudicar a saúde do idoso.

IDOSO FRÁGIL: é aquele com declínio funcional estabelecido e incapaz de

gerenciar sua vida em virtude de incapacidades cognitivas, instabilidade

postural, imobilidade e incontinências.

IDOSO ROBUSTO: é aquele que não apresenta declínio funcional. Gerencia

sua vida de forma autônoma e independente.

IMOBILIDADE: é a perda total ou parcial da capacidade individual de

deslocamento e de manipulação do meio.

INDEPENDÊNCIA: é a capacidade individual de executar algo com os próprios

meios, sem ajuda de outra pessoa.

INSUFICIÊNCIA FAMILIAR: é caracterizada pela perda da capacidade da

família de prover os cuidados, dar apoio e suporte ao idoso, por ausência de

família ou por falta de condições.

MOBILIDADE: é a capacidade individual de deslocamento e de manipulação

do meio.

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MOBILIDADE REDUZIDA: é a situação do indivíduo cujos movimentos são

limitados em consequência da idade, de deficiência física (sensorial ou de

locomoção, que pode ser permanente ou momentânea) ou mental,

necessitando de atenção especial ou adaptações nos ambientes.

SARCOPENIA: é a redução da força e/ou da massa muscular, que pode

causar lentificação motora e mais risco de quedas.

SENESCÊNCIA: é o processo de envelhecimento normal.

SENILIDADE: é o processo de envelhecimento patológico.

POLIFARMÁCIA: termo usado para descrever a situação em que a pessoa

utiliza mais de 3 medicamentos simultaneamente. É uma prática clínica

comumente necessária nas pessoas idosas.

POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA: é considerada população em situação

de rua, o grupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza

extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de

moradia convencional regular e que utiliza de logradouros públicos e áreas

degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou

permanente, bem como unidades de acolhimento para pernoite temporário ou

como moradia provisória. (Decreto nº 7.053 de 23/12/2009).

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4. ASPECTOS DO ENVELHECIMENTO: ABORDAGEM INTEGRAL

4.1 ASPECTOS FISIOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO:

Alterações estruturais e funcionais.

Modificação da composição corporal;

Aumento da gordura corporal, com o avançar da idade (aos 75 anos, é

praticamente o dobro daquela aos 25 anos);

Diminuição do tecido adiposo dos membros e aumento no tronco,

caracterizando a chamada gordura central;

Diminuição da água corporal total (15% – 20%), principalmente à custa da

água intracelular, com redução dos componentes intra e extracelulares,

principalmente os íons sódio e potássio, provocando maior susceptibilidade a

graves complicações e consequentes perdas líquidas e maior dificuldade à

reposição do volume perdido;

A retração do componente hídrico, associado ao aumento da gordura corporal

(20% – 40%) poderá contribuir para a alteração da absorção, metabolização e

excreção das drogas no idoso.

A redução da albumina altera o transporte de diversas drogas no sangue;

O metabolismo basal diminui de 10% a 20% com o progredir da idade, o que

deve ser levado em conta quando calculamos as necessidades calóricas

diárias do idoso;

A tolerância à glicose também se altera, criando, às vezes, dificuldade para se

diagnosticar o diabetes.

4.2 ABORDAGEM A FRAGILIDADE MULTIDIMENSIONAL

4.2.1 Capacidade funcional: é o potencial que os idosos apresentam para decidir e

atuar em suas vidas de forma independente, no seu cotidiano, corresponde à

manutenção plena das habilidades físicas e mentais desenvolvidas ao longo da vida,

necessárias e suficientes para uma vida com independência e autonomia.

4.2.2 Incapacidade funcional: é a dificuldade ou necessidade de ajuda para o

indivíduo executar tarefas no seu dia-a-dia, abrangendo dois tipos de atividades:

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Atividades Básicas de Vida Diária (ABVD)

Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD)

A incapacidade predispõe o maior risco de problemas de saúde e afins. Sua

presença é ônus para o indivíduo, para a família, para o sistema de saúde e para a

sociedade (Giacomin & et al., 2002). A perda de uma função no idoso previamente

independente nunca deve ser atribuída à velhice e sim representar sinal precoce de

doença ou conjunto de doenças não tratadas, caracterizadas pela ausência de sinais e

sintomas típicos. A presença de dependência funcional deve desencadear uma

investigação clínica, buscando doenças que, na sua maioria, são total ou parcialmente

reversíveis.

A independência e autonomia nas atividades de vida diária estão intimamente

relacionadas ao funcionamento integrado e harmonioso das grandes funções ou

domínios: cognição, humor, mobilidade e comunicação. O comprometimento das

atividades de vida diária pode ser o reflexo de uma doença grave ou conjunto de

doenças que comprometam direta ou indiretamente essas quatro grandes funções ou

domínios, de forma isolada ou associada.

Portanto, a atenção à pessoa idosa deve basear-se na melhoria da qualidade da

assistência e no aumento de sua resolutividade com envolvimento de todos os

profissionais da rede de atenção à saúde.

5. ATENÇÃO À SAÚDE DO IDOSO NO MUNICÍPIO DE MANAUS

5.1 Rastreio de Vulnerabilidade da pessoa idosa nas Unidades Básicas de Saúde

de Manaus

A Secretaria Municipal de Saúde de Manaus optou pela normatização do uso do

Protocolo de Identificação do Idoso Vulnerável/ Vulnerable Elders Survey (VES-

13) como instrumento de rastreio de vulnerabilidade das pessoas de 60 anos e mais.

5.1.1 O que é o VES 13?

O Vulnerable Elders Survey (VES-13) ou Protocolo de Identificação do Idoso

Vulnerável1 é um instrumento simples e eficaz, capaz de identificar o idoso vulnerável

residente na comunidade, com ênfase nos dados referentes à idade, autopercepção

da saúde, presença de limitações físicas e incapacidades.

1 IDOSO VULNERÁVEL: indivíduo que tem risco de declínio funcional ou morte em dois anos.

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5.1.2 Como fazer?

A avaliação do idoso será feita através da aplicação do questionário VES-13

(anexo). É um instrumento simples e de fácil aplicação, composto por 13 itens que se

baseiam na avaliação das habilidades necessárias para a realização das tarefas do

cotidiano. Cada item recebe uma determinada pontuação e o somatório final pode

variar de zero a dez pontos.

5.1.3 Quem aplica?

O instrumento pode ser aplicado por qualquer profissional da equipe da Atenção

Básica, visando à avaliação da funcionalidade do idoso.

Nas Unidades Básicas de Saúde Tradicionais pode ser aplicado pelos seguintes

profissionais:

técnico de enfermagem que acolher o idoso

profissionais de nível superior durante o atendimento do idoso.

Nas Equipes de Saúde da Família pode ser aplicado pelos seguintes

profissionais:

Agente Comunitário de Saúde (ACS) durante visita domiciliar

Técnico de enfermagem que acolher o idoso

Enfermeiro e/ou Médico durante o atendimento ao idoso

Quando o ACS e/ou o técnico de enfermagem identificar pelo escore um idoso

em risco de fragilização ou fragilizado deverá encaminhar ao enfermeiro/médico para

avaliação.

5.1.4 Quando aplicar?

Aplicar o VES-13 às pessoas com 60 anos e mais que comparecerem nos

estabelecimentos de saúde ou que forem visitados em seus domicílios.

A avaliação deverá ser realizada anualmente e quando houver um evento que

apresente modificação em relação à avaliação anterior que comprometa a

funcionalidade do idoso, bem como após qualquer internação hospitalar.

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5.1.5 Resultados da aplicação do VES-13: estratificação de risco e grau de

fragilidade da saúde do idoso

O VES-13 classifica os idosos em dois grupos: Não vulneráveis (VES-13 ≤ 3) e

Vulneráveis (VES-13 ≥ 3). No entanto, ficou demonstrado que o aumento na

pontuação obtida com a aplicação do VES-13 tem uma relação linear com o risco de

declínio funcional e óbito, de forma que o acréscimo de cada ponto no VES-13

aumenta o risco de morte e de declínio funcional em 1,37 vezes.

Com base nas evidências e para fins de organização da assistência ao idoso em

Manaus a SEMSA adotou a estratificação considerando, três estratos: o idoso robusto

– risco baixo (VES-13 ≤ 2 pontos), o idoso em risco de fragilização - risco moderado

(VES-13: 3 a 6 pontos) e o idoso frágil - risco alto (VES-13 ≥ 7 pontos).

O quadro abaixo demonstra a estratificação dos idosos de acordo com o risco

para fragilidade a partir da pontuação obtida com a aplicação do VES-13:

ESTRATIFICAÇÃO - VES-13

Risco Escore Grau de

fragilidade Critérios

Baixo ≤ 2 Idoso robusto Idoso independente e autônomo

2;

Não apresenta incapacidade funcional3 ou

condição crônica4 de saúde associada;

Moderado 3 a 6 Idoso em risco de fragilização

Idoso independente e autônomo2, porém em

um estado dinâmico entre senescência5 e

senilidade6;

Presença de limitações funcionais sem dependência (declínio funcional iminente

7);

Apresenta uma ou mais condições crônicas4

de saúde;

Alto ≥ 7 Idoso frágil

Idoso com declínio funcional estabelecido8,

idoso dependente;

Presença de incapacidade funcional3 única ou

múltipla;

Apresenta uma ou mais condições crônicas4

de saúde;

2Entende-se por Idoso independente e autônomo aquele capaz de tomar decisões e de executar ações

com os próprios meios, sem ajuda de outra pessoa. 3Entende-se por Incapacidade funcional a necessidade de ajuda para executar atividades básicas e

instrumentais de vida diária (ABDV / AIDV). 4 Entende-se por condições crônicas preditoras: Sarcopenia, presença de múltiplas comorbidades (5 ou

mais), polifarmácia (5 ou mais medicamentos), histórico de internações recentes (intervalo inferior a 6 meses), perda do suporte familiar. 5 Entende-se por Senescência o processo de envelhecimento normal

6 Entende-se por Senilidade o processo de envelhecimento patológico

7 Entende-se por Declínio funcional iminente (limitações funcionais) o idoso que apresenta alguma

dificuldade de executar atividades básicas e instrumentais de vida diária (ABDV / AIDV), mas ainda mantém a indepedência e autonomia. 8 Entende-se por Declínio funcional estabelecido o idoso incapaz de gerenciar sua vida e de executar

atividades básicas e instrumentais de vida diária (ABDV / AIDV) evidenciando um estado de dependência.

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A avaliação do idoso através da estratificação de risco tem como objetivo a

identificação do grau de fragilidade do idoso a fim de oportunizar em tempo adequado

ações preventivas, curativas ou reabilitadoras pertinentes a cada caso oferecendo a

esses indivíduos a oportunidade de manutenção da sua funcionalidade e qualidade de

vida pelo maior tempo possível.

O registro deverá ser feito no prontuário do usuário e no gráfico constante na

caderneta de saúde do idoso, conforme figura abaixo.

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5.1.6 Fluxograma de atendimento do idoso na Atenção Primária à Saúde - APS

de acordo com a estratificação de risco

5.1.7 PLANO DE CUIDADOS

Independente do nível de fragilidade do idoso e de onde esse usuário terá sua

atenção à saúde compartilhada, os pontos de APS devem se responsabilizar pelo

acompanhamento integral do idoso na rede de atenção à saúde, estabelecendo o

vínculo e planejando o cuidado de forma eficaz e humanizada.

O Plano de Cuidados é uma estratégia utilizada para a organização do cuidado e

deve conter informações essenciais para o planejamento e implementação das ações

necessárias para a manutenção ou recuperação da saúde do idoso.

5.1.7.1 Competências da Atenção Primária à Saúde - APS

O quadro abaixo apresenta as competências da APS de acordo com a

estratificação de risco e o grau de fragilidade do idoso

Risco Competências da Atenção Primária

Baixo

Realizar ações de promoção à saúde

Realizar a busca ativa dos usuários idosos do território

Realizar ações de prevenção com foco na manutenção da capacidade funcional

Realizar a primeira consulta médica e de enfermagem

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Realizar a estratificação de risco (aplicando o questionário VES-13)

Realizar o diagnóstico precoce de complicações e/ou condições crônicas associadas

Realizar o tratamento e acompanhamento dos idosos, por meio de consultas interdisciplinares, visitas domiciliares e grupos operativos.

Realizar o 1º atendimento de urgência e encaminhamento para outro nível de complexidade, quando pertinente.

Moderado

Executar as competências descritas para os idosos com baixo risco;

Elaborar e acompanhar a execução do plano de cuidado, realizando as adequações necessárias;

Encaminhar a outros níveis de atenção, adequando o plano de cuidado quando necessário.

Alto

6. ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DA PESSOA

IDOSA

6.1 Avaliação Nutricional

A avaliação do estado nutricional do idoso é complexa, pois tem relação com

uma série de fatores que necessitam ser investigados, como: alterações fisiológicas,

processos patológicos crônicos, situações individuais, entre outras, que ocorrem com

o envelhecimento e geralmente interferem no estado nutricional do indivíduo sendo

necessário um diagnóstico nutricional que possibilite intervenção adequada. Através

da Escala de Avaliação Nutricional, se classifica o idoso segundo seu estado

nutricional.

ESCALA DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL

ESTADO NUTRICIONAL DO IDOSO SEGUNDO O IMC

IMC (kg/m2

) CLASSIFICAÇÃO

≤ 22 Baixo peso

>22 e <27 Peso adequado

≥27 Sobrepeso

FONTE: CADERNO DE ATENÇÃO BÁSICA Nº 19- MS.

Ao identificar um idoso com baixo peso ou sobrepeso com comorbidade

encaminhá-lo ao nutricionista9 para avaliação antropométrica e orientação dietética.

6.2 Orientação básica acerca da alimentação do idoso

Seguir os dez passos para uma alimentação adequada e saudável:

01- Fazer alimentos in natura ou minimamente processados a base da

alimentação.

02- Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e

cozinhar alimentos.

9 As policlínicas municipais têm nutricionista.

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03- Limitar o consumo de alimentos processados.

04- Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados.

05- Comer com regularidade e atenção em ambientes apropriados e, sempre que

possível, com companhia.

06- Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou

minimamente processados.

07- Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias.

08- Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece.

09- Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na

hora.

10- Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação

veiculadas em propagandas comerciais.

7. ATIVIDADE FÍSICA NO ENVELHECIMENTO

A inatividade física é um dos fatores de risco mais importantes para as doenças

crônicas, juntamente com a dieta inadequada e uso do fumo, sendo bastante

prevalente entre os idosos que gastam a maior parte do tempo livre em atividades

sedentárias.

O profissional de saúde precisa incentivar o idoso a incorporar um estilo de vida

mais saudável e ativo, por meio da prática corporal / atividade físico.

Benefícios da Prática Corporal/Atividade Física

Melhor funcionamento corporal;

Redução no risco de morte por doenças cardiovasculares

Controle da pressão arterial

Melhora a postura e o equilíbrio

Melhor controle do peso corporal

Melhora do perfil lipídico

Melhor utilização da glicose

Melhora a função intestinal

Melhora a qualidade do sono, do estado de humor e a

autoestima;

Ampliação do contato social

Diminuição da ansiedade, do estresse.

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8. IMUNIZAÇÃO

As vacinas disponíveis pelo Programa Nacional de Imunização para os idosos

nos serviços de saúde são:

VACINA QUEM DEVE TOMAR FREQUÊNCIA

Influenza (contra gripe causada pelo vírus Influenza).

Todas as pessoas com sessenta anos ou mais.

Uma dose por ano.

Pneumococo 23 (contra pneumonia causada pela bactéria Pneumococo).

Idosos acamados (asilos, hospitais, em casa).

Dose única com um reforço após 05 anos.

Difteria e Tétano (dT) (Protege contra difteria e tétano).

Para idosos e todas as pessoas não vacinadas ou com esquema incompleto de vacina ou ainda com a última dose feita há mais de dez anos.

03 doses e 01 dose de reforço.

Vacina contra Hepatite B Para idosos e todas as pessoas não vacinadas ou com esquema incompleto de vacina.

03 doses (com intervalos de 30, 60 e 120 dias)

Febre Amarela: a vacina contra febre amarela em pessoas com 60 anos e mais

deverá ser realizado somente se residirem ou forem se deslocar para áreas com

transmissão ativa de febre amarela, conforme Nota Informativa nº 94 de

2017/CGPNI/DEVIT/SVS/MST de 10 de abril de 2017.

9. SAÚDE BUCAL DA PESSOA IDOSA

A avaliação da Saúde Bucal deve ser realizada em todos os idosos,

especialmente nos idosos fragilizados devido à dificuldade destes para realizar sua

higienização de forma adequada e para deslocar-se à unidade básica de saúde.

O envelhecimento contribui para alterações nos tecidos duros e moles levando a

incapacidades na língua, dentes e mucosa oral.

No planejamento de atenção básica e de promoção de saúde devem ser

incluídas as repercussões odontológicas de doenças sistêmicas como diabetes,

hipertensão, demências, etilismo, fumo e exposição prolongada ao sol, pois essas

doenças e comportamentos possuem repercussões na saúde bucal dos idosos. Na

atenção básica devem ser garantidas as ações voltadas para o tratamento clínico das

condições mais prevalentes no idoso, como cárie de raiz, xerostomia, doença

periodontal e halitose.

O quadro abaixo apresenta as alterações mais comuns que ocorrem nos

dentes, língua e mucosa oral do idoso.

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DENTES LINGUA MUCOSA ORAL

Descoloração (dentes amarelados);

Redução no esmalte dentário / sensibilidade;

Redução da inervação e dos vasos sanguíneos da polpa dentária;

Desgaste do colo dentário, associado ao uso de escovas dentárias com cerdas duras e escovação inadequada, facilitando o aparecimento de retração gengival e cárie de colo ou de raiz;

Atrofia do osso alveolar;

Redução dos botões gustativos;

Fissuração da língua contribuindo para perda do apetite, acúmulo de biofilme (placa) e saburra lingual;

Diminuição da percepção do gosto

Fica mais fina (desfavorável à pressão exercida pelas próteses);

Xerostomia (sensação de boca seca)

Hiperplasia gengival

Gengivite;

Periodontite;

Ardência na boca;

Halitose;

Candidíase oral.

9.1 Higienização

A escovação deverá ser realizada com dentifrício fluoretado e uso do fio dental,

orientando quanto à limpeza da língua, que pode ser feita com gaze embebida em

água ou solução antisséptico bucal, escovação ou raspadores de língua sempre de

modo delicado para não provocar náuseas

Avaliar a coordenação motora e desenvolver, junto ao usuário, uma técnica de

higienização adequada, individualizada ou com ajuda de familiares/cuidadores,

quando necessário.

Aqueles idosos dependentes podem executar as atividades de higiene bucal

desde que sejam feitas adaptações ambientais (como: rampas, barras de apoio,

iluminação adequada, acesso facilitado a banheiros) e/ou nos dispositivos de cuidados

bucais, como mostrado na figura abaixo:

Escovas convencionais adaptadas com dispositivos para facilitar a apreensão do idoso.

Fonte: Saúde Bucal: atenção ao idoso, 2011

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Para a função de preensão, no caso da escovação pode-se usar materiais de

emborrachado ou tecido. Os emborrachados podem ser encaixados além da escova

de dente, pentes e colheres.

Fonte: br.pinterest.com. Órtese com rolo para extensão de dedos. https://goo.gl/imagestwMjCk

9.1.1 Higienização - dentes naturais

Escovar os dentes ao acordar, após as refeições e antes de dormir;

Realizar movimentos na arcada inferior de baixo para cima e na arcada

superior de cima para baixo. Esse movimento evita retração gengival.

Utilizar escova macia com cabeça pequena, pontas arredondadas e pequena

quantidade de pasta dental, para que não espume muito, não cause náuseas

ou engasgo;

Usar fio dental após as refeições e de preferência antes da escovação;

Trocar as escovas de dente a cada 02 ou 03 meses. Com o tempo as cerdas

das escovas se desgastam, o que prejudica o processo de escovação.

9.1.2 Higienização - edêntulos10 (sem dentes)

Utilizar escova macia ou gaze embebida em água para limpeza da mucosa;

Realizar limpeza da boca ao acordar, após as refeições e à noite antes de

dormir;

Envolver a gaze em volta do dedo indicador e depois de umedecida passar em

toda a boca, sem esfregar, mas com movimentos firmes. Trocar a gaze sempre

que esta apresentar sujidades, até completar a higiene.

10

Os idosos com necessidade (normativa e/ou autopercebida) de próteses totais encaminhar ao Centro

de Especialidades Odontológico OESTE – CEO OESTE localizado à Rua Comandante Paulo Lasmar, s/nº, Conj. Santos Dumont, após a conclusão de seu tratamento na APS.

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Utilizar escova de dente macia, sem pasta, ou limpadores linguais, ou uma

espátula de madeira envolvida em gaze, ou colher de sopa, para remover

crosta branca sobre a língua (saburra).

Limpar a língua com movimentos suaves, sem esfregar, para não alterar as

papilas.

Realizar movimentos no sentido de dentro para fora (parte posterior para

anterior), nunca apontar para o final da língua, para evitar machucar a garganta

e amígdalas;

Utilizar produtos para bochechos somente em pacientes que não correm o

risco de engolir o produto e quando for prescrito por cirurgiões-dentistas. Dar

preferência aos produtos isentos de álcool.

9.1.3 Higienização das próteses

Para a higienização das próteses, utilizar escovas duras com pasta dental não

abrasiva para não desgastar ou arranhar a prótese.

9.1.4 Higienização - Idoso Dependente

Lateralizar a cabeça ou recostar a coluna reta em frente a uma pia ou uma

bacia;

O cuidador deverá ficar por trás do idoso, para escovar os dentes naturais,

usando luvas;

Realizar higiene bucal ao acordar, após as refeições e antes de dormir;

Retirar a prótese antes de escovar os dentes naturais. Solicitar que o mesmo

realize vários bochechos com água ou na impossibilidade, solicitar que cuspa;

Recomenda-se colocar uma toalha dentro da pia, antes de iniciar a higiene,

pois em caso de queda, a prótese não se quebrará;

Deixar a prótese em um copo com água e bicarbonato de sódio durante a noite

ou com produtos efervescentes próprios para limpeza de próteses;

Havendo dificuldade em abrir a boca do idoso, deve-se introduzir

delicadamente uma espátula entre os dentes e fazer um movimento rotatório;

O cuidador pode utilizar abridores de boca para facilitar a limpeza, como por

exemplo: o gargalo de uma garrafa de refrigerante descartável (tipo PET), a

ponta do gargalo é colocada na boca do idoso (região posterior) para que ele a

morda.

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9.2 Exame da cavidade oral: orientação e estímulo ao autoexame

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) descreve como fatores de risco para o

câncer bucal: idade superior a 40 anos, hábito de fumar cachimbos ou cigarros,

consumo de álcool, má-higiene bucal e próteses mal-ajustadas.

Segundo o INCA:

O câncer bucal tem impacto nos índices de mortalidade geral, pois pode ser

letal, considerando o idoso como grupo etário de risco para o desenvolvimento de

câncer bucal, as ações dirigidas à prevenção contra essa doença devem ser rotina na

APS. Os idosos devem receber orientações e serem estimulados a realizarem o

autoexame bucal.

9.2.1 Passo-a-passo para o auto-exame da boca

Recomenda-se fazer o auto-exame (conforme figura 1) em um local bem

iluminado utilizando um espelho:

A e B - Começar pelos lábios e gengivas superiores: observe se há mudanças de cor

e apalpe com os dedos para procurar por áreas mais endurecidas. Vire os lábios,

como na imagem, e examine a parte interna.

C - Examinar a bochecha dos dois lados.

D - Examinar os lábios e gengivas inferiores.

E - Observar o céu da boca (incline a cabeça para trás e olhe)

F - Observar a língua apalpe a superfície, procurando por alterações. Lembre-se de

que uma camada branca pode acumular-se sobre a superfície caso a língua não seja

adequadamente limpa durante a higiene bucal. Diga “AAA” em frente ao espelho e

examine a garganta.

G - Inclinar a cabeça para frente e observar embaixo da língua. Não se esqueça de

passar o dedo para sentir se há caroços.

H - Colocar a língua para fora e vire para um lado e depois para o outro. Observe bem

e passe o dedo.

Homens com mais de 40 anos de idade, dentes fraturados, fumantes e portadores de próteses mal-ajustadas devem evitar o fumo e o álcool, promover a higiene bucal, ter os dentes tratados e fazer uma consulta odontológica de controle a cada ano. Outra recomendação é a manutenção de uma dieta saudável, rica em vegetais e frutas (INCA, 2009).

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Figura 1: Passo-a-passo para o auto-exame da boca – Fonte: http://jklodontologia.com.br

É de suma importância orientar os idosos e/ou cuidadores sobre a importância de

realizar avaliação bucal periódica a fim de melhorar os hábitos de autocuidado e a

compreensão sobre necessidade de cuidados em saúde bucal.

É possível manter íntegros os dentes durante o envelhecimento. Para tanto, é

necessário que a prevenção seja traduzida em atitudes e práticas durante toda a vida.

10. CUIDADOR

Envelhecimento não é sinônimo de adoecimento e de incapacidades, entretanto

o idoso frágil é um indivíduo que apresenta declínio funcional estabelecido e que não

tem condições de cuidar de si mesmo.

Esse comprometimento leva a perda da independência e autonomia,

necessitando de ajuda para a realização de suas necessidades básicas, surgindo

então a figura do cuidador11.

10.1 Função do cuidador

Acompanhar e auxiliar a pessoa a se cuidar, fazendo somente as atividades

que a mesma não consiga fazer sozinha.

11 Entende-se por cuidador uma pessoa da família ou da comunidade, que presta cuidados à outra

pessoa de qualquer idade, com ou sem remuneração (Classificação Brasileira de Ocupação – CBO: 5162). Ressaltando que técnicas e procedimentos específicos e inerentes à profissões estabelecidas não podem ser realizados por cuidadores, principalmente relacionados à enfermagem.

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Zelar pelo bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoal, educação, cultura e

recreação do idoso.

Atuar como elo entre o idoso, a família e a equipe de saúde.

Escutar, estar atento e ser solidário com a pessoa cuidada.

Ajudar nos cuidados de higiene.

Estimular e ajudar na alimentação.

Ajudar na locomoção e atividades físicas, tais como: andar, tomar sol e

exercícios físicos.

Estimular atividades de lazer e ocupacionais.

Realizar mudanças de posição na cama e na cadeira, e massagens de

conforto.

Administrar as medicações, conforme a prescrição e orientação da equipe de

saúde.

Comunicar à equipe de saúde e família sobre mudanças no estado de saúde

da pessoa cuidada.

Outras situações que se fizerem necessárias para a melhoria da qualidade de

vida e recuperação da saúde.

11. VIOLÊNCIA E MAUS TRATOS CONTRA A PESSOA IDOSA

A Organização Mundial de Saúde define a violência contra a pessoa idosa como

qualquer ato, único ou repetitivo, ou omissão, que ocorra em qualquer relação

supostamente de confiança, que cause dano ou incômodo à pessoa idosa. Pode ser

classificada em:

Violência Estrutural: está relacionada à desigualdade social e suas expressões;

Violência interpessoal e/ou intrafamiliar: referente às relações cotidianas;

Violência institucional: refere-se à competência das instituições públicas e

privadas de prestação de serviços.

Estudos têm demonstrado que a violência contra os idosos é responsável por

elevados índices de morbimortalidade e manifesta-se de diversas maneiras segundo

as tipologias.

11.1 Tipologias da violência

Abusos físicos, maus-tratos físicos ou violência física: Caracterizado por

utilização da força física com o objetivo de forçar o idoso (a) a fazer o que não

deseja, para ferir-lhe, provocar-lhe dores, incapacidades ou a morte.

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Representadas por: tapas, murros, cortes, empurrões, queimaduras, contenção

com ataduras e outros.

Violência psicológica: É toda ação ou omissão (agressões verbais ou

gestuais) que tem a intenção de provocar dano mental ou emocional ao idoso.

Caracteriza-se por insultos constantes, terror, humilhação, desvalorização,

isolamento, exploração, ameaças, entre outros.

Violência sexual: Ato ou jogo sexual de natureza hetero ou homo relacional

sem o consentimento do idoso, que visa obter excitação ou satisfação sexual

do agressor/agressora.

Violência econômica, financeira e patrimonial: É a exploração indevida ou

ilegal dos idosos ou ao uso não consentido por eles de seus recursos

financeiros ou patrimoniais. Ex.: mau uso ou exploração do dinheiro ou das

posses do idoso. Expulsar o idoso de seu espaço físico. Vender seus bens e

imóveis sem seu consentimento. Usar o dinheiro do idoso para satisfazer

necessidades pessoais, forçar assinatura, mudança de testamento ou outros

documentos.

Abandono: é a falta de atenção pelos responsáveis para atender as

necessidades da pessoa idosa: família, cuidador informal e formal, instituições

e governo.

Negligência: Ocorre quando os familiares ou governo omitem ou se recusam a

prestar os cuidados que o idoso necessita como levar ao médico, administrar

medicamentos, dar alimentação, higiene pessoal.

Auto negligência: é a violência da pessoa idosa contra si mesma (conduta)

ameaçando sua própria saúde ou segurança, como não tomar banho, não se

alimentar, não se movimentar.

11.2 Fatores de risco para a violência contra a pessoa idosa

Idade superior a 80 anos.

Gênero feminino.

Identificação de ciclos recorrentes de violência familiar.

Antecedentes de maus-tratos em outras etapas da vida.

Observação de conflitos ou crises recentes na família.

Doenças comuns do envelhecimento e que levam à perda de capacidade

funcional e/ou intelectual.

Situações de dependência por declínio cognitivo, perda de memória,

dificuldades motoras e outras.

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Isolamento físico e social associado à dependência do autor da agressão e à

falta de suporte comunitário.

Estresse excessivo causado pelo ato de cuidar.

Presença de transtorno mental na pessoa idosa e/ou no cuidador.

Dificuldades de ordem financeira.

Questões estruturais que podem levar à falta de cuidados básicos como

alimentação, higiene, medicação. Por exemplo, a pessoa idosa que fica

sozinha em casa porque os familiares precisam trabalhar.

11.3 Sinais de presença de violência

A pessoa idosa não consegue verbalizar que sofre maus-tratos ou alguma

outra forma de violência.

Demonstração de medo ou ansiedade na presença do cuidador ou de um

familiar.

Expressão facial demonstrando tristeza, desesperança, passividade ou

retraimento.

Estado emocional ansioso ou agitado.

Aparenta ter medo de falar livremente.

Aspecto desnutrido, pálido, desidratado e com olheiras.

Vestimenta descuidada, pouca higiene, falta ou má conservação de próteses

(desde que afastada a ausência de condições financeiras).

Administração incorreta de medicamentos.

Abandono ou ausência do cuidador durante longos períodos.

Falta de cuidado com os problemas de saúde e busca tardia por assistência.

Desconforto ou tensão por parte dos familiares ou cuidadores durante as

visitas domiciliares, consultas médicas ou hospitalizações.

Pouco conhecimento sobre a situação de saúde da pessoa idosa.

Relato diferente do relato do familiar ou cuidador.

Atitude indiferente do familiar ou cuidador.

Evita contato visual ou físico.

Presença de três ou mais quedas no ano, as quais podem ser indicadores de

existência de violência.

11.4 Notificação de violência

Todo caso suspeito ou confirmado de violência contra a pessoa idosa deve ser

notificado, utilizando-se a Ficha de Notificação/Investigação Individual – Violência

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Doméstica, Sexual e/ou Outras Violências (anexo) e seguir o Fluxo da Nota Técnica nº

14/2012/DVE/DIPRE/FVS/AM, em anexo.

As denúncias/suspeita de violência contra a pessoa idosa será recebida em toda

e qualquer unidade de saúde da Atenção Primária, onde será preenchida a ficha de

notificação de violência e encaminhada segundo o fluxo da nota técnica em anexo.

As pessoas idosas que forem vítimas de Violência Sexual devem ser

encaminhadas à Maternidade Moura Tapajós que realiza atendimento 24 horas

através do SAVVIS – Serviço de Atendimento as Vítimas de Violência Sexual.

Para identificação de situações de maus-tratos na APS será utilizada a Ficha de

Avaliação de Violência e Maus Tratos contra a Pessoa Idosa (figura 2). Deve ser

preenchida com a pessoa idosa sozinha para evitar constrangimentos. Respostas

afirmativas em qualquer questão sugerem situação de violência que deverá ser

minuciosamente avaliada.

Figura 2: Ficha de Avaliação de Violência e Maus Tratos contra a Pessoa Idosa

Fonte: CADERNO DE ATENÇÃO BÁSICA Nº 19- MS.

11.5 Fluxograma de notificação e atendimento a violência contra a pessoa idosa

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12 DEMANDAS EXTERNAS RELACIONADAS AO CUIDADO DE SAÚDE DA

PESSOA IDOSA

Geralmente as demandas são encaminhadas por um familiar ou via órgãos

representativos: Ouvidoria, Procuradoria ou Ministério Público e pelo Programa de

Atenção Domiciliar ao Idoso (PADI) da Fundação de Apoio ao Idoso Dr. Thomas.

Os Distritos de Saúde recebem a demanda e seguem o fluxograma abaixo:

13 SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR: MELHOR EM CASA

O Melhor em Casa é um serviço indicado para pessoas que apresentam

dificuldades temporárias ou definitivas de sair do espaço da casa para chegar até uma

unidade de saúde, ou ainda para pessoas que estejam em situações nas quais a

atenção domiciliar é a mais indicada para o seu tratamento (idoso ou não).

Demandas externas relacionadas ao cuidado de saúde da pessoa idosa: fluxograma

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A atenção domiciliar visa proporcionar ao paciente um cuidado mais próximo da

rotina da família, evitando hospitalizações desnecessárias e diminuindo o risco de

infecções, além de estar no aconchego do lar.

Quando o paciente precisa ser visitado de maneira mais espaçada, por exemplo,

uma vez por mês, e já está mais estável, este cuidado pode ser realizado pela

equipe de Saúde da Família/Atenção Básica de sua referência.

Nos casos em que o paciente precisa ser visitado semanalmente ou mais, ele

poderá ser acompanhado por equipes específicas de Atenção Domiciliar, como as que

fazem parte do Programa Melhor em Casa.

13.1 Como requerer acompanhamento pelo Programa Melhor em Casa?

Para solicitar acompanhamento pelo Programa Melhor em Casa é necessário

comparecer à Secretaria de Saúde do Estado – SUSAM com os seguintes

documentos:

Laudo médico com a descrição da necessidade do idoso. Exemplo: acamado,

presença de comorbidade, necessitando de insumos (para cada necessidade,

uma solicitação. Ex.: um pedido para colchão de caixa de ovo, outro para fralda

descartável (quantidade e tamanho), outro para cadeira para banho, etc);

Comprovante de residência;

Cópia de CPF e RG;

Cartão SUS.

Obs.: para viabilizar órteses e próteses é necessária a inclusão de CID10 que

identifique o usuário como portador de necessidades especiais ou de pessoa com

deficiência.

14 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA À PESSOA IDOSA

Idosos comumente têm problemas com medicamentos os quais aumentam o

risco de readmissão hospitalar, morbidade e mortalidade. A polifarmácia é um

problema no atendimento ao idoso, sendo um dos principais fatores de iatrogenia e

reações adversas devendo o farmacêutico promover o uso racional de medicações,

por meio da educação do usuário/familiar/cuidador.

14.1 Medicamentos potencialmente inapropriados

O quadro abaixo elenca medicamentos que devem ser evitados em idosos por

apresentarem alto risco de efeitos colaterais principalmente no idoso frágil.

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Fonte: Critérios de Beers e Stopp/Start modificado por Moraes, 2016.

14.2 Medicamentos de alta vigilância

O quadro abaixo elenca classes terapêuticas e medicamentos de alta vigilância,

havendo indicação de uso, deve ser utilizado, porém tem alto risco de efeitos

colaterais. Os idosos e seus cuidadores devem ser conscientizados sobre a

importância desses medicamentos no seu tratamento e alertados sobre os riscos

inerentes a eles e quanto maior o grau de fragilização, mais cuidado com o seu uso é

necessário.

CLASSES TERAPÊUTICAS

Hipoglicemiantes orais

Insulinas, em todas as formulações e tipos de dispositivos de administração.

Opióides, em todas as formulações e vias de administrações.

MEDICAMENTOS ESPECÍFICOS

Carbamazepina

Metformina

Propiltiouracila

Varfarina

15 SAÚDE DA MULHER IDOSA

A mulher na terceira idade deve continuar com as consultas regulares e nessas

consultas o profissional de saúde deve:

Identificar os antecedentes ginecológicos e obstétricos, visando identificar

riscos atuais e futuros;

Conhecer hábitos de vida e vida sexual atual;

Baseado na substância química Baseado na dose ou tempo de uso

Alprazolam Disopiramida Megestrol Digoxina > 0,125 mg por dia

Amitriptilina Escopolamina Meloxican

Amiodarona Estazolam Meperidina Espironolactona > 25 mg por dia Beladona Estrógeno oral Metildopa

Bperideno Etodolac Metoclopramida Omeprazol ou outros bloqueadores da bomba de próton: duração >8 semanas, exceto em condições específicas.

Carisoprodol Fenilbutazona Naproxen

Ciclobenzaprina Fenobarbital Nifedipina

Cimetidina Flunarizina Nitrofurantoína

Cinarizina Flunitrazepan Óleo mineral

Clomipramina Fluoxitina Orfenadrina

Clonazepam Flurazepam Oxazepam

Clonidina Hidroxizine Paroxetina

Clodiazepóxido Hiosciamina Pentoxifilina

Clorpromazina Ibuprofen Piroxican

Clorpropamida Glibenclamida Prazosin

Codergocrina Hormônio do crescimento

Prometazina

Dexclorfeniramina Imipramina Reserpina

Diazepam Indometacina Teofilina

Diclofenaco Levomepromazina Testosterona

Dimenidrinato Lorazepam Ticlopidina

Dipiridamol Meclizina Zolpidem

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Realizar exame físico das mamas, visando identificar alterações tais como

retração, descarga papilar, nódulos, entre outros, e da região genital com

inspeção da vulva, visando identificar infecções sexualmente transmissíveis,

prolapso uterino, incontinência urinária, entre outros.

Em relação ao Rastreio do Câncer do Colo do Útero a faixa etária é de 25 a 64

anos, entretanto a idade final será de acordo com a condição prévia do exame. A

periodicidade do exame é a cada três anos após dois resultados negativos.

Os exames periódicos devem seguir até os 64 anos de idade e, naquelas

mulheres sem história prévia de doença neoplásica pré-invasiva, interrompidos

quando essas mulheres tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos

últimos cinco anos.

Para mulheres com mais 64 anos de idade e que nunca se submeteram ao exame

citopatológico, deve-se realizar dois exames com intervalo de um a três anos. Se

ambos os exames forem negativos, essas mulheres podem ser dispensadas de

exames adicionais.

A coleta do material para citopatologia deve abranger a ectocérvice e endocérvice,

e nas mulheres histerectomizadas, o fundo de saco vaginal. . As lesões sugestivas de

câncer do colo do útero identificadas devem ser encaminhadas a colposcopia com

descrição qualificada no Termo de Referência.

A seguir, serão apresentadas situações especiais, visando orientar os

profissionais da Atenção Primária:

15.1 Mulheres na pós-menopausa

Mulheres na pós-menopausa, sem história de diagnóstico ou tratamento de lesões

precursoras do câncer do colo uterino, apresentam baixo risco para desenvolvimento

de câncer. Recomenda-se que mulheres na pós-menopausa devem ser rastreadas de

acordo com as orientações para as demais mulheres considerando seu histórico de

exames.

O rastreamento citológico em mulheres menopausadas pode levar a resultados

falso-positivos causados pela atrofia secundária ao hipoestrogenismo, neste caso, se

necessário proceder à estrogenização, previamente à realização da coleta, conforme

sugerido a seguir:

A estrogenização deve ser feita por via vaginal com creme de estrogênios

conjugados em baixa dose (0,5 g de um aplicador, o que contém 0,3 mg do princípio

ativo) ou estriol vaginal, 1g com aplicador vaginal toda noite, durante 21 dias. A nova

citologia deve ser coletada entre cinco a sete dias após o uso. Nas usuárias com

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história de câncer de mama ou outras contraindicações, o uso de estrogênios deve ser

avaliado.

15.2 Histerectomizadas

Recomenda-se que mulheres submetidas à histerectomia total por lesões

benignas, sem história prévia de diagnóstico ou tratamento de lesões cervicais de alto

grau, podem ser excluídas do rastreamento, desde que apresentem exames anteriores

normais. Em casos de histerectomia por lesão precursora ou câncer do colo do útero,

a mulher deverá ser acompanhada de acordo com a lesão tratada.

15.2 Mulheres sem história de atividade sexual

Considerando os conhecimentos atuais em relação ao papel do HPV na

carcinogênese do colo uterino e que a infecção viral ocorre por transmissão sexual, o

risco de uma mulher que não tenha iniciado atividade sexual desenvolver essa

neoplasia é desprezível. Recomenda-se então que mulheres sem história de atividade

sexual não devem ser submetidas ao rastreamento do câncer do colo do útero.

15.3 Exames citopatológicos alterados

Os exames citopatológicos alterados devem seguir as seguintes condutas:

Diagnóstico Citopatológico Conduta Inicial

Células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASCUS)

Possivelmente não neoplásicas (ASC-US)

Repetir a citologia em 6 meses

Não se podendo afastar lesão de alto grau (ASC-H)

Encaminhar para colposcopia

Células glandulares atípicas de significado indeterminado (AGC)

Possivelmente não neoplásicas ou não se podendo afastar lesão de alto grau

Encaminhar para colposcopia

Células atípicas de origem indefinida (AOI)

Possivelmente não neoplásicas ou não se podendo afastar lesão de alto grau

Encaminhar para colposcopia

Lesão de Baixo Grau (LSIL) Repetir a citologia em 6

meses

Lesão de Alto Grau (HSIL)

Encaminhar para colposcopia

Lesão intraepitelial de alto grau não podendo excluir microinvasão

Carcinoma escamoso invasor

Adenocarcinoma in situ (AIS) ou invasor

16 SERVIÇOS DE APOIO

Serviços que compõe a rede municipal de saúde dando suporte e apoio ao

atendimento/cuidado do idoso.

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33

16.1 Programa de combate ao tabagismo

Para usuários fumantes que tomaram a decisão de abandonar o vício, deve-se

ofertar atendimento breve e/ou encaminhar aos serviços de apoio.

Distrito de Saúde

Estabelecimento de Saúde

Endereço Telefone

ZONA NORTE

Policlínica José Antonio da Silva

Rua das Aroeiras, nº 55 - Monte das Oliveiras

3653-1233 3653-1073

Policlínica Anna Barreto Pereira

Av. Grande Circular, s/n – Monte Sião

3681-7180

UBS Armando Mendes Rua 5 s/n - conjunto Manôa - Cidade Nova I

3581-2273

UBS Frei Valério Di Carlo Rua Bom Jesus, s/n – Novo Israel

3581-3498

UBS Sálvio Belota Rua das Samambaias, nº 786 - Santa Etelvina

3214-7723

UBS Áugias Gadelha Rua A, nº 15, Conj. Ribeiro Júnior – Cidade Nova I

3645-3908

ZONA SUL

Policlínica Castelo Branco

Rua do Comércio, s/n - Parque 10

3236-8572

Policlínica Antônio Reis Rua São Luiz, s/n - São Lázaro

3214-3603 3214-3604

ZONA LESTE

UBS Ivone Lima dos Santos

Rua 08 - Coroado III 3644-5932

Policlínica Comte Telles Rua J, s/n, Etapa B do bairro - São José III

3639-7486

UBS Dr. Alfredo Campos Rua André Araújo, s/n - Zumbi II

3638-2195

UBS Dr. José Amazonas Palhano

Rua Antonio Matias, s/n - São José 2

3249-7424 3644-9879

ZONA

OESTE

UBS Vila da Prata Rua Ademar de Barros, s/n, Vila da Prata

3673-5398

Policlínica Franco de Sá Rua V, nº 150 - Nova Esperança I

3239-2021

Policlínica Djalma Batista Rua 23 de Dezembro, s/n - Compensa II

3673-5297

UBS Dom Milton Rua Tiradentes, s/n – Santo Agostinho

3238-8784

ZONA RURAL

UBSR São Pedro Km 35, Rodovia AM-010 98842-8400

UBSR Pau Rosa Km 21, BR 174 – Ramal do Pau Rosa

98842-1374

16.2 Serviços com atendimento em saúde mental

Atendimento ao idoso com Transtorno Mental ou necessidade de

acompanhamento com Psicólogos, a família e/ou o idoso pode ir diretamente a um dos

estabelecimentos de saúde abaixo para acompanhamento.

Distrito de Saúde

Estabelecimento de Saúde

Endereço Telefone

ZONA NORTE

Policlínica José Antonio da Silva

Rua das Aroeiras, nº 55 - Monte das Oliveiras

3631-3808

UBS Armando Mendes Rua 05 s/n - conjunto Manôa - Cidade Nova 1

3581-2273

ZONA SUL

Centro de Atenção Psicossocial III Benjamim Matias Fernandes

Av. Maneca Marques, nº 196, Parque 10 de Novembro.

3214-9172 98842-7414

Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas Dr. Afrânio Soares

Av. Ephigênio Sales, nº 5, Conj. Jardim Espanha, Aleixo 3644-3371

98842-6663

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Policlínica Castelo Branco

Rua do Comércio, s/n - Parque 10

3236-8572

Policlínica Antônio Reis Rua São Luiz, s/n - São Lázaro.

3214-3603 3214-3604

ZONA LESTE Policlínica Comte Telles Rua J, s/n, Etapa B do bairro -

São José III 3639-7486

ZONA OESTE

Policlínica Franco de Sá Rua V, nº 150 - Nova Esperança I

3238-6532

Policlínica Djalma Batista Rua 23 de Dezembro, s/n - Compensa II

3673-5297

UBS Leonor de Freitas Av. Brasil, s/nº - Compensa I 3671-3759

UBS Deodato de Miranda Leão

Rua Presidente Dutra, s/nº - Glória

3671-4722

16.3 Consultório na rua

Equipe do consultório na rua faz busca ativa e qualificada de pessoas que vivem

em situação de rua, realizam atividades de forma itinerante e, quando necessário,

utilizam as instalações das Unidades Básicas de Saúde (UBS) do território,

desenvolvendo ações em parceria com as equipes dessas unidades (Fluxo em anexo).

Distrito de Saúde

Estabelecimento de Saúde

Endereço Telefone

ZONA SUL UBS Morro da Liberdade Rua São Benedito, s/nº Morro

da Liberdade. 3214-3602

16.4 Policlínicas com nutricionista

Distrito de Saúde

Estabelecimento de Saúde

Endereço Telefone

ZONA NORTE

Policlínica José Antonio da Silva

Rua das Aroeiras, nº 55 - Monte das Oliveiras

3631-3808

Policlínica Enfa. Anna Barreto Pereira

Av. Grande Circular, s/nº, Monte Sião - Jorge Teixeira.

3681-7180

ZONA SUL

Policlínica Castelo Branco

Rua do Comércio, s/n - Parque 10

3236-8572

Policlínica Antônio Reis Rua São Luiz, s/n - São Lázaro.

3214-3603 3214-3604

ZONA LESTE Policlínica Comte Telles Rua J, s/n, Etapa B do bairro -

São José III 3639-7486

ZONA OESTE

Policlínica Franco de Sá Rua V, nº 150 - Nova Esperança I

3238-6532 3239-2021

16.5 Serviços de cateterismo vesical – (troca de sonda).

Os serviços abaixo realizam troca da sonda vesical de demora:

Distrito de Saúde

Estabelecimento de Saúde

Endereço Telefone

ZONA NORTE

UBS Balbina Mestrinho Rua 17, Núcleo 3, nº 170, Cidade Nova 1

6341-8751

UBS Sálvio Belota Rua das Samambaias, nº 786 - Santa Etelvina

3214-7723

UBS Áugias Gadelha Rua A, nº 15, Conj.Ribeiro Júnior – Cidade Nova 1

3645-3908

ZONA SUL UBS Morro da Liberdade Rua São Benedito, s/nº Morro

da Liberdade. 3214-3602

UBS Dr. José Rayol dos Avenida Constantino Nery, 3214-2084

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Santos s/nº, Chapada.

ZONA LESTE

UBS Amazonas Palhano Rua Antônio Matias, s/nº - São José I

3644-9879 / 3248-3207

UBS Alfredo Campos Al. Cosme Ferreira, s/n - Zumbi

3644-2365

UBS Leonor Brilhante Rua Autaz Mirim, nº 8.004 - Tancredo Neves

3639-9815 / 3248-1666

ZONA OESTE

UBS Deodato de Miranda Leão

Rua Presidente Dutra, s/nº - Glória

3671-4722

UBS Leonor de Freitas Av. Brasil, s/nº - Compensa I 3671-3759

ZONA RURAL

UBSR Ephigênio Sales AM 010 KM 41 8842-6046

UBSR Pau Rosa BR 174, Km 21, Ramal Pau-Rosa, KM 15

98842-1374

16.6 Programa de automonitoramento da glicemia capilar – PAMGC

É um programa que disponibiliza aos usuários insulinodependentes insumos

como: insulina NPH humana e regular humana, antidiabéticos orais, seringas para

aplicação de insulina, tiras para aferição de glicemia capilar, lancetas e coletor de

material perfurocortante.

16.6.1 Critérios de Inclusão

Ser residente em Manaus/comprovante de residência;

Cartão SUS;

CPF;

Laudo médico informando o tipo de Diabetes e a necessidade de

monitoramento da glicemia no mínimo 1x ao dia;

Formulário de solicitação de insumos (obrigatório o preenchimento de todos os

campos), com carimbo da unidade e assinado e carimbado pelo médico

(anexo).

Unidades com o Programa de Automonitoramento da Glicemia Capilar – PAMGC

Distrito de Saúde

Estabelecimento de Saúde

Endereço Telefone

ZONA NORTE

Policlínica José Antonio da Silva

Rua das Aroeiras, 55, Monte das Oliveiras

3631-3808

UBS Áugias Gadelha Rua A, nº 15, Conj.Ribeiro Júnior – Cidade Nova 1

3645-3908

ZONA SUL

Policlínica Castelo Branco

Rua do Comércio, s/n - Parque 10

3236-8572

Policlínica Antônio Reis Rua São Luiz, s/n - São Lázaro

3214-3603/3214-3604

ZONA LESTE

UBS José Avelino Pereira

Rua Cravinho - João Paulo 3681-8937/3681-8923

UBS Alfredo Campos Av. Cosme Ferreira - Zumbi 3644-2365 / 5865

UBS Josephina de Mello Rua Cupiúba, 232, Jorge Teixeira I

3681-7213

UBS Gebes de Medeiros Av. pirarucu, 100 – Jorge Teixeira

3638-6622

UBS José Amazonas Rua Antonio Matias – São 3249-7424

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Palhano José I 3644-9879

UBS Cacilda de Freitas Rua Penetração – São José I 3249-7286

ZONA OESTE

Policlínica Franco de Sá Rua V, nº 150 - Nova Esperança I

3239-2021

Policlínica Djalma Batista Rua 23 de Dezembro, s/n - Compensa II

3673-5297

ZONA RURAL

Distrito de Saúde Rural

Rua Comandante Paulo Lasmar, Conj. Santos Dumont, S/N Bairro da Paz

3214-7714/3653-3745

16.7 Atenção ao pé diabético

São disponibilizados os seguintes serviços na APS: avaliação neuromotora do pé

diabético e exame doppler vascular.

16.7.1 Avaliação neuromotora do pé – diabético

A avaliação neuromotora do pé diabético deve ser realizada pelo médico ou

enfermeiro no momento da consulta do usuário com diagnóstico de diabetes pelo

menos 1x ao ano (fluxo anexo).

.

16.7.2 Exame de doppler vascular

O exame Doppler vascular permite analisar o fluxo de sangue que circula nos

vasos sangüíneos. Evidencia o índice pressórico comparativo entre as pressões dos

braços e das pernas, chamado de Índice Tornozelo-Braquial – ITB, essa medida

possibilita a detecção de estenoses arteriais, portanto é um exame importante para o

diagnóstico de Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) em usuários com

diabetes, devendo ser realizado em todo usuário que apresentar alteração em pulso

pedioso ou tibial.

ITB GRAVIDADE DAOP

MAIOR DO QUE 0,9 NORMAL

0,71 – 0,9 DAOP LEVE

0,41 – 0,7 DAOP MODERADA

MENOR OU IGUAL A 0,41 DAOP GRAVE

Obs: Usuário deve ser encaminhado para a realização do exame doppler vascular

com a ficha de Avaliação Neuromotora

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Unidades de Saúde que realizam o exame Doppler Vascular Distrito de

Saúde Estabelecimento de

Saúde Endereço Telefone

ZONA NORTE

Pol. José Antonio da Silva

Rua das Aroeiras, 55, Monte das Oliveiras.

3631-3808

Pol. Anna Barreto Av. Grande Circular, s/n – Monte Sião

3681-7180

UBS Balbina Mestrinho Rua 17, Núcleo 3, nº 170, Cidade Nova 1

6341-8751

UBS Arthur Virgilio Travessa 10, 3015 - Amazonino Mendes

3645-4947

UBS Frei Valério Rua Bom Jesus, s/n – Novo Israel

3581-3498

UBS Salvio Belota Rua das Samambaias, nº 786 - Santa Etelvina

3214-7723

UBS Augias Gadelha Rua A, nº 15, Conj.Ribeiro Júnior – Cidade Nova 1

3645-3908

ZONA SUL

Pol. Parque Dez Rua do Comércio, s/n - Parque 10

3236-8572

Pol. Antonio Reis Rua São Luiz, s/n - São Lázaro

3214-3603/3214-3604

UBS Nilton Lins

Av. Prof. Nilton Lins, 3259 - Parque das Laranjeiras (Campus da Universidade Nilton Lins, ao lado do Hospital Unimed)

3214-3039/3214-3602

UBS Morro da Liberdade Rua São Benedito, s/nº Morro da Liberdade.

3214-3602

UBS Theodomiro Garrido Rua São José, s/nº - Col. Oliveira Machado

3214-3598

UBS Dr Jose Rayol Av. Constantino Nery, s/nº - Cj. Chapada - Flores

3214-2084

ZONA LESTE

UBS Amazonas Palhano Rua Antônio Matias, s/nº - São José I

3644-9879

UBS Maria Leonor Brilhante

Rua Autaz Mirim, nº 8.004 - Tancredo Neves

3249-7080

UBS Gilson Moreira Rua Natal, s/nº - Zumbi I 3644-9490

UBS Mauazinho Av. Rio Negro, nº 113 - Mauazinho

3215-5001

UBS Alfredo Campos Al. Cosme Ferreira, s/n - Zumbi

3644-9879

ZONA OESTE

UBS Santo Antonio Rua Lauro Bittencourt, s/nº- Santo Antônio

3671-7322

UBS Deodato de Miranda Leão

Rua Presidente Dutra, s/nº - Glória

3671-5722

UBS Luis Montenegro Estrada dos Franceses, s/nº - Lírio do Vale

3658-4110

UBS Ajuricaba Rua Gusmânia, s/nº - Conjunto Ajuricaba - Alvorada

3654-4715

UBS Mansour Bulbol Av. Desembargador Machado (Estrada dos Franceses), s/nº - Alvorada I

3214-2081

UBS Leonor de Freitas Av. Brasil, s/nº - Compensa I (em frente ao Conj. Xingu)

3671-3759

16.8 Pessoa com deficiência - Reabilitação

As ações de reabilitação visam o desenvolvimento das capacidades e das

habilidades, dos recursos pessoais e dos comunitários, para promover o máximo de

independência e a participação social das pessoas com deficiências.

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38

Unidades de Saúde com Serviço de Fisioterapia Distrito de

Saúde Estabelecimento de

Saúde Endereço Telefone

ZONA NORTE

Policlínica José Antonio da Silva

Rua das Aroeiras, 55, Monte das Oliveiras

3631-3808

Policlínica Anna Barreto Av. Grande Circular, s/n, Monte Sião

3681-7180

UBS Armando Mendes Rua 5, s/n - Conj. Manoa-Cidade Nova

3581-2273

UBS José Figlioulo Conjunto Viver Melhor 3581 4282

UBS Arthur Virgílio Filho Tv. 10, 3015 - Amazonino Mendes

3644-9354

ZONA SUL

Policlínica Castelo Branco

Rua do Comércio, s/n - Parque 10

3236-8572

Policlínica Antônio Reis Rua São Luiz, s/n - São Lázaro

3214-3603/3214-3604

ZONA LESTE

Policlínica Comte Telles Rua J, s/n, etapa B - São José II

3639-7286

UBS Ivone Lima dos Santos

Rua 08 - Coroado III 3644-5932

UBS Geraldo Magela Rua 1, s/n - Armando Mendes 3215-5010

UBS Gebes de Medeiros R. Pirarucu, 100 - Jorge Teixeira

3638-6622

ZONA OESTE

Centro Especializado em Reabilitação-CER

Rua Comte Paulo Lasmar, s/n - Conjunto Santos Dumont.

3214-7717

UBS Deodato de Mirando Leão

Av. Presidente Dutra, s/n -Glória

3671-4722

16.8.1 Órtese e prótese

A referência para aquisição de órtese e prótese é o Centro Especializado em

Reabilitação - CER III, localizado na Rua Codajás, Cachoeirinha (PAM Codajás). O

usuário será avaliado para confirmação de diagnóstico, acompanhamento e

concessão.

17 FUNDAÇÃO DE APOIO AO IDOSO DR. THOMAS

Tem a missão de coordenar, acompanhar e avaliar a execução da Política

Municipal do idoso, mediante o desenvolvimento de ações estratégicas capazes de

garantir os direitos sociais da população de idosos do município de Manaus

assegurando a promoção de sua autonomia, integração e participação efetiva na

sociedade. Desenvolve três programas permanentes: Programa de Longa

Permanência, Programa de Atendimento Domiciliar ao Idoso e Programa Conviver.

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17.1 Programa de Longa Permanência

É uma ação permanente, que presta assistência em caráter asilar a pessoa idosa

em risco social, sem vínculo familiar, sem casa/lar, cuja família seja carente de

recursos financeiros ou que tenha sido vítima de violência.

17.1.1 Critérios para admissão

Idosos de ambos os sexos a partir de 60 anos de idade, com ou sem família e

desprovidos de condições para garantir a própria subsistência de modo a

satisfazer suas necessidades de alimentação, moradia, saúde e convivência

social;

Idosos que não apresentem doenças infecto contagiosas, transtornos mentais

e dependentes químicos de quaisquer natureza;

Idosos que manifestem o desejo de serem admitidos no Programa de Longa

Permanência;

Idosos, familiares e/ou responsável que aceitem as normas e regulamentos do

Programa de longa Permanência.

17.2 Programa Conviver

O Programa Conviver beneficia milhares de idosos todos os dias com atividades

físicas, laborativas, recreativas, culturais, associativas e de educação para cidadania,

com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população idosa de Manaus. As

atividades são desenvolvidas no Parque Municipal do Idoso12.

17.2.1 Documentos necessários para inscrição no Programa

Identidade;

2 Fotos 3x4;

Comprovante de residência;

Atestado Cardiológico indicando grau de intensidade da atividade a ser

realizada;

Exames de rotina com laudo: Hemograma Completo, Eletrocardiograma, EAS,

EPF, Raios-X de Tórax, Lipidograma e Glicemia.

17.3 Programa de Atendimento Domiciliar (DISQUE 165)

O Programa de Atendimento Domiciliar ao Idoso (PADI) é formado por uma

equipe multiprofissional que realiza visita em domicilio, tais visitas são realizadas

12

Telefone Parque Municipal do Idoso 3584-6274

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40

quando solicitadas através do Disque 165, demanda espontânea e ainda através da

Rede de Proteção à Pessoa Idosa. A equipe do PADI tem como objetivo ceder

informações, propor intervenções sobre o processo de envelhecimento e os cuidados

adequados, visando promover a qualidade de vida dos cuidadores e familiares,

contribuindo para que o idoso (a) permaneça no seio da família, evitando a

institucionalização.

TELEFONES ÚTEIS

Disk 100

165 – PADI/Fundação Dr. Thomas

Ministério Público do Estado do Amazonas: 3655- 0500

Procuradoria do Estado do Amazonas: 3622-3100

Ouvidoria do SUS: 08000921603

SOS VIDA: 3637-7777

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ANEXOS

01 – FORMULÁRIO VES- 13

02 – FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO AO IDOSO CONFORME

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO

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03- NOTA TÉCNICA DO FLUXO DE VIOLÊNCIAS

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04 – FICHA DE AVALIAÇÃO DE VIOLÊNCIA E MAUS TRATOS CONTRA A

PESSOA IDOSA

05 – FICHA DE NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIA

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06 – FLUXOGRAMA DE NOTIFICAÇÃO E ATENDIMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA A

PESSOA IDOSA

]

07 – FLUXOGRAMA DE DEMANDAS EXTERNAS

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08 – FORMULÁRIO DE INSUMOS/HIPERDIA

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09 – FLUXO DE AVALIAÇÃO NEUROMOTORA/DIABETES

10 – FLUXO DE ATENDIMENTO AO IDOSO EM SITUAÇÃO DE RUA

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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Moraes, Edgar Nunes. Atenção a saúde do Idoso: Aspectos Conceituais. / Edgar

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Paraná. Secretaria de Estado do Paraná. Oficina 9. Saúde do Idoso na Atenção

Primária à Saúde da Secretaria de Estado do Paraná.

Protocolo da Rede de Atenção e Proteção à Pessoa Idosa em Situação de Risco para

a Violência / organização: Hedi Martha Soeder Muraro, Simone Cortiano ; autores:

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