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Porto Alegre 2018

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Porto Alegre 2018

PROTOCOLO DE ENFERMAGEM DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DO RASTREAMENTO DE NEOPLASIA:CÂNCER DE MAMA, COLO DO ÚTERO E INTESTINO.

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Autores

Clarissa Koren ChiappiniFabiane Soares de SouzaGabriela Aguiar de MoraesHeloisa Helena da Silva DuarteLisiane Vieira dos SantosLívia de Almeida FallerMicheli Rosseto dos SantosRoger Flores CecconSamanta Griller PintoAline Machado de Oliveira

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ABREVIATURAS

AIS Adenocarcinoma in situ

AOI Atipias de significado indeterminado de origem indefinida

ASC‐US Atipias de significado indeterminado em células escamosas

ASG‐US Atipias de significado indeterminado em células glandulares

APS Atenção Primária à Saúde

BI‐RADS Breast Imaging Reporting and Data System

BVAPS Biblioteca Virtual da Atenção Primária à Saúde

CAB Caderno de Atenção Básica

DIU Dispositivo intra‐uterino

EMC Exame clínico das mamas

FIT Fecal immunochemical test

INCA Instituto Nacional de Câncer

JEC Junção escamo‐colunar

LSIL Lesão intraepitelial de baixo grau

PMS Plano Municipal de Saúde

PAS Programa Anual de Saúde

POA Porto Alegre

POP Plano Operacional Padrão

TR Teste rápido

UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul

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Lista de Quadros

Lista de Fluxogramas

Fluxograma 1: Células escamosas atípicas de significado indeterminado possivelmente não neoplásica ( ASC ‐ US ) no exame citopatológico.................................29

Fluxograma 2: Lesão intraepitelial de baixo grau.......................................................................................................................................................................................................30

Lista de Imagens

Lista de AnexosAnexo I: Formulário para solicitação de Mamografia... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40

Anexo II: Formulário para solicitação de CP de colo de útero..............................................................................................................................................................41

Anexo III: Metas para rastreamento de neoplasia de mama e de colo uterino para 2018 e 2020 com base na população IBGE 2010............................................................42

Anexo IV: Metas de exames de TR para sangue oculto nas fezes por ano por unidade de saúde....................................................................................................................45

Q u a d r o 1 : P o p u l a ç ã o ‐ a l v o e p e r i o d i c i d a d e d o s e x a m e s n o r a s t r e a m e n t o d e c â n c e r d e m a m a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 1

Q u a d r o 2 : G r u p o s p o p u l a c i o n a i s c o m r i s c o m u i t o e l e v a d o p a r a o d e s e n v o l v i m e n t o d o c â n c e r d e m a m a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 2

Q u a d r o 3 : Té c n i c a d o E x a m e C l í n i c o d a s M a m a s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 4

Quadro 4: S inais e S intomas mamários a ltamente sugest ivos de câncer de mama que indicam necessidade de encaminhamento para aval iação d i a g n ó s t i c a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 7

Quadro 5 : Categor ias no exame mamográfico, interpretação e recomendação de conduta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18B I ‐RADS®

Quadro 6: População a lvo e per iodic idade dos exames c i topatológicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20

Q u a d r o 7 : C o n d i ç õ e s e s p e c i a i s p a r a a r e a l i z a ç ã o d o e x a m e c i t o p a t o l ó g i c o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 2

Quadro 8: Coleta do mater ia l para o exame c itopatológico do colo do útero. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24

Quadro 9: Achados cl ínicos e resultados normais no citopatológico que não alteram a rotina de rastreamento.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .27

Quadro 10: Resultados alterados de citopatológico e conduta.................................................................................................................................................28

Quadro 11: Rastreamento de Neoplasia de intestino......................................................................................................................................................32

Quadro 12: Interpretação de resultados do TR de sangue oculto e condutas......................................................................................................................37

Imagem 1: Esquema ilustrativo da coleta de amostra de sangue oculto nas fezes.......................................................................................................36

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SUMÁRIO

I ‐ INTRODUÇÃO.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6

I I ‐ O R G A N I Z A Ç Ã O D O T R A B A L H O . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

III ‐ FERRAMENTAS DE APOIO ÀS(AOS) ENFERMEIRAS(OS)....................................................................................................................10

IV ‐ CÂNCER DE MAMA‐...............................................................................................................................................................11

a. Exame clínico das mamas..............................................................................................................................................................13b. Mamografia...................................................................................................................................................................................18c. Evidências Clínicas................................................................................................................................................19

V ‐ CÂNCER DE COLO DO ÚTERO...........................................................................................................................................................................20

d. Recomendações prévias à coleta do exame citopatológico de colo uterino.....................................................23e. Adequabi l idade da amostra em exame c itopatológico de colo uter ino. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26f . E v i d ê n c i a s c l í n i c a s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 1

V I ‐ CÂNCER DE INTESTINO.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32

g. População‐alvo e periodicidade dos exames...............................................................................................................................32 h. Recomendações prévias ao exame de TR e de sangue oculto nas fezes aos usuários.....................................................34i . P r e c a u ç õ e s à ( a o ) e n f e r m e i r a ( o ) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 4j . M a t e r i a i s n e c e s s á r i o s p a r a r e a l i z a ç ã o d o t e s t e . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 5k. Instruções de uso....................................................................................................................................................35l . E v i d ê n c i a s C l í n i c a s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 8

VII ‐ REFERÊNCIAS...................................................................................................................................................................................48

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I ‐ INTRODUÇÃO O termo rastreamento se refere à prevenção secundária de doenças, ou seja, à identificação de uma patologia previamente ignorada

através de exames, testes ou procedimentos em uma pessoa assintomática de uma população definida. Esta detecção precoce visa identificar e curar uma condição que já cursa com mudanças patológicas, mas que não produziu sinais e/ou sintomas evidentes. Objetiva identificar pessoas que têm benefício maior que o risco de se submeter a uma determinada intervenção. É importante ressaltar que o teste de rastreamento não tem intenção de ser diagnóstico. Pessoas que tiverem um rastreamento positivo devem ser encaminhadas para a realização de diagnóstico definitivo e tratamento. Quando não houver interesse de seguimento na investigação ou no tratamento da doença, o rastreamento não deve ser realizado.

Para que um programa de rastreamento tenha benefícios maiores que seus riscos é necessário que atenda determinadas pré‐condições:

1. A doença rastreada deve ser um problema de saúde pública (considerando sua magnitude, transcendência e vulnerabilidade);2. A doença deve ter uma história natural conhecida;3. A doença deve ter um estágio assintomático bem definido com tratamento precoce benéfico em relação a seu tratamento no momento habitual de diagnóstico; 4. Os exames para sua detecção devem ser disponíveis, aceitáveis e confiáveis e de custo razoável; 5. O rastreamento deve ser um processo contínuo e sistemático;6. O exame para rastreamento deve ser adequado: ter alta sensibilidade, alta especificidade e ser minimamente invasivo. (BRASIL, 2010).

O rastreamento de doenças tornou‐se uma estratégia fundamental na Atenção Primária à Saúde (APS) e os enfermeiros têm papel fundamental nesta atividade, pois apresentam contato próximo e vínculo com os usuários do serviço e atuam de forma interdisciplinar e integral. Este profissional deve ser responsável por ofertar o rastreamento, realizar e solicitar o exame, bem como receber e interpretar o resultado. Resultados alterados devem ser avaliados conjuntamente por um profissional médico.

O cuidado orientado por diretrizes científicas direcionadas a enfermeiros é efetivo para mudanças de processo de trabalho e reduz a variabilidade na prática clínica, resultando em melhores cuidados prestados aos pacientes. Além disso existe grande potencial para melhora da qualidade dos cuidados em saúde quando se disponibiliza a melhor evidência científica aos profissionais de enfermagem. Por isso a importância da implementação de protocolos de enfermagem. Este Protocolo objetiva subsidiar a prática de enfermagem no rastreamento do câncer de mama, colo de útero e cólon, bem como auxiliar na tomada de decisão e qualificar as ações desenvolvidas pelos enfermeiros na APS.

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O rastreamento de neoplasias é particularmente importante no Rio Grande do Sul, estado com maior número de municípios cuja primeira causa de morte é o câncer (140 municípios). Em 2016, Porto Alegre apresentou alta taxa de mortes por neoplasia, aproximadamente 20 casos por 10 mil habitantes (21,9% das causas de morte em homens e 23,6% em mulheres). Dentre os diferentes tipos de câncer constituem importantes problemas de saúde pública em Porto Alegre:

‐ Neoplasias de cólon, reto e ânus (mortalidade 23/100 mil habitantes, a segunda neoplasia que mais matou homens e terceira que mais matou mulheres);

‐ Neoplasia de mama (mortalidade de 29/100 mil habitantes , a segunda neoplasia que mais matou mulheres);‐ Neoplasia de colo do útero (9/100 mil habitantes, a sexta neoplasia que mais matou mulheres).

As ações de enfermagem descritas neste Protocolo podem ser realizadas de diferentes formas, incluindo as consultas de enfermagem programadas ou por demanda espontânea. Entretanto, todas Unidades Básicas de Saúde (UBS) devem instituir seus programas sistematizados de rastreamento. As práticas devem garantir a assistência em sua integralidade, buscando, a investigação e melhoria de outras necessidades ou problemas que acometem os pacientes. Também deve ser considerado o grau de vulnerabilidade do indivíduo e do território, priorizando o princípio da equidade na garantia do cuidado.

Este Protocolo não pretende esgotar os assuntos abordados, mas constituir‐se como um suporte assistencial para cuidado em saúde. Para um aprofundamento das temáticas aqui abordadas, indicamos publicações do Ministério da Saúde, como os “Cadernos de Atenção Básica”(CAB), que descrevem de maneira mais detalhada as ações a serem desenvolvidas na APS.

Por fim, esperamos que este Protocolo se constitua como uma importante ferramenta para a prática qualificada da(o) enfermeira(o) na Atenção Primária à Saúde de Porto Alegre e torne‐se um dos fatores para melhoria das condições de saúde da população.

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II ‐ ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

É fundamental que o enfermeiro conheça a sua população, com cadastro sistemático de todos os usuários da sua área adscrita. A partir desse cadastro, é possível identificar os usuários da faixa etária prioritária para o rastreamento, bem como identificar aqueles que têm risco aumentado para a doença. Ao realizar o cruzamento de dados entre as pessoas que deveriam realizar o exame e as que o realizaram, é possível definir a cobertura e, a partir daí, pensar em ações para ampliar o acesso aos exames. Avaliar a cobertura do exame é tarefa fundamental das equipes, bem como avaliação dos resultados dos exames e o seguimento recomendado.

Os enfermeiros devem adotar postura vigilante em relação ao rastreamento do câncer de mama, colo do útero e colorretal, de forma que todos os usuários na faixa etária preconizada para o rastreamento, que frequentam a unidade por qualquer motivo, sejam verificados quanto à sua situação de rastreio e, para aqueles com exame em atraso, deve‐se oferecer o rastreamento imediato ou agendamento, considerando a preferência do paciente.

Indivíduos não atingidos pelo modelo de rastreamento sistemático ou com exames em atraso, devem ser contatados por telefonema, visita domiciliar, com orientação para realização do rastreamento em data pré‐determinada, pois existem sólidas evidências na literatura que o efeito do agendamento é superior ao do convite aberto. A data do agendamento pode ser modificada pelo usuário, se necessário. Para os usuários contatados em domicílio, sugere‐se a entrega de uma breve carta‐convite assinada pela (o) enfermeira (o) da equipe.

A solicitação dos exames para o rastreamento deve ser realizada pela (o) enfermeira (o), durante o atendimento ou em estratégias de busca ativa de pacientes com exames em atraso, como a visita domiciliar realizada pelo Agente Comunitário de Saúde. Os dados referentes à consulta e a solicitação dos exames devem ser registrados no prontuário eletrônico do cidadão. A solicitação do teste rápido de sangue oculto nas fezes deverá ser registrada no momento da emissão do laudo do exame. Quando necessário o encaminhamento do paciente ao serviço especializado, o mesmo deve ser feito mediante o sistema de regulação GERCON.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere uma meta de cobertura de exames citopatológicos (CP) de colo uterino igual ou maior a 80%, que seria capaz de reduzir 60 a 90% da mortalidade .

O Ministério da Saúde (MS) orienta uma meta de cobertura de mamografia igual ou superior a 70% da população‐alvo (mulheres de 50 a 69 anos de idade), o que poderia reduzir a mortalidade de neoplasia de mama em 15 a 23%.

Com base nestas orientações, o Plano Municipal de Saúde e a Programação Anual de Saúde prevêem uma meta de razão de realização de mamografias para mulheres de 50 a 69 anos de 0,35 até 2021 (0,26 em 2018) ‐ o que representa 70% das pacientes elegíveis em 2 anos ‐e de CP para mulheres de 25 a 64 anos de 0,35 até 2021 (0,34 em 2018) ‐ o que representa 100% das pacientes elegíveis em 3 anos ‐.

Não existe uma meta sugerida pela OMS ou pelo MS sobre o rastreamento de neoplasia de intestino. Com base na população‐alvo , na população que utiliza exclusivamente o Sistema Único de Saúde (SUS) e na adesão ao exame foi estipulada uma meta de 25 mil testes rápidos de sangue oculto nas fezes por ano no município.

Os formulários para solicitação de Mamografia e exame citopatológico de colo uterino podem ser encontrados nos links abaixo:

‐ CP de colo uterino: https://drive.google.com/file/d/1xI6uHeGTDJDkbHxaMWWqCGK_WDQS37gQ/view

‐ Mamografia: https://sites.google.com/view/bvsapspoa/especialidades/ginecologia?authuser=0

O laudo para o teste de sangue oculto nas fezes pode ser feito através do link: http://formr.procempa.com.br/sangueoculto

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III‐ FERRAMENTAS DE APOIO ÀS(AOS) ENFERMEIRAS(OS)

0800 TELESSAÚDERS‐UFRGS: O TelessaúdeRS‐UFRGS disponibiliza a ferramenta de teleconsultoria para todas(os) as(os) enfermeiras(os) da Atenção Primária à Saúde através do 0800

e está disponível para apoiar nos desafios diários da prática profissional.

Para dúvidas clínicas e assistenciais ligue gratuitamente, de Segunda à Sexta‐feira, das 8h às 17h30, para o número 0800 644 6543.

E para envio de materiais e atividades de educação permanente, cadastre‐se na Plataforma Telessaúde.

Disponível em: https://www.ufrgs.br/telessauders/

BIBLIOTECA VIRTUAL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE (BVAPS‐POA):

A Biblioteca Virtual da Atenção Primária à Saúde tem por objetivo reunir, divulgar e garantir o acesso confiável e permanente aos documentos administrativos, técnicos, fluxos,

protocolos, linhas de cuidado, entre outros que se julguem relevantes para a rede de atenção à saúde de Porto Alegre.

Disponível em: https://sites.google.com/view/bvsapspoa/

Dynamed plus: o dynamed plus é uma ferramenta de informação baseada em evidências clínicas proporcionando apoio à decisão clínica e otimização do tempo de resposta.

Disponível em: https://sites.google.com/view/bvsapspoa/

Nursing Reference Center Plus: é uma ferramenta de informação baseada em evidências clínicas proporcionando apoio à decisão clínica e otimização do tempo de resposta.

Disponível em: https://sites.google.com/view/bvsapspoa/

Aplicativo MAMA TELESSAÚDERS‐UFRGS

O aplicativo visa auxiliar no rastreamento e diagnóstico do câncer de mama.

Funcionalidades: Exame Clínico da Mama (ECM), Indicações da Mamografia (MMG), Condutas conforme o Resultado da Mamografia (MMG), Indicações de Ecografia Mamária.

O download do app pode ser feito gratuitamente na loja Google Play e App Store.

Procedimento Operacional Padrão ‐ Teste Rápido de Sangue Oculto nas Fezes ‐ POP: Disponível na Biblioteca Virtual da Atenção Primária de Porto Alegre ‐ BVAPS ‐POA

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IV ‐ CÂNCER DE MAMA

Quadro 1: População‐alvo e periodicidade dos exames no rastreamento de câncer de mama

O câncer de mama, quando identificado em estágios iniciais (lesões menores que 2 cm de diâmetro), apresenta prognóstico mais favorável, com alta chance de cura. Estima‐se que cerca de 25% a 30% das mortes por câncer de mama na população entre 50 e 69 anos podem ser evitadas com estratégias de rastreamento populacional que garantam alta cobertura da população‐alvo, qualidade dos exames e tratamento adequado. As evidências de impacto do rastreamento na mortalidade por essa neoplasia justificam sua adoção como política de saúde pública.

O risco de câncer de mama aumenta com a idade e o rastreamento populacional para essa doença deve ter como alvo as mulheres na faixa etária de maior risco ( Quadro 1 ).

A definição sobre a forma de rastreamento da mulher de alto risc ( Quadro 2 ) não tem ainda suporte nas evidências científicas atuais e é variada a abordagem deste grupo nos programas nacionais de rastreamento. Esta população deve realizar seu rastreamento e seguimento com médico especialista (mastologista).

Pacientes que apresentarem lesões clínicas ao exame físico devem ser avaliadas por um profissional médico o mais rápido possível.

Fonte: Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica nº 13, página 93, 2013.

População‐Alvo Periodicidade dos exames de rastreamento

Mulheres de 40 a 49 anos ECM anual e, se alterado, mamografia

Mulheres de 50 a 69 anos ECM anual e mamografia a cada dois anos

Mulheres de 35 anos ou mais com risco elevado ECM e mamografia anual

Se dúvida realizar interconsulta com médico(a), demais profissionais

da equipe e/ou ligar para 0800 644 6543 TelessaúdeRS.

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Quadro 2: Grupos populacionais com risco muito elevado para o desenvolvimento do câncer de mama

Fonte: INCA (2004).

Mulheres com história familiar de, pelo menos, um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer de mama, abaixo de 50 anos de idade.

Mulheres com história familiar de pelo menos um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer de mama bilateral ou câncer de ovário, em qualquer faixa etária.

Mulheres com história familiar de câncer de mama masculino.

Mulheres com diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa com atipia ou neoplasia lobular in situ.

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A. Exame clínico das mamas

É recomendável que o resultado do exame clínico seja descrito seguindo as etapas de inspeção visual, palpação das axilas e regiões supraclaviculares e tecido mamário. É considerado exame normal ou negativo quando nenhuma anormalidade for identificada e anormal quando achados assimétricos demandarem investigação especializada.

As alterações podem ser desde alterações na cor da pele da mama até massas, nódulos, retração da pele da mama e/ou do mamilo, feridas e descarga papilar espontânea. A descarga papilar espontânea deve sempre ser investigada (BRASIL, 2006). Quando o exame clínico das mamas é normal, a mulher deve ser orientada para seguir a rotina do rastreamento.

Quando detectadas anormalidades, deve‐se encaminhar a paciente para consulta médica na APS ou diretamente para Mastologia ou Onco‐Mama quando indicado ( Quadro 4 ).

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Quadro 3: Técnica do Exame Clínico das Mamas

Inspeção Objetivos Técnica O que observar?

Estática Inicia‐se o exame das mamas pela inspeção estática

Identificar visualmente sinais sugestivos de câncer, tais como alterações no contorno da mama, u l c e r a ç õ e s c u t â n e a s o u d o complexo areolopapilar.

Nesta etapa, a mulher pode se manter sentada com os braços pendentes ao lado do corpo (Figura A), ou com os braços levantados sobre a cabeça (Figura B).

Solicitar que a mulher eleve e abaixe os braços lentamente, e realize contração da musculatura peitoral, comprimindo as palmas das mãos uma contra a outra adiante do tórax, ou comprimindo o quadril com as mãos colocadas uma de cada lado.

É importante o examinador comparar as mamas observando possíveis assimetrias, diferenças na cor da pele, textura e padrão de circulação venosa.

Figura A

Figura B

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Inspeção Objetivos Técnica O que observar?

Palpação

A palpação consiste em examinar todas as áreas do tecido mamário e linfonodos. Para palpar as cadeias ganglionares axilares, a paciente deverá estar sentada, o braço homolateral relaxado e o antebraço repousando sobre o antebraço homolateral do examinador. A palpação das cadeias ganglionares supraclaviculares deve ser realizada com a paciente sentada, mantendo a cabeça semirefletida e com leve inclinação lateral.

Solicitar que a paciente fique em decúbito dorsal, com a mão correspondente a mama a ser examinada colocada sob a cabeça (Figura C). Cada área de tecido deve ser examinada aplicando‐se três níveis de pressão em sequência: leve, média e profunda. Realizar movimentos circulares com as polpas digitais do 2º, 3º e 4º dedos da mão como se estivesse contornado as extremidades de uma moeda. A região da aréola e da papila (mami lo) d e ve se r pa lpad a e não comprimida.No caso da mulher mastectomizada, deve‐se palpar a parede do tórax, a pele e a cicatriz cirúrgica (Figura D).

A pesquisa de descarga papilar deve ser feita aplicando‐se compressão unidigital suave sobre a região areolar, em sentido radial, contornando a papila. A saída da secreção pode ser provocada pela compressão digital de um nódulo ou área de espessamento, que pode estar localizado em qualquer região da mama.

Observar possíveis alterações na temperatura da pele e a existência de nódulos. A descrição de nódulos deve incluir informações quanto ao seu tamanho, consistência, contorno, superfície, mobilidade e localização.A descrição da descarga deve informar se é uni ou bilateral, uni ou multiductal, e s p o n t â n e a o u p r o v o c a d a p e l a c o m p r e s s ã o d e a l g u m p o n t o específico, coloração e relação com algum nódulo ou espessamento palpável.

Figura C

Figura D

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Inspeção Objetivos Técnica O que observar?

Inspeção Dinâmica

I d e n t i fi c a r a b a u l a m e n t o s e retrações nas mamas.

Solicitar que a mulher eleve e abaixe os braços lentamente e realize contração da musculatura peitoral, comprimindo as palmas das mãos uma contra a outra a d i a n t e d o t ó r a x ( F i g u r a E ) o u comprimindo o quadril com as mãos colocadas uma de cada lado (Figura F).

Abaulamentos e retrações nas mamas.

Figura E

Figura F

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde (2018).

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Quadro 4: Sinais e Sintomas mamários altamente sugestivos de câncer de mama que indicam necessidade de

encaminhamento para avaliação diagnóstica

Nódulo palpável endurecido, imóveis, fixo ao tecido subjacente, sem margens definidas; ou

Nódulo palpável com conteúdo sanguinolento na aspiração; ou

Nódulo palpável com linfonodos axilares aumentados, densos e confluentes; ou

Descarga papilar suspeita:

sanguínea, serossanguínea ou cristalina «água de rocha»; ou qualquer descarga papilar uniductal, unilateral ou espontânea; ou qualquer descarga papilar em mulheres com idade superior a 50 anos.

Retração ou distorção recente; ou

Espessamento ou retração cutânea recente.

Fonte: TelessaúdeRS/UFRGS (2015).

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B. Mamografia

Os resultados do exame mamográfico são classificados de acordo com o Breast Imaging Reportingand Data System (BI‐RADS®). Esse sistema utiliza categorias de 0 a 6 para descrever os achados do exame e prevê recomendações de conduta.

Quadro 5: Categorias BI‐RADS® no exame mamográfico, interpretação e recomendação de conduta

Categoria Interpretação Recomendação de conduta

0 Exame incompleto

1 Exame negativo

2 Exame com achado tipicamente benigno

3

Exame com achado provavelmente benigno

4 Exame com achado suspeito

5 Exame com achado altamente suspeito

6 Exame com achados cuja malignidade já está comprovada

Fonte: Secretaria Municipal da Saúde, Porto Alegre (2018).

Encaminhar para consulta médica especializada (Ginecologia‐Mama) com urgência ou Oncologia Gineco.

Controle radiológico com nova mamografia em 6 meses.Se persistência do achado a paciente deve ser avaliada por profissional médico da unidade de saúde.

Solicitar ecografia de mamas.

Rotina de rastreamento conforme a faixa etária.

Rotina de rastreamento conforme a faixa etária.

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ENFERMEIROS, VOCÊS JÁ SABEM, MAS NÃO CUSTA LEMBRAR:

C. Evidências Clínicas

Não indique o autoexame mamário!

O autoexame das mamas, que foi muito estimulado no passado, não provou ser benéfico para a detecção precoce de tumores e por trazer falsa segurança, dúvida e excesso de exames invasivos. Portanto, não deve ser orientado para o reconhecimento de lesões, embora possa ser recomendado para que a mulher tenha conhecimento de seu próprio corpo, devendo o profissional de saúde valorizar as queixas e percepções da paciente.

Não solicite rastreamento universal com mamografia para pacientes entre 40 e 49 anos!

O efeito do rastreamento mamográfico em mulheres de baixo risco para neoplasia de mama entre 40 e 49 anos tem demonstrado ser desfavorável enquanto medida de saúde pública. Apresenta taxa significativa de falsos‐positivos, gerando estresse, procedimentos desnecessários e não alterando desfecho de mortalidade por câncer de mama.

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V ‐ CÂNCER DE COLO DO ÚTERO

Quadro 6: População alvo e periodicidade dos exames citopatológicos

População Alvo

Mulheres de 25 a 64 anos que já tiveram relação sexual.

Mulheres Imunossuprimidas* após o início da atividade sexual**.

Periodicidade

A cada três (3) anos, após dois (2) resultados negativos com intervalo anual.

Fonte: Brasil (2016)

Mulheres imunossuprimidas* devem realizar o rastreamento com intervalos semestrais no 1º ano e, se normais, manter seguimento anual enquanto se mantiver o fator de imunossupressão.

Se dúvida realizar interconsulta com médico(a), demais profissionais

da equipe e/ou ligar para 0800 644 6543 TelessaúdeRS.

*São pacientes imunossuprimidas: Mulheres infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), mulheres imunossuprimidas por transplante de órgãos sólidos, em tratamentos de câncer e usuárias crônicas de corticóides ou outras drogas imunossupressoras.

** O exame deve ser realizado neste grupo após o início da atividade sexual com intervalos semestrais no primeiro ano e, se normais, manter seguimento anual enquanto se mantiver o fator de imunossupressão.

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O câncer do colo do útero é o segundo mais incidente na população feminina brasileira, e o principal método para rastreamento de câncer do colo do útero é o teste de Papanicolau (exame citopatológico do colo do útero) para detecção das lesões precursoras.

A realização periódica do exame citopatológico é a estratégia mais adotada para o rastreamento do câncer do colo do útero. Atingir alta cobertura da população definida como alvo é o componente mais importante no âmbito da atenção primária para que se obtenha significativa redução da incidência e da mortalidade por câncer do colo do útero.

Os exames periódicos devem seguir até os 64 anos de idade e, a partir de então, naquelas mulheres sem história prévia de doença neoplásica pré‐invasiva, interrompidos quando tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos.

Para mulheres com mais 64 anos de idade e que nunca se submeteram ao exame citopatológico, deve‐se realizar dois exames com intervalo de um a três anos. Se ambos os exames forem negativos, essas mulheres podem ser dispensadas de exames adicionais.

Pacientes que apresentarem queixa de sangramento ou queixa de dor na relação sexual devem ser encaminhadas para um profissional médico ou realizar interconsulta se dúvida no manejo clínico.

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Quadro 7: Condições especiais para a realização do exame citopatológico

Gestante

Pós‐menopausa

Histerectomizadas

Fonte: Brasil (2016)

O Rastreamento em gestantes deve seguir as recomendações de periodicidade e faixa etária como para as demais mulheres, devendo sempre ser considerada uma oportunidade a procura ao serviço de saúde para realização do pré‐natal.

O Rastreamento em mulheres na pós‐menopausa deve ser realizado de acordo com as orientações para as demais mulheres. Caso necessário, encaminhar para consulta médica para proceder à estrogenização prévia à realização da coleta.

O Rastreamento em mulheres submetidas à histerectomia total (com retirada de colo uterino ‐ fundo de saco ao exame físico) por lesões benignas, sem história prévia de diagnóstico ou tratamento de lesões cervicais de alto grau, podem ser excluídas do rastreamento, desde que apresentem exames anteriores normais. Em casos de histerectomia por lesão precursora ou câncer do colo do útero, a mulher deverá ser acompanhada de acordo com a lesão tratada conforme a faixa etária de rastreamento.

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D. Recomendações prévias à coleta do exame citopatológico de colo uterino:

A utilização de lubrificantes, espermicidas ou medicamentos vaginais deve ser evitada por 48 horas antes da coleta, pois essas substâncias recobrem os elementos celulares dificultando a avaliação microscópica, prejudicando a qualidade da amostra para o exame citopatológico.

A realização de exames intravaginais, como a ultrassonografia, também deve ser evitada nas 48 horas anteriores à coleta, pois é utilizado gel para a introdução do transdutor.

Embora usual, a recomendação de abstinência sexual prévia ao exame só é justificada quando são utilizados preservativos com lubrificante ou espermicidas. Na prática, a presença de espermatozóides não compromete a avaliação microscópica.

O exame não deve ser feito no período menstrual, pois a presença de sangue pode prejudicar o diagnóstico citopatológico. Deve‐se aguardar o quinto dia após o término da menstruação.

No caso de sangramento vaginal anormal (menstrual), o exame ginecológico é mandatório e a coleta, se indicada, pode ser realizada.

Não se recomenda o uso de lubrificantes para a introdução do espéculo, pois essas substâncias podem interferir na avaliação de secreções.

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Quadro 8‐ Coleta do material para o exame citopatológico do colo do útero

Etapas do Procedimento de coleta

1 ‐ Explicar para a mulher sobre o exame a ser realizado e que pode gerar certo desconforto; 2 ‐ Preparar o material (lâmina com extremidade fosca, espátula de Ayres, escova cervical e frasco com fixador); 3 ‐ Identificar a lâmina e a etiqueta do frasco; 4 ‐ Lavar as mãos com água e sabão; 5 ‐ Posicionar a mulher na maca em posição ginecológica; 6 ‐ Cubra‐a com o lençol; 7 ‐ Posicionar o foco de luz; 8 ‐ Selecionar o espéculo a ser utilizado; 9 ‐ Colocar as luvas descartáveis;10 ‐ Introduzir os espéculo suavemente, em posição vertical e ligeiramente inclinado de maneira que o colo do útero fique exposto completamente, o que é imprescindível para a realização de uma boa coleta. Iniciada a introdução, fazer uma rotação deixando‐o em posição transversa, de modo que a fenda da abertura do espéculo fique na posição horizontal. Uma vez introduzido totalmente na vagina, abrir lentamente;11 ‐ Coletar o material da ectocérvice utilizando espátula de Ayre (Figura G). Encaixar a ponta mais longa da espátula no orifício externo do colo, apoiando‐a firmemente, fazendo uma raspagem em movimento rotativo de 360° em torno de todo o orifício cervical, pra que toda superfície do colo seja raspada. Reserve a espátula para colocação do material na lâmina apenas após a coleta endocervical (Figura H);

Figura G ‐ Espátula de Ayre, escovaendocervical

Figura H ‐ Coleta ectocervical

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Fonte: Brasil (2013)

Figura J ‐ Colocação do material na lâmina.

Figura I ‐ Coleta endocervical

12 ‐ Coletar o material da endocérvice, utilizando a escova endocervical. Recolher o material introduzindo a escova endocervical e fazer um movimento giratório de 360° e colocar o material retirado da endocérvice na metade inferior da lâmina, no sentido longitudinal (Figura I);13 ‐ A amostra ectocervical deve ser disposta no sentido transversal, na metade superior da lâmina, próximo da região fosca, previamente identificada com as iniciais da mulher. O material retirado da endocérvice deve ser colocado na metade inferior da lâmina, no sentido longitudinal. Estender o material sobre a lâmina de maneira delicada para a obtenção de um esfregaço uniformemente distribuído, fino e sem destruição celular (Figura J);14 ‐ Fixar imediatamente o material colhido e distendido na lâmina para evitar o dessecamento, com o spray fixador;15 ‐ Retirar o espéculo delicadamente e informar que o exame terminou;16 ‐ Informar sobre a possibilidade de um pequeno sangramento que poderá ocorrer depois da coleta, tranquilizando‐a que cessará sozinho;17 ‐ Enfatizar a importância do retorno para o resultado e se possível, agendar conforme rotina da unidade de saúde;18 ‐ Registrar no prontuário da paciente as informações e o controle de coletas, resultados e seguimento da mulher.

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E. Adequabilidade da Amostra em exame citopatológico de colo uterino

Amostra satisfatória para avaliação

Podem estar presentes células representativas dos epitélios do colo do útero:

Células escamosas; Células glandulares (não inclui o epitélio endometrial); Células metaplásicas.

Amostra insatisfatória para avaliação

As amostras são consideradas insatisfatórias devido a presença de Material acelular ou hipocelular (<10% do esfregaço), presença de sangue, piócitos, artefatos de dessecamento, contaminantes externos ou intensa superposição celular (>75% do esfregaço).Neste caso o exame deve ser repetido em 6 a 12 semanas com correção, quando possível, do problema que motivou o resultado insatisfatório.

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Quadro 9: Achados clínicos e resultados normais no citopatológico que não alteram a rotina de rastreamento

Resultado Especificações

Achados microbiológicos

(achado normal)

Os lactobacillus sp, cocos e outros bacilos, são considerados achados normais. Fazem parte da microbiota e, na

ausência de sinais e sintomas, sua presença não caracteriza infecção ou necessidade de tratamento

Inflamação sem

identificação de agente

(achado normal)

Presença de alterações celulares epiteliais, geralmente determinadas pela ação de agentes físicos, os quais

podem ser radioativos, mecânicos ou térmicos e químicos, como medicamentos abrasivos ou cáusticos,

quimioterápicos e acidez vaginal sobre o epitélio glandular .

Ocasionalmente, podem‐se observar alterações, em decorrência do uso do dispositivo intrauterino (DIU), em

células endometriais e mesmo endocervicais.

Metaplasia escamosa

imatura

(achado normal)

Apresentação da metaplasia, que é considerada como do tipo reparativa

Reparação (achado normal)

Lesões da mucosa com exposição do estroma e pode ser determinado por agentes que determinam inflamação. É geralmente, a fase final do processo inflamatório.

Atrofia com inflamação

(achado normal) Na ausência de atipias, é um achado normal. Não necessita conduta específica. É mais comum após a

menopausa, o pós‐parto e durante a lactação.

Radiação

(achado normal) Ocorre nos casos de mulheres tratadas por meio de radioterapia para câncer do colo uterino.

Ectopia

(achado clínico) Trata‐se de um achado relativamente comum, sendo normalmente resultado a eversão da JEC ( junção escamo‐colunar)

por causas fisiológicas relacionadas ao ciclo menstrual, fase reprodutiva e gravidez.

Cisto de Naboth

(achado clínico) Achado benigno decorrente dos ductos excretores das glândulas endocervicais subjacentes.

Pólipos Cervicais

(achado clínico)

São projeções da mucosa do canal do colo uterino, podendo levar a sangramento vaginal fora do período

menstrual e principalmente após relação sexual. São benignos na maioria dos casos. Não causam dor pélvica,

dispareunia ou distúrbios menstruais significativos.

“Clue cells”

(achado clínico) “Clue cells” são células epiteliais vaginais com cocobacilos aderidos. Este achado em citologia de colo uterino

isoladamente não é suficiente para diagnóstico de vaginose bacteriana. Em pacientes assintomáticas não há

necessidade de realizar tratamento.

Fonte: Adaptado Brasil (2013), Florianópolis (2016) e Uptodate.

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Quadro 10: Resultados alterados de citopatológico e conduta

ResultadosGrau de

suspeição Conduta

Atipias de significado indeterminado

Em células escamosas

Provavelmente não neoplásica Menor

Repetição da citologia em 6 meses

( 30 anos) ou 12 meses (< 30 anos)

Não se pode afastar lesão de alto grau Maior

Encaminhamento para colposcopia

Em células granulares

Provavelmente não neoplásica Maior

Encaminhamento para colposcopia

Não se pode afastar lesão de alto grau Maior

Encaminhamento para colposcopia

De origem indefinidaProvavelmente não neoplásica Maior

Encaminhamento para colposcopia

Não se pode afastarlesão de alto grau Maior

Encaminhamento para colposcopia

Atipias em células escamosas

Lesão intraepitelial de baixo grau Menor Repetição de citologia em seis meses

Lesão intraepitelial de alto grau Maior Encaminhamento para colposcopia

Lesão intraepitelial de alto grau, não podendoexcluir microinvasão

Maior Encaminhamento para colposcopia

Carcinoma epidermoide invasor Maior Encaminhamento para colposcopia

Atipias em células grandulares Adenocarcinoma in situ Maior Encaminhamento para colposcopia

Adenocarcinoma invasor Maior Encaminhamento para colposcopia

Fonte: (BRASIL, 2011).

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Células escamosas atípicasde significado indeterminado

(ASC-US)

Repetir citologia em 6meses (se>30 anos) ou

em 12 meses (<30 anos)

Dois Exames consecutivosnegativos?

Rotina derastreamento

Encaminhar paracolposcopia

SIM NÃO

Fluxograma 1: Células escamosas atípicas de significado indeterminado possivelmente não neoplásica (ASC‐US) no exame citopatológico

Se dúvida realizar interconsulta com médico(a), demais profissionais

da equipe e/ou ligar para 0800 644 6543 TelessaúdeRS.

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CP apresentando lesãointraepitelial de baixo grau

(LSIL)

Encaminhar paracolposcopia

Repetircitopatológico em

6 meses

SIM NÃO

Dois exames consecutivosnegativos?

Rotina derastreamento

Encaminharpara

colposcopia

Repetir citologia em6 meses

Mantém atipias?

NÃOSIMResultado alterado

ConsultaMédica

Mantém rotinade

rastreamento

SIM NÃO

Se dúvida realizar interconsulta com médico(a), demais profissionais

da equipe e/ou ligar para 0800 644 6543 TelessaúdeRS.

Fluxograma 2: Lesão intraepitelial de baixo grau

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ENFERMEIRAS (OS), VOCÊS JÁ SABEM, MAS NÃO CUSTA LEMBRAR:

F. Evidências Clínicas

Não colete citopatológico em pacientes sem atividade sexual!

Mulheres sem história prévia de atividade sexual não devem ser submetidas ao rastreamento do câncer do colo do útero.

A ausência de células da JEC não indica nova coleta imediata do exame!

A presença de células metaplásicas ou células endocervicais, representativas da junção escamocolunar (JEC), tem sido considerada como indicador da qualidade da coleta, pelo fato de essa coleta objetivar a obtenção de elementos celulares representativos do local onde se situa a quase totalidade dos cânceres do colo do útero. Contudo sua ausência não determina necessidade de nova coleta do exame. Deve‐se repetir o exame com intervalo de 01 ano, e com dois exames normais anuais consecutivos, o intervalo poderá ser de 3 anos.

Não se deve manter o rastreamento após os 65 anos de idade!

Recomenda‐se contra o rastreamento de rotina de câncer do colo do útero em mulheres maiores de 65 anos e que tiveram um rastreamento com Papanicolau normal e que não fazem parte de grupo de alto risco para esse câncer.

Mulheres que fazem sexo com mulheres e mulheres bissexuais também devem realizar rastreamento de neoplasia de colo uterino!

Embora muitas pacientes e profissionais da saúde acreditem que não há necessidade de realização de CP em mulheres bissexuais e que fazem sexo com outras mulheres, estudos mostram que existe alta prevalência de HPV nesta população.

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VI ‐ CÂNCER DE INTESTINO

Quadro 11: Rastreamento de Neoplasia de intestino

50 a 75 anos

a cada 2 anos

G. População‐alvo e periodicidade dos exames

Fonte: Telessaúde e BRASIL (2010).

Se dúvida realizar interconsulta com médico(a), demais profissionais

da equipe e/ou ligar para 0800 644 6543 TelessaúdeRS.

Alto risco

(história familiar de neoplasia de intestino emparente de primeiro grau)

Risco PadrãoTeste rápido para

sangue oculto (FIT)

Teste rápido positivo*:Encaminhar para consulta

médica

Teste rápido negativo:Seguir rotina de

rastreamento

Com 40 anos de idade OU 10 anos antes da idade do

diagnóstico de neoplasia no familiar de primeiro grau (o

evento que vier primeiro)

Conforme avaliação de profissional

médico e resultado de colonoscopia

Colonoscopia (solicitação

médica)

Encaminhar para consulta médica

PopulaçãoIdade para

rastreamento Frequência

Como rastrear?

Conduta

Todos os testes realizados devem ser registrados no formulário específico.Após interpretação do resultados do teste, preencher o laudo no link e entregar http://formr.procempa.com.br/sangueocultoo resultado para o paciente

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O rastreamento de neoplasias de intestino tem sido amplamente discutido. Embora haja uma vasta evidência de benefício de rastreamento destas neoplasias ‐ tanto pela evolução natural da doença que propicia a detecção precoce quanto pela redução de mortalidade ‐ o Ministério da Saúde não recomenda programas populacionais voltados a este rastreamento por não o considerar viável ou custo‐efetivo, pelo baixo valor preditivo de um exame de sangue oculto tradicional positivo e pelos custos com colonoscopia resultantes destes exames.

Uma forma racional de resolver este impasse é realizar o rastreamento da população de mais alto risco para a doença. Principalmente em locais com alta incidência da doença, como Porto Alegre. Ao se abordar o alto risco é possível uma abordagem em que os benefícios sejam superiores aos danos, a um custo acessível para o sistema público de saúde brasileiro.

Estabelecendo‐se o rastreamento na faixa etária dos 50 aos 75 anos é possível realizar a abordagem do alto risco sem o prejuízo de ter um impacto pequeno, uma vez que a maior parte da população que terá esta neoplasia situa‐se nesta faixa de idade, já que o risco aos 60 anos é praticamente o dobro em relação aos 50 anos.

O teste rápido (TR) para identificação de sangue oculto nas fezes é o exame recomendado para o rastreamento de neoplasia de intestino e deve ser ofertado em todas as unidades de saúde de forma bianual para população de 50 a 75 anos.

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H. Recomendações prévias ao exame de TR de sangue oculto nas fezes aos usuários:

‐ As amostras não devem ser coletadas durante ou dentro de três dias do período menstrual, ou se o usuário sofrer de sangramento devido hemorróida ou sangue na urina;‐ Restrição de dieta não é necessária.

I. Precauções a(o) enfermeira(o):

‐ Não coma, beba ou fume na área onde as amostras ou kits estão sendo manipuladas;‐ Não utilize o teste se a embalagem estiver violada;‐ Use roupas protetoras como: jaleco, luvas descartáveis;‐ O teste usado deverá ser descartado, de acordo com as regulamentações locais.

OBS: As amostras de fezes devem ser armazenadas por no máximo 6 horas em temperatura ambiente ou por 3 dias a 2‐8 ºC (temperatura de geladeira) no domicílio.

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J. Materiais necessários para realização do teste:

‐ Dispositivo de teste;‐ Tubos para coleta da amostra com extrato de solução‐tampão.

K.Instruções de uso:

1. Coletar a amostra fecal em recipiente limpo e seco; 2. Desenroscar a tampa do tubo de coleta de amostra do teste rápido. Colocar o bastão de coleta aleatoriamente na amostra fecal em no mínimo 3 locais distintos;3. Colocar o bastão novamente dentro do tubo e enroscar a tampa;4. Agitar o tubo vigorosamente para misturar a amostra e o tampão de extração;5. Remover o dispositivo de teste da embalagem (não encostar na membrana de tira);6. Segurar o tubo de coleta de amostras verticalmente e com a tampa para cima. Desapertar e abrir a tampa superior;7. Inverter o tubo e transferir 2 gotas cheias da amostra preparada para a janela (S) do dispositivo de teste; 8. Aguardar pela(s) linha(s) colorida(s). O resultado deve ser lido em 5 minutos. Não interprete o resultado após 10 minutos.

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Imagem 1: Esquema ilustrativo da coleta de amostra de sangue oculto nas fezes

Fonte: Figura retirada da bula do Teste de Sangue Oculto nas fezes. ABONFOB.

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Quadro 12: Interpretação de resultados do TR de sangue oculto e condutas

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde, 2017.

Apresentação Resultado Conduta

Duas linhas vermelhas distintas (de qualquer tonalidade) Positivo Encaminhar para consulta médica o mais rápido possível.

Uma Linha vermelha na região controle © e nenhuma linha vermelha (de qualquer tonalidade na região da linha teste (T))

Negativo Seguir rotina de rastreamento.

Falha na linha de controle ao aparecer InválidoRevisar procedimento e realizar novo exame. Se problema persistir, comunicar sua coordenação imediata.

Após interpretação do resultados do teste, preencher o laudo no link e entregar o resultado para http://formr.procempa.com.br/sangueocultoo paciente.

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ENFERMEIRAS (OS), VOCÊS JÁ SABEM, MAS NÃO CUSTA LEMBRAR:

Lembre de solicitar sistematicamente o TR de sangue oculto nas fezes para a população alvo!

O teste rápido para identificação de sangue oculto nas fezes deve ser ofertado em todas as unidades de saúde de forma bianual para população de 50 a 75 anos.

Pacientes com alto risco para neoplasia de intestino

Pacientes com alto risco para neoplasia de intestino (história de doença inflamatória intestinal e/ou história familiar de neoplasia de intestino) devem ser rastreados por profissionais médicos.

L. Evidência Clínicas

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ANEXOS

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Anexo I: Formulário para solicitação de Mamografia

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRESECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE

REQUISIÇÃO DE MAMOGRAFIAPROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DO CÂNCER DE MAMA

UF

CARTÃO SUS*

CNES DA UNIDADE DE SAÚDE

PRONTUÁRIOMUNICÍPIOCÓDIGO DO MUNICÍPIO

UNIDADE DE SAÚDE

ESCOLARIDADE

ANALFABETA/O ENSINO FUNDAMENTAL INCOMPLETO ENSINO FUNDAMENTAL COMPLETO ENSINO MÉDIO COMPLETO ENSINO SUPERIOR COMPLETO

NOME COMPLETO DO/A PACIENTE*

NOME COMPLETO DA MÃE*

APELIDO DO/A PACIENTE CPF

NACIONALIDADE DATA DE NASCIMENTO* IDADE

LOGRADOURO

NÚMERO COMPLEMENTO

UFBAIRRO

CÓDIGO DO MUNICÍPIO MUNICÍPIO

CEP DDD TELEFONE PONTO DE REFERÊNCIA

INFORMAÇÕES PESSOAIS

DADOS DA ANAMNESE (UNIDADE SOLICITANTE)

DADOS RESIDENCIAIS

NÚMERO DO PROTOCOLO(N° GERADO AUTOMATICAMENTE PELO SISCAN)

RAÇA / COR

BRANCA PRETA PARDA AMARELA INDÍGENA / ETNIA

ATENÇÃO: OS CAMPOS COM ASTERISCOS (*) SÃO OBRIGATÓRIOS

(210 x 297mm - Bls. 1x50) A-CGMA, MOD. S-769

SEXO MASCULINO FEMININO

1 - Tem nódulo ou caroço na mama?*

Sim, mama direita

Sim, mama esquerda

Não

2 - Apresenta risco elevado*1 para câncer de mama?*

Sim Não Não sabe

*1 Risco elevado são:

Mulheres com história familiar, de pelo menos, um p arente de primeiro grau comdiagnóstico de:- Câncer de mama antes dos 50 anos de idade;- Câncer de mama bilateral ou câncer de ovário em q ualquer faixa etária;Mulheres com história familiar de câncer de mama ma sculino;Mulheres com diagnóstico histopatológico de lesão m amária proliferativa com atipiaou neoplasia lobular in situ;

Mulheres com histórico pessoal de câncer de mama

3 - Antes desta consulta, teve suas mamas examinada s por um profissional da

saúde?*

Sim

Nunca foram examinadas anteriormente

Não sabe

4 - Fez mamografia alguma vez?*

Sim. Quando fez a última mamografia? Ano

Não Não sabe

5 - Fez radioterapia na mama ou no plastrão? Em que ano?*

Sim, mama direita

Sim, mama esquerda

Não

Não sabe

6 - Fez cirurgia de mama? Em que ano?*

Biópsia cirúrgica incisional

Biópsia cirúrgica excisional

Centralectomia

Segmentectomia

Dutectomia

Mastectomia

Mastectomia poupadora de pele

Mastectomia poupadora de pele e

complexo aréolo-papilar

Linfadenectomia axilar

Biópsia de linfonodo sentinela

Reconstrução mamária

Mastoplastia redutora

Inclusão de implantes

Mama direita Mama esquerda

Não fez cirurgia

DATA DE SOLICITAÇÃO*

INDICAÇÃO CLÍNICA*7 - MAMOGRAFIA DIAGNÓSTICA

VERSO DO MOD. S-769

Mama direita

Lesão papilar Descarga papilar: Cristalina Hemorrágica

RESPONSÁVEL*

Localização

QSL - Quadrante superior lateral UQIat - União dos quadrantes legais RRA - Região retroareolar

QIL - Quadrante inferior lateral UQsup - União dos quadrantes superiores RC - Região central (união de todos os quadrantes)

QSM - Quadrante superior medial UQinf - União dos quadrantes inferiores PA - Prolongamento axilar

QIM - Quadrante inferior medial UQmed - União dos quadrantes mediais NR - Não realizado

7a. Achados no exame clínico

Nódulo:Localização

QSL QIL QSM QIM UQIat

UQsup UQmed UQinf RRA PA

Espessamento:Localização

QSL QIL QSM QIM UQIat

UQsup UQmed UQinf RRA PA

Linfonodo palpável Axilar Supraclavicular

Nódulo:Localização

QSL QIL QSM QIM UQIat

UQsup UQmed UQinf RRA PA

Espessamento:Localização

QSL QIL QSM QIM UQIat

UQsup UQmed UQinf RRA PA

Linfonodo palpável Axilar Supraclavicular

Mama esquerda

Lesão papilar Descarga papilar: Cristalina Hemorrágica

7b. Controle radiológico Categoria 3

Mama direita Mama esquerda

nódulo

microcalcificação

assimetria local

assimetria difusa

área densa

distorção focal

linfonodo axilar

7c. Lesão com diagnóstico de câncer

Mama direita Mama esquerda

nódulo

microcalcificação

assimetria local

assimetria difusa

área densa

distorção focal

linfonodo axilar

7d. Avaliação da resposta de QT

neoadjuvante

Mama direita

Mama esquerda

7e. Revisão de mamografia com lesão, realizada em outra instituição

Mama direita Mama esquerda

Categoria 0

Categoria 3

Categoria 4

Categoria 5

Mama direita Mama esquerda

nódulo

microcalcificação

assimetria local

assimetria difusa

área densa

distorção focal

linfonodo axilar

7f. Controle de lesão após biópsia de fragmento ou PAAF com resultado benigno

8 - MAMOGRAFIA DE RASTREAMENTO

8a. População alvo 8b. População de risco elevado (história familiar) 8c. Paciente já tratado de câncer de mama

NÚMERO DO EXAME (PREENCHIDO PELO SERVIÇO DE MAMOGRA FIA)

ORIENTAÇÕES PARA PREENCHIMENTO

7 - MAMOGRAFIA DIAGNÓSTICA

7a. Achados no exame clínico Mamografia realizada nas mulheres com sinal e sinto mas de câncer de mama (ou sinais e

sintomas contemplados no formulário são: lesão papi lar, descarga papilar espontânea,

nódulo, espessamento e linfonodo axilar e supraclav icular).

7b. Controle radiológico de lesão Categoria 3 (BI-R ADSR) Mamografia realizada em paciente corm d ela luedsoã oa nptreorvioavelmente benigna.

7c. Lesão com diagnóstico de câncer Mamografia realizada em paciente já com diagnóstico de cãncer de mama, por

histopatológico, mas antes do tratamento.

7d. Avaliação de resposta à quimioterapia neoadjuva nte Mamografia realizada após a quimuivoatenrtea,p piaa nrae oaavadljiação da resposta.

7e. Revisão de mamografia com lesão, realizada em o utra instituição Mamografia realizada em pacientme c laoudo anterior de outra instituição nas categoria s

0, 3, 4 e 5 para revisão de resultado.

7f. Controle de lesão após biópsia ou PAAF com resultado benigno Mamografia realizada em paciente com alanutedroio r de biópsia de fragmento ou PAAF

de lesões benignas.

8 - MAMOGRAFIA DE RASTREAMENTO Mamografia realizada nas mulheres assintomáticas (s em sinais e sintomas de câncer de

mama), com idade entre 50 e 69 anos (população alvo ) ou maiores de 35 anos com

histórico familiar (população de risco elevado - hi stória familiar) ou histórico pessoal de

câncer de mama (pacientes já tratados) Atenção: mastalgia não é sinal de câncer de

mama.

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Anexo II: Formulário para solicitação de CP de colo de útero

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRESECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE

REQUISIÇÃO DE EXAME CITOPATOLÓGICO - COLO DO ÚTEROPROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO

UF

CARTÃO SUS*

CNES DA UNIDADE DE SAÚDE

PRONTUÁRIOMUNICÍPIONÚMERO DA LÂMINA

UNIDADE DE SAÚDE

ESCOLARIDADE

ANALFABETA ENSINO FUNDAMENTAL INCOMPLETO ENSINO FUNDAMENTAL COMPLETO ENSINO MÉDIO COMPLETO ENSINO SUPERIOR COMPLETO

NOME COMPLETO DA MULHER*

NOME COMPLETO DA MÃE*

APELIDO DA MULHER CPF

NACIONALIDADE DATA DE NASCIMENTO* IDADE

LOGRADOURO

NÚMERO COMPLEMENTO

UFBAIRRO

CÓDIGO DO MUNICÍPIO MUNICÍPIO

CEP DDD TELEFONE PONTO DE REFERÊNCIA

INFORMAÇÕES PESSOAIS

(210 x 297mm - Bls. 1x50) A-CGMA, MOD. S-287

1- Motivo do exame*

Rastreamento Repetição(exame alterado ASCUS / Baixo grau)

Seguimento (pós diagnóstico colposcópico / tratame nto)

2- Fez o exame preventivo(Papanicolaou) alguma vez?*

Sim. Quando fez o último exame? Ano

Não Não sabe

3 - Usa DIU?*

Sim Não Não sabe

4 - Está grávida?*

Sim Não Não sabe

5 - Usa pílula anticoncepcional?*

Sim Não Não sabe

DADOS DA ANAMNESE6 - Usa hormônio / remédio para tratar menopausa?*

Sim Não Não sabe

7 - Já fez tratamento por radioterapia?*

Sim Não Não sabe

8 - Data da última menstrução/regra: *

Não sabe/ Não lembra

9 - Tem ou teve algum sangramento após relações sex uais?*

(não considerar a primeira relação sexual na vida)

Sim Não / Não sabe / Não lembra

10 - Tem ou teve algum sangramento após a menopausa ?*

(não considerar o(s) sangramento(s) na vigên cia de reposição hormonal)

Sim Não / Não sabe / Não lembra / Não está na menopaus a

DATA DA COLETA* RESPONSÁVEL*

EXAME CLÍNICO11 - Inspeção do colo*

Normal

Ausente(anomalias congênitas ou retirado cirurgica mente)

Alterado

Colo não visualizado

12 - Sinais sugestivos de doenças sexualmente trans missíveis?

Sim

Não

DADOS RESIDENCIAIS

NÚMERO DO PROTOCOLO(N° GERADO AUTOMATICAMENTE PELO SISCAN)

RAÇA / COR

BRANCA PRETA PARDA AMARELA INDÍGENA / ETNIA

NOTA: Na presença de colo alterado, com lesão sugestiva de câncer, não aguardar oresultado do exame citopatológico para encaminhar a mulher para colposcopia

ATENÇÃO: OS CAMPOS COM ASTERISCOS (*) SÃO OBRIGATÓRIOS

NÚMERO DO EXAME*

RESPONSÁVEL* DATA DO RESULTADO*

IDENTIFICAÇÃO DO LABORATÓRIO

NOME DO LABORATÓRIO* RECEBIDO EM:*

CNES DO LABORATÓRIO*

RESULTADO DO EXAME CITOPATOLÓGICO - COLO DO ÚTERO ADEQUABILIDADE DO MATERIAL*

AMOSTRA REJEITADA POR:

Ausência ou erro na identificação da lâmina, frasco ou formulário

Lâmina danificada ou ausente

Causas alheias ao laboratório; especificar: ______ ______________________

Outras causas; especificar:_______________________ __________________

EPITÉLIOS REPRESENTADOS NA AMOSTRA:*

Escamoso

Grandular

Metaplásico

VERSO DO MOD. S-287

MICROBIOLOGIA

Lactobacillus sp

Cocos

Sugestivo de Chlamydia sp

Actinomyces sp

Candida sp

Trichomonas vaginalis

Efeito citopático compatível com vírus do grupo Herpes

Bacilos supracitoplasmáticos (sugestivos de Gardnerella / Mobiluncus)

Outros bacilos

Outros; especificar:

DENTRO DOS LIMITES DA NORMALIDADE NO MATERIAL EXAMI NADO?

Sim Não

ALTERAÇÕES CELULARES BENIGNAS REATIVAS OU REPARATI VAS

Inflamação

Metaplasia escamosa imatura

Reparação

Atrofia com inflamação

Radiação

Outros; especificar: ________________________________________

CÉLULAS ATÍPICAS DE SIGNIFICADO INDETERMINADO

Escamosas: Possivelmente não neoplásicas (ASC-US)

Não se pode afastar lesão de alto grau (ASC-H)

Glandulares: Possivelmente não neoplásicas

Não se pode afastar lesão de alto grau

De origem indefinida: Possivelmente não neoplásicas

Não se pode afastar lesão de alto grau

ATIPIAS EM CÉLULAS ESCAMOSAS

Lesão intra-epitelial de baixo grau (compreendendo efeito citopático

pelo HPV e neoplasia intra-epitelial cervic al grau I)

Lesão intra-epitelial de alto grau (compreendendo neoplasias intra-

epiteliais cervicais graus II e III)

Lesão intra-epitelial de alto grau, não podendo ex cluir micro-invasão

Carcinoma epidermóide invasor

ATIPIAS EM CÉLULAS GLANDULARES

Adenocarcinoma “in situ”

Adenocarcinoma invasor: Cervical Endometrial

Sem outras especificações

OUTRAS NEOPLASIAS MALIGNAS: _________________________

PRESENÇA DE CÉLULAS ENDOMETRIAIS (NA PÓS-MENOPAUSA

OU ACIMA DE 40 ANOS, FORA DO PERÍODO MENSTR UAL)

AVALIAÇÃO PRÉ-ANALÍTICA

Satisfatória

Insatisfatória para avaliação oncótica devido a:

Material acelular ou hipocelular em menos de 10% d o esfregaço

Sangue em mais de 75% do esfregaço

Piócitos em mais de 75% do esfregaço

Artefatos de dessecamento em mais de 75% do esfreg aço

Contaminantes externos em mais de 75% do esfregaço

Intensa superposição celular em mais de 75% do esf regaço

Outros, especificar ______________________________ _______

DIAGNÓSTICO DESCRITIVO

OBSERVAÇÕES GERAIS

SCREENING PELO CITOTÉCNICO

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Anexo III: Metas para rastreamento de neoplasia de mama e de colo uterino para 2018 e 2020 com base na

população IBGE 2010

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2018 2021 2018 2020 2018 2021 2018 2020

US Alto Embratel 507 522 131 176 US Coinma 629 647 229 308

US Alto Erechim 451 465 136 183 US Conceicao 2325 2394 787 1060

US Aparicio Borges 919 946 263 354 US Costa e Silva 423 436 156 210

US Asa Branca 279 287 56 76 US Cristal 1018 1048 325 437

US Assis Brasil 1516 1560 422 567 US Cruzeiro do Sul 318 327 71 95

US Bananeiras 1681 1730 541 728 US Cruzeiro/FEBEM 1181 1216 335 451

US Barao de Bage 401 413 125 168 US Diretor Pestana 1257 1294 341 458

US Batista Flores 257 264 64 86 US Divina Providencia 391 403 122 164

US Beco do Adelar 1772 1824 469 631 US Divisa 226 233 64 86

US Beco dos Coqueiros 259 266 48 64 US Domênico Feoli 391 403 109 146

US Belem Novo 1026 1056 313 421 US Ernesto Araujo 549 565 131 176

US Belem Velho 728 749 161 216 US Esmeralda 438 451 101 136

US Bom Jesus 1136 1169 291 392 US Esperanca Cordeiro 147 152 40 54

US Calabria 822 846 238 321 US Estrada dos Alpes 300 308 76 102

US Camaqua 2560 2636 828 1114 US Farrapos 1091 1123 286 385

US Campo da Tuca 701 721 211 283 US Fradique Vizeu 259 266 48 65

US Campo Novo 1565 1611 412 555 US Gloria 1071 1102 334 450

US Campos do Cristal 183 188 37 49 US Graciliano Ramos 226 232 59 80

Clínica da Família 580 597 118 158 US Guaruja 1316 1355 414 557

US Ceres 826 850 233 314 US Herdeiros 361 372 90 121

US Chacara da Fumaca 926 954 214 289 US Hospital Sao Lucas 461 474 111 149

US Chacara do Banco 336 346 88 118 US IAPI 7525 7746 2514 3384

US Chapeu do Sol 307 316 72 96 US Ilha da Pintada 309 318 96 129

US Cidade de Deus 335 345 74 99 US Ilha do Pavao 36 37 6 7

US Cohab Cavalhada 746 768 197 265 US Ilha dos Marinheiros 309 318 65 87

MMGCP MMGUnidades Unidades

CP

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2018 2021 2018 2020

US Ipanema 1529 1574 517 696

US Jardim Carvalho 701 721 236 318

US Jardim Cascata 362 373 97 131

US Jardim da Fapa 335 345 70 94

US Jardim das Palmeiras 582 599 198 267

US Jardim Itu 1057 1088 359 482

US Jardim Leopoldina 1643 1692 546 735

US Jardim Protasio Alves 249 257 47 63

US Jenor Jarros 271 279 80 108

US Lami 570 587 165 222

US Laranjeiras 247 255 55 73

US Lomba do Pinheiro 410 422 106 142

US Macedonia 2132 2195 659 887

US Mapa 1615 1663 369 497

US Maria da Conceicao 259 266 72 97

US Mario Quintana 292 300 51 69

US Mato Grosso 274 282 58 79

US Mato Sampaio 293 301 69 92

US Milta Rodrigues 673 693 163 220

US Modelo 13863 14270 4610 6205

US Monte Cristo 1780 1833 529 711

US Moradas da Hipica 683 703 134 180

US Morro da Cruz 289 298 59 79

US Morro dos Sargentos 290 299 67 90

US Morro Santana 2138 2201 610 821

UnidadesCP MMG

2018 2021 2018 2020

US Navegantes 1552 1597 501 674

US Nazare 214 220 42 57

US Nonoai 1914 1971 634 853

US Nossa Senhora Aparecida 381 392 112 151

US Nossa Senhora das Gracas 323 333 75 101

US Nossa Senhora de Belem 178 183 43 58

US Nossa Senhora Medianeira 1001 1030 317 426

US Nova Brasilia 1157 1191 328 441

US Nova Gleba 253 261 87 116

US Nucleo Esperanca 297 305 76 102

US Orfanotrofio 222 228 50 67

US Osmar Freitas 342 352 95 128

US Panorama 1053 1084 260 350

US Parque dos Maias 965 993 282 380

US Passo das Pedras 2497 2571 722 972

US Paulo Viaro 468 482 122 165

US Pequena Casa da Crianca 2262 2329 741 997

US Pitinga 261 269 61 82

US Pitoresca 459 473 127 171

US Planalto 250 257 73 97

US Ponta Grossa 734 755 194 261

US Primeiro de Maio 689 709 177 238

US Quinta Unidade 311 320 50 67

US Ramos 1134 1167 282 379

US Recreio da Divisa 170 175 36 49

UnidadesCP MMG

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Fonte: Secretaria Municipal de Saúde, 2018.

2018 2021 2018 2020

US Restinga 1322 1361 340 458

US Rincao 425 437 91 122

US Rubem Berta 1762 1813 555 746

US Safira Nova 344 354 81 109

US Santa Anita 296 304 87 117

US Santa Cecilia 5104 5254 1669 2246

US Santa Fe 540 556 140 188

US Santa Helena 404 416 114 153

US Santa Maria 351 362 66 88

US Santa Marta 12420 12785 4139 5571

US Santa Rosa 1196 1231 351 473

US Santa Teresa 449 462 118 159

US Santissima Trindade 0 0 0 0

US Santo Agostinho 446 459 135 182

US Santo Alfredo 742 764 225 303

US Sao Borja 430 443 98 131

US Sao Carlos 868 894 249 335

US Sao Cristovao 1196 1231 304 409

US Sao Gabriel 237 244 78 105

US Sao Jose 859 885 276 371

US Sao Miguel 666 686 168 226

US Sao Pedro 467 481 129 174

US Sao Vicente Martir 208 214 57 77

US Sarandi 1009 1038 338 455

US Tijuca 473 487 152 205

UnidadesCP MMG

2018 2021 2018 2020

US Timbauva 564 581 103 139

US Tristeza 3001 3090 997 1342

US Tronco 635 654 172 231

US Vicosa 199 205 55 74

US Vila Brasilia 445 458 125 168

US Vila dos Comerciarios 1983 2041 667 898

US Vila Elizabeth 535 550 156 209

US Vila Floresta 1859 1913 628 845

US Vila Gaucha 237 244 73 98

US Vila Ipiranga 1383 1424 474 638

US Vila Jardim 2316 2384 760 1024

US Vila Nova Ipanema 167 172 47 63

US Vila Pinto 246 253 61 82

US Vila Safira 395 406 81 109

US Vila SESC 499 514 151 203

US Vila Vargas 762 784 185 248

US Wenceslau Fontoura 176 181 34 45

Total Geral 142546 146739 42719 57507

UnidadesCP MMG

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Anexo IV: Meta de exame de TR para sangue oculto nas fezes por ano por unidade de saúde

Unidade Meta

UBS Aparício Borges 155

UBS Assis Brasil 259

UBS Bananeiras 349

UBS Beco do Adelar 268

UBS Belem Novo 204

UBS Belem Velho 89

UBS Bom Jesus 171

UBS Calabria 140

UBS Camaqua 487

UBS Campo da Tuca 129

UBS Campo Novo 231

UBS Ceres 116

UBS Chacara da Fumaca 108

Unidade Meta

UBS Cristal 198

UBS Cruzeiro/FEBEM 212

UBS Diretor Pestana 167

UBS Estrada dos Alpes 43

UBS Farrapos 191

UBS Gloria 222

UBS Guaruja 238

UBS Hospital Sao Lucas 72

UBS IAPI 1393

UBS Ilha do Pavao 4

UBS Ipanema 327

UBS Jardim das Palmeiras 134

UBS Lami 115

Unidade Meta

UBS Macedonia 405

UBS Mapa 202

UBS Modelo 2847

UBS Monte Cristo 301

UBS Morro Santana 342

UBS Navegantes 335

UBS Nonoai 379

UBS Nova Brasilia 203

UBS Panorama 154

UBS Passo das Pedras 427

UBS Pequena Casa da Crianca 453

UBS Primeiro de Maio 95

UBS Ramos 162

Unidade Meta

UBS Restinga 183

UBS Rubem Berta 277

UBS Santa Cecilia 660

UBS Santa Marta 2569

UBS Santa Rosa 185

UBS Sao Carlos 168

UBS Sao Cristovao 183

UBS Sao Jose 161

UBS Sao Miguel 96

UBS Sarandi 229

UBS Tristeza 629

UBS Tronco 87

UBS Vila dos Comerciarios 439

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Unidade Meta

UBS Vila Elizabeth 110

UBS Vila Gaucha 45

UBS Vila Ipiranga 301

UBS Vila Jardim 502

UBS Vila Vargas 97

USF Alto Embratel 71

USF Alto Erechim 84

USF Asa Branca 32

USF Barao de Bage 77

USF Batista Flores 33

USF Beco dos 25

USF Campos do Cristal 21

Clínica da Família 63

Unidade Meta

USF Chacara do Banco 45

USF Chapeu do Sol 39

USF Cidade de Deus 40

USF Cohab Cavalhada 103

USF Coinma 154

USF Conceicao 459

USF Costa e Silva 110

USF Cruzeiro do Sul 36

USF Divina Providencia 73

USF Divisa 39

USF Domênico Feoli 50

USF Ernesto Araujo 65

USF Esmeralda 52

Unidade Meta

USF Esperanca Cordeiro 20

USF Fradique Vizeu 24

USF Graciliano Ramos 34

USF Herdeiros 52

USF IAPI 217

USF Ilha da Pintada 63

USF Ilha dos Marinheiros 44

USF Jardim Carvalho 149

USF Jardim Cascata 64

USF Jardim da Fapa 39

USF Jardim Itu 236

USF Jardim Leopoldina 257

USF Jardim Protasio Alves 23

Unidade Meta

USF Jenor Jarros 37

USF Laranjeiras 32

USF Lomba do Pinheiro 57

USF Maria da Conceicao 38

USF Mario Quintana 27

USF Mato Grosso 29

USF Mato Sampaio 37

USF Milta Rodrigues 108

USF Modelo 107

USF Moradas da Hipica 65

USF Morro da Cruz 32

USF Morro dos Sargentos 36

USF Nazare 19

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Unidade Meta

USF Nossa Senhora Aparecida 65

USF Nossa Senhora das Gracas 36

USF Nossa Senhora de Belem 30

USF Nossa Senhora Medianeira 193

USF Nova Gleba 56

USF Nucleo Esperanca 37

USF Orfanotrofio 27

USF Osmar Freitas 61

USF Parque dos Maias 136

USF Passo das Pedras 30

USF Paulo Viaro 78

USF Pitinga 33

USF Pitoresca 82

Unidade Meta

USF Planalto 46

USF Ponta Grossa 110

USF Quinta Unidade 24

USF Recreio da Divisa 20

USF Rincao 48

USF Safira Nova 42

USF Santa Anita 50

USF Santa Cecilia 382

USF Santa Fe 73

USF Santa Helena 62

USF Santa Maria 32

USF Santa Marta 187

USF Santa Teresa 70

Unidade Meta

USF Santissima Trindade 0

USF Santo Agostinho 83

USF Santo Alfredo 137

USF Sao Borja 45

USF Sao Gabriel 50

USF Sao Pedro 72

USF Sao Vicente Martir 32

USF Tijuca 96

USF Timbauva 56

USF Vicosa 29

USF Vila Brasilia 74

USF Vila Floresta 399

USF Vila Nova Ipanema 26

Unidade Meta

USF Vila Pinto 33

USF Vila Safira 40

USF Vila SESC 93

USF Wenceslau 16

Total Geral 25984

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde, 2018.

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VII ‐ Referências

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3. BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica. Departamento de Atenção Básica. Saúde das Mulheres/Ministério da Saúde,

Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

4. BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. Instituto Nacional de Câncer (INCA) –

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5. BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil. Instituto Nacional de Câncer (INCA) –

Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

6. Brasil. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Diretrizes para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil/

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11. Fletcher, Robert. Fletcher, Suzanne W. S. Fletcher, Grant. Epidemiologia Clínica ‐ Elementos essenciais ‐ 5ª edição, Artmed, 2014.

12. GUSSO, G.; LOPES, J. M. C. Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed, 2012.

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Volume 1 e 2.

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