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VERSÃO 1.5 PARANÁ (29.02.2016) 2016 PROTOCOLO DE VIGILÂNCIA E RESPOSTA À OCORRÊNCIA DE MICROCEFALIA E SUSPEITA DE INFECÇÃO CONGÊNITA PELO VÍRUS ZIKA NO ESTADO DO PARANÁ

PROTOCOLO DE VIGILÂNCIA E RESPOSTA À OCORRÊNCIA DE ... · crescimento intra-uterino (RCIU) ou RN pequenos para idade gestacional (PIG) e deverão ser investigados segundo os protocolos

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VERSÃO 1.5 – PARANÁ (29.02.2016)

2016

PROTOCOLO DE VIGILÂNCIA E RESPOSTA À OCORRÊNCIA DE

MICROCEFALIA E SUSPEITA DE INFECÇÃO CONGÊNITA PELO VÍRUS ZIKA NO ESTADO DO

PARANÁ

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Governador do Paraná Beto Richa Vice-Governador Cida Borghetti Secretário Estadual de Saúde Michele Caputo Neto Diretor Geral Sezifredo Paz Superintendência de Vigilância em Saúde Cleide Aparecida de Oliveira Superintendência de Atenção à Saúde Márcia Huçulak Centro de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde Mirian Marques Woiski Centro de Vigilância Ambiental Ivana Lucia Belmonte Centro de Epidemiologia Julia Valéria Ferreira Cordellini Centro de Vigilância Sanitária Paulo Costa Santana Departamento de Atenção Primária Shunaida Namie Sonobe Laboratório Central do Estado Celia Fagundes da Cruz Colaborador Sociedade Paranaense de Pediatria - Marion Burger

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SUMÁRIO

I. APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................................. 4

II. OBJETIVOS .......................................................................................................................................................... 4

III. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA............................................................................................................................. 4

1. DEFINIÇÃO DE CASOS .......................................................................................................................................... 4

2. NOTIFICAÇÃO E INVESTIGAÇÃO......................................................................................................................... 6

2.1 RECÉM-NASCIDO VIVO, FETO, NATIMORTO OU ABORTO COM MICROCEFALIA OU MALFORMAÇÕES

SUSPEITAS DE INFECÇÃO CONGÊNITA ............................................................................................................... 6

2.2 GESTANTES COM EXANTEMA ............................................................................................................................ 7

IV. INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL DOS CASOS SUSPEITOS ...................................................................................... 9

QUADRO I - RECÉM-NASCIDO COM MICROCEFALIA OU OUTRAS ALTERAÇÕES DO SNC SUSPEITAS DE

INFECÇÃO CONGÊNITA PELO VÍRUS ZIKA ......................................................................................................... 9

QUADRO I (CONTINUAÇÃO) – RECÉM-NASCIDO COM MICROCEFALIA OU OUTRAS ALTERAÇÕES DO SNC

SUSPEITAS DE INFECÇÃO CONGÊNITA PELO VÍRUS ZIKA ............................................................................. 10

QUADRO II - GESTANTE COM FETO COM MICROCEFALIA OU OUTRAS ALTERAÇÕES DO SNC SUSPEITAS DE

INFECÇÃO CONGÊNITA PELO VÍRUS ZIKA ....................................................................................................... 11

QUADRO III – ABORTO ESPONTÂNEO OU NATIMORTO COM SUSPEITA CLÍNICA E/OU LABORATORIAL DE

INFECÇÃO CONGÊNITA ..................................................................................................................................... 12

QUADRO III (CONTINUAÇÃO)– ABORTO ESPONTÂNEO OU NATIMORTO COM SUSPEITA CLÍNICA E/OU

LABORATORIAL DE INFECÇÃO CONGÊNITA ................................................................................................... 13

QUADRO IV - GESTANTE COM EXANTEMA AGUDO OU REFERIDO ....................................................................... 14

QUADRO IV (CONTINUAÇÃO)- GESTANTE COM EXANTEMA AGUDO OU REFERIDO ............................................... 15

QUADRO V – RECÉM-NASCIDO DE GESTANTE COM EXANTEMA AGUDO OU REFERIDO .................................... 16

V. SERVIÇOS DE REFERÊNCIA NO PARANÁ PARA ATENDIMENTO DE CASOS SUSPEITOS DE MICROCEFALIA E/OU

OUTRAS MALFORMACÕES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL ............................................................................ 17

VI. ANEXOS ............................................................................................................................................................. 18

ANEXO I – AFERIÇÃO DO PERÍMETRO CEFÁLICO .............................................................................................................. 18

ANEXO II – FLUXOGRAMA DO RN COM MICROCEFALIA E/OU MALFORMAÇÕES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL ..................... 18

ANEXO III - FORMULÁRIO DE TRIAGEM DE CASOS SUSPEITOS ........................................................................................... 19

ANEXO IV – CURVAS DE CRESCIMENTO DE FENTON PARA CRIANÇAS (PRÉ TERMO) ............................................................. 20

ANEXO IV CONT. – CURVAS DE CRESCIMENTO DE FENTON PARA CRIANÇAS (PRÉ-TERMO) ................................................... 21

ANEXO V - CURVAS DE CRESCIMENTO DE INTERGROWTH PARA MENINAS (IG>37SEMANAS) ............................................... 22

ANEXO V CONT. - CURVAS DE CRESCIMENTO DE INTERGROWTH PARA MENINOS (IG>37SEMANAS) ..................................... 23

ANEXO VI – TUTORIAIS PARA UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS DE FENTON E INTERGROWTH .............................................. 24

ANEXO VII – CURVAS DE CRESCIMENTO DA OMS COM PERCENTIL, PARA MENINOS E MENINAS, DO NASCIMENTO ATÉ 13

SEMANAS................................................................................................................................................................ 26

ANEXO VIII - REGISTRO DE EVENTOS DE SAÚDE PÚBLICA REFERENTE ÀS MICROCEFALIAS (RESP) ..................................... 27

ANEXO VIII (CONT.) - FORMULÁRIO RESP (PREENCHER ANTES DE DIGITAR ONLINE). ....................................................... 28

ANEXO VIII (CONT.) - FORMULÁRIO RESP (PREENCHER ANTES DE DIGITAR ONLINE). ........................................................ 29

ANEXO IX – QUESTIONÁRIO DE INVESTIGAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA MICROCEFALIA ..................................... 30

ANEXO X - FICHA NOTIFICAÇÃO DO SINAN NET PARA GESTANTES COM EXANTEMA ......................................................... 31

ANEXO XI - QUESTIONÁRIO DE INVESTIGAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA GESTANTES COM EXANTEMA .............. 32

VII. REFERÊNCIAS .................................................................................................................................................... 33

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I. APRESENTAÇÃO

Considerando que o Ministério da Saúde declarou o enfrentamento de emergência em saúde

pública nacional a partir do relato de aumento dos casos de microcefalia em Pernambuco, por meio da

Portaria GM/MS n.º 1.813, de 11 de novembro de 2015 e que esta condição pode ser explicada por

diversos motivos, tanto por infecções congênitas quanto por outras causas não infecciosas ocorridas

especialmente no primeiro trimestre da gestação, período crucial para o desenvolvimento do cérebro

fetal, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná criou um Grupo de Trabalho (GT – Microcefalia)

envolvendo especialistas em obstetrícia, neonatologia, neurologia pediátrica, infectopediatria,

genética e diagnóstico por imagem para apoiar as áreas técnicas envolvidas no enfrentamento do

evento em curso.

Como resultado deste trabalho foi elaborado este protocolo para vigilância e atenção aos

casos de microcefalia e demais situações possivelmente relacionadas à infecção congênita pelo vírus

Zika, atendendo às especificidades do Paraná, em que as definições de casos suspeitos, fluxos de

laboratório e da rede de atenção foram adequadas à situação estadual.

II. OBJETIVOS

Definir o fluxo de atendimento, diagnóstico, vigilância e acompanhamento de:

Recém-nascidos com malformação congênita possivelmente relacionada à infecção

pelo vírus ZIKA durante a gestação.

Gestantes com suspeita de infecção pelo vírus ZIKA.

Monitorar a situação epidemiológica das complicações envolvendo gestantes e recém-

nascidos, potencialmente associadas à infecção pelo vírus Zika.

Detectar oportunamente a ocorrência de casos graves e óbitos potencialmente relacionados à

infecção pelo vírus Zika.

Identificar grupos e fatores/condições de risco para complicações decorrentes de infecção pelo

vírus Zika.

Fortalecer a articulação intra e intersetorial de organizações governamentais, não

governamentais e sociedade para o combate ao vetor e diminuição dos riscos à saúde pública.

Elaborar e divulgar informações epidemiológicas da situação no Estado do Paraná.

III. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

1. DEFINIÇÃO DE CASOS

Visando aprimorar a vigilância dos casos de microcefalia, assim como de outras manifestações

congênitas possivelmente relacionadas à infecção pelo vírus Zika, as definições de casos foram

ampliadas para identificação de outras situações durante a gestação e após o parto.

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A partir da publicação desse protocolo, as vigilâncias do Estado do Paraná e municípios

deverão realizar a detecção de casos de:

DEFINIÇÃO DE CASO SUSPEITO:

a. FETO ou NATIMORTO ou RECÉM-NASCIDO VIVO COM MICROCEFALIA* diagnosticada

intra-útero ou pós-natal;

*DEFINIÇÃO DE MICROCEFALIA:

INTRA-ÚTERO: feto com diâmetro biparietal ou circunferência craniana abaixo

do percentil três E desproporcionalmente menor que o peso e comprimento

fetal para a idade gestacional e sexo.

PÓS-PARTO: Recém-nascido (RN), natimorto ou aborto com perímetro cefálico

(PC) aferido ao nascimento (e confirmado após 24h) abaixo do percentil três ou

menor que dois desvios-padrão (<2 DP) E desproporcionalmente menor que o

peso e estatura para idade gestacional e sexo do RN, natimorto ou aborto.

b. FETO ou NATIMORTO ou RECÉM-NASCIDO VIVO (RNV) com outras alterações do sistema

nervoso central (ex.: malformações de fossa posterior ou ventriculomegalia e calcificações

intracranianas), alterações ósteo-articulares como a artrogripose, assim como múltiplas

malformações sugestivas de infecção congênita;

c. ABORTO ESPONTÂNEO com suspeita clínica e/ou laboratorial de infecção congênita;

d. GESTANTE COM SUSPEITA DE INFECÇÃO PELO VÍRUS ZIKA: quadro clínico de exantema

maculopapular durante a gestação ou até 40 (quarenta) dias antes de engravidar.

LEMBRAR:

A medida do perímetro cefálico (PC) realizada em sala de parto pode ser menor do que o real

devido à sobreposição (acavalgamento) das suturas cranianas durante a passagem da cabeça pelo

canal de parto. Portanto, para confirmar um caso de microcefalia, a medida do perímetro cefálico

deve ser repetida por profissional habilitado, preferencialmente 24h após o parto, sendo este o

valor real para efeitos de cálculo. A instrução do método de aferição do PC consta no Anexo I.

Avaliar e comparar os valores e desvios padrão (ou percentil) de PC, peso e estatura em relação à

idade gestacional e ao sexo do RN, feto ou natimorto utilizando ferramentas de cálculo ou as

curvas de crescimento de Fenton para nascidos com menos de 37 semanas de idade gestacional

(Anexo IV e http://peditools.org/fenton2013/). Para recém-nascidos ou natimortos com idade

gestacional de 37 semanas ou mais, pode-se utilizar as ferramentas de cálculo ou curvas de

Intergrowth (Anexo V e http://intergrowth21.ndog.ox.ac.uk/en/ManualEntry) ou as curvas da OMS

para recém-nascidos de termo e acompanhamento neonatal (Anexo VII). Para exemplificar a

utilização das ferramentas de cálculo de Fenton e Intergrouth, o Anexo VI contempla tutoriais.

Não se encaixam na definição de microcefalia os fetos, natimortos ou recém-nascidos com

perímetro cefálico pequeno E nos quais o peso e a estatura também são proporcionalmente

pequenos para a idade gestacional. Estes casos podem ser enquadrados como retardo de

crescimento intra-uterino (RCIU) ou RN pequenos para idade gestacional (PIG) e deverão ser

investigados segundo os protocolos pediátricos vigentes para cada uma destas situações.

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2. NOTIFICAÇÃO E INVESTIGAÇÃO

A seguir estão descritos os passos a serem seguidos e respectivas orientações para a

notificação e investigação de um caso suspeito.

2.1 RECÉM-NASCIDO VIVO, FETO, NATIMORTO OU ABORTO COM MICROCEFALIA OU

MALFORMAÇÕES SUSPEITAS DE INFECÇÃO CONGÊNITA

PASSO 1 – Verificar se é de fato um caso suspeito

No caso de suspeita de MICROCEFALIA é fundamental que os profissionais e serviços de saúde

realizem uma avaliação criteriosa de cada caso suspeito na própria maternidade, hospital,

consultório ou serviço de saúde. A equipe médica (clínico, obstetra e/ou pediatra, enfermeira)

deverá discutir e triar, visando notificar apenas os casos reais de microcefalia, conforme consta na

definição de caso anteriormente descrita.

Para auxiliar na identificação dos casos suspeitos de microcefalia, deve ser utilizado o formulário

“TRIAGEM DE GESTANTES E/OU RN COM SUSPEITA DE INFECÇÃO POR VIRUS ZIKA” (Anexo III –

Formulário de Triagem pág. 18). Após o completo preenchimento desta ficha, os serviços de saúde

terão condições de concluir se o caso é de fato suspeito. Se houver dúvidas, entrar em contato com

a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e Regional de Saúde (RS) para discutir o caso. Se persistirem

dúvidas, a RS poderá entrar em contato com o nível central da SESA/PR (SAS/Mãe Paranaense e

CIEVS-PR) para esclarecimentos.

PASSO 2 – Coleta de amostras

NO MOMENTO DO PARTO, garantir a coleta das amostras clínicas do RN e da mãe, mesmo nos

casos em que haja dúvida ou aqueles ainda não discutidos pela equipe médica. (Quadros I, II e III–

pág. 09 a 13)

RECÉM-NASCIDO COM MICROCEFALIA e/ou OUTRAS ALTERAÇÕES DO SISTEMA NERVOSO

CENTRAL (ex.: malformações de fossa posterior, ventriculomegalia e calcificações intracranianas)

ou ARTROGRIPOSE: coletar amostras de placenta, soro (sangue de cordão umbilical ou de

punção periférica), urina e líquido cefalorraquidiano (LCR - se coletado), de acordo com as

orientações do Quadro I (RN – pág. 09 e 10).

Coletar sangue da MÃE no momento do parto, caso amostras clínicas dela ainda não tenham

sido coletadas e enviadas ao Lacen/PR durante a gestação para pesquisa do vírus Zika e demais

diagnósticos diferenciais. As orientações constam no Quadro I (mãe – pág. 09 e 10) e Quadro II

(Gestante com feto malformado – pág.11)

NATIMORTO ou ABORTO ESPONTÂNEO SUGESTIVO DE INFECÇÃO CONGÊNITA: além do soro e

dos fragmentos de placenta, coletar também amostras de cérebro, fígado, coração, pulmão, rim

e baço, de acordo com as orientações do Quadro III (pág. 12 e 13).

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PASSO 3 – Notificação do caso suspeito

O serviço de saúde responsável pelo atendimento da gestante e/ou recém-nascido deve notificar o

caso suspeito por telefone à vigilância epidemiológica municipal, que por sua vez notificará a

Regional de Saúde (RS), conforme estabelecido na Portaria GM/MS nº204, de 17/02/2016.

Após certificar-se de que se trata de um caso suspeito de MICROCEFALIA ou Infecção congênita, a

notificação deve ser realizada no Registro de Eventos de Saúde Pública (RESP), disponível em:

www.resp.saude.gov.br (Anexo VIII pág.26) pelo serviço de atendimento, contando que os serviços

de epidemiologia local estejam cientes, conforme especificado acima.

PASSO 4 – Investigação

Assim que possível, os Serviços de Atendimento à gestante e/ou RN notificados no RESP deverão

preencher o “QUESTIONÁRIO DE INVESTIGAÇÃO DE CASO SUSPEITO DE MICROCEFALIA

RELACIONADA À INFECÇÃO PELO VÍRUS ZIKA” (Anexo IX – Questionário de Investigação do

Ministério da Saúde, pág.30).

PASSO 5 – Avaliação e encaminhamento dos documentos

Verificar a documentação para garantir que todos os dados e documentos necessários estão

completos e compreensíveis.

Assim que for possível, solicita-se que a Regional de Saúde encaminhe os documentos digitalizados

por meio eletrônico para o e-mail: [email protected]

Enviar o FORMULÁRIO DE TRIAGEM DE GESTANTES E/OU RN COM SUSPEITA DE INFECÇÃO POR

VIRUS ZIKA” (Anexo III – Formulário de Triagem pág.18) devidamente preenchido à

Superintendência de Atenção à Saúde (SAS/SESA), aos cuidados de Débora Bilovus,;

Enviar o QUESTIONÁRIO DE INVESTIGAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE (Anexo IX pág.30)

devidamente preenchido ao CIEVS (Centro de Informações Estratégicas e Respostas às Emergências

de Vigilância em Saúde);

Estes documentos devem ser encaminhados ao seguinte endereço:

Rua Piquiri, 170 – Bairro Rebouças; CEP 80.230–140 ; Curitiba/Paraná.

2.2 GESTANTES COM EXANTEMA

PASSO 1– Coleta de amostras

No caso de GESTANTES COM QUADRO CLÍNICO DE EXANTEMA MACULOPAPULAR DURANTE A

GESTAÇÃO OU ATÉ 40 (QUARENTA) DIAS ANTES DE ENGRAVIDAR, coletar amostras clínicas

conforme orientações do Quadro IV (pág. 14 e 15).

No momento do parto, devem ser coletadas também amostras de sangue do cordão umbilical e

fragmentos da placenta, conforme orientações do Quadro V (pág. 16).

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PASSO 2– Notificação

O serviço de saúde responsável pelo atendimento da gestante deve notificar o caso suspeito por

telefone à vigilância epidemiológica municipal, que por sua vez notificará a regional de saúde,

segundo a Portaria GM/MS nº 204, de 17/02/2016.

A GESTANTE COM EXANTEMA deve ser notificada no Sistema de Informação de Agravos de

Notificação (SINAN NET) - Ficha de notificação/conclusão (Anexo X – pág. 31). Preencher no

campo 2 o CID - A 92.8 (Febre pelo Vírus Zika) e não esquecer o preenchimento obrigatório do

campo 12 referente à gestação.

Obs.: GARANTIR que as fichas de notificação do SINAN NET dos casos de gestantes com exantema

sejam digitadas e enviadas DIARIAMENTE.

PASSO 3 – Investigação

Preencher o “QUESTIONÁRIO DE INVESTIGAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA GESTANTE

COM EXANTEMA” (Anexo XI pág.32)

PASSO 4 – Encaminhamento do questionário

Verificar se o questionário está preenchido adequadamente.

Assim que for possível, solicita-se que a Regional de Saúde encaminhe o documento digitalizado

por meio eletrônico para o e-mail: [email protected]

Enviar este QUESTIONÁRIO DE INVESTIGAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA GESTANTE COM

EXANTEMA (Anexo XI pág.32) devidamente preenchido ao Centro de Informações Estratégicas e

Respostas às Emergências de Vigilância em Saúde (CIEVS), para o seguinte endereço:

Rua Piquiri, 170 – Bairro Rebouças; CEP 80.230–140; Curitiba/Paraná.

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IV. INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL DOS CASOS SUSPEITOS

Todas as amostras deverão ser cadastradas no Gerenciador de Ambiente Laboratorial – GAL. Deverão ser encaminhadas as fichas com dados clínicos e epidemiológicos do paciente (e data de início de sintomas e idade gestacional). Todos os frascos deverão ser identificados com o nome do RN e mãe, assim como o tipo de tecido contido no frasco (placenta ou fragmento de

tecido de natimorto ou aborto, especificando-os).

QUADRO I - RECÉM-NASCIDO COM MICROCEFALIA OU OUTRAS ALTERAÇÕES DO SNC SUSPEITAS DE INFECÇÃO CONGÊNITA PELO VÍRUS ZIKA

MATERIAL PESQUISA MÉTODO PROCEDIMENTO DE COLETA ARMAZENAMENTO E

CONSERVAÇÃO ACONDICIONAMENTO

E TRANSPORTE

Soro do RN (a partir de sangue do cordão umbilical ou sangue periférico)

e

Soro da mãe (no momento do parto, caso não tenha sido coletado e enviado ao LACEN-PR previamente)

Arboviroses - Biologia Molecular (Dengue, Chikungunya, Zika vírus)

Cadastrar no GAL Microcefalia – Biologia Molecular

RT-PCR

Coletar sangue sem anticoagulante. Centrifugar o sangue para separar o soro. Transferir o soro para 2 microtubos com tampa de rosca específicos para Biologia Molecular fornecidos pelo Lacen/PR, sendo 1 mL de soro em cada microtubo.

Congelar a –20°C (de preferência, imediatamente)

Em caixa de isopor com bastante gelo reciclável.

Enviar ao Lacen/PR preferencialmente no mesmo dia da coleta

STORCH (Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus, HIV)

Herpes; Epstein Barr; Dengue; Chikungunya Cadastrar no GAL: Microcefalia – Sorologia

OBS.: deverá ter um único cadastro no GAL por paciente, mas imprimir uma requisição para cada grupo de exames.

Sorologia

Coletar sangue e separar o soro em 5 tubos de poliestireno de tampa amarela fornecidos pelo Lacen/PR, sendo 1 tubo para cada grupo de exames abaixo:

0,5 mL de soro para Sífilis; 0,5 mL de soro para Toxoplasmose,

Citomegalovírus, Epstein Barr; 0,5 mL de soro para HIV; 0,5 mL de soro para Rubéola,

Herpes.; 0,5 mL de soro para Dengue,

Chikungunya.

Refrigerar entre 2 a 8°C por até 72 horas.

Após este prazo, congelar a –20°C

Em caixa de isopor com gelo reciclável.

Enviar ao Lacen/PR preferencialmente no mesmo dia da coleta.

- Continua na próxima página -

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QUADRO I (continuação) – RECÉM-NASCIDO COM MICROCEFALIA OU OUTRAS ALTERAÇÕES DO SNC SUSPEITAS DE INFECÇÃO CONGÊNITA PELO VÍRUS ZIKA

MATERIAL PESQUISA MÉTODO PROCEDIMENTO DE COLETA ARMAZENAMENTO E

CONSERVAÇÃO ACONDICIONAMENTO E

TRANSPORTE

Placenta

Zika

Cadastrar no GAL Microcefalia – Biologia Molecular

RT-PCR

Coletar no momento do nascimento: 3 fragmentos da placenta de 1cm

3 cada, sem

conservante nenhum. Acondicionar os 3 fragmentos em um tubo tipo Falkon, fornecido pelo Lacen/PR. Identificar que é placenta. Todos os frascos deverão ser identificados com nome do RN e mãe

Congelar a –20°C (de preferência, imediatamente)

Em caixa de isopor com bastante gelo reciclável. Enviar ao Lacen/PR preferencialmente no mesmo dia da coleta

Zika

Cadastrar no GAL Microcefalia – Histopatológico

Histopatológico e Imunohistoquímica

Coletar no momento do nascimento: 3 fragmentos de placenta de 1cm

3 cada, em

formalina tamponada a 10%. Acondicionar os 3 fragmentos em um tubo tipo Falkon, fornecido pelo Lacen/PR. Identificar que é placenta. Todos os frascos deverão ser identificados com nome do RN e mãe

Temperatura ambiente

Em caixa de isopor sem gelo. Enviar ao Lacen/PR preferencialmente no mesmo dia da coleta

Líquor (se for coletado)

Zika Cadastrar no GAL Microcefalia – Biologia Molecular

RT-PCR

Coletar 1 mL em microtubo com tampa de rosca específico para Biologia Molecular, fornecido pelo Lacen/PR

Congelar a –20°C (de preferência, imediatamente)

Em caixa de isopor com bastante gelo reciclável. Enviar ao Lacen/PR preferencialmente no mesmo dia da coleta

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QUADRO II - GESTANTE COM FETO COM MICROCEFALIA OU OUTRAS ALTERAÇÕES DO SNC SUSPEITAS DE INFECÇÃO CONGÊNITA PELO VÍRUS ZIKA

MATERIAL PESQUISA MÉTODO PROCEDIMENTO DE COLETA ARMAZENAMENTO E

CONSERVAÇÃO ACONDICIONAMENTO E

TRANSPORTE

Soro da gestante (no momento do diagnóstico da situação fetal)

Arboviroses - Biologia Molecular (Dengue, Chikungunya, Zika vírus)

Cadastrar no GAL Microcefalia – Biologia Molecular

RT-PCR

Coletar sangue sem anticoagulante. Centrifugar o sangue para separar o soro. Transferir o soro para 2 microtubos com tampa de rosca específicos para Biologia Molecular fornecidos pelo Lacen/PR, sendo 1 mL de soro em cada microtubo.

Congelar a –20°C (de preferência, imediatamente)

Em caixa de isopor com bastante gelo reciclável. Enviar ao Lacen/PR preferencialmente no mesmo dia da coleta

STORCH (Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus, HIV) Herpes; Epstein Barr; Dengue; Chikungunya Cadastrar no GAL: Microcefalia – Sorologia

OBS.: deverá ter um único cadastro no GAL por paciente, mas imprimir uma requisição para cada grupo de exames.

Sorologia

Coletar sangue e separar o soro em 5 tubos de poliestireno de tampa amarela fornecidos pelo Lacen/PR, sendo 1 tubo para cada grupo de exames abaixo:

0,5 mL de soro para Sífilis; 0,5 mL de soro para Toxoplasmose,

Citomegalovírus, Epstein Barr; 0,5 mL de soro para HIV; 0,5 mL de soro para Rubéola, Herpes. 0,5 mL de soro para Dengue,

Chikungunya

Refrigerar entre 2 a 8°C por até 72 horas.

Após este prazo, congelar a –20°C

Em caixa de isopor com gelo reciclável. Enviar ao Lacen/PR preferencialmente no mesmo dia da coleta.

Urina da gestante

Zika Cadastrar no GAL: Microcefalia – Biologia Molecular

RT-PCR Coletar 10 mL de urina em tubo tipo Falcon fornecido pelo Lacen/PR.

Congelar a –20°C

(de preferência, imediatamente)

Em caixa de isopor com bastante gelo reciclável enviar ao Lacen/PR (preferencialmente no mesmo dia da coleta).

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QUADRO III – ABORTO ESPONTÂNEO OU NATIMORTO COM SUSPEITA CLÍNICA E/OU LABORATORIAL DE INFECÇÃO CONGÊNITA

MATERIAL PESQUISA MÉTODO PROCEDIMENTO DE COLETA ARMAZENAMENTO E

CONSERVAÇÃO ACONDICIONAMENTO E

TRANSPORTE

Soro do NM (a partir de sangue do cordão umbilical) e Soro da mãe (no momento do parto, caso não tenha sido coletado e enviado ao LACEN-PR previamente)

Arboviroses - Biologia Molecular (Dengue, Chikungunya, Zika vírus) Cadastrar no GAL Microcefalia – Biologia Molecular

RT-PCR

Coletar sangue sem anticoagulante. Centrifugar o sangue para separar o soro. Transferir o soro para 2 microtubos com tampa de rosca específicos para Biologia Molecular fornecidos pelo Lacen/PR, sendo 1 mL de soro em cada microtubo.

Congelar a –20°C (de preferência, imediatamente)

Em caixa de isopor com bastante gelo reciclável. Enviar ao Lacen/PR preferencialmente no mesmo dia da coleta

STORCH (Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus, HIV) Herpes; Epstein Barr; Dengue; Chikungunya Cadastrar no GAL: Microcefalia – Sorologia OBS.: deverá ter um único cadastro no GAL por paciente, mas imprimir uma requisição para cada grupo de exames.

Sorologia

Coletar sangue e separar o soro em 5 tubos de poliestireno de tampa amarela fornecidos pelo Lacen/PR, sendo 1 tubo para cada grupo de exames abaixo:

0,5 mL de soro para Sífilis; 0,5 mL de soro para Toxoplasmose,

Citomegalovírus, Epstein Barr; 0,5 mL de soro para HIV; 0,5 mL de soro para Rubéola, Herpes.; 0,5 mL de soro para Dengue,

Chikungunya.

Refrigerar entre 2 a 8°C por até 72 horas. Após este prazo, congelar a –20°C

Em caixa de isopor com gelo reciclável. Enviar ao Lacen/PR preferencialmente no mesmo dia da coleta.

- Continua na próxima página –

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QUADRO III (continuação)– ABORTO ESPONTÂNEO OU NATIMORTO COM SUSPEITA CLÍNICA E/OU LABORATORIAL DE INFECÇÃO CONGÊNITA

MATERIAL PESQUISA MÉTODO PROCEDIMENTO DE COLETA ARMAZENAMENTO E

CONSERVAÇÃO ACONDICIONAMENTO E

TRANSPORTE

Placenta Zika

RT-PCR Cadastrar no GAL Microcefalia – Biologia Molecular

Coletar no momento do nascimento 3 fragmentos de placenta de 1cm

3 cada, sem conservante nenhum. Acondicionar os 3

fragmentos em um tubo tipo Falkon, fornecido pelo Lacen/PR. Identificar que é placenta. Todos os frascos deverão ser identificados como: RN de................

Congelar a –20°C (de preferência, imediatamente)

Em caixa de isopor com bastante gelo reciclável. Enviar ao Lacen/PR preferencialmente no mesmo dia da coleta.

Histopatológico e Imunohistoquímica Cadastrar no GAL Microcefalia – Histopatológico

Coletar no momento do nascimento 3 fragmentos de placenta de 1cm

3 cada, em formalina tamponada a 10%. Acondicionar

os 3 fragmentos em um tubo tipo Falkon, fornecido pelo Lacen/PR. Identificar que é placenta. Todos os frascos deverão ser identificados como: RN de................

Temperatura ambiente

Em caixa de isopor sem gelo. Enviar ao Lacen/PR preferencialmente no mesmo dia da coleta.

Vísceras Zika

RT-PCR Cadastrar no GAL Microcefalia – Biologia Molecular

Coletar 1cm3

de cérebro, fígado, coração, pulmão, rim e baço, sem conservante nenhum. Cada um dos fragmentos deve ser acondicionado individualmente em tubo tipo Falkon, fornecido pelo Lacen/PR. Identificar cada fragmento (cérebro, fígado, etc). Todos os frascos deverão ser identificados como: RN de................

Congelar a –20°C (de preferência, imediatamente)

Em caixa de isopor com bastante gelo reciclável. Enviar ao Lacen/PR preferencialmente no mesmo dia da coleta.

Histopatológico e Imunohistoquímica Cadastrar no GAL Microcefalia – Histopatológico

Coletar 1cm3

de cérebro, fígado, coração, pulmão, rim e baço, em formalina tamponada a 10%. Cada um dos fragmentos deve ser acondicionado individualmente em tubo tipo Falkon, fornecido pelo Lacen/PR. Identificar cada fragmento (cérebro, fígado, etc). Todos os frascos deverão ser identificados como: RN de................

Temperatura ambiente

Em caixa de isopor sem gelo. Enviar ao Lacen/PR preferencialmente no mesmo dia da coleta

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QUADRO IV - GESTANTE COM EXANTEMA AGUDO OU REFERIDO

MATERIAL PESQUISA MÉTODO PROCEDIMENTO DE COLETA ARMAZENAMENTO E

CONSERVAÇÃO ACONDICIONAMENTO E

TRANSPORTE

Soro da gestante

ATÉ O 10º DIA DO INÍCIO DOS SINTOMAS: Arboviroses – Biologia Molecular (Dengue, Chikungunya, Zika vírus) Cadastrar no GAL Pesquisa de Arboviroses – Biologia Molecular

RT-PCR

Coletar 10 mL de sangue sem anticoagulante para PCR. Centrifugar o sangue para separar o soro. Transferir o soro para 2 microtubos com tampa de rosca específicos para Biologia Molecular fornecidos pelo Lacen/PR, sendo 1 mL de soro em cada microtubo.

Congelar a –20°C (de preferência, imediatamente)

Em caixa de isopor com bastante gelo reciclável enviar ao Lacen/PR em até 24 horas, (preferencialmente no mesmo dia da coleta).

A PARTIR DE 10 DIAS DO INÍCIO DOS SINTOMAS: Pesquisa de diagnósticos diferenciais, de acordo com a suspeita clínica: Dengue, Chikungunya, Sarampo, Rubéola, Parvovírus B19, CMV (Citomegalovírus), EBV (Epstein Barr) Cadastrar no GAL Cada exame individualmente OBS.: deverá ter um único cadastro no GAL por paciente, mas imprimir uma requisição para cada grupo de exames.

Sorologia

Coletar 10 mL de sangue sem anticoagulante e centrifugar para sorologia. Separar o soro em 3 tubos de poliestireno de tampa amarela fornecidos pelo Lacen/PR, sendo 1 tubo para cada grupo de exames abaixo:

0,5 mL de soro para Dengue, Chikungunya;

0,5 mL de soro para Sarampo, Rubéola, Parvovírus B19;

0,5 mL de soro para CMV, EBV

Refrigerar entre 2 a 8°C por até 72 horas. Após este prazo, congelar a –20°C

Em caixa de isopor com gelo reciclável enviar ao Lacen/PR em até 24 horas, (preferencialmente no mesmo dia da coleta).

Urina da gestante (somente em caso de exantema agudo)

Zika

Cadastrar no GAL Arboviroses – Biologia Molecular

RT-PCR Coletar 10 mL de urina em tubo tipo Falcon, fornecido pelo Lacen/PR, preferencialmente até 8 dias após o início dos sintomas.

Congelar a –20°C (de preferência, imediatamente)

Em caixa de isopor com bastante gelo reciclável enviar ao Lacen/PR preferencialmente no mesmo dia da coleta.

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QUADRO IV (continuação)- GESTANTE COM EXANTEMA AGUDO OU REFERIDO

MATERIAL PESQUISA MÉTODO PROCEDIMENTO DE COLETA ARMAZENAMENTO E

CONSERVAÇÃO ACONDICIONAMENTO E

TRANSPORTE

Urina da gestante (se quadro clínico atender à tríade* de sarampo)

Sarampo Cadastrar no GAL Sarampo

Isolamento Viral

Coletar 10 mL de urina, até 5 dias após o início dos sintomas, em tubo tipo Falcon, fornecido pelo Lacen/PR.

Refrigerar entre 2 a 8 ºC. Nunca congelar os frascos.

Em caixa de isopor com bastante gelo

reciclável e

enviar ao Lacen/PR preferencialmente no mesmo dia da coleta

Secreção Nasofaringe da gestante (Se sintomas atenderem à tríade*de sarampo)

Sarampo

Cadastrar no GAL Sarampo

Isolamento Viral

Coletar 3 swabs (narina direita, narina esquerda e orofaringe) e inserir os 3 swabs no mesmo tubo contendo Meio de Transporte Viral, previamente descongelado. Cortar o excesso da haste dos swabs, tampar o frasco, lacrar.

Refrigerar entre 2 a 8 ºC. Nunca congelar os frascos.

Em caixa de isopor com bastante gelo

reciclável e enviar ao Lacen/PR

preferencialmente no mesmo dia da

coleta.

*Tríade de Sarampo: Febre alta acima de 38°C e exantema maculopapular e tosse ou coriza ou conjuntivite OU Febre alta cima de 38°C e exantema maculopapular com histórico de viagem para região com circulação de sarampo.

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QUADRO V – RECÉM-NASCIDO DE GESTANTE COM EXANTEMA AGUDO OU REFERIDO

MATERIAL PESQUISA MÉTODO PROCEDIMENTO DE COLETA ARMAZENAMENTO E

CONSERVAÇÃO ACONDICIONAMENTO E

TRANSPORTE

Placenta

Zika

Cadastrar no GAL Microcefalia – Biologia Molecular

RT-PCR

Coletar no momento do nascimento: 3 fragmentos da placenta de 1cm

3 cada, sem

conservante nenhum. Acondicionar os fragmentos em um tubo tipo Falkon, fornecido pelo Lacen/PR. Identificar que é placenta. Todos os frascos deverão ser identificados com nome do RN e mãe

Congelar a –20°C (de preferência, imediatamente)

Em caixa de isopor com bastante gelo reciclável.

Enviar ao Lacen/PR preferencialmente no mesmo dia da coleta

Zika

Cadastrar no GAL Microcefalia – Histopatológico

Histopatológico e Imunohistoquímica

Coletar no momento do nascimento: 3 fragmentos de placenta de 1cm

3 cada, em formalina

tamponada a 10%. Acondicionar os fragmentos em um tubo tipo Falkon, fornecido pelo Lacen/PR. Identificar que é placenta. Todos os frascos deverão ser identificados com nome do RN e mãe

Temperatura ambiente

Em caixa de isopor sem gelo. Enviar ao Lacen/PR preferencialmente no mesmo dia da coleta

Soro do RN (a partir de sangue do cordão umbilical ou sangue periférico)

Arboviroses - Biologia Molecular (Dengue, Chikungunya, Zika vírus)

Cadastrar no GAL Microcefalia – Biologia Molecular

RT-PCR

Coletar sangue sem anticoagulante. Centrifugar o sangue para separar o soro. Transferir o soro para 2 microtubos com tampa de rosca específicos para Biologia Molecular fornecidos pelo Lacen/PR, sendo 1 mL de soro em cada microtubo. Coletar sangue e separar o soro em 2 microtubos com tampa de rosca (1 mL em cada), específico para Biologia Molecular, fornecido pelo Lacen/PR

Congelar a –20°C (de preferência, imediatamente)

Em caixa de isopor com bastante gelo reciclável.

Enviar ao Lacen/PR preferencialmente no mesmo dia da coleta

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V. Serviços de referência no Paraná para atendimento de casos suspeitos de

MICROCEFALIA E/OU OUTRAS MALFORMACÕES DO SISTEMA NERVOSO

CENTRAL

Os serviços discriminados abaixo serão os serviços de referência para as respectivas

macrorregiões de saúde para o encaminhamento das crianças que ao nascimento

apresentarem microcefalia.

Macrorregional Norte:

Hospital Universitário de Londrina (HU – UEL);

Macrorregional Noroeste:

Hospital Universitário de Maringá (HU – UEM);

Macrorregional Oeste:

Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP);

Macrorregional Leste:

Hospital Infantil Waldemar Monastier;

Hospital Infantil Pequeno Príncipe.

Solicitamos que a partir da identificação de casos de microcefalia seja encaminhado

e-mail para: [email protected]

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VI. ANEXOS

ANEXO I – Aferição do perímetro cefálico

A aferição do perímetro cefálico (PC) deverá ser realizada com uma fita métrica (inelástica) colocada

na região anterior do crânio (logo acima das sobrancelhas) e passando sobre o ponto mais

proeminente da parte posterior do crânio (protuberância occipital), conforme ilustrado abaixo:

ANEXO II – Fluxograma do RN com microcefalia e/ou malformações do sistema nervoso central

Alterações sugestivas de:

Trauma

Isquemia

Desordem metabólica (inclusive hipóxia)

Anomalia genética

Outras

CASO SUSPEITO

Coleta de sangue para exames sorológicos/PCR E

Realização de exames de imagem do RN (USTF ou TAC de crânio)

USTF ou TAC de crânio NORMAL

Acompanhamento clínico

USTF ou TAC de crânio ALTERADA

Alterações sugestivas de infecção congênita, como:

Calcificações

Alterações corticais

Alterações parenquimatosas

Ventriculomegalia

Investigar Zika e demais Infecções Congênitas

Encaminhar para investigação específica e

tratamento adequado

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ANEXO III - Formulário de Triagem de casos suspeitos

20

ANEXO IV – Curvas de crescimento de Fenton para crianças (pré termo)

21

ANEXO IV cont. – Curvas de crescimento de Fenton para crianças (pré-termo)

22

ANEXO V - Curvas de crescimento de Intergrowth para meninas (IG>37semanas)

https://intergrowth21.tghn.org/site_media/media/articles/INTERGROWTH-

21st_Newborn_Size_at_Birth_Chart_Girls_1.pdf

23

ANEXO V cont. - Curvas de crescimento de Intergrowth para meninos (IG>37semanas)

https://intergrowth21.tghn.org/site_media/media/articles/INTERGROWTH-

21st_Newborn_Size_at_Birth_Chart_Boys.pdf

24

ANEXO VI – Tutoriais para utilização das ferramentas de Fenton e Intergrowth

25

26

ANEXO VII – Curvas de crescimento da OMS com percentil, para meninos e meninas, do nascimento até 13 semanas.

27

ANEXO VIII - Registro de Eventos de Saúde Pública referente às Microcefalias (RESP)

Recomenda-se que todos os casos suspeitos de microcefalia sejam registrados no formulário

de Registro de Eventos de Saúde Pública (RESP – Microcefalias), online e disponível no endereço

eletrônico: www.resp.saude.gov.br (Figura 1 e 2) pelos serviços públicos e privados de saúde.

A partir da notificação dos casos suspeitos no RESP-Microcefalia, as informações serão

incluídas em um banco de dados único, online.

O RESP - Microcefalia tem como objetivo agregar as notificações em um único local de forma

a permitir a gestão adequada das informações relacionadas ao evento. No entanto, é importante

destacar que o referido banco de dados com as respectivas notificações não compõem um sistema

de informação e não substituem a investigação.

Os dados poderão ser utilizados para melhor compreender a magnitude do evento de

saúde pública em cada Unidade Federada e subsidiar os gestores quanto aos aspectos logísticos e

operacionais da etapa de investigação dos casos.

Importante A notificação do caso suspeito de microcefalia no RESP não exclui a necessidade de se notificar o mesmo caso no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC)

28

ANEXO VIII (cont.) - Formulário RESP (preencher antes de digitar online).

Sugestão de ferramentas para cálculo/avaliação de Desvios Padrão: RN≤37semanas IG: Fenton <http://peditools.org/fenton2013/>

RN>37semanas IG: Intergrowth <http://intergrowth21.ndog.ox.ac.uk/en/ManualEntry/Compute>

29

ANEXO VIII (cont.) - Formulário RESP (preencher antes de digitar online).

Inserir aqui:

Dados antropométricos atualizados do RN (data(s) e medida(s) seriada(s) de

perímetro cefálico, peso e estatura realizada(s) até o momento):

Data Hora P.Cefálico Peso Estatura

Resultados de exames de imagem (ultrassonografias gestacionais e/ou

transfontanela / tomografia de crânio), fundo de olho, avaliação auditiva, assim

como os resultados de sorologias ou outros exames laboratoriais/investigações

importantes já realizadas no pré-natal e/ou pós-parto.

30

ANEXO IX – Questionário de investigação do Ministério da Saúde para MICROCEFALIA

(disponível para impressão na página da SESA/PR - http://www.saude.pr.gov.br )

31

ANEXO X - Ficha Notificação do SINAN NET para Gestantes com exantema

32

ANEXO XI - Questionário de investigação do Ministério da Saúde para GESTANTES COM EXANTEMA

(disponível para impressão na página da SESA/PR - http://www.saude.pr.gov.br)

33

VII. REFERÊNCIAS

BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, Perguntas e Respostas – Microcefalia. Criado em 17/11/2015.

Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-

ministerio/197-secretaria-svs/20799-microcefalia Acesso em 16 fevereiro 2016.

BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, nova versão do Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de

Microcefalia. Ed 03, 2016, Brasília/DF. Disponível em:

http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/janeiro/22/microcefalia-protocolo-de-vigilancia-

e-resposta-v1-3-22jan2016.pdf Acesso em 16 fev 2016.

BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, Protocolo de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de

Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika. Brasília/DF, janeiro/2016. Disponível em:

http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/janeiro/27/Protocolo-SAS-vers--o-2.0.pdf Acesso

em 16 fevereiro 2016.

BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, Diretrizes de Estimulação Precoce: Crianças de 0 a 3 anos com

atraso no desenvolvimento neuropsicomotor decorrente de microcefalia. Brasília/DF, janeiro/2016.

Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/janeiro/13/Diretrizes-de-

Estimulacao-Precoce.pdf Acesso em 16 fevereiro 2016.

BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. COES-Microcefalia. Monitoramento dos casos de microcefalia no

Brasil. Informe Epidemiológico nº 13/2016 – Semana Epidemiológica 06/2016 (07 a 13/02/2016).

Brasília/DF, 2016. Disponível em:

http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/fevereiro/17/coes-microcefalia-inf-epi-13-se06-

2016.pdf. Acesso em 18 fevereiro 2016.

Fenton (2013). Ferramenta de cálculo/análise das curvas de crescimento. Disponível em:

<http://peditools.org/fenton2013/>. Acesso em 18 fevereiro 2016.

Intergrouth 21st (2014). Ferramenta de cálculo/análise das curvas de crescimento. Acesso em 18 de

fevereiro de 2016. Disponível em: <http://intergrowth21.ndog.ox.ac.uk/en/ManualEntry/Compute>.