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N do Caderno o N de Inscrição o ASSINATURA DO CANDIDATO N do Documento o Nome do Candidato Dezembro/2014 Analista Judiciário Área Judiciária e Administrativa Concurso Público para provimento de cargos de TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAPÁ PROVA OBJETIVA Conhecimentos Gerais Conhecimentos Específicos INSTRUÇÕES VOCÊ DEVE ATENÇÃO - Verifique se este caderno: - corresponde a sua opção de cargo. - contém 60 questões, numeradas de 1 a 60. - Caso contrário, reclame ao fiscal da sala um outro caderno. - Não serão aceitas reclamações posteriores. - Para cada questão existe apenas UMA resposta certa. - Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher a resposta certa. - Essa resposta deve ser marcada na FOLHADE RESPOSTAS que você recebeu. - Procurar, na FOLHADE RESPOSTAS, o número da questão que você está respondendo. - Verificar no caderno de prova qual a letra (A,B,C,D,E) da resposta que você escolheu. - Marcar essa letra na FOLHADE RESPOSTAS, conforme o exemplo: - Marque as respostas com caneta esferográfica de material transparente de tinta preta ou azul. Não será permitido o uso de lápis, lapiseira, marca-texto ou borracha. - Marque apenas uma letra para cada questão, mais de uma letra assinalada implicará anulação dessa questão. - Responda a todas as questões. - Não será permitida qualquer espécie de consulta, nem o uso de máquina calculadora ou similar. - A duração da prova é de 4 horas, para responder a todas as questões e preencher a Folha de Respostas. - Ao término da prova, chame o fiscal da sala e devolva todo o material recebido. - Proibida a divulgação ou impressão parcial ou total da presente prova. Direitos Reservados. A C D E Caderno de Prova ’01’, Tipo 004 MODELO 0000000000000000 MODELO1 00001-0001-0001

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  • N do CadernooN de Inscrioo

    ASSINATURA DO CANDIDATON do Documentoo

    Nome do Candidato

    Dezembro/2014

    Analista Judiciriorea Judiciria e Administrativa

    Concurso Pblico para provimento de cargos de

    TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DO AMAP

    PROVA OBJETIVAConhecimentos Gerais

    Conhecimentos Especficos

    INSTRUES

    VOCDEVE

    ATENO

    - Verifique se este caderno:

    - corresponde a sua opo de cargo.

    - contm 60 questes, numeradas de 1 a 60.

    - Caso contrrio, reclame ao fiscal da sala um outro caderno.

    - No sero aceitas reclamaes posteriores.

    - Para cada questo existe apenas UMAresposta certa.

    - Voc deve ler cuidadosamente cada uma das questes e escolher a resposta certa.

    - Essa resposta deve ser marcada na FOLHADE RESPOSTAS que voc recebeu.

    - Procurar, na FOLHADE RESPOSTAS, o nmero da questo que voc est respondendo.

    - Verificar no caderno de prova qual a letra (A,B,C,D,E) da resposta que voc escolheu.

    - Marcar essa letra na FOLHADE RESPOSTAS, conforme o exemplo:

    - Marque as respostas com caneta esferogrfica de material transparente de tinta preta ou azul. No ser permitido o

    uso de lpis, lapiseira, marca-texto ou borracha.

    - Marque apenas uma letra para cada questo, mais de uma letra assinalada implicar anulao dessa questo.

    - Responda a todas as questes.

    - No ser permitida qualquer espcie de consulta, nem o uso de mquina calculadora ou similar.

    - Adurao da prova de 4 horas, para responder a todas as questes e preencher a Folha de Respostas.

    - Ao trmino da prova, chame o fiscal da sala e devolva todo o material recebido.

    - Proibida a divulgao ou impresso parcial ou total da presente prova. Direitos Reservados.

    A C D E

    Caderno de Prova 01, Tipo 004 MODELO

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  • 2 TJUAP-Conhecimentos Gerais1

    CONHECIMENTOS GERAIS

    Lngua Portuguesa

    Ateno: As questes de nmeros 1 a 8 referem-se ao se-

    guinte texto:

    O meu e o outro lugar

    H lugares da nossa casa em que nos sentimos melhor ou pior que em outros: na ponta da mesa, junto a uma janela, no canto da sala ou perto da porta atua algum especial ele-mento de atrao que nos faz sentir ali, e s exatamente ali, perfeitamente em casa. No faltaro razes para isso, que a psicanlise, a sociologia ou talvez a astrologia possam explicar; mas quero aqui me ocupar com a projeo contrria dessa sen-sao. Sentir-se no exlio , genericamente, estar fora do seu lugar. O exilado , em princpio, um ser punido, condenado a distanciar-se de seu espao prprio, ou desejado.

    Li outro dia umas linhas muito sbias a respeito da rela-o que mantemos com o que julgamos o nosso lugar. So as palavras de um monge do sculo XII, da Saxnia, chamado Hugo de Saint Victor:

    O homem que acha doce seu torro natal ainda um iniciante fraco; aquele para quem todo solo sua terra natal j forte; mas perfeito aquele para quem o mundo inteiro uma terra estrangeira. A alma frgil fixou seu amor em um ponto do mundo; o homem forte estendeu seu amor para todos os lugares; o homem perfeito extinguiu sua dependncia em relao aos lugares.

    O monge considera aqui a superioridade de quem no

    tem um lugar que lhe seja prprio. Ou seja: ele fala de algum que, humildemente, no julga que seja seu qualquer lugar do mundo; todos os lugares lhe impem o respeito do desconhe-cido. Tratando-se de um monge, possvel suspeitar que o ni-co espao que ele julga de fato pertencer a algum o espao interior da pessoa, o lugar onde o esprito se encontra com Deus, o centro da alma e da individualidade. No deixa de ser instigante acreditar que somos todos estrangeiros neste mundo, e o nico lugar que nos prprio o que podemos carregar dentro de ns. A meditao mais profunda se constituiria, assim, como o nosso territrio pessoal.

    (Sabino Junqueira, indito) 1. Ao admitir que h lugares em nossa casa em que nos

    sentimos melhor ou pior que em outros, o autor do texto (A) considera a vantagem de estar fora de casa, sendo

    gratificante a nostalgia de se sentir longe do espao familiar.

    (B) aceita o fato de que h algum nexo especial entre

    sensaes especficas e determinados lugares que ocupamos.

    (C) explica o fenmeno pelo fato de em nossa casa es-

    tarmos mais sujeitos a variaes de humor do que em lugares estranhos.

    (D) reconhece que o fato se explica de modo inquestio-

    nvel quando recorremos s cincias que estudam as nossas sensaes.

    (E) admite tambm que esses lugares e essas sensa-

    es jamais se fixam, uma vez que aqueles e estas variam o tempo todo.

    2. O verbo entre parnteses dever flexionar-se de modo a concordar com o termo sublinhado na frase:

    (A) Quem j morou em vrios pases nem sempre

    (alimentar) alguma predileo. (B) Aos monges medievais sempre (competir) meditar

    com grande profundidade. (C) As linhas em que o autor viu sabedoria, penso eu,

    de fato a (exibir). (D) As razes a que ele (recorrer) para se sentar ali no

    convencem ningum. (E) Entre os muitos lugares que (haver) na sala, prefiro

    o canto junto janela. _________________________________________________________

    3. Atente para as seguintes afirmaes do monge Hugo de Saint Victor, citado no texto:

    I. A perfeio de um homem se mostra no na sua

    relao afetiva com o torro natal, mas no apreo a qualquer lugar em que esteja.

    II. Um homem demonstra grande fraqueza quando

    pretende eleger como ptria sua um pas diferente do seu.

    III. Demonstra superioridade o homem que no esta-

    belece relao de familiaridade e dependncia com qualquer lugar do mundo.

    Est correto o que se afirma APENAS em

    (A) I e III. (B) I. (C) I e II. (D) III. (E) II e III.

    _________________________________________________________

    4. No ltimo pargrafo do texto,

    (A) o segmento possvel suspeitar anuncia uma infe-rncia dada como aceitvel.

    (B) o segmento que nos prprio refere-se ao lugar es-

    trangeiro ao qual nos adaptamos com prazer. (C) a expresso ou seja indica que o monge no tinha

    plena convico do que estava enunciando. (D) a expresso tratando-se de um monge torna uma

    verdade absoluta o que se vai afirmar. (E) o segmento No deixa de ser instigante coloca uma

    sombra de dvida sobre o que se vai afirmar. _________________________________________________________

    5. Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em:

    (A) o respeito do desconhecido (4o pargrafo) = consi-

    derao do estranho. (B) um lugar que lhe seja prprio (4o pargrafo) = um

    espao de pertencimento. (C) especial elemento de atrao (1o pargrafo) =

    extraordinrio polo de tenso. (D) projeo contrria dessa sensao (1o pargrafo)

    = inverso irreal da emoo. (E) extinguiu sua dependncia (3o pargrafo) = protelou

    sua subordinao.

    Caderno de Prova 01, Tipo 004

  • TJUAP-Conhecimentos Gerais1 3

    6. A expresso de que preenche corretamente a lacuna da seguinte frase:

    (A) O monge medieval ...... o autor do texto alude demonstra grande sabedoria ao avaliar os homens fortes e os fracos.

    (B) A interpretao ...... o autor do texto d s palavras do monge pode e merece ser discutida.

    (C) H lugares em nossa casa ...... nos ensejam uma sensao maior de familiaridade.

    (D) O homem que no consegue afastar-se da terra ...... lhe serviu de bero , em princpio, um fraco.

    (E) como se houvesse naquele cantinho da sala um apelo ...... no conseguimos nos esquivar.

    _________________________________________________________ 7. O fato de estar mal estruturada leva necessidade de se

    corrigir a redao da seguinte frase:

    (A) O nacionalismo , via de regra, considerado uma vir-tude, mas h quem veja nele um sentimento menor, pelas restries que implica.

    (B) As palavras do monge da Saxnia impressionam

    muito, de fato, at porque vo de encontro a convic-es que fazem parte do senso comum.

    (C) Sempre haver quem julgue incomparvel o seu

    torro natal, assim como h quem gostaria de eleger como seu um pas estrangeiro.

    (D) Muita gente lamenta no ter nascido em outro pas,

    ao passo que muitos no trocariam nem pelo Para-so a sua terra natal.

    (E) O ponto de vista do monge medieval, embora parea

    inteiramente excntrico, poucas pessoas comparti-lhariam tal convico.

    _________________________________________________________ 8. Transpondo-se para a voz passiva a frase Li outro dia umas

    linhas muito sbias, a forma verbal resultante ser

    (A) tinham sido lidas. (B) teria lido. (C) foram lidas. (D) estive lendo. (E) tinha lido.

    Ateno: As questes de nmeros 9 a 15 referem-se ao texto que segue.

    A literatura de cordel, hoje No Brasil, literatura de cordel designa a literatura popular

    produzida em versos. A expresso se deve ao fato de que os fo-lhetos eram comumente vendidos em feiras, pendurados em cordis. Nota-se, hoje em dia, uma crescente visibilidade dessa literatura tradicional. Editoras e poetas trabalham intensamente para divulgar os folhetos, professores realizam experincias em sala de aula, pesquisas so realizadas no mbito acadmico, muitas delas so apresentadas como teses universitrias. Esse dinamismo pode ser ainda observado na publicao de antolo-gias de folhetos por grandes editoras, ou na edio em livro de obras de escritores populares, e sobretudo no aparecimento de inmeros poetas e poetisas em diferentes pontos do pas.

    Todo esse dinamismo precisa ser analisado com cuidado. Fala-se muito na presena da literatura de cordel na escola, v-rias intervenes vm sendo realizadas sobretudo em estados do Nordeste. Abrir as portas da escola para o conhecimento da literatura de cordel em particular, ou mesmo da literatura popu-lar em geral, uma conquista da maior importncia. Porm, h que se pensar de que modo efetivar esse processo tendo em vista a melhor contribuio possvel para a formao dos alunos.

    A literatura de cordel deve ter, sim, um espao na escola, nos nveis fundamental e mdio, levando-se sempre em conta, porm, as especificidades desse tipo de produo artstica. Consider-la to somente como uma ferramenta ocasional, utili-zada para a assimilao de contedos disseminados nas mais variadas disciplinas (histria, geografia, matemtica, lngua por-tuguesa) no parece uma atitude que contribua para uma signi-ficativa experincia da leitura dos folhetos. H que respeit-los e admir-los sobretudo pelo que j so: testemunhos do mundo imaginrio a que se dedicaram talentosos escritores de extra-o popular.

    (Adaptado de: MARINHO, Ana Cristina e PINHEIRO, Hlder. O cordel no cotidiano escolar. So Paulo: Cortez, 2012)

    9. Considere as seguintes afirmaes: I. No 1o pargrafo, a expresso esse dinamismo

    refere-se ao fato de que a literatura de cordel pas-sou a despertar o interesse das camadas mais populares dos leitores.

    II. No 2o pargrafo, a expresso porm sinaliza uma

    advertncia para o modo pelo qual se deve introduzir nas escolas o conhecimento da literatura de cordel.

    III. No 3o pargrafo, diz-se que a valorizao positiva

    da literatura de cordel deve se dar quando ela cons-tituir um elemento subsidirio para a compreenso de outras reas do ensino.

    Em relao ao texto, est correto o que se afirma APENAS em (A) II e III. (B) I e II. (C) III. (D) II. (E) I e III.

    _________________________________________________________

    10. As trs primeiras afirmativas do texto constituem, respecti-vamente, uma (A) constatao, uma hiptese e um esclarecimento. (B) definio, um esclarecimento e uma constatao. (C) exemplificao, uma concluso e uma definio. (D) inferncia, uma hiptese e uma exemplificao. (E) constatao, uma definio e uma hiptese.

    Caderno de Prova 01, Tipo 004

  • 4 TJUAP-Conhecimentos Gerais1

    11. Considere as seguintes frases:

    I. Ele ama os poemas de cordel, com que teve conta-to desde pequeno.

    II. Respeito os autores de cordel, que normalmente

    no se preocupam com o grande mercado.

    III. Ainda ontem de manh, passei horas examinando os folhetos expostos na feira.

    A supresso da vrgula ALTERA o sentido do que est

    APENAS em (A) I. (B) II. (C) I e II. (D) I e III. (E) II e III.

    _________________________________________________________ 12. No contexto, o sentido do segmento Consider-la to so-

    mente como ferramenta ocasional (3o pargrafo) est cor-retamente traduzido nesta nova redao:

    (A) Tom-la simplesmente como um auxlio eventual. (B) Us-la sistematicamente como um subterfgio. (C) Dot-la apenas de atributos essenciais. (D) Perceb-la no mnimo como aparelho auxiliar. (E) Atribuir-lhe apenas a funo restauradora.

    _________________________________________________________ 13. Porm, h que se pensar de que modo efetivar esse pro-

    cesso tendo em vista a melhor contribuio possvel para a formao dos alunos.

    Na frase acima, os elementos sublinhados tm, respecti-vamente, o sentido de (A) Ou melhor / apesar de (B) Alis / retificando (C) Ainda assim / afim (D) Por conseguinte / por conta de (E) Entretanto / objetivando

    _________________________________________________________ 14. As normas de concordncia verbal acham-se plenamente

    respeitadas na construo da seguinte frase: (A) O fato de haverem muitos poemas de cordel no sig-

    nifica que a maioria dos brasileiros tenham dado por sua real importncia.

    (B) A um grande nmero de leitores interessam que os

    folhetos de cordel sejam dignamente publicados em livro.

    (C) Cabem s editoras zelar pela boa qualidade da lite-

    ratura de cordel cuja publicao foi assumida. (D) No se privem os leitores de usufruir belas edies

    que perenizem em livro os grandes autores de cordel.

    (E) Quanto s edies de literatura de cordel, no se

    tratam apenas de produzir bons livros, mas de saber trabalhar com eles.

    15. Os segmentos I e II constituem, respectivamente, uma CAUSA e seu EFEITO em:

    (A) I. Editoras e poetas divulgam o cordel,

    II. ampliando seu interesse junto ao pblico.

    (B) I. Muita gente passou a admirar o cordel II. quando teve a oportunidade de conhec-lo

    melhor.

    (C) I. Para que o cordel seja bem acolhido, II. necessrio ensejar um maior contato entre os

    poetas e o pblico.

    (D) I. Literatura de cordel designa a literatura popular II. produzida em versos.

    (E) I. Muitos professores realizam experincias

    II. em sala de aula. _________________________________________________________

    Ateno: As questes de nmeros 16 a 20 referem-se ao tex-to que segue.

    No me confunda! Voc sabe com quem est falando? Tem certeza? Ento veja: Em Manaus, um livreiro soube que eu estava na cidade e

    fez questo de que eu fosse conhecer a casa. Com mil rapaps, rebocou-me at o fundo da livraria, onde me esperava um enfar-pelado* grupo de senhores e senhoras, e, solenizado, apresen-tou: Temos a honra de acolher entre ns o grande Nelson Werneck Sodr!. Agradeci a homenagem, a rigor pstuma, pois fazia anos que o crtico e historiador marxista remoto parente com quem jamais troquei palavra estava morto. Instalou-se na roda um suarento, viscoso, amaznico mal-estar, que me esfor-cei por desfazer com umas graolas desenxabidas e a infor-mao de que, embora no chegasse aos ps do primo Nelson (ou aos coturnos, j que ele foi tambm general), eu tinha l os meus livrinhos. O anfitrio, que no via como me ressarcir daquele mico, apanhou a deixa: correu ao computador e, num alegro desproporcional ao achado, anunciou que tinha livros meus. Foi tambm como compensao, ningum duvidaria, que os circunstantes arremataram todos os exemplares. Graas ao finado homem de letras & armas, esgotei em Manaus.

    * enfarpelado = muito bem vestido; emperiquitado. (WERNECK, Humberto. Esse inferno vai acabar. Porto Alegre. Arquiplago, 2011, p. 131)

    16. A confuso provocada pelos sobrenomes de escritores acarretou uma

    (A) cerimnia pouco honrosa, na qual se frustrou a

    pretendida homenagem ao grande escritor Humberto Werneck.

    (B) cena divertida, nascida da negligncia do livreiro,

    nico presente a ignorar a real identidade do es-critor convidado.

    (C) situao embaraosa, criada pelo desavisado li-

    vreiro, para a qual se acabou encontrando um bom arremate.

    (D) cena constrangedora, gerada pela ganncia do dono

    da livraria, da qual todos saram sentindo-se prejudicados.

    (E) situao pattica, nascida da confuso do livreiro,

    que confundiu um cidado comum e simplrio com um crtico de renome.

    Caderno de Prova 01, Tipo 004

  • TJUAP-Conhecimentos Gerais1 5

    17. Esto inteiramente corretos o emprego e a grafia de todas as palavras em: (A) O livreiro se deu mau em sua homenagem porqu

    no apurou corretamente a identidade do cronista. (B) O mau j estava feito, e s no prosperou por que o

    cronista soube como contorn-lo. (C) Um mau entendido ocasionou um mico que s no

    foi maior por que o cronista salvou a situao. (D) O porqu da confuso no chegou a ser discutido, e

    o mal foi contornado pela iniciativa do cronista. (E) Em vez de demonstrar mal humor, por que fora to-

    mado por outra pessoa, o cronista salvou a situao. _________________________________________________________ 18. Est INCORRETA a seguinte afirmao sobre o texto:

    (A) A presena de esprito do cronista impediu que qual-quer constrangimento se instalasse em meio ao grupo de convidados.

    (B) A confuso com um crtico e historiador admirado

    acabou, por conta de uma inadvertncia, bene-ficiando o cronista.

    (C) O finado homem de letras & armas a que se refere o

    autor era um remoto primo seu, com quem jamais conversara.

    (D) A formalidade da reunio na livraria est indicada

    por termos como rapaps, solenizado e enfarpelado. (E) O fato de o cronista ser um escritor publicado possi-

    bilitou uma honrosa sada para a constrangedora situao.

    _________________________________________________________ 19. O anfitrio, que no via como me ressarcir daquele mico,

    apanhou a deixa. O sentido e a correo da frase acima esto preservados

    nesta outra redao:

    (A) Ao ver que no bastava me ressarcir daquele mico, o anfitrio apanhou a deixa.

    (B) No sabendo como iria me ressarcir daquele mico, o

    anfitrio se valeu da deixa. (C) O anfitrio apanhou a deixa do ressarcimento que

    esperava vir de mim. (D) Ao apanhar a deixa, vi como me ressarcir daquele

    mico que ele causara. (E) Para me ressarcir daquele mico do anfitrio, apanhei

    uma deixa. _________________________________________________________ 20. Todas as formas verbais esto corretamente flexionadas

    na frase: (A) Se no lhe visse o cronista em seu socorro, com a

    oportuna deixa, o livreiro ficaria definitivamente em maus lenis.

    (B) O cronista reaveu o controle da situao, livrando a

    todos de um embarao que ameaava prolongar-se. (C) Os convidados se constrangeram mas no se indis-

    puseram com o livreiro, que no se advertira da con-fuso entre os sobrenomes.

    (D) O cronista interviu na situao, amainando o cons-

    trangimento ao lembrar que tambm ele era um autor publicado.

    (E) Inocentemente, o livreiro se propora a fazer uma ho-

    menagem a um autor que h muitos anos j fale-cera.

    Raciocnio Lgico-Matemtico

    21. Considere a seguinte declarao, feita por um analista po-

    ltico fictcio: se o partido P conseguir eleger Senador no Estado F ou no Estado G, ento ter a maioria no Sena-do. A partir da declarao do analista, correto concluir que, necessariamente, se o partido P

    (A) no conseguiu eleger o senador no Estado F, ento

    no ter a maioria no Senado. (B) no conseguiu eleger o senador no Estado G, ento

    no ter a maioria no Senado. (C) no tiver a maioria no Senado, ento no ter

    conseguido eleger o senador no Estado G. (D) tiver a maioria no Senado, ento ter conseguido

    eleger o senador no Estado G. (E) tiver a maioria no Senado, ento ter conseguido

    eleger o senador no Estado F. _________________________________________________________

    22. Em um pas, todos os habitantes so filiados a um partido poltico, sendo que um mesmo habitante no pode ser filiado a dois partidos diferentes. Sabe-se ainda que todo habitante filiado ao partido X engenheiro e que cada ha-bitante tem uma nica profisso. Paulo um engenheiro e Carla uma mdica, ambos habitantes desse pas. Ape-nas com essas informaes, correto concluir que, neces-sariamente,

    (A) Paulo no filiado ao partido X. (B) Paulo e Carla so filiados a partidos diferentes. (C) Paulo filiado ao partido X. (D) Carla no filiada ao partido X. (E) Carla filiada ao partido X.

    _________________________________________________________

    23. A eleio de representante de classe de uma turma teve apenas trs candidatos: Bia, Pedro e Marcelo. Todos os 40 alunos da turma votaram, sempre em um nico dos trs candidatos. Se Bia foi a vencedora da eleio, ento ela recebeu, no mnimo,

    (A) 14 votos. (B) 21 votos. (C) 13 votos. (D) 20 votos. (E) 19 votos.

    _________________________________________________________

    24. Ricardo nasceu em 2001 e, exatamente 53 semanas depois de seu nascimento nasceu Gabriela, sua irm. Se Gabriela nasceu em 2003, ento ela faz aniversrio no ms de

    (A) novembro. (B) dezembro. (C) junho. (D) fevereiro. (E) janeiro.

    Caderno de Prova 01, Tipo 004

  • 6 TJUAP-Conhecimentos Gerais1

    25. Bruno criou um cdigo secreto para se comunicar por es-crito com seus amigos. A tabela mostra algumas palavras traduzidas para esse cdigo.

    Palavra Traduo no cdigo de Bruno POTE QNUD

    TERRA UDSQB CERA DDSZ

    FOGUEIRA GNHTFHSZ

    A palavra MEL, no cdigo de Bruno, seria traduzida como (A) NDM. (B) OGN. (C) LDK. (D) NFM. (E) LFK.

    _________________________________________________________ 26. Um torneio de futebol foi disputado por dez times, entre

    eles Grmio, Bahia, Cruzeiro, Ava e Gois. Veja o que declararam quatro analistas esportivos antes do incio do torneio. Analista 1: o Grmio montou um excelente time e ser o

    campeo. Analista 2: o Bahia no ser o campeo, pois tem enfren-

    tado muitas dificuldades. Analista 3: o Cruzeiro tem um time muito forte e, por isso,

    ser o campeo. Analista 4: como o Ava no tem um bom elenco, no

    ser o campeo.

    Sabendo que apenas um dos quatro analistas acertou a previso, correto concluir que, necessariamente, o cam-peo do torneio foi o

    (A) Cruzeiro ou o Ava. (B) Grmio ou o Cruzeiro. (C) Gois. (D) Bahia ou o Ava. (E) Grmio ou o Bahia.

    _________________________________________________________ 27. Durante um jogo, Clara lanou um dado comum, numera-

    do de 1 a 6, seis vezes consecutivas. Em nenhuma delas, obteve o nmero 1 nem o nmero 5, tendo obtido todos os demais nmeros no mnimo uma e, no mximo, duas ve-zes. Se Clara somar os nmeros obtidos nos seis lana-mentos, chegar a um resultado que pode ser, no mxi-mo,

    (A) 24. (B) 25. (C) 27. (D) 28. (E) 26.

    28. Usando exatamente 27 peas idnticas de um jogo de montar, Lucas construiu o cubo da figura 1. Mais tarde, acrescentando ao cubo original as peas escuras, tambm idnticas, Lucas formou um cubo maior, mostrado na figura 2.

    Figura 1 Figura 2

    O total de peas escuras que Lucas acrescentou ao cubo

    original igual a (A) 84. (B) 42. (C) 98. (D) 60. (E) 76.

    _________________________________________________________

    29. Um dos setores de um estdio possui 600 cadeiras, di-vididas em dez filas de 60 cadeiras cada uma. A numera-o das cadeiras feita da esquerda para a direita nas fi-las mpares e da direita para a esquerda nas filas pares, como indicado na figura.

    ... ...

    Fila 4 ... 182 181

    Fila 3 121 122 ... 179 180

    Fila 2 120 119 ... 62 61

    Fila 1 1 2 3 ... 59 60

    C A D E I R A S O nmero da cadeira que fica imediatamente atrs da ca-

    deira 432

    (A) 531. (B) 529. (C) 454. (D) 456. (E) 493.

    _________________________________________________________

    30. No Brasil, o voto obrigatrio apenas para os brasileiros alfabetizados que tm de 18 a 70 anos. De acordo com essa informao, se Luza uma brasileira que no obrigada a votar, ento, necessariamente, Luza

    (A) analfabeta, mas pode ter de 18 a 70 anos. (B) tem mais de 70 anos, mas pode no ser analfabeta. (C) analfabeta e tem menos de 18 anos ou mais de

    70. (D) analfabeta ou tem menos de 18 anos ou mais de

    70. (E) no analfabeta, mas tem menos de 18 anos.

    Caderno de Prova 01, Tipo 004

  • TJUAP-An.Jud.-Jud.Administrativa-01 7

    CONHECIMENTOS ESPECFICOS

    Direito Constitucional

    31. A Cmara dos Deputados e o Senado Federal NO se

    renem em sesso conjunta para

    (A) conhecer do veto e sobre ele deliberar. (B) receber o compromisso do Presidente e do Vice-

    Presidente da Repblica. (C) inaugurar a sesso legislativa. (D) elaborar o regimento comum e regular a criao de

    servios comuns s duas Casas. (E) apreciar medidas provisrias.

    _________________________________________________________ 32. Considerados os princpios fundamentais da Constituio

    Federal, a prevalncia dos direitos humanos e a igual-dade entre os Estados so dois dentre os

    (A) entes federados que formam a Repblica Federativa

    do Brasil. (B) elementos dos Poderes prprios aos entes federa-

    dos brasileiros. (C) princpios que regem a Repblica Federativa do

    Brasil nas suas relaes internacionais. (D) fundamentos da Repblica Federativa do Brasil. (E) objetivos fundamentais da Repblica Federativa do

    Brasil. _________________________________________________________ 33. Pode propor ao direta de inconstitucionalidade, perante

    o Supremo Tribunal Federal, o

    (A) Prefeito de municpio com mais de quinhentos mil habitantes.

    (B) partido poltico com suplente no exerccio do manda-

    to de Senador. (C) Advogado-Geral da Unio. (D) Procurador-Geral de Estado. (E) Presidente da Cmara dos Deputados.

    _________________________________________________________ 34. Lei ou ato normativo municipal pode ser objeto de

    (A) ao direta de inconstitucionalidade ajuizada, em face da Constituio da Repblica, perante o Tribu-nal de Justia.

    (B) ao declaratria de constitucionalidade ajuizada,

    em face da Constituio da Repblica, perante o Tri-bunal de Justia.

    (C) ao direta de inconstitucionalidade ajuizada, em fa-

    ce da Constituio da Repblica, perante o Supremo Tribunal Federal.

    (D) arguio de descumprimento de preceito fundamen-

    tal ajuizada, em face da Constituio da Repblica, perante o Supremo Tribunal Federal.

    (E) ao declaratria de constitucionalidade ajuizada,

    em face da Constituio da Repblica, perante o Su-premo Tribunal Federal.

    35. O julgamento de Prefeitos nos crimes de competncia da Justia Federal comum compete (A) ao Pleno do respectivo Tribunal Regional Federal,

    necessariamente. (B) ao Pleno, ao rgo especial ou a rgo fracionrio

    do respectivo Tribunal Regional Federal, conforme dispuser o Regimento Interno da Corte.

    (C) Justia Federal de primeira instncia. (D) ao Pleno do respectivo Tribunal de Justia, necessa-

    riamente. (E) ao Pleno, ao rgo especial ou a rgo fracionrio

    do respectivo Tribunal de Justia, conforme dispuser o Regimento Interno da Corte.

    _________________________________________________________

    Direito Administrativo

    36. Determinado Municpio pretende contratar a prestao de servio de transporte pblico urbano, uma vez que inexiste condies para a prestao direta pelo ente pblico. Den-tre as alternativas juridicamente possveis ao Municpio, este (A) dever contratar uma permisso de servio pblico,

    contrato que transferir ao particular a titularidade ou execuo do servio de transporte municipal por sua conta e risco.

    (B) somente poder contratar a execuo do servio por

    particular se ficar comprovado que inexiste outro en-te pblico capaz de absorver a competncia munici-pal.

    (C) poder contratar uma delegao de servio pblico,

    por meio da qual transferir ao particular a titularida-de e a execuo do transporte pblico urbano.

    (D) poder contratar uma concesso de servio pblico,

    para execuo por conta e risco do contratado, reservada a titularidade do servio pblico ao ente federado.

    (E) no poder contratar com o particular a execuo de

    servio pblico dessa natureza, em razo de sua essencialidade, salvo se houver prvia autorizao do Tribunal de Contas Municipal.

    _________________________________________________________

    37. Sabe-se que a Administrao pblica est sujeita a princ-pios expressos e implcitos, cuja inobservncia acarreta consequncias em diferentes esferas e graus de exten-so. Sobre o impacto dos princpios na validade dos atos jurdicos, correto afirmar que (A) o poder de tutela exercido pelo Judicirio pode acarre-

    tar a revogao de atos essencialmente discricion-rios, ainda que o fundamento seja exclusivamente o descumprimento de princpios.

    (B) o controle exercido pelo Poder Judicirio sobre a

    atuao da Administrao pblica pode ensejar anu-lao ou desfazimento de atos administrativos com fundamento no descumprimento de princpios.

    (C) a inobservncia dos princpios que regem a Adminis-

    trao no pode acarretar a invalidao ou a revo-gao dos atos administrativos, salvo se tambm tiver havido descumprimento de regra legal.

    (D) somente a Administrao pblica est autorizada a

    anular seus atos com fundamento em inobservncia de princpios.

    (E) o poder de tutela exercido pela Administrao pbli-

    ca sobre seus prprios atos somente autoriza a re-vogao com fundamento em descumprimento de princpios, vedada a anulao.

    Caderno de Prova 01, Tipo 004

  • 8 TJUAP-An.Jud.-Jud.Administrativa-01

    38. Determinado ente pblico celebrou regular contrato de obra pblica com base na Lei no 8.666/1993. Durante a execu-o dos trabalhos, foi determinada a suspenso judicial da obra, em razo de supostos problemas de ordem oramen-tria, em ao ajuizada em face do Poder Pblico, ocasio-nando relevante atraso de aproximadamente 12 (doze) meses no cronograma. Considerando-se que a Administra-o no suspendeu a execuo do contrato durante a vi-gncia da liminar, contratada (A) cabe exigir o regular pagamento e transcurso do pra-

    zo contratual, independentemente de medies par-ciais ou da concluso da obra.

    (B) resta a via judicial para obstar a deciso que deter-minou a suspenso das obras e, somente se no lograr sucesso, poder exigir perdas e danos.

    (C) assiste direito resciso administrativa unilateral do contrato.

    (D) cabe aguardar a reverso da deciso, tendo em vis-ta que se trata de ordem judicial e o interesse pbli-co prevalece sobre o interesse do particular.

    (E) assiste direito ao reequilbrio econmico-financeiro do contrato, pelos prejuzos comprovados, tendo em vista que no deu causa suspenso judicial.

    _________________________________________________________ 39. Paulo servidor pblico e ordenador de despesas de de-

    terminado rgo da Administrao pblica direta. Respon-svel pelas licitaes do rgo, entendeu por bem iniciar procedimento de prego para aquisio de suprimentos de escritrio. No obstante orientao superior, considerada regular e vlida, que determinou o sigilo do oramento da Administrao, Paulo acabou alterando o valor de refe-rncia a pedido de um conhecido fornecedor, no intuito de garantir a qualidade dos produtos a serem adquiridos. De acordo com o ordenamento jurdico em vigor, Paulo (A) poder ser responsabilizado por ato de improbidade,

    independentemente da comprovao de prejuzo ao errio.

    (B) dever ser responsabilizado na rea cvel, indeni-zando o prejuzo causado, o que absorve qualquer infrao na esfera de improbidade.

    (C) ser responsabilizado na esfera administrativo-disci-plinar, que no poder ser cumulada com o apena-mento por improbidade em razo de sua condio de servidor pblico.

    (D) poder ser responsabilizado por ato de improbidade, excluindo-se, em consequncia, qualquer imputao na esfera administrativa ou criminal.

    (E) somente poder ser responsabilizado por ato de im-probidade se houver prejuzo comprovado ao errio pblico.

    _________________________________________________________ 40. A criao de pessoas jurdicas para composio e estrutu-

    rao da Administrao indireta uma opo de organiza-o administrativa de competncia do Poder Executivo. Para tanto, pode se valer de propostas de edio de lei para criao de determinados entes ou para autorizao da instituio na forma prevista na legislao. A efetiva criao desses entes (A) acarreta a derrogao do regime jurdico de direito

    pblico e aplicao do direito privado, o que confere maior celeridade Administrao pblica.

    (B) consubstancia-se em desconcentrao, na medida em que no possuem personalidade jurdica prpria.

    (C) acarreta dissociao de qualquer vnculo ou relao jurdica com o Executivo, na medida em que possuem personalidade jurdica prpria.

    (D) no afasta o vnculo hierrquico com a Administra-o pblica central, na medida em que integram a estrutura do Poder Executivo.

    (E) expresso do modelo de descentralizao, man-tendo a Administrao pblica central apenas o con-trole finalstico sobre aqueles, expresso do poder de tutela.

    Direito Civil

    41. Caio, menor impbere, sob autoridade e companhia de Roberto, foi atingido por um veculo desgovernado en-quanto andava de bicicleta. Com o impacto, foi lanado sobre um ponto de nibus, atingindo Maria, que sofreu le-ses corporais. Caio sobreviveu ao acidente. Em razo dos danos que experimentou, Maria ajuizou ao contra Roberto, que no caso concreto (A) somente possuir responsabilidade se os bens de

    Caio forem insuficientes para compensar Maria. (B) possui responsabilidade subjetiva, cabendo a Maria

    provar culpa de Roberto pela falha na vigilncia de Caio. (C) possui responsabilidade objetiva, porque Caio esta-

    va sob sua autoridade e companhia. (D) no possui responsabilidade, pois Caio no praticou

    o ato causador de dano. (E) possui responsabilidade subjetiva, havendo presun-

    o de culpa de Roberto porque Caio estava sob sua autoridade e companhia.

    _________________________________________________________

    42. Ricardo tem 15 anos e adquiriu um televisor. O negcio (A) vlido, gerando plenos efeitos. (B) nulo, mas podendo ser invalidado apenas a requeri-

    mento das partes ou do Ministrio Pblico. (C) anulvel, convalidando-se dois anos depois de pra-

    ticado. (D) anulvel, convalidando-se quatro anos depois de

    praticado. (E) nulo, devendo ser invalidado de ofcio pelo Juiz.

    _________________________________________________________

    43. Jos sofreu acidente automobilstico em janeiro de 2010, vin-do a sofrer danos materiais. Em janeiro de 2011, faleceu de causas naturais. Em fevereiro de 2013, seus herdeiros, maiores e capazes, ajuizaram ao contra o causador do dano buscando indenizao pelos prejuzos decorrentes do acidente. A pretenso (A) est prescrita, pois a prescrio iniciada contra Jos

    continuou a correr contra seus herdeiros. (B) foi acobertada pela decadncia, cujo prazo conti-

    nuou a transcorrer depois da morte de Jos. (C) no est prescrita, pois no transcorreu o prazo de

    10 anos entre a data do acidente e do ajuizamento da ao.

    (D) no est prescrita, pois no transcorreu o prazo de

    5 anos entre a data do acidente e do ajuizamento da ao.

    (E) no est prescrita, pois a morte interrompe a pres-

    crio.

    Caderno de Prova 01, Tipo 004

  • TJUAP-An.Jud.-Jud.Administrativa-01 9

    44. Donizete acordou com Rafael, por escrito, que se absteria de impedir o curso de um pequeno riacho, a fim de evitar o desabastecimento de gua em sua fazenda. No obstante, Donizete construiu uma barragem no referido riacho, re-presando a gua em sua propriedade e causando desabas-tecimento na de Rafael. Sob urgncia, Rafael poder (A) postular indenizao por perdas e danos, mas no o

    desfazimento do ato. (B) desfazer ou mandar desfazer a barragem, indepen-

    dentemente de autorizao judicial, alm de reque-rer ressarcimento pelos gastos com o desfazimento do ato.

    (C) desfazer ou mandar desfazer a barragem, indepen-

    dentemente de autorizao judicial, porm s suas expensas, no podendo requerer ressarcimento pe-los gastos com o desfazimento do ato.

    (D) requerer, necessariamente em juzo, o desfazimento

    da barragem, cabendo a Donizete os custos com o desfazimento do ato.

    (E) requerer, necessariamente em juzo, o desfazimento

    da barragem, cabendo a Rafael os custos com o desfazimento do ato.

    _________________________________________________________ 45. Considere as proposies a respeito da hipoteca:

    I. Os bens de uso comum do povo podem ser objeto

    de hipoteca.

    II. nula a clusula que confere ao credor hipotecrio o direito de ficar com o bem dado em garantia na hiptese de a dvida no ser paga no vencimento.

    III. Podem ser objeto de hipoteca os acessrios dos

    imveis, conjuntamente com eles.

    IV. Apenas em favor do mesmo credor pode o dono do imvel hipotecado constituir outra garantia sobre o bem.

    De acordo com o Cdigo Civil, est correto o que se afir-

    ma em (A) I e III, apenas. (B) I, II e IV, apenas. (C) II e III, apenas. (D) I, II, III e IV. (E) II, III e IV, apenas.

    _________________________________________________________

    Direito Processual Civil

    46. Em relao conduta processual do juiz (A) apreciar a prova de acordo com a hierarquia legal

    de importncia de cada uma delas, ficando adstrito a tal critrio.

    (B) somente se no houver lei, nem analogia ou costu-

    mes aplicveis para o caso concreto, que poder deixar de julg-lo.

    (C) s determinar as provas necessrias instruo do

    processo quando for instado a isso por requerimento da parte interessada.

    (D) cabe-lhe decidir a lide nos limites em que foi proposta,

    sendo-lhe defeso conhecer de questes, no sus-citadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte.

    (E) poder ele decidir por equidade toda vez que se

    convena de que tal critrio deva ser utilizado, para fazer melhor justia.

    47. Considere as assertivas quanto resposta do ru:

    I. O nus da impugnao especificada dos fatos no se aplica ao advogado dativo, ao curador especial e ao rgo do Ministrio Pblico.

    II. Aps a contestao, s lcito deduzir novas alega-

    es em relao a matria de ordem pblica, sus-cetvel de arguio a qualquer tempo.

    III. Cabe ao ru manifestar-se precisamente sobre os

    fatos narrados na petio inicial, presumindo-se verdadeiros os fatos no impugnados, salvo, entre outras razes, se estiverem em contradio com a defesa, considerada em seu conjunto.

    Est correto o que se afirma APENAS em

    (A) II. (B) III. (C) I e III. (D) I e II. (E) II e III.

    _________________________________________________________

    48. Quanto s medidas cautelares, correto afirmar que (A) sero requeridas ao juiz da causa, mas se interposto

    recurso sero requeridas, em regra, diretamente ao Tribunal.

    (B) so sempre preparatrias ao processo principal, da-

    do seu carter de acessoriedade. (C) no admitem elas a produo de provas, pois a fu-

    maa do bom direito deve ser aferida de imediato. (D) por sua prpria natureza, regra geral que o juiz as

    determine sem audincia das partes. (E) por se tratar de juzo provisrio sobre os fatos, sobre

    elas no incide nenhum dos efeitos da revelia pro-cessual.

    _________________________________________________________

    49. Em relao substituio das partes e dos procuradores, correto afirmar que (A) a parte, que revogar o mandato outorgado ao seu

    advogado, dever requerer prazo ao juiz para cons-tituir outro em at trinta dias, determinada a suspen-so do processo.

    (B) o advogado poder renunciar ao mandato a qual-

    quer tempo, cessando suas obrigaes para com o mandante em 72 horas.

    (C) a sentena que se proferir entre as partes originrias

    no estender seus efeitos ao adquirente ou ao ces-sionrio.

    (D) a alienao da coisa ou do direito litigioso, a ttulo

    particular, por ato entre vivos, no altera a legitimi-dade das partes.

    (E) ocorrendo a morte de qualquer das partes, em regra,

    extinguir-se- o processo sem resoluo do mrito.

    Caderno de Prova 01, Tipo 004

  • 10 TJUAP-An.Jud.-Jud.Administrativa-01

    50. No tocante aos embargos do devedor, INCORRETO afirmar: (A) Os embargos do devedor no tero efeito suspensi-

    vo, salvo apenas se disserem respeito a excesso de execuo e estiverem garantidos por meio de cau-o idnea ou penhora suficiente.

    (B) A concesso de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um dos executados no suspender a execuo contra os que no embargaram, quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamen-te ao embargante.

    (C) Quando o excesso de execuo for fundamento dos embargos, o embargante dever declarar na petio inicial o valor que entende correto, apresentando memria do clculo, sob pena de rejeio liminar dos embargos ou de no conhecimento desse fundamento.

    (D) Quando o efeito suspensivo atribudo aos embargos disser respeito apenas a parte do objeto da execu-o, esta prosseguir quanto parte restante.

    (E) A deciso relativa aos efeitos dos embargos poder, a requerimento da parte, ser modificada ou revogada a qualquer tempo, em deciso fundamentada, ces-sando as circunstncias que a motivaram.

    _________________________________________________________

    Direito Penal 51. Com relao aos crimes praticados por funcionrio pblico

    contra a Administrao em geral, correto afirmar: (A) Equipara-se a funcionrio pblico quem exerce car-

    go, emprego ou funo em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de servio contratada ou conveniada para a execuo de ativi-dade tpica da Administrao pblica.

    (B) No comete crime de exerccio funcional ilegalmente antecipado ou prolongado aquele que continua a exer-c-lo depois de saber oficialmente que foi removido, mas apenas se exonerado, substitudo ou suspenso.

    (C) Para o ocorrncia do crime de advocacia administra-tiva necessrio que haja o patrocnio direto do inte-resse privado perante a Administrao pblica, va-lendo-se da qualidade de funcionrio.

    (D) Aquele que comete o crime de violncia arbitrria no responde pelo crime correspondente violncia fsica, ou seja, pelas leses corporais.

    (E) Comete crime de abandono de funo tambm aquele que abandona funo em empresa particular prestadora de servios de limpeza em rgo pblico.

    _________________________________________________________ 52. O crime de falsificao do selo ou sinal pblico

    (A) a pena de deteno. (B) a pena aplicada quele que altera, falsifica ou faz

    uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou quais-quer outros smbolos utilizados por rgos da Admi-nistrao pblica.

    (C) abrange a falsificao de selo postal ou estampilha destinados arrecadao de impostos ou taxas.

    (D) admite a modalidade culposa. (E) tem a mesma pena seja se cometido por funcionrio

    pblico prevalecendo-se do cargo, seja se praticado por qualquer pessoa.

    _________________________________________________________ 53. O funcionrio pblico que se apropria de dinheiro, valor ou

    qualquer outro bem mvel, pblico ou particular, de que tem a posse em razo do cargo, ou o desvia, em proveito prprio ou alheio, comete crime de (A) prevaricao. (B) emprego irregular de verbas ou rendas pblicas. (C) insero de dados falsos em sistema de informaes. (D) peculato. (E) concusso.

    54. Com relao excluso de ilicitude correto afirmar: (A) Pode alegar estado de necessidade mesmo quem

    tinha o dever legal de enfrentar o perigo. (B) Ainda que o agente haja em caso de excluso de

    ilicitude, este responder pelo excesso doloso ou culposo.

    (C) H crime quando o agente pratica o fato em

    excluso de ilicitude, havendo, no entanto, reduo da pena.

    (D) Considera-se em estado de necessidade quem,

    usando moderadamente dos meios necessrios, re-pele injusta agresso, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.

    (E) Considera-se em legtima defesa quem pratica o fato

    para salvar de perigo atual, que no provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito prprio ou alheio, cujo sacrifcio, nas circunstncias, no era razovel exigir-se.

    _________________________________________________________

    55. Considere o artigo 320 Crime de Condescendncia Cri-minosa Cdigo Penal.

    Art. 320 ...... o funcionrio, por ...... , de responsabilizar ...... que cometeu infrao no exerccio do cargo ou, quando lhe falte ...... , no levar o fato ao conhecimento da autoridade competente.

    Completa correta e respectivamente as lacunas: (A) Permitir; imprudncia; funcionrio; competncia (B) Deixar; imprudncia; subordinado; experincia (C) Permitir; negligncia; chefe; experincia (D) Deixar; indulgncia; subordinado; competncia (E) Ajudar; indulgncia; funcionrio; competncia

    _________________________________________________________

    Direito Processual Penal

    56. Em relao aplicao da lei processual penal no tempo, correto afirmar:

    (A) O processo penal reger-se-, em todo o territrio

    brasileiro, pelo Cdigo de Processo Penal (Decreto-Lei no 3.689/1941).

    (B) A lei processual penal excepcional ou temporria,

    embora decorrido o perodo de sua durao ou ces-sadas as circunstncias que a determinaram, aplica-se ao processo iniciado durante sua vigncia.

    (C) A lei processual penal admitir interpretao extensi-

    va e aplicao analgica, bem como o suplemento dos princpios gerais de direito.

    (D) Aplicar-se- desde logo, sem prejuzo da validade

    dos atos realizados sob a vigncia da lei anterior. (E) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o

    agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que de-cididos por sentena condenatria transitada em jul-gado.

    Caderno de Prova 01, Tipo 004

  • TJUAP-An.Jud.-Jud.Administrativa-01 11

    57. A sentena penal ser publicada

    (A) em mo do escrivo, que lavrar nos autos o res-pectivo termo, registrando-a em livro especialmente destinado a esse fim.

    (B) aps o trnsito em julgado em face do princpio da

    presuno da inocncia. (C) quando no houver sido decretado sigilo ou segredo

    de justia. (D) em mo do escrivo, que a encaminhar para a im-

    prensa oficial ou para jornal de grande circulao, registrando-a em livro especialmente destinado a esse fim.

    (E) somente pelo juiz que a prolatou, devendo o escri-

    vo dar cumprimento deciso. _________________________________________________________ 58. Nas aes penais de iniciativa privada,

    (A) o ofendido, ou seu representante legal, decair no direito de representao se no o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia da prtica do crime.

    (B) a iniciativa ser sempre do Ministrio Pblico, pois

    titular constitucional da ao penal. (C) salvo disposio em contrrio, o ofendido, ou seu re-

    presentante legal, decair no direito de representa-o se no o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem o autor do crime.

    (D) o ofendido, ou seu representante legal, decair no

    direito de queixa se no o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia da prtica do crime.

    (E) salvo disposio em contrrio, o ofendido, ou seu re-

    presentante legal, decair no direito de queixa se no o exercer dentro do prazo de seis meses, conta-do do dia em que vier a saber quem o autor do cri-me.

    _________________________________________________________ 59. O Cdigo de Processo Penal, como regra, determina a

    competncia pelo

    (A) critrio da preveno e distribuio independente-mente do iter criminis percorrido pelo agente.

    (B) lugar em que foi praticada a infrao penal. (C) domiclio ou residncia do ru. (D) lugar em que se consumar a infrao, ou, no caso

    de tentativa, pelo lugar em que for praticado o ltimo ato de execuo.

    (E) critrio adotado pelas leis de organizao judiciria,

    salvo a competncia privativa do Tribunal do Jri. _________________________________________________________ 60. O intrprete no poder atuar na ao penal em que

    (A) o Ministrio Pblico no for ouvido sobre a sua nomeao.

    (B) tiver prestado depoimento no processo. (C) o juiz tiver conhecimento do idioma do acusado. (D) tiver funcionado como intrprete durante a lavratura

    do auto de priso em flagrante delito. (E) a parte no concordar com a sua nomeao.

    Caderno de Prova 01, Tipo 004