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N do Caderno o N de Inscrição o ASSINATURA DO CANDIDATO N do Documento o Nome do Candidato Março/2015 Analista do CNMP Apoio Jurídico - Direito Concurso Público para provimento de cargos de CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO PROVA Conhecimentos Básicos Conhecimentos Específicos Dissertação - Tema Jurídico C N M ONSELHO ACIONAL DO INISTÉRIO PÚBLICO MP CN A C D E INSTRUÇÕES VOCÊ DEVE ATENÇÃO - Verifique se este caderno: - corresponde a sua opção de cargo. - contém 60 questões, numeradas de 1 a 60. - contém a proposta e o espaço para o rascunho da Prova Dissertação - Tema Jurídico. Caso contrário, reclame ao fiscal da sala um outro caderno. Não serão aceitas reclamações posteriores. - Para cada questão existe apenas UMA resposta certa. - Leia cuidadosamente cada uma das questões e escolha a resposta certa. - Essa resposta deve ser marcada na FOLHADE RESPOSTAS que você recebeu. - Procurar, na FOLHADE RESPOSTAS, o número da questão que você está respondendo. - Verificar no caderno de prova qual a letra (A,B,C,D,E) da resposta que você escolheu. - Marcar essa letra na FOLHADE RESPOSTAS, conforme o exemplo: - Ler o que se pede na Prova Dissertação -Tema Jurídico e utilizar, se necessário, o espaço para rascunho. - Marque as respostas com caneta esferográfica de material transparente de tinta preta ou azul. Não será permitido o uso de lápis, lapiseira, marca-texto, borracha ou líquido corretor de texto durante a realização da prova. - Marque apenas uma letra para cada questão, mais de uma letra assinalada implicará anulação dessa questão. - Responda a todas as questões. - Não será permitida qualquer espécie de consulta, nem o uso de máquina calculadora. - Em hipótese alguma o rascunho da Prova Dissertação - Tema Jurídico será corrigido. - Escreva a resposta de sua Prova Dissertação - Tema Jurídico, a tinta, no caderno apropriado. - A duração da prova é de 4 horas e 30 minutos para responder a todas as questões objetivas, preencher a Folha de Respostas e fazer a Prova Dissertação - Tema Jurídico (rascunho e transcrição). - Ao término da prova, chame o fiscal da sala e devolva todo o material recebido. - Proibida a divulgação ou impressão parcial ou total da presente prova. Direitos Reservados. Caderno de Prova ’A01’, Tipo 004 MODELO 0000000000000000 TIPO-004 00001-0001-0001

Prova A01 Tipo 004 CNMP

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Prova do CNMP - Analista Judiciário

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  • N do CadernooN de Inscrioo

    ASSINATURA DO CANDIDATON do Documentoo

    Nome do Candidato

    Maro/2015

    Analista do CNMPApoio Jurdico - Direito

    Concurso Pblico para provimento de cargos de

    CONSELHO NACIONAL DO MINISTRIO PBLICO

    PROVAConhecimentos Bsicos

    Conhecimentos Especficos

    Dissertao - Tema Jurdico

    CNM

    ONSELHO

    ACIONAL DO

    INISTRIO PBLICOMPCN

    A C D E

    INSTRUES

    VOCDEVE

    ATENO

    - Verifique se este caderno:

    - corresponde a sua opo de cargo.

    - contm 60 questes, numeradas de 1 a 60.

    - contm a proposta e o espao para o rascunho da Prova Dissertao - Tema Jurdico.

    Caso contrrio, reclame ao fiscal da sala um outro caderno.

    No sero aceitas reclamaes posteriores.

    - Para cada questo existe apenas UMAresposta certa.

    - Leia cuidadosamente cada uma das questes e escolha a resposta certa.

    - Essa resposta deve ser marcada na FOLHADE RESPOSTAS que voc recebeu.

    - Procurar, na FOLHADE RESPOSTAS, o nmero da questo que voc est respondendo.

    - Verificar no caderno de prova qual a letra (A,B,C,D,E) da resposta que voc escolheu.

    - Marcar essa letra na FOLHADE RESPOSTAS, conforme o exemplo:

    - Ler o que se pede na Prova Dissertao - Tema Jurdico e utilizar, se necessrio, o espao para rascunho.

    - Marque as respostas com caneta esferogrfica de material transparente de tinta preta ou azul. No ser permitido o

    uso de lpis, lapiseira, marca-texto, borracha ou lquido corretor de texto durante a realizao da prova.

    - Marque apenas uma letra para cada questo, mais de uma letra assinalada implicar anulao dessa questo.

    - Responda a todas as questes.

    - No ser permitida qualquer espcie de consulta, nem o uso de mquina calculadora.

    - Em hiptese alguma o rascunho da Prova Dissertao - Tema Jurdico ser corrigido.

    - Escreva a resposta de sua Prova Dissertao - Tema Jurdico, a tinta, no caderno apropriado.

    - A durao da prova de 4 horas e 30 minutos para responder a todas as questes objetivas, preencher a Folha de

    Respostas e fazer a Prova Dissertao - Tema Jurdico (rascunho e transcrio).

    - Ao trmino da prova, chame o fiscal da sala e devolva todo o material recebido.

    - Proibida a divulgao ou impresso parcial ou total da presente prova. Direitos Reservados.

    Caderno de Prova A01, Tipo 004 MODELO

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    TIPO004

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  • 2 CNMPD-Conhecimentos Bsicos1

    CONHECIMENTOS BSICOS

    Lngua Portuguesa

    Ateno: Para responder s questes de nmeros 1 a 5, considere o incio do prefcio obra Primrdios da Justia no Brasil,

    escrito pelo ministro Marco Aurlio de Mello, do Supremo Tribunal Federal.

    1 5 10 15 20

    Para a compreenso do fenmeno jurdico como cincia e prtica, a Histria do Direito e das instituies jurdicas se mostra relevante. Na verdade, indispensvel. Deve-se pensar o Direito hoje a partir do que nos ensinam os fatos e acontecimentos registrados desde a Antiguidade; a Justia brasileira, a partir do surgimento de nossa organizao judiciria. Nesse quadro, cumprindo tal tarefa de forma primorosa, vem balha a obra do historiador e etnolinguista Amlcar Dvila de Mello. "Primrdios da Justia no Brasil" representar ferramenta imprescindvel para todo aquele que busca no s conhecer o Direito brasileiro, mas pens-lo criticamente.

    O propsito do livro claro: instigar os leitores a revisitar o conhecimento dominante acerca da histria jurdica do Brasil. Amlcar Dvila, examinando documentos datados de 1526 a 1541, afirma no terem sido as primeiras manifestaes do direito romano-germnico justiniano originadas dos escrives portugueses, mas de "operadores da justia a servio da Coroa de Castela". Adverte o autor, inclusive, que esses documentos, embora "tenham quase meio milnio de existncia, contm muitos institutos e prescries que esto presentes em nossa Carta Magna de 1988, e nas de outros pases, bem como em seus respectivos Cdigos Civis e Penais".

    Trata-se de argumento desafiador. O autor busca promover uma reviravolta da ptica comum sobre o tema. Este o papel de historiadores com vocao revolucionria - no apenas descrever por descrever, mas preencher possveis lacunas ou equvocos do conhecimento, apontar fatos que possam recontar a sequncia histrica do acontecido e, assim, modificar premissas e concluses at ento tidas por inquestionveis. Como compreender os institutos prprios do Direito sem refletir acerca do momento no qual foram forjados, os motivos que levaram a institu-los, os pensamentos hegemnicos que nortearam a consolidao das ideias respectivas? As respostas a essas indagaes deixam transparecer, de modo inequvoco, mostrar-se impossvel dissociar o estudo do Direito dos relatos histricos que nos permitem entender a evoluo do pensamento jurdico e participar desse processo. Os historiadores nos revelam esse instrumental.

    Obs. balha = baila. (MELLO, Marco Aurlio de. Prefcio. In: Primrdios da Justia no Brasil: coletnea de documentos castelhanos do sculo XVI, de Amlcar Dvila de Mello, Ilha de Santa Catarina: Teko et Orbis, 2014, p.7-8)

    1. O trecho do prefcio legitima a seguinte assertiva:

    (A) A reflexo acerca de certos aspectos associados a institutos prprios do Direito por exemplo, acerca do momento no qual

    foram forjados ou dos motivos que levaram a institu-los a verdadeira cauo de que eles sero adequadamente compreendidos e devidamente acatados.

    (B) As indagaes, no pargrafo 3, so de natureza retrica, argumentos utilizados pelo autor da apresentao para

    consolidar a ideia de que a obra prefaciada cumpre, de forma precisa, a tarefa de preencher as reconhecidas lacunas e os inevitveis equvocos do conhecimento jurdico.

    (C) A originalidade da afirmao de Amlcar Dvila, oriunda do exame dos documentos datados de 1526 a 1541,

    circunscreve-se ao achado de que as primeiras manifestaes do direito romano-germnico justiniano advieram no de escrives, mas de operadores da justia.

    (D) No contexto, a advertncia do autor da obra, mencionada na linha 10, deve ser entendida como comprobao de que tanto

    nossa Carta Magna de 1988, quanto os Cdigos Civis e Penais de muitos outros pases devem ser revisados. (E) Ao caracterizar o argumento de Amlcar Dvila como desafiador e valer-se de um verbo auxiliar para modular a ao de

    promover, o autor do prefcio, embora reconhecendo possibilidades positivas da obra, exime-se de afianar que ela atinja seu escopo revolucionrio.

    2. No prefcio, o Ministro

    (A) corrobora a opinio do autor da obra prefaciada sobre a urgncia de os conhecimentos jurdicos brasileiros, levando em

    conta as particularidades nacionais, ratificarem o ponto de vista perpetuado pelo saber da Antiguidade. (B) pretende que o olhar do historiador subsidia a percepo da realidade jurdica, pois, ao permitir divisar o contexto dos fatos

    ocorridos e das decises tomadas no passado, propicia a crtica e o aperfeioamento dos institutos do Direito. (C) defende que o conhecimento jurdico advm de slida formao cientfica e prtica daquele que o busca, ambas oferecidas

    por especficos ramos da Histria, concepo coincidente com a do autor da obra prefaciada. (D) recomenda a leitura da obra prefaciada no somente por reconhecer-lhe valor superior s demais do gnero a que

    pertence, mas tambm pelo tratamento primoroso do tema, edificado pela perspectiva etnolingustica do seu autor. (E) adverte sobre o equvoco de certos juristas contemporneos brasileiros quando no consideram a relevncia das normas

    do Direito legitimadas pela tradio nacional, fato que atribui ao desconhecimento da organizao judiciria do pas.

    Caderno de Prova A01, Tipo 004

  • CNMPD-Conhecimentos Bsicos1 3

    3. Considere: I. o emprego da palavra como em Para a compreenso do fenmeno jurdico como cincia e prtica, a Histria do Direito e

    das instituies jurdicas se mostra relevante; II. estas acepes da palavra como, selecionadas do Dicionrio eletrnico Houaiss da lngua portuguesa:

    advrbio 1 ocorre com valor circunstancial 1.1 em frase interrogativa (direta ou indireta) Exs.: c. conseguiram voltar to cedo? ainda no se sabe c. conseguiram voltar 3 especializando os sentidos: 3.1 modo: 3.1.1 da maneira que Ex.: fantasiou-se c. quis e saiu

    conjuno 4 confere orao subordinada os valores circunstanciais de: 4.2 conformidade: de acordo com, conforme, consoante Ex.: c. dissemos, somos contra o acordo 5 integra e acrescenta valor circunstancial orao substantiva Ex.: acabaram confessando-lhe c. haviam conseguido entrar 6 liga oraes do mesmo nvel sinttico, relacionando-as por: 6.2 adio Ex.: na riqueza c. na pobreza

    Afirma-se com correo sobre o emprego de como em I: (A) tem o mesmo valor semntico indicado em 5. (B) outro exemplo do que se detalha em 6.2. (C) ocorrncia do que se v indicado no segundo exemplo de 1.1. (D) ocorrncia idntica descrita em 3.1.1. (E) tem o mesmo valor semntico indicado em 4.2.

    4. correta a seguinte afirmao:

    (A) (linhas 9 e 10) Em "operadores da justia a servio da Coroa de Castela", o que se destaca constitui caracterizao, de

    natureza restritiva, do segmento anterior, considerado em sua totalidade. (B) (linha 2) Em Na verdade, indispensvel, o segmento destacado, semanticamente equivalente a "alis", exemplo de

    conector que indica uma generalizao do que foi dito anteriormente, como se tem em "Ela o interrompeu no momento da concluso de seu pensamento. Alis, como sempre".

    (C) (linha 3) Em a Justia brasileira, a partir do surgimento de nossa organizao judiciria, justifica-se o emprego da vrgula

    pelo mesmo motivo que a justifica no segmento (linhas 11 e 12) e nas de outros pases, bem como em seus respectivos Cdigos Civis e Penais.

    (D) (linha 13) A frase Trata-se de argumento desafiador est articulada em consonncia com as normas da gramtica nor-

    mativa, assim como o est a frase "Tratam-se de expedientes jurdicos corriqueiros". (E) (linha 4) Em cumprindo tal tarefa de forma primorosa, tem-se exemplo de coeso por antecipao, mediante o emprego do

    pronome.

    Caderno de Prova A01, Tipo 004

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    5. Considere as orientaes da gramtica para a composio de um texto, em consonncia com a norma-padro escrita, e as assertivas abaixo.

    I. Levando em conta a condio mencionada em ...costuma ocorrer tambm a forma flexionada, quando entre o auxiliar e o infinitivo se insere o sujeito deste, expresso por substantivo ou equivalente [Nova gramtica do portugus contemporneo, de Celso Cunha e Lus F. Lindley Cintra], a presena da forma "revisitarem", na frase O propsito do livro claro: instigar os leitores a revisitar o conhecimento dominante acerca da histria jurdica do Brasil, no poderia ser considerada correta.

    II. Se, em vez de Trata-se de argumento desafiador, o autor tivesse escolhido a formulao "Me parece que trata-se de argumento desafiador", haveria incompatibilidade entre os registros lingusticos (formal/informal) adotados no prefcio e na hipottica construo, incompatibilidade no nvel das estruturas sintticas (Me parece e que trata-se), mas no no nvel do lxico (o emprego de parece no compromete a formalidade).

    III. A substituio da forma simples do gerndio, em Nesse quadro, cumprindo tal tarefa de forma primorosa, vem balha a

    obra do historiador e etnolinguista Amlcar Dvila de Mello, pela forma composta havendo cumprido no afeta qualquer trao semntico do original: mantm-se a ideia de ao em curso, ao contempornea expressa pelo verbo da orao principal.

    correto o que consta APENAS em (A) III. (B) I e II. (C) II e III. (D) I. (E) II.

    Ateno: Para responder s questes de nmeros 6 e 7, considere o trecho de Machado de Assis, constante da srie "A Semana",

    crnica publicada no dia 23 de outubro de 1892, na Gazeta de Notcias, jornal que circulou na segunda metade do sculo XIX, no Rio de Janeiro.

    Todas as cousas tm sua filosofia. Se os dous ancios que o bond eltrico atirou para a eternidade esta semana, houvessem j feito por si mesmos o que lhes fez o bond, no teriam entestado com o progresso que os eliminou. duro dizer; duro e ingnuo, um pouco La Palisse; mas verdade. Quando um grande poeta deste sculo perdeu a filha, confessou, em versos doloridos, que a cria-o era uma roda que no podia andar sem esmagar algum. Por que negaremos a mesma fatalidade aos nossos pobres veculos?

    H terras onde as companhias indenizam as vtimas dos desastres (ferimentos ou mortes) com avultadas quantias, tudo ordenado por lei. justo; mas essas terras no tm, e deveriam ter, outra lei que obrigasse os feridos e as famlias dos mortos a indenizarem as companhias pela perturbao que os desastres trazem ao horrio do servio. Seria um equilbrio de direitos e responsabilidades. Felizmente, como no temos a primeira lei, no precisamos da segunda, e vamos morrendo com a nica despesa do enterro e o nico lucro das oraes.

    Obs.: Jacques de la Palice (ou de la Palisse): nobre e militar francs (1470-1525); La Palisse: moda de trusmo.

    (COUTINHO, Afrnio. Obra completa. org. v. III. Rio de Janeiro: Nova Aguilar S.A, 1997, p. 553)

    6. Afirma-se com correo:

    (A) Em Se os dous ancios [...] houvessem j feito por si mesmos o que lhes fez o bond, o pretrito mais-que-perfeito do subjuntivo indica que a ao, em sua eventualidade, seria simultnea indicada pela forma verbal no modo indicativo.

    (B) Em Se os dous ancios [...] houvessem j feito por si mesmos o que lhes fez o bond, o verbo "haver" est corretamente flexionado, o mesmo ocorrendo com o verbo auxiliar presente em "Devem fazer uns dez dias que ele esteve aqui".

    (C) Transpondo o discurso direto presente no texto para o indireto, e observando-se o contexto, uma formulao apropriada e condizente com a norma-padro seria "O cronista indaga porque negaremos a mesma fatalidade aos nossos pobres ve-culos".

    (D) Na frase Se os dous ancios que o bond eltrico atirou para a eternidade esta semana, houvessem j feito por si mesmos o que lhes fez o bond, no teriam entestado com o progresso que os eliminou, a vrgula aps a palavra semana quebra a unidade sinttico-semntica do segmento.

    (E) Em Se os dous ancios [...] houvessem j feito por si mesmos o que lhes fez o bond, o emprego do pronome destacado motivado pelo mesmo fator que se nota em "Acato-lhes as crticas com humildade".

    7. legtimo o seguinte comentrio sobre o trecho transcrito: (A) Aquilo que o cronista relata sobre um grande poeta do sculo XIX permite a correta deduo de que a filha que inspirou

    versos doloridos foi vtima de um acidente idntico ao que vitimou os ancios. (B) A referncia La Palisse denota que o cronista considera duro mencionar os perigos da roda quando se versa sobre

    episdios que envolvem desfechos fatais para as pessoas; duro, mas necessrio. (C) A palavra filosofia deve ser entendida, no contexto, como um atributo que conduz a um tipo de sabedoria, a que,

    desvinculada da realidade emprica, ultrapassa o senso comum, sempre preso existncia concreta. (D) A crnica de Machado de Assis subliminarmente legitima o princpio expresso na mxima "olho por olho, dente por dente",

    entendida como aplicao de castigo ao criminoso na mesma proporo da ofensa recebida, pena aplicada pelas mos da prpria vtima.

    (E) No excerto, Machado de Assis trata um fato cotidiano como motivo de experincia e reflexo, de que, por meio de um dizer irnico e aparentemente descomprometido, resultam ponderaes que propiciam ao leitor o exerccio de ver o mundo sob ptica inovadora.

    Caderno de Prova A01, Tipo 004

  • CNMPD-Conhecimentos Bsicos1 5

    8. Considerada a norma-padro escrita, clara, concisa e correta a seguinte frase:

    (A) Considerou incua qualquer tentativa de mediarmos os conflitos que crescem em progresso geomtrica e justificou sua opinio pela forma que ambos se tratam, excessivamente agressiva.

    (B) Acordos tcitos podem ser imunes a crticas de quem observa, de fora, os que celebram a conveno, mas nunca

    prescindem da constante validao daqueles que estabelecem os pactos mudos. (C) Tributos em homenagem a esportistas so cada vez mais frequentes, e mais comum tambm est ficando o hbito de o

    anfitrio tomar emprestado a eles as frases mais representativas de seu estilo. (D) Ele que no receie, pois grandes distncias podem ser enfrentadas sem medo, em vias desconhecidas, se houverem

    pontos de referncia bem determinados que orientem o motorista. (E) Na mo inversa da maioria dos representantes sindicais, ele, o lder veterano, que se atm a detalhes insignificantes

    para o desejado pacto, de cuja realizao tantos dependem. 9. Considere o trecho abaixo, parte de ofcio dirigido a um deputado.

    Em atendimento a recentes solicitaes, informo Vossa Excelncia que as medidas mencionadas em sua carta de nmero (1) (2) 3357, de fevereiro de 2015, dirigida ao Senhor Vice-presidente da Repblica, no encontram amparo no procedimento adminis- trativo de regulao de segurana nas fronteiras institudo pelo Decreto no 12, de 11 de novembro de 2013 (cpia anexa).

    Em tratativas anteriores entre o Senhor Vice-presidente da Repblica e Vossa Excelncia, seus argumentos delinearam com (3)

    transparncia os desafios a serem enfrentados pelos rgos pblicos que estariam envolvidos nos trabalhos de defesa das fron-

    (3) teiras. (3)

    Estudos tcnicos para enfrentamento desses desafios esto sendo realizados pelos rgos competentes e os resultados de- vero ser encaminhados para a apreciao do Senhor Vice-presidente da Repblica e para a do dignssimo deputado, na segun- (4) (5) da quinzena do ms de maio de 2015. Levando em conta as orientaes do Manual de Redao da Presidncia da Repblica, no trecho do ofcio h inadequaes

    quanto a

    (A) (1), sinal indicativo de crase; (2), regncia; (3), clareza; (5), tratamento. (B) (3), pontuao; (4), elipse. (C) (2), regncia; (3), clareza; (5), tratamento. (D) (1), sinal indicativo de crase; (5), tratamento. (E) (2), regncia; (4), preposio.

    10. A alternativa que apresenta frase clara e correta, segundo a norma-padro escrita, :

    (A) No exitaram em considerar a protagonista smbolo da mesquinhez humana, por isso lhe previram um final trgico; outro desfecho para a personagem lhes pareceu aleatrio.

    (B) Imiscuia-se tanto na vida alheia, que se disseminou no grupo um certo desconforto quando de sua presena; o mal-estar

    provocou que, mesmo a revelia de alguns, no mais lhe convidassem. (C) Considerados quaisquer que seja os parmetros, com certeza ser ele o pesquisador escolhido para representar os

    projetos do setor, sem exceo alguma. (D) Passou por tantos reveses durante a infncia e juventude, que se precaveu, na maturidade, para a velhice; foi o que lhe

    garantiu viv-la s prprias expensas, e no s dos familiares. (E) O temporal estava eminente, no demoraria mais que meia hora para pr em perigo as reas mais suscetveis a

    enchentes, por isso o aviso de alerta foi rpido e sucinto.

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  • 6 CNMPD-Conhecimentos Bsicos1

    Legislao de Interesse Institucional

    11. Considere as seguintes situaes: I. Rovanilda, servidora pblica federal, mantinha sob sua chefia imediata, em funo de confiana, seu irmo, Rivaildo. II. Renata, servidora pblica federal, aceitou comisso de estado estrangeiro. Neste casos, de acordo com a Lei no 8.112/90, considerando as condutas praticadas, bem como que ambas so servidoras

    primrias, sem processo administrativo disciplinar anterior, Rovanilda e Renata esto sujeitas s penas de (A) advertncia e demisso, respectivamente. (B) demisso. (C) suspenso de at sessenta dias. (D) advertncia e suspenso, respectivamente. (E) suspenso de at trinta dias.

    12. Considere as seguintes atribuies: I. Autorizar o pagamento de dirias, passagens, ajuda de custo, transporte e/ou indenizao de despesa, em conformidade

    com as tabelas aprovadas pelo Conselho e a legislao aplicvel espcie. II. Autorizar, homologar, anular e revogar os procedimentos licitatrios, mediante deciso fundamentada. III. Deliberar sobre o encaminhamento de notas tcnicas quando caracterizado o interesse institucional do Ministrio Pblico. IV. Aprovar a proposta oramentria do Conselho. De acordo com o Regimento Interno do Conselho Nacional do Ministrio Pblico CNMP, compete ao Presidente do Conselho

    as funes indicadas APENAS em (A) III e IV. (B) I, II e IV. (C) I e II. (D) I, II e III. (E) II, III e IV.

    13. Nas sesses plenrias, o Presidente do Conselho Nacional do Ministrio Pblico CNMP, segundo o respectivo Regimento

    Interno, sentar-se- ao centro da mesa; sua direita, sucessivamente, o (A) Secretrio-Geral e o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; sua esquerda, o Corregedor

    Nacional. (B) Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e o Corregedor Nacional; sua esquerda, o

    Secretrio-Geral. (C) Corregedor Nacional e o Secretrio-Geral; sua esquerda, o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados

    do Brasil. (D) Corregedor Nacional e o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; sua esquerda, o

    Secretrio-Geral. (E) Secretrio-Geral e o Corregedor Nacional; sua esquerda, o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados

    do Brasil. 14. O Corregedor Nacional ser eleito entre os membros do Ministrio Pblico que integram o Conselho Nacional do Ministrio

    Pblico CNMP, para um mandato de (A) um ano, sendo permitida uma nica reconduo. No exercer suas funes em regime de dedicao exclusiva,

    permanecendo nas suas funes no rgo do Ministrio Pblico a que pertence. (B) um ano, sendo vedada a reconduo. No exercer suas funes em regime de dedicao exclusiva, permanecendo nas

    suas funes no rgo do Ministrio Pblico a que pertence. (C) trs anos, sendo vedada a reconduo. No exercer suas funes em regime de dedicao exclusiva, permanecendo nas

    suas funes no rgo do Ministrio Pblico a que pertence. (D) dois anos, sendo permitida uma nica reconduo. Exercer suas funes em regime de dedicao exclusiva, ficando

    afastado do rgo do Ministrio Pblico a que pertence. (E) dois anos, sendo vedada a reconduo. Exercer suas funes em regime de dedicao exclusiva, ficando afastado do

    rgo do Ministrio Pblico a que pertence. 15. Luciomar, servidor pblico federal, aps regular processo administrativo disciplinar, foi exonerado. Considerando que ele pos-

    sua dbito com o errio, de acordo com a Lei no 8.112/90, Luciomar (A) ter o prazo de sessenta dias para quitar o dbito, sendo que a no quitao do dbito dentro desse prazo implicar sua

    inscrio em dvida ativa. (B) ser notificado para pagamento ou parcelamento do dbito dentro do prazo de trinta dias da efetivao de sua exonerao,

    sob pena de inscrio na dvida ativa aps cento e vinte dias. (C) ser notificado para pagamento ou parcelamento do dbito dentro do prazo de quinze dias da efetivao de sua

    exonerao, sob pena de inscrio na dvida ativa aps noventa dias. (D) ter o prazo de noventa dias para quitar o dbito, sendo que a no quitao do dbito dentro desse prazo implicar sua

    inscrio em dvida ativa. (E) ter seu dbito inscrito imediatamente na dvida ativa por expressa previso legal, em razo da extino de seu vnculo

    com Administrao pblica.

    Caderno de Prova A01, Tipo 004

  • CNMPD-Conhecimentos Bsicos1 7

    Raciocnio Lgico-Matemtico

    16. Paulo, Ricardo e Srgio fizeram as seguintes afirmaes:

    Paulo: eu sou advogado. Ricardo: Paulo no advogado. Srgio: A afirmao de Ricardo falsa.

    A respeito das afirmaes ditas por eles, certamente,

    (A) menos do que trs so falsas. (B) menos do que duas so verdadeiras. (C) as trs so verdadeiras. (D) duas so verdadeiras. (E) duas so falsas.

    17. Luiz Silva, Ana Kan e uma terceira pessoa investiram, juntos, 180 mil reais em uma sociedade. Coincidentemente, a quantia

    investida por cada um, nessa sociedade, foi diretamente proporcional ao nmero de letras do seu nome e sobrenome, contando tambm as letras repetidas. Se a terceira pessoa investiu 72 mil reais na sociedade, e se seu nome e sobrenome esto assinala-dos em apenas uma das alternativas abaixo, ento, a terceira pessoa

    (A) Beatriz Borges. (B) Cristiana Dutra. (C) Ida Lopes. (D) Davi Santos. (E) Caio Teixeira.

    18. Um casal e seus dois filhos pesaram-se em uma balana de diversas formas diferentes. Primeiro, o casal subiu na balana e ela

    indicou 126 kg. Depois, o pai subiu na balana com o filho maior, e ela indicou 106 kg. Por fim, a me subiu na balana com o filho menor, e ela indicou 83 kg. Sabendo-se que o filho maior pesa 9 kg a mais do que o menor, o peso do filho maior, em quilogramas, igual a

    (A) 56. (B) 47. (C) 36. (D) 27. (E) 45.

    19. O ms de fevereiro tem 28 dias em anos regulares e 29 dias em anos bissextos. Em qualquer ano (regular ou bissexto), os

    meses de abril, junho, setembro e novembro tm 30 dias, e os demais meses tm 31 dias. Sabe-se, ainda, que nunca temos dois anos consecutivos que sejam bissextos.

    Se 1o de janeiro de um ano bissexto caiu em uma sexta-feira, o dia 1o de maro do ano seguinte cair em uma

    (A) tera-feira. (B) quinta-feira. (C) quarta-feira. (D) segunda-feira. (E) sexta-feira.

    20. As cidades A e B, distantes 100 km uma da outra em linha reta, esto representadas em um mapa na tela plana de um aparelho

    de telefone celular de tamanho usual. O mapa est visvel, o que significa dizer que possvel identificar visualmente na tela do aparelho o segmento de reta ligando as duas cidades. Utilizando a mesma unidade de medida, uma escala de proporcionalidade possvel para esse mapa de um para

    (A) cem milhes. (B) dez milhes. (C) mil. (D) cem. (E) dez mil.

    Caderno de Prova A01, Tipo 004

  • 8 CNMPD-Analista-Direito-A01

    CONHECIMENTOS ESPECFICOS

    Direito Constitucional

    21. A inelegibilidade em razo do parentesco, nos termos da

    Constituio Federal e em conformidade com o entendi-mento do Supremo Tribunal Federal sobre a matria, (A) alcana, no territrio de jurisdio do titular, o cn-

    juge e os parentes consanguneos, at o segundo grau ou por adoo, excetuados os afins, do Pre-sidente da Repblica.

    (B) absoluta, somente podendo ser fixada taxativa-

    mente pela Constituio Federal. (C) alcana, no territrio de jurisdio do titular, o cn-

    juge e os parentes consanguneos ou afins, at o terceiro grau ou por adoo, do Presidente da Re-pblica.

    (D) no afastada pela dissoluo da sociedade ou do

    vnculo conjugal, no curso do mandato. (E) impede, em qualquer hiptese, que o cnjuge do

    Presidente da Repblica seja candidato a cargos eletivos no territrio de jurisdio do titular.

    _________________________________________________________ 22. De acordo com a Constituio Federal, o Distrito Federal

    (A) rege-se por lei orgnica, votada em dois turnos com

    interstcio mnimo de dez dias, e aprovada por dois teros da Cmara Legislativa.

    (B) no pode ter seu territrio dividido em Municpios,

    no lhe sendo atribudas competncias legislativas a estes reservadas.

    (C) atualmente a capital do Brasil, sendo vedada a

    transferncia da sede do governo federal. (D) no tem competncia para organizar e manter o Poder

    Judicirio, o Ministrio Pblico, a Defensoria Pblica, o corpo de bombeiros e as polcias civil e militar.

    (E) elege quatro Deputados Distritais para representar o

    povo, mas no elege Senadores, representantes dos Estados.

    _________________________________________________________ 23. A atual Constituio Federal prev diversos direitos aos

    portadores de necessidades especiais, EXCETO: (A) necessidade da lei reservar percentual dos cargos e

    empregos pblicos para as pessoas portadoras de deficincia.

    (B) proibio de qualquer discriminao no tocante a sa-

    lrio e critrios de admisso do trabalhador portador de deficincia.

    (C) garantia de um salrio mnimo de benefcio mensal

    pessoa portadora de deficincia que comprove no possuir meios de prover prpria manuteno ou de t-la provida por sua famlia.

    (D) adaptao dos logradouros, edifcios de uso pblico

    e veculos de transporte coletivo atualmente exis-tentes a fim de garantir acesso adequado s pes-soas portadoras de deficincia.

    (E) atendimento educacional especializado aos portado-

    res de deficincia, preferencialmente na rede espe-cial de ensino.

    24. Em conformidade com a disciplina constitucional dos direitos e deveres individuais e coletivos,

    (A) a lei estabelecer o procedimento para desapropria-

    o por necessidade ou utilidade pblica, ou por in-teresse social, mediante prvia indenizao, em t-tulos da dvida pblica, ressalvados os casos pre-vistos na Constituio Federal.

    (B) a livre expresso da atividade intelectual, artstica,

    cientfica e de comunicao, independentemente de censura ou licena, no dispensa posterior respon-sabilizao em caso de exerccio abusivo.

    (C) ningum ser levado priso ou nela mantido quan-

    do a lei admitir a liberdade provisria, desde que mediante pagamento de fiana.

    (D) todos podem reunir-se pacificamente, sem armas,

    em locais abertos ao pblico, independentemente de autorizao e de prvio aviso, desde que no frus-trem outra reunio anteriormente convocada para o mesmo local.

    (E) o direito de acesso informao assegurado a

    todos, sendo vedado o anonimato da fonte. _________________________________________________________

    25. Considerando o que dispe a Constituio Federal sobre distribuio de competncias legislativas, correto afirmar:

    (A) Legislar sobre organizao judiciria do Ministrio

    Pblico do Distrito Federal e dos Territrios e da Defensoria Pblica dos Territrios competncia privativa da Unio.

    (B) Legislar sobre sistema de consrcio e sorteios

    competncia legislativa concorrente da Unio, dos Estados e do Distrito Federal.

    (C) No mbito da legislao comum, a supervenincia

    de lei federal sobre normas gerais revoga lei estadual, no que lhe for contrria.

    (D) Legislar sobre proteo ao patrimnio histrico, cul-

    tural, artstico, turstico e paisagstico competncia comum da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios.

    (E) competncia exclusiva da Unio legislar sobre

    guas, energia, informtica, telecomunicao e ra-diodifuso.

    _________________________________________________________

    26. Em relao eficcia e aplicabilidade das normas cons-titucionais, correto afirmar:

    (A) As normas constitucionais que traam esquemas ge-

    rais de estruturao de rgos, entidades ou ins-titutos, so de eficcia plena.

    (B) As normas constitucionais declaratrias de princpios

    programticos, que veiculam programas a serem im-plementados pelo Poder Pblico para concretizao dos fins sociais, so de eficcia limitada.

    (C) As normas constitucionais de aplicabilidade direta,

    imediata e integral, que admitem norma infracons-titucional posterior restringindo seu mbito de atua-o, so de eficcia plena.

    (D) As normas constitucionais de aplicabilidade diferida

    e mediata, que no so dotadas de eficcia jurdica e no vinculam o legislador infraconstitucional aos seus vetores, so de eficcia contida.

    (E) As normas constitucionais de aplicabilidade direta,

    imediata e integral, por no admitirem que norma infraconstitucional posterior restrinja seu mbito de atuao, so de eficcia contida.

    Caderno de Prova A01, Tipo 004

  • CNMPD-Analista-Direito-A01 9

    27. Sobre o Conselho Nacional do Ministrio Pblico CNMP, a Constituio Federal estabelece que (A) seus membros, com exceo do Presidente do Con-

    selho, sero nomeados pelo Presidente da Rep-blica, depois de aprovada a sua escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

    (B) para garantia da imparcialidade, o CNMP escolher,

    em votao secreta, dentre um dos membros do Poder Judicirio, o Corregedor nacional.

    (C) de competncia do Supremo Tribunal Federal pro-

    cessar e julgar, originariamente, as aes contra o CNMP.

    (D) sua funo precpua o controle da atuao admi-

    nistrativa e financeira da instituio e do cumpri-mento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo-lhe, inclusive, exercer o controle externo da atividade policial.

    (E) sua composio heterognea, com quatorze mem-

    bros, entre representantes do Ministrio Pblico, juzes, advogados e cidados, com mandato de dois anos, admitida uma reconduo e tendo como Pre-sidente o Procurador Geral de Justia.

    _________________________________________________________

    Direito Administrativo

    28. Concludos os estudos prvios de modelagem econmico-financeira de um projeto de expanso da rede metro-ferroviria de determinado Municpio, restou evidenciado que os investimentos a serem suportados pelo contratado para a consecuo do objeto pretendido pela Adminis-trao no seriam cobertos pela receita auferida mediante cobrana de tarifa junto aos usurios da rede, na hiptese de explorao dos servios correspondentes. Diante des-sa realidade, a expanso e operao da rede metro-fer-roviria pode ser contratada na modalidade (A) concesso administrativa, que admite aporte de re-

    cursos da Administrao para complementar a recei-ta auferida pelo concessionrio mediante a cobrana de tarifa do usurio, aportes estes que devem guar-dar compatibilidade com a parcela fruvel do servio.

    (B) obra pblica, seguida de concesso administrativa

    para a explorao dos servios proporcionados pela expanso mediante cobrana de tarifa dos usurios, condicionada ao pagamento de outorga Adminis-trao, correspondente ao valor econmico dos in-vestimentos realizados.

    (C) concesso patrocinada, ficando o concessionrio in-

    cumbido de realizar os investimentos e operar os servios de transportes de passageiros, remuneran-do-se mediante a tarifa cobrada dos usurios e contraprestao pecuniria paga pela Administra-o, admitindo-se, tambm, o aporte de recursos pe-la Administrao destinado aos investimentos em obras e bens reversveis.

    (D) concesso de servios pblicos, ficando a Adminis-

    trao incumbida da cobrana de tarifa do usurio e auferindo a receita correspondente, remunerando-se o concessionrio mediante a contraprestao pecu-niria a cargo da Administrao em montante sufi-ciente para assegurar o equilbrio econmico-finan-ceiro do contrato.

    (E) parceria pblico-privada, tendo por objeto exclusiva-

    mente a execuo das obras necessrias, com pa-gamento pela Administrao de aporte de recursos de forma compatvel com os investimentos realiza-dos em bens reversveis.

    29. Em determinado Municpio, consrcio de empresas pri-vadas permissionrio de servios pblicos de transporte de passageiros passou a prestar os servios de forma deficiente, desrespeitando as condies determinadas pe-lo Poder Concedente em relao frota disponvel, regu-laridade de viagens e ndices de conforto. O consrcio ale-gou que a tarifa cobrada dos usurios, fixada pelo Poder Concedente, estaria defasada, sendo esta a razo da deteriorao da qualidade do servio. De acordo com as disposies legais aplicveis, o Poder Concedente possui a prerrogativa de

    (A) decretar a caducidade do contrato, assumindo os servios para reestabelecer as condies de regula-ridade e qualidade necessrias, mediante prvia in-denizao ao consrcio.

    (B) decretar a interveno na permisso, com vistas a apurar a efetiva necessidade de reequilbrio econ-mico-financeiro do contrato.

    (C) rescindir a permisso, mediante prvia indeniza-o pelos investimentos no amortizados, descon-tadas as multas eventualmente aplicadas ao con-srcio.

    (D) revogar a permisso, que possui carter precrio, e delegar a prestao dos servios a outro consrcio, mediante concesso ou permisso, sempre com pr-via licitao.

    (E) decretar a encampao, em face do reiterado des-cumprimento das condies do contrato, retomando a prestao direta dos servios.

    _________________________________________________________

    30. Em funo do agravamento da crise hdrica, determina-do Estado necessita construir obras de transposio de guas de bacia hidrogrfica localizada na divisa de seu territrio para reservatrio na rea metropolitana. Obje-tivando concluir o procedimento licitatrio e as obras pro-priamente ditas no menor prazo possvel, cogita adotar o Regime Diferenciado de Contrataes Pblicas RDC, disciplinado pela Lei federal no 12.462/2011 e alteraes posteriores. Referida alternativa afigura-se juridicamente

    (A) vivel, desde que comprovado o relevante interesse pblico ou imperativo de segurana nacional, com a necessria aprovao pela Unio do objeto licitado.

    (B) vivel, desde que comprovado o carter emergencial da contratao, mediante a prvia declarao de si-tuao de calamidade pblica, na forma da lei.

    (C) invivel, eis que o RDC aplicvel exclusivamente s licitaes e contratos necessrios aos Jogos Olmpicos e Paraolmpicos de 2016 e Copa do Mun-do Fifa 2014, definidos pelas respectivas autorida-des.

    (D) invivel, eis que o RDC aplicvel somente a lici-taes para contratos a serem celebrados pela Unio e entidades da Administrao Pblica fede-ral.

    (E) vivel, desde que a licitao e a contratao em questo correspondam a aes inseridas no Progra-ma de Acelerao do Crescimento PAC.

    Caderno de Prova A01, Tipo 004

  • 10 CNMPD-Analista-Direito-A01

    31. Determinado rgo pblico pretende contratar servios tcnicos especializados de engenharia, para elaborao de projeto bsico para uma obra de considervel comple-xidade tcnica que pretende realizar. De acordo com as disposies da Lei no 8.666/1993, para contratao do referido projeto (A) poder ser adotada a modalidade empreitada inte-

    gral, na qual o projeto bsico pode ficar a cargo da empresa contratada para a execuo da obra.

    (B) a correspondente licitao poder ser do tipo me-

    lhor tcnica ou tcnica e preo, dada a natureza pre-dominantemente intelectual dos servios contrata-dos.

    (C) ser inexigvel prvia licitao, por se tratar de servi-

    os tcnico especializados, ainda que no sejam de natureza singular.

    (D) poder ser dispensada a licitao, se comprovada a

    notria especializao do contratado. (E) ser necessrio o prvio procedimento licitatrio, ado-

    tando-se, obrigatoriamente, a modalidade concorrn-cia.

    _________________________________________________________ 32. O proprietrio de um imvel vizinho a edifcio tombado em

    razo de seu valor histrico pretende construir mais um pavimento, o que, contudo, impedir a visibilidade do bem tombado. De acordo com a legislao federal que rege a matria, esse proprietrio (A) no possui qualquer impedimento para edificar, sal-

    vo se instituda servido administrativa sobre seu imvel.

    (B) somente estar impedido de realizar a obra na hip-

    tese de seu imvel tambm ser tombado. (C) ter direito a indenizao por desapropriao indi-

    reta, na hiptese de ser impedido de realizar a obra pretendida.

    (D) somente estar impedido de realizar a obra se o seu

    imvel for declarado acessrio no processo de tombamento do imvel vizinho, de acordo com os limites de tal declarao.

    (E) no poder realizar a obra, sem prvia autorizao

    do Servio do Patrimnio Artstico e Histrico Na-cional, sob pena de ser mandada remover a obra, sem prejuzo de eventual imposio de multa.

    _________________________________________________________ 33. De acordo com a Lei federal no 11.107/2005, que dispe

    sobre a contratao de consrcios pblicos para a rea-lizao de objetivos de interesse comum entre entes da Federao, (A) nula a clusula do contrato de consrcio que

    preveja transferncia ou cesso de direitos operadas por fora da gesto associada de servios pblicos.

    (B) as despesas realizadas com recursos entregues aos

    consrcios por meio do contrato de rateio somente sero contabilizadas nas contas dos respectivos en-tes consorciados em se tratando de despesas de pessoal.

    (C) os agentes pblicos incumbidos da gesto de con-

    srcios respondero pessoalmente pelas obrigaes contradas pelo consrcio de que participem.

    (D) o contrato de programa continuar em vigor mesmo

    quando extinto o consrcio pblico ou o convnio de cooperao que autorizaram a gesto associada.

    (E) as normas de direito financeiro aplicveis s entida-

    des pblicas aplicam-se aos consrcios pblicos ape-nas em carter subsidirio, no alcanando a execu-o de receitas e despesas.

    34. Determinado cidado solicitou perante empresa estatal, com base na legislao federal que disciplina o acesso informao (Lei federal no 12.527/2011), relao dos contratos celebrados pela empresa nos ltimos 5 anos, bem como esclarecimentos quanto existncia ou no de prvio procedimento licitatrio e dos pagamentos realiza-dos. De acordo com a referida legislao, as informaes requeridas (A) no sero disponibilizadas quando, no perodo abran-

    gido, j tenham sido objeto de publicao nos ve-culos oficiais.

    (B) devero ser disponibilizadas, observando-se, se

    houver, sigilo relativo a segredo industrial decorrente da explorao direta de atividade econmica pela estatal.

    (C) devero ser disponibilizadas, excetuadas aquelas

    que digam respeito a pagamentos a particulares, eis que protegidas pelo sigilo fiscal.

    (D) podero ser negadas, a critrio da autoridade com-

    petente, caso vislumbre razes de interesse pblico ou segurana nacional pertinentes e suficientes para manter o carter reservado.

    (E) somente devero ser disponibilizados na medida do

    legtimo interesse do requerente, devidamente justifi-cado.

    _________________________________________________________

    Direito Processual Civil

    35. Segundo as regras da publicidade dos atos processuais, a consulta dos autos em cartrio, de processo que no tramite em segredo de justia (A) restrita a qualquer das partes e seus procurado-

    res. (B) s pode ser deferida, para quem no for parte ou

    advogado, pelo juiz. (C) permitida a qualquer pessoa, inclusive da impren-

    sa. (D) pode ser feita apenas por advogados, constitudos

    ou no por qualquer das partes. (E) no pode ser deferida a terceiro sem interesse

    jurdico no processo. _________________________________________________________

    36. Em relao produo de prova documental em lngua estrangeira, correto afirmar: (A) O juiz poder dispensar a traduo para o vernculo,

    quando tiver proficincia na lngua estrangeira em que redigido o documento.

    (B) S poder ser juntado aos autos documento redigido

    em vernculo. (C) Cpia de obra jurdica ou parecer jurdico em lngua

    estrangeira tambm est sujeito a traduo. (D) Para produzir efeito em juzo no necessria a ins-

    crio, no registro pblico, de documentos de pro-cedncia estrangeira, autenticados por via consular.

    (E) Poder ser juntado aos autos documento estrangeiro

    vertido para o vernculo por qualquer meio, inclusive eletrnico.

    Caderno de Prova A01, Tipo 004

  • CNMPD-Analista-Direito-A01 11

    37. Considere: I. O dbito alimentar que autoriza a priso civil do ali-

    mentante o que compreende as trs prestaes anteriores ao ajuizamento da ao e as que se ven-cerem no curso do processo.

    II. A priso civil do devedor de alimentos pode ser

    decretada, de ofcio, pelo juiz. III. A concesso de efeito suspensivo aos embargos do

    executado impedir a efetivao dos atos de pe-nhora e de avaliao dos bens.

    IV. Nos embargos execuo contra a Fazenda Pbli-

    ca, considera-se inexigvel o ttulo judicial fundado em lei ou ato normativo declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal.

    Est correto o que se afirma APENAS em

    (A) III e IV. (B) I e II. (C) I e III. (D) I e IV. (E) II e III.

    _________________________________________________________ 38. A apelao

    (A) ser recebida em seu duplo efeito quando interposta

    contra sentena que confirmar a antecipao dos efeitos da tutela.

    (B) interposta em seu prazo regular deve ser conhecida

    como agravo, inocorrendo erro grosseiro, em razo do princpio da fungibilidade dos recursos.

    (C) devolve ao tribunal a necessidade de julgamento

    desde logo da lide mesmo nos casos de extino do processo sem julgamento do mrito.

    (D) deve ser conhecida mesmo que apresentada sem

    razes, discorrendo sobre os fundamentos de fato e de direito.

    (E) devolve ao tribunal o conhecimento de todas as

    questes suscitadas e discutidas no processo, ainda que no apreciadas por inteiro pela sentena.

    _________________________________________________________ 39. Na conduo da instruo processual, o juiz

    (A) poder dispensar prova pericial quando as partes,

    na inicial e na contestao, apresentarem sobre as questes de fato pareceres tcnicos ou documentos elucidativos que considerar suficientes.

    (B) no poder ordenar, de ofcio, a inquirio de teste-

    munhas no arroladas pelas partes. (C) da causa quando arrolado como testemunha manda-

    r, incontinenti, excluir o seu nome do rol apresen-tado.

    (D) indeferir a percia nas hipteses em que a prova do

    fato no depender do conhecimento especial de tcnico, for desnecessria em vista de outras provas produzidas; disponha de conhecimentos tcnicos e cientficos para decidir a lide.

    (E) interrogar a testemunha sobre os fatos articulados,

    cabendo, primeiro parte contrria e depois parte que a arrolou, formular perguntas tendentes a escla-recer ou completar o depoimento.

    40. Considere: I. O ato administrativo geral, abstrato e impessoal no

    enseja mandado de segurana. II. Controvrsia sobre matria de direito no impede a

    concesso de mandado de segurana. III. A complexidade dos fatos exclui por si s o cami-

    nho do mandado de segurana. IV. Cabe a concesso de segurana com base em fun-

    damento de direito no alegado na inicial, por ser aplicvel o princpio jura novit curia.

    Est correto o que se afirma APENAS em

    (A) II e III. (B) III e IV. (C) I e IV. (D) I e III. (E) I e II.

    _________________________________________________________

    41. No mbito do mandado de segurana coletivo, (A) a impetrao por entidade de classe em favor dos

    associados depende de autorizao destes. (B) a entidade de classe tem legitimao ainda quando

    a pretenso veiculada interesse apenas uma parte da respectiva categoria.

    (C) uma associao de Municpios tem legitimidade

    ativa para, em nome prprio, ajuiz-lo em defesa dos Municpios que represente.

    (D) os partidos polticos tm legitimidade para impe-

    tr-lo contra ato de autoridade que ilegalmente faa exigncia tributria indevida.

    (E) o Estado-membro tem legitimidade ativa para pro-

    p-lo contra ato de autoridade federal. _________________________________________________________

    Direito Penal e Direito Processual Penal

    42. Para fins da contagem do prazo no Cdigo Penal,

    (A) o dia do comeo inclui-se no cmputo do prazo.

    Contam-se as horas, os dias, os meses e os anos. (B) no se computar no prazo o dia do crime, incluin-

    do-se, porm, o do resultado. (C) o dia do comeo e do vencimento devero estar

    expressamente previstos em face do princpio da reserva legal.

    (D) o dia do comeo inclui-se no cmputo do prazo.

    Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calen-drio comum.

    (E) no se computar no prazo o dia do comeo, in-

    cluindo-se, porm, o do vencimento.

    Caderno de Prova A01, Tipo 004

  • 12 CNMPD-Analista-Direito-A01

    43. Poder o juiz substituir a priso preventiva pela domiciliar quando o agente for I. maior de 80 anos. II. extremamente debilitado por motivo de doena grave ou quando for pessoa com deficincia. III. imprescindvel aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 anos de idade ou com deficincia. IV. gestante a partir do stimo ms de gravidez ou sendo esta de alto risco. Est correto o que se afirma APENAS em

    (A) I e III. (B) I, III e IV. (C) II e IV. (D) I, II e III. (E) I, II e IV.

    44. No concurso de pessoas,

    (A) no se comunicam as circunstncias e as condies de carter pessoal, salvo quando elementares do crime. (B) o ajuste, a determinao ou instigao e o auxlio, salvo disposio expressa em contrrio, no so punveis, se o crime

    no chega a ser consumado. (C) se a participao for de menor importncia, a pena pode ser diminuda at metade. (D) se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe- aplicada a pena deste, essa pena ser

    aumentada de 1/3 a 2/3, na hiptese de ter sido previsvel o resultado mais grave. (E) quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua periculosidade.

    45. Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimnio ou interesse da Unio, Estado e Municpio, a ao penal

    ser

    (A) pblica condicionada representao da pessoa jurdica de direito pblico. (B) privada. (C) pblica. (D) pblica condicionada requisio do Ministro da Justia. (E) privada subsidiria da pblica.

    46. A prescrio, antes de transitar em julgado a sentena final, comea a correr do dia em que

    (A) a vtima completar dezoito anos, nos crimes contra a dignidade sexual de crianas e adolescentes. (B) for revogada a suspenso condicional do processo ou a liberdade provisria. (C) cessar os atos preparatrios, no caso de tentativa. (D) o crime foi praticado. (E) for interrompida a execuo provisria da pena.

    47. A conduta de lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem discernimento de seus atos, sem a devida representao legal,

    pode ser definida como crime

    (A) crime prprio cuja ao penal pblica. (B) crime formal cuja ao penal depende de representao. (C) crime unissubsistente cuja ao penal privada. (D) crime plurissubjetivo cuja ao penal condicionada representao. (E) crime material cuja ao penal pblica condicionada.

    48. Faz coisa julgada no cvel a sentena penal que reconhecer ter sido o ato praticado

    (A) em legtima defesa, em estrito cumprimento de dever legal, no exerccio regular de direito ou por erro determinado por

    terceiro. (B) em estado de necessidade, em estrito cumprimento de dever legal, por erro sobre a pessoa ou no exerccio regular de

    direito. (C) em estrito cumprimento de dever legal, legtima defesa, no exerccio regular de direito ou mediante coao irresistvel. (D) mediante erro sobre a ilicitude do fato, em estado de necessidade, em legtima defesa, em estrito cumprimento de dever

    legal ou mediante obedincia hierrquica. (E) em estado de necessidade, em legtima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exerccio regular de direito.

    Caderno de Prova A01, Tipo 004

  • CNMPD-Analista-Direito-A01 13

    Direitos Difusos e Coletivos

    49. Considere as seguintes proposies: I. Constitui pressuposto material ou substancial para

    a instaurao do inqurito civil a existncia de um fato determinado.

    II. As recomendaes substituem o termo de ajusta-

    mento de conduta nas hipteses em que o investi-gado pessoa jurdica de direito pblico.

    III. Em razo de seu carter inquisitorial o inqurito civil

    no deve obedincia ao princpio da transparncia administrativa.

    IV. O inqurito civil pode ser instaurado tambm a par-

    tir de informaes verbais ou de manifestao annima.

    Est correto o que se afirma APENAS em

    (A) II e IV. (B) I e IV. (C) I e III. (D) I e II. (E) II e III.

    _________________________________________________________ 50. Considere as seguintes proposies: I. A concluso de um inqurito civil ocorre pelo seu

    arquivamento ou propositura de ao civil pblica, depende de deciso fundamentada do membro do Ministrio Pblico e deve ocorrer impreterivelmente no prazo de 1 ano.

    II. O rgo de reviso competente para homologar a

    promoo de arquivamento do inqurito civil, pode-r converter o julgamento em diligncia para a rea-lizao de novos atos instrutrios imprescindveis sua deciso, indicando de forma expressa as di-ligncias necessrias.

    III. Ser pblica a sesso do rgo revisor e, na hip-

    tese de converso do julgamento em diligncia, o rgo revisor designar membro do Ministrio P-blico que ir atuar nas diligncias determinadas.

    IV. As disposies acerca do arquivamento de inqu-

    rito civil ou procedimento preparatrio tambm se aplicam hiptese em que estiver sendo investi-gado mais de um fato lesivo e a ao civil pblica proposta somente se relacionar a um ou a algum deles.

    Est correto o que se afirma APENAS em

    (A) II e IV. (B) I e IV. (C) I e III. (D) I e II. (E) II e III.

    51. Considere as seguintes proposies:

    I. Ainda quando os interesses e direitos individuais disponveis coletivamente considerados tragam re-percusso social apta a transpor as pretenses par-ticulares, no est autorizado o Ministrio Pblico a tutel-los pela via coletiva.

    II. O Ministrio Pblico tem legitimidade ad causam

    para propor ao civil pblica com a finalidade de defender interesses coletivos e individuais homo-gneos dos muturios do Sistema Financeiro da Habitao.

    III. O art. 16 da LACP encontra aplicao naquelas aes

    civis pblicas que envolvam direitos individuais homogneos, nicos a admitir, pelo seu carter divisvel, a possibilidade de decises eventualmen-te distintas, ainda que no desejveis, para os titu-lares dos direitos autnomos, embora homogneos.

    IV. firme a orientao no sentido da ilegitimidade do

    Ministrio Pblico para propor ao civil pbli-ca com objetivo tipicamente tributrio, inclusive pa-ra questionar acordo firmado entre o contribuinte e o Poder Pblico para pagamento de dvida tribu-tria, tendo em vista o disposto no pargrafo nico do artigo 1o da Lei da Ao Civil Pblica, e porque o contribuinte no se confunde com o consumidor.

    Est correto o que se afirma APENAS em

    (A) II e IV. (B) I e IV. (C) I e III. (D) I e II. (E) II e III.

    _________________________________________________________

    52. Nas aes civis pblicas, a (A) preveno institui um juzo universal para quaisquer

    outras aes posteriormente intentadas que pos-suam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto.

    (B) competncia relativa e ser determinada pelo foro

    do domiclio do ru. (C) preveno determinada somente pela citao vlida. (D) preveno determinada pela simples propositura

    da ao. (E) competncia territorial e ser determinada pela

    preveno. _________________________________________________________

    53. A poltica nacional do idoso reger-se- pelos seguintes princpios: (A) Priorizao do atendimento ao idoso atravs de suas

    prprias famlias, em detrimento do atendimento asi-lar, exceo dos idosos que no possuam con-dies que garantam sua prpria sobrevivncia.

    (B) Descentralizao poltico-administrativa. (C) O processo de envelhecimento diz respeito socie-

    dade em geral, devendo ser objeto de conhecimento e informao para todos.

    (D) Viabilizao de formas alternativas de participao,

    ocupao e convvio do idoso, que proporcionem sua integrao s demais geraes.

    (E) Participao do idoso, atravs de suas organizaes

    representativas, na formulao, implementao e avaliao de polticas, planos, programas e projetos a serem desenvolvidos.

    Caderno de Prova A01, Tipo 004

  • 14 CNMPD-Analista-Direito-A01

    54. Na ao popular correto afirmar que

    (A) a sentena estar sempre sujeita a reexame obri-gatrio.

    (B) se pode impugnar ato administrativo e lei de efeito

    concreto. (C) o Ministrio Pblico no pode aditar a inicial. (D) vivel a tutela e a defesa do consumidor em razo

    do princpio da integratividade do microssistema pro-cessual coletivo.

    (E) a proposta contra o Presidente da Repblica a com-

    petncia originria do STF. _________________________________________________________ 55. Segundo as regras do Cdigo de Defesa do Consumidor

    sobre a qualidade de produtos e servios, a preveno e a reparao de danos, a responsabilidade

    (A) do fornecedor de servios, pela reparao dos da-

    nos causados aos consumidores por defeitos rela-tivos prestao dos servios, ser apurada me-diante a verificao de culpa.

    (B) pessoal dos profissionais liberais ser apurada me-diante a verificao de culpa.

    (C) pela reparao dos danos causados aos consumi-dores por defeitos decorrentes de projeto, fabrica-o, construo, montagem, frmulas, manipulao, apresentao ou acondicionamento de seus produ-tos independe da existncia de culpa, mas no abrange todas as vtimas do evento.

    (D) do fabricante, do produtor, do construtor nacional ou estrangeiro e do importador pela reparao dos danos causados aos consumidores subsidiria ao do comerciante ou prestador direto do servio.

    (E) do comerciante independe de culpa, somente na hi-ptese de no conservar adequadamente os pro-dutos perecveis.

    _________________________________________________________

    Regime Jurdico do Ministrio Pblico

    56. So princpios institucionais do Ministrio Pblico da Unio:

    (A) Zelar pela observncia dos princpios constitucio-

    nais e pela tutela constitucional do cidado.

    (B) Zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Pblicos da Unio e pelos servios de relevncia pblica.

    (C) A unidade, a indivisibilidade e a independncia fun-cional.

    (D) A legalidade, a impessoalidade, a moralidade e a pu-blicidade dos seus atos.

    (E) A defesa da ordem jurdica, do regime democrtico, dos interesses sociais e dos interesses individuais indisponveis.

    57. Nos termos do Regimento Interno do Conselho Nacional do Ministrio Pblico, deve ser autuada como nota tcnica (A) os documentos destinados a estudo, manifestao

    ou desenvolvimento de atividades especficas rela-cionadas s competncias das comisses do Conselho.

    (B) os anteprojetos de lei encaminhados ao Conselho,

    para manifestao. (C) as dvidas suscitadas, presentes o interesse e a re-

    percusso gerais, sobre a aplicao de dispositivos legais e regimentais concernentes matria de com-petncia do Conselho.

    (D) a solicitao de manifestao do entendimento do

    Conselho em determinado assunto ou documento, para divulgao pblica ou encaminhamento a rgo da Administrao.

    (E) as deliberaes do Conselho que contenham de-

    terminaes. _________________________________________________________

    58. O Ministrio Pblico da Unio compreende: I. o Ministrio Pblico Federal e de Contas. II. o Ministrio Pblico do Trabalho. III. o Ministrio Pblico Militar. IV. o Ministrio Pblico do Distrito Federal e Territrios. Est correto o que se afirma APENAS em

    (A) I, II e III. (B) II e IV. (C) II, III e IV. (D) I, II e IV. (E) I, III e IV.

    _________________________________________________________

    59. Nos Estados, so rgos de execuo do Ministrio P-blico:

    (A) o Procurador-Geral de Justia, o Conselho Superior

    do Ministrio Pblico e os Promotores de Justia. (B) o Procurador-Geral de Justia, os Procuradores de

    Justia e os Promotores de Justia. (C) o Procurador-Geral de Justia, o Conselho Superior

    do Ministrio Pblico, os Procuradores de Justia e os Promotores de Justia.

    (D) somente os Procuradores de Justia e os Promo-

    tores de Justia. (E) a Corregedoria-Geral do Ministrio Pblico, os

    Procuradores de Justia e os Promotores de Justia. _________________________________________________________

    60. Os membros do Ministrio Pblico brasileiro tm as se-guintes garantias: (A) vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de

    vencimentos proporcional ao tempo de servio. (B) estabilidade, inamovibilidade do cargo e subsdio

    proporcional ao dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.

    (C) apenas, vitaliciedade e inamovibilidade. (D) vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de

    subsdios. (E) apenas, estabilidade e inamovibilidade.

    Caderno de Prova A01, Tipo 004

  • CNMPD-Analista-Direito-A01 15

    DISSERTATIVA TEMA JURDICO

    Ateno: Conforme Edital do Concurso, Captulo IX, itens: 9.8 Ser atribuda nota ZERO Prova Dissertativa Tema Jurdico nos seguintes casos:

    9.8.1 fugir ao tema proposto; 9.8.2 estiver em desacordo com as especificaes fornecidas para a elaborao da resposta; 9.8.3 apresentar textos sob forma no articulada verbalmente (apenas com desenhos, nmeros e palavras soltas ou em versos) ou qualquer fragmento de texto escrito fora do local apropriado; 9.8.4 for assinada fora do local apropriado; 9.8.5 apresentar qualquer sinal que, de alguma forma, possibilite a identificao do candidato; 9.8.6 estiver em branco; 9.8.7 apresentar letra ilegvel e/ou incompreensvel.

    9.9 A folha para rascunho no Caderno de Provas de preenchimento facultativo. Em hiptese alguma o rascunho elaborado pelo candidato ser considerado na correo da Prova Dissertativa Tema Jurdico pela Banca Examinadora.

    Instrues: NO necessria a colocao de Ttulo na Prova Dissertativa Tema Jurdico.

    Tendo por base, e como ponto de partida, a Constituio da Repblica Federativa do Brasil, analise as funes do Ministrio Pblico: elencando as funes penais, cveis e administrativas.

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