Prova de Direito CFO PMBA 2010 Resolvida - Blog Abordagem Policial

Embed Size (px)

Citation preview

  • [email protected]

    Escrito por: Vitor Peralva Santos

    RESOLUO DA PROVA DOCONCURSO DE ADMISSSO AOCURSO DE FORMAO DEOFICIAIS (CFOPM) 2010Disciplina: Noes de Direito

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 1

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    SumrioPalavras Iniciais ............................................................................................................................. 2Questo 56 .................................................................................................................................... 3Questo 57 .................................................................................................................................... 7Questo 58 .................................................................................................................................. 11Questo 59 .................................................................................................................................. 17Questo 60 .................................................................................................................................. 21Questo 61 .................................................................................................................................. 32Questo 62 .................................................................................................................................. 36Questo 63 .................................................................................................................................. 37Questo 64 .................................................................................................................................. 41Questo 65 .................................................................................................................................. 45Questo 66 .................................................................................................................................. 46Questo 67 .................................................................................................................................. 47Questo 68 .................................................................................................................................. 54Questo 69 .................................................................................................................................. 58Questo 70 .................................................................................................................................. 66Quadro Comparativo................................................................................................................... 71

    Distribuio das Questes Por Disciplina................................................................................ 71Questes Sem Comentrios ........................................................................................................ 72Gabarito Vasado.......................................................................................................................... 78Gabarito Oficial ........................................................................................................................... 79Referncias Bibliogrficas ........................................................................................................... 80

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 2

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Palavras Iniciais

    Ol Pessoal!!!

    Desta vez trago para vocs a resoluo da Prova da disciplina Noes de Direitodo Concurso Pblico para o CFOPM do ano de 2010.

    A prova do ano de 2010 foi muito semelhante prova de 2009, ou seja, requereumuita memorizao, mas ambas se diferenciam da prova de 2011, que trouxe situaesmais prticas. Por este motivo, procurei trazer exemplos nos diversos institutosanalisados, para tentar apresentar possveis situaes que podem ser questionadas emprovas futuras.

    Queria dizer que fiquei feliz com os elogios recebidos, isso sempre um novo gspara quem gosta de ensinar. Porm, queria dizer que o canal aberto tambm a crticase sugestes. Vocs podem ficar tranquilos quanto a isso, OK?

    O meu objetivo ir melhorando aos poucos e ajudar vocs a passarem por umprocesso semelhante, s que com o conhecimento da matria.

    O e-mail para contato : [email protected] fim, apesar da mudana no estilo da prova, conhecer os textos legais ainda

    importante, logo, fica como sugesto, que vocs baixem a Constituio em udiodisponvel no site da Cmara dos Deputados e gravem num CD, no seu MP3, MP4, etc.para poderem ouvir no trnsito, durante suas caminhadas ou em qualquer momento emque voc no possa estudar por material escrito, mas possa ouvir algo. Segue o site:

    http://www2.camara.leg.br/responsabilidade-social/acessibilidade/constituicaoaudio.html/constituicao-federal/constituicao-federal

    Bons Estudos!!!

    1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 3

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Questo 56

    A Constituio Federal dispe de quatro incisos, nos quais se encontram osobjetivos fundamentais da Repblica Federativa do Brasil.

    Assim sendo, pode-se destacar como objetivo fundamental01) promover a paz social.02) designar dia e hora para realizao das reunies do Congresso Nacional.03) facilitar a todo cidado, por todos os meios possveis, o acesso aos cargos e

    funes pblicas.04) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raa, sexo, cor, idade

    e quaisquer outras formas de discriminao.05) permitir que cada cidado exera as suas atividades independente de qualquer

    interferncia governamental.

    Classificao:

    Disciplina Direito ConstitucionalPonto do Edital 2. Dos Princpios Fundamentais

    Resoluo:

    Falou em objetivos fundamentais da Repblica Federativa do Brasil,automaticamente deve vir a sua cabea de concurseiro o art. 3 da Constituio Federal.Vamos relembr-lo:

    Art. 3 Constituem objetivos fundamentais da RepblicaFederativa do Brasil:

    I - construir uma sociedade livre, justa e solidria;II - garantir o desenvolvimento nacional;III - erradicar a pobreza e a marginalizao e reduzir as

    desigualdades sociais e regionais;IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,

    raa, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminao.

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 4

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    natural que questes de prova tentem lhe confundir misturando nas alternativasos fundamentos, previstos no art. 1, os objetivos, previstos no art. 3, e os princpiosnas relaes internacionais, previstos no art. 4.

    Uma boa dica, que posso lhe repassar, que voc deve observar que objetivos sometas, algo que se deve fazer, se deve alcanar, ou seja, so aes.

    Aes, na nossa lngua portuguesa, podem ser associadas ao que?Exatamente. Verbos.

    Vamos olhar s a primeira palavra de cada comando dos incisos do art. 3:

    I CONSTRUIRII GARANTIRIII ERRADICAR / REDUZIRIV PROMOVER

    Percebeu?Todas so verbos no infinitivo.Agora, se compararmos com as previses do art. 1 e 4 veremos que elas no

    trazem verbos em seus enunciados.

    verdade que o examinador, talvez j conhecendo este macete, trouxe todas asalternativas iniciadas por verbo.

    O conhecimento do artigo acima transcrito, no entanto, j nos revelaria que onosso gabarito seria a alternativa 04. No entanto, o nosso objetivo no s saber aresposta correta, se assim o fosse, bastaria uma simples consulta ao gabarito, mas simcompreender o que afirmado em cada alternativa para entender os motivos de seuacerto ou erro.

    Ento, vamos analisar cada uma das alternativas para entendermos o nossogabarito.

    Alternativa 01 promover a paz social

    Esta pode ser considerada uma pegadinha do examinador.

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 5

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    A Constituio Federal s usa a expresso paz social no caput do art. 136 aotratar do Estado de Defesa:

    Art. 136. O Presidente da Repblica pode, ouvidos o Conselhoda Repblica e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado dedefesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locaisrestritos e determinados, a ordem pblica ou a paz social ameaadaspor grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas porcalamidades de grandes propores na natureza.

    (...)

    Talvez o objetivo fosse lhe confundir com um dos princpios aplicveis srelaes internacionais, mais especificamente com a defesa da paz, prevista no inciso VIdo art. 4 da Constituio.

    verdade que a paz social atingida por meio da realizao dos objetivos daRepblica, mas no isto que a questo quer.

    Veja que ela comea dizendo que os objetivos se encontram em 4 (quatro) incisose depois pergunta um dos objetivos. Por bvio a questo quer uma resposta literal, noacha?

    Vamos analisar as demais alternativas?

    Alternativa 02 designar dia e hora para realizao das reunies doCongresso Nacional

    Pense bem. Ser que isso seria um objetivo da Repblica?Obviamente que no. O Brasil deve se preocupar com coisas grandes e no com

    picuinhas, coisas pequenas, at eu ou voc poderamos realizar um ato desses.Na realidade, esta uma funo do Presidente do Senado Federal, conforme se

    pode verificar do teor do art. 2 do Regimento Comum (Resoluo do CongressoNacional n 1/1970):

    Art. 2 As sesses que no tiverem data legalmente fixadasero convocadas pelo Presidente do Senado ou seu Substituto, comprvia audincia da Mesa da Cmara dos Deputados.

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 6

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Logo, falsa a nossa alternativa.

    Alternativa 03 facilitar a todo cidado, por todos os meios possveis, o acessoaos cargos e funes pblicas

    Pense comigo:Se todo cidado tiver livre acesso aos cargos e funes pblicas, vamos ter uma

    espcie de socialismo, onde todos seriam funcionrios pblicos e no teramos iniciativaprivada.

    A questo ainda fala em todos os meios, o que poderia abranger, inclusive, aampliao do nmero de vagas de forma ilimitada, nica forma de todos se tornaremfuncionrios pblicos.

    Um absurdo, no verdade?O que a Constituio assegura que os cargos e funes pblicas so acessveis a

    todos aqueles que atenderem aos requisitos da lei, art. 37, inciso I da ConstituioFederal:

    I - os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aosbrasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assimcomo aos estrangeiros, na forma da lei; (Redao dada pela EmendaConstitucional n 19, de 1998)

    Esta uma das aplicaes do princpio da impessoalidade.Como se observa, no existe qualquer determinao para que seja facilitada a

    entrada no servio pblico, mas to somente que ele deve estar acessvel a todos quepreencham determinados requisitos.

    Assim, nossa alternativa, obviamente, est incorreta.

    Alternativa 04 promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raa,sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminao

    Eis o nosso gabarito. Tratar-se do inciso IV do art. 3. Pode conferir.

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 7

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Alternativa 05 permitir que cada cidado exera as suas atividadesindependente de qualquer interferncia governamental

    O exerccio das profisses tratado no inciso XIII do art. 5 da ConstituioFederal:

    XIII - livre o exerccio de qualquer trabalho, ofcio ouprofisso, atendidas as qualificaes profissionais que a leiestabelecer;

    Pela sua localizao j encontramos o primeiro problema da alternativa, no setrata de objetivo fundamental, mas de direito individual.

    Alm disso, o Estado pode interferir no exerccio das profisses atravs doestabelecimento de certos requisitos. o que ocorre com o advogado.

    Para o exerccio da advocacia, dentre outros requisitos, necessria a graduaoem Direito e a aprovao no Exame de Ordem promovido pela Ordem dos Advogadosdo Brasil (OAB).

    Logo, alternativa falsa.

    Gabarito Alternativa 04

    Questo 57

    A Cmara de Deputados e o Senado Federal, juntos, compem01) o Congresso Nacional.02) a Assembleia Legislativa.03) a Assembleia Constituinte.04) a Cmara de Defesa Nacional.05) o rgo de Defesa dos Direitos dos Cidados Consumidores.

    Classificao:

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 8

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Disciplina Direito ConstitucionalPonto do Edital 5.1.1 Do Congresso Nacional

    Resoluo:

    Na Repblica Federativa do Brasil, os diversos entes polticos que a compempossuem autonomia para se organizarem, inclusive, com a edio normas legais pararegulao de assuntos de seu interesse. Este papel tipicamente realizado pelo PoderLegislativo.

    No mbito federal, o Poder Legislativo corresponde ao Congresso Nacional, oqual formado por 2 (duas) casas legislativas, a saber, a Cmara dos Deputados e oSenado Federal. Assim, na Unio, observamos o fenmeno do bicameralismo, ou seja, aexistncia de 2 (duas) casas legislativas.

    J no mbito dos Estados, Municpios e do Distrito Federal, estes entes possuemapenas uma nica casa legislativa, ou seja, ocorre o unicameralismo, que recebe umnome prprio.

    Vamos buscar esquematizar estas informaes:

    Chamo a ateno para o caso particular do Distrito Federal.

    UNIO

    ESTADOS ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

    MUNICPIOS CMARA MUNICIPAL

    DISTRITO FEDERAL CMARA LEGISLATIVA

    CMARA DOS DEPUTADOS

    SENADO FEDERALCONGRESSONACIONAL

    UNICAMERALISMO

    BICAMERALISMO

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 9

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    O nome de sua casa legislativa diferente da dos Estados e diferente da dosMunicpios, mas traz um pouco de cada. Podemos associar isso condio de entehbrido que este ente possui, acumulando competncias dos Estados e do Municpio.

    Podemos observar que a formao de sua nomenclatura ocorre da seguinte forma:

    Obs.: A Cmara Legislativa do DF tambm conhecida popularmente comoCmara Distrital e a Cmara Municipal como Cmara dos Vereadores, ento, podemconsiderar estas expresses como sinnimas, OK?

    Conhecendo as diversas casas legislativas, fica fcil resolvermos a questo.Analisemos as alternativas:

    Alternativa 01 o Congresso Nacional.

    Logo de cara, o nosso gabarito. No mbito da Unio, o Poder Legislativo exercido pelo Congresso Nacional, o qual formado pela Cmara dos Deputados eSenado Federal.

    Alternativa 02 a Assembleia Legislativa.

    Conforme vimos em nosso esquema, a Assembleia Legislativa rgo derepresentao do Poder Legislativo nos Estados. E no o conjunto formado pela Cmarados Deputados e Senado Federal. Logo, alternativa incorreta.

    DISTRITOFEDERAL

    ASSEMBLEIA LEGISLATIVA CMARA MUNICIPAL

    CMARA LEGISLATIVA

    CMARA MUNICIPAL

    CMARA LEGISLATIVA CMARA DOS VEREADORES

    CMARA DISTRITAL

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 10

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Alternativa 03 a Assembleia Constituinte.

    Essa no aparece em nosso esquema, mas merece uma rpida explicao.Sabemos que todas as leis devem obedincia a Constituio, mas quem cria a

    Constituio?A Constituio representa a adoo de uma nova diretriz por um pas, no

    necessariamente se esquecendo de tudo o que j foi feito anteriormente, mas no sesubordinando a isso.

    Diz-se que o poder constituinte originrio possui poder ilimitado, no sesubordinando a nenhuma outra norma.

    S que quando a sociedade resolve de alguma forma romper com o ordenamentoanterior, com a edio de uma nova Constituio, necessrio que se escolham pessoaspara redigir este novo documento. Imagine a baguna que seria se tivssemos que ouvircada um dos brasileiros, votar cada artigo, inciso ou alnea com a participao de todos.

    Assim, ao grupo formado para elaborar e aprovar a Constituio, normalmente seatribui o nome de Assembleia Constituinte, que tambm muitas vezes referido comolegislador constituinte originrio.

    Se voc j leu o prembulo de nossa Constituio, teve ter percebido a presenadesta expresso:

    Ns, representantes do povo brasileiro, reunidos emAssemblia Nacional Constituinte para instituir um EstadoDemocrtico, destinado a assegurar o exerccio dos direitos sociais eindividuais, a liberdade, a segurana, o bem-estar, odesenvolvimento, a igualdade e a justia como valores supremos deuma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada naharmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional,com a soluo pacfica das controvrsias, promulgamos, sob aproteo de Deus, a seguinte CONSTITUIO DA REPBLICAFEDERATIVA DO BRASIL.

    S que sabemos que esta alternativa falsa, porque a Assembleia NacionalConstituinte encerrou os seus trabalhos l em 05/10/1988, quando da promulgao de

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 11

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    nossa Constituio e s teremos uma nova se quisermos romper com a atual e instituirum ordenamento, o que no deve ocorrer to cedo, OK?

    Prxima alternativa.

    Alternativa 04 a Cmara de Defesa Nacional.

    A nossa Constituio no traz previso de uma Cmara de Defesa Nacional, massim do Conselho de Defesa Nacional, l no art. 91.

    O que existe hoje a Cmara de Relaes Exteriores e Defesa Nacional (Creden)do Conselho de Governo, um rgo colegiado com diversas funes ligadas a relaoque o Brasil mantm com os demais pases com o objetivo de promover a defesanacional e o respeito aos direitos humanos.

    Para saber um pouco mais um pouco sobre o Creden, o que aconselho a s fazerdepois da prova, porque sei que tm muita coisa para estudar, acessem o link:

    http://geopr1.planalto.gov.br/saei/colegiado-e-grupos-de-trabalho/creden

    Alternativa 05 o rgo de Defesa dos Direitos dos Cidados Consumidores.

    A Constituio no traz previso de tal rgo. O que acontece que Lei n8.078/1990, Cdigo de Defesa do Consumidor, traz a previso de um Sistema Nacionalde Defesa do Consumidor, formado por diversos rgos dos entes federativos.

    Talvez o mais conhecido destes rgos, seja o Procon, que se encontra no mbitoestadual, mas isso nada tem haver com a Cmara dos Deputados e Senado Federal, queapenas editam normas relativas ao direito do consumidor, mas no realizam a defesadestes propriamente dita.

    Gabarito Alternativa 01

    Questo 58

    De acordo com a Constituio Federal e com referncia Segurana Pblica, correto afirmar:

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 12

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    01) A Polcia Federal tem responsabilidade especfica que no a SeguranaPblica.

    02) As Polcias Militares so auxiliares da Polcia Federal no exerccio daSegurana Pblica.

    03) As Polcias Militares e os Corpos de Bombeiros militares so rgos, tambm,responsveis pelo exerccio da segurana pblica.

    04) As Polcias Militares so setores exclusivos da administrao dos EstadosFederativos e no tm competncia para Segurana Pblica.

    05),. A Polcia Rodoviria Federal responsabiliza-se, exclusivamente, pelotrnsito de veculos pesados nas Rodovias Federais.

    Classificao:

    Disciplina Direito ConstitucionalPonto do Edital 6.3 Da Segurana Pblica

    Resoluo:

    Um dos artigos mais importantes para quem quer prestar o concurso para PolciaMilitar, sem sombra de dvidas, o art. 144 da Constituio Federal, que trata dasegurana pblica. Vamos record-lo?

    Art. 144. A segurana pblica, dever do Estado, direito eresponsabilidade de todos, exercida para a preservao da ordempblica e da incolumidade das pessoas e do patrimnio, atravs dosseguintes rgos:

    I - polcia federal;II - polcia rodoviria federal;III - polcia ferroviria federal;IV - polcias civis;V - polcias militares e corpos de bombeiros militares. 1 A polcia federal, instituda por lei como rgo permanente,

    organizado e mantido pela Unio e estruturado em carreira, destina-se a:" (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 13

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    I - apurar infraes penais contra a ordem poltica e social ouem detrimento de bens, servios e interesses da Unio ou de suasentidades autrquicas e empresas pblicas, assim como outrasinfraes cuja prtica tenha repercusso interestadual ouinternacional e exija represso uniforme, segundo se dispuser em lei;

    II - prevenir e reprimir o trfico ilcito de entorpecentes edrogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuzo da aofazendria e de outros rgos pblicos nas respectivas reas decompetncia;

    III - exercer as funes de polcia martima, aeroporturia e defronteiras; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de1998)

    IV - exercer, com exclusividade, as funes de polcia judiciriada Unio.

    2 A polcia rodoviria federal, rgo permanente, organizadoe mantido pela Unio e estruturado em carreira, destina-se, na formada lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. (Redaodada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)

    3 A polcia ferroviria federal, rgo permanente,organizado e mantido pela Unio e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferroviasfederais. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)

    4 - s polcias civis, dirigidas por delegados de polcia decarreira, incumbem, ressalvada a competncia da Unio, as funesde polcia judiciria e a apurao de infraes penais, exceto asmilitares.

    5 - s polcias militares cabem a polcia ostensiva e apreservao da ordem pblica; aos corpos de bombeiros militares,alm das atribuies definidas em lei, incumbe a execuo deatividades de defesa civil.

    6 - As polcias militares e corpos de bombeiros militares,foras auxiliares e reserva do Exrcito, subordinam-se, juntamentecom as polcias civis, aos Governadores dos Estados, do DistritoFederal e dos Territrios.

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 14

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    7 - A lei disciplinar a organizao e o funcionamento dosrgos responsveis pela segurana pblica, de maneira a garantir aeficincia de suas atividades.

    8 - Os Municpios podero constituir guardas municipaisdestinadas proteo de seus bens, servios e instalaes, conformedispuser a lei.

    9 A remunerao dos servidores policiais integrantes dosrgos relacionados neste artigo ser fixada na forma do 4 do art.39. (Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)

    Ele grandinho, verdade, mas de conhecimento essencial para a sua prova.Vejam que os rgos so 7 (sete):

    Destaque-se que a constituio de uma Guarda Municipal OPCIONAL para oMunicpio, logo, eles no esto obrigados a constiturem, eles PODEM, no devem, uma FACULDADE que eles tm, OK?

    Por isso coloquei o contorno diferente para voc lembrar deste detalhe.A questo no explora muito os rgos, mas especificamente os pargrafos do art.

    144. Vamos analisar as alternativas?

    RGOS DESEGURANAPBLICA

    POLCIA FEDERAL

    POLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    POLCIA FERROVIRIA FEDERAL

    POLCIAS CIVIS

    POLCIAS MILITARES

    CORPOS DE BOMBEIROS MILITARES

    GUARDAS MUNICIPAIS

    UNIO

    ESTADOS

    MUNICPIOS

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 15

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Alternativa 01 A Polcia Federal tem responsabilidade especfica que no aSegurana Pblica.

    Olhando para o 1 do art. 144 percebemos que todas as funes atreladas aPolcia Federal esto ligadas Segurana Pblica.

    No entanto, assim como os Poderes Executivo, Legislativo e Judicirio possuemfunes tpicas e atpicas, sabemos que a Polcia Federal realiza algumas atividades queno esto atreladas Segurana Pblica, como, por exemplo, a administrao de seupessoal.

    Apesar disso, esta no uma funo que especificada na Constituio, podemosdizer at que seria uma funo implcita que os rgos em geral tm para se organizarinternamente objetivando a consecuo de objetivos institucionais.

    No podemos dizer que a questo est totalmente errada, mas sempre temos queprocurar a alternativa mais correta, mais completa para assinalar, OK? Vamos emfrente?

    Alternativa 02 As Polcias Militares so auxiliares da Polcia Federal noexerccio da Segurana Pblica.

    Alternativa falsa. No 6 vimos que a Polcia Militar fora auxiliar doEXRCITO, o qual, inclusive, no faz parte do rol de rgos ligados seguranapblica, mas, eventualmente, pode auxiliar neste mister.

    Quer ver?Vamos dar uma olhada no caput do art. 142 da Constituio:

    Art. 142. As Foras Armadas, constitudas pela Marinha,pelo Exrcito e pela Aeronutica, so instituies nacionaispermanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e nadisciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da Repblica, edestinam-se defesa da Ptria, garantia dos poderesconstitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e daordem.

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 16

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Observou l na parte final?A garantia da lei e da ordem no atividade principal do Exrcito, mas sempre

    que sua atuao se fizer necessria, este pode ser requisitado para tal fim. o queaconteceu, por exemplo, no Rio de Janeiro na ocupao de diversas favelas e, neste anode 2012, em Salvador, durante a greve da PM.

    Alternativa 03 As Polcias Militares e os Corpos de Bombeiros militaresso rgos, tambm, responsveis pelo exerccio da segurana pblica.

    Verdadeira. Foi exatamente o que vimos em nosso esquema, as Polcias Militarese Corpos de Bombeiros Militares so 2 (dois) dos 7 (sete) rgos com funesdiretamente ligadas Segurana Pblica.

    Alternativa 04 As Polcias Militares so setores exclusivos daadministrao dos Estados Federativos e no tm competncia para SeguranaPblica.

    As Polcias Militares so as principais instituies ligadas a Segurana Pblica nombito dos Estados.

    o tipo de alternativa que pelo cotidiano j se sabe responder. aquelaalternativa para voc pensar:

    - Como besta este examinador, acha que eu vou cair nesta.S que no pode ficar muito tempo dando risada, ainda tem muitas questes para

    resolver, vamos em frente.

    Alternativa 05 A Polcia Rodoviria Federal responsabiliza-se,exclusivamente, pelo trnsito de veculos pesados nas Rodovias Federais.

    Ateno!!!! Cuidado com questes que apresentem expresses como nunca,jamais, todos, exclusivamente, somente. Ou seja, expresses generalizantes ou quereduzam a abrangncia das expresses, competncias ou responsabilidades.

    Do 2 do art. 144 fica claro que cabe a Polcia Rodoviria Federal opatrulhamento ostensivo das rodovias federais, ou seja, no se restringe somente aosveculos pesados como afirma a questo.

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 17

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    at ilgico, imagine:O policial rodovirio federal est l na estrada e passam diversos veculos em alta

    velocidade, ele vai multar s os veculos pesados, os veculos leves no, outra pessoavai ter que multar. Claro que no. Multa logo todo mundo, mas s quem tivercometendo infrao de trnsito, olhe l!!!

    Gabarito Alternativa 03

    Questo 59

    A manifestao unilateral de vontade da Administrao Pblica que, agindo nessaqualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir edeclarar direitos, ou impor obrigaes aos administrados ou a si prpria, denominadade

    01) poder administrativo.02) ato administrativo.03) funo administrativa.04) atribuio administrativa.05) capacidade administrativa.

    Classificao:

    Disciplina Direito AdministrativoPonto do Edital 3. Atos Administrativos

    Resoluo:

    Questo bem conceitual que apresenta o conceito de Ato Administrativoenunciado pelo ilustre professor Hely Lopes Meirelles.

    O ato administrativo uma manifestao unilateral de vontade da AdministraoPblica e nesse ponto se diferencia do contrato administrativo, onde existe umaconjugao de vontades.

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 18

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Exemplo: Se o Estado tiver um imvel para alugar e voc quiser alug-lo, se terque celebrar um contrato entre voc e o Estado, ou seja, ambos vo manifestar o seuinteresse por meio da celebrao do contrato.

    Diferentemente, na aplicao de uma multa, o administrado (as pessoas em geral)no manifesta qualquer tipo de vontade em ser autuado, mas a Administrao o fazassim mesmo.

    importante destacar que em algumas situaes, pode parecer que existemanifestao de vontade do administrado, mas no se tem afastado o conceito de atoadministrativo.

    Exemplo: Voc quer passar no CFO, qual um dos requisitos?Habilitao Categoria B.A voc vai, se inscreve num curso, tem aulas tericas, aulas prticas, faz

    psicoteste, exames mdicos, avaliao terica e prtica e, finalmente, rene condiespara tirar sua habilitao. Voc nem tem carro, mas precisa dela para realizar o seusonho de ser oficial da PM.

    Voc vai, preenche o requerimento e depois de alguns dias pega a sua habilitaocom aquela foto horrvel, mas sua, um passo a mais para ser oficial.

    A vem a pergunta, onde est a manifestao unilateral nisto tudo? No tive quegastar um dinheiro, fazer teste, preencher requerimentos para tirar minhahabilitao?

    O fato de o ato administrativo ser uma manifestao unilateral de vontade, nosignifica que o particular no possa participar no preenchimento das condies para arealizao do ato administrativo, s que sua participao acaba a.

    Pense. Depois que voc terminou de preencher os requisitos e solicitou a suahabilitao, voc ficou em casa, ligando todo o dia para Detran para ver se a habilitaoj estava pronta. Sua participao acabou ali. O ato nem existia ainda, a Administraoque vai, agora, conferir se voc preenche os requisitos e em caso positivo, ela,Administrao, vai lhe conceder o direito de dirigir.

    Ento se eu tiver que fazer alguma coisa para que o Estadovenha a agir, no vai ser ato administrativo?

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 19

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Para ficar mais claro, vamos pensar nos efeitos, OK?Uma vez preenchido os requisitos legais, a Administrao vai lhe expedir uma

    CNH, quais seriam os efeitos disso?Vamos citar alguns:- Expedio de um documento de habilitao;- Estabelecimento de um prazo de validade daquele documento;- Criao de um pronturio para o registro dos pontos decorrentes das infraes

    que vier a cometer.

    Agora, a pergunta: Voc queria tudo isso?Provavelmente voc vai dizer que queria s o documento.Voc no pode escolher, por exemplo, que voc queria uma CNH rosinha,

    porque voc uma menina e esta cor combina mais com voc.No pode dizer que quer uma CNH com validade de 10 (dez) anos, porque no

    quer ter que ficar nas filas do Detran to cedo.No pode dizer que no precisa de pronturio, que poder realizar infraes sem

    limites.Deu para compreender?Voc no tem o poder de limitar os efeitos dos atos administrativos, como um

    pacote fechado, voc s tem 2 (duas) opes: Ou tira a habilitao e aceita tudo issoou fica sem habilitao. Os efeitos do ato no esto sobre o seu controle.

    Lembre agora do contrato administrativo do aluguel da casa.Vamos supor que voc tenha o sonho de pintar a casa de rosa. Voc pode discutir

    isso e colocar no contrato. Voc vai discutir preo, prazo de pagamento, prazo doaluguel, etc. Ou seja, voc tem poder de escolha sobre certos efeitos daquele contrato,s se sujeitando quilo que aceitar se sujeitar.

    Exemplos clssicos de situaes que NO correspondem a atos administrativosso a permisso de servio pblico e o termo de parceria.

    Um ltimo exemplo para tentar fixar este ponto da matria: Registro de um filho.Imagine que depois da prova, estressado por meses de estudo, voc resolve sair

    com a sua namorada, acabam por ter um momento mais ntimo e, para o seu azar, a

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 20

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    camisinha estourou. Voc no sabia que existia plula do dia seguinte, fica naexpectativa durante um ms e de repente a bomba: Sua namorada est grvida.

    Voc pensa em fugir, se mudar para bem longe, mas se lembra que voc quer serum oficial e o oficial deve ser responsvel, assumir as consequncias dos seus atos enove meses depois, l est voc, indo no cartrio registrar o seu filho.

    Qual o seu objetivo?Registrar que o pai daquele menino.E quais as consequncias?Ele vai ganhar o seu nome, passa a ser o seu herdeiro, voc ter o dever de

    prestar-lhe alimentos1, etc.Voc no desejou tudo isso, voc queria apenas que ficasse consignado o seu

    nome na Certido de Nascimento dele, que ele tivesse o seu sobrenome, mas aqui outudo ou nada. Ou registra e vem junto todas estas responsabilidades ou no registra.

    Obs.: Neste caso, caso no houvesse o registro, a sua namorada poderia ir aoJudicirio pedir o reconhecimento de paternidade e o juiz determinaria a consignaodeste fato, caso comprovasse a sua paternidade da criana. Mas o objetivo do exemplofoi s mostrar que no ato administrativo no se escolhe os efeitos, OK?

    Na continuao da definio agindo nessa qualidade se tem outro importanteaspecto. Que o Estado quando emite o ato administrativo, age como Estado, em umaposio de supremacia, e no se igualando aos particulares.

    Pense comigo. Ao Estado cabe propiciar o bem comum. Para fazer isso, ele vai terque fazer algumas coisas que vo desagradar s pessoas, como cobrar tributos, aplicarmultas, fechar estabelecimentos, etc. Imagine se o Estado tivesse que ter oconsentimento das pessoas para executar tais aes, ele no as efetuaria nunca, no verdade?

    Por isso o Estado pode se valer de sua condio para efetuar alguns atos e neles,entre a vontade do Estado, que representa o povo, e a vontade do particular, irprevalecer vontade do Estado.

    Claro que tero que ser respeitados os direitos individuais, mas no se pode deixarde fazer o bem a muitos para agradar um ou alguns, no verdade?1 Alimentos no se resume apenas a comida, mas o bsico para que a pessoa possa ter uma vida digna.Logo, inclui alimentos, vesturio, educao, sade, etc.

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 21

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Na continuao encontramos o objeto dos atos administrativos tenha por fimimediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ouimpor obrigaes aos administrados ou a si prpria.

    Um ato administrativo pode realizar qualquer uma ou mais de uma destasatividades, que acabam por compreender quase tudo .

    Este no uma caracterstica peculiar, prpria, dos atos administrativos. Vriasdas coisas que voc realiza em sua vida particular geram efeitos jurdicos e nem por issoso atos administrativos.

    Assim, analisando estes trs pontos, podemos dizer que o ato administrativo marcado pela unilateralidade, pela posio de superioridade da administrao e pelaproduo de efeitos jurdicos.

    Depois deste passeio pelo conceito de ato administrativo, acho que ficou fcil ter acerteza de nosso gabarito, no verdade?

    Gabarito Alternativa 02

    Questo 60

    A Administrao Pblica regida por princpios, dentre os quais se pode destacar01) moralidade e publicidade.02) razoabilidade e criatividade.03) publicidade e liberalidade.

    CARACTERSTICASDO ATO

    ADMINISTRATIVO

    UNITERALIDADE

    POSIO DE SUPERIORIDADE DA ADMINISTRAO

    PRODUO DE EFEITOS JURDICOS

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 22

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    04) impessoalidade e prioridade.05) competitividade e legalidade.

    Classificao:

    Disciplina Direito AdministrativoPonto do Edital 1. Administrao Pblica: Princpios

    Resoluo:

    Diversos so os princpios que regem a Administrao Pblica, os maisconhecidos esto no caput do art. 37 da Constituio Federal, que so: Legalidade,Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficincia.

    A primeira letra de cada um destes princpios forma um Mnemnico fcil delembrar: LIMPE.

    L egalidadeI mpessoalidadeM oralidadeP ublicidadeE ficincia

    O PRINCPIO DA LEGALIDADE pode ser visto sob 2 (duas) ticas, daAdministrao e do particular.

    A Administrao s pode fazer aquilo que a lei autoriza, enquanto ao particular permitido fazer tudo aquilo que a lei no proba.

    LIMPE

    PRINCPIO DALEGALIDADE

    ADMINISTRAO

    PARTICULAR

    S pode fazer aquilo que PERMITIDO pela lei

    Pode fazer TUDO o queNO PROIBIDO por lei

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 23

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    O PRINCPIO DA IMPESSOALIDADE se caracteriza pela ausncia dapessoalidade na atuao da Administrao Pblica, ou seja, a administrao no agetendo em vista as caractersticas e sentimentos do agente administrativo e, to pouco, doadministrado. Ela deve tratar todos de forma isonmica. Assim, deve tratar igualmenteos semelhantes e de forma diferenciada os desiguais, nos limites de sua desigualdade.

    Fica mais fcil lembrar do princpio a partir de suas aplicaes. Vamos conhec-las?

    So diversas as aplicaes, mas vou citar 5 (cinco):1) Princpio da Finalidade Todo ato administrativo deve ser produzido

    visando, concomitantemente, o interesse pblico (finalidade em sentido amplo igualpara todos os atos) e sua finalidade especfica prevista na lei ou na doutrina (finalidadeem sentido estrito prpria para cada ato)

    A finalidade em sentido amplo sempre a satisfao do interesse pblico. Afinalidade em sentido estrito que muda de ato para ato.

    Exemplos:

    Concurso Pblico:Finalidade em Sentido Amplo Satisfao do Interesse PblicoFinalidade em Sentido Estrito Prover cargos vagos

    Construo de um Colgio:Finalidade em Sentido Amplo Satisfao do Interesse PblicoFinalidade em Sentido Estrito Ampliao do acesso educao

    Obs.: O ato da administrao visando a interesse privado no necessariamentenulo, desde que atenda ao interesse pblico e atenda a sua finalidade especfica, ou seja,s nulo o ato administrativo quando este visar, exclusivamente, interesse privado.Exemplo: Na concesso de uma CNH. Existe o interesse do particular em obter odocumento, mas existe tambm interesse pblico em que haja um controle doscondutores e que estes preencham certos requisitos mnimos. A existncia do interesseparticular no torna o ato nulo.

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 24

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    2) Princpio da Isonomia Consiste em tratar os iguais de forma igual e osdesiguais de forma desigual na medida de suas desigualdades.

    Tratar todos da mesma forma no ser justo.No sei se vocs pagam imposto sobre a renda, mas se ainda no pagam, em breve

    iro pagar . Pensem pelo lado positivo. S paga imposto sobre a renda quem ganhadinheiro.

    O imposto sobre a renda possui diversas faixas de cobrana, variando de 0%,isento, para os que recebem menos, e indo at 27,5%, para os que recebem mais.

    Isto uma forma de justia social, tratando desigualmente aqueles que seencontram em situaes diferentes.

    3) Vedao Promoo Pessoal dos Agente Pblicos Recentementepassamos por um perodo eleitoral. As propagandas normalmente diziam: O PT no fezisso. O DEM no fez aquilo, etc.

    S que as aes do nosso atual Governador, Jaques Wagner, ou de qualquer outrogoverno, no devem ser atribudas a ele, a pessoa de Jaques Wagner, mas ao Governodo Estado da Bahia. Jaques Wagner apenas um agente eleito para gerir a mquinaestatal, mas tudo o que feito feito pelo Estado, com seu dinheiro e no o de JaquesWagner ou do PT.

    Este o motivo pelo qual naquelas placas de obras em andamento no podemconstar o nome do Presidente, Governador ou Prefeito, mas sim do Governo Federal,Governo Estadual ou Prefeitura, porque so estes entes os responsveis por aquela ao.

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 25

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Eu sei que quando inauguram sempre colocam uma plaquinha dizendoGovernador do Estado X, Secretrio de Segurana Pblica Y, Comandante-Geral Z.

    S que isso, na realidade est errado, eles dizem que informativa, mas narealidade querem ligar a obra a pessoa.

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 26

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Deu para entender?As aes estatais so realizadas pelos diversos rgos, e no pelos seus agentes.

    Os agentes so apenas um meio pelo qual o rgo manifesta a sua vontade.

    4) Impedimentos e Suspeies. Olhando o Estatuto, l na parte de apurao, vocdeve ter se deparado com as expresses impedimento e suspeio. So dois institutosque buscam afastar dos processos administrativos agentes que de alguma forma estejamenvolvidos com o processo ou mesmo partes do processo e que, por esta razo, corram orisco de serem parciais, tendentes a um dos lados, em suas decises.

    Seja sincero. Se voc tivesse que julgar um processo envolvendo a sua me, voccom certeza buscaria uma forma de dar razo a ela, no verdade?

    E se fosse seu amigo?Talvez voc se sentisse menos tendente a decidir favoravelmente a ele, mas que

    seria difcil no considerar este fato na sua deciso, isto seria. para evitar este tipo de direcionamento que existem estes institutos.Por enquanto, basta saber que eles so aplicaes do princpio da impessoalidade,

    OK?

    5) Responsabilidade Objetiva. Voc, provavelmente, j deve ter ouvido falarque a responsabilidade do Estado objetiva, mas o que isto significa?

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 27

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Significa que no sero considerados elementos subjetivos, ou seja, relativos pessoa, mas elementos objetivos, previamente estabelecidos em lei e, relativamente, defcil apurao.

    Lembram-se do dolo e da culpa que vemos no Direito Penal?Para investigarmos se houve dolo ou culpa, precisamos analisar a pessoa, sua

    inteno, ou seja, caractersticas pessoais, subjetivas.Aqui no, bastaria que se provasse que houve uma ao do Estado, que houve um

    dano e que este dano decorreu da ao do Estado (nexo de causalidade).No se preocupem com estes detalhes, OK? S estou tocando neles para vocs

    compreenderem mais ou menos como funcionam as coisas, mas o que importanteagora voc saber que a responsabilidade objetiva uma aplicao do princpio daimpessoalidade.

    J chega de aplicaes, no mesmo? J foi o suficiente para compreender o que impessoalidade. Que tal um esqueminha?

    Vamos em frente!!!O PRINCPIO DA MORALIDADE tem 3 (trs) aplicaes. Vamos conhec-

    las:1) Princpio da Probidade Dever de atuao tica perante os administrados.No edital do seu concurso, l no item 8.1, temos como assunto a Improbidade

    Administrativa (Lei n 8.429/92). Se voc deu uma lidinha na lei, deve ter visto queos atos de improbidade administrativa, basicamente, so de 3 (trs) espcies:

    a) Os que importam enriquecimento ilcito;

    PRINCPIO DAIMPESSOALIDADE(APLICAES)

    PRINCPIO DA FINALIDADE

    PRINCPIO DA ISONOMIA

    VEDAO PROMOO PESSOAL

    SUSPEIO E IMPEDIMENTO

    RESPONSABILIDADE OBJETIVA

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 28

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    b) Os que importam em dano ao errio;c) Os que importam violao de princpios administrativos.Veja que, nestas 3 (trs) situaes, existe algo em comum, que a quebra de uma

    expectativa, daquilo que entendemos dever do administrador. Ele no pode usar oEstado para enriquecer ilicitamente, ele pode causar prejuzo ao Estado, ele deve seguiros princpios administrativos, que so diretrizes de comportamento, no verdade?

    Outra aplicao.

    2) Respeito aos princpios administrativos. Basicamente o que j foi tratado.O agente pblico regulado pela lei e os princpios que dela se podem extrair. Logo,deve pautar as suas aes por estas diretrizes, afinal, a Administrao s pode fazer oque lei autoriza.

    Seria imoral que o administrador, colocado em seu cargo para cumprir e fazercumprir a lei fosse o primeiro a descumpri-la, no verdade?

    Ao lado da lei se encontram os princpios que podem ser explcitos(expressamente previstos na lei), podem ser implcitos, mas ainda assim de obedinciaobrigatria.

    Quem foi do Colgio da Polcia Militar sabe que o seu lema diz que A palavraconvence e o exemplo arrasta. o que se quer dos administrados, que sejam osprimeiros a dar o exemplo.

    3) Costume Administrativo. Costumes Administrativos so normas que surgeminformalmente no ambiente administrativo em virtude da adoo reiterada de certascondutas pela administrao, passando a ser consideradas como obrigatrias.

    Obs.: Os costumes somente podem ser utilizados e considerados vlidos seestiverem de acordo com a lei ou em sua ausncia, para suprir as suas lacunas, nopodendo se admitir costumes contrrios lei, ainda que se trate de letra morta.

    PRINCPIO DAMORALIDADE(APLICAES)

    PRINCPIO DA PROBIDADE

    RESPEITO AOS PRINCPIOS ADMINISTRATIVOS

    COSTUMES ADMINISTRATIVOS

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 29

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    O PRINCPIO DA PUBLICIDADE est associado a uma ideia de transparnciada Administrao Pblica, que permite que os administrados acompanhem e controlemas aes dos administradores.

    Assim, a Constituio assegura aos administrados em geral que obtenham doPoder Pblico informaes que sejam de interesse pessoal, coletivo ou geral, exceto asprotegidas por sigilo quando o mesmo for tido como indispensvel a segurana dasociedade ou do Estado.

    A publicidade tambm constitui condio de eficcia dos atos administrativos, ouseja, para que eles possam gerar os seus efeitos, necessrio que se tornem deconhecimento de seus destinatrios.

    Por fim, temos que tratar do PRINCPIO DA EFICINCIA, o qual foiintroduzido pela Emenda Constitucional n 19/1998, ou seja, no era previstooriginalmente na nossa Constituio.

    O princpio da eficincia est atrelado ideia de uso adequado dos meios, ou seja,dos recursos pblicos. Recurso no s dinheiro, mas os materiais, bens e, inclusive, osagentes pblicos (recursos humanos). O gestor pblico deve buscar a melhor alocaopossvel dos recursos a sua disposio, de modo a refletir em melhores resultados.

    Ele se apresenta sobre 2 (duas) perspectivas:1) Os agentes pblicos devem exercer as suas funes de forma clere e

    tecnicamente adequada. sobre esta perspectiva que se faz necessrio, por exemplo, institutos como

    Avaliao Especial de Desempenho (requisito para se adquirir estabilidade), AvaliaoPeridica de Desempenho, Estgio Probatrio e Concurso Pblico (que tambm exemplo de aplicao do princpio da impessoalidade).

    PRINCPIO DAPUBLICIDADE

    PRINCPIO DA TRANSPARNCIA

    CONDIO DE EFICCIA DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 30

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    2) A administrao pblica deve se estruturar, organizar-se de modo a atuarcom maior eficincia.

    Sei que no precisava explicar princpio por princpio, mas como na ltima prova,no ano de 2011, se cobrou aplicaes prticas de vrios institutos, nada melhor do quesaber onde se aplicam cada um destes princpios, no verdade?

    Vamos s alternativas:

    01) moralidade e publicidade.02) razoabilidade e criatividade.03) publicidade e liberalidade.04) impessoalidade e prioridade.05) competitividade e legalidade.

    Marquei em amarelo aquilo que no corresponde a princpios.Pela marcao j d para perceber que a nossa resposta a alternativa 01.Em relao ao que ns vimos acima, apareceu de diferente o princpio da

    razoabilidade.

    O PRINCPIO DA RAZOABILIDADE um princpio implcito, que decorredo princpio do devido processo legal.

    Este princpio considerado um limite ao mrito administrativo.Mrito Administrativo Margem de liberdade que a lei outorga a

    administrao na competncia discricionria.Sntese O Princpio permite ao Poder Judicirio com base no critrio do

    homem mdio analisar os atos discricionrios da administrao, quanto a sua

    PRINCPIO DAEFICINCIA

    ATUAO DOS AGENTES FORMA CLERE E TCNICA

    ESTRUTURAO E ORGANIZAO VISANDO A EFICINCIA

    ATRELADO A IDIA DE MELHOR ALOCAO DOS RECURSOS

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 31

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    necessidade, adequao e proporcionalidade, decidindo pela sua anulao quandono se adequar a qualquer desses critrios.

    1) Necessidade O magistrado analisa se existe ou no interesse pblico quejustifique a produo do ato administrativo nos termos em que foi praticado pelaadministrao.

    Obs.: No juzo de necessidade o magistrado no vai analisar o prprio ato, massim os motivos declarados pela administrao para a sua produo, ou seja, verificar seexiste interesse pblico ou no para a produo do ato.

    2) Adequao O magistrado analisa se o ato tem aptido para atender aointeresse pblico cuja existncia foi reconhecida do juzo de necessidade. Ou seja, se possvel se alcanar o objetivo buscado pela prtica do ato (no se a melhoralternativa).

    3) Proporcionalidade O magistrado analisa o ato no contexto de uma relaomeio-fim (o ato um meio para se atingir uma certa finalidade), e neste contextoverifica se o ato no constitui uma restrio ou um benefcio excessivo para oadministrado.

    Obs.: Se observa se o ato vale pena.Obs.: O meio analisado no juzo de adequao, o fim no juzo de necessidade e

    a juno dos dois no juzo de proporcionalidade.Obs.: O Juzo de Proporcionalidade sempre um juzo relativo. Um ato pode ser

    considerado proporcional para um determinado fim e desproporcional para outro fim.

    Gabarito Alternativa 01

    PRINCPIO DARAZOABILIDADE

    NECESSIDADE

    ADEQUAO

    PROPORCIONALIDADE

    ANLISE DOS MOTIVOS (FINALIDADE)

    O MEIO SERVE PARA O OBJETIVO?

    O MEIO MENOS GRAVOSO?

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 32

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Questo 61

    Quando o Executivo escalona as funes de seus rgos, ordena e rev a atuaode seus agentes, estabelecendo a relao de subordinao entre os servidores do seuquadro de pessoal, est exercendo o poder

    01) de polcia.02) disciplinar.03) vinculado.04) hierrquico.05) regulamentar.

    Classificao:

    Disciplina Direito AdministrativoPonto do Edital 2. Poderes Administrativos

    Resoluo:

    Questozinha sobre poderes administrativos, vamos revisar o assunto, de formabem rpida?

    Poder Vinculado o poder conferido pela lei ao administrador para a prticade atos de sua competncia, determinando todos os requisitos necessrios suaformalizao.

    O poder vinculado, na realidade, trata de ato vinculados, aqueles em que aadministrador no tem margem de escolha para analisar a convenincia e oportunidadede determinado ato, uma vez preenchidos os requisitos legais, ele deve agir da formadeterminada pela lei.

    Exemplo: A nossa CNH. Voc realizando todos os testes exigidos e sendoaprovado em todos, a Administrao tem que lhe fornecer a sua CNH.

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 33

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Poder Discricionrio o poder concedido ao administrador para a prtica deatos com liberdade de escolha quanto convenincia e oportunidade de sua prtica,encontrando limite na lei.

    Exemplo: Na resoluo da prova de 2009 demos o exemplo do ProcessoDisciplinar Sumrio (PDS). Ao final do PDS, a autoridade julgadora, uma vezcomprovada infrao disciplinar, deve punir o infrator. A lei d 31 (trinta e uma)opes, advertncia ou deteno de 1 (um) a 30 (trinta) dias.

    A autoridade julgadora ter liberdade para escolher a sano que entende maisadequada ao caso concreto, mas veja que ela encontra limite nestas 31 (trinta e uma)opes estabelecidas pela lei.

    Ponto de destaque o seguinte: O ato administrativo possui 5 (cinco) elementos,recorde comigo: competncia, finalidade, forma, motivo e objeto. Os 3 (trs) primeirosso sempre vinculados, tanto nos atos vinculados, como nos atos discricionrios, j os 2(dois) ltimos, permitem ao administrador uma margem de escolha, mas apenas nosdiscricionrios, OK?

    Poder Hierrquico Tem por finalidade ordenar, coordenar, supervisionar,controlar e corrigir as atividades administrativas, no mbito da Administrao Pblica.

    O dever de obedincia decorre exatamente do poder hierrquico.Se o Capito lhe d uma ordem legal, voc vai fazer o que?Obedecer. claro! Voc no maluco. Misso dada misso cumprida, desde

    que legal, OK?

    COMPETNCIA

    FINALIDADE

    FORMA

    MOTIVO

    OBJETO

    SEMPRE VINCULADOS

    PODEM SER VINCULADOS(ATOS VINCULADOS) OUDISCRICIONRIOS (ATOS

    DISCRICIONRIOS)

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 34

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Poder Disciplinar a faculdade que tem o administrador de punirinternamente as infraes funcionais praticadas pelos agentes que lhe estejamsubordinados ou por aqueles que estabelecem um vnculo especial com aAdministrao.

    Observe que este poder disciplinar se aplica, principalmente, no mbito interno daAdministrao, assim, uma multa no manifestao do poder disciplinar, mas dopoder de polcia, OK?

    O poder disciplinar s surge quando do cometimento de algum ilcito. Veja, setodos se comportam perfeitamente, existe motivo para punio?

    Por bvio que no.

    Poder Regulamentar Faculdade de que dispem os chefes do PoderExecutivo de explicar a lei para sua correta execuo.

    Pense comigo, para a prova do CFO voc leu milhares de artigos, incisos, alneas,mas ser que tudo ficou bem entendido, explicadinho s com a leitura da lei?

    Tenho quase certeza que a sua resposta ser no. para que se supere este tipo de situao que existe o poder regulamentar. Com

    ele, o chefe do Poder Executivo vai expedir um regulamento, normalmente por meio deum Decreto, onde vai detalhar a lei, explic-la.

    Exemplo: As promoes se daro por merecimento e antiguidade.Quanto a antiguidade fcil, mas e merecimento?O que eu preciso fazer para ganhar pontos e poder concorrer a este tipo de

    promoo?O Poder Executivo regulamentou a matria dizendo que valero pontos positivos

    os elogios, avaliaes do comandante, tempo de servio, medalhas recebidas, cursosrealizados, etc.

    Percebeu?A dvida que existia da leitura da lei afastada pelo decreto.Eu sei que muitas vezes os decretos criam novas dvidas, mas pelo menos deixam

    as coisas mais explicadinhas. J um avano em relao a situao anterior.

    Poder de Polcia Faculdade de que dispe a Administrao Pblica paracondicionar e restringir o exerccio dos direitos individuais.

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 35

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    J falamos que o interesse pblico deve se sobrepor ao interesse particular e isso realizado constantemente pela Polcia Militar. O que uma blitz? No seria umarestrio temporria do direito de ir e vir do abordado em prol da segurana de todos?

    Vamos tentar associar estes diversos poderes as palavras ou expresses que oscaracterizam, OK?

    Depois desta rpida reviso sobre os poderes administrativos, vamos rever oenunciado?

    Quando o Executivo escalona as funes de seus rgos, ordena e rev aatuao de seus agentes, estabelecendo a relao de subordinao entre os servidoresdo seu quadro de pessoal, est exercendo o poder

    Percebeu que as palavras destacadas nos conduzem a nossa resposta?Diga a, de que poder estamos falando? claro que do Poder Hierrquico.

    Gabarito Alternativa 04

    PODER VINCULADO

    PODER DISCRICIONRIO

    PODER HIERRQUICO

    PODER REGULAMENTAR

    PODER DISCIPLINAR

    PODER DE POLCIA RESTRIO DE DIREITOS INDIVIDUAIS

    APLICAO DE PENALIDADES AOS AGENTES INTERNOS

    EXPLICAR A LEI

    ORDENAR, CONTROLAR E CORRIGIR (SUBORDINAO)

    CONVENINCIA E OPORTUNIDADE (MOTIVO E OBJETO)

    TODOS REQUISITOS VINCULADOS (05 ELEMENTOS)

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 36

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Questo 62

    Os Policiais Militares do Estado da Bahia somente devem ter acesso ao quadropor meio de concurso pblico.

    O seu vnculo empregatcio regido01) pela Constituio Estadual.02) por Decreto do Poder Executivo.03) pela Consolidao das Leis do Trabalho - CLT.04) pelo Estatuto dos Servidores Pblicos Federais, por ser instituio criada pela

    Constituio Federal.05) por Estatuto prprio, aprovado por Lei especfica - Lei n 7.990/2001.

    Classificao:

    Disciplina Direito AdministrativoPonto do Edital 9. Regime Jurdico do Militar Estadual

    Resoluo:

    Esta questo possui uma incorreo. O vnculo que se estabelece entre o militarestadual e Estado no um vnculo empregatcio, pois este se verifica na relao deemprego, regida pela Consolidao das Leis do Trabalho (CLT).

    Na realidade, o militar estadual se vincula a um regime administrativo, a serregido por estatuto prprio. Ele mesmo, o nosso amado Estatuto dos Policiais Militaresdo Estado da Bahia, Lei Estadual n 7.990/2001.

    Veja que a Constituio Federal apenas traa diretrizes gerais sobre os diversosagentes pblicos, no entrando em maiores detalhes sobre a sua forma de organizao,direitos, deveres, prerrogativas e obrigaes.

    Tais pontos sero regulados por lei prpria, que no caso dos militares deve serespecfica.

    Se voc der uma pesquisada, vai verificar que no mbito federal existe o Estatutodos Servidores Pblicos Civis da Unio, Autarquias e das Fundaes Pblicas Federais(Lei Federal n 8.112/1990) e no mbito estadual o Estatuto dos Servidores Pblicos

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 37

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Civis do Estado da Bahia, das Autarquias e das Fundaes Pblicas Estaduais (LeiEstadual n 6.677/1994).

    O destaque nos Civis no por acaso, mas sim para deixar claro que aquelasdisposies no se aplicam aos militares.

    O fato de os militares deverem contar com estatuto prprio decorre da prpriaConstituio, veja o que diz o inciso X do art. 142 da Constituio Federal:

    X - a lei dispor sobre o ingresso nas Foras Armadas, oslimites de idade, a estabilidade e outras condies de transferncia domilitar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remunerao, asprerrogativas e outras situaes especiais dos militares, consideradasas peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas porfora de compromissos internacionais e de guerra. (Includo pelaEmenda Constitucional n 18, de 1998)

    Percebeu como se remeteu a lei o tratamento dos pontos mais importantes dacarreira?

    J viu que sou e vocs em breve sero diferenciados no mesmo?Os militares possuem diversos deveres e restries, mas tambm diversas

    vantagens, no extensveis a outros servidores pblicos.Tente ler o estatuto j se imaginando na corporao, tendo aqueles direitos,

    recebendo gratificaes, tudo o que for ruim voc imagina que aconteceu com umcolega seu. Ningum vai querer se imaginar sofrendo uma deteno, no verdade?Tenho certeza que o aprendizado ser muito mais proveitoso.

    Mas, voltando ao que interessa, qual a resposta de nossa questo?Por Estatuto prprio, aprovado por Lei especfica - Lei n 7.990/2001.

    Gabarito Alternativa 05

    Questo 63

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 38

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Com relao ao Pacto Internacional dos Direitos Econmicos, Sociais e Culturais, correto afirmar:

    01) O Brasil no faz parte do Pacto Internacional dos Direitos Econmicos,Sociais e Culturais.

    02) Todos os pases so obrigados a participar do referenciado Pacto, acatando assuas disposies, independente de ratificao ou aceitao.

    03) Adotado pela Resoluo n 2.200A (XXI), em 16 de dezembro de 1966, foiratificado pelo Brasil em 24 de janeiro de 1992.

    04) No h obrigatoriedade de reconhecimento do direito de toda pessoa desfrutaro mais elevado nvel de sade fsica e mental pelos Estados partes do PactoInternacional dos Direitos Econmicos Sociais e Culturais.

    05) A educao primria no ficou contemplada pelo Pacto Internacional deDireitos Econmicos, Sociais e Culturais por entender os pases participantes tratar dequesto a ser assumida pelas Unidades governamentais de cada pas.

    Classificao:

    Disciplina Direitos HumanosPonto do Edital 4. Pacto Internacional dos Direitos Econmicos,

    Sociais e Culturais.

    Resoluo:

    Questo que exigiu basicamente memorizao do candidato.Ento, vamos analisar cada uma das alternativas apontando o ponto que ela se

    refere.

    Alternativa 01 O Brasil no faz parte do Pacto Internacional dos DireitosEconmicos, Sociais e Culturais.

    Esta voc nem precisava ter lido o Pacto para saber. Uma vez que est no edital,quase certeza que foi internalizada. Para que o seu estudo serviria se no fosse aplicvel,no verdade?

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 39

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    O Brasil aderiu ao Pacto com o depsito da Carta de Adeso em 24/01/1992, masno precisaramos saber a data para eliminar a alternativa, OK?

    Alternativa 02 Todos os pases so obrigados a participar do referenciadoPacto, acatando as suas disposies, independente de ratificao ou aceitao.

    Quando se trata de Pactos ou Acordos Internacionais, pode ter certeza, ele no temcomo obrigar a todos os pases.

    Inicialmente, dificilmente se conseguiria reunir representantes de todos os pasespara a celebrao de tais documentos. Por exemplo, o Pacto Internacional dos DireitosEconmicos, Sociais e Culturais foi celebrado no mbito da ONU e todos os pasesfazem parte da ONU?

    No. S por a j dava para ver que tem algo de errado com a alternativa.Agora pensemos em nvel de Brasil. Quando o Presidente da Repblica assina um

    Tratado ou Pacto Internacional, ele j comea a valer?No. Ele vai ter que passar por um processo que envolve a participao do Poder

    Legislativo.Vamos tentar esquematizar:

    Ademais, importante que voc saiba a posio dos atos internacionais dentro dahierarquia das leis de nosso ordenamento jurdico. So 03 (trs) possibilidades:

    01 Equivalentes Emenda Constitucional Quando versarem sobre DireitosHumanos e forem aprovadas pelo mesmo sistema de aprovao de uma EmendaConstitucional (2 turnos em cada casa, com 3/5 dos votos);

    PRESIDENTE DA REPBLICA CELEBRA TRATADO, CONVENO OU ACORDO INTERNACIONAL (ART. 84, VIII)

    CONGRESSO NACIONAL APRECIA E APROVA POR MAIORIA SIMPLES E EDITA DECRETO LEGISLATIVO (ART.49, I, 59, VI e 47)

    PROMULGAO PELO PRESIDENTE DA REPBLICA (POR MEIO DE DECRETO)

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 40

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    02 Supralegalidade (ou seja, acima da lei e abaixo da Constituio) Quandoversarem sobre Direitos Humanos e no forem aprovados pela sistemtica anterior;

    03 Equivalentes Lei Quando versarem sobre outra matria que no direitoshumanos.

    Para variar. Um esqueminha :

    Como j sabemos que a alternativa est incorreta. Passemos a prxima.

    Alternativa 03 Adotado pela Resoluo n 2.200A (XXI), em 16 de dezembrode 1966, foi ratificado pelo Brasil em 24 de janeiro de 1992.

    Este o nosso gabarito. Infelizmente, um decoreba de datas, mas como vamospoder ver, poderamos chegar a esta alternativa com a eliminao das outras.

    Se numa prova voc no puder afirmar se uma alternativa correta ou no, anlisetodas as outras. Isso vai diminuir o seu campo de abrangncia e aumenta aprobabilidade de acerto num eventual chute. Pense comigo: 05 Alternativas = 20% deChance de Acerto; 04 Alternativas = 25%; 03 Alternativas = 33%; 02 Alternativas =50% e 01 Alternativa = 100%.

    Ento, quanto mais alternativas eliminarmos, maior a nossa probabilidade deacerto.

    Alternativa 04 No h obrigatoriedade de reconhecimento do direito de todapessoa desfrutar o mais elevado nvel de sade fsica e mental pelos Estados partes doPacto Internacional dos Direitos Econmicos Sociais e Culturais.

    POSIO DOS ATOS INTERNACIONAIS NO ORDENAMENTO JURDICO

    SIMVersa Sobre

    Direitos Humanos?NO STATUS DE LEI

    Aprovado peloprocesso de EC?

    SIM STATUS DE EC

    NO SUPRALEGALIDADE

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 41

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Alternativa falsa, pois o 1 do art. 12 do Pacto estabelece esta obrigatoriedade:

    1. Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem o direitode toda pessoa desfrutar o mais elevado nvel possvel de sade fsicae mental.

    Alternativa 05 A educao primria no ficou contemplada pelo PactoInternacional de Direitos Econmicos, Sociais e Culturais por entender os pasesparticipantes tratar de questo a ser assumida pelas Unidades governamentais decada pas.

    Falsa. A educao primria foi colocada pelo Pacto no s como obrigatria, masde acesso gratuito por todos. o que prev o art. 13, 2.

    2. Os Estados partes do Presente Pacto reconhecem que, como objetivo de assegurar o pleno exerccio desse direito:

    a) a educao primria dever ser obrigatria e acessvelgratuitamente a todos;

    Gabarito Alternativa 03

    Questo 64

    Ningum ser sujeito da interferncia na sua vida privada, na sua famlia, no seular ou na sua correspondncia, nem a ataques sua honra e reputao. Toda pessoa temdireito proteo da lei contra tais interferncias ou ataques.

    Esta proteo encontra-se disposta01) no Cdigo Civil Brasileiro.02) na Declarao Universal dos Direitos Humanos.03) no Cdigo Penal Brasileiro.04) na Constituio Estadual.05)-na Doutrina.

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 42

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Classificao:

    Disciplina Direitos HumanosPonto do Edital 2. Declarao Universal dos Direitos

    Humanos/1948.

    Resoluo:

    uma questo bem parecida com a questo n 28 da prova passada.Busca-se saber em qual instrumento jurdico est consignada a passagem

    apresentada.A resposta se encontra consignada no Artigo XII da Declarao Universal dos

    Direitos Humanos.

    Ningum ser sujeito a interferncias na sua vida privada, nasua famlia, no seu lar ou na sua correspondncia, nem a ataques sua honra e reputao. Toda pessoa tem direito proteo da leicontra tais interferncias ou ataques.

    Logo, chegamos a nossa resposta, a alternativa 02.

    Bem. Eu tambm tenho esta dificuldade de memorizao das exatas palavras.Ento, nos restam 2 (dois) caminhos. Ler, ler, e ler at memorizar ou usar o processo deeliminao. Claro que podemos usar um pouco das 2 (duas) tcnicas.

    Vamos tentar? Fingindo que no sabemos a resposta, OK?

    Mas eu tenho dificuldade em memorizar estes artigos. Tudoparece to igual... O que eu fao????

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 43

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Alternativa 01 no Cdigo Civil Brasileiro.

    Existia uma frase que no curso de Direito se ouvia muito: O que no est noprocesso no est no mundo jurdico.

    Ela significava que o juiz deveria julgar o processo de acordo com aquilo que seencontrava nos autos, ou seja, com aquilo que est escrito, registrado, no importando oque de fato aconteceu no mundo real. Deveria se limitar ao mundo jurdico, ao queestava no processo.

    Hoje, esta ideia no prevalece mais. O juiz tem liberdade para buscar a formaode seu convencimento sobre a discusso do processo, podendo, por exemplo, ouvirpessoas, requerer documentos e pedir percias.

    S que o ponto onde quero chegar que podemos adaptar aquela frase ao seuconcurso O que no est no edital no est no mundo. Logo, voc no precisa estudarDireito Civil, porque muito embora exista esta matria, ela no foi pedida no edital, no verdade?

    Veja que no Contedo Programtico, em nenhum momento aparece Cdigo CivilBrasileiro. E exatamente este tipo de alternativa que deve ser a primeira a sereliminada por voc, OK?

    Alternativa 02 na Declarao Universal dos Direitos Humanos.

    Essa aqui eu no tenho certeza. Li alguma coisa parecida com o enunciado, masno tenho certeza. J sei, vou pular.

    Alternativa 03 no Cdigo Penal Brasileiro.

    Qual o principal objetivo do Cdigo Penal?Estabelecer crimes e elementos ligados a este. Logo, vamos falar sobre aplicao

    da lei penal no tempo e no espao, agravantes, atenuantes, causas de aumento oudiminuio de pena, prescrio, etc.

    Pelo enunciado poderamos at pensar que se tratava de um crime, mas veja queos crimes so marcados por verbos, aes do agente:

    - Matar algum (Homicdio - Art. 121 do Cdigo Penal);

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 44

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    - Ofender a integridade corporal ou sade de outrem (Leso Corporal - Art. 129do Cdigo Penal);

    - Ir para balada ao invs de estudar para o CFO (Tudo bem!!! Este ainda no crime, mas pode ter como pena a perda de sua vaga. Lembre-se!!! Enquanto voc curte,tem um japons estudando e fazendo exerccios, voc vai dar mole para ele? ).

    Acho que deu para entender que as prescries do Cdigo Penal buscam descrevercondutas.

    Agora, olhe para o enunciado. O que voc percebe?Uma previso genrica, a prescrio de um direito de no sofrer interferncia.

    Voc arriscaria que a sua resposta o Cdigo Penal diante de uma situao dessa?Eu no. Prxima alternativa.

    Alternativa 04 na Constituio Estadual.

    Aqui se aplica o mesmo pensamento aplicado na alternativa 01. Embora sejaimportante conhecermos a Constituio de nosso Estado, ela no est no contedoprogramtico o seu edital? Ento, deixe para ler ela depois do dia 25/11, OK?

    Alternativa 05 na Doutrina.

    Outra alternativa meio que sem noo.Qual o nome da disciplina da sua prova?Noes de Direito. Logo, no se busca conhecimentos aprofundados. Voc

    acredita que vai se querer cobrar o conhecimento de algum autor em especfico?Alm disso, pare para pensar. De onde estes malucos tiram as suas ideias para

    escreverem aquelas bblias que enfeitam os escritrios de advocacia?Da lei, claro. Eles tinham que ter um ponto de partida e este ponto de partida a

    lei. Se ele diz que Ningum ser sujeito a interferncias na sua vida privada, ele vaifundamentar a sua ideia na Constituio, no Direito Civil, Direitos Humanos, etc.

    Chegamos ao final de nossa aventura pelas alternativas e a alternativa que parecemenos absurda exatamente o nosso gabarito, a alternativa 02.

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 45

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Ento, usando um pouquinho de bom senso dava para acertar a questo semmaiores transtornos, no verdade.

    Gabarito Alternativa 02

    Questo 65

    A Lei Penal dispe: ningum pode ser punido por fato que lei posterior deixa deconsiderar crime, cessando em virtude dela a execuo e os efeitos penais da sentena.

    Tal disposio est relacionada com01) aplicao da pena.02) lei penal no espao.03) direito de defesa do acusado.04) irretroatividade da Lei.05) lei penal no tempo.

    Classificao:

    Disciplina Direito PenalPonto do Edital 1.1 Lei Penal do Tempo

    Resoluo:

    D uma parada, pegue a resoluo da prova anterior e v na questo de n 35 eobserve se no o mesmo assunto, o mesmo artigo tratado aqui.

    Isso s demonstra a importncia de resolver as provas anteriores.S que a nossa questo quer saber a que assunto est relacionado o trecho

    transcrito.Nesta situao a pessoa j est condenada, ou seja, ela foi punida por uma lei

    existente a poca da prtica do ato (no caso de irretroatividade da lei penal Alternativa 04), aplicvel no local do crime (eliminamos a alternativa 02 lei penal noespao), j teve seu direito de defesa exercido ao longo do processo (eliminamos a

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 46

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    alternativa 03 direito de defesa do acusado) e sua pena fixada pelo juiz (eliminamosa alternativa 01 aplicao da pena), tanto que foi condenado e recolhido priso.

    Agora, depois de preso, vem uma lei nova, que vai se aplicar ao ru.Do que estamos tratando?Da lei penal no tempo.

    Gabarito Alternativa 05

    Questo 66

    luz do Cdigo Penal, o cidado que agredido fisicamente e ficando incapacitadopara as suas ocupaes habituais, por mais de trinta dias, foi vtima do crime de

    01) leses corporais de natureza grave.02) atentado integridade fsica.03) leses corporais de natureza leve.04) atentado ao pudor.05) leses corporais de natureza levssima.

    Classificao:

    Disciplina Direito PenalPonto do Edital 5. Dos Crimes Contra a Pessoa

    Resoluo:

    D uma olhadinha na questo 38 da prova de 2009 e veja se ela no parece serirm desta daqui.

    Estamos tratando de um caso de leso corporal de natureza grave, prevista no art.129, I do Cdigo Penal:

    Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a sade deoutrem:

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 47

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Pena - deteno, de trs meses a um ano.Leso corporal de natureza grave 1 Se resulta:I - Incapacidade para as ocupaes habituais, por mais de

    dias;(...)

    Assim, fica fcil passar n?

    Gabarito Alternativa 01

    Questo 67

    Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda quefora da funo, ou antes, de assumi-la, mas em razo dela, vantagem indevida, ouaceitar promessa de tal vantagem.

    Esse tipo de crime identificado como01) peculato.02) estelionato.03) concusso.04) corrupo passiva.05) prevaricao.

    Classificao:

    Disciplina Direito PenalPonto do Edital 10. Dos Crimes Contra a Administrao Pblica

    Resoluo:

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 48

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Saber diferenciar os crimes praticados contra a administrao pblica essencialpara a sua prova, sobretudo, aqueles presentes nas alternativas desta questo. Que talbuscarmos definir e exemplificar cada um deles? Vamos juntos:

    Alternativa 01 peculato.

    Tem previso no art. 312 do Cdigo Penal:

    Art. 312 - Apropriar-se o funcionrio pblico de dinheiro,valor ou qualquer outro bem mvel, pblico ou particular, de que tema posse em razo do cargo, ou desvi-lo, em proveito prprio oualheio:

    (...)

    Exemplo: No refeitrio de um quartel, existe uma TV de 14 polegadas, velhinha,para os policiais assistirem o jornal no horrio de almoo. Um rico empresrio resolvedoar uma TV de Plasma, 42 polegadas, para o quartel, a qual colocada no refeitrio,de modo que aquela velha TV vai ser guardada no almoxarifado. O soldadoEspertalho, vendo que ningum se lembra daquela resolve levar a mesma para suacasa, para o seu uso pessoal. Eis que comete o crime de peculato.

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 49

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Alternativa 02 estelionato.

    Encontra previso no art. 171 do Cdigo Penal:

    Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilcita, emprejuzo alheio, induzindo ou mantendo algum em erro, medianteartifcio, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:

    (...)

    No um crime contra a Administrao Pblica, mas contra crime contra opatrimnio.

    Voc provavelmente j ouviu falar de expresses do tipo: conto do vigrio, contodo bilhete premiado, da mquina de fazer dinheiro, dentre outros golpes. Estes soexemplos de estelionato.

    Sobre este crime guarde o seguinte:

    Trago a seguir uma tirinha meme que, embora no esteja 100% correta, aborda oassunto de forma engraada2.

    2 http://domingo-a-tarde.blogspot.com.br/2011_09_09_archive.html

    ESTELIONATO H emprego de fraude para induzir ou manter a vtima em erro

    O agente j recebe o bem de mf.

    Vtima entrega o bem em funo de erro provocado ou espontneo;

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 50

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Alternativa 03 concusso.

    Encontra previso no art. 316 do Cdigo Penal:

    Art. 316 - EXIGIR, para si ou para outrem, direta ouindiretamente, ainda que fora da funo ou antes de assumi-la, masem razo dela, vantagem indevida:

    (...)

    A palavra-chave aqui justamente EXIGIR.Exemplo: Auditor vai fiscalizar empresa, encontra irregularidades e exige

    dinheiro para no fechar a loja e deixar de aplicar multas.

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 51

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Obs.: Para parte da doutrina3, a vantagem s pode ser patrimonial, j para outrosdoutrinadores4, no existe restrio quanto vantagem, logo, ela pode ser, inclusive,favores sexuais.

    Alternativa 04 corrupo passiva.

    Encontra previso no art. 317 do Cdigo Penal:

    Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, diretaou indiretamente, ainda que fora da funo ou antes de assumi-la,mas em razo dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de talvantagem:

    (...)

    Este o nosso gabarito. Aqui a coisa mais amena. Veja que na concusso ocorrea exigncia, algo mais imperativo que na solicitao. quase uma ordem.

    No se preocupe com a diferena das expresses, mas em associar o crime a(s)sua(s) palavras-chaves. Na tentativa as palavras-chaves so solicitar ou receber.

    3 Neste sentido, Damsio de Jesus, Nlson Hungria e Magalhes Noronha.4 Neste sentido, Jlio Fabbrini Mirabete e Fernando Capez.

    Sua empresa est cheiade irregularidades.

    Bonita, vocliberando R$ 200,00,eu posso ir embora,sua loja fica aberta,no leva multa e nosvemos semana quevem para uma nova

    olhada.

    CONCUSSO EXIGIR

    CORRUPO PASSIVA SOLICITAR OU RECEBER

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 52

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Como as questes esto sendo mais prticas, pode-se perguntar qual crime praticao particular e a resposta corrupo ativa, prevista no art. 333 do Cdigo Penal:

    Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida afuncionrio pblico, para determin-lo a praticar, omitir ou retardarato de ofcio:

    (...)

    Ao falar de sujeito ativo, pensamos na pessoa que executa a ao e quandofalamos de sujeito ativo, quem sofre. Na corrupo quase assim. Na corrupo ativa,pratica o crime aquele que oferece ou promete a vantagem indevida. Na corrupopassiva, aquele que recebe a vantagem.

    Alternativa 05 prevaricao.

    Encontra previso no art. 319 e 319-A do Cdigo Penal:

    Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, atode ofcio, ou pratic-lo contra disposio expressa de lei, PARASATISFAZER INTERESSE OU SENTIMENTO PESSOAL:

    Pena - deteno, de trs meses a um ano, e multa.

    Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciria e/ouagente pblico, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso aaparelho telefnico, de rdio ou similar, que permita a comunicaocom outros presos ou com o ambiente externo:(Includo pela Lei n11.466, de 2007).

    CORRUPO

    ATIVA PASSIVA

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 53

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Pena: deteno, de 3 (trs) meses a 1 (um) ano.

    O art. 319, at por ser mais antigo e aplicvel em um maior nmero de situaes, o mais cobrado em prova. O mais importante nele a parte destacada: para satisfazerinteresse ou sentimento pessoal.

    Na prevaricao no necessrio se receber nada para se omitir, o agente se omitepara a satisfao pessoal.

    Exemplo: Policial Rodovirio Federal para veculo com condutora semhabilitao e resolve liber-la s porque ela bonita.

    Por favor, habilitao edocumento do veculo.

    Eu no tenho habilitao. Estou tirando ainda.Ela at

    bonita e dissea verdade.

    Vou liberar ela.J fico com uma

    moral. Quem sabe,um dia?

    Vou te liberar, mas trate de tirarsua habilitao.

    Obrigado

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 54

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Gabarito Alternativa 04

    Questo 68

    O policial militar sai em diligncia, tentando capturar agente acusado de prtica deato delituoso. Tentando livrar-se da perseguio, h troca de tiros pelo que tomba oagente em bito.

    Nessa situao, com relao ao policial militar, h hiptese de01) excluso de ilicitude por estado de necessidade.02) excluso de ilicitude por estrito cumprimento de dever legal.03) crime doloso.04) crime culposo.05) crime impossvel.

    Classificao:

    Disciplina Direito PenalPonto do Edital 2.6 Causas de Excluso de Ilicitude

    Resoluo:

    Ao ler esta questo, uma forte dvida deve ter pairado em sua mente:

    Vou comentar sobre isso daqui a pouco.Vamos responder a questo por eliminao e depois voltamos a este ponto, OK?

    Alternativa 01 excluso de ilicitude por estado de necessidade.

    Estranho!!! Para mim isto era legtima defesa.

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 55

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Infelizmente, esta uma excludente de ilicitude de pouqussima aplicao emnossa atividade, basta que voc se recorde do que dispe o 1 do art. 24 do CdigoPenal:

    Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem praticao fato para salvar de perigo atual, que no provocou por sua vontade,nem podia de outro modo evitar, direito prprio ou alheio, cujosacrifcio, nas circunstncias, no era razovel exigir-se. (Redaodada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    1 - No pode alegar estado de necessidade QUEMTINHA O DEVER LEGAL DE ENFRENTAR OPERIGO. (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    (...)

    Pense comigo, qual seria a maneira mais fcil de evitar a morte do agente quepraticou o delito?

    Deix-lo fugir. Porm, se fosse assim, algum seria preso?Possivelmente no.O policial militar tem o dever de prender quem se encontrar em situao em que

    caiba a priso por flagrante delito e o 1 do art. 24 deixa claro que ele no pode alegarestado de necessidade para se salvar deste perigo, logo, poderia ser responsabilizado porprevaricao. Afinal, ele treinado para isso: Enfrentar o perigo com a devida tcnica ecautela, de forma a preservar a sua integridade fsica e das demais pessoas a sua volta.

    Logo, fica claro, que para este tipo de situao, no se deve falar em Estado deNecessidade, OK?

    Alternativa 02 excluso de ilicitude por estrito cumprimento de dever legal.

    O policial tem o dever legal de enfrentar o perigo, isso eu sei,mas no tenho certeza se isto seria o caso de estado de

    necessidade. Vou ver a prxima alternativa.

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 56

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Alternativa 03 crime doloso.

    No se trata de crime doloso, porque o policial no tinha a inteno e nemassumiu o risco de matar o agente que praticou o ato delituoso. A inteno do policialera a priso, como deixa claro o enunciado tentando capturar.

    Alternativa 04 crime culposo.

    Pela descrio apresentada no enunciado, no possvel vislumbrar nenhumanegligncia, impercia ou imprudncia por parte do policial que pudesse configurar asua culpa na morte do agente.

    Na verdade, houve imprudncia do policial com a sua prpria segurana. Noacreditem naqueles filmes em que o policial sai sozinho, enfrenta 100 (cem) bandidos,mata 40 (quarenta), quebra o brao de 30 (trinta), joga 20 (vinte) pela janela e deixa 10(dez) desmaiados. Voc no o Chuck Norris. Aprenda desde cedo que um dosprincpios aplicveis atividade policial sempre buscar a superioridade numrica,OK?

    Alternativa 05 crime impossvel.

    No se trata de crime impossvel, pois, a ao praticada pelo policial se deu pormeio apto causa o evento morte (arma de fogo) e o bem jurdico vida existia.

    Por eliminao verificamos que a nica alternativa que pode ser o nosso gabarito a alternativa 02, mas a pergunta que no quer calar sobre o motivo de ser estritocumprimento do dever legal e no legtima defesa.

    A resposta: Interpretao do examinador.

    Mas isso um absurdo!!! Eu passo o ano todo estudando. Novou para festa, balada, minha namorada me deixou. Tudo paraser oficial e ele faz isso comigo. Eu vou desistir desse negcio.

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 57

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Calma!!! Muita calma!!!No Direito, diferente da Matemtica, as coisas nem sempre so exatas.Vamos recordar os conceitos de legtima Defesa e de Estrito Cumprimento do

    Dever Legal.

    Legtima Defesa Quando se usando moderadamente dos meios necessrios, serepele injusta agresso, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.

    Estrito Cumprimento do Dever Legal Se prtica um fato tpico (crime oucontraveno penal), mas o faz em cumprimento a um dever previsto em lei.

    O dever do policial no de matar, muito pelo contrrio, o de preservar vidas,mas, tambm, o de prender quem se encontrar em flagrante delito, utilizando-se,inclusive, da fora necessria para isso.

    Se o autor do delito oferece resistncia de qualquer tipo, inclusive, investindocontra o policial, este pode se defender da injusta agresso, se configurando a legtimadefesa, mas, tambm, temos a configurao do estrito cumprimento do dever legal.

    Qual o fato tpico praticado pelo policial?Em tese, homicdio.S que o policial somente matou o agente em razo de sua injusta agresso (leva a

    ideia de legtima defesa), de seu dever funcional de enfrentar o perigo (no pode alegarestado de necessidade) e de sua obrigao de prender quem se encontra em flagrantedelito (configura o estrito cumprimento do dever legal).

    Deu para entender?O policial pode alegar as 2 (duas) excludentes de ilicitude.Ou seja, no podemos reclamar disso, n? Quanto mais proteo jurdica os

    policiais puderem ter, mas tranquilos podero exercer as suas funes.

    Gabarito Alternativa 02

  • Resoluo da Prova do CFOPMBA 2010 P g i n a | 58

    Elaborado pelo 1 Ten QOPMBA Vitor Peralva Santos [email protected]

    Questo 69

    Quando o agente v a sua inteno de cometer o crime frustrada, porcircunstncias alheias sua vontade, ocorre a figura penal de

    01) crime impossvel.02) arrependimento.03) tentativa.04) crime consumado.05) desistncia voluntria.

    Classificao:

    Disciplina Direito PenalPonto do Edital 2. Do Crime (2.2 + 2.3 + 2.4 + 2.5)

    Resoluo:

    Vimos boa parte destes institutos na questo 36 da resoluo da prova de 2009,mas como recordar viver, vamos rever o assunto e transcreverei as explicaes dadasna prova passada em algumas alternativas.

    Alternativa 01 crime impossvel.

    O crime impossvel encontra previso no art. do Cdigo Penal:

    Art. 17 - No se pune a te