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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Processo Seletivo – 2018 FAMED – COREME PROVA DE ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS – TIPO 1 ____________________________________________________________________________ Uberlândia, 10 de Dezembro de 2017 Página 1 de 20 PROCESSO SELETIVO PARA PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA PROVA DE ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS Leia atentamente as instruções seguintes: 1. Este caderno de questões contém 40 (quarenta) questões de múltipla escolha, com quatro opções (A, B, C, D), com uma única resposta correta e 2 questões discursivas. 2. Confira se o seu caderno de questões contém a quantidade de questões correta. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito de impressão ou apresente qualquer divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providencias necessárias. 3. O tempo disponível para esta prova é de quatro horas. 4. Aguarde a autorização do aplicador da sala para abrir o caderno de questões. 5. O cartão-resposta deverá ser preenchido e assinado somente com caneta esferográfica de tinta preta e corpo transparente. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu cartão-resposta. Os rascunhos e as marcações assinaladas no caderno de questões não serão considerados na avaliação. Marque apenas uma opção de resposta para cada questão, preenchendo totalmente a quadrícula que julgar ser a resposta correta. Não haverá substituição do cartão-resposta quando ocorrer erro no preenchimento ou rasuras. 6. Quando terminar a prova, acene para chamar o aplicador e entregue este caderno de questões e o cartão-resposta. 7. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar o seu caderno de questões ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o término das provas. 8. Ao final da prova, os três últimos candidatos restantes na sala deverão entregar seus cartões-resposta simultaneamente. 9. Após o aviso do término do tempo de prova, o candidato que ultrapassar esse limite, continuar marcando suas respostas e se recusar a entregar o cartão-resposta, terá a sua prova anulada. 10. Ao deixar em definitivo a sala de prova, você não deverá permanecer nos corredores do bloco ou em qualquer outro local destinado ao concurso. T T I I P P O O 1 1

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PROCESSO SELETIVO PARA PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA

MÉDICA

PROVA DE ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

Leia atentamente as instruções seguintes: 1. Este caderno de questões contém 40 (quarenta) questões de múltipla escolha, com

quatro opções (A, B, C, D), com uma única resposta correta e 2 questões discursivas. 2. Confira se o seu caderno de questões contém a quantidade de questões correta. Caso o

caderno esteja incompleto, tenha defeito de impressão ou apresente qualquer divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providencias necessárias.

3. O tempo disponível para esta prova é de quatro horas. 4. Aguarde a autorização do aplicador da sala para abrir o caderno de questões. 5. O cartão-resposta deverá ser preenchido e assinado somente com caneta

esferográfica de tinta preta e corpo transparente. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu cartão-resposta. Os rascunhos e as marcações assinaladas no caderno de questões não serão considerados na avaliação. Marque apenas uma opção de resposta para cada questão, preenchendo totalmente a quadrícula que julgar ser a resposta correta. Não haverá substituição do cartão-resposta quando ocorrer erro no preenchimento ou rasuras.

6. Quando terminar a prova, acene para chamar o aplicador e entregue este caderno de questões e o cartão-resposta.

7. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar o seu caderno de questões ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o término das provas.

8. Ao final da prova, os três últimos candidatos restantes na sala deverão entregar seus cartões-resposta simultaneamente.

9. Após o aviso do término do tempo de prova, o candidato que ultrapassar esse limite, continuar marcando suas respostas e se recusar a entregar o cartão-resposta, terá a sua prova anulada.

10. Ao deixar em definitivo a sala de prova, você não deverá permanecer nos corredores do bloco ou em qualquer outro local destinado ao concurso.

TTIIPPOO 11

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01 – Durante inventário videolaparoscópico, observada deformidade na região apontada na seguinte imagem:

Trata-se de:

A. Hérnia obturadora. B. Hérnia inguinal direta. C. Hérnia inguinal indireta. D. Hérnia femoral.

02 – Durante uma esofagectomia, ao optarmos pelo estômago como órgão de plastia, através de tubo gástrico isoperistáltico, devemos ter especial cuidado em preservar:

A. Vasos gástricos curtos. B. Artéria gástrica esquerda. C. Artéria gastroepiplóca esquerda. D. Artéria gastroepiplóica direita.

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03 – Com o advento da cirurgia bariátrica, inúmeros estudos identificaram o tubo gastro-intestinal como o maior órgão endócrino. Com relação a fisiologia digestiva, podemos afirmar:

A. A somatostatina é o mais potente estimulador gastro-intestinal, sendo o octreotídeo seu antagonista sintético, muito utilizado no tratamento de fistulas digestivas de alto débito.

B. O Peptídeo YY possui ação antagônica ao GLP-1, estimulando o apetite em pacientes em estados de hiporexia severa.

C. A produção do GLP-1 é inibida pelas alterações anatômicas produzidas pela cirurgia bariátrica, que permitem uma chegada precoce do bolo alimentar ao íleo terminal.

D. A produção de colecistoquinina por células duodenais é estimulada pela presença de gorduras no lúmen intestinal e estimula a contração da vesícula biliar e a saciedade.

04 – A resposta endócrino-metabólica ao trauma cirúrgico (REMIT) tem como objetivo oferecer condições para adequada recuperação do organismo. Entretanto, quando exarcebada, pode trazer efeitos deletérios e, em algumas situações, até danos irreversíveis. Qual das medidas abaixo atenua a liberação de cortisol após intervenção cirúrgica?

A. Utilização de videolaparoscopia com auxílio do CO2. B. Laparotomia xifo-umbilical com hemostasia rigorosa. C. Anestesia geral inalatória. D. Esternotomia com utilização de serra elétrica.

05 – Você está em uma hepatectomia esquerda videolaparoscópica através de acesso glissoniano. Após adequada determinação dos pontos de entrada do endogrampeador no parênquima hepático, você solicita para a instrumentadora uma carga vascular, padronizada com a cor:

A. Branca B. Dourada C. Verde D. Roxa

06 – Em uma anastomose bilio-digestiva, para correção de uma lesão iatrogênica de via biliar posterior a uma colecistectomia videolaparoscópica, você pergunta quais os fios disponíveis para uso. Entre as opções, disponibilizadas pela circulante, após consulta a farmácia do Centro Cirúrgico, qual é a melhor opção?

A. Polipropileno B. Algodão C. Poligalactina D. Poliéster

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07 – Uma mulher com 33 anos foi submetida a apendicectomia através de incisão mediana infra-umbilical devido apendicite aguda complicada. Devido dúvida quanto a viabilidade do coto apendicular, optado por exteriorização de dreno túbulo-laminar em fossa ilíaca direita (FID). No 6ºPO, houve exteriorização de secreção com aspecto fecalóide por tal dreno. Paciente consciente, eupnéica, estável e normal hemodinamicamente, com abdome discretamente doloroso a palpação profunda de fossa ilíaca direita. Inicialmente, qual seria a melhor conduta?

A. Laparotomia exploradora. B. Início imediato de antibioticoterapia. C. Tomografia de abdome. D. Teste com administração oral de azul de metileno.

08 – Um jovem com 16 anos, masculino, é submetido a apendicectomia videolaparoscópica devido apendicite aguda não complicada. Recebeu alta no 1ºPO, após evolução sem intercorrências. No 7ºPO, procura PS com queixa de hiperemia, dor e abaulamento da ferida pós-operatória. Sem outras queixas quaisquer. Nesse caso, a melhor conduta é:

A. Antibioticoterapia oral com cefalexina de 1ª geração. B. Antibioticoterapia parenteral com quinolona. C. Reabordagem cirúrgica. D. Abertura de ponto da ferida e lavagem diária com água e sabão.

09 – A portaria do Ministério da Saúde No 1.160, de 29 de maio de 2016, modificou os critérios de distribuição de fígados de doadores cadáveres. Dentre os pacientes abaixo, qual teria prioridade em receber um enxerto disponível, obedecidos os critérios de compatibilidade?

A. Cirrótico por Hepatite C com MELD de 22. B. Cirrótico portador de hepatocarcinoma com lesão única de 4,2 cm de

diâmetro, listado há 4 meses. C. Cirrótico portador de hepatocarcinoma com lesão de 5,1 cm de diâmetro,

listado há 7 meses. D. Cirrótico por Hepatite etanólica com MELD de 26 e abstinência alcoólica

há 60 dias.

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10 – Um homem com 66 anos, negro, chagásico, é encaminhado ao

ambulatório de Cirurgia do Aparelho Digestivo para avaliação de Megaesôfago.

Nega cirurgias prévias e outras comorbidades. Nega tabagismo e etilismo.

Apresenta os seguintes resultados de exames complementares:

Endoscopia digestiva alta com aumento do calibre esofágico, difícil

transposição do cárdia e gastrite enantematosa leve.

Esofagograma baritado mostrou diâmetro esofágico de 8 cm.

Manometria esofágica com esfíncter esofágico hipertônico, corpo esofágico

com ondas sincrônicas com pressão média de 16 mmHg. Esfíncter

esofágico superior sem anormalidades.

Qual é a melhor conduta?

A. Dilatação endoscópica com balão.

B. Cardiomiotomia a Heller-Pinotti videolaparoscópica.

C. Procedimento de Serra-Dória.

D. Esofagectomia transhiatal videolaparoscópica.

11 – Paciente não identificado trazido pelos bombeiros após queda de moto,

com colar cervical e prancha rígida. Respiração bastante ruidosa, com estridor.

SaO2: 87% com máscara de O2 a 15L/min. Inspeção cervical com deformidade

e crepitação em proeminência laríngea associadas a enfisema subcutâneo.

MV+ bilateralmente sem ruídos adventícios. Estável e normal

hemodinamicamente. Optada por intubação orotraqueal, sem sucesso.

Qual é a conduta mais adequada?

A. Passagem de máscara laríngea.

B. Realização de cricotireoidostomia por punção.

C. Realização de cricotireoidostomia cirúrgica.

D. Traqueostomia.

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12 – Mulher, branca, 69 anos, dá entrada em pronto atendimento secundário devido dor contínua em hipocôndrio direito (HCD), associada a febre de 38C termometrada e vômitos frequentes. O colega de plantão solicita, via SUS Fácil, vaga para transferência ao hospital de referência, com diagnóstico de “abdome agudo inflamatório”, após iniciar empiricamente Ceftriaxone e Metronidazol endovenosos. Após 48 horas aguardando a vaga, a paciente evolui com melhora da dor em HCD, porém, é transferida para o hospital de referência. Na admissão, foram observados vômitos não biliosos, logo após cada tentativa de ingestão oral, com cólicas em andar superior de abdome, sem distensão abdominal evidente. Foi realizado RX de tórax, cuja imagem é apresentada a seguir:

O diagnóstico topográfico, responsável pelas manifestações clinicas observadas no hospital de referência, é:

A. Vesícula biliar. B. Válvula íleo-cecal. C. Transição jejuno-ileal. D. Piloro.

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13 – Mulher, 37 anos, com quadro de icterícia há 20 dias associada a cólicas frequentes em HCD. Nega uso regular de medicação. Possui 2 cesáreas prévias. Bypass gástrico videolaparoscópico há 2 anos. Nega tabagismo e etilismo. Resultados de exames laboratoriais: Hemograma Hb: 14,5; Leucócitos: 10.500 (0-77-1-0-23-5); PLAQ: 225.000; Bilirrubinas Totais: 7,5; Bilirrubina Direta: 6,5; Fosfatase Alcalina: 390; Gama GT: 835; AST: 55; ALT: 35; Amilase sérica: 70; PCR: 10; Albumina sérica: 4,0; RNI: 1,12. Colangiorressonância: Colecistopatia calculosa crônica. Cálculo em colédoco com 18 mm. Colédoco distal dilatado com 13 mm. Nesse caso, qual é a conduta terapêutica indicada?

A. CPRE e Colecistectomia videolaparoscópica no mesmo tempo. B. CPRE e Colecistectomia videolaparoscópica 24h após. C. Colecistectomia, Coledocolitotomia e Coledocostomia com dreno de

Kher. D. Colecistectomia e Anastomose coledocoduodenal.

14 – Paciente com 32 anos, masculino, branco, é submetido a laparotomia exploradora devido ferimento por arma de fogo, na qual houve necessidade de enterectomia, com subsequente enteroenteroanastomose término-terminal manual. No 7PO, evoluiu com febre de 38,6C, associada a desconforto abdominal e inapetência. Em visita de leito, foi solicitada Tomografia Computadorizada de abdome, cuja imagem é apresentada a seguir:

Nesse caso, inicialmente, a melhor conduta seria:

A. Antibioticoterapia. B. Drenagem percutânea + Antibioticoterapia. C. Laparotomia exploradora com lavagem da cavidade. D. Laparotomia exploradora com exteriorização de anastomose intestinal.

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15 – Um homem com 75 Kg, 33 anos, foi submetido a uma enterectomia com enterro-entero-anastomose término-terminal primária, após trauma abdominal fechado. No 4ºPO, paciente evoluiu com distensão abdominal, associada a discreta dor a palpação abdominal, mais acentuada em adjacências de ferida operatória. RX de abdome revelou distensão difusa de alças abdominais, de delgado e cólon. Dados vitais sem anormalidades. Exames laboratoriais Hb: 10,9; Leucócitos 12.500 (sem desvio a esquerda); Plaquetas: 339.000; PCR: 14,6; Uréia: 39; Creatinina: 1,1; Na: 138; K: 2,8. Foi feita a hipótese diagnóstica de íleo adinâmico, secundário a hipopotassemia. Qual o volume mínimo de solução de KCl a 15% deverá ser prescrito para esse paciente, para adequada reposição eletrolítica?

A. 72 mL

B. 80 mL

C. 90 mL

D. 144 mL

16 – Paciente do sexo masculino, 39 anos, foi admitido no serviço de saúde devido ferimento por arma de fogo em dorso, na região lombar paravertebral direita. Chegou ao Pronto Socorro com sinais inequívocos de peritonite. Foi submetido a laparotmia exploradora, na qual foi identificado hematoma em topografia de cabeça de pâncreas, associado a lesão transfixante de jejuno. Foi realizada enterectomia com enteroenteroanastomose. No 4 dia de pós-operatório, o paciente evoluiu com distensão abdominal, peritonismo e saída de secreção entérica pela ferida operatória. Ele estava em jejum desde a primeira abordagem. Foi então indicada nova laparotomia, na qual foi identificada lesão de cerca de 50% da luz da terceira porção duodenal, associada a laceração superficial da cabeça pancreática, com peritonite purulenta difusa. Assinale a estratégia cirúrgica mais adequada.

A. Rafia da lesão duodenal em 2 planos com drenagem local. B. Exteriorização da lesão em parede abdominal com maturação precoce. C. Rafia da lesão, drenagem local, e exclusão pilórica com

gastroenteroanastomose. D. Duodenopancreatectomia com preservação pilórica e drenagem local.

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17 – Um homem de 27 anos é admitido no Pronto Socorro após facada em epigástrio, trazido por terceiros. Está consciente e orientado. Eupneico. SaO2: 97% com máscara facial de O2. FR: 17 irpm. FC: 92 bpm. PA: 110x60 mmHg. Apresenta abdome plano, normotenso, com lesão pérfuro-cortante em epigástrio com cerca de 15 mm, moderada dor abdominal a palpação profunda de andar superior de abdome, com descompressão abdominal brusca do abdome indolor. Sobre este caso, podemos afirmar:

A. Deve ser realizada exploração digital da lesão, com antissepsia e anestesia locais.

B. Pode ser realizado curativo oclusivo da lesão e tomografia contrastada de abdome.

C. Há indicação formal de laparotomia exploradora devido à localização da lesão.

D. A observação com exame físico seriado por 24 horas está contraindicada devido à baixa sensibilidade do método para identificação de lesões intra-abdominais.

18 – Você indica uma hernioplastia inguinal para um paciente com 49 anos, masculino, que faz uso de carvedilol, sinvastatina e insulina NPH regularmente. Um dia antes do procedimento, tal paciente o procura para sanar algumas dúvidas pré-operatórias. Em relação ao preparo pré-operatório do paciente cirúrgico podemos afirmar:

A. Os fármacos beta-bloqueadores e estatinas devem ser suspensos antes da cirurgia.

B. O paciente deve receber 1/3 a 1/2 dose de insulina NPH na manhã da cirurgia.

C. Refeições leves devem ser administradas em até 8 horas antes do procedimento cirúrgico.

D. Por se tratar de paciente ASA I, não há necessidade de exames complementares.

19 – Paciente com 71 anos, masculino, com queixa de epigastralgia em queimação há 1 ano que, há 3 meses, se intensificou e se tornou praticamente contínua. EDA revelou lesão ulcerada em cárdia, classificada como Sywert III, com confirmação topográfica pelo RX de esôfago, estômago e duodeno, cuja biópsia revelou adenocarcinoma moderadamente diferenciado. TC abdominal revelou apenas linfonodos perigástricos aumentados, sobretudo em pequena curvatura. Qual seria a melhor conduta cirúrgica?

A. Esofagectomia subtotal com reconstrução através de tubo gástrico. B. Gastrectomia total com esofagectomia distal com reconstrução em Y-de-

Roux. C. Esofagogastrectomia total com esofagocoloplastia. D. Gastrectomia proximal com esofagectomia distal com

esofagogastroanastomose.

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20 – Paciente com 52 anos, mulher, é submetida a retossigmoidectomia eletiva oncológica devido adenocarcinoma, com reconstrução primária. Foi indicada adjuvância com quimioterapia. Durante seguimento, foi identificada lesão com 2 cm de diâmetro em segmento 3 do fígado, compatível com metástase. A melhor conduta seria:

A. Quimioterapia exclusiva. B. Quimioterapia e radioterapia. C. Lobectomia lateral esquerda. D. Trissigmenctectomia esquerda.

Para as questões 21 e 22, considere o caso clínico apresentado a seguir: Uma mulher com 39 anos dá entrada no Pronto Socorro com quadro de dor abdominal em cólica, associada a vômitos frequentes, há 6 horas. Nega comorbidades. Realizou, há 2 anos, by-pass gástrico em Y-de-Roux videolaparoscópico para tratamento de obesidade. Ao exame: regular estado geral, com fácies de dor, consciente, orientada, desidratada, corada, acianótica e afebril, eupneica, estável hemodinamicamente. Apresenta abdome distendido, doloroso a palpação profunda de mesogástrio, porém, sem sinais de peritonite. Foi realizada Tomografia Computadorizada de abdome, cuja imagem é apresentada a seguir:

21 – Qual é o diagnóstico mais provável?

A. Gastroenterocolite aguda. B. Isquemia mesentérica. C. Adenocarcinoma gástrico. D. Hérnia de Petersen.

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22 – Qual é a melhor conduta? A. Antibioticoterapia parenteral com ceftriaxone e metronidazol. B. Arteriografia seletiva de Artéria Mesentérica Superior e embolectomia. C. Gastrectomia total com linfadenectomia a D2 + Y-de-Roux. D. Videolaparoscopia com realocação de intestino delgado e fechamento de

brecha mesentérica. 23 – Paciente do sexo masculino, 36 anos, com Doença do Refluxo Gastroesofágico há 10 anos, está em uso regular de Esomeprazol 40mg/dia. Há 3 meses, foi submetido a Endoscopia Digestiva Alta, que revelou, em esôfago distal, área avermelhada, de contornos bem definidos, com 3,6 cm de extensão, cuja biópsia revelou metaplasia intestinal com epitélio glandular sem displasia. Em serviço de saúde facultativo, optou-se por dobrar a dose do Esomeprazol e repetir a Endoscopia Digestiva Alta após 60 dias. Nesse exame, foram encontrados os mesmos achados endoscópicos e anátomo-patológicos anteriores. Qual é a conduta mais adequada? A. Manutenção de Esomeprazol em dose dobrada, com vigilância endoscópica

trienal. B. Submucosectomia endoscópica. C. Fundoplicatura videolaparoscópica através da Técnica de Nissen. D. Esofagectomia transhiatal videolaparoscópica. 24 – Paciente masculino com 42 anos com diagnóstico de tuberculose miliar está internado em UTI, sob ventilação mecânica através de tubo oro-traqueal. Estava hemodinamicamente estável, ás custas de 0,7 mic/kg/min de noradrenalina, quando, de repente, começa instabilidade hemodinâmica, com necessidade de 1,5mic/kg/min. O paciente está com monitorização invasiva que evidencia diminuição do débito cardíaco, aumento da resistência vascular periférica, elevação da pressão venosa central e elevação da pressão capilar pulmonar. Qual é a conduta que deve ser tomada para reversão desse quadro?

A. Punção torácica bilateral com cateter teflonado n 12. B. Drenagem torácica bilateral com dreno multifenestrado n 36. C. Pericardiocentese através de punção subxifoidea. D. Toracofrenolapatoromia de urgência.

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25 – Uma mulher de 19 anos procura ambulatório de afecções da parede abdominal devido abaulamento redutível em região inguinal esquerda, há 6 meses. Está muito ansiosa pois lhe falaram na UBS que o tratamento é cirúrgico e, então, faz alguns questionamentos com relação ao procedimento, a necessidade de uso de telas e da possibilidade de “tratamento por vídeo”. Considerando as Diretrizes para o Tratamento das Hérnias Inguinais e Femorais da Sociedade Europeia de Hernias de 2009, atualizados em 2013 e adotados recentemente pela World Hernia Society, pode-se afirmar:

A. Não são indicadas técnicas com o uso de telas, em virtude do alto índice de dor crônica, dando-se preferência à técnica de Bassini ou Shoudice.

B. O reparo pela técnica de Lichtenstein não é considerado o padrão ouro para o tratamento cirúrgico das hérnias inguinais primárias em mulheres, em virtude de não prevenir as recidivas femorais.

C. A técnica de Stoppa é contra-indicada no tratamento cirúrgico das hérnias inguinais complexas.

D. O reparo por via posterior, com colocação de telas no espaço pré-peritoneal, através de técnicas endoscópicas e laparoscópicas minimamente invasivas, não vem se mostrando custo-efetivas no controle das recidivas e dor crônica em pacientes adultos quando comparadas ao reparo anterior.

26 – Um garoto de 17 anos foi admitido no setor de cirurgia do Pronto Socorro devido quadro de dor em fossa ilíaca direita há 36 horas, associada a vômitos e febre baixa não aferida. Ao exame físico, apresenta descompressão brusca dolorosa em ponto de McBurney. Foi realizado o diagnóstico clínico de apendicite aguda. Considerando a recente publicação da World Society for Emergency Surgery, que definiu novas diretrizes para o tratamento da apendicite aguda (WSES Jerusalem guidelines for diagnosis and treatment of acute appendicitis), podemos afirmar:

A. O tratamento clínico com antibióticos de amplo espectro não pode ser utilizado como opção terapêutica de primeira linha em pacientes com apendicite aguda não complicada.

B. A apendicectomia laparoscópica deve ser evitada em pacientes obesos e mulheres não grávidas.

C. A drenagem percutânea de abscessos peri-apendiculares associada a antibioticoterapia deve ser evitada, pois poderá retardar o tratamento definitivo da apendicite aguda.

D. O uso de drenos não demonstrou eficácia em prevenir abscessos intra-abdominais e estão aparentemente associados a uma permanência hospitalar desnecessariamente prolongada.

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27 – A estratégia do “Open Abdomen” vem sendo desenvolvida ao longo das últimas décadas como alternativa de manejo da sepse de origem abdominal, síndrome compartimental e controle de danos, não só no trauma, mas também, em complicações abdominais atraumáticas. Em relação aos conceitos mais recentes do Consenso da Conferência Internacional sobre o Abdome Aberto no Trauma, qual desses enunciados não é verdadeiro.

A. No tratamento do abdome aberto com fistula, os curativos à vácuo estão contra-indicados, pois a aspiração do conteúdo entérico perpetua o débito fistuloso.

B. As telas biológicas reticuladas não devem ser utilizadas na reconstrução da parede abdominal de pacientes que apresentam fístulas entero-atmosféricas.

C. As estratégias de fechamento temporário que utilizam curativo à vácuo com tração fascial são aquelas que trazem melhores possibilidades de fechamento definitivo precoce.

D. Fístulas que não se resolvem espontaneamente em até 4 semanas devem ser consideradas para ressecção cirúrgica.

28 – Paciente masculino, com 56 anos, é operado no Pronto Socorro devido abscesso anorretal, sendo submetido a drenagem do mesmo sob raquianestesia. Após 60 dias, o mesmo evoluiu com saída de secreção purulenta, recorrente, em região perianal. A inspeção, presença de trajeto fistuloso fibrótico perianal. Solicitada ressonância magnética que demonstrou se tratar de fístula perianal transesfincteriana. A melhor estratégia para tratamento da mesma seria:

A. Fistulectomia. B. Fistulotomia. C. Seton. D. Injeção de polímeros no trajeto fistuloso.

29 – Paciente com 59 anos, masculino, é admitido no PS devido quadro de dor abdominal em cólica, há 5 dias, associada a parada de eliminação de flatos e fezes, além de vômitos. Há 2 dias, houve piora da dor abdominal, agora contínua, e com sinais de peritonite ao exame físico. Solicitado RX de abdome, em posição supina, que revelou intensa distensão de intestino delgado, ausência de ar em reto e pneumoperitôneo. Indicada laparotomia exploradora que evidenciou tumor estenosante em transição retossigmóidea associada a isquemia e perfuração de ceco, com cerca de 1 cm de diâmetro. Qual é a melhor conduta cirúrgica?

A. Retossigmoidectomia com reconstrução a Hartmann, rafia cecal e drenagem abdominal.

B. Retossigmoidectomia com reconstrução a Hartmann, colectomia direita e ileostomia com fístula mucosa.

C. Colectomia direita, ileostomia e fístula mucosa com cólon transverso. D. Colectomia total com reconstrução a Hartmann e ileostomia.

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30 – Paciente com 19 anos, mulher, chega no ambulatório com abaulamento cervical a esquerda, há 7 dias, associada a dor local e febre de 38,9C. Ao exame, apresenta dor intensa a palpação, com hiperemia e calor associados. Não foi observado ponto de flutuação. Ele traz uma Tomografia Computadorizada cervical, solicitada por serviço de saúde facultativo, cuja imagem é apresentada a seguir:

Qual é a melhor conduta?

A. Antibioticoterapia oral, antiinflamatórios não estereoidais, calor local e reavaliação ambulatorial em 72h.

B. Encaminhamento para internação para antibioticoterapia parenteral. C. Encaminhamento para internação para punção e antibioticoterpaia

parenteral. D. Cervicotomia para drenagem ampla e desbridamento local, se

necessário. 31 – Paciente do sexo feminino, mulher, 66 anos, apresenta dor intensa em membro inferior esquerdo com início há 2 horas. Refere ser portadora de arritmia, fazendo uso regular de medicação, que não sabe especificar o nome. Nega qualquer dor prévia em membros inferiores ou histórico de claudicação. Dados vitais: SaO2: 94% com cateter de O2. FC: 120 bpm. PA: 180x90 mmHg. Ao exame, pulsos presentes em membro inferior direito. No esquerdo, não detectados e palidez associada a frieza em extremidade. Qual é a conduta mais adequada?

A. Trombólise sistêsmica. B. Beta-bloqueador e doppler venoso. C. Heparinização sistêmica e arteriografia. D. Heparinização sistêmica e exploração cirúrgica.

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32 – Uma criança com 8 dias de vida é levada ao Pronto Socorro com vômitos não

biliosos, minutos após as mamadas, e diminuição da eliminação de fezes. Ao

exame físico, foi observada desidratação e massa palpável em

epigástrio, com peristalt ismo de luta visível em andar superior de abdome.

Considerando o quadro descrito, qual dos resultados de gasometria abaixo mais se

aproxima da esperada para esta criança?

A. pH= 7,3; pCO2 = 60 mmHg; HCO3- = 30 mEq/l

B. pH= 7,48; pCO2 = 48 mmHg; HCO3- = 36 mEq/l

C. pH= 7,4; pCO2 = 25 mmHg; HCO3- = 15 mEq/l

D. pH= 7,52; pCO2 = 30 mmHg; HCO3- = 24 mEq/ l

33 – Com o advento da videolaparoscopia, um enorme número de procedimentos

pode ser realizado através dessa via de acesso. No entanto, tal forma de cirurgia

pode trazer repercussões sistêmicas, por vezes, intensa, que exigem, até,

conversão, ainda que raramente.

Sobre tais alterações, podemos afirmar que a laparoscopia:

A. Pode elevar a pressão intra-craniana e causar edema cerebral, sobretudo,

quando o paciente é posicionado em anti-trendelenburg.

B. Há prejuízo da função pulmonar pela absorção de CO2, observada,

principalmente, no período pós-operatório, quando comparada ao

procedimento aberto.

C. Taquicardia pode ser induzida por resposta compensatória à diminuição do

retorno venoso e pela absorção de CO2.

D. Existe menor risco de TVP por menor ativação de citocinas pró-inflamatórias,

quando comparada ao procedimento aberto.

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34 – Mulher de 50 anos foi submetida a colecistectomia videolaparoscópica, indicada na urgência, devido diagnóstico de colecistite aguda. Recebeu alta hospitalar no 2 dia de pós-operatório. No 5 de pós-operatório, retornou ao Pronto Socorro com quadro de dor abdominal, associada a distensão do abdome e vômitos. Ao exame físico, ela estava em regular estado geral, ictérica, eupneica, estável hemodinamicamente, com abdome distendido e doloroso, com certo peritonismo. Ultrassonografia abdominal revelou a presença de líquido livre em cavidade abdominal. Foi optado, então, por videolaparoscopia, que evidenciou coleperitôneo, porém, não se identificou fístula biliar evidente. Foi realizada a lavagem da cavidade e a drenagem do hilo hepático. Após a cirurgia, houve melhora do quadro abdominal e a saída de cerca de 900 ml de bile pelo dreno. Exames complementares Leucograma: 14.000 (sem desvios); Hb: 10,9; Plaquetas: 420.000; BT: 4,8; BD: 4,0; AST: 80; ALT: 55; Gama GT: 652; FA: 423; Amilase: 90; RNI: 1,27; Albumina: 2,67; PCR: 14,5. A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) realizada, mostrou a seguinte imagem:

Neste momento, a melhor conduta seria:

A. Jejum oral e nutrição parenteral. B. Dieta livre via oral com suplementação enteral. C. Reconstrução biliar com anastomose término-terminal de colédoco. D. Derivação bilio-digestiva em Y-de-Roux.

35 – Mulher, 45 anos, branca, apresentou colelitíase em ultrassonografia de rotina, solicitada pela médica ginecologista. Ela estava assintomática e procura seu ambulatório, perguntando se há necessidade formal de colecistectomia videolaparoscópica. Você responde que:

A. Sim, em todos os casos. B. Não, somente em casos com sintomas e/ou complicações. C. Depende, se for candidata a transplante renal, deve ser colecistectomizada

primeiro. D. Depende, se for dislipidêmica, deve ser colecistectomizada.

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36 – Paciente masculino, 23 anos, procura Pronto Socorro devido dor intensa em

pênis durante intercurso sexual, associado a “estalo” e perda abrupta de ereção. Ao

exame, observados desintumescimento e deformidade penianos.

Considerando os dados apresentados, a correção cirúrgica da lesão envolve

obrigatoriamente:

A. Uretra peniana.

B. Corpo esponjoso.

C. Corpo cavernoso.

D. Nervo cavernoso.

37 – Paciente é trazido ao Pronto Socorro pelos bombeiros, vítima de incêndio

domiciliar de grandes proporções. É admitido no serviço de emergência

desacordado, com queimaduras de segundo e terceiro graus em face, tronco e

membros, estimada em 80% da superfície corporal. Peso aparente: 100kg. É

intubado e colocado em ventilação mecânica, com sucesso.

De acordo com as recomendações do Advanced Trauma Life

Support® (ATLS®), o volume mínimo de Ringer Lactato intravenoso que

esse paciente deve receber nas primeiras 8 horas é:

A. 5.000 mL

B. 8.000 mL

C. 16.000 mL

D. 32.000 mL

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38 – Paciente com 54 anos, masculino, submetido a apendicectomia

videolaparoscópica há 14 dias, sem intercorrências e boa evolução pós-operatória.

Hoje, assintomático, traz resultado de anatomo-patológico da peça operatória:

“Produto de apendicectomia: apendicite aguda flegmonosa e periapendicite aguda.

Em extremidade apendicular, presença de adenocarcinoma moderadamente

diferenciado, com 38 mm de extensão. Mesoapêndice livre de neoplasia.”

Tomografia Computadorizada de abdome, realizada no dia da cirurgia, evidencia

um apêndice espessado.

Neste momento, a melhor conduta é:

A. Avaliação ambulatorial.

B. Quimioterapia adjuvante.

C. Ileotiflectomia oncológica.

D. Colectomia direita oncológica.

39 – Paciente do sexo feminino, 60 anos, trabalhadora rural, tabagista desde

16 anos (6 a 8 cigarros de palha por dia), apresenta queixas de tosse não produtiva

e dispnéia progressiva nos últimos 6 meses, atualmente para esforços mínimos.

Exame físico: hipocratismo digital, murmúrio vesicular reduzido no hemitórax

esquerdo, submacicez a percussão nos 2/3 inferiores do hemitórax esquerdo e

edema em membros inferiores, com sinal de cacifo positivo de 2+/4+. Radiografia

de tórax (PA e perfil): área cardíaca de tamanho normal e presença de derrame

pleural a esquerda, ocupando 2/3 do hemitórax esquerdo.

Diante destas informações, qual é a conduta a ser tomada?

A. Solicitar Tomografia Computadorizada de tórax, com contraste, para melhor

avaliar o parênquima pulmonar e o mediastino. B. Solicitar PET SCAN do tórax, para diagnóstico e estadiamento de provável

neoplasia pulmonar. C. Solicitar Radiografia de tórax em decúbito lateral esquerdo com raios

horizontais para melhor avaliação do derrame pleural. D. Realizar Toracocentese para alívio dos sintomas da paciente e para

diagnóstico, seguida de outra radiografia de tórax PA e perfil.

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40 – Paciente com 21 anos, homem, transferido de outra Unidade Hospitalar após ser atendido por atropelamento em via pública, onde estava internado havia 10 dias, com dreno no hemitórax direito para tratar hemo-pneumotórax. Nas últimas 48 horas apresenta picos febris. Ainda sem cobertura antibacteriana. Radiologicamente sem reexpansão pulmonar. Permanece com escape aéreo pelo dreno e débito de 450 ml/24 horas de líquido opalescente. Nesta circunstância, qual é a conduta a ser adotada?

A. Reposicionar o dreno de tórax após nova avaliação radiológica. B. Colocar em sistema de drenagem com aspiração contínua. C. Manter o mesmo sistema de drenagem e associar antibióticos, fisioterapia

respiratória e analgesia. D. Reavaliar radiologicamente e indicar desbridamento cirúrgico da cavidade

pleural. Questões Discursivas: Utilize o formulário específico para responder as questões discursivas. Para responder as questões discursivas 01 e 02, considere o caso clínico apresentado a seguir: Um jovem não identificado, do sexo masculino, com cerca de 25 anos, é trazido de uma cidade vizinha pelos bombeiros, vítima de múltiplos ferimentos em tronco, há cerca de 1 hora. É admitido inconsciente, com palidez cutâneo-mucosa evidente, ferimentos penetrantes em tórax e abdome. Dados vitais: SaO2: 84%; FR: 32 irpm; FC: 160 bpm; PA: 60x30 mmHg. Foi realizada a intubação orotraqueal e a drenagem de tórax bilateral, que demonstrou hemopneumotórax bilateral. Foi acionado o Protocolo de Transfusão Maciça. O coordenador do plantão indicou uma laparotomia exploradora e adiantou para os residentes que iria realizar uma cirurgia de controle de danos (“damage control”). Questão discursiva 01 – Sobre o Protocolo de Transfusão Maciça:

a) Cite 3 critérios para acionamento do Protocolo de Transfusão Maciça. (valor: 5,0 pontos)

b) Qual é o fármaco que deverá ser empregado e qual será o critério para utilização? (valor: 5,0 pontos)

Questão discursiva 02 – Sobre a cirurgia de controle de danos:

a) Cite 5 critérios para a indicação da cirurgia de controle de danos. (valor: 5,0 pontos)

b) Cite as suas 3 etapas. (valor: 5,0 pontos)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MEDICINA

COMISSÃO DE RESIDÊNCIA MÉDICA

PROCESSO SELETIVO DE RESIDÊNCIA MÉDICA - 2018

RASCUNHO

Nome do Candidato: _____________________________________________ Nº Inscrição: ___________

001 A B C D 011 A B C D 021 A B C D 031 A B C D

002 A B C D 012 A B C D 022 A B C D 032 A B C D

003 A B C D 013 A B C D 023 A B C D 033 A B C D

004 A B C D 014 A B C D 024 A B C D 034 A B C D

005 A B C D 015 A B C D 025 A B C D 035 A B C D

006 A B C D 016 A B C D 026 A B C D 036 A B C D

007 A B C D 017 A B C D 027 A B C D 037 A B C D

008 A B C D 018 A B C D 028 A B C D 038 A B C D

009 A B C D 019 A B C D 029 A B C D 039 A B C D

010 A B C D 020 A B C D 030 A B C D 040 A B C D