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Editável e fotocopiável © Texto | BIOGEO 10 115 Em cada item de escolha múltipla, selecione a opção correta. GRUPO I Efeito de estufa descontrolado O efeito de estufa é essencial à vida tal como a conhecemos. À semelhança de uma estufa de vidro, que deixa entrar a luz e retém o calor, o efeito de estufa isola gases na atmosfera e protege do frio mortífero do espaço. Mas desde a Revolução Industrial, a espécie humana perturbou o delicado equilíbrio atmosférico. As concentrações de dióxido de carbono (CO2) libertado pela queima dos combustíveis fósseis, e de outros gases com efeito de estufa (GEE), subiram a um ritmo alarmante, formando um manto espesso em torno da Terra, retendo calor em excesso e fazendo disparar as temperaturas globais. Embora um clima mais quente possa ser bem-vindo em alguns locais, a realimentação de alguns ciclos, como o da água e do carbono, complicam os efeitos das temperaturas mais elevadas. A maior evaporação gera uma cobertura de nuvens mais densas, exarcebando o efeito de aquecimento, já que as próprias nuvens são fortes isoladores (Fig. 1). O processo de retenção de carbono realizado, desde há longa data, pela formação de algumas rochas e pelo próprio oceano, removendo CO2 da atmosfera, apresentará grande instabilidade e estas reservas de CO2 serão libertadas, acelerando ainda mais o problema. Os cientistas alertam para um “ponto de inflexão”, uma temperatura para lá da qual o problema já não pode ser revertido. O prestigiado climatólogo da NASA, James Hansen, forneceu-nos um número para definir a nova condição crítica da vida tal como a conhecemos. James e os seus colaboradores estudaram a relação histórica entre o carbono atmosférico e fenómenos como o aumento do nível do mar (durante toda a história humana até ao início da Revolução Industrial, o ar não conteve mais de 275 ppm de CO2). Depois de analisarem os dados mais recentes, verificaram que o número atual é demasiado elevado e é por isso que o Ártico está a fundir. O aquecimento do planeta não é um problema para o futuro, mas sim uma crise do presente. Fig. 1 As atividades humanas poderão desencadear um aquecimento imparável do planeta. Adaptado de Superinteressante, outubro de 2012 Nome ____________________________________ Turma _____ N. o ___ Data ___ /___ /____ Prova global

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Editável e fotocopiável © Texto | BIOGEO 10 115

Em cada item de escolha múltipla, selecione a opção correta.

GRUPO I

Efeito de estufa descontrolado

O efeito de estufa é essencial à vida tal como a conhecemos. À semelhança de uma estufa de vidro, que deixa entrar a luz e retém o calor, o efeito de estufa isola gases na atmosfera e protege do frio mortífero do espaço.

Mas desde a Revolução Industrial, a espécie humana perturbou o delicado equilíbrio atmosférico. As concentrações de dióxido de carbono (CO2) libertado pela queima dos combustíveis fósseis, e de outros gases com efeito de estufa (GEE), subiram a um ritmo alarmante, formando um manto espesso em torno da Terra, retendo calor em excesso e fazendo disparar as temperaturas globais.

Embora um clima mais quente possa ser bem-vindo em alguns locais, a realimentação de alguns ciclos, como o da água e do carbono, complicam os efeitos das temperaturas mais elevadas. A maior evaporação gera uma cobertura de nuvens mais densas, exarcebando o efeito de aquecimento, já que as próprias nuvens são fortes isoladores (Fig. 1). O processo de retenção de carbono realizado, desde há longa data, pela formação de algumas rochas e pelo próprio oceano, removendo CO2 da atmosfera, apresentará grande instabilidade e estas reservas de CO2 serão libertadas, acelerando ainda mais o problema.

Os cientistas alertam para um “ponto de inflexão”, uma temperatura para lá da qual o problema já não pode ser revertido. O prestigiado climatólogo da NASA, James Hansen, forneceu-nos um número para definir a nova condição crítica da vida tal como a conhecemos. James e os seus colaboradores estudaram a relação histórica entre o carbono atmosférico e fenómenos como o aumento do nível do mar (durante toda a história humana até ao início da Revolução Industrial, o ar não conteve mais de 275 ppm de CO2). Depois de analisarem os dados mais recentes, verificaram que o número atual é demasiado elevado e é por isso que o Ártico está a fundir. O aquecimento do planeta não é um problema para o futuro, mas sim uma crise do presente.

Fig. 1 As atividades humanas poderão desencadear um aquecimento imparável do planeta.

Adaptado de Superinteressante, outubro de 2012

Nome ____________________________________ Turma _____ N.o ___ Data ___ /___ /____

Prova global

116 Editável e fotocopiável © Texto | BIOGEO 10

1. O subsistema onde se encontram armazenados os combustíveis fósseis é a

(A) biosfera, pois estes resultam da acumulação de restos de seres vivos. (B) geosfera, pois são considerados como material da astenosfera. (C) biosfera, pois esta é constituída pelos seres vivos essencialmente formados por carbono. (D) geosfera, pois estão aprisionados ao nível da crosta terrestre.

2. Considerando a composição da atmosfera primitiva, pode afirmar-se que o dióxido de carbono existia

(A) em maior percentagem do que o oxigénio. (B) em menor percentagem do que o árgon. (C) em menor percentagem do que o nitrogénio e o oxigénio. (D) em percentagem semelhante à do oxigénio.

3. Hansen e os seus colaboradores estudaram a relação histórica entre o carbono atmosférico e fenómenos como o aumento do nível da água do mar. A relação estudada reflete a interação dos subsistemas

(A) atmosfera – biosfera (B) geosfera – hidrosfera (C) biosfera – geosfera (D) atmosfera – hidrosfera

4. O aquecimento global pode intensificar-se através do aumento

(A) da luz solar recebida, tornando a Terra num sistema aberto. (B) da quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, emitido durante períodos de

intensa atividade vulcânica. (C) de desequilíbrios nos subsistemas fechados da Terra. (D) da formação de glaciares que refletem a radiação infravermelha recebida pela Terra.

5. O excesso de dióxido de carbono na atmosfera pode ser removido em consequência

(A) da formação de rochas carbonatadas no mar. (B) da libertação de metano utilizado na agricultura. (C) da desflorestação que ocorre em várias regiões do mundo. (D) das alterações climáticas provocadas pelo aumento da temperatura.

6. Atualmente, a fusão dos glaciares está a provocar uma __________ ao nível mundial, com exceção de alguns locais, como a península da Escandinávia, onde o fenómeno __________ compensa o aumento do nível do mar.

(A) regressão marinha … de isostasia (B) transgressão marinha … de isostasia (C) regressão marinha … de subsidência (D) transgressão marinha … de subsidência

Editável e fotocopiável © Texto | BIOGEO 10 117

7. A erosão provocada pelo mar faz __________ a linha de costa, fenómeno que pode ser interpretado à luz do __________.

(A) avançar … catastrofismo (B) avançar … uniformitarismo (C) recuar … catastrofismo (D) recuar … uniformitarismo

8. Os cientistas afirmam que o aquecimento global também provoca a alteração das correntes oceânicas. Indique a designação do tipo de dinâmica da Terra onde se incluem estes dois fenómenos.

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9. Comente a seguinte afirmação: «O aquecimento global verificado atualmente poderá conduzir ao estabelecimento de uma nova era ou um novo período na escala do tempo geológico».

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118 Editável e fotocopiável © Texto | BIOGEO 10

GRUPO II

Raízes aéreas das orquídeas

Na natureza existem cerca de 28 mil espécies de orquídeas. Algumas espécies de regiões tropicais são epífitas, isto é, fixam-se aos troncos das árvores, não para as parasitar, mas apenas para que lhes sirvam de suporte. Esta estratégia permite que em florestas densas evitem a competição com outras plantas no solo e possam ter melhor exposição solar. No entanto, o acesso à água e a nutrientes fica aparentemente impedido.

A sobrevivência destas plantas está dependente de adaptações especiais das suas raízes, que crescem em contacto com o ar – raízes aéreas. São raízes espessas, geralmente esbranquiçadas e com a extremidade – coifa – verde, acastanhada ou avermelhada. As partes mais antigas destas raízes aéreas são cobertas por um tecido protetor – velame – de cor branco prateado (quando seco) ou verde pálido (quando húmido).

O velame é um tecido constituído por várias camadas de células mortas e de parede espessada. As paredes hidrofílicas e os espaços vazios do velame funcionam como uma esponja, que quando chove capta rapidamente a água e os nutrientes dissolvidos na água da chuva. Em ambientes húmidos, o velame permite até a captação de água da atmosfera, sob a forma de vapor. Simultaneamente, o velame funciona como uma barreira que impede a evaporação de água dos tecidos mais internos da raiz, garantindo que as orquídeas se mantêm hidratadas, mesmo sob condições ambientais mais secas. Alguns estudos indicam que o velame também é importante na proteção dos tecidos contra a radiação ultravioleta e infravermelha.

A entrada de água para o córtex da raiz não é feita por via apoplástica porque grande parte das células da camada subjacente ao velame – exoderme –, apresenta paredes com espessamentos de suberina, o que as impermeabiliza. Na exoderme existem ainda células de passagem, vivas e com paredes finas, que permitem que a planta controle a entrada de água e de sais minerais. A exoderme é outra estrutura que impede que a planta perca facilmente água pelas suas raízes expostas, mas permite a troca de gases.

Além disto, a fotossíntese, que geralmente é uma função das folhas, em muitas orquídeas é parcial ou totalmente desenvolvida nas suas raízes aéreas, contribuindo para a síntese de compostos orgânicos.

As raízes das orquídeas dependem de associações simbióticas com fungos ou com bactérias para obterem alguns nutrientes que escasseiam no seu ambiente.

Adaptado de https://repositorioaberto.uab.pt/bitstream/10400.2/9058/1/Ra%C3%ADzes%20de%20orqu%C3%ADdeas_PBN.pdf (consultado em 14/02/2021)

Fig. 2 A – Raízes aéreas de uma orquídea. B – Corte da raiz de uma orquídea (MOC).

Editável e fotocopiável © Texto | BIOGEO 10 119

1. As afirmações seguintes dizem respeito às raízes aéreas das orquídeas epífitas.

I. Perderam a função da captação de absorção de água e sais minerais. II. Estão revestidas por um tecido que, quando está desenvolvido, não tem células vivas. III. Podem constituir superfícies de trocas gasosas entre a planta e o exterior.

(A) I é falsa; II e III são verdadeiras. (B) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) III é falsa; I e II são verdadeiras.

2. As folhas das orquídeas epífitas estão cobertas por uma espessa camada serosa – ________ – e, em muitas espécies, os estomas estão afundados em pequenas câmaras. As raízes aéreas estão cobertas pelo ________. Desta forma, a planta _________ pelas folhas e raízes expostas.

(A) quitina … velame … evita perder água (B) quitina … córtex … consegue captar água (C) cutícula … velame … evita perder água (D) cutícula … córtex … consegue captar água

3. Existem células das raízes das orquídeas que ____________ em reações cíclicas que ocorrem ____________.

(A) fixam dióxido de carbono … na matriz das mitocôndrias (B) fixam dióxido de carbono … no estroma dos cloroplastos (C) utilizam oxigénio … na matriz das mitocôndrias (D) utilizam oxigénio … no estroma dos cloroplastos

4. Nas orquídeas, como em todas as plantas, o transporte entre o córtex da raiz e o cilindro central está limitado

(A) às vias transmembranar e simplástica. (B) às vias apoplástica e simplástica. (C) à via transmembranar. (D) à via apoplástica.

5. Faça corresponder a cada designação da coluna I, o acontecimento respetivo que consta da coluna II.

Coluna I Coluna II

(a) Apenas na fase fotoquímica da fotossíntese. [ ____ ]

(b) Apenas na fase química da fotossíntese. [ ____ ]

(c) Em ambas as fases. [ ____ ]

(1) Reações de descarboxilação. (2) Libertação de oxigénio. (3) Reações de oxirredução. (4) Libertação de dióxido de carbono. (5) Hidrólise de ATP.

120 Editável e fotocopiável © Texto | BIOGEO 10

6. A translocação da seiva floémica verifica-se através de células ________, que constituem vasos onde a seiva está sob ________.

(A) mortas … pressão (B) mortas … tensão (C) vivas … pressão (D) vivas … tensão

7. A existência de pressão radicular pode ser demonstrada por

(A) fenómenos de evapotranspiração. (B) fenómenos de exsudação e gutação. (C) fenómenos de desidratação. (D) fenómenos de abertura e fecho dos estomas.

8. Se, numa célula vegetal, a síntese de ATP fosse bloqueada, um processo que não sofreria prejuízo seria a

(A) fotossíntese. (B) fermentação. (C) síntese proteica. (D) osmose.

9. Identifique dois problemas que as raízes aéreas das orquídeas epífitas têm de enfrentar e explique como os conseguiram superar.

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GRUPO III

Vulcão das Furnas – Açores

O vulcão das Furnas é um dos três vulcões potencialmente mais ativos da ilha de São Miguel, nos Açores. Este vulcão está flanqueado, a oriente, pelo vulcão da Povoação, e a ocidente, pela zona fissural do Planalto da Achada.

À semelhança dos vulcões das Sete Cidades, do Fogo e da Povoação, o vulcão das Furnas é um estratovulcão ou vulcão compósito, constituído por alternâncias de escoadas lávicas e materiais piroclásticos, tais como, cinzas, lapilli (bagacinas), bombas e blocos. É igualmente um vulcão poligenético, por ter resultado de inúmeras erupções seriadas ao longo da sua história geológica.

Inicialmente, o vulcão das Furnas teria um aspeto morfológico semelhante à Montanha do Pico. Porém, ao longo da sua evolução, e na sequência de sucessivos episódios vulcânicos, foi modificando a sua configuração, até atingir o aspeto atual. Para tal, terá contribuído, fundamentalmente, o desenvolvimento de uma câmara magmática subjacente ao mesmo que terá permanecido e evoluído, através de processos geoquímicos e termodinâmicos altamente complexos, no decurso de um tempo geológico alargado. A evolução do magma conduziu ao enriquecimento de alguns elementos químicos, substancialmente sílica, determinantes no grau de explosividade de futuros episódios. A observação dos produtos vulcânicos emitidos durante as várias erupções (maioritariamente de natureza traquítica, isto é, com cerca de 63% sílica), associada à análise dos diversos depósitos e das várias estruturas, que integram este vulcão, permitiu reconstituir a sua história geológica.

O histórico de erupções deste vulcão pode contribuir para o prognóstico de algum fenómeno vulcânico e, consequentemente, para a minimização de danos humanos e socioeconómicos.

Importa ainda realçar um outro problema que se prende com a saúde da população que diariamente vive nas Furnas. É imperioso que todos estejam consciencializados de que alguns dos gases vulcânicos, que os envolvem em neblinas quase místicas, podem provocar danos físicos, ou, em casos extremos, serem letais quando atingem determinadas concentrações.

Adaptado de: http://siaram.azores.gov.pt/vulcanismo/vulcao-furnas/_texto.html (consultado em 15/03/2021)

Fig. 3 Complexos vulcânicos da Ilha de São Miguel, Açores.

122 Editável e fotocopiável © Texto | BIOGEO 10

1. O vulcão das Furnas é um estratovulcão, pois apresenta um cone

(A) formado exclusivamente por escoadas lávicas. (B) formado por camadas alternadas de lavas e piroclastos. (C) formado exclusivamente por piroclastos. (D) alto devido ao seu vulcanismo efusivo.

2. A atividade vulcânica referida é do tipo

(A) fissural com emissão de materiais pobres em sílica. (B) central com emissão de materiais ricos em sílica. (C) fissural com emissão de materiais ricos em sílica. (D) central com emissão de materiais pobres em sílica.

3. As Furnas encontram-se numa zona de grau geotérmico

(A) elevado e baixo fluxo térmico. (B) baixo e elevado fluxo térmico. (C) elevado e elevado fluxo térmico. (D) baixo e baixo fluxo térmico.

4. Faça corresponder cada uma das expressões da coluna A relativas ao tipo de atividade tectónica ao respetivo contexto tectónico entre placas onde ocorre, descrito na coluna B.

Coluna I Coluna II

(a) Atividade vulcânica fissural com emissões de lavas básicas [ ____ ]

(b) Atividade vulcânica central com emissões de lavas fluidas que ocorre no interior de uma placa [ ____ ]

(c) Atividade vulcânica do tipo misto a explosivo, formando arcos vulcânicos continentais [ ____ ]

(1) Limite convergente entre placa litosférica oceânica e placa litosférica oceânica

(2) Limite convergente entre placa litosférica continental e placa litosférica continental

(3) Limite divergente entre duas placas litosféricas

(4) Limite convergente entre placa litosférica oceânica e placa litosférica continental

(5) Hotspots

5. O arrefecimento à superfície de magmas de natureza traquítica leva à formação de rochas magmáticas

(A) plutónicas com minerais bem desenvolvidos. (B) vulcânicas com minerais bem desenvolvidos. (C) plutónicas com minerais pouco desenvolvidos. (D) vulcânicas com minerais pouco desenvolvidos.

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6. Ordene as etapas identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos que originaram o complexo vulcânico das Sete Cidades.

A. Ascensão de magma rico em componentes voláteis. B. Formação de uma depressão preenchida por águas pluviais. C. Projeção violenta de materiais piroclásticos, incluindo partes dos flancos do vulcão. D. Diminuição da densidade dos materiais rochosos em fusão. E. Aumento da pressão no interior da câmara magmática.

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7. A datação absoluta dos complexos vulcânicos da Ilha de São Miguel pode feita com recurso a isótopos radioativos _________ presentes nas rochas _________.

(A) estáveis … vulcânicas (B) estáveis … plutónicas (C) instáveis … vulcânicas (D) instáveis … plutónicas

8. O vulcanismo é um método _________ do estudo do interior da Terra que pode trazer para a superfície materiais presentes no _________.

(A) direto … núcleo externo (B) direto … manto (C) indireto … núcleo externo (D) indireto … manto

9. A vigilância dos vulcões é essencial para a segurança das povoações, pois pode ajudar a prever erupções e prevenir as suas consequências. Explique de que modo se pode prever uma futura erupção utilizando dados sísmicos.

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124 Editável e fotocopiável © Texto | BIOGEO 10

GRUPO IV

Fungos e aplicações na indústria

Os fungos são organismos que podem ser encontrados em quase todos os ambientes (terrestres e aquáticos) a colonizar uma grande variedade de substratos (solo, plantas ou detritos orgânicos). O número estimado de espécies de fungos é de 2,2 a 3,8 milhões, embora apenas estejam descritas cerca de 120 mil espécies.

A importância económica dos fungos é muito vasta. São importantes produtores de ácidos orgânicos, como os ácidos cítrico, fumárico e glutâmico, e também produzem metabolitos secundários e enzimas com diferentes aplicações (Tabela 1).

Tabela 1 – Exemplos de metabolitos secundários e de enzimas, produzidos comercialmente a partir de fungos, e as respetivas aplicações (adaptado de Deacon, 2006).

Fungo Metabolito/Enzima Aplicação Metabolito Penicillium chrysogenum Penicilinas Antibacteriano Acremonium chrysogenum Cefalosporinas Antibacteriano Penicillium griseofulvum Griseofulvinas Antifúngico Tolypocladium spp. Ciclosporinas Imunossupressor Giberella fujikuroi Giberelinas Hormona de plantas Claviceps purpurea Ergotinas Tratamento de enxaquecas; vasoconstritor;

vasodilatador; anti-Parkinson; combate da hipertensão e de distúrbios psiquiátricos

Enzima Aspergillus niger, A. oryzae α-amilase Hidrólise do amido Aspergillus spp. Protease Hidrólise de proteínas (panificação) Aspergillus, Rhizopus Pectinase Clarificação de sumos de fruta Mucor, Aspergillus, Penicillium Lipase Lacticínios e detergentes Mucor spp. Renina Coagulação do leite Trichoderma reesei Celulase Indústria alimentar Aspergillus niger Lactase Indústria alimentar

Os fungos também são responsáveis pela produção de muitos dos nossos alimentos. A leve-dura Saccharomyces cerevisiae, conhecida como levedura do padeiro, é o microrganismo usado no fabrico do pão. As leveduras com o metabolismo fermentativo, no qual utilizam a glicose produzindo etanol e dióxido de carbono, são também utilizadas na produção de bebidas alcoólicas como o saké japonês, a cerveja e o vinho.

As espécies Penicillium camemberti, P. roquefortii e P. caseiolum são responsáveis pela produção dos queijos camembert, roquefort e brie, respetivamente, conferindo distintos sabores, texturas e aromas a estes queijos.

Muitos cogumelos silvestres são comestíveis e por isso são colhidos no campo e comercializados em mercados. Entre os mais apreciados estão as trufas (Tuber melanosporum e Tuber magnatum), pertencentes ao filo Ascomycota, cujos ascocarpos lembram tubérculos, com odor característico e que são diferenciados debaixo do solo. As trufas formam micorrizas com as raízes de árvores como os carvalhos.

Nos últimos anos registou-se um aumento considerável das atividades económicas relacionadas com a exploração dos cogumelos silvestres. Várias associações micológicas promovem festivais de míscaros (Amanita ponderosa, Lactarius deliciosus), associando a colheita deste recurso à prova gastronómica das espécies encontradas.

Adaptado da revista Elementar, Casa das Ciências, Dezembro 2018, V6/04)

Editável e fotocopiável © Texto | BIOGEO 10 125

1. O fungo Saccharomyces cerevisiae é utilizado na indústria da panificação e promove

(A) reações catabólicas de elevado rendimento energético. (B) reações anabólicas de elevado rendimento energético. (C) reações catabólicas de baixo rendimento energético. (D) reações anabólicas de baixo rendimento energético.

2. Nos ecossistemas, os fungos são

(A) macroconsumidores e heterotróficos por absorção. (B) microconsumidores e heterotróficos por ingestão. (C) macroconsumidores e heterotróficos por ingestão. (D) microconsumidores e heterotróficos por absorção.

3. A acidificação do leite provoca a sua coagulação por ________ de ________ presentes neste alimento.

(A) hidrólise … lípidos (B) hidrólise … proteínas (C) desnaturação … lípidos (D) desnaturação … proteínas

4. A produção de ácido cítrico obtém-se interrompendo

(A) o ciclo de Calvin. (B) o ciclo de Krebs. (C) a glicólise. (D) a fermentação.

5. A lipase extraída do fungo Aspergilus, ao ser utilizada em processos industriais, promove

(A) reações de hidrólise em ligações éster. (B) reações de condensação em ligações peptídicas. (C) reações de condensação em ligações éster. (D) reações de hidrólise em ligações peptídicas.

6. Ordene as etapas que ocorrem durante a fermentação, desde o início do processo até à libertação dos produtos finais.

A. Produção de ácido pirúvico. B. Consumo de ATP. C. Formação de etanol. D. Síntese de ATP. E. Libertação de CO2.

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126 Editável e fotocopiável © Texto | BIOGEO 10

7. As ergotinas são utilizadas no tratamento de doenças cardiovasculares. No ser humano atuam num sistema circulatório que é

(A) fechado e o sangue circula com maior pressão nas veias (B) aberto e o sangue circula com maior pressão nas artérias (C) fechado e o sangue circula com maior pressão nas artérias (D) aberto e o sangue circula com maior pressão nas veias

8. De acordo com os dados fornecidos, refira como as condições físico-químicas do meio podem interferir nos processos inerentes à panificação.

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9. Explique a importância para os seres humanos de, num futuro próximo, investir em avanços científico-tecnológicos que permitam estudar e conhecer melhor os fungos.

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Grupo Item

Cotação (em pontos) I 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Total 5 5 5 5 5 5 5 5 10 50

II 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Total 5 5 5 5 5 5 5 5 10 50

III 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Total 5 5 5 5 5 5 5 5 10 50

IV 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Total 5 5 5 5 5 5 5 7 8 50

TOTAL 200

190 Editável e fotocopiável © Texto | BIOGEO 10

GRUPO I 1. (D) 2. (A) 3. (D) 4. (B) 5. (A) 6. (B) 7. (D) 8. Geodinâmica externa. 9. O aquecimento global verificado atualmente tem sido responsável pela alteração ou mesmo pela eliminação de alguns habitats, trazendo consequências para as espécies que neles vivem. Essas consequências podem conduzir a uma extinção em massa. Os momentos em que estas extinções ocorreram ao longo da história da Terra permitiram dividir a escala dos tempos geológicos em eras e períodos. Assim, o mesmo poderá vir a ocorrer na atualidade. GRUPO II 1. (A) 2. (C) 3. (B) 4. (A) 5. (a) – (2); (b) – (5); c) – (3) 6. (C) 7. (B) 8. (D) 9. São vários os problemas que as raízes aéreas das orquídeas têm de enfrentar. Podem ser apresentados dois dos seguintes: Captação de água – possuem raízes aéreas com um tecido especializado, o velame, que, sendo constituído por células mortas de paredes hidrofílicas, funciona com uma esponja e absorve e retém água e minerais da chuva ou mesmo da atmosfera. Captação de nutrientes – é complementada por relações de simbiose que estabelecem com fungos e bactérias. Resistência à desidratação – é conseguida pelo velame e pela exoderme; esta apresenta células com paredes espessadas com suberina, uma substância imper-meável. Resistência à radiação ultravioleta e infravermelha – as raízes aéreas estão mais expostas à radiação solar e possuem tecidos clorofilinos para realizar a fotossíntese; a cobertura das raízes com o velame protege-as das radiação solar que poderia ser prejudicial (ultravioleta e infravermelha).

GRUPO III 1. (B) 2. (B) 3. (B) 4. (a) – (3); (b) – (5); (c) – (4) 5. (D) 6. D – E – A – C – B 7. (C) 8. (B) 9. A monitorização dos vulcões pode ser feita através da instalação de sismógrafos, pois a ascensão do magma sob pressão provoca vibrações que são detetadas nestes aparelhos, o que permite a previsão de uma possível erupção. GRUPO IV 1. (C) 2. (D) 3. (D) 4. (B) 5. (A) 6. B – D – A – E – C 7. (C) 8. Na indústria da panificação são utilizadas proteases do fungo Aspergillus spp. para promover a hidrólise de proteínas. As proteases são enzimas e, como tal, também são proteínas, podendo ser desnaturadas com variações de temperatura ambiental ou alterações do pH do meio. A desnaturação, perda da estrutura tridimensional das proteínas, leva a que estas não desempenhem a sua função, compro-metendo assim o processo de panificação. 9. De acordo com os dados fornecidos, existem muitas aplicações na área da medicina e da indústria alimentar para derivados de fungos conhecidos, nomeadamente como antibióticos. Tendo em consideração que se estima que grande parte das espécies de fungos esteja ainda por descobrir, é muito importante o investimento em projetos científicos e tecnológicos que permitam a sua identificação e o seu estudo, para se poderem obter novos medicamentos e novos alimentos.

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