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Procurador AutĂĄrquicoConcurso PĂșblico para provimento de cargos de
Março/2015
P R E F E I T U R A D E
S E M P R E A O S E U L A D O
PREFEITURA DE MANAUS - MANAUS PREVIDĂNCIA - MANAUSPREV
N do CadernooN de Inscriçãoo
ASSINATURA DO CANDIDATON do Documentoo
Nome do Candidato
INSTRUĂĂES
VOCĂ DEVE
ATENĂĂO
- Verifique se este caderno:
- corresponde a sua opção de cargo.
- contém 100 questÔes, numeradas de 1 a 100.
- Caso contrĂĄrio, reclame ao fiscal da sala um outro caderno.
- Não serão aceitas reclamaçÔes posteriores.
- Para cada questĂŁo existe apenas UMAresposta certa.
- VocĂȘ deve ler cuidadosamente cada uma das questĂ”es e escolher a resposta certa.
- Essa resposta deve ser marcada na FOLHADE RESPOSTAS que vocĂȘ recebeu.
- Procurar, na FOLHADE RESPOSTAS, o nĂșmero da questĂŁo que vocĂȘ estĂĄ respondendo.
- Verificar no caderno de prova qual a letra (A,B,C,D,E) da resposta que vocĂȘ escolheu.
- Marcar essa letra na FOLHADE RESPOSTAS, conforme o exemplo:
- Marque as respostas com caneta esferogrĂĄfica de material transparente de tinta preta ou azul. NĂŁo serĂĄ permitido o
uso de låpis, lapiseira, marca-texto ou borracha durante a realização da prova.
- Marque apenas uma letra para cada questão, mais de uma letra assinalada implicarå anulação dessa questão.
- Responda a todas as questÔes.
- Não serå permitida quaisquer tipo de comunicação ou de consulta, nem a utilização de livros, códigos, manuais,
impressos ou quaisquer anotaçÔes.
- Aduração da prova é de 5 horas, para responder a todas as questÔes e preencher a Folha de Respostas.
- Ao término da prova, chame o fiscal da sala e devolva todo o material recebido.
- Proibida a divulgação ou impressão parcial ou total da presente prova. Direitos Reservados.
A C D E
PROVA OBJETIVAPrimeira Fase
Caderno de Prova âA01â, Tipo 004 MODELO
0000000000000000
TIPOâ004
00001â0001â0001
2 FUPAM-Procurador AutĂĄrquico-PO-A01
Direito Constitucional
1. Ă luz do estatuto constitucional dos congressistas, o Deputado Federal que, no exercĂcio de seu primeiro mandato hĂĄ dois anos,
seja investido no cargo de SecretĂĄrio de Educação do MunicĂpio de Manaus (A) perderĂĄ o mandato, devendo a perda ser declarada pela Mesa da CĂąmara dos Deputados, de ofĂcio ou mediante
provocação de qualquer de seus membros, ou de partido polĂtico representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
(B) perderå o mandato, desde que assim o decidam dois terços dos membros da Cùmara dos Deputados, mediante
provocação da respectiva Mesa ou de partido polĂtico representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. (C) nĂŁo perderĂĄ o mandato, podendo, inclusive, optar pela remuneração deste. (D) nĂŁo perderĂĄ o mandato, por se tratar de cargo de que Ă© demissĂvel ad nutum, o que constitui exceção Ă proibição de
acumulação de cargo e mandato pĂșblico eletivo. (E) perderĂĄ o mandato, por infração Ă proibição de acumulação de cargo e mandato pĂșblico eletivo, devendo ser realizada
nova eleição para preencher a vaga na Cùmara dos Deputados, caso não haja suplente.
2. Suponha que seja aprovada e promulgada Emenda à Constituição, originåria de proposta de iniciativa de 27 Senadores,
estabelecendo a possibilidade de instituição, por lei, de pena de prisĂŁo perpĂ©tua para a prĂĄtica dos crimes de racismo e terrorismo. Considere, ainda, que, na sequĂȘncia, o Presidente da RepĂșblica apresente, perante a CĂąmara dos Deputados, projetos de lei instituindo penas de prisĂŁo perpĂ©tua para a prĂĄtica do crime de terrorismo e de reclusĂŁo, de 8 a 12 anos, para o crime de racismo, considerando ambos inafiançåveis e imprescritĂveis. Nesta hipĂłtese, Ă luz das normas constitucionais pertinentes, referida Emenda Ă Constituição (A) seria inconstitucional, por violação a limite material ao poder de reforma constitucional, assim como o seria o projeto de lei,
embora este apenas no que se refere ao crime de terrorismo, jĂĄ que em relação ao de racismo o projeto de lei seria compatĂvel com a disciplina da matĂ©ria na Constituição.
(B) seria inconstitucional, por violação a limite material ao poder de reforma constitucional, em relação ao crime de terrorismo,
mas compatĂvel com a disciplina da matĂ©ria no que se refere ao de racismo, o que, por consequĂȘncia, se estenderia igualmente ao projeto de lei, ao qual seria dado definir, dentro dos parĂąmetros permitidos pela Constituição, a pena a ser imputada ao crime de racismo.
(C) padeceria de vĂcio de iniciativa, que nĂŁo se convalidaria com sua aprovação e promulgação, o que, por consequĂȘncia,
retiraria do projeto de lei o fundamento de validade, no que se refere ao crime de terrorismo, embora nĂŁo ao de racismo, por ser o projeto de lei, neste aspecto, compatĂvel com a disciplina da matĂ©ria na Constituição.
(D) seria materialmente constitucional, por ser o combate ao racismo e ao terrorismo um princĂpio de regĂȘncia das relaçÔes
internacionais da RepĂșblica brasileira, o que, por consequĂȘncia, tornaria o projeto de lei inconstitucional, no que se refere ao crime de racismo, pois a este deveria ser imputada pena de prisĂŁo perpĂ©tua.
(E) seria materialmente constitucional desde que se tratasse da aprovação de tratado internacional, o que, por consequĂȘncia,
tornaria o projeto de lei inconstitucional, no que se refere ao crime de racismo, pois a este deveria ser imputada pena de prisão perpétua.
3. Sendo indeferido, por Ministro de Estado, pedido de vista a processo administrativo formulado por indivĂduo que neste tenha sido
citado como beneficiĂĄrio de suposto desvio de recursos pĂșblicos sob a gestĂŁo da Pasta, caberĂĄ ao interessado, em tese, valer-se judicialmente de (A) habeas data, de competĂȘncia originĂĄria do Superior Tribunal de Justiça, sendo cabĂvel recurso ordinĂĄrio para o Supremo
Tribunal Federal, se denegatĂłria a decisĂŁo. (B) mandado de segurança, de competĂȘncia originĂĄria do Tribunal de Justiça estadual, sendo cabĂvel recurso ordinĂĄrio para o
Superior Tribunal de Justiça, se denegatĂłria a decisĂŁo. (C) mandado de segurança, de competĂȘncia originĂĄria do Supremo Tribunal Federal. (D) habeas data, de competĂȘncia originĂĄria do Supremo Tribunal Federal. (E) mandado de segurança, de competĂȘncia originĂĄria do Superior Tribunal de Justiça, sendo cabĂvel recurso ordinĂĄrio para o
Supremo Tribunal Federal, se denegatĂłria a decisĂŁo.
4. Nos termos da Constituição da RepĂșblica, na hipĂłtese de membro da ativa da PolĂcia Militar de determinado Estado tomar posse
em cargo de SecretĂĄrio de Segurança PĂșblica do governo estadual, (A) terĂĄ o tempo de serviço exercido nessa condição computado para efeito tanto de aposentadoria, como de disponibilidade. (B) deverĂĄ ser observado o que fixado em lei federal especĂfica em relação a condiçÔes de transferĂȘncia do militar para a
inatividade, consideradas as peculiaridades de suas atividades. (C) serå transferido para a reserva, nos termos da lei, enquanto permanecer nessa situação. (D) ficarå agregado ao respectivo quadro e somente poderå, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por
antiguidade. (E) perderĂĄ o posto e a patente e passarĂĄ, automaticamente, no ato da posse, para a inatividade.
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5. O art. 59 do Código Penal dispÔe sobre os critérios para fixação de pena em sede de processo criminal. Considere, a esse respeito, a ementa de acórdão a seguir transcrita:
âCRIMINAL â CIRCUNSTĂNCIAS JUDICIAIS â ARTIGO 59 DO CĂDIGO PENAL â PROCESSOS EM CURSO â PRESUNĂĂO DE NĂO-CULPABILIDADE â ALCANCE. Possui repercussĂŁo geral controvĂ©rsia sobre a possibilidade de processos em curso serem considerados maus antecedentes para efeito de dosimetria da pena, ante o princĂpio da presunção de nĂŁo-culpabilidade.â
Analisados exclusivamente os elementos constantes da ementa Ă luz da Constituição da RepĂșblica, conclui-se que:
I. A ementa refere-se a julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal, no exercĂcio de sua competĂȘncia para processar e julgar recurso extraordinĂĄrio.
II. A decisão exigiu manifestação de, pelo menos, dois terços dos membros do Tribunal, no sentido da admissibilidade do recurso.
III. Quanto ao mérito da questão constitucional suscitada, o Tribunal deu ao dispositivo mencionado do Código Penal
interpretação conforme à Constituição.
IV. A decisão, que possui efeito vinculante para os demais órgãos do Poder Judiciårio, poderå ser revista mediante provocação dos legitimados para a propositura de ação direta de inconstitucionalidade.
EstĂĄ correto o que se afirma APENAS em
(A) III e IV.
(B) IV.
(C) I.
(D) I e II.
(E) II e III. 6. A CĂąmara de Vereadores de determinado MunicĂpio promove alteraçÔes na Lei OrgĂąnica municipal, na seguinte conformidade:
I. projetos de lei de interesse especĂfico de bairros poderĂŁo ser de iniciativa popular, exigindo-se, para tanto, manifestação
de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado.
II. o Prefeito perderĂĄ o mandato na hipĂłtese de assumir outro cargo ou função na administração pĂșblica direta ou indireta que nĂŁo seja em virtude de concurso pĂșblico.
III. a propriedade urbana cumprirĂĄ sua função social quando atender Ă s exigĂȘncias fundamentais de ordenação da cidade
estabelecidas na própria Lei Orgùnica Municipal, sob pena de adoção de medidas sucessivas tendentes a promover seu adequado aproveitamento, dentre as quais a progressividade no tempo do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana.
Ă compatĂvel com a Constituição da RepĂșblica o quanto afirmado APENAS em
(A) I.
(B) I e II.
(C) II.
(D) I e III.
(E) II e III. 7. Dependerå de provimento de representação perante órgão do Poder Judiciårio a decretação de
(A) intervenção federal em Estado, no caso de desobediĂȘncia a ordem ou decisĂŁo judiciĂĄria; e intervenção estadual, quando
não forem prestadas contas devidas, na forma da lei. (B) intervenção federal em Estado, para reorganizar as finanças da unidade da Federação que suspender o pagamento da
dĂvida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; e intervenção estadual, para assegurar a observĂąncia de princĂpios indicados na Constituição Estadual.
(C) intervençÔes federal e estadual, na hipĂłtese de nĂŁo aplicação do mĂnimo exigido da receita resultante de impostos
estaduais e municipais, respectivamente, na manutenção e desenvolvimento do ensino. (D) intervenção federal em Estado, para assegurar a observùncia da autonomia municipal; e intervenção estadual, para prover
a execução da lei, ordem ou decisão judicial. (E) intervenção federal em Estado, para prover a execução da lei, ordem ou decisão judicial; e intervenção estadual, quando
deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dĂvida fundada. 8. Tramita perante a CĂąmara Legislativa do Distrito Federal proposição legislativa com vistas a convocar plebiscito para consulta Ă s
populaçÔes das regiĂ”es administrativas de Planaltina e Taguatinga sobre sua transformação em MunicĂpios, apĂłs divulgação dos respectivos Estudos de Viabilidade Municipal. Referida proposição legislativa Ă© (A) incompatĂvel com a Constituição da RepĂșblica, que veda a criação de MunicĂpios, nesse caso. (B) compatĂvel com a Constituição da RepĂșblica. (C) incompatĂvel com a Constituição da RepĂșblica, que atribui ao Chefe do Executivo a competĂȘncia para autorizar referendos
e convocar plebiscitos, regra que deve ser reproduzida no Ăąmbito do processo legislativo dos demais entes federados. (D) incompatĂvel com a Constituição da RepĂșblica, por competir Ă Lei OrgĂąnica respectiva dispor sobre organização
administrativa e territorial do Distrito Federal. (E) incompatĂvel com a Constituição da RepĂșblica, que exige a consulta da população interessada para a criação de
MunicĂpios, assim considerada, no caso, a de todo o Distrito Federal, e nĂŁo apenas as de Planaltina e Taguatinga.
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9. Considerando a disciplina constitucional de educação, cultura e desporto, seria lĂcita a destinação de recursos pĂșblicos para (A) escola comunitĂĄria com fins nĂŁo lucrativos que aplique seus excedentes financeiros em educação e assegure a destinação
de seu patrimĂŽnio a outra escola comunitĂĄria ou ao Poder PĂșblico, no caso de encerramento de suas atividades; e pagamento de serviço da dĂvida com receitas tributĂĄrias integrantes de fundo estadual de fomento Ă cultura.
(B) bolsas de estudo para o ensino mĂ©dio para os que demonstrarem insuficiĂȘncia de recursos, quando houver falta de vagas
e cursos regulares da rede pĂșblica na localidade da residĂȘncia do educando; e pagamento de serviço da dĂvida com receitas tributĂĄrias integrantes de fundo estadual de fomento Ă cultura.
(C) bolsas de estudo para o ensino fundamental para os que demonstrarem insuficiĂȘncia de recursos, quando houver falta de
vagas e cursos regulares da rede pĂșblica na localidade da residĂȘncia do educando; e pagamento de despesas com pessoal e encargos sociais de projetos culturais financiados com receitas tributĂĄrias integrantes de fundo estadual de fomento Ă cultura.
(D) promoção, em casos especĂficos, do desporto de alto rendimento; e escola confessional com fins nĂŁo lucrativos que
aplique seus excedentes financeiros em educação e assegure a destinação de seu patrimĂŽnio a outra escola confessional ou ao Poder PĂșblico, no caso de encerramento de suas atividades.
(E) pagamento de despesas com pessoal e encargos sociais de projetos culturais financiados por receitas tributĂĄrias
integrantes de fundo estadual de fomento Ă cultura; e promoção, em casos especĂficos, do desporto de alto rendimento. 10. Relativamente ao financiamento da seguridade social, a Constituição da RepĂșblica estabelece que
(A) a lei definirå os setores de atividade econÎmica para os quais as contribuiçÔes do empregador incidentes sobre o lucro
serão não-cumulativas. (B) o meeiro e o arrendatårio rurais, bem como os respectivos cÎnjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia
familiar, com ou sem empregados permanentes, contribuirĂŁo para a seguridade social mediante a aplicação de uma alĂquota sobre o resultado da comercialização da produção.
(C) é vedada a concessão de qualquer remissão ou anistia das contribuiçÔes sociais do trabalhador e dos demais segurados
da previdĂȘncia social. (D) as receitas do Distrito Federal destinadas Ă seguridade social integram o orçamento da UniĂŁo, cuja proposta deverĂĄ ser
elaborada de forma integrada pelos ĂłrgĂŁos responsĂĄveis pela saĂșde, previdĂȘncia social e assistĂȘncia social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentĂĄrias.
(E) as contribuiçÔes sociais do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei poderĂŁo ter alĂquotas
ou bases de cålculo diferenciadas, em razão, entre outros fatores, da atividade econÎmica ou da condição estrutural do mercado de trabalho.
11. A Constituição da RepĂșblica, em matĂ©ria orçamentĂĄria,
(A) permite, mediante autorização legislativa prĂ©via, o inĂcio de programas ou projetos nĂŁo incluĂdos na lei orçamentĂĄria anual. (B) autoriza, para a prestação de garantia ou contragarantia Ă UniĂŁo, a vinculação dos recursos entregues por esta aos Esta-
dos, do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, proporcionalmente ao valor das respectivas exportaçÔes de produtos industrializados.
(C) veda a realização de quaisquer operaçÔes de crĂ©ditos que excedam o montante das despesas de capital. (D) proĂbe a edição de lei que autorize a utilização de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir
necessidade ou cobrir dĂ©ficit de empresas, fundaçÔes e fundos. (E) impede a transferĂȘncia voluntĂĄria de recursos e a concessĂŁo de emprĂ©stimos, pelo governo federal e suas instituiçÔes
financeiras, para pagamento de despesas com pessoal dos Estados, salvo por antecipação de receita. 12. SerĂĄ ofensiva ao sistema constitucional de repartição de competĂȘncias entre os entes da federação a lei
(A) estadual que disponha sobre a organização e criação de distritos nos MunicĂpios localizados no territĂłrio do Estado. (B) municipal que verse sobre a exploração, direta ou mediante concessĂŁo, de serviços locais de gĂĄs canalizado. (C) estadual que verse em carĂĄter suplementar sobre caça e pesca, diante da existĂȘncia de lei federal que estabeleça normas
gerais sobre a matĂ©ria. (D) federal que disponha sobre organização judiciĂĄria e do MinistĂ©rio PĂșblico do Distrito Federal. (E) municipal que estabeleça obrigatoriedade de manutenção de vigilantes uniformizados em agĂȘncias e postos bancĂĄrios.
13. Diante dos limites estabelecidos pela Constituição da RepĂșblica Ă capacidade de auto-organização dos Estados-membros da
federação, Ă s ConstituiçÔes estaduais Ă© vedado (A) atribuir ao Tribunal de Contas estadual competĂȘncia para fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pelo
Estado mediante convĂȘnio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congĂȘneres a MunicĂpio. (B) instituir representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da prĂłpria
Constituição estadual. (C) contemplar a iniciativa popular no processo legislativo estadual. (D) atribuir ao Governador do Estado competĂȘncia para editar medidas provisĂłrias com força de lei. (E) estabelecer normas de processo e julgamento do Governador do Estado pelo cometimento de crime de responsabilidade.
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14. Considerando inexistirem regras especĂficas para regulamentar a aposentadoria especial do servidor pĂșblico, o ocupante de cargo efetivo na Administração direta estadual, que exerça atividades sob condiçÔes especiais, prejudiciais Ă sua integridade fĂsica, (A) farĂĄ jus ao reconhecimento, na esfera administrativa, do direito Ă aposentadoria especial em conformidade, no que couber,
com as regras pertinentes do regime geral da previdĂȘncia social, sendo cabĂvel o manejo de reclamação perante o Superior Tribunal de Justiça, se lhe for negado o pleito administrativamente.
(B) nĂŁo farĂĄ jus ao reconhecimento do direito Ă aposentadoria especial, enquanto nĂŁo editada a lei complementar especĂfica
requerida pela norma constitucional pertinente. (C) deverĂĄ valer-se de mandado de injunção, de competĂȘncia originĂĄria do Supremo Tribunal Federal, para obter o
reconhecimento do direito Ă aposentadoria especial em conformidade, no que couber, com as regras pertinentes do regime geral da previdĂȘncia social.
(D) deverĂĄ valer-se de mandado de injunção, de competĂȘncia originĂĄria do Superior Tribunal de Justiça, para obter o
reconhecimento do direito Ă aposentadoria especial em conformidade, no que couber, com as regras pertinentes do regime geral da previdĂȘncia social.
(E) farĂĄ jus ao reconhecimento, na esfera administrativa, do direito Ă aposentadoria especial em conformidade, no que couber,
com as regras pertinentes do regime geral da previdĂȘncia social, sendo cabĂvel o manejo de reclamação perante o Supremo Tribunal Federal, se lhe for negado o pleito administrativamente.
15. Nos termos da proteção constitucional outorgada aos Ăndios e Ă s terras que tradicionalmente ocupam,
(A) admite-se a remoção dos grupos indĂgenas de suas terras, no interesse da soberania do PaĂs, ad referendum do
Congresso Nacional, garantido o retorno imediato logo que cesse o risco.
(B) os atos que tenham por objeto a ocupação e a posse de terras indĂgenas sĂŁo nulos, o que, no entanto, nĂŁo gera direito a
indenização ou a açÔes quaisquer contra a UniĂŁo. (C) a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indĂgenas sĂł podem ser efetivadas com autorização do Congresso
Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, não se aplicando, neste caso, a prioridade assegurada às cooperativas na obtenção de autorização ou concessão para esse fim.
(D) compete ao Congresso Nacional demarcar as terras tradicionalmente ocupadas pelos Ăndios, as quais se destinam Ă sua
posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. (E) a remoção dos grupos indĂgenas de suas terras Ă© lĂcita em caso de catĂĄstrofe ou epidemia que ponha em risco sua
população, desde que previamente autorizada pelo Congresso Nacional, garantido o retorno imediato logo que cesse o risco.
Direito Administrativo
16. O Tabelionato de Notas de um determinado municĂpio procedeu ao reconhecimento de firma de uma procuração que outorgava
poderes para alienação de um imĂłvel. Apurou-se, posteriormente, que a assinatura era falsa e que a procuração fora efe-tivamente utilizada no processo de alienação, lesando o real titular do domĂnio do bem. Diante desse cenĂĄrio, afigura-se como solução coerente com o ordenamento jurĂdico a (A) responsabilização objetiva do Estado, em decorrĂȘncia da atividade notarial, exercida por meio de delegação do Poder
PĂșblico, sem prejuĂzo do direito de regresso em face do causador dos danos. (B) responsabilidade objetiva do delegatĂĄrio do serviço pĂșblico e a responsabilidade subjetiva do funcionĂĄrio que reconheceu a
firma, sem prejuĂzo do direito de regresso em face do Estado. (C) responsabilização pessoal do funcionĂĄrio que reconheceu a firma, eximindo-se o TabeliĂŁo e o Estado do dever de
indenização aos prejudicados, salvo se comprovado dolo. (D) responsabilização subjetiva do delegatĂĄrio do serviço pĂșblico prestado, mediante comprovação de culpa, tendo em vista
que o regime privado do serviço afasta qualquer pretensão indenizatória em face do Tabelião ou do Estado. (E) responsabilidade objetiva pura do Tabelião e a responsabilidade subjetiva do Estado, que só responde subsidiariamente
mediante a comprovação de dolo ou culpa. 17. A publicidade e a transparĂȘncia permitem o acompanhamento e a participação dos administrados na gestĂŁo pĂșblica, o que Ă©
convergente com os princĂpios do Estado DemocrĂĄtico de Direito. Em razĂŁo disso (A) permitem aos administrados o controle e revisĂŁo da atuação da Administração, desde que de forma indireta. (B) se prestam nĂŁo sĂł a garantir a participação dos administrados, como viabilizar que seja feito controle direto ou indireto da
gestĂŁo. (C) preterem o princĂpio da legalidade, de modo que nĂŁo pode haver expressa previsĂŁo de lei afastando a publicidade ou a
transparĂȘncia. (D) podem ser considerados princĂpios absolutos, em especial em razĂŁo da positivação da transparĂȘncia, nĂŁo podendo ser
afastados. (E) representam medida de controle externo da Administração direta, vedada sua aplicação às empresas estatais.
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18. Dentre os mecanismos postos Ă disposição dos administrados para controle da Administração pĂșblica estĂŁo o mandado de segurança e a ação civil pĂșblica. A propĂłsito desses instrumentos, Ă© correto afirmar que
(A) o mandado de segurança individual ou coletivo pode ser impetrado pelos legitimados expressamente listados na lei e
visam Ă tutela jurisdicional do patrimĂŽnio pĂșblico. (B) a ação civil pĂșblica pode ser ajuizada por qualquer cidadĂŁo e se destina Ă tutela dos direitos individuais e coletivos, desde
que de comprovação lĂquida e certa. (C) o mandado de segurança se presta Ă proteção do erĂĄrio pĂșblico, possibilitando aos administrados o desfazimento de atos
lesivos ao patrimĂŽnio pĂșblico praticados por agentes pĂșblicos configurem ou nĂŁo ato de improbidade. (D) a ação civil pĂșblica possibilita o proferimento de decisĂŁo mandamental ou condenatĂłria, vedada a imposição de con-
denação pecuniĂĄria. (E) a interposição de ação civil pĂșblica pode ser aplicada para a desocupação de unidades de conservação, como medida de
proteção ao patrimĂŽnio ambiental, sendo possĂvel, inclusive, a imposição de multa e condenação pelos danos causados.
19. Um municĂpio litorĂąneo Ă© proprietĂĄrio de uma gleba de grande extensĂŁo e pretende dar a ela alguma destinação de interesse
pĂșblico. Identificando a necessidade de ampliar a oferta de empregos e de ingresso de receitas, pretende instalar no local um pĂłlo tecnolĂłgico para atrair empresas do setor para a regiĂŁo. Para tanto, irĂĄ conceder o uso, gratuito, de lotes da ĂĄrea para as empresas que atendam os requisitos do setor. O projeto
(A) excede as atividades regulares de atuação do Estado em atividades econĂŽmicas, sendo possĂvel, no entanto, a alienação
onerosa do terreno com dispensa de licitação. (B) depende de autorização legislativa e licitação, tendo em vista que implica em transferĂȘncia dominial do terreno, sendo
vedada, portanto, a outorga gratuita. (C) Ă© expressĂŁo de atividade de fomento estatal, sendo possĂvel sua implantação, o que pode recomendar a realização de
licitação para escolha dos beneficiĂĄrios, conforme o universo de interessados. (D) configura intervenção do Estado no domĂnio econĂŽmico, o que somente pode ser viabilizado por meio da criação de
empresas estatais cujo objeto social seja a atuação no setor de tecnologia. (E) possui amparo no ordenamento jurĂdico em vigor, pois configura hipĂłtese de inexigibilidade de licitação, tendo em vista
que a outorga de concessão de uso prescinde de prévia realização de certame.
20. O Poder PĂșblico celebrou, mediante regular licitação, contrato de concessĂŁo para exploração de serviço pĂșblico rodoviĂĄrio,
precedido de obra pĂșblica, qual seja, duplicação da via, regido pela Lei no 8.987/95. O consĂłrcio vencedor da licitação obteve
financiamento para a fase de implantação junto a instituição financeira pĂșblica oficial, que oferecia condiçÔes mais vantajosas para obras de infraestrutura viĂĄria. As condiçÔes de obtenção do financiamento
(A) impĂ”e ao consĂłrcio, em suas relaçÔes jurĂdicas internas e externas, a adoção do regime jurĂdico de direito pĂșblico, na
medida em que o capital social das empresas que o constituem passa a contar com participação do poder pĂșblico. (B) mantĂȘm inalteradas as condiçÔes e o equilĂbrio econĂŽmico financeiro do contrato, tendo em vista que o financiamento por
instituição financeira pĂșblica nĂŁo altera a natureza ou o regime jurĂdico dos investimentos, que remanescem privados. (C) acarretam publicização do investimento, alterando o regime da prestação dos serviços, tendo em vista que o capital
financiador das obras tambĂ©m Ă© proveniente do setor pĂșblico. (D) interferem nas condiçÔes contratuais da concessĂŁo, posto que a obtenção de juros mais vantajosos ensejam a neces-
sidade de reequilĂbrio econĂŽmico-financeiro do contrato em favor do poder concedente. (E) ensejam a alteração da natureza jurĂdica do financiamento, que passa a constituir aporte proveniente do poder con-
cedente.
21. A empresa estatal delegatåria dos serviços de transporte metroviårio estå executando obras de prolongamento de uma das
linhas urbanas. Durante a fase de execução de obras, alĂ©m das ĂĄreas que serĂŁo efetivamente utilizadas pelo modal de transporte, sĂŁo necessĂĄrios canteiros de obras. Considerando que esses canteiros de obras perdem sua utilidade apĂłs a conclusĂŁo das obras, o instrumento mais adequado para ser utilizado pelo Poder PĂșblico para essa finalidade Ă© a
(A) limitação administrativa, que obriga os proprietårios a disponibilizarem, gratuitamente, seus terrenos para viabilizar obras
pĂșblicas essenciais. (B) requisição administrativa, que obriga os proprietĂĄrios a disponibilizarem, gratuitamente e por tempo indeterminado, seus
terrenos para dar suporte a ĂĄreas pĂșblicas. (C) desapropriação, pois Ă© facultado, ao tĂ©rmino das obras, oferecer a ĂĄrea utilizada para ser adquirida pelo expropriado com
sensĂvel desconto no valor de mercado. (D) ocupação temporĂĄria, que permite a utilização dos terrenos mediante pagamento de indenização compatĂvel com o tempo
em que vigorar a restrição. (E) servidão administrativa, que se consubstancia em restrição à propriedade, permitindo que o proprietårio continue utilizando
a ĂĄrea.
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22. Um Estado da Federação contratou, após prévia licitação pela Lei no 8.666/93, a construção de um hospital para atender demanda
ambulatorial, de maternidade, emergĂȘncia e algumas outras especialidades. Faltando pouco mais de 5% (cinco por cento) para a conclusĂŁo das obras, a construtora contratada paralisou completamente os trabalhos e, adotadas todas as providĂȘncias cabĂveis, ficou constatada a impossibilidade de retornarem aos trabalhos. A Administração, dentre as alternativas legalmente cabĂveis, (A) deverĂĄ rescindir o contrato e realizar contratação emergencial com outra empresa. (B) deverĂĄ realizar contratação com inexigibilidade de licitação, com fundamento em situação emergencial, ante a im-
possibilidade de aguardar a conclusão de novo procedimento de licitação. (C) poderå formalizar contratação direta com o segundo colocado na licitação realizada, com dispensa de licitação, desde que
observadas as condiçÔes da proposta vencedora. (D) deverĂĄ concluir diretamente a obra, diante da vedação para contratação direta e em razĂŁo da urgĂȘncia da inauguração do
hospital, nĂŁo sendo possĂvel aguardar novo procedimento de licitação. (E) deverĂĄ ajuizar medida judicial para obrigar a contratada a concluir a obra, tendo em vista que esta nĂŁo pode rescindir
unilateralmente o contrato.
23. Em um contrato de concessão patrocinada, a concessionåria ficou incumbida da aquisição, inclusive por meio de desapropria-
ção, de bens imóveis para instalação de equipamentos e unidades administrativas. Esses bens (A) não revertem ao poder concedente, posto que não podem ser adquiridos pela concessionåria em seu nome, que fica
legalmente obrigada a transferir ao poder pĂșblico todos os bens adquiridos ao longo da vigĂȘncia do contrato de concessĂŁo, porque constituem bens de uso comum do povo.
(B) podem reverter ao poder concedente ao fim da concessĂŁo, quando serĂŁo qualificados como bens de uso especial, ou
remanescer na titularidade da entĂŁo concessionĂĄria, cabendo ao destinatĂĄrio dos bens indenizar a outra parte pelo valor de mercado daqueles.
(C) nĂŁo obstante revertam ao poder concedente ao fim da concessĂŁo, sĂŁo qualificados como bens dominicais enquanto
permanecerem na titularidade da concessionĂĄria de serviço pĂșblico. (D) revertem ao poder concedente mediante prĂ©via indenização, podendo ser qualificados como bens de uso comum do povo,
tendo em vista que se consubstanciam em substrato material para a prestação de serviços pĂșblicos disponĂveis a todos os administrados.
(E) revertem ao poder concedente ao fim da concessĂŁo, porque atrelados ao serviço pĂșblico, podendo ser qualificados como
bens de uso especial enquanto mantiverem aquela afetação.
24. O contexto de consenso-negociação onde se insere a Administração pĂșblica na atualidade, permite a adoção de soluçÔes an-
teriormente não adotadas, tais como a arbitragem. A utilização desse instituto, no entanto, é predicada por limites, de modo que (A) depende de autorização judicial para instauração do procedimento, prescindindo de homologação judicial após a sentença
arbitral. (B) fica restrita a direitos patrimoniais disponĂveis, universo onde se inserem as demandas que versem, por exemplo, sobre
reequilĂbrio econĂŽmico-financeiro do contrato, desde que nĂŁo pretendam novação dos aspectos negociais do contrato. (C) ficam excluĂdas todas as demandas envolvendo a Administração pĂșblica direta, em razĂŁo da prevalĂȘncia do princĂpio da
indisponibilidade dos bens pĂșblicos, que se sobrepĂ”e Ă s disposiçÔes legais que com ele colidirem. (D) fica restrita a direitos patrimoniais primĂĄrios da Administração direta, que depende de autorização legislativa para
negociação de direitos indisponĂveis. (E) fica sujeita Ă homologação judicial, tendo em vista que inexistem direitos patrimoniais disponĂveis no Ăąmbito da
Administração pĂșblica.
25. Considere que os municĂpios de regiĂŁo metropolitana de determinado Estado, em consenso com o Estado do qual fazem parte,
bem como com a UniĂŁo, pretendem buscar uma solução integrada para a questĂŁo de saneamento e seus impactos ambientais em seus limites territoriais, tendo em vista que a questĂŁo envolve competĂȘncias de todos os entes. Para tanto, podem (A) encaminhar projetos de lei para suas respectivas esferas legislativas, para obtenção de autorização para criação de
autarquia plurifederada, constituĂda para exercĂcio das competĂȘncias dos diversos entes envolvidos no projeto, dos quais serĂĄ delegatĂĄria.
(B) firmar contrato de gestĂŁo, para exercĂcio associado das competĂȘncias constitucionais que lhes foram atribuĂdas, nĂŁo sendo
necessĂĄria a criação de pessoa jurĂdica especĂfica para tanto. (C) criar uma empresa pĂșblica com natureza jurĂdica de direito pĂșblico, com participação societĂĄria de todos os envolvidos,
proporcionalmente ao envolvimento no projeto, a fim de desenvolver as atividades necessĂĄrias Ă implantação do projeto. (D) constituir um consĂłrcio pĂșblico, por meio de contrato que seja precedido de protocolo de intençÔes onde constem as
condiçÔes e detalhamento das atividades desenvolvidas pelo ente, inclusive gestĂŁo associada dos serviços. (E) firmar um protocolo de intençÔes por meio do qual deleguem uns aos outros as competĂȘncias constitucionais envolvidas
na execução do projeto.
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8 FUPAM-Procurador AutĂĄrquico-PO-A01
26. Uma empresa privada sagrou-se vencedora numa licitação para contratação de exploração de serviço de transporte urbano. Celebrado o contrato, viu-se obrigada a contratar mais pessoal para cobrir a demanda das novas atividades. Essa contratação (A) nĂŁo sofre ingerĂȘncia dos princĂpios que regem a Administração pĂșblica, porque nĂŁo obstante tenha recebido a titularidade
do serviço pĂșblico, sua execução continua submetida ao regime jurĂdico de direito privado. (B) depende de autorização do poder concedente e por ele passarĂĄ a ser regulada, na medida em que serĂŁo destacados para
desenvolvimento das atividades afetas a execução do serviço pĂșblico concedido. (C) deve ser feita mediante prĂ©vio concurso pĂșblico, tendo em vista que a delegação do serviço pĂșblico obriga a
concessionĂĄria a se submeter aos princĂpios informativos da atuação da Administração pĂșblica. (D) exige que os servidores contratados se submetam ao regime jurĂdico de direito pĂșblico, como funcionĂĄrios pĂșblicos
estatutĂĄrios, jĂĄ que a remuneração dos serviços se darĂĄ com as receitas oriundas da cobrança de tarifa dos usuĂĄrios do serviço pĂșblico concedido.
(E) nĂŁo sofre interferĂȘncia das normas de direito pĂșblico que regem as relaçÔes de pessoal na Administração pĂșblica, vez que
a concessionĂĄria, pessoa jurĂdica de direito privado, remanesce submetida ao regime jurĂdico de direito privado. 27. O Estado do Amazonas licitou uma parceria pĂșblico-privada para construção e gestĂŁo de uma unidade prisional de regime semi-
aberto. Nesse caso, considerando as modalidades de parcerias, pĂșblico-privadas e as caracterĂsticas das atividades transferidas ao privado, Ă© correto afirmar que se trata de uma concessĂŁo (A) administrativa, que agrega a realização de obras de construção Ă gestĂŁo da unidade, excetuados os aspectos normativos
e sancionatĂłrios do poder de polĂcia, que nĂŁo podem ser delegados ao privado. (B) patrocinada, que permite a delegação de alguns aspectos do poder de polĂcia, do poder disciplinar e do poder normativo,
além da remuneração por meio de contraprestação paga pelo poder concedente, vedada qualquer obtenção de receita diretamente pela concessionåria.
(C) administrativa, tendo em vista que agrega ao objeto do contrato a realização de obras, somada à delegação do poder
normativo e disciplinar. (D) patrocinada, considerando que sĂł essa modalidade se adequa Ă gestĂŁo de uma unidade prisional, porque obrigatoria-
mente implica na delegação de poder de polĂcia, poder normativo e poder disciplinar, somada Ă cobrança de tarifa do poder concedente.
(E) comum, considerando que sĂł essa modalidade implica na exploração do equipamento pĂșblico apĂłs a conclusĂŁo de obra
civil, mediante remuneração por meio de contraprestação paga pelo poder concedente e outorga de poder hierĂĄrquico. 28. O regime diferenciado de contrataçÔes foi instituĂdo no ordenamento jurĂdico brasileiro pela Lei n
o 12.462/2011 e, além de ter
suscitado muitos questionamentos, introduziu sensĂveis distinçÔes em relação ao modelo tradicional, regido pela Lei no 8.666/93.
Destacam-se, dentre essas diferenças, (A) a proibição de participação no certame para a realização das obras à mesma empresa vencedora da licitação para
confecção dos projetos båsico e executivo, salvo se comprovar que seria hipótese de inexigibilidade de licitação. (B) a possibilidade, nos casos de objeto que envolva inovação tecnológica, de utilização da modalidade contratação integrada,
com dispensa de elaboração de projeto bĂĄsico para abertura do certame. (C) a possibilidade de licitação sem que a Administração pĂșblica contratante elabore o projeto bĂĄsico e o projeto executivo
antes da abertura do certame, podendo fazĂȘ-lo na fase posterior Ă homologação do certame, quando deverĂĄ confeccionĂĄ-los e entregĂĄ-los ao vencedor da licitação.
(D) a obrigatoriedade do vencedor do certame ser o responsåvel pela confecção dos projetos båsico e executivo, bem como
pela realização da obra, restringindo-se, nessa hipótese, o critério de julgamento do certame ao tipo menor preço. (E) a prescindibilidade de realização de projeto båsico para todas as modalidades de contratação previstas na
Lei no 12.462/2011, bastando ao contratado que confeccione o projeto executivo com base nas informaçÔes trazidas pela
Administração pĂșblica. 29. As regras vigentes sobre serviços aĂ©reos impuseram limites, condiçÔes e detalhamento para desempenho das atividades antes
definidas exclusivamente pela Administração pĂșblica direta. O modelo de criação de um ente, com capacidade tĂ©cnica especĂfica para disciplina do setor, tais como horĂĄrios de voos, tarifas etc., Ă© expressĂŁo do modelo (A) descentralizador, que implica a criação de um ente, na maioria das vezes, autarquias, para transferĂȘncia da titularidade e
execução dos serviços pĂșblicos de competĂȘncia dos entes federados. (B) de terceirização, na medida em que se insere uma terceira pessoa jurĂdica na relação antes exclusiva entre o titular do
serviço pĂșblico e as concessionĂĄrias do serviço pĂșblico. (C) regulatĂłrio, atribuĂdo Ă agĂȘncia reguladora, Ă qual ficou atribuĂda a discricionariedade tĂ©cnica que antes era incumbĂȘncia
da Administração direta. (D) regulatĂłrio, atribuĂdo Ă uma agĂȘncia executiva, cujos dirigentes possuem independĂȘncia e discricionariedade tĂ©cnica para
administração do setor. (E) arbitral, atribuĂdo a uma autarquia, que passa a solucionar as divergĂȘncias e controvĂ©rsias do setor, conferindo maior
agilidade e confiabilidade à execução dos contratos.
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FUPAM-Procurador AutĂĄrquico-PO-A01 9
30. Determinado Estado da Federação criou uma autarquia previdenciåria para reger e disciplinar as questÔes previdenciårias no Estado. De acordo com alguns levantamentos e estudos promovidos no ùmbito da autarquia, foi identificada significativa de-manda para concessão de aposentadoria antecipada para servidores que residissem a mais de 30 km de distùncia de seus locais de trabalho. Para tanto, a contagem do tempo de serviço deveria abranger o tempo de deslocamento, o que reduziria a contagem cronológica da pretensão aquisitiva. A autarquia, assim, encaminhou à Assembleia Legislativa proposta de edição de lei para inserir esse pleito na disciplina legal dos servidores. A proposta (A) pode ser acatada se for sancionada pelo Chefe do Executivo Estadual e desde que não seja extensiva aos servidores
ocupantes de cargo em comissão. (B) é condizente com o poder normativo originårio inerente às atividades da Administração, desde que não implique alteração
do valor dos proventos. (C) Ă© inconstitucional, na medida em que a competĂȘncia do Executivo para alteração de normas relativas a servidores pĂșblicos
se restringe a edição de decretos autĂŽnomos para criação de cargos e alteração do regime remuneratĂłrio. (D) nĂŁo pode ser acatada por possuir vĂcio de iniciativa, vez que somente o Executivo Estadual poderia reduzir o tempo de
serviço necessĂĄrio para a aposentadoria voluntĂĄria. (E) possui vĂcio de inconstitucionalidade, visto que nĂŁo Ă© competĂȘncia Estadual a alteração das regras sobre aposentadoria
por tempo de serviço.
Direito Civil 31. A respeito dos contratos, Ă© correto afirmar que
(A) dispensam o consenso, quando reais, aperfeiçoando-se com a entrega da coisa, independentemente da vontade das
partes. (B) as partes devem observar, durante sua execução, o princĂpio da boa-fĂ© objetiva, assim entendida a ausĂȘncia de dolo de
prejudicar o outro contratante. (C) o CĂłdigo Civil atual aboliu o princĂpio pacta sunt servanda. (D) nĂŁo podem ter como objeto a herança de pessoa viva. (E) operam efeitos erga omnes, como corolĂĄrio do princĂpio da relatividade.
32. A interpretação normativa
(A) deve ser realizada, preferencialmente, de maneira sistemĂĄtica e teleolĂłgica, considerando o ordenamento em que a norma
estĂĄ inserida e a finalidade para a qual se destina. (B) deve ser realizada, em regra, de maneira sistemĂĄtica, considerando a norma em si mesma, em sua literalidade, sem levar
em conta o ordenamento em que estĂĄ inserida. (C) teleolĂłgica, tambĂ©m chamada de histĂłrica, busca a vontade do legislador no momento da elaboração da norma. (D) histĂłrica prevalece sobre a sistemĂĄtica, a qual busca o sentido literal de uma determinada norma. (E) dĂĄ-se pela aplicação da analogia, dos costumes e dos princĂpios gerais do direito, em caso de silĂȘncio eloquente ou de
lacuna legal. 33. O negĂłcio jurĂdico praticado sob coação
(A) é nulo, não se convalidando com o decurso do tempo nem podendo ser confirmado pela vontade das partes. (B) equipara-se aos praticados sob temor reverencial. (C) é nulo, podendo ser invalidado, a pedido da parte prejudicada, no prazo decadencial de 4 anos, contado da celebração do
negócio. (D) deve ser interpretado tendo em conta o que, na mesma circunstùncia, teria feito o homem médio. (E) é anulåvel, convalidando-se com o decurso do tempo e podendo ser confirmado pela vontade das partes.
34. A clĂĄusula penal
(A) não pode prever cominação superior a trinta por cento da obrigação principal. (B) pode prever cominação igual à obrigação principal, devendo ser reduzida equitativamente pelo juiz se a obrigação tiver
sido cumprida em parte. (C) deve ser estipulada sempre conjuntamente com a obrigação, destinando-se exclusivamente a compensar o credor pela mora. (D) vale como indenização pelos danos que tiver experimentado o credor, não se podendo estipular indenização suplementar
a seu montante, ainda que se trate de contrato comutativo. (E) somente pode ser exigida em caso de comprovação de prejuĂzo.
35. Aos 20 anos de idade, Cåssio ajuizou ação de reparação de dano, fundada na responsabilidade civil, contra Roberto, seu pai,
em razão de fato ocorrido quando tinha 9 anos. A pretensão (A) não estå prescrita, pois não corre prescrição entre pai e filho, ainda que cessado o poder familiar.
(B) não estå prescrita, pois não corre a prescrição contra os relativa e absolutamente incapazes.
(C) estĂĄ prescrita, pois o prazo de 10 anos, iniciado quando CĂĄssio tinha 9 anos de idade, jĂĄ se consumou.
(D) estĂĄ prescrita, pois o prazo de 3 anos, iniciado quando CĂĄssio tinha 16 anos de idade, jĂĄ se consumou.
(E) não estå prescrita, pois não corre a prescrição durante o poder familiar.
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36. Gilmar faleceu sem deixar testamento. Ao tempo da sucessĂŁo, havia deixado apenas um primo vivo, JosĂ©, e outro morto, JoĂŁo. JoĂŁo possuĂa trĂȘs filhos, dois vivos e um morto. Este, por sua vez, possuĂa um filho, neto de JoĂŁo. A sucessĂŁo serĂĄ deferida
(A) na proporção de 1/3 para José, 1/3 aos dois filhos e 1/3 ao neto de João.
(B) na proporção de 1/2 para José e 1/2 a serem divididos entre os dois filhos e o neto de João.
(C) ao MunicĂpio, pois os primos nĂŁo herdam.
(D) na proporção de 1/2 para JosĂ© e 1/2 para os dois filhos de JoĂŁo, excluĂdo seu neto.
(E) por inteiro em favor de José.
37. Na compra e venda
(A) os riscos da tradição, em regra, correm por conta do vendedor.
(B) o vendedor é obrigado a entregar a coisa antes de receber o preço, mesmo que o negócio tenha sido praticado à vista.
(C) nĂŁo pode o cĂŽnjuge, na constĂąncia do casamento, alienar um bem a outro, ainda que particular.
(D) a entrega da coisa Ă© pressuposto de existĂȘncia do contrato.
(E) o vendedor sempre responde pelos débitos, até o momento da tradição.
38. Analise as proposiçÔes abaixo, a respeito da responsabilidade civil: I. O médico, em regra, responde civilmente somente se o autor da ação fizer prova de dolo ou culpa.
II. O pai Ă© objetivamente responsĂĄvel pelos danos decorrentes de culpa do filho menor que estiver sob sua autoridade e
companhia. III. NĂŁo se responsabiliza o incapaz se os seus responsĂĄveis tiverem obrigação de fazĂȘ-lo e dispuserem de meios suficientes
para tanto. EstĂĄ correto o que se afirma em
(A) I e III, somente.
(B) III, somente.
(C) I, II e III.
(D) I e II, somente.
(E) II e III, somente.
39. Sobre os direitos reais de garantia, Ă© correto afirmar que
(A) não se admite o penhor de colheita em vias de formação.
(B) o usufrutuĂĄrio nĂŁo pode hipotecar o bem objeto do usufruto.
(C) o condĂŽmino nĂŁo pode, individualmente, dar em hipoteca sua respetiva parte.
(D) não pode o cÎnjuge, sem autorização do outro, gravar de Înus real os bens imóveis, seja qual for o regime de bens.
(E) o pagamento parcial da dĂvida, em regra, extingue parcialmente a hipoteca.
40. De acordo com o CĂłdigo de Defesa do Consumidor,
(A) o fabricante responde subjetivamente pelos danos decorrentes de defeito na fabricação do produto. (B) apenas o contratante pode requerer indenização por danos decorrentes de serviço defeituoso, excluĂdas as vĂtimas que
não tinham participado da relação negocial. (C) o comerciante sempre responde solidariamente com o fabricante pelos danos decorrentes de defeito na fabricação do
produto. (D) para responsabilização de profissional liberal, é necessåria comprovação de dolo ou culpa. (E) não se admite excludente de responsabilidade pelos danos decorrentes da utilização do produto.
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Direito Processual Civil
41. A citação
(A) pode ser feita pelo correio se o réu estiver em lugar incerto e não sabido.
(B) por hora certa serĂĄ feita sempre em pessoa da famĂlia do rĂ©u.
(C) é feita como regra por oficial de justiça e, excepcionalmente, pelo correio ou por hora certa.
(D) Ă© ato formal e nĂŁo pode ser convalidada, em nenhuma hipĂłtese.
(E) Ă© ato formal mas pode ser convalidada.
42. Quanto à eficåcia das leis processuais civis, no tempo e no espaço, vigora a seguinte regra:
(A) Ao contrĂĄrio das leis substanciais, o direito processual civil aplica-se no Brasil apenas aos nacionais, devendo os estran-geiros sujeitar-se Ă s normas processuais de seus respectivos paĂses, em razĂŁo da soberania a ser respeitada.
(B) A noção de direito adquirido é exclusiva do direito material, inexistindo direitos processuais adquiridos, porque a lei pro-
cessual nova aplica-se a todo processo em trĂąmite, integralmente, sendo irrelevantes os atos processuais anteriormente praticados.
(C) Como o processo civil Ă© indivisĂvel, deve ser regulado por uma Ășnica lei; assim, sobrevindo lei processual nova, quando jĂĄ
se encontre em tramitação um processo, a lei velha continua a reger integralmente o feito iniciado sob sua vigĂȘncia, mesmo apĂłs revogada, o que se denomina ultra-atividade da lei velha.
(D) De maneira diversa Ă s normas de direito material, as leis processuais civis iniciam sua vigĂȘncia, em regra, cento e oitenta
dias após sua promulgação, dada sua complexidade e necessidade de publicização. (E) A lei processual civil submete-se à mesma disciplina das normas de direito material: uma vez em vigor, a lei nova tem
efeito imediato e geral, respeitados o ato jurĂdico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
43. SĂŁo princĂpios gerais do processo civil:
(A) economia processual, publicidade dos atos processuais, eventualidade.
(B) individualização da pena, duração razoåvel do processo, livre investigação das provas.
(C) presunção de inocĂȘncia, direito ao juiz natural, inĂ©rcia.
(D) domĂnio do fato, vedação Ă prova ilĂcita, contraditĂłrio e ampla defesa.
(E) anualidade, motivação das decisÔes judiciais, isonomia processual.
44. No tocante Ă s sĂșmulas concernentes ao direito processual, Ă© INCORRETO afirmar:
(A) O contribuinte pode optar por receber, por meio de precatório ou por compensação, o indébito tributårio certificado por sentença declaratória transitada em julgado.
(B) Os créditos das autarquias federais preferem aos créditos da Fazenda estadual, coexistindo ou não penhoras sobre o
mesmo bem. (C) Viola clĂĄusula de reserva de plenĂĄrio a decisĂŁo de ĂłrgĂŁo fracionĂĄrio de Tribunal que, embora nĂŁo declare expressamente a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder pĂșblico, afasta sua incidĂȘncia, no todo ou em parte. (D) A ação de cobrança de diferenças de valores de complementação de aposentadoria prescreve em cinco anos contados da
data do pagamento. (E) O INSS não estå obrigado a efetuar depósito prévio do preparo por gozar das prerrogativas e privilégios da Fazenda
PĂșblica.
45. Em relação Ă conexĂŁo e Ă continĂȘncia:
(A) a conexĂŁo determina a reuniĂŁo dos processos, ainda que algum deles jĂĄ tenha sido julgado. (B) correndo em separado açÔes conexas perante juĂzes que tĂȘm a mesma competĂȘncia territorial, considera-se prevento
aquele que saneou o feito em primeiro lugar. (C) havendo incompetĂȘncia absoluta do juĂzo para o qual deveriam ser remetidos os autos da ação conexa, nĂŁo pode ocorrer
a reuniĂŁo das açÔes pela conexĂŁo ou pela continĂȘncia. (D) reputam-se conexas duas ou mais açÔes, quando lhes forem comuns o objeto, a causa de pedir e o pedido. (E) havendo continĂȘncia ou conexĂŁo, o juiz, somente a requerimento de qualquer das partes, pode ordenar a reuniĂŁo de açÔes
propostas em separado, a fim de que sejam decididas simultaneamente.
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46. Mariana fica sabendo que estĂĄ sendo injuriada e difamada em um site de uma colega de escola, de quem se tornou desafeta por causa de um ex-namorado de ambas. Quer fazer prova contra essa colega, para propor ação indenizatĂłria moral contra ela. Isto, juridicamente, Ă© (A) possĂvel, pois o sistema de provas brasileiro admite provas tipificadas e nĂŁo tipificadas em lei, podendo ser extraĂda uma
ata notarial das alegadas injĂșrias e difamaçÔes contra Mariana. (B) impossĂvel para efeitos civis, pois tratando-se de injĂșrias e difamaçÔes sĂł poderĂĄ ser obtida prova para efeitos criminais. (C) impossĂvel, por se tratar de invasĂŁo de privacidade ao conteĂșdo de site alheio, nĂŁo podendo ser utilizado como prova para
fins judiciais, por sua ilicitude. (D) impossĂvel, pois nĂŁo hĂĄ previsĂŁo legal de obtenção de prova em sites eletrĂŽnicos em nosso processo civil. (E) possĂvel, desde que o conteĂșdo do site seja ratificado por prova testemunhal, jĂĄ que esta se encontra prevista em lei.
47. Cabe ao juiz
(A) decidir a lide por equanimidade, como regra geral. (B) eximir-se de julgar se ausentes normas jurĂdicas aplicĂĄveis ao caso concreto, determinando a solução por arbitragem. (C) prevenir ou reprimir atos atentatĂłrios Ă dignidade da justiça, desde que requerido pelas partes. (D) manter-se equidistante das partes e suprir as lacunas e ambiguidades da lei, dando cumprimento ao princĂpio da
obrigatoriedade da jurisdição. (E) decidir a lide independente do princĂpio da correlação, livremente, dando os motivos de seu convencimento.
48. Em relação aos auxiliares da justiça,
(A) incumbe ao escrivão redigir e entregar, em cartório, o mandado, logo depois de cumprido por quem de direito. (B) nas localidades onde não houver profissionais qualificados para exercerem a função de peritos, a prova técnica serå
dispensada. (C) os peritos não são necessårios se as partes ou o juiz conhecerem a matéria sobre a qual deveriam opinar, ainda que
técnica. (D) o oficial de justiça tem a obrigação legal de avaliar todo e qualquer bem penhorado, informando-se com terceiros se não
dispuser de conhecimento técnico especializado para consecução do mister. (E) o escrivão e o oficial de justiça são civilmente responsåveis em caso de injusta recusa ao cumprimento dos atos legais ou
judiciais a que estĂŁo subordinados. 49. Os atos processuais
(A) podem ser praticados, no processo, por meio de cotas marginais ou interlineares.
(B) sĂŁo sempre pĂșblicos a fim de dar transparĂȘncia ao Poder JudiciĂĄrio.
(C) podem ser aproveitados se atingirem sua finalidade, mesmo quando realizados por meio diverso ao previsto em lei.
(D) tĂȘm forma prescrita em lei como regra geral, excepcionalmente nĂŁo obedecendo a formas determinadas.
(E) que comportem a desistĂȘncia da demanda produzem efeito imediato se requerida antes da citação do rĂ©u. 50. Afirma a lei processual civil que, feita a citação, Ă© defeso ao autor modificar o pedido, ou a causa de pedir, sem o consentimento
do rĂ©u, mantendo-se as mesmas partes, salvo as substituiçÔes permitidas por lei. Essa regra consagra o princĂpio (A) da inĂ©rcia jurisdicional.
(B) da estabilidade do processo.
(C) do impulso oficial.
(D) da eventualidade.
(E) da adstrição ou congruĂȘncia. 51. Em relação Ă antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional, Ă© correto afirmar que
(A) a decisĂŁo concessiva da tutela antecipada, por dizer respeito ao mĂ©rito da lide, deve ser impugnada por meio de apelação. (B) dada sua natureza, dependente de prova inequĂvoca, a decisĂŁo que conceder a tutela jurisdicional antecipadamente Ă©
definitiva no mesmo grau de jurisdição, sĂł podendo ser alterada pela superior instĂąncia. (C) concedida ou nĂŁo a antecipação da tutela, o processo prosseguirĂĄ atĂ© final julgamento. (D) se o autor, a tĂtulo de antecipação tutelar, requerer providĂȘncia de natureza cautelar, deverĂĄ o juiz indeferir de pronto o
pedido, pela inadequação da via judicial escolhida. (E) a decisão que antecipa a tutela prescinde de indicação pelo juiz, de modo claro e preciso, das razÔes de seu con-
vencimento.
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52. No tocante Ă s medidas cautelares nominadas e inominadas, Ă© INCORRETO afirmar:
(A) A medida cautelar poderĂĄ ser substituĂda, somente a pedido do requerente, pela prestação de caução ou outra garantia menos gravosa para o requerido, sempre que adequada e suficiente para evitar a lesĂŁo ou reparĂĄ-la integralmente.
(B) O indeferimento da medida cautelar não obsta a que a parte intente a ação, nem influi no julgamento desta, salvo se o juiz,
no procedimento cautelar, acolher a alegação de decadĂȘncia ou de prescrição do direito do autor. (C) As medidas cautelares conservam a sua eficĂĄcia na pendĂȘncia do processo principal; mas podem, a qualquer tempo, ser
revogadas ou modificadas. (D) Ă lĂcito ao juiz conceder liminarmente ou apĂłs justificação prĂ©via a medida cautelar, sem ouvir o rĂ©u, quando verificar que
este, sendo citado, poderå tornå-la ineficaz; caso em que poderå determinar que o requerente preste caução real ou fidejussória de ressarcir os danos que o requerido possa vir a sofrer.
(E) SĂł em casos excepcionais, expressamente autorizados por lei, determinarĂĄ o juiz medidas cautelares sem a audiĂȘncia das
partes.
53. Em relação Ă Fazenda PĂșblica, considere: I. Ă cabĂvel ação monitĂłria contra a Fazenda PĂșblica. II. SĂŁo indevidos honorĂĄrios advocatĂcios pela Fazenda PĂșblica, nas execuçÔes individuais de sentença proferida em açÔes
coletivas, ainda que nĂŁo embargadas. III. A Fazenda PĂșblica pode substituir a certidĂŁo de dĂvida ativa â CDA atĂ© a prolação da sentença de embargos, quando se
tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução. Estå correto o que se afirma em
(A) III, apenas.
(B) I, II e III.
(C) I e II, apenas.
(D) I e III, apenas.
(E) II e III, apenas.
54. A execução provisória
(A) não admite de modo algum a pråtica de atos que importem alienação de propriedade de bens do executado. (B) fica sem efeito, sobrevindo acórdão que modifique ou anule a sentença objeto da execução, restituindo-se as partes ao
estado anterior e liquidados eventuais prejuĂzos nos mesmos autos, por arbitramento. (C) sĂł Ă© possĂvel quando a apelação tenha sido recebida em seu duplo efeito, devolutivo e suspensivo. (D) sĂł Ă© possĂvel em relação a tĂtulo judicial, pois o tĂtulo extrajudicial sĂł admite a execução definitiva. (E) nĂŁo prescinde de caução em nenhuma hipĂłtese legal.
55. Em relação aos recursos, examine os seguintes enunciados: I. O recurso extraordinårio e o recurso especial impedem a execução da sentença; a interposição do agravo de instrumento
não obsta o andamento do processo, como regra geral. II. A parte, que aceitar expressa ou tacitamente a sentença ou a decisão, não poderå recorrer, considerando-se aceitação
tĂĄcita a prĂĄtica, sem reserva alguma, de um ato incompatĂvel com a vontade de recorrer. III. A sentença pode ser impugnada no todo ou em parte. IV. A renĂșncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte. V. Para que o recorrente possa desistir do recurso Ă© imprescindĂvel a anuĂȘncia do recorrido ou dos litisconsortes.
EstĂĄ correto o que se afirma APENAS em
(A) III, IV e V.
(B) I, II, III e IV.
(C) I, II, IV e V.
(D) II, III e IV.
(E) I, III, V.
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Direito do Trabalho
56. A respeito da relação de trabalho e da relação de emprego, é INCORRETO afirmar:
(A) A relação de trabalho não é gratuita ou voluntåria, mas sim onerosa, pois haverå uma prestação de serviços vinculada a uma contraprestação remuneratória.
(B) A relação de emprego fica descaracterizada quando houver intermitĂȘncia do trabalho no mĂłdulo semanal, ou seja, os
serviços nĂŁo sĂŁo prestados diariamente, cumprindo-se a jornada de trabalho mĂĄxima prevista em lei. (C) A relação de trabalho Ă© gĂȘnero da qual a relação de emprego Ă© espĂ©cie. (D) A subordinação Ă© o principal elemento diferenciador entre a relação de emprego e as atuais modalidades de prestação de
trabalho autÎnomo. (E) A pessoalidade na prestação dos serviços é um elemento essencial da relação de emprego por ser o contrato de trabalho
de carĂĄter intuitu personae em relação ao empregado. 57. Em relação Ă Formação HistĂłrica do Direito do Trabalho, considere: I. O Direito do Trabalho apresenta como uma de suas caracterĂsticas a restrição da liberdade contratual que impĂ”e
limitaçÔes Ă autonomia da vontade atravĂ©s de normas cogentes e de garantias sociais. II. A EncĂclica Rerum Novarum do Papa LeĂŁo XIII que considerou o trabalho como um elemento de dignidade humana
preconizando por um salĂĄrio justo Ă© considerada um marco da doutrina social da Igreja CatĂłlica e suas ideias tiveram grande relevĂąncia no surgimento do Direito do Trabalho.
III. Os defensores da natureza jurĂdica de Direito PĂșblico para o Direito do Trabalho ponderam que ele surgiu como vertente
do Direito Civil, inspirado na locação de serviços e a principal relação que é objeto de seu estudo possui natureza contratual.
IV. Todas as ConstituiçÔes do Brasil apresentaram normas de Direito do Trabalho e de proteção ao trabalhador, sendo que a
Constituição de 1946 ficou marcada pela valorização do direito coletivo com a proibição de interferĂȘncia do Poder PĂșblico na organização sindical e enumerou uma sĂ©rie de disposiçÔes referentes aos direitos individuais dos trabalhadores no TĂtulo da Ordem Social.
V. O Direito do Trabalho é um instrumento de realização da justiça social e de tutela do trabalhador e suas funçÔes somente
podem ser cumpridas se previstas em uma estrutura jurĂdica formal que molde seu conteĂșdo e fixe os preceitos e as sançÔes determinantes dos comportamentos autorizados ou proibidos nas relaçÔes entre trabalhadores e empregadores.
EstĂĄ correto o que se afirma APENAS em
(A) III, IV e V.
(B) I, III e V.
(C) I e IV.
(D) I, II e V.
(E) II e IV. 58. Dentre as fontes formais do Direito do Trabalho NĂO se incluem:
(A) a sentença que decide a ação civil pĂșblica e os fenĂŽmenos sociais, econĂŽmicos e polĂticos. (B) as sentenças normativas e os tratados internacionais ratificados pelo Brasil. (C) os acordos e as convençÔes coletivas de trabalho. (D) as leis ordinĂĄrias e as leis complementares. (E) os decretos e as medidas provisĂłrias.
59. Os princĂpios sĂŁo proposiçÔes genĂ©ricas que exercem as funçÔes informativa, normativa e interpretativa da ciĂȘncia jurĂdica. Em
relação aos princĂpios aplicĂĄveis ao Direito do Trabalho, Ă© correto afirmar:
(A) Derivado do princĂpio da intangibilidade salarial surge o princĂpio da irredutibilidade salarial que admite exceçÔes somente quando houver autorização expressa do trabalhador.
(B) Desde que o trabalhador seja maior e capaz serĂŁo vĂĄlidas a renĂșncia e a transação, independentemente de previsĂŁo legal,
ainda que lhe importem em prejuĂzos indiretos. (C) SĂŁo princĂpios constitucionais especĂficos do Direito do Trabalho: liberdade sindical, reconhecimento das convençÔes e
acordos coletivos, proteção em face da automação. (D) O princĂpio da continuidade do contrato de trabalho constitui em presunção favorĂĄvel ao empregador, razĂŁo pela qual o
encargo em provar o término do contrato de trabalho é do trabalhador, quando negadas a prestação dos serviços e o despedimento.
(E) Com o objetivo de assegurar a eficĂĄcia e a segurança dos atos jurĂdicos no Direito do Trabalho, como regra geral, a
formalidade deve prevalecer sobre a realidade dos fatos.
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60. Em relação a contraprestação pecuniĂĄria paga ao empregado em decorrĂȘncia da prestação dos serviços, Ă© correto afirmar: (A) Em caso de dano causado ao empregador resultante de ato doloso do empregado, pode haver desconto salarial mesmo
sem a sua autorização; mas se o dano decorrer de ato culposo, Ă© necessĂĄrio que esta possibilidade tenha sido acordada. (B) O empregado readaptado em nova função por motivo de deficiĂȘncia fĂsica ou mental atestada pelo ĂłrgĂŁo da PrevidĂȘncia
Social poderå servir de paradigma para fins de equiparação salarial. (C) Integram o salårio a importùncia fixa estipulada, assim como as gratificaçÔes ajustadas, as ajudas de custo e os abonos
pagos pelo empregador, nĂŁo integrando as comissĂ”es e percentagens. (D) Em nenhuma hipĂłtese o pagamento do salĂĄrio poderĂĄ ser estipulado por perĂodo superior a um mĂȘs, devendo ser
efetuado atĂ© o dĂ©cimo dia corrido do mĂȘs subsequente ao vencido. (E) A Consolidação das Leis do Trabalho considera gorjeta apenas a importĂąncia que for cobrada pela empresa ao cliente
como adicional nas contas e destinada à distribuição aos empregados e não a importùncia espontaneamente dada pelo cliente.
61. Considere as assertivas sobre relaçÔes de trabalho:
I. O empregado doméstico não tem direito ao pagamento de horas extraordinårias e ao recolhimento dos depósitos no
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço por ausĂȘncia de disposição legal, nesse sentido, relativa Ă categoria.
II. O trabalhador avulso terĂĄ igualdade de direitos em relação ao trabalhador com vĂnculo permanente, conforme disposição constitucional.
III. A duração do estĂĄgio, no mesmo concedente, nĂŁo poderĂĄ exceder a dois anos, salvo no caso do portador de deficiĂȘncia.
IV. O trabalho temporårio corresponde a uma relação triangular que envolve o trabalhador temporårio que presta serviços a
uma empresa tomadora dos serviços por intermédio de uma empresa de trabalho temporårio.
V. O estagiĂĄrio e o trabalhador temporĂĄrio nĂŁo tĂȘm nenhum tipo de relação empregatĂcia, seja com o tomador dos seus
préstimos ou com a empresa fornecedora de mão de obra temporåria.
EstĂĄ correto o que se afirma APENAS em (A) I, III e IV.
(B) II, IV e V.
(C) I, III e V.
(D) I, II e V.
(E) II, III e IV. 62. Sobre os sujeitos do contrato de trabalho, nos termos da legislação e do entendimento sumulado do Tribunal Superior do
Trabalho, é correto afirmar: (A) Os débitos trabalhistas decorrentes do inadimplemento do subempreiteiro empregador não serão suportados pelo
empreiteiro principal, não havendo responsabilidade subsidiåria ou solidåria, salvo se houver determinação expressa no contrato entre as empresas.
(B) O trabalho realizado Ă distĂąncia ou no domicĂlio do empregado impede a existĂȘncia de relação de emprego, pois os meios
telemåticos e informatizados de comando, controle e supervisão não se equiparam aos meios pessoais e diretos, para fins de subordinação.
(C) Ainda que preenchidos os requisitos da lei trabalhista, nĂŁo Ă© legĂtimo o reconhecimento da relação de emprego entre o
policial militar da ativa e a empresa privada, em razĂŁo de legislação administrativa proibitiva e por ser cabĂvel penalidade disciplinar no Estatuto do Policial Militar.
(D) A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econÎmico, durante a mesma jornada de trabalho,
caracteriza a coexistĂȘncia de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrĂĄrio, em razĂŁo da inexistĂȘncia de solidariedade ativa das empresas do grupo.
(E) Não haverå distinçÔes relativas à espécie de emprego e à condição do trabalhador, nem entre o trabalho intelectual,
técnico e manual. 63. Sobre o trabalhador rural e as normas que tutelam a sua atividade, é INCORRETO afirmar:
(A) O desconto salarial pelo fornecimento de alimentação sadia e farta, atendidos os preços vigentes na região, terå por base
o salĂĄrio mĂnimo e o limite mĂĄximo de 25%, desde que previamente autorizado pelo empregado. (B) Em caso de cessĂŁo pelo empregador de moradia, rescindido ou findo o contrato de trabalho, o empregado serĂĄ obrigado a
desocupar a casa em trinta dias. (C) Além dos requisitos gerais que devem estar presentes na relação de emprego, é considerado requisito essencial
especĂfico que o trabalho, como regra, seja desenvolvido para o empregador rural e explore atividade agroeconĂŽmica e em propriedade rural ou prĂ©dio rĂșstico.
(D) A jornada noturna rural para trabalho na lavoura serĂĄ a executada entre as 22 horas de um dia e as 05 horas do dia
seguinte, considerada a hora noturna reduzida de 52 minutos e 30 segundos. (E) Todo trabalho rural noturno serå acrescido do adicional de 25% sobre a remuneração normal.
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64. Ulisses foi admitido como empregado para trabalhar na empresa Delta PromoçÔes Culturais em 01/03/2014 e rescindiu unilateralmente o contrato por sua prĂłpria iniciativa em 18/10/2014, ficando dispensado pelo empregador do cumprimento do aviso prĂ©vio. Neste caso, sĂŁo devidas as seguintes verbas rescisĂłrias ao trabalhador: (A) saldo salarial de 18 dias do Ășltimo mĂȘs trabalhado; fĂ©rias proporcionais com 1/3; 13
o salĂĄrio proporcional; saque do FGTS
sem a multa rescisĂłria de 40%. (B) saldo salarial de 18 dias do Ășltimo mĂȘs trabalhado; 13
o salĂĄrio proporcional; saque do FGTS com a multa rescisĂłria de
40%. (C) aviso prévio indenizado de 30 dias; férias proporcionais com 1/3; 13
o salĂĄrio proporcional; saque do FGTS sem a multa
rescisĂłria de 40%. (D) aviso prĂ©vio indenizado de 30 dias; saldo salarial de 18 dias do Ășltimo mĂȘs trabalhado; fĂ©rias proporcionais com 1/3;
13o salĂĄrio proporcional.
(E) saldo salarial de 18 dias do Ășltimo mĂȘs trabalhado; fĂ©rias proporcionais com 1/3; 13
o salĂĄrio proporcional.
Direito Processual do Trabalho 65. Sobre a competĂȘncia da Justiça do Trabalho, Ă© correto afirmar:
(A) As açÔes entre trabalhadores portuĂĄrios e os operadores portuĂĄrios ou o ĂłrgĂŁo Gestor de MĂŁo de Obra â OGMO
decorrentes da relação de trabalho sĂŁo da competĂȘncia da Justiça Comum. (B) A competĂȘncia para dirimir conflitos sobre o pagamento dos serviços, sem que envolva relação empregatĂcia, resultantes
dos contratos de empreitada em que o empreiteiro seja operĂĄrio ou artĂfice Ă© da Justiça Comum. (C) NĂŁo Ă© competente para dirimir as controvĂ©rsias sobre representação sindical entre sindicatos e empregadores, visto que,
tais lides fogem da discussĂŁo envolvendo a relação de trabalho entre trabalhadores e empregadores. (D) Ă de sua competĂȘncia a execução de ofĂcio para cobrança das contribuiçÔes sociais do artigo 195, I, letra âaâ e II e seus
acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir. (E) As questÔes decorrentes de acidente de trabalho envolvendo prestaçÔes previdenciårias passaram a ser também da
Emenda Constitucional 45/2004. 66. Sobre o sistema de composição dos conflitos no Direito Processual do Trabalho, a arbitragem é uma modalidades de
(A) conciliação judicial, aceita nos dissĂdios individuais e coletivos do trabalho.
(B) heterocomposição, aceita apenas nos dissĂdios coletivos do trabalho.
(C) autotutela, aceita nos dissĂdios individuais e coletivos do trabalho.
(D) jurisdição, aceita apenas nos dissĂdios individuais.
(E) jurisdição voluntĂĄria, aceita apenas nos dissĂdios coletivos do trabalho. 67. Em relação Ă s nulidades no processo do trabalho,
(A) a nulidade fundada em incompetĂȘncia absoluta material ou funcional deve ser declarada ex officio. (B) ainda que seja possĂvel suprir-lhe a falta ou repetir o ato processual, a nulidade serĂĄ pronunciada quando arguida opor-
tunamente. (C) nĂŁo hĂĄ momento oportuno previsto em lei para as relativas que podem ser arguidas em qualquer fase processual, bem
como de oficio pelo magistrado. (D) somente podem ser arguidas em audiĂȘncia, diante do princĂpio da oralidade que norteia o processo do trabalho. (E) poderĂĄ ser declarada mesmo que nĂŁo ocorra manifesto prejuĂzo aos litigantes.
68. Sobre a aplicação das normas processuais conforme previsĂŁo contida na Consolidação das Leis do Trabalho â CLT, Ă© correto
afirmar: (A) Em fase executória, a CLT permite a aplicação supletiva do processo civil nos casos de omissão da CLT porque não hå
nenhuma incompatibilidade de normas nessa fase. (B) A CLT faculta ao Juiz a decisão sobre aplicação originåria ou supletiva das normas do processo comum ao processo
judiciĂĄrio do trabalho, utilizando-se da analogia e sendo desnecessĂĄria a anĂĄlise de compatibilidade entre os sistemas. (C) Havendo omissĂŁo o direito processual comum serĂĄ fonte subsidiĂĄria do processo do trabalho, salvo naquilo que for
incompatĂvel com as regras do processo judiciĂĄrio do trabalho. (D) NĂŁo hĂĄ norma processual civil que possa ser aplicada ao processo judiciĂĄrio do trabalho porque todas sĂŁo incompatĂveis
com o sistema previsto na CLT. (E) Somente nas fases de conhecimento e recursal é que poderå haver aplicação subsidiåria do processo comum ao processo
judiciĂĄrio do trabalho.
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69. No que concerne à fase de execução no Processo do Trabalho, é INCORRETO afirmar: (A) Garantida a execução ou penhorados bens, terå a empresa executada cinco dias para apresentar embargos, cabendo
igual prazo ao exequente para impugnação. (B) Nas prestaçÔes sucessivas por tempo determinado, a execução pelo não pagamento de uma prestação compreenderå as
que lhe sucederem. (C) O Termo de Ajuste de Conduta firmado perante o MinistĂ©rio PĂșblico do Trabalho e o Termo de Conciliação firmado perante
a ComissĂŁo de Conciliação PrĂ©via sĂŁo tĂtulos executivos extrajudiciais. (D) Sendo ilĂquida a sentença exequenda serĂĄ determinada a sua liquidação, que deverĂĄ ser feita por cĂĄlculos ou por artigos,
não cabendo o arbitramento e devendo ser intimado, o Procurador do INSS, para apresentar a conta dos valores devidos das contribuiçÔes sociais.
(E) SerĂŁo executadas ex officio as contribuiçÔes sociais devidas em decorrĂȘncia de homologação de acordo em reclamatĂłria
trabalhista. 70. Analise as proposituras sobre as provas no processo do trabalho. I. O sistema de valoração da prova utilizado no processo do trabalho é o da persuasão racional, que då liberdade ao Juiz
para apreciar livremente a prova, obrigando-o a declinar os motivos do seu convencimento. II. O documento oferecido como prova sĂł serĂĄ aceito se estiver no original ou em certidĂŁo autĂȘntica, ou se conferida a
respectiva pĂșblica forma ou cĂłpia perante o Juiz ou Tribunal. III. Os documentos devem ser juntados aos autos em dois momentos: acompanhando a petição inicial por ocasiĂŁo do
ajuizamento da ação e por ocasião da apresentação da defesa, admitindo-se exceçÔes relativas a documentos novos ou que se contrapÔem aos que foram produzidos nos autos ou quando se tratar de fatos supervenientes.
IV. Ă obrigatĂłria a apresentação do rol de testemunhas que cada parte pretende levar em audiĂȘncia, as quais serĂŁo
intimadas para depor, ficando sujeitas Ă condução coercitiva, sendo no mĂĄximo cinco para cada parte no rito ordinĂĄrio. V. A testemunha que for funcionĂĄrio pĂșblico civil ou militar, e tiver que depor em hora de serviço, serĂĄ requisitada ao chefe
da repartição para comparecer Ă audiĂȘncia e nĂŁo pode sofrer qualquer desconto pela falta ao serviço, ocasionada pelo seu comparecimento para depor.
EstĂĄ correto o que se afirma APENAS em
(A) I, IV e V.
(B) II, III e V.
(C) I, II e IV.
(D) II, III e IV.
(E) I, III e V. 71. Em relação à matéria recursal no processo do trabalho,
(A) cabe recurso ordinårio para a instùncia superior apenas das decisÔes definitivas dos tribunais regionais, em processo de
sua competĂȘncia originĂĄria, somente nos casos dos dissĂdios coletivos, no prazo de quinze dias. (B) cabe agravo de petição das decisĂ”es judicias nas execuçÔes, que sĂł serĂĄ recebido se o agravante delimitar, jus-
tificadamente, as matérias e valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença.
(C) cabem embargos de declaração da sentença ou do acĂłrdĂŁo no prazo de oito dias Ășteis, admitido efeito modificativo da
decisĂŁo em caso de omissĂŁo e contradição no julgado e manifesto equĂvoco no exame dos pressupostos extrĂnsecos do recurso.
(D) cabe agravo de instrumento, inclusive retido nos autos, das decisÔes incidentais e interlocutórias, no prazo de oito dias
contados da data em que a parte teve ciĂȘncia da decisĂŁo. (E) cabe recurso de revista para o Tribunal Superior do Trabalho, com efeitos suspensivo e devolutivo como regra, das
decisĂ”es proferidas pelos tribunais regionais em grau de recurso ordinĂĄrio nos dissĂdios individuais, quando haja violação literal de dispositivo de lei municipal, estadual ou federal.
Direito Financeiro e Direito TributĂĄrio
Siglas Utilizadas: IPTU: Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana. IR: Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza. ISS ou ISSQN: Imposto sobre serviços de qualquer natureza. ITBI: Imposto sobre transmissĂŁo inter vivos, a qualquer tĂtulo, por ato oneroso, de bens imĂłveis. ITR: Imposto sobre propriedade territorial rural.
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72. A Lei no 1831, de 30 de dezembro de 2013, instituiu o Plano Plurianual do MunicĂpio de Manaus, para os exercĂcios de 2014,
2015, 2016 e 2017. De acordo com essa Lei, no perĂodo de vigĂȘncia do referido plano, a gestĂŁo orçamentĂĄria e fiscal do MunicĂpio de Manaus deverĂĄ observar
I. o controle para geração de novas despesas, exceto quando se tratar de despesas de custeio oriundas dos investimentos
de natureza industrial na ĂĄrea da Zona Franca de Manaus.
II. o aumento dos investimentos com base no crescimento real da arrecadação municipal, na contenção das despesas correntes e na captação de recursos, onerosos ou não, para a implantação de projetos.
III. o percentual de comprometimento da despesa de pessoal e encargos sociais, em relação Ă Receita Corrente LĂquida que
poderĂĄ exceder em nĂŁo mais de 10% o limite prudencial estabelecido no parĂĄgrafo Ășnico do art. 22 da Lei Complementar Federal 101/00.
EstĂĄ correto o que se afirma APENAS em
(A) II e III.
(B) III.
(C) I.
(D) II.
(E) I e III.
73. De acordo com o que estabelece a Lei Complementar n
o 101/00, também conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal,
(A) a lei municipal poderĂĄ fixar limites inferiores Ă queles previstos na referida Lei Complementar para a dĂvida pĂșblica mobiliĂĄria e para a concessĂŁo de garantias.
(B) na ausĂȘncia de convĂȘnio, acordo, ajuste ou congĂȘnere, conforme sua legislação, os municĂpios sĂł contribuirĂŁo para o custeio de despesa de competĂȘncia de outros entes da federação, se houver autorização no plano plurianual ou na lei orçamentĂĄria anual.
(C) na ausĂȘncia de convĂȘnio, acordo, ajuste ou congĂȘnere, conforme sua legislação, os municĂpios sĂł contribuirĂŁo para o custeio de despesa de competĂȘncia de outros entes da federação, se houver autorização na lei de diretrizes orçamentĂĄrias ou no plano plurianual.
(D) a lei municipal poderĂĄ fixar limites inferiores Ă queles previstos na referida Lei Complementar para a dĂvida pĂșblica consolidada ou fundada, para operação de crĂ©dito e para refinanciamento da dĂvida mobiliĂĄria.
(E) na ausĂȘncia de convĂȘnio, acordo, ajuste ou congĂȘnere, conforme sua legislação, os municĂpios sĂł contribuirĂŁo para o custeio de despesa de competĂȘncia de outros entes da federação, se houver autorização na lei de diretrizes orçamentĂĄrias ou na lei orçamentĂĄria anual.
74. A Lei de Diretrizes OrçamentĂĄrias do MunicĂpio de Manaus, Lei n
o 1.888, de 03 de julho de 2014, disciplina, entre outras
matĂ©rias, aquela que diz respeito ao equilĂbrio entre receitas e despesas do MunicĂpio de Manaus.
De acordo com essa Lei, as estratĂ©gias para a busca ou manutenção do equilĂbrio entre essas receitas e despesas
(A) poderão, para elevação das receitas, utilizar o mapa digital de Manaus como fonte de atualização do cadastro mobiliårio e imobiliårio, visando aumentar a arrecadação do ITR, do ITBI e do ISSQN.
(B) poderão, para redução das despesas, dar continuidade às medidas de gestão que pressupÔem a redução das despesas de custeio de todos os órgãos e entidades integrantes do Poder Executivo, visando garantir a redução do custeio sem redução da qualidade e quantidade dos serviços prestados à população, gerando também o aumento significativo e consistente dos investimentos.
(C) deverĂŁo, para elevação das receitas, utilizar o mapa digital de Manaus como fonte de atualização do cadastro mobiliĂĄrio e imobiliĂĄrio, visando aumentar a arrecadação do IPTU, do ISSQN e da Taxa de Licenciamento de VeĂculo Automotor.
(D) deverão, para elevação das receitas, utilizar intensivamente o pregão eletrÎnico nas aquisiçÔes de bens e serviços, e dos demais recursos da tecnologia da informação, de forma a baratear toda e qualquer aquisição e evitar a cartelização dos fornecedores.
(E) poderĂŁo, para elevação das receitas, promover medidas de modernização da gestĂŁo e cobrança da dĂvida ativa tributĂĄria, mediante a utilização de sistema de concessĂŁo de descontos e parcelamentos, contando, para tanto, com a participação integrada das Procuradorias Gerais do MunicĂpio, do Estado e da UniĂŁo, dos ĂłrgĂŁos arrecadadores municipais e do Poder JudiciĂĄrio.
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75. O CĂłdigo TributĂĄrio Nacional contĂ©m normas jurĂdicas atinentes ao lançamento e ao crĂ©dito tributĂĄrio. De acordo com esse cĂłdigo, o lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo pode ser alterado em virtude de
I. iniciativa de ofĂcio da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149.
II. qualquer situação que suspenda a exigibilidade do crédito tributårio.
III. recurso de ofĂcio.
IV. impugnação oferecida pelo sujeito passivo. Estå correto o que se afirma APENAS em
(A) II e III.
(B) II, III e IV.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) I, III e IV. 76. A Lei OrgĂąnica do MunicĂpio de Manaus estabelece vĂĄrias vedaçÔes de natureza orçamentĂĄria. De acordo com a disciplina
dessa lei, veda-se I. a concessĂŁo ou utilização de crĂ©ditos ilimitados, exceto em matĂ©ria de educação, saĂșde e segurança pĂșblicas. II. a realização de despesas ou a assunção de obrigaçÔes diretas que excedam os crĂ©ditos orçamentĂĄrios originais ou
adicionais, ainda que sem prévia autorização legislativa. III. a utilização de recursos dos orçamentos fiscais e da seguridade social para suprir necessidades ou cobrir déficit de
empresas, fundaçÔes e fundos especiais, ainda que com autorização legislativa. IV. a realização de operação externa de natureza financeira, sem prévia autorização legislativa. Estå correto o que se afirma APENAS em
(A) II, III e IV.
(B) II e IV.
(C) I e III.
(D) I e IV.
(E) II e III. 77. A Lei OrgĂąnica do MunicĂpio de Manaus contĂ©m normas que disciplinam o controle interno da execução orçamentĂĄria. De
acordo com essa Lei,
(A) cabe ao Tribunal de Contas do Estado do Amazonas exercer o controle interno do orçamento do MunicĂpio de Manaus, no que concerne ao orçamento da Zona Franca de Manaus.
(B) o sistema de controle externo do Poder Executivo deverå observar, no que couber, a avaliação do cumprimento das metas
previstas no plano plurianual. (C) o sistema de controle interno do Poder Legislativo deverå observar, no que couber, a avaliação do cumprimento das metas
previstas no plano plurianual e a execução dos programas de governo. (D) os Poderes Legislativo, Executivo e JudiciĂĄrio manterĂŁo, no seu Ăąmbito municipal, sistema de controle interno que vise Ă
execução da auditoria prĂ©via dos atos administrativos praticados em cada exercĂcio. (E) o Poder JudiciĂĄrio manterĂĄ sistema de controle interno que vise Ă execução da auditoria prĂ©via dos atos administrativos
praticados em cada exercĂcio. 78. De acordo com a Constituição Federal, os MunicĂpios tĂȘm competĂȘncia tributĂĄria para instituir
(A) o ITBI sobre as transmissÔes de bens imóveis, por compra e venda ou por doação.
(B) o ISSQN sobre a prestação de serviço de transporte intermunicipal de carga.
(C) a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pĂșblica e a contribuição de melhoria.
(D) o ITR, observadas as clĂĄusulas de convĂȘnio especĂfico com a UniĂŁo para esse fim.
(E) o IR sobre os rendimentos auferidos pelos funcionĂĄrios estatutĂĄrios dos ĂłrgĂŁos que compĂ”em sua administração direta. 79. O MunicĂpio de Manaus, desejando promover o aumento da base de cĂĄlculo do IPTU incidente sobre a propriedade de imĂłveis
localizados em seu territĂłrio, deverĂĄ elaborar norma jurĂdica que atenda, dentre outros, aos princĂpios constitucionais da
(A) legalidade, anterioridade e irretroatividade.
(B) legalidade, anterioridade, noventena (ou anterioridade nonagesimal) e irretroatividade.
(C) legalidade, noventena (ou anterioridade nonagesimal) e irretroatividade.
(D) legalidade, anterioridade e noventena (ou anterioridade nonagesimal).
(E) anterioridade, noventena (ou anterioridade nonagesimal) e irretroatividade.
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80. De acordo com o que estabelece o Código Tributårio Nacional, a contribuição de melhoria é um tributo que pode ser cobrado
(A) em decorrĂȘncia da valorização de imĂłvel de propriedade da pessoa jurĂdica de direito pĂșblico que nele realizou ben-feitorias.
(B) como consequĂȘncia do aumento do faturamento dos estabelecimentos comerciais prĂłximos ao local em que foi realizada a
obra pĂșblica que atraiu a freguesia. (C) como resultado da melhoria do fluxo viĂĄrio de determinada regiĂŁo, em razĂŁo de obra pĂșblica realizada em suas cercanias. (D) em decorrĂȘncia da melhoria da qualidade de vida de uma regiĂŁo, com o consequente aumento do valor dos imĂłveis ali
localizados, ocasionada pela remoção das indĂșstrias poluentes daquela ĂĄrea. (E) de sujeito passivo que teve seu imĂłvel valorizado em decorrĂȘncia da realização de obra pĂșblica.
Direito Previdenciårio e Legislação Municipal
81. A Constituição Federal estipula que as contribuiçÔes sociais previstas no inciso I do seu artigo 195, relativas ao empregador, Ă
empresa e entidade a ela equiparada, nĂŁo podem ter alĂquotas ou bases de cĂĄlculo diferenciadas, em razĂŁo de
(A) sustentabilidade ecolĂłgica.
(B) condição estrutural do mercado de trabalho.
(C) atividade econĂŽmica.
(D) utilização intensiva de mão de obra.
(E) porte da empresa.
82. Considere as proposituras sobre seguridade social: I. O sistema da seguridade social compreende um conjunto integrado de açÔes de iniciativa exclusivamente pĂșblica
destinadas a assegurar os direitos relativos Ă saĂșde, Ă previdĂȘncia e Ă saĂșde social. II. A assistĂȘncia social terĂĄ carĂĄter universalizante e serĂĄ prestada a quem dela necessitar, independente de contribuição Ă
seguridade social. III. O princĂpio da irredutibilidade do valor dos benefĂcios prevĂȘ que o valor nominal dos benefĂcios previdenciĂĄrios pagos nĂŁo
pode ser reduzido, salvo em caso de ocorrer deflação que gere Ăndice negativo de correção monetĂĄria. IV. A Constituição Federal garante a uniformidade e equivalĂȘncia dos benefĂcios e serviços Ă s populaçÔes urbanas e rurais
como objetivo da seguridade social. V. A proposta de orçamento da seguridade social serĂĄ elaborada de forma integrada pelos ĂłrgĂŁos responsĂĄveis pela saĂșde,
previdĂȘncia social e assistĂȘncia social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentĂĄrias, assegurada a cada ĂĄrea a gestĂŁo de seus recursos.
EstĂĄ correto o que se afirma APENAS em
(A) II, III e V.
(B) I e III.
(C) I, II e III.
(D) II, IV e V.
(E) I e IV.
83. Segundo as normas que regulamentam o custeio da seguridade social, Ă© correto afirmar:
(A) HaverĂĄ contribuição social do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada sobre a folha de salĂĄrios e demais rendimentos do trabalho pagos Ă pessoa fĂsica que tenha vĂnculo empregatĂcio, nĂŁo incidindo sobre os valores pagos ou creditados, a qualquer tĂtulo, Ă pessoa fĂsica que lhe preste serviço sem vĂnculo de emprego.
(B) O produtor, parceiro e meeiro rural, o pescador artesanal, desde que exerçam suas atividades em regime de economia
familiar, sem empregados permanentes, contribuirĂŁo para a seguridade social mediante a aplicação de uma alĂquota sobre o resultado da comercialização da produção, excluĂdos os seus cĂŽnjuges e o arrendatĂĄrio rural.
(C) As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos MunicĂpios destinadas Ă seguridade social constarĂŁo dos respectivos
orçamentos, integrando o orçamento da União relativo à sua cota, parte de financiamento da seguridade. (D) Não hå previsão legal para a contribuição social para o custeio da seguridade social para o importador de bens ou serviços
do exterior. (E) Conforme princĂpio constitucional da contrapartida nenhum benefĂcio ou serviço da seguridade social poderĂĄ ser criado,
majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
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84. Nos termos da legislação que institui e regulamenta o Plano de Custeio da Seguridade Social no Brasil, sobre salårio de contribuição, é INCORRETO afirmar:
(A) As importĂąncias recebidas a tĂtulo de fĂ©rias indenizadas com o respectivo adicional constitucional, inclusive o valor da
dobra da remuneração de fĂ©rias, prevista no art. 137, da CLT nĂŁo integram o salĂĄrio de contribuição do empregado urbano. (B) O salĂĄrio de contribuição do contribuinte individual Ă© a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercĂcio
de sua atividade por conta prĂłpria, durante o mĂȘs, observados os limites mĂnimo e mĂĄximo previstos no decreto regu-lamentador.
(C) O valor de diĂĄrias para viagem nĂŁo excedentes de 50% da remuneração mensal, a parcela recebida a tĂtulo de vale-
transporte na forma da lei própria e a participação nos lucros e resultados da empresa integram o salårio de contribuição do empregado urbano.
(D) O salĂĄrio de contribuição para o empregado domĂ©stico Ă© a remuneração registrada em Carteira de Trabalho e PrevidĂȘncia
Social, observadas as normas a serem estabelecidas em regulamento para comprovação de vĂnculo empregatĂcio e os limites mĂnimo e mĂĄximo da remuneração.
(E) O salårio-maternidade é considerado salårio de contribuição, assim como a gratificação natalina integra o salårio de
contribuição da empregada urbana, exceto para o cĂĄlculo do salĂĄrio de benefĂcio. 85. A gestĂŁo da seguridade social conforme previsĂŁo constitucional serĂĄ realizada de forma
(A) centralizada nos municĂpios, monocrĂĄtica e tripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores e do Governo. (B) descentralizada, colegiada e bipartite, com participação dos poderes pĂșblicos e do empresariado. (C) descentralizada, colegiada e quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do
Governo. (D) descentralizada, monocrĂĄtica e tripartite, com participação dos poderes pĂșblicos, dos empregadores e dos trabalhadores. (E) centralizada na UniĂŁo, colegiada e quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados
e do Governo.
86. A seguridade social serĂĄ financiada mediante recursos provenientes dos poderes pĂșblicos e de algumas contribuiçÔes sociais de
particulares. Sobre estas Ășltimas, apĂłs a criação por lei, somente poderĂŁo ser exigidas:
(A) apĂłs decorridos 45 dias.
(B) apĂłs decorridos 90 dias.
(C) apĂłs decorridos 120 dias.
(D) no dia seguinte da sua criação.
(E) no exercĂcio financeiro seguinte ao ano da criação. 87. Considere as seguintes hipĂłteses: I. Segurado especial.
II. Microempreendedor individual â MEI, de que trata a LC 123/2006, que optou pela exclusĂŁo do direito ao benefĂcio de
aposentadoria por tempo de contribuição.
III. Segurado facultativo sem renda prĂłpria que se dedique exclusivamente ao trabalho domĂ©stico no Ăąmbito de sua residĂȘncia, desde que pertencente Ă famĂlia de baixa renda.
IV. Empregador domĂ©stico. As alĂquotas de contribuição e a base de cĂĄlculo para o custeio e financiamento da seguridade social em relação as hipĂłteses
citadas acima sĂŁo correta e respectivamente:
I II III IV
(A)
2,1% (sendo 0,1% a tĂtulo de SAT) sobre a receita bruta proveniente da comercializa-ção da sua produção.
5% sobre o limite mĂnimo mensal do salĂĄrio de contri-buição.
5% sobre o limite mĂnimo mensal do salĂĄrio de contri-buição.
12% sobre o salårio de contri-buição do empregado.
(B) 2% sobre a receita lĂquida proveniente da comercializa-ção da sua produção.
5% sobre o limite mĂnimo mensal do salĂĄrio de contri-buição.
2% sobre o limite mĂnimo mensal do salĂĄrio de contri-buição.
20% sobre o salårio de contri-buição do empregado.
(C)
2,1% (sendo 0,1% a tĂtulo de SAT) sobre a receita lĂquida proveniente da comercializa-ção da sua produção.
5% sobre o limite mĂnimo mensal do salĂĄrio de contri-buição.
2% sobre o limite mĂnimo mensal do salĂĄrio de contri-buição.
12% sobre o salårio de contri-buição do empregado.
(D) 2,1 % (sendo 0,1% a tĂtulo de SAT) sobre o salĂĄrio de contribuição.
11% sobre o limite mĂnimo mensal do salĂĄrio de con-tribuição.
5% sobre o limite mĂnimo mensal do salĂĄrio de contri-buição.
12% sobre o salårio de contri-buição do empregado.
(E) 2% sobre a receita bruta proveniente da comercializa-ção da sua produção.
5% sobre o limite mĂnimo mensal do salĂĄrio de contri-buição.
5% sobre o limite mĂnimo mensal do salĂĄrio de contri-buição.
20% sobre o salårio de con-tribuição do empregado.
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88. Em relação aos institutos da prescrição e decadĂȘncia relativas Ă contribuição da seguridade social Ă© INCORRETO afirmar:
(A) As açÔes para haver prestaçÔes vencidas, restituiçÔes ou diferenças, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, salvo o direito dos menores, incapazes ou ausentes na forma do Código Civil, prescrevem em 5 anos.
(B) O direito da PrevidĂȘncia Social para anular atos administrativos de que decorram efeitos favorĂĄveis para os seus beneficiĂĄrios prescreve em 5 anos contados da data em que foram praticados, ainda que comprovada mĂĄ-fĂ©.
(C) A prescrição definida como a extinção de uma ação ajuizĂĄvel em virtude da inĂ©rcia de seu titular durante certo lapso de tempo, em tese, veda o ajuizamento da ação de cobrança do crĂ©dito tributĂĄrio definitivamente constituĂdo pelo lançamento.
(D) A decadĂȘncia entendida como extinção do direito pelo decurso do prazo fixado para seu exercĂcio com inĂ©rcia do titular, em tese, impede a autoridade fiscal de efetuar o lançamento das contribuiçÔes sociais devidas e nĂŁo pagas pelo sujeito passivo.
(E) O direito de pleitear restituição ou de realizar compensação de contribuiçÔes ou de outras importùncias extingue-se em 5 anos, contados da data do pagamento ou recolhimento indevido ou em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou do trùnsito em julgado da sentença que tenha reformado, anulado ou revogado a decisão condenatória.
89. Considere: I. A empresa é obrigada a arrecadar a contribuição do segurado empregado, descontando-a da respectiva remuneração,
nĂŁo tendo a mesma obrigação em relação ao trabalhador avulso e ao contribuinte individual a seu serviço. II. O empregador domĂ©stico estĂĄ obrigado a arrecadar a contribuição do segurado empregado a seu serviço e a recolhĂȘ-la,
assim como a parcela a seu cargo, atĂ© o dia quinze do mĂȘs seguinte ao da competĂȘncia. III. Nenhuma contribuição Ă seguridade social Ă© devida se a construção residencial unifamiliar, destinada ao uso prĂłprio, de
tipo econĂŽmico, for executada sem mĂŁo de obra assalariada, observadas as exigĂȘncias do regulamento. IV. Os administradores de autarquias e fundaçÔes pĂșblicas, criadas e mantidas pelo Poder PĂșblico, de empresas pĂșblicas e
de sociedades de economia mista sujeitas ao controle da UniĂŁo, dos Estados, do Distrito Federal ou dos MunicĂpios, que se encontrarem em mora, por mais de 90 dias, no recolhimento das contribuiçÔes previstas nesta Lei, tornam-se subsidiariamente responsĂĄveis pelo respectivo pagamento.
V. As empresas que integram grupo econÎmico de qualquer natureza respondem entre si, solidariamente, pelas obrigaçÔes
previdenciĂĄrias decorrentes da Lei no 8.212/91.
EstĂĄ correto o que se afirma APENAS em
(A) III, IV e V.
(B) I, II e V.
(C) I, II e IV.
(D) I, III e IV.
(E) II, III e V.
90. A Constituição Federal dispÔe que são isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de
assistĂȘncia social que atendam Ă s exigĂȘncias estabelecidas em lei, EXCETO
(A) nĂŁo receber os seus diretores, conselheiros, sĂłcios, instituidores ou benfeitores remuneração, vantagens ou benefĂcios, direta ou indiretamente, sob qualquer forma ou tĂtulo, em razĂŁo das competĂȘncias, funçÔes ou atividades que lhes sejam atribuĂdas pelos respectivos atos constitutivos.
(B) manter em boa ordem, e à disposição da Secretaria da Receita Federal do Brasil, pelo prazo de 10 anos, contados da data de emissão, os documentos que comprovem a origem e a aplicação de seus recursos e os relativos a atos ou operaçÔes que impliquem modificação da situação patrimonial.
(C) não distribuir resultados, dividendos, bonificaçÔes, participaçÔes ou parcelas do seu patrimÎnio, sob qualquer forma ou pretexto.
(D) aplicar 50% de suas rendas, seus recursos e eventual superåvit no território nacional, na manutenção e no desen-volvimento de seus objetivos institucionais.
(E) apresentar certidão negativa ou positiva com efeitos de negativa de débitos relativos aos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e certificado de regularidade do FGTS.
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91. Diana sofreu um acidente ligado a seu trabalho que, embora nĂŁo tenha sido a causa Ășnica, produziu lesĂŁo que exige atenção mĂ©dica para sua recuperação. Zeus sofreu acidente no local e horĂĄrio de trabalho em consequĂȘncia de inundação. Hermes so-freu acidente fora do local e horĂĄrio de trabalho em viagem a serviço da empresa. Helena foi acometida de doença proveniente de contaminação acidental no exercĂcio de sua atividade. Equiparam-se a acidente de trabalho para efeitos da Lei PrevidenciĂĄria de
(A) apenas os casos de Diana e de Helena. (B) apenas o caso de Zeus. (C) apenas os casos de Diana e de Hermes. (D) todos os quatro casos. (E) apenas os casos de Hermes, de Zeus e de Helena.
92. A comprovação da inexistĂȘncia de dĂ©bito estĂĄ prevista na legislação previdenciĂĄria, sendo exigida a CertidĂŁo Negativa de DĂ©bito
nos casos de
(A) proprietĂĄrio de obra de construção civil, quando de sua averbação no registro de imĂłveis, somente se for pessoa fĂsica e ainda que se trate de construção residencial unifamiliar.
(B) alienação, a qualquer tĂtulo, de bem imĂłvel ou direito a ele relativo, bem como de mĂłvel incorporado ao ativo permanente
da empresa, seja qual for o seu valor, nĂŁo sendo exigida em casos de oneração destes bens. (C) empresa que contrata com o Poder PĂșblico, bem como recebe benefĂcios ou incentivos fiscais ou creditĂcios concedidos
por ele. (D) registro ou arquivamento de atos relativos ao aumento de capital de firma individual, sociedade comercial ou civil. (E) abertura de firma individual e sociedade civil ou comercial, bem como no encerramento destas.
93. Sobre os regimes previdenciĂĄrios, considere: I. AlĂ©m do regime geral da previdĂȘncia social, estĂŁo previstos no ordenamento jurĂdico brasileiro os regimes prĂłprios e o
regime de previdĂȘncia privada.
II. O regime geral da previdĂȘncia social serĂĄ de carĂĄter complementar, facultativo e nĂŁo contributivo, com adoção do regime
da capitalização, em que a solidariedade entre os participantes Ă© mĂnima.
III. A necessidade de prĂ©-existĂȘncia de custeio e a proibição de retrocesso sĂŁo caracterĂsticas comuns entre o regime geral de previdĂȘncia social e o regime prĂłprio de previdĂȘncia social.
IV. Ă permitida a filiação ao regime geral da previdĂȘncia social de pessoa participante do regime prĂłprio da previdĂȘncia, na
qualidade de segurado facultativo.
V. Os regimes prĂłprios de previdĂȘncia social dos servidores pĂșblicos da UniĂŁo, dos Estados, do Distrito Federal e dos MunicĂpios, dos militares dos Estados e do Distrito Federal nĂŁo poderĂŁo conceder benefĂcios distintos dos previstos no regime geral de previdĂȘncia social, de que trata a Lei n
o 8.213/91, salvo disposição em contrårio da Constituição Federal.
EstĂĄ correto o que se afirma APENAS em
(A) IV e V.
(B) III e IV.
(C) I e II.
(D) II, III e V.
(E) I, III e V. 94. A aposentadoria por tempo de serviço, nos termos da Lei n
o 8.213/91, como regra, exige o seguinte nĂșmero de contribuiçÔes
mensais:
(A) 240. (B) 360. (C) 180. (D) 120. (E) 210.
95. Nos termos da lei que dispĂ”e sobre o Plano de BenefĂcios da PrevidĂȘncia Social Ă© considerada doença do trabalho:
(A) a doença endĂȘmica adquirida por segurado que habita regiĂŁo em que ela se desenvolve. (B) a desencadeada em função de condição especial em que Ă© realizado o trabalho, que com ele se relacione diretamente e
que conste de relação elaborada por órgão ministerial. (C) a de natureza degenerativa. (D) a que não produza incapacidade laborativa. (E) a que é inerente ao grupo etårio.
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96. A Lei no 1.803, de 29/11/2013, que criou a Manaus PrevidĂȘncia â Manausprev, entidade gestora do Regime PrĂłprio de Previ-
dĂȘncia dos Servidores do MunicĂpio de Manaus dispĂ”e que
(A) os cargos de Diretor de PrevidĂȘncia e de Diretor de Administração e Finanças, nomeados e exonerados pelo Chefe do Poder Executivo, mediante autorização do Poder Legislativo, serĂŁo exercidos, preferencialmente, por servidores ocupantes de cargo pĂșblico, de provimento efetivo, do MunicĂpio de Manaus, desde que nĂŁo lotados na Manausprev.
(B) a Secretaria Municipal de Finanças, Controle Interno e Tecnologia da Informação â SEMEF poderĂĄ, excepcionalmente em
caso de emergĂȘncia, proceder a contingenciamento da despesa autorizada, fixada na Lei OrçamentĂĄria Anual para a Manaus PrevidĂȘncia â Manausprev.
(C) integram o Conselho Municipal de PrevidĂȘncia â CMP quatro conselheiros titulares e respectivos suplentes, escolhidos
dentre pessoas com formação superior e de reconhecida capacidade em seguridade, administração, economia, finanças ou direito; sendo um representante do Poder Executivo, um do Poder Legislativo, um do Poder Judiciårio e um dos servidores ativos, inativos e pensionistas.
(D) os conselheiros do Conselho Municipal de PrevidĂȘncia â CMP, incluindo o Presidente do Conselho, que terĂĄ apenas o voto
pessoal e nĂŁo o de qualidade, terĂŁo mandato de trĂȘs anos, admitida duas reconduçÔes. (E) dentre as competĂȘncias da Procuradoria da Manausprev estĂĄ exercer a representação judicial, extrajudicial, a consultoria e
assessoramento jurĂdico da autarquia, assim como a apuração da liquidez e certeza dos crĂ©ditos, de qualquer natureza, inerentes Ă s suas atividades, inscrevendo-os em dĂvida ativa, para fins de cobrança administrativa ou judicial.
97. ApĂłs o falecimento de Isis, seus familiares procuraram a PrevidĂȘncia Social a fim de requerer os benefĂcios como dependentes
do de cujus. Nessa situação, a dependĂȘncia econĂŽmica nĂŁo serĂĄ presumida, devendo ser comprovada para
(A) filho nĂŁo emancipado de 19 anos. (B) cĂŽnjuge. (C) filho invĂĄlido com 30 anos. (D) companheiro que mantinha uniĂŁo estĂĄvel com a segurada. (E) enteado menor de 21 anos.
98. Conforme dispĂ”e o Plano de BenefĂcios da PrevidĂȘncia Social em relação ao valor dos benefĂcios Ă© correto afirmar:
(A) Na aposentadoria por idade o salĂĄrio-de-benefĂcio consiste na mĂ©dia aritmĂ©tica simples dos maiores salĂĄrios-de-con-tribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o perĂodo contributivo, multiplicada pelo fator previdenciĂĄrio.
(B) Em nenhuma hipĂłtese serĂĄ considerado o aumento dos salĂĄrios-de-contribuição que exceder o limite legal, inclusive o voluntariamente concedido nos trinta e seis meses imediatamente anteriores ao inĂcio do benefĂcio, para o cĂĄlculo do salĂĄrio-de-benefĂcio.
(C) No auxĂlio-doença e no auxĂlio-acidente o salĂĄrio de benefĂcio consiste na mĂ©dia aritmĂ©tica simples dos todos os Ășltimos salĂĄrios-de-contribuição dos meses imediatamente anteriores ao afastamento da atividade, atĂ© o mĂĄximo de trinta e seis, apurados em perĂodo nĂŁo superior a quarenta e oito meses.
(D) SerĂŁo considerados para cĂĄlculo do salĂĄrio-de-benefĂcio os ganhos habituais do segurado empregado, a qualquer tĂtulo, sob forma de moeda corrente ou de utilidades, sobre os quais tenha incidido contribuiçÔes previdenciĂĄrias, incluindo o dĂ©cimo-terceiro salĂĄrio.
(E) O valor do benefĂcio de prestação continuada, inclusive o regido por norma especial, o decorrente de acidente do trabalho, o salĂĄrio-famĂlia e o salĂĄrio-maternidade, serĂĄ calculado com base no salĂĄrio-de-benefĂcio.
99. NĂŁo havendo direito adquirido, Ă© permitida a cumulação dos seguintes benefĂcios da PrevidĂȘncia Social:
(A) Mais de uma pensão deixada por cÎnjuge ou companheiro, ressalvado o direito de opção pela mais vantajosa.
(B) AuxĂlio-acidente e aposentadoria por invalidez.
(C) SalĂĄrio-maternidade e auxĂlio-doença.
(D) Seguro desemprego e auxĂlio-acidente.
(E) Aposentadoria especial e auxĂlio-doença. 100. Nos termos da Lei Municipal de Manaus/AM de n
o 870/2005 e suas atualizaçÔes, que dispÔe sobre o Regime Próprio de
PrevidĂȘncia Social do MunicĂpio de Manaus â RPPS Ă© INCORRETO afirmar:
(A) NĂŁo sĂŁo fontes do plano de custeio do RPPS o valor das faltas descontadas dos servidores pĂșblicos municipais e o proveniente da alienação dos bens de domĂnio da Prefeitura.
(B) Os servidores inativos e pensionistas da Administração PĂșblica Municipal, direta e indireta, autĂĄrquica e fundacional, e da
CĂąmara Municipal de Manaus, ficam obrigados a se apresentar, anualmente na Manausprev, durante o mĂȘs de seu ani-versĂĄrio, para fins de atualização e confirmação dos seus cadastros, sob pena de suspensĂŁo do pagamento do benefĂcio.
(C) O RPPS visa dar cobertura aos riscos a que estĂŁo sujeitos os beneficiĂĄrios e compreende um conjunto de benefĂcios que
atendam às seguintes finalidades: aposentadoria por invalidez, aposentadoria compulsória, aposentadoria por idade e tempo de contribuição, aposentadoria por idade e pensão por morte.
(D) Permanece filiado ao RPPS, na qualidade de segurado, o servidor titular de cargo efetivo que estiver durante o
afastamento do paĂs por cessĂŁo ou licenciamento com remuneração. (E) A existĂȘncia de dependente na qualidade de cĂŽnjuge ou companheiro, enquanto perdurar o casamento ou a uniĂŁo estĂĄvel,
exclui o direito ao benefĂcio dos pais do segurado.
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