41
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE DIREITO CURSO DE DIREITO DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL III III PROF. LINARA PROF. LINARA PROVA PERICIAL PROVA PERICIAL EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA COISA INSPEÇÃO JUDICIAL INSPEÇÃO JUDICIAL

PROVA PERICIAL EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA INSPEÇÃO JUDICIAL

  • Upload
    inoke

  • View
    79

  • Download
    0

Embed Size (px)

DESCRIPTION

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE DIREITO DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL III PROF. LINARA. PROVA PERICIAL EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA INSPEÇÃO JUDICIAL. PROVA PERICIAL. Apontamentos sobre a figura do PERITO: - PowerPoint PPT Presentation

Citation preview

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁAMAPÁ

CURSO DE DIREITOCURSO DE DIREITODISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL

CIVIL IIICIVIL IIIPROF. LINARAPROF. LINARA

•PROVA PERICIAL PROVA PERICIAL •EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO

OU COISAOU COISA•INSPEÇÃO JUDICIALINSPEÇÃO JUDICIAL

PROVA PERICIALPROVA PERICIAL

• Apontamentos sobre a figura do PERITO:Apontamentos sobre a figura do PERITO:• É comum que a solução de um litígio É comum que a solução de um litígio

dependa da análise dos fatos à luz de dependa da análise dos fatos à luz de CONHECIMENTOS TÉCNICOS OU CONHECIMENTOS TÉCNICOS OU CIENTÍFICOS de ramo distinto do CIENTÍFICOS de ramo distinto do Direito. Em tais situações, o juiz deverá Direito. Em tais situações, o juiz deverá ser assessorado por um PERITO que ser assessorado por um PERITO que domine a técnica reclamada para análise domine a técnica reclamada para análise dos fatos discutidos na lide. Trata-se de dos fatos discutidos na lide. Trata-se de uma NOMEAÇÃO OBRIGATÓRIA. uma NOMEAÇÃO OBRIGATÓRIA.

• Mas, por que se diz que é uma Mas, por que se diz que é uma NOMEAÇÃO OBRIGATÓRIA?NOMEAÇÃO OBRIGATÓRIA?

PROVA PERICIALPROVA PERICIAL

• Ainda que o juiz da causa seja, ele próprio, Ainda que o juiz da causa seja, ele próprio, detentor do conhecimento técnico ou detentor do conhecimento técnico ou científico necessário para a análise dos científico necessário para a análise dos fatos, será necessária a nomeação de perito. fatos, será necessária a nomeação de perito. Esta é uma imposição que pretende manter Esta é uma imposição que pretende manter intacto o pressuposto racional de que o que intacto o pressuposto racional de que o que se exige do juiz é o domínio do Direito (e se exige do juiz é o domínio do Direito (e nada mais) e, dessa forma, não criar nada mais) e, dessa forma, não criar indiretamente outros atributos para a figura indiretamente outros atributos para a figura física do juiz.física do juiz.

• Conhecimento técnico do juiz. Conhecimento técnico do juiz. Não pode o Não pode o magistrado valer-se de conhecimentos pessoais magistrado valer-se de conhecimentos pessoais de natureza técnica para dispensar a perícia (RT de natureza técnica para dispensar a perícia (RT 606/1999).606/1999).

PROVA PERICIALPROVA PERICIAL• Por outro lado, o perito é um AUXILIAR Por outro lado, o perito é um AUXILIAR

EVENTUAL do juízo, isso porque não será EVENTUAL do juízo, isso porque não será necessária sua intervenção em todos os necessária sua intervenção em todos os processos, apenas naqueles em que for processos, apenas naqueles em que for reclamado conhecimento técnico ou reclamado conhecimento técnico ou científico específico para a análise da científico específico para a análise da matéria de fato discutida na lide.matéria de fato discutida na lide.

• O perito é NOMEADO POR ATO DO JUIZ, O perito é NOMEADO POR ATO DO JUIZ, devendo sua escolha recair devendo sua escolha recair preferencialmente sobre profissional de preferencialmente sobre profissional de nível universitário e inscrito no nível universitário e inscrito no respectivo órgão de classe (Arts. 420 a respectivo órgão de classe (Arts. 420 a 439 e Art. 145, §1º, CPC).439 e Art. 145, §1º, CPC).

PROVA PERICIALPROVA PERICIAL• Perícia contábil. Perícia contábil. O profissional habilitado para a perícia O profissional habilitado para a perícia

contábil, à luz do CPC 145, §1º, é o contador, profissional contábil, à luz do CPC 145, §1º, é o contador, profissional de nível superior. Não tem essa qualidade o contabilista de nível superior. Não tem essa qualidade o contabilista (profissional técnico), nem o administrador de empresas.(profissional técnico), nem o administrador de empresas.

• Perícia médica. Perícia médica. Deve ser levada a efeito por quem tem Deve ser levada a efeito por quem tem inscrição regular no CRM. A alusão feita pelo CPC, 145, inscrição regular no CRM. A alusão feita pelo CPC, 145, §2º, à especialidade do profissional autoriza entender que §2º, à especialidade do profissional autoriza entender que não basta a qualidade de médico para a realização de não basta a qualidade de médico para a realização de perícia que exija conhecimentos de especialista. É perícia que exija conhecimentos de especialista. É necessário que a entidade profissional indique qual o necessário que a entidade profissional indique qual o ramo de atividade em que se insere o objeto da perícia, ramo de atividade em que se insere o objeto da perícia, bem como se o profissional escolhido pelo juiz se bem como se o profissional escolhido pelo juiz se enquadra dentre os que se valem de conhecimento enquadra dentre os que se valem de conhecimento especial sobre o tema.especial sobre o tema.

• Avaliação de imóveis. Avaliação de imóveis. Não é privativa de engenheiro, Não é privativa de engenheiro, podendo ser realizada por corretor de imóveis (RT podendo ser realizada por corretor de imóveis (RT 635/264).635/264).

PROVA PERICIALPROVA PERICIAL

• A condição de especialista da matéria A condição de especialista da matéria sobre a qual se manifestará, se não for sobre a qual se manifestará, se não for evidente, deve ser comprovada evidente, deve ser comprovada mediante certidão do órgão profissional mediante certidão do órgão profissional em que estiver inscrito (Art. 145, §2º).em que estiver inscrito (Art. 145, §2º).

• Quando na “localidade” não houver Quando na “localidade” não houver nenhum profissional com a qualificação nenhum profissional com a qualificação exigida pelo Código, a indicação do exigida pelo Código, a indicação do perito será de livre escolha do juiz.perito será de livre escolha do juiz.

• Como REGRA GERAL, o perito Como REGRA GERAL, o perito nomeado é obrigado a cumprir o ofício nomeado é obrigado a cumprir o ofício decorrente da nomeação, no tempo e decorrente da nomeação, no tempo e modo determinados pelo juiz.modo determinados pelo juiz.

PROVA PERICIALPROVA PERICIAL

• Salário do perito. Salário do perito. CPC 33 e 424. Os CPC 33 e 424. Os salários do perito judicial devem ser fixados salários do perito judicial devem ser fixados tendo em consideração a complexidade do tendo em consideração a complexidade do exame técnico, distância entre o juízo e o exame técnico, distância entre o juízo e o local da prova, as despesas realizadas pelo local da prova, as despesas realizadas pelo experto e nível técnico do trabalho experto e nível técnico do trabalho desenvolvido (TRF-4ª, 1ª T., Ag 417412-PR, desenvolvido (TRF-4ª, 1ª T., Ag 417412-PR, rel. Juiz Vladimir Passos de Freitas, v.u., j. rel. Juiz Vladimir Passos de Freitas, v.u., j. 12.11.1992, DJU 9.12.1992, p.41624).12.11.1992, DJU 9.12.1992, p.41624).

PROVA PERICIALPROVA PERICIAL

• Entretanto, o perito pode buscar escusar-Entretanto, o perito pode buscar escusar-se da nomeação, desde que alegue “motivo se da nomeação, desde que alegue “motivo legítimo”, que será objeto de análise e legítimo”, que será objeto de análise e decisão do juiz (Art. 146).decisão do juiz (Art. 146).

• Tal escusa deve ser apresentada em 5 dias, Tal escusa deve ser apresentada em 5 dias, contados da intimação ou de eventual contados da intimação ou de eventual impedimento superveniente, sob pena de impedimento superveniente, sob pena de preclusão (Art. 146, parágrafo único).preclusão (Art. 146, parágrafo único).

• O perito, sem prejuízo da eventual sanção O perito, sem prejuízo da eventual sanção penal, RESPONDE PATRIMONIALMENTE penal, RESPONDE PATRIMONIALMENTE perante a parte pelas INFORMAÇÕES perante a parte pelas INFORMAÇÕES INVERÍDICAS prestadas por dolo ou culpa, INVERÍDICAS prestadas por dolo ou culpa, além de ficar INABILITADO POR 2 ANOS além de ficar INABILITADO POR 2 ANOS para atuar como perito judicial (Art. 147).para atuar como perito judicial (Art. 147).

PROVA PERICIALPROVA PERICIAL• O perito também está sujeito às regras de O perito também está sujeito às regras de

impedimento e de suspeição aplicáveis ao impedimento e de suspeição aplicáveis ao juiz (Art. 138, III). A forma de suscitar esse juiz (Art. 138, III). A forma de suscitar esse incidente é a mesma prevista para o incidente é a mesma prevista para o escrivão, por petição da parte interessada, escrivão, por petição da parte interessada, autuação em apartado, oitiva do perito e autuação em apartado, oitiva do perito e decisão do juiz (Art. 138, §1º).decisão do juiz (Art. 138, §1º).

• Este incidente processual é não suspensivo.Este incidente processual é não suspensivo.• Erro profissional. Perito. Erro profissional. Perito. Ainda que seja Ainda que seja

verdadeira, a alegação de que o perito teria verdadeira, a alegação de que o perito teria cometido erro profissional em outro processo de cometido erro profissional em outro processo de interesse de terceiros não é motivo para afastá-lo interesse de terceiros não é motivo para afastá-lo por suspeição, que só ocorre nos casos por suspeição, que só ocorre nos casos enumerados na lei (CPC 134 e ss) (JTACivSP enumerados na lei (CPC 134 e ss) (JTACivSP 110/20).110/20).

PROVA PERICIALPROVA PERICIAL

• Preclusão. Preclusão. A argüição de parcialidade do perito A argüição de parcialidade do perito deve ser feita dentro do prazo de 15 dias, deve ser feita dentro do prazo de 15 dias, contados do fato que ocasionou a suspeição ou contados do fato que ocasionou a suspeição ou impedimento (CPC 305). Em sentido contrário, impedimento (CPC 305). Em sentido contrário, entendendo que a exceção deve se argüida na entendendo que a exceção deve se argüida na primeira oportunidade que a parte tiver para primeira oportunidade que a parte tiver para falar nos autos, depois de ter tomado falar nos autos, depois de ter tomado conhecimento da nomeação, sob pena de conhecimento da nomeação, sob pena de preclusão: RJTJSP 89/296; JTACivSP 88/251.preclusão: RJTJSP 89/296; JTACivSP 88/251.

• Recurso. Recurso. O ato judicial que aprecia exceção de O ato judicial que aprecia exceção de suspeição ou impedimento do perito é decisão suspeição ou impedimento do perito é decisão interlocutória (CPC 162, §2º), desafiando o interlocutória (CPC 162, §2º), desafiando o recurso de agravo (RJTJSP 109/270). Em sentido recurso de agravo (RJTJSP 109/270). Em sentido contrário, entendendo ser cabível a apelação: RT contrário, entendendo ser cabível a apelação: RT 494/187.494/187.

PROVA PERICIALPROVA PERICIAL• Sobre o meio de prova:Sobre o meio de prova:• É utilizado quando a análise dos fatos exigir o É utilizado quando a análise dos fatos exigir o

auxílio de conhecimentos de alguma auxílio de conhecimentos de alguma especialidade técnica ou científica. A perícia especialidade técnica ou científica. A perícia consiste em EXAME (ato de inspeção de pessoas consiste em EXAME (ato de inspeção de pessoas e bens móveis ou semoventes), VISTORIA (ato de e bens móveis ou semoventes), VISTORIA (ato de inspeção de bens imóveis) ou AVALIAÇÃO inspeção de bens imóveis) ou AVALIAÇÃO (atividade de fixação do valor de coisas e (atividade de fixação do valor de coisas e direitos) (Art. 420).direitos) (Art. 420).

• O juiz INDEFERE a perícia quando (Art. 420, O juiz INDEFERE a perícia quando (Art. 420, parágrafo único):parágrafo único):

• A) a prova do fato não depende de conhecimento A) a prova do fato não depende de conhecimento especial;especial;

• B) é desnecessária diante de outras provas B) é desnecessária diante de outras provas existentes;existentes;

• C) a verificação é impraticável;C) a verificação é impraticável;

PROVA PERICIALPROVA PERICIAL

• Deferida ou determinada a produção de Deferida ou determinada a produção de prova pericial, o juiz deve nomear o perito, prova pericial, o juiz deve nomear o perito, fixando-lhe imediatamente o prazo para fixando-lhe imediatamente o prazo para entrega do laudo (Art. 421, caput).entrega do laudo (Art. 421, caput).

• A partir da intimação dessa decisão, as A partir da intimação dessa decisão, as partes têm 5 dias para formular seus partes têm 5 dias para formular seus quesitos ao perito e indicar, se for o caso, o quesitos ao perito e indicar, se for o caso, o assistente técnico (Art. 421, §1º).assistente técnico (Art. 421, §1º).

• O exame para apurar autenticidade ou O exame para apurar autenticidade ou falsidade de documento, ou de natureza falsidade de documento, ou de natureza médico-legal, ensejará a nomeação de perito, médico-legal, ensejará a nomeação de perito, que, preferencialmente, será técnico do que, preferencialmente, será técnico do estabelecimento oficial especializado. Em tal estabelecimento oficial especializado. Em tal caso, o juiz autorizará a remessa do autos e caso, o juiz autorizará a remessa do autos e do material a ser examinado ao diretor do do material a ser examinado ao diretor do estabelecimento, para que ele indique o estabelecimento, para que ele indique o profissional que realizará a atividade (Art. profissional que realizará a atividade (Art. 434).434).

PROVA PERICIALPROVA PERICIAL• Se a questão a ser apurada for de MENOR Se a questão a ser apurada for de MENOR

COMPLEXIDADE, a perícia pode consistir em COMPLEXIDADE, a perícia pode consistir em simples inquirição, em audiência de instrução simples inquirição, em audiência de instrução e julgamento, do perito e assistentes a e julgamento, do perito e assistentes a respeito da coisa que informalmente respeito da coisa que informalmente examinaram (Art. 421, §2º).examinaram (Art. 421, §2º).

• Atualmente, o perito não mais firma termo de Atualmente, o perito não mais firma termo de compromisso, o que não o exonera de compromisso, o que não o exonera de cumprir escrupulosamente o encargo. cumprir escrupulosamente o encargo. Também os assistentes têm sua função Também os assistentes têm sua função redimensionada, sendo profissionais de redimensionada, sendo profissionais de confiança da parte e comprometidos com confiança da parte e comprometidos com seus interesses, motivo pelo qual não cabe seus interesses, motivo pelo qual não cabe falar de impedimento ou suspeição a seu falar de impedimento ou suspeição a seu respeito (Art. 422).respeito (Art. 422).

PROVA PERICIAL PROVA PERICIAL • Assim como o juiz, o perito pode ser recusado Assim como o juiz, o perito pode ser recusado

por impedimento ou suspeição (Art. 138, III). por impedimento ou suspeição (Art. 138, III). Por motivo legítimo, pode o perito tentar Por motivo legítimo, pode o perito tentar escusar-se da atribuição (Art. 146). O juiz, ao escusar-se da atribuição (Art. 146). O juiz, ao aceitar a ESCUSA ou a REJEIÇÃO do perito, aceitar a ESCUSA ou a REJEIÇÃO do perito, nomeará novo profissional (Art. 423). Ademais, nomeará novo profissional (Art. 423). Ademais, o perito pode ser substituído quando (Art. 424):o perito pode ser substituído quando (Art. 424):

• A) carecer de conhecimento técnico ou A) carecer de conhecimento técnico ou científico;científico;

• B) deixar injustificadamente de cumprir o B) deixar injustificadamente de cumprir o encargo no prazo assinado. Nesse caso, o juiz, encargo no prazo assinado. Nesse caso, o juiz, além de aplicar-lhe multa, deve comunicar a além de aplicar-lhe multa, deve comunicar a ocorrência à entidade de controle profissional ocorrência à entidade de controle profissional respectiva, para apuração de infração respectiva, para apuração de infração disciplinar.disciplinar.

PROVA PERICIALPROVA PERICIAL• Durante a diligência e antes da audiência de Durante a diligência e antes da audiência de

instrução e julgamento, podem as partes instrução e julgamento, podem as partes apresentar QUESITOS SUPLEMENTARES. apresentar QUESITOS SUPLEMENTARES. Tais quesitos estão submetidos ao crivo do Tais quesitos estão submetidos ao crivo do contraditório, devendo a parte adversária contraditório, devendo a parte adversária ser intimada de sua juntada (Art. 425).ser intimada de sua juntada (Art. 425).

• O juiz deve formular os quesitos que O juiz deve formular os quesitos que considerar convenientes e indeferir os considerar convenientes e indeferir os quesitos impertinentes formulados pelas quesitos impertinentes formulados pelas partes (Art. 426).partes (Art. 426).

• A prova pericial PODERÁ ser DISPENSADA A prova pericial PODERÁ ser DISPENSADA pelo juiz se as partes, na petição inicial e na pelo juiz se as partes, na petição inicial e na contestação, apresentarem pareceres contestação, apresentarem pareceres técnicos ou documentos elucidativos técnicos ou documentos elucidativos suficientes para a prova dos fatos suficientes para a prova dos fatos controvertidos que exigiriam a princípio controvertidos que exigiriam a princípio perícia (Art. 427).perícia (Art. 427).

PROVA PERICIALPROVA PERICIAL

• A perícia deve ser realizada por carta, A perícia deve ser realizada por carta, quando a coisa ou pessoa a ser examinada quando a coisa ou pessoa a ser examinada estiver localizada em ponto além da estiver localizada em ponto além da circunscrição territorial do juízo da causa. circunscrição territorial do juízo da causa. Em tal hipótese, pode o perito ser nomeado Em tal hipótese, pode o perito ser nomeado tanto perante o juízo deprecante quando o tanto perante o juízo deprecante quando o deprecado, sendo, nesse último caso, deprecado, sendo, nesse último caso, apresentados os quesitos e os assistentes apresentados os quesitos e os assistentes técnicos ao juízo deprecado (Art. 428).técnicos ao juízo deprecado (Art. 428).

• O trabalho técnico do perito pode gerar a O trabalho técnico do perito pode gerar a utilização de todos os meios necessários, utilização de todos os meios necessários, inclusive oitiva de testemunhas, obtenção inclusive oitiva de testemunhas, obtenção de informações, solicitação de documentos, de informações, solicitação de documentos, podendo seu laudo ser instruído com podendo seu laudo ser instruído com plantas, desenhos, fotografias e outras plantas, desenhos, fotografias e outras peças (Art. 429).peças (Art. 429).

PROVA PERICIALPROVA PERICIAL

• Se o exame tiver por objeto autenticidade Se o exame tiver por objeto autenticidade de LETRA e FIRMA, o perito pode requisitar de LETRA e FIRMA, o perito pode requisitar documentos existentes em repartições documentos existentes em repartições públicas ou requerer que o juiz determine públicas ou requerer que o juiz determine que a pessoa a quem se atribui a autoria do que a pessoa a quem se atribui a autoria do documento se submeta a coleta de material documento se submeta a coleta de material grafotécnico (Art. 434, parágrafo único).grafotécnico (Art. 434, parágrafo único).

• A fim de controlar a produção da perícia, o A fim de controlar a produção da perícia, o Código determina que as partes tenham Código determina que as partes tenham ciência da data e local de início da perícia. ciência da data e local de início da perícia. Pode ainda a perícia, em caso de Pode ainda a perícia, em caso de complexidade, ensejar a nomeação de mais complexidade, ensejar a nomeação de mais de um perito, por área de conhecimento de um perito, por área de conhecimento especializado e mais de um assistente especializado e mais de um assistente técnico (Art. 431).técnico (Art. 431).

PROVA PERICIALPROVA PERICIAL

• O prazo para apresentação do laudo pelo perito O prazo para apresentação do laudo pelo perito é fixado pelo juiz (Art. 421), devendo guardar é fixado pelo juiz (Art. 421), devendo guardar pelo menos 20 dias de antecedência em relação pelo menos 20 dias de antecedência em relação à audiência de instrução e julgamento (Art. à audiência de instrução e julgamento (Art. 433).433).

• É possível a PRORROGAÇÃO, por uma vez, do É possível a PRORROGAÇÃO, por uma vez, do prazo, se o perito justificadamente não puder prazo, se o perito justificadamente não puder apresentá-lo na data fixada pelo juiz (Art. 432).apresentá-lo na data fixada pelo juiz (Art. 432).

• Os assistentes técnicos oferecem seus Os assistentes técnicos oferecem seus pareceres em prazo comum, 10 dias após pareceres em prazo comum, 10 dias após intimadas as partes da apresentação do laudo intimadas as partes da apresentação do laudo (Art. 433, parágrafo único). Trata-se de prazo (Art. 433, parágrafo único). Trata-se de prazo preclusivo.preclusivo.

PROVA PERICIALPROVA PERICIAL• A parte pode requerer que o perito ou A parte pode requerer que o perito ou

assistente técnico preste esclarecimento assistente técnico preste esclarecimento em audiência de instrução e julgamento, em audiência de instrução e julgamento, formulando desde logo quesitos (Art. 435). formulando desde logo quesitos (Art. 435). Nesse caso, a presença de ambos apenas é Nesse caso, a presença de ambos apenas é obrigatória se intimados até 5 dias antes da obrigatória se intimados até 5 dias antes da audiência.audiência.

• Em razão do princípio do livre Em razão do princípio do livre convencimento motivado, O JUIZ NÃO convencimento motivado, O JUIZ NÃO ESTÁ ADSTRITO AO LAUDO PERICIAL, ESTÁ ADSTRITO AO LAUDO PERICIAL, podendo formar sua convicção com outros podendo formar sua convicção com outros elementos ou fatos provados nos autos, elementos ou fatos provados nos autos, desde que a prova técnica não seja desde que a prova técnica não seja determinante (Art. 436).determinante (Art. 436).

PROVA PERICIALPROVA PERICIAL• O juiz pode determinar NOVA PERÍCIA, quando a O juiz pode determinar NOVA PERÍCIA, quando a

matéria não estiver suficientemente esclarecida matéria não estiver suficientemente esclarecida (Art. 437). Esse dispositivo parece estar ligado ao (Art. 437). Esse dispositivo parece estar ligado ao art. 436. A segunda perícia tem por objeto os art. 436. A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos da primeira, corrigindo eventuais mesmos fatos da primeira, corrigindo eventuais equívocos da antecessora (Art. 438) e sendo equívocos da antecessora (Art. 438) e sendo regida pelas mesmas disposições do Código (Art. regida pelas mesmas disposições do Código (Art. 439). A segunda perícia não substitui a primeira, e 439). A segunda perícia não substitui a primeira, e o juiz aprecia livremente o valor de uma e outra o juiz aprecia livremente o valor de uma e outra (Art. 439, parágrafo único).(Art. 439, parágrafo único).

• Crítica do assistente técnico. Crítica do assistente técnico. A crítica do assistente A crítica do assistente técnico, por si só, não possui o condão de provocar a técnico, por si só, não possui o condão de provocar a realização de nova perícia, ou de uma inspeção judicial, realização de nova perícia, ou de uma inspeção judicial, ainda mais quando reconhecido pelas instâncias ainda mais quando reconhecido pelas instâncias ordinárias tratar-se de um laudo bem elaborado e ordinárias tratar-se de um laudo bem elaborado e convincente (STJ, 3ª. T., Ag 46241, rel. Min. Nilson convincente (STJ, 3ª. T., Ag 46241, rel. Min. Nilson Chaves, j. 14.1.1994, DJU 4.2.1994).Chaves, j. 14.1.1994, DJU 4.2.1994).

QUADRO COMPARATIVOQUADRO COMPARATIVO

FunçãoFunção IndicaçãIndicaçãoo

ParcialidParcialidadeade

ParticipaParticipaçãoção

AtividaAtividadede

InstrumeInstrumentonto

Perito Judicial

Auxiliar da

Justiça

Nomeado pelo juiz, respeitan

do exigências legais

Deve ser imparcial. Submete-

se à alegação

de suspeição

e impedime

nto

Obrigatória

Emitir juízos

técnicos e

científicos

sobre questão

sub examin

e

Laudo Pericial

Assistente

Técnico

Auxiliar das

Partes

Livre indicação

das partes

É parcial. Não se

submete à alegação

de suspeição

e impedime

nto

Opcional, a critério das partes

Fiscalizar

trabalho do

perito e emitir

sua opinião

para criticar

ou apoiar o

laudo pericial

Parecer Técnico

PROVA PERICIALPROVA PERICIAL

• Perícia complexa: Perícia complexa: • Aquela cuja análise de fato, coisa ou Aquela cuja análise de fato, coisa ou

pessoa dependa de conhecimentos pessoa dependa de conhecimentos pertencentes a áreas diversas. Poderão pertencentes a áreas diversas. Poderão ser dois, três, cinco ou dez peritos e ser dois, três, cinco ou dez peritos e assistentes técnicos, dependendo do assistentes técnicos, dependendo do número de conhecimentos diferentes número de conhecimentos diferentes que se exijam. Não se trata, por fim, de que se exijam. Não se trata, por fim, de uma segunda perícia, mas de perícia uma segunda perícia, mas de perícia única, elaborada por mais de um perito.única, elaborada por mais de um perito.

DESPESASDESPESAS• Sobre os custos da perícia, o Art. 33 do CPC, Sobre os custos da perícia, o Art. 33 do CPC,

estipula que:estipula que:• A) Cada parte deverá arcar com a A) Cada parte deverá arcar com a

remuneração do assistente técnico que remuneração do assistente técnico que assisti-la;assisti-la;

• B) A parte que requerer a perícia deverá B) A parte que requerer a perícia deverá antecipar os honorários do perito;antecipar os honorários do perito;

• C) O autor deverá antecipar os honorários do C) O autor deverá antecipar os honorários do perito, quando a perícia for requerida por perito, quando a perícia for requerida por ambas as partes ou determinada de ofício ambas as partes ou determinada de ofício pelo juiz.pelo juiz.

• - A parte beneficiária da justiça gratuita está - A parte beneficiária da justiça gratuita está isenta de custas e despesas processuais, isenta de custas e despesas processuais, inclusive as despesas relacionadas à perícia.inclusive as despesas relacionadas à perícia.

DESPESASDESPESAS• Nesta condição, o Nesta condição, o expertexpert, bem como qualquer , bem como qualquer

outro particular convocado pelo Judiciário, exerce outro particular convocado pelo Judiciário, exerce um um munusmunus público e deverá aguardar pelo fim do público e deverá aguardar pelo fim do processo para que possa receber seus honorários, processo para que possa receber seus honorários, que serão pagos pelo não-beneficiário, se vencido, que serão pagos pelo não-beneficiário, se vencido, ou pelo Estado, se vencido for o beneficiário.ou pelo Estado, se vencido for o beneficiário.

• O juiz pode arbitrar O juiz pode arbitrar honorários provisórioshonorários provisórios, que , que custeiem apenas parte da remuneração, em valor custeiem apenas parte da remuneração, em valor a ser reavaliado após a entrega do laudo ou a ser reavaliado após a entrega do laudo ou honorários definitivos honorários definitivos , que arquem com toda a , que arquem com toda a sua remuneração e não serão revistos. Não se sua remuneração e não serão revistos. Não se aconselha que o magistrado se precipite e fixe aconselha que o magistrado se precipite e fixe logo uma remuneração definitiva, pois, em muitos logo uma remuneração definitiva, pois, em muitos casos, só no curso da perícia se pode apurar a casos, só no curso da perícia se pode apurar a complexidade e extensão do trabalho do perito.complexidade e extensão do trabalho do perito.

DESPESASDESPESAS• Acaso a parte responsável não deposite os Acaso a parte responsável não deposite os

honorários provisórios ou definitivos, honorários provisórios ou definitivos, arbitrados pelo juiz antes da realização da arbitrados pelo juiz antes da realização da perícia, deve o juiz dispensar a prova pericial, perícia, deve o juiz dispensar a prova pericial, arcando a parte com as conseqüências arcando a parte com as conseqüências gravosas daí advindas.gravosas daí advindas.

• Mas, se a prova foi determinada de ofício e o Mas, se a prova foi determinada de ofício e o autor – que é o responsável, segundo o art. 33, autor – que é o responsável, segundo o art. 33, CPC – não depositar o valor referente à CPC – não depositar o valor referente à remuneração do perito, o juiz deve aplicar-lhe remuneração do perito, o juiz deve aplicar-lhe a multa do art. 14, parágrafo único do CPC, a multa do art. 14, parágrafo único do CPC, por desacato à ordem judicial, e outras por desacato à ordem judicial, e outras medidas de cunho coercitivo, bem como medidas de cunho coercitivo, bem como determinar a realização da perícia, determinar a realização da perícia, independentemente da efetivação do depósito.independentemente da efetivação do depósito.

PROVA PERICIALPROVA PERICIAL

LEMBRE-SE:LEMBRE-SE:

A PERÍCIA é prova onerosa, complexa e A PERÍCIA é prova onerosa, complexa e demorada. Por isso, só deve ser demorada. Por isso, só deve ser

admitida quando imprescindível para admitida quando imprescindível para a elucidação dos fatos. Toda vez que a elucidação dos fatos. Toda vez que se puder verificar a verdade dos fatos se puder verificar a verdade dos fatos

de forma mais simples e menos de forma mais simples e menos custosa, a perícia deve ser custosa, a perícia deve ser

dispensada.dispensada.

EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISAOU COISA

• Dever da parte. Dever da parte. Além dos deveres insculpidos Além dos deveres insculpidos no Art. 14 do CPC, cabe à parte praticar o ato no Art. 14 do CPC, cabe à parte praticar o ato que lhe for determinado pelo juiz (CPC 340 III), que lhe for determinado pelo juiz (CPC 340 III), dentro dos limites legais, resguardados os casos dentro dos limites legais, resguardados os casos de escusa legítima (CPC 363 I a V e parágrafo de escusa legítima (CPC 363 I a V e parágrafo único).único).

• Ninguém se exime do dever de colaborar com o descobrimento da verdade no processo (Art. 339). Uma manifestação de instrumentalização desse dever encontra-se na exibição de documento ou coisa, que pode ser exigida da própria parte (Art. 335) ou em relação a terceiro.

EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISAOU COISA

• EXIBIÇÃO REQUERIDA CONTRA A PARTE:• Se o requerido da exibição for parte no

processo, o pedido do requerente conterá (Art. 356):

• A) individuação mais completa possível do documento ou da coisa;

• B) finalidade da prova, com menção aos respectivos fatos que se pretende provar;

• C) circunstâncias que justifiquem a afirmação de que a coisa ou documento esteja com a parte contrária;

EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISAOU COISA

• Pedido de exibição. A ordem do juiz deve ter destinatário e objetos certos. É ônus do requerente demonstrar ao juiz que seu pedido tem fundamento e consistência.

• Cerceamento de defesa. Se o pedido de exibição é bem fundamentado, seu indeferimento sumário consiste em cerceamento de defesa (PCLJ, III, 7063, 462.

• O juiz intimará o requerido para que responda em 5 dias (Art. 357), contados da intimação realizada na pessoa de seu advogado, se a parte tiver procurador nos autos (ou pessoal, caso contrário).

• Em sua resposta, pode o requerido afirmar que não possui o documento ou a coisa, hipótese em que o requerente poderá produzir prova contrária.

EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISAOU COISA

• A RECUSA em exibir o documento ou a coisa NÃO SERÁ ADMITIDA PELO JUIZ se (Art. 358):

• A) o requerido tiver obrigação legal de exibir;• B) o requerido aludiu ao documento ou coisa

com o intuito de produzir prova no processo;• C) o documento, por seu conteúdo, for comum

às partes;• Se houver recusa expressa ou tácita a respeito

da exibição e essa recusa for tida como ilegítima, o juiz, ao decidir o pedido de exibição, admitirá como verdadeiros os fatos sobre os quais recaiam a prova pretendida por meio do documento ou da coisa (Art. 359).

EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISAOU COISA

• Documento comum. Documento comum. Não é apenas o relativo Não é apenas o relativo a ambas as partes, mas também o referente a a ambas as partes, mas também o referente a uma das partes e terceiro (RT 622/161).uma das partes e terceiro (RT 622/161).

• Livros Comerciais. STF 260. Livros Comerciais. STF 260. O exame de O exame de livros comerciais, em ação judicial, fica livros comerciais, em ação judicial, fica limitado às transações entre os litigantes.limitado às transações entre os litigantes.

• Livros Comerciais. STF 390. Livros Comerciais. STF 390. A exibição A exibição judicial de livros comerciais pode ser judicial de livros comerciais pode ser requerida como medida preventiva.requerida como medida preventiva.

EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISACOISA

• EXIBIÇÃO REQUERIDA CONTRA TERCEIRO:• Faz surgir PROCESSO NOVO, com autuação própria,

em apenso aos autos principais e decisão por sentença.

• Nesse caso, o juiz mandará citar o terceiro para que responda em 10 dias. Se o terceiro negar a obrigação de exibir ou que está na posse do documento ou coisa, o juiz designará audiência, para tomar-lhe o depoimento, assim como o das partes, e se for o caso, das testemunhas. A seguir o juiz proferirá a sentença.

• Como a sentença não pode decidir a questão da mesma forma que na exibição requerida contra a parte, que se resolve segundo a presunção de veracidade dos fatos a serem provados pelo documento ou coisa omitida, deve o juiz, se o terceiro se recusar a exibir injustificadamente, ordenar que ele deposite o documento ou a coisa em 5 dias, condenando-o também às despesas.

EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISAOU COISA

• Empresa Particular. Empresa Particular. Não compete ao Judiciário Não compete ao Judiciário oficiar para empresas particulares para oficiar para empresas particulares para requisitar provas. A parte interessada é que deve requisitar provas. A parte interessada é que deve dirigir-se à empresa particular e solicitar dirigir-se à empresa particular e solicitar diretamente as provas que deseja. Somente diretamente as provas que deseja. Somente diante da negativa da empresa em fornecê-las é diante da negativa da empresa em fornecê-las é que o Poder Judiciário pode agir (RT 685/329).que o Poder Judiciário pode agir (RT 685/329).

• Exibição incidente. Exibição incidente. É diferente da cautelar É diferente da cautelar preparatória prevista no CPC 844 (PCLJ, III, preparatória prevista no CPC 844 (PCLJ, III, 7076, 565).7076, 565).

EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISAOU COISA

• Descumprida a sentença, o juiz expedirá mandado de apreensão, eventualmente cumprido com ajuda de força policial, sem prejuízo da responsabilidade por crime de desobediência (Art. 326).

• A recusa da parte ou do terceiro em exibir documento ou coisa é justificada se (Art. 363):

• A) relativa a negócios da vida da família;• B) sua apresentação viola dever de honra;• C) a publicidade gera desonra ou perigo de ação

penal ao requerido ou a parente;• D) a exibição gera divulgação de fatos que, por

estado ou profissão, devem ser mantidos em segredo;

• E) há outro motivo grave, analisado racionalmente pelo juiz.

EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISAOU COISA

• Se apenas parte do documento gerar a recusa legítima de exibição, em relação à outra será extraído um resumo para ser apresentado em juízo (Art. 363, parágrafo único).

• Nota-se que a exibição não tem por objetivo subtrair a coisa ou documento de seu possuidor (seja parte ou terceiro), mas apenas garantir um acesso físico provisório, suficiente para esclarecer algum fato controvertido. Finda a exibição, o documento ou coisa deve ser devolvido ao seu possuidor.

INSPEÇÃO JUDICIALINSPEÇÃO JUDICIAL

• A inspeção judicial é meio de prova A inspeção judicial é meio de prova sui sui generisgeneris pelo qual se garante a pelo qual se garante a PERCEPÇÃO SENSORIAL do juiz sobre o PERCEPÇÃO SENSORIAL do juiz sobre o objeto de exame. De ofício ou a objeto de exame. De ofício ou a requerimento, o juiz, em qualquer fase do requerimento, o juiz, em qualquer fase do processo, pode inspecionar pessoa ou processo, pode inspecionar pessoa ou coisa, para esclarecer fato controvertido coisa, para esclarecer fato controvertido (Art. 440). Além disso, pode a inspeção ser (Art. 440). Além disso, pode a inspeção ser justificada pela impossibilidade ou justificada pela impossibilidade ou dificuldade de apresentar a coisa em juízo dificuldade de apresentar a coisa em juízo ou para que se realize a reconstituição dos ou para que se realize a reconstituição dos fatos (Art. 442).fatos (Art. 442).

INSPEÇÃO JUDICIALINSPEÇÃO JUDICIAL• A parte tem o DEVER de submeter-se à inspeção A parte tem o DEVER de submeter-se à inspeção

(Art. 340, II, CPC). Há quem reconheça à parte, (Art. 340, II, CPC). Há quem reconheça à parte, porém, o direito de não ser inspecionada nos casos porém, o direito de não ser inspecionada nos casos do Art. 347 do CPC, que a escusam de depor do Art. 347 do CPC, que a escusam de depor pessoalmente (no mesmo sentido o Art. 229 do CC). pessoalmente (no mesmo sentido o Art. 229 do CC). Também se aplicam à inspeção judicial, as regras Também se aplicam à inspeção judicial, as regras que excluem o dever de exibir documento ou outra que excluem o dever de exibir documento ou outra coisa (Art. 363 do CPC).coisa (Art. 363 do CPC).

• Ainda quando a parte se recuse sem justo motivo à Ainda quando a parte se recuse sem justo motivo à inspeção, não se pode constrangê-la à força a inspeção, não se pode constrangê-la à força a submeter-se a ela. Esse comportamento, no submeter-se a ela. Esse comportamento, no entanto, pode configurar-se entanto, pode configurar-se resistência injustificada resistência injustificada ao andamento do processo (Art. 17, IV, CPC), além ao andamento do processo (Art. 17, IV, CPC), além de esse seu comportamento poder ser considerado de esse seu comportamento poder ser considerado um indício que fundamente a presunção judicial do um indício que fundamente a presunção judicial do fato que se queria provar.fato que se queria provar.

INSPEÇÃO JUDICIALINSPEÇÃO JUDICIAL

• O terceiro, no entanto, somente será submetido à O terceiro, no entanto, somente será submetido à inspeção com o seu consentimento, tendo em inspeção com o seu consentimento, tendo em vista que, diferentemente do que ocorre em vista que, diferentemente do que ocorre em relação à parte, não há qualquer menção relação à parte, não há qualquer menção legislativa a esse dever (Art. 341, CPC).legislativa a esse dever (Art. 341, CPC).

• A inspeção pode realizar-se na sede do juízo ou A inspeção pode realizar-se na sede do juízo ou fora dela, mas dentro da sua competência fora dela, mas dentro da sua competência territorial. O magistrado irá ao local onde se territorial. O magistrado irá ao local onde se encontre a pessoa ou coisa, quando: julgar encontre a pessoa ou coisa, quando: julgar necessário para a melhor verificação ou necessário para a melhor verificação ou interpretação dos fatos que deva observar; a interpretação dos fatos que deva observar; a coisa não puder ser apresentada em juízo, sem coisa não puder ser apresentada em juízo, sem consideráveis despesas ou graves dificuldades; consideráveis despesas ou graves dificuldades; determinar a reconstituição dos fatos.determinar a reconstituição dos fatos.

INSPEÇÃO JUDICIALINSPEÇÃO JUDICIAL

• A doutrina costuma dividir a A doutrina costuma dividir a inspeção inspeção judicial judicial em em direta,direta, quando feita pelo quando feita pelo próprio juiz, ou próprio juiz, ou indiretaindireta, na qual o perito , na qual o perito que assiste o magistrado examina a que assiste o magistrado examina a pessoa ou coisa. Parece que à pessoa ou coisa. Parece que à denominada inspeção judicial indireta denominada inspeção judicial indireta falta um elemento nuclear do conceito de falta um elemento nuclear do conceito de inspeção: o exame pessoal feito pelo juiz. inspeção: o exame pessoal feito pelo juiz. Assim, tornando-se uma perícia, embora Assim, tornando-se uma perícia, embora realizada na presença do magistrado, realizada na presença do magistrado, sendo de pouca utilidade essa distinção.sendo de pouca utilidade essa distinção.

INSPEÇÃO JUDICIALINSPEÇÃO JUDICIAL• Nessa diligência, o juiz pode estar assistido por Nessa diligência, o juiz pode estar assistido por

um ou mais peritos (Art. 441). Ademais, as partes um ou mais peritos (Art. 441). Ademais, as partes têm direito de assistir à inspeção (sendo têm direito de assistir à inspeção (sendo previamente intimadas), prestando previamente intimadas), prestando esclarecimentos e fazendo observações que sejam esclarecimentos e fazendo observações que sejam de interesse da causa (Art. 442, parágrafo único).de interesse da causa (Art. 442, parágrafo único).

• Da inspeção judicial será lavrado auto Da inspeção judicial será lavrado auto circunstanciado (Art. 443), instruindo-se com circunstanciado (Art. 443), instruindo-se com desenho, gráfico ou fotografia, se necessário (Art. desenho, gráfico ou fotografia, se necessário (Art. 443, parágrafo único).443, parágrafo único).

• Auto é a designação que se dá à documentação de Auto é a designação que se dá à documentação de ato processual praticado fora da sede do juízo ato processual praticado fora da sede do juízo (auto de penhora, auto de avaliação etc.). Se a (auto de penhora, auto de avaliação etc.). Se a inspeção judicial for realizada na própria sede do inspeção judicial for realizada na própria sede do juízo, a sua documentação será feita com a juízo, a sua documentação será feita com a lavratura de uma ata de audiência.lavratura de uma ata de audiência.

PROVAS EM ESPÉCIEPROVAS EM ESPÉCIE

• FIMFIM