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PROVA PERICIAL MÉDICA E QUESITAÇÃO PREVIDENCIÁRIA Prof. Gisele Paiva

PROVA PERICIAL MÉDICA E QUESITAÇÃO PREVIDENCIÁRIA · o laudo pericial quando se analisa a paciente e os exames apresentados, tanto os da coluna bem como o do quadril e o quadro

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PROVA PERICIAL MÉDICA E

QUESITAÇÃO

PREVIDENCIÁRIA

Prof. Gisele Paiva

A PERÍCIA MÉDICA NO DIREITO PREVIDENCIÁRIO:

NO AUXÍLIO-DOENÇA:

Art. 77, DECRETO 3.048/99:

O segurado em gozo de auxílio-doença está obrigado, independentemente de sua idade e sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da previdência social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.

NA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ:

ART. 43, § 1º, DECRETO 3048/99:

A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade, mediante exame médico-pericial a cargo da previdência social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança.

PARA MANUTENÇÃO DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ:

Art. 46, RPS: O segurado aposentado por invalidez está obrigado, a qualquer tempo, sem prejuízo do disposto no parágrafo único e independentemente de sua idade e sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da previdência social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.

Parágrafo único. Observado o disposto no caput, o aposentado por invalidez fica obrigado, sob pena de sustação do pagamento do benefício, a submeter-se a exames médico-periciais, a realizarem-se bienalmente.

NA LEI 8.213/91: Art. 101:

O segurado em gozo de auxílio-doença,

aposentadoria por invalidez e o pensionista

inválido estão obrigados, sob pena de suspensão

do benefício, a submeter-se a exame médico a

cargo da Previdência Social, processo de

reabilitação profissional por ela prescrito e

custeado, e tratamento dispensado

gratuitamente, exceto o cirúrgico e a

transfusão de sangue, que são

facultativos.

Alteração da Lei 13.457/2017 (26/06/17): A perícia médica na aposentadoria por invalidez:

Art. 43, § 4º, lei 8213/91: O segurado

aposentado por invalidez poderá ser

convocado a qualquer momento para

avaliação das condições que ensejaram o

afastamento ou a aposentadoria, concedida

judicial ou administrativamente, observado o

disposto no art. 101 desta Lei.

Alteração da Lei 13.457/2017 (26/06/17): A perícia médica no auxilio-doença:

Art. 60, § 10, Lei 8.213/91:

O segurado em gozo de auxílio-doença,

concedido judicial ou administrativamente,

poderá ser convocado a qualquer momento

para avaliação das condições que ensejaram sua

concessão ou manutenção, observado o disposto

no art. 101 desta Lei.

Alteração da Lei 13.457/2017 (26/06/17): isenção de perícia médica na aposentadoria por invalidez:

Art. 101, § 1º, lei 8213/91: O aposentado por

invalidez e o pensionista inválido que não tenham

retornado à atividade estarão isentos do exame

de que trata o caput deste artigo:

I - após completarem cinquenta e cinco anos ou

mais de idade e quando decorridos quinze anos

da data da concessão da aposentadoria por

invalidez ou do auxílio-doença que a precedeu; ou

II - após completarem sessenta anos de idade.

§ 2o A isenção de que trata o § 1o não se aplica

quando o exame tem as seguintes finalidades:

I - verificar a necessidade de assistência

permanente de outra pessoa para a concessão do

acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o

valor do benefício, conforme dispõe o art. 45; (...)

§ 4o A perícia de que trata este artigo terá acesso

aos prontuários médicos do periciado no Sistema

Único de Saúde (SUS), desde que haja a prévia

anuência do periciado e seja garantido o sigilo sobre

os dados dele.

A PERÍCIA DOMICILIAR/HOSPITALAR:

Art. 101, § 5o É assegurado o

atendimento domiciliar e hospitalar pela

perícia médica e social do INSS ao

segurado com dificuldades de

locomoção, quando seu deslocamento,

em razão de sua limitação funcional e de

condições de acessibilidade, imponha-lhe

ônus desproporcional e indevido, nos termos do regulamento.

NO AUXILIO-ACIDENTE: Art. 104, DECRETO 3048/99: O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado empregado, exceto o doméstico – INCLUIDO PELA LC 150/15 - , ao trabalhador avulso e ao segurado especial quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar seqüela definitiva, conforme as situações discriminadas no anexo III, que implique: I - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam; II - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam e exija maior esforço para o desempenho da mesma atividade que exerciam à época do acidente; ou III - impossibilidade de desempenho da atividade que exerciam à época do acidente, porém permita o desempenho de outra, após processo de reabilitação profissional, nos casos indicados pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social.

NO BENEFICIO ASSISTENCIAL DO DEFICIENTE:

Art. 16, DECRETO 6214/2007:

A concessão do benefício à pessoa com deficiência ficará sujeita à avaliação da deficiência e do grau de impedimento, com base nos princípios da Classificação Internacional de Funcionalidades, Incapacidade e Saúde - CIF, estabelecida pela Resolução da Organização Mundial da Saúde no 54.21, aprovada pela 54a Assembleia Mundial da Saúde, em 22 de maio de 2001.

§ 1o A avaliação da deficiência e do grau de impedimento será realizada por meio de avaliação social e avaliação médica.

§ 7º Na hipótese prevista no § 6º, e desde que o impedimento não tenha sido considerado permanente, os beneficiários deverão ser prioritariamente submetidos a novas avaliações social e médica, com intervalo mínimo de dois anos, de acordo com o tipo de impedimento constatado, na forma estabelecida em ato conjunto dos Ministros de Estado do Desenvolvimento Social e Agrário, da Fazenda e do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.

NA APOSENTADORIA DO DEFICIENTE:

Art. 70-A, DECRETO 3048/99:

A concessão da aposentadoria por tempo de contribuição ou por idade ao segurado que tenha reconhecido, em avaliação médica e funcional realizada por perícia própria do INSS, grau de deficiência leve, moderada ou grave, está condicionada à comprovação da condição de pessoa com deficiência na data da entrada do requerimento ou na data da implementação dos requisitos para o benefício.

Art. 70-D, § 3º:

Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

Art. 70-H:

A critério do INSS, o segurado com deficiência deverá, a qualquer tempo, submeter-se a perícia própria para avaliação ou reavaliação do grau de deficiência.

Deficiência mínima de 2 anos – art. 414, §4º, IN 77/15.

A PROVA PERICIAL MÉDICA JUDICIAL:

CPC E LEI 10.259/01:

- ANTES: APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS:

- A) na petição inicial – art. 434, CPC: “Incumbe à parte

instruir a petição inicial ou a contestação com os documentos destinados

a provar suas alegações.”

- B) antes da perícia médica;

- C) após a perícia médica quais? Novo relatório? - “É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos

novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos

articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos.”

A PROVA PERICIAL MÉDICA NO CPC E NA LEI

10.259/01:

Determinação de prova pericial:

“Art. 465, CPC: O juiz nomeará perito especializado no objeto da

perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo.

§ 1o Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intimação

do despacho de nomeação do perito:

I - arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso;

II - indicar assistente técnico “Art. 466. § 1º, CPC: Os assistentes técnicos

são de confiança da parte e não estão sujeitos a impedimento ou suspeição.”

III - apresentar quesitos.”

A PROVA PERICIAL MÉDICA NO CPC E NA LEI

10.259/01:

Determinação de prova pericial:

“Art. 12, LEI 10.259/01: Para efetuar o exame técnico

necessário à conciliação ou ao julgamento da causa, o Juiz

nomeará pessoa habilitada, que apresentará o laudo até

cinco dias antes da audiência, independentemente de

intimação das partes.

§ 2o Nas ações previdenciárias e relativas à assistência

social, havendo designação de exame, serão as partes

intimadas para, em dez dias, apresentar quesitos e indicar

assistentes.”

A PROVA PERICIAL MÉDICA NO CPC E NA LEI

10.259/01:

- DÚVIDAS SOBRE NOMEAÇÃO:

- ESPECIALIDADE??? – CLÍNICO GERAL??? Tem

especialidade no objeto da perícia?

- E o MÉDICO DO TRABALHO???

- E o ESPECIALISTA EM PERÍCIA MÉDICA???

“art. 468, I, CPC: “O perito pode ser substituído quando:

I - faltar-lhe conhecimento técnico ou científico;”

A PROVA PERICIAL MÉDICA NO CPC E

NA LEI 10259/01

Atenção: enunciado 112 do

FONAJEF:

“Não se exige médico especialista para

a realização de perícias judiciais, salvo

casos excepcionais, a critério do juiz.”

A PROVA PERICIAL MÉDICA NO CPC E

NA LEI 10259/01

Atenção: enunciado 112 do

FONAJEF:

“Não se exige médico especialista para

a realização de perícias judiciais, salvo

casos excepcionais, a critério do juiz.”

A PROVA PERICIAL MÉDICA NO CPC E

NA LEI 10259/01

*CEM – resolução CFM 1931/09:

- “É vedado ao médico:

Art. 93. Ser perito ou auditor do próprio

paciente, de pessoa de sua família ou de

qualquer outra com a qual tenha relações

capazes de influir em seu trabalho ou de empresa

em que atue ou tenha atuado.”

A PROVA PERICIAL MÉDICA NO CPC E

NA LEI 10259/01

Art. 148, CPC: Aplicam-se os motivos de

impedimento e de suspeição:

(...)

II - aos auxiliares da justiça;

III - aos demais sujeitos imparciais do

processo.

A PROVA PERICIAL MÉDICA NO CPC E NA LEI 10259/01

“Art. 144, CPC: Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:

(...)

X - quando promover ação contra a parte ou seu advogado.”

“Art. 145. Há suspeição do juiz:

I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;

II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio;

III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;

IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.”

A PROVA PERICIAL MÉDICA NO CPC E

NA LEI 10259/01

“Art. 475, CPC: Tratando-se de perícia

complexa que abranja mais de uma área de

conhecimento especializado, o juiz poderá

nomear mais de um perito, e a parte, indicar mais

de um assistente técnico.

EX: - PATOLOGIA PSIQUICA E CARDÍACA.

A PERICIA MÉDICA NO CPC E NA LEI 10.259/01:

A QUESITAÇÃO:

- inicial;

ANTES da perícia (15/10d nom./ exame)

- Complementares;

- suplementares – DURANTE a perícia;

- Esclarecimentos periciais – APÓS a perícia;

- Impugnação / concordância.

A PERICIA MÉDICA NO CPC E NA LEI 10.259/01:

Art. 469, CPC: As partes poderão apresentar quesitos suplementares durante a diligência, que poderão ser respondidos pelo perito previamente ou na audiência de instrução e julgamento.

APLICAÇÃO SUBSDIÁRIA À LEI 10.259/01!!!

ATENÇÃO: Enunciado 126 FONAJEF: “Não cabe a presença do advogado em perícia médica, por ser um ato médico, no qual só podem estar presentes o próprio perito e eventuais assistentes técnicos.”

- E como fazer quesitos suplementares, então????

- Atenção: PARECER CFM 50/2017

PROVA PERICIAL MÉDICA NO CPC E NA LEI 10259/01:

Impugnando a Perícia:

ANTES: Pedido de esclarecimentos periciais art.

477,§1º, CPC:

As partes serão intimadas para, querendo,

manifestar-se sobre o laudo do perito do juízo no

prazo comum de 15 (quinze) dias, podendo o

assistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo,

apresentar seu respectivo parecer.

PROVA PERICIAL MÉDICA NO CPC E NA LEI 10259/01:

Art. 477, § 2º, CPC: O perito do juízo tem o dever de, no

prazo de 15 (quinze) dias, esclarecer ponto:

I - sobre o qual exista divergência ou dúvida de

qualquer das partes, do juiz ou do órgão do Ministério

Público; DIVERGÊNCIA COM DOCUMENTO MÉDICO

PARTICULAR DA PARTE: apresentar um novo

documento com mesma conclusão nova data, documento

novo: art. 435, CPC;

II - divergente apresentado no parecer do

assistente técnico da parte.

PROVA PERICIAL MÉDICA NO CPC E NA LEI 10259/01:

Atenção 1: prazo comum de 15 dias para

apresentação de quesitos esclarecedores;

Atenção 2: ENUNCIADO 179 FONAJEF:

“Cumpre os requisitos do contraditório e da

ampla defesa a concessão de vista do laudo

pericial pelo prazo de 5 dias, por analogia ao

caput do art. 12 da lei 10259/2001.”

PROVA PERICIAL MÉDICA NO CPC E NA LEI 10259/01:

CUIDADO:

Enunciado nº 133 FONAJEF “Quando o perito

médico judicial não conseguir fixar a data de início

da incapacidade, de forma fundamentada, deve-

se considerar para tanto a data de realização da

perícia, salvo a existência de outros elementos de

convicção.”

PROVA PERICIAL MÉDICA NO CPC E NA LEI 10259/01:

CUIDADO NOVAMENTE:

Enunciado nº 142 “A natureza substitutiva do

benefício previdenciário por incapacidade não autoriza o

desconto das prestações devidas no período em que

houve exercício de atividade remunerada.”

Súmula 72 TNU “É possível receber benefício por

incapacidade durante o período em que houver o

exercício de atividade remunerada, quando comprovado

que o segurado estava incapaz para exercer as

atividades habituais na época em que trabalhou.”

“Enunciado nº 143 Não importa em julgamento extra

petita a concessão de benefício previdenciário por

incapacidade diverso daquele requerido na inicial

(Aprovado no XI FONAJEF).

PROVA PERICIAL MÉDICA NO CPC E NA LEI 10259/01:

Enunciado nº 162 Em caso de incapacidade

intermitente, o pagamento de parcelas

anteriores à perícia depende da efetiva

comprovação dos períodos em que o autor

esteve incapacitado.

Enunciado nº 143 “Não importa em

julgamento extra petita a concessão de

benefício previdenciário por incapacidade

diverso daquele requerido na inicial.”

PROVA PERICIAL MÉDICA NO CPC E NA LEI 10259/01:

CUIDADO AINDA MAIOR:

Enunciado nº 164 “Julgado improcedente

pedido de benefício por incapacidade, no

ajuizamento de nova ação, com base na

mesma doença, deve o segurado apresentar

novo requerimento administrativo,

demonstrando, na petição inicial, o

agravamento da doença, juntando documentos

médicos novos.”

A IMPUGNAÇÃO:

Se não houver esclarecimento adequado ou mantiver a divergência com o laudo médico particular IMPUGNAR o laudo pericial, ausência de prova tarifada ou principio da hierarquia das provas, mas NUNCA sem pedir:

art. 480, CPC: pedido de realização de nova perícia médica:

Art. 480. ”O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a realização de nova perícia quando a matéria não estiver suficientemente esclarecida.”

E SE NEGAR MEUS PEDIDOS E VIER A

IMPROCEDENCIA???

CALMA!!!!!

- Há ofensa aos princípios processuais da ampla defesa e do devido processo legal, se não determinar a realização de nova perícia médica (ou não acolher o pedido de esclarecimentos periciais)

- preliminar de nulidade processual em recurso a ser interposto, se resultar prejuízo para a parte.

Obs: enunciado 101 FONAJEF: “A turma recursal tem poder para complementar os atos de instrução já realizados pelo juiz do juizado especial federal, de forma a evitar a anulação da sentença.”

Enunciado 103 FONAJEF: “Sempre que julgar indispensável, a Turma Recursal, sem anular a sentença, baixará o processo em diligências, para fins de produção de prova testemunhal, pericial ou elaboração de cálculos.”

MODELO DE QUESITOS - INICIAIS OU

COMPLEMENTARES - AD/Ap invalidez: a) O periciando possui quais patologias? Quais os sintomas destas patologias? b) O autor apresenta – sintoma específico da patologia: “inchaço ou presença de articulações rígidas e doloridas, ou dores pelo corpo todo”? São sintomas da patologia ou de uma das patologias apresentadas? Quais? Podem ser consideradas incapacitantes para seu trabalho habitual de....? c) Pode a patologia indicada ou as patologias serem consideradas incapacitantes para o trabalho habitual de....? Em caso negativo, por quê? d) Quais medicamentos o autor faz uso? Possuem efeitos colaterais? Quais? Podem seus efeitos serem considerados incapacitantes para o trabalho habitual de...? e) O autor encontra-se atualmente incapacitado para a atividade laboral de de ..., sua atividade habitual, considerando-se os demais elementos sócio-econômico-culturais do caso em tela – tais como idade avançada e baixo grau de instrução - e diante do conceito de saúde estabelecido pela OMS (organização mundial de saúde)? Por quê?

f) Em caso de resposta negativa ao quesito acima, o sr. perito poderia esclarecer se os relatórios médicos, anexados aos autos, especialmente aquele datado de..., encontram-se incorretos, principalmente aquele fornecido pelo Dr. ...– inscrito no CRM n... e com especialidade em..., os quais indicam expressamente a presença de incapacidade? Em caso positivo, esclarecer em quais pontos estão incorretos, considerando-se as disposições do Código de Ética Médica, em seus artigos 52*, 94** e 97? *Art. 52. Desrespeitar a prescrição ou o tratamento de paciente, determinados por outro médico, mesmo quando em função de chefia ou de auditoria, salvo em situação de indiscutível benefício para o paciente, devendo comunicar imediatamente o fato ao médico responsável. **Art. 94. Intervir, quando em função de auditor, assistente técnico ou perito, nos atos profissionais de outro médico, ou fazer qualquer apreciação em presença do examinado, reservando suas observações para o relatório. ***Art. 97. Autorizar, vetar, bem como modificar, quando na função de auditor ou de perito, procedimentos propedêuticos ou terapêuticos instituídos, salvo, no último caso, em situações de urgência, emergência ou iminente perigo de morte do paciente, comunicando, por escrito, o fato ao médico assistente.

g) O periciando pode, sem qualquer restrição, realizar esforços físicos? Em caso positivo, de que forma?

h) Foi verificada alguma redução de força em algum membro? Em caso positivo, qual e em qual grau?

i) Qual a data do início da incapacidade (dia/mês/ano)? Qual o fundamento utilizado para esta conclusão?

j) Os documentos médicos em anexos comprovam a incapacidade laborativa do autor desde a data da negativa administrativa – ou cessação - ocorrida em ....? Em caso negativo, por quê? Houve alguma recuperação da capacidade laborativa neste período? Qual o fundamento utilizado para tal conclusão?

k) A incapacidade é total ou parcial? Por quê? Em caso de ser parcial, seria total para sua atividade habitual de ....? Poderia ele desenvolver outras funções, principalmente segundo o conceito de saúde da OMS e do Manual de pericia médica do INSS? Seria uni, multi ou omniprofissional a incapacidade do periciando, segundo o manual de perícia médica do INSS? Por quê?

l) Se parcial, poderia ele desenvolver a sua atividade habitual de forma satisfatória, considerando-se os demais elementos sócio-econômicos-culturais do caso em tela, tais como idade e grau de instrução? Por quê?

m) A incapacidade do periciando é para apenas uma atividade ou para várias? Em caso de várias, quais são elas? Em caso de uma, para qual? Esta incapacidade, para uma ou para várias atividades, é de forma total para as mesmas ou parcial?

n) A incapacidade é transitória ou permanente? Por quê?

o) Em caso de ser transitória, qual a data provável de cura? Por quê?

p) Em caso de ser permanente, desde quando pode ser considerada como

permanente? Pode-se indicar como permanente a data da concessão

do auxílio-doença? Por quê?

ESPECÍFICOS PARA SUPER INVALIDEZ:

a) O periciando possui condições de gerir seus bens e sua pessoa,

diante das patologias diagnosticadas?

b) O periciando pode praticar sozinho os atos da vida civil? Por quê?

É necessário o acompanhamento constante de terceira pessoa? É

recomendável que faça sozinho tais atos sem apresentar perigo para si e

para outros?

c) Deve o periciando ter um acompanhante em seus atos da vida cotidiana? Em caso negativo, poderia o Sr. Perito afirmar onde se encontra o erro nos relatórios médicos e laudo pericial do processo do interdição, elaborado pelo Dr. ...., médico ..., inscrito no CRM n. ..., acostados aos autos, os quais atestam a necessidade de um acompanhante, considerando-se as disposições do Código de Ética Médica, em seus artigos 52, 94 e 97?

d) Qual a data do início da necessidade de acompanhamento de terceiros pelo periciando (dia/mês/ano), considerando-se a documentação médica dos autos e o conhecimento médico do perito? Qual o fundamento utilizado para esta conclusão? Pode-se concluir que a mesma se deu na DER do NB n. ..., ocorrida em ....? Por que? Em caso negativo, em qual data ocorreu?

MODELO DE QUESITOS DE BENEFICIO POR

INCAPACIDADE ACIDENTÁRIO:

a) O periciando possui as patologias alegadas em inicial e comprovadas pelos

relatórios médicos em anexos? Quais os sintomas destas patologias? Descrever

minuciosamente, principalmente considerando a função laborativa de .... do autor.

b) As patologias guardam relação de causalidade com a atividade de ... desenvolvida

na empresa empregadora do periciando, segundo suas informações? Por quê? Em caso

negativo, poderia a atividade laborativa ter agravado as patologias do periciando? Por quê?

Ainda em caso negativo, qual a origem das patologias?

c) Podem as patologias ser consideradas incapacitantes para o trabalho de ...? Por

quê? Em caso negativo, estariam errados os relatórios médicos em anexos, com especial

atenção à determinação dos artigos 52, 94 e 97 do Código de Ética Médica? Por quê?

d) O autor faz uso de quais medicamentos? Quais os efeitos colaterais dos mesmos?

Estes efeitos colaterais podem ser considerados incapacitantes para seu trabalho habitual de

....?

e) O periciando encontra-se atualmente incapacitado para a atividade laboral de ..., sua

atividade habitual, considerando-se os demais elementos sócio-econômicos-culturais do caso

em tela, diante do conceito de saúde estabelecido pela OMS (organização mundial de saúde)?

Por quê?

f) Qual a origem da incapacidade? Por quê?

g) Qual a data do início da incapacidade (dia/mês/ano)? Qual o fundamento utilizado

para esta conclusão?

h) Os documentos médicos, em anexos, comprovam a incapacidade laborativa do

periciando desde ...., assim, poderiam ser considerados como comprovação da manutenção

da incapacidade da mesma forma desde a concessão do primeiro beneficio, em ...? Em caso

negativo, qual seria a data do início da incapacidade, segundo os documentos em anexos?

i) A incapacidade é total ou parcial? Por quê? Em caso de ser parcial, seria total para

sua atividade habitual de ....? Poderia ele desenvolver outras funções, principalmente segundo

o conceito de saúde da OMS e do Manual de pericia médica do INSS? Seria uni, multi ou

omniprofissional a incapacidade da parte autora? Por quê?

j) Ainda em caso de ser a incapacidade parcial, quais atividades laborativas poderia o periciando desenvolver de forma satisfatória (favor descrevê-las)? k) Pode-se afirmar que a incapacidade, para a função habitual do periciando, de forma total e permanente, está caracterizada desde ...., com base nos laudos médicos acostados à inicial? Em caso negativo, por quê? Ainda em caso negativo, desde quando se pode atestar pela incapacidade total e permanente do periciando? l) A incapacidade é temporária ou permanente? Por quê? m) Em caso de ser temporária, qual a data provável de cura? Por quê? n) Ainda em caso de ser temporária, haverá sequelas que diminuirão sua capacidade laborativa? Em qual grau?

MODELO DE QUESITOS DE AUXILIO-ACIDENTE:

1- Segundo a CAT (*se acidentário) – comunicação de acidente de trabalho – em

anexo, a autora sofreu que tipo de acidente de trabalho? Houve

fratura/impacto/lesão em algum membro? Qual? Favor detalhar.

2 - O acidente de trabalho noticiado na inicial deixou sequelas na autora?

Em caso positivo, favor explicitá-las, indicando quais e em qual parte do

corpo. Qual a atividade laborativa realizada pela autora à época do acidente

e a atual? Favor detalhar.

3 - As sequelas do acidente encontram-se consolidadas ou ainda existe

processo mórbido em evolução? Há possibilidade de reversão das

sequelas? Em caso positivo, favor indicar o porquê e como. Em caso

negativo, são irreversíveis e permanentes?

4 - Existe relação de causalidade entre o acidente do trabalho típico e as

sequelas mencionadas?

5 - As sequelas do acidente de trabalho típico determinam, permanentemente,

perdas anatômicas ou redução da capacidade do trabalho de ..., cujas funções vem

descritas na reabilitação profissional e documentos da empregadora em anexo? Em

que percentual? Em caso negativo, por quê? Ainda em caso negativo, favor explicar

como a autora pode trabalhar na sua função habitual – ....- de forma eficaz e

produtiva, se comparado à outros trabalhadores sem a mesma sequela.

6 – O certificado de conclusão da reabilitação profissional, em anexo, realizada pelo

requerido, descreve que a autora possui “síndrome de impacto de ombros bilateral

associada à tendinite do supraespinhoso” e que, por tal motivo, é “contraindicado

atividades que exijam movimentos em membros superiores e elevação dos ombros

acima de 90°”, tal situação é considerada como redução da capacidade de trabalho

em grau leve, moderado ou grave, para fins da atividade habitual de operadora de

produção? Favor fundamentar a resposta.

7 - Há necessidade de maior esforço para o exercício das mesmas atividades da

acidentada – ....– ou outras do cotidiano? Por quê?

8 – A prova documental em anexo – relatórios médicos e processo de reabilitação profissional previdenciário – é indicativo da incapacidade parcial em razão do acidente? E, caso negativo, por quê?

9 - A incapacidade é definitiva ou temporária?

10 – Pode-se afirmar que a incapacidade parcial, em razão do acidente de trabalho típico, já era visível desde sua ocorrência? Por quê?

11 – A autora possui a sequela do acidente, que reduziu – ainda que de forma mínima - sua capacidade laborativa, desde a alta do auxílio-doença, ocorrido em ...? Por quê?

MODELO DE QUESITOS DE LOAS DEFICIENTE:

a) O periciando possui as patologias alegadas em inicial e demonstradas pelos

relatórios médicos em anexo? Quais os sintomas destas patologias? Possuem cura?

b) O periciando possui algum impedimento de natureza física, sensorial, intelectual ou

psíquica em razão das patologias que apresenta? Por quê? Em caso positivo, qual ou quais

deles?

c) O periciando faz uso de quais medicamentos? Quais os efeitos colaterais dos

mesmos? Estes efeitos colaterais podem ser considerados incapacitantes?

d) O periciando possui problemas de visão? Possuem cura?

e) O periciando possui uma vida normal à outra criança de sua idade, tanto física

quanto mental, psico e socialmente? Em caso positivo, o Sr. perito afirma que o mesmo não

apresenta qualquer limitação de qualquer natureza?

f) Qual a data do início da incapacidade civil do periciando

(dia/mês/ano), considerando-se a documentação médica

dos autos? Qual o fundamento utilizado para esta

conclusão?

MODELO DE PETIÇÃO DE QUESITOS

ESCLARECEDORES:

- DO LAUDO PERICIAL MÉDICO: PEDIDO DE

ESCLARECIMENTOS PERICIAIS– ART. 477, §§ 2º e 3º,

CPC:

1a) Diante do relatório médico atual ora acostado aos autos, emitido em

data de 23/07/18, por médico especialista em ortopedia e TEOT, afirmando

que, “a paciente apresenta artrodese extensa da coluna toraco-lombar, com

grande déficit de flexo-extensão e limitação funcional, não sendo condizente

o laudo pericial quando se analisa a paciente e os exames apresentados,

tanto os da coluna bem como o do quadril e o quadro é definitivo uma vez

que a artrodese bloqueia a flexo-extensão e a fratura levou a uma alteração

do equilíbrio sabital desencadeando o surgimento de outras patologias (...)

estando incapacitada de maneira total e definitiva” e ainda levando-se em

consideração as intervenções cirúrgicas realizadas recentemente, conforme

documentos anexos, mantém o sr. perito a conclusão de incapacidade

parcial? Favor responder de forma fundamentada.

Em caso afirmativo ao quesito anterior, o sr. Perito afirma que se encontram

incorretos os laudos médicos acostados aos autos, em especial o emitido em data

de 23/07/18, por médico especialista em ortopedia (TEOT), o qual aponta que a

autora “apresenta artrodese extensa da coluna toraco-lombar, com grande déficit de

flexo-extensão e limitação funcional”, estando total e permanente incapaz? Em quais

pontos encontram-se os erros, nos termos dos preceitos contidos nos artigos 52, 94

e 97 do Código de Ética Médica, sob pena de informação da conclusão para o

Conselho de Classe? Favor responder de forma clara e conclusiva.

c) Diante do diagnóstico e da sintomatologia apresentada pela autora, comprovados

nos autos pelo médico especialista, quais sejam: “dor intensa e quebra do material

de síntese, bloqueio a flexo-extensão da coluna lombar em 100% na região

operada, dor e déficit de flexão do quadril” e ainda, “piora do quadro álgico

importante e da limitação devido ao surgimento de protusões lombares e de artrose

do quadril”, quais funções a mesma poderia desenvolver de forma satisfatória,

considerando-se seu histórico laboral como professora submetida à readaptação,

sem êxito, como auxiliar administrativa?

d) Diante do diagnóstico apontado no laudo pericial, a autora possui condições de

permanecer durante muito tempo em pé, ou sentada, de ficar com a coluna fletida

ou trabalhar em local com carteira ou balcão baixo, sem que lhe ocasione dores e

piora dos sintomas? Em caso positivo, de que forma? Favor justificar a resposta.

e) Considerando-se que a atividade habitual da autora é de PROFESSORA, a qual exige que permaneça durante muitas horas (mais de 30 minutos) na mesma posição, ficar com a coluna fletida ou trabalhar em local com carteira ou balcão baixo e subir escadas, tendo sido readaptada – administrativamente - para a função da auxiliar administrativa, sem sucesso, mantém o sr. perito a conclusão de incapacidade parcial para a função habitual? Favor responder de forma fundamentada.

f) Em caso de resposta negativa ao quesito anterior, como poderia a mesma exercer sua função habitual de professora, de forma satisfatória, a qual exige que permaneça durante muito tempo em pé, ou sentada, e ficar com a coluna fletida ou trabalhar em local com carteira ou balcão baixo?

g) Em caso de retorno ao trabalho de professora, sem qualquer restrição, segundo sua conclusão pericial, e diante da documentação médica dos autos, inclusive o relatório médico em anexo, indicando expressamente a necessidade de afastamento definitivo, assume o sr. perito qualquer risco de agravamento à saúde da pericianda?

MODELO DE PETIÇÃO DE QUESITOS

ESCLARECEDORES - 2:

a) Diante do relatório médico atual acostado aos autos, emitido em data de

29/08/17, por médico especialista em ortopedia, afirmando que, devido à realização

de artroplastia total do joelho direito, não pode mais realizar o esforço que realizava,

a autora NECESSITA DE AFASTAMENTO DEFINITIVO DO TRABALHO, a ainda

levando-se em consideração que a atividade habitual da autora é de COSTUREIRA,

a qual exige que permaneça durante muitas horas na mesma posição, em especial

com os joelhos flexionados, mantém o sr. perito a conclusão de inexistência de

doença incapacitante atual? Favor responder de forma fundamentada.

b) Em caso afirmativo ao quesito anterior, o sr. Perito afirma que se encontram

incorretos os laudos médicos acostados aos autos, em especial o emitido em data

de 29/08/17, por médico especialista em ortopedia, o qual aponta que a autora

necessita de afastamento definitivo do trabalho? Em quais pontos encontram-se

os erros, nos termos dos preceitos contidos nos artigos 52, 94 e 97 do Código

de Ética Médica, sob pena de informação da conclusão para o Conselho de

Classe? Favor responder de forma clara e conclusiva.

MODELO DE PETIÇÃO DE QUESITOS

ESCLARECEDORES - 2:

c) A autora possui condições de subir escadas, sem auxílio de terceiros, ou

de subir os degraus para pegar condução pública (ônibus)? Em caso

positivo, de que forma? Favor justificar a resposta.

d) A autora pode permanecer muito tempo em posição sentada, com os

joelhos flexionados ou semi-flexionados, sem que isto lhe cause dores

extremas ou agrave seu estado de saúde? Favor justificar a resposta.

e) Considerando-se a atividade habitual da autora, qual seja,

costureira, caso a mesma retorne ao referido trabalho, o sr. Perito

assume a responsabilidade pelo agravamento da sua saúde?

APRESENTAÇÃO:

Prof. Gisele Paiva, advogada

previdenciária; pós graduada e MBA em direito previdenciário pela Faculdade Legale; pós graduada em direito público pela Faculdade Damásio de Jesus e pela Escola Paulista de Direito; professora de direito previdenciário na Central de Concursos, na ESD – Escola Superior de Direito, no Proordem Campinas, Ribeirão Preto e Goiânia, no Infoc – Instituto de Formação Continuada – e na Faculdade Legale. Advogada do sindicato dos frentistas do ABC e interior (Atibaia e Região), colunista do Jornal Atibaia Hoje.

Email:

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Fanpage: Prof Gisele Paiva