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Prefeitura da Vitória de Santo Antão Concurso Público - 2015

Cargo: Professor de História Ensino Fundamental II (6 º ao 9º ano) - Nível Superior – Tarde

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Língua PortuguesaAs questões 01 a 05 estão relacionadas ao texto aba ixo transcrito. (14 de março de 1885) (em Crônicas selecionadas: antologia, 2ª edição – São Paulo: Martin Claret, 2013. (Coleção a obra-prima de cada autor; 279). Trata-se de texto escrito por Machado de Assis, jornalista, contista, cronista, poeta, romancista e teatrólogo brasileiro.

Trago aqui no bolso um remédio contra os capoeiras. Nem tenho dúvida em dizer que é muito superior ao célebre Xarope do Bosque, que fez curas admiráveis e até milagrosas, até princípios de 1856, decaindo em seguida, como todas as coisas deste mundo. A minha droga pode dizer-se que tem em si o sinal da imortalidade.

Agora, principalmente, que a guarda urbana foi dissolvida, entregando ontem os refles, receiam alguns que haja uma explosão de capoeiragem (só para os moer), enquanto que outros creem que a substituição da guarda é bastante para fazer recuar os maus e tranquilizar os bons. Hão de perdoar-me: eu estou antes com o receio do que com a esperança, não tanto porque acredite na explosão referida, como porque desejo vender a minha droga. Pode ser que haja nesta confissão uma ou duas gramas de cinismo; mas o cinismo, que é a sinceridade dos patifes, pode contaminar uma consciência reta, pura e elevada, do mesmo modo que o bicho pode roer os mais sublimes livros do mundo.

Vamos, porém, à droga, e comecemos por dizer que estou em desacordo com todos os meus contemporâneos, relativamente ao motivo que leva o capoeira a plantar facadas nas nossas barrigas. Diz-se que é o gosto de fazer mal, de mostrar agilidade e valor, opinião unânime e respeitada como um dogma. Ninguém vê que é simplesmente absurda.

Com efeito, não duvido que um ou outro, excepcionalmente, nutra essa perversão de entranhas; mas a natureza humana não comporta a extensão de tais sentimentos. Não é crível que tamanho número de pessoas se divirtam em rasgar o ventre alheio, só para fazer alguma coisa. Não se trata de vivissecção, em que um certo abuso, por maior que seja, é sempre científico, e com o qual só padece cachorro, que não é gente, como se sabe. Mas como admitir tal coisa com homem e fora do gabinete?

Bastou-me fazer esta reflexão, para descobrir a causa das facadas anônimas e adventícias, e logo o medicamento apropriado. Veja o leitor se não concorda comigo?

Capoeira é homem. Um dos característicos do homem é viver com o seu tempo. Ora, o nosso tempo (nosso e do capoeira) padece de uma coisa que poderemos chamar – erotismo de publicidade. Uns poderão crer que é achaque, outros que é uma recrudescência de energia, porque o sentimento é natural. Seja o que for, o fato existe, e basta andar na aldeia sem ver as casas, para reconhecer que nunca esta espécie de afecção chegou ao grau em que a vemos.

Sou justo. Há casos em que acho a coisa natural. Na verdade, se eu, completando hoje cinquenta anos, janto com a família e dois ou três amigos, por que não farei participante do meu contentamento este respeitável público? Embarco, desembarco, dou ou recebo um mimo, nasce-me um porco com duas cabeças, qualquer caso desses pode muito bem figurar em letra redonda, que dá vida a coisas muito menos interessantes. E, depois, o nome da gente, em letra redonda, tem outra graça, que não em letra manuscrita; sai mais bonito, mais nítido, mete-se pelos olhos dentro, sem contar que pessoas que hão de ler, comprar as folhas, e a gente fica notória sem despender nada. Não nos envergonhemos de viver na rua; é muito mais fresco.

Aqui tocamos o ponto essencial. O capoeira está nesta matéria como Crébilon em matéria de teatro. Perguntou-se a este, por que compunha peças de fazer arrepiar os cabelos; ele respondeu que, tendo Racine tomado o céu para si e Corneille a terra, não lhe restava mais que o inferno em que se meteu. O mesmo acontece ao capoeira. Não pode distribuir mimos espirituais, ou drogas infalíveis, todos os porcos nascem-lhe com uma cabeça, nenhum meio de ocupar os outros com a sua preciosa pessoa. Recorre à navalha, espalha facadas, certo de que os jornais darão notícias das suas façanhas e divulgarão os nomes de alguns.

Já o leitor adivinhou o meu medicamento. Não se pode falar com gente esperta; mal se acaba de dizer uma coisa, conclui logo a coisa restante. Sim, senhor, adivinhou, é isso mesmo: não publicar mais nada, trancar a imprensa às valentias da capoeiragem. Uma vez que se não dê mais notícia, eles recolhem-se às tendas, aborrecidos de ver que a crítica não anima os operosos.

Logo depois a autoridade, tendo à mão algumas associações, becos e suspensórios ainda sem título, entra pelas tendas e oferece aos nossos Aquiles uma compensação de publicidade. Vitória completa: eles aceitam o derivativo, que os traz ao céu de Racine e à terra de Corneille, enquanto as navalhas, restituídas aos barbeiros, passarão a escanhoar os queixos da gente pacífica. Ex fumo dare lucem.



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01. Qual o tema central do texto?

A) As curas milagrosas do xarope do bosque; B) Nascimento de porcos com duas cabeças; C) O valor científico da maldade; D) Exaltação a Racine e Corneille; E) A violência da capoeiragem.

02. Para alguns, segundo o texto, qual o motivo da possível explosão da capoeiragem?

A) Substituição da guarda municipal; B) Viver na Rua; C) Não tomar xarope do bosque; D) Falta de estudo cientifico; E) Vontade fazer o bem.

03. Qual a definição de cinismo, segundo o autor?

A) Falta de verdade; B) A sinceridade dos patifes; C) Mentira necessária; D) Verdade relativa; E) Mentira para não magoar as pessoas.

04. No entendimento do autor, o ponto essencial para os capoeiras recorrerem à navalha e facadas estava na certeza de:

A) Terem suas façanhas abafadas pela polícia; B) Terem seus nomes divulgados pelos vizinhos; C) Terem suas façanhas e alguns nomes divulgados

nos jornais; D) Terem suas famílias protegidas pela imprensa; E) Serem elogiados pelas autoridades.

05. Qual o medicamento sugerido, no texto, para combater a violência dos capoeiras?

A) Publicar, com destaque, as brigas dos capoeiras; B) Aplicar sedativo no xarope dos mais violentos; C) Não publicar na imprensa as valentias da

capoeiragem; D) Promover seminários sobre o tema; E) Determinar horário para os capoeiras irem às ruas.

06. Preencha os espaços em branco das frases a seguir craseando corretamente .

• Peguei ___ (a, à) caneta ___ (a, à) direita e escrevi ___ (a, à) poesia de abertura do livro.

• Roberto e Mariano foram ___ (a, à) escolinha de natação rever ___ (as, às) amigas Clara e Rosa.

A) À, à, à, a, às; B) A, à, à, a às; C) A, à, a, à, as; D) À, a, a, à, as; E) A, à, à, à, as.

07. Assinale a alternativa cujas palavras em destaque na frase, estão acentuadas corretamente , de acordo com a nova regra ortográfica da língua portuguesa.

A) O médico cura o corpo, a clínica estética a beleza, esperemos que dêem a Deus o amor da alma;

B) O médico cura o corpo, a clinica estética a beleza, esperemos que dêem a Deus o amor da alma;

C) O medico cura o corpo, a clínica estetica a beleza, esperemos que dêem a Deus o amor da alma;

D) O médico cura o corpo, a clínica estética a beleza, esperemos que deem a Deus o amor da alma;

E) O medico cura o corpo, a clinica estetica a beleza, esperemos que deem a Deus o amor da alma;

08. Indique a alternativa cujo emprego da vírgula está correto .

A) Queremos tomara, Deus, acertar na loteria esportiva;

B) Queremos, tomara Deus, acertar na loteria esportiva;

C) Queremos tomara Deus, acertar, na loteria esportiva;

D) Queremos tomara, Deus acertar, na, loteria esportiva;

E) Queremos tomara, Deus, acertar, na loteria, esportiva.

09. Indique a alternativa cuja classificação das palavras em destaque, pela ordem que aparecem na frase a seguir, está correta .

• O discente daquela escola, é para mim o mais estudioso da turma .

A) Advérbio, pronome, adjetivo, substantivo; B) Substantivo, adjetivo, advérbio, pronome; C) Adjetivo, pronome, advérbio, substantivo; D) Substantivo, advérbio, adjetivo, pronome. E) Pronome, advérbio, substantivo, adjetivo.

10. Indique a alternativa cuja figura de pensamento é o eufemismo:

A) O Senador, digo a Senadora, proferiu belo discurso;

B) Quando a vaca tossir faremos excelentes provas de aramaico;

C) O carro de Ayrton Senna voava nas pistas de Interlagos e Ímola;

D) São Paulo vive um momento de uso racional de água, segundo seu governador;

E) Como goleiro é um excelente arquiteto.



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Conhecimentos Específicos

11. A Ciência História, assim como as demais desenvolvidas ao longo das investigações humanas, em busca do saber sobre si e o mundo, passou por um processo próprio de evolução. A este processo, dá−se o nome de Historiografia, direcionando o olhar do pesquisador sobre as motivações, as condições e os objetivos da pesquisa histórica, considerando o espaço e o tempo no qual os métodos ou as práticas das pesquisas foram realizadas. Considerando, então, a Historiografia, podemos considerar como coerente a seguinte afirmação: A) Heródoto, considerado “Pai da História”, representa um marco inicial para a Historiografia, uma vez que, ao

procurar registrar e relatar os acontecimentos significativos que envolviam o mundo grego à época das guerras contra os Persas, bem como as características marcantes do povo Egípcio e dos povos do Mediterrâneo, criou “Historias”, obra na qual descarta qualquer influência divina sobre os acontecimentos humanos;

B) A Historiografia Pré−científica Antiga, ou Clássica Grega, é marcada pela tentativa do rompimento da relação entre o mundo real, observado e registrado através das pesquisas e da escrita, e a influência dos deuses sobre as ações e os resultados das ações humanas. Neste caso, apesar de Heródoto, quem melhor se posta a tal condição de ruptura é Tucídides, responsável pela maior preocupação com o rigor da escrita sobre as Guerras do Peloponeso, registrando os infortúnios das disputas políticas e econômicas que envolviam as cidades de Esparta e Atenas;

C) Apesar de afirmarmos que o fazer da história está envolto com o compromisso da busca pela verdade, as formas de realizar as pesquisas e os objetivos expressos, claramente ou não, nestas pesquisas, diz respeito, também, ao contexto no qual a pesquisa é realizada. Quando tratamos, por exemplo, da Historiografia Medieval Ocidental, verificamos que há um afastamento − por influência do racionalismo greco−romano−dos temas de ordem religiosa sobre a pesquisa do historiador;

D) Sob a perspectiva geral da Historiografia, é comum considerar que há três grandes fases ou três grandes conjuntos de perspectivas para a pesquisa da História: a Pré−científica, representada pela perspectiva da Antiguidade Clássica, pela escrita da história cristã medieval e pela renascentista; a chamada Fase de Transição, na qual encontramos o Racionalismo Iluminista e a escrita sob uma perspectiva Liberal Romântica; e, finalmente, o chamado período científico da Historiografia, abrangendo a pesquisa Positivista, o Historicismo, a visão Materialista Histórica e a Escola dos Annales, inclusas no século XIX, uma vez que o século XX nada trouxe de novo à perspectiva historiográfica;

E) Sob a Historiografia Positivista, os documentos escritos e oficiais passaram a ser fontes desprezadas pelos pesquisadores, o que fez com que uma visão mais abrangente da análise histórica se desenvolvesse. Esta proposta de pesquisa para a História afastava os relatos heroicos acerca dos grandes líderes, pluralizando as visões em torno da verdade dos fatos históricos, sob pontos de vista distintos.



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12. Observemos o trecho a seguir, retirado da lei 9394/96, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, referente ao artigo 22 e ao caminho que deve ser perseguido na educação básica:

“(...) desenvolver o educando, assegurar−lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer−lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.” Atentemos então, para a relação deste compromisso com o papel do historiador e seu exercício como docente. Cabe ao professor de História compreender que ser papel vai além da informação que fará parte de seu trabalho, pois, pelo seu papel como contribuinte importante para a formação do olhar crítico, da reflexão política, do exercício cidadão, cabe−lhe ser o elemento que estabelece a intermediação entre o patrimônio cultural da humanidade e a cultura do educando.

De acordo com o texto da lei e com a consideração realizada, podemos inferir que:

A) O profissional do ensino de História deve se comprometer com os interesses políticos regentes no Estado do qual faz parte, servindo como ferramenta da ideologia vigente;

B) A História como item curricular na formação do estudante e do cidadão, deve servir ao estudante como ferramenta para manutenção da ordem cívica e o resgate do passado, não se comprometendo com as alternâncias do presente, uma vez que seu papel é lançar o olhar do alunado ao patrimônio cultural da humanidade;

C) É necessário estabelecer um duplo compromisso no exercício do lecionar História: com o passado e com o presente. É mister que se tome como referência as questões sociais e culturais, assim como problemáticas humanas que fazem parte de nossas vidas sob a forma de temas como desigualdades sociais, sexuais e diferenças culturais. Cabe refletir, também, sobre como interpretamos o mundo e a organização da sociedade, demonstrando os limites ou as necessidades de rupturas, entre outras importâncias;

D) Como o homem é fruto do tempo no qual está inserido, consideramos como inevitável a relação do exercício docente do professor de História com as perspectivas políticas de seu momento, sendo unicamente subjetiva a visão crítica acerca da sociedade e suas relações;

E) A questão curricular do ensino de História está inserida na perspectiva de formar pequenos historiadores, negligenciando outras áreas, consideradas inferiores no processo de formação crítica do jovem cidadão. Deve−se tratar da importância de se motivar no estudante, a curiosidade para perceber e buscar interpretar melhor as relações culturais que o envolve.

13. Nos dias atuais, temos um olhar diferenciado sobre os dois grandes períodos da história da humanidade. Afirmamos que existe uma história humana desde o surgimento dos primeiros hominídeos. Por conseguinte, novas considerações puseram em revisão a ideia de que a Pré−história seria a fase compreendida como “antes da história”, ou pior, “sem história”. Percepções culturais acerca da vivência humana, seja esta vivência social, política, econômica ou artística, projetaram para antes da invenção da escrita, a busca pela verdade e a pesquisa científica histórica. Acerca da Pre−história como grande etapa do desenvolvimento da humanidade, podemos considerar como coerente a seguinte afirmação.

A) A Pré−história é dividida em três fases gerais e pelas quais todos os grupos humanos tiveram que passar ou evoluir culturalmente para atingir o estágio da civilização: o Paleolítico (no qual os grupos humanos se organizavam em bandos familiares de caçadores e coletores), o Mesolítico (no qual a agricultura passa a ser desenvolvida, assegurando o crescimento populacional) e o Neolítico (no qual as guerras por propriedades e as civilizações se formam);

B) Não possuir a escrita como fruto de uma codificação de sons e símbolos que juntos formam palavras, pode caracterizar a ausência de uma história para a humanidade, uma vez que sem a escrita, não há registros dos acontecimentos que marcam a trajetória humana;

C) Sendo considerada como “Berço da Humanidade”, a Pré−história reflete os estágios primários da vida cultural humana, desconhecendo, por exemplo, quaisquer formas de organização política ou social que não fosse aquela referente ao próprio núcleo familiar;

D) As representações religiosas foram amplamente desenvolvidas antes mesmo da escrita, pois o homem como ser religioso, isto é, voltado para a reflexão acerca das questões existenciais, demonstrou, já no Paleolítico, uma gama de expressões rupestres que simbolizavam ritos de adoração aos deuses;

E) O desenvolvimento cultural humano representa um universo vasto que se estende desde os primeiros hominídeos ao homo sapiens sapiens, guardando certas complexidades, uma vez que não é um processo uniforme no tempo e no espaço. A pré−história guarda vários processos importantíssimos para que as civilizações se formassem. Dentre estes, a chamada revolução agrícola figura como um marco que divide a “Idade da Pedra Lascada” da “Idade da Pedra Polida”.



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14. Vários são os temas de natureza política, que envolvem nosso cotidiano, oriundos da Antiguidade Clássica, como as ideias de Democracia e de República. Estas concepções foram deveras importantes para que os princípios para a representação pública tivessem um início. Acerca destas concepções podemos considerar como correta a seguinte afirmação: A) O desenvolvimento da hegemonia ateniense foi crucial para que a maior parte da população da cidade

participasse da vida política, excluindo os estrangeiros, mas conferindo às mulheres o direito de participação ativa dos debates políticos da cidade;

B) Os avanços conquistados nos caminhos da representação pública foram possíveis graças ao modelo vivido pelos espartanos, que estabeleciam uma Diarquia, na qual havia um rei para assuntos militares e outro para assuntos administrativos;

C) A Grécia Antiga foi palco de inovações no âmbito da política, considerando as demais civilizações existentes à sua época. Atentando para estas inovações, podemos ressaltar o período de Pericles como legislador e o exercício dos debates seguidos por votações entre aqueles que figuravam como cidadãos da cidade de Atenas. Não obstante às críticas que este modelo sofreu ao longo do tempo, foi um passo importante para a formação da Democracia como um todo;

D) A República instalada em Atenas foi modelo essencial para a que os romanos, anos mais tarde, pusessem em prática semelhante organização de poder político, garantindo direitos aos vários grupos sociais que constituíam sua cidade. Ante a república romana, foi possível diminuir as tensões sociais e as agitações que questionavam a ordem dos senadores que, anteriormente, gozavam de privilégios inquestionáveis;

E) Não se pode tratar da Antiguidade Clássica como responsável pelas inovações políticas que influenciaram todo o ocidente, séculos mais tarde, uma vez que os princípios éticos e morais que regem a vida cultural do Ocidente, têm relação direta com o desenvolvimento do Cristianismo como um todo, mais influente durante a chamada Idade Média.

15. “O oásis de Kharga, cerca de duzentos quilômetros ao sudoeste de Luxor, no Egito, é um lugar onde ninguém pensaria em ir procurar uma múmia. Nesta região não existem pirâmides, mausoléus para a entrada dos nobres egípcios em outra vida. No entanto, o comum pode se transformar em extraordinário. Foi isso que alguns pesquisadores franceses descobriram ao serem chamados para examinar uma pilha de múmias. Uma vez que os túmulos de trabalhadores braçais são pouco atrativos para os caçadores de tesouros, as múmias de Kharga estavam praticamente intocadas possibilitando aos cientistas uma visão única do modo de vida dos cidadãos comuns daquela época. Os restos mortais revelam vidas brutas e curtas. Radiografias tiradas de cerca de sessenta corpos encontrados revelam que muitos adultos sofriam de artrite e deformidades ósseas ( o que não surpreende, devido ao trabalho pesado que realizavam) de esquistossomose, de crescimento atrofiado e de tuberculose. A presença de muitas crianças de mães jovens sugere um alto índice de mortalidade infantil e fatalidades durante o parto”.

(adaptado de Folha de São Paulo/Time, v.1,n.1,abril 1998,pp.14-15) Baseando-se na interpretação do texto acima, assinale as alternativas verdadeiras dentre as afirmações a seguir: I. Os túmulos descobertos no Oásis de Kharga estavam intactos porque não interessavam aos caçadores de

tesouros, uma vez que não possuiam objetos de valor; II. O estudo de Múmias de trabalhadores braçais no Egito Antigo revelou que eles sofriam de artrite e tinham má

alimentação; III. A descoberta de múmias em Kharga prova que todos os egípcios eram mumificados e que tinham os

mesmos rituais e túmulos após a morte; IV. Por meio de pesquisa em túmulos, podemos obter informações sobre as diferenças entre ricos e pobres na

sociedade do Egito Antigo. Estão corretos os itens: A) I e II; B) II e III; C) I e IV; D) III e IV; E) I, II e IV.



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16. Ao tratarmos das chamadas Civilizações Antigas da humanidade, deparamo−nos com uma vasta riqueza de elementos que foram constituídos em meio a crescimentos e derrocadas de reinos e impérios. Sobre os povos da Antiguidade Oriental, marque a alternativa correta .

A) Tendo se formado na região do Crescente Fértil, conhecida como Mesopotâmia, as cidades−estado sumerianas foram cenário de grandes disputas entre si, caracterizando uma prática beligerante que se estenderia por toda a região e seus povos, disputando as terras férteis e as riquezas derivadas de seus aprimoramentos culturais;

B) A escrita Cuneiforme foi um dos mais importantes inventos dos Babilônicos, sobretudo durante o período de governo do Imperador Hamurábi, responsável por unir várias cidades sob seu domínio, assim como manter a paz sobre toda a Assíria;

C) Às margens do rio Nilo, floresceu uma das maiores civilizações que o mundo conheceu, a egípcia. Já na fase pré−dinástica de sua história, desenvolveu a chamada cultura monumental, na qual grandes pirâmides como as do planalto de gizé foram construídas, em honra aos faraós e aos deuses;

D) Tanto a civilização egípcia quanto as Mesopotâmicas podem ser consideradas civilizações potâmicas ou hidráulicas, devido à importância das atividades de irrigação e aproveitamento das águas de leitos de grandes rios como o Indo, o Nilo e o Tibre;

E) A civilização egípcia foi marcada pelo desenvolvimento de um grande requinte cultural, sobretudo ligado às artes religiosas de modo geral. Como consequência desta condição, temos a chamada Revolução Religiosa criada pelo faraó Amenófis IV que impulsionou o politeísmo para toda a região do Egito Antigo.

17. Atenção ao texto a seguir.

¶ Estes pois são os nomes dos filhos de Israel, que entraram no Egito com Jacó; cada um entrou com sua casa: Rúben, Simeão, Levi, e Judá; Issacar, Zebulom, e Benjamim; Dã e Naftali, Gade e Aser. Todas as almas, pois, que procederam dos lombos de Jacó, foram setenta almas; José, porém, estava no Egito. Faleceu José, e todos os seus irmãos, e toda aquela geração. E os filhos de Israel frutificaram, aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de maneira que a terra se encheu deles. ¶ E levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José; O qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito, e mais poderoso do que nós. Eia, usemos de sabedoria para com eles, para que não se multipliquem, e aconteça que, vindo guerra, eles também se ajuntem com os nossos inimigos, e pelejem contra nós, e subam da terra. E puseram sobre eles maiorais de tributos, para os afligirem com suas cargas. Porque edificaram a Faraó cidades-armazéns, Pitom e Ramessés. Mas quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam, e tanto mais cresciam; de maneira que se enfadavam por causa dos filhos de Israel. E os egípcios faziam servir os filhos de Israel com dureza; Assim que lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em tijolos, e com todo o trabalho no campo; com todo o seu serviço, em que os obrigavam com dureza. ¶ E o rei do Egito falou às parteiras das hebreias (das quais o nome de uma era Sifrá, e o da outra Puá), E disse: Quando ajudardes a dar à luz às hebreias, e as virdes sobre os assentos, se for filho, matai-o; mas se for filha, então viva. Êxodo 1:1-16

O Êxodo diz respeito a um dos momentos mais significativos da história hebraica. Com relação às possíveis e coerentes considerações ao texto, assim como ao período o qual representa, podemos assinalar como correta a seguinte afirmação.

A) Foi no Êxodo que se destacou a figura do profeta Abraão, ícone para as três grandes religiões monoteístas que influenciam, de modo geral, as sociedades contemporâneas: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo;

B) De acordo com o texto, pode−se perceber a integração entre a administração egípcia e o povo hebreu, uma vez que a própria figura histórica de José representa esta interação de maneira a garantir ao seu povo, certas garantias, mesmo em tempos de cativeiro;

C) O Êxodo tem uma significação bastante importante para a história hebraica, sobretudo pelo papel de Moisés como um novo profeta, salvador e guia do “povo de Deus” de volta à Canaã;

D) O texto bíblico retrata um momento crítico para os hebreus, considerando a desconfiança do Faraó com relação ao contingente hebraico, tendo, por tal motivo, determinado o assassínio de qualquer que fosse o bebê hebreu, gerado por aqueles tempos de incerteza, até que fossem poucos os hebreus;

E) O faraó demonstra preocupação com o quantitativo de hebreus no Egito, pois não conhecera José, e portanto, não sabe se o povo hebreu o ajudará em tempos de guerra contra os inimigos. Para garantir a ordem, então, o faraó determina ou a morte dos “filhos homens”, ou a saída de todos os hebreus do Egito.



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18. Observe a imagem e o texto utilizado para esta questão:

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/feudalismo/sociedade-feudal.php

O feudalismo, fenômeno cultural ocorrido entre os séculos V e XV, foi marcado pela formação de pequenos reinos ou posses de nobres, sobretudo por conta da decadência do Império Romano Ocidental. Entre aqueles que possuíam as propriedades agrícolas e regiam a vida econômica e política das unidades feudais, estavam os nobres e os clérigos, que atingiram considerável poder de influência cultural, devido à projeção religiosa que se instalou durante todo o período. Isto fez com que três ordens se desenvolvessem como uma das características marcantes feudais, isto é, a ordem dos cavaleiros, nos religiosos e dos camponeses que sustentavam, com seu trabalho e produção, todos os três grupos. Ao clero estava reservado um papel relevante na sociedade feudal. Os sacerdotes destacavam-se como servidores de Deus, detentores da cultura e administradores das grandes propriedades da Igreja.

A partir das considerações expressas pelo texto, juntamente com o que foi desenvolvido com o estudo sobre o Feudalismo, marque a alternativa correta . A) Deve ser definido como um regime político centralizado; B) Foi um sistema caracterizado pelo trabalho servil; C) Surgiu como consequência da crise do modo de produção asiático; D) Entrou em crise após a decadência do comércio intenso entre os feudos; E) Apresentava uma considerável mobilidade social.



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19. É comum perceber que várias considerações acerca da chamada Medievalidade a entendam como sendo um sinônimo do Sistema Feudal, quando, na verdade, devemos ampliar nossas perspectivas de compreensão e estudo para visualizar outros aspectos ou outras etapas da história humana que se “encaixam” neste período histórico. Estamos tratando do Império Bizantino, da expansão Árabe, das Cruzadas e da época renascentista. Acerca da Alta Idade Média, podemos considerar como correta a seguinte proposição:

A) O que consideramos como Alta Idade Média diz respeito à fase de afirmação do Império Bizantino, no Oriente

Europeu, assim como pelo fortalecimento das monarquias nacionais nas regiões a oeste de Bizâncio; B) A formação do império árabe, após a liderança maometana, marca profundamente vários aspectos culturais

europeus, num processo de herança criado a partir das relações entre islâmicos e cristãos; C) A Alta Idade Média pode ser vista como um período no qual são renovadas as expectativas de organização

da vida social, econômica, produtiva e religiosa do homem europeu, uma vez que o fenômeno da ruralização recondicionou as práticas políticas nas respectivas regiões europeias, causando uma interação maior entre as pequenas cidades e a atividade comercial que circundava as vilas e suas feiras;

D) Foram inúmeros os levantes populares deste período, criados pelos camponeses, como a chamada Jacquerie, ocorrida na França, em 1358. Este movimento foi o primeiro de uma sequência que ocasionaria a conquista dos direitos assalariados na França, em favor dos campesinos envolvidos no levante;

E) A alta Idade Média recebeu influências, no tocante aos aspectos culturais europeus, de uma gama de povos germânicos que, em meio à desagregação do Império Ocidental Romano, formaram, naquela região, pequenos reinos. Dentre os que se destacaram, podemos citar os Francos. Estes, ao longo do tempo, e sob a liderança de Carlos Magno, obtiveram sucesso político ao por fim ao Sacro Império Romano Germânico.

20. As Cruzadas tiveram alguns efeitos imediatos sobre a cristandade latina: aumentaram a riqueza das cidades italianas que haviam fornecido transporte para os cruzados e que se beneficiaram do maior comércio com o Oriente. Elas talvez tenham contribuído para o declínio do feudalismo e o fortalecimento da monarquia, porque muitos senhores foram mortos ou dissiparam sua riqueza financiando expedições à Terra Santa. (Marvin Perry et alii. Civilização Ocidental: uma história concisa. São Paulo: Martins Fontes, 1985. p. 215) Segundo o texto e sua análise, podemos assinalar como verdadeira a seguinte afirmação: A) A Cruzadas foram movidas por interesses econômicos e políticos, além dos anunciados interesses religiosos

que se lançaram como justificativas para as ações militares contra os islâmicos; B) As questões religiosas que se estabeleceram em meio ao processo cruzadístico levaram, de fato, às reflexões

necessárias para que houvesse um maior exercício de tolerância religiosa entre os diferentes grupos culturais que ocupavam a Europa;

C) Os conflitos que se desenvolveram em meio às Cruzadas dos cristãos sobre os islâmicos, promoveram um acirramento das disputas por terras, porém abriram caminhos para uma integração entre mercadores de ambas culturas, uma vez que os mercadores não estavam envolvidos pelas questões políticas e defendiam a liberdade comercial em detrimento dos monarcas e suas intervenções;

D) De acordo com texto, as relações econômicas estavam distanciadas das intenções religiosas que se estenderam por todo o mediterrâneo, em direção à Terra Santa;

E) É possível perceber a relação entre os efeitos econômicos e políticos em meio às considerações relevantes acerca das Cruzadas, uma vez que este movimento contribuiu para a manutenção do feudalismo no ocidente.



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21. Atentemos para a seguinte reflexão apresentada pelo historiador Nicolau Sevcenko, em um importante livro por ele escrito seu livro O Renascimento. “Se a complexidade que o movimento renascentista representou deve ser vista como a raiz de nossa consciência moderna, então não se deve ressaltar apenas a dimensão metódica e harmoniosa em torno de um só eixo dessa consciência. Deve haver nela um espaço equivalente para a fantasia, a angustia, o desejo, a vontade, a sensação e o medo também. Neste sentido é que estaríamos mergulhando fundo em nossa raiz, neste sentido é que seríamos realmente radicais e poderíamos declarar como Lord Macbeth: “Ouso tudo o que é próprio de um homem; Quem ousar fazer mais do que isso, não o é?”. Considerando o trecho selecionado e a citação utilizada pelo historiador, podemos afirmar que sua reflexão se desdobra sobre um importante fenômeno cultural no seio das transformações entre a medievalidade e a modernidade ocidental. O historiador Sevcenko trata: A) Do Protestantismo; B) Do Humanismo; C) Do Positivismo; D) Do Marxismo; E) Do Iluminismo.

22. Analise o texto a seguir. Qualquer homem contra o qual se possa provar sedição está fora da lei de Deus e do Império, de modo que o primeiro que puder matá−lo está agindo acertadamente e bem (...). Pois a rebelião traz consigo uma terra cheia de assassínios e derramamentos de sangue, faz viúvas e órfãos, e põe tudo de cabeça para baixo (...). Portanto, que todo aquele que puder, elimine, mate e apunhale, secreta ou abertamente, lembrando−se de que nada pode ser mais venenoso, prejudicial ou diabólico do que um rebelde. É como quando se tem de matar um cão raivoso, se não o matarmos ele nos matará, e um país inteiro conosco (...).

(Will Durant. A Reforma. 2. ed. Rio de Janeiro: Record. p. 284. Col. História da Civilização). A chamada Reforma Protestante, estimulou um conjunto de reflexões teóricas acerca da prática religiosa e da fé, como também um conjunto de movimentos que envolveram tanto pessoas comuns como nobres, que decidiram romper com a obediência ao papado. Sobre a Reforma e sobre o texto expresso na questão, marque a alternativa coerente. A) A dimensão atingida como mais importante da Reforma Protestante foi a possiblidade de se refletir sobre as

práticas da própria fé cristã, reelaborando os sacramentos e fundando uma nova Igreja mais sólida e unida entre os cristãos;

B) Apesar da postura assumida por Lutera ante as exigências das autoridades que representavam o papado e o catolicismo, uma postura tomada como liberal e herege por tais autoridades, ele mesmo (Lutero) condenou as consequências mais radicais tomadas como ações enérgicas contrárias às autoridades clericais e entre a nobreza;

C) O protestantismo foi visto como ameaça aos interesses católicos e de muitos nobres europeus porque defendia a ruptura da relação política entre a religião e as ações dos reis, investindo diretamente no chamado racionalismo político contrário às intervenções papais nos assuntos de Estado;

D) A Reforma como um todo promoveu uma revisão de conceitos sobre como a fé e a salvação se relacionam no fiel, conduzindo a uma amplitude de leituras, interpretações e formações de instituições religiosas, pois tudo o que Lutero defendeu, foi a liberdade de se formarem Igrejas em quaisquer lugares, comunicando−se em quaisquer línguas e interpretando livremente a palavra sagrada contida na Bíblia;

E) Sendo professor da Universidade de Wittemberg, bem como sendo protegido por Frederico da Saxônia, Martinho foi excomungado pelo Papa e condenado ao exílio, causando também uma grande ruptura política entre o papado e Carlos V, representante do Sacro Império Romano Germânico.



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23. A que podemos relacionar este símbolo, no tocante à cultura mexicana?

Escudo Nacional contido no centro da bandeira mexicana.

A) Os Astecas eram um povo nativo da América do Norte, pertencente ao grupo nahua. Eram adoradores da águia;

B) Os Astecas, também chamados “mexicas”, migraram para o vale do México e se fixaram, inicialmente, na maior ilha do lago de Texcoco, seguindo “instruções divinas” para se instalarem onde avistassem uma águia pousada num cacto, devorando uma cobra;

C) O Império Asteca foi conquistado durante o governo do Imperador Montezuma II, tendo sua civilização destruída pelos conquistadores espanhóis. Este símbolo representa, na memória nacional, esta nefasta recordação;

D) Este símbolo representa a derrota do povo tolteca pelos astecas, marcando o início de um império que seria o maior já desenvolvido na América Central.

E) Esta imagem, utilizada no centro da bandeira mexicana, representa a ideia de que a civilização Asteca venceu as adversidades de seu território, desenvolvendo uma agricultura de regadio e instalando o sistema de servidão coletiva ante os reis, vistos como deuses na terra.



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24. Analise as imagens a seguir

Navio de São Brendan nas costas de uma baleia (confundida com uma ilha), e os seus homens orando, em Honório Philoponus , "Nova typis transacta navigati"

Sebastian Munster: Les Monstres Marins, Et Terrestres ... [Munster's Famous Chart of Sea Monsters]

I. As imagens retratadas dizem respeito aos tipos de animais que existiam à época das grandes navegações, antes dos grandes navios pesqueiros extinguirem estes espécimes antigos da natureza;

II. São retratações do imaginário existente à época das navegações europeias através de Atlântico, como amostras do medo e do desconhecido.

III. São evidências de que, apesar das inovações científicas e dos avanços culturais, ainda existiam vários traços e aspectos da cultura medieval presentes no imaginário dos tempos iniciais das Grandes Navegações.

Está(ão) correto(s) o(s) item(ns) A) I e II; B) I e III; C) I, II e III; D) II e III; E) II, apenas.



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25. Após a confirmação da existência de terras entre os limites do Tratado de Tordesilhas e o litoral atlântico africano, Portugal procurou definir expedições e atividades que garantissem o controle sobre as “novas terras” da Coroa Lusitana. Assinale a proposição verdadeiras sobre este início de exploração das terras americanas pelos portugueses.

A) O rei de Portugal enviou para as “novas terras” expedições exploradoras e guarda costas, visando conter

ameaças de outros aventureiros e exploradores; B) Foram estabelecidas feitorias que serviam como entrepostos comerciais, nos quais os portugueses iniciaram o

processo de troca de produtos com os nativos numa atividade conhecida como escambo, instalando, desde então, os engenhos para a exploração açucareira;

C) Esta fase é conhecida como período pre colonial, pois os portugueses ainda não haviam tomado conhecimento sobre a “terra brasilis”;

D) No período chamado de pre colonial, os portugueses tiveram graves problemas com os franceses que invadiram o território e fundaram colônias, que se mantiveram até a invasão dos holandeses;

E) Foram encontrados metais preciosos como o ouro em grandes quantidades, incentivando o processo de exploração, em parceria com os nativos, aliados importantes para que os portugueses passassem a conhecer o pau brasil.



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26. Dentre as necessidades da Coroa para manter o controle sobre as terras conquistadas e efetivar a exploração de suas possiblidades, havia também interesses que estavam além da exploração específica das riquezas como o pau−brasil e o açúcar. Com a ajuda das imagens abaixo, identifique o que está sendo retratado.

IMAGEM 1

A celebração da Primeira Missa no Brasil − Pintura de Victor Meirelles (1861)

IMAGEM 2

No traço de Seth, de 1937, indígenas e jesuítas em cerimônia de batismo. Os padres atribuíram curas milagrosas ao ritual. A) Em ambas as imagens estão sendo retratadas atividades de caráter religioso. Na primeira, a celebração de

uma missa; na segunda, a atividade jesuítica; B) As imagens tratam das atividades religiosas na colônia. Essas atividades foram responsáveis pela

cristianização dos nativos e o fim das crenças pagãs e politeístas dos índios, ainda em tempos coloniais, fato que demostra o sucesso de tais atividades;

C) Os interesses dos colonos estavam ligados à expansão da fé cristã protestante, visível, principalmente na imagem 1;

D) Na imagem 2, não é possível identificar o papel da Igreja com relação aos índios, pois a pintura foi realizada apenas como fruto da imaginação de artistas que representavam os povos nativos;

E) As imagens tratam das atividades religiosas relacionadas à colonização do Brasil, como parte dos projetos de desenvolvimento da colônia. Destaca−se a educação cristã e a formação de novos súditos à Coroa portuguesa, concedendo, aos nativos, direitos de súditos como os próprios portugueses os tinham.



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27. Façamos a leitura dos textos a seguir, para que analisando ambos, possamos definir não somente de que momento e aspecto histórico trata, mas também que considerações políticas são relevantes e coerentes para com o período.

Texto 1

O levantar−se e o deitar do rei são das cerimônias mais importantes da liturgia real (...). Luís é acordado pelo primeiro criado de quarto, que dorme ao pé de seu leito. As portas abrem−se, quando o rei já está de peruca, deixando entrar os pajens. Uns vão servi−lo, outros correm a chamar os primeiros cortesãos já à espera no corredor.

(A etiqueta no Antigo Regime. São Paulo: Brasiliense. 1983. p. 76−7)

Texto 2

(...) Em Versalhes e em primeiro plano estão o príncipe e o cortesão, em seus papéis complementares de soberano e servidor do culto monárquico (...). A nobreza perdeu, então, todo o poder político e a vida pessoal; ganhou as graças de um amo onipresente que sabe tudo sobre a intimidade das famílias, da qual se faz o guardião; é a ele, com efeito, que no decorrer de uma audiência secreta uma dama nobre confia sua honra, comprometida por uma gravidez inoportuna; e cabe ao soberano protegê−la, mandando o marido para o exército.

(O público e o particular. In: Philippe Ariès e Georges Duby, dirs. História da Vida Privada. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. V. 3, p. 428.)

Analisando, então, cada texto e sua relação com a história dos regimes políticos europeus, marque a alternativa que apresenta suas corretas considerações.

A) Os textos tratam do modelo Monárquico Parlamentar, vigente após as reformas políticas inglesas do século XVII;

B) Apenas o texto 1 trata do Absolutismo Monárquico, enquanto que o Texto 2 destaca os rituais cortesãos típicos da época, mesmo em tempos de reforma e limitação do poder Real ante as instituições parlamentares;

C) O texto 2 exalta a figura do Rei, demonstrando como a nobreza se submetia à vontade real, sem que nada fosse questionado, inclusive em casos de gravidez, sendo o rei o pai de filhos de outros nobres;

D) Ambos os textos tratam da vida cortesã em tempos de Absolutismo, chamado de Antigo Regime, no qual a autoridade e os ritos da vida Real tomavam uma dimensão ampla sobre todos que compunham a corte e que dele dependiam;

E) Ao ler e interpretar os textos, fica evidente a intenção de revelar o destaque da figura do Rei como centro de uma hierarquia política e social, através sobretudo, dos ritos que envolvem seu dia a dia, num sistema que ficou conhecido como Sistema de Côrtes ou Regime Monárquico Parlamentar.

28. A economia brasileira, ao longo do século XIX, mantém os seus traços básicos de economia escravista voltada para o mercado internacional, apenas transferindo-se o eixo econômico do nordeste açucareiro para o sudeste cafeeiro. A respeito da cafeicultura e do escravismo no Brasil do século XIX, considere as afirmações a seguir.

I. A partir de 1850 o tráfico inter e intraprovincial garantiu a manutenção do trabalho escravo nas lavouras cafeeiras em províncias como o Rio de Janeiro e São Paulo.

II. Desde os meados do século XIX, os políticos que representavam os cafeicultores do oeste paulista abandonaram totalmente o interesse pela escravidão e passaram a propor leis para pôr fim a tal condição. Ao mesmo tempo, defendiam o uso de mão-de-obra livre nos cafezais, valorizando, desta forma, mestiços e negros libertos, que foram incorporados ao mercado de trabalho.

III. Nos anos finais da escravidão, houve uma grande concentração de escravos nas mãos de poucos fazendeiros no sudeste do País, porém a concentração de escravos nos centros como Salvador e Recife ainda eram marcantes, servindo como obstáculo para os projetos abolicionistas;

Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ções) contida(s) no(s) item(ns)

A) I, II e III; B) I e II; C) I, apenas; D) II e III; E) II, apenas.



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29. A atividade mercantil mediterrânica que sobreviveu às Cruzadas, incrementada pelas descobertas marítimas e pela concentração da vida citadina que se propagava, promoveu uma intensa agitação de ordem racional, humanística e científica na Europa. Todo este conjunto está ligado ao fenômeno de expressão artística, cultural e científica conhecido como Renascimento. Acerca deste fenômeno cultural, considere a alternativa coerente, marcando−a como gabarito para esta questão. A) Muitos comerciantes europeus, principalmente de cidades de Veneza e Florença, realizaram intensas

atividades comerciais com o Oriente, acumulando grandes fortunas. Alguns desses comerciantes, além de religiosos e nobres financiaram artistas escultores, pintores, arquitetos, músicos, bem como escritores, com intuito de propagar a cultura, a educação e a igualdade de oportunidades para os menos privilegiados das cidades italianas;

B) O Renascimento pode ser compreendido como um conjunto de expressões acerca de um mundo de novas perspectivas que se expande ante às Grandes Navegações e à necessidade de uma racionalização sobre as novas fronteiras do saber. Portanto, é correto entender o movimento como um movimento intelectual, dependente dos monarcas que mantinham os estudos, os cientistas e os artistas sob seus domínios;

C) A expressão renascentista sobre as novas formas de entender o mundo e a cultura, fazia com que o movimento não somente se articulasse entre as concepções da arte, mas também inovasse os caminhos do saber científico. Como figura exemplar desta condição, temos Leonarda da Vinci;

D) Por ter sido um movimento genuinamente italiano, o Renascimento Cultural só é reconhecido como movimento cultural no universo do desenvolvimento da Itália, porém suas influências atingiram várias regiões da Europa, exclusivamente nas áreas das ciências naturais, tendo como exemplo, Galileu Galilei;

E) Há importâncias específicas como desdobramentos das atividades renascentistas: a expansão do racionalismo, do hedonismo e do individualismo, por exemplo, culminando na formação de uma Itália unificada politicamente, em meados do século XVII.



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30. A presença holandesa no Brasil foi significativa para uma etapa grandiosa da produção e exportação de açúcar em Pernambuco. Não obstante, as práticas administrativas não foram tão inovadoras quanto se criou no imaginário popular da região. Consideremos os trechos a seguir. Trecho 1 A Companhia havia falhado: não tendo sido capaz de uma verdadeira obra de colonização, não pôde resistir à situação que ela própria havia criado. A exploração pura e simples das terras e da gente, a venalidade dos seus prepostos e a inépcia dos seus dirigentes levaram−na à ruína. Com exceção de Nassau, nunca houve de parte da Companhia ou de seus representantes no Brasil interesse pela aproximação entre holandeses e brasileiros. (Gonsalves de Mello. No Tempo dos flamengos. Recife: Massangana, 1987. p. 238) Trecho 2 A Insurreição de 1645 foi preparada não por elementos populares mas pelos senhores de engenho; dizia certo depoimento que (...) a conspiração tem lugar pelos engenhos (...). E não se deve esquecer que a senha dos revolucionários mostra claramente a classe envolvida no caso: a senha era a palavra “açúcar”. (Gonsalves de Mello. No Tempo dos flamengos. Recife: Massangana, 1987. p. 235) Ambos os trechos escritos por Gonsalves de Melo dizem respeito à etapa da história colonial brasileira na qual os holandeses mantiveram seu domínio sobre Pernambuco. Com relação aos textos e ao período em questão, considere as afirmações a seguir.

I. A invasão holandesa sobre Pernambuco está inserida no contexto das disputas europeias sobre a atividade mercantil à época das Grandes Navegações, sobretudo entre a Espanha e a casa de Orange, em meio à chamada União Ibérica;

II. A administração de Maurício de Nassau foi, de certa forma, inovadora, considerando que foi formada a Câmara dos Escabinos, além da liberdade de culto concedida e os empréstimos realizados que se multiplicavam em prol da expansão açucareira;

III. As guerras religiosas na Europa intercederam diretamente sobre o período holandês no Brasil, sendo responsável pela mudança administrativa por conta do sucesso obtido nos conflitos. Este sucesso levou Nassau de volta à Holanda e fortaleceu os laços entre banqueiros e senhores de Engenho;

IV. Tendo em vista o crescimento da produção de açúcar em Pernambuco, os senhores de engenho, fortalecidos, decidiram expulsar os holandeses com apoio da Coroa Portuguesa que estava liberta da influência espanhola, ao fim da União Ibérica.

Está(ão) correta(s) a(s) alternativa(s) que apresenta o(s) item(ns) A) I, II e III como coerentes; B) I e II como coerentes; C) II, III e IV como coerentes; D) I, II, III e IV como coerentes; E) I, III e IV como coerentes.



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31. Todo o processo de exploração colonial foi marcado não apenas por sujeição ou adequação da colônia aos interesses metropolitanos, mas também por um conjunto de problemáticas envolvendo colonos entre si (considerando interesses respectivos às atividades de cada grupo explorador), bem como entre colonos e jesuítas (como representantes do interesse catequético). E, como ápice das mudanças pelas quais passava a colônia, que se configuravam como anticolonialistas. Sobre todo este contexto, observe e analise as afirmativas a seguir. Marque aquela que estiver coerente entre sua afirmação e o ocorrido na história brasileira. A) A revolta de Beckman pode ser vista como um exemplo das contradições exploratórias do próprio sistema de

colonização no Brasil, uma vez que foi realizando um levante contra as chamadas Casas de Fundição que obrigavam os exploradores auríferos a entregarem o ouro em pedras para que fossem transformados em barras, à medida que o imposto do quinto era cobrado;

B) A Guerra dos Mascates, envolvendo Recife e Olinda, foi resultado de um choque de interesses administrativos e comerciais que se desenvolveram à medida que as diferenças entre as duas áreas foram se tornando mais evidentes. Este conflito foi responsável pela determinação de recife como capital de Pernambuco;

C) A Inconfidência Mineira, como ficou conhecido o movimento planejado em Minas Gerais, e que desejava a emancipação da colônia com relação a Portugal, foi marcado pelo caráter popular dos participantes, mesmo tendo sido idealizada por aristocratas da sociedade mineira à época das grandes arbitrariedades da Coroa com relação à exploração aurífera;

D) A chamada Conjuração Baiana que chegou a declarar a independência com relação a Portugal, teve participação de membros da maçonaria, de intelectuais liberais, de pobres e comerciantes, evidenciando um caráter de cunho social ao movimento;

E) A Guerra dos Emboabas pode ser entendido como um conflito ocorrido por conta das disputas entre “aventureiros” de toda a sorte que se deslocavam para o interior de São Vincente, em busca do escravos nativos. Os bandeirantes e os demais forasteiros que chegavam à região, mesmo estabelecendo conflitos constantes, acabaram por ocasionar um deslocamento ainda maior em direção às novas terras interioranas, visando a formação de uma rede de tráfico clandestino de escravos nativos, vendendo tais escravos tanto nas áreas sob domínio português como nas áreas sob julgo espanhol.

32. “A primeira e a mais importante consequência decorrente dos princípios até aqui estabelecidos é que só a vontade geral pode dirigir as forças do Estado de acordo com a finalidade de sua instituição, que é o bem comum, porque, se a oposição dos interesses particulares tornou necessário o estabelecimento das sociedades, foi o acordo desses mesmo interesses que o possibilitou.

(ROUSSEAU, Jean−Jacques. Do Contrato Social. São Paulo: Abril Cultural, 1973. P. 33. Col. Os Pensadores)

O trecho em destaque nesta questão representa: A) O Movimento Intelectual que originou a Monarquia Parlamentar na Inglaterra; B) O Movimento Intelectual Socialista que seria a base do Manifesto Comunista de Karl Marx; C) O Movimento Intelectual Liberal Capitalista que motivaria as reformas econômicas em meio às conquistas

políticas burguesas; D) O Movimento Intelectual Iluminista buscava racionalizar a estrutura do poder a partir do fim do Absolutismo; E) O Movimento Intelectual que afirmava a Teoria do Direito Divino aos Reis.



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33. “O Iluminismo produziu a grande utopia moderna: a ideia de progresso. Acreditava−se que o homem conseguiria plena autonomia em relação à natureza, melhorando gradativamente suas condições de vida mediante o trabalho instrumentado pela técnica. A educação passou a ser encarada como um caminho fundamental para libertar o homem do reino das superstições e fazê−lo seguir os desígnios da ciência e da razão (...)” (REZENDE, Antônio Paulo. Rumos da História: História Geral e do Brasil. Antônio Paulo Rezende, Maria Thereza Didier.− São

Paulo: Atual, 2001.) Esta racionalização sugerida na análise feita pelo historiador em destaque, aponta para todo um conjunto de desdobramentos que marcarão a realidade dos tempos que se seguem ao Iluminismo. Trata−se, por exemplo, dos desdobramentos produtivos pelos quais passará a Inglaterra e suas teorias liberais para as relações de produção em toda a sua Revolução Industrial. Sobre este aspecto, marque a alternativa correta . A) A Revolução Industrial Inglesa ocorreu por influência direta do Iluminismo francês, negligenciando as marcas

deixadas pela chamada Revolução Parlamentar Inglesa do século XVII; B) O processo produtivo das indústrias acompanhará o desenvolvimento de um novo conjunto de maquinários

que aprimorarão toda a produção, facilitando, também, a qualidade de trabalho dos assalariados que trabalham nas fábricas;

C) A racionalização sugerida pelo historiador diz respeito a vários fatores, desde os de natureza política aos de natureza filosófica e teórica, contribuindo para novas orientações sobre o direito acerca da propriedade privada, sobre o trabalho assalariado e a autonomia do trabalhador liberal. Estes princípios serviram como pontos centrais das práticas desenvolvidas nas realidades das indústrias inglesas;

D) O texto traz uma tônica irônica com relação ao progresso em si, uma vez que, apesar das racionalização e da utopia de progresso, o individualismo e a concentração de riquezas nas mãos dos donos dos bens de produção, deixaram para trás as propostas de qualidade entre trabalhadores e suas condições de produção e sustento.

E) A postura do autor exposta no texto, evidencia os aspectos positivos das reformas liberais iluministas, pois foi a utopia revolucionária que removeu as barreiras do Antigo Regime, sobretudo com relação à distribuição das riquezas de maneira mais equilibrada entre os industriais e os operários.

34. A Revolução Francesa foi um marco na história Universal, sobretudo para as “portas que se abriam” para a contemporaneidade. Seus princípios de ordem burguesa ecoaram através dos tempos contemporâneos e dos Estados europeus. No entanto, não foi um processo linear, gerando desdobramentos importantes nos acontecimentos históricos da Europa e para além dela. Vejamos as afirmações a seguir. Elas tratam destes desdobramentos. Marque a alternativa correta . A) No caso da própria França que figura como cenário do processo em questão, encontra grande dificuldade

para aplicar seu lema de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, em meio às tentativas de por ordem ao Estado revolucionário, pois os populares jamais chegaram à representação para a regência do Estado;

B) A França conhecerá, anos depois da deflagração da sua revolução, o chamado período Napoleônico, responsável pela instalação de uma nova monarquia, de um novo Império, afastando por toda a sua durabilidade quaisquer influências burguesas para a administração do Estado;

C) A Revolução Francesa “abrirá as portas” para uma sequência de acontecimentos que ecoarão na América e nas suas lutas por independências, uma vez que os ideais libertários serão comungados com o enfraquecimento da administração colonial espanhola, à época do período Napoleônico;

D) O período de Napoleão como regente da França, levará a Europa a uma nova fase de conflitos e tensões, pois a vitória de Bonaparte na batalha de Trafalgar, pôs fim à hegemonia inglesa sobre o comércio europeu, fazendo com que a França obtivesse grandes avanços nas relações comerciais com a América.

E) A ocorrência da Revolução Francesa não foi suficiente para que as conquistas burguesas fossem consolidadas, porém promoveu um debate aberto sobre os interesses políticos e serviu como um marco para as movimentações populares a partir de sua ocorrência. Por tal condição, a Comuna de Paris obteve sucesso ao instalar, anos mais tarde um governo de tendência Socialista na França.



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35. O Brasil, após o período de estadia da Família Real Portuguesa que durou de 1808 a 1821, vivenciou a conquista de sua independência política, em 1822. Os ideais liberais que se propagavam da Europa e dos Estados Unidos para o restante da América, atingiam cada vez mais o solo e as mentes de intelectuais brasileiros. Acerca desta afirmação, marque a alternativa correta como consequência de tal condição. A) A proclamação da Independência Brasileira estava envolta por um clima de liberalismo a partir do momento

em que o sistema de colonização estava sendo rompido entre o Brasil e sua antiga metrópole. No entanto, à medida que a organização do Estado Brasileiro foi acontecendo, percebeu−se a intransigência do Imperador D. Pedro I, em aceitar reformas políticas que limitassem sua figuração como monarca de tendência centralizadora;

B) Quando da abdicação de D. Pedro I, o Brasil mergulhou no chamado período Regencial, no qual os regentes assumiram as rédeas do Estado, enquanto Pedro de Alcântara, herdeiro do trono, era uma criança. Esta liberdade para os membros da Assembleia Legislativa gerou um modelo liberal e democrático de governo, garantindo avanços no debate partidário que, até então, eram impossíveis junto às camadas populares;

C) Foi no decorrer do segundo reinado Brasileiro, sob o governo de D. Pedro II, que o Brasil conheceu seu mais amplo programa de abertura política até então, pois a expansão da economia nacional, sob a tutela do imperador, promoveu grandes saltos para o comércio e para os desprivilegiados da sociedade brasileira, sobretudo no que diz respeito a chamada Era Mauá;

D) A formação de partidos como os Liberais Moderados, os Restauradores e os Liberais Radicais, durante o período Regencial, demonstra bem a ideia de que o Brasil era um país de tendência liberal, evidenciada tal condição, através das medidas de combate à escravidão que foram encaminhadas por D. Pedro I e seguidas pelos regentes;

E) Foi através dos irmãos Andrada e das iniciativas do Partido Liberal Exaltado que o liberalismo político, de fato, se propagou no Brasil. Isto se confirma através dos movimentos regenciais como a Cabanagem, no Pará, e a Revolução Farroupilha, no Rio Grande do Sul, ambas proclamando uma República no Brasil e negociando com o poder imperial brasileiro com vistas a manter certas vantagens conquistadas.

36. Foi neste momento que o capitalismo europeu se consolidou e se expandiu para outros continentes. Tanto a Europa como os Estados Unidos disputavam mercados fornecedores de matérias primárias que também servissem como mercados consumidores. Mecanizava−se a agricultura aprimorando como nunca a potencialidade produtiva. No entanto, um cenário de tensão internacional cada vez mais se configurava. Assinale a alternativa que apresente os fenômenos históricos envolvidos no texto em questão. A) A questão trata do Imperialismo Europeu e das consequências da Segunda Revolução Industrial; B) A questão trata do Neocolonialismo Europeu e sua ação exclusiva sobre a África e Ásia, levando o modelo

civilizatório para estas regiões “bárbaras”; C) O Imperialismo Europeu está presente nas entrelinhas destas considerações, no entanto, não envolve os

Estados Unidos que mantem como sua área de influência a própria América; D) A descrição apresentada na questão nos conduz à expansão das tendências socialistas que ganhavam

bastante espaço entre os países com grande desigualdade social; E) A segunda revolução industrial é o “pano de fundo” deste cenário, atrelando o desenvolvimento europeu ao

desenvolvimento das nações emergentes asiáticas;

37. A passagem do século XIX para o século XX foi marcado por avanços nacionalistas ao passo que a indústria bélica se tornava um setor em amplo crescimento. Vivia−se a chamada “Paz Armada” em meio às tensões e jogos internacionais. A ocorrência da Primeira Guerra Mundial tem relação direta com este cenário beligerante, contudo é necessário considerar que houve um fator específico, visto como o estopim para o conflito. Este estopim ao qual o texto se refere A) Foi a Partilha da África, na Conferência de Berlim; B) Foi a invasão europeia sobre a China, sobretudo pela influência inglesa que pressionou a China na Guerra do

Ópio; C) Foi a Guerra Franco−Prussiana, através da qual França perde terras para a Alemanha; D) Foi o Atentado de Sarajevo, quando o herdeiro do trono austríaco foi assassinado na Bósnia; E) Foi a Guerra da Manchuria, entre Russia e Japão, pelo domínio da região chinesa.



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38. O período Republicano Brasileiro teve início com a sua proclamação, em 1889, logo após a ocorrência da Lei Áurea. Numa perspectiva ampla, vislumbrava−se a conquista de um verdadeiro espaço democrático e modernizador para o Brasil, entre os intelectuais que analisavam a emergência das reformas políticas brasileiras, posteriores à crise do Segundo Reinado. Entretanto, foi necessário um longo processo para que esta modernização ocorresse. Sobre este processo, marque a alternativa coerente com a primeira República Brasileira. A) A República Brasileira foi instalada por um grupo de civis e Militares, à medida que o Império desmoronava.

Foi instaurado um governo representado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, responsável por uma grande reforma econômica que consolidou o regime republicano no Brasil. Esta reforma foi encabeçada por Rui Barbosa, que garantiu o crescimento da economia nacional;

B) A chamada República da Espada não teve grande durabilidade, devido à incompetência do Presidente Floriano Peixoto em combater a Revolução Federalista do Rio Grande do Sul e a Revolta da Armada, liderada por almirantes da Marinha. Para que estes conflitos chegassem ao fim, o governo foi passado para o primeiro presidente civil brasileiro, Prudente de Moraes, que já havia combatido com êxito a formação da cidadela de Canudos, no interior baiano;

C) A chamada modernização brasileira ocorreria sob o governo de Rodrigues Alves, responsável pelo combate à varíola e à febre amarela, melhorando a qualidade de vida das populações carentes do Rio de Janeiro;

D) Podemos dizer que toda a chamada República Velha, foi marcada por grandes continuidades que denotavam o atraso para a modernização e moralização da política brasileira, uma vez que os privilégios senhoriais e a falta de compromisso com a qualificação educacional e produtiva com relação à população pobre eram mantidos;

E) Fatores como a ocorrência de um novo acordo econômico entre o Brasil e a Inglaterra, denominado de Funding Loan, bem como a campanha de combate à varíola e a febre amarela, foram exemplos dos projetos desenvolvidos para que a melhoria sociais viessem a ser confirmadas, através sobretudo de grandes empréstimos para setores produtivos industriais que se propagavam pela região sudeste.

39. Foi um erro achar que a ocorrência da Primeira Guerra Mundial, entre 1914 e 1918, tenha servido ao homem do século XX como aprendizado necessário para que novos conflitos fossem evitados. A Europa assistiu, mais uma vez, ao enrijecimento das tensões internacionais. A Liga das Nações se mostrou incompetente para sanar as problemáticas causadas pelo armamento e pelos avanços por parte da Alemanha e da Itália, de Hitler e Mussoline, respectivamente. E, então, o mundo caiu num novo desastre, finalizado com uma demonstração ainda maior de força bélica e que serviria ao mundo como um recado ao que poderia ocorrer muito em breve. A questão sugere um fator marcante que se situa no contexto do fim do conflito. A questão que coerentemente encerra esta dúvida é: A) O desenvolvimento do Bloco Soviético, originando a Guerra Fria; B) A formação da Bipolarização do mundo, e das tensões decorrentes das práticas intervencionistas de ambos

os polos; C) A utilização, por parte dos Estados Unidos, das bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki; D) A execução do Plano Marshall, por parte dos Estados Unidos, contra os avanços soviéticos sobre o ocidente; E) A formação da OTAN, por parte dos países militarizados e que combatiam, abertamente, o comunismo

internacional.



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40. O fenômeno político Latinoamericano conhecido como Populismo projetou líderes nacionalistas com grande apelo popular. No caso do Brasil, temos a figura de Vargas como um de seus principais representantes. Considerado por muitos, como aquele que primeiro conquista esta condição de “salvador da pátria”. Contudo, considerando que o fim do período populista brasileiro se encontra com a formação da ditadura militar brasileira, é importante que atentemos para esta frase: “Restaurar a legalidade, revigorar a democracia, restabelecer a paz e promover o progresso e a justiça social.” Esta frase foi proferida por meio do anúncio da tomada de governo pelos militares. Observando bem as palavras ditas, parece−nos, no mínimo, incoerente saber que a sequência política daquelas palavras seria a formação de um regime de exceção. Sobre este momento da história nacional, marque a alternativa correta . A) Quando afirmamos que é difícil considerar, pelas palavras ditas, o tipo de governo que se seguiria,

justificamos esta afirmação através das medidas tomadas pelo governo inaugurado: perseguição de políticos, cassação de mandatos e limitação das atividades parlamentares e congressistas;

B) Os primeiros anos do governo que se segue ao populismo são marcados por combate aos sindicatos anarquistas e às propagandas de cunho comunistas, não havendo limitação das atividades de legisladores;

C) A instalação de Atos Institucionais serviu ao ideal de restaurar a legalidade, uma vez que o último presidente populista, Jango, instigava a movimentação grevista e a paralização da ordem produtiva nacional;

D) As medidas repressoras atingiram apenas aqueles que estavam diretamente envolvidos com os soviéticos como Jango e Jânio Quadros, não havendo limitação alguma até o governo de Costa e Silva que, ameaçado, foi obrigado a instalar o Ato Institucional n. 5;

E) Muitas foram as limitações políticas e as perseguições instauradas assim que os militares chegaram ao poder presidencial, sob a representação de Castello Branco. Apenas a partir do governo de Médici, a liberdade de expressão foi sendo restaurada, sobretudo por conta dos festivais de música e das atividades teatrais que ocorriam em protesto à ditadura militar.

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