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Lucas Fernando Amorim é poeta, contista e metido a militante e escreve há mais ou menos um bom tempo. Teve seu primeiro poema publicado no extinto jornal de Recife “A Gazeta de Pernambuco”, em 2013, logo após participou do concurso de literatura do Instituo Maximiano Campos (IMC), em 2014, ficando em 8º lugar, na categoria micro-contos. Também já publicou, em 2015, na Mallarmargens Revista de Poesia & Arte Contemporânea e teve seu primeiro folheto de poemas “Provérbio danificado” lançado em 2016 pela La Bodeguita Edições. Atualmente cursa a graduação Letras pela Universidade Federal de Pernambuco e deseja acabar o mais rápido possível. Está nos quarenta e cinco do segundo tempo para terminar seu primeiro livro. Considera-se legalzinho, curioso e não morde, apesar de ariano. O que salva é o ascendente em Gêmeos. Ou não.
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2. anti-acaso
a liturgia beira os lábios
do acaso
amedrontadas estrelas
à espera da morte
sem lembranças
apenas e apenas
há dor escapando
sob as vísceras
e planetas morrem hoje, meu bem
6. do peito
amor é ser
a última refeição
do condenado a
morte
é ser sua última
visita
amor é ser a corda
bamba
entre abismos
amor é uma estrela
cadente
num jarro
é o relógio
que corre pra trás
8. armada
decepção é perder
o trem da noite
para ver o filho
fagulha nos olhos
dentro incêndio
faca no pulmão
que luta
para respirar
é um coração grande
caber na palma da mão
10. reflexo adulto
três quartos de amor
a metade de solidão
tristeza, apenas um quinto
a sala repleta de luz
cinqüenta e sete vezes correndo pelo quintal
alegria fina transparecendo
cem por cento de curiosidade
e todo saber do mundo
assim que as crianças nos confundem.