25
PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES A contabilidade pública municipal: na Contabilidade Pública, o mais relevante é o balanço de resultados, que trata da despesa e da receita, ou seja, de que forma foi arrecadado o dinheiro e como foi aplicado. Outra diferença é que a contabilidade da área societária tem como visão o patrimônio e o lucro. Já na área pública, a visão é a gestão. INOVAÇÕES DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL A Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF deu forma ao Relatório Resumido da Execução Orçamentária, definiu o que compõe o relatório, como se publica essa informação. Também trouxe como inovação o relatório de gestão fiscal, que visa demonstrar se foram atingidas as metas e os limites estabelecidos na lei de responsabilidade fiscal. Outra inovação é que a lei exigiu que as receitas vinculadas tenham a contabilização de onde está evidenciado o que já foi aplicado e qual é o saldo. A lei também passou a dar uma maior importância e visibilidade à contabilidade. CARACTERÍSTICAS DA CONTABILIDADE PÚBLICA A Contabilidade Pública - seja na área Federal, Estadual, Municipal ou no Distrito Federal - tem como base a Lei 4.320, de 17 de março de 1964 , que instituiu normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. A Lei 4.320/64 está para a Contabilidade Aplicada à Administração Pública assim como a Lei das Sociedade por Ações (Lei 6.404/76) está para a Contabilidade aplicada à atividade empresarial. A Contabilidade Pública registra a previsão da receita e a fixação da despesa, estabelecidas no Orçamento Público aprovado para o exercício, escritura a execução orçamentária da receita e da despesa, faz a comparação entre a previsão e a realização das receitas e despesas, controla as operações de crédito, a dívida ativa, os valores, os créditos e obrigações, revela as variações patrimoniais e mostra o valor do patrimônio. A Contabilidade pública está interessada também em todos os atos praticados pelo administrador, sejam de natureza orçamentária (previsão da receita, fixação da despesa, empenho, descentralização de créditos etc.) ou sejam meramente administrativos (contratos, convênios, acordos, ajustes, avais, fianças, valores sob responsabilidade, comodatos de bens, etc.) representativos de valores potenciais que poderão afetar o patrimônio no futuro. O objeto de qualquer contabilidade é o patrimônio. A Contabilidade Pública não está interessada somente no patrimônio e suas variações, mas, também, no orçamento e sua execução (previsão e arrecadação da receita e a fixação e a execução da despesa). A Contabilidade Pública, além de registrar todos os fatos contábeis (modificativos, permutativos e mistos), registra os atos potenciais praticados pelo administrador, que poderão alterar qualitativa e quantitativamente o patrimônio. O objetivo da Contabilidade Pública é o de fornecer aos gestores informações atualizadas e exatas para subsidiar as tomadas de decisões, aos órgãos de controle interno e externo para o cumprimento da legislação e às instituições governamentais e particulares informações estatísticas e outras de interesse dessas instituições. O que muda na Contabilidade Pública Municipal? Entre as mudanças contempladas nas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público e no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), destacam-se: • Novos modelos e demonstrativos; • Adoção de plano de contas único nacional; • Adoção de um novo regime contábil (de misto para competência integral); • Implantação de novos procedimentos, tais como depreciação, amortização, exaustão; provisões, reavaliações, entre outros; • Atualização das demonstrações contábeis; • Implantação de sistema de custos. a) Fundamentos constitucionais No Brasil, atualmente, a legislação aplicável é a Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964, 20 que estatui normas gerais de direito financeiro e controle dos orçamentos e balanços da União dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, inclusive das autarquias e demais entidades da administração indireta. No entanto, no texto da Constituição Federal de 1988 verificam-se conteúdos de normas contábeis que devem ser observados pela Contabilidade Pública, como, por exemplo, os dispositivos contidos nos arts. n. 165, 167, 194 a 212, entre outros, ainda, algumas Emendas Constitucionais tais como E.C. 14/96, 25/00, 29/00. Temos, ainda, a Lei Complementar n. 101, de 04 de maio de 2000, a chamada Lei de Responsabilidade Fiscal, além das normas de gestão fiscal responsável, aquelas destinadas à sua consecução que deverão ser observadas pela Contabilidade Pública. Neste particular, a Contabilidade Pública deverá demonstrar a chamada gestão fiscal, constante

PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

A contabilidade pública municipal:

na Contabilidade Pública, o mais relevante é o balanço de resultados, que trata da despesa e da receita, ou seja, de

que forma foi arrecadado o dinheiro e como foi aplicado.

Outra diferença é que a contabilidade da área societária tem como visão o patrimônio e o lucro. Já na área pública, a

visão é a gestão.

INOVAÇÕES DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

A Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF deu forma ao Relatório Resumido da Execução Orçamentária, definiu o que

compõe o relatório, como se publica essa informação.

Também trouxe como inovação o relatório de gestão fiscal, que visa demonstrar se foram atingidas as metas e os

limites estabelecidos na lei de responsabilidade fiscal. Outra inovação é que a lei exigiu que as receitas vinculadas

tenham a contabilização de onde está evidenciado o que já foi aplicado e qual é o saldo.

A lei também passou a dar uma maior importância e visibilidade à contabilidade.

CARACTERÍSTICAS DA CONTABILIDADE PÚBLICA

A Contabilidade Pública - seja na área Federal, Estadual, Municipal ou no Distrito Federal - tem como base a Lei 4.320,

de 17 de março de 1964, que instituiu normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e

balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

A Lei 4.320/64 está para a Contabilidade Aplicada à Administração Pública assim como a Lei das Sociedade por Ações

(Lei 6.404/76) está para a Contabilidade aplicada à atividade empresarial.

A Contabilidade Pública registra a previsão da receita e a fixação da despesa, estabelecidas no Orçamento Público

aprovado para o exercício, escritura a execução orçamentária da receita e da despesa, faz a comparação entre a previsão

e a realização das receitas e despesas, controla as operações de crédito, a dívida ativa, os valores, os créditos e

obrigações, revela as variações patrimoniais e mostra o valor do patrimônio.

A Contabilidade pública está interessada também em todos os atos praticados pelo administrador, sejam de natureza

orçamentária (previsão da receita, fixação da despesa, empenho, descentralização de créditos etc.) ou sejam meramente

administrativos (contratos, convênios, acordos, ajustes, avais, fianças, valores sob responsabilidade, comodatos de bens,

etc.) representativos de valores potenciais que poderão afetar o patrimônio no futuro.

O objeto de qualquer contabilidade é o patrimônio. A Contabilidade Pública não está interessada somente no patrimônio

e suas variações, mas, também, no orçamento e sua execução (previsão e arrecadação da receita e a fixação e a execução

da despesa).

A Contabilidade Pública, além de registrar todos os fatos contábeis (modificativos, permutativos e mistos), registra os

atos potenciais praticados pelo administrador, que poderão alterar qualitativa e quantitativamente o patrimônio.

O objetivo da Contabilidade Pública é o de fornecer aos gestores informações atualizadas e exatas para subsidiar as

tomadas de decisões, aos órgãos de controle interno e externo para o cumprimento da legislação e às instituições

governamentais e particulares informações estatísticas e outras de interesse dessas instituições.

O que muda na Contabilidade Pública Municipal? Entre as mudanças contempladas nas Normas Brasileiras de

Contabilidade Aplicadas ao Setor Público e no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP),

destacam-se: • Novos modelos e demonstrativos; • Adoção de plano de contas único nacional; • Adoção de um novo

regime contábil (de misto para competência integral); • Implantação de novos procedimentos, tais como depreciação,

amortização, exaustão; provisões, reavaliações, entre outros; • Atualização das demonstrações contábeis; • Implantação

de sistema de custos.

a) Fundamentos constitucionais

No Brasil, atualmente, a legislação aplicável é a Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964,20

que estatui normas gerais de

direito financeiro e controle dos orçamentos e balanços da União dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal,

inclusive das autarquias e demais entidades da administração indireta.

No entanto, no texto da Constituição Federal de 1988 verificam-se conteúdos de normas contábeis que devem ser

observados pela Contabilidade Pública, como, por exemplo, os dispositivos contidos nos arts. n. 165, 167, 194 a 212,

entre outros, ainda, algumas Emendas Constitucionais tais como E.C. 14/96, 25/00, 29/00.

Temos, ainda, a Lei Complementar n. 101, de 04 de maio de 2000, a chamada Lei de Responsabilidade Fiscal, além das

normas de gestão fiscal responsável, aquelas destinadas à sua consecução que deverão ser observadas pela

Contabilidade Pública. Neste particular, a Contabilidade Pública deverá demonstrar a chamada gestão fiscal, constante

Page 2: PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

do Anexo de Política Fiscal, Anexo de Metas Fiscais, Anexo de Riscos Fiscais, Relatório Resumido da Execução

Orçamentária,21

Relatório de Gestão Fiscal,22

além das demais demonstrações contábeis, através do Balanço Patrimonial,

e os quadros da dívida flutuante, dívida fundada interna e externa, variações patrimoniais, Balanço Orçamentário,

composto ainda do balancete da receita e da despesa; Balanço Financeiro, acompanhado dos respectivos comparativos.

b) Regras genéricas da lei 4.320/64

Desde seus primórdios, a instituição orçamentária foi cercada de uma série de regras com a finalidade de aumentar-lhe a

consistência no cumprimento de sua principal finalidade: auxiliar o controle parlamentar sobre os Executivos. Essa

regras ou princípios receberam grande ênfase na fase que os orçamentos possuíam grande conotação jurídica, chegando

alguns incorporados na corrente legislação: basicamente na Constituição, na Lei 4.320/64 e nas Leis de Diretrizes

Orçamentárias (LDOs). Os princípios orçamentários são premissas a serem observadas na concepção da proposta

orçamentária.

Unidade

O orçamento deve ser uno, ou seja, deve existir apenas um orçamento para dado exercício financeiro. Dessa forma

integrado, é possível obter eficazmente um retrato geral das finanças públicas e, o mais importante, permite-se ao Poder

Legislativo o controle racional e direto das operações financeiras de responsabilidade do Executivo.

São evidências do cumprimento deste princípio, o fato de que apenas um único orçamento é examinado, aprovado e

homologado. Além disso, tem-se um caixa único e uma única contabilidade.

O princípio da unidade é respaldado legalmente por meio do Art. 2º da Lei 4.320/64 e pelo § 5º do art. 165 da CF 88.

Mas mesmo assim, o princípio clássico da unidade não estava, na verdade, sendo observado. As dificuldades

começaram antes da Constituição de 88 em razão da própria evolução do sistema orçamentário brasileiro. Na década de

80, havia um convívio simultâneo com três orçamentos distintos &mdash o orçamento fiscal, o orçamento monetário e o

orçamento das estatais. Não ocorria nenhuma consolidação entre os mesmos.

Na verdade, o art.62, da Constituição de 1967, emendada, limitava o alcance de sua aplicação, ao excluir expressamente

do orçamento anual as entidades que não recebessem subvenções ou transferências à conta do orçamento (exemplo:

Banco do Brasil - exceto se houver integralização de capital pela União).

No seu § 1º, estabelecia que a inclusão, no orçamento anual, da despesa e da receita dos órgãos da administração

indireta será feita em dotações globais e não lhes prejudicará a autonomia na gestão legal dos seus recursos.

O orçamento Fiscal era sempre equilibrado e era aprovado pelo Legislativo. O orçamento monetário e o das Empresas

Estatais eram deficitários e sem controle e, além do mais, não eram votados. Ora, como o déficit público e os subsídios

mais importantes estavam no orçamento monetário, o Legislativo encontrava-se, praticamente, alijado das decisões mais

relevantes em relação à política fiscal e monetária da Nação.

Totalidade

Coube à doutrina tratar de reconceituar o princípio da unidade de forma que abrangesse as novas situações. Surgiu,

então, o princípio da totalidade, que possibilitava a coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer

consolidação, de forma a permitir uma visão geral do conjunto das finanças públicas.

A Constituição de 1988 trouxe melhor entendimento para a questão ao precisar a composição do orçamento anual que

passará a ser integrado pelas seguintes partes: a) orçamento fiscal; b) orçamento da seguridade social e c) orçamento de

investimentos das estatais. Este modelo, em linhas gerais segue o princípio da totalidade.

Universalidade

Princípio pelo qual o orçamento deve conter todas as receitas e todas as despesas do Estado. Indispensável para o

controle parlamentar, pois possibilita :

a) conhecer a priori todas as receitas e despesas do governo e dar prévia autorização para respectiva arrecadação e

realização;

Page 3: PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

b) impedir ao Executivo a realização de qualquer operação de receita e de despesa sem prévia autorização Legislativa;

c) conhecer o exato volume global das despesas projetadas pelo governo, a fim de autorizar a cobrança de tributos

estritamente necessários para atendê-las.

Na Lei 4.320/64, o cumprimento da regra é exigido nos seguintes dispositivos:

Art.2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e da despesa, de forma a evidenciar a política

econômico-financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e

anualidade.

Art.3º A Lei do Orçamento compreenderá todas as receitas, inclusive as operações de crédito autorizadas em lei.

A Emenda Constitucional n.º 1/69 consagra essa regra de forma peculiar: "O orçamento anual compreenderá

obrigatoriamente as despesas e receitas relativas a todos os Poderes, órgãos, fundos, tanto da administração direta

quanto da indireta, excluídas apenas as entidades que não recebam subvenções ou transferências à conta do orçamento.

Observa-se, claramente, que houve um mal entendimento entre a condição de auto-suficiência ou não da entidade com a

questão, que é fundamental, da utilização ou não de recursos públicos.

Somente a partir de 1988 as operações de crédito foram incluídas no orçamento. Além disso, as empresas estatais e de

economia mista, bem como as agências oficiais de fomento (BNDES, CEF, Banco da Amazônia, BNB) e os Fundos

Constitucionais (FINAM, FINOR, PIN/PROTERRA) não têm a obrigatoriedade de integrar suas despesas e receitas

operacionais ao orçamento público. Esses orçamentos são organizados e acompanhados com a participação do

Ministério do Planejamento (MPO), ou seja, não são apreciados pelo Legislativo. A inclusão de seus investimentos no

Orçamento da União é justificada na medida que tais aplicações contam com o apoio do orçamento fiscal e até mesmo

da seguridade.

Anualidade ou Periodicidade

O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um determinado período de tempo, geralmente um ano. A exceção se

dá nos créditos especiais e extraordinário autorizados nos últimos quatro meses do exercício, reabertos nos limites de

seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício subsequente.

Este princípio tem origem na questão surgida na Idade Média sobre a anualidade do imposto. E aí se encontra a

principal conseqüência positiva em relação a este princípio, pois dessa forma exige-se autorização periódica do

Parlamento. No Brasil, o exercício financeiro coincide com o ano civil, como sói acontecer na maioria dos países. Mas

isso não é regra geral. Na Itália e na Suécia o exercício financeiro começa em 1/7 e termina em 30/6. Na Inglaterra, no

Japão e na Alemanha o exercício financeiro vai de 1/4 a 31/3. Nos Estados Unidos começa em 1/10, prolongando-se até

30/9.

O § 5º do art. 165 da CF 88 dá respaldo legal a este princípio quando dispõe que: "A lei orçamentária anual

compreenderá:"

O cumprimento deste princípio torna-se evidente nas ementas das Leis Orçamentárias, como por exemplo, a da Lei

10.837/2004: "Estima a receita e fixa a despesa da União para o exercício financeiro de 2004."

Observe-se, finalmente, que a programação financeira, trimestral na Lei 4.320/64 e mensal nos Decretos de

Contingenciamento, limitando a faculdade de os órgãos empenhar despesas, não mais ao montante das dotações anuais,

pode ser entendido como um abandono parcial do princípio da anualidade.

Exclusividade

A lei orçamentária deverá conter apenas matéria orçamentária ou financeira. Ou seja, dela deve ser excluído qualquer

dispositivo estranha à estimativa de receita e à fixação de despesa. O objetivo deste princípio é evitar a presença de

"caldas e rabilongos"

Page 4: PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

Não se inclui na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito,

ainda que por antecipação de receita.

Este princípio encontra-se expresso no art. 165, § 8º da CF de 88: "A lei orçamentária anual não conterá dispositivo

estranho à previsão da receita e à fixação da despesa ..."

Especificação, Especialização ou Discriminação

As receitas e as despesas devem aparecer de forma discriminada, de tal forma que se possa saber, pormenorizadamente,

as origens dos recursos e sua aplicação. Como regra clássica tinha o objetivo de facilitar a função de acompanhamento e

controle do gasto público, pois inibe a concessão de autorizações genéricas (comumente chamadas de emendas curinga

ou "rachadinhas") que propiciam demasiada flexibilidade e arbítrio ao Poder Executivo, dando mais segurança ao

contribuinte e ao Legislativo.

A Lei nº 4.320/64 incorpora o princípio no seu art. 5º: "A Lei de Orçamento não consignará dotações globais para

atender indiferentemente as despesas...., "

O art. 15 da referida Lei exige também um nível mínimo de detalhamento: "...a discriminação da despesa far-se-á, no

mínimo, por elementos".

Como evidência de cumprimento deste princípio pode-se citar a Atividade 4775, cujo título é "Capacitação de agentes

atuantes nas culturas de oleaginosas". Mas, também, existem vários exemplos do não cumprimento como, por exemplo,

a Ação 0620 "Apoio a projetos municipais de infra-estrutura e serviços em agricultura familiar’, ou o subtítulo "Ações

de Saneamento Básico em pequenas cidades da Região Sul"

Não Vinculação ou Não Afetação das Receitas

Nenhuma parcela da receita geral poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos casos ou a determinado

gasto. Ou seja, a receita não pode ter vinculações. Essas reduzem o grau de liberdade do gestor e engessa o

planejamento de longo, médio e curto prazos.

Este princípio encontra-se claramente expresso no inciso IV do art. 167 da CF de 88, mas aplica-se somente às receitas

de impostos.

"São vedados "a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da

arrecadação dos impostos a que se referem os arts., 158 e 159, a destinação de recursos para manutenção e

desenvolvimento do ensino (art. 212), prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita,

previstas no art. 165, § 8º".

As evidências de receitas afetadas são abundantes:

Taxas, contribuições: servem para custear certos serviços prestados;

Empréstimos: comprometidos para determinadas finalidades;

Fundos: receitas vinculadas.

Observe-se ainda que as vinculações foram eliminadas no governo Figueiredo, mas, infelizmente, ressuscitadas na

Constituição de 1988. O ministro Palocci recoloca essa idéia na ordem do dia.

Orçamento Bruto

Este princípio clássico surgiu juntamente com o da universalidade, visando ao mesmo objetivo. Todas as parcelas da

receita e da despesa devem aparecer no orçamento em seus valores brutos, sem qualquer tipo de dedução.

A intenção é a de impedir a inclusão de valores líquidos ou de saldos resultantes do confronto entre receitas e as

despesas de determinado serviço público.

Lei 4.320/64 consagra este princípio em seu art. 6º: "Todas as receitas e despesas constarão da Lei do Orçamento pelos

seus totais, vedadas quaisquer deduções. Reforçando este princípio, o § 1º do mesmo artigo estabelece o mecanismo de

transferência entre unidades governamentais "

Page 5: PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

Dessa forma, as cotas de receita que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-se-ão, como despesa, no

orçamento da entidade obrigada à transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber. Como exemplo

desse procedimento pode-se citar o caso da Arrecadação do Imposto Territorial Rural, que se constitui numa receita

prevista no orçamento da União para 2004 com o valor de R$ 309,4 milhões. No mesmo orçamento, fixa-se uma

despesa relativa à Transferência para Municípios (UO 73108-Transferências Constitucionais) no valor de R$ 154,7

milhões.

Ou seja, se o Orçamento registrasse apenas uma entrada líquida para a União de apenas R$ 154,7 milhões, parte da

história estaria perdida.

Equilíbrio

Princípio clássico que tem merecido maior atenção, mesmo fora do âmbito específico do orçamento, pautado nos ideais

liberais dos economistas clássicos (Smith, Say, Ricardo). O keynesianismo (a partir dos anos 30) tornou-se uma

contraposição ao princípio do orçamento equilibrado, justificando a intervenção do governo nos períodos de recessão.

Admitia-se o déficit (dívida) e seu financiamento. Economicamente haveria compensação, pois a utilização de recursos

ociosos geraria mais emprego, mais renda, mais receita para o Governo e, finalmente, recolocaria a economia na sua

rota de crescimento.

No Brasil, as últimas Constituições têm tratado essa questão ora de maneira explícita ora de forma indireta. A

Constituição de 1967 dispunha que : "O montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro não poderá ser

superior ao total de receitas estimadas para o mesmo período."

Observa-se a existência de dificuldades estruturais para o cumprimento desse princípio, principalmente em fases de

crescimento da economia, pois as despesas públicas normalmente crescem mais que as receitas públicas quando há

crescimento da renda interna .

De qualquer forma, ex-ante, o equilíbrio orçamentário é respeitado, conforme pode ser verificado nos Arts. 2º e 3º da

Lei 10.837/2003, onde: A Receita Total é estimada em R$ 1.469.087.336,00, e a Despesa Total é fixada em R$

1.469.087.336,00.

Entretanto, nas cifras acima encontra-se um tremendo déficit, devidamente financiado por empréstimos. O déficit

aparece embutido nas chamadas Operações de Crédito que classificam tanto os financiamentos de longo prazo

contratados para obras, as operações de curto prazo de recomposição de caixa e que se transformam em longo prazo pela

permanente rolagem e a receita com a colocação de títulos e obrigações emitidas pelo Tesouro.

A CF 88 adotou uma postura mais realista. Propôs o equilíbrio entre operações de crédito e as despesas de capital. O art.

167, inciso III, veda: "a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital ....";

Qual a mensagem que se encontra vinculada a esse dispositivo? Claramente a de que o endividamento só pode ser

admitido para a realização de investimento ou abatimento da dívida. Ou seja, deve-se evitar tomar dinheiro emprestado

para gastar com despesa corrente, mas pode pegar emprestado para cobrir despesa de capital (o déficit aqui é permitido

). Essa é uma norma lógica e de grande importância para as finanças públicas do País. Na verdade, é a Regra de Ouro

reforçada na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF, art. 12, § 2º): "O montante previsto para as receitas de operações de

crédito não poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária."

Essa Regra também significa, por outro lado, que a receita corrente deve cobrir as despesas correntes (não pode haver

déficit corrente). A Regra de Ouro vem sendo adequadamente cumprida nos últimos orçamentos, exceto nos dois

últimos (2003 e 2004). Para o exercício de 2004, o valor das operações de crédito dos orçamentos fiscal e da seguridade

é de R$ 629,7 bilhões. Se somado a esse, o valor corresponde ao Orçamento de Investimento das Estatais &mdash OIE -

(R$ 5,9 milhões) chega-se ao total de R$ 635,6 milhões.

Page 6: PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

Já as despesas de capital dos orçamentos fiscal e da seguridade social somam R$ 612,7 milhões. Com R$ 23,8 do OIE,

chega-se ao total de R$ 636,5 milhões. Ou seja, só se cumpre a regra de ouro se se considera na contabilização os dados

relativos ao Orçamento das Estatais.

Ainda com relação ao princípio do equilíbrio, um terceiro conceito surge a partir da Lei de Responsabilidade Fiscal

&mdash o chamado Equilíbrio Fiscal. Na verdade, exige-se mais que o equilíbrio, exige-se um superávit (fiscal), ou

seja, a receita (primária) deve superar a despesa (primária) de forma que o saldo possa ser utilizado para pagamento do

serviço da dívida pública.

Essa variação do princípio do equilíbrio faz parte das orientações orçamentárias constantes das leis de diretrizes

orçamentárias. O art. 15 da Lei nº 10.707, de 30 de julho de 2003 (LDO 2004) dispõe, por exemplo, que: "Art. 15. A

elaboração do projeto da lei orçamentária de 2004, a aprovação e a execução da respectiva lei deverão levar em conta a

obtenção de superávit primário em percentual do Produto Interno Bruto - PIB, conforme discriminado no Anexo de

Metas Fiscais, constante do Anexo III desta Lei."

Legalidade

Historicamente, sempre se procurou dar um cunho jurídico ao orçamento, ou seja, para ser legal, tanto as receitas e as

despesas precisam estar previstas a Lei Orçamentária Anual, ou seja, a aprovação do orçamento deve observar processo

legislativo porque trata-se de um dispositivo de grande interesse da sociedade.

O respaldo a este princípio pode ser encontrado nos art. 37 166 da CF de 1988. O Art. 166 dispõe que: "Os projetos de

lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão

apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum."

A evidência de seu cumprimento encontra-se na própria ementa das leis orçamentárias, como por exemplo, a da Lei nº

10.837/2003: "O Presidente da República Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:"

Publicidade

O conteúdo orçamentário deve ser divulgado (publicado) nos veículos oficiais de comunicação para conhecimento do

público e para eficácia de sua validade. Este princípio é consagrado no art. 37 da CF de 88: "A administração pública

direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos

princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: ..."

Clareza ou Objetividade

O orçamento público deve ser apresentado em linguagem clara e compreensível a todas pessoas que, por força do ofício

ou interesse, precisam manipulá-lo. Difícil de ser empregado em razão da facilidade de a burocracia se expressar em

linguagem complexa. Observe-se, por exemplo, o título da ação nº 0373 do orçamento para 2004: "Equalização de Juros

e Bônus de Adimplência no Alongamento de Dívidas Originárias do Crédito Rural".

Exatidão

De acordo com esse princípio as estimativas devem ser tão exatas quanto possível, de forma a garantir à peça

orçamentária um mínimo de consistência para que possa ser empregado como instrumento de programação, gerência e

controle. Indiretamente, os autores especializados em matéria orçamentária apontam os arts. 7º e 16 do Decreto-Lei nº

200/67 como respaldo ao mesmo.

c) Aplicações da lei de responsabilidade fiscal (LC 101/2000)

A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece condutas para os gestores municipais que passarão a obedecer normas de

finanças públicas e limites para administrar essas verbas, prestando contas de quanto e como gastam os recursos da

sociedade. Dessa forma, a Lei de Responsabilidade Fiscal disciplina a gestão dos recursos públicos atrelando maior

responsabilidade aos seus gestores, constituindo, pois, um código de conduta gerencial a ser observado na condução da

Page 7: PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

coisa pública. Segundo análise de Gustavo Santos Barbosa (2001), a criação de um sistema de disciplina fiscal reside no

fato de responsabilizar o administrador público pelo desempenho de gestão financeira. A par dos termos da lei

complementar nº 101/00, a responsabilização deverá ocorrer sempre que houver o descumprimento de regras estipuladas

durante a gestão fiscal onde os gestores municipais sofrerão penalidades. Dessa forma, um enorme passo foi dado para o

processo de modernização dos municípios pois a responsabilização fiscal atrai o comportamento do administrador no

sentido do zelo com as verbas públicas. Havendo efetividade, fica demonstrado essencial instrumento de inovação no

modo de administrar os recursos municipais, na medida em que favorece mudanças na cultura administrativa e práticas

de gestão municipal em consonância com a sociedade. Nessa linha de pensamento, Luiz Emygdio F. da Rosa Jr. (2002)

explicita que imprescindível elemento da LC 101/00 é o estabelecimento de novo padrão fiscal no país, procurando

configurar o que, para muitos, significa um choque de moralidade na gestão pública, pois enseja a responsabilização

pelos gastos e demais providências de natureza administrativa. Nesse diapasão, a Lei de Responsabilidade Fiscal ao

estabelecer diretrizes de procedimento para o uso dos recursos municipais impõe limites as despesas, define regras para

o cumprimento dos orçamentos, obriga a transparência das contas e traz sanções para os desvios de conduta, inclusive

de ordem criminal. Assim, reforça-se o ideal administrativo que exige o fim do descontrole de gastos que tantos

prejuízos trazem a população brasileira. Nas palavras de Carlos Valder do Nascimento (2004, p.4), "a Lei de

Responsabilidade Fiscal tem por escopo sedimentar o regime de gestão fiscal responsável, mediante implementação de

mecanismos legais que deverão nortear os rumos da administração pública." Nesse contexto, servindo de extremo

incentivo ao uso correto do dinheiro público para que estes sejam aplicados em benefício da sociedade, vejamos

reportagem da revista Época (2004, p. 35) que trata a Lei de Responsabilidade Fiscal como um dos maiores avanços

para uma fiel execução orçamentária dentro do setor público: Um dos maiores avanços para combater os desvios de

finalidade das verbas públicas é a Lei de Responsabilidade Fiscal, aprovada em 2000. A medida limita os gastos de

governantes evitando assim que maus administradores deixem suas cidades endividadas para o próximo prefeito ou

governador. No governo Lula o passo importante foi a criação da Controladoria Geral da União (CGU), ligada à

Presidência da República. O Orgão juntou duas repartições que tinham como função apenas protocolar e criou uma

estrutura para vigiar a aplicação dos repasses federais para os municípios. Em um ano e nove meses, a controladoria

passou o pente-fino em 310 cidades, escolhidas por sorteio. Descobriu que 98% delas eram prejudicadas por fraudes ou

por incompetência de seus prefeitos. Sendo assim, a Lei de Responsabilidade Fiscal, batizada de Robin Hood, criou um

sistema de pontuação que dá nota para a aplicação dos recursos. Em resumo, para receber mais verba o prefeito precisa

provar que gastou com eficiência o dinheiro que já tinha recebido. Na verdade, acompanhada à lei está a pretensão de

impedir que todo gestor de verbas públicas gaste mais do que se arrecadee de que tome consciência dessa

responsabilidade fiscal. Além disso, trata-se de proposta que auxilia e se faz necessário com a participação da sociedade

para fazer valer as normas da Lei de Responsabilidade Fiscal. A questão da responsabilização do gestor municipal junto

a Lei de Responsabilidade Fiscal é importantíssima pois impõe respeito à regulamentação dos recursos públicos e prevê

penalidades que estão inseridas na própria lei complementar 101/00 e em outros diplomas legais. Consoante dispõe o

artigo 73 da lei complementar 101/00 no tocante as sanções, sob esse ângulo de análise, é que a boa prática

administrativa deve ser exercida e obedecida pelos gestores municipais servindo a lei, portanto, como um procedimento

para a regularização de condutas, especialmente, pela falta de mecanismos de controle e responsabilização adequados,

pois não é muito difícil de verificarmos comportamentos de autoridades públicas contrárias a real destinação legal das

verbas municipais, sem desvios nem subterfúgios que possam implicar em favorecimento pessoal. Ao refletir sobre a

matéria no tocante a responsabilização do gestor, Carlos Pinto Coelho Motta (2000, p. 51) leciona: A responsabilidade

passa, com a Lei de Responsabilidade Fiscal, a ser personificada e personalizada, sem prejuízo do princípio da

impessoalidade da gestão, otimizando não só o cumprimento da vontade do povo, consagrado no orçamento pelos seus

legítimos representantes, quanto pela tutela legal, que se de um lado imputa sanções ao ente federado que não cumprir

aos ditames da responsabilidade fiscal, também dá espaço para a ação do controle definir o agente que por meio da

federação violou a norma e alcança-lo. Ainda, sobre o importante alicerce da responsabilidade na gestão pública

municipal, Jessé Torres Pereira Júnior (2001, p. 173) esclarece que: A Lei de Responsabilidade Fiscal, veio não só

estabelecer uma nova espécie de responsabilidade, mas estatuir condições, termos e requisitos para o regular exercício

da gestão financeira e patrimonial do poder público, cujo eventual descumprimento, atraíra, em processo administrativo

regular, juízos de reprovação a ilícitos administrativos, com possíveis repercussões nos campos da responsabilização

civil dos Estados e da responsabilização penal e pessoal do gestor municipal. A violação nos procedimentos previstos na

Lei de Responsabilidade Fiscal ensejará, portanto, apuração nas esferas de responsabilidade, a iniciar-se pela

administrativa, qualificando-se o objeto pelo fato de constituir ilícito contra a gestão pública. As cobranças de

responsabilidade, na maioria das vezes, atribuídas aos prefeitos e câmaras municipais, não tem sido totalmente eficazes

para evitar a sangria dos cofres públicos, entretanto, essa responsabilização estabelecida pela lei complementar 101/00

pelas condutas dos gestores municipais começa a criar uma nova mentalidade e cultura no funcionalismo como um todo

pois a responsabilizaçãotambém é do gestor sendo chamado a responder frente à justiça caso seus procedimentos fujam

aos recomendados nas normas que lhe foram ministradas junto a Lei de Responsabilidade Fiscal. 2.DAS PRESTAÇÕES

DE CONTAS Devem prestar contas, o prefeito e o Presidente da Câmara Municipal, às quais será dada ampla

divulgação, conforme artigo 56 e seguintes da Lei Complementar nº 101/2000, sendo exercido esse controle pela própria

administração pública, as quais serão encaminhadas, em separado, aos Tribunais de Contas respectivos para o devido

parecer prévio. Geraldo Ataliba (1973, p.59) assim define a medida: O Princípio democrático, por nós adotado

tradicionalmente – com grande ênfase, a ponto de se colocar em posição de relevo no sistema constitucional – supõe

necessariamente a prestação de contas de todo e qualquer agente público, sem exceção, em toda e qualquer matéria:

política, administrativa, financeira e técnica. Após os devidos pareceres, os resultados da apreciação das contas julgadas

ou tomadas terão de ser amplamente divulgados, sendo estas aprovadas, aprovadas com ressalvas ou até mesmo

Page 8: PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

reprovadas. Sendo o escopo maior da Lei Complementar nº 101/2000 a busca do equilíbrio financeiro das contas

públicas, a eficácia da prestação de contas se dará através da emissão do parecer do Tribunal de Contas que evidenciará

não só o desempenho da receita prevista em relação à despesa realizada, mas também destacar as medidas corretivas que

foram tomadas pelo gestor para evitar e combater a sonegação, ao aprimorar sua fiscalização acarretando, dessa forma,

um destaque especial à gestão das receitas próprias municipais, reforçando a avaliação de que parte importante do ajuste

fiscal dos municípios poderá ocorrer via melhor aproveitamento de seu potencial tributário. Destarte, é importante o

município desenvolver sua política tributária responsável cobrando efetivamente todos os tributos que são de sua

competência. 3.DO AJUSTE POLITÍCO E DA FISCALIZAÇÃO DAS CONTAS PÚBLICAS A fiscalização das

contas públicas de forma constante proporciona um sistema de controle de normas capazes de estabelecer um real ajuste

fiscal dos recursos sociais. Destarte, a ação fiscalizadora para o cumprimento da observância das normas e limites da Lei

Complementar nº 101/2000 fica a cargo do Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio do Tribunal de Contas e do

sistema de controle interno de cada poder, além do Ministério Público conforme artigo 59. A fiscalização há de ser

rigorosa e contínua sendo tanto um direito quanto um dever, uma vez que o descontrole de gastos do setor público, a

criação de artifícios para cobrir rombos ao erário de uma má administração dos entes políticos municipais, bem como os

constantes atos de ilegalidades e irregularidades dos gestores não têm local e nem momento para serem praticados. Por

isso coube a incumbência aos Tribunais de Contas – órgãos colegiados autônomos- a responsabilidade de julgar a boa e

regular aplicação dos recursos públicos, fiscalizando e controlando a fiel execução orçamentária. Entretanto, esta

instituição exerce a função de auxiliar técnico do Poder Legislativo, na realização do controle externo da Administração

Pública e no julgamento das contas anuais dos Chefes do Poder Executivo . Não que esta seja sua função, pois seu

titular, conforme dispõe o artigo 70 da Constituição Federal, é o Congresso Nacional mediante controle externo e este a

exerce com o auxílio do Tribunal de Contas. Ademais, junto com o Ministério Público, a sociedade conta com este outro

órgão para coibir com as imoralidades na administração pública. Nesse contexto, ressalta Flávio Régis Xavier de Moura

e Castro (2000) que os sistemas de controle deverão ser capazes de tornar efetivo e factível o comando legal,

fiscalizando a direção da atividade administrativa para que esta corra em conformidade com as novas normas. Os

Tribunais de Contas alertarão os poderes, entes da federação ou órgãos, quando constatarem que o nível de gastos esteja

próximo aos limites fixados pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Na opinião de Regis Fernandes de Oliveira (2001, p.

92): Vê-se que a função dos Tribunais de Contas é meramente preventiva e fiscalizadora devendo acompanhar

continuamente e rigorosamente as metas, limites e condições estabelecidas, tanto para o controle do Executivo quanto

para o controle da Câmara Municipal, devendo se manifestar imediatamente e não apenas após concluído o exercício,

quando da transgressão às regras estabelecidas na Lei Complementar nº 101/2000. Nesse prisma, sendo de fundamental

importância para garantia de que os bens e rendas públicos estão sendo aplicados segundo a correspondente destinação

legal, sem desvios que possam implicar em favorecimento pessoal, vejamos reportagem do jornal O Globo (2004, p.

23), que enfoca o aumento das atribuições dos Tribunais de Contas no tocante a sua função preventiva e fiscalizadora,

agindo com rigidez e punindo aqueles que não seguem as orientações: Com a Lei de Responsabilidade Fiscal, as

atribuições dos Tribunais de Contas Municipais, Estaduais e da União aumentaram muito e os Tribunais ficaram mais

rígidos. Os sete conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro emitiram 4.986 notificações em 2003,

uma espécie de fiscalização preventiva, que somados os valores chegam a quase R$ 1 bilhão. As notificações são

processos em que o Tribunal de Contas verifica uma irregularidade, comunica ao administrador e pede que mude o

procedimento para evitar punição. Nos valores, a prefeitura com maior número de débitos é a de São Gonçalo. Foram 11

débitos em 2003 que somados chegam a R$ 7,9 milhões, além de 16 multas. O valor é alto, quase 3,5% da arrecadação

total do município. Mas os casos são graves. Numa das condenações, o Tribunal de Contas do Estado encontrou

irregularidades na Fundação Municipal de Saúde. Numa fiscalização em 2002, os técnicos não encontraram notas de

recebimento de medicamentos comprados e o funcionário que teria atestado o recebimento disse que não reconhecia a

própria assinatura. O Tribunal de Contas do Estado condenou a ex-presidente do órgão a devolver R$ 582 mil. Assim,

os Tribunais de Contas, além da ação preventiva, que tem por claro evitar o endividamento dos cofres públicos, compete

a estes órgãos, ainda, a verificação da observância dos cálculos dos limites da despesa total com pessoal, dívidas,

concessão de garantias, além de operações de crédito de cada ente da federação e de cada poder, devendo apresentar o

resultado das contas, em linguagem simples e objetiva e acesso facilitado por meio de ampla divulgação à sociedade que

poderá cobrar e julgar se estão procedendo de forma fiscalmente responsável. 4.DA PRESERVAÇÃO DO

PATRIMÔNIO PÚBLICO Inteligentemente, objetivando preservar o patrimônio público, a Lei de Responsabilidade

Fiscal coibiu a utilização dos recursos públicos que causem lesão ao erário. É sabido que as receitas públicas decorrem

do ingresso de recursos, isto é, da entrada de valores ou de outras verbas ao erário, integrando-se ao patrimônio público

sem quaisquer reservas. Sendo assim, visando a preservação desse patrimônio, a utilização da receita derivada da

alienação de bens para o financiamento corrente não poderá ser realizada por nenhum ente da federação, ou seja, está

vedada a venda de um patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposamente, ainda que não receba direta ou

indiretamente qualquer vantagem para pagar as despesas de custeio tais como, pagamento de pessoal, serviços de

terceiros, encargos, além de outros. Isto porque as receitas servem para compensar as despesas onde, por exemplo, da

alienação de um bem, uma dívida pode ser amortizada ou novos investimentos podem ser realizados como obras

públicas, programas especiais de trabalho dentre outros, coibindo, dessa maneira, irregularidades à destinação do

patrimônio público como doações oriundas desse patrimônio a fim de alcançar promoção ou vantagem pessoal, a

utilização desses recursos para fins de campanha política, ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas

em lei ou regulamento, etc. Corroborando nesse prisma, Regis Fernandes de Oliveira (2001, p.89) leciona: Outrora, era

comum que agentes públicos irresponsáveis desapropriassem bens de qualquer maneira e como a lei exigia apenas o

depósito do valor venal, sem possibilidade do juiz aferir, através de avaliação, o correto montante, os desapropriados

ficaram espoliados em seu patrimônio. Como as desapropriações demandavam longo tempo, de vez que exigem a

Page 9: PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

realização de prova pericial, os expropriados jamais recebiam a tempo o valor real de retirada compulsória de seu bem.

[...] Agora, no entanto, a lei exige o depósito efetivo do valor da indenização. Terminam as desapropriações

irresponsáveis ou de cunho meramente político. Destarte, buscando a preservação do erário público, a administração

deverá providenciar, antecipadamente, a finalidade destinada àquele recurso advindo do patrimônio alienado, bem

como, a justa indenização ao desapropriado, isto é, o gestor não deverá desapropriar sem dotação orçamentária e

disponibilidade financeira. Concernente ao explicitado, Carlos Maurício Cabral Figueiredo (2001) esclarece que

conquanto não assegure a realização plena dos programas contidos nos planos e instrumentos orçamentários, a

concepção orçamentária programática vincula a Administração a dar-lhes cumprimento tão logo estejam disponíveis os

recursos financeiros necessários, sem se desviar do plano traçado.

d) Imposições da lei orgânica municipal

Deve se atentar para os itens dispostos na lei orgânica municipal no que tange a contabilidade pública, como os

relatórios a serem encaminhados pelo executivo ao legislativo, seus prazos e os prazos de tramitação dos processos de

ordem financeira e orçamentária

e) Obediência às leis orçamentárias locais

A lei orçamentária do município é a peça chave para um bom planejamento da administração bem como as situações

dispostas nela podem facilitar a vida do Gestor. A observância as obrigações dispostas nessa lei evitam dentre uma séria

de situações uma ação por improbidade administrativa, CPIs e cassação de mandato pelo legislativo.

f) Normativas do tribunal de contas

Atentar para todas as instruções normativas do TCE e sua aplicação, pois o ato emanado pelo TCE ou seja a instrução,

pode ser cobrado a qualquer tempo da entidade municipal.

2 Receitas (própria e repassadas)

O município, como outras entidades estatais, para realizar seus fins administrativos, têm a necessidade de obter recursos

financeiros. As receitas públicas são compostas de recursos financeiros que entram nos cofres públicos oriundos de

quaisquer fontes, com a finalidade de suprir as despesas orçamentárias, e sendo assim, as necessidades básicas dos

cidadãos. Para Meirelles (1979, p. 4): A receita municipal é, pois, o conjunto de recursos financeiros que entram para os

cofres locais, provindos de quaisquer fontes, afim de acorrer as despesas orçamentárias e adicionais do orçamento, Na

receita municipal – espécie do gênero receita publico – incluem-se as rendas municipais e demais ingressos que o

município receba, seja de caráter permanente, como os provenientes da participação no produto de tributos federais e

estaduais, seja eventual, como os advindos de financiamentos, empréstimos, subvenções, auxílios e doações de outras

entidades ou pessoas físicas. O recolhimento, que caracteriza a receita publica, é oriundo de receitas municipais

próprias, e através das receitas de transferências. A obtenção das receitas tributárias próprias é em decorrência da

arrecadação de tributos como: IPTU, ISS, ITBI, Taxas e Contribuições de melhoria. Os meios de repasse de receitas

referem-se ao Fundo de Participação dos Estados (FPE), ao Fundo de Participação dos municípios (FPM), ao Fundo do

IPI Exportação (FPEEX), Imposto Territorial Rural (ITR), ao Fundo de Manutenção e desenvolvimento do Ensino

Fundamental e de valorização do Magistério (Fundeb).

Receitas correntes e de transferências dos municípios brasileiros Os municípios brasileiros desfrutam dos recursos -

para fazer frente às necessidades sociais, e expansão da estrutura econômica - provenientes de duas fontes de receita

corrente, as receitas de transferência corrente, que são oriundas da União, FPM, ITR, Fundo de Exportação, e outras; do

Estado, provenientes de QPM-ICMS, IPVA e outras transferências correntes. E através da receita tributária própria,

advinda dos tributos próprios IPTU, ISS, ITBI (intervivos), Taxas e Contribuição de Melhoria.

A IMPORTÂNCIA DAS RECEITAS PRÓPRIAS MUNICIPAIS As finanças municipais apresentam uma composição

de receitas basicamente estruturadas em receitas próprias e transferências da união e estados , sendo que os municípios

em sua grande maioria são dependentes dos repasses constitucionais realizados , inibindo investimentos das gestões

municipais em suas próprias estruturas de arrecadação e aumentando a vulnerabilidade dos municípios , principalmente ,

no atual cenário de crise financeira mundial . A vinculação das receitas definidas para o cumprimento dos índices

mínimos de aplicação em saúde e educação , 15 % e 25% respectivamente , assim como , os gastos médios de 40% com

folha de pagamento , demonstram que já existe um elevado comprometimento das receitas com despesas continuas , não

permitindo as gestões maiores possibilidades para realização de ações mais efetivas em segmentos sociais importantes

para o desenvolvimento do município . A necessidade de priorização das receitas próprias municipais fica evidenciada,

neste momento , pois a redução do repasse do FPM e ICMS provocaram uma forte pressão nas gestões municipais ,

situação que deverá se manter durante todo exercício de 2009 , dificultando bastante a condição requerida para o

equilíbrio das contas municipais . Diante da realidade apresentada pelas atuais estruturas de receitas dos municípios é de

fundamental importância que se desenvolvam ações consistentes focadas no fortalecimento das receitas próprias , a

exemplo da arrecadação do IPTU , ISS e mais recentemente a cobrança do ITR , investindo na formação de equipes

qualificadas para atuação na arrecada- ção , investimento em tecnologia para fiscalização e atendimento ao comtribuinte

, recadastramento de unidades imobiliárias e a formalização de convênio com o poder judiciário para atuação na redução

da dívida ativa. O imposto sobre serviços ( ISS ) demontra ter um elevado potencial de crescimento na receita própria

dos municípios , isto considerando, que este imposto apresenta uma melhor performance evolutiva de lastro econômico

do que outros impostos . A utilização , por exemplo , de tecnologia através de sistemas de emissão e controle de nota

fiscal eletrônica permite o alcance de resultados bastante positivos , conforme a estrutura do município , superiores a

100% da receita histórica média , em um período relativamente reduzido . A revisão do cadastro imobiliário é outra ação

que deve ser destacada pela gestão , em função dos bons resultados que a mesma apresenta na qualificação da

informação , incremento da receita e atualização de dados para realização de planejamento estratégico , consolidando o

fortalecimento da arrecadação do Imposto Predial e Territorial Urbano ( IPTU ) de forma organizada , evitando a adoção

Page 10: PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

de aumentos lineares e o aumento da carga tributária sem uma análise qualitativa . É de fundamental importância que as

gestões municipais realizem uma avaliação da estrutura econômica do município , pois será a partir desta análise que

será evidenciada as principais características que devem ser consideradas para o fortalecimento das receitas próprias,

eficiência fiscal e com impactos relevantes para o equilíbrio das contas .

3 Sistema de empenhamento

Empenho:

Ato emanado de autoridade competente, que cria para o estado a obrigação de pagamento pendente ou não de

implemento de condição; a garantia de que existe o crédito necessário para a liquidação de um compromisso assumido;

é o primeiro estágio da despesa pública.Fonte: Tesouro Nacional

Empenho (definição mais detalhada): O empenho representa o primeiro estágio da despesa orçamentária. É registrado no momento da contratação do serviço,

aquisição do material ou bem, obra e amortização da dívida. Segundo o art. 58 da Lei nº 4.320/1964, empenho é o ato

emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de

condição. Consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico.

Os empenhos podem ser classificados em:

- Ordinário: tipo de empenho utilizado para as despesas de valor fixo e previamente determinado, cujo pagamento deva

ocorrer de uma só vez;

- Estimativo: empenho utilizado para as despesas cujo montante não se pode determinar previamente, tais como serviços

de fornecimento de água e energia elétrica, aquisição de combustíveis e lubrificantes e outros; e

- Global: empenho utilizado para despesas contratuais ou outras de valor determinado, sujeitas a parcelamento, como,

por exemplo, os compromissos decorrentes de aluguéis.

O empenho poderá ser reforçado quando o valor empenhado for insuficiente para atender à despesa a ser realizada, e,

caso o valor do empenho exceda o montante da despesa realizada, o empenho deverá ser anulado parcialmente. Ele será

anulado totalmente quando o objeto do contrato não tiver sido cumprido, ou ainda, no caso de ter sido emitido

incorretamente.

Documento contábil envolvido nessa fase: NE (Nota de Empenho).Fonte: Controladoria-Geral da União (CGU) Lembrando que o empenho deve ser previamente feito antes da emissão de nota fiscal pelo setor de compras competente

para tal.

Despesa Empenhada: Valor do crédito orçamentário ou adicional utilizado para fazer face a compromisso assumido.Fonte: Tesouro Nacional

Despesa Empenhada (definição mais detalhada): O empenho representa o primeiro estágio da despesa orçamentária. É registrado no momento da contratação do serviço,

aquisição do material ou bem, obra e amortização da dívida. Segundo o art. 58 da Lei nº 4.320/1964, empenho é o ato

emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de

condição. Consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico.

Os empenhos podem ser classificados em:

- Ordinário: tipo de empenho utilizado para as despesas de valor fixo e previamente determinado, cujo pagamento deva

ocorrer de uma só vez;

- Estimativo: empenho utilizado para as despesas cujo montante não se pode determinar previamente, tais como serviços

de fornecimento de água e energia elétrica, aquisição de combustíveis e lubrificantes e outros; e

- Global: empenho utilizado para despesas contratuais ou outras de valor determinado, sujeitas a parcelamento, como,

por exemplo, os compromissos decorrentes de aluguéis.

O empenho poderá ser reforçado quando o valor empenhado for insuficiente para atender à despesa a ser realizada, e,

caso o valor do empenho exceda o montante da despesa realizada, o empenho deverá ser anulado parcialmente. Ele será

anulado totalmente quando o objeto do contrato não tiver sido cumprido, ou ainda, no caso de ter sido emitido

incorretamente.

Documento contábil envolvido nessa fase: NE (Nota de Empenho).Fonte: Controladoria-Geral da União (CGU)

Despesa Liquidada:

É o segundo estágio da despesa orçamentária. A liquidação da despesa é, normalmente, processada pelas Unidades

Executoras ao receberem o objeto do empenho (o material, serviço, bem ou obra). Conforme previsto no art. 63 da Lei

nº 4.320/1964, a liquidação consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e

documentos comprobatórios do respectivo crédito e tem como objetivos: apurar a origem e o objeto do que se deve

pagar; a importância exata a pagar; e a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.

A liquidação das despesas com fornecimento ou com serviços prestados terão por base: o contrato, ajuste ou acordo

respectivo; a nota de empenho; e os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.

Principais documentos contábeis envolvidos nessa fase: NS (Nota de Sistema) e NL (Nota de Lançamento).Fonte:

Controladoria-Geral da União (CGU)

Despesa Paga:

O pagamento refere-se ao terceiro estágio da despesa orçamentária e será processada pela Unidade Gestora Executora

no momento da emissão do documento Ordem Bancária (OB) e documentos relativos a retenções de tributos, quando for

o caso. O pagamento consiste na entrega de numerário ao credor e só pode ser efetuado após a regular liquidação da

despesa. A Lei nº 4.320/1964, em seu art. 64, define ordem de pagamento como sendo o despacho exarado por

autoridade competente, determinando que a despesa liquidada seja paga.

Principais documentos contábeis envolvidos nessa fase: OB (Ordem Bancária), DF (Documento de Arrecadação de

Page 11: PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

Receitas Federais - Darf), DR (Documento de Arrecadação Financeira - Dar), GR (Guia de Recolhimento da União) e

NL (Nota de Lançamento) em casos específicos.Fonte: Controladoria-Geral da União (CGU)

4 Dívida pública

Dívida Pública:

Compromissos de entidade pública decorrentes de operações de créditos, com o objetivo de atender às necessidades dos

serviços públicos, em virtude de orçamentos deficitários, caso em que o governo emite promissórias, bônus rotativos,

etc., a curto prazo, ou para a realização de empreendimentos de vulto, em que se justifica a emissão de um empréstimo a

longo prazo, por meio de obrigações e apólices. Os empréstimos que caracterizam a dívida pública são de curto ou

longo prazo. A dívida pública pode ser proveniente de outras fontes, tais como: depósitos (fianças, cauções, cofre de

órgãos, etc.), e de resíduos passivos (restos a pagar). A dívida pública classifica-se em consolidada ou fundada (interna

ou externa) e flutuante ou não consolidada.Fonte: Tesouro Nacional

Dívida Pública Externa:

Compromissos assumidos por entidade pública gerando a obrigação de pagamento do principal e acessórios.Fonte: Tesouro Nacional

Dívida Fundada Pública:

Compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a

financiamento de obras e serviços públicos. Dívida Interna Pública. Compromissos assumidos por entidade pública

dentro do país, portanto, em moeda nacional.Fonte: Tesouro Nacional

Dívida Flutuante Pública:

Aquela contraída pelo Tesouro Nacional, por um breve e determinado período de tempo, quer como administrador de

terceiros, confiados à sua guarda, quer para atender às momentâneas necessidades de caixa. Segundo a Lei nº 4.320/64,

a dívida flutuante compreende os restos a pagar, excluídos os serviços de dívida, os serviços de dívida a pagar, os

depósitos e os débitos de tesouraria.Fonte: Tesouro Nacional

5 Informações ao Tribunal de Contas

O município tem uma série de informações a serem encaminhadas ao TCE, essas informações estão concentradas em

sistemas que captam os dados exigidos pela legislação vigente, No Estado do Paraná é o Sim AM, em Santa Catarina é o

Esfinge:

O Sistema é estruturado para recepcionar e processar as seguintes informações:

Planejamento

Informações do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias , do Plano Municipal de Saúde e do Plano

Municipal FMCA.

Contábil, orçamentário e financeiro Execução da despesa (empenhos), arrecadados e contabilidade financeira e patrimonial.

Patrimônio Cadastro de Bens e suas movimentações.

Licitações

Participantes e vencedores de todas as licitações. Anotação das despesas de licitação.

Contratos

Contratos com empresas e profissionais liberais celebrados em função das licitações.

Convênios e auxílios

Receita e despesa (empenhos) de todos os recursos transferidos pela União e o Estado a título de convênios e auxílios.

Obras públicas

Acompanhamento da realização das obras municipais, seus contratos e licitações.

Lei de Responsabilidade Fiscal Informações sobre o cumprimento da lei federal. Emissão de relatórios de gestão fiscal e execução orçamentária.

Controle do limite da despesa com pessoal e da dívida consolidada.

Dados Estatísticos

Informações sobre o quadro de pessoal e frota de veículos. Contém dados sobre a oferta de equipamentos de saúde no

município.

Page 12: PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

Controle Interno Cadastro de Veículos e Equipamentos, consumo de combustível, quilometragem percorrida e horas máquinas

trabalhadas.

6 Verificações de final de exercício:

a) Registro patrimonial- Adequação do Patrimônio ao PCASP e a instrução técnica do TCE 70/2012

b) Execução orçamentária – Controlar a execução orçamentária utilizando da programação financeira e cronograma de

desembolso, ao fechamento de cada mês visando o fechamento com superávit financeiro

c) Limites constitucionais – observar o cumprimento dos limites constitucionais:

SAÚDE – 15% ARRECADAÇÃO

EDUCAÇÃO 25% ARRECADAÇÃO

FUNDEB 60% - APLICAÇÃO MINIMA EM REMUNERAÇÃO DOS PROFESSORES

FUNDEB 40% APLICAÇÃO MÁXIMA

FUNDEB 95% GASTO DE NO MÍNIMO 95% DOS VALORES REPASSADOS NA RECEITA 17.24.01.00

GASTOS COM PESSOAL – NO MÁXIMO 54%, LEMBRANDO QUE EM ULTIMO ANO DE MANDATO O

PERCENTUAL DE ALERTA NÃO POSSUI OS 8 MESES PARA RETORNO, O MESMO DEVE SER

RETORNADO DENTRO DO EXERCÍCIO.

d) Regras específicas para dezembro/2016

É vedado aos municípios empenhar, no último mês do mandato do prefeito, mais do que o duodécimo da despesa

prevista no orçamento vigente. Art 59 paragrafo primeiro lei 4320/64

e) Recursos livres e vinculados

Controle dos recursos livres e vinculados evitando o déficit orçamentário. Para fins do TCE é analisado o déficit

orçamentário nas fontes livres do grupo 000 a 099. Quanto as fontes vinculadas, exemplo obras que tem um cronograma

físico de execução para que possa ser pago o TCE não controla o déficit.

h) Restos a pagar

RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS Nos últimos dois quadrimestres do final de mandato, é vedado contrair

obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele. Caso haja parcelas a serem pagas no

exercício seguinte, deverá existir suficiente disponibilidade de caixa para o seu pagamento. Não está proibida, nesse

período, a celebração de contratos com prazo superior ao exercício financeiro ou com previsão de prorrogação, desde

que haja suficiente disponibilidade de caixa para o pagamento das parcelas vincendas no exercício (Prejulgado nº15

TCE ) Isso não significa ue deverá ser dada prioridade li uidação dos d bitos contraídos nesse período (últimos

oito meses) em detrimento dos assumidos em meses anteriores. Pelo contrário, deve-se obedecer, para cada fonte

diferenciada de recursos, a estrita ordem cronológica das datas de suas exigibilidades (art.5º, Lei nº8.666/93), sob pena

de, em algumas hipóteses, até mesmo configurar crime de responsabilidade (art. 1º, inciso XII Decreto-Lei nº 201/67).

Por fim, na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e despesas compromissadas a

pagar até o final do exercício.

Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato,

contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem

pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.

Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e despesas

compromissadas a pagar até o final do exercício.

Deve o gestor se atentar a partir de agora de ao inv s de conferir o relatório denominado, “balancete financeiro por fonte

de recurso” pela despesa paga, observar pela empenhada, uma vez ue ele devera deixar em cobertura esses valores para

quitação das mesmas. Ai fica a pergunta se eu tenho dinheiro em caixa para cobertura das despesas porque não paga-

las?

i) Disponibilidade financeira

PREJULGADO Nº 15

1. a vedação estabelecida no art. 42 da Lei Complementar nº. 101/2000 se dirige diretamente ao titular de Poder ou

órgão referido no art. 20, condicionando a atuação dos titulares da chefia dos Poderes Executivos (federal, estadual e

municipal), Judiciário (federal e estadual) e Legislativo (federal, estadual e municipal), além do Ministério Público da

União e dos Estados, Tribunal de Contas da União, do Distrito Federal e dos Estados, e Tribunal de Contas do

Município, quando houver;

2. A regra é peremptória para alcançar o final de mandato, especificamente, os seus oitos últimos meses;

3. A princípio, o art. 42 da Lei Complementar nº. 101/2000 não possui condão de impedir a celebração, nos últimos dois

quadrimestres do mandato do gestor, por prazo superior ao exercício financeiro ou com previsão de prorrogação, de

Page 13: PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

contratos cujos objetos se encontrem entre os previstos nos incs. I, II e IV do art. 57 da Lei de Licitações, desde que haja

suficiente disponibilidade de caixa para pagamento das parcelas vincendas no exercício, afastando a inscrição da

despesa em restos a pagar, não se exigindo disponibilidade em caixa de valores necessários à duração total do contrato;

4. O ato de contrair obrigação de despesa, como a celebração de aditivos dentro do período vedado pela norma

complementar, deve ser sopesado consoante as peculiaridade do caso, levando-se em conta a concretude dos fatores

envolvidos;

5. Dada a competência outorgada a esta Corte para o exercício do controle externo da Administração Pública, os entes

submetidos a sua jurisdição devem encaminhar a este Tribunal os termos aditivos e respectivos contratos celebrados nos

últimos quadrimestres do mandato para fins de aferição do cumprimento da regra de controle do art. 42 da Lei

Complementar nº. 101/2000.

Órgão Colegiado de Origem: Tribunal Pleno

Incidente: Prejulgado

Assunto: Forma de aplicação da regra de controle estabelecida no art. 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei

Complementar nº 101, de maio de 2000.

Autuação do Prejulgado: Protocolo nº 311536/10

Relator : Conselheiro Hermas Eurides Brandão

Decisão: Acórdão nº 1490/11 - Tribunal Pleno

Sessão:Sessão Ordinária do Tribunal Pleno nº28 de 04/08/11

Publicação: AOTC nº 315 de 02 .09.2011

2

Preparando o Encerramento de Mandato

Dia: 21 Horário: 9h às 12h

1 Providências específicas do final do exercício:

a) Metas fiscais

Cumprimento das metas fiscais estabelecidas na ldo:

ANEXO DE METAS FISCAIS O ente deve elaborar o Anexo de Metas Fiscais, que integrará o Projeto de Lei de

Diretrizes Orçamentárias, em atendimento ao disposto no art. 4º, § 1º, da Lei Complementar nº 101, de 04/05/2000. O

Anexo de Metas Fiscais deverá ser elaborado de acordo com o § 2º, art. 1°, da LRF, pelo Poder Executivo da União,

Estados, Distrito Federal e Municípios abrangendo, tanto o Poder Executivo, quanto os Poderes Legislativo e Judiciário.

O Anexo de Metas Fiscais abrangerá os Órgãos da Administração Direta, dos Poderes e entidades da Administração

Indireta, constituídas pelas autarquias, fundações, fundos especiais, empresas públicas e sociedades de economia mista

que recebem recursos do Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, inclusive sob a forma de subvenções para

pagamento de pessoal e custeio, ou de auxílios para pagamento de despesas de capital, excluídas , neste caso, aquelas

empresas lucrativas que recebam recursos para aumento de capital. Na elaboração desse Anexo da LDO, deverão ser

observados os critérios e medidas constantes no presente manual, a fim de se estabelecer padrões mínimos das

informações que irão constar no referido Anexo. A LRF determina que no Anexo de Metas Fiscais serão estabelecidas

metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante

da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes e conterá, ainda: a) avaliação do

cumprimento das metas relativas ao ano anterior; b) demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e

metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios

anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional; c)

evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos

obtidos com a alienação de ativos; d) avaliação da situação financeira e atuarial; d.1) dos regimes geral de previdência

social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador; d.2) dos demais fundos públicos e

programas estatais de natureza atuarial; e) demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da

margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.

b) Cumprimento orçamentário

c) Excesso de gastos

Page 14: PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

Gasto Público. São os valores gastos pelo Estado para custear os serviçospúblicos prestados à sociedade. Apresentam-

se sob a forma de despesas correntes e de capital. As despesas correntes são divididas em despesas com pessoal, juros e

encargos e outras despesas correntes. Quando esses gastos são excessivos, há um descontrole administrativo que causa

danos a administração. Para evitar esse problema deve-se ter o acompanhamento dos gastos, principalmente no que

tange ao encerramento de mandato.

d) Fiscalizar limites e obrigações(CONTROLADORIA INTERNA)

O dicionário Aurélio (1993, p. 145) define a palavra controle como a "fiscalização exercida sobre as atividades de

pessoas e órgãos, para que não se desviem das normas preestabelecidas". Analisando essa definição percebe-se que o

controle se presta a todas as áreas e atividades da atuação humana.

Todavia, é preciso diferenciar a maneira de atuação do controle em cada uma de suas áreas de atuação. No âmbito

privado, cada indivíduo tem o poder de implementar suas ações de controle da forma e maneira que os aprouver. Na

esfera pública, essa implantação passa a ser obrigatória, cabendo aos administradores a obediência as normas que a

determinam.

Portanto, controlar, no âmbito da administração pública, significa fiscalizar, verificar as ações administrativas, com o

intuito de auferir o cumprimento da legislação que se aplica aos órgãos públicos. Outra importante função desse controle

é a autotutela, ou seja, a eventual correção de atos pelo próprio ente que os realizou.

Paradoxalmente, ao mesmo tempo em que esse controle se presta a analisar a execução das determinações legais, ele

é uma obrigação advinda da lei, devendo ser compulsoriamente instalado nos entes públicos, sob pena de

descumprimento das normas constitucionais, como bem assevera Maria Sylvia Zanella di Pietro (1998, p. 488): "O

controle constitui poder-dever dos órgãos a que a lei atribui essa função, precisamente pela sua finalidade corretiva; ele

não pode ser renunciado nem retardado sob pena de responsabilidade de quem se omitiu".

Assim conclui-se que essa implantação não pode ser apenas formal, pois se assim o for, seus objetivos não serão

cumpridos e as ações governamentais não estarão protegidas dos eventuais equívocos cometidos na gestão dos recursos

públicos.

Diante dessa necessidade, passamos agora a discorrer sobre as diversas espécies de controle.

2 ESPÉCIES DE CONTROLE

A fiscalização exercida sobre os atos da Administração Pública pode apresentar diversas classificações, dependendo

do critério adotado para a sua análise. A seguir, discorreremos sobre alguns desses critérios.

Quanto ao momento em que se efetua, o controle pode ser prévio, concomitante ou posterior. Preventivamente, ele

visa impedir a prática de atos ilegais ou contrários ao interesse público, constituindo-se requisito para a sua validade. O

controle concomitante ocorre durante a realização da ação fiscalizada, impedindo de imediato a execução de

irregularidades. Quando realizado posteriormente o controle objetiva rever os atos já praticados para corrigi-los,

desfazê-los ou confirmá-los, conforme o caso.

A classificação do controle exercido sobre a legalidade e o mérito dos atos públicos depende do aspecto da atividade

administrativa que se pretende controlar. O aspecto da legalidade consiste em verificar se o ato foi praticado de acordo

com a lei e pode ser exercido por todos os Poderes. Já o controle de mérito, cabe apenas ao ente que realizou a ação,

pois se trata da análise da eficiência, oportunidade e conveniência do ato, todos ligados ao poder discricionário, e por

isso sujeitos à revisão por quem os proferiu e sob os rigores da lei.

Quando o que está em jogo é a amplitude da fiscalização, o controle pode ser hierárquico ou finalístico. O primeiro é

feito pelo órgão hierarquicamente superior sobre as ações dos órgãos subordinados denotando um escalonamento

vertical da Administração, por esta razão ele é irrestrito, permanente, automático e bastante abrangente, pois engloba os

aspectos da legalidade e do mérito. O controle finalístico, por sua vez, fundamenta-se na relação de vinculação entre

órgãos, por isso é limitado e visa à verificação da compatibilidade entre as ações tomadas pelo ente e a finalidade

imposta pela lei para ele.

Em relação à origem da execução do controle, ele pode ser interno – quando é realizado pela própria administração –

ou externo – quando efetuado por um Poder sobre os atos praticados por outro, e por isso mesmo possuem forma e a

abrangência distintas. Sobre esse tema vejamos a lição de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (2004, p. 437):

O controle interno é um controle pleno, de legalidade, conveniência, oportunidade e eficiência. O controle externo

visa comprovar a probidade da Administração e regularidade do emprego dos bens e dinheiros públicos, sendo um

controle político de legalidade contábil e financeira.

Pelo exposto pode-se auferir a importância do controle interno para a Administração, pois ele pode ser preventivo ou

concomitante, prevenindo eventuais falhas e desrespeito à legislação. Outro ponto forte é a sua abrangência que alcança

não apenas a revisão da legalidade dos atos, como também, o exame de mérito.

O fundamento para o exercício desses controles é a Constituição Federal, que determina que o controle externo é de

competência do Congresso Nacional com o auxílio dos Tribunais de Contas e que o controle interno deve ser exercido

dentro da própria administração, conforme dispõem os art. 70 e 71:

Art. 70: A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da

administração direta, indireta, quanto à legalidade economicidade, aplicação de subvenções e renúncia de receitas será

feita pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada poder;

Art. 71: O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da

União, ao qual compete.

Todos esses controles estão fundamentados na lei e se prestam ao alcance dos objetivos da Administração e ao

respeito aos ditames legais. O estudo da legislação e de suas exigências será feito a seguir.

Page 15: PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

3 FUNDAMENTOS

A fiscalização efetuada no âmbito da administração por meio de órgãos que compõe a sua própria estrutura

denomina-se controle interno e tem as suas finalidades descritas no art. 74 da Constituição Federal, que dispõe:

Art. 74: Os poderes Legislativo Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada sistema de controle interno com

a finalidade de:

I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual a execução dos programas de governo e dos

orçamentos da União;

II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira

e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por

entidades de direito privado;

III – exercer controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;

IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

A seguir será feita uma explanação sobre cada uma dessas finalidades.

A avaliação do cumprimento das metas previstas no plano plurianual, o acompanhamento da execução dos

programas de governo descritos nos orçamentos e o exercício do controle das operações de crédito, avais e garantias,

nada mais são que o acompanhamento orçamentário e financeiro da gestão pública, a fim de não permitir que essa se

realize a despeito do que foi planejado quando da elaboração das peças orçamentárias.

O acompanhamento pari passu das ações governamentais evita erros e previne o descaminho da administração, ou

seja, garante a fiel execução das políticas públicas planejadas e, teoricamente, necessárias ao desenvolvimento do

município.

Quando se trata de comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão

orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração, bem como a aplicação de recursos

públicos por entidades de direito privado, o aspecto a ser avaliado é o funcional.

Essa avaliação prende-se ao caráter humano da gestão pública, isto é, o acompanhamento das ações funcionais com o

intuito de conferir tanto a sua correição, quanto o cumprimento do princípio da eficiência, fundamento do autocontrole.

O controle interno, também, possui a importante função de apoiar o controle externo no exercício de sua missão

institucional. Sendo assim, cabe ao controlador interno informar ao Tribunal de Contas qualquer irregularidade

detectada em sua avaliação. José Gabriel da Cunha Lopes (1999, p. 132) discorreu sobre esse tema, enfatizando:

No exercício de suas atribuições, não basta ao órgão responsável pelo sistema de controle interno detectar falhas,

fraudes ou erros, comunica-los à administração da entidade e propor soluções. Tem, por imposição legal, que dar ciência

ao Tribunal de Contas, sob pena de responsabilidade solidária.

A obrigatoriedade de sua efetivação no âmbito municipal encontra-se no art. 31 da nossa Carta Política.

Outro importante instrumento legal que regula o autocontrole é a Lei n° 4.320/64, que em seus arts. 75 e 76, define

suas áreas de atuação. Sobre esse assunto vejamos o que ensina Hely Lopes Meirelles (2006, p. 293):

A fiscalização financeira e orçamentária atribuída ao Executivo (controle interno) compreende os controles

dalegalidade, da fidelidade e da execução. O controle interno da legalidade é exercido sobre os atos pertinentes à

arrecadação da receita e à realização das despesas, bem como sobre os que acarretem ou possam acarretar nascimento

ou extinção de direitos e obrigações; o controle interno da fidelidade visa à conduta funcional dos agentes responsáveis

por bens e valores públicos; o controle interno da execução tem por objetivo o cumprimento do programa de trabalho

do governo considerado em seus aspectos financeiros de realização de obras e prestação de serviços (Lei 4.320/1964,

art. 75 e 76).

A Lei de Responsabilidade Fiscal é o mais recente instrumento legal que normatiza esse instituto. Ela ampliou as

atribuições do controle interno quando delegou a ele o poder de fiscalizar, entre outras ações, o atingimento das metas

estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias, as medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal ao

limite legal e o cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais.

O grande desafio enfrentado pelos Municípios é colocar em prática as determinações legais e alcançar os resultados

pretendidos por ela. Essa, porém, não é uma tarefa fácil, inúmeras dificuldades acompanham as administrações

municipais, conforme se destaca adiante.

4 DIFICULDADES DE IMPLEMENTAÇÃO

Historicamente, os municípios sofreram uma instabilidade administrativa, em função das demasiadas mudanças

constitucionais brasileiras, ora possuindo autonomia política e financeira; ora sendo reduzidos à categoria de corporação

meramente administrativa (MEIRELLES, 2006, p. 45).

Por essa razão, a elevação do Município ao posto de ente da federação pela Constituição Federal de 1988 trouxe

inúmeras consequências ao modelo administrativo praticado por eles até então.

Os municípios passaram a ter autonomia para legislar sobre sua organização política, autonomia financeira, para

arrecadar os impostos de sua competência e atribuições definidas na Carta Magna Brasileira (MORAES, 1999, p. 252;

COSTA, 2005, p. 117).

A partir daí, o direito municipal avançou e a autonomia das cidades está cada vez mais consolidada.

Entretanto, todo esse processo completa hoje apenas dezoito anos, o que é um tempo bastante curto para se alcançar

a plenitude administrativa pleiteada na Constituição.

Os relatórios produzidos pelo Tribunal de Contas nas inspeções realizadas em diversos municípios do Estado

demonstram que esses possuem servidores despreparados, sem experiência administrativa e sem um conhecimento

aprofundado das leis que regem as ações a serem praticadas, gerando atos eivados de vícios que prejudicam tanto a

Page 16: PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

Administração Municipal, como a população que necessita dos seus serviços, bem como os terceiros que com ela

negociam. Certa vez, Moisés Reis (1997, p. 32) assinalou em um artigo:

O serviço público somente será eficiente se o servidor público estiver preparado para executá-lo. Daí a necessidade

de sistemáticos treinamentos, reciclagens e acesso aos recursos tecnológicos disponíveis como é o caso da informática.

Outro fator de suma importância é a forma de investidura nos cargos públicos nesses entes. Até agora poucos

Municípios realizaram concurso público para o provimento dos cargos administrativos, os quais são preenchidos por

servidores de cargos comissionados, que são substituídos a cada mudança de gestor, causando uma descontinuidade das

ações praticadas e aumentando, inclusive, o custo da profissionalização dos agentes públicos municipais.

A ausência de rotinas fixas de trabalho, também provocado pela alta rotatividade dos funcionários, é outro item que

prejudica a efetivação do controle interno, pois se cada servidor pratica as ações de maneira diversa, mais difícil se torna

o controle dos procedimentos, o mesmo se verifica nas mudanças de gestão.

José Gabriel da Cunha Lopes (1999, p. 137) ao citar as normas do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de

São Paulo, destaca a importância da "existência de um manual de procedimentos, sistematizando as autorizações,

aprovações, responsabilidades e rotinas administrativas".

Em relação ao controle financeiro e contábil, a maior dificuldade é a falta da execução desses procedimentos na sede

do município. Hodiernamente, os procedimentos contábeis são feitos às escuras, sem a mínima compatibilidade das

ações praticadas no município e os registros efetuados nos escritórios contábeis.

Sendo assim, como pode o controle interno fazer um acompanhamento dos créditos orçamentários para conferir o

atendimento aos ditames constitucionais e legais, como por exemplo, a LOA, a Lei n° 4.320/64 e a LRF? Como

controlar os gastos realizados sem se ter a mão as notas de empenhamento das despesas? E o acompanhamento das

liquidações e pagamento das despesas, como pode ser feito sem o empenhamento prévio como manda a lei?

Diante desse quadro, o crescimento das atribuições desses entes, através da municipalização de serviços públicos de

saúde, educação e assistência social, agravou ainda mais a situação, pois os Municípios, que já possuíam uma

administração frágil, tiveram que criar fundos específicos com administração própria para a realização de cada uma

dessas ações.

É importante se ressaltar que, em muitos casos, todas essas dificuldades advêm da falta de estrutura dos próprios

municípios que por vezes se situam em rincões longínquos sem possibilidade de oferecer condições dignas de trabalho

para profissionais de boa qualidade nas diversas áreas nas quais esses entes têm competência.

Paradoxalmente, somente através da implantação do controle interno a administração terá os subsídios necessários

para promover a alocação do dinheiro público de forma responsável, possibilitando a contratação de pessoal

especializado e a realização de investimentos para melhoria das condições de trabalho e da infra-estrutura do Município.

É sobre a importância desse instituto que trataremos à frente.

5 IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO

A implantação do sistema de controle interno no âmbito da administração municipal fornece aos seus usuários

conhecimento da gestão em seus vários aspectos, propiciando a avaliação permanente dos atos por ela realizados e

maximizando os resultados pretendidos.

Adiante, analisaremos esses aspectos, enfatizando a necessidade da utilização de cada um deles para a Administração

Municipal.

5.1 Aspecto Contábil

O âmbito contábil da gestão pública engloba a fiscalização orçamentária, financeira e patrimonial da administração.

Somente através da correta e diária escrituração contábil é possível avaliar o cumprimento das metas e prioridades

estabelecidas nas peças orçamentárias e o acompanhamento das disponibilidades econômicas do ente, bem como o

registro do seu inventário, que engloba as incorporações e baixas dos bens públicos ao patrimônio do órgão.

Por essa razão, apenas um controle permanente, prévio ou concomitante, e acima de tudo próximo ao centro de

poder, pode avaliar e impedir, em tempo hábil, aberrações e descumprimento dos ditames legais, e esse é o controle

interno.

5.2 Aspecto Político

A vertente política do controle interno objetiva avaliar tanto os custos dos programas de governo, quanto a sua

eficácia, fornecendo os meios necessários para fundamentar a tomada de decisão do gestor.

Quando um projeto é planejado pela administração espera-se que ele propicie a máxima satisfação para a sociedade e

que consuma apenas os recursos para ele destinados no orçamento. Porém, na prática, nem sempre as coisas funcionam

dessa maneira.

Assim, somente um controle interno eficiente pode impedir que atos nocivos a administração pública permaneçam a

corroer os recursos públicos a despeito de alcançar as finalidades pretendidas.

5.3 Aspecto Administrativo

O controle administrativo da gestão pública engloba a avaliação do patrimônio do ente e do pessoal a ela

subordinado, não importando o tipo de vínculo que o prende a administração (concursados, comissionados ou

prestadores de serviço).

O acompanhamento patrimonial é feito através de diversas ações, citadas a seguir, que pretendem proteger o

patrimônio municipal e impedir gastos desnecessários seus aos cofres.

O tombamento dos bens públicos, bem como o fiel acompanhamento de sua localização nos diversos entes e setores

da administração, com assinatura de termo de responsabilidade pelo chefe do setor correspondente. Outra atitude de

Page 17: PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

fundamental importância é o acompanhamento dos bens inservíveis, que podem inclusive reforçar os orçamentos

municipais quando vendidos através de leilões públicos, devidamente autorizados pela Câmara de Vereadores.

O controle de almoxarifado se faz necessário não apenas para evitar desperdícios, como também para impedir a

utilização de materiais adquiridos pelo Município por pessoa alheia aos quadros da administração.

O caráter funcional do controle tem por finalidade o cumprimento do princípio da eficiência, ou seja, garantir que os

servidores cumpram suas obrigações satisfatoriamente, sem burocracia e de maneira a atender aos anseios da sociedade

com presteza e eficácia.

Alexandre de Moraes (1999, p. 293) define o administrador público eficiente como sendo "aquele que produz o

efeito desejado, que dá bom resultado, exercendo suas atividades sob o manto da igualdade de todos perante a lei,

velando pela objetividade e imparcialidade".

O papel do controle interno é detectar as falhas das rotinas de trabalho e evitar os gargalos, fazendo com que haja

uma economia de tempo e de dinheiro na execução dos processos administrativos.

Como se pode verificar, o controle interno não é um meio de fiscalização da administração e do governante e, sim,

instrumento utilizado por eles para a obtenção dos melhores resultados em benefício da sociedade. Por outro lado, não

cumpre a missão constitucional o controlador que age como um fantoche, encobrindo os erros da gestão pública,

contribuindo para a má prestação dos serviços públicos.

A implantação responsável e, sobretudo, eficiente do controle interno propicia para a Administração Municipal o fiel

cumprimento das ações governamentais propostas pela legislação vigente, ou seja, o planejamento responsável, dentro

das possibilidades do ente; a alocação adequada dos recursos públicos, de modo a atender as necessidades da

comunidade e ao mesmo tempo respeitar a capacidade de arrecadação da administração e, finalmente, a satisfação das

necessidades sociais, que é o fim maior do Estado.

e) Subvenções e convênios

Subvenções Sociais são repasses de recursos públicos destinados a cobertura de despesas de custeio das Entidades do

Terceiro Setor, de caráter governamental ou não governamental, ou seja, são trabalhos realizados com o objetivo de

complementação aos serviços públicos já implantados e desenvolvidos pela Administração.

Convênio: O convênio é o instrumento que disciplina os compromissos que devem reger as relações de dois ou mais participantes

(Governo Federal e prefeitura, por exemplo) que tenham interesse em atingir um objetivo comum, mediante a formação

de uma parceria.Fonte: Controladoria-Geral da União

f) Relatórios e recomendações

Recomendações no que tange as subvenções sociais é que com a implementação da lei do marco regulatório, agora

novas subvenções deveram ser concedidas após seleção de credenciamentos, como rege a lei 13019

Encerrar todos os convênios de subvenção social e prestar contas no SIT, uma vez que a lei 13019, alterou a forma da

concessão desses convênios para o credenciamento de entidades interessadas, então é necessário que todas as parcerias

se encerrem e sejam prestadas contas em 2016.

As entidades sem fins econômicos, na ânsia de obter recursos para a manutenção de seus programas e seus fins sociais,

se socorrem ao Poder Público por meio de convênios, contratos, auxílios e subvenções sociais, termo este que em geral é

equivocadamente utilizado.

As subvenções sociais estão previstas na Lei Federal 4.320, de 17 de março de 1964 (art. 12 e art. 16) e na Instrução

Normativa STN nº 01/97, sendo que é possível aos Estados e Municípios regularem a forma, os requisitos, bem como as

sanções, a fim de também transferirem recursos a título de subvenções sociais.

Subvenções sociais consistem em transferência de recursos que independe de lei específica, a instituições públicas ou

privadas (de caráter assistencial - serviços essenciais de assistência: social, médica e educacional ou cultural,), sem

finalidade lucrativa, com o objetivo de cobrir despesas de custeio, afeita ao controle interno dos órgãos concedentes e

externo.

A) Da Finalidade A finalidade das subvenções sociais é bem restrita, conforme pode ser verificado acima, cabendo apenas às entidades

que atuam em prol da sociedade e já possuam projetos estruturados e em funcionamento. Portanto, a transferência dos

recursos se dá no intuito de suprir necessidades para sua manutenção, e não com o fim de criação de um projeto novo, o

ue poderia ser feito, por exemplo, por meio de um “auxílio”, o ual constitui transferência de capital derivado

diretamente da Lei Orçamentária, como material permanente.

Ademais, destaca-se que cabe ao Poder Público suprir às necessidades da sociedade, desta sorte a concessão de

subvenções sociais não deve ser regra, mas sim uma suplementação de recursos na área social, reservando às

subvenções o papel de suplementadora e estimuladora da iniciativa dos particulares nesse campo.

As entidades que pretendem obter subvenções sociais devem comprovar que possuem condições de funcionamento

satisfatórias, que atendem aos padrões mínimos de eficiência previamente fixados, ou seja, com atuação transparente em conformidade com a finalidade social.

B) Da Fiscalização O Poder Público possui certa discricionariedade em transferir recursos a título de subvenções sociais, uma vez que,

desde que preenchidos os requisitos legalmente fixados, caberá ao ente conceder ou não às subvenções, pois não está

“algemado” Lei Orçamentária, muito menos obrigado a observar uma licitação, o ue resulta em demasiada

subjetividade.

Page 18: PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

Conferida a subvenção social, os recursos transferidos devem ser utilizados estritamente para as finalidades a que se

propôs a entidade, sendo vedado o desvio dos recursos para fins diversos, razão pela qual cabe ao ente político exigir

uma efetiva prestação de contas por meio das entidades, apesar da subjetividade na escolha da mesma, uma vez que se

trata de recursos públicos, de toda a sociedade.

Ainda, há que se destacar que também é possível a fiscalização externa, geralmente realizada pelos tribunais de Contas,

Municipais, Estaduais ou Federais, de acordo com o ente político que transferiu os recursos.

C) Da licitação Em regra, constatamos que não há necessidade de licitação para a obtenção das subvenções sociais. A princípio muitos

se animam, diante da aparente facilidade em se obter a almeja subvenção. No entanto, a ausência de licitação poderá

trazer seqüelas àquelas entidades que realmente necessitam de recursos públicos para sua manutenção, ante a suscitação

de desvio.

O que deve ser evitado é a malversação dos recursos, atentando-se para a qualidade dos serviços que serão oferecidos à

população.

2.2 Fundos Municipais (recomendações específicas):

a) Previdenciário

Observar se todos os aportes e repasses, principalmente posterior as eleições estão sendo efetuados. Muitas vezes devido

a CRP estar com validade com prazo superior ao encerramento do exercício o gestor deixa de repassar os valores o que

ocasionará transtornos futuros.

b) Saúde

Aplicação dos índices constitucionais e também a utilização correta dos recursos repassados pelo governo Federal e

Estadual.

c) Assistência social

Controlar principalmente os Recursos do Fundo Nacional de Assistência Social, a prestação de contas dos programas, a

aplicação correta dos recursos e o controle do Bolsa Familia.

d) Recomendações para o fechamento do exercício

2.3 Recursos do FUNDEB:

Os recursos do Fundeb devem ser empregados exclusivamente em ações de manutenção e de desenvolvimento da

educação básica pública, particularmente na valorização do magistério, devendo ser subdivididos para aplicação, da

seguinte forma:

PARCELA MÍNIMA DE 60% DO FUNDEB Calculada sobre o montante anual dos recursos creditados na conta no exercício, a parcela mínima de 60% do Fundo

deve ser destinada à remuneração dos profissionais do magistério em efetivo exercício na educação básica pública, com

vínculo contratual em caráter permanente ou temporário com o Estado, Distrito Federal ou Município, regido tanto por

regime jurídico específico do ente governamental contratante quanto pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

A remuneração compreende o total de pagamentos devidos aos profissionais do magistério da educação em decorrência

do efetivo exercício em cargo, emprego ou função, integrantes da estrutura, quadro ou tabela de servidores do Estado,

Distrito Federal ou Município, conforme o caso, inclusive os encargos sociais incidentes, de responsabilidade do

empregador.

De modo geral, os itens que compõem a remuneração, para fins da aplicação do mínimo de 60% do Fundeb, incluem:

salário ou vencimento;

13º salário, inclusive 13º salário proporcional;

1/3 de adicional de férias;

férias vencidas, proporcionais ou antecipadas;

gratificações inerentes ao exercício de atividades ou funções de magistério, inclusive gratificações ou retribuições

pelo exercício de cargos ou funções de direção ou chefia;

horas extras, aviso prévio, abono;

salário família, quando as despesas correspondentes recaírem sobre o empregador;

encargos sociais (Previdência e FGTS) devidos pelo empregador, correspondentes à remuneração paga na forma dos

itens anteriores, observada a legislação aplicável à matéria.

Não deve compor a remuneração, para fins de cumprimento da aplicação mínima de 60% do Fundeb, as despesas

realizadas a título de:

auxílio-transporte ou apoio equivalente, destinado a assegurar o deslocamento do profissional de ida e volta para o

trabalho;

auxílio-alimentação ou apoio equivalente;

apoio financeiro para aquisição de vestuário utilizado no trabalho ou benefício equivalente;

assistência social, médica, psicológica, farmacêutica, odontológica oferecida diretamente pelo empregador ou

mediante contratação de serviços oferecidos por entidades especializadas, sob a forma de planos de saúde ou

assemelhados, em suas variadas modalidades e formas de pagamento e cobertura;

previdência complementar;

PIS/Pasep;

serviços de terceiros, ainda que contratados para substituição de profissionais do magistério.

ATENÇÃO Os professores terceirizados (vinculados a cooperativas ou a outras entidades), que eventualmente estejam atuando sem

vínculo contratual direto (permanente ou temporário) com o Estado, Distrito Federal ou Município a que prestam

Page 19: PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

serviços, não poderão ser remunerados com a parcela de recursos vinculada à remuneração do magistério, pois esses

recursos não se destinam ao pagamento de serviços de terceiros, cuja contratação se dá por meio de processo licitatório

próprio. Ressalta-se que o ingresso na carreira de magistério deve dar-se por meio de concurso público de provas e

títulos, conforme estabelecem a Constituição Federal (art. 37, II) e a LDB (art. 67, I).

Compreende os professores e os profissionais que exercem as seguintes atividades de suporte e assessoramento

pedagógico, em apoio à docência:

direção ou administração escolar;

planejamento;

inspeção;

supervisão,

orientação educacional;

coordenação pedagógica.

OBS.: Definição detalhada encontra-se na Resolução nº 01/2008, do Conselho Nacional de Educação.

Corresponde à atuação efetiva no desempenho das atividades ou funções de magistério, associada a sua regular

vinculação contratual, em caráter temporário ou permanente, definida em instrumento próprio, com o ente

governamental que o remunera, não sendo descaracterizada por eventuais afastamentos temporários previstos em lei,

com ônus para o empregador, que não impliquem rompimento da relação contratual existente, como férias, licença

gestante ou paternidade, licença para tratamento de saúde, entre outras.

EXCEÇÕES Os profissionais do magistério:

- dos Municípios e do Distrito Federal cedidos para instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas, sem fins

lucrativos e conveniadas com o Município/Distrito Federal onde se localiza, para atuação no segmento das creches e da

educação especial (infantil e fundamental) e, nos quatro primeiros anos do Fundo, também na educação pré-escolar,

serão considerados, no âmbito do respectivo Município/Distrito Federal, como em efetivo exercício do magistério, para

fins de remuneração com a parcela mínima dos 60% do Fundeb;

- dos Estados cedidos para instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas, sem fins lucrativos e conveniadas

com o governo estadual, para atuação na educação especial (fundamental e médio), serão considerados, no âmbito do

respectivo governo estadual, como em efetivo exercício do magistério, para fins de remuneração com a parcela mínima

dos 60% do Fundeb.

PARCELA DE ATÉ 40% DO FUNDO Cumprida a exigência mínima relacionada à garantia de 60% para remuneração do magistério, os recursos restantes (de

até 40% do total) devem ser direcionados para despesas diversas consideradas como de Manutenção e Desenvolvimento

do Ensino (MDE), realizadas na educação básica, na forma prevista no artigo 70 da Lei nº 9.394/96 (LDB), observado o

seguinte critério por ente governamental:

Estados: despesas com MDE no âmbito dos ensinos fundamental e médio;

Distrito Federal: despesas com MDE no âmbito da educação infantil e dos ensinos fundamental e médio;

Municípios: despesas com MDE no âmbito da educação infantil e do ensino fundamental.

IMPORTANTE

Nas situações em que os governos estaduais e municipais mantiverem convênios com instituições comunitárias,

confessionais ou filantrópicas, na forma prevista no art. 8º, §§ 1º, 3º e 4º, da Lei nº 11.494/2007, os repasses de recursos

do Fundeb a essas instituições, à conta desses convênios, deverão originar-se dessa parcela de 40% do Fundo.

O conjunto de despesas com MDE nas quais essa parcela de 40% do Fundeb deve ser aplicada, compreende:

a) Remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e dos profissionais da educação, contemplando:

remuneração e capacitação, sob a forma de formação continuada, de trabalhadores da educação básica, com ou sem

cargo de direção e chefia, incluindo os profissionais do magistério e outros servidores que atuam na realização de

serviços de apoio técnico-administrativo e operacional, nestes incluída a manutenção de ambientes e de instituições do

respectivo sistema de ensino básico. Como exemplo, tem-se o auxiliar de serviços gerais (manutenção, limpeza,

segurança, preparação da merenda, etc.), o auxiliar de administração (serviços de apoio administrativo), o(a)

secretário(a) da escola, entre outros lotados e em exercício nas escolas ou órgão/unidade administrativa da educação

básica pública;

remuneração do(a) Secretário(a) de Educação do respectivo ente governamental (ou dirigente de órgão equivalente)

somente se a atuação deste dirigente se limitar à educação e no segmento da educação básica que compete ao ente

governamental oferecer prioritariamente, na forma do art. 211, §§ 2º e 3º, da Constituição Federal.

formação inicial e/ou continuada de professores da educação básica, sendo:

- formação inicial – relacionada à habilitação para o exercício profissional da docência, em conformidade com o

disposto no art. 62 da LDB, que estabelece, para os docentes da educação básica, exigência de formação em nível

superior (licenciatura plena, na área exigida), e admite, como formação mínima, a de nível médio, modalidade normal,

para o exercício da docência na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental;

- formação continuada – voltada para a atualização, expansão, sistematização e aprofundamento dos conhecimentos,

na perspectiva do aperfeiçoamento profissional que, de forma contínua, deve ser promovido pelos Estados, Distrito

Federal e Municípios mediante programas com esse objetivo, assegurados nos respectivos Planos de Carreira e

Remuneração do Magistério.

Page 20: PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

IMPORTANTE:

- Em relação aos cursos de capacitação utilizados na formação continuada, por se tratar de cursos livres, o MEC não

realiza o credenciamento de instituições que os oferecem.

No entanto, torna-se necessária a verificação sobre eventuais exigências relacionadas ao funcionamento dessas

instituições junto aos Conselhos Estaduais ou Municipais de Educação.

Mas, independentemente de eventuais exigências nesse sentido, é importante atentar para os aspectos da qualidade e da

reconhecida capacidade técnica das pessoas (física ou jurídicas) contratadas para a prestação desses serviços.

- Os profissionais que atuam na assistência social, médico-odontológica, farmacêutica e psicológica, oferecidas aos

alunos da educação básica, não poderão ser remunerados e capacitados com os recursos do Fundeb.

b) Aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e de equipamentos necessários ao ensino

aquisição de imóveis já construídos ou de terrenos para construção de prédios destinados à escolas ou aos órgãos do

sistema de ensino básico;

ampliação, conclusão e construção de prédios, poços, muros e quadras de esportes nas escolas e outras instalações

físicas de uso exclusivo da educação básica;

aquisição de mobiliário e equipamentos voltados para o atendimento exclusivo das necessidades da educação básica

pública (carteiras e cadeiras, mesas, armários, mimeógrafos, retroprojetores, computadores e periféricos, televisores,

antenas, etc.);

manutenção dos equipamentos existentes (máquinas, móveis, equipamentos eletroeletrônicos, etc.), inclusive com

aquisição de produtos/serviços necessários ao seu funcionamento (tintas, graxas, óleos, combustíveis, energia elétrica,

assistência técnica, serviços elétricos, mecânicos, hidráulicos, reparos, reformas, reposição de peças, revisões, etc.);

reforma total ou parcial de instalações físicas (rede elétrica, hidráulica, estrutura interna, pintura, cobertura, pisos,

muros, grades etc.) das instituições de ensino da educação básica.

c) Uso e manutenção de bens vinculados ao sistema de ensino

aluguel de imóveis e de equipamentos;

manutenção de bens e de equipamentos (mão de obra especializada, materiais e peças de reposição diversas,

lubrificantes, combustíveis, reparos, etc.);

conservação das instalações físicas utilizadas na educação básica (reparos, limpeza, etc.);

despesas com serviços de energia elétrica, água e esgoto, serviços de comunicação e informática, etc.

d) Levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando precipuamente ao aprimoramento da qualidade e à expansão

do ensino

levantamentos estatísticos (relacionados ao sistema de ensino) objetivando o aprimoramento da qualidade e a

expansão da educação básica;

organização de banco de dados, realização de estudos e pesquisas que visem à elaboração de programas, planos e

projetos voltados à educação básica.

e) Realização de atividades–meio necessárias ao funcionamento do ensino

despesas inerentes ao custeio das diversas atividades relacionadas ao adequado funcionamento dos estabelecimentos

de ensino da educação básica, entre as quais pode-se destacar: serviços diversos (vigilância, limpeza e conservação,

entre outros), aquisição do material de consumo utilizado nas escolas e demais órgãos do sistema (papel, lápis, canetas,

grampos, colas, fitas adesivas, gizes, cartolinas, água, produtos de higiene e limpeza, tintas, etc.).

f) Concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas públicas e privadas

na LDB encontra-se prevista esta forma de concessão, comumente utilizada no ensino superior. No Fundeb,

entretanto, por contemplar o nível básico de ensino, de garantia constitucional integralmente gratuita a todos os

cidadãos, não é prevista tal concessão aos alunos beneficiários matriculados na educação infantil e nos ensinos

fundamental ou médio.

g) Amortização e custeio de operações de crédito destinadas a atender ao disposto nos itens acima

quitação de empréstimos (principal e encargos) destinados a investimentos em educação básica pública

(financiamento para construção de escola do ensino fundamental, por exemplo).

h) Aquisição de material didático-escolar e manutenção de transporte escolar

aquisição de materiais didático-escolares diversos destinados a apoiar o trabalho pedagógico na escola (material

desportivo utilizado nas aulas de educação física; acervo da biblioteca da escola, tais como livros, Atlas, dicionários,

periódicos, etc.; lápis, borrachas, canetas, cadernos, cartolinas, colas, etc.);

aquisição de veículos escolares apropriados ao transporte de alunos na zona rural, devidamente equipados e

identificados como de uso específico nesse tipo de transporte, em observância ao disposto no Código Nacional de

Trânsito (Lei nº 9.503, de 23.09.97). Os tipos de veículos destinados ao transporte de alunos, desde que apropriados ao

transporte de pessoas, devem se encontrar licenciados pelos competentes órgãos encarregados da fiscalização e dispor

de todos os equipamentos obrigatórios, principalmente no que tange aos itens de segurança. Podem ser adotados tipos,

modelos e marcas diferenciadas de veículos, em função da quantidade de pessoas a serem transportadas, das condições das vias de tráfego, entre outras, podendo, inclusive, ser adotados veículos de transporte hidroviário;

manutenção de veículos utilizados no transporte escolar, garantindo-se tanto o pagamento da remuneração do(s)

motorista(s) quanto dos produtos e serviços necessários ao funcionamento e conservação desses veículos, como

combustíveis, óleos lubrificantes, consertos, revisões, reposição de peças, serviços mecânicos, etc.;

locação de veículos para o transporte de alunos da zona rural, desde que essa solução se mostre mais econômica e

o(s) veículo(s) a ser(em) locado(s) reúna(m) as condições necessárias a esse tipo de transporte, de forma idêntica às

exigências a serem observadas em relação aos veículos próprios.

Page 21: PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

IMPORTANTE:

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/1996, art. 10, VII, e art.11, VI, alterada pela Lei nº 10.709/2003),

dispõe que os governos dos Estados e dos Municípios serão responsáveis pelo transporte escolar dos alunos de suas

respectivas redes de ensino.

g) Recomendações para o encerramento do exercício

1 Leis e atos no fim de mandato

Verificar a existência de atos não registrados no SIM AM e na atoteca, visando a regularização, uma vez que os atos de

natureza orçamentária e financeira devem ser registrados no Sistema Contábil e importado para o SIM AM. Caso o SIM

AM encontre-se atrasado, providenciar esse cadastramento com máxima urgência pois o fato de o próximo gestor ser

responsável pelo encaminhamento pode prejudicar o atual gestor que não os efetuou.

2 Avaliação das ações do ppa

Informar a realidade ocorrida para cada uma das ações registradas no PPA, não meramente aleatório preencher os

objetivos, metas e indicadores de acordo com o registrado no PPA, uma vez que não tenha sido realizado na totalidade

prevista. Ex: Valor orçado para atendimento de crianças carentes R$ 500.000,00, indicador: crianças meta de

atendimento prevista: 1000 crianças. Gastou R$ 100.000,00 no entanto na avaliação informou o atendimento de 1000

crianças

3 Decretos:

a) Percentual autorizado no orçamento

Verificar na peça orçamentária qual o percentual disponibilizado em lei para abertura de crédito suplementares, e se a lei

orçamentária possui algum dispositivo que não compute para o percentual. Exemplo, credito adicional suplementar por

excesso de arrecadação, superávit financeiro, remanejamento dentro do mesmo projeto atividade, transferência entre

mesma fonte.

Caso seu percentual tenha excedido, e sua lei permitir que não seja computado no índice pode ser aberto pelas seguintes

situações:

b) Excesso de arrecadação

Provável excesso de arrecadação ou tendência de excesso de arrecadação, de acordo com a Lei 4320/64

Real excesso de arrecadação apurado através do incremento através do valor de receita previsto no orçamento.

c) Superavit financeiro

Abertura de crédito suplementar por superávit financeiro, que é o valor do resultado positivo por fontes do exercício

anterior. Para proceder essa abertura é necessário primeiramente extrair de dentro do SIM AM o relatório superávit

financeiro e se atentar para nenhum crédito ultrapassar o valor disponibilizado no referido relatório.

4 Programação financeira no final do exercício

A programação financeira deveria ser observada durante todo o exercício, evitando assim o aparecimento de DEFICIT

ORÇAMENTÁRIO, ou seja o valor das despesas ser maior que o arrecadado. Adequações muitas vezes se fazem

necessárias nessa programação, a qual deve ser ajustada em cada sistema contábil, e posteriormente a isso ser publicada.

5 Empenhos: O empenho é o ato prévio do direito do credor receber. O qual só poderá ter direito após a Liquidação.

Deve ser respeitada a ordem EMPENHO – LIQUIDAÇÃO – PAGAMENTO, nunca fora dessa ordem. Só permitir que

o fornecedor emita nota fiscal após a realização do empenho.

a) Vinculação com licitações e contratos

Cuidado na informação dos contratos e licitações, não deixar empenhos sem essa vinculação.

b) Vinculação com dividas

A vinculação das dívidas nos empenhos é necessária para que seja formulado o relatório ANEXO 16 do balanço

patrimonial, que consta da dívida a longo prazo, a qual deve ser idêntica aos extratos apresentados pelos credores das

dívidas. Muito cuidado com INSS e PARCELAMENTOS PASEP.

c) Empenhos de precatórios

Realizar os empenhos dos precatórios vincendos no exercício seguinte, item de análise das contas por parte do TCE-

PR

d) Retenções de empenhos

Providenciar que sejam realizadas todas as retenções dos empenhos, e posterior a isso efetuar o pagamento das mesmas

de preferência dentro do exercício de 2016. O TCE pede justificativas quanto a transmissão de contas do ANEXO 17 da

lei 4320/64 quanto aos valores retidos e não repassados a quem é de direito.

6 Acompanhamento dívida a longo prazo

Acompanhar mês a mês, no fechamento mensal os saldos das dividas contidas no anexo 16, Dividas de longo prazo,

para que as mesmas correspondam aos saldos apontados nos extratos dos seus credores.

7 Controle da receita e despesa por fonte de recurso

O Tribunal de contas controla as fontes de recursos, através da receita Realizada menos a despesa contraída. Durante

todos os meses do exercício o SIM AM faz essa conta básica não com base nos empenhos e sim no pagamento das

Page 22: PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

despesas. Em se tratando em ultimo ano de mandato e que a LRF proíbe que se deixe despesa sem pagamento sem

sufiência de recurso para tal, no seu artigo 42 o qual rege:

Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato,

contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem

pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.

Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e despesas

compromissadas a pagar até o final do exercício.

Deve o gestor se atentar a partir de agora de ao inv s de conferir o relatório denominado, “balancete financeiro por fonte

de recurso” pela despesa paga, observar pela empenhada, uma vez ue ele devera deixar em cobertura esses valores para

quitação das mesmas. Ai fica a pergunta se eu tenho dinheiro em caixa para cobertura das despesas porque não paga-

las?

8 Liquidações quantitativas de empenho – Se atentar quanto aos valores e quantidades dos combustíveis no fechamento

do SIM AM. O saldo informado nos estoques deve ser o mesmo do estoque físico do Município. Um exemplo disso é se

um município informa o SIM AM um valor de estoque de gasolina e o próximo gestor ao iniciar os trabalhos se depara

com um estoque físico zerado, provavelmente ele vai abrir uma representação contra o antigo gestor.

9 Controle do realizável – Observar os saldos do realizável, seja ele junto ao INSS ou junto ao Fundo de Previdência, o

ideal é que todo o movimento do realizável bem como o pagamento das despesas com esses entes seja efetuado todo

dentro do mesmo exercício.

10 Controle do consignável – Ter total controle sobre os valores consignados. Sabe-se que essas importâncias não são

do município, então a apropriação das mesmas pela entidade caracteriza improbidade administrativas. O correto disso é

de que a entidade após ter essas retenções mapeadas efetue, dentro do exercício de 2016 o pagamento das mesmas. O

fato de simplesmente deixar pra o próximo gestor efetuar o pagamento, deve estar o recurso disponibilizado em conta

bancária específica de consignados na fonte 094. Então se tenho que deixar o recurso disponibilizado o porque não

pagar?

11 Transferências para o legislativo, autarquias e fundações.

Verificar os valores transferidos ao Legislativo Municipal, as autarquias e fundações, o valor da interferência

financeira deve ser informado pelos dois entes, não podendo haver divergências.

12 Valores repassados a consórcios

Muito cuidado quanto aos consórcios municipais. No SIM AM existe uma tabela a qual deve ser informado os

consórcios que o município participa chamada PARCIPACAÇÃO CONSÓRCIOS PÚBLICOS, o valor informado pelo

município deve ser o mesmo informado pelo consórcio. Vale lembrar que a inscrição de dívida não paga pelo município

ao consórcio deve ser comprovada através de empenhos. Então se eu possuo dívida junto ao consórcio devo deixar

empenhada pela sua competência.

13 Despesas não empenhadas e sua responsabilização

Cuidado especial para quem não possui um departamento de compras estruturado, onde todos os secretários

compram, os empenhos são feitos após a emissão das notas, não existe um controle da emissão de notas, ou seja, não se

sabe exatamente quanto o município deve. Essas despesas não empenhadas o próximo gestor pode efetuar um

lançamento no plano contábil deixando registrado que determinada despesa foi efetuada e não empenhada, complicando

assim a vida do gestor anterior.

14 Saldos das dívidas

Como já tratamos em item anterior, as dívidas a longo prazo devem possuir um controle rígido, a apresentação das peças

de balanço da lei 4320/64, ao novo gestor devem conter a realidade das contas Públicas. Salvo quanto ao parcelamento

de INSS e PASEP realizados no início de 2013, pois a receita federal até a presente data não os homologou e não possui

o saldo correto da referida dívida.

15 Aportes financeiros

Jamais deixar de realizar os aportes financeiros, determinados na lei que rege a entidade previdenciária do Município.

Item da prestação de contas que não existe forma de defesa para tal, uma vez que o próximo gestor pode demorar em

efetuar um parcelamento ou pagamento de aportes atrasados. Mais professor se eu não fiz nenhum aporte durante o

exercício como procedo?

Você pode tirar um relatório no sistema contábil de todos os valores empenhados como vencimentos e vantagens,

rubrica 3.1.90.11 e aplicar em cima disso o percentual determinado na Lei da previdência, efetuando um empenho único

com data de agora.

16 Restos a pagar

O ideal seria que não ficassem restos a pagar no final do exercício, com exceção de obras que tem a programação de

pagamento de acordo com o cronograma físico, efetuando os pagamentos com base no que foi realizado. Porém caso

isso não seja possível, deve-se lembrar que o art 42 da lei 101/2000 Lei de Responsabilidade fiscal, determina que os

valores deixados em restos a pagar tenham a cobertura financeira para isso.

17 Contribuições INSS

O ideal é que a guia do Inss seja recolhida dentro do mês de dezembro, não deixando que fique para pagamento

posterior. Evitando assim ter de juntar a documentação, caso o TCE solicite dos referidos pagamentos. A muitos casos

em que o novo gestor dificulta a entrega de documentação comprobatória ao antigo gestor, ficando difícil a aprovação

das contas.

18 Prestação de contas de adiantamentos

Page 23: PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

Verificar as prestações de contas dos adiantamentos, principalmente no que tange aos comissionados. A não prestação

de contas acarreta a devolução dos recursos, e possibilidade de improbidade administrativa. Realizar uma conferência

minuciosa e solicitar que seja prestado conta dos mesmos. Agravante a isso é mais de um adiantamento em aberto. A

maioria das leis que regem o regime de adiantamento nos municípios restringe a concessão quando o servidor possui um

adiantamento sem prestar contas.

19 Déficit orçamentário

Famoso item de reprovação das contas Municipais, neste ano de entrega de mandato deve ter uma atenção especial. O

grupo de fontes 000 a 099 não pode existir despesa maior que a receita. Sendo assim, observar neste momento pelo

valor empenhado se alguma das fontes desses grupos possuí agora em outubro saldo negativo e começar a providenciar

que seja zerado ou entregue com superávit. Observar se existem fontes vinculadas que podem receber determinada

despesa, contenção de empenhos quanto a apenas o que seja arrecadado até 31 de dezembro são outras soluções para

evitar esse problema.

20 Contenção de despesas pós eleições

Para o fechamento do mandato deve-se conter despesas pós eleições, visando que as contas sejam encerradas. Quando

não existe um departamento central de compras, isso fica um pouco mais difícil, haja visto que cada secretário efetua

compras e muitas vezes isso não apresenta a realidade empenhada na contabilidade.

21 Limites constitucionais

Muito cuidado com os índices constitucionais de atendimento há:

SAÚDE – 15% ARRECADAÇÃO

EDUCAÇÃO 25% ARRECADAÇÃO

FUNDEB 60% - APLICAÇÃO MINIMA EM REMUNERAÇÃO DOS PROFESSORES

FUNDEB 40% APLICAÇÃO MÁXIMA

FUNDEB 95% GASTO DE NO MÍNIMO 95% DOS VALORES REPASSADOS NA RECEITA 17.24.01.00

GASTOS COM PESSOAL – NO MÁXIMO 54%, LEMBRANDO QUE EM ULTIMO ANO DE MANDATO O

PERCENTUAL DE ALERTA NÃO POSSUI OS 8 MESES PARA RETORNO, O MESMO DEVE SER

RETORNADO DENTRO DO EXERCÍCIO.

22 PC de subvenções (mudança da lei para 2017 - marco regulatório)

Encerrar todos os convênios de subvenção social e prestar contas no SIT, uma vez que a lei 13019, alterou a forma da

concessão desses convênios para o credenciamento de entidades interessadas, então é necessário que todas as parcerias

se encerrem e sejam prestadas contas em 2016.

23 Conferência peças contábeis Sim Am x Sistema Contábil

Conferir ao fechamento de cada mês as peças contábeis da Lei 4320/64 emitidas no sistema contábil em confronto com

o SIM AM, quaisquer transferências devem ser ajustadas no fechamento do mês.

24 Baixa de responsabilizações em 31/12

Em 31/12 baixar todas as responsabilizações junto ao SIM AM, exemplo as contas bancárias, no encerramento do

exercício informar o término da responsabilidade do secretário responsável pela conta.

Sim Am: Preparando o Encerramento do Mandato (parte 2)

Dia: 20 Horário: 9h às 12h

1 Tesouraria:

a) Saldo contas

Verificar se os saldos apresentados no sistema contábil e no SIM AM são os mesmos apontados nos extratos emitidos

pelos Bancos, o fato do TCE não exigir mais o encaminhamento dos extratos físicos, não quer dizer que não tenha

conhecimento dos saldos bancários através das entidades financeiras. Lembrando ainda que o próximo gestor pode

responsabilizar o anterior por eventuais divergências nos extratos apresentados pelo banco versus os emitidos pela

contabilidade.

b) Responsáveis por contas

No SIM AM, existe um arquivo de responsabilização por contas bancárias. Em 31/12 deve ser baixada essa

responsabilidade para a mesma ficar evidenciada a baixa.

c) Desativação contas

Para facilitar, deve-se ter uma relação de todas as contas abertas no Banco, e as que são possíveis, exemplo as de

convênio, que sejam encerradas no banco e no SIM AM.

d) Fontes de recurso

Controlar todas as fontes para que a Receita, a despesa e o saldo entre elas seja o mesmo apresentado no extrato da

conta bancária da referida fonte. Muito cuidado com as fontes vinculadas, uma vez que o não controle, principalmente

as da educação, ou seja o não repasse de valores, pode acatar uma série de transtornos, entre eles a não aplicação do

mínimo exigido pela constituição.

e) Pagamentos em ordem cronológica

Se atentar para os pagamentos das despesas de acordo com a ordem cronológica, ou seja empenho anterior paga-se

primeiro. Evitando uma improbidade adminstrativa.

f) Disponibilidade financeira real

Page 24: PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

Disponibilidade financeira real é aquela a qual tudo encontra-se lançado contabilmente, não existe nada de despesas que

não tenham sido empenhadas, visando assim o fechamento das contas.

g) Extratos bancários

Averiguar todas as contas bancárias se o valor apresentado no extrato é o mesmo demonstrado contabilmente. Ideal no

encerramento que se faça carga dos extratos emitidos em 31/12

h) Receitas em 31/12

As receitas ocorridas por meio da tributação ou do IPVA as quais caem no dia 31 ou na noite do dia 31 devem ser

contabilizadas pelo próximo gestor em 31/12.

i) Conciliações bancárias

Evitar conciliações bancárias, uma vez que não se usa mais cheque nas entidades públicas o ideal não se deixe

conciliações, o que pode ocorrer é caso não sejam fechadas as fontes no sistema contábil que sejam necessárias

transferências que ficaram em conciliação quando do fechamento do AM. Por isso a importância do fechamento das

fontes diariamente até o fechamento do exercício.

j) Saldo de caixa

Não é permitido saldo de caixa uma vez que não existe mais tesouraria, sendo assim caso possua saldo de caixa existe

algum lançamento contábil feito incorretamente. Diante disso deve-se apurar a data em que ocorreu o erro e solucionar

através de lançamento contábil de correção.

2 Licitações e contratos:

a) Conferência licitações (processo físico x Sim Am)

Averiguar se as informações contidas nos processos físicos são as mesmas informadas no SIM AM.

Observar também se as quantidades compradas dos produtos correspondem aos licitados não podendo ser comprados a

maior, salvo casos em que exista aditivo cadastrado.

Cadastrar todos os aditivos de licitações no SIM AM.

Cuidado com atas de registro de preço, não existe prorrogação, o contrato é a própria ata, em caso de encerramento não

pode nenhuma das fases da despesa ficar sem cobertura da ata para fins de contrato.

b) Encerramento contratos final de mandato

Os contratos que não são de serviços continuados podem ser encerrados.

b) Comodatos de bens públicos a terceiros

Verificar os comodatos de bens cedidos a terceiros e como esta a vinculação deles ao patrimônio público, ter em mãos

cópia de cada um dos contratos de comodato.

3 Patrimônio:

a) Adequação instrução 70/2012

b) Relação de patrimônio com amortização, exaustão e depreciação lançados

4 Frotas:

a) Estoque de combústivel real

O valor do estoque informado no SIM AM deve ser condizente com o estoque físico.

b) Hodômetros e horímetros x Sim Am

Os dados dos hodometros horimetros, devem ser os mesmos informados no diário de bordo e consequentemente os

mesmos informados no sistema de frotas e SIM AM

c) Estoque de peças e insumos

Ter no sistema de controle de frotas o controle e a baixa dos insumos. Um exemplo é que desde 2015 o TCE vem

solicitando por meio do arquivo de liquidação quantitativa de empenhos todos os gastos com pneus.

5 Folha de pagamento:

a) Acompanhamento das fichas financeiras

Acompanhamento de que as fichas financeiras informadas no sim AM sejam as mesmas constantes nos arquivos e no

sistema de RH

b) Saldo empenhado no Sim Am

Não podem existir diferenças de saldos empenhados com relação aos arquivos enviados pelo Rh para empenho.

6 Obras públicas:

a) Intervenções

Todas as intervenções de obras devem ser cadastradas antes de que sejam empenhadas. O grande problema geralmente é

que se uma obra inicia-se agora, somente após o empenho é cadastrada a intervenção.

b) Acompanhamento obras

Ter todos os boletins de medição em mãos, para lançamento no sim am de acordo com as medições

c) Planilhas de execução

Page 25: PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES INOVAÇÕES DA LEI DE ...unipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/a0bc22af7e78db8addf6e35d... · PROVIDENCIAS PREVENTIVAS PÓS ELEIÇÕES

d) Obras paralizadas

e) Conclusão de obras

7 Carga de documentos úteis para defesas de fim de mandato

Necessário que seja levado em consideração a cópia de documentos relevantes para que caso seja necessário responder a

alguma diligência a algum órgão isso seja feito sem a dependência do novo gestor. Dentre eles destacamos:

1) Extratos bancários de dezembro de 2016

2) Convênios em andamento, cópia do convênio, execução e documentos possíveis para prestação de contas.

3) Cópia de todos os sistemas do município (backup)

4) Licitações de convênios.

5) Contratos de convênios.

6) Copias de notas fiscais de convênios e programas, seus respectivos empenhos, liquidações e ordens de pagamento.

3 Itens Mais Comuns nas Desaprovações de Contas

a) Resultado financeiro deficitário das fontes não vinculadas

b) Divergência de valores ativo/passivo do balanço patrimonial

c) Responsáveis por despesas não empenhadas

d) Déficit das obrigações financeiras frente às disponibilidades

e) Falhas na publicação de informações orçamentárias e financeiras

f) Despesas sem empenho prévio

g) Falta de encaminhamento de atos ao TCE