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“Se o clima não se estabilizar, o buraco nacamada de ozônio nunca fechará.” janeiro/2001

Por Sandra Guijarro Vilela*

O cientista Bedrich Magas vive em Punta Arenas, onde a diminuição da camada de ozônio é uma realidade. Dali ele adverte: o problema é grave, e pode piorar devido ao efeito estufa.

PUNTA ARENAS, CHILE.- Para muitos, o buraco da camada de ozônio é apenas conseqüência das emissões na atmosfera de produtos químicos voláteis, sobretudo os famosos clorofluorcarbonos (CFC), usados em refrigeradores e aerossóis. Não para Bedrich Magas. De seu escritório da Faculdade de Engenharia da Universidade de Magalhães, em Punta Arenas, dois mil quilômetros ao Sul de Santiago, este cientista chileno de origem croata afirma que a mudança do clima, provocada pela queima de combustíveis fósseis, também reduz a camada de ozônio. E, a não ser que o clima se estabilize, adverte, “corremos o risco de chegar a um ponto sem retorno em que o buraco jamais se fechará”.

Magas é um dos principais estudiosos da redução da camada de ozônio na Antártica. Suas opiniões e atividades são uma importante referência em todo o mundo para especialistas e políticos. “Hoje, é necessário estabilizar o clima, de maneira violenta e imediatamente. A redução do ozônio significa mais radiação ultravioleta; um impacto direto sobre a produção de alimentos e o risco de bactérias às quais não estamos acostumados”, afirma em conversa exclusiva com o Terramérica.

TERRAMÉRICA: Como a mudança climática influi na camada de ozônio? MAGAS: A destruição do ozônio se deve à ação catalítica dos clorofluorcarbonos, mas, também, a uma maior quantidade de nuvens de gelo estratosféricas, devido ao crescente esfriamento das camadas superiores da atmosfera, conhecido como efeito estufa. Por isso, até que não se estabilize o clima em relação a este efeito, corremos o risco de chegar a um ponto sem retorno, no qual o buraco na camada de ozônio jamais se fechará.

- Como se pode deter a redução do ozônio?

- É preciso eliminar as emissões de compostos clorados e frear o aquecimento global (reduzindo as emissões de gases que causam o efeito estufa, provenientes, sobretudo das indústrias petroleira e automobilística). No entanto, sem vontade política para controlar o clima, a estratosfera continuará esfriando inexoravelmente, com o risco de aparecerem buracos de ozônio em regiões mais povoadas, porque a concentração do cloro é alta em todas as latitudes e apenas é necessário tempo para que se formem as nuvens de gelo em outros lugares.

- Afirma-se que o buraco na camada de ozônio na Antártica este ano está menor do que em 2000. É verdade?

- É falso. O fenômeno está durando mais tempo, porque o volume de ozônio destruído este ano é o maior da história e continua crescendo, digam o que disserem.

- Fala-se muito sobre os efeitos que a radiação ultravioleta (UV) tem sobre a pele, mas há

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outros problemas importantes?

- Está chegando à Terra mais radiação UV, quer dizer, energia que quando chega ao solo é capaz de separar proteínas e romper cadeias de DNA (ácido desoxirribonucleico), gerando novos vírus ou mutações. Se ocorre uma mudança na luz, modifica-se a fotossíntese, perturbando todos os sistemas verdes. Também a resposta imunológica dos seres humanos se reduz, porque a longo prazo a radiação UV altera, inibe e bloqueia o funcionamento das células que avisam ao sistema imunológico que existe alguma infecção.

- Como ocorrem as mutações?

- Os raios UV têm capacidade de alterar os genes e modificar os organismos. Uma mutação se consolida em três ou mais gerações. O ser humano tem gerações longas, mas as bactérias podem fazê-lo em pouco tempo por seus curtos ciclos de vida. Não me venham com histórias: todos estes resfriados e vírus raros muito provavelmente são conseqüência de alguma alteração no DNA desses vírus.

- Afirma-se que em Punta Arenas as ovelhas estavam ficando cegas devido à radiação UV, mas depois se comprovou que era uma infecção ocular.

- Aqui não se provou nada. Se os animais têm redução em suas defesas devido à radiação ultravioleta, por exemplo, e se está na presença de microorganismos, como a bactéria da queratoconjuntivite bovina, então essa bactéria atua. Não foram feitas as correlações necessárias.

- Como os raios UV afetam a produção de alimentos?

- Pequenas modificações na radiação UV reduzem drasticamente a produtividade do arroz e de todos os cultivos em campos alagados. Os fotobiólogos documentaram grandes reduções no fitoplâncton antártico e, há vários anos, a Universidade de Maryland fez estudos com a soja: 40% mais de radiação baixou em 20% sua produção. Ainda que não haja mutações genéticas, queimaduras ou câncer de pele, existe o perigo de menor disponibilidade de alimentos.

- Muitos o consideram um “ecoterrorista”. O que pensa disso?

- Em 1987, as pessoas diziam que eu estava louco e agora sarei, porque me dão razão. Quando se explica que se fosse comprimido ao nível do mar a quantidade de ozônio que há entre o solo e o infinito, esta não passaria dos 3,2 milímetros, e que essa é a barreira protetora para que não sejamos extintos, então, pensam que não é loucura.

* A autora é jornalista e correspondente do Terramérica.

Fonte: www.tierramerica.net

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CHILE: Un país vulnerable por hueco de ozono janeiro/2001

SANTIAGO, (IPS) Chile debe ser declarado país vulnerable por el deterioro de la capa de ozono, según organizaciones ambientalistas que calcularon un aumento de 105 por ciento en los casos de cáncer de piel desde 1992.

La demanda de los ambientalistas coincidió con informes técnicos desde la austral ciudad de Punta Arenas, 2.500 kilómetros al sur de Santiago, que advierten para este año una situación probablemente tan crítica como la que se vivió en 2000 por el crecimiento del hueco del ozono.

El hueco de la capa de ozono en la estratósfera sobre la Antártida abarcó en los últimos días una superficie de 24 millones de kilómetros cuadrados, acercándose a territorios de Chile y de Argentina en el extremo sur del continente americano.

El 3 de septiembre de 2000, el deterioro de la capa llegó a su máximo histórico y alcanzó a 28,3 millones de kilómetros cuadrados, lo cual llevó a las autoridades a decretar una alerta roja en Punta Arenas y a instruir a la población para que no se expusiera más de 10 minutos al sol en forma continua.

El ozono es un gas estratosférico, situado entre 15 y 50 kilómetros sobre la superficie terrestre, cuya función es filtrar las radiaciones solares ultravioletas.

La prolongada exposición a esos rayos aumenta en las personas los riesgos de ceguera y cáncer de piel. El exceso de radiaciones provoca también daños en la fauna y en la flora, sobre todo en microorganismos marinos.

Claudio Casiccia, coordinador del Laboratorio de Ozono de la Universidad de Magallanes, en Punta Arenas, dijo este lunes que la situación de este año podría ser igual a la del anterior, en términos de aumento de las radiaciones solares.

Manuel Baquedano, presidente del Instituto de Ecología Política (IEP), señaló a su vez el domingo que los 120.000 habitantes de Punta Arenas, puerto localizado junto al Estrecho de Magallanes, corren alto riesgo.

El IEP lanzó la advertencia con oportunidad del Día Mundial para la Protección del Ozono, que conmemora la firma el 16 de septiembre de 1987 del Protocolo de Montreal, en vigor desde el 1 de enero de 1989.

Según ese instrumento internacional, todos los países deben reducir la producción y empleo de químicos volátiles, como los clorofluorcarbonos (CFC), que "devoran" las moléculas de ozono al estacionarse en la estratósfera.

Las condiciones climáticas propias del inicio de la primavera septentrional hacen que cada año se abra la capa de ozono entre septiembre y octubre.

Baquedano dijo que el gobierno de Chile debe solicitar la calificación de "país en situación vulnerable" en el marco del Protocolo de Montreal, lo cual le permitiría acceder a recursos del

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Fondo Multilateral de este acuerdo para afrontar la emergencia.

"Hay que reconocer, como país, que somos víctimas de la destrucción de la capa de ozono", subrayó el ambientalista.

El Fondo Multilateral se utiliza para ayudar a naciones en vías de desarrollo a reconvertir sistemas productivos y sustituir el uso de los CFC, pero hasta ahora ningún país solicitó acceso a sus recursos de emergencia.

Según Baquedano, los aportes financieros conseguidos mediante la declaratoria de "país vulnerable" permitirán realizar investigaciones científicas y tecnológicas y campañas de salud para proteger a la población.

El hueco del ozono comenzó a ser investigado como fenómeno sólo en 1980 y los seguimientos sistemáticos de su evolución, así como de sus consecuencias, se pusieron en marcha a fines de la década del 80.

Un informe elaborado por el IEP y otras organizaciones ambientalistas sostiene que en Chile aumentaron 105 por ciento los casos de cáncer de piel desde 1992, lo cual puede atribuirse al incremento de las radiaciones ultravioletas.

La gubernamental Comisión Nacional del Medio Ambiente (Conama) señaló que en el hemisferio sur se advierte una disminución paulatina acumulada de la capa de ozono de siete por ciento respecto de 1982. En el hemisferio norte esa disminución es de cinco por ciento, agregó la Conama.

Los territorios más australes sufren un mayor grado de deterioro, calculado en 13 por ciento para el área comprendida entre Puerto Montt, 900 kilómetros al sur de Santiago, y la península Antártica, agregó Conama.

Adriana Hoffmann, directora ejecutiva de la comisión, dijo que el gobierno chileno ha financiado más de 40 proyectos de reconversión para industrias de los sectores de la refrigeración y las espumas plásticas, eliminando así el uso de CFC y otras sustancias dañinas del ozono.

El Estado chileno puso igualmente en ejecución tres proyectos de demostración y transferencia tecnológica para la eliminación en la agricultura del bromuro de metilo, otra de las sustancias químicas a las que se atribuye el hueco de la capa de ozono.

Entre 1996 y este año se eliminaron en el país 500 toneladas de químicos agotadores del valioso gas estratosférico, dijo Hoffman.

Algunos expertos advirtieron en los últimos años que también estaría actuando como agente de deterioro de la capa de ozono el llamado efecto invernadero, por la quema de combustibles fósiles que producen el calentamiento de la atmósfera.

Fonte: www.tierramerica.net

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Ozônio: empresas terão de reduzir poluição 2|fevereiro|2001

O governo federal vai obrigar as empresas a reduzirem em até 15%, neste ano, o consumo de clorofluorcarbonados (CFCs). As substâncias provocam a destruição da camada de ozônio na atmosfera, que protege a Terra dos raios ultravioleta, causadores do câncer de pele.

Neste mês, o Ministério do Meio Ambiente publicará uma resolução que fixo ano de 2007 como data-limite para a eliminação do consumo destas substâncias no País. Os clorofluorcarbonados são usados em máquinas de refrigeração, na fabricação de espuma e em aparelhos para asmáticos.

Para o gerente da Secretaria de Qualidade Ambiental do Ministério, Fernando Vasconcelos, a adoção de novas tecnologias que dispensem o uso dos gases é uma questão de sobrevivência para a indústria brasileira, já que a produção internacional de clorofluorcarbonados deve acabar na próxima década.

O fim do consumo do CFC nos países em desenvolvimento está previsto para 2010, segundo o Protocolo de Montreal, do qual participam 186 nações. Com um consumo de 9.500 toneladas de CFC por ano, o Brasil é o terceiro maior consumidor dos gases no mundo, atrás de China e Índia.

Fonte: www.jt.estadao.com.br/editorias/2001/01/02/ger396.html

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Brasil amplia prazo para banimento de CFCs 4|janeiro|2001

Gás que agride a camada de ozônio terá 15% das importações reduzidas em 2001 e será eliminado até 2007

São Paulo - Está vigorando desde o início deste mês o novo cronograma que ampliou o prazo para o banimento dos gases CFCs, que agridem a camada de ozônio, de 2001 para 2007. Para este ano, a Resolução 267 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) estabelece uma redução de 15% nas importações do produto pelas indústrias.

As novas regras foram definidas depois de negociação entre o Ministério do Meio Ambiente e a iniciativa privada. Foram beneficiadas com prazos mais elásticos as pequenas e médias empresas que ainda trabalham com substâncias que agridem a camada de ozônio, cujo buraco alcançou em setembro de 2000 um nível recorde de 28,3 milhões de Km2.

Para o ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, “não adianta apenas punir para garantir respeito à natureza, é preciso educar e firmar parcerias”.

Nesse sentido, ações implementadas pela Secretaria de Qualidade Ambiental do Ministério, em 2000, permitiram que 38 empresas brasileiras obtivessem a aprovação de seus projetos de conversão industrial pelo Fundo Multilateral para a Implementação do Protocolo de Montreal (FMPM). Esses projetos devem propiciar a captação de cerca de US$ 7,4 milhões pelo parque industrial brasileiro, para a eliminação do consumo anual de 1,3 mil toneladas de substâncias que destroem a camada de ozônio (SDOs).

Protocolo de MontrealComo signatário do Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio, de 1987, o Brasil tem o compromisso de banir os CFCs - já eliminados pelos países desenvolvidos - até 2010. Esses gases, utilizados principalmente em aerossóis e sistemas de refrigeração, já estão com o consumo muito reduzido no país. Além de não fabricar mais o gás, o Brasil praticamente o eliminou nos aerossóis e em toda a linha branca (refrigeradores e freezers domésticos) e sistemas de refrigeração automotivos.

Segundo Sônia Maria Manso Vieira, gerente da Divisão de Questões Globais da Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo, primeiro estado a implantar um Programa de Proteção à Camada de Ozônio, em 1995, as restrições à importação afetam principalmente serviços que operam com equipamentos antigos, à base de CFCs, e que precisam de reposição. “Criamos um programa para não desabastecer o mercado e para que o CFC não seja jogado na atmosfera, ou seja, para que o gás seja reciclado”, explica Vieira. Em São Paulo, duas empresas especializadas (a Neulaender e a SJT Multiterm) reciclam CFCs e compram o produto de quem não utiliza mais.

Outras substânciasUma das dificuldades mundiais para acabar com a agressão à camada de ozônio é que os gases que estavam substituindo os CFCs também mostraram-se problemáticos. Os HCFCs acabaram incluídos no Protocolo por também agredirem a camada de ozônio e deverão estar banidos até 2030 pelos países desenvolvidos e até 2040 pelos demais. Já os HFCs, que não destroem a camada de ozônio, foram incluídos no Protocolo de Kyoto, das Mudanças Climáticas, como um dos responsáveis pelo efeito estufa.

Existem ainda outras substâncias que atacam a camada de ozônio e que têm o seu uso controlado, como o halon (bromoclorofluorcarboneto), utilizado em extintores de incêndio, principalmente na aviação, e que ainda não tem substituto. “Como não podemos nem produzir

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nem importar, precisamos minimizar o uso, que atualmente se restringe a apagar incêndios, e reciclar”, explica Sônia Vieira.

Através de um convênio com o Canadá, a Companhia de Tecnologia Ambiental de São Paulo (Cetesb) adquiriu o equipamento para fazer a reciclagem do halon, que é operado por uma empresa privada através de comodato, prestando o serviço para todo o Brasil e América Latina, que só conta com mais um equipamento semelhante, na Venezuela.

Outra substância controlada pelo Protocolo de Montreal é o brometo de metila, utilizado como pesticida na agricultura, no Brasil ainda usado principalmente nas plantações de fumo. “O importante é conversar com cada setor que faz uso de substâncias controladas e encontrar soluções conjuntas para o problema”, diz Vieira.

Maura Campanili

Fonte: www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2001/jan/04/185.htm

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O imprevisível buraco de ozônioEm 2000, fenômeno típico do Hemisfério Sul atingiu tamanho recorde, mas se fechou mais cedo do que o habitual

7|janeiro|2001

SPACE NEWS, para o Jornal do Brasil, de 07/01/2001

O planeta Terra parece ter se cansado de esperar que americanos e europeus entrem em um acordo sobre a emissão de gases do efeito estufa e o Protocolo de Kioto. No mesmo ano em que o buraco na camada de ozônio sobre a Antártica atingiu um tamanho recorde, este mesmo buraco se recuperou rapidamente, fechando por completo no dia 19 de novembro passado, mais cedo do que o habitual.

Os cientistas da Nasa estão estupefatos: o buraco de ozônio é um fenômeno sazonal, com o pico em meados de setembro, quando vai então se contraindo lentamente até meados do verão no Hemisfério Sul. Mas em 2000 ele se fechou mais cedo do que o esperado. "Nos últimos três anos, o buraco persistia até o meio de dezembro", diz Richard McPeters, o principal pesquisador do programa de mapeamento do ozônio no Goddard Space Flight Center (OSFC), da Nasa. "Mas esta mudança não permite fazer previsões a longo prazo. Isso porque o comportamento do buraco do ozônio é imprevisível e depende de fatores aleatórios como temperatura de precipitação. O que ocorreu em 2000 - tamanho recorde do buraco e seu rápido desaparecimento - pode ser atribuído a um fenômeno atmosférico chamado "ondas de escala planetária". A grosso modo, elas seriam um gigantesco sistema de baixa pressão, dominando todo o Hemisfério Sul. "As altas e baixas são tão grandes que não podem ser vistas em um mapa da previsão do tempo. Por isso são chamadas de ondas de escala planetária", explica Paul Newman, especialista em física da atmosfera do GSFC.

CFCs - As ondas planetárias exercem algum tipo de influência contra a destruição da camada de ozônio pelos gases clorofluorcarbonos (CFCs). No ano passado, as ondas planetárias no Hemisfério Sul eram fracas quando o buraco na camada de ozônio se formou em agosto e início de setembro. Daí o tamanho recorde que alcançou. Em meados de setembro, a força das ondas planetárias mudou drasticamente, e o buraco fechou mais cedo.

"O principal neste caso é a aleatoriedade desses sistemas climáticos de grande escala", prossegue Newman. ''Mesmo que se tenha grandes quantidades de CFCs na atmosfera, sempre estará frio sobre a Antártica (o que intensifica a destruição de ozônio). O tamanho do buraco é realmente controlado por pequenos detalhes." Como essas ondas de escala planetária atuam contra a destruição da camada de ozônio pelos CFCs, é difícil de explicar. Parece que elas têm um impacto relevante sobre a corrente de ar que envolve a Antártica conhecida por "vórtex antártico". O vórtex é uma espécie de redemoinho de ar que envolve o continente gelado no inverno e no início da primavera, isolando-o do resto da atmosfera.

Esse isolamento impede que o ar, rico em ozônio e mais quente, escape para o pólo, o que aumentaria a temperatura na Antártica. Esse ar rico em ozônio (que é levado para o pólo pela ação das ondas planetárias) forma uma espécie de barreira na periferia do vórtex, um "anel" de elevadas concentrações de ozônio, que pode ser detectado em imagens de satélite.

Sem o aquecimento das ondas planetárias, o ar dentro do vórtex cai a temperaturas extremamente baixas durante a noite eterna de inverno. As baixas temperaturas facilitam a destruição da camada de ozônio pois as reações químicas que levam à sua destruição são catalizadas pelas nuvens geladas.

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Vórtex - As fracas ondas planetárias de 2000 permitiram que o vórtex se expandisse mais do que o habitual, abrindo caminho para a destruição da camada e para a formação do buraco de tamanho sem precedentes. Quando a força dessas ondas chegou ao máximo em meados de setembro, elas atuaram sobre o vórtex que se dissipou mais cedo, permitindo que o ar, rico em ozônio e mais quente, se misturasse ao ar da Antártica, elevando as concentrações de ozônio além da borda do buraco.

O buraco do ozônio de 2000 por si só não indica uma tendência de longo prazo, mas as medições mostram que as concentrações de CFCs na estratosfera se nivelaram e que na camada mais baixa da atmosfera, a troposfera, as concentrações de clorofluorcarbonos começaram a cair. "As medições mostram que o buraco de ozônio não está piorando e pode até melhorar. Mas essa melhora vai ser muito lenta. Só lá para 2050 vamos retornar aos níveis de 1979", conclui Newman.

Balões vão medir CFCs

Daniele Nogueira, para o JB

Que a camada de ozônio está diminuindo ninguém duvida. Mas por que essa perda é maior nos pólos se a emissões dos gases que consomem o ozônio acontece em todas as regiões do planeta, os cientistas ainda não sabem explicar muito bem. Para estudar a contribuição dos países tropicais para redução da camada de ozônio,pesquisadores do Instituto de Meteorologia da Unesp e do Centro de Estudos Espaciais da França (CNES) vão lançar, em fevereiro, três balões estratosféricos que darão a volta ao mundo aferindo as concentrações de dióxido de nitrogênio (precursor do ozônio), vapor d'água e clorofluorcarbonos (CFCs).

Com os dados, os pesquisadores querem comprovar a teoria de que na faixa tropical, o transporte vertical das substâncias que destroem o ozônio é mais rápido do que nas outras regiões. "Durante o verão e a primavera, a forte atividade climática produz uma espessa cobertura de nuvens. Acredita-se que essas nuvens seriam as responsáveis pelo transporte das substâncias que consomem o ozônio", diz o físico Ngan André Bui Van, da Unespem Bauru. O vapor d'água e os CFCs foram escolhidos por serem considerados os principais vilões da camada de ozônio.

CNES - Os balões serão lançados do campus de Bauru da universidade e levarão de duas a três semanas para circundar o planeta. O monitoramento será feito da base do CNES, que receberá sinais dos balões periodicamente, indicando a altura e a posição geográfica em que estão. Foi assim que os pesquisadores conseguiram localizar os dois balões-teste lançados em novembro. Ambos caíram no Pacífico, a 50 km da costa australiana.

"A região onde fica a Austrália é caracterizada por uma grande turbulência climática. Há muitas nuvens lá e elas absorvem a radiação infravermelha do sol, fazendo com que os balões percam altitude", explica Bui Van. A importância da radiação infravermelha para a viagem ao redor do mundo é que ela funciona como uma espécie de combustível para os balões. Como não possuem motor, eles são movidos a calor.

O polietileno aluminizado - de que são feitos os balões - absorve a radiação e os esquenta fazendo com que o gás hélio no interior se expanda. O balão fica leve e sobe. De dia, os raios infravermelhos vêm do Sol. À noite, a fonte de combustível é a própria Terra, que libera a radiação absorvida ao longo do dia. "O problema é que, à noite os balões competem com as nuvens e acabam caindo quando passam por uma área nublada, se estiverem voando a baixa

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velocidade", explica.

Cada missão está orçada em US$150 mil e será financiada pela União Européia. "Esperamos que os balões forneçam dados mais precisos sobre a concentração de ozônio na atmosfera, pois as aferições feitas pelos satélites na região tropical são distorcidas pelas nuvens", diz o físico. Os dados serão atualizados em (http://www.ipmet.unesp.br/glb/index.htm) .

Concentrações altas

Daniele Nogueira, para o JB

O mesmo ozônio que protege o planeta e que está sendo destruído pela ação dos CFCs e outros gases, abaixo de 25.000 metros pode causar problemas respiratórios e irritação nos olhos se sua concentração for superior a 80 microgramas por metro cúbico de ar. No Estado do Rio, onde a Feema, desde outubro de 2000, passou a fazer medições diárias em quatro pontos - Centro, Jacarepaguá, São Gonçalo e Nova Iguaçu - em 12 dias, essa concentração ultrapassou a ideal.

Em quatro desses 12 dias, a concentração do gás superou 100 microgramas por metro cúbico de ar, quantidade suficiente para desencadear crises de asma, como mostra estudo feito com filhotes de macacos rhesus pela Universidade da Califórnia e publicado ontem na New Scientis.

Macacos - A equipe liderada pelo americano Charles Plopper, da Ucla em Davis, observou por cinco meses quatro grupos de macacos expostos a diferentes situações. O primeiro grupo respirou ar com ozônio por cinco dias consecutivos, seguidos por nove dias de ar limpo.

O segundo grupo foi mantido em ambiente com poeira domiciliar pelo mesmo período. O terceiro inalou ar com uma mistura de poeira e ozônio e o último grupo só recebeu ar limpo. A concentração do gás inalado pelos animais nos dois primeiros grupos foi de 100 microgramas por metro cúbico de ar.

Os dois grupos que inalaram ozônio apresentaram hiperatividade dos músculos que controlam a passagem de ar para os pulmões e produziram mais muco que o usual, favorecendo o entupimento dos brônquios, sintomas característicos da asma. Segundo o pneumologista Arnoldo Noronha, do Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Uerj, o ozônio atuaria como um agente facilitador para a entrada de alérgenos (substâncias que provocam reações alérgicas) no organismo.

"Existe uma série de substâncias, como a poeira domiciliar, que provoca reações inflamatórias na mucosa dos brônquios. Com isso a mucosa se torna menos permeável", explica Noronha. "As células da mucosa, que ficam coladas umas às outras, se afastam, permitindo o contato daquelas substâncias com a submucosa, camada mais irrigada e mais sensível às reações inflamatórias, desencadeando o processo asmático. O ozônio funciona como uma espécie de gatilho, abrindo as portas para as tais substâncias", completa.

O gás seria especialmente prejudicial às crianças. Daí a escolha de macacos jovens para a pesquisa. De acordo com Noronha, uma das razões que faria das crianças alvos mais fáceis para o ozônio seria o tamanho dos brônquios. "Como eles são finos, entopem mais rápido", diz. Para que o ozônio cause problemas respiratórios, no entanto é preciso que a exposição a altas concentrações do gás seja contínua. "O nível do ozônio não foi superior ao ideal em dias isolados", lembra a química Isabel de Carvalho, da Feema.

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Fonte: http://hps.infolink.com.br/peco/es010107.htm

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Brasil terá medição de ozônio 15|janeiro|2001

Será instalado nos próximos meses em Santa Catarina o segundo ponto de medição de ozônio da América Latina. O fato ocorrerá devido a um convênio firmado entre as universidades de Erlangen, na Alemanha, e de Joinville (Univille). A entidade brasileira passará a fazer parte da Eldonet, rede que monitora a camada de ozônio em todo o mundo. O outro sensor latino americano está localizado na Patagônia, Argentina.

Fonte: www.funbio.org.br/port/noticias/clip01b_2001.htm

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Criado o Centro de Monitoramentoda camada de ozônio para o Sivam março|2001

A Ciscea (Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo) assinou no dia 16 de março de 2001 um contrato com a Fundação Coppetec (Coordenação, Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos), que cria serviços técnicos especializados à montagem de um Centro de Monitoramento de Ozônio para o projeto Sivam. A assinatura do contrato foi oficializada pelo presidente da Ciscea/Ccsivam, Major-Brigadeiro-do-Ar José Orlando Bellon e pelo diretor da Coppe, Professor Segen Stefen. O contrato engloba as atividades de montagem do banco de dados, pesquisa aplicada e processamento de informações sobre o comportamento da camada de ozônio e a montagem do sítio de controle de monitorização de ozônio. O Projeto Sivam vai ceder informações para a montagem do banco de dados da Coppe, que vai desenvolver algoritmos (sistemática de cálculos) para avaliar e analisar a variação da camada de ozônio. Os equipamentos de informática (hardware e software) necessários para a viabilizar a criação do Centro de Monitoramento de Ozônio foram fornecidos pela Ciscea. Dentro do contratado, com validade de dois anos, serão criadas páginas na internet, consideradas produto final do contrato, com dados sempre atualizados sobre o comportamento da camada de ozônio. Estas páginas servirão como fonte de informações para vários órgãos, entre eles o ministério do Meio Ambiente e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Hídricos). A Coppe terá acesso a imagens de satélite cedidas pelo Projeto Sivam para avaliar a concentração de ozônio na atmosfera. Os especialistas da Coppe desenvolverão um modelo matemático que permitirá a análise da variação da camada de ozônio no país, produzindo relatórios periódicos. O Sivam pretende promover o desenvolvimento sustentável da região, através do uso inteligente da Floresta Amazônica. Além disso, as informações processadas pelo Centro irão auxiliar nos estudos sobre o câncer de pele no país, monitorando o índice de radiação ultravioleta na atmosfera. Fazem parte do projeto o Programa de Planejamento Energético, através do Laboratório Interdisciplinar de Meio Ambiente (LIMA) e o Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da COPPE. Um monitoramento ambiental eficiente, agregado a um conhecimento amplo da região Amazônica e seus ecossistemas, tornou-se de suma importância. Por este motivo, o Sivam está investindo na área de aquisição e interpretação de dados ambientais. A contribuição do Sivam é decisiva para aumentar a eficiência no conhecimento da região Amazônica e permitir o seu desenvolvimento sustentável, servindo como um importante instrumento de gerenciamento ambiental para todos os órgãos do Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia).

Fonte: http://www.sivam.gov.br/INFO/un_11.htm

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Na hora da praia, onde estará o ozônio?O primeiro monitoramento mundial e instantâneodo ozônio e dos raios UV

29|março|2001

Os holandeses do Royal Netherlands Meteorological Institute (KNMI) disponibilizarão pela internet um serviço de monitoramento quase imediato (com um atraso máximo de três horas) da camada de ozônio por meio de satélites que tornará muito mais eficientes os serviços de previsão meteorológica. Será possível mapear em três dimensões a camada de ozônio em volta do planeta. São informações que permitirão a todos saberem onde há situações críticas de exposição aos raios solares. Serão boletins identificados como "perfil rápido do ozônio" (fast ozone profile). O ozônio é uma substância que ajuda a proteger a superfície da Terra dos efeitos danosos dos raios ultravioleta. Um buraco na camada de ozônio expõe as pessoas a um risco muito maior de contrair queimaduras por sol e câncer de pele. O trabalho é feito por meio do Gome (Global Ozone Monitoring Experiment), programa que utiliza dados enviados pelo satélite ERS-2, lançado em 1995 por países europeus.

O serviço vai além de mapear possíveis buracos na camada de ozônio. Por meio de cálculos que apuram as diversas altitudes do planeta e a quantidade de ar existente até a camada, pode calcular a densidade do ozônio em diversas altitudes, provendo assim os noticiários de informações sobre locais onde há mais ou menos risco, assim como onde pode haver mais ou menos raios ultravioleta. Além de fornecer informações aos noticiários sobre o tempo (principal razão para a disponibilização do serviço), esse rápido monitoramento tridimensional do ozônio poderá também fornecer informações úteis a cientistas que estudem o comportamento da estratosfera terrestre, já que o ozônio move-se de acordo com os ventos em circulação acima da superfície do planeta.

É possível também realizar um cálculo que produza um índice referente à incidência de raios ultravioleta em todo o planeta mas esse é um resultado mais demorado, já que necessita de cálculos que envolvem as diversas camadas de ar em torno da terra e os índices de refração de luz que elas produzem, combinados com as diversas altitudes da terra. O serviço deverá ser ampliado com o lanþamento do satélite Envisat, previsto para acontecer ainda neste ano. Ele levará um espectrômetro que permitirá mapeamentos mais precisos da atmosfera.

Fonte: www.prometeu.com.br/noticia.asp?cod=57

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Destruição reduz imunidade do planetaPesquisadores russos realizam estudo para reparar camada de ozônio, mas, por enquanto, o jeito é se proteger do sol

23|abril|2001

Joinville - O primeiro monitoramento da camada de ozônio no Brasil está sendo efetuado em Santa Catarina pela rede Eldonet. A Universidade da Região de Joinville (Univille) e a Universidade de Erlangen da Alemanha montaram uma espécie de estação meteorológica na maior cidade do Estado e oferecem ao público, através da internet, informações sobre a intensidade de radiação solar. Para obter as informações, basta acessar o endereço power.ib.pi.cnr.it/eldonet/ e clicar na estação de Joinville.Hoje, estão disponíveis dados sobre as radiações par (luz visível), ultravioleta A (linhas vermelhas) e ultravioleta B (linhas azuis). A radiação em tempo real ainda não está acessível. A expectativa é que a consulta esteja livre na internet nos próximos meses, através da home-page da Univille (www.univille.edu.br). No site, o internauta terá informações sobre a radiação ultravioleta B e o tempo que poderá ficar exposto ao sol sem proteção. O serviço deverá ser disponibilizado em telões, colocados por empresas e instituições nas praias do litoral no próximo verão.O monitoramento em Joinville não tem a finalidade de produzir lucros. O sistema coleta dados e envia para um servidor central que comanda a rede em Pizza, na Itália. O objetivo é fazer a medição dos raios ultravioletas (A e B) e diagnosticar suas influências ao homem, desenvolver uma pesquisa arqueológica na região e efetuar análises física e química num raio de 100 quilômetros. A coordenação é do Departamento de Engenharia Ambiental da Univille (47) 461-9089.Um dos responsáveis pelo projeto é o pesquisador e biólogo alemão Donat Peter Hader, 57 anos. Ele esteve no Brasil para inaugurar o sistema no início de abril. Peter Hader aponta sérios riscos para a humanidade no que diz respeito ao buraco na camada de ozônio e os raios ultravioletas.A destruição da camada de ozônio equivale a uma redução da capacidade imunológica do planeta. Na África, por exemplo, está atingindo a população. Além disso, influi sobre as plantas: 50% das superiores estão sendo afetadas. O exemplo mais típico é o da soja. Conforme estudos, verificou-se diminuição no crescimento, afetando o volume e a qualidade da colheita. Os sistemas aquáticos, caso sejam afetados, não terão a capacidade necessária para absorver a quantidade ideal de carbono. Como a quantidade de CO2 (gás carbônico) é responsável pela situação climática na terra, a partir de menos absorção do CO2, calcula-se um aumento médio de temperatura de 4,5 graus daqui a 50 anos. Apesar disso, o índice é considerado pequeno.

InundaçõesNa verdade, a radiação solar pode influenciar sobre as correntes marítimas. Conseqüentemente, os fenômenos El Niño e La Niña conduzirão a inundações ou épocas de secas. Pesquisadores russos apresentaram um estudo segundo o qual seria possível reparar a camada de ozônio utilizando equipamentos de raios laser e satélites. Até que isso não se torne realidade, o ser humano pode se proteger usando roupas apropriadas (manga), chapéu, creme, loção de proteção e fazer campanhas de educação nos meios de comunicação, alertando a população para que tome os devidos cuidados.O pesquisador Donat Peter Hader diz que não é possível fazer um controle social da situação ambiental atualmente no mundo. O que está se tentando fazer é diminuir os extremos, ou seja, evitar que os desastres ambientais afetem a condição ambiental atual. O desenvolvimento de veículos que sejam menos poluentes, que gastem menos combustível, por exemplo, é uma idéia que deve virar realidade em breve. Os veículos teriam consumo de três litros para cada 100 quilômetros. Já há modelos prontos para serem colocados em teste.

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Fonte: http://an.uol.com.br/2001/abr/23/0ger.htm

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Ibama cadastra empresasque usam gases CFCs 23|abril|2001

São Paulo - Uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente obriga as empresas que ainda consomem substâncias que destroem a camada de ozônio, relacionadas no Protocolo de Montreal, em quantidade igual ou superior a 200 quilos anuais, a se cadastrarem no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) até 11 de dezembro de 2001. Segundo a convocação do Ibama, as empresas que não se cadastrarem terão sérias dificuldades para importação e aquisição dos clorofluorcarbonetos (CFCs), que passarão, a partir dessa data, a sofrer restrições de importação com redução das quantidades até então autorizadas e estabelecimento de cotas para as empresas importadoras.

Data-limiteAs principais empresas que ainda usam esses gases são as do setor de serviços, ligadas à manutenção de aparelhos de refrigeração doméstica ou comercial, transporte frigorificado e contêineres. O governo federal obrigará as empresas a reduzir em até 15% o uso de CFCs neste ano e adotou 2007 como data-limite para a eliminação do consumo dessas substâncias no País. Segundo o Protocolo de Montreal, do qual participam 186 nações, os países em desenvolvimento têm prazo até 2010 para eliminar os CFCs. Com um consumo de 9,5 mil toneladas por ano, o Brasil é o terceiro maior consumidor dos gases no mundo, atrás de China e Índia. Para cadastramento, as empresas devem contatar a sede do Ibama em Brasília, pelo telefone (61) 316-1325 ou as representações do órgão nos estados. (Agência Estado)... ... ...Camada de ozônioSaiba o que é e onde está localizadaSituada na estratosfera, entre os quilômetros 20 e 35 de altitude, a camada de ozônio tem cerca de 15 quilômetros de espessura. Sua constituição, há cerca de 400 milhões de anos, permitiu o desenvolvimento de vida na Terra, já que o ozônio, um gás rarefeito cujas moléculas se compõem de três átomos de oxigênio, impede a passagem de grande parte da radiação ultravioleta emitida pelo Sol.O ozônio é um gás atmosférico azul-escuro. A diferença entre o ozônio e o oxigênio se resume a um átomo: enquanto uma molécula de oxigênio possui dois átomos, uma molécula de ozônio possui três. Essa pequena diferença é fundamental para a manutenção de todas as formas de vida na Terra, pois o ozônio tem a função de proteger o planeta da radiação ultravioleta.O sol está a 5.500 graus. Sua superfície emite 68 milhões de watts por metro quadrado. A Terra está a 150 quilômetros de distância, de forma que a radiação que chega a nossa órbita é de 1.360 watts por metro quadrado.O sol emite uma ampla faixa de radiação eletromagnética que inclui o infra-vermelho, a luz visível e o ultravioleta (UV), que se divide em UVA, UVB e UVC. Os únicos que atingem a Terra são o UVA e UVB. A exposição ao UV aumenta com a diminuição da camada de ozônio.O Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente (PNUMA) revelou que, pela primeira vez, estava-se produzindo uma perda importante do ozônio tanto na primavera como no verão, e tanto no hemisfério Norte como no hemisfério Sul, em latitudes altas e médias. Este fato fez crescer a apreensão geral, já que no verão os raios solares são muito mais perigosos que no inverno.

O buraco na camada de ozônio na Antártida havia atingido o tamanho recorde de 10 milhões de km2, área aproximadamente igual à da Europa.Maior incidência de raios ultravioleta, que diminui a fotossíntese nos vegetais e afeta as espécies animais.

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Nos seres humanos compromete a resistência do sistema imunológico e causa câncer de pele e doenças oculares, como a catarata;Torna mais fácil as condições para que os tumores se desenvolvam sem que o corpo consiga combatê-los.Supõe-se que haveria um aumento de infecções por herpes, hepatite e infecções dermatológicas provocadas por parasitas.

Fonte: www.infolink.com.br/uvsolar e www2.cptec.inpe.brFonte: http://an.uol.com.br/2001/abr/23/0ger.htm

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Calor ameniza retração de ozônio 25|abril|2001

GENEBRA - O aquecimento global traz riscos de elevação do nível dos oceanos, mas também pode ser a causa da freada no ritmo de destruição da camada de ozônio verificado este ano no Hemisfério Norte. De acordo com medições da Organização Mundial de Meteorologia (WMO, a sigla em inglês), a redução da camada de ozônio em 2001 foi 5% menor que a média dos anos 80. O motivo seriam as altas temperaturas no hemisfério, comparadas com a de anos anteriores.

A temperatura é um dos fatores que influencia a reação química entre o ozônio e substâncias como os gases clorofluorcarbonos (CFCs), usados em sistemas de refrigeração. Quanto mais baixa, melhor o ambiente para a combinação entre os gases, resultando na retração da camada de ozônio.

O fato contrasta com o recorde do tamanho do buraco de ozônio sobre a Antártica ano passado. Em 2000, o buraco no Hemisfério Sul foi o maior já registrado e, curiosamente, foi o que mais rápido fechou. O buraco de ozônio abre e fecha todos os anos sobre o hemisfério durante a primavera brasileira.

Apesar de comemorarem a diminuição da velocidade com que a camada de ozônio está sendo destruída no Norte, os cientistas da Organização Mundial de Meteorologia não estão otimistas quanto aos próximos anos. ''Não esperamos que o mesmo ocorra no futuro, pois o fenômeno é sazonal'', disse Michael Proffitt, da WMO.

Fonte: http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/ciencia/2001/04/24/jorcie20010424003.html

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Ozônio e doenças respiratórias 27|abril|2001

O aumento de doenças respiratórias na Grande São Paulo (Folha de S.Paulo, 27/4/01, págs. C1 e C3), provocado especialmente por intoxicação por ozônio, aumenta os atendimentos em hospitais. No final dos anos 70, quando os jornais – especialmente o Jornal da Tarde –, dispunham de bons repórteres de urbanismo, assuntos como esse rendiam reportagens de primeira qualidade. Os bons jornalistas de urbanismo desapareceram à medida que as cidades passaram a ser cada vez mais inóspitas.

É estupidez esperar que os governos, em qualquer instância, possam dar conta de todas as soluções necessárias. A mídia deve, por isso mesmo, contribuir para a educação do cidadão. Mas ela própria deve-se preparar para esse trabalho – o que, neste momento, parece bem longe de estar acorrendo.

Fonte: www.observatoriodaimprensa.com.br/ofjor/ofc090520012.htm

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O Ozônio que Nos Protege julho|2001

A Sra. já esteve na Antártida… Foi por um projeto de pesquisa? Isso. Foi através de um programa chamado WOCE (World Ocean Circulation Experiment). O objetivo desse programa é "fotografar" a circulação oceânica porque para entender o clima global é muito importante saber como o oceano circula. Então, esse programa WOCE envolve cientistas de mais 30 países, centenas de cientistas, justamente para mapear as condições atuais dos oceanos. Uma das grandes lacunas no conhecimento hoje é como o oceano funciona e como ele atua nas questões climáticas. Todo o globo foi dividido em várias seções. Cada grupo tratou de uma seção. A seção que participei foi a WOCE A-23, justamente estudando as questões físicas, como está o oceano hoje e como isso pode ser alterado pelas questões climáticas.

E como estão os oceanos?Para dar um exemplo prático. Entre a América do Norte e a Europa existe uma circulação chamada Giro do Atlântico Norte que inclui a Corrente do Golfo. Ela passa pelo leste americano e vai em direção à Europa. Essa corrente é muito importante porque ela transporta calor das regiões tropicais e subtropicais para a Europa, depois, quando atinge a região polar, essa água resfriada já está muito salgada e muito densa porque a baixa temperatura e a salinidade aumentam a densidade da água. Ficando mais densa, ela afunda e gera uma circulação. Só que essa circulação não é mais só na camada superior do oceano, é a chamada circulação termo-halina, que move o oceano inteiro, inclusive as águas mais profundas. Se essa circulação termo-halina, por alguma razão, parar, essa Corrente do Golfo também pára e aí esse calor não é mais transmitido para a Europa. Parte da Europa pode congelar e nós vamos ter novamente uma era glacial. Se, por exemplo, houver um aquecimento global e ocorrer o degelo das calotas polares, essa água que é normalmente bastante salina, vai desalinizar. Se ela ficar menos salina, ela não afunda. Se não afunda, ela não puxa a circulação. O WOCE e outros programas estudam para saber se aquecendo a atmosfera em X graus, quantos graus aquece o oceano e em que isso afetaria a circulação.

Por que o interesse na Antártida? Esse interesse não existe sobre o Pólo Norte?Então, em primeiro lugar, o Ártico – pólo norte – vem sendo explorado há muito tempo porque o acesso é muito mais fácil. Quando a pesca da baleia já estava muito desenvolvida no Ártico, a Antártida ainda era uma região totalmente desconhecida. Foi tomado conhecimento dessa região muito depois do Ártico. A Antártida começou a ser explorada pela pesca da baleia. Começou com a questão econômica da pesca da baleia. Ainda tem vestígios de estações baleeiras por ali. Teve um sentido inicial exploratório das suas riquezas. Depois, como a pesca começou a cair muito rápida, ela ficou de lado. Mais tarde, começou a existir a questão: de quem é essa terra? Não é de ninguém. Então, houve um consenso político sobre a necessidade de assegurar que não houvesse exploração das suas riquezas. Além da ocupação "estratégica" da região, existiu a motivação de pesquisar uma região praticamente intocada pelo homem e com características climáticas tão particulares.

A Antártida é um lugar privilegiado para experiências? Ela é muito diferente do resto do planeta pelo seu isolamento, pelas suas condições de temperatura. A Antártida tem as menores temperaturas do planeta, menos 50, menos 80 graus. Lá tem espécies que não tem no resto do mundo, então isso desperta uma curiosidade científica muito grande. Não só pela curiosidade, mas pelo conhecimento científico que aquele ambiente traz.

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Por que o buraco na camada de ozônio foi descoberto primeiro lá? A questão do buraco na Antártida tem a ver com a nossa civilização, não necessariamente com a poluição lá, mas com a poluição que a gente gera no hemisfério Norte e Sul. A Antártida é uma região única porque, em primeiro lugar, é muito fria. Se você olhar no mapa, vai ver que ela está bastante isolada dos continentes. Esse isolamento faz com que ela fique muito fria. No inverno, ela tem seis meses sem luz. O que acontece também no Ártico, mas ele tem muita terra ao redor dele. Na Antártida, tem muito gelo…

É só gelo ou existe terra debaixo?Ah, sim. Tem um continente embaixo. No Ártico é que não tem. O Ártico é gelo sobre o mar. Então, as razões para que haja o buraco na camada de ozônio na Antártida… Ela é muito fria e por ser muito fria, ela forma um vórtex polar que a isola do resto do globo. Isso promove a formação de nuvens estratosféricas polares. Essas nuvens, na verdade, são pedacinhos de água e ácido nítrico que congelam, são gotículas, cristais congelados. Isso só pode ser formado em temperaturas extremamente baixas, na ausência de luz e com a presença do vórtex polar. Por isso só acontece na Antártida. Então... esse cristal forma um suporte de reação para transformar as espécies de Cloro que estavam desativadas em espécies de Cloro ativadas. O Cloro que destrói a camada de ozônio é esse cloro (Cl), o cloro atômico. Então o que acontece? Esse cloro que estava na forma inativa reage com esse cristal, que faz parte dessas nuvens estratosféricas polares, formando Cl2 que não reage diretamente com o ozônio. Durante o inverno, no escuro, com o frio vai havendo a formação de Cl2 devido à presença desses cristais. Então, as espécies inativas de nitrato de cloro vão se transformando em Cl2. Vai acumulando, vai acumulando durante o inverno todo. No início da primavera, você tem a presença de luz e ocorre o desprendimento ou a formação de cloro atômico (Cl). É como uma bomba que explode…

O ozônio é uma molécula com três átomos de oxigênio (O3). Então, o cloro (Cl) com a presença de luz quebra essa molécula e tira um átomo de oxigênio… Isso. Numa linguagem leiga, é isso. Ele (cloro) tira um átomo de oxigênio e reage formando o ClO e liberando O2. Se fosse só isso, tudo bem. O pior é que esse ClO volta a ser Cl. Ele perde esse oxigênio, acaba quebrando (destruindo) mais uma molécula de oxigênio e volta a ser o cloro atômico, que é um elemento catalisador, participa da reação, mas não é consumido. Uma molécula de cloro pode reagir com milhares de moléculas de ozônio, principalmente, porque o cloro tem um tempo de vida muito alto, justamente por causa desse ciclo catalítico.

Além do CFC (clorofluorcarbono), que teve seu uso diminuído depois do Acordo de Montreal, tem outros poluentes que afetam a camada de ozônio… Eles tem o mesmo efeito. Por exemplo, eu quando cheguei em Florianópolis, fui comprar uma geladeira e perguntava: qual a diferença entre esse refrigerador e aquele? Ah, esse custa 1.000 e aquele custa 1.200… Não, eu quero saber que tipo de gás tem. Ah, eu não sei… Então, eu tive que telefonar e perguntar ao fabricante que tipo de gás os refrigeradores traziam. Então, por exemplo, a Brastemp dizia que era um gás ecológico. Aí tive também alguma dificuldade para chegar na pessoa que me dissesse que gás era esse. Eles me disseram que era o HCFC134A, que foi chamado de ecológico, mas não é mais chamado de ecológico pelo GreenPeace, por exemplo, não tem mais o selo Verde na Europa.. ele destrói muito menos a camada de ozônio, mas ainda destrói. O objetivo é chegar num gás que não destrua. A capacidade dele absorver os raios ultravioletas é muito alta, então ele (HCFC) é um grande gás efeito estufa. Mas como as pessoas entendem que ele é um gás “verde”, você pode começar a usar esse gás de uma maneira descontrolada a ponto de produzir e usar muito mais e causar o mesmo efeito ou até

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pior que o CFCs. O GreenPeace sugere um novo gás que é simplesmente o isobutano ou propano. Ele não é um gás de efeito estufa, mas o problema é que é inflamável.

Esse é um componente do gás de cozinha? É um primo dele. Como ele é inflamável, os refrigeradores tem de ser construídos de forma a controlar essa inflamabilidade. Toda fábrica que quiser produzir esse refrigerador tem que estar preparada para também suportar o manuseio desse gás. Então, é tudo mais caro. Todo o processo é mais caro. Mas acontece que, por exemplo, o alemão está disposto a pagar por isso. Na Alemanha, os refrigeradores que não tem esse gás já não são mais vendidos.

Mas é uma tecnologia segura? Se não, as pessoas podem dizer: “ah, eu vou cuidar da camada de ozônio e posso destruir a minha casa…” Não, ele é bastante seguro. O conteúdo de gás nesses refrigeradores é o equivalente a dois isqueiros. É muito pouco. Mesmo assim, a tecnologia usada, o processo… acaba que o produto é caro. Mas, para os países em desenvolvimento que não tem condições tecnológicas e financeiras, existem tipos de financiamento pelo Banco Mundial para implementar esse tipo de tecnologia. Mas você vai implementar onde? Nas indústrias que já produzem. Então tem que ter vontade política também da indústria querer produzir. Se houver uma pressão da comunidade, do cidadão comum para comprar uma geladeira verdadeiramente “verde”, o fabricante produz. Nos Estados Unidos, por exemplo, eles não produzem refrigerador com isobutano porque a população, o americano de maneira geral, não é consciente dessa necessidade, então não exige que o mercado ofereça. (…) O GreenPeace coloca que, se uma indústria apostar nessa tecnologia, daqui a pouco ela vai estar na frente das outras. A Argentina, que é um país muito parecido com o nosso, já está implantando essa tecnologia e, no Brasil, ainda se continua usando o HCFC.

Tem gente que chama o GreenPeace de grupo de terroristas ecológicos. Eles tem equipes de pesquisadores e laboratórios de pesquisa?Tanto é que eles fizeram essa proposta, bastante inovadora. Aliás, inovadora, não. Esse gás já é conhecido, mas eles estão propondo a tecnologia, estão tornando viável. Eles tem um grande número de pesquisadores em laboratórios que eles chamam de “independentes”, que fazem suas próprias análises. O GreenPeace faz muito monitoramento. Agora, eu também discordo de muitas das posturas do GreenPeace, mas acabei citando porque foram eles que sugeriram essa mistura de isobutano e propano. Se um país como a Alemanha já usa, em 100% dos refrigeradores, essa tecnologia.. se todo o país está aceitando essa tecnologia não é a questão de alguns radicais propondo alguma coisa impossível.

O CFC foi muito utilizado em sprays e aerossóis. Todo produto que usa esse tipo de embalagem (desodorante, fixador para cabelo, espuma para barba) pode ter substância que destrói a camada de ozônio?Pode ter. Você tem que ligar para o fabricante e perguntar.

Mas existem outras substâncias que são poluentes e ainda estão sendo muito usadas… Está se falando muito do brometo de metila, que é um pesticida usado em plantações de morangos e tomates. São muitos. Por exemplo, tem alguns que fazem parte do pó químico de extintores, outros são usados na fabricação de espuma. Uma coisa que se deve esclarecer: as algas são grandes produtoras de cloro, bromo e iodo também, na forma metilada. Cerca de 25% do cloro existente, que destrói a camada de ozônio, é de fonte natural. Então, essas algas excretam

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esses compostos voláteis no mundo inteiro e produzem brometo de metila, cloreto de metila, iodeto de metila… que são voláteis, vão para a atmosfera, reagem pouco na troposfera, acabam indo para estratosfera e, uma vez lá, acabam destruindo a camada de ozônio. Então, nós estamos falando do grande vilão, que são os CFCs. Digamos que a natureza já "previa" essa destruição pelas algas… O que a natureza não previa, entre aspas, é essa injeção de outros 75% de cloro na atmosfera, de forma tão rápida… O bromo tem um poder de destruição muito maior. Veja, o CF3Br tem um potencial de destruição dez vezes maior que um CFC comum.

E onde é encontrado esse composto?Esse composto é usado em extintor de incêndio. O que acontece é que nós tivemos muita sorte. Eu assisti a uma palestra do Dr. Paul Crutzen, ganhador do Prêmio Nobel de Química justamente por ser um dos primeiros a esclarecer a questão da destruição da camada de ozônio. Ele falou que nós tivemos muita sorte de os nossos CFCs serem com cloro e não com bromo. Na verdade, o CFC e o CFBr tem propriedades químicas, custo industrial, etc, muito similares. Por uma sorte, acabou se utilizando o CFC, que é dez menos destrutivo que o CFBr. Então, se por acaso esses propelentes fossem usados com bromo, hoje nós estaríamos numa outra situação ou talvez não estivéssemos aqui para contar essa história… Por que como a ciência é muito lenta, ela demora muito para entender e depois que ela entende, demora muito para atingir a questão política, depois o político demora muito para atingir aquele que produz o poluente, então é um processo muito lento. Não só da ciência, mas prá interromper essa cadeia… Veja, por exemplo, o que está acontecendo hoje com o Protocolo de Kyoto.

Porque se diz que o buraco sobre a Antártida, algumas vezes, cresce e outras, diminue?Na verdade, não tem um buraco, tem um afinamento da camada. Ela fica mais fina, menos concentrada. (…) Se você pudesse pegar toda a camada de ozônio e trazer para a pressão atmosférica da superfície, você teria 3 milímetros de camada. (...) Então, você tem uma grande quantidade de Cl2 que foi acumulada durante o inverno. Com a chegada da primavera, esse Cl2 passa para a forma atômica (Cl) e começa rapidamente a destruir o ozônio, há uma perda na concentração da camada. Não existe um buraco, só tem menos ozônio na camada, ela está menos densa.

Isso está sendo medido, de ano em ano, e está sendo comprovado que esse fenômeno está se repetindo toda primavera… Toda primavera. Você tem um monte de cloro que vai atacando o ozônio por causa dessa bomba que explode. Depois acaba esse cloro que estava estocado e fica o cloro "normal", nas formas ativas e inativas. Então, você tem um aquecimento pela entrada de luz na primavera que destrói as nuvens estratosféricas polares que é o que promove a formação de Cl2. A atmosfera está mais aquecida, não tem mais aquele vórtex polar que isola a Antártida do resto do mundo… Com a chegada do verão, você começa a ter um retorno da concentração do ozônio.

Por enquanto a concentração de ozônio está sendo refeita, digamos…É assim: se diminui a concentração em uma região, outra região tende a entrar em equilíbrio com essa. Começa penetrar ozônio de outras regiões para tentar suprir isso, entrar em equilíbrio novamente. Mas o resultado final é uma concentração de ozônio mais baixa que no ano anterior. Essa camada, ano após ano, vai ficando cada vez mais rarefeita. Isso é o que se chama “aumentar o buraco da camada de ozônio”. Esse aumento é causado porque a “bomba”, digamos assim, que explode é cada vez mais forte. Nas regiões mais ao norte da Antártida, nas

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ilhas Malvinas, está tendo um índice enorme de catarata em carneiros. Não tinha isso antes, o “buraco” não chegava até lá… Quando a “bomba” era menor e destruía o ozônio nessa região da Antártida, só pegava ozônio da vizinhança para tentar recompor a camada. Como essa “bomba” está cada vez mais potente, a camada acaba "roubando" ozônio de uma área cada vez maior.

Tem regiões que são mais vulneráveis? Fala-se nessa característica mais rarefeita da camada sobre a região do Vale do Itajaí…Tem duas questões. Uma é a destruição da camada de ozônio que ocorre, principalmente e mais intensamente na época da primavera, na Antártida. E tem ozônio na estratosfera do globo que está sendo destruído todo o tempo. A camada de ozônio sobre nós está sendo mais destruída do que reposta. (…) Por que o ozônio nos protege da radiação ultravioleta? Porque ele reage com o ultravioleta, formando O2 + oxigênio. Isso quer dizer proteção. A destruição do ozônio é que nos protege da radiação ultravioleta. Ele absorve a radiação, não deixa que ela chegue até nós. Então, a destruição do ozônio é um fenômeno natural. Ele usa a radiação, fica com ele, a radiação não chega até nós. Acontece que, naturalmente, também há formação de ozônio. O O2 volta a reagir com o oxigênio (O) para formar o O3. Então, é um ciclo de destruição e formação. Se você está em equilíbrio, dez moléculas são destruídas, dez moléculas são recuperadas. O que está acontecendo? O homem está adicionando cloro e bromo no ambiente que aceleram essa destruição. Então, dez moléculas são destruídas, sete são recuperadas. Está havendo uma destruição maior do que a recuperação em todo o planeta. A Antártida é a região mais afetada.

E o ozônio de baixa altitude? Como se ele forma?Ele se forma pela reação dos óxidos de nitrogênio (NO e NO2) com os compostos chamados carbono-orgânico-voláteis, que são produzidos pela combustão da gasolina. O papel dos catalisadores nos carros é minimizar a formação desses compostos (…) O ozônio é um bactericida. Por isso que ele faz mal prá gente. Se respirar esse ozônio, a gente vai estar respirando radical livre. O que acontece? O ozônio se decompõe em O2 + O. Esse “O” é um radical livre. Ele é muito instável, ele quer reagir e vai reagir com a matéria orgânica. Na hora em que reage, ele modifica a estrutura molecular da matéria orgânica. O câncer, por exemplo, é um processo onde células, por alguma razão, foram modificadas e passam a se reproduzir de forma desordenada. (…) Veja, se você tem uma bactéria na água e está ozonizando essa água, você está desinfetando porque está matando a bactéria. Porque você está produzindo um radical livre que é instável e extremamente reativo. Agora, se a gente respira esse ozônio, no nosso pulmão ele vai se transformar também em O2 + O e vai reagir com a mucosa, vai causar dor de garganta, vai irritar os olhos…

Não há relação direta entre a destruição da camada de ozônio e o aumento do efeito estufa, mas os dois fenômenos juntos podem causar mudanças climáticas severas?O que a destruição da camada de ozônio pode causar é fazer com que a superfície da Terra receba maior incidência de raios ultravioletas. O CO2 é o grande vilão na história do aumento do efeito estufa. Se você tiver mais ultravioleta chegando, você pode ter também mais aquecimento. O problema maior da destruição da camada de ozônio é o efeito biológico e não o efeito na temperatura. Tem que se preocupar por aí… Catarata, câncer de pele… Esses problemas já são notórios em várias regiões na Austrália, Nova Zelândia, nas Ilhas Malvinas. (…) Existem estudos sobre algas em intensidade maior de ultravioleta para ver como o metabolismo delas muda… Você pode estar criando espécies mutagênicas. Você pode ter problemas de câncer, que é uma célula mutagênica. Você pode também estar criando organismos mutantes… Existe muita pesquisa nesse assunto. O aumento da intensidade ultravioleta vai causar danos biológicos, que são os mais imediatos, mais importantes, mais

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assustadores, em toda a cadeia biológica. O que acontece é que se você afeta um elo da cadeia trófica, você afeta a cadeia trófica inteira.

Maria Lúcia Arruda de Moura Campos, química, doutora em Oceanografia Química, professora visitante do Departamento de Química (UFSC).

Fonte: www.guiafloripa.com.br/energia/entrevistas/marialucia.php | volta |

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Buraco de ozônio sobrea Antártida está aumentando 17|setembro|2001

"Com exceção do extremo norte da península antártica, o orifício já cobre praticamente todo o continente antártico", informou um relatório da agência Santiago - A Agência Meteorológica do Chile informou, nesta segunda-feira, ter detectado "um grande aumento" no buraco da camada de ozônio e advertiu que este já alcança uma superfície de 24 milhões de quilômetros quadrados - o mesmo tamanho de Canadá, Estados Unidos e México juntos. "Com exceção do extremo norte da península antártica, o orifício já cobre praticamente todo o continente antártico", informou um relatório da agência. Tanto no ano passado como em 1997, houve períodos críticos na Antártida, em épocas nas quais o rombo na camada de ozônio chegou a 27 milhões de quilômetros quadrados.

Alerta vermelho

O chefe do laboratório de ozônio da Universidade de Magallanes, Claudio Casiccia, não descartou a possibilidade de a cidade chilena de Punta Arenas, no sul do país, entrar em alerta vermelho, como ocorreu no ano passado. A população teria de ser instruída a defender-se do sol e não se expor à sua luz por mais de 10 minutos seguidos.

Um cientista chileno viajará na semana que vem a França, Holanda e Bélgica para obter apoio de personalidades públicas capazes de induzir a União Européia a declarar o Chile - durante a próxima reunião do Pacto de Montreal - como "país vulnerável" ao aumento do buraco na camada de ozônio.

Se tal declaração for obtida, seriam destinados fundos à pesquisa, à proteção e às ações educativas de prevenção devido ao grave problema da camada de ozônio.

ANSA

Fonte: www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2001/set/17/233.htm

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Pesquisadores brasileiros investigamburaco na camada de ozônio 26|setembro|2001

Pesquisadores brasileiros instalados em Punta Arenas, no Chile, lançarão, na primeira semana de outubro, sondas com balão para medir a extensão do buraco na camada de ozônio. No dia 21 de setembro, a concentração de ozônio sobre a Estação Brasileira na Antártica foi de 167 UD (Unidades Dobson, medida utilizada para concentração de gases), índice que deixou os pesquisadores em alerta. A concetração mínima considerada pelos cientistas como normal é de 220 UD.

A sondagem com balão é mais uma ação do Projeto de Radiação UV-B e Ozônio, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCT). O projeto, coordenado por Volker Kirchhoff, estuda a camada de ozônio e radiação ultra violeta na Estação Antártica Comandante Ferraz (base brasileira na Antártica) e em Punta Arenas. Em Ferraz foram feitas medidas com balão de 1990 a 1992 e, depois, em 1999. Em Punta Arenas foram realizadas sondagens com balão de 1995 a 1997.

O buraco na camada de ozônio é um fenômeno natural que ocorre no Pólo Sul, nos meses de agosto a novembro, em conseqüência da presença do sol na região e da mudança de temperatura. Seu aumento, no entanto, ocorre em função da concentração de gases CFC (Cloro-fluor-carbono) produzidos pelo homem. Uma molécula de CFC vive mais de 60 anos e pode destruir milhares de moléculas de ozônio, que duram apenas alguns dias. Com isso, o buraco atinge o continente Sul Americano e possibilita um aumento da radiação ultra-violeta, que chega ao solo.

A menor concentração de ozônio medida pelos pesquisadores brasileiros foi de 124 UD sobre Ferraz. Em Punta Arenas, o menor valor foi de 156 UD, em 1994.

Fonte: www.mct.gov.br/comunicacao/textos/default.asp?cod_tipo=1&cod_texto=89

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Brasileiros estudam buracona camada de ozônio 29|setembro|2001

Brasília, 28 (Agência Brasil - ABr) - Pesquisadores brasileiros instalados em Punta Arenas, no Chile, lançam, na próxima semana, sondas com balão para medir a extensão do buraco na camada de ozônio. Na 6ª feira passada a concentração de ozônio sobre a estação brasileira na Antártica foi de 167 UD (Unidade Dobson, medida utilizada para concentração de gases), índice que deixou os pesquisadores em alerta. A concentração mínima considerada pelos cientistas como normal é de 220 UD. A sondagem com balão é mais uma ação do Projeto de Radiação UV-B e Ozônio, do Inpe. O projeto estuda a camada de ozônio e radiação ultra violeta na Estação Antártica Comandante Ferraz (base brasileira) e em Punta Arenas. Em Ferraz foram feitas medidas com balão de 1990 a 1992 e, depois, em 1999. Em Punta Arenas foram realizadas sondagens com balão de 1995 a 1997. (Ubirajara Jr)

Fonte: http://www.radiobras.gov.br/ct/2001/coluna_280901.htm

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Proteção à camada de ozônio ainda é falha 17|outubro|2001

Signatários do Protocolo de Montreal querem restringir novas substâncias, sobretudo nos países em desenvolvimento, e eliminar falhas do atual documento.

Campinas - Os 180 países signatários do Protocolo de Montreal, contra o uso de substâncias prejudiciais à camada de ozônio, estão reunidos até a próxima sexta feira, em Colombo, no Sri Lanka, com o objetivo de ratificar emendas já aprovadas e aumentar as restrições previstas no acordo internacional. As atenções se voltam, em especial, para os países em desenvolvimento, uma vez que a grande maioria dos países industrializados já baniu quase todos os químicos nocivos, cuja lista negra abrange 96 substâncias diferentes. O centro das atenções, como sempre, deve ser o reforço ao Fundo Multilateral para o período 2003-2005. O fundo financia a transferência para tecnologias mais limpas, tendo atendido 120 países em desenvolvimento, com um total de US$1,2 bilhões, desde que foi criado, em 1991.

Apesar de ser menor do que o registrado no ano passado, o buraco na camada estratosférica de ozônio sobre a Antártica, este ano, atingiu 38,6 milhões de quilômetros quadrados, quase a soma dos territórios do Brasil e Federação Russa. Nas altas latitudes do Hemisfério Norte, a diminuição na camada de ozônio registrada durante a primavera (mês de março) foi de 20% sobre o Canadá, 30% na Sibéria, 10 a 12% na Europa e 6 a 10% nos Estados Unidos. As medidas são feitas sempre nos meses de primavera, quando o aumento da incidência de raios solares desencadeia as reações químicas com cloro-fluor-carbonos (CFCs), halogênios, freons e outros gases, destruindo o ozônio protetor e deixando passar mais raios ultravioleta.

O tamanho do atual buraco ainda é atribuído às emissões antigas de substâncias prejudiciais, que persistem por muitos anos na alta atmosfera.

Os efeitos das restrições feitas a partir do Protocolo de Montreal, de 1987, só serão sentidos dentro de mais algumas décadas, 4 a 5, pelo menos. Mas ainda é preciso eliminar os CFCs nos países em desenvolvimento, que hoje respondem pelo consumo de 83% destas substâncias. Por enquanto, o acordo só obriga a uma estabilização da quantidade de CFCs consumida, nos mesmos níveis de 1999. Em 2002, está prevista também a contenção no consumo de halogênios e brometos de metila (usados em fungicidas agrícolas).

A intenção, na reunião desta semana, é acelerar a substituição dos químicos mais prejudiciais por outros, menos danosos, nos países em desenvolvimento, ao invés de apenas estabilizar o consumo. E aumentar o controle sobre contrabandos, que têm sido feitos entre países com consumo autorizados e países industrializados. Além disso, será discutida a ampliação da lista negra, incluindo produtos recentemente desenvolvidos, como os solventes hexaclorobutadieno e n-propil-brometo; o 6-brom-2-metoxil-naftaleno, que serve para fabricar o metil brometo, já proibido, e o halogênio 1202, utilizado no combate ao fogo.

Liana John

Fonte: www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2001/out/17/1.htm

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Site recomenda tempo ideal de exposição ao sol 12|novembro|2001

O grupo de pesquisa do Laboratório de Ozônio do INPE está lançando em sua homepage (veja link), os índices de radiação ultravioleta B (UV-B), que indicam se o sol está forte ou fraco, para quase 200 cidades brasileiras, com mais de 100 mil habitantes.

O objetivo, segundo o pesquisador responsável pelo Laboratório, Volker Kirchhoff, “é tornar acessíveis dados que possam orientar as pessoas na proteção contra os efeitos prejudiciais dos raios solares.”

Segundo o pesquisador, mesmo sob a proteção da camada de Ozônio, capa natural que protege a Terra destas radiações, o homem não está totalmente imune aos efeitos nocivos da UV-B.

A exposição ao sol além do tempo recomendável provoca eritemas (queimaduras), podendo desenvolver doenças, entre elas o câncer de pele.

Por meio do site, que será apresentado nesta quarta-feira pelo pesquisador, a pessoa escolhe qualquer dia do ano em um calendário, obtém o índice de radiação na cidade da lista, e a partir deste valor deduz o tempo recomendável de exposição ao sol de acordo como o seu tipo de pele.

O tempo deverá ser obtido através da leitura de uma tabela que classifica quatro tipos diferentes de pele. No entanto, o pesquisador recomenda também a consulta ao dermatologista para uma melhor orientação.

O levantamento dos índices resultou de um trabalho que combinou dados obtidos a partir de uma rede de 10 estações espalhadas pelo País, que mede a radiação ultravioleta, e de um modelo matemático desenvolvido para se obter os valores para cada cidade.

Segundo Kirchhoff, o índice de radiação varia de acordo com a latitude, ou seja, de acordo com a inclinação dos raios solares sobre a Terra, que difere de um ponto a outro do globo.

Outro fator, seria a oscilação nas dimensões da camada de ozônio, reduzidas em determinados locais, como na Antártica, onde o laboratório de Ozônio do INPE realiza medidas e também durante algumas épocas do ano.Paulo Escada

Fonte: www.mct.gov.br/comunicacao/textos/default.asp?cod_tipo=1&cod_texto=1729

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Cientistas prevêem recuperaçãodo ozônio sobre a Antártida dezembro|2001

Antártida em foco

Está no fim o ano dos atentados terroristas, da crise econômica e das reviravoltas na conferência do clima que trata da redução das emissões de gases do efeito estufa. E traz pelo menos uma grande e boa notícia: o buraco na camada de ozônio, que envolve a Terra como um escudo protetor contra os perigosos raios ultravioleta do Sol, não cresceu. Os cientistas acreditam que ele tende a diminuir e, quem sabe, desaparecer. Como isso foi possível? A explicação é simples. Desde 1987, quando representantes de 24 países assinaram, em Montreal, um acordo para reduzir a produção de CFCs (clorofluorcarbonos) – os gases responsáveis pela destruição da camada de ozônio –, todo mundo fez a lição de casa. E o desastre climático e ambiental parece estar sendo contornado.

O fenômeno cíclico da rarefação do ozônio ocorre todo ano, no início da primavera, sobre a Antártida.

Tem que melhorar

Em 2001, ele foi constatado numa área da troposfera equivalente a 26 milhões de quilômetros quadrados, 10% a menos que em 2000. Ainda é muito. Além disso, a espessura da camada de ozônio precisa quadruplicar para voltar ao normal. Só assim estarão afastados os perigos da exposição direta ao Sol e do desastre climático.

Foto tirada pelo satélite Earth mostraem azul a área crítica do buraco

na camada de ozônio

"Esperamos notar algumas melhoras sobre a Antártida entre sete e 15 anos e daqui a 50 anos os níveis de ozônio podem voltar ao normal", comemora Volker Kirchhoff, chefe do laboratório de ozônio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Isto é, se todo mundo continuar a fazer o que deve.

Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Revista Galileu – Edição 125 – Dezembro de 2001

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CAMADA DE OZÔNIO AINDA PREOCUPAPaíses discutem meios para se fortalecer aplicação do Protocolo de Montreal

dezembro|2001

Embora menor que o recorde alcançado em 2000, quando atingiu 28.300.000. Km² , o buraco da camada de ozônio sobre a Antártida, na primavera passada, chegou a medir cerca de 24.000.000 Km2 – tamanho equivalente à soma das áreas do Brasil e da Rússia. A camada de ozônio protege a Terra dos efeitos nocivos dos raios ultra-violeta do Sol.

Ao reconhecerem a necessidade de se eliminar os pontos fracos que ainda persistem na regulamentação internacional de proteção da camada de ozônio, representantes de cerca de 130 governos se reuniram em Colombo, no Sri Lanka, em outubro, para reforçar a implementação do Protocolo de Montreal sobre Substâncias Redutoras da Camada de Ozônio.

A camada de ozônio continua apresentando variações perigosas. Na primavera do Hemisfério Norte do ano passado, a camada de ozônio sobre o Ártico canadense apresentou, durante breve período, redução de 20%, enquanto no norte da Sibéria chegou a declinar 30%, em março passado. Reduções de 10% a 12% foram registradas em grandes áreas densamente povoadas na Europa e um declínio da camada de ozônio de 6% a 10% foi detectado sobre a América do Norte.

Avanços – O Protocolo do Montreal estabelece cotas para redução da produção e do uso de substâncias nocivas como os gases CFCs (clorofluorcarbonos), usados no funcionamento de motores de refrigeradores, ares-condicionados e de outros produtos.

Pelo tratado, ratificado por 180 países mais a União Européia, as nações em desenvolvimento – responsáveis por 83% do estoque remanescente – terão que reduzir, até 2005, 50% da produção dessas substâncias, para se chegar à eliminação total em 2010. As nações desenvolvidas fizeram o dever de casa, grande parte interrompendo o uso dessas substâncias nocivas em 1996.

No encontro, foram estabelecidos ainda termos básicos para estudo a ser feito que determinará um nível adequado para novo aporte financeiro, durante os anos de 2003 e 2005, para o Fundo Multilateral, que ajuda países em desenvolvimento a se adequarem às normas de redução estabelecidas pelo Protocolo de Montreal. Desde 1991, o fundo desembolsou US$1,2 bilhão em projetos de substituição de produtos nocivos em 120 países em desenvolvimento.

Fonte : Instituto Brasil PNUMA - Informativo nº 63 DEZ 2001/JAN 2002| volta |

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B R A S I L P N U M A

Arquivo PNUMA

Países desenvolvidos fizeram o dever de casa, substituindo o uso de produtos que causam a redução da camada protetora da Terra

DEZEMBRO DE 2001/JANEIRO DE 2002 - Nº 63 3

Camada de ozônio ainda preocupaPaíses discutem meios para se fortalecer aplicação do Protocolo de Montreal

Embora menor do que o recorde

alcançado

Ao reconhecerem a necessidade de se eliminar os pontos fracos que ainda persistem na regulamentação internacional de proteção da camada de ozônio, representantes de cerca de 130 governos se reuniram em Co-lombo, no Sri Lanka, em outubro, para reforçar a implementação do Protocolo de Montreal sobre Substâncias Redu-toras da Camada de Ozônio.

A camada de ozônio continua apre-sentando variações perigosas. Na pri-mavera do Hemisfério Norte do ano passado, a camada de ozônio sobre o Ártico canadense apresentou, durante breve período, redução de 20%, en-

alcançado em 2000, quando atingiu 28.300.000. Km2, o buraco da camada de ozônio sobre a Antártida, na prima-vera passada, chegou a medir cerca de 24.000.000 Km2 – tamanho equiva-lente à soma das áreas do Brasil e da Rússia. A camada de ozônio protege a Terra dos efeitos nocivos dos raios ultra-violeta do Sol.

Pelo tratado, ratificado por 180 paí-ses mais a União Européia, as nações em desenvolvimento – responsáveis por 83% do estoque remanescente –terão que reduzir, até 2005, 50% da produção dessas substâncias, para se chegar à eliminação total em 2010. As nações desenvolvidas fizeram o dever de casa, grande parte interrom-pendo o uso dessas substâncias no-civas em 1996.

No encontro, foram estabelecidos ainda os termos básicos para estudo a ser feito que determinará um nível adequado para novo aporte financeiro, durante os anos 2003 e 2005, para o Fundo Multilateral, que ajuda países em desenvolvimento a se adequarem às normas de redução estabelecidas pelo Protocolo de Montreal. Desde 1991, o fundo desembolsou US$ 1,2 bilhão em projetos de substituição de produtos nocivos em 120 países em desenvolvimento.

de motores de refrigeradores, ares-condicionados e de outros produtos.

quanto no norte da Sibéria chegou a declinar 30%, em março passado. Re-duções de 10% a 12% foram regis-tradas em grandes áreas densamente povoadas na Europa e um declínio da camada de ozônio de 6% a 10% foi detectado sobre a América do Norte.

Avanços – O Protocolo de Montreal estabelece cotas para a redução da produção e do uso de substâncias nocivas como os gases CFCs (clorofluor-carbonos), usados no funcionamento

O buraco da camada de ozônio sobre a Antártida chegou

a medir, em 2001, tamanho equivalente à soma das áreas do

Brasil e da Rússia