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Universidade Lusíada
Departamento de Psicologia
Psicologia da Arte e Expressividade
Ensaio Escrito
- “A Mulher e a Máscara” -
Discente: Prof. Dra. Teresa Leite
Docente: Dora Serra de Almeida
N.º 915 / 02
Ano Lectivo
2003 / 2004
................................................................................................................Psicologia da Arte e Expressividade
Ensaio Escrito..................................................................................................................................................
Índice 1. Introdução ..................................................................................................................1 2. A Pintura Moderna ....................................................................................................1 3. A pintura e o Realismo ...............................................................................................2 4. A Exposição .................................................................................................................3 5. Algumas Fotos da Exposição .....................................................................................5 6. Considerações Pessoais ...............................................................................................9
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1. Introdução
Pensei diversas vezes, intensamente, acerca do tipo de modalidade que iria
escolher.
Tinha como ideia inicial a dança, mas devido ao curto espaço de tempo que me
restava e à diversificação de espectáculos que não coincidem com a minha indecisão,
optei pela pintura. Como nunca gostei muito deste tipo de arte, levei este ensaio escrito
como uma oportunidade para conhecê-la melhor. Não me arrependi, muito pelo
contrário. A exposição foi extremamente interessante e fez-me admirar um pouco mais
esta arte cuja muitos chamam “a arte de bem saber pintar”. É uma arte que incorpora
muita expressão; expressão essa que é um manifesto de individualidade e sensibilidade
de cada autor.
Tenho pena de pouco saber acerca de pintura, no entanto, admiro imenso quem
vive diariamente rodeado de belas pinturas, em grandes exposições e com diversos
artistas com sabedoria e determinado dom perante esta magnífica arte plástica.
A exposição localizou-se no Centro Cultural de Belém e tem como Autor, o
pintor António Trindade com a Exposição “A mulher e a máscara” na Galeria Arte
Periférica.
2. A pintura Moderna – Picasso (1881-1973)
A vida e a obra de Picasso - Pintor e escultor espanhol - confundem-se com a
história da arte do século XX. Artista multi-facetado, foi único e genial em todas as
actividades que exerceu: inventor de formas, criador de técnicas e de estilos, artista
gráfico e escultor. É impossível entender a pintura moderna sem Picasso, mas é também
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impossível entender Picasso sem ela. Talvez ele seja o melhor pintor da nossa época.
Sei que a sua pintura, em todas as suas mudanças brutais e surpreendentes, é a pintura
da nossa época. Quer-se assim dizer que, a sua arte não está à frente da sua época,
contra ela ou à parte dela. Também não é uma profecia da arte do amanhã ou uma
nostalgia do passado, como foi a de tantos grandes artistas em desacordo com o seu
mundo e o seu tempo. Picasso nunca se manteve à parte, nem sequer no momento da
grande ruptura que foi o cubismo. Mesmo quando foi contra, foi o pintor do seu tempo.
Uma extraordinária fusão do génio individual com o génio colectivo.
3. A Pintura e o realismo
Representar a realidade com a mesma objectividade que o cientista estuda a natureza, é
a característica da pintura realista. Assim a pintura realista deixa de lado toda e qualquer
coisa mística ou mitológica, pois o que interessava agora era a realidade imediata,
excluindo o imaginário. Podemos então dizer que António Trindade, se encontra mais
próximo do realismo do que com qualquer outro movimento artístico. O realismo surgiu
entre 1850 e 1900 a fim de remodelar os objectivos da arte adaptando-se à realidade da
sociedade industrializada, desvinculando-se da subjectividade e da emotividade.
A pintura realista tem como compromisso político transmitir uma mensagem, e
tem também outra face: a fuga à realidade urbana e a aproximação à natureza. A esta
vertente na pintura muitos autores consideram que é Naturalismo.
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4. A exposição
A minha opção para este ensaio foi a pintura, como já referi anteriormente.
Sinceramente nunca foi um tipo de arte que me chamasse muito à atenção, mesmo
assim, foi a minha escolha. Talvez com este tipo de iniciativas, como ir ver exposições
de pintura, fique a apreciar um pouco mais este tipo de arte tão falada e badalada pelos
mais elevados estatutos sociais, culturais e todos aqueles que a apreciam.
Embora não saiba avaliar a qualidade, perfeição, técnica e/ou mesmo enquadramento de
uma tela, tenho a minha opinião acerca de determinados quadros que observo e mesmo
pinturas conhecidas e apreciadas mundialmente, cujos autores se destacaram pelo dom
de pintar e por isso nunca serão esquecidos e para sempre reconhecidos.
A exposição que fui ver, atraiu-me bastante ao nível do que o autor transmitiu.
As telas eram todas com pinturas de mulheres, algumas iguais mas com perspectivas
diferentes e cor de cabelo alterada, que variavam entre o castanho escuro e o loiro. O
tamanho das telas eram de 200 x 150 cm.
Ao entrar na sala de exposições, as pinturas pareciam bastante nítidas e quanto
mais perto me localizava do quadro menos realistas pareciam e a própria tinta era mais
notável, isto é, a técnica da pintura que foi utilizada era mais facilmente identificada,
assim como a direcção do pincel.
Não conheço pinturas anteriores de António Trindade, mas referido-me a esta
que fui ver, posso identificar que o objectivo do autor talvez fosse mostrar a mulher de
várias formas, neste caso: roupas e cor –de – cabelo, ou seja, um pouco do que a mulher
moderna aprecia. Posso referir ainda que, uma das pinturas expostas era a de uma
mulher “borratada” de maquilhagem. Talvez o pintor queira nesta pintura mostrar a
vulgaridade (no sentido positivo da palavra) que é, a de uma mulher se maquilhar e até
não o fazer muito correctamente e, por isso, ficar desesperada. Quanto às variações da
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cor do cabelo, podemos dizer que Trindade quis demonstrar a actualidade das suas
pinturas. Hoje em dia, muitas mulheres e principalmente nas sociedades desenvolvidas,
como é o caso da nossa, tem uma susceptibilidade para pintarem o cabelo, modificando
a sua cor original. Assim sendo, também este pintor mostrou nas suas telas, mulheres
iguais, com apenas a cor de cabelo alterada. Pode ainda significar a mesma pessoa mas
com tendência para a mudança exterior e com a personalidade intacta. Como o próprio
nome da exposição refere - “A mulher e a máscara” - o pintor quis mostrar a facetas da
mulher contemporânea
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5. Algumas Fotos da Exposição
Sem Título (Rita)
Femme Fatale – Deseperada com a Maquilhagem
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O Alvo
O Espelho – Maria queria ser loira (1)
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O Espelho – Maria queria ser loira (2)
Rita
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Rita
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6. Considerações Pessoais
Gostei de ter ido ver esta exposição. Nunca é demais ver coisas diferentes, e ter
um pouco mais de interesse pela arte. No meu caso, foi o trabalho bastante construtivo
que me deu bastante interesse em realizar. Poderia também ter feito a modalidade de
dança, mas dança é uma arte que desde pequena aprecio, por isso e como a pintura é
algo que pouco conheço, foi uma boa (senão óptima) opção para realizar este ensaio
escrito. Poderia ainda falar muito mais acerca do que vi, no entanto é uma exposição
que só vendo ao vivo se podem identificar todas as sensações e apreciações necessárias,
que varia de pessoa para pessoa, cada uma com a sua personalidade e variadas formas
de observar e apreciar arte.
Sugiro a todos e mesmo a mim própria, a ida a este tipo de exposições, pois a
pintura é uma arte com muita expressividade e no fundo muita arte.