PSS2008 - 2a Fase

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SERVIO PBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAR PROCESSO SELETIVO SERIADO 2008 EDITAL 016/2007-UFPA 2. FASE (6 de janeiro de 2008) A SEGUNDA FASE EM NMEROS:Disciplina Portugus Matemtica Histria Geografia Fsica Qumica Biologia Literatura Alemo Espanhol Francs Italiano Ingls Inscritos 37398 37398 37398 37398 37398 37398 37398 37398 37398 37398 37398 37398 37398 Nota Mnima 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 Nota Mxima 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 Nota Mdia 3,499706 1,077009 2,95965 3,287475 1,576528 2,664688 3,035938 3,806728 0,001203 1,816728 0,011364 0,003048 1,746457

Relao de candidatos inscritos no PSS 2008 de acordo com o tipo de escola em que declararam estudar:Instituio Pblica Particular Total 1 Fase Freq. 35487 20081 55568 % 63,86 36,14 2 Fase Freq. 23883 15367 39250 % 60,85 39,15 3 Fase Freq. 8641 6513 15154 % 57,02 42,98

Relao de candidatos inscritos de acordo com o sexo declarado na ficha de inscrio:Sexo Feminino Masculino Total 1 Fase Freq. 33349 22214 55568 % 60,01 39,98 2 Fase Freq. 23304 15938 39250 % 59,37 40,61 3 Fase Freq. 8322 6830 15154 % 54,92 45,07

AO FIM DA PROVA, ENCONTRA-SE O DESEMPENHO DOS CANDIDATOS EM CADA DISCIPLINA.

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MARQUE A NICA ALTERNATIVA CORRETA NAS QUESTES DE 1 A 54.LNGUA PORTUGUESA Com base na leitura do texto A riqueza do futebol, assinale a alternativa correta nas questes de 1 a 5.

A riqueza do futebol 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29Mais do que uma simples diverso e exerccio corporal, o futebol uma dimenso da cultura que utiliza a coordenao criativa do corpo para expressar e educar as emoes

Para certos tipos intelectuais, o futebol no passa de um poderoso instrumento de alienao. Na verdade, o futebol um grande ritual pedaggico da alma coletiva. Por meio dos jogadores, da bola, da vitria e, mais ainda, da derrota, cada torcedor vivencia de forma simblica e altamente emocional uma maneira criativa de cultivar, educar e guiar as suas emoes. Na opinio de muitas pessoas, o futebol s perde para o Carnaval entre os grandes exemplos de alienao social no Brasil. Isso me parece uma viso superficial da cultura brasileira, e at mesmo do que seja cultura. Um fenmeno s faz vibrar a alma individual e cultural de um povo na medida em que contm smbolos que expressem e alimentem a vida psquica desse povo. Dentro de uma simblica do esporte em geral, vemos que os jogos de massa, canalizadores de intensas emoes coletivas, no so mero passatempo. No so como muitos pensam o mundo do superficial, do no-srio. Os grandes rituais de uma cultura fazem emergir aspectos profundos das nossas razes arquetpicas. Sua prtica realimenta os indivduos por meio da vivncia de smbolos da psique coletiva. Assim, tanto mais rica ser uma cultura quanto mais numerosos e exuberantes forem os rituais que seus indivduos tiverem disposio. As dicotomias maniquestas tornaram-se um cncer que devora e fragiliza a cultura ocidental, gerando categorias estticas que aprisionam os smbolos. Assim que muitos s consideram cultura o que se aprende nas universidades e relegam a um plano irrelevante tudo o que espontneo e popular. Esse pensamento dicotmico e elitista incapaz de perceber os smbolos, pois separa o trabalho da arte, o srio do no-srio, o dever do prazer, e se esquece de que, muito antes de o homem ter comeado a escrever, j era capaz de expressar por mitos e rituais as suas vivncias mais profundas e significativas. Popularizado cada vez mais pela globalizao, o futebol um jogo que emociona multides e ocupa no Brasil a funo de esporte nacional, que j nos deu cinco Copas do Mundo. Por tudo isso, ele o nosso maior exerccio coletivo simblico de desenvolvimento.Carlos Amadeu Botelho Byington. Revista Psique Cincia & Vida. Ano 1, N 7.Texto adaptado

1. No texto, considera-se que o futebol um dos smbolos da riqueza cultural de um povo. O fragmento em que se refora essa considerao, por meio de uma relao de proporcionalidade de idias, : (A) Para certos tipos intelectuais, o futebol no passa de um poderoso instrumento de alienao. (linhas 03-04) Dentro de uma simblica do esporte em geral, vemos que os jogos de massa, canalizadores de intensas emoes coletivas, no so mero passatempo. (linhas 13-14) Sua prtica [dos grandes rituais] realimenta os indivduos por meio da vivncia de smbolos da psique coletiva. (linhas 16-17) Assim, tanto mais rica ser uma cultura quanto mais numerosos e exuberantes forem os rituais que seus indivduos tiverem disposio. (linhas 17-19)

(E)

Assim que muitos s consideram cultura o que se aprende nas universidades e relegam a um plano irrelevante tudo o que espontneo e popular. (linhas 21-23)

(B)

Competncias: Compreender/interpretar textos. Habilidades: Localizar/reconhecer informaes dadas explicitamente no texto; identificar passagens do texto referentes a uma idia. Contedo Programtico: Contedo do texto. Comentrio da questo 1: A alternativa (D) a correta. Para isso, deve-se atentar para as expresses tanto mais e quanto mais, que estabelecem uma relao de proporcionalidade entre cultura e rituais. A quantidade e a exuberncia dos rituais que os indivduos tm disposio so proporcionais riqueza de sua cultura. Essa idia concorre para caracterizar o futebol como um dos smbolos da riqueza cultural de um povo, concluso qual no leva nenhuma das demais alternativas.

(C)

(D)

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2.

Considere o trecho,

Na verdade, o futebol um grande ritual pedaggico da alma coletiva. (linha 04).

A alternativa em que o segmento transcrito uma parfrase explicativa desse trecho : (A) Por meio dos jogadores, da bola, da vitria e, mais ainda, da derrota, cada torcedor vivencia de forma simblica e altamente emocional uma maneira criativa de cultivar, educar e guiar as suas emoes. (linhas04-07)

(B) Na opinio de muitas pessoas, o futebol s perde para o Carnaval entre os grandes exemplos de alienao social no Brasil. (linhas 08-09) (C) Um fenmeno s faz vibrar a alma individual e cultural de um povo na medida em que contm smbolos que expressem e alimentem a vida psquica desse povo. (linhas 10-12) (D) Dentro de uma simblica do esporte em geral, vemos que os jogos de massa, canalizadores de intensas emoes coletivas, no so mero passatempo. (linhas13-14)

Competncias: compreender/interpretar textos: Habilidades: Identificar relaes semntico-discursivas entre idias no texto e os recursos lingsticos usados em funo dessas relaes. Contedo Programtico: Relaes semntico-discursivas entre idias no texto e os recursos lingsticos usados em funo dessas relaes. Comentrio da questo 3: A alternativa que apresenta a passagem do texto em que se expressa uma oposio de idias a letra (B). Para perceber isso, deve-se observar a relao de oposio entre o futebol no passa de um poderoso instrumento de alienao e o futebol um grande ritual pedaggico da alma coletiva, estabelecida pela expresso na verdade, que introduz a tese do autor, contrria tese defendida por certos tipos de intelectuais. Nas demais alternativas, no se expressa oposio de idias nas passagens do texto transcritas.

(E) As dicotomias maniquestas tornaram-se um cncer que devora e fragiliza a cultura ocidental, gerando categorias estticas que aprisionam os smbolos.(linhas 20-21) Competncias: Compreender/interpretar textos. Habilidades: Reconhecer parfrases de textos; identificar propsitos comunicativos. Contedo Programtico: Contedo do texto. Comentrio da questo 2: A nica alternativa em que o segmento transcrito uma parfrase explicativa do trecho citado a letra A. Nela se apresenta com outras palavras a mesma idia desse trecho. As idias expressas nas demais alternativas no podem ser consideradas parfrases do trecho em questo, pois nos demais trechos o autor se limita a fazer comentrios sobre o futebol enquanto esporte coletivo, sem consideraes a respeito da formao educacional que esse esporte proporciona a seus atletas.

4. Com o possvel propsito de garantir a clareza das idias, fez-se a inverso da ordem direta de um termo no enunciado: (A) Para certos tipos intelectuais, o futebol no passa de um poderoso instrumento de alienao. (linhas 03-04) (B) No so como muitos pensam o mundo do superficial, do no-srio. (linhas 14-15) (C) Os grandes rituais de uma cultura fazem emergir aspectos profundos das nossas razes arquetpicas. (linhas 15-16) (D) Sua prtica realimenta os indivduos por meio da vivncia de smbolos da psique coletiva. (linhas 16-17) (E) Por tudo isso, ele o nosso maior exerccio coletivo simblico de desenvolvimento. (linha 29)Competncias: Compreender/interpretar textos. Habilidades: Identificar/explicitar mudanas de sentido ocasionadas pela inverso da ordem das palavras no enunciado. Contedo Programtico: Ordem das palavras/oraes no enunciado. Comentrio da questo 4: A alternativa (A) a correta, pois a inverso o uso da ordem indireta em vez da direta do termo Para certos tipos intelectuais se deve, possivelmente, ao propsito de garantir a clareza de idias: os intelectuais acreditam que o futebol um poderoso instrumento de alienao, e no que o futebol aliena os intelectuais. Nas demais alternativas, no se identifica a inverso de um termo com o possvel propsito de garantir a clareza das idias.

3. Entre as passagens do texto transcritas abaixo, a que expressa uma oposio de idias : (A) Mais do que uma simples diverso e exerccio corporal, o futebol uma dimenso da cultura que utiliza a coordenao criativa do corpo para expressar e educar as emoes. (linhas 01-02) (B) Para certos tipos intelectuais, o futebol no passa de um poderoso instrumento de alienao. Na verdade, o futebol um grande ritual pedaggico da alma coletiva. (linhas 03-04) (C) Um fenmeno s faz vibrar a alma individual e cultural de um povo na medida em que contm smbolos que expressem e alimentem a vida psquica desse povo. (linhas 10-12) (D) Dentro de uma simblica do esporte em geral, vemos que os jogos de massa, canalizadores de intensas emoes coletivas, no so mero passatempo. (linhas 13-14) (E) Os grandes rituais de uma cultura fazem emergir aspectos profundos das nossas razes arquetpicas. Sua prtica realimenta os indivduos por meio da vivncia de smbolos da psique coletiva. (linhas 15-17).

5. Por meio de uma metfora, o autor critica uma forma de pensamento que impede de se reconhecer o futebol como um smbolo da cultura em: (A) Na opinio de muitas pessoas, o futebol s perde para o Carnaval entre os grandes exemplos de alienao social no Brasil. (linhas 08-09) (B) Dentro de uma simblica do esporte em geral, vemos que os jogos de massa, canalizadores de intensas emoes coletivas, no so mero passatempo. (linhas 13-14) (C) As dicotomias maniquestas tornaram-se um cncer que devora e fragiliza a cultura ocidental, gerando categorias estticas que aprisionam os smbolos. (linhas 20-21)

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(D) Popularizado cada vez mais pela globalizao, o futebol um jogo que emociona multides e ocupa no Brasil a funo de esporte nacional, que j nos deu cinco Copas do Mundo. (linhas 27-29) (E) Por tudo isso, ele o nosso maior exerccio coletivo simblico de desenvolvimento. (linha 29)Competncias: Compreender/interpretar textos. Habilidades: Identificar figuras de linguagem. Contedo Programtico: Figuras de linguagem. Comentrio da questo 5: O enunciado em que, por meio de uma metfora, o autor do texto critica os que no reconhecem o futebol como smbolo da cultura encontra-se na alternativa (C). Essa crtica feita pela comparao implcita (metfora) dos traos de similaridade ambos devoram e fragilizam a cultura ocidental entre dicotomias maniquestas e cncer.

MATEMTICA

7. De um refrigerador que tem em seu interior 3 refrigerantes da marca A, 4 refrigerantes da marca B e 5 refrigerantes da marca C, retiram-se dois refrigerantes sem observar a marca. A probabilidade de que os dois retirados sejam da mesma marca :(A) (B) (C) (D) (E) 1/6 5/33 19/66 7/22 3/11

6. Os itens gramaticais em destaque funcionam como recurso coesivo no texto, EXCETO em: (A) Isso me parece uma viso superficial da cultura brasileira, e at mesmo do que seja cultura. (linhas 0910)

(B) Dentro de uma simblica do esporte em geral, vemosque os jogos de massa, canalizadores de intensas emoes coletivas, no so mero passatempo. (linhas13-14)

(C) Sua prtica realimenta os indivduos por meio davivncia de smbolos da psique coletiva. (linhas 16-17)

(D) Esse pensamento dicotmico e elitista incapaz deperceber os smbolos, pois separa o trabalho da arte, o srio do no-srio, o dever do prazer, e se esquece de que, muito antes de o homem ter comeado a escrever, j era capaz de expressar por mitos e rituais as suas vivncias mais profundas e significativas.(linhas 23-26)

Eixo temtico: Contagem. Competncias: Resolver problemas sobre agrupamentos com elementos distintos ou repetidos. Habilidades: Utilizar as frmulas de agrupamentos simples; aplicar noes de probabilidade, espao amostral e eventos. Contedo Programtico: Processos de contagem. Noes de Probabilidade. Soluo da questo 7: 2 Para retirar 2 refrigerantes da marca A temos C 3 2 possibilidades; da marca B, C 4 possibilidades; e da marca C 2 temos C 5 possibilidades. Ento existem: 2 2 2 C 3 + C 4 + C 5 = 3+6+10 = 19 possibilidades de se retirar 2 refrigerantes da mesma marca. Como o total de 2 possibilidades de retirar 2 refrigerantes quaisquer C 14=66, a probabilidade de se retirar 2 refrigerantes da mesma marca 19/66. A resposta correta a alternativa (C).

8. O nmero de possibilidades de colocar seis pessoas em crculo igualmente espaadas, de modo que duas delas no possam ficar em posies opostas, :(A) (B) (C) (D) (E) 96 120 24 72 60

(E) Por tudo isso, ele o nosso maior exerccio coletivosimblico de desenvolvimento. (linha 29)Competncias: Compreender/interpretar textos. Habilidades: Identificar recursos que estabelecem a coeso no texto. Contedo Programtico: Relaes entre idias no texto e os recursos coesivos usados em funo dessas relaes. Comentrio da questo 6: Somente na alternativa (B) o item gramatical em destaque o pronome que no funciona como recurso coesivo. Em (A), por exemplo, o pronome isso remete idia apresentada no enunciado anterior de que para muitos o futebol s perde para o Carnaval entre os grandes exemplos de alienao social no Brasil; na alternativa (C), o pronome sua refere-se aos grandes rituais de uma cultura a prtica destes; em (D), o pronome esse remete idia de que apenas o que se aprende nas universidades pode ser considerado cultura, relegando a um plano irrelevante tudo que espontneo e popular; em (E), o pronome ele retoma o jogo futebol / esporte nacional.

Eixo temtico: Contagem. Competncias: Resolver problemas sobre agrupamentos com elementos distintos ou repetidos. Habilidades: Aplicar o teorema fundamental de contagem; utilizar as frmulas de agrupamentos simples. Contedo Programtico: Processos de contagem. Soluo da questo 8: Sentemos, primeiro, uma das duas pessoas que no podem ficar em posies opostas. Ento existem 4 possibilidades de sentar a pessoa que no pode ficar oposta a ela. A terceira pessoa tem 4 possibilidades de assento para sentar, a quarta pessoa 3 possibilidades, a quinta pessoa 2 possibilidades e a sexta apenas 1. Logo a possibilidade de sentar as seis pessoas 4.4.3.2.1=96. Logo, A resposta correta (A).

9. No Concurso da Mega-Sena so sorteados 6 nmeros de 01 a 60. Por exemplo, o concurso 924 teve como nmeros sorteados 02,20,21,27,51 e 60, ou seja, houve um par de nmeros consecutivos, 20 e 21. A probabilidade de que no jogo da Mega-Sena haja um par de nmeros consecutivos sorteados :(A) 54!/60! (B) 53!/59! (C) 1-(56!55!)/(49!60!) (E) 1-(55!54!)/(49!60!) (D) 1-(54!53!)/(48!60!)

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Eixo temtico: Contagem. Competncias: Resolver problemas sobre agrupamentos com elementos distintos ou repetidos; resolver problemas que envolvam jogos, sorteios e correlatos. Habilidades: Aplicar o teorema fundamental de contagem; utilizar as frmulas de agrupamentos simples. Contedo Programtico: Processos de contagem; noes de Probabilidade. Soluo da questo 9: As seis bolas sorteadas definem 7 caixas onde ficam as 54 bolas restantes. Vamos calcular primeiro a probabilidade que no haja nmeros consecutivos. Isto significa que devemos colocar uma bola em cada uma das 5 caixas interiores, restando 49 bolas para distribuir nas 7 caixas. Este o nmero de permutaes com repeties de 49 bolas e 6 divises, que (49+6)!/( 49!6!)=55!/(49!6!). O nmero de possibilidades de sortear 6 bolas em 60 60!/(54!6!). A probabilidade ento de no existirem nmeros consecutivos sorteados (55!/(49!6!))/ (60!/(54!6!)) = (54!55!)/(49! 60!). A probabilidade de haver pelo menos um par de nmeros consecutivos 1-(54!55!)/(49! 60!). A resposta correta a letra (E).

Com o auxlio de um teodolito (aparelho usado para medir ngulos) Foram obtidas as seguintes medidas: B A C= 30 e A B C= 80 .

Deseja-se construir uma ponte sobre o rio, unindo o ponto C a um ponto D entre A e B, de modo que seu comprimento seja mnimo. Podemos afirmar que o comprimento da ponte ser de aproximadamente:

(A) (B) (C) (D) (E)

524 metros 532 metros 1048 metros 500 metros 477 metros

Dado: Considere sen 80 =0,985, sen 70 =0,940 , cos 80 =0,174 e cos 70 =0,340Eixo temtico: Transcrio de fenmenos na forma de funo. Competncias: Compreender os conceitos e propriedades trigonomtricas. Habilidades: Estabelecer e aplicar as relaes trigonomtricas. Contedo Programtico: Relaes trigonomtricas, operaes e redues de arcos. Soluo da questo 11: A distncia AD=CD.cotg(30 e BD=CD.cotg(80 Como ) ). AD+BD=1000, obtemos 1000=CD(1,732+0,174/0,985), ou seja CD=524 m. A alternativa correta a alternativa (A).

10.

Considere a funo f dada por f(x) =8 + sen(x -

7

). Podemos afirmar que f assume seu valor mnimo

quando:

(A) (B) (C) (D) (E)

x= x= x= x= x=

+2k , k = 0, 1, 2,... 7 8 +k , k = 0, 1, 2,... 7 23 +2k , k = 0, 1, 2,... 14 9 +2k , k = 0, 1, 2,... 14 8 +2k , k = 0, 1, 2,... 7

12.

O grfico da funo f dada por f(t)=cos(t+

2

) no

intervalo [0, 2 ] :f (t) 1

Eixo temtico: Transcrio de fenmenos na forma de funo. Competncias: Resolver equaes e inequaes trigonomtricas. Habilidades: Desenvolver identidades trigonomtricas; Determinar domnio, imagem, zeros, perodo e inversa de funes trigonomtricas. Contedo Programtico: Funes trigonomtricas: definio, domnio, contra-domnio, imagem, grfico e inversa. Soluo da questo 10: A funo f toma valor mnimo quando sen(x-p/7)=-1. Esse valor ocorre para x-p/7=3p/2+2kp, ou seja, x= 23p/14+2kp. A resposta correta a alternativa (C).

(A)0 -1 2 t

f (t) 1

(B)0 -1 2 t

11.

Considere as seguintes informaes: De dois pontos A e B, localizados na mesma margem de um rio, avista-se um ponto C, de difcil acesso, localizado na margem oposta; Sabe-se que B est distante 1000 metros de A;

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f (t) 1

HISTRIAO mundo colonial e os primeiros tempos do Imprio brasileiro, ao lado da sociedade europia, vm tona nessa segunda fase, com contedos que, embora considerados clssicos pela historiografia, exigiam um olhar e uma compreenso voltados para os novos estudos acerca das temticas que compem essa fase. Um exemplo disso a questo acerca da escravido indgena, que procura ir alm da simples dicotomia explorador versus explorado, em que os ndios aparecem apenas como vtimas dos colonizadores. Nessa fase, as questes remetem a um entendimento das variadas relaes sociais que se estabeleceram entre o sculo XVII e o incio do sculo XIX numa estreita conexo entre o mundo europeu e o Brasil. Ao lado disso, o universo europeu dos finais do sculo XVIII enfatizado a partir de uma reflexo sobre a revoluo francesa. Sem dvida, as questes enfatizadas so trabalhadas nas escolas de ensino fundamental e mdio desde as sries iniciais, evoca-se assim um contedo j conhecido, mas que pode ser entendido a partir de outras perspectivas historiogrficas.

(C)0 -1 2 t

f (t) 1

(D)0 -1 2 t

13. Sobre os padres jesutas, a Lei de 28 de abril de 1688 determinava o seguinte: sero obrigados a fazer os resgates no s nas misses ordinrias e suas residncias, mas para este efeito entraro todos os anos em diversos tempos pelos sertes com a gente que entenderem necessria e cabos de escolta a sua satisfao, que uma e outra coisa lhe mandara dar prontamente nas ditas ocasies o meu governador e capitogeneral. Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, v. 66 (1948), p. 98.Essa Lei atribua aos jesutas a prtica dos resgates, os quais consistiam em :

f (t) 1

(E)0 -1 2 t

(A) (B)Eixo temtico: Transcrio de fenmenos na forma de funo. Competncias: Resolver equaes e inequaes trigonomtricas. Habilidades: Desenvolver identidades trigonomtricas; Determinar domnio, imagem, zeros, perodo e inversa de funes trigonomtricas. Contedo Programtico: Funes trigonomtricas: definio, domnio, contra-domnio, imagem, grfico e inversa. Soluo: Da frmula f(t)=cos(t+/2) = cos(t)cos(/2) sen(t)sen(/2) = sen(t). Assim o grfico de f o da alternativa (D).

(C)

(D)

(E)

guerras contra os ndios e a libertao de prisioneiros portugueses feitos por eles. lutas contra os muitos quilombos de africanos fugidos e o resgate desses escravos para devoluo aos seus senhores. guerras contra os estrangeiros que invadiam os territrios da Amaznia portuguesa para escravizar os ndios, e transform-los em mode-obra nas propriedade agrcolas. expedies em direo ao serto para a compra de prisioneiros ndios cativados nas guerras entre as prprias naes indgenas, os quais eram considerados escravos pelos portugueses. capturas de ndios do serto pelos colonizadores, para a formao de ncleos prximos s grandes cidades a fim de evitar a formao de quilombos.

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Competncias: Identificar e diferenciar, temporal e espacialmente, os diferentes conceitos de trabalho, de organizao do Estado, de relaes do poder, de religiosidade nos diversos processos histricos na Europa, na sia, na frica e na Amrica. Habilidades: Relacionar os diferentes processos de trabalho (escravo e livre) com as mudanas sociais e econmicas ocorridas no Brasil, na Amrica e na Europa. Contedo Programtico: A escravido indgena e negra na Amaznia. Comentrio da questo 13: Deve-se ter um entendimento das mltiplas relaes de trabalho estabelecidas na chamada sociedade colonial na Amaznia. Nesse sentido, a resposta correta a letra D, que remete a uma das modalidades da escravizao legtima de ndios na Amrica portuguesa: os resgates de ndios. Os resgates eram feitos por tropas que deviam ser acompanhadas de missionrios (no caso da questo, era funo dos padres da Companhia de Jesus), cujo papel era examinar a legalidade da escravizao feita pelos ndios, e da compra dos cativos dos ndios pelos portugueses.

15. A respeito das prticas religiosas no Brasil colonial, considere a seguinte passagem de texto: No h cidade, vila, parquia ou lugar aonde esta gente no tenha igreja sua, consagrada Senhora com o ttulo do Rosrio, primeiro objeto e mvel de suas adoraes, e que nestas tais Igrejas no dedique altar prprio ao seu So Benedito, com confraria e irmandade sua.Lucilene Reginaldo. Os Rosrios dos Angolas: irmandades negras, experincias escravas e identidades africanas na Bahia colonial. Tese de doutorado, UNICAMP, 2005, p. 59 Essa passagem, de Frei Antnio Santa Maria de Jaboato, escrita no sculo XVIII, refere-se a uma prtica catlica muito presente no Brasil colonial: o culto aos santos por meio das

14. Na Amrica portuguesa, houve trs visitas documentadas da Inquisio. A primeira na Bahia e Pernambuco (1591-1595), a segunda na Bahia (16181621) e a terceira no Gro-Par (1763-1769). Embora elas tenham diferido quanto s suas motivaes e aos seus objetivos, pode-se afirmar que as trs procuraram investigar e reprimir a(as): (A) (B) (C) (D) (E)prticas religiosas e os costumes considerados desviantes pela Igreja catlica de ento, como o luteranismo, a feitiaria, a bigamia e a sodomia. corrupo do clero e a venda das indulgncias pelos padres que atuavam na Amrica portuguesa. rpida expanso das seitas protestantes em territrio brasileiro, durante o perodo colonial. escravizao ilegal dos indgenas americanos pelos portugueses. disputas entre as ordens religiosas que atuavam no Brasil, principalmente as que se deram entre os frades franciscanos e os padres jesutas.

(A) (B)

(C)

(D) (E)

associaes de classe e confrarias religiosas catlicas, s quais os africanos eram obrigados pelos seus senhores a pertencer. irmandades de Nossa Senhora do Rosrio e de So Benedito, que eram exclusivas dos negros, no existindo devoes desse gnero entre os brancos. devoes de Nossa Senhora do Rosrio e de So Benedito, santos cultuados na frica antes da chegada dos europeus e trazidos Amrica pelos escravos africanos. irmandades nas quais as distines sociais que separavam brancos e negros desapareciam. irmandades e confrarias que eram espaos de sociabilidade entre as diversas etnias africanas, nas quais se construam importantes vnculos associativos.

Competncias: Compreender as variadas maneiras de viver a religio e a religiosidade como formas diferenciadas de interpretao do mundo. Habilidades: Diferenciar e interpretar as crenas eruditas e populares das devoes eruditas e populares na constituio de classes sociais e cidadania na poca moderna. Contedo Programtico: As formas de represso religiosa e as heresias no Novo Mundo: a Inquisio e suas diferentes motivaes no Brasil e no Par. Comentrio da questo 14: A questo enfatiza as visitas do Santo Ofcio da Inquisio Amrica portuguesa e requer o conhecimento acerca de vrios elementos que caracterizavam o Brasil e a Europa (principalmente o mundo ibrico) entre os sculos XVI e XVIII como: o papel das ordens religiosas nas colnias, as prticas religiosas e polticas da Igreja na Europa, o surgimento do protestantismo, a chamada contra-reforma e, principalmente, o recrudescimento da vigilncia do catolicismo ibrico face aos desvios de f (includo a o protestantismo, declarado hertico desde o conclio de Trento) e de comportamento. O conhecimento acerca dessas questes acima permite concluir que a questo correta a letra A.

Competncias: Compreender as variadas maneiras de viver a religio e a religiosidade como formas diferenciadas de interpretao do mundo. Habilidades: Diferenciar e interpretar as crenas eruditas e populares das devoes eruditas e populares na constituio de classes sociais e cidadania na poca moderna. Contedo Programtico: Catolicismo e devoes no Brasil colonial: as festas, os ritos e as irmandades catlicas como espaos de luta e conflito tnico-religiosos. Comentrio da questo 15: A questo assevera outras facetas da escravido negra no Brasil, demonstrando as prticas culturais constitudas pelos escravos revelando que, para alm do mundo do trabalho, muitos escravos se organizaram em irmandades e confrarias expressando assim uma variada troca cultural. A alternativa correta a letra E, justamente por sugerir as redes de sociabilidade e a construo de identidades entre os escravos a partir das prticas religiosas. A questo enfatiza a vinculao entre a escravido, a religiosidade e a emergncia de uma cultura dos negros gestada nas festas e nas irmandades catlicas.

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16. Sobre as relaes de trabalho no Brasil do sculo XIX, leia o fragmento a seguir: No mandeis o vosso escravo adoentado para o trabalho; se tiver feridas, devem-se-lhe curar completamente para ento irem ao servio. Tenho visto em algumas fazendas pretos no trabalho com grandes lceras, e mesmo assim l andam a manquejar em risco de ficarem perdidos ou aleijados. Este proceder, alm de desumano, prejudicial aos interesses do dono ()Ana Luiza Martins. Imprio do caf: a grande lavoura no Brasil, 1850 a 1890. So Paulo: Atual, 1990. p. 61. O fragmento expressa as recomendaes do Baro de Pati de Alferes, grande proprietrio de escravos, para com os trabalhadores, o que reflete, em relao a esse escravagista, uma:

17. Luis XVI, no momento da tomada da Bastilha, proferiu estas palavras: No quero me separar do meu clero e da minha nobreza, que refletem a sociedade francesa do Antigo Regime. Essa sociedade era: (A)dividida em classes sociais, com uma nobreza parasitria que detinha todos os privilgios, inclusive em cobrar o dzimo das comunidades camponesas, especialmente daquelas consideradas revolucionrias. formada de moradores de castelos medievais, pertencentes a uma notvel nobreza de sangue, que detinha todos os privilgios, inclusive o de escolher os padres que atuavam nas parquias. dividida em Ordens ou Estados, sendo a nobreza e o clero, isto , o primeiro e o segundo Estado, detentores da maioria dos privilgios e muito ricos em terras e rendas. constituda de uma nobreza togada, muitos ricos e proprietrios de terras que extrapolavam as fronteiras da Frana e que se sustentavam de impostos pagos pelos camponeses, como a talha e a corvia. composta de duas Ordens clero e nobreza sendo o clero a mais rica, embora dependesse das rendas advindas dos tributos que a nobreza togada era obrigada a pagar Igreja e dos impostos pagos pelos comerciantes.

(B)

(C)

(D)

(A) atitude humanitria com os escravos que trabalhavamna fazenda de caf, sobretudo porque os senhores fazendeiros faziam parte de Irmandades religiosas. (B) preocupao em manter um produto caro, que significava investimento e renda, muito mais que uma preocupao especial com a sade do trabalhador da fazenda. (C) determinao em combater o tratamento desumano que imperava nas fazendas do Vale do Paraba e, sobretudo, nos engenhos de acar. (D) preocupao com a escravaria porque o descaso para com a sade dos trabalhadores poderia gerar rebelies e fugas para o quilombo de Jabaquara. (E) atitude humanitria porque esta era a recomendao do Imperador, que tentava impedir grandes fugas de escravos para a cidade do Rio de Janeiro.Competncias: Identificar e diferenciar temporalmente e espacialmente os diferentes conceitos de trabalho presentes tanto na formao dos Estados, como na constituio das religies e/ou das formas de religiosidade popular. Habilidades: Interpretar os significados da presena multicultural na constituio dos trabalhadores brasileiros a partir da formao dos diferentes mercados de trabalho em diversos contextos sociais nacionais e internacionais dentro do Mundo Moderno; relacionar os diferentes processos de trabalho com as mudanas sociais e econmicas ocorridas no Brasil, na Amrica e na Europa. Contedo Programtico: As diversas relaes e os seus respectivos processos de trabalho da lavoura canavieira, na minerao e na cafeicultura. Comentrios da questo 16: A questo procura estabelecer a compreenso da escravatura no Brasil utilizando como suporte o fragmento de um documento histrico que revela a importncia comercial do trabalhador escravo no contexto econmico do Brasil colnia. Dessa forma, a alternativa correta a B, visto que a preocupao do senhor de escravo com a integridade fsica de seu bem mvel denota a complexidade das relaes sociais na Colnia. Por outro lado, deve-se considerar a experincia dos africanos no contexto de uma sociedade escravocrata e socialmente hierarquizada.

(E)

Competncias: Interpretar as variadas maneiras como polticos e homens de Estado puderam se auto-representar e representar o povo ao longo do espao e do tempo. Habilidades: Interrelacionar os movimentos revolucionrios modernos e contemporneos (da Inglaterra, Frana e EUA), com o surgimento do sentimento de identidade nacional e anti-escravista na Europa e na Amrica. Contedo Programtico: As Revolues da Modernidade entre o nacionalismo, o liberalismo, a democracia e a escravido: os casos da Revoluo Inglesa, da Revoluo Americana e da Revoluo Francesa. Comentrios da questo 17: Nesta questo, exigiu-se a habilidade em relacionar a expresso atribuda ao rei Luis XVI com o conhecimento da sociedade francesa do Ancien Regime. Era possvel logo observar que a sociedade francesa era rigidamente estratificada em Ordens sendo que, o clero e a nobreza, constituam-se nas ordens privilegiadas em detrimento de uma massa de camponeses que juntamente com os burgueses representavam a base da pirmide social. A alternativa correta a letra C.

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18. Leia atentamente o texto, abaixo, sobre a Cabanagem: preciso compreender que se fazer cabano no Par era uma opo difcil e que precisa ser analisada luz de todo um modo de pensar e de estratgias de lutas, que, em certo modo, constituam a vida cotidiana daqueles homens e mulheres de 1835-1837, porm que foram gestados muito tempo antes, entre pessoas concretas que vinham de inmeros lugares, com lnguas, tradies e trabalhos diferenciados dentro da realidade amaznica.Magda Ricci. De la independencia a la revolucin cabana: la Amazonia y el nacimiento de Brasil (18081840). In: PEREZ, Jos Manuel Santos & PETIT, Pere. La Amazonia Brasilea en perspectiva histrica. Salamanca: Ediciones Universidad de Salamanca, 2006, p. 88. A Cabanagem, um dos mais expressivos movimentos sociais do Brasil, ocorrido no Par, no sculo XIX, tem suas razes histricas na:

(D)

poca em que os malvados cabanos, sem qualquer sentimento humanitrio e sem comando revolucionrio, trucidavam todos aqueles que fossem simpatizantes do governo regencial ou tivessem propriedades fundirias na ilha do Maraj. revolta das camadas populares, especialmente negras e mestias, contra o governo do regente Diogo Feij, porque este havia determinado que todos os portugueses fossem expulsos da Provncia do Par e a direo do governo provincial fosse entregue ao Baro do Maraj.

(E)

(A)

opresso histrica que ndios e tapuios sofreram do domnio portugus, e a prpria luta empreendida contra os privilgios das elites portuguesas, que foram mantidos aps a independncia do Pas, deixando esta gente pobre, at mesmo remediados e abastados, excludos da participao poltica e dos negcios do governo provincial. diferena no tratamento dos assuntos polticos estabelecida pelo governo provincial entre os que eram nativos, como os ndios e os tapuios, e aqueles que eram de nacionalidade estrangeira, ou pelo menos tivessem um ttulo nobilirquico outorgado pelo Imperador do Brasil. memria de explorao que a sociedade nativa amaznica tinha do cativeiro imposto pelos senhores de escravos portugueses durante as lutas de Independncia considerando-se que essas lutas levaram a provncia do Par a sofrer um perodo de escassez de produtos alimentcios, especialmente da farinha de mandioca.

(B)

Competncias: Compreender os espaos de luta e ao poltica dos trabalhadores como importantes para impor os limites na explorao do trabalho. Habilidades: Identificar os movimentos sociais da modernidade como formas de resistncia aos problemas no acesso e no exerccio pleno da cidadania. Contedo Programtico: A adeso do Par Independncia e Cabanagem: o antigo Gro-Par e o processo de construo da nacionalidade do Brasil Imperial. Comentrios da questo 18: Nesta questo foi utilizado o fragmento de um livro escrito por uma historiadora que tem se dedicado ao estudo da Cabanagem. Com base nesse suporte, foi exigido que, com uma leitura atenta do texto, logo se percebesse que a vida cotidiana daqueles homens e mulheres de 1835-1837, (...) foram gestados muito tempo antes, entre pessoas concretas que vinham de inmeros lugares, com lnguas, tradies e trabalhos diferenciados dentro da realidade amaznica, como registra a historiadora. Ento, o muito tempo antes se traduzia na opresso histrica que ndios e tapuios sofreram do domnio portugus(...), se estendendo essa opresso com a manuteno dos privilgios das elites at aps a independncia do Pas. Portanto, a letra A a alternativa correta.

(C)

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GEOGRAFIA

19. No mundo contemporneo, os pases so classificados em superpotncia, em potncia e em potncia regional. Essa diviso multipolar, representada no mapa abaixo, demarca as relaes internacionais que influenciam as decises mundiais em maior ou menor escala geogrfica.

Considerando as reas 1, 2 e 3, demarcadas no mapamndi, a alternativa que apresenta a classificao multipolar dos pases :

(A)

(B)

(C)

(D)

(E)

a rea 1 corresponde superpotncia NorteAmericana; a rea 2 corresponde s potncias Frana, Alemanha, ndia e Japo; e a rea 3 corresponde s potncias regionais Brasil, Iraque, Ir e China. a rea 1 corresponde superpotncia Canad; a rea 2 corresponde s potncias Frana, China, Japo e Portugal; e a rea 3 s potncias regionais Brasil, Ir, Itlia e ndia. a rea 1 corresponde superpotncia NorteAmericana; a rea 2 s potncias Frana, Portugal, Itlia e Rssia; e a rea 3 corresponde s potncias regionais Brasil, Ir, Iraque e Japo. a rea 1 corresponde superpotncia NorteAmericana; a rea 2 corresponde s potncias Alemanha, Rssia, Frana, China e Japo; e a rea 3 corresponde s potncias regionais Brasil, Ir, ndia e frica do Sul. a rea 1 corresponde superpotncia NorteAmericana; a rea 2 s potncias Frana, Itlia, Alemanha e Japo; e a rea 3 corresponde s potncias regionais Brasil, frica do Sul, Iraque e China.

Competncias: Entender as relaes existentes entre a nova regionalizao em curso do espao geogrfico mundial e a reordenao ocorrida na economia-mundo. Habilidades: Relacionar o processo de regionalizao em curso do espao geogrfico mundial consolidao da ordem mundial; utilizar linguagem cartogrfica para obter informaes e representar a regionalizao atual do espao mundial. Contedo Programtico: A regionalizao do espao mundial: da bipolarizao multipolarizao. Comentrio da questo 19: A questo apresenta a distribuio espacial do poder no mundo. essencial compreender a hierarquia que apresenta essa ordenao de poder e identificar os centros de poder de acordo com a posio de cada um no processo de decises das principais questes mundiais. A resposta que apresenta com preciso a estrutura de poder no espao contemporneo a letra D.

20. 21.

ANULADA

Entre as alternativas a seguir, a que NO corresponde realidade do Japo no contexto dos blocos regionais : industrial dos EUA nos anos de 1940.

(A) O Japo aparece efetivamente como competidor (B) O Japo aparece como importante centro deproduo tecnolgica.

(C) O Japo aparece como potncia mundial e como umpas de economia j consolidada desde 1960.

(D) O Japo aparece exercendo influncia em grandeparte do Sudeste Asitico.

(E) O Japo aparece como produtor potencial dearmamentos.

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Competncias: Compreender a geografia dos mega-blocos regionais. Habilidades: Contextualizar o processo de formao dos blocos regionais; analisar o papel dos pases que compem a Bacia do Pacfico na organizao do espao geogrfico asitico e mundial; identificar as diferenas scio-econmicas existentes no interior dos blocos regionais e entre eles. Contedo Programtico: Formao e perspectivas dos blocos regionais: NAFTA, ALCA, Unio Europia, Bacia do Pacfico, APEC, MERCOSUL. Comentrio da questo 21: A questo destaca a posio do Japo no contexto dos Blocos regionais como uma grande potncia que exerce influncia regionalmente (sudeste asitico) e mundialmente, tanto como potncia econmica, como tecnolgica. A questo solicita que se identifique a condio que no corresponde situao do Japo nas relaes mundiais contemporneas, por isso a letra A a resposta certa. O Japo s desponta como potncia a partir da dcada de 1960 do sculo vinte.

22. Sobre o conflito entre judeus e palestinos, correto afirmar: (A)Os conflitos entre judeus e palestinos esto relacionados disputa territorial de reas situadas no Golfo Prsico, em funo de essas reas possurem grandes jazidas de petrleo e mananciais de gua potvel representados pelo rio Jordo. Atualmente alguns obstculos dificultam o estabelecimento de uma paz definitiva entre judeus e palestinos, entre os quais a disputa pelo controle da cidade sagrada de Jeruslem, a existncia de grupos radicais em ambos os lados e a existncia de colnias judaicas em territrio palestino ocupado por Israel. Os conflitos entre judeus e palestinos so decorrentes de disputa territorial por reas da Palestina, pois o Estado de Israel adotou uma poltica expansionista desde 1967, anexando as colinas de Golan, da Sria, a pennsula do Sinai, do Egito, o sul do Lbano, alm da faixa de Gaza e da Cisjordnia dos rabes-palestinos. Os conflitos entre judeus e palestinos foram marcados pela interferncia de grandes potncias ocidentais, sobretudo dos Estados Unidos, que apoiaram incondicionalmente o Estado de Israel e a Gr-Bretanha, que foi aliada dos pases rabes. A construo de um muro na Cisjordnia por Israel, para separar as colnias judaicas das cidades entregues autoridade palestina, facilita o estabelecimento de um acordo de paz, assim como a criao do Estado palestino com territrios contnuos.

Competncias: Compreender o papel dos conflitos geopolticos e tnico-culturais nos processos de configurao do espao mundial. Habilidades: Relacionar as noes de territrio, fronteira, cultura e etnia na interpretao dos conflitos geopolticos e tnicos mundiais; analisar e exemplificar o papel dos principais conflitos geopolticos e tnico-culturais nos processos de reconfigurao espaos-territoriais verificados no mundo contemporneo; exemplificar mudanas espaos-territoriais mundiais resultante de conflitos geopolticos ou tnico-culturais recentes. Contedo Programtico: Os conflitos geopolticos e tnico-culturais e as reconfiguraes territoriais do mundo contemporneo. Comentrio da questo 22: A questo exige domnio da complexidade dos conflitos entre judeus e palestinos e de suas repercusses espaciais e territoriais, assim como dos acordos e estratgias que ocasionaram transformaes no controle e na gesto de territrios ao longo do tempo. Dessa forma, a resposta correta a letra B. Nela so apontados os principais problemas que entravam a finalizao de um acordo de paz entre judeus e palestinos.

23. Sobre os conflitos atuais na frica Negra, correto afirmar: (A)Na frica Central, sobretudo em Ruanda, h uma tenso crescente entre grupos rivais, Tutsis e Hutus, pois estes apoiaram os colonizadores belgas e continuam no poder, apesar de serem minoria. No Sudo, o conflito entre o governo islmico e a minoria crist est relacionado disputa territorial pela regio do Darfur, no sul do Pas, pois essa regio possui grandes reservas de petrleo e grande produo agrcola. Os conflitos na frica esto relacionados colonizao europia do final do sculo XIX, pois os colonizadores impuseram fronteiras artificiais, baseadas nos meridianos e paralelos, que separaram povos da mesma etnia e agruparam tribos rivais no mesmo territrio. Na frica do Sul, o fim do Apartheid reduziu as desigualdades sociais entre brancos e negros, o que dinamizou a economia do Pas, pois os recursos naturais, sobretudo as jazidas de petrleo, vm sendo explorados em benefcio da maioria negra. Atualmente, em vrios pases da frica, como Serra Leoa, a disputa por recursos naturais, como o petrleo e diamantes, tem agravado os conflitos territoriais, pois os grupos rivais pretendem utilizar tais recursos para o desenvolvimento dessas naes.

(B)

(B)

(C)

(C)

(D)

(D)

(E)

(E)

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Competncias: Compreender o papel dos conflitos geopolticos e tnico-culturais nos processos de configurao do espao mundial. Habilidades: Relacionar as noes de territrio, fronteira, cultura e etnia na interpretao dos conflitos geopolticos e tnicos mundiais; analisar e exemplificar o papel dos principais conflitos geopolticos e tnico-culturais nos processos de reconfigurao espaos-territoriais verificados no mundo contemporneo; exemplificar mudanas espaosterritoriais mundiais resultantes de conflitos geopolticos ou tnico-culturais recentes. Contedo Programtico: Os conflitos geopolticos e tnicoculturais e as reconfiguraes territoriais do mundo contemporneo. Comentrio da questo 23: A questo exige o domnio dos principais conflitos geopolticos e tnicos que assolam a frica e, de forma especfica, dos conflitos que ocorrem na chamada frica Negra. A identificao desses conflitos impe o domnio da diversidade regional que caracteriza o continente africano. Diante disso, a resposta correta a letra B. Essa questo demonstra como as questes territoriais que se do naquela regio tm relao direta com o seu processo de colonizao, pois as fronteiras territoriais estabelecidas pelos colonizadores ignoraram a diversidade tnica da regio.

Competncias: Compreender que o processo de globalizao contraditoriamente gera fragmentaes e tem contribudo para fazer surgir e manter regies consideradas perifricas e por isso mesmo excludas dos principais acordos e vantagens decorrentes da nova organizao econmica e poltica mundial. Habilidades: Aplicar a noo de fragmentao de espao, relacionando-o ao processo de globalizao e de regionalizao; exemplificar e caracterizar regies perifricas excludas das principais vantagens decorrentes dos acordos relacionados aos blocos regionais: frica subsaariana, Amrica central e sia central. Contedo Programtico: Globalizao e fragmentao desintegradora do espao: as regies excludas ou precariamente inseridas nova ordem mundial. Comentrio da questo 24: A questo exige o conhecimento que o processo de Globalizao efetiva uma integrao seletiva entre os espaos, inserindo determinados espaos e excluindo outros. A identificao dessa contradio do processo de globalizao se expressa espacialmente em todo o mundo, inclusive nos espaos dos pases desenvolvidos, como bem aponta a resposta certa que a letra D.

O avano da Globalizao ocorre de forma desigual, integrando algumas regies e excluindo outras. Sobre essa contradio do espao globalizado, correto afirmar:

24.

FSICA

(A)

Na Amrica Central, vrios pases, como o Haiti, esto excludos das vantagens advindas dos fluxos globalizados em decorrncia da precria infraestrutura, da extrema pobreza, da instabilidade poltica e da ideologia socialista. (B) No Leste Europeu, o esgotamento dos regimes socialistas provocou uma transio problemtica de muitas naes economia de mercado, a exemplo da Repblica Tcheca, em decorrncia da instabilidade econmica, elevao do desemprego e emergncia de conflitos tnicos. (C) Na frica Negra, a instabilidade poltica decorrente dos conflitos tnicos, a pobreza extrema e a precariedade das redes logsticas facilitam a insero de muitas naes nos fluxos de capitais, comrcio e tecnologia. (D) Mesmo nos pases desenvolvidos, h reas excludas ou pouco integradas aos fluxos globais, sendo estas representadas pela formao de crescentes bolses de pobreza nas grandes metrpoles, como Nova York e Paris. (E) Na regio do Oriente Mdio, alguns pases esto excludos e outros se auto-excluem dos fluxos comerciais e informacionais por motivaes religiosas (religio islmica), como o caso de Israel, e polticas (regimes ditatoriais), como o caso do Ir.

25. Nos ltimos anos, com o desmatamento exagerado no estado Par, algumas madeireiras, usando balsas, optam por buscar madeira no Amap.

H Ao realizar esse trajeto, uma balsa, em forma de prisma retangular, navega em dois tipos de gua: gua doce, nos rios da regio, e, ultrapassando a foz do rio Amazonas, gua salgada, na travessia de uma pequena parte do oceano Atlntico. Considerando-se que as densidades das guas doce e salgada sejam, respectivamente, 1000 kg / m e 1025 kg / m e admitindo-se que a altura da linha da gua (H), distncia entre o fundo da balsa e o nvel da gua (figura abaixo), seja, respectivamente, HD para a gua doce e HS para a gua salgada, podemos afirmar que a relao H D H S , na viagem de volta da balsa, ser:3 3

(A) (B) (C) (D) (E)

0,975 1,000 1,025 9,75 10,00

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Competncias: Relacionar fenmenos naturais com os princpios e as leis fsicas que os regem; utilizar a representao matemtica das leis fsicas como instrumento de anlise e predio das relaes entre grandezas e conceitos. Habilidades: Aplicar a conservao de energia ao escoamento de fluidos e a fluidos em equilbrio; identificar os princpios da hidrosttica como conseqncia da conservao da energia. Contedo Programtico: Leis de conservao aplicadas a fluidos ideais; presso, densidade e vazo; conservao da energia e suas implicaes: lei de Stevin, lei do empuxo. Soluo Comentada da questo 25: Tanto na gua doce como na gua salgada, o empuxo produzido na balsa igual, em mdulo, ao peso da balsa.

Esto corretas somente: (A) (B) (C) (D) (E) I e II I e III II e III III e IV II e IV

E D = P e ES = P E D = E S D .g.VD = S .g.VS e V = A.H D .H D = S .HS H D S 1025 H = = D = 1, 025 HS D 1000 HSPortanto, a alternativa correta a C.

26. Um expressivo plo de ferro-gusa tem se implantado ao longo da ferrovia de Carajs, na regio sudeste do Par, o que ensejou um aumento vertiginoso na produo de carvo, normalmente na utilizao de fornos conhecidos como rabos-quentes, que a foto abaixo ilustra. Alm dos problemas ambientais causados por esses fornos, a questo relativa s condies altamente insalubres e desumanas a que os trabalhadores so submetidos preocupante. A enorme temperatura a que chegam tais fornos propaga uma grande quantidade de calor para os corpos dos trabalhadores que exercem suas atividades no seu entorno.

Competncias: Relacionar fenmenos naturais com os princpios e as leis fsicas que os regem; compreender a Cincia Fsica como uma representao da natureza baseada na experimentao e na abstrao. Habilidades: Identificar e analisar os processos de transferncia de calor que ocorrem em aplicaes tecnolgicas; aplicar a propagao do calor para explicar fenmenos como o efeito estufa e brisas litorneas. Contedo Programtico: Conceitos bsicos: temperatura, equilbrio trmico, energia trmica e calor: calor sensvel e calor latente, calor de combusto; propagao do calor. Soluo Comentada da questo 26: Sabe-se que o CO2 reconhecidamente um dos causadores do aumento do efeito estufa na atmosfera e, por isso, a afirmao I verdadeira. Como a argila slida, o calor se propaga por conduo nas paredes do forno sendo falsa a afirmao II. O calor que atinge o trabalhador propaga-se por radiao sendo verdadeira a afirmao III, enquanto que a afirmao IV falsa. A alternativa correta a letra B.

27. Dois estudantes do ensino mdio decidem calcular a temperatura do fundo de um lago. Para tanto, descem lentamente um cilindro oco, de eixo vertical, fechado apenas na extremidade superior, at o fundo do lago, com auxlio de um fio (figura abaixo). Ao puxarem o cilindro de volta, observam que ele est

21 m

Com base nas informaes referidas no texto a cima, analise as seguintes afirmaes: I O gs carbnico (CO2) emitido pelos fornos um dos agentes responsveis pelo aumento do efeito estufa na atmosfera. II Nas paredes do forno o calor se propaga pelo processo de conveco. III O calor que atinge o trabalhador se propaga predominantemente atravs do processo de radiao. IV O deslocamento das substncias responsveis pelo efeito estufa conseqncia da propagao do calor por conduo.

molhado internamente at 70% da sua altura interna. Medindo o comprimento do fio recolhido, eles encontram que a profundidade do lago igual a 21 m. 5 Na superfcie do lago, a presso 1,0 atm (1,0 . 10 2 N/m ) e a temperatura 27 C. Admitindo-se que o ar seja um gs ideal, que a acelerao da gravidade 2 valha 10 m/s e que a densidade da gua seja 3 3 constante e igual a 10 kg/m , o valor da temperatura encontrada pelos estudantes :

(A) (B) (C) (D) (E)

2,79 C 276 K 289 K 12 C 6 C

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Competncias: Relacionar fenmenos naturais com os princpios e as leis fsicas que os regem; compreender a Cincia Fsica como uma representao da natureza baseada na experimentao e na abstrao. Habilidades: Converter temperaturas entre diferentes escalas termomtricas; utilizar as leis de transformaes dos gases ideais. Contedo Programtico: Leis de transformaes de gases ideais; Lei de Stevin. Soluo Comentada da questo 27: Assumindo que para o ar aprisionado no cilindro, quando no fundo do lago, a presso PF, a temperatura TF e o volume VF, e, quando na superfcie, essas grandezas so representadas por PS, TS e VS, temos:

ou, portanto, . E a alternativa correta da questo 28 a letra D.

29.

PF .VF PS .VS = TF TS

(I).

Como, (VF = 0,3 VS), (TS = 27 + 273 = 300 K), (PS = 1 atm = 5 2 5 2 10 N/m ) e (PF = 1 atm + 2,1 atm = 3,1 . 10 N/m ). Substituindo esses valores em (I), temos:

3,1.105.0,3VS 105.VS = TF 300 TF = 93x3 = 279K TF = 279 273 = 6o C Logo, a alternativa correta a letra E.

O grfico representado abaixo um modelo ideal do ciclo das transformaes que ocorrem em um motor exploso de quatro tempos (de um automvel, por exemplo), uma das mquinas trmicas mais populares que existem. As transformaes so realizadas no interior de um cilindro, usando uma mistura de vapor de gasolina e ar (considerada um gs ideal), para produzir movimento em um pisto. As evolues de A para B e de C para D so processos adiabticos enquanto de B para C e de D para A so processos isomtricos. Considerando o texto e o grfico representados acima, analise as seguintes afirmaes:Presso

No trabalho de restaurao de um antigo piano, um msico observa que se faz necessrio substituir uma de suas cordas. Ao efetuar a troca, fixando rigidamente a corda pelas duas extremidades ao piano, ele verifica que as freqncias de 840 Hz, 1050 Hz e 1260 Hz so trs freqncias de ressonncias sucessivas dos harmnicos gerados na corda. Se a velocidade de propagao de uma onda transversal na corda for 210 m/s, pode-se afirmar que o comprimento da corda, colocada no piano, em cm, :

28.

C

B

D AVolume

I II III IV

(A) (B) (C) (D) (E)

100 90 60 50 30

Na transformao de A para B, o trabalho realizado positivo. Na transformao de B para C, a variao da energia interna do gs negativa. Na transformao de C para D, a temperatura do gs diminui. A variao da entropia, na transformao reversvel de C para D, nula.

Competncias: Relacionar fenmenos naturais com os princpios e as leis fsicas que os regem; aplicar os princpios e as leis que regem a Fsica em problemas envolvendo produtos da tecnologia inseridos no cotidiano. Habilidades: Relacionar quantitativamente as grandezas caractersticas de uma onda: perodo, freqncia, comprimento, velocidade; descrever quantitativamente a produo do som em cordas vibrantes com extremidades fixas. Contedo Programtico: Acstica; conceitos fundamentais: velocidade de propagao, comprimento de onda, freqncia. Soluo Comentada da questo 28: Para uma corda de comprimento L, presa nas duas extremidades, as freqncias de ressonncia podem ser expressas como: onde f1 representa a freqncia do som fundamental. Para o caso da questo, 840 Hz, 1050 Hz e 1260 Hz so trs freqncias de ressonncia sucessivas dos harmnicos na corda, ento conclui-se que f1 = 1050 840 = 1260 1050 = 210 Hz. Sabe-se ainda que:

Esto corretas somente (A) I e II (B) I e III (C) II e III (D) III e IV (E) II e IVCompetncias: Relacionar fenmenos naturais com os princpios e as leis fsicas que os regem; Aplicar os princpios e as leis que regem a Fsica em problemas envolvendo produtos da tecnologia inseridos no cotidiano. Habilidades: Aplicar o conceito de entropia e a segunda Lei da termodinmica na anlise de processos termodinmicos; aplicar os princpios da termodinmica na anlise do funcionamento e rendimento de mquinas trmicas utilizadas em diversas aplicaes tecnolgicas. Contedo Programtico: Conservao da energia em sistemas termodinmicos: primeira lei da termodinmica e trocas de calor em sistemas termicamente isolados; processos reversveis e segunda Lei da Termodinmica; mquinas trmicas.

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Soluo Comentada da questo 29: A afirmao I falsa porque na transformao A B o gs est sendo comprimido e o trabalho negativo. Como a transformao B C isomtrica, e como a presso est aumentando, pela equao geral dos gases ideais a temperatura tambm aumenta, concluindo-se, portanto, que a variao da energia interna positiva e a afirmao II falsa. Na transformao adiabtica C D, Q = 0 e U = - e pelo fato do gs estar se expandindo o trabalho positivo, U < 0 e conseqentemente a temperatura do gs diminui. Logo, a afirmao III verdadeira, assim como tambm o a afirmao IV. Logo a alternativa correta a letra D.

30. Um terremoto um dos fenmenos naturais mais marcantes envolvidos com a propagao de ondas mecnicas. Em um ponto denominado foco (o epicentro o ponto na superfcie da Terra situado na vertical do foco), h uma grande liberao de energia que se afasta pelo interior da Terra, propagando-se atravs de ondas ssmicas tanto longitudinais (ondas P) quanto transversais (ondas S). A velocidade de uma onda ssmica depende do meio onde ela se propaga e parte da sua energia pode ser transmitida ao ar, sob forma de ondas sonoras, quando ela atinge a superfcie da Terra. O grfico abaixo representa as medidas realizadas em uma estao sismolgica, para o tempo de percurso (t) em funo da distncia percorrida (d) desde o epicentro para as ondas P e as ondas S, produzidas por um terremoto.t (min)

Competncias: Relacionar fenmenos naturais com os princpios e as leis fsicas que os regem; anlise e interpretao de grandezas e leis fsicas representadas em grficos e tabelas. Habilidades: Descrever os abalos ssmicos atravs de suas caractersticas ondulatrias, relacionando-as com suas conseqncias; aplicar qualitativamente as leis que regem os fenmenos ondulatrios. Contedo Programtico: Ondas mecnicas; noes de abalos ssmicos. Soluo Comentada da questo 30: Observando o grfico da questo, conclui-se que a inclinao da reta que representa as ondas S maior que a inclinao da reta que representa as ondas P e a velocidade das ondas P maior que a velocidade das ondas S, logo a afirmao I verdadeira. Como o som se propaga no ar atravs de ondas longitudinais, ento a afirmao II tambm verdadeira. Pelo fato das ondas S serem transversais e as ondas P longitudinais, ento, as afirmaes III e IV so falsas. Portanto, a alternativa correta a letra A.

QUMICA Leia o texto abaixo para responder s questes de 31 a 36.A composio de carves minerais varia muito, mas uma composio mdia comum (em % m/m) a seguinte: 80% carbono, 10% materiais diversos, 4% umidade e 5% matria voltil. Por isso, alm de energia, o carvo pode ser fonte de vrios compostos qumicos. De sua frao voltil, pode-se obter hidrocarbonetos aromticos simples. A importncia desses hidrocarbonetos pode ser avaliada com base no seu consumo anual no mundo, que de aproximadamente 6 25x10 toneladas. Dessa quantidade, em torno de 20% so obtidos pela converso de parte da frao voltil do carvo mineral. As frmulas estruturais de alguns desses hidrocarbonetos aromticos esto representadas a seguir.

20 15 10 5 0 1 2 3

Ondas S

Ondas P

4

d (km)x10

3

Considerando o texto e o grfico representados acima, analise as seguintes afirmaes:

(i)

H3C

(ii)

CH3

I

As ondas P so registradas na estao sismolgica antes que as ondas S. II A energia transmitida sob forma de ondas sonoras para o ar, por uma onda ssmica, predominantemente transportada por ondas P. III As ondas S podem propagar-se tanto em meios slidos como em meios lquidos ou em meios gasosos. IV Quanto direo de vibrao, uma onda P se comporta de forma anloga a uma onda que produzida em uma corda de violo posta a vibrar. Esto corretas apenas:

+H3C

CH3

+H3C

a

CH3

H3C

b

c

(iii)

31. A nomenclatura usual para as substncias formadas pelos compostos representados pelas frmulas (i), (ii) e (iii) so, respectivamente,

(A) (B) (C) (D) (E)

I e II I e III I, II e III II e IV II, III e IV

(A) (B) (C) (D) (E)

ciclohexano, fenol e naftaleno. ciclohexeno, metil-ciclohexeno e cresol. benzeno, fenol e cresol. benzina, tolueno e antraceno. benzeno, tolueno e xileno.

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Competncias: Compreender os cdigos e os smbolos prprios da Qumica atual; traduzir a linguagem discursiva em linguagem simblica da Qumica e vice-versa. Utilizar a representao simblica das transformaes qumicas e reconhecer suas modificaes ao longo do tempo. Habilidades: Reconhecer e representar lcoois, teres, aldedos, fenis, haletos, cidos carboxlicos, derivados nitrogenados (aminas, amidas e nitrocompostos), cetonas, steres e hidrocarbonetos, bem como aplicar as regras de nomenclatura IUPAC e a usual para as funes citadas contendo at 10 tomos de carbono, incluindo funes mistas. Contedo Programtico: Funes qumicas orgnicas; Nomenclatura de compostos orgnicos. Comentrio da questo 31: A questo solicita que se apliquem as regras de nomenclatura usual, para nomear as substncias formadas pelos compostos representados pelas frmulas (i), (ii) e (iii). O comando da questo informa que as estruturas so hidrocarbonetos aromticos, formados a partir da frao voltil do carvo. A nomenclatura correta : (i) benzeno, (ii) tolueno e (iii) xileno, que a mistura dos hidrocarbonetos aromticos (a+b+c). Portanto, a alternativa correta a letra E.

Competncias: Compreender os cdigos e smbolos prprios da Qumica atual; traduzir a linguagem discursiva em linguagem simblica da Qumica e vice-versa. Utilizar a representao simblica das transformaes qumicas e reconhecer suas modificaes ao longo do tempo; traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em Qumica: grficos, tabelas e relaes matemticas; compreender dados quantitativos, estimativa e medidas; compreender relaes proporcionais presentes na Qumica (raciocnio proporcional). Habilidades: Demonstrar conhecimentos sobre Clculo Estequiomtrico: pureza de reagente, rendimento de reao, reagente em excesso e reagente limitante. Contedo Programtico: Clculo Estequiomtrico Comentrios da questo 32: Para calcular o rendimento percentual da converso, devemos proceder como a seguir: Clculo da massa de matria voltil em uma tonelada de carvo: 1 tonelada = 1.000 kg 1.000 kg 0,05 = 50 kg. Como a densidade do composto (i) igual a 0,9 g/mL, teremos: d = m/V; m = d V; m = 0,9 g/mL 5.000 mL; m = 4.500 g = 4,5 kg. Calculando-se o rendimento, obteremos: 50 kg matria voltil ---------- 100% 4,5 kg substncia (i) ---------- X X = 9% Esses clculos levam alternativa C como resposta correta.

32. De uma tonelada de um carvo mineral, que contm 5% de matria voltil, obteve-se 5 litros do composto (i). O rendimento percentual dessa converso

(A) (B) (C) (D) (E)

7 8 9 10 11

Dado: Densidade da substncia formada pelo composto (i) = 0,9 g/mL

33. Uma das justificativas para o grande consumo da substncia (iii), mencionada no texto do comando da prova, o fato de que (iii)c pode ser convertido em um composto que precursor para a produo de plstico tipo PET. Em um experimento de converso de (iii)c sobre zelita ZSM-5 a 773 K, obteve-se uma mistura com a seguinte composio: Substncia/ Composto Frao percentual (v/v) i 0,40 Ii 6,03 (iii)a 3,93 (iii)b 10,27 (iii)c 72,70 1,3,5TMB 1,63 1,2,4TMB 3,74 1,2,3TMB 1,30

Aps a reao, a concentrao, em quantidade de matria por volume, do composto (iii)c em um litro da mistura obtida, , aproximadamente,

(A) (B) (C) (D) (E)

2,0 1,2 0,9 0,6 0,3

Dados: Densidade (g/mL) composto (iii)c = 0,86 Massas molares (g/mol): H = 1; C = 12.

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Competncias: Compreender os fatos qumicos dentro de uma viso macro e microscpica, bem como os cdigos e os smbolos prprios da Qumica; compreender dados quantitativos, estimativas e medidas; compreender relaes proporcionais presentes na Qumica (raciocnio proporcional). Habilidades: Resolver problemas numricos com as unidades de concentrao mais comuns: concentrao comum (g/L), porcentagem (m/m e v/v), ppm, e quantidade de matria por volume. Contedo Programtico: Solues. Esta questo foi anulada por no Observao: apresentar a resposta numrica correta entre as alternativas. Porm a resoluo poderia ter a seguinte forma: Frao percentual de (iii)c = 72,7 v/v 100 mL soluo ---------- 72,7 mL de (iii) Para um litro da soluo: 1000 mL _____ X X = 727 mL (iii)c

Competncias: Compreender os cdigos e smbolos prprios da Qumica atual; traduzir a linguagem discursiva em linguagem simblica da Qumica e vice-versa. Utilizar a representao simblica das transformaes qumicas e reconhecer suas modificaes ao longo do tempo; reconhecer aspectos qumicos relevantes na interao individual e coletiva do ser humano com o ambiente. Habilidades: Aplicar o princpio da conservao de energia em diferentes transformaes fsico-qumicas; compreender e quantificar a variao de calor envolvido nos processos qumicos e resolver problemas aplicando a Lei de Hess. Contedo Programtico: Termoqumica. Comentrio da questo 34: A questo solicita que seja calculada a quantidade de calor liberada, em kJ por mol de carbono, considerando uma combusto completa, quando uma termoeltrica queima 150 kg de carvo mineral (que contm 80% m/m de carbono composio mencionada no texto do comando da prova), para fazer um gerador eltrico de 100 kW de potncia funcionar durante 10 horas consecutivas. Para isso, procederemos como segue: Clculo da quantidade de energia produzida pelo gerador de potncia 100 kW, funcionando durante 10 horas consecutivas. 1 kWh ---------- 3.600 kJ (10 100) kWh ---------- X 6 X = 3,6 x 10 kJ Como o carvo mineral contm 80% de carbono (em % m/m), teremos: (150 kg x 80) / 100 = 120 kg. Clculo da quantidade de calor liberado: Combusto completa: C (s) + O2 (g) CO2 (g) 6 3,6 x 10 kJ ---------- 120 kg X ----------- 0,012 kg (massa molar do C) X = 360 kJ/mol de C Esses clculos levam a alternativa A como resposta correta.

A partir da densidade de (iii)c: 1 mL (iii)c ----------- 0,86 g 727 mL (iii)c ------X= XMassa de (iii)c em um litro da soluo.

625,22 g.

A partir do texto apresentado no incio da prova e dos dados de massas molares dados na questo, pode-se determinar que o composto (iii)c tem a seguinte massa molar: C8H10 = (12 8) + (1 x 10) = 106 g/mol Assim, a concentrao normal (quantidade de matria por volume) ser de:

35. Experimentos de gaseificao de trs carves minerais produziram os seguintes resultados (tabela e grfico):Isso leva a um resultado aproximado de 6 mol/L.

34. Para um gerador eltrico com potncia de 100 kW funcionar durante 10 horas consecutivas, uma termoeltrica queimou 150 kg de um carvo mineral com a composio mencionada no texto do comando da prova. Considerando que os processos so 100% eficientes, que apenas o carvo puro (carbono) sofre combusto e que esta se d de forma completa, nas condies de operao da referida termoeltrica, o calor liberado, em kJ, por mol de carbono, ser de:

Parmetro Energia de Ativao (kJ/mol) 2 Superfcie de Contato (m /g)

Amostra de Carvo A B C 266 245 222 1,6 2,5 37,3

(A) (B) (C) (D) (E)

360 288 100 80 64

Dados: 1 kWh = 3.600 kJ Massa atmica (u) C = 12

Comparando os resultados dos experimentos, correto afirmar que:

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(A) os valores da energia de ativao e da velocidadede gaseificao so diretamente proporcionais. (B) os aumentos na energia de ativao e na superfcie de contato aumentam a velocidade de reao. (C) os valores da superfcie de contato e da velocidade de gaseificao so diretamente proporcionais. (D) nenhum dos fatores citados na tabela influencia a velocidade da reao. (E) a quantidade de matria dos produtos formados pelas amostras de carvo (A, B e C), dentro de um mesmo intervalo de tempo, tal que A > B > C.Competncias: Compreender os cdigos e smbolos prprios da Qumica atual; traduzir a linguagem discursiva em linguagem simblica da Qumica e vice-versa. Utilizar a representao simblica das transformaes qumicas e reconhecer suas modificaes ao longo do tempo; traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em Qumica: grficos, tabelas e relaes matemticas; compreender dados quantitativos, estimativa e medidas; compreender relaes proporcionais presentes na Qumica (raciocnio proporcional). Habilidades: Escrever a equao de velocidade de uma transformao qumica em funo da quantidade dos materiais envolvidos e interpretar matemtica e graficamente os fatores que nela influenciam. Contedo Programtico: Cintica das reaes qumicas. Comentrio da questo 35: A questo aborda a interpretao de grfico e de valores tabelados, o que muito comum em Qumica. Da anlise do grfico e dos dados da tabela, observa-se que a alternativa correta a representada pela letra C, pois a superfcie de contato aumenta proporcionalmente velocidade de gaseificao, conforme observado pelos valores apresentados na tabela e pelo comportamento das curvas no grfico acima para as trs amostras de carvo.

36. Uma termoeltrica alimentada a carvo mineral contribuir para o efeito estufa porque:

(A) (B) (C) (D) (E)

essa termoeltrica usa somente matria prima renovvel. essa termoeltrica libera grandes quantidades de bixido de carbono. o carvo contm diversas impurezas, como a umidade, que no podem sofrer combusto, pois sero liberadas para a atmosfera. o carvo libera, com a combusto, muito material particulado, que catalisa a formao de H2SO4 a partir de SO2(g) presente na atmosfera. essa termoeltrica necessita de madeira para obter o carvo mineral, contribuindo para a derrubada de rvores, diminuindo a fotossntese e, conseqentemente, reduzindo a absoro de bixido de carbono.

Competncias: Descrever as transformaes qumicas em linguagens discursivas; traduzir a linguagem discursiva em linguagem simblica da Qumica e vice-versa. Utilizar a representao simblica das transformaes qumicas e reconhecer suas modificaes ao longo do tempo; compreender e quantificar a variao de calor envolvido nos processos qumicos e resolver problemas aplicando a Lei de Hess; reconhecer aspectos qumicos relevantes na interao individual e coletiva do ser humano com o ambiente. Habilidades: Reconhecer o processo de formao do efeito estufa e seus impactos sobre o meio ambiente. Contedo Programtico: Termoqumica. Comentrio da questo 36: A questo solicita a interpretao do fato de uma termoeltrica, operando alimentada a carvo mineral, contribuir para o efeito estufa. Da anlise das alternativas, observa-se que a correta a letra B, pois a nica que se refere liberao de bixido de carbono (CO2) que, pelo rpido aumento de sua concentrao na atmosfera considerado o principal gs causador do efeito estufa.

BIOLOGIA

37. O Brasil apresenta diversos tipos de bioma, cada um com suas caractersticas marcantes relacionadas ao tipo de vegetao, ou seja, sua composio florstica. Considerando os dados abaixo, estabelea a associao correta entre cada bioma e sua composio florstica.A associao correta est apresentada na alternativa: I- Pampas II- Cerrado III- Caatinga IV- Floresta Amaznica ( ) ( ) ( ) ( ) Grandes rvores de folhas largas e perenes; diversos estratos ou patamares formados pelas copas das rvores. Vegetao arbrea esparsa, com pequenas rvores, com casca grossa e troncos retorcidos, e muitos arbustos. rvores baixas e arbustos com folhas, no geral, caduciflias, alm de muitas cactceas. Campos bastante homogneos quanto vegetao, que , sobretudo, herbcea.

(A) (B) (C) (D) (E)

IV, III, I e II IV, II, III e I II, III, IV e I II, III, I e IV III, II, I e IV

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Habilidades/Contedo: Reconhecer e caracterizar os diferentes biomas brasileiros. Comentrio da questo 37: uma questo que requer conhecimentos sobre os biomas brasileiros, especificamente os Pampas, o Cerrado, a Caatinga e a Floresta Amaznica. solicitado que se estabelea a associao correta entre cada bioma e sua composio florstica. A associao correta est apresentada na alternativa (B).

39. Em 1953, Watson e Crick decifraram que a estrutura da molcula de DNA (cido desoxirribonucleico) uma dupla hlice, responsvel pelas caractersticas dos organismos. Com os conhecimentos atuais, julgue as afirmativas sobre a molcula de DNA: INa autoduplicao da molcula de DNA, cada filamento original serve de molde para a sntese de um novo filamento (duplicao semiconservativa). A base nitrogenada adenina emparelha-se com a citosina, enquanto a timina emparelha-se com a guanina. As bases nitrogenadas dos dois filamentos esto unidas por ligaes denominadas pontes de hidrognio.

38. Em um determinado ecossistema marinho, podem ser observados organismos representados por fitoplncton, zooplncton, caranguejos, camares e peixes tais como o bagre (detritvoro) e o mero (carnvoro). Com relao ao ecossistema descrito, a alternativa correta : (A) (B)A comunidade bitica representada por: peixes, camares, caranguejos, fitoplncton e zooplncton. Em relao a cadeia alimentar, os produtores so representados pelos fitoplncton e zooplncton, e os consumidores secundrios pelo bagre e pelo mero. A quantidade de energia qumica consumida pelo mero a mesma que foi gerada pelo produtor, sendo, portanto, constante ao longo da cadeia alimentar. A produtividade primria bruta o total de energia armazenada pelos camares. A degradao dos restos orgnicos de animais e vegetais realizada pelo fitoplncton.

II III

Est(o) correta(s) a(s) afirmativa(s): (A) I somente (B) II somente (C) I e II. (D) I e III. (E) II e III.Habilidades/Contedo: Conhecer as bases moleculares da hereditariedade: estrutura e replicao do DNA; estrutura e replicao do DNA, sntese de protena e mutao gentica. Comentrio da questo 39: A questo abrange conhecimento da estrutura da molcula de DNA, o relacionamento das bases nitrogenadas entre si e o processo da perpetuao da molcula atravs da replicao semiconservativa. Os itens I e III esto corretos. O item II est incorreto uma vez que o emparellhamento da Adenina com a Timina ocorre atravs de duas pontes de hidrognio e da Guanina com a Citosina, atravs de trs pontes de hidrognio. A afirmativa correta a letra D.

(C)

(D) (E)

Habilidades/Contedo: Descrever os caminhos percorridos pela energia e pela matria dentro de um ecossistema; Identificar e caracterizar os diferentes nveis trficos em cadeias e teias alimentares; a estrutura e o funcionamento dos ecossistemas; estudo das comunidades. Comentrio da questo 38: uma questo sobre ecossistemas, especificamente sobre o marinho. No enunciado j h a citao dos organismos destacados na comunidade: fitoplncton, zooplncton, caranguejos, camares e peixes, tais como o bagre (detritvoro) e o mero (carnvoro). As alternativas contm informaes sobre a comunidade bitica, cadeia alimentar, nveis trficos e caminho percorrido pela energia. No entanto, a nica alternativa correta a (A). As demais esto incorretas, porque: (B) Os produtores so representados apenas pelo fitoplncton e no pelo fitoplncton e zooplncton; (C) A quantidade de energia no constante ao longo da cadeia alimentar. Ela vai sendo deplecionada a cada nvel trfico; (D) A produtividade primria bruta o total de energia produzida pelo fitoplncton na fotossntese; (E) A degradao dos restos orgnicos de animais e vegetais realizada pelos organismos decompositores e no pelo fitoplncton que so organismos fotossintetizantes (produtores).

40. De um casal normal nasceu o primeiro filho com caritipo 2n= 47, XYY (Sndrome do duplo Y). Podemos inferir que o cromossomo Y extra foi decorrente de erro na: (A) (B) (C) (D) (E)meiose I da me. meiose II da me. meiose II do pai. meiose I do pai. no d para inferir onde o erro ocorreu.

Habilidades/Contedo: Conceituar genes e alelos e relacionar a segregao e segregao independente com os eventos cromossmicos que ocorrem na meiose; Gentica: Aberraes cromossmicas. Comentrio da questo 40: Esta questo sobre meiose e as conseqncias quando erros neste processo acontecem. A letra A est errada, pois, nesse caso, podero ser formados indivduos, 2n= 47, XXX, 2n= 45, X ou 2n= 47, XXY. A letra B no est correta, pois podero originar indivduos normais, indivduos com 2n=47, XXX ou indivduos com a sndrome de Turner (2n= 45, X). A letra C est correta, pois podero ser formados indivduos normais, indivduos com 2n=47, XYY e indivduos com a sndrome de Turner com 2n=45, X. A letra D tambm est errada, pois, nesse caso, sero formados indivduos com 2n= 47, XXY e 2n= 45, X.

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41. O homem certamente a espcie que mais modifica o meio em que vive. Sua atuao sobre o ambiente, no entanto, tem levado a srios problemas, tais como: I II IIIeroso e empobrecimento do solo. destruio da camada de oznio. chuvas cidas que prejudicam tanto ecossistemas terrestres quanto os aquticos.

I

os

Pode-se afirmar que as principais aes humanas associadas s alteraes I, II e III so, respectivamente:

mutao gnica (alteraes de bases nitrogenadas do DNA) responsvel pelo surgimento de novos alelos. II seleo natural responsvel pelo surgimento de genes dominantes. III recombinao gnica decorrente da segregao independente de cromossomos homlogos e de permuta (crossing over) na meiose I. A alternativa que identifica o(s) principal (ais) mecanismo (s) responsvel (eis) pelo surgimento dessa variabilidade da populao humana

(A)

(B)

(C)

(D)

(E)

liberao de gases denominados de clorofluorcarbonos, destruio das florestas naturais e queima industrial de combustveis como o carvo mineral e o leo diesel. queima industrial de combustveis como o carvo mineral e o leo diesel, destruio das florestas naturais e liberao de gases denominados de clorofluorcarbonos. queima industrial de combustveis como o carvo mineral e o leo diesel, liberao de gases denominados de clorofluorcarbonos e destruio das florestas naturais. destruio das florestas naturais, queima industrial de combustveis como o carvo mineral e o leo diesel e liberao de gases denominados de clorofluorcarbonos. destruio das florestas naturais, liberao de gases denominados de clorofluorcarbonos e queima industrial de combustveis como o carvo mineral e o leo diesel.

(A) (B) (C) (D) (E)

I somente II somente I e II I e III II e III

Habilidades/Contedo: Identificar problemas ambientais, suas causas e conseqncias, com nfase na Amaznia; o homem e o ambiente. Comentrio da questo 41: uma questo sobre algumas conseqncias das atividades humanas sobre o ambiente. As aes humanas tm causado srios problemas e a questo solicita que se relacionem trs desses problemas s aes humanas. O primeiro problema a eroso e o empobrecimento do solo que est relacionado destruio das florestas naturais. O segundo a destruio da camada de oznio que est relacionado com a liberao de gases denominados de clorofluorcarbonos. O terceiro a ocorrncia de chuvas cidas que, por sua vez, est relacionado queima industrial de combustveis como o carvo mineral e leo diesel. A alternativa correta a (E).

Habilidades / Contedo: Conhecer as bases moleculares da hereditariedade: estrutura e replicao do DNA, cdigo gentico e sntese de protenas; mutao gnica e origem de novos alelos; conceituar genes e alelos e relacionar a segregao e segregao independente com os eventos cromossmicos que ocorrem na meiose; estrutura e replicao do DNA, sntese de protena e mutao gentica; conceito de gene e alelo. Comentrio da questo 42: Esta questo est relacionada aos principais mecanismos genticos (mutao e recombinao) que produzem variabilidade nos diferentes organismos. A mutao a principal fonte de variabilidade gentica por produzir novidade gentica (alelos novos), enquanto a recombinao rearranja a variao existente em novas combinaes. A seleo natural no produz genes dominantes, e sim seleciona caractersticas geradas por mutao e/ou recombinao. Assim, a alternativa correta a letra (D).

LITERATURA

43.

Leia o soneto de Bocage, abaixo transcrito:

Importuna Razo, no me persigas; Cesse a rspida voz que em vo murmura; Se a lei de Amor, se a fora da ternura Nem domas, nem contrastas, nem mitigas: Se acusas os mortais, e os no obrigas, Se (conhecendo o mal) no ds a cura, Deixa-me apreciar minha loucura, Importuna Razo, no me persigas. teu fim, teu projeto encher de pejo Esta alma, frgil vtima daquela Que, injusta e vria, noutros laos vejo: Queres que fuja de Marlia bela, Que a maldiga, a desdenhe; e o meu desejo carpir, delirar, morrer por ela. (BOCAGE, Manuel Maria Barbosa du. Obras de Bocage. Porto: Lello & Irmo, 1968, p. 172.) mitigar - amansar, abrandar pejo - vergonha, pudor carpir - sofrer, chorar

42. Na figura ao lado mostrada parte da variabilidade existente na populao humana.A respeito dessa variabilidade, considere os mecanismos genticos referidos a seguir:

No soneto acima, o poeta:

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(A) (B) (C) (D)

(E)

dirige-se Razo, prometendo seguir seus sbios conselhos para domar a lei do Amor. utiliza imagens da esttica neoclssica, visto que obedece cegamente Razo, em vez de ceder ao impulso da loucura. mostra-se um legtimo precursor da esttica romntica ao expressar claramente o desejo de que a emoo vena a razo. continua preso s caractersticas do Arcadismo, principalmente no que diz respeito presena de imagens da mitologia e conteno de sentimentos ditada pelo racionalismo. revela ser um poeta neoclssico por excelncia, tanto no domnio da tcnica do verso, quanto no respeito total das convenes literrias da sua poca, particularmente a imitao dos clssicos greco-latinos.

(D) Eu tenho um corao maior que o mundo! Tu, formosa Marlia, bem o sabes: Um corao..., e basta, Onde tu mesma cabes. (E) Eu vi o meu semblante numa fonte, Dos anos inda no est cortado: Os Pastores, que habitam este monte, Respeitam o poder do meu cajado: Com tal destreza toco a sanfoninha, Que inveja at me tem o prprio Alceste: Ao som dela concerto a voz celeste; Nem canto letra, que no seja minha.(GONZAGA, Toms Antnio. Marlia de Dirceu. So Paulo, Melhoramentos, 1964.)

Eixo temtico: Texto literrio neoclssico, rcade e prromntico. Competncias: Apontar, nos poemas de Bocage, elementos constitutivos do texto potico. Habilidades: Explicar as caractersticas da literatura neoclssica e rcade. Contedo Programtico: Arcadismo e Neoclassicismo; Leitura de poemas lricos de Bocage; A presena do PrRomantismo nos versos de Bocage. Comentrio da questo 43: No poema Importuna Razo, no me persigas, Bocage reage veementemente contra a Razo e declara sua vontade de apreciar [sua] loucura. O soneto j anuncia as caractersticas da escola romntica. Assim, a alternativa que corresponde a essa caracterizao a C. As demais alternativas esto incorretas, pois todas negam o desejo de carpir, delirar, morrer pela amada, expresso no poema.

Eixo Temtico: Texto literrio neoclssico, rcade e prromntico. Competncias: Apontar, nos poemas de Toms Antonio Gonzaga, elementos constitutivos do texto potico. Habilidades: Explicar as caractersticas da literatura neoclssica e rcade. Contedo Programtico: Arcadismo e Neoclassicismo; Leitura de poemas lricos de Toms Antonio Gonzaga; os elementos constitutivos do texto potico nos poemas dos escritores rcades. Comentrio da questo 44: A opo correta a letra E, pois a nica que contm, essencialmente, elementos do Neoclassicismo e do Arcadismo. Todas as outras alternativas apresentam estrofes em que predominam elementos da esttica romntica.

45. Leia as seguintes estrofes do poema No te amo, de Almeida Garrett:No te amo, quero-te: o amar vem dalma. E eu nalma tenho a calma, A calma do jazigo. Ai! no te amo, no. No te amo, quero-te: o amor vida. E a vida nem sentida A trago eu j comigo. Ai! no te amo, no. Ai! no te amo, no; e s te quero De um querer bruto e fero Que o sangue me devora, No chega ao corao. [...] E infame sou, porque te quero; Que de mim tenho espanto, De ti medo e terror... Mas amar!... no te amo, no.(MOISS, Massaud. A literatura portuguesa atravs dos textos. So Paulo: Cultrix, 1976, p. 244.)

Poeta do Arcadismo brasileiro, Toms Antnio Gonzaga oscila entre dois estilos: por um lado, recupera o equilbrio clssico e a inspirao pastoral da remota Arcdia; por outro, anuncia a emoo que caracteriza o esprito romntico. Das estrofes abaixo transcritas, do poema Marlia de Dirceu, a que contm, essencialmente, elementos do Neoclassicismo e do Arcadismo a seguinte:(A) Repara, Marlia, O quanto mais forte Ainda que a morte Num peito esforado, De amor a paixo. Marlia, j treme, J treme de susto O meu corao. (B) Porm eu, Marlia, nego, Que assim seja Amor; pois ele Nem moo, nem cego, Nem setas, nem asas tem. Ora, pois, eu vou formar-lhe Um retrato mais perfeito Que ele j feriu meu peito; Por isso o conheo bem. (C) Tu no vers, Marlia, cem cativos Tirarem o cascalho, e a rica terra, Ou dos cercos dos rios caudalosos, Ou da minada serra.

44.

Considerando que Garrett um poeta romntico, correto afirmar que, nas estrofes transcritas acima:

(A) (B)

o poeta confessa, claramente, o desejo que o devora, em imagens subjetivas e fortes. o poeta ignora o desejo que sente, mantendo a objetividade e o equilbrio formal de base racionalista.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAR PROCESSO SELETIVO SERIADO 2008 2. FASE

(C) (D) (E)

os versos ilustram uma poesia de inspirao buclica, de comunho com a natureza e exaltao da vida simples e pastoril. o poeta, que est sempre em busca de uma perfeio possvel apenas no mundo perfeito dos sonhos, idealiza a figura da mulher. as imagens expressam o desejo do poeta de fugir da realidade na direo de um mundo pitoresco e idealizado, criado imagem de suas lembranas e emoes.

(C)

(D)

Eixo temtico: O Romantismo: o individualismo, o nacionalismo e o sentimento de liberdade. Competncias: Apontar, nos poemas dos escritores brasileiros e portugueses, elementos constitutivos do estilo romntico. Habilidades: Elencar as caractersticas gerais do Romantismo; identificar a presena do estilo romntico, nos textos dos poetas luso-brasileiros. Contedo Programtico: Romantismo: leitura de poemas de Almeida Garrett. Comentrio da questo 45: Almeida Garrett, no poema No te amo, expressa, claramente, o desejo que o devora, em versos como ... te quero / De um querer bruto e fero / Que o sangue me devora, o que se confirma na alternativa A. As outras alternativas esto erradas: o poeta no ignora o desejo que sente e a objetividade e o equilbrio formal de base racionalista no so caractersticas do Romantismo (B); os versos do poema em questo no decorrem de uma inspirao buclica e no exaltam a vida simples e pastoril (C); a figura da mulher, nesse poema de Garrett, no idealizada (D); os versos transcritos no expressam desejos de evaso, de fuga da realidade para um mundo de sonho e de emoes (E).

(E)

Carlota, mesmo amando profundamente o rapaz, recusa seu pedido de casamento por saber-se condenada em razo de uma doena fatal; no final do romance, morre nos braos do amado. Carlota, apesar de no corresponder ao amor do narrador, alimentava o namoro com bilhetes e encontros furtivos, divertindo-se com a situao, at que se cansa da brincadeira e se casa com outro. Carlota viaja para a Europa, onde o rapaz vai encontr-la prostrada por uma doena fatal. No momento em que a jovem pensava estar morrendo, um casto beijo de amor, milagrosamente, devolve-lhe a sade. Os jovens casam-se em Florena e voltam ao Brasil, para morar em uma linda e alva casinha, na quebrada da montanha.

Eixo temtico: O Romantismo: o individualismo, o nacionalismo e o sentimento de liberdade. Competncias: Apontar, no romance Cinco Minutos, traos de prosa romntica, tais como: enredo, linguagem, personagens, foco narrativo, temtica, tempo e espao. Habilidades: Explicar a relevncia de Jos de Alencar para o prosa do Romantismo brasileiro. Contedo Programtico: Romantismo: leitura do romance Cinco Minutos. Comentrio da questo 46: No final do conto Cinco minutos, os jovens protagonistas casam-se em Florena e voltam ao Brasil, para morar em uma linda e alva casinha, na quebrada da montanha. A resposta correta est, portanto, na alternativa E.

46.

Leia o trecho abaixo: H mais de dois anos, seriam seis horas da tarde, dirigi-me ao Rocio para tomar o nibus de Andara. Sabe que sou o homem menos pontual que h neste mundo; entre os meus imensos defeitos e as minhas poucas qualidades, no conto a pontualidade, essa virtude dos reis e esse mau costume dos ingleses. [...] Tudo isto quer dizer que, chegando ao Rocio, no vi mais nibus algum; o empregado a quem me dirigi respondeu: Partiu h cinco minutos.(ALENCAR, Jos de. Cinco minutos. So Paulo: Ediouro, 2001.)

47. Entre os trechos seguintes, retirados dos Contos Amaznicos, o que apresenta a i