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Publicação do SENALBA/RS Julho de 2016 em Revista Ato com Diretores e Empregados abriu comemoração dos 50 Anos do SENALBA/RS 1966 - 2016

Publicação do SENALBA/RS • Julho de 2016 em Revista · SENALBA/RS em Revista é o órgão oficial do Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência

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Publicação do SENALBA/RS • Julho de 2016

em Revista

Ato com Diretores e Empregados abriu comemoração dos

50 Anos do SENALBA/RS 1966 - 2016

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SENALBA/RS em Revista é o órgão oficial do Sindicato

dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas,

de Assistência Social, de Orientação e Formação

Profissional no Estado do RS

Av. Dr. Carlos Barbosa, 608 – Azenha

Fone: 51 3275.3800 Fax: 51 3275.3815

[email protected]

www.senalba-rs.com.br

DIRETORIA

Presidente: Antônio Johann

Diretor Administrativo: Célia da Silva Pinto

Diretor de Patrimônio: Romolo José Gobbato

Diretor para Assuntos Profissionais: Rubem Léo Hahn

Diretor para Assuntos do Interior:

Alberto da Silva Silveira

Diretor de Cultura e Formação Profissional:

Leidiana Stacke Marques

Diretor de Divulgação: Elton Bozzetto

Suplentes: Amaro Luiz Freitas Teixeira,

Marco Antonio Hochscheit, Romeu Fuchs,

Daniel Lucas Sperb, Ilse Agostini Gaffrée e

Graziela Laroca da Silva

CONSELHO FISCAL

Titulares: Décio Ascoli Ketzer,

Antonio Cléo Lima da Costa e Euclides Alves Quiroga

Suplentes: Arlindo Larsch, José Antônio Braun e

Sérgio Luiz Martins Magnus

DELEGADO REPRESENTANTE

Titulares: Antônio Johann e Romolo José Gobbato

Suplentes: Amaro Luiz Freitas Teixeira e

Célia da Silva Pinto

Jornalista Responsável:

Elton Bozzetto - Mte 10417

Produção Gráfica e Impressão: Evangraf

Tiragem 5.200 exemplares

0406091016 181920

NEGOCIAçãO SALARIAL

MERCADO DE TRABALHO

POLíTICA SINDICAL

50 ANOS

vIDA SINDICAL

AçãO POLíTICA

OPINIãO

ENTREvISTA

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PALAVRA DO PRESIDENTE

No dia 21 de março de 2016, o SENALBA/RS completou seu primeiro cinquentenário. Comemo-rar 50 Anos é motivo de júbilo, alegria e confrater-nização. O SENALBA/RS atinge seu primeiro grande jubileu destacando uma história de lutas, desafios e, sobretudo, defesa incondicional dos empregados re-presentados. Desde a primeira negociação até os atu-ais acordos coletivos, o sindicato sempre se orientou pela competência e responsabili-dade de assegurar aos trabalha-dores segurança e condições de vida digna.

Por esses motivos, a celebra-ção dos 50 Anos merecia um ce-nário melhor do que nos recebeu 2016 com crise econômica e polí-tica. Sem ilusões, é preciso olhar com serenidade, espírito crítico e esperança, mesmo diante de um contexto que põe em risco o desenvolvimento e o futuro da nação.

Exemplos de reconstrução são abundantes na história. Talvez o mais notável venha da Alemanha e de seu grande cidadão Konrad Adenauer. Em 1949, Adenauer foi eleito como primeiro Chanceler da República Federal da Alemanha, sendo reeleito ou-tras três vezes consecutivas. Quando ele deixou esse cargo, em 1963, havia realizado uma obra histórica:

a reconstrução da Alemanha após a Segunda Guerra Mundial, a consolidação da democracia, a implemen-tação de uma economia social de mercado e a inserção de seu país na comunidade dos países livres. E, para além disso, sonhava em aproximar o mundo de uma cooperação de alcance global.

Fernando Afonso Gay da Fonseca, cuja entre-vista se encontra nesta edição, descreve em sua obra

Retratos que aquele “velho”, a quem o nazismo libertou por não interessar mais ao futuro, foi o reconstrutor de uma nação e que ao assumir a pátria trazia as mãos cheias de mensagens de encon-tros do povo alemão com suas identidades e vivências. Ade-nauer foi um cidadão muito além de sua estatura.

Esse exemplo mostra que é possível uma recons-trução nacional desde que se tomem a honestidade, a idoneidade, a transparência e a austeridade como princípios, aliados ao planejamento e a educação como ferramentas indispensáveis. É certo que esses princípios são bens escassos no Brasil de hoje. No en-tanto, eles são absolutamente necessários para qual-quer ensaio de prosperidade e desenvolvimento eco-nômico e social.

Adenauer não foi um “salvador da pátria”. A exemplo da Alemanha do grande Chanceler, a hora do Brasil necessita mais de cérebros do que de interesses. Por isso, o momento é de abdicar das posturas indi-vidualistas. É hora de colocar o bem comum acima do interesse particular. Além disso, não se pode deixar que, em nome do equilíbrio econômico e fiscal, sejam usurpados direitos conquistados pelos trabalhadores e suas organizações, assegurados na Consolidação das Leis do Trabalho(CLT) e em outros institutos. A hora é de solidariedade, mas também de justiça e transpa-rência. Com uma perspectiva de reconstrução nacio-nal e com os direitos dos trabalhadores assegurados terá sentido e significado a celebração jubilar.

Antônio JohannPresidente do SENALBA/RS

Crise: risco e oportunidade

Não se pode deixar que, em nome do

equilíbrio econômico e fiscal, sejam usurpados direitos conquistados pelos trabalhadores.

NEGOCIAçãO SALARIAL

MERCADO DE TRABALHO

POLíTICA SINDICAL

50 ANOS

vIDA SINDICAL

AçãO POLíTICA

OPINIãO

ENTREvISTA

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NEGOCIAÇÃO SALARIAL

Empregados de SESC e SENAC tiveram ganho na negociação salarialGraças ao empenho da Federação dos SENALBAS do Rio Grande do Sul no diálogo e na negociação, os empregados do SESC/RS e SENAC/RS obtiveram um bom reajuste salarial a partir de 1º de Janeiro de 2016.

Sindicato assegura reposição integral da inflação nos saláriosApesar da crise econômica, as negociações de reajustamento salarial realizadas pelos SENALBA/RS foram exitosas, em 2016. O empenho e a competência na apresentação das pautas garantiram reposição inflacionária e poder de compra dos salários.

O acordo entre a FESENALBA/RS e as direções das entidades empregadoras, fechado em dezembro, assegurou o reajustamento salarial em quantia equi-valente a 100% da inflação medida pelo IBGE, entre 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2015.

O índice ficou em 11,28% para o plano de cargos e salários de 1 a 15 do SENAC e 1 a 12 do SESC. Para o grupo 16 do SENAC e 13 do SESC o reajuste ficou em 5,74%. Também foram contemplados outros itens da pauta de reivindicações construída em conjunto pela federação e pelos empregados representados. No vale Alimentação/Refeição, o reajuste ficou em 13%,

passando a ter o valor de R$ 17,00. Outro benefício assegurado foi o reajuste do reembolso do auxílio cre-che que passou para R$ 140,00. A negociação garantiu também a majoração do Seguro de Vida, ficando em R$ 5 mil, além de manter as cláusulas preexistentes.

Segundo o Presidente da FESENALBA, Antônio Johann, diante do contexto de recessão e crise econômi-ca, o acordo representa a manutenção das condições de dignidade. “As conquistas obtidas com a negociação são mérito da capacidade de análise do contexto e da matu-ridade no relacionamento com as entidades empregado-ras, que fizeram uma negociação responsável”. 

A assembleia geral da categoria aprovou por maio-ria dos presentes, na noite do dia 25 de abril de 2016, conforme edital de convocação publicado no jornal correio do povo do dia 15 de abril, página 11, o reajuste de 9,91% para o salário dos empregados das entidades culturais, recreativas, de assistência social, de orienta-ção e formação profissional no Rio Grande do Sul.

O acordo firmado com o sindicato patronal man-teve também as claúsulas preexistentes.

O Presidente da FESENALBA/RS, Antônio Johann, afirmou que a negociação para a reposição in-tegral da inflação, numa única parcela, representa um importante avanço, porque evita a desvalorização dos salários da categoria e assegura o poder de compra. “Num contexto de crise e recessão econômica conse-guimos assegurar o valor real dos salários, evitando prejuízos maiores para os empregados”.

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Assembleia realizada na sede do SENALBA/RS

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Negociação garante reajuste para empregados de entidades da indústria Mesmo com repasses parcelados, os empregados das áreas de assistência social e formação profissional do setor industrial do Estado obtiveram reajuste dos seus salários para 2016.

A primeira proposta apresentada pelo SENAL-BA/RS era de reajuste de 100% da inflação acrescido de um ganho real de 3%. A contraproposta do sindica-to patronal era de reajuste de somente 5%. O SENAL-BA/RS contrapropôs que  o reajuste fosse de 11,28% ainda que de forma parcelada, para que não pairasse o sentimento de que o empregador ficaria devendo a inflação passada, corroendo o salário do trabalhador.

Após negociação entre o SENALBA/RS e o SIN-DEPARS, que representa o setor patronal, a proposta final estabeleceu as parcelas de reajustamento assim distribuídas: 1º de janeiro/16 - 2,75%; 1º de maio/16 - 2,75%; 1º de setembro/16 - 2,75% e 1º de dezembro/16 - 2,60%, de modo que o salário de dezembro/16 em

relação ao salário de dezembro/15 perfizesse um au-mento de 11,30%. Um fator importante é que o reajus-te a ser aplicado em 1º de janeiro incide sobre os sa-lários vigentes, contemplando quem teve adequações salariais em 2015, sendo beneficiados os empregados de SESI, SENAI, FIERGS, CIERGS e Instituto Euvaldo Lodi. Também foram reajustados o vale alimentação que subiu para R$ 18,00 e Auxílio creche - R$ 215,00.

Segundo o Presidente do SENALBA/RS, Antônio Johann, considerando a recessão econômica do país e, de modo especial, a retração da indústria gaúcha, com raras exceções, a negociação foi muito boa porque as-segurou a reposição salarial.

Reunião de negociação na sede da FIERGS

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MERCADO DE TRABALHO

FGTAS confirma manutenção de parceria com o SENALBA/RSO Diretor Técnico da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social(FGTAS), Pedro Francisco da Silva Filho visitou o SENALBA/RS no dia12 de janeiro. Durante o encontro, o dirigente manifestou agradecimento pela parceria existente entre o órgão estatal e o SENALBA/RS e o interesse de manter as ações conjuntas.

Pedro Francisco foi recebido pelo Presidente do SENALBA/RS, Antônio Johann, pelo Diretor de Pa-trimônio, Romolo Gobbato,  o Diretor de Divulgação, Elton Bozzetto e a coordenadora da agência SINE/SENALBA. Ele elogiou a estrutura da agência e a qua-lidade do atendimento prestado aos trabalhadores que estão buscando a oportunidade de emprego e a reinserção no mercado de trabalho, bem como, a aten-ciosa prestação de serviço aos solicitantes de seguro desemprego.

O Diretor também apresentou as projeções de recuperação de atribuições que a Fundação possuía

no passado, especialmente, na perspectiva da forma-ção e qualificação profissional.  Também foram en-caminhadas questões relativas ao aprimoramento do atendimento na agência. O serviço de excelência já prestado deverá ser incrementado diante das novas projeções das atividades da FGTAS e a ampliação de demanda existente na agência SINE/SENALBA. O SENALBA/RS é o único sindicato do Rio Grande do Sul a manter uma agência de emprego, com provi-mento de estrutura e pessoal para seu funcionamen-to.

Diretor da FGTAS foi recebido no SENALBA/RS

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SENALBA/RS integra Comissão Estadual do EmpregoO Diretor de Assuntos Profissionais do SENALBA/RS, Rubem Léo Hahn, está integrando a Comissão Tripartite e Paritária de Emprego do Estado do Rio Grande do Sul, representando a Força Sindical/RS. A cerimônia de posse dos integrantes do órgão ocorreu no dia 13 de abril na sede da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social(FGTAS).

Ao tomar posse, o Presidente da Comissão, enge-nheiro Lélio Luzardi Falcão, afirmou que mesmo com o curto espaço de tempo, pretende ampliar os espa-ços e oportunidades de qualificação. “Pretendemos fazer deste espaço, um local de debate sobre o futuro de Emprego e Renda neste Estado, convidando Secre-tarias e Organizações que tenham contribuições para que possamos vislumbrar saídas da atual situação”. Ao mesmo tempo, promover a orientação às Comissões

Municipais e SINES, para que as ações de qualificação tenham esta perspectiva.

Rubem Léo poderá aportar contribuições impor-tantes, uma vez que o SENALBA/RS é o único sindi-cato do Rio Grande do Sul a abrigar uma agência do SINE em suas dependências, indicando o compromis-so com o acesso dos trabalhadores ao mercado de em-prego.

Comissão pretende ampliar qualificação profissional

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Crise afeta atividades de qualificação profissionalO contexto nacional que lançou o país numa crise política, econômica e ética configura prejuízos imensuráveis. O SENALBA/RS sentiu-se particularmente desconfortável com a redução dos investimentos federais no PRONATEC e em outros programas de qualificação profissional.

Essa realidade repercutiu em centenas de demis-sões no Rio Grande do Sul. Segundo o Presidente do SENALBA/RS, Antônio Johann, é possível medir com precisão esse impacto, uma vez que o sindicato realiza as rescisões contratuais do Sistema S, com assistência jurídica aos empregados.

Somente nas entidades que desenvolvem a instru-ção no sistema industrial, ocorreram 1.680 demissões no ano de 2015 e somaram 486 nos primeiros meses deste ano. Nas entidades de formação profissional da área do comércio, foram 486 demissões no ano passa-do e 134 nos primeiros quatro meses de 2016.

“Esses indicadores não trazem apenas prejuízo para nossa categoria representada, mas, sobretudo, para os trabalhadores que tiveram negada a opor-tunidade de qualificação, repercutindo em dano a toda a sociedade gaúcha e brasileira, que assiste a redução da massa de trabalhadores capazes de res-ponder com competência aos desafios e exigências de um mercado de trabalho tão competitivo e tec-nologicamente avançado”. Johann salienta que se não houver uma reversão imediata nesse quadro, o país voltará a sofrer com a carência de mão de obra qualificada.

Dados mostram aumento do desemprego

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Audiência Pública debate manutenção dasatividades sindicaisSetecentos dirigentes sindicais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso participaram na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, no dia 7 de março, da audiência pública da Comissão Especial da Câmara dos Deputados que tem a responsabilidade de elaborar nova legislação para regulamentar a atividade sindical no país.

POLÍTICA SINDICAL

A atividade foi coordenada pelo Presidente da Co-missão Especial, Dep. Paulinho Pereira da Silva(SD) e contou com dirigentes da Força Sindical, CTB, CUT, UGT, CGTB e Nova Central Sindical .

Conforme Paulinho, estão tramitando na Câmara Federal 54 projetos que tratam do tema da contribui-ção assistencial e sindical. Diante da dificuldade de consenso, as Centrais Sindicais propuseram a criação de uma Comissão Especial para agilizar a formatação de um Projeto de Lei. Segundo o parlamentar, as Cen-trais estão de acordo com a apresentação de uma pro-posta única. Durante a audiência pública, foram apre-sentadas várias sugestões para aprimorar o texto. O Presidente Regional da CTB, Guiomar Vidor, defen-deu que deve ser observado o princípio constitucional de liberdade de organização sindical que dá autono-mia aos sindicatos sobre a forma de decidir a respeito da contribuição sindical e assistencial. Segundo ele, o direito de oposição deve se limitar à assembleia geral.

O debate também reuniu representantes da classe patronal. O representante da FECOMÉRCIO, Flávio Obino Filho, fez uma veemente defesa da contribuição sindical. Ele também concordou que o mecanismo da oposição deve ficar limitado à assembleia geral. Obino defendeu ainda o instituto da contribuição assistencial vinculada à negociação coletiva exitosa, em razão dos serviços que os sindicatos prestam à categoria repre-sentada. “Não admitimos a intervenção do Ministério Público ou da Justiça no Trabalho na atividade sin-dical, para determinar que causa negociada não vale”.

A procuradora do Ministério Público do Trabalho, Mônica Pazzeto, participou dos debates. Ela afirmou que o Ministério Público vai exigir o cumprimento da lei caso ela seja alterada. Para o Desembargador do TRT, Luiz Al-berto de Vargas, garantir um sindicato forte é fundamen-tal. “Se a Constituição Federal garantiu que o sindicato é livre, autônomo e autofinanciado, o Estado e o MPT não podem impedir esses princípios. O sindicato forte é uma necessidade para enfrentar as crises. Por isso, sem acabar com a contribuição sindical, é necessário regulamentar a contribuição assistencial”.

O Presidente da Comissão Especial defendeu ain-da a criação de uma Agência Sindical Nacional para ordenar os registros sindicais e fiscalizar a autonomia e a definição do número de integrantes da diretoria.  Para o Presidente do SENALBA/RS, Antônio Johann, a audiência pública demonstrou um alinhamento im-portante das Centrais Sindicais. “É necessário regula-mentar tanto a contribuição sindical, quanto a assis-tencial, a fim de que o sindicato possa cumprir com suas obrigações, sem a intervenção do Estado. Um país com sindicatos frágeis não terá relações trabalhis-tas consistentes”. Também participaram da audiência os dirigentes da FESENALBA/RS, representando os SENALBAS de Caxias do Sul, Santa Rosa, Santo Ân-gelo, Cruz Alta, Santana do Livramento e Pelotas.

Dirigentes do SENALBA/RS participaram das discussões

Debate contou com a presença das centrais sindicais

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SENALBA/RS abre comemorações de seus 50 AnosNo dia 21 de março de 1966, o Ministério dos Negócios do Trabalho e Previdência Social publicou a Carta Sindical de reconhecimento oficial do Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de orientação e Formação Profissional do Estado do Rio Grande do Sul(SENALBA/RS).

50 ANOS

Para comemorar a sua criação, o sindicato abriu no dia 21 de março a programação dos seus 50 Anos de existência. A solenidade foi realizada no Salão de Eventos do SENALBA/RS, com a presença dos mem-bros da diretoria, do Conselho Fiscal e dos empre-gados da entidade. O Presidente Antônio Johann apresentou o programa de atividades previstas para o ano. Um dos focos é o fortalecimento da imagem da instituição junto aos trabalhadores representados e à

sociedade. Para isso, foi criado um selo comemorativo que irá acompanhar todas as correspondências, conta-tos e ações sindicais, em 2016.

O sindicato também fará a publicação de um livro que resgata a trajetória, as lutas e as principais ações deste período. Também editará um vídeo, promoverá curso de formação para a categoria e promoverá um concurso literário.

Diretoria do sindicato apresentouprogramação comemorativa

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Selo identifica as atividades dos 50 AnosA comemoração dos 50 Anos do SENALBA/RS tem uma identidade visual. O selo do jubileu estampa neste ano todas as correspondências, atos oficiais e atividades formais.

Criado em janeiro pela assessoria de comunica-ção, o selo estampa os 50 Anos circundado pelas cores da logomarca do sindicato. Outra exposição ocorreu no espaço aberto para informar a comunidade da co-memoração com forte impacto visual. O material foi exposto em um frontlight na Avenida Carlos Barbosa próxima ao sindicato. No período noturno a peça é toda iluminada para chamar a atenção do púbico, com intuito de marcar a comemoração dos 50 Anos de ati-vidades sindicais.   

Esta campanha se estenderá durante todo o ano, apresentando temas de campanhas e atividades do sindicato. Um dos objetivos desta atividade é dar pu-blicidade as ações do sindicato com intuito de tornar a instituição conhecida e sensibilizar os trabalhadores representados para se associarem e utilizarem os ser-viços assistenciais e jurídicos.

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Legislativo de Porto Alegre presta homenagem aos 50 Anos do SENALBA/RS

A Câmara de Vereadores de Porto Alegre homenageou, no dia 25 de abril, o SENALBA/RS pela passagem dos 50 Anos de sua criação. A sessão solene foi proposta pelo Vereador Cláudio Janta.

Em sua manifestação, o parlamentar destacou a história e lutas em defesa dos trabalhadores, o empe-nho pela qualidade de vida dos empregados da catego-ria representada com a construção da cooperativa ha-bitacional e o compromisso com o acesso ao mercado de trabalho representado na instalação da unidade do SINE nas dependências do Sindicato. O SENALBA/RS é o único sindicato do Rio Grande do Sul a man-ter uma agência do SINE, disponibilizando, inclusive, empregados para garantir o seu funcionamento. 

Vários parlamentares utilizaram a palavra para enaltecer os feitos do SENALBA/RS em cinco décadas de atividades. Valter Nagelstein foi empregado do Sis-tema S e representado pelo sindicato. “Me senti pro-tegido pelo SENALBA, em razão da defesa dos inte-resses do trabalhador”. Tarciso Flecha Negra destacou o fortalecimento da categoria na defesa das questões trabalhistas, mas também das questões sociais e políti-cas. “Nos últimos anos, o sindicato conseguiu reposi-ção salarial acima da inflação, dando poder de compra e dignidade para os trabalhadores”.

O Vereador João Carlos Nedel lembrou que desde 21 de março de 1966, o SENALBA luta pela organiza-ção, representação e defesa dos interesses da catego-ria profissional. “Não posso deixar de reconhecer os fundamentos de sua atuação, cujo escopo principal é a realização do Bem Comum e os legítimos interesses nacionais”. Kevin Krieger salientou a grande sensibili-dade do sindicato com os empregados representados. Já o Vereador Reginaldo Pujol lembrou emocionado que integrou o primeiro grupo de advogados cre-denciados pelo SENALBA/RS para fazer a defesa nas questões trabalhistas. “O verdadeiro sindicalismo tem uma atuação exemplar no SENALBA/RS”.

O Presidente do SENALBA/RS, Antônio Johann, ocupou a tribuna para agradecer o reconhecimento do parlamento municipal. “A comemoração do Jubi-leu é um dos eventos mais antigos da história, porque permite o resgate da memória e da história vivida”. Ele afirmou que em cinco décadas a instituição exerceu o cumprimento irrestrito das atribuições sindicais pre-conizados em seu estatuto social, na Consolidação das Leis do Trabalho e nos balizados tratados e convenções internacionais das quais o país é signatário.

Johann assinalou que, além de exercer a tarefa essencial do sindicalismo que é realizar a negociação coletiva da categoria representada, o SENALBA/RS empenhou imensuráveis esforços para interiorizar o atendimento aos trabalhadores, criar uma bela estru-tura de atendimento médico e odontológico, fundar a Cooperativa Habitacional SENALBA e criar o  Insti-tuto de Direito Social. “O SENALBA atua com  uma perspectiva de responsabilidade social, muito além da sua missão representativa”.

O Presidente pediu aos vereadores que apoiem a luta de fazer o município cumprir o seu dever de investir em programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental. Ao mesmo tempo, destacou o momento difícil em âmbito nacional, que tem redu-zido os recursos destinados à formação profissional, com repercussão perversa na categoria, resultando no elevado número de demissões.

O  Presidente acentuou que  as dificuldades não amedrontam. “Pelo contrário, constituem desafios, por-que em 50 anos de história o SENALBA/RS ficou caleja-do na arte de enfrentar conflitos e adversidades na defesa dos trabalhadores”. Ele lembrou o que disse Dalai Lama, em seu escrito, Os princípios da Felicidade: “É durante as fases de maior adversidade que surgem as grandes opor-tunidades de se fazer o bem a si mesmo e aos outros”.

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Vereador Janta entrega certificado de homenagem

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Troféu SENALBA-RS LiteraturaConcurso literário e oficina de formação de autores celebra os 50 anos do SENALBA-RS

Ao celebrar seu primeiro cinquentenário, o SE-NALBA-RS promove o seu primeiro concurso literá-rio. Voltado para a comunidade de associados e para o público geral, o Troféu SENALBA-RS Literatura distribuirá prêmios e troféus na categoria conto. As inscrições ocorrem até 7 de novembro de 2016, e a solenidade de premiação será dia 16 de dezembro de 2016.

A finalidade é fomentar o desenvolvimento e o re-conhecimento do talento da comunidade, bem como a democratização da cultura e o desenvolvimento da produção literária. Para conceber e realizar o prêmio, foi contratado o StudioClio Instituto de Arte & Hu-manismo, em Porto Alegre.

A formação de autores(as) e o preparo dos con-correntes ao prêmio serão fomentadas por meio da  oficina literária Fundamento do Conto, com a parti-cipação de alguns dos melhores autores da atualidade. Serão aulas gratuitas de Claudia Laitano (16 de setem-bro), Luís Antônio de Assis Brasil (23 de setembro) e Luís Augusto Fischer (30 de setembro). O horário

de sexta-feira, às 19h, no auditório do SINDEC - Rua Gen. Vitorino, 113; 7º andar - foi escolhido para per-mitir que associados do interior do estado possam participar. 

Consagrados contistas, cronistas e romancis-tas, estes três autores oferecerão sua visão do gênero conto, e apresentarão estratégias e recomendações técnicas para a escrita criativa. Os mesmos docentes comporão o juri de seleção, presidido por Francisco Marshall. Serão selecionados cinco finalistas de cada categoria, associados do SENALBA-RS e público em geral. Ao final, serão distribuídos sete mil reais em prêmios e distinções. Além disso, os textos seleciona-dos serão editados em um livro a ser lançado no dia da premiação.

Além de festejar os 50 anos do SENALBA-RS, este prêmio afirma a presença positiva do sindicato na comunidade rio-grandense, promovendo o bem estar social. Informações e inscrições nas páginas do Senalba-RS (http://www.senalba-rs.com.br/) e do Stu-dioClio (www.studioclio.com.br)

Ato de lançamento do concurso literário

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Programa de formação gratuito qualifica gestão de entidades assistenciaisUma das garantias de sustentabilidade para as entidades assistenciais é a qualidade de sua gestão. Para responder a um apelo dos órgãos gestores e das próprias instituições prestadoras de serviço público, o SENALBA/RS, através de uma parceria com o Instituto de Direito Social(IDS), realizou o Curso de Gestores de Entidades Assistenciais.

Esta atividade está inserida no contexto de co-memoração dos 50 Anos de existência do sindicato. Essa atividade gratuita foi executada na sede do SE-NALBA/RS - Av. Carlos Barbosa, 608; Bairro Azenha -, em Porto Alegre. O serviço visa a atualização dos procedimentos administrativos para atender as no-vas determinações legais e às exigências das políticas públicas, evitando possíveis demandas trabalhistas e fortalecendo a sustentabilidade dos serviços executa-dos nas comunidades.

A programação foi realizada às quintas-feiras, das 13h30min às 17h30min, com os seguintes temas e datas: 14 de Julho: Gestão de pessoas e Folha de Paga-

mento; 21 de Julho: Lei 13.019 e impacto na gestão das organizações sociais; 28 de Julho: Controle de contas e implantação do eSocial; 4 de Agosto: Políticas Públi-cas, Sustentabilidade e Captação de Recursos.

O Presidente do SENALBA/RS, Antônio Johann, destaca que esta é mais uma ação de responsabilida-de social do sindicato. Ele salienta que esta ativida-de atendeu prioritariamente às pessoas responsáveis pela gestão administrativa, financeira e contábil, bem como às que atuam na sustentabilidade da entidade. “Queremos evitar que as más gestões tragam prejuízo para as entidades e para todo o trabalho da rede socio-assistencial”.

Curso foi realizado na sede do SENALBA/RS

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Sindicato promove orientações sobre saúde preventivaO segundo semestre de 2016 terá muitas atividades para os trabalhadores que integram a categoria representada pelo SENALBA/RS. Na perspectiva das comemorações de seus 50 Anos, o sindicato programou uma série de eventos para estimular as atitudes de saúde preventiva.

As atividades serão realizadas no Salão de Even-tos do SENALBA/RS, das 14h às 17h, com duas ses-sões. Um dia por mês haverá palestra para públicos direcionados, com destaque para as atividades do Ou-tubro Rosa e Novembro azul. A prioridade é orientar os cuidadores, monitores e instrutores de entidades assistenciais, para que sejam multiplicadores de infor-mações sobre cuidados básicos de saúde.

O Cronograma de atividades estabelece os se-guintes dias, horários, temática e palestrantes:

26 - Agosto - 14ha. Saúde bucal - Dr. Luís Ramiro Barbosab. Doenças crônico-degenerativas - Dr Thiago Du-

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02 - Setembro - 9ha. Saúde bucal - Dra. Angela Johann Korzenowskib. Doenças crônico-degenerativas - Dr Thiago Du-

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30 - Setembro - 14ha. Saúde bucal - Dra. Laura Cardoso Irgangb. Violência contra a mulher - Tâmara Biolo Soares c. Lançamento Outubro Rosa

28 - Outubro - 14ha. Saúde bucal - Dra. Angela Johann Korzenowskib. Doenças crônico-degenerativas - Tatiane Adamskic. Lançamento Novembro Azul

25 - Novembro -14ha. Saúde bucal - Dr Ramiro Barbosab. Doenças Crônico-degenerativas e sexualmente

transmissíveis - Dr Thiago Duarte

As palestras são gratuitas. Interessados em par-ticipar devem fazer contato com a Secretaria do SE-NALBA/RS, de segunda à sexta-feira, das 8h30min às 12h e das 13h30min às 17h30min, pelo fone (51) 3275 3800.

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VIDA SINDICAL

SENALBA/RS perde seu Secretário ExecutivoDepois de longo período de luta contra o câncer, faleceu no dia 22 de abril o Secretário Executivo do SENALBA/RS, Paulo Renato Strauch. Ele estava em tratamento severo desde agosto do ano passado.

Neste último período, ele estava internado para uma nova fase do tratamento no Hospital Santa Rita do complexo da Santa Casa de Misericórdia. A per-da entristeceu os empregados do sindicato, diretoria e muitos associados e amigos.

Quando iniciou sua atividade no SENALBA/RS, no dia 20 de fevereiro de 1991, fez um grande trabalho de organização da secretaria, para qualificar o atendi-mento aos integrantes da categoria. Atuou também na criação e estruturação dos SENALBAS do interior. Teve uma contribuição importante na organização e criação da FESENALBA. Acompanhava ainda com extremo cuidado e diligência a vida sindical e as rela-

ções institucionais. Os colegas da secretaria destacaram a competên-

cia e a dedicação ao trabalho. Atuava com diligência e cuidado na elaboração das pautas de negociações e nos encaminhamentos dos acordos e convenções co-letivas de trabalho.

O Presidente do SENALBA/RS, Antônio Johann, lamentou a partida prematura. Ele manifestou so-lidariedade aos familiares e aos empregados do SE-NALBA/RS, admiradores de sua dedicação. “Paulo trabalhou nos últimos 25 anos no SENALBA/RS, com excelente serviço prestado ao sindicato”.

Última visita de Strauch ao SENALBA/RS

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SENALBA/RS qualifica serviços de atendimento à categoriaNo contexto da comemoração de seus 50 Anos de existência, o SENALBA/RS tem como proposição a melhoria do relacionamento com a categoria representada. Um dos procedimentos é a qualificação dos serviços de atendimento aos usuários de seus serviços, como medida de atualização de sua ação institucional.

Os empregados do SENALBA/RS participaram no dia 23 de maio, na sede do sindicato, de curso de qualificação. O tema abordado foi “Relações Interpes-soais e Ética no Trabalho”, com assessoria da Especia-lista em Pedagogia Empresarial, Aline Vieira. Ela des-tacou ao grupo que sozinhas as pessoas podem muito, mas no trabalho em equipe o grupo pode tudo. Para isso,  é necessário uma predisposição pessoal de criar relações abertas e transparentes. “O autoconhecimen-to é o primeiro passo para uma boa relação interpes-soal”.

A especialista afirmou que conhecer e reconhecer suas limitações e potencialidades dá condições para o aprimoramento de características comportamentais e competências técnicas. Ela salientou que toda a pes-soa está envolvida na atividade profissional de sucesso e não apenas as competências cognitivas. O compo-

nente da Inteligência Emocional tornou-se um fator decisivo para o sucesso da atividade institucional. Por isso, “a inteligência emocional é responsável por 58% do desempenho em todos os tipos de funções”.

O objetivo da atividade é qualificar o atendimen-to a categoria representada pelo SENALBA/RS. Aline salientou que para a boa prestação de serviço é neces-sário que as pessoas e o clima organizacional seja po-sitivo. “A realização profissional e o bom clima organi-zacional são consequências de relações interpessoais saudáveis”. Ela lembrou também que a comunicação é o ponto crítico das organizações. “Ela acontece de ma-neira formal e informal. É uma competência essencial no ambiente de trabalho. No entanto, se houver ruí-dos, os resultados podem ser desastrosos para a equi-pe e para a organização”. O curso foi realizado com muitas dinâmicas e interação dos participantes.

Curso abordou temas para aprimorar relacionamento com a categoria

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AÇÃO POLÍTICA

SENALBA/RS apoia mutirão de empregoO SENALBA/RS participou no dia 17 de junho das atividades do programa EMPREGAR RS. Esta iniciativa constitui um mutirão de oportunidade de emprego para centenas de trabalhadores gaúchos.

Somente para Porto Alegre e Região Metropolita-na foram ofertadas 1.530 vagas. Em todo o Rio Grande do Sul, 126 entidades e agências do SINE se integraram a atividade. Segundo o Diretor-Presidente da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social, Gilberto Baldasso, a meta desta edição do Empregar RS é atender 18 mil trabalhadores para preenchimento de cadastro, enca-minhamento para entrevista e acesso ao emprego.

Na solenidade de abertura do EMPREGAR RS, o Governador José Ivo Sartori afirmou que em época de retração econômica, uma oportunidade como essa é a garantia de emprego e melhores condições de vida para os gaúchos. “Trabalhadores e empresas têm de estar voltados para esse único fim”. Ele fez menção ao SENALBA/RS para destacar o apoio dos sindicatos a

iniciativa, porque o SENALBA/RS é o único sindicato no Estado que mantém uma agência do SINE, em par-ceria com a FGTAS.

Também participou da abertura da atividade o Ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Diversas entidades cujos empregados são representados pelo SENALBA/RS participaram da atividade com a oferta de vagas de qualificação profissional como o Institu-to Calábria e o SEST/SENAT, ou contratando traba-lhadores, como é o caso da SOGIPA. O Presidente do SENALBA/RS, Antônio Johann, destacou o apoio do sindicato ao mutirão, inclusive com a impressão da identidade visual do evento e a adesão dos servidores da agência para contribuir no atendimento aos traba-lhadores.

Presidente Johann com Ministro do Trabalho

Atividade encaminhou centenas de trabalhadores para o emprego

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OPINIÃO

A SAíDA REQUER DIÁLOGO E O COMPROMISSOClemente Ganz Lúcio*

A recessão poderá ser longa se a prioridade não for a retomada do crescimento. As consequências serão ainda mais desastrosas, comprometendo mais uma vez o potencial de desenvolvimento da sociedade brasilei-ra. Os principais fatores que sustentam o crescimento econômico do país e a capacidade de transformá-lo em desenvolvimento social estão em nossas mãos.

No Compromisso pelo Desenvolvimento, as Centrais Sindicais (CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB) e associações e entidades sindicais de representação dos empregadores (CNI, Anfavea, Fe-nabrave, Abimaq, Abiquim, Abit, Instituto Ethos, Si-naenco, Anfir, entre tantas outras) firmaram acordo cuja prioridade são medidas para promover o cresci-mento da economia brasileira.

É urgente retomar o investimento público e privado em infraestrutura produtiva, social e urbana, concluir e retomar obras, avançar nos projetos elaborados, investir em novos. A flexibilidade fiscal (déficit) é necessária para o aporte direcionado de recursos púbicos para o investi-mento, com o BNES fortalecido e um ambiente regulató-rio equilibrado e com segurança jurídica.

Além do investimento em grandes obras e na construção habitacional, deve-se aportar recursos de liberação rápida para obras de contratação célere, que gerem muita ocupação, como, por exemplo, sanea-mento, limpeza urbana, calçamento. O setor da cons-trução contrata muita gente e mobiliza extensa cadeia produtiva. Por isso, é fundamental destravar o setor de construção.

Da mesma forma, é estratégico retomar e ampliar os investimentos no setor de energia, como petróleo, gás e fontes alternativas. Essa inciativa repercute no setor de construção, industrial e naval.

Também é necessário mobilizar o desenvolvi-mento produtivo (agricultura, indústria, comércio e serviços) para investimentos de adensamento das

cadeias produtivas e de reindustrialização do país. O Compromisso deve criar espaços setoriais e locais para debates e formular propostas de desenvolvimen-to produtivo.

A estratégia de desenvolvimento produtivo deve considerar uma política cambial que favoreça as em-presas competitivas, para que reocupem espaços na agenda exportadora, bem como possam fazer a subs-tituição de importados.

As Olimpíadas e o câmbio criam uma oportuni-dade única para avançar na estruturação da política de desenvolvimento do turismo que, distribuído em todo o território nacional e a partir de grande poten-cial natural, é um grande empregador e arrecadador de divisas.

Para gerar capacidade de resistência diante da cri-se, são necessários, em condições emergenciais, finan-ciamento de capital de giro para as empresas, renego-ciação de dívidas das famílias, bem como crédito para o investimento privado e o consumo.

Os desafios são enormes, mas o Brasil tem plenas condições de ser protagonista do próprio desenvolvi-mento econômico e social. Tem capacidade produtiva reunida na força dos empresários e dos trabalhadores, um grande estoque de capital produtivo e muito re-curso natural. Nossas mazelas são oportunidades para investimentos, para uma produção que cria riqueza e renda para superar a pobreza e a desigualdade.

O Brasil pode muito se houver compromisso que crie projetos e tome iniciativas. O diálogo é o melhor caminho para fortalecer Compromissos e um grande instrumento para promover transformações.

*Sociólogo, diretor técnico do DIEESE, membro do CDES – Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

Clemente Ganz Lúcio

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ENTREVISTA

“Se falássemos menos na crise e mais na terapia faríamos um grande bem para a nação”.

Para lançar uma luz e um olhar crítico sobre o contexto atual da política brasileira, SENALBA em Revista entrevistou Fernando Gay da Fonseca, 93 anos. Homem público de grande expressão que orgu-lhou o Rio Grande do Sul com sua atuação na política nacional. Eleito Deputado Estadual e Senador. Foi Se-cretário Estadual de Justiça, integrante da delegação do Brasil na ONU e UNESCO e Presidente do Con-selho Federal de Educação. Com serenidade, firmeza e equilíbrio, ele analisa a situação atual do país e as raízes da crise política.

Como se autodefine: alguém que vive com suas reminiscências, acreditando profundamente na capa-cidade de resiliência e de superação da crise que o país possui. Para os políticos, ele recomenda que a terapia para a recuperação da confiança, está na descoberta da vocação para esta atividade e na colocação do bem comum acima do interesse particular.

Na sua percepção, onde está a raiz da crise po-lítica brasileira?

Fernando: Em primeiro lugar, falamos excessiva-mente em crise. Mas, é preciso definí-la. Tenho con-vicção que esta é uma crise decorrente e problemas éticos e morais, que redunda em crise política, eco-nômica, ou seja, de outras naturezas. Estamos falando demais na crise quando já há uma terapia, uma cura para essa crise. Falta, isto sim, um esforço conjunto em aplicar essa terapêutica. A primeira atitude deve ser a de acertarmos os passos, bem como, definir a direção que vamos tomar. Particularmente, acredito muito no Brasil, começa por aí. Acredito que a capaci-dade de recuperação do Brasil é maior do que a gente pensa. Creio que nosso país tem as possibilidades de reverter as situações negativas. Se falássemos menos na crise e mais na terapia nós prestaríamos um grande bem para a nação.

Fernando Gay da Fonseca

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Em que perspectiva deve estar o olhar e a ação, a partir de agora?

Fernando: O que me preocupa, isto sim, é que ninguém olha para o bem comum. O interesse está posto apenas no bem particular. O bem comum tem de ser visto acima de todo o bem, especialmente, indi-vidual. O fato é que se coloca o bem particular acima de todos os bens.

Quais as terapias adequadas para a crise ética?Fernando: Há iniciativas já apontadas e indicadas. A

primeira delas é a revisão das posturas éticas. Da mesma forma, temos de resguardas as instituições nacionais, de-vemos buscar não fragilizá-las, mas fortalecê-las.

Qual o risco da fragilização das instituições neste momento?

Fernando: Aí sim, como tudo na vida. As institui-ções são pessoas de natureza jurídica. Se nós as enfra-quecermos levaremos o tecido social e a organização da sociedade ao colapso. Não acredito que cheguemos a isso, porque nossa capacidade de revitalização é muito gran-de. Conseguiremos nos forta-lecer adotando um caminho seguro. Um quadro que me angustia é ver que não valo-rizamos bem os homens públicos brasileiros, nossos representantes. Inclusive, vejo muita agressão ao con-gresso, à Câmara, ao Senado.

Como isso se expressa?Fernando: Ora, só se projetam os negativos que

estão lá dentro. Há muitos políticos de boa índole ten-tando trabalhar, produzir e reconstruir. Esses não são projetados suficientemente.

Para desqualificar a categoria política haveria algum interesse não expresso?

Fernando: Não acredito que haja uma visão de desmoralizar. Há sim, uma visão defeituosa. Criou-se uma imagem para desqualificar. Não há humorista que não brinque com os políticos e com o congresso nacio-nal de forma pejorativa. Por quê? Tem tanta coisa para a gente se deixar envolver e oferecer como humorismo. Porque pegar logo aquilo que representa a nação?

Qual o caminho para a reconstrução da ética na vida pública?

Fernando: Passa inevitavelmente pela educação. É preciso que nos voltemos para uma educação na-

cional. Isso é um programa de educação desde a mais tenra idade até o máximo, conjugado, estruturado e coordenado. Vamos educar os moços, os adolescen-tes e os adultos numa perspectiva de capacidade para enfrentar as crises e dificuldades. Nós vivemos num mundo em que o homem tem de se reencontrar tam-bém. O senhor está falando aqui com um homem de 93 anos. Não sou tão criança assim. Talvez minha óti-ca seja de um homem vivido, superado, mas ela é de alguém que reflete sobre o que é, o que foi e o que virá.

Em outros tempos se concebia de forma dife-rente a vida pública?

Fernando: A minha percepção é que ela era exer-cida de forma diferente. Naturalmente, que havia um chamado, um vocacionamento à vida pública. Aqueles que eram vocacionados à vida pública tempos atrás, eram aqueles que sabiam conduzir-se e doar-se. Hoje, não vejo que todos sejam assim. Veja os representantes que tivemos na Câmara e no Senado representando o

Rio Grande do Sul, para ficar em nos-so pequeno universo. Eram pessoas que nos orgulhavam pela postura que assumiam, pelos gestos que definiam.

O Senhor aplicou o termo voca-cionado para a política. O que dife-

rencia esse conceito da simples ocupação de um cargo?Fernando: Para ser político é preciso sentir um

apelo para trabalhar pelo bem comum. Eu diria que isso define um político.

Alguns hoje não o são?Fernando: Creio que poucos. Mas, muitos são

vocacionados e não sabem exercer essa vocação. Não busquem responder adequadamente.

O Senhor qualifica a política como um sacerdócio?Fernando: Acredito que ela não é, mas deveria sê-

-lo. Porque, o homem que está na política está como o médico, o advogado a serviço do bem dos outros. Se não ajudarmos a construir uma sociedade voltada para o bem comum e não para os bens particulares estamos falhando. Eu ingressei na vida pública, por exemplo, impelido pelo desejo de implantar na socie-dade política os princípios cristãos, junto com outros companheiros da época. Foi uma aventura.

Como isso começou?Fernando: Nós inventamos de implantar o Parti-

do Democrata Cristão no Rio Grande do Sul. Eu, José

Acredito que a capacidade de recuperação do Brasil

é maior do que a gente pensa

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Sperb Sanseverino, Cid Furtado, Edmundo Marques, Fernando Costa Gama, um pequeno grupo. Concor-remos na primeira eleição de Ildo Meneghetti. Na segunda eleição, já participamos do governo. Eu fui, inclusive, Secretário de Justiça. Tínhamos a percepção do homem como centro e objetivo do Estado, promo-vendo o bem comum.

O caminho para superar as crises do país é a educação. É uma crítica a nossa educação?

Fernando: A educação é um processo que precisa ser constantemente reavaliado e ajustado às necessi-dades do momento e das circunstâncias. Não que nos-sa educação seja de todo ruim. Não. Inclusive, me cha-ma atenção a meninada que ocupou as escolas - não concordo com esta atitude - mas me chama atenção é que eles estão empenhados em avaliar a educação que recebem e acham que ela é deficiente. O fato positivo é que eles denunciam que a educação é deficiente.

A sociedade ainda é into-lerante com esse contexto?

Fernando: Na verdade ela é despreparada para enfrentar o momento que nós estamos passando. Veja que voltamos ao ponto inicial. Isso é decorrente da falta de educação mais sólida, mais consistente, que tem um vínculo originário no indivíduo e na família.

E os órgãos de vigilância na sociedade - como a justiça - cumprem sua função adequadamente?

Fernando: Eu sou um admirador da justiça. Nós temos que valorizar justiça porque ela é que vai nos definir se o sim é sim e se o não é não.

Então, por onde passa então a correção das dis-torções da sociedade?

Fernando: Passa pela formação da pessoa. Os políticos fazem por merecer o conceito que têm?Fernando: Alguns o fazem. Consciente ou in-

conscientemente praticam ações que os levam a ter essa conceituação. Eles agem e levam a política mui-to levianamente, sem um aprofundamento necessá-rio. Por isso, a vocação para a atividade política não é para todos. Muitas vezes, nem a formação política é suficiente se não houver essa convicção interna para o exercício do bem comum. A pessoa precisa se sentir chamada para isso.

O contexto político pode colocar em risco as instituições?

Fernando: Podemos fragili-zá-las. Mas, eu acredito muito na capacidade da recuperação. Tenho o sentimento de uma recomposi-ção. O quadro da presidência da república é uma situação estranha. O que está em exercício não é uma figura popular, nem fruto da von-

tade popular. Ele chegou a vice-presidência e assumiu a presidência. A Dilma tinha mais imagem perante o público. Por mais que se critique, ela tinha mais diá-logo e imagem com a opinião pública. Quando uma figura pública é acusada é sinal que ela é analisada. A acusação é um sintoma de que a pessoa é conhecida.

Então, o fato do afastamento da presidente é fruto de um contexto não clarividente?

Fernando: Eu acredito que o afastamento da pre-sidente deve ser analisado isoladamente. Mas, é fruto da realidade. A Dilma não é desprezível como querem fazer entender. Ela tem uma raiz, uma vinculação com o povo. O afastamento é um jogo no qual os outros temporariamente ganharam. Ela não perdeu. Os ou-tros momentaneamente ganharam. Até o final não sa-bemos como será. O quadro é de expectativa. Temos de lançar um olhar positivo, porque precisamos acre-ditar no Brasil.

Vamos educar os moços, os adolescentes e os adultos

numa perspectiva de capacidade para enfrentar as

crises e dificuldades

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