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Publicação Mensal da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis, Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas

Publicação Mensal da Federação Nacional das Empresas de ... · Hoje ela se estendeu e tem levado mui- ... Receita cobra PIS pago de acordo ... INTERNET Advento da internet superagiliza

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2 - Revista Fenacon - Edição 54 - Junho de 2000

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Revista Fenacon - Edição 54 - Junho de 2000 - 3

A LER (Lesão por Esforço Repetitivo) já é considerada doença epidêmica noBrasil. O país tem registrado média de 30 mil casos/ano. A doença foi inicial-mente diagnosticada entre digitadores. Hoje ela se estendeu e tem levado mui-tos profissionais ao afastamento definitivo do trabalho devido a lesões muscu-lares irreversíveis.. ......................................................................................... Pág. 14

CARTAS & E-MAILS

Mensagens dos leitores .............. 04

PALAVRA DOPRESIDENTEMulta por atraso no IR ............... 05

À LUZ DO DIREITOReceita cobra PIS pago de acordocom MP 1.212/95 ........................ 06

INTERNET

Advento da internet superagilizatrabalho de empresa contábil comIR ................................................... 08

Página da Fenaconhospeda primeiro serviço gratuitode fax ............................................ 09

www.fenacon.org.gr registrarecorde de acesso em maio ........ 10

LIVROS

Lançamentos editoriais ...............11

FENACONR. Augusta, 1939 - Cjs 42 e 4301413.000 - São Paulo - SPTelefax (011) 3063.0937 - 282.2218

A Revista Fenacon é uma publicação mensalda Federação Nacional das Empresas deServiços Contábeis, Assessoramento, Pe-rícias, Informações e Pesquisas.

Home Page: http://www.fenacon.org.br

Tiragem: 50 mil exemplares

Jornalista Responsável: Diva de Moura Borges.Produção Editorial: JV & BST Comunicação -Telefax (011) 3061.1884. R. Cristiano Viana, 561- 1º andar - 05411.000 - São Paulo - SPDiagramação: Marcelo A. Ventura

Conselho Editorial: Eliel Soares de Paula,Annibal de Freitas, Helio Cezar Donin, PedroCoelho Neto, Carlos Kinas Sobrinho, LuizAntônio Schmidt Travaína e Euclides Locatelli.

Diretoria da Fenacon

Presidente: Eliel Soares de Paula;Vice-Presidente - Região Sudeste:Annibal de Freitas;Vice-Presidente - Região Nordeste:Pedro Coelho Neto;Vice-Presidente - Região Sul:Carlos Kinas Sobrinho;Vice-Presidente - Região Centro-Oeste/Norte:Luiz Antônio Schmidt Travaína;1º Diretor Financeiro: Moacir Corso;2º Diretor Financeiro: Gerivaldo Pereira Silva;1º Diretor Administrativo: Helio Cezar Donin;2º Diretor Administrativo: Euclides Locatelli;Diretor de Relações Interentidades:José Antônio de Godoy.

Suplentes

Izabel Rodrigues Liipke; Jodoval Luiz dosSantos; Moisés Antônio Bortolotto; JoséGeraldo Lins de Queiroz; Horizon DonizettFaria de Almeida; Aguinaldo Mocelin; MauroGonçalves Cardoso.

Conselho Fiscal

Iracélio Perez; José Rojo Alonso; PauloBento. Suplentes: Alfredo Alexandre deMiranda Coutinho; Aluizio Bezerra deMendonça; Flávio Jair Zanchin.

Delegados Confederativos

Eliel Soares de PaulaIrineu Thomé

Revista Fenacon

Fale com a Redação

Telefax: (011) 3061.1884

E-mail: [email protected]

JV & BST ComunicaçãoR. Cristiano Viana, 561

05411-000 - São Paulo - SP

F E N A C O NAno V - Edição 54

Junho de 2000

CRÔNICA

Se tiver que dizer não, digaporquê .......................................... 13

SAÚDE OCUPACIONAL

LER: uma nova visão dadoença ..... .................................... 14

ENESC NORDESTEEmpresários do Nordestepreparam-se para encontro emSalvador ....................................... 19

ENESC SUL

Palestras agradam ao público do IEnesc-Sul, em Canela ................. 20

REGIONAIS

Sescap e Sindaspp inauguramnova etapa na resolução de conflitostrabalhistas no Paraná ................ 22

Prefeito de Aracaju prestigia IIICoescap ........................................ 24

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4 - Revista Fenacon - Edição 54 - Junho de 2000

cansativo de ler e que o leitor tenha a opção declicar no link desejado, indo completamente con-tra a sua reivindicação. Outra forma de vocêsolucionar seu problema, seria efetuar seudescadastramento do nosso mailing list. Bastaenviar-nos um e-mail, da mesma forma comovocê fez quando nos procurou para se cadastrar.Espero ter atendido suas dúvidas e me coloco asua disposição para eventuais esclarecimentos.

Nivaldo CletoCoordenador do Web Site da [email protected]

VírusRecebi, involuntariamente, via Internet, o

vírus “PrettyPark”. Em princípio, ele não che-gou a afetar o meu computador, mas “roubou” aminha lista de endereços. Esse vírus envia auto-maticamente para todas as pessoas que estão nalista do Outlook um arquivo anexo denominadoprettypark.exe. Essa operação é repetida, sis-tematicamente, a cada 30 minutos contínuos quevocê esteja conectado na Internet. Muitos liga-ram-me informando o recebimento desse vírus,os quais, em sua maioria, não chegaram a abri-lo. Quem não chegou a abrir o arquivo anexado,não há qualquer problema e basta apenas deletartotalmente a mensagem recebida.

Joaquim Vaz GodinhoEscritório Contábil GodinhoRio Grande – RSe-mail: [email protected]

Nivaldo Cleto responde:

Imagino o peso na consciência que você estásentindo. Isto já aconteceu comigo no passado.Recomendo que você atualize diariamente seuantivírus pela Internet. Utilizo um aplicativobom, confiável e barato, que é o Mcafee Clinic(custo - U$ 29,00/ano). Visite o site dawww.nai.com.br ou www.mcafee.com.

IVASou formando do curso de Ciências Contá-

beis pela Univali/SC e estou fazendo umamonografia de conclusão de curso sobre o Im-posto sobre Valor Agregado – IVA. E, conformematéria publicada “Câmara prepara-se para vo-tar texto de consenso”, na revista Fenacon - edi-ção 50 - fevereiro de 2000, no que diz respeito areforma tributária, informa-se que está sendo dis-cutido, principalmente, a criação do IVA, que iriasubstituir um total de sete tributos. Por isso, gos-taria de saber quem é o relator desta proposta?

Eduardo Vieites de [email protected]

Nota da Redação - O estudante poderáobter informações atualizadas sobre o tema no

Cartas & E-mails

E-mails para esta seção devem ser enviados para [email protected]

O real e a contabilidadeFelicito à redação dessa revista pelo brilhante

trabalho realizado na edição de n° 52, abril de2000, quando mostrou: “O real e a contabilida-de”, de Stephen Kanitz e “Clientes avaliam em-presas contábeis de Blumenau”, trabalhodignificante realizado pelo Sescon de Blumenau-SC. Parabéns a todos. Que Deus nos ajude a se-guir trilhando este caminho, orientado por estemeio de comunicação, que é a Revista Fenacon.Parabéns.

Jorge Luis SantanaSanto Amaro - BA

Revista FenaconRecebemos a Revista Fenacon – n° 50 como

doação. Gostaríamos de saber se existe a possibi-lidade de continuarmos recebendo a referida pu-blicação, que será de grande valia para os leitoresdesta biblioteca. Colocamos nossa biblioteca ao seuinteiro dispor para o que for necessário.

Marisa MartireBibliotecáriaUniversidade IbirapueraSão Paulo – SP

Boletim NetIOB-FenaconGostaria de ter uma resposta de alguém que

participa da elaboração do Boletim NET IOB,-Fenacon porque, quando eu acesso minhas men-sagens na caixa de entrada do meu Outlook2000, imediatamente é estabelecida uma cone-xão com a Internet, a qual não pode mais serinterrompida. Provavelmente isso deva aconte-cer em função da inserção dos links diretos nasmensagens HTML. Pergunto: isso é realmentenecessário? Não há outro recurso que possa serutilizado? (...) Se todos começarem a usar esterecurso, vocês já imaginaram o transtorno queestão causando?

Sprada & Rossetim Contab. A.C. S/C LtdaAlexandre Antonio [email protected]

Nivaldo Cleto responde:

Acho que a configuração do seu Outlook estáfeita de forma que ao abrir a caixa postal sejaexecutada a ligação para Internet. Se você forno menu de opções da Internet é bem capaz deconseguir sanar este problema. Você tambémpoderá tentar ligar para o serviço de atendimentoao cliente da Microsoft, pois lá, tenho certezaque vão encontrar a solução para o seu caso.Hoje, recebemos boletins diários do CongressoNacional, IDG Now, Info Exame, Agência Es-tado, Gazeta Mercantil, e muitos deles contêmos referidos links, banners de anunciantes, etc...como o nosso boletim. Estamos estudando mei-os de fazer com que nosso boletim fique menos

site da Câmara Federal: http://www.camara.gov.br

Café da manhãParticipei de um café da manhã promovido

pelo CRC-CE, no qual foi proferida palestra peloSr. Eliel Soares de Paula. Na ocasião, foram dis-tribuídos vários exemplares da Revista Fenaconaos presentes – uma verdadeira fonte de conhe-cimento. Portanto, gostaria de receber a Revis-ta, de agora em diante. Sou estudante de Ciên-cias Contábeis e faço parte de uma cooperativade trabalho na área contábil, a Coontar – Coo-perativa de Assessoria e Consultoria ContábilLtda. Será de extrema importância essas infor-mações para nós cooperados nos mantermosatualizados.

Bonifácio Alves de SouzaFortaleza - CE

Nota da Redação - O nome do estudantefoi devidamente incluído no cadastro deleitores da Revista.

Computador e contabilidadeSomos alunos do 1° ano do 2° grau e preci-

samos fazer um trabalho sobre “A importânciados computadores na contabilidade”. Lemos vá-rias revistas da Fenacon, com vários assuntossobre Internet, mas nenhum abordando direta-mente este tema. Por isso, resolvemos pedir, sepossível, que nos enviem um e-mail sobre esteassunto. Ficaríamos muito felizes, pois, pelo quevemos, as reportagens são muito boas e com issofaríamos um excelente trabalho. Desde já, nossomuito obrigado.

Rosy e [email protected] – RS

Nota da Redação - Sugerimos a Rosy e tur-ma que visitem uma empresa de contabilidadede Panambi-RS que tenha mais de 10 anos deatividade e conversem com seu proprietário. Elepoderá mostrar exatamente as transformaçõesocorridas com a introdução do computador noambiente do escritório.

Estimativa x Número RealConforme observação de um de nossos leito-

res, por telefone, atualizamos a informação pu-blicada na Revista Fenacon, edição 52, abril de2000. Na página 11, em matéria intitulada “Es-tudo traça perfil do empresário contábil brasi-leiro” afirmamos que, segundo estimativa daFenacon, há hoje, no Brasil, aproximadamente45 mil empresas de contabilidade. Dados do Con-selho Federal de Contabilidade, fornecidos pormeio de sua revista, apontam que há atualmente59.719 sociedades e escritórios individuais decontabilidade no País.

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Revista Fenacon - Edição 54 - Junho de 2000 - 5

Lamentavelmente, muitos em-presários de contabilidade es-tão arcando com prejuízos de-

correntes do atraso na entrega de declara-ções Imposto de Renda Pessoa Física de2000/Ano base 1999. O prazo final,improrrogável pela Receita Federal, foi 28de abril, às 20hs, quando as transmissõesvia internet se encerraram. Porém, empre-sários que deixaram por transmitir de-clarações via internet no último dia foramsurpreendidos por congestionamento desistema, seja, pela infraestrutura deficientedo seu provedor de acesso ou pelo sistemade telefonia local (já que o secretário daReceita Federal, Everardo Maciel, garan-tiu a mim, pessoalmente, que o índice deocupação do sistema Serpro esteve, no má-ximo, em 75% naquela data).

O fato, inegável agora, é o pagamentode multa por atraso. São R$ 165,74 paracada declaração de IR não entregue na data.Para uma empresa contábil, esse númeropode ser multiplicado várias vezes, depen-dendo da quantidade de declarações elabo-radas e não entregues no prazo.

E aí ficamos com a pergunta: seráque o valor cobrado pela empresa na ela-boração dessas declarações foi inferior,igual ou superior ao prejuízo assumidocom a multa?

Aqui na Fenacon, não fizemos pesqui-sa estatística que aponte esse dado. Mas,algumas consultas informais indicam queos honorários cobrados sequer cobrem oprejuízo.

O que podemos fazer para reverteresse quadro? Talvez tomarmos a amargaexperiência como referência para estipu-lar valor desse tipo serviço no próximoano. Devemos considerar aspectos bási-cos: o risco de problemas e multas, a com-plexidade do trabalho e sua respectiva de-manda de tempo. O valor do honoráriodeve cobrir, no mínimo, o prejuízo commulta e as horas extras pagas aos funcio-nários devido à demanda sazonal na em-presa contábil.

Confesso que em minha empresa, ne-nhuma de nossas declarações foi entreguefora do prazo. Houve dimensionamento ri-goroso do volume de declarações contra-tadas para elaboração e, procuramos, dequalquer forma, ter nosso último dia, o diaD, como sendo o anterior ao estipuladopela Receita Federal. Entretanto, com atra-so ou sem atraso, sabemos todos que ines-perados ocorrem, inclusive a impossibili-

Multa por atraso no IR

Palavra do Presidente

dade de transmissão via internet devido auma pane qualquer. Ou mesmo, um cli-ente antigo e importante que, por varia-das razões, lhe colocou em aperto, deixan-do tudo para a “última hora”. Tudo bem,mas desde que, pelo menos, ele arque como prejuízos de seu gesto intempestivo eoutros fatores a mais.

Vamos refletir e levar para 2001 um novoconceito de trabalhar e estipular honorários.

Eliel Soares de Paula

Eliel Soares de Paula , presidente da [email protected]

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6 - Revista Fenacon - Edição 54 - Junho de 2000

“A atitude do Fisco contraria os princípios basilares que devem nortear aadministração pública, quais sejam os princípios da moralidade, certeza e

segurança jurídica, lealdade da administração e boa-fé”

É estarrecedora a fome de arrecada-ção da Receita Federal. Recente-mente tivemos conhecimento de

que um cliente foi autuado pela SRF, por terpago o PIS exatamente como mandava aMedida Provisória 1.212/95 (e suas reediçõesposteriores) e não, como alega o Fisco, combase nas regras da Lei Complementar 7/70.

A Receita Federal está dando efeito “ex-tunc” (ou seja, os efeitos de uma lei julgadainconstitucional retroage à data de sua pu-blicação) à decisão do Supremo Tribunal Fe-deral que julgou inconstitucional a retroati-vidade prevista na Medida Provisória 1.212/95. Ao agir assim, está penalizando quemseguiu as regras ditadas por aquela MedidaProvisória, emanada do próprio GovernoFederal.

Para entender melhor esse absurdo, é ne-cessário se fazer um breve histórico sobre amatéria, a fim de demonstrar a improcedên-cia da exigência fiscal.

Os Decretos-Lei 2.445/88 e 2.449/88 al-teraram a forma de cálculo e cobrança do PIS,que até a edição desses atos era regulado pelaLeis Complementares 7/70 e 17/73. Essas leispreviam a incidência do PIS sobre o fatura-mento do 6° mês anterior (e não sobre a re-ceita total do mês) mediante uma alíquota

Receita cobra PIS pago de acordocom Medida Provisória 1.212/95

À Luz do Direito

por Celso Botelho de Moraes*

de 0,75% (e não 0,65%). Além disso, as ci-tadas leis complementares não falavam emcorreção monetária, para efeito de apuraçãoda base de cálculo.

Como se sabe, os Decretos-leis acima fo-ram declarados inconstitucionais pelo Su-premo Tribunal Federal (RE 148754-2/RJ)e, em função disso, o Senado publicou a Re-solução 49/95, para suspender a eficácia doscitados diplomas com efeitos “erga omnes”(ou seja, que tem efeito sobre todos os con-tribuintes do PIS).

Vale observar que a Administração Pú-blica, em face da inconstitucionalidade dosDecretos-lei em tela, já havia se pronuncia-do, através do Parecer PGFN 1.185/95, onde,interpretando a Resolução 45/95, do Sena-do, concluiu que a mesma tinha efeitos “ex-nunc”, ou seja, aplicava-se apenas aos atosposteriores à declaração de inconstituciona-lidade, pois não se podia desconstituir atosjurídicos perfeitos e situações constituídassob a égide dos diplomas inconstitucionais.

Mais tarde, este entendimento foi revis-to pela Procuradoria-Geral da FazendaNacional, através do Parecer 437/98, ondepassou a admitir a retroatividade da de-claração de inconstitucionalidade dos De-cretos-leis 2445/88 e 2449/88, concluindo

também, equivocadamente, que o § únicodo artigo 6o. da LC 7/70 não cuidava debase de cálculo, mas de prazo de seis me-ses para pagamento da contribuição doPIS, que, no entendimento da PGN, forarevogado por leis ordinárias editadas apósas LC 07/70 e 17/73.

Assim, para a PGN (e também para o Fis-co), o PIS sob a égide da Lei 7/70 deveria sercobrado sobre o valor do faturamento do mêsde competência, mediante uma alíquota de0,75%, não sendo respeitada asemestralidade da base de cálculo.

Em face da declaração de inconstitucio-nalidade dos Decretos-leis 2445/88 e 2449/88, para não perder receita, o Governo Fede-ral baixou a Medida Provisória 1.212/95 (pu-blicada em novembro de 1995 e diversas ve-zes reeditada), já convertida na Lei 9715/98,restabelecendo a incidência do PIS sobre ofaturamento (entendendo como faturamen-to a receita bruta), conforme determinava osDecretos-leis supra e à alíquota de 0,65%.Essa mesma MP, em seu artigo 17, estipu-lou que os efeitos da mesma retroagiam a 01de outubro de 1995.

O STF, julgando a ADIN n. 1.417-1/DF,em 02/08/99, declarou inconstitucional essaretroatividade.

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Revista Fenacon - Edição 54 - Junho de 2000 - 7

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ecente decisão do STJ fixou oentendimento de que o ISSdeve ser pago no local da pres-tação do serviço. Como se sabe,

é comum municípios vizinhos aos gran-des centros, como é o caso, por exem-plo, de várias cidades circunvizinhas deSão Paulo, estabelecerem alíquotas deISS bem menores que as da cidade gran-de, atraindo, com isso, empresas pres-tadoras de serviço para esses municí-pios. Essa prática, além da “guerra” fiscal entre vários municípios, têm criadouma fonte de renda, tanto para o município, como para os contadores ali sediados.Por outro lado, traduz, principalmente, uma significativa economia fiscal para osprestadores.

O assunto, que já contava com decisões divergentes entre turmas no STJ, foiagora definido. Para o Tribunal (última palavra em matéria infra-constitucional)o que vale é o local da prestação do serviço para definir de quem é o direito àarrecadação do imposto municipal.

Essa decisão tem ocasionado um grande número de críticas, seja porque oSTJ julgou o caso em contradição ao que estabelece a lei complementar do ISS (nocaso, o DL 406/68), seja porque a cobrança de ISS no local da prestação se afigurade difícil fiscalização, permitindo uma evasão fiscal, mormente para as empresasque prestam serviços em diversos municípios.

De acordo com o Decreto-Lei 406/68 (artigo 12), é considerado local da pres-tação de serviço: a) o da obra, no caso de construção civil; b) o do estabelecimentodo prestador ou c) o domicílio do prestador.

Vê-se, assim, que a lei complementar ( o DL 406/68 tem “status” de lei com-plementar ( como reconhecido unanimemente, de longa data) somente prevê olocal da prestação como o lugar de pagamento do ISS, no caso de construção civil.Nos demais casos, é o local do estabelecimento prestador ou na sua falta, o dodomicílio do prestador.

Assim, ao decidir contra a letra da lei e contra a doutrina (veja-se, por exem-plo, Bernardo Ribeiro de Moraes, in Doutrina e Prática do ISS, pag. 487), o STJestá diminuindo sensivelmente a oportunidade de economia fiscal do ISS, viaabertura de estabelecimento em cidades que contam com alíquotas reduzidas. Essadecisão trará também custos extras para as empresas que prestam serviços emvárias cidades. Essas firmas serão obrigadas a se inscrever no cadastro municipalde diversas localidades.

Além dos aspectos de possível evasão fiscal, pela dificuldade de fiscalização,imagine-se a confusão para os profissionais liberais, que costumam, em muitoscasos, prestar serviços em vários municípios. E quando o serviço é iniciado nummunicípio e concluído em outro? De que será o direito de arrecadar? Sobre quebase de cálculo?

Embora seja difícil alterar uma decisão da primeira Seção do STJ, mormentequando há diversos precedentes nas duas turmas, espera-se que o tribunal revejasua posição face a grita geral que a mesma tem provocado..

* Celso Botelho de Moraes é advogado, especializado em Direito TributárioE-mail - [email protected]

Em 21.01.2000, foi baixada a InstruçãoNormativa 06/2000, do Secretário da Recei-ta Federal, determinando que a cobrança doPIS, no período de 01.10.95 a 29.02.96 nãofosse mais feita com base MP acima, massob a égide das regras das Leis Comple-mentares 07/70 e 17/73. Como para o Fis-co, a base de cálculo da Lei Complementarnão era mais a do 6° mês anterior (alega oGoverno que leis posteriores alteraram essabase), e como a alíquota era de 0.75% (enão 0.65%, como previa a MP), criou-seuma enorme diferença entre o que foi pagopelos contribuintes naquele período e o quedeveria (segundo a Receita) ser pago con-soante as LCs. É exatamente essa diferen-ça que está sendo exigida na autuação aque nos referimos no início.

A atitude do Fisco contraria os princípi-os basilares que devem nortear a adminis-tração pública, quais sejam os princípios damoralidade, certeza e segurança jurídica,lealdade da administração e boa-fé.

É inconcebível que o Fisco Federal pre-tenda que o contribuinte do PIS, por tereste observado, rigorosamente, o que dis-punha a MP 1.212/95 e suas reedições, re-colhendo o PIS à alíquota de 0,65%, sobreo faturamento, refaça seus cálculos e pa-gue diferença para a alíquota de 0,75%,conforme determinado pela Lei 07/70, semobservar, contudo, a semestralidade dabase de cálculo no período de outubro de1995 a fevereiro de 1996.

De fato, admitir que a Administração Pú-blica possa recorrer à inconstitucionalidadede uma lei por ele editada, para prejudicar ocontribuinte, é reconhecer-lhe um benefíciodecorrente de seu próprio equívoco, ou mes-mo torpeza, em total desacordo com os prin-cípios da moralidade, certeza e segurançajurídica, lealdade da administração e boa-fé.

Ora, não é permitido à AdministraçãoPública alegar a seu favor as garantias quea ordem jurídica oferece ao cidadão, tiran-do proveitos patrimoniais em detrimentodo contribuinte da declaração de inconsti-tucionalidade de uma lei, que é obra sua, efoi rigorosamente observada pelo contri-buinte, sendo patente a violação do prin-cípio da moralidade administrativa, pre-visto no artigo 37 da CF/88.

Portanto, os efeitos da declaração de in-constitucionalidade do artigo 17 da Me-dida Provisória 1.212/95 não autoriza aReceita Federal a lançar eventuais dife-renças decorrentes da aplicação da LC 07/70 no período de outubro/95 a fevereiro/96, dos contribuintes que obedeceram anorma legal julgada inconstitucional.

ISS: o fim da guerra fiscal?

R

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8 - Revista Fenacon - Edição 54 - Junho de 2000

A cada ano que faço as declara-ções de imposto de renda demeus clientes tenho observa-

do uma rápida evolução tecnológica dosaplicativos existentes no mercado aliadaàs facilidades de obter as informações emtempo real via Internet, tendo como con-seqüência maior rapidez no atendimentoao cliente, melhor confiabilidade nas in-formações prestadas e aumento no núme-ro de declarações elaboradas. Faz 25 anosque faço as declarações dos clientes e ja-mais vi uma evolução tão rápida nos pro-cedimentos como nestes últimos três anos.

Vou provar a vocês como isto é uma re-alidade e comparar os recursos que dispo-mos hoje com as ferramentas existentes háapenas cinco anos atrás.

1) Dados do ano anteriorHoje - Através do programa IRPF2000

da Receita Federal fazemos a importaçãoautomática dos dados declarados no anoanterior, inclusive os bens do declarante.Tempo estimado: 30 segundos

Em 1994 - Pedíamos para a secretá-ria copiar em máquinas de datilogra-far todos os dados no formulário donovo período base. Tempo estimado(média de uma a duas horas)

2) Fontes pagadorasHoje - Com a utilização do aplicativo

ProAnalir (*) recuperamos todas as fon-tes pagadoras e relação dos pagamentosefetuados do exercício anterior, economi-zando o tempo de redigitação.

Em 1994 - Tínhamos que datilogra-far uma por uma as fontes pagadorase os beneficiários dos pagamentosefetuados (médicos, aluguéis, pensãoalimentícia, planos de saúde, etc...

3) Tira dúvidasHoje - Para sanar as dúvidas durante

a elaboração entramos no site da ReceitaFederal – Perguntas e Respostas do IRPF,ou através da consultoria eletrônica naNetIOB (vide short-cut no menu de ser-

viços online do Portal Fenacon (www.fenacon.org.br) e, em questão de poucosminutos, descobrimos a solução para 90% das dúvidas surgidas.

Em 1994 - Para sanar as dúvidas,telefonávamos para o plantão dedúvidas da Receita Federal e, apósvárias tentativas de discagem,quando tínhamos a sorte de conse-guir completar a ligação, um plan-tonista na Receita nos atendia e, seestava com boa vontade, nos orien-tava, nunca podendo se identificar.A maioria das vezes que telefonei, fi-quei com mais dúvidas. (tempo: ho-ras...)

4) Falta de informesHoje - Quando o cliente esquece o in-

forme de rendimentos de aplicação finan-ceira e saldo bancário, imediatamente en-tramos na conta corrente do mesmo atra-vés do Internet Bankline e pegamos o in-forme de rendimentos com os dados ne-cessários para o IR. (Tempo médio – 5minutos).

Em 1994 - Marcávamos uma novadata para o cliente, após solicitar jun-to ao Banco por escrito ou por Fax,retornar com o referido informe.

(Tempo para retorno de 10 a 15 dias)

5) Checagem de cálculosHoje - Para verificar se não houve er-

ros de cálculo no preenchimento, princi-palmente na apuração do caixa da pessoafísica, utilizamos o aplicativo ProAnalirque apura imediatamente se houve varia-ção patrimonial excedente aos rendimen-tos líquidos do declarante. (Tempo de cál-culo = 5 segundos).

Em 1994 - Com um papel e calcula-dora, verificávamos passo-a-passo avariação patrimonial do declarante.(Tempo médio 5 a 10 minutos)

6) Dados da PrevidênciaHoje - Se um aposentado ou pensionista

deixa de receber o informe de rendimentoda previdência, com o número do benefí-cio e data de nascimento, em questão desegundos entramos no site da Previdên-cia (vide menu de serviços online do Por-tal Fenacon) e emitimos o Informe de Ren-dimentos Online. (tempo = 3 minutos)

Em 1994 - O cliente tinha que ir nasagências da previdência e solicitar aemissão do informe de rendimentos.(tempo médio = 15 dias)

7) Revisão finalHoje - Depois de preenchidos todos os

dados no programa da Receita, é feito uma

Internet

Advento da Internet superagilizatrabalho de empresa contábil com IR

por Nivaldo Cleto

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Revista Fenacon - Edição 54 - Junho de 2000 - 9

consistência automática de eventuais er-ros no próprio programa da Receita, emseguida geramos o arquivo para entregara declaração no próprio HD (Hard Disk)do seu PC.

Em 1994 - Rascunhada a declaração,passávamos para o datilógrafo pre-encher, em duas vias, o formulário ofi-cial, passível de erros de digitação,cálculo e rasuras. Logo após, fazía-mos uma revisão para verificar se nãoexistiam erros de datilografia. (Tem-po = de 1 a duas horas).

8) Entrega da declaraçãoHoje - Gerado o arquivo do IR, co-

nectamos a Internet e fazemos a entregada declaração através do ReceitaNet. (tem-po = 10 segundos .... até as 17 horas dodia 28 de abril)

Em 1994 - De posse do formuláriopreenchido, recibos de entrega e ane-xos, éramos obrigados a juntar o ori-ginal do CPF e levar o formulário paraser protocolado nos Bancos autoriza-dos ou nas agências da Receita Fede-ral. (Tempo = imprevisível)

9) Pagamento da 1a CotaHoje - Para pagar a primeira cota do

IR, entramos no internet banking na con-ta corrente do cliente e, da minha mesa,realizamos o pagamento do imposto, sen-do impresso recibo no formulário oficialda Receita. A transferência para a contada Receita ocorre em tempo real. (tempo =3 minutos).

Em 1994 - Pegar a DARF datilogra-fada, emitir o cheque, ir ao Banco,enfrentar fila, correr risco de assaltoe pagar. (tempo médio: uma hora)

9) Pagamento de honoráriosHoje - A parte mais importante. Para

receber os honorários do cliente aproveiteque ele está pagando a DARF online e peçaao cliente, com um bom jogo de cintura,para fazer uma transferência em temporeal para sua conta corrente do valor dosserviços.

Em 1994 - Para cobrar do cliente ouvocê também com um bom jogo de cin-

tura, convencia que ele deveria fazerum cheque no ato, ou tomar uma can-seira para receber em carteira o valordos honorários. Ao que parece esteitem continua sem evolução, poismuitos clientes continuam dando can-seira para nos pagar.

Se você seguir os passos acima, mesmoque esteja na frente de seu cliente, podeter certeza que este cliente irá reconhecerque você está dominando a tecnologia deponta e isto, aumentará com certeza aconfiabilidade nos serviços prestados.

Não se esqueça que, para o trabalho seconcretizar com a rapidez descrita, deve-se ter um acesso para internet em tempointegral, não descartando a hipótese doacesso com linha discada convencional.

Internet, fica demonstrado, não é brinca-deira, como muito colega empresário contá-bil ainda pensa. Está mais do que provadoque não mais sobreviveremos no mundo em-presarial sem entrar e trabalhar na Rede.

(*) Maiores informações do aplicativo ProAnalir poderá ser obtida no Web Site : www.prosofttecnologia.com.br/Produtos/Windows/ProAnalir/

Nivaldo Cleto é empresário contábil e colunista da revista Fenacon

O site da Fenacon ganhouum novo serviço: o FaxFácil. Através dele, o

internauta pode enviar, gratuitamen-te, um fax de qualquer lugar do Bra-sil e do mundo para a Grande SãoPaulo (DDD 0xx11). Bastar clicar noícone disponível na página inicial dosite da federação (www.fenacon.org.br), que surgirá a página do ser-viço com formulário para o preenchi-mento dos dados e inclusão da men-sagem.

Para enviar o fax, são solicitadosos seguintes dados do remetente:nome, e-mail (para confirmação dofax), telefone, número de fax (casopossua) e ICQ (caso possua). Do des-tinatário, deve ser informado: nomeda pessoa ou empresa, número dofax de destino e assunto. Depois, ésó digitar a mensagem no quadrodisponível (ou então utilizar uma

mensagem pré-digitada, atra-vés do recursocopiar e colar) eclicar no botão‘Enviar Fax’.

Assim que ofax é enviado, oremetente rece-be um e-mail de confirmação, com otelefone para o qual o fax foi transmi-tido, data, hora, duração da chamada,número de páginas enviadas e total detentativas. A partir da segunda vezque o internauta acessar o site, o sis-tema reconhecerá os dados do reme-tente, que aparecerão automaticamen-te na tela.

Para que a página fique mais ‘leve’,as explicações sobre cada item do for-mulário são omitidas, a partir do pri-meiro fax enviado. Para evitar o en-vio de trotes ou ofensas, o sistema cap-

Página da Fenacon hospeda primeiroserviço gratuito de fax do Brasil

tura o endereço IP do remetente. OFax Fácil é um serviço administra-do pela empresa paulista Digi-marketing Comunicações e Internet,provedor que hospeda o site daFenacon.

À esquerda, reprodução de tela do site daFenacon, disponibilizando o Fax Fácil.Ao lado, reproducão de um fax emitido

pelo sistema.

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10 - Revista Fenacon - Edição 54 - Junho de 2000

Internet

O recorde de cliques diários(incluindo sábados, domin-gos e feriados), registrado

em maio, no site da Fenacon, é a con-solidação da página como umas dasprincipais ferramentas de trabalho dosegmento contábil. Essa é a opinião docoordenador de Web Site da Fenacon,Nivaldo Cleto, que comemora a mé-dia diária de 5.464 pesquisas aos ser-viços e links disponíveis na página dafederação. Se calcularmos a média dedez cliques por internauta, o númeroeqüivaleria a 546 acessos diários.

Segundo Cleto, o recorde é reflexoda agilidade e do grande número deserviços e links que o site oferece. “Apágina da Fenacon pode ser conside-rada hoje um portal do contador. Atra-vés dela, o empresário contábil temacesso a todos os sites voltados à nos-sa área”, citou. Sem dúvida, rapidez econteúdo vêm determinando o au-mento de acessos ao site. “Toda novi-dade que sai, imediatamente disponi-bilizamos no site da Fenacon”, confir-ma Cleto.

Um exemplo é a possibilidade deconsulta às Certidões Negativas doFGTS, apresentada recentemente pelaCEF, já incluída no menu de serviços,link Certidões On Line, do site daFenacon. “A página corta caminhopara todos os serviços que os órgãospúblicos oferecem”, complementa.

O mês de maio bateu o recorde an-terior registrado em outubro/99,quando se atingiu 5.391 cliques. “Vejaque em outubro tivemos a Conesc”,lembrou Nivaldo Cleto, justificando orecorde anterior. A 8a Convenção Na-cional das Empresas de Serviços Con-tábeis foi o primeiro evento do setorde contabilidade a ser transmitido emtempo real, via Internet.

Segundo dados da Digimarketing,provedor que hospeda o site da

www.fenacon.org.br registrarecorde de acesso em maio

Fenacon, 7.300 pessoasacessaram a página do eventopara assistir total ou parcial-mente as palestras. Desse núme-ro, duas mil só no último dia,22 de outubro. Muito dessesacessos foram feitos via páginada Fenacon.

DCTF

O terceiro maior número deacessos, 5.238, foi no mês feve-reiro, período que se registrouo ‘Bug da DCTF’. No prazo limite, 15de fevereiro, houve congestionamen-to da Rede, causado pelo excesso detransmissões da declaração, que im-possibilitou diversos empresários decumprirem o prazo de entrega (maisde 150 e-mails de empresários contá-beis foram enviados à federação rela-tando dificuldades de transmissão).Após reivindicação da Fenacon, o Se-cretário da Receita Federal, EverardoMaciel, decidia prorrogar o prazopara 29 de fevereiro.

“É crescente o número de contabi-listas que aderem diariamente atransmissão de DCTF, DIPJ, DIPF, viaInternet. A prática tem demonstradoser esta a melhor solução, tanto para

quem executa os serviços de informa-ções quanto para quem os recebe,neste caso, a Receita Federal”, lem-brava Eliel, na carta enviada ao se-cretário Everardo Maciel, mostrandoa importância que vêm tendo as 60mil empresas contábeis no processode fornecimento de dados, por meioeletrônico, aos órgão púbicos.

Setembro, mês que antecedeu aconvenção, foi o quarto maior núme-ro de cliques já contabilizado: 4.693,justificado também pelo grande nú-mero de acessos para inscrição e ob-tenção de informações sobre aConesc, maior evento voltado a clas-se empresarial contábil já realizadono País.

por André Luiz Andrade

Agosto/1999 3.344 7%Setembro/1999 4.693 10%Outubro/1999 5.391 12%Novembro/1999 4.169 9%Dezembro/1999 3.168 7%

Visitas diárias ao site da Fenaconnos últimos dez meses

Os dados estatísticos sobre o número de visitas à home page da Fenacon são obtidosatravés de um programa de contagem, o New Counter.

Janeiro/2000 4.541 10%Fevereiro/2000 5.238 12%Março/2000 4.601 10%Abril/2000 2.512 5%Maio/2000 5.464 12%

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Revista Fenacon - Edição 54 - Junho de 2000 - 11

COMPETÊNCIA CÍVEL DA JUSTIÇA FEDERAL

Título: “Competência Cível da JustiçaFederal”Autor: Aluisio Gonçalves de Castro MendesEditora: SaraivaPáginas: 157Preço: R$ 28,80O livro inicia abordando a visão histórica daJustiça Federal e sua composição nos dias dehoje. Em seguida, o autor discorre sobre con-ceitos básicos relacionados com a competênciano processo civil. Especificamente sobre a com-petência da Justiça Federal, a obra faz uma di-visão metódica das causas federais, a partir doscritérios da pessoa, da matéria, da função e doterritório, além da divisão interna nas varas fe-derais e da competência originária e recursaldos Tribunais Regionais Federais.

COLEÇÃO SEMINÁRIOS CRC-SP/IBRACON

Título: “Coleção Seminários CRC-SP/Ibracon”Autor: váriosEditora: AtlasPreço/ páginas: Contabilidade em segmentosespecíficos e outros (R$ 25/175); Controlesinternos contábeis e alguns aspectos deauditoria (R$ 30/222) ; Custos - ferramentasde gestão (R$ 30/244); Demonstraçõesfinanceiras - elaboração e temas diversos(R$ 30/239)

O CRC-SP e o Ibracon – 5a seção regionallançaram, pela editora Atlas, mais quatrotítulos da coleção ‘Seminários CRC/Ibracon’. As obras buscam auxiliar os lei-tores no processo de atualização e desen-volvimento profissional e, dessa forma,atender a um mercado que a cada dia setorna mais exigente, mais seletivo e glo-balizado. A coleção é coordenada por JoséBarbosa da Silva Jr., diretor de Desenvol-vimento Profissional do Ibracon _ 5ª se-ção regional. O primeiro título, fruto daparceira, foi lançado em 1987. Até 1996foram publicados mais nove títulos. A par-tir daí, as duas entidades realizaram a re-

visão das 10 obras, que incluíam 30 em-presas e 150 autores. Este trabalho deu ori-gem a três livros, lançados em 97, 98 e 99.Foram eles: ‘Auditoria por meios eletrô-nicos’, ‘Temas contábeis relevantes’ e ‘Te-mas contábeis em destaque’. Agora, apóso trabalho de seleção, análise e atualiza-ção promovido pelos autores, Ibracon eCRC relançam mais quatro livrostemáticos que, junto com os últimos três,formam a coleção ‘Seminários CRC/Ibracon’. Os temas são: “Contabilidade emsegmentos específicos e outros”; “Contro-les internos contábeis e alguns aspectos deauditoria”; “Custos - ferramentas de ges-tão”; “Demonstrações financeiras - elabo-ração e temas diversos”.

COMPRAS: PRINCÍPIOS EADMINISTRAÇÃO

Título: Compras: princípios e administraçãoAutores: Peter Baily, David Farmer, DavidJessop, David JonesEditora: AtlasPáginas: 472Preço: R$ 55

Quatro partes compõem este livro, queprocura aliar as experiências acadêmica eprática. Inicia-se examinando os princi-pais fatores que moldam o desenvolvi-mento da função compras, assuntos e con-siderações estratégicas relevantes, estru-tura e organização de compras e desen-volvimento e evolução da atividade. Aseguir, aborda as variáveis-chave de com-pras, como qualidade, quantidade, tem-po, preço, fonte de suprimento e negocia-ção. A terceira parte envolve as ativida-des e as implicações importantes de com-pras, examinando os processos associadosa compras em mercados ou setores eco-nômicos específicos. A parte final abordasistemas, controles e pessoal e inclui um

comentário sobre a direção que a pesqui-sa referente a compras está tomando.

PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS OU

RESULTADOS: A GRANDE VANTAGEM

COMPETITIVA

Título: “Participação nos Lucros ouResultados”Autora: Fernanda Della RosaEditora: AtlasPáginas: 168Preço: R$ 25

A autora vai da teoria à prática paraabordar a participação nos lucros e re-sultados nas empresas. Mas, antes de sechegar à prática, o livro discute os con-ceitos da PLR, comentando todos os seusaspectos. Apresenta a PLR como umagrande vantagem competitiva que asempresas podem ter num mercado emque a questão produtividade versus cus-tos é crucial. Inclui também todos ospontos da Medida Provisória sobre otema, bem como seus aspectos econômi-cos, jurídicos e sociais. O livro mostra ca-sos interessantes de empresas que já ado-taram a PLR no Brasil e no mundo, tra-zendo uma coletânea que poderá servirde parâmetro para quem desejar implan-tar o programa em sua empresa. Ressal-ta ainda o que deve ser evitado para ga-rantir o bom andamento do programa.Um capítulo especial mostra por que aPLR é um negócio rentável para o em-presário, com base em exemplo prático.Ao final, o livro explica como deve serfeita passo-a-passo a implantação doprograma, orientando sobre possíveisformas de negociação e procedimentosem cada etapa do processo. Respondeainda a perguntas referentes às dúvidasmais freqüentes levantadas por empre-sários em palestras e seminários.

Livros

(11) 3061.1884

RevistaFENACONPara anunciar ligue

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12 - Revista Fenacon - Edição 54 - Junho de 2000

Rápidas

REFORMA TRIBUTÁRIA PREJUDICA

SETOR DE SERVIÇOS

O setor de serviços será um dosmais prejudicados, com a carga tri-butária dobrada, caso seja aprovadoo texto de reforma tributária, conclu-ído no dia 13 de maio pela ComissãoEspecial da Câmara que apreciou otema. A opinião é de um dos mem-bros da Comissão, o deputado Mar-cos Cintra, em artigo publicado pelojornal Folha de São Paulo, do dia 19de março.“Para substituir o IPI, o atu-al imposto estadual de circulação eas contribuições sociais, essa propos-ta cria um IVA convencional,declaratório e burocratizado como oatual ICMS. Contudo, para gerar amesma arrecadação, a alíquota totalsobre o valor agregado precisará serexcessivamente elevada. O setor deserviços, por exemplo, terá sua cargatributária dobrada. A evasão e a so-negação serão estimuladas”, criticouo deputado, único voto contrário aaprovação do texto oficial.

AUDITORIA EM ALTA

O Guia do Estudante, publicaçãoda Editora Abril que orientavestibulandos sobre profissões e mer-cado de trabalho, enfocou as áreas deauditoria e controladoria, para falarsobre as perspectivas do carreira decontador, em sua edição 2000. O guiaexplica resumidamente a função doauditor e ressalta que os profissionaismais experientes têm “bom campoem controladoria, sobretudo em com-panhias de grande porte e multinaci-

onais”. A publicação aconselha tam-bém que, quem quiser subir rápidona carreira deve fazer um MBA emcontroladoria, pois “proporciona umatendimento tanto operacional quan-to global das diversas atividades daempresa”.

CONSULTOR DE GESTÃO

De 21 de julho a 8 de dezembro,acontece 10° curso “Consultor de ges-tão – pequena e média empresa”, pro-movido pela PUC-SP. O curso é des-tinado a profissionais já graduadosem administração, economia, enge-nharia, direito, engenharia e área dehumanas. O conteúdo básico englo-ba: algoritmo de consultoria – conten-do os aspectos técnicos, interpessoaise metodológicos; reforço de funda-mentos teóricos de gestão financeira,marketing, serviços, qualidade e re-cursos humanos e informações sobrelegislação de pequenas e médias em-presas e fontes de recursos. As aulasacontecem todas às sextas, das 13 às19hs.

Informações: (11) 3873-3155 ouhttp://cogeae.pucsp.br.

DEPARTAMENTO PESSOAL

O Sescon/MT promoveu o segun-do curso “Teoria do DepartamentoPessoal”, voltado a associados, filia-dos e estudantes. Exclusivamente prá-ticas, as aulas aconteceram nos dias 3,10, 17 e 24 de junho e contaram com45 participantes. O curso foi ministra-do pelo contador e consultor de em-presas, Jair Alves da Rocha.

NOVO JORNAL

Após pequena interrupção na suacirculação para uma reformulação, oJornal do Sescon/Londrina volta comum novo layout e mais informações.A publicação também traz um novoformato. Passa de revista (ofício) paratablóide. A capa ganhou mais cores ea tiragem passou de 1.000 para 1.500exemplares. O jornal tem periodicida-de bimestral, mas esta primeira edi-ção reformulada, engloba os meses dejaneiro a maio. “Sempre tivemoscomo meta melhorar a qualidade daapresentação e das notícias que publi-camos”, ressaltou o presidente doSescon/ Londrina, Osmar Tavares deJesus, em seu editorial, divulgado nanova publicação.

REUNIÃO EM CANELA

O Conselho de Representantes daFenacon, formado pelos presidentesde Sescon’s de todo o País, reuniu-seem Canela-RS, por ocasião do I Enesc-Sul (veja pag.20). A reunião foi presi-dida por José Augusto de Carvalho(Sescon/RJ) e se-cretariada porHelio Cezar Do-nin (diretor daFenacon).

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Revista Fenacon - Edição 54 - Junho de 2000 - 13

Em dois dias come-ça o feriado esco-lar - quarta, quin-

ta e sexta sem au-las. Márcianão sabe o que fazer. Tanto ela,quanto o marido trabalharãonesses dias e não têm comquem deixar os garotos.

No final do dia, uma ami-ga comenta que haverá umacolônia de férias. “Maravilha”pensa Márcia, enquanto ligapara saber mais detalhes.

Descobre que são R$100por pessoa, incluindo trans-porte, mas não há mais vagasna van e ela terá que levar etrazer as crianças.

Conversa com seu mari-do, que decide ligar para fa-zer a reserva. O diálogo se de-senvolve mais ou menos as-sim:

“Olá... eu gostaria de ins-crever meus filhos na colô-nia”.

“Está bem, são R$ 100cada um”

“Mas esse é o valor com transporte incluído e parece quenão há mais lugar na van, não é?

“É ““Bem, então você pode dar o desconto relativo ao transporte?”

“Não”Neste ponto há uma pausa na conversa. Um silêncio

desconfortável, até que ele decide tentar mais suavemente.“Mas... se os outros pagam R$ 100 com o transporte, e eu

vou ter que gastar gasolina e tempo, me dê pelo menos R$10 dedesconto para as duas crianças”

“Não”

Outra pausa seca.O sangue dele sobe à cabeça e a conversa termina com um

“está bem então, obrigado”.

Ele desliga. A esposa pergunta o quê vão fazer, com quemvão deixar as crianças? Ele responde que jamais fará negócioscom “essa gente”.

Esse tipo de situação ocorre com alguma frequência. Aspessoas mudam de fornecedor de produtos ou serviços não por-

que isso lhes seja con-veniente, mas porqueprecisam manter a suadignidade.

Um “não” seco,da mesma forma queum “são normas daempresa” são respos-tas que não deixam op-ção, humilham o clien-te. É como dizer “pe-gue ou largue”.

Para evitar essasituação, mesmo quevocê não possa atendera um pedido de um cli-ente, sempre que for

possível, justifique a suanegativa.

Mostre ao cliente que ele é im-portante para você. Jamais deixe que ele se

sinta “derrotado”. Se o cliente sentir que “perdeu abatalha” a revanche dele é fazer com que você o percacomo cliente. E ambos são prejudicados.

No exemplo do casal, o desfecho teria sido diferentese o dono da empresa tivesse compartilhado informa-ções, se tivesse sido mais sutil.

“Olhe, o que acontece é que o transporte é uma oferta dopróprio clube e não interfere nos meus custos... Por isso nãoposso fazer desconto algum.”

“Olhe, o que acontece é que precisamos cobrar o mesmopreço com ou sem transporte para incentivar as pessoas a usara van. Se der o desconto, os outros vão querer também, e a nos-sa planilha de custos não suportaria...”

“Olhe, não posso dar o desconto porque a cobrança de umvalor inferior a esse não é economicamente viável”

Qualquer coisa... uma informação a mais, um comentárioque mostre que, embora não possa atender a sua solicitação, ocliente é importante, pode salvar os seus negócios com ele nofuturo.

Por isso, de agora em diante, sempre que você precisar di-zer “não” para um cliente, explique porquê.

Se tiver que dizer não, diga porquêClaudio Nasajon

Crônica

Claudio V. Nasajon ([email protected])Master em Marketing pela PUC/Rio, Engenheiro e Analista de

Sistemas pela UERJ, Diretor de Marketing da Nasajon Sistemas.professor de Vendas no Curso de Pós-Graduação em Arquitetura de

Empreendimentos da PUC/Rio e autor do livro “Venda-se” - Ed.Campus

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14 - Revista Fenacon - Edição 54 - Junho de 2000

Roseli Secolin, 48 anos, soltei-ra, durante 18 anos, traba-lhou como digitadora. Co-

meçou em 1973. Passou por bancos,lojas de departamentos, bolsa de va-lores. Em abril de 1991, Roseli soma-va títulos e duplicatas, no Banespa,quando começou a sentir uma dor nomeio das mãos, que atingiu os bra-ços e a coluna. Foi ao médico. O di-agnóstico: Lesão por EsforçoRepetitivo – Ler, associada à inflama-ção nos tendões. Fez todos os trata-mentos possíveis, tentou voltar aotrabalho, mas a dor não mais a aban-donou. Seu caso é crônico e irrever-sível.

Com 40% menos de força muscu-lar, Roseli está há cinco anos sob tra-tamento, como beneficiária do INSS.Já tentou todos os métodos tradicio-nais para aliviar a dor: fisioterapia,termoterapia, massoterapia, infiltra-ção, tomou analgésicos e antiinflama-tórios. Hoje é a acupuntura que ali-via as dores que insistem em apare-cer sempre que passa dos seus limi-tes. Quais são? Atividades simples dodia a dia, como arrumar a casa, lavara roupa. Até mesmo a digitação dostrabalhos do primeiro ano de facul-dade têm que ser ‘terceirizada’.

“Jamais pensei que poderia ter esseproblema”, diz Roseli. Nem ela, nemaproximadamente 27 mil pessoas noBrasil que, a cada ano, sofrem com adoença. Os números não são oficiais,mas estima-se que de 80 a 95% damédia de 30 mil casos relatados dedoenças do trabalho, por ano, no País,são relacionados a Ler. Vale lembrarque um terço da população economi-

camente ativa está nomercado informal e nãofaz parte das estatísticas.

O Ministério da Previ-dência reconhece que jáhá, pelo menos, “umaepidemia de queixas deLER”. Em função disso,pede seriedade por par-te dos profissionais desegurança, saúde, ergo-nomia e produção, sindi-catos e empresas naabordagem dos diversosaspectos envolvidos,“tanto na ocorrência eagravamento do quadro,como na possibilidadede diagnóstico precoce,tratamento e reabilitação adequa-dos”. A avaliação faz parte de estudosobre Distúrbios OsteomuscularesRelacionados ao Trabalho – Dort (ter-mo adotado pelo Governo), que en-volveu diversas entidades, visando aelaboração da Norma Técnica de Ava-liação de Incapacidade para Fins deBenefícios Previdenciários do MPAS.

Prejuízo incomensurável

A epidemia, mais do que um pro-blema de saúde, implica em um gran-de desperdício de capacidade produ-tiva e, portanto, prejuízo para as em-presas. Segundo a Organização Inter-nacional do Trabalho – OIT, os paí-ses arcam com o custo médio equi-valente a 4% de seu PIB, a cada ano,em decorrência de acidentes, trata-mentos de doenças, lesões e incapa-cidade relacionada ao trabalho. Essedinheiro sai do bolso dos Governos,

com atendimentos médicos, paga-mento de benefícios e indenizações;das empresas, com queda de produ-tividade, afastamentos, licenças mé-dicas e ausências no trabalho. E todasociedade perde, com a diminuiçãoda qualidade de vida.

Ainda segundo a OIT, no ano pas-sado, um total de 160 milhões de pes-soas adquiriram doenças profissio-nais, no mundo. As recordistas, com40% desse total, foram as relaciona-das a problemas músculo-esqueléticos. O número é reveladopelo oficial de programas para aAmérica Latina e Caribe da OIT, FélixMartín Daza. Segundo o consultor, asegurança no trabalho implica, por-tanto, não só em questões sociais emorais, mas também econômicas.

“Em países com todos os níveis dedesenvolvimento, uma grande pro-porção das mortes e lesões de traba-

Saúde Ocupacional

LER: uma nova visão da doençaAs Lesões por Esforço Repetitivo – LER já é considerada doença epidêmica no Brasil. O país tem

registrado média de 30 mil casos/ano. A doença, chamada também por DORT - Doenças OsteomuscularesRelacionadas ao Trabalho, foi inicialmente diagnosticada entre digitadores. Hoje ela se estendeu e tem

levado muitos profissionais ao afastamento definitivo do trabalho devido a lesões musculares irreversíveis.São lesões que provocam dor e perda da força muscular, tirando o trabalhador tanto de sua rotina

profissional, como doméstica e social. O pior é que empresas, sindicatos, médicos e governo ainda nãosabem como lidar com a doença.

por André Luiz da Andrade

Roseli Secolin: 40% menos de força muscular e há cincoanos sob tratamento como beneficiária do INSS. Já tentoutodos os métodos tradicionais para aliviar a dor da LER:

fisioterapia, termoterapia, massoterapia, infiltração,tomou analgésicos e antiinflamatórios. Agora é a

acupuntura que lhe algum traz alívio.

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Revista Fenacon - Edição 54 - Junho de 2000 - 15

lhadores se pode atribuir a uma in-formação inadequada sobre saúde esegurança”, já alertava Jukka Takala,médico chefe do programa de Saúdee Segurança da OIT, durante discur-so no 15° Congresso Mundial sobreSaúde e Segurança no Trabalho, rea-lizado em abril de 1998, em São Pau-lo. Isso significa que o problema nãoescolhe países pobres ou ricos, ho-mens ou mulheres, jovens ou idosos,mas está diretamente ligada à orga-nização do trabalho.

Incidência

A incidência de LER vem aumen-tando nos países industrializados,nos quais as características da orga-nização do trabalho de forma geralprivilegiam o paradigma da alta pro-dutividade e qualidade do produtoem detrimento da preservação dotrabalhador, devido à inflexibilida-de e alta intensidade de ritmo, gran-de quantidade e alta velocidade demovimentos repetitivos, falta deautocontrole sobre o modo e ritmode trabalho, mobiliário e equipa-mentos ergonomicamente inadequa-dos”, conclui o estudo do MAPS. Elecita ainda que alguns dos países quejá passaram por epidemias de lerestão a Inglaterra, os paísesescandinavos, os Estados Unidos ea Austrália.

Velocidade traiçoeira

Leda Leal Ferreira, médica espe-cialista em ergonometria ligada àFundacentro/SP, entidade de pes-quisa em segurança e saúde no tra-balho, concorda com a avaliação. Eladefine a Ler como a doença da velo-cidade. “Esse culto a velocidade fazcom que as pessoas passem seus li-mites, tanto físicos, quanto emocio-nais”.

Quem já não ouviu um desses con-sultores, gurus da modernidade, di-zer que hoje vence não o mais forte,mas o mais rápido. Tecnologia avan-çando como nunca, informação emtempo real, competição; tudo issovem fazendo com que as pessoasquase não se dêem conta de que nãosão computadores, mas seres com li-mitações, sentimentos e capacidade

criativa, muitas vezes tolhida pelaobsessão pelo ‘rápido’, ‘preciso’ e‘eficiente’; como as máquinas o são.Pena que estas ainda não trabalhemsozinhas.

Toda essa pressão no trabalho aju-dou a tornar o estresse a doença domomento. “As pessoas são submeti-das a tanta pressão que ficam tensas,hipertônicas e sentem dores muscu-lares, mesmo sem excesso de esfor-ço repetitivo”, ressalta Leda Leal. Se-gundo ela, diante da imposição des-se quadro de organização do traba-lho só resta às pessoas se adaptarema essa realidade para não estar forado mercado.

Empresa contábil do interior de SPinveste na prevenção de LER

Na área da contabilidade,há casos de empr esasque já, há algum tempo,

se preocupam com o problema e nãose arrependem. É o caso da NovaAmérica, de Americana, interior deSão Paulo. Ela vem desenvolvendoprograma de qualidade total, desdeo ano passado, objetivando a certifi-cação ISO 9000. Uma das medidas foiderrubar as divisórias que separavamdepartamentos ... e pessoas.

Os funcionários participam de gi-nástica laboral, que vem sendo reali-zada há um ano. Todos os dias, nosprimeiros quinze minutos de expedi-ente, uma fisioterapeuta os orientaem exercícios de preparação para oinício das atividades. “Nosso traba-lho tem um componente físico. Comoqualquer exercício físico, se não hou-ver uma preparação, pode aconteceralgum problema. Para efeito de pre-venção adotamos essa prática”, expli-cou o diretor operacional da NovaAmérica, Alcir Luciano Pereira.

A empresa já teve quatro funcioná-rios apresentando sintomas de LER,que tiveram que fazer tratamento fi-sioterápico. Um deles continua afas-tado. Hoje, a Nova América colhe osfrutos da preocupação com a quali-dade de trabalho dos seus funcioná-

rios. Alcir calcula que, apesar de seralgo difícil de mensuração, a empre-sa ganhou, cerca de 30% de produti-vidade, com as medidas.

“Há dez anos, eu tinha um númerox de clientes. Tivemos um grande cres-cimento, incluindo empresas multina-cionais, e mantivemos o mesmo nú-mero de funcionários”, ressalta.

O programa de qualidade total daNova América é acompanhado porum consultor privado. Tudo que éfeito nessa direção tem a participa-ção de diretoria e funcionários, al-guns dos quais compõem comissõesde qualidade. Em consonância coma visão dos médicos da área, Alcir ob-servou, ao longo do processo, que al-guns sintomas começam a ocorrernum momento em que a tensão e oestresse do funcionário está em as-cendência.

Muitos desses casos foram resolvi-dos com a redistribuição de trabalhoentre os funcionários de um depar-tamento. Mudanças como essa, vi-sam tirar as sobrecargas de trabalhoe dar um sentido de grupo a equipe.A qualidade de vida fora da empre-sa também é preocupação na NovaAmérica. Esporadicamente, os fun-cionários assistem palestras sobresaúde ocupacional e saúde em geral.

Auxiliar de escrita fiscal, Maria de FátimaMoreira: “Às vezes não tenho ânimo para

nada. Não consigo segurar uma criança. Jácaí num ônibus e o motorista e cobrador

ainda riram da minha cara. Dá revolta”, dizamargurada. Em época de frio o problema se

agrava.

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16 - Revista Fenacon - Edição 54 - Junho de 2000

15 mil toques/hora

Roseli Secolin lembra que, além denenhuma empresa nas quais traba-lhou ter tido preocupação sequer comas normas regulamentadoras do Mi-nistério do Trabalho, havia uma cons-tante cobrança com relação a produ-tividade que, na época era de 12 a 15mil toques/hora (hoje, NR do MTb,determina de 7 a 8 mil toques/hora).O resultado estresse e esgotamentonervoso.

“Hoje, não tenho mais profissão. Aautoestima cai. Afeta até a parte sen-timental”. O curso de Direito que estárealizando é uma forma de tentar re-cuperar uma vida produtiva. “Gos-taria de estar dinâmica, como semprefui. Mas com três afastamentos nacarteira de trabalho, fica difícil. Vocêé discriminada”.

LER em empresa contábil

Outro caso vem da auxiliar de es-crita fiscal, Maria de Fátima Moreira,solteira, 41 anos. Em 1995 entrou parauma empresa contábil. Estava no pri-meiro ano do curso técnico de conta-bilidade. Trabalhou no departamen-to sozinha, dando conta de 30 empre-sas. Bastaram dois anos de pressãocom os prazos de vencimento de im-postos e o volume de trabalho paraacabar adquirindo uma Ler. “Apenasde uma das empresas, digitava 400notas/mês. E não podiam conter nemum erro”.

Atualmente, além da fisioterapia ea acupuntura, passa por tratamentopsicológico e psiquiátrico e tomaantidepressivos. “Às vezes não tenhoânimo para nada. Não consigo segu-rar uma criança. Já caí num ônibus eo motorista e cobrador ainda riramda minha cara. Dá revolta”, diz amar-gurada. Em época de frio o proble-ma se agrava. Sonha em fazer Direi-to, para retomar a vida.

A médica do Centro de Referênciaem Saúde do Trabalhador – Cerest,da Secretaria de Saúde do Estado deSão Paulo, Maria Maeno, confirma asimplicações emocionais de quem ad-quire o problema. “Em alguns casosa auto estima baixa, gerando ansie-dade e depressão”.

Especialistas estão chegando àconclusão que não se poderelacionar a Lesão por Esfor-

ço Repetitivo apenas ao esforçorepetitivo, esquecendo-se aspectosinerente ao ser humano. Estão liga-dos à doença a relação interpessoal, obem estar físico, emocional e psicoló-gico no ambiente de trabalho. O ter-mo foi assim criado, pois os primei-ros casos relatados foram registradosentre digitadores.

O médico do trabalho, PauloKaufmann, diretor do Instituto Sínte-se de Saúde de Trabalho, explica quea Ler está associada também a trau-mas agudos e à sobrecarga estática(presente quando um membro é man-tido numa posição que vai contra agravidade) em má posição. É o casode uma pessoa que precisa ficar vári-as horas comandando o ‘mouse’ deum computador, com o braço estica-do e sem apoio. Outro fator que con-tribui para a Ler é a sobrecarga de tra-balho sem que haja tempo suficientepara a recuperação da estrutura mús-culo-esquelética.

A Ler causa sintomas como: doresmusculares, formigamentos, dormên-cias, inchaço, vermelhidão e, nos casosmais graves, inflamações agudas e crô-nicas, como: tendinite (tendão), miosite(músculo) e neurite (nervo). Principal-mente nos braços e nas pernas.

O que fazer?

A médica Leda Leal defende que aorganização do trabalho deve levarem consideração o homem como umtodo, respeitando as características docorpo humano. Ela chama a atençãopara a importância do ritmo e da pau-sa em uma atividade profissional. Apausa deve ser um momento de rela-xamento, quando as pessoas podemconversar, tomar uma água. Uma boaespreguiçada também é recomendada.O médico Paulo Kaufmann aconselhaainda o velho happy hour para relaxa-mento ao final do trabalho.

Outro problema: as atividades pro-

fissionais tendem a manter as pessoasem uma mesma posição. Parte do cor-po fica sobrecarregado e parte ocioso.“Historicamente o modelo de trabalhoé assim. O corpo precisa de movimen-to”.

Segundo Leda Leal, também há umatendência na sociedade atual de se atri-buir à própria pessoa a culpa por umalesão laboral, devido a má qualidadede vida. “Quando a gente fica dizen-do para a pessoa: ‘se alimente bem,faça exercícios, não se estresse’, pare-ce que toda a culpa é dela. Seria ótimose as pessoas pudessem viver assim”.

A médica Maria Maeno tambémaconselha que, na medida do possível,as atividades sejam adaptadas às ca-racterísticas individuais. Segundo ela,as pessoas têm uma relação diferentecom tipos de atividades estressantes.“O que pode ser estressante para um,pode não ser para outro”.

Maria Maeno explica que, no caso deuma pessoa que já apresenta os sinto-mas, a primeira medida é prevenir oagravamento, diminuindo o ritmo detrabalho. O tratamento e a reabilitaçãodeve ser de acordo com cada caso.

O mito dos móveis

Muitas vezes se associa casos de Lerapenas a inadequação dos móveis.Mas este é apenas um elemento deagravamento da doença. Troca demóveis não é a solução definitiva. “Emsi nada é ergonômico”, chega a dizera médica Leda Leal. O ideal deergonomia seria o de móveisreguláveis, que se adaptam às pesso-as e se relacionam com o que ela faz.Cadeira regulável de acordo com a al-tura da mesa e assim por diante.

E a importância de um ambiente are-jado e bem iluminado?, pergunto. “Naverdade todo mundo sabe o que é cer-to. Não precisa ficar perguntando aosespecialistas. Ele sabe coisas específi-cas. Temos que confiar no nosso bomsenso”, diz Leda. Isso significa quetodos sabemos do que precisamospara atingir o bem estar.

LER não pode ser associadaapenas ao esforço repetitivo

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Revista Fenacon - Edição 54 - Junho de 2000 - 17

Empresa do Paraná vê em Plano de Qualidade saídapara problemas de LER e ambiente de trabalho

A Eco Contabilidade, deToledo, no interior do Pa-raná, do empresário João

Seimtz, aposta em seu próprio Planode Qualidade para ver solucionadosproblemas relacionados a ambiente detrabalho e doenças ligadas à saúdeocupacional de modo geral. O ambi-ente de trabalho recebe atenção espe-cial dentro do projeto de qualidadetotal que a empresa implanta, visan-do a certificação ISO 9002, previstapara ocorrer em setembro.

No aspecto físico, um arquitetoredesenhou a entrada, as salas, ade-quou iluminação, móveis, tudo de for-ma a atender as necessidades dos fun-cionários. As paredes desaparecerame as salas se transformaram em umambiente único. “Para se ter um sen-tido de equipe, as pessoas tem queconviver”, diz o diretor da Eco, João

Luiz Seimetz. Os custos também di-minuíram, pois fiação e cabeamento,iluminação, ar condicionado, foramprojetados para apenas um local. So-mente ambientes como salas de reu-nião e do corpo jurídico foram manti-dos, pois necessitam de privacidade.

Há um cronograma de investimen-tos do qual faz parte a modernização

constante de móveis e equipamentos.Tudo o que é alterado tem a orienta-ção de arquiteto. Uma mudança dolayout da sala implica em cuidadoscom posicionamento dos móveis, ilu-minação, cabeamentos, telefone, en-trada do cliente, estética e trânsito daspessoas. “Não tiro uma mesa do lu-gar sem projeto”, defende Seimetz.

Na Eco Contabilidade, o processo dequalidade total vem desde 1994. Nes-se período, o diretor João Luiz Seimtz,era presidente da Associação Brasilei-ra de Criadores de Suínos do RioGrande do Sul e vice-presidente daAssociação Ibero Americana de Cria-dores de Suínos, com sede no México.Por isso, viajava com freqüência.“Nessa viagens senti a necessidade demudar. Vi que a qualidade já era umapreocupação em vários países domundo”.

Na Eco Contabilidade, um arquitetomodificou todo o layout das salas, adequou

iluminação, móveis; tudo de forma a atenderas necessidades dos funcionários

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18 - Revista Fenacon - Edição 53 - Maio de 2000

AgostoXVII Encontro das Empresas de ServiçosContábeis do Estado de São Paulo17 a 19 de agostoCampos do Jordão – SPInformações:(11) 220-5077 (Sescon/SP)

III Encontro de Empresas de ServiçosContábeis e Assessoramento - RegiãoNordeste - Enesc 2000

23 a 25 de agostoCentro de Convenções da BA - Salvador - BAInformações:Tel.: (71) 312-0262 (Sescon/BA)

50a Convenção dos Contabilistas do Estadodo Rio de Janeiro24 a 26 de agostoHotel Glória – Rio de Janeiro – RJInformações: (21) 509-4080

SetembroIII Encontro das Empresas de ServiçosContábeis de Roraima

20 de setembroBoa Vista - RRInformações:Tel.: (95) 224-5259 (Sescon/RR)E-mail: fá[email protected]

OutubroXVI Congresso Brasileiro de Contabilidade

15 a 20 de outubroCentro de Convenções de Goiânia – GOInformações:Tel.: (61) 314- 9629/ (61) 314-9600 (CFC)

NovembroVIII Seresc - Seminário Regional dasEmpresas de Serviços Contábeis

NovembroCaxias do Sul - RSInformações: Tel.: (54) 228.2425

Encontro das Emp. de Serviços Contábeis eAssessoramento - Região Sul - I Enesc/Sudeste

22 a 24 de novembroCentro de Convenções do SescGuarapari - ES

DezembroXII Congresso Brasileiro de Cooperativismo(Rio Cooperativo 2000)04 a 08 de dezembroRio de Janeiro - RJInformações: http://www.ocb.org.br

Agenda

Informações para coluna Agendapodem ser enviadas para o seguintee-mail: [email protected]

HardwareIBM http://www.ibm.com.brCompaq http://www.compaq.com.brSemp Toshiba http://www.semptoshiba.com.brItautec http://www.itautec.com.brHewlett Packard http://www.hp.com.br

Informações fiscais e tributáriasCoad http://www.coadbr.comIOB http://www.iob.com.brFiscodata http://www.fiscodata.com.brInformare http://www.informanet.com.brKoenig Consultoria e Publicações Fiscais http://www.koenig.com.br

Impressoras

Hewlett Packard http://www.hp.com.brEpson http://www.epson.com.brXerox http://www.xerox.com.brLexmark http://www.lexmark.comElgin http://www.elgin.com.brCanon http://www.canon.com.br/index1.htm

SoftwaresABES - Ass.Empresas Software http://www.abes.org.brAlterdata http://www.alterdata.com.brBrasil Informática http://www.brasil-info.com.brBrasoftware http://www.brasoftware.com.brCompusul http://www.compusul.comContmaster http://www.contmaster.com.brCopan http://www.copaninfo.com.brDPComp http://www.dpcomp.com.brExactus http://www.exactus.com.brLedware http://www.ledware.com.brMastermaq http://www.mastermaq.com.brMicrosoft http://wwwmicrosoft.com/brasilNovell http://www.novell.com.brProsoft http:/www.prosofttecnologia.com.brSuperSoft http://www.supersoft.com.brSymantec http://www.symantec.com.br

Governo e entidadesFenacon http://www.fenacon.org.brSebrae http://www.sebrae.org.brMinistério da Previdência http://www.mpas.gov.brMinistério da Fazenda http://www.fazenda.gov.brReceita Federal http://www.receita.fazenda.gov.brCEF http://www.cef.gov.brPosto Fiscal Eletrônico/SP http://www.pfe.sp.gov.br

Livrarias & Editoras

Saraiva http://www.livrariasaraiva.com.brÁtica http://www.atica.com.brAtlas http://www.edatlas.com.brSiciliano http://www.siciliano.uol.com.brMakron Books http://www.makron.com.brCultura http://www.livcultura.com.brBookNet http://www.booknet.com.brLtr http://safe.tesla.com.br/ltr/home.htm

Busca na Rede

Cade http://www.cade.com.brAlta Vista http://www.altavista.comYahoo http://www.yahoo.comMetaminer http://miner.bol.com.br/index.htmlRadarUOL http://www.radaruol.com.br

Sites de Interesse do Empresário Contábil

Mini-Guia da Web

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Revista Fenacon - Edição 54 - Junho de 2000 - 19

Empresários do Nordeste terãoencontro em Salvador

Enesc 2000

Programação oficial do Enesc-Nordeste

23/08/00 (QUARTA-FEIRA)

14h às 18hs Credenciamento20hs Solenidade de abertura

24/08/00 (QUINTA-FEIRA)

Manhã9h30 às 10h30 - Palestra: “A empresa de serviços contábeis e o mundo globalizado”

Palestrante: Eliel Soares de Paula – pres. da FenaconCoordenador: Jodoval Luiz dos Santos – pres. do Sescon/SEDebatedor: Olegário de Souza – pres. do Sindicato dos Contabilistas de Feira de Santana

10h30 às 11hs - Coffee break/ visita aos estandes11hs às 12hs - Workshop: Cooperativas de trabalho:

Nova modalidade de relações com o trabalhoPalestrante: Daniel Madalena – pres. da Associação Nacional das Cooperativas de TrabalhoCoordenador: Geraldo de Paula – pres. do Sescon-PEDebatedor: Rodoval Moreira da Hora – pres. do Sindiceb (BA)

Tarde14hs às 15h30 - Palestra: “Qualidade de vida”

Palestrante: Fernando Veras – consultor (CE)Coordenador: Anastácio Costa Mota – pres. do Sescon/ALDebatedor: Dagmar da Silva – pres. do Sindicato dos Contabilistas de Vitória da Conquista

15hs às 17h30 - Palestra: “Marketing nas empresas de serviços contábeis”Palestrante: Mário César Magalhães Mateus – administrador de empresas (MG)Coordenador: Aderaldo Nascimento Júnior – pres. do Sescon/PBDebatedor: André Martinez – pres. da Câmara de Dirigentes de Empresas de Contab. da Bahia - Cedec

17h30 às 18h30 - Happy hour

25/08/00 (SEXTA-FEIRA)

Manhã9h30 às 10h30 Palestra: “Motivação – uma arma para a eficiência”

Palestrante: Raymundo Dantas – consultor de gestão e marketingCoordenador: José Ribamar Pires de Castro Filho – pres. do Sescon/MADebatedor: Jorge Roiz – presidente do Sindicato de Contabilistas de Ilhéus

10h30 às 11hs - Coffee break11hs às 12hs - Workshop: “A empresa contábil e a administração pública”

Palestrantes: técnicos da Secretaria da Fazenda e da Junta Comercial do Estado da BahiaCoordenador: Tertulino Passos – pres. do Sescon/PIDebatedor: Solmário Linhares – pres. do Sindicato dos Contabilistas do Oeste Baiano

Tarde14hs às 15h30 - Palestra: “Sanções administrativas”

Palestrante: Hugo Machado – pres. do Instituto Cearense de Estudos TributáriosCoordenador: Cleodon de Brito Saraiva – pres. do Sescon/CEDebatedor: Edevaldo Budoia – pres. do Sindicato dos Contabilistas do Norte Baiano

15h30 às 17hs30 - Palestra: “A organização contábil – sua estrutura e funcionamento”Palestrante: Pedro Ernesto Fabri (SP)Coordenador: Rui Cadete – pres. do Sescon/RNDebatedor: Wellington Ferraz – pres. do Sindicato dos Contabilistas do Sul da Bahia

18h - Sessão de encerramento

Após o sucesso do IEnesc-Sul - Encontrodas Empresas de

Serviços Contábeis eAssessoramento da RegiãoSul, cresce a expectativa parao III Enesc-Nordeste,segundo encontro regional daFenacon neste ano 2000. Oevento, com o tema “Aempresa contábildescobrindo o seu futuro”,acontecerá no Bahia OthonPalace Hotel, em Salvador,de 23 a 25 de agosto.Informações podem serobtidas com a empresaorganizadora do encontro, aFrick Eventos.Tel. (71) 332-6109E-mail: [email protected]

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20 - Revista Fenacon - Edição 53 - Maio de 2000

Palestras agradam ao público doI Enesc-Sul, em Canela

Temas globais, mas diretamen-te voltados à realidade dosegmento empresarial contá-

bil e de assessoramento. Essa foi a tô-nica das palestras do I Enesc-Sul - En-contro das Empresas de Serviços Con-tábeis e Assessoramento da RegiãoSul, evento realizado nos dias 22 e 23de junho, na cidade de Canela, regiãoserrana do Rio Grande do Sul, quecontou com um total de 270 partici-pantes.

A palestra mais elogiada foi a daabertura do evento: “Brasil à caminhodo 1° Mundo”, proferida por Octáviode Barros, diretor de Pesquisas e Es-tudos Macroeconômicos e economis-ta-chefe do Banco Bilbao Vizcaya –Argentaria.

Utilizando-se de gráficos e dadosreais, Barros apresentou uma consis-tente perspectiva de futuro para a eco-nomia brasileira. Segundo ele, apesardas incertezas externas, a projeção é ade que o Brasil retome, a médio e lon-go prazos, o crescimento sustentadoda economia. As pré-condições paraque se confirme este cenário é a con-solidação de duas culturas novas noPaís: a responsabilidade fiscal e as in-tensificação das exportações.

“Na medida em que a restrição or-çamentária seja institucional e politi-camente respeitada por todas as esfe-ras de governo e quando for amplia-da de forma significativa a vocaçãoexportadora das empresas brasileiras,não haverá razões para suspeitar dopotencial de crescimento brasileiro. Sóisto poderá reduzir de forma contun-dente a negativa percepção externa derisco-Brasil e conferir maior estabili-dade à política econômica”.

O presidente do Sescon/Caxias doSul e do Enesc-Sul, Flávio JairZanchin, destacou que o grande mé-rito da palestra foi expor a situação doBrasil, principalmente no aspecto eco-nômico, diretamente para o dia-a-dia

do empresário contábil. As informa-ções poderão ser agregadas ao conhe-cimento da classe e repassadas aos cli-entes. “Poderemos retransmitir paranossos clientes uma visão embasadade como está o mercado atual e asperspectivas futuras do País”.

Ambulância contábil

A Segunda palestra foi: “Relato deuma experiência empresarial”. O pa-lestrante, Dirceu Vaz, é empresáriocontábil paranaense, sócio-diretor daM.V. Assessoria Contábil. Em outubrode 1981, Vaz, com 20 anos, e o irmão,Dilson, com 14 anos, fundaram a em-presa. Hoje, com 30 funcionários, aM.V. atende a mais de 300 clientes. “Opalestrante mostrou que o grande em-preendedor pode surgir cedo. Quequando se quer e se tem competênciase chega lá”, ressaltou o presidente doSescon/SC, Roberto Wuthstrack.

A M.V. foi uma das primeiras em-presas a utilizar a contabilidadeinformatizada, desenvolvendo pro-gramas específicos internamente.Atendimentos de urgência e necessi-dades de clientes são atendidos coma agilidade de veículos towner, adap-tados e informatizados para seremverdadeiros escritórios móveis, possi-bilitando a entrega de serviços nahora. A M.V. também realiza serviçosde relevância social, como a contabi-lidade, sem custos, de entidades,como escolas de crianças carentes.

Tecnologia da Informação

A aplicabilidade do que há disponí-vel hoje em termos de foi o foco daterceira palestra “Tecnologia da Infor-mação”. O palestrante, o analista desistemas, Nésio Gilberto Roskowsk,falou sobre as formas e as vantagensdo uso correto da tecnologia da infor-mação, destacando a Internet/Intranet, como ferramentas de infor-

mações corretas e precisas dentro dasempresas.

Para Flávio Zanchin, a palestra pôdesituar os empresários contábeis den-tro do contexto do que já é realidadeem termos de tecnologia da informa-ção. “Observamos que muitas coisasainda estão por ser utilizadas ou po-dem ser melhor aproveitadas”. Umexemplo, citado por Roberto Wuths-track, é a troca de informações eletrô-nicas entre, por exemplo, empresacontábil e cliente, se massificando emum futuro próximo. “A tendência éque tudo isso chegue logo às peque-nas e médias empresas. O palestrantenos mostrou o futuro, ou melhor oamanhã”, destacou Wuthstrack.

Enesc 2000

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Revista Fenacon - Edição 54 - Junho de 2000 - 21

Qualidade naempresa

Outra palestra bastanteelogiada no I Enesc foi“Qualidade na organiza-ção e nos serviços contá-beis e de assessoramento”.Nela, o empresário contá-bil e presidente doSescon/Blumenau, CarlosRoberto Victorino, mos-trou a estrutura adequadae ideal de uma empresacontábil, para que atinjaum nível de qualidade noscontroles e procedimentose, com isso, busque melhores resulta-dos gerenciais.

Reforma TributáriaA palestra de encerramento do I

Enesc-Sul abordou o modelo de Re-forma Tributária proposto pelo ex-de-putado federal, Luiz Roberto Ponte.Segundo o coordenador do evento,Moacir Corso, o debate trouxe à classeempresarial contábil visibilidade sobrea proposta do ex-deputado. Segundoele, um tema importante, que tem queser mais debatido e se transformar emum movimento nacional para que areforma se viabilize. Corso lembrou aspalavras de Ponte, que afirmou que asdificuldades já começam pelo governo,que não deseja a Reforma Tributária,com receio de perder receita.

O sistema tributário de Roberto Pon-te se estrutura da seguinte maneira: aarrecadação para a seguridade socialserá obtida do ITF e da ContribuiçãoSocial dos Segurados – CS. O ITF subs-tituirá a Cofins, a contribuição socialsobre a folha, Pis/Pasep e a contribui-ção sobre o lucro. A arrecadação para a

A cidade de Joinville foi es-colhida como a sede do IIEnesc-Sul, que será em

junho de 2002. A proposta, apresen-tada durante o I Enesc-Sul, teve oapoio do Joinville Convention &Visitors Bureau, documentado comprojeto e vídeo, que antecipou aosconvencionais o que a cidade podeoferecer. O grande destaque é oCentreventos Cau Hansen, onde de-verá se realizar o II Enesc-Sul, que éum conjunto multi-uso, construídosob a inspiração das grandes arenasamericanas destinadas à espetácu-los e eventos variados, inclusive es-portivos.

Respondendo à pergunta: por queJoinville?, o diretor executivo doJoinville Convention & VisitorsBureau, Valdir Rubens Walen-dowsky, presente ao evento comestande específico, provou que a ci-dade é a maior de Santa Catarina,está numa localização estratégica,possui uma rede hoteleira compatí-vel, é o maior centro de eventos doSul do país, dispõe de um grandenúmero de atrações culturais e tu-rísticas, tem aeroporto e contacom o total apoio da comunidade.O desejo para a realização do even-to em Joinville foi manifestado pordocumentos assinados por diversasautoridades da cidade, incluindo oprefeito Luiz Henrique da Silveira.

Galeria de Palestrantes - I Enesc Sul - Canela - RS

Joinville abrigarásegundo Enesc-Sul

em 2002

Federação (União, Estados e municípi-os) será obtida do Imposto Seletivo –IS, do Imposto sobre Comércio Exteri-or – ICE, e do Imposto sobre a Proprie-dade Imobiliária – IP. O IS substituiráo ICMS, o IPI, o IR (total ou parcial-mente), o ISSQN, o IPVA, o ITBI, oITCM e o salário educação.

Inverno em Canela

O palco do evento não podia sermelhor. A cidade de Canela, junta-mente com a vizinha Gramado, estásituada em uma das regiões turísticasmais importantes do País. O HotelLage de Pedra também abriga umadas mais completas estrutura de even-tos da Região Sul, oferecendo toda ascondições operacionais para a realiza-ção de eventos de grande porte. O IEnesc-Sul não foi perfeito apenas porum detalhe. “Só faltou a neve que en-comendamos e não veio”, lamentou opresidente do Sescon/SC, RobertoWuthstrack. Contudo, a cidade regis-trou zero grau em uma das madruga-das de realização do evento.

Nem o frio, que chegou a zero grau, em Canela,conseguiu diminuir o calor dos negócios da feira de

produtos e serviços no saguão do Hotel Lage de Pedra

Fotos

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Octávio de Barros Roberto Ponte DirceuVaz Nésio GilbertoRoskowsk

Carlos RobertoVictorino

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22 - Revista Fenacon - Edição 53 - Maio de 2000

Paraná

Patrões e empregados dos seg-mentos de empresas contá-beis, de assessoramento, pe-

rícias, informações e pesquisas do Pa-raná já podem resolver conflitos indi-viduais do trabalho em até 10 dias,sem a participação da Justiça. Foi inau-gurada, no dia 9 de junho, a Comis-são Intersindical de Conciliação Pré-via instituída pelo Sescasp-PR e pelosindicato laboral, o Sindaspp. O even-to teve a participação do presidente daFenacon, Eliel Soares de Paula, e dapresidenta do Tribunal Regional doTrabalho, Adriana Nucci Paes Cruz.

Através de telegramas enviados àcomissão, a iniciativa recebeu ainda oreconhecimento do vice-presidente daRepública, Marco Maciel, do vice-pre-sidente do Tribunal Superior do Tra-balho, Almir Pazzianotto, e do gover-nador do Estado, Jaime Lerner. A juí-za Adriana Nucci falou à RevistaFenacon sobre os benefícios que traráa comissão para as relações de traba-lho no Estado. Segundo ela, a comis-são poderá satisfazer os jurisdicio-nados mais rapidamente e tornar osconflitos mais equânimes. “A comis-

são só funciona eminstância de acordo.Não há julgamento”.

Isso significa que,através de acordos,as partes passam aser igualmente favo-recidas. “Uma deci-são da Justiça, mui-tas vezes, não satis-faz o interesse deambas as partes.Uma delas sai insa-tisfeita”. A juíza res-saltou ainda que aexpectativa é quehaja um “desafogorepresentativo” naJustiça do trabalho. Ela disse ser ain-da cedo para saber quantos processosdeixarão de chegar às Juntas de Con-ciliação e Julgamento do Estado, mes-mo porque nem todos os conflitos se-rão resolvidos nas comissões (no Pa-raná, o trâmite das negociações dura,em média, de três a quatro anos).

Outra questão: as comissões terãoque ser obrigatoriamente a primeiraetapa de solução de conflitos traba-lhistas envolvendo as categorias eco-nômica e profissional representadaspelos sindicatos que as compõem? Se-gundo a juíza, este é um ponto que de-penderá de entendimento, interpreta-ção, mas ressalta: “a Justiça não podese negar ao direito constitucional depetição”.

A Comissão

A Comissão Intersindical de Conci-liação Prévia – Cicop é composta porquatro membros efetivos e quatro su-plentes. Desses, dois são indicados

pelo sindicato patronal e dois, pelolaboral. Não há qualquer hierarquiaou subordinação entre os membros. Aaudiência deve ter a presença de, nomínimo, dois conciliadores de cadasindicato, do empregado e do empre-gador. Este último poderá se fazer re-presentar por um preposto. As audi-ências podem ser acompanhadas ain-da por advogados representantes daspartes, mas sem participação diretanas negociações. Funcionarão apenascomo assessores, esclarecendo dúvi-das sobre aspectos legais.

O Cicop funciona em uma sala nasede do Sescap-PR, de segunda a sex-ta-feira, das 8h30 às 18hs. As reuniõesde conciliação acontecem todas as ter-ças e quintas, das 8h30 às 12hs. A co-missão também é composta por umasecretaria executiva, responsável pe-los trâmites administrativos. Para arealização da audiência, o procedi-mento é o seguinte: a parte deve pro-

Sescap e Sindaspp inauguram nova etapana resolução de conflitos trabalhistas no Paraná

Em Curitiba, conflitos individuais do trabalho envolvendo empresas filiadas ao Sescap jápodem ser resolvidos em até 10 dias e sem a participação da Justiça. O recurso que está

permitindo isso é a Comissão Intersindical de Conciliação Prévia instituída pelo Sescasp-PR epelo sindicato laboral, o Sindaspp

Coordenador da Comissão, Bruno Souza Lopes, discursa nasolidade de inauguração. À mesa (esq. p/ dir.), Adriana N.P.Cruz(TRT/PR), Valdir Pietrobom (pres.Sescap), Eliel Soares de Paula

(pres. da Fenacon), Luiz Fernando Busnardo (Ministério doTrabalho) e Ivo Petry (Sindaspp). Ao fundo, Gerson Borges

Macedo (CRC/PR).

A presidente do Tribunal Regional doTrabalho, Adriana Nucci Paes Cruz afirma

durante discurso que “está sendo inauguradaa Justiça do Trabalho no Paraná”

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Revista Fenacon - Edição 54 - Junho de 2000 - 23

tocolar a reclamação junto à secreta-ria, que entregará comprovante coma data e hora da respectiva sessão (quetem que ocorrer em, no máximo, dezdias). A reclamação deve ser acompa-nhada de todas as provas documen-tais necessárias ao processo.

No prazo de até dois dias úteis, asecretaria notifica o demandado sobrea data e o horário da audiência, envi-ando cópia da petição ou do termo. Odemandado deve, em um prazo decinco dias, a contar do dia seguinte aoda data de recebimento da notificação,protocolar a defesa escrita acompa-nhada das cópias de documentoscomprobatórios. Caso, por qualquermotivo, não tenham as partes chega-do a um acordo, a Cicop fornecerá cer-tidão habilitando o trabalhador a ajui-zar a reclamação perante a Justiça doTrabalho.

Todo o Estado

Até o fechamento desta edição, jáhaviam sido realizadas três sessões,com sete audiências/dia (média de 30minutos para cada uma). Segundo opresidente do Sescap-PR, ValdirPietrobon, a perspectiva é que se man-tenha a média de 60% dos conflitoschegando a um acordo entre as partes.

As reuniões de conciliação serãogratuitas para as empresas associadas.As empresas não associadas pagarãoR$ 50, os quais, segundo Pietrobon,serão destinados aos custos de manu-tenção da estrutura operacional e ad-ministrativa. O presidente anunciaque, em breve, além da capital, todo oEstado do Paraná será atendido porcomissões instaladas em cidades-pólo,através de convênios com entidadesligadas aos segmentos representadospelos sindicatos.

O presidente do Sescap-PR,Valdir Pietrobon, e o dire-tor da Câmara Setorial de

Pesquisa do sindicato, CláudioShimoyama, do Datacenso Institutode Pesquisas, estiveram reunidosem março com representes de em-presas de pesquisa do Estado, parao primeiro intercâmbio de informa-ções sobre as demandas do segmen-to. A reunião faz parte do ciclo decafés da manhã que o Sescap-PRpromove a cada mês com as cate-gorias econômicas representadaspelo sindicato.

Até agora, três já foram realizadostrês cafés da manhã, reunindo, aotodo, 60 empresários. O próximoserá com empresários da contabili-dade, em julho. Segundo o presi-dente do Sescap-PR, ValdirPietrobon, a cada reunião, são con-vidados 20 empresários, que sejamlideranças de seus segmentos eco-nômicos, associados ou filiados aosindicato.

O objetivo é discutir problemas,dificuldades, êxitos e aspirações, co-muns a cada atividade econômica.“Dessa forma, o Sescap encontrarmais possibilidade e capacidade deampliar o conhecimento das de-mandas e conseqüentemente arepresentatividade dirigida a cadacategoria”, destacou Pietrobon.

Para Pietrobon, as reuniões nãoserão simples encontros de cada

classe. As empresas, após os deba-tes, devem apresentar as propostassaídas da reunião por escrito, paraque possam fazer parte do planeja-mento de atuação do Sescap. “To-dos têm que participar. Tem quehaver o interesse. Não fazemos nadasozinhos”, alertou Pietrobon.

O Sescap possui 10 câmaras seto-riais: além das Câmaras de Pesqui-sa e Contabilidade, há a de Asses-soramento, Perícias, Informações,Projetos e Planejamento, Consulto-ria, Informática e Mediação e Arbi-tragem. Também participaram dareunião, representantes da Diferen-cial Pesquisas, Consultrainer, Para-ná Pesquisas, Bomjuris PesquisaJurídica, Ibope e New Campi.

Empresas de pesquisa debatemdemandas da categoria com Sescap

Valdir Pietrobom, presidente do Sescap:preocupado em discutir problemas,

dificuldades, êxitos e aspirações,comuns a cada atividade econômica

representada pelo sindicato

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24 - Revista Fenacon - Edição 53 - Maio de 2000

Sergipe

Desenvolver habilidades quepermitam ao empresáriogerir seus negócios com se-

gurança, promover o questionamen-to sobre o papel do líder nas organi-zações modernas e oferecer subsídiospara uma liderança inovadora e bemsucedida. Esses são os objetivos docurso “Gerenciamento básico” queserá promovido pelo Sescon/ES, nosdias 15, 16 e 17 de agosto.

Nas aulas, expositivas, será apresen-tado, através de dinâmicas de grupo,textos, vídeos e debates uma lequeabrangente de temas, que compõemo espectro de orientações necessáriasa um empresário para uma boa ges-

O prefeito de Aracaju, JoãoAugusto Gama da Silva, foio responsável pelo discur-

so de abertura da III Convenção Esta-dual das Empresas de Serviços Con-tábeis, Auditoria e Perícia do Estadodo Sergipe - III Coescap/SE - realiza-da de 18 a 20 de maio, no auditório doEspaço Sebrae Multieventos.. O even-to, ocorrido na capital sergipana, con-tou com a participação de 167 pesso-as e foi organizado pelo Sescon/SE emconjunto com a Associação dos Peri-tos Judiciais do Estado – Apejese. Es-tiveram presentes os presidentes dosSescon’s do Nordeste (AL, BA, PB ePE), além de, Eliel Soares de Paula,presidente da Fenacon e diretores.

O assessor da Confederação Brasi-leira das Associações Comerciais, An-tônio Marques Neto, discutiu a “Me-diação e Arbitragem no mundo dosnegócios”, um assunto muito debati-do em Aracaju, visto que será funda-da a Câmara de Mediação e Arbitra-gem de Sergipe. A Associação Comer-

tão de negócios. Os participantes te-rão direito a apostilas. A instrutoraserá a contadora Carla Martins (vejaprograma no quadro ao lado).

Além do curso de GerenciamentoBásico, o Sescon/ES programou diver-sos outros cursos de interesse do seg-mento contábil para os meses de ju-lho e agosto. Todos serão realizadosna sede do sindicato:

Prefeito de Aracaju prestigia III Coescapcial local, delegou aJodoval Luiz dosSantos a responsa-bilidade pela cria-ção da entidade.

A palestra deJosé AparecidoMaion, do CRC/SP, que tinha comotema “A responsa-bilidade do conta-dor no trabalho deauditoria ”, foi con-siderada uma dasmais interessantesdo evento. “ Nelaforam tratados al-guns parâmetros einformações que devem ser vistos pelonovos contadores ”, resume o presi-dente do Sescon/SE, Jodoval Luis dosSantos.

De mesmo modo, bem recebidaspelo público foram as palestras minis-tradas por Eliel Soares de Paula “Omodelo das empresas de serviços con-

tábeis, face à nova economia” e DanielSalgueiros, do Sescon/AL, “A veraci-dade das informações contábeis noscrimes governamentais x escândalo”.

A convenção contou com o apoiodos Sescon’s de Alagoas e Pernam-buco, do CRC/SP e da AssociaçãoComercial de Sergipe.

Convenção em Aracaju prstigiada por autoridades: da esq .p/dir.,Alonso José dos Santos (CRC/SE), José Augusto Resende

(repre.Governador do Estado), João Augusto Gama da Silva(prefeito de Aracaju), Jodoval Luiz dos Santos (pres.Sescon/SE),

eliel Soars de Paula (pres.Fenacon) e Renato da silva Barreto(pres. CRC/SE)

Contabilidade para não contadoresInstrutor: Jânio FerreiraData: 15/07 - Horário: 8h30 às 17h30

Cálculos trabalhistasInstrutora: Daniela AraújoData: 22/07 - Horário: 8h30 às 17h30

Departamento social modeloInstrutora: Daniela AraújoData: 29/07 - Horário: 8h30 às 17h30

Espírito Santo

Curso mostrará liderança na empresa moderna

- Objetivos da empresa- Funções de gerência- Benefícios do planejamento- Formas de controle- A empresa e a qualidade- Produtividade- Liderança

- Administração do tempo- Desenvolvimento de equipes- Delegação- Comunicação bem sucedida- Visão e ação- O papel da gerência- Apoio administrativo

Prestação de Serviços – ISS VitóriaInstrutor: Willian SarandyData: 12/08 - Horário: 8h30 às 17h30

Controle interno x qualidade – serviços contábeisInstrutora: Carla MartinsData: 19/08 - Horário: 8h30 às 17h30

Curso Gerenciamento Básico

Informações - (27) 223-3547/ 223-4936

Data: 15, 16 e 17 de agosto - Horário: 19 às 21 horasLocal: Sescon/ESCusto: - R$ 30 (associados), - R$ 35 (estudantes) - R$ 45 (nãoassociados)

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Revista Fenacon - Edição 54 - Junho de 2000 - 25

O recadastramento de empresasmercantis foi um dos temas do I En-contro da Junta Comercial do Estado deMinas Gerais e Organizações Contábeis,ocorrido no dia 13 de junho, em BeloHorizonte. Representantes da Jucemgfalaram sobre o programa a 320 empre-sários contábeis. O recadastramento en-tra agora em sua segunda fase, etapa emque os empresários contábeis ficarão res-ponsáveis pelo preenchimento dos for-mulários de seus clientes.

O presidente do Sescon/MG, João Ba-tista de Almeida, também falou no even-to, destacando que entre 90 e 95% dosdocumentos que chegam à Junta passampelas empresas de contabilidade. “O ca-minho lógico de atualizar os dados é atra-vés das empresas contábeis”.

O Sescon/MG, uma das entidadesapoiadoras do programa, abrigará pos-to de recebimento dos formulários, queirão atualizar informações principalmen-te sobre o capital das empresas (padrãomonetário em vigor) e sobre os sócios.

A primeira fase do recadastramentoterminou em março e depurou dos ca-dastros da Jucemg 560 mil empresasinativas, ou seja, todas aquelas sem ne-nhuma alteração há mais de dez anos.

A segunda fase, prevista paraser concluída até 31 de julho,deverá identificar mais 400 milempresas com as atividades pa-ralisadas.

“Será através desse esforço quedisporemos da atualiza-ção e da organização deum novo e mais comple-to banco de dados sobreas empresas, passando ater uma visão mais clarada participação das mes-mas na atividade econô-mica”, comentava o pre-sidente do Sescon/MG, João Batista deAlmeida, a época do lançamento da se-gunda fase do programa, em maio.

A Jucemg também forneceu aos par-ticipantes modelo padrão de contratosocial e de alteração, para a homoge-neização da qualificação dos sócios, einstruções de documentos para a aber-tura de filiais.

Novidades

Os representantes da Jucemg aindaapresentaram as novidades introdu-zidas no registro de empresas, como

a Declaração de Firma Mercantil In-dividual – DFMI e a Ficha de Cadas-tro Nacional – FCN, que passarão aser entregues em meio magnético. Noevento, também foi lançado o KitJucemg. Voltado para atender os pro-fissionais contábeis do interior do Es-tado, o kit se constitui de formuláriospadronizados em papel, encontradosnas agências dos correios. Foi criadopara agilizar e simplificar a vida dosegmento, que poderá, por exemplo,dar entrada na abertura de uma em-presa, sem se deslocar à Junta.

Minas Gerais

Programa de Recadastramento é apresentadoem encontro da Junta Comercial

O presidente do Sescon/MG, JoãoBatista de Almeida, discursa no I

Encontro da Junta Comercial /MG

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26 - Revista Fenacon - Edição 54 - Junho de 2000

SESCON/ AlagoasPres.: Anastácio Costa MotaR. Dr.Albino Magalhães, 185 - Bairro Farol -57050-080 - Maceió/ALTel. (082) 336.3692/ 6038 - Fax (082) [email protected]

SESCON/ BahiaPres.: José Rosenvaldo Evangelista RiosPraça Onze de Dezembro, 5 - sl 127 - Calçada -40410.360 - Salvador/BATel. (071) 312.0262 - Fax (071) [email protected]

SESCON/ BlumenauPres.: Carlos Roberto VictorinoR.15 de novembro, 550 - 10o and - Sl 100989010-901 - Blumenau/SCTelefax. (047) 326.0236 - [email protected]

SESCON/ Caxias do SulPres.: Flávio Jair ZanchinR. Ítalo Victor Bersani, 1134 - Jd. América- 95050-520 - Caxias do Sul/RSTel. (054) 228.2425 - Fax: (054) 222.7825sesconcx@visão.com.br

SESCON/ CearáPres.: Cleodon de Brito SaraivaAv. Washington Soares, 1.400 - 3º andar - sl. 401 -Bairro Edson Queiroz - 60811-341 - Fortaleza/CETel. (085) [email protected]

SESCON/ Distrito FederalPres.: Antônio Gutenberg Moraes de AnchiêtaCRS 504 Bloco C - Subsolo, 64Asa Sul - Entrada W270331-535 - Brasília/DFTelefax (061) 226.2456 - 226.1248 - [email protected]://www.bbcont.com.br/sescondf

SESCON/ Espírito SantoPres.: Haroldo Santos FilhoR. Alceu Aleixo, 117 - Térreo - Jucutuquara - 29042-010 - Vitória/ESTel. (027) 223.4936. Fax:(027) [email protected]://www.sescon-es.org.br

SESCON/ GoiásPres.: Antonino Ferreira NevesAv. Goiás, 400 - Ed. Bradesco - 10º and. sl. 104 -Centro - 74010-010 - Goiânia/GOTelefax (062) [email protected]://www.bbcont.com.br/sescongo

SESCON/ Grande FlorianópolisPres.: Antonio José PapiorR. Araújo Figueiredo, 119Centro Executivo Veloso - sl. 402 -88010-520 - Florianópolis/SCTel. (048) 222.1409Fax: (048) 222.0226/ [email protected]@brasilnet.net

SESCON/ LondrinaPres.: Osmar Tavares de JesusR. Senador Souza Naves, 289 - sobreloja Ed.Euclides Machado - 86010-914 - Londrina/PRTelefax. (043) [email protected]

SESCON/ MaranhãoPres.: José Ribamar Pires de Castro FilhoAv. Gerônimo de Albuquerque, S/N, sala 201 -Retorno do Calhau - 65051-200 - São Luís/MATelefax: (098) [email protected]://www.elo.com.br/sescon

SESCON/ Mato GrossoPres.: Elynor Rey ParradoR. São Benedito, 851 - Bairro Lixeira -78010-800 - Cuiabá/MTTel. (065) 623-1603 / Fax. [email protected]

SESCON/ Minas GeraisPres.: João Batista de AlmeidaAv.Afonso Pena, 748 - 24º andar30.130-003 - Belo Horizonte/MGTelefax (031) [email protected]

SESCON/ParáPres.: Carlos Alberto do Rego CorreaTravessa 9 de Janeiro, 2050 - Cremação -66063-260 - Belém/PATel. (091) 259.2894 - Fax (091) [email protected]

SESCON/ ParaíbaPres.: Aderaldo Gonçalves do Nascimento Jr.Av. Tabajaras, 1085 - 58013-270 - João Pessoa/PBTelefax (083) [email protected]

SESCAP/ ParanáPres.: Valdir PietrobonR.Marechal Deodoro, 500 -11º andar - Ed. Império80010-911- Curitiba/PRTelefax. (041) [email protected]://www.milenio.com.br/sescap

SESCON/ PernambucoPres.: Geraldo de Paula Batista FilhoR. General Joaquim Inácio, 465 - sl.101 -50070.270 - Recife/PETel. (081) 423.6121/6954 - Fax. (081) [email protected]://www.brasilnet2000.com.br/sesconpe

SESCON/ PiauíPres.: Tertulino Ribeiro PassosR. Honório de Paiva, 607 - Piçarra64001-510 - Teresina/PITelefax: (086) [email protected]

SESCON/ Ponta GrossaPres.: Luiz Valdir Slompo de LaraR. Comendador Miró, 860 - 1º andar84010-160 - Ponta Grossa/PRTel. (042) 222.1096

Fax: (042) [email protected]

SESCON/ Rio de JaneiroPres.: José Augusto de CarvalhoAv. Presidente Vargas, 542 - Centro - sl.1906 -20071-000 - Rio de Janeiro/RJTel (021) 233.8868 - Telefax - (021) [email protected]

SESCON/ Rio Grande do NortePres.: Rui CadeteR. Princesa Izabel, 762 - Cidade Alta59025-400 - Natal/RNTelefax. (084) 221.5529 - [email protected]

SIECONT/ RondôniaPres.: Antonio Sivaldo CanhinR. Joaquim Nabuco, 2.699 - Altos - sl.4 - BairroSão Cristovão - 78902-450 - Porto Velho/ROTel. (069) 224.4842 - Fax: (069) [email protected]://www.canhin.com.br

SESCON/ RoraimaPres.: Maria de Fátima Bezerra da SilvaAv.Getútio Vargas, 687-W - Centro/Anexo -69301.030 - Boa Vista/RRTelefax. (095) [email protected]

SESCON/ Santa CatarinaPres.: Roberto WuthstrackAv. Juscelino Kubitschek, 410 - 3º andar - bl.B - sl.30689201-906 - Joinville/SCTelefax (047) 433.9849/[email protected]://www.sesconsc.org.br

SESCON/ São PauloPres.: AparecidaTerezinha FalcãoR. Formosa, 367 - 23º andar01049-000 - São Paulo/SPTel. (011) 220.5077- Fax (011) [email protected]://www.sescon.org.br

SESCON/ SergipePres.: Jodoval Luiz dos SantosR. Siriri, 496 - sl. 4 - 1º andar - Centro -49010-450 - Aracaju/SETel (079) 214.0722 - Fax (079) [email protected]://www.netdados.com.br/~sesconse

SESCON/ Sul FluminensePres. William de Paiva MottaR. Orozimbo Ribeiro, 14 - sl. 201 - Centro -27330-420 -Barra Mansa/RJTel. (024) 323.1755Telefax. (024) [email protected]

SESCON/ TocantinsPres.: Antônio Luiz Amorim AraújoACSE-II - Lote 1/10 - cj 4 - Sl 28077640.970 - Palmas/TOTelefax (063) [email protected]

Sindicatos das Empresas de Serviços Contábeis, Assessoramento,Perícias, Informações e Pesquisas filiados à FENACON

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