7
Ministério faz balanços sectoriais do PES-2015 e perspectivas para 2016 PUBLICAÇÃO DO MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES MENSAL MAIO 2016 EDIÇÃO Nº 01 www.mtc.gov.mz boletim i nformativo DISTRIBUIÇÃO GRATUÍTA Pags. 2-3 Pags. 8-9 Ponte de Boane pronta em Setembro

PUBLICAÇÃO DO MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES E …€¦ · o balanço das suas actividades, no quadro da implementação do Programa Económico Social (PES-2015) e perspectivas para

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Ministério faz balanços sectoriais do PES-2015 e perspectivas para 2016

PUBLICAÇÃO DO MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES MENSAL MAIO 2016 EDIÇÃO Nº 01 www.mtc.gov.mz

boletiminformativo

DIS

TRIB

UIÇ

ÃO

GR

ATU

ÍTA

Pags. 2-3

Pags. 8-9

Ponte de Boane pronta em Setembro

3

boletim informativo

2 MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

boletim informativo

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

MAIO 2016 Edição nº 01 MAIO 2016 Edição nº 01

Neste quadro, os dias 1 e 2 de Abril foram dedicados ao balanço das actividades realizadas por cada provín-cia. O encontro, que junta

todos os directores provinciais do sector, permitiu, igualmente, a harmo-nização de procedimentos e com vista à melhoria da qualidade dos serviços prestados ao público nas províncias.

Durante o encontro foram apresen-tados e analisados relatórios de de-sempenho de todas as províncias, bem como perspectivas para 2016, para

Ministério faz balanços sectoriais do PES-2015 e perspectivas para 2016Por isso, “há necessidade de harmo-nizar os procedimentos, mecanismos e estratégias a nível de coordenação e comunicação com base nos pilares do Governo para que, no fim, tenhamos informação padronizada e uma plata-forma de comparação uniforme”, disse o ministro.

Aos directores provinciais, Carlos Mesquita exortou para que implemen-tem as directivas do Governo central, pois, para além de compromissos in-ternos, “o País tem responsabilidades a nível regional, através dos seus grandes corredores de desenvolvimen-to, nomeadamente Maputo, Beira e Nacala”, tendo em conta o papel do sector dos Transportes e Comunicações do País na região.

No que diz respeito aos princi-pais desafios do sector para o ano de 2016, o Ministro dos Transportes e Comunicações afirmou que os mesmos estão ligados à necessidade da contin-uação da mobilização de investimentos para a prossecução da implementação dos grandes projectos do sector, com destaque para a ampliação das in-fra-estruturas e o aumento da oferta e qualidade do serviço de transportes para responder à crescente demanda, bem como a formação de recursos humanos especializados.

“Sobre os recursos financeiros acreditamos que com a natureza do nosso trabalho podemos criar interesse e mobilizar o sector privado a interagir connosco, através das Parcerias Públi-co-Privadas. Entretanto, para que isso aconteça é necessário que tenhamos pessoal especializado para fazer face aos desafios e criar sustentabilidade em todas as acções”, referiu.

Embora tenha sido a região mais afectada pelas calamidades naturais, a região norte do país foi uma das que teve melhor desempenho, sendo a província de Nampula a que mais se destacou.

Naquela província, segundo o respectivo director dos Transportes, Francisco Bonzo, em 2015 foram

concluídas as obras de construção do Aeroporto Internacional de Nacala, que já está certificado para receber voos internacionais e aeronaves de grande porte.

Igualmente, no mesmo período, foi concluída a fase de emergência de re-abilitação do Porto de Nacala, cuja ca-pacidade de manuseamento de carga contentorizada aumentou de 100.000 para 170.000 TEUs, à semelhança do terminal de granéis líquidos, cuja

capacidade passou de 500 metros para 1.200 metros cúbicos.

Em relação ao Terminal de Carvão de Nacala-à-Velha, cujas obras foram também concluídas, referiu que esta infra-estrutura já exportou em Novem-bro, na fase experimental, cerca de 400 mil toneladas, prevendo-se que este ano exporte cerca de nove mil-hões de toneladas. Esta infra-estrutura deverá ser inaugurada oficialmente nos próximos dias.

O Ministério dos Transportes e Comunicações está a realizar encontros sectoriais para o balanço das suas actividades, no quadro da implementação do Programa Económico Social (PES-2015) e perspectivas para 2016. Com efeito, já foram realizados encon-tros de balanço nos ramos Ferroviário e Portuário, Aviação Civil, Transportes Terrestres, Marinha, Comunicações e Meteorologia.

além de outros temas transversais, como o licenciamento da actividade da indústria de transporte rodoviário, logística e infra-estruturas de trans-porte, os quatro pilares estratégicos da governação (Agricultura, Energia, Infra-estruturas e Turismo), qualifica-dor do sistema de carreiras do MTC, instrumentos de gestão da segurança rodoviária, a prevenção e combate à fraude e corrupção.

Falando na sessão de abertura, o ministro do Pelouro, Carlos Mesquita, referiu que as calamidades naturais

que se abateram sobre o País no ano passado, principalmente no primeiro semestre, comprometeram sobre-maneira o alcance de algumas metas planificadas, havendo, por isso, ne-cessidade de maior empenho para que este ano o sector concretize as acções previstas no Plano Económico e Social (PES-2016).

Outro aspecto preocupante é a actuação dispersa e diferenciada dos organismos do sector ao longo do País.

Cont. na pag. seguinte

5

boletim informativo

4 MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

boletim informativo

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

MAIO 2016 Edição nº 01 MAIO 2016 Edição nº 01

Discursando na cerimónia de investidura, o Ministro dos Transportes e Comu-nicações, Carlos Mesquita, exortou os empossados

Movimentação de quadros no MTC

as populações, pelo que depositamos a nossa esperança em vós”, disse Mesquita.

Falando dos desafios de cada

O Ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, conferiu posse, no dia 30 de Março, a três novos quadros de instituições tuteladas. Trata-se de Manuel Armando Santana, que passa a desempenhar as funções de administrador da empresa Correios de Moçambique; Fidélio André Manuel, como Director dos Serviços de Administração e Finanças do Instituto Nacional dos Transportes Terrestres (INATTER); e de Edgar Ro-drigues Gemo, empossado como Director dos Serviços de Administração e Finanças do Fundo de Desenvolvimento dos Transportes e Comunicações (FTC).

a trabalharem para atingir resulta-dos, particularmente na melhoria da qualidade dos serviços prestados aos cidadãos. “Os serviços que devemos prestar são de impacto directo para

sector, o Ministro dos Transportes e Comunicações reconheceu que a empresa Correios de Moçambique vive, actualmente, um momento bastante delicado, sobretudo, porque algumas iniciativas que haviam sido tomadas para a sua rentabilização foram interrompidas devido à situação de instabilidade que se vive na zona centro do País, dando como exemplo o serviço PostBus de passageiros, um serviço que já era referência no seio do público utente, para além de garantir receitas para esta empresa.

Sobre o INATTER, Carlos Mesquita

destacou os desafios a nível institucio-nal, referindo que “é preciso que haja comunicação e fluidez no processa-mento dos serviços prestados por esta instituição, bem como na coordenação com os vários pontos que existem ao longo do País para a recolha de informação e processamento de forma coerente”. Igualmente, Carlos Mesqui-ta instou os quadros do INATTER para que monitorem, com muita profundi-dade, o tráfego rodoviário na perspec-tiva da redução dos índices de sinis-tralidade nas estradas moçambicanas.

A nível do FTC, o Ministro desa-

fiou os dirigentes para a criação de condições para que o sistema de transporte e comunicações flua normalmente, dentro das obrigações deste Instituto. “Tem sido prática que, quando se fala do FTC, muitos olham para o aspecto dos trans-portes públicos urbanos. No en-tanto, as funções deste organismo extravasam essa vertente, pelo que é necessária a devida cautela no pla-neamento e aplicação dos recursos, que são as receitas que temos estado a receber de várias formas”, concluiu o ministro.

Cont. na pag. seguinte

FICHA TÉCNICAEste é um boletim informativo mensal de conteúdo interno produzido pelo Gabinete de Comunicação do Ministério dos Transportes e Comunicações

Av. Mártires de Inhaminga, nº 336 | C. Postal 276 | Telef.: (258) 21430152/5 | Fax: (258) 21431028

Direcção: Verlopes Nhampossa | Assessoria e Paginação: FDS-Fim de Semana

7

boletim informativo

6 MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

boletim informativo

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

MAIO 2016 Edição nº 01 MAIO 2016 Edição nº 01

Intervindo na cerimónia de aber-tura do encontro, o Ministro dos Transportes e Comunicações, Car-los Mesquita, referiu que o evento realiza-se com os olhos postos nas

questões relacionadas com os interess-

es dos países africanos na matéria de padronização das telecomunicações. “É nossa expectativa que a posição do continente sobre as matérias de pa-dronização abra caminho para propor-cionar mais oportunidades para que

os países africanos possam acelerar o processo de maior provisão de recur-sos de telecomunicações aos respecti-vos cidadãos, concretizando, desta for-

EM MAPUTO

UIT prepara Assembleia de Telecomunicações

ma, a meta do desenvolvimento global das TICs-Tecnologias de Informação e Comunicação”, frisou o governante.

O desenvolvimento tecnológico, que hoje ocorre num ambiente de rápidas transformações a nível global, conforme destacou o ministro, “con-stitui preocupação importante dos nossos governos e exige de nós uma actuação em tempo real dos quadros regulatórios nacionais, bem como uma maior coordenação e consenso, com vista ao desenho das agendas naciona-is africanas”.

Falando concretamente do nosso País, o titular da pasta dos Transportes e Comunicações disse que tendo em conta a evolução nacional e mundial

das telecomunicações, Moçambique acaba de aprovar a Lei das Teleco-municações, um instrumento que vai dinamizar o desenvolvimento de todo o território nacional.

Ainda na capital moçambicana, em simultâneo com a 2ª Reunião da ATU, terá lugar um seminário de capacitação em matérias de qualidade de serviço, experiência e redução do fosso de padronização.

Sobre esta matéria, Carlos Mesqui-ta apelou para um debate aprofundado e profissionalizante, pois as ilações esperadas serão de elevado valor para a evolução da indústria de telecomu-nicações.

“No que respeita à redução do

fosso de padronização ou normal-ização, há que abordar profunda-mente questões relacionadas com o desenvolvimento de indicadores mais elaborados para a medição do fosso de normalização, incluindo os indicadores nacionais”, frisou.

Importa realçar que a 2ª Reunião da ATU é organizada em colaboração com o Instituto Nacional das Comu-nicações de Moçambique (INCM), membro desta organização, em representação de Moçambique, desde 2014. A ATU foi fundada em 1977 como agência especializada na área de telecomunicações da Organização da Unidade Africana (OUA), agora União Africana.

A União Africana de Telecomunicações (ATU), realizou, no dia 4 de Abril, em Maputo, a segunda reunião preparatória da Assembleia Mundial de Normalização das Teleco-municações (WTSA-16), a ter lugar entre 25 de Outubro e 3 de Novembro próximos, na Tunísia. O encontro visava analisar o processo preparatório da UIT - União Interna-cional de Telecomunicações, para a WTSA-16, para além de formular a posição comum preliminar africana em relação à sua agenda.

Cont. na pag. seguinte

Leia e divulgue este boletim

9

boletim informativo

8 MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

boletim informativo

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

MAIO 2016 Edição nº 01 MAIO 2016 Edição nº 01

A garantia foi dada ao Min-istro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, que, sete meses após o lançamento da

primeira pedra, visitou aquele local, a 28 de Março último, para se inteirar do estágio das obras desta importante

Ponte de Boane pronta em Setembro

infra-estrutura.A nova ponte, orçada em 560 mil-

hões de meticais, desembolsados pela empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), vai oferecer maior segurança à circulação de com-boios, para além de permitir o uso de vagões de até 27 toneladas por eixo,

contra os actuais 18.5 toneladas por eixo. Estes aspectos significam muito para os importadores e exportadores, pois a mercadoria chegará em menos tempo ao destino, reduzindo desta feita os custos de transporte.

As obras de construção da nova ponte ferroviária sobre o Rio Umbelúzi, no distrito de Boane, província de Maputo, serão concluídas e entregues até ao próximo mês de Se-tembro, o que irá dinamizar ainda mais o transporte de mercadorias e, por via disso, a economia nacional e regional.

Para além das obras de construção da nova ponte ferroviária sobre o Rio Umbelúzi, o Ministro dos Transportes e Comunicações visitou as obras de reabilitação da pista do Aeroporto Internacional de Maputo e o Terminal de Combustíveis da Matola.

No aeroporto, Carlos Mesquita inteirou-se dos aspectos técnicos dos trabalhos que estão a ser executados e afirmou que a reabilitação visa con-ferir maior qualidade à pista e, por conseguinte, rentabilizar o Aeroporto Internacional de Maputo.

“A avaliação das companhias aéreas que usam a pista é positiva e esse é um bom indicador para contin-uarmos a conquistar o tráfego inter-nacional, que tem estado a crescer. Prova disso é que mais duas compan-hias passarão a escalar a cidade de Maputo, sem contar que houve uma

que decidiu fazer ligações directas. Isso é resultado da qualidade dos nossos serviços”, disse Carlos Mes-quita, momentos depois de visitar as obras.

Entretanto, o Ministro dos Transportes e Comunicações apelou à manutenção regular para garantir a qualidade e longevidade da infra-es-trutura, cujas obras de reabilitação, orçadas em 65 milhões de dólares, deverão ser entregues em meados do próximo mês de Dezembro.

Para além da reabilitação da pista, de 3.660 metros de compri-mento, as obras consistirão também na modernização do equipamento utilizado na sinalização vertical e horizontal e das luzes de aproxi-mação. Exemplo disso é a colocação de lâmpadas LED (diodo emissor de luz), que são mais económicas em

relação às que eram usadas anterior-mente.

Já no Terminal de Combustíveis da Matola, Carlos Mesquita falou da necessidade de criação de melhores condições de segurança para as infra-estruturas, com vista a reduzir a sua vulnerabilidade.

“É necessário que este aspecto seja resolvido de forma colectiva. Vai iniciar um projecto brevemente para tornar esta zona impermeável, a menos que sejam observados todos os mecanis-mos de segurança”, disse.

No terminal de combustível, Mesquita inteirou-se dos trabalhos de preparação com vista à reparação dos danos causados pelo incêndio que dilacerou aquela infra-estrutura, tendo exortado os envolvidos para maior celeridade, por forma à reposição da infra-estrutura.

Cont. na pag. seguinte

11

boletim informativo

10 MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

boletim informativo

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

MAIO 2016 Edição nº 01 MAIO 2016 Edição nº 01

O acordo para a material-ização deste projecto foi celebrado no dia 19 de Abril, em Maputo, entre a MPDC – Sociedade de

Desenvolvimento do Porto de Ma-puto e a Jan de Nul Dredging Middle East FZE, uma empresa internacional de dragagem dos Emiratos Árabes Unidos líder no mercado e aprovada na sequência de um concurso interna-cional lançado para o efeito.

O aprofundamento do canal do Porto de Maputo dos actuais 11 met-ros para até 14.2 metros constitui um dos principais projectos desenvolvidos pela MPDC e pelos vários operadores

Dragagem do porto de Maputo em Maio

de terminais do Porto de Maputo.Intervindo na cerimónia, o Minis-

tro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, referiu que a draga-gem visa a criação de condições para uma navegação segura e garantir que os navios com maior capacidade pro-cedam à sua atracação e desatracação e manobras em segurança, tornando o Porto de Maputo mais competitivo.

“Pretendemos garantir uma maior rotação dos navios, para que o Porto se capitalize e tenha melhores condições de recebimento de cargas, não só ao nível da carga doméstica, como também da carga internacional, porque é uma das grandes obrigações

Com vista a receber embarcações com até 80 mil toneladas de capacidade, arrancou em Maio de 2016, com duração de dez meses, a dragagem do canal de acesso ao Por-to de Maputo, num investimento estimado em pouco mais de 100 milhões de dólares norte-americanos.

que temos como País, com corredores para os países do interland”, frisou o governante.

Na ocasião, foi ainda assinado um Memorando de Entendimento entre o Ministério dos Transportes e Comuni-cações e a Jan de Nul Dredging Mid-dle East FZE, que tem por objectivo a capacitação de técnicos moçambica-nos em matéria de dragagem.

A propósito deste acordo, Carlos Mesquita explicou que a MPDC teve luz verde do Ministério dos Trans-portes e Comunicações para, junta-mente com a Jan de Nul Dredging

Middle East FZE, garantir o en-quadramento de cadetes em for-mação, na Escola Superior de Ciên-cias Náuticas de Maputo, e alguns quadros da Empresa Moçambicana de Dragagem (EMODRAGA) e Instituto Nacional de Hidrografia e Navegação (INAHINA) no processo de draga-gem do Porto de Maputo de modo a capacitarem-se com as novas tecno-logias.

“Trata-se de uma formação para os técnicos moçambicanos, pelo que Moçambique espera, após os dez meses de dragagem, ficar com a mão-de-obra qualificada para fazer face aos desafios que o País tem pela frente”, sustentou o Ministro.

Importa salientar que a última dra-gagem do canal do Porto de Maputo permitiu o acesso de navios de até 65 mil toneladas, o que contribuiu para o aumento do terminal de ferro-cró-mo, o novo terminal de cereais, a expansão do terminal de contentores e a reabilitação dos cais três, quatro e cinco.

Investimentos superam USD 700 milhões

O Porto de Maputo já beneficiou de investimentos de mais de 700 milhões de dólares norte-americanos, desde que o Governo Moçambicano decidiu concessionar o empreendi-mento para a Sociedade de Desen-volvimento do Porto de Maputo (MPDC), constituída por 51% de cap-itais privados e 49% da empresa Por-tos e Caminhos de Ferro de Moçam-bique (CFM), 2003. O investimento foi empregue na dragagem, galpões, lajes, estradas, portões, sistemas de comunicação e informação e equipa-mento diverso.

Para Osório Lucas, Director Exec-utivo do Porto de Maputo, a com-panhia alcançou vários êxitos desde o início do período de concessão: “entre 2003 e 2015 obteve um crescimento no volume de operações na ordem dos 286 por cento”, sustentou, acres-centando que no primeiro ano em que o Porto de Maputo foi conces-

sionado pelo Governo à MPDC, em 2003, foram investidos 56 milhões de dólares, estimando-se que até 2033, o investimento atinja dois biliões USD.

No ano passado, devido ao com-portamento do mercado internacional, o Porto registou um abrandamento na carga manuseada, bem como no volume de negócios. Nesse quadro, o maior desafio é a eficiência e com-petitividade, tendo em conta que o Porto de Maputo opera em comple-mentaridade com outros portos da região que também buscam melhores soluções logísticas.

Para além dos acordos de finan-ciamento para a dragagem teve lugar igualmente, na última quarta-feira, 20 de Abril, a V Conferência Anual do Porto de Maputo, que se realizou sob o lema “Investindo hoje com o olhar no futuro”, uma iniciativa em curso desde 2011, com a finalidade de apresentar os resultados de desem-penho do ano transacto e debater os desafios que o sector enfrenta, em particular o Corredor de Maputo.

Cont. na pag. seguinte

12 MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

boletim informativo MAIO 2016 Edição nº 01

Air Mauritius voa para Maputo

A companhia aérea Air Mauritius, iniciou as suas operações ligando a capital do País e a capital das Maurícias, Port Louis. A cerimónia de re-

cepção do primeiro voo decorreu, no dia 4 de Maio, no Aeroporto Internacional de Maputo e contou com a participação do ministro dos Transportes e Comuni-cações, Eng. Carlos Alberto Fortes Mesquita.

Falando na cerimónia o ministro dos Transportes e Comunicações sublinhou que o espaço aéreo moçambi-cano está aberto para todas as companhias aéreas que queiram escalar o País e instou os investidores a apos-tarem no transporte aéreo no País, seguindo os regu-lamentos e mecanismos estabelecidos pelo regulador. Convidou, por isso, a todas as companhias regionais e internacionais a operarem no espaço aéreo moçambica-no, bem como a estabelecerem novas rotas aéreas com um elevado potencial de desenvolvimento, como são os casos de Nacala, Pemba e Vilankulo.

No que diz respeito ao quadro do transporte aéreo doméstico, o governante afirmou que o mesmo conti-nua reservado aos operadores nacionais, exortando aos investidores que tiverem interesse em explorar este se-guimento para apostarem no País”.

Por sua vez, o presidente da Air Mauritius, Arjoon Suddhoo, disse, na ocasião, que a entrada desta com-panhia aérea na ligação entre Maputo e aquele país in-sular é um marco importante não só para as Maurícias, mas também para Moçambique, bem como para o con-tinente africano.

“Esta viagem é o primeiro passo em direcção a algo que é muito ambicioso para o continente africano, para as Maurícias e para Ásia. Este corredor aéreo é uma ini-ciativa africana e gostaríamos que fosse também um projecto moçambicano. Todos nós podemos unir es-forços para fazê-lo acontecer”, disse Arjoon Suddhoo.

50 Autocarros para Maputo

O Ministério dos Transportes e Comunicações, at-ravés do Fundo de Desenvolvimento dos Trans-portes investiu cerca de 375 milhôes de meticais

para a aquisição de 50 novos autocarros para o trans-porte publico de passageiros na Cidade de Maputo. Os autocarros são geridos por operadores privados associa-dos em cooperativa.

Afecto na rota Zimpeto/ Baixa/ Museu os 50 au-tocarros foram alocados através de um contrato que

obriga os operadores privados a reembolsar ao Estado cerca de 70% do custo dos autocarros, numa operação de cerca de quatro anos, período durante o qual os au-tocarros contam com o seguro contra todos os riscos e manutenções regulares asseguradas pelo fornecedor.

Outra inovação introduzida para a melhoria do transporte, com a entrada em funcionamento dos 50 autocarros, arrancou, a partir do próximo dia 2 de Fe-vereiro, o Projecto Piloto de introdução das faixas de rodagem exclusivas nas principais vias de circulação das 05h30 às 08h30.

Este projecto, concebido pelo Ministério dos Trans-portes e Comunicações e o Conselho Municipal de Maputo, condiciona o tráfego no corredor Zimpe-to-Baixa-Museu para permitir a circulação dos trans-portes públicos de passageiros, que contam com uma faixa devidamente sinalizadas durante os períodos aci-ma mencionados.

Queda do voo TM 470 deveu-se a causa humana

O Relatório Final da Comissão de inquérito da que-da da aeronave das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), que fazia o voo TM 470, com destino a

Luanda aponta como tendo sido a causa do acidente o erro humano. A conclusão foi definitivamente con-firmada, após a análise da documentação da aeronave, licenças e qualificações dos tripulantes, auscultação das testemunhas e das caixas negras, de entre outras activ-idades.

A 29 de Novembro de 2013, a aeronave, despen-hou-se no Parque Nacional de Bwabwata, na Namíbia, matando todos os 33 ocupantes das nacionalidades moçambicana (16), angolana (9), portuguesa (5) francesa (1) brasileiro (1) e chinesa (1). Para apurar as causas do sinistro, o Governo de Moçambique criou uma comissão de inquérito que se juntou à comissão internacional de inquérito, liderada pela Namíbia, país da ocorrência, em observância à Convenção de Chicago e demais legislação que regula esta matéria.

Em observância as normas e práticas internaciona-is a comissão de investigação do acidente produziu um relatório preliminar, um relatório intermédio e, recente-mente, o relatório final, este último elaborado com a co-laboração dos Estados Unidos da América (país de fab-rico dos motores), Brasil (país de fabrico da aeronave), Botswana (país responsável pela supervisão do espaço aéreo no momento do acidente) e Moçambique (país de registo da aeronave).

BREVES