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03 DE MAIO DIA DO TAQUÍGRAFO Publicação interna da Assembleia Legislava do Estado do Espírito Santo • Ano 1 - Nº 4 - ABRIL/MAIO de 2013 Dia do Taquígrafo: curiosidades sobre a profissão Pulso ágil e uma boa memória são pré-requisitos de um profissional de taquigrafia. A arte de escrever por si- nais com a mesma rapidez que se fala fez com que a profissão não acabasse com o tempo, mesmo com tanta tec- nologia disponível. No dia 3 de maio, comemora-se o Dia do Taquígrafo, e o InterAles conta um pouco mais sobre essa profissão. A taquigrafia é muito utilizada nas Assembleias Legislativas, Congresso Nacional e nos Tribunais Superiores para a transcrição das sessões, au- diências e reuniões. É um trabalho minucioso, como revela a taquígrafa Katia Aparecida de Jesus. “O interes- sante é que, às vezes pegamos cinco minutos de discurso e, esses cinco minutos se transformam em um tex- to de duas ou três páginas”, contou. Na Casa, como explicou a taquígrafa Gabriela Ferreira, o trabalho ocorre da seguinte forma: o tempo de uma reunião ou sessão é dividido em cinco minutos. Cada taquígrafo é responsá- vel por esses cinco minutos. Um mi- nuto antes de entrar em ação ele vai para o plenário e espera atentamente a chegada do seu tempo. Dada a hora, ele bate na mesa, interrompendo a pessoa que estava taquigrafando, e imediatamente começa o seu traba- lho, e essa sequência connua até a sessão terminar. Taquígrafos trancrevendo uma das sessões ordinárias da Assembleia Legislava. E, no detalhe, um texto com os símbolos ulizados por esses profissionais A troca dos taquígrafos a cada cinco minutos é uma forma de prevenir o profissional de lesões por esforço re- pevo causadas em virtude da velo- cidade com que os mesmos escrevem. “Cansa-se muito a mão. É comum ta- quígrafas sofrerem com LER [Lesão por Esforço Repevo]”, ressalta a ta- quígrafa Lís Marns. No mundo da taquigrafia existem mais de 60 maneiras de se escrever por meio de símbolos. No Brasil os sistemas mais usados são o Taylor, o Oscar Leite Alves, o Duprat e o Martí. O segredo desse tipo de escrita rápi- da é o uso dos fonemas, pois os si- nais da taquigrafia não são baseados em letras, mas em fonemas. A velocidade na escrita, no entan- to, só acontece com muita prática diária. “Depois de ter aprendido to- dos os taquigramas (símbolos), se tiver muita dedicação, consegue al- cançar em um mês e duas semanas a velocidade média de 80 (ppm/pa- lavras por minuto), como foi o meu caso. Mas tem que treinar muito mesmo. A média, pelo que vejo nos sites, é de três ou quatro meses”, explica Gabriela Ferreira. Colaboração: Renata Moreira

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03de maiodia do taqu

ígrafo

Publicação interna da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo • Ano 1 - Nº 4 - ABRIL/MAIO de 2013

Dia do Taquígrafo:curiosidades sobre a profissão

Pulso ágil e uma boa memória são pré-requisitos de um profissional de taquigrafia. A arte de escrever por si-nais com a mesma rapidez que se fala fez com que a profissão não acabasse com o tempo, mesmo com tanta tec-nologia disponível. No dia 3 de maio, comemora-se o Dia do Taquígrafo, e o InterAles conta um pouco mais sobre essa profissão.

A taquigrafia é muito utilizada nas Assembleias Legislativas, Congresso Nacional e nos Tribunais Superiores para a transcrição das sessões, au-diências e reuniões. É um trabalho minucioso, como revela a taquígrafa Katia Aparecida de Jesus. “O interes-sante é que, às vezes pegamos cinco minutos de discurso e, esses cinco minutos se transformam em um tex-to de duas ou três páginas”, contou.

Na Casa, como explicou a taquígrafa Gabriela Ferreira, o trabalho ocorre da seguinte forma: o tempo de uma reunião ou sessão é dividido em cinco minutos. Cada taquígrafo é responsá-vel por esses cinco minutos. Um mi-nuto antes de entrar em ação ele vai para o plenário e espera atentamente a chegada do seu tempo. Dada a hora, ele bate na mesa, interrompendo a pessoa que estava taquigrafando, e imediatamente começa o seu traba-lho, e essa sequência continua até a sessão terminar.

Taquígrafos trancrevendo uma das sessões ordinárias da Assembleia Legislativa. E, no detalhe, um texto com os símbolos utilizados por esses profissionais

A troca dos taquígrafos a cada cinco minutos é uma forma de prevenir o profissional de lesões por esforço re-petitivo causadas em virtude da velo-cidade com que os mesmos escrevem. “Cansa-se muito a mão. É comum ta-quígrafas sofrerem com LER [Lesão por Esforço Repetitivo]”, ressalta a ta-quígrafa Lís Martins.

No mundo da taquigrafia existem mais de 60 maneiras de se escrever por meio de símbolos. No Brasil os sistemas mais usados são o Taylor, o Oscar Leite Alves, o Duprat e o Martí. O segredo desse tipo de escrita rápi-

da é o uso dos fonemas, pois os si-nais da taquigrafia não são baseados em letras, mas em fonemas.

A velocidade na escrita, no entan-to, só acontece com muita prática diária. “Depois de ter aprendido to-dos os taquigramas (símbolos), se tiver muita dedicação, consegue al-cançar em um mês e duas semanas a velocidade média de 80 (ppm/pa-lavras por minuto), como foi o meu caso. Mas tem que treinar muito mesmo. A média, pelo que vejo nos sites, é de três ou quatro meses”, explica Gabriela Ferreira.

Colaboração: Renata Moreira

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COLUNA DO SERVIDOR

Nº 4 - ABRIL/MAIO de 2013

Mais de 60 mil acessos por mês: portal da Ales abre mais espaço para a divulgação parlamentar

A média de 60 mil visitas por mês ao Portal da Assembleia Legislativa do Es-pírito Santo (Ales), registrada este ano pela Diretoria de Tecnologia da Infor-mação (DTI), já dá uma dimensão da importância da ferramenta para a divul-gação do que acontece no Parlamento Capixaba. Agora, o www.al.es.gov.br abriu um canal direto entre deputados e quem acessa o portal: o “Notícias dos Gabinetes”.

O espaço, que é de responsabilidade dos gabinetes, permite que o cidadão acompanhe as atividades do parlamen-tar exclusivamente vinculadas ao exer-cício do mandato. Para utilizar a ferra-menta de divulgação, as assessorias dos deputados precisam enviar os textos para a Coordenação de Web, na Secre-taria de Comunicação Social, pelo e-mail [email protected].

Publicação semanal da Secretaria de Comunicação Social da Assembleia

Legislativa do Espírito SantoSecretário de Comunicação:

Marcelo Bózio MonteiroJornalista responsável:

Danielly Magioni (ES01483/JP)Criação e Diagramação:

Lucas Albani • Luciana BricioReportagem/Fotografia:

Equipe da Redação Integrada da Secretaria de Comunicação Social • Tonico

Contatos:3382-3550 / 3382-3712 (Fax)

[email protected]@assembleia_es

facebook.com/ParlamentoCapixabayoutube.com/alescomunicacao

EXPEDIENTE

FIQUE POR DENTRO

A Assembleia Legislativa sedia uma ex-posição com as fotos que fazem parte do segundo livro lançado pela Casa: o Micror-região Litoral Sul, sobre os municípios de Piúma, Iconha, Rio Novo do Sul, Alfredo Chaves, Presidente Kennedy, Marataízes, Itapemirim e Anchieta. Confira na Galeria em frente ao Cerimonial, no Térreo.

“A internet é um instrumen-to de transparência pública e aproxima o cidadão da Assem-bleia. Os 60 mil acessos men-sais ao portal mostram que as pessoas estão interessadas em acompanhar o trabalho do seu representante no Poder Legis-lativo, e por isso é tão impor-tante que a nova ferramenta seja utilizada de forma plena pelos deputados”, disse a co-ordenadora Especial de Web, Luciana Pimentel.

VISITAS Ao PoRTALJAN: 69.687 FEV: 53.005MAR: 63.176ABRIL*: 57.458*Número registrado até o dia 26. Fonte: DTI.

No dia 9 de abril o TSE aprovou nova composição parlamentar dos Estados na Câmara dos Deputados. A decisão vem recebendo críticas de especialistas e principalmente da classe política, que questionam sua legalidade. Importante notar, que a composição daquela Casa de Leis foi estabelecida por lei com-plementar, amparado no art. 45, § 1º, da nossa Constituição. Nesse ponto, o entendimento jurídico é praticamente uniforme ao apontar que o número de deputados federais só pode ser modifi-cado por nova lei complementar.

A propósito, não é a primeira vez que o TSE decide redefinir compo-sição de cadeiras no legislativo. Em 2004 tivemos a polêmica sobre o nú-mero de vereadores a eleger segun-do a população de cada município, com o forte argumento da diminui-ção de gastos públicos, o que na prá-tica não ocorreu, pois os percentuais repassados aos Legislativos Munici-pais pelos Executivos se mantiveram inalterados até 2009, com a promul-gação da EC n.º 58.

Ao adotar uma nova re-definição das cadeiras do legislativo federal, a Justiça Eleitoral reacende debate se o número atual de cadeiras nos legislativos Nacional, Estaduais e Municipais é justificável? Sem levar em consideração a história do parlamen-to? Com isso, se hoje fosse submetido à votação popular para reduzir as ca-deiras parlamentares, o resultado pro-vavelmente seria favorável à redução do número de excelências.

Caso seja mantida essa decisão, o Espírito Santo pode perder 1 depu-tado federal e 3 estaduais a partir de 2015. Essa decisão diminui a repre-sentatividade política dos capixabas em detrimento de outros Estados da Federação – e o pior, sem a ocorrência da redução de gastos públicos.

Para ampliar o debate, por que não se cogita apenas um senador por esta-do da federação? E para quê mais de quinhentos deputados federais?

Edinho Maioli Assessor parlamentar

ES pode perder 1 deputado federal e 3 estaduais