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Eustáquio Filho, A., Santos, P.E.F., Souza, L.E.B. et al. Estudo da zona de conforto térmico para ovinos na região semi-árida. PUBVET, Londrina, V. 2, N. 40, Art#385, Out2, 2008. 1 PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Disponível em: <http://www.pubvet.com.br/texto.php?id=385>. Estudo da zona de conforto térmico para ovinos na região semi-árida Antonio Eustáquio Filho 1 , Paulo Eduardo Ferreira dos Santos 1 , Luiz Eduardo Barreto de Souza 2 , Ana Carolina Dohler Dias 3 , Danielle Ferreira Dos Santos 3 1 Zootecnista – Mestrando em Zootecnia – Produção de Ruminantes - UESB 2 Veterinário – Mestrando em Zootecnia – Produção de Ruminantes - UESB 3 Graduandos em Zootecnia – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB RESUMO As adversidades climáticas alteram as condições fisiológicas dos animais e ocasionam o declínio da produção, principalmente no período de menor disponibilidade de alimentos. As altas temperaturas, associadas à umidade do ar também elevada, afetam negativa e significativamente a temperatura retal e a freqüência respiratória, e podem causar estresse em animais de interesse zootécnico. Portanto esta revisão tem como objetivo estudar as zonas de conforto térmico para ovinos, com base nos índices de conforto térmico, bem como sua relação com as variáveis fisiológicas (temperatura retal e freqüência respiratória) de ovinos. Palavras chave: conforto térmico, estresse, ovinos

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PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia.

Disponível em: <http://www.pubvet.com.br/texto.php?id=385>.

Estudo da zona de conforto térmico para ovinos na região semi-árida

Antonio Eustáquio Filho1, Paulo Eduardo Ferreira dos Santos1, Luiz Eduardo

Barreto de Souza2, Ana Carolina Dohler Dias3, Danielle Ferreira Dos Santos3

1Zootecnista – Mestrando em Zootecnia – Produção de Ruminantes - UESB 2Veterinário – Mestrando em Zootecnia – Produção de Ruminantes - UESB 3Graduandos em Zootecnia – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia -

UESB

RESUMO

As adversidades climáticas alteram as condições fisiológicas dos animais e

ocasionam o declínio da produção, principalmente no período de menor

disponibilidade de alimentos. As altas temperaturas, associadas à umidade do

ar também elevada, afetam negativa e significativamente a temperatura retal

e a freqüência respiratória, e podem causar estresse em animais de interesse

zootécnico. Portanto esta revisão tem como objetivo estudar as zonas de

conforto térmico para ovinos, com base nos índices de conforto térmico, bem

como sua relação com as variáveis fisiológicas (temperatura retal e freqüência

respiratória) de ovinos.

Palavras chave: conforto térmico, estresse, ovinos

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ABSTRACT

The climatic adversities alter the physiologic conditions of the animals and they

cause the decline of the production, mainly in the period of smaller readiness

of victuals. The discharges temperatures, associated to the humidity of the air

also high, they affect negative and significantly the rectal temperature and the

breathing frequency, and they can cause stress in animals of interest

zootécnico. Therefore this revision has as objective studies the zones of

thermal comfort for sheep, with base in the indexes of thermal comfort, as well

as your relationship with the physiologic variables (rectal temperature and

breathing frequency) of sheep.

KeyWords: comfort thermal, stress, sheep

1. INTRODUÇÃO

Em climas tropicais e subtropicais, os valores de temperatura e umidade

relativa do ar são restritivos ao desenvolvimento, à produção e à reprodução

dos animais. O Brasil possui a grande maioria de seu território, cerca de dois

terços, situada na faixa tropical do planeta, onde predomina altas

temperaturas do ar, conseqüência da elevada radiação solar incidente.

Nos trópicos, as estações são definidas pelo regime pluviométrico e pela

umidade relativa do ar, sendo divididos em trópicos úmidos e secos. Perfazem

40% do planeta com metade das terras agricultáveis, porém, sendo os

responsáveis por apenas um terço da produção mundial de alimentos. Nessa

região do planeta, a temperatura média do ar situa-se em geral acima dos

20ºC, sendo que a temperatura máxima, nas horas mais quentes do dia

apresenta-se acima de 30°C por grande parte do ano, muitas vezes atingindo

a faixa entre 35 e 38ºC.

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O Nordeste brasileiro, em particular, face as suas peculiaridades físicas e

geográficas determinadas, apresenta extrema vulnerabilidade a problemas

alimentares, influenciados por diversos fatores, gerando complicações de base

primária estruturadas, com desigualdades de renda, de educação, de saúde,

de acesso ao trabalho e aos meios de produção (Valente,1997).

Segundo Quintans (1995); Cordeiro (1998); Silva (1998), no cenário

atual de desenvolvimento econômico no Brasil, a pecuária de caprinos

apresenta-se como atividade promissora. Ressalta-se, também, que o Brasil

detém um expressivo rebanho ovino, com sua grande maioria localizada na

região Nordeste, principalmente nas zonas semi-áridas. Devido à agricultura

instável, a ovinocultura desempenha um importante papel sócio-econômico

nessa região, por proporcionar renda direta, além de representar uma

excelente fonte alimentar.

A ovinocultura, com a viabilização de produtos de qualidade, poderá

resultar em um aumento do nível de aceitabilidade, com conseqüente

ampliação da agroindústria regional, contribuindo, desta forma, para a

melhoria do nível de vida e fixação do homem ao meio. Contudo vem

ganhando grande impulso nos últimos anos pelo potencial que representa,

podendo ser considerada um instrumento eficaz de promoção de

desenvolvimento da zona semi-árida no Nordeste brasileiro. A sua exploração

desempenha papel relevante como fonte de proteínas e importante fator sócio-

econômico para os pequenos produtores, através da utilização de seus

subprodutos (Rodrigues,1998; Lima, 2000).

A adaptabilidade pode ser medida ou avaliada pela habilidade que tem o

animal em se ajustar às condições médias ambientais de climas adversos, com

mínima perda no desempenho e conservando alta taxa reprodutiva, resistência

às doenças e baixo índice de mortalidade (HAFEZ, 1973).

De acordo com Baeta & Souza (1997) o conceito de adaptação a um

determinado ambiente está relacionado com mudanças estruturais, funcionais

ou comportamentais observadas no animal, objetivando a sobrevivência,

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reprodução e produção em condições extremas ou adversas e classificam da

seguinte forma:

Adaptação biológica: refere-se às características morfológicas,

anatômicas, fisiológicas, bioquímicas e de comportamento do animal, que

permitem o bem-estar e a sobrevivência em um ambiente específico.

Adaptação genética: refere-se às características hereditárias do animal,

que favorecem a sua sobrevivência em um ambiente específico e podem

promover mudanças por muitas gerações (seleção natural) ou favorecer a

aquisição de características genéticas específicas (seleção artificial).

Adaptação fisiológica: é o processo de ajustamento do próprio animal a

outro ambiente.

Aclimatização: refere-se a mudanças adaptativas (normalmente

produzidas em câmaras climáticas) em resposta a uma única variável

climática. Para Abi Saab e Sleiman (1995), os critérios de tolerância e

adaptação dos animais são determinados pelas medidas fisiológicas da

respiração, batimento cardíaco e temperatura corporal.

As adversidades climáticas alteram as condições fisiológicas dos animais

e ocasionam o declínio da produção, principalmente no período de menor

disponibilidade de alimentos (GRANT & ALBRIGHT, 1995). As altas

temperaturas, associadas à umidade do ar também elevada, afetam negativa e

significativamente a temperatura retal e a freqüência respiratória, e podem

causar estresse em animais de interesse zootécnico (MAGALHÃES et al.,

1998).

Para a determinação dos níveis de conforto térmico ambientais, diversos

índices têm sido desenvolvidos, sendo dependentes de vários parâmetros

inter-relacionados, como temperatura, umidade relativa do ar, velocidade do

vento e radiação do ambiente (MARTA FILHO, 1993). As respostas ao estresse

térmico mais utilizadas são a temperatura corporal, taxa e o volume

respiratório, isoladamente ou em combinação (FEHR et al., 1993). O índice de

temperatura de globo negro e umidade (ITGU) são baseados nas medidas da

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temperatura de globo negro, da temperatura de ponto de orvalho e da

temperatura ambiente (BUFFINGTON et al., 1981).

A carga térmica radiante (CTR) é a radiação total recebida por um corpo

de todo o espaço circundante a ele. Essa definição não engloba a troca líquida

de radiação entre o corpo e o seu meio circundante, mas inclui a radiação

incidente no corpo (BOND & KELLY, 1955). Para Bedford & Warner (1934), o

termômetro de globo negro (TGN) é uma maneira de se indicar os efeitos

combinados de radiação, convecção e sua influência no organismo vivo.

Segundo Sevegnani (1997), o TGN é muito utilizado como parâmetro para a

avaliação das condições internas das instalações.

Este trabalho tem como objetivo estudar as zonas de conforto térmico

para ovinos, com base nos índices de conforto térmico, bem como sua relação

com as variáveis fisiológicas (temperatura retal e freqüência respiratória) dos

animais.

2. REVISÃO DE LITERATURA

O Brasil possui um efetivo em torno de 8,7 milhões de cabeças de

ovinos, dos quais 90% se encontram na região Nordeste, formado

principalmente de animais tipo nativo e sem raça definida (SRD), de notável

rusticidade e baixa produtividade (Silva et al., 1993). Apesar do reconhecido

valor socioeconômico da ovinocultura para o nordeste brasileiro, a maior parte

dos animais criados nesta região apresenta baixos índices de desempenho

produtivo, com peso vivo aos 100 dias, de 8 kg, e peso médio da carcaça de

machos com 1 ano de 10 kg, fêmeas apresentando 80% de parição (partos ao

ano por matriz) e prolificidade de 1,3 crias por parto (BNB, 1999).

A baixa produção é resultado de múltiplos efeitos do ambiente tropical,

que inclui efeitos indiretos, como baixa qualidade dos alimentos, baixo

potencial genético dos animais, além do efeito direto do estresse ambiental,

notadamente os elementos climáticos, como temperatura do ar, umidade e

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radiação solar, os quais freqüentemente se encontram acima do ideal para

ótimo desempenho do rebanho (Viana, 1990).

Os ovinos, assim como outros mamíferos e aves, são homeotérmicos, ou

seja, são animais que têm a capacidade de controlar, dentro de uma estreita

margem, a temperatura corporal (Hafez, 1995). Este mecanismo, entretanto, é

eficiente quando a temperatura ambiente está dentro de certos limites, o que

demonstra a importância de se manter as instalações com temperaturas

ambientais próximas às das condições de conforto.

Segundo Nããs (1989) o ideal é uma umidade relativa média de 75% e

temperatura entre 4 a 30°C. Baeta & Souza (1997) recomendam que a zona

de conforto para ovinos deve situar-se entre 20 e 30°C, sendo a temperatura

efetiva crítica superior a 34°C. McDowel (1972) preconizou, como condições

ideais para criação de animais domésticos, umidade relativa do ar entre 60 e

70% e ventos com velocidade de 1,3 a 1,9 m s-1. Mota (2001) descreve que,

segundo dados da equipe de conforto ambiental da UNICAMP, as condições de

ambiente para vacas em lactação, conforme valor da temperatura do globo

negro, se situam da seguinte forma: entre 7 e 27°C ótimo; entre 27 e 34°C,

regular e acima de 35°C, crítico.

Segundo Brion (1964) a temperatura retal média de ovinos adultos varia

de 39,0 a 40,0 oC. O impacto do calor sobre as variáveis fisiológicas resulta

em um aumento percentual de 3% na temperatura retal e de 194 % na

freqüência respiratória, com alterações, respectivamente, de 38,6 para 39,9°C

e de 32 para 94 movimentos por minuto (McDowell, 1972). De acordo com

Santos et al. (2005) e Souza et al. (2005), a temperatura retal e a freqüência

respiratória dos animais são afetadas pelo período do dia, cujos animais

mostraram temperatura retal menor no período da manhã, quando

comparados com o período da tarde.

A adaptação fisiológica, dada principalmente por meio das alterações do

equilíbrio térmico, e a adaptabilidade de um rendimento, que descreve as

modificações desse rendimento quando o animal é submetido à altas

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temperaturas, são para MacDowell (1989), as duas classes principais de

avaliação da adequação a ambientes quentes.

A temperatura retal e a freqüência respiratória são segundo Bianca e

Kunz (1978), as melhores referências fisiológicas para estimar a tolerância dos

animais ao calor. Hopkins et al. (1978) afirmam que valores de temperatura

retal próximos à temperatura normal da espécie podem ser tomados como

índice de adaptabilidade. Animais que apresentam menor aumento na

temperatura retal e menor freqüência respiratória são considerados mais

tolerantes ao calor (BACCARI JR, 1986). De acordo com Siqueira et al. (1993),

a temperatura retal, a freqüência respiratória e o nível de sudação cumprem

um importante papel na termorregulação dos ovinos.

Segundo Baccari Jr. (1990) a maior parte das avaliações de

adaptabilidade dos animais aos ambientes quentes estão incluídas em duas

classes: (adaptabilidade fisiológica) que descreve a tolerância do animal em

um ambiente quente mediante, principalmente modificações no seu equilíbrio

térmico, e (adaptabilidade de rendimento) que descreve as modificações da

produtividade animal experimentadas em um ambiente quente.

De acordo McDowell (1989) a adaptação fisiológica é determinada

principalmente por alterações do equilíbrio térmico e da adaptabilidade que

descreve determinadas modificações no desempenho quando o animal é

submetido a altas temperaturas. Mesmo considerando as espécies mais

tolerantes ao calor, como é o caso dos caprinos que é tida como menos

susceptível ao estresse ambiental, em temperaturas críticas reduzem a sua

eficiência bioenergética prejudicando o resultado de sua produtividade (LU,

1989). Por isso, o conhecimento prévio do desempenho de raças exóticas

introduzidas em ambientes diferentes ao de sua origem torna-se indispensável.

A temperatura corporal de animais homeotérmicos é mantida dentro de

limites estreitos por uma série de mecanismos de regulação térmica, os quais

incluem respostas fisiológicas e comportamentais ao ambiente. Entre o animal

e o meio existe uma constante transferência de calor dividida em calor sensível

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e calor insensível. A perda de calor sensível envolve trocas diretas de calor

com o ambiente por condução, convecção ou radiação e dependem da

existência de um gradiente térmico entre o corpo do animal e o ambiente

(HABEEB et al., 1992). A perda de calor insensível consiste na evaporação da

água na superfície da pele ou através do trato respiratório, usando o calor para

mudar a entalpia da água em evaporação (INGRAM & MOUNT, 1975). Quanto

maior o gradiente térmico entre a superfície do animal e o meio, maior é a

capacidade de dissipação de calor do animal, a medida que diminui esse

gradiente ocorre uma redução na perda de calor da forma sensível e aumenta

através dos mecanismos de perda de calor insensível, como a sudorese e ou

freqüência respiratória (SOUZA et al., 2003).

A adaptabilidade dos animais aos trópicos tem sido discutida por diversos

autores (MCDOWELL, 1967; NUNES, 2002; BACCARI JR.,1986; SANTOS, 2004)

e vários métodos tem sido propostos para avaliar a capacidade destes animais

em se ajustarem às condições ambientais predominantes em regiões de climas

quentes.

O interesse por desenvolver uma técnica de alta confiabilidade para

medir a tolerância ao calor desdobra-se em dois aspectos traduzidos pela

identificação de raças ou linhagens que mantêm a homeotermia quando em

temperaturas elevadas, além do entendimento dos caracteres

anatomofisiológicos envolvidos na termólise (BACCARI JR., 1986).

McDowell (1967) ressalta a necessidade de que uma prova de tolerância

ao calor deva guardar alta correlação com a produtividade dos animais, de tal

maneira que se possa prever em animais jovens, através de medidas de

adaptabilidade, o desempenho destes e de seus descendentes. Para Olivier

(2000) a avaliação de uma raça ou grupo genético não pode ser baseada

apenas na capacidade de ganho de peso e no rendimento de carcaça, mas

também na eficiência produtiva, adaptabilidade, prolificidade e taxa de

sobrevivência.

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No tocante a adaptabilidade, para Abi Saab e Sleiman (1995), os

critérios de tolerância e adaptação dos animais são determinados pelas

medidas fisiológicas da respiração e temperatura corporal. A temperatura

corporal é o resultado entre a energia térmica produzida e a energia térmica

dissipada (LEGATES, 1991).

Vários testes de tolerância ao calor foram desenvolvidos, como os de

Rhoad (1944) e de Dowling (1956), tendo porém sua aplicação reduzida em

função de algumas limitações. Nota-se que no teste idealizado por Rhoad

(1944), conhecido como teste de Ibéria, toma-se como base de cálculo a

temperatura retal de 38,3°C, tida como temperatura corporal normal, não

levando em conta diversas situações fisiológicas que alteram este parâmetro.

Neste teste são tomadas as temperaturas retais e as freqüências respiratórias

dos animais de manhã (10:00 h) e à tarde (15:00 h), durante 3 dias, e os

dados médios são aplicados à fórmula CTC = 100 -[18 (Tr -38,3)], para cálculo

do coeficiente de tolerância ao calor.

O teste de Dowling (1956) baseia-se na capacidade de dissipação do

calor corporal, após os animais serem submetidos ao exercício físico, sob

radiação solar direta, até que a temperatura corporal atinja 40,0°C. Quando

então é marcado o tempo necessário para que a temperatura retal volte ao

valor inicial. Uma crítica a este teste é que o calor adquirido nestas condições

advém não só da radiação solar, mas também do trabalho muscular, que

envolve outros processos fisiológicos e vias metabólicas não implicados

naturalmente no mecanismo de termorregulação da espécie.

Segundo Neiva et al. (2004) a elevação dos parâmetros ambientais

durante o dia exerce efeito sobre a temperatura retal dos ovinos Santa Inês,

de tal forma que, na sua pesquisa, durante o período da tarde, o valor médio

foi significativamente superior ao da manhã, independentemente da condição

da instalação e da dieta fornecida.

O teste de adaptabilidade proposto por Baccari Jr. et al. (1986) tem

como princípio a capacidade de dissipação de calor e consiste de uma primeira

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mensuração da temperatura retal dos animais em repouso de duas horas à

sombra (TR1) e, logo após a mensuração, os animais devem ser expostos

diretamente ao sol por mais uma hora, após essa exposição, os animais devem

retornar a sombra por mais uma hora quando a segunda mensuração da

temperatura retal deve ser feita (TR2). As médias das temperaturas retais

obtidas (TR1 e TR2, respectivamente), devem então ser aplicadas na fórmula

do Índice de Tolerância ao Calor ITC= 10 – (TR2-TR1), a qual determina o

grau de tolerância ao calor dos animais pela diferença entre as temperaturas, e

consta de uma escala de 0 a 10, sendo o resultado mais próximo de 10,

representado pelos animais mais tolerantes ao ambiente.

Silva et al. (2006) aplicando o teste de Baccari Jr, para caprinos

observaram um elevado grau de tolerância ao calor das raças Boer e Savana

assemelhando-se aos caprinos das raças Anglo Nubiana e Moxotó que são

reconhecidos como bem adaptados às condições do Semi-árido. Souza et al.

(2007), trabalhando com bovinos utilizando a mesmo teste verificaram elevado

índice de tolerância à radiação solar direta de animais raça Sindi, que

apresentaram ITC = 9,83, comprovando a elevada adaptação do Sindi às

condições do Semi-árido.

Contudo, considera-se que a adaptabilidade não deve ser avaliada

apenas pela capacidade de tolerância ao calor, pois são vários os fatores que

interferem no processo de adaptação dos animais, de forma que outros testes

devem ser aplicados para se verificar com maior exatidão a adaptação dos

animais nos diversos aspectos, fisiológicos, produtivos e reprodutivos.

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O clima destaca-se como fator determinante na produção animal devido

à geração de um ambiente térmico no espaço ocupado pelo animal e nos

arredores. A caracterização do ambiente térmico animal envolve,

principalmente, os efeitos de temperatura do ar, umidade relativa, radiação,

precipitação pluviométrica e velocidade do vento.

O ambiente térmico para os ovinos é um fator muito importante a ser

considerado na determinação de um manejo ideal e carece de estudos

detalhados, já que se trata de atividade de elevada importância econômica

para a região. Desta forma, a caracterização do clima e o estudo das reações

dos ovinos ao estresse térmico devem ser identificados para que se possa

indicar a melhor prática de manejo, modelo adequado de instalações e plano

nutricional, afim de que os animais expressem favoravelmente suas aptidões

zootécnicas.

Os novos modelos de pecuária, que se baseiam nos princípios da

sustentabilidade, têm como prioridades o conforto térmico e o bem-estar dos

animais. Pesquisas vêm comprovando que o fator bem-estar animal é

determinante nas viabilidades técnica e econômica dos sistemas de produção

(PIRES et al., 2001)

No Brasil, são escassos os dados referentes ao monitoramento do

ambiente e seus efeitos sobre os animais, adaptados para as condições

climáticas, cujos ciclos diários e anuais são totalmente diferentes dos países

temperados. Desse modo, permanecem as divergências a respeito da possível

ação do calor sobre o desempenho animal, principalmente no que diz respeito

à zona de conforto térmico para condições climáticas brasileiras, em função do

nível de produção animal (PIRES et al., 1998).

O Nordeste brasileiro semi-árido tem vocação pecuária, especialmente, para a

produção de ovinos face à característica de adaptação a ecossistemas adversos.

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Considerando-se os avanços das raças nordestinas e seu reconhecimento

nacional, o Nordeste passa a ter grande importância na produção de carne e

genética ovina, tendo que usar de artifícios que minimizem o estresse desses

animais causado pelas altas taxa de insolação e ausência de alimento,

principalmente na época seca devido a características adaptativas da

vegetação dessa região, buscando aumento de produtividade com técnicas que

melhorem o bem estar animal. Sendo o conhecimento da zona de conforto

térmico com as respectivas respostas fisiológicas dos ovinos, para cada fase,

sendo uma alternativa viável devido à melhor orientação para escolha: do

local, construção das instalações, manejo alimentar e uso adequados de

equipamentos. Aumentando a eficiência produtiva e reprodutiva dos animais a

um menor o custo.

A adoção destas práticas visa à fixação do homem no campo, maior

sustentabilidade do sistema produtivo o consumo e utilização de produtos

conseguidos de forma naturais. No caso da carne, procura-se consumir aquela

produzida com o menor estresse para o animal. Este sistema atenderá as

pessoas que se preocupam com a qualidade de vida.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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