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Pura mistificação Carlos Garcia, Presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da Polícia Judiciária. Correio da Manhã, 04 de julho de 2015 Neste final do mandato, foi o que se viu: nada cumpriu. A Senhora Ministra da Justiça afirmou, recentemente, que a sua reforma da justiça é uma referência internacional! O exemplo que deu de um país (Vietname) interessado em conhecer a sua reforma é mesmo reconfortante!? Um país com partido único onde impera a repressão e grassa a corrupção! No respeitante à PJ foi a desgraça que se sabe e a nova sede (obra iniciada nos governos anteriores) não serve de desculpa. Desgraçada foi a forma como lidou também com os sindicatos. Teve o seu “estado de graça” (2012 e parte de 2013), enquanto enunciou objetivos se comprometeu a cumpri-los e deu alguns “passitos” nesse sentido. Mas, nesta parte final do seu mandato (2014 15) foi o que se viu: nada cumpriu. Na linha da prática política das nossas elites governamentais começou a mentir com o maior desplante, fazendo da mistificação a sua principal arma de arremesso contra os sindicatos, fazendo-os “inimigos” em vez de parceiros. Disparates, inconsistências, inverdades, tudo vale, sobretudo, em campanha eleitoral. Neste contexto, entende-se bem porque renovou certas posições chave da PJ com obedientes “carreiristas”, em vez de pensadores criativos e corajosos.

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Pura mistificação

Carlos Garcia, Presidente da Associação Sindical dos

Funcionários de Investigação Criminal da Polícia

Judiciária.

Correio da Manhã, 04 de julho de 2015

Neste final do mandato, foi o que se viu: nada cumpriu.

A Senhora Ministra da Justiça afirmou, recentemente, que a sua reforma da

justiça é uma referência internacional! O exemplo que deu de um país

(Vietname) interessado em conhecer a sua reforma é mesmo reconfortante!?

Um país com partido único onde impera a repressão e grassa a corrupção!

No respeitante à PJ foi a desgraça que se sabe e a nova sede (obra iniciada

nos governos anteriores) não serve de desculpa.

Desgraçada foi a forma como lidou também com os sindicatos. Teve o seu

“estado de graça” (2012 e parte de 2013), enquanto enunciou objetivos se

comprometeu a cumpri-los e deu alguns “passitos” nesse sentido. Mas, nesta

parte final do seu mandato (2014 – 15) foi o que se viu: nada cumpriu.

Na linha da prática política das nossas elites governamentais começou a mentir

com o maior desplante, fazendo da mistificação a sua principal arma de

arremesso contra os sindicatos, fazendo-os “inimigos” em vez de parceiros.

Disparates, inconsistências, inverdades, tudo vale, sobretudo, em campanha

eleitoral.

Neste contexto, entende-se bem porque renovou certas posições chave da PJ

com obedientes “carreiristas”, em vez de pensadores criativos e corajosos.