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Qualidade da Educação, Ciência e Desenvolvimento Econômico Aloísio Araújo EPGE/FGV e IMPA Seminário Educação, pobreza e desigualdade no Brasil: prioridades 17 de outubro de 2006 Hotel Glória – Rio de Janeiro Realização: IETS Apoio: Fundação Konrad Adenauer

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Qualidade da Educação, Ciência e Desenvolvimento Econômico

Aloísio Araújo

EPGE/FGV e IMPA

SeminárioEducação, pobreza e desigualdade no Brasil: prioridades

17 de outubro de 2006Hotel Glória – Rio de Janeiro

Realização: IETS Apoio: Fundação Konrad Adenauer

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Introdução

• Apresento evidências empíricas do professor R. Barro de que tanto a quantidade como a qualidade da educação estão fortemente correlacionadas com o desenvolvimento econômico.

• Sendo que para a qualidade esta correlação é ainda maior.

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Evidência Empírica Quantidade de Educação

• A relação entre quantidade e qualidade educacional com o crescimento econômico é significativa em diversos países.

• Do gráfico a seguir, notamos que uma maior quantidade de educação gera maiores taxas de crescimento.

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• Esta relação acontece porque quanto mais capital humano maior é a absorção e aprendizagem de novas tecnologias, principalmente para educação secundária e terciária.

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Qualidade de Educação

• Barro mostra que o impacto da qualidade é maior ainda que o da quantidade educacional sobre o crescimento econômico

• Na figura a seguir , observa-se a relação positiva entre as notas de exames (baseados em ciências) e a taxa de crescimento entre os diversos países.

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A evolução da quantidade de educação no Brasil

• Observou-se um expressivo aumento da população escolar nos últimos anos, tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio.

• A inclusão no primeiro grau é quase completa, e no segundo grau tem crescido muito, devido em grande parte à diminuição do atraso escolar.

• Dos gráficos a seguir nota-se que: – as matrículas da pré-escola e creche têm crescido,

embora ainda estejam longe da universalização.– O EF praticamente já se universalizou.– As matrículas do EM tem se elevado, embora já estão se

estabilizando em um nível muito abaixo da universalização. O mesmo se aplica ao ES.

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Crianças matriculadas na pre-escola (4 a 6 anos) segundo faixa de renda

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

80,00%

90,00%

1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004

bottom middle top

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Alunos no EF de 7 a 14 anos segundo faixa de renda

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004

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Adolescentes no EM (15 a 17 anos) segundo faixa de renda

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

80,00%

1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004

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Pessoas no ES (18 anos ou mais) segundo faixa de renda

0,00%

1,00%

2,00%

3,00%

4,00%

5,00%

6,00%

7,00%

8,00%

9,00%

1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004

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A evolução da Qualidade da Educação no Brasil

• A evidência empírica tem demonstrado que a diminuição do atraso escolar bem como o aumento da participação escolar no secundário tem diminuído. Uma explicação para isto é a falta da qualidade de educação nos níveis mais básicos que impede o avanço escolar.

• O nível médio da qualidade educacional é baixo quando comparado internacionalmente e vem decaindo ligeiramente ao longo dos anos.

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Proficiência média dos alunos da 8ª série do EF por nível escolar da mãe

0

50

100

150

200

250

300

350

1995 1997 1999 2001 2003

Nunca estudou 1-4s EF 5-8s EF EM faculdade

Proficiência média dos alunos da 4ª série do EF por nível escolar da mãe

0

50

100

150

200

250

1997 1999 2001 2003

Nunca estudou 1-4s EF 5-8s EF EM faculdade

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Proficiência média dos alunos da 3ª série do EM por nível escolar da mãe

0

50

100

150

200

250

300

350

400

1995 1997 1999 2001 2003

Nunca estudou 1-4s EF 5-8s EF EM faculdade

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Fecundidade segundo o nível de renda e escolarização materna

• Dos gráficos a seguir notamos que:

• (i) a fecundidade está inversamente relacionada com a renda;

• (ii) a fecundidade está inversamente relacionada com escolarização materna.

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taxa de fecundidade x renda mensal familiar em salários mínimos - 2000

0,0000

0,5000

1,0000

1,5000

2,0000

2,5000

3,0000

3,5000

Total Mais de 1/2a 1

Mais de 1 a2

Mais de 2 a3

Mais de 3 a5

Mais de 5 a10

Mais de 10a 15

Mais de 15a 20

Mais de 20a 30

Mais de 30

% do nº de filhos por rendimento nominal familiar (em SM)

0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00%

Mais de 1/2 a 1

Mais de 1 a 2

Mais de 2 a 3

Mais de 3 a 5

Mais de 5 a 10

Mais de 10 a 15

Mais de 15 a 20

Mais de 20 a 30

Mais de 30

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Taxa de Fecundidade x anos de estudo das mulheres

0

1

2

3

4

5

6

sem instrução e menos de 1 ano 1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 a 10 anos 11 ou mais

1991

2000

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Comparação Brasil x outros países

• Gasto Público em Educação

• Quantidade da Educação: Taxas de matrículas

• Qualidade da Educação: Notas em exames de matemática

• Desempenho do Brasil no PISA 2003

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Fatores associados ao baixo desempenho do Brasil no PISA

• Distorção Idade-Série

(mais da metade dos alunos avaliados – com 15 anos – encontravam-se nas 7ª e 8ª séries)

• Tempo de Escolarização

(duração do Ensino Básico – 11 anos – menor que a dos demais países)

• Jornada em sala de aula insuficiente

(máximo de 4 horas)

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O retorno do investimento em educação infantil

• Quanto mais cedo investirmos na educação das crianças, colocando-as na escola já na maternidade ou pré-escola, maior será seu desempenho educacional.

• Além disso, a maioria dos alunos que iniciou os estudos após a 1ª série do EF, não chega na 3ª série do EM, dado o alto índice de repetência para este grupo.

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Proficiência Média e % de repetência dos alunos da 8ª série do EF segundo série de estudo inicial

20,51%

26,42%

28,85%

24,88%

12,47%

19,72%

36,54%

33,46%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

35,00%

40,00%

Na Pré-escola Na 1a série Na 2a série Na 3a série

0

50

100

150

200

250

300

uma duas ou mais proficiência média

Proficiência Média e % de repetência dos alunos da 4ª série do EF segundo série de estudo inicial

15,10%

21,59%

31,58%

40,28%

47,97%

6,60%

8,92%

13,58%14,84% 14,99%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

No maternal Na Pré-escola Na 1a série Na 2a série Na 3a série

0

50

100

150

200

250

uma duas ou mais proficiência média

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• Segundo o trabalho do Prof. Heckman, o retorno de investimento em educação é decrescente com a idade, conforme gráfico abaixo.

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• Em outro trabalho recente, Heckman aponta que intervenções realizadas em idades precoces aumentam o QI das crianças durante seu ciclo de vida. O programa Abecedarian investe em crianças em desvantagem social, se iniciando já nos primeiros quatro meses de vida. O gráfico a seguir mostra a performance do QI das crianças tratadas pelo programa, em relação às não tratadas. Sendo que o efeito persiste mesmo após a interrupção do programa.

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Sugestões de Políticas Públicas

• Os Economistas sabem que diversos fatores devem estar presentes em países que desejem seriamente o desenvolvimento. Entre estes se destacam a abertura ao comércio exterior, capacidade de inovação e um bom ambiente institucional. Que inclua a proteção ao cumprimento dos contratos e à propriedade.

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• O Brasil tem uma situação muito ruim em relação à qualidade educacional. Se os outros fatores podem ser corrigidos em um prazo relativamente curto, necessitam-se gerações para mudar o perfil de educação de um país.

• Recentemente um grande esforço foi feito para a inclusão de jovens na educação tanto no primeiro quanto no segundo grau. Contudo, isto se deu com a manutenção de uma baixa qualidade de ensino.

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• O Brasil segue os padrões internacionais. Isto é, o desempenho dos alunos está muito mais associado ao nível de escolaridade e renda dos pais do que com a qualidade da escola e do nível de treinamento dos professores.

• Isto nos coloca em uma situação particularmente difícil pois, como visto acima, além de ter uma população com pouca escolaridade, nós temos o número de crianças inversamente proporcional com a renda e a escolarização. Esta é uma situação dramática, pois leva à reprodução da baixa escolaridade com baixa qualidade de ensino.

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• Existem atualmente duas propostas interessantes para a melhoria da qualidade de educação:

• (i) do Professor Eric Hanusheck, que sugere que a melhoria da qualidade de ensino seja conseguida através da melhora da qualidade dos professores. Isto porque a qualidade da escola segundo seus estudos tem pouco ou nenhum efeito sobre a qualidade do ensino. Sua sugestão é que os gastos adicionais com educação sejam feitos visando à melhoria da qualidade dos professores, retendo os melhores e substituindo os de desempenho baixo.

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• (ii) Em relação a investimentos durante a primeira infância, existe uma farta evidência empírica das ciências naturais mostrando que o desenvolvimento cerebral acontece muito cedo e é durante esse período que o cérebro demonstra maior maleabilidade, sendo portanto um período impar para o incentivo ao aprendizado infantil. A evidência empírica também nos mostra que nos primeiros anos de vida de uma criança (entre a idade 0 e 1) grande parte dos incentivos ao desenvolvimento cerebral partem dos pais

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Ciência e Tecnologia

• No mundo de hoje, caracterizado por competição global intensa e mudança tecnológica rápida, a chave para o desenvolvimento econômico é uma oferta de trabalhadores bem educados, altamente técnicos, produzindo bens e serviços intensivos em conhecimento e alto valor agregado, requerendo para isto um esforço para o aumento da educação, ciência, tecnologia e capacidade de inovação.

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• Força de trabalho treinada com habilidades técnicas e vocacionais. Isto requer:

• (i) cientistas com as habilidades necessárias para conduzir P&D apropriada,

• (ii) profissões técnicas para avaliar tecnologia e adotá-la nas firmas

• (iii) técnicos com habilidades que realmente utilizem a tecnologia no processo de produção. Educação terciária, secundária e vocacional devem todas contribuir para formar graduados com habilidades necessárias.

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• Assim, alguns estudos do Banco Mundial na América Latina apontam disparidades grandes tanto na educação e tecnologia, quanto também nas interações entre as duas, implicando em diferenças observadas na produtividade e rendas entre os países.

• Mudanças tecnológicas tem sido no entanto transferidas atualmente mais rapidamente para a AL do que para outras regiões.

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• Firmas tem aumentado enormemente a demanda por trabalhadores educados na AL, particularmente os com nível superior. Esta transformação tecnológica parece estar intimamente relacionada a padrões de integração na economia mundial. Firmas em setores com alta exposição ao comércio estão mais sujeitas a competição. Adotar mais tecnologias avançadas é um modo para responder a esta pressão se tornando mais produtiva.

• O aumento da demanda potencial por educação oferece a possibilidade de acelerar o crescimento da produtividade na economia reduzindo os diferenciais tecnológicos e educacionais que países da AL exibem com relação aos outros países.

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