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FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO Qualidade de água da Ribeira da Asprela Parâmetros Físico-Químicos Projeto FEUP 2016/2017- MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA DO AMBIENTE Nome do coordenador curso: João Bastos Equipa MIEA102_2 Supervisor: Margarida Bastos Monitor: Miguel Costa TRABALHO REALIZADO POR: Bruna Adrião [email protected] Francisco Mahú [email protected] Joana Silva [email protected] Joana Teixeira [email protected] João Albergaria [email protected] Rui Correa [email protected]

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FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO

Qualidade de água da Ribeira da Asprela

Parâmetros Físico-Químicos

Projeto FEUP 2016/2017- MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA DO AMBIENTE

Nome do coordenador curso: João Bastos

Equipa MIEA102_2

Supervisor: Margarida Bastos Monitor: Miguel Costa

TRABALHO REALIZADO POR:

Bruna Adrião [email protected]

Francisco Mahú [email protected]

Joana Silva [email protected]

Joana Teixeira [email protected]

João Albergaria [email protected]

Rui Correa [email protected]

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Qualidade de água da Ribeira da Asprela - Parâmetros físico-químicos 2

Resumo

No âmbito da Unidade Curricular Projeto FEUP este trabalho teve como principal objetivo

a caracterização físico-química da qualidade da água da Ribeira da Asprela através da análise

laboratorial de amostras da sua água. Os resultados obtidos foram comparados com os valores

legislados pelos Decretos -Leis n.º 236/98 e n.º 306/2007, que definem valores máximos

admitidos para águas de rega e águas para consumo humano, respetivamente, de forma a

verificar se os parâmetros físico-químicos, nomeadamente os parâmetros pH, Turvação,

Condutividade, TOC e níveis de Nitratos, se encontram dentro dos valores paramétricos

estabelecidos, considerados normais, para a água de uma ribeira e para a sua utilização na rega.

De realçar que a água da Ribeira não é própria para consumo humano, no entanto como a

legislação aplicada a este tipo de usos é a mais rigorosa existente optou-se por aplicar a mesma

ao caso em estudo.

As amostras de água foram retiradas de diferentes pontos da ribeira, no Parque da Asprela,

a montante, junto a uma zona de nenúfares e no final, à saída de uma das portas de vazamento.

Os valores médios obtidos a montante foram: pH=7,44, Condutividade= 427,8 (µS/cm),

TOC= 1,440 (mg/L), Turvação = 0,105 NTU e níveis de Nitratos= 44,2 (mg NO3/L).

Junto a uma zona de nenúfares foram: pH=8,54, Condutividade= 500 (µS/cm),

TOC= 3,103 (mg/L), Turvação = 0,825 NTU e níveis de Nitratos= 46 (mg NO3/L).

E no final, à saída de uma das portas de vazamento os valores médios conseguidos foram:

pH=7,08, Condutividade= 481 (µS/cm), TOC= 1,335 (mg/L), Turvação = 0,65 NTU e Níveis

de Nitratos= 47,5 (mg NO3/L).

O uso de técnicas laboratoriais e os seus resultados, aliados à situação geográfica da Ribeira

da Asprela, permitiu concluir que, apesar das suas águas possuírem valores paramétricos abaixo

do valor máximo admitido por lei, não deixa de ser necessário verificar estes valores a longo

prazo, uma vez que a ribeira se encontra numa área pública.

Palavras-Chave

Água; Poluição; Consumismo; Ciclo da água; Ribeira da Asprela; parâmetros físico-químicos;

Decreto-Lei; Valores paramétricos;

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Qualidade de água da Ribeira da Asprela - Parâmetros físico-químicos 3

Agradecimentos

Gostaríamos de expressar os nossos mais sinceros agradecimentos a todas as pessoas que

de alguma forma contribuíram para a realização deste relatório.

Assim queremos agradecer ao monitor Miguel Costa e à professora Margarida Bastos pela

sua disponibilidade durante todo o processo, quer no esclarecimento de dúvidas, quer na

orientação que nos proporcionaram em relação ao trabalho, reconhecemos, da mesma forma, a

ajuda que a técnica Sónia Medeiros nos deu em laboratório. Agradecemos, também, de forma

mais geral à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto por nos fornecer as instalações

e ferramentas, bem como pela oportunidade de frequentar uma unidade curricular que nos

proporciona conhecimentos que podem ser bastante úteis no futuro.

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Qualidade de água da Ribeira da Asprela - Parâmetros físico-químicos 4

Índice

Lista de Figuras ............................................................................................................... 5

Lista de Tabelas ............................................................................................................... 5

1. Introdução .................................................................................................................... 6

2. A Água no planeta Terra .............................................................................................. 6

2.1 Ciclo da Água ............................................................................................................... 7

2.2 Consumismo e Poluição da Água ................................................................................. 8

2.2.1 Curiosidades............................................................................................................. 10

3. Estratégias de prevenção ............................................................................................ 11

4. Processos de Tratamento ............................................................................................ 12

5. Ribeira da Asprela................................................................................................................ 13

6. Parâmetros Físico-Químicos ................................................................................................ 14

6.1 O pH ............................................................................................................................ 14

6.2 A condutividade .......................................................................................................... 14

6.3 Turvação ..................................................................................................................... 14

6.4 Níveis de nitrato .......................................................................................................... 15

6.5 TOC ............................................................................................................................ 15

7. Procedimentos ...................................................................................................................... 16

7.1 Procedimento para o parâmetro pH ............................................................................ 16

7.2. Procedimento para o parâmetro Condutividade......................................................... 16

7.3. Procedimento para o parâmetro Turvação ................................................................. 17

7.4 Procedimento para o parâmetro Níveis de Nitratos .................................................... 17

7.5 Procedimento para o parâmetro TOC ......................................................................... 18

8. Resultados e discussão ......................................................................................................... 19

9. Conclusões................................................................................................................. 21

10. Recomendações ....................................................................................................... 22

Referências bibliográficas.............................................................................................. 23

Apêndice A .................................................................................................................... 25

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Qualidade de água da Ribeira da Asprela - Parâmetros físico-químicos 5

Lista de Figuras

Figura 1: Ciclo da Água ............................................................................................................. 7

Figura 2: Resultados da escassez de água .................................................................................. 8

Figura 3: Ilustração dos tipos de poluição e danos no Planeta Terra ......................................... 9

Figura 4: Quantidade e sítios onde a água utilizada no dia-a-dia ............................................ 10

Figura 5: ETA, pequena ilustração do processo que ocorre nesta estação .............................. 12

Figura 6: Ribeiras na cidade do Porto ...................................................................................... 13

Figura 7: Medidor de pH.......................................................................................................... 16

Figura 8: Medidor da condutividade ........................................................................................ 16

Figura 9: Turbidímetro ............................................................................................................. 17

Figura 10: Sonda de Nitratos ................................................................................................... 17

Figura 11: Equipamento para determinação de TOC .............................................................. 18

Lista de Tabelas

Tabela 1: VALORES OBTIDOS EM LABORATÓRIO ........................................................ 19

Tabela 2: VALORES OBTIDOS EM CADA ZONA DA RIBEIRA e VALORES MÈDIOS

.................................................................................................................................................. 25

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Qualidade de água da Ribeira da Asprela - Parâmetros físico-químicos 6

1. Introdução

A água é um bem essencial à nossa saúde, um dos principais elementos do meio ambiente

da Terra e do nosso organismo. Como tal, neste primeiro ano de estudos na FEUP no âmbito

do Projeto FEUP houve a oportunidade de analisar as águas da Ribeira da Asprela em três

pontos distintos (a montante, numa zona de nenúfares e na zona de vazamento da água),

distinguindo as mesmas por amostras.

A água da ribeira foi analisada em laboratório de forma a recolher resultados sobre

diferentes aspetos físico-químicos, como o pH, Turvação, Condutividade, Níveis de Nitratos e

TOC, que permite avaliá-la segundo os parâmetros propostos. A mesma serviu ainda, para

verificar se cumpre os requisitos dos decretos-lei para utilização como águas de consumo

humano e para rega.

Esta atividade estimula e aprofunda os nossos conhecimentos científicos e incentiva a

investigação, de modo a vermos além do que olho nu permite ver.

2. A Água no planeta Terra

O planeta Terra possui dois terços da sua superfície coberta por água. No entanto, 97%

desta água é salgada, ou seja, imprópria para consumo humano direto. Dos restantes 3% de

água doce, grande parte está sob a forma de gelo ou em lençóis freáticos inacessíveis.

Deste volume total de água no mundo, menos de 0,01% corresponde a água doce utilizável

à superfície, acumulada em rios e lagos, isto é, se pudéssemos conter toda a água do mundo

num garrafão de cinco litros, a quantidade de água potável disponível seria menos que uma

colher de chá.

A água no seu estado puro, possui características que a distinguem dos outros líquidos: é

incolor, inodora e insípida, ou seja, não tem cor, cheiro ou sabor. Contudo na natureza

raramente é encontrada água no seu estado puro, devido às diversas substâncias que nela se

dissolvem ao longo do seu percurso.

Na natureza, a água, como parte integrante da hidrosfera, apresenta-se sob três estados

físicos diferentes:

Sólido – sobre a forma de gelo, neve, granizo e geada, encontrada principalmente em

regiões com temperaturas muito baixas, glaciares e calotes polares.

Líquido – pode ser encontrada nos oceanos, rios, lagos, lençóis freáticos e chuva. É

também neste estado físico que é mais usada no dia-a-dia e que se encontra em maior

quantidade no planeta.

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Qualidade de água da Ribeira da Asprela - Parâmetros físico-químicos 7

Figura 1: Ciclo da Água Fonte: http://www.agda.pt/espaco-junior.html

Gasoso – estado característico de água nas nuvens. [1]

2.1 Ciclo da Água

A água no planeta está em constante movimento, o caminho que ela percorre denomina-se

por Ciclo da Água (Figura 1). [1]

Os vários processos sofridos pela água são os seguintes:

1. Evaporação

A água do oceano, por ação solar, evapora-se (passando do estado líquido para o estado

gasoso) e o vapor da água que se forma sobe para a atmosfera.

2. Evapotranspiração

Os animais e as plantas, por um processo chamado evapotranspiração (a transformação da

água do seu estado líquido para o estado gasoso à medida que se desloca da superfície para

a atmosfera), também libertam vapor de água para a atmosfera.

3. Condensação

Na atmosfera, o vapor de água arrefece e condensa-se sob a forma de gotas de água,

formando as nuvens. Este processo designa-se por condensação.

4. Precipitação

Se a condensação for demasiada, as gotas tornam-se pesadas e caem sob a forma de chuva

ou neve, através da precipitação.

5. Infiltração

Uma parte da água é absorvida pelo solo, onde irá formar lençóis de água, e outra parte

regressa ao oceano através dos rios.

6. Escoamento

Uma parte da água escorre à superfície do solo e outra escorre debaixo da superfície do

solo.

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Qualidade de água da Ribeira da Asprela - Parâmetros físico-químicos 8

2.2 Consumismo e Poluição da Água

De década para década, as questões relacionadas com a água disponível têm-se agravado,

revelando uma grande preocupação em muitos campos.

Com base no ciclo natural da água, sabe-se que, de toda a água que precipita sobre os

continentes, 65% volta à atmosfera e que, da restante, a maior parte vai para algum escoamento

subterrâneo sendo que 30% é escoamento superficial. Ora, neste ciclo natural o ser humano foi

agravando o equilíbrio global.

A poluição das águas é um tema extremamente importante no nosso quotidiano. Ao longo

do tempo, o ser humano tem vindo a revolucionar tudo aquilo que o rodeia. Com o aumento da

população mundial, foram gerados mais resíduos com o consumismo, uma vez que o

crescimento mundial teria de acompanhar o desenvolvimento. Por conseguinte, fábricas,

indústrias e novos meios de transporte foram criados, aumentando assim os poluentes quer em

cursos de água que poderão infiltrar-se no subsolo, quer na criação de chuvas ácidas, isto porque

os poluentes poderão alterar os parâmetros físico-químicos das águas, como por exemplo o pH

e ainda os níveis de nitratos.

Se na maioria dos países desenvolvidos a pegada de água per capita é enorme, em regiões

do Continente Africano, a situação de falta de água (Figura 2) já atinge índices críticos de

disponibilidade. Segundo relatos da Unicef, menos da metade da população mundial tem

acesso à água potável. [2]

Figura 2: Resultados da escassez de água Fonte: http://afaltadeaguanaindia.blogspot.pt/

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Qualidade de água da Ribeira da Asprela - Parâmetros físico-químicos 9

Figura 3: Ilustração dos tipos de poluição e danos no Planeta Terra Fonte: https://www.todamateria.com.br/tipos-de-poluicao/

A poluição do ambiente provém, maioritariamente, de causas antropogénicas com a

produção de níveis excessivos de poluentes, bem como o uso descontrolado de recursos físicos.

Entende-se como poluição a introdução de contaminantes no ambiente que provocam dano

ou desconforto para os seres humanos ou outros organismos vivos ou mesmo ao próprio

ambiente, onde este último é incapaz de neutralizar os produtos libertados da atividade humana.

[3]

É necessário compreender que a elevada concentração de poluentes se situa sobretudo nas

grandes cidades, pois é nestas que: são usados constantemente transportes, tanto públicos como

de uso pessoal; são feitas desflorestações em espaços verdes e ainda, onde existem inúmeras

zonas industriais que utilizam fontes de energia não renováveis, extremamente poluentes, e

ainda muitas que libertam colossais quantidades de gases e reagentes nocivos para a atmosfera

e cursos de água, uma vez que a libertação destes para a atmosfera pode criar chuvas ácidas e

estas acabarem por precipitarem em rios, ribeiras, mar e etc. e como consequente, poderão

infiltrar-se nos solos e poluí-los.

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Qualidade de água da Ribeira da Asprela - Parâmetros físico-químicos 10

2.2.1 Curiosidades

Sabia que:

Para produzir um quilograma de açúcar são necessários 1.500 litros de água?

E uma camisola de algodão requer 2.900 litros?

E que um quilo de carne de vaca gasta 15.500 litros para ser produzido?

E ainda que existe inúmeras atividades e sítios onde usamos a água? (Figura 4):

Figura 4: Quantidade e sítios onde a água utilizada no dia-a-dia

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Qualidade de água da Ribeira da Asprela - Parâmetros físico-químicos 11

3. Estratégias de prevenção

A qualidade da água está intimamente ligada ao nível de vida e sanitário de um país.

Pode considerar-se de boa qualidade quando é salubre e limpa, ou seja, quando não contém

microrganismos patogénicos nem contaminantes em níveis capazes de afetar negativamente a

saúde do consumidor, satisfazendo um conjunto de parâmetros fixados na legislação portuguesa

e europeia (recomendados pela Organização Mundial de Saúde). Para que tal seja possível, é

necessário dispor de rigorosos sistemas de vigilância e controlo analítico, que garantam a

qualidade da água que chega às mãos dos consumidores.

Maioritariamente, a água na natureza contém diversas substâncias dissolvidas

(caraterísticas do terreno onde é captada), o que não significa que esteja forçosamente

contaminada\ imprópria para consumo.

De forma a evitar a contaminação das águas, existe uma série de medidas que o ser humano

pode e dever adotar, que vão desde algo simples no seu quotidiano, como:

- Substituir o uso de produtos químicos por produtos de limpeza naturais no trabalho

doméstico (ex.: utilizar vinagre branco ou bicarbonato de sódio em vez dos

detergentes\desinfetantes convencionais). [4]

Até medidas mais alargadas e em grande escala, por exemplo:

- Colocar filtros nas fábricas e industrias, de maneira a impedir que os compostos nocivos

resultantes das suas atividades sejam encaminhados para os efluentes/caudais. Estes tipos de

filtros conseguem remover sedimentos, turvação, compostos férricos, odores e sabores

desagradáveis e, ainda, colorações indesejáveis, que podem ser frequentemente encontradas

em águas superficiais.

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Qualidade de água da Ribeira da Asprela - Parâmetros físico-químicos 12

Figura 5: ETA, pequena ilustração do processo que ocorre nesta estação Fonte: http://www.coladaweb.com/quimica/quimica-ambiental/estacao-de-tratamento-de-agua-eta

4. Processos de Tratamento

É indiscutível que a água é utilizada na maioria das atividades do ser humano. Com o

aumento da poluição ambiental, muitas das propriedades, físico-químicas e microbiológicas,

de cursos de água são modificadas e tornam-se em águas impróprias para consumo.

De forma a tornar estas águas consumíveis é imperativo que esta passe por uma série de

processos físicos, químicos e biológicos que a tornem consumível.[5]

Os processos físicos, são aqueles que removem os sólidos em suspensão através de

separações físicas, como por exemplo: peneiramento, sedimentação, etc….

Já os processos químicos são realizados com recurso a agentes químicos, destacando-se,

entre outros: agentes de coagulação, neutralização do pH, floculação, entre outros. Estes,

conseguem remover os poluentes através de reações químicas, além de condicionar a mistura

de efluentes que será tratada em processos posteriores. Eis alguns processos químicos:

clarificação, eletrocoagulação, precipitação de fosfatos e outros sais.

Os processos biológicos têm como finalidade remover a matéria orgânica dissolvida e em

suspensão, ao transformá-la em sólidos sedimentáveis, denominados “flocos biológicos”, e

gases. Podem ser do tipo aeróbio, anaeróbio ou facultativo. [6]

Um exemplo de uma grande estação de tratamento de águas é uma ETA. Esta, trata da água

que é proveniente de barragens e permite obter água de elevada qualidade para consumo e o

seu fornecimento ao longo do tempo.

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Qualidade de água da Ribeira da Asprela - Parâmetros físico-químicos 13

5. Ribeira da Asprela

“A ribeira da Asprela, afluente do Rio Leça, tem vários afluentes que nascem no concelho

do Porto, na freguesia de Paranhos. Esta linha de água apresenta (Figura 6), na cidade do Porto,

uma extensão de aproximadamente 4,89 km e uma bacia hidrográfica de cerca de 3,42 km2,

sendo que a mesma se encontra maioritariamente entubada, com apenas 17% a céu aberto.

Está previsto o desentubamento e reabilitação de um troço da ribeira da Asprela junto do

Instituto Português de Oncologia.” [7]

O parque da Asprela foi construído numa área de caráter agrícola atravessado por esta

ribeira - pequenos espaços exteriores privados, normalmente associados às traseiras dos

edifícios, presentemente com exploração agrícola de subsistência ou que, no passado,

possuíram essa ocupação, estando anteriormente em aparente abandono ou sob pressão para

construção imobiliária. [8]

Figura 6: Ribeiras na cidade do Porto Fonte: http://www.aguasdoporto.pt/areas-de-intervencao/ribeiras

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Qualidade de água da Ribeira da Asprela - Parâmetros físico-químicos 14

6. Parâmetros Físico-Químicos

Laboratorialmente, foram avaliados os valores dos seguintes parâmetros descritos:

6.1 O pH

O pH é uma medida da concentração do ião hidrogénio, uma medida da acidez ou

alcalinidade de uma solução. As soluções aquosas a 25º C com um pH inferior a sete são ácidas,

enquanto que aquelas com um pH maior do que sete são alcalinas ou básicas. Se o pH é de 7 a

25 ° C a solução diz-se "neutra", porque a concentração de H3O+ é igual à concentração de OH-

em água pura. [9]

6.2 A condutividade

A condutividade elétrica na água é representada na sua maioria por sólidos iónicos

dissolvidos nessa mesma, dos quais se destacam dois tipos: as espécies aniónicas e as espécies

s catiónicas. As espécies aniónicas (com cargas negativas, possuindo eletrões livres na camada

de valência) que se dissolvem em água são caracterizadas como sendo cloretos, sulfatos,

nitratos e fosfatos. As espécies catiónicas (com cargas positivas, que perderam eletrões na

camada de valência) também interferem na condutividade elétrica da água e são os catiões

sódio, magnésio, cálcio, ferro, alumínio e amónio. Desta forma, quando medimos a

condutividade elétrica de uma amostra, estamos na verdade a quantificar uma grande

quantidade de espécies iónicas nela contidos (uns positivos, outros negativos) e que, em

solução, permitem a passagem da eletricidade.

Materiais orgânicos como óleos, gorduras, álcoois e fenóis não possuem a capacidade de

conduzir eletricidade assim, quando se encontram dissolvidos em água, a condutividade elétrica

é extremamente reduzida. [10]

6.3 Turvação

A turvação de uma água deve-se à presença de partículas coloidais e/ou em suspensão,

finamente divididas, tais como argilas, areias, matérias orgânicas e inorgânicas, plâncton e

outros organismos microscópicos, que obstruem a transmissão da luz através da água. Devemos

ter em conta que a turvação não é uma medida direta da matéria em suspensão. Como os

microrganismos (bactérias, vírus e protozoários) se encontram, geralmente, aderidos a estas

partículas, a remoção da turvação pode reduzir significativamente a contaminação

microbiológica da água, sendo que esta revela-se um indicador muito útil na monitorização

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Qualidade de água da Ribeira da Asprela - Parâmetros físico-químicos 15

operacional da água bruta, do tratamento, da desinfeção e dos sistemas de distribuição. [11]

O processo usado como método de referência para a sua quantificação baseia-se na medida

ótica da dispersão da luz ao atravessar uma coluna de água, também denominado de

turbidimetria, medida em Unidades Jackson (UJ). Esta unidade é equivalente a uma Unidade

Nefelométrica (1 NTU).

6.4 Níveis de nitrato

Os nitratos (NO3ˉ) são um dos compostos azotados de maior importância, na medida em

que são um componente essencial à formação da biomassa das plantas e dos animais, mas por

outro lado, são também um contaminante relevante nas águas superficiais e subterrâneas

utilizadas na produção de água para consumo humano (ex.: abundância nos fertilizantes

aplicados na agricultura).

Devido à sua solubilidade e por constituírem as formas azotadas onde o estado oxidativo é

máximo, os nitratos podem acumular-se nas águas subterrâneas, sendo que em regiões onde a

agricultura é praticada com intensidade, a ocorrência em lençóis freáticos de nitratos em

concentrações que podem atingir níveis elevados é uma possibilidade.

As concentrações de nitratos em águas superficiais, assim como em águas subterrâneas,

aumentam em função da quantidade de fertilizantes azotados aplicados ao solo e dos efluentes

e resíduos (industriais, agrícolas e domésticos) descarregados. [12]

6.5 TOC

O Carbono Orgânico Total (Total Organic Carbon, TOC) é um termo usado para descrever

a medição de contaminantes orgânicos (à base do carbono) num sistema de água. Os

contaminantes orgânicos podem advir de uma variedade de fontes, já que os compostos

orgânicos são açúcar, sacarose, álcool, petróleo, produtos derivados do plástico, etc.

Podem existir compostos orgânicos na água da alimentação;

Os compostos orgânicos podem resultar de derramamentos de vários componentes;

Os compostos orgânicos podem resultar do deseovolvimento de bactérias no sistema da

água. [13]

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Qualidade de água da Ribeira da Asprela - Parâmetros físico-químicos 16

7. Procedimentos

De forma a obter os valores dos parâmetros pH, Condutividade, Turvação, Níveis de

nitratos e TOC, foram realizados os seguintes procedimentos:

7.1 Procedimento para o parâmetro pH

Ligar o aparelho, marca Crison, (Figura 7), lavar com água destilada e secar muito

bem o elétrodo com papel absorvente;

Transferir 20 mL de amostra para o copo de 50 mL;

Mergulhar o elétrodo na amostra;

Deixar estabilizar a leitura (deixar de piscar) e registar o pH da amostra;

Lavar o elétrodo com água e limpar com papel absorvente.

7.2. Procedimento para o parâmetro Condutividade

Ligar o condutivimetro (Figura 8), lavar com água destilada e secar muito bem o

elétrodo com papel absorvente;

Transferir 20 mL de amostra para o copo de 50 mL;

Mergulhar o elétrodo na amostra;

Deixar estabilizar a leitura (deixar de piscar) e registar a condutividade da amostra;

Lavar o elétrodo com água e limpar com papel absorvente

Figura 7: Medidor de pH

Figura 8: Medidor da condutividade

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Qualidade de água da Ribeira da Asprela - Parâmetros físico-químicos 17

7.3. Procedimento para o parâmetro Turvação

Agitar a amostra e colocar cerca de 10 mL na célula de amostragem (Figura 9);

Esperar alguns instantes até desaparecerem as bolhas de ar;

Colocar a célula no turbidímetro e registar a leitura diretamente do mostrador do

equipamento;

Realizar o ensaio em duplicado.

Lavar a célula com água destilada e limpar com papel absorvente.

7.4 Procedimento para o parâmetro Níveis de Nitratos

Retirar com um conta gotas uma pequena quantidade de uma das amostras (Figura 10);

Colocar na célula da sonda;

Fazer a leitura dos níveis de nitrato;

Retirar a amostra da célula;

Limpar a célula com água destilada;

Figura 9: Turbidímetro

Figura 10: Sonda de Nitratos

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Qualidade de água da Ribeira da Asprela - Parâmetros físico-químicos 18

7.5 Procedimento para o parâmetro TOC

Preparar a amostra;

Filtrar cerca de 50 mL de amostra através de um filtro com diâmetro de poros de

0,45μm, usando o sistema de filtração por vácuo;

Preparar um branco usando água destilada em vez da amostra;

Seguir as instruções do fabricante relativamente à operação do equipamento;

O equipamento (Figura 11) determina separadamente o valor do carbono inorgânico e

do carbono total. O valor de carbono orgânico total é obtido por diferença dos dois

valores anteriores.

Figura 11: Equipamento para determinação de TOC

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Qualidade de água da Ribeira da Asprela - Parâmetros físico-químicos 19

8. Resultados e discussão

Recolhidas as amostras de água da Ribeira da Asprela, em vários pontos desta mesma, a

montante, numa zona de nenúfares e zona de vazamento, foram analisadas laboratorialmente

as amostras recolhidas de modo a obter os valores dos seguintes parâmetros: pH, Turvação,

Condutividade, níveis de Nitrato e TOC.

Através do Decreto-Lei n.o 236/98, que estabelece critérios e define requisitos a observar

na utilização das águas para consumo humano, suporte da vida aquícola e águas balneares e de

rega, verificou-se os parâmetros de pH e níveis de Nitratos, apenas como requisitos para água

de rega.

Através do Decreto-Lei n.º 306/2007, que estabelece o regime de qualidade da água

destinada ao consumo humano, averiguou-se todos parâmetros abaixo indicados.

A tabela seguinte (Tabela 1), apresenta e compara os valores obtidos e máximos admitidos

por lei, de forma a avaliar se as águas recolhidas poderiam ser utilizadas para efeitos de

consumo humano ou rega.

Tabela 1: VALORES OBTIDOS EM LABORATÓRIO E

VALORES MÁXIMOS ADMITIDOS PARA AS ÁGUAS DE CONSUMO E REGA

Foram utilizados o Decreto-Lei n.º 236/98, uma vez que, as águas da Ribeira da Asprela

apenas poderiam ser utilizadas para Rega [14], por exemplo pela Faculdade de Engenharia da

Universidade do Porto, nos seus jardins É de salientar que, a utilização dos valores para suporte

da vida aquícola e águas balneares seriam inadequados uma vez que, tanto a Faculdade de

Valores obtidos Valores Máximos

Admitidos

A

Montante (amostra 1)

Zona de

Nenúfares (amostra 2)

Zona de

Vazamento (amostra 3)

Água para

consumo

humano

Água para

rega

pH 7,58±0,02 8,14±0,02 7,29±0,03 ≥ 6,5 e ≤ 9 ≥ 6,5 e ≤ 8,4

Turvação (NTU) 0,45±0,03 0,8±0,2 0,30±0,02 4 ---

Condutividade

(µS/cm) 415±2 478±2 442±2 2500 ---

Níveis de Nitrato

[(mg NO3/L)] 40,6±0,2 46,3±0,3 46,6±0,2 50 50

TOC** (mg/L) 1,440 3,103 1,335 *** ---

(---) – Não foram encontrados valores máximos admitidos para as águas de rega no Decreto-Lei n.o 236/98.

**- Não foram calculados os desvios-padrões do seguinte parâmetro, uma vez que só foi realizada uma

experiência.

***- Só é possível comparar segundo análises regulares ao longo de um dado período

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Qualidade de água da Ribeira da Asprela - Parâmetros físico-químicos 20

Engenharia como a Faculdade de Economia não possuem tanques de peixe, para ser utilizada

com a finalidade de águas aquícolas, nem qualquer tipo de águas balneares nas imediações.

O Decreto-Lei n.º 236/98 visa a aplicação da lei para a proteção e a melhoria da qualidade

das águas doces superficiais que sejam utilizadas ou estejam destinadas a serem utilizadas, para

a produção de água para consumo humano e utilização da mesma destinada à rega e para outros

fins, como aquícolas. Através do Anexo XVI, é verificável os parâmetros para águas de rega,

acima indicados na tabela.

Através do Decreto-Lei n.º 306/2007 [15] que estabelece o regime de qualidade da água

destinada ao consumo humano, tendo por objetivo proteger a saúde humana de efeitos nocivos

resultantes da eventual contaminação das águas e assegurar a disponibilidade tendencialmente

universal de água salubre, limpa e desejavelmente equilibrada na sua composição, foi possível

averiguar se as amostras de água retiradas da Ribeira da Asprela (apesar de serem apenas

utilizadas para avaliar a sua normalidade e estado num contexto de águas limpas, sem

contaminação), comparar com os parâmetros físico-químicos considerados normais na

legislação e assim tirar conclusões. O nível de Nitratos é um dos parâmetros químicos que deve

ser averiguado para controlo da qualidade da água para consumo humano de acordo com o

artigo nº 6, Anexo I, Parte II que assinala os parâmetros químicos bem como os respetivos

valores paramétricos. Quanto ao pH, Condutividade, TOC e Turvação são alguns dos

parâmetros indicadores incluídos na Parte III do referido Anexo I que devem ser avaliados para

controlo de qualidade da água destinada a consumo humano. [15]

É de realçar que apenas foram efetuadas uma recolha de cada amostra de água, em cada

ponto e que, não foram avaliados todos os parâmetros para águas indicados na legislação,

comos os parâmetros microbiológicos.

Visto que, os valores das amostras recolhidas se encontram abaixo dos valores máximos

admitidos pela legislação nacional escolhidos, então é possível afirmar que as águas da Ribeira

da Asprela, no Parque da Asprela cumprem a legislação para os fins referidos.

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9. Conclusões

A água é um bem precioso no nosso planeta, já que que cobre grande parte do nosso planeta.

Uma vez que apenas uma pequena fração de água é potável e nos está disponível para consumo,

o ser humano deve preservá-la e poupá-la.

As atividades humanas que estão associadas à constante poluição, que é possível verificar

a olho nu, alteram as propriedades e níveis paramétricos das águas, sendo extremamente

necessárias medidas para atenuar as constantes más atitudes.

Neste caso especial, na Ribeira da Asprela, após a análise das suas águas de forma a tomar

consciência das suas propriedades físico-químicas e tendo como comparação os valores

paramétricos do Decreto-Lei n.º 306/2007 e Decreto-Lei n.º 236/98, de forma a verificar se esta

continha águas não contaminadas, de carácter normal e possivelmente destinadas à rega, foi

possível concluir, com base na tabela 1, que os valores máximos admitidos dos níveis de pH,

Condutividade, TOC, Turvação e Níveis de Nitrato, das águas para rega se encontram dentro

dos valores admitidos por lei.

A utilização desta água pode ser fiavelmente indicada para os usos referidos no Decreto-

Lei n.º 236/98, apesar de tudo, é essencial ser referido que uma análise destas águas deve ser

feita sempre que necessário, uma vez que só foi realizado um ensaio e esta se encontra em zona

pública e com utilidade para o ser humano.

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10. Recomendações

É recomendável ao leitor ter em conta os valores obtidos laboratorialmente, comparando os

mesmos com os valores normais de águas correntes, neste caso da Ribeira da Asprela.

As conclusões obtidas são apenas a título informativo quanto ao que é visto na sociedade

como águas não poluídas de zonas a céu aberto, utilizáveis para fins como a rega.

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Qualidade de água da Ribeira da Asprela - Parâmetros físico-químicos 23

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[6] WIKIHOW. (2015).” PROCESSOS FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS – Tratamento

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[8] F. Claúdio. (2012). RELATÓRIO DE ESTÁGIO- “Qualificação urbana”. Acedido a 17 de

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Disponível em: http://www.spq.pt/magazines/BSPQ/569/article/3000521/pdf

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Qualidade de água da Ribeira da Asprela - Parâmetros físico-químicos 24

[11] Apda. (2012). ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE DISTRIBUIÇÃO E DRENAGEM DE ÁGUAS-

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[12] Apda. (2013). ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE DISTRIBUIÇÃO E DRENAGEM DE ÁGUAS-

“Nitratos”. Acedido a 16 de outubro de 2016. Disponível em:

http://www.apda.pt/site/ficheiros_eventos/201302261001-ft_qi_15_nitratos.pdf

[13] METTLER TOLEDO. (2014). “TOC”. Acedido a 16 de outubro de 2016. Disponível em:

http://www.mt.com/int/pt/home/supportive_content/product_information_faq/THOR_TOC_F

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[14] DECRETO LEI Nº 236. (1998). Acedido a 22 de outubro de 2016. Disponível em:

https://dre.pt/application/dir/pdf1sdip/1998/08/176A00/36763722.pdf

[15] DECRETO LEI Nº 306. (2007). Acedido a 15 de outubro de 2016. Disponível em:

http://faolex.fao.org/docs/pdf/por74485.pdf

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Apêndice A

O seguinte apêndice contem informação complementar sobre os valores obtidos em todos

os ensaios realizados, bem como o seu valor médio.

Tabela 2: VALORES OBTIDOS EM CADA ZONA DA RIBEIRA e VALORES MÈDIOS

A

Montante (amostra 1)

Zona de

Nenúfares (amostra 2)

Zona de

vazamento (amostra 3)

pH Ensaios

7,41

7,42

7,47

7,48

8,53

8,56

7,05

7,12

Valor Médio 7,44 8,54 7,08

Condutividade

(µS/cm)

Ensaios

464

456

394

397

499

501

478

484

Valor Médio 427,8 500 481

TOC

(mg/L) Ensaios 1,440 3,103 1,335

Turvação

(NTU)

Ensaio

0,25

0,30

0,20

0,30

0,85

0,80

0,70

0,60

Valor Médio 0,105 0,825 0,65

Níveis de

Nitratos

[(mg NO3/L)]

Ensaios

44

44

44

45

46

46

47

48

Valor Médio 44,2 46 47,5