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QUALIDADE MICROBIOL QUALIDADE MICROBIOL Ó Ó GICA DA GICA DA Á Á GUA GUA PARA CONSUMO HUMANO PARA CONSUMO HUMANO Romeu Cantusio Neto

QUALIDADE MICROBIOL ÓGICA DA ÁGUA PARA CONSUMO … · § 5° Mesmo com quantidades de contaminações admitidas na tabela 1 – Não se admite contaminação na recoleta. §6°

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QUALIDADE MICROBIOLQUALIDADE MICROBIOLÓÓGICA DA GICA DA ÁÁGUA GUA PARA CONSUMO HUMANOPARA CONSUMO HUMANO

Romeu Cantusio Neto

www.sanasa.com.br

Sociedade de Abastecimento de Sociedade de Abastecimento de ÁÁgua e gua e Saneamento S/A Saneamento S/A –– Campinas Campinas –– São PauloSão Paulo

�� CaptaCaptaçção, aduão, aduçção, tratamento, ão, tratamento, reservareservaççãoão e distribuie distribuiçção de ão de áágua potgua potáável;vel;

�� Coleta, afastamento e tratamento dos esgotos domColeta, afastamento e tratamento dos esgotos doméésticos;sticos;

�� Volume mVolume méédio mensal dio mensal áágua potgua potáável produzido; dez milhões de vel produzido; dez milhões de metros cmetros cúúbicos;bicos;

�� Adutoras e redes de distribuiAdutoras e redes de distribuiçção: 3200 quilômetros; ão: 3200 quilômetros;

�� Volume reservado: 60 reservatVolume reservado: 60 reservatóórios dispersos pela cidade (28 rios dispersos pela cidade (28 elevados e 32 semielevados e 32 semi--enterrados) com capacidade total de 120 enterrados) com capacidade total de 120 milhões de litros. milhões de litros.

••EstaEstaçções de tratamento de ões de tratamento de áágua da Sanasa (tipo convencional):gua da Sanasa (tipo convencional):

=>Clarifica=>Clarificaçção (ão (floculadoresfloculadores, , decantadoresdecantadores e filtros);e filtros);=>Desinfec=>Desinfecçção (ão (cloradorescloradores e e amoniadoresamoniadores););=>Polimento (caia=>Polimento (caiaçção e ão e fluoretafluoretaççãoão), esta ), esta úúltima suficiente para corrigir o ltima suficiente para corrigir o pH de sapH de saíída e, como medida profilda e, como medida profiláática, diminuir a incidência de ctica, diminuir a incidência de cááries ries dentdentáárias na popularias na populaçção infantoão infanto--juvenil. juvenil.

Estações de Tratamento de Água

Capacidade Início de Operação

ETA 1 500 L/s 1936

ETA 2 700 L/s 1961

ETA 3 e 4 2900 L/s 1972 (ETA 3) 1991 (ETA 4)

ETA Capivarí 360 L/s 1988

��> 1 bilhão de pessoas: não recebem > 1 bilhão de pessoas: não recebem áágua gua devidamente tratadadevidamente tratada

��> 2,6 milhões de indiv> 2,6 milhões de indivííduos (39%): sem duos (39%): sem instalainstalaçções sanitões sanitáárias adequadasrias adequadas

��Falta de acesso a Falta de acesso a áágua potgua potáável e ao saneamento vel e ao saneamento mata 1,5 milhão de crianmata 1,5 milhão de criançças atas atéé 5 anos5 anos

��A cada A cada diadia::•• 11.000 crian11.000 criançças morremas morrem devido devido ààs doens doençças as

de transmissão hde transmissão híídrica) (drica) (KraszewskiKraszewski, 2001), 2001)

Folha de São PaulFolha de São Paulo (16/03/2010) ; OMS/UNICEFo (16/03/2010) ; OMS/UNICEF

SITUASITUAÇÇÃO DA ÃO DA ÁÁGUA/ GUA/ SANEAMENTO NO MUNDOSANEAMENTO NO MUNDO

E NO BRASILE NO BRASIL

��8,5 milhões de pessoas: não dispõem de 8,5 milhões de pessoas: não dispõem de áágua gua tratadatratada

��40 milhões: carecem de rede de esgotos40 milhões: carecem de rede de esgotos

��Grandes cidades (Campinas): 80% dos esgotos Grandes cidades (Campinas): 80% dos esgotos são tratadossão tratados

��Dados da FundaDados da Fundaçção Nacional de Saão Nacional de Saúúde (2001):de (2001):

�� DoenDoençças de as de transmissão htransmissão híídricadrica: 3,4 milhões : 3,4 milhões de internade internaçções e 80% das consultas ões e 80% das consultas pedipediáátricas na rede ptricas na rede púúblicablica

�� A A áágua: grande preocupagua: grande preocupaççãoão..�� escassez.escassez.�� contaminacontaminaçção por : substâncias tão por : substâncias tóóxicas ou xicas ou organismos patogênicosorganismos patogênicos..

�� Agentes patogênicos Agentes patogênicos àà sasaúúde humana:de humana:�� vvíírus, bactrus, bactéérias, fungos, helmintos e protozorias, fungos, helmintos e protozoáários.rios.�� formas infectantesformas infectantes. .

�� Principal fonte de Principal fonte de contaminacontaminaççãoão dos recursos dos recursos hhíídricos:dricos:�� LanLanççamento do esgoto amento do esgoto in naturain natura..

Craun et al., 2005; Ottson et al., 2006

�� Pesquisa Nacional de Saneamento BPesquisa Nacional de Saneamento Báásico (IBGE, sico (IBGE, 2002):2002):

�� apenas 20,2 % dos municapenas 20,2 % dos municíípios coletam e tratam o pios coletam e tratam o esgoto. esgoto.

�� 80,0 %80,0 % do esgoto produzido do esgoto produzido éé descartado descartado in naturain natura

nos mananciais.nos mananciais.

O saneamento no Brasil

www.ibge.org.br

Portaria 51825 de Março de 2004

Norma de Qualidade de Água para Consumo Humano no Brasil

Parâmetros Microbiológicos

Coliformes termotolerantes: (substitui a expressão “coliformes fecais”) tendo como principal representante a Escherichia coli, de origem exclusivamente fecal.

Principal indicador bacteriológico para águas de consumo humano: Passa a ser Escherichia coli.

Bactérias Heterotróficas

Cianobactérias e cianotoxinas; Protozoários patogênicos; Enterovírus.

Coliformes Totais: Continua sendo a primeira referência para constatar contaminação. Não há necessidade de quantificação, apenas presença ou ausência.

Água para consumo humanoE.E.colicoli ou coliformes ou coliformes termotolerantestermotolerantes Ausência em 100 Ausência em 100 mLmL

Água na saída do tratamento

Coliformes totaisColiformes totais Ausência em 100 Ausência em 100 mLmL

Água na rede de distribuição

E.E.colicoli ou coliformes ou coliformes termotolerantestermotolerantes Ausência em 100 Ausência em 100 mLmL

Coliformes totaisColiformes totais

Sistemas que analisam 40 ou Sistemas que analisam 40 ou mais amostra/mês: ausência mais amostra/mês: ausência em 100 em 100 mLmL em 95% das em 95% das amostras examinadas no mês.amostras examinadas no mês.

Sistemas que analisam menos Sistemas que analisam menos de 40 amostra/mês: apenas de 40 amostra/mês: apenas uma amostra pode apresentar uma amostra pode apresentar resultado positivo.resultado positivo.

Artigo 11 – Padrão microbiológicoTabela 1

§ 5° Mesmo com quantidades de contaminações admitidas na tabela 1 – Não se admite contaminação na recoleta.

§ 6° Bactérias heterotróficas – análises em 20% das coletas para coli total na rede. Admite-se até 500 UFC/mL.

§ 8° Ter como meta identificação de patogênicos –tais como enterovirus, cistos de Giardia spp e oocistos de Cryptosporidium sp (provável obrigatoriedade na próxima revisão).

§ 9° Poços, nascentes e fontes – é tolerado a presença de coli total com ausência e E. coli, deve ser verificado o motivo e correção para eliminar a contaminação por colitotal.

Artigo 11

Alterações relevantes

Controle de Cianobactérias em mananciais de superfície

artigo 18, § 5º

CaracterCaracteríísticas:sticas:

•Organismos microscópicos (maioria)- fitoplâncton, fotossintetizantes;

• Bactérias:

•parede celular de bactérias gram-negativas (glicopeptideos);

•Procariotos;

•mais antigos do planeta - 3,5 bilhões anos - proteção DNA contra U.V.,

•suportam baixa concentração oxigênio;

•fixação de nitrogênio atmosférico;

•toxinas.

CIANOBACTÉRIA

PORTARIA MS Nº518/2004 (Controle e Vigilância da Água para Consumo Humano- Padrões de Potabilidade)

•Abordagem abrangente e integradora ( enfoque sistêmico): ocupação da Bacia, avaliação e recuperação do manancial, avaliação de riscos

•Novos parâmetros: cianobactérias e cianotoxinas

•Monitoramento => planos de contingência

•Freqüencia:• mensal;•semanal: acima de 10.000 céls./mL;•acima 20000céls./mL=> microcistina ou bioensaio (saída do tratamento e entrada das clínicas de hemodiálise e indústrias de injetáveis)

•Algicidas: vedado o uso no manancial (acima de 20000 céls./mL).

Metodologias OMS: “Toxic Cyanobacteria in Water- A Guide to their Public Health, Consequences, Monitoring and Management”

RESOLUÇÃO CONAMA 357/05

Classificação dos corpos d´água e diretrizes para o enquadramento.

CLASSE 1 (abastecimento humano após tratamento simplificado, recreação contato primário, irrigação hortaliças consumidas cruas);

Clorofila a (µg/L): 10; Cianobac.(céls./mL): 20.000Nitrogenio Amoniacal Total: 3,7 mg/LFósforo Total: 0,025 mg/*CLASSE 2 (abastecimento após tratamento convencional, recreação de contato primário,

irrigação hortaliças e frutíferas, aquicultura e pesca);Clorofila a (µg/L): 30Cianobac. (céls./mL): 50000Nitrogenio Amoniacal: 3,7 mg/LFósforo Total:0,025 mg/L*CLASSE 3 (abastecimento após tratamento convencional ou avançado, recreação de

contato secundário, dessedentação de animais); Clorofila a (µg/L):60Cianobac.(céls./mL):100000Nitrogenio AmoniacalTotal: 13,3 mg/LFósforo Total:0,075 mg/L*

*NITRATO: 10,0 mg/L

FLORAÇÕES DE CIANOBACTÉRIAS

a regiões tropicais (luz e temperaturas elevadas);

a aerótopos;

a nutrientes;

a acúmulo pelo vento;

a fatores hidrológicos (ambientes lênticos – lagos e reservatórios, e barramentos e enroncamento nos ambientes lóticos - rios);

a aumento da temperatura global.

PERDA DA QUALIDADE DA PERDA DA QUALIDADE DA ÁÁGUAGUA

EUTROFIZAEUTROFIZAÇÇÃO ÃO ((excesso de nitrogênio e fósforo nos corpos d´águaprovenientes de esgotos domésticos ou industriais, erosão de solos agrícolas e drenagem urbana)

Crescimento abundante das algas, cianobactérias e plantas aquáticas (1 ou poucas espécies)

OCORRÊNCIA: lagos, reservatórios, oceanos (menor ocorrência em rios)

CONSEQUCONSEQUËËNCIAS NCIAS ⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒

Para o ambiente�

•eliminação de espécies benéficas por competição (luz, nutrientes);•mortandade de animais;•consumo de oxigênio dissolvido na água pela elevada respiração e decomposição;•bioacumulação das toxinas.

•Para os seres humanos�

• água de abastecimento/hemodiálise;•entupimento de filtros, corrosão, produção de limo, interferência na floculação e decantação em estações de tratamento de água;•odor e sabor;•produção de neurotoxinas e hepatotoxinas;•formação de THM.

Endotoxinas pirogênicas ( irritantes ao contato) /semelhantes as bactérias gram -

* Lipopolissacarídeos

• Anatoxina -a: desequilíbrio, respiração ofegante e convulsões. Morte em poucashoras

• Anatoxina -a (s) : mesmossintomas - 10 vezes maispotentes

• Saxotoxinas: PSP - tontura, adormecimento da boca, fraqueza muscular, náusea, vômito (morte em 2 a 12 horas)

• Limite proposto: 3µg/L

• Microcistinas e Nodularinas : potentes inibidores de proteínasfosfatases 1 e 2A de celulaseucariontes (potentespromotores de tumoreshepáticos)

• Limite: 1µg/L para águapotável

• Cilindrospermopsina: danosseveros em células renais, pulmonares e cardíacas.

• Limite proposto: 15µg/L

PORTARIA MS 518/04

• Art. 17 § 3° As análises laboratoriais para o controle e a vigilância da qualidade da água podem ser realizadas em laboratório próprio ou não que, em qualquer caso, deve manter programa de controle de qualidade interna ou externa ou ainda ser acreditado ou certificadopor órgãos competentes para este fim.

TITULAÇÕES

• Acreditação: ISO/IEC 17025;

• Certificação: ISO 9000;

• Habilitação: ANVISA;

• Controle Externo: interlaboratorial.

ENSAIO

• Coleta, Preservação, Acondicionamento da amostra;

• Identificação correta dos organismos;

• Equipamentos adequados;

• Técnicas de Contagem.

PARTE II

COLIFORMESCOLIFORMES

Definição baseada nos métodos de detecção

Até década de 90

Bactérias (Enterobacteriaceae), bacilos, Gram negativascrescimento c/ sais biliares ou tensoativos, fermentaçãolactose, 35° a 37°C, ácido, gás e aldeído, 24-48h

Atual

Bactérias (Enterobacteriaceae) que possuem a enzinaß-galactosidase

COLIFORMESCOLIFORMES

Escherichia

Klebsiella

Enterobacter

Citrobacter

Coliformes – gêneros “tradicionais”

COLIFORMES COLIFORMES -- HABITATHABITAT

Escherichia coli

� intestino humanos / animais sangue - exclusivo

Certas espécies de Klebsiella, Enterobacter, Citrobacter

�intestino humanos / animais sangue quente eambiente (solo, vegetação, efluentes agrícolase de indústrias alimentícias)

COLIFORMESCOLIFORMES

Bactérias (Enterobacteriaceae) – enzima ß - galactosidase

19 gêneros / 80 espécies

Produção ácido/gás da lactose a 35 - 37°C

Habitat: intestino humanos/ animais sanguequente e ambiente

Avaliação condições higiênicas águas consumo humano

COLIFORMES COLIFORMES -- HABITATHABITAT

Certas espécies de Klebsiella, Enterobacter, Serratia, Yersinia e de vários dos novos gêneros

�exclusivamente ambientais

COLIFORMESCOLIFORMES TERMOTOLERANTESTERMOTOLERANTES(FECAIS)(FECAIS)

Certas espécies de Klebsiella, Enterobacter, Citrobacter

Capazes crescer a 44,5°

Produção ácido/gás da lactose a 44,5°

Presentes intestino humanos/animais sangue quentee no ambiente

Patogênicos oportunistas: Klebsiella pneumoniae

“Indicadores de contaminação fecal no ambiente”

Possuem a enzima ß - galactosidase

Escherichia coliEscherichia coli

Único coliforme c/ habitat exclusivo fezes humanos eanimais sangue quente (comensal)

Existência de linhagens enteropatogênicas

Crescimento à 44,5°

Produção ácido/gás da lactose a 44,5°(linhagens “anaerogênicas”)

Possui enzimas: ß – galactosidase e ß - glicuronidase

Indicador preferencial de contaminação fecal no ambienteLegislação: água mineral, balneabilidade, consumo humano

< persistência no ambiente–alguns vírus e cistos de protozoários

Fonte:SANASA

Fonte:SANASA

BACTÉRIAS HETEROTRÓFICAS

Fonte:SANASA

Pseudomonas aeruginosa

• No homem – Gessard (1882) – ferida purulenta

• Versatilidade bioquímica e resistência a antimicrobianos

• Reconhecida por causar septicemias em crianças e adultos: queimaduras graves, câncer, diabetes mellitus, ou idade avançada

• Infecções gastrointestinais (crianças)

• Infecções do ouvido externo (águas recreacionais)

• Nadadores

Origem da contaminação em águas

• Contaminação da pele

• Urina

• Própria fonte

• Presença de P. aeruginosa = Homem

Necessidade de se examinar águas de consumo humano, abastecimento

industrial e farmacêuticas

Características

• Bacilos gram negativos, aeróbios facultativos, ocorrem isolados, aos pares ou cadeias curtas

• Flagelação polar monotríquia

• Pigmentos fluorescentes e piocianina

• Crescem a 37ºC e a 42ºC, mas não a 4ºC

• Oxida glicose, oxidase positiva, desnitrificam o nitrato, hidrolisam a gelatina e a caseína, oxidam o gluconato

• Fontes de Carbono: arginina, acetamida, geraniol, manitol, mas não glicolato e sacarose

Estreptococos fecais e Enterococos em água

Introdução

•Estreptococos fecais e enterococos. Quem são eles?

•Bactérias Láticas do grupo sorológico D de Lancefield –originalmente englobava espécies de Streptococcus: S. bovis e S.equinus; e Enterococcus

•Após 1984: Os enterococos foram reclassificados em um novo genero, o Enterococcus que engloba as espécies: E. faecalis, E. faecium, E.avium, E. gallinarum.

•E. faecium e E. faecalis são os indicadores em água e alimentos

Características:

Bactérias láticas, cocos ou cocobacilos

Gram positivas

Ocorrem em grande numero nas fezes, do homem eanimais (108)

Imóveis na grande maioria

HABITAT: solo,água, alimentos, TGI do homem e outros animais

FisiologiaSão anaeróbios facultativos

Temperatura de crescimento: 10º a 44ºC

Otimo: 35ºC

pH 9,6

Cresce até em 6,5% de sal

Fermenta a glicose produzindo ácido lático

Ocorrem aos pares ou cadeias curtas

Significado prático da determinação de enterococos

�Indicador de contaminação fecal de águas e alimentos no geral�Indicador de contaminação de águas de praias e águas salobras�Avaliação e controle de qualidade de água mineral, desde a origem ao envasamento�Avaliação da qualidade de mananciais e corpos d’água�Avaliação das condições higiênico-sanitárias de sistemas industriais�Mais resistentes que os coliformes fecais quanto a processos térmicos em alimentos: gelados comestíveis, desidratados,�Avaliação de contaminação remota: por serem mais resistente que outros patógenos e indicadores- estão há mais tempo no local

E.coli ou Estreptococos fecais ???

• Anos 70: Surgiu proposta para os Streptococcus serem os indicadores fecais de água e alimentos no lugar dos coliformes fecais, hoje coliformes termo-tolerantes

Resultado: Proposta não aceita!!!• Os coliformes

Termotolerantes e E.coliainda são os indicadores por excelência.

• Porque?

• O TGI não é o habitat único dos enterococos: alguns tem como habitat o solo, vegetais em decomposição e outros, enquanto que a E. coli tem como característica ser exclusivo do TGI do homem e animais!!!!

ClostridiumClostridiumClostridiumClostridium perfringensperfringensperfringensperfringens

Dose infectante: acima de 106 a 108 UFC/g de alimento

Alimentos envolvidos: produtos cárneos (bovinos, suínos, aves, etc.), molhos, temperos, tortas com recheio.

Enterotoxinas

Sintomas: Severa diarréia com odor fétido, dores abdominais, grande quantidade de gases, vômitos e febres são raros.

Duração da doença: 24 horas, sendo normalmente de pouca gravidade

Outras infecções: gangrena gasosa, infecções pós-aborto, enterite necrosante.

TOXINFECÇÃO ALIMENTAR

•Bactéria anaeróbia patogênica;

• Forma de bastonetes, Gram +;

• Esporogênico;

• Imóvel, catalase -, sulfito-redutor;

HABITAT

Trato digestivo do homem e animais, água e sedimentos, solo e poeira

“ Esporulação ocorre no intestino”

ESPORO - Importante indicador de contaminação fecal remota, principalmente em situações onde outros indicadores, com menor resistência, teriam sido eliminados

Resistência do esporo ao ambiente

– Os esporos bacterianos são extremamente resistentes ao calor, frio e agentes

químicos

Álcool, ácidos orgânicos, esteres, compostos fenólicos, biguanidas, amônia quaternária.

• Agentes químicos não esporicidas:

Iodo, cloro, glutaraldeido, formaldeido, peróxido de hidrogênio e ácidos peróxidos (peracético), oxido de etileno e ozônio.

• Agentes químicos esporicidas:

• A determinação de esporos de C. perfringens é

recomendada como complemento aos outros

testes bacteriológicos de avaliação da qualidade da

água.

• Sua ausência em água destinada ao consumo

humano também pode ser considerada uma

indicação segura da ausência de outros

microrganismos patogênicos e da eficiência do

tratamento.

PARTE III

Protozoários: Cryptosporidium spp. e Giardia spp.

Fonte:SANASA

�� Primeiras descriPrimeiras descriçções:ões:

�� 1976 em humano.1976 em humano.�� advento da AIDS/ 80 advento da AIDS/ 80 (oportunista) (oportunista) = aumento n= aumento n°° casos.casos.

�� O gênero compreende O gênero compreende 2222 espespéécies:cies:�� 77 delas: infecta o ser humano.delas: infecta o ser humano.�� potencial potencial zoonzoonóóticotico..

�� CriptosporidioseCriptosporidiose::�� gastroenteritegastroenterite que atinge humanos e outros animais.que atinge humanos e outros animais.�� sintomas: sintomas: diarrdiarrééia aquosa, anorexia, febre, vomito, ia aquosa, anorexia, febre, vomito, desidratadesidrataçção e desnutrião e desnutriçção.ão.

Cryptosporidium spp.

FayerFayer etet al., 2009; al., 2009; CacciòCacciò etet al., 2005al., 2005

�� Os Os protozoprotozoáários rios foram a causa deforam a causa de 325325* surtos * surtos epidêmicos de veiculaepidêmicos de veiculaçção hão híídrica nos drica nos úúltimos anos:ltimos anos:

�� CryptosporidiumCryptosporidium sppspp. 50,8 %. . 50,8 %.

�� GiardiaGiardia sppspp. 40,6 %. . 40,6 %.

�� Importância ambiental:Importância ambiental:�� oocistos e cistos são estoocistos e cistos são estáágios ambientais gios ambientais robustosrobustos..�� exibem grande exibem grande resistênciaresistência aosaos desinfetantes qudesinfetantes quíímicosmicos�� nãonão possuem possuem bioindicadoresbioindicadores..

Agentes patogênicos: protozoários

Karanis et al., 2007

�� Quadro clQuadro clíínico depende da imunidade: nico depende da imunidade: �� indivindivííduo duo imunocompetenteimunocompetente: auto: auto--limitante (5 / 10 dias).limitante (5 / 10 dias).�� indivindivííduoduo imunocomprometidoimunocomprometido: diarr: diarrééia crônicaia crônica�� criancriançça desnutrida: retardo no aprendizado e anemia.a desnutrida: retardo no aprendizado e anemia.

�� Tratamento:Tratamento:�� ausência de fausência de fáármacormaco que reduza os sintomas e controle o que reduza os sintomas e controle o

parasito.parasito.�� nitazoxanidanitazoxanida: uso pedi: uso pediáátrico*.trico*.

�� MilwaukeeMilwaukee (EUA, 1993):(EUA, 1993):�� 400.000 casos e 400.000 casos e 100100 mortes.mortes.�� custo de US$ 96 milhões.custo de US$ 96 milhões.�� oocistos: via oocistos: via áágua gua distribudistribuíída da àà populapopulaçção.ão.

�� esgoto domesgoto doméésticostico: fonte de contamina: fonte de contaminaçção do manancial.ão do manancial.

SunnnotelSunnnotel etet al., 2006al., 2006

Giardia spp.

�� Primeira descriPrimeira descriçção:ão:�� em 1681.em 1681.

�� O gênero compreende O gênero compreende 66 espespéécies:cies:�� G. G. duodenalisduodenalis considerada complexo de espconsiderada complexo de espéécies.cies.�� dividida em assembldividida em assemblééias (A ias (A àà G).G).�� AA e e BB: gen: genóótipos que acometem o tipos que acometem o homemhomem

�� GiardioseGiardiose::�� gastroenteritegastroenterite que atinge humanos e outros animais.que atinge humanos e outros animais.�� sintomas: sintomas: diarrdiarrééia, dores abdominais, nia, dores abdominais, nááusea e perda peso.usea e perda peso.

OlsonOlson etet al., 2004; Thompson al., 2004; Thompson etet al., 2004al., 2004

�� Comprometimento: Comprometimento: �� semsem diferendiferençça relacionada a relacionada àà imunidade.imunidade.�� associada a associada a desnutridesnutriççãoão energenergééticatica--protêicaprotêica e e avitaminose em avitaminose em criancrianççasas..

�� Tratamento:Tratamento:�� albendazolalbendazol ou ou nitrofuramnitrofuram..�� efeitos colaterais interrompem o tratamento.efeitos colaterais interrompem o tratamento.�� possibilidade de resistência do parasito.possibilidade de resistência do parasito.

�� VVáários surtos por veicularios surtos por veiculaçção hão híídricadrica�� SuSuéécia (1992 e2004), Noruega (2004cia (1992 e2004), Noruega (2004--2005) :2005) :�� 1.500 a 3.000 pessoas.1.500 a 3.000 pessoas.�� cistos: via cistos: via áágua gua distribudistribuíída da àà populapopulaçção.ão.�� esgoto domesgoto doméésticostico: fonte de contamina: fonte de contaminaçção inicial. ão inicial.

Robertson et al., 2006

Transmissão

• Oocistos e cistos pela via fecal-oral:

�pessoa – pessoa ou pessoa - outro animal.

�objetos e superfícies contaminadas.

�alimentos contaminados (adubo no solo / água de irrigação).

�água (consumo ou recreacional).

Metodologias de detecção de protozoários em amostras hídricas

- Método de Filtração em Cartuchos

- Filtração em Membranas

- Floculação em Carbonato de Cálcio

- Método 1623

� Considerações:

- Grande variabilidade

- Baixa eficiência de recuperação frente a fatores interferentes

- Altos custosUSEPA; USEPA; ConnelConnel etet al., 2001al., 2001

MUITO OBRIGADO !

e - mail: [email protected]