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Conhecido como o maior conflito bélico da América Latina, a Guerra contra o Paraguai vem sendo ao longo do tempo tema para inúmeras discussões e possibilidades de pesquisa a historiadores e demais interessados na temática. Não obstante, a historiografia nacional e local ainda pouco discute a participação da Amazônia no teatro da guerra, diante disso a presente apresentação visa expor um pouco da participação da Província do Pará na dinâmica do conflito contra o Paraguai. RESULTADOS E DISCUSSÕES Quando o Serviço chama-nos às Armas, Paraenses! Cumpri Vosso Dever!: o recrutamento Militar para a Guerra do Paraguai (1864-1870). Autor: Jonas de Luca Trindade da Silva. E-mail: [email protected] . Orientador (a): Sueny Diana Oliveira de Souza INTRODUÇÃO Compreender o envolvimento da força militar do Pará na Guerra do Paraguai. Entender como se deu a formação das tropas enviadas para compor as forças da tríplice aliança em terras paraguaias. Identificar o perfil dos sujeitos que compuseram as tropas que foram enviadas ao centro do conflito. OBJETIVO Para se alcançar tais objetivos foram coletados e cruzados diferentes fontes documentais disponíveis em forma física e digital. Entre as documentações consultadas estão as fontes da Segurança Pública e as fontes Administrativas do Governo, que se encontram no Arquivo Público do Estado do Pará; e também os periódicos de Jornais que se encontram disponíveis em formato eletrônico, na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. Assim, após a coleta, organização e catalogação das fontes, toma-se como referência para a discussão realizada os seguintes autores: George Rudé, E.P. Thompson, Michelle Perrot etc. Haja vista a atenção dada por eles aos sujeitos históricos marginalizados, desta forma é possível entender quem esteve envolvido na mobilização militar, quais foram as formas de recrutamento e quem foram os sujeitos que compuseram as tropas paraenses. Como se vê a seguir: MATERIAIS E MÉTODOS A partir de tais fontes, é possível se perceber que no primeiro momento da guerra a força militar paraense se manifestou para os socorros da pátria e contou com alguns auxílios da sociedade civil. Outrossim, a partir das mesmas fontes é possível se perceber a variedade social desses sujeitos, visto que as listagens de pessoal nos mostram nomes, idade, estado, origem, cor/etnia, filiação, ocupação etc., dos mesmos. Sendo assim, já foram identificados perfis de sujeitos brancos, pardos, indígenas e negros; e suas formas de inserção na força militar, dados que sinalizam horizontes de expectativas para os voluntários e desesperança para os sujeitos que foram recrutados compulsoriamente, perspectivas que nos dão espaço para amplas discussões historiográficas. Imagem 3: Relação nominal de recrutas e voluntários em 20 de Fevereiro de 1865 Imagem 4: Nome, idade, cor/etnia, filiação e ocupação dos recrutas remetidos de Soure para a Capital em 4 de Novembro de 1865 Jornais: O publicador Maranhense, p. 1-2. 16 de Fevereiro de 1865. Diário de Pernambuco, p. 1.1 8 de Abril de 1865. Manuscritos: APEP. Fundo da Secretaria de Presidente de Província. Doc Avulso. Caixa 266A. FONTES Imagem 1: Senhoras paraenses e Negociantes em mobilização, Publicador Maranhense 16 de Fevereiro de 1865. Imagem 2: Alunos do Liceu Paraense voluntariando-se, Diário de Pernambuco 18 de abril de 1865 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PERROT, Michelle. Os excluídos da história: operários, mulheres e prisioneiros/ Michelle Perrot; seleção e introdução de Maria Stella Martins Bresciani; tradução de Denise Bottman.-8ª ed - Rio de Janeiro/ São Paulo: Paz e Terra, 2017. RUDÉ, George F.E. A multidão na história: estudo dos movimentos populares na França e na Inglaterra, 1730-1848/George Rudé; tradução de Waltensir Dutra. - Rio de Janeiro : Campus, 1991. THOMPSON, E.P. Costumes em Comum/ E.P. Thompson; revisão técnica Antonio Negro, Cristina Meneguello, Paulo Fontes. - São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

Quando o Serviço chama-nos às Armas, Paraenses! Cumpri

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Conhecido como o maior conflito bélico da América Latina, a Guerra contra oParaguai vem sendo ao longo do tempo tema para inúmeras discussões epossibilidades de pesquisa a historiadores e demais interessados na temática. Nãoobstante, a historiografia nacional e local ainda pouco discute a participação daAmazônia no teatro da guerra, diante disso a presente apresentação visa expor umpouco da participação da Província do Pará na dinâmica do conflito contra oParaguai.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Quando o Serviço chama-nos às Armas, Paraenses! Cumpri Vosso Dever!: o recrutamento Militar para a

Guerra do Paraguai (1864-1870).Autor: Jonas de Luca Trindade da Silva.

E-mail: [email protected].

Orientador (a): Sueny Diana Oliveira de Souza

INTRODUÇÃO

• Compreender o envolvimento da força militar do Pará na Guerra do

Paraguai.

• Entender como se deu a formação das tropas enviadas para compor

as forças da tríplice aliança em terras paraguaias.

• Identificar o perfil dos sujeitos que compuseram as tropas que foram

enviadas ao centro do conflito.

OBJETIVO

Para se alcançar tais objetivos foram coletados e cruzados diferentes fontes

documentais disponíveis em forma física e digital. Entre as documentações consultadas

estão as fontes da Segurança Pública e as fontes Administrativas do Governo, que se

encontram no Arquivo Público do Estado do Pará; e também os periódicos de Jornais

que se encontram disponíveis em formato eletrônico, na Hemeroteca Digital da

Biblioteca Nacional.

Assim, após a coleta, organização e catalogação das fontes, toma-se como referência

para a discussão realizada os seguintes autores: George Rudé, E.P. Thompson, Michelle

Perrot etc. Haja vista a atenção dada por eles aos sujeitos históricos marginalizados,

desta forma é possível entender quem esteve envolvido na mobilização militar, quais

foram as formas de recrutamento e quem foram os sujeitos que compuseram as tropas

paraenses. Como se vê a seguir:

MATERIAIS E MÉTODOS

A partir de tais fontes, é possível se perceber que no primeiro momento da guerra a força

militar paraense se manifestou para os socorros da pátria e contou com alguns auxílios

da sociedade civil.

Outrossim, a partir das mesmas fontes é possível se perceber a variedade social

desses sujeitos, visto que as listagens de pessoal nos mostram nomes, idade, estado,

origem, cor/etnia, filiação, ocupação etc., dos mesmos.

Sendo assim, já foram identificados perfis de sujeitos brancos, pardos, indígenas e

negros; e suas formas de inserção na força militar, dados que sinalizam horizontes de

expectativas para os voluntários e desesperança para os sujeitos que foram recrutados

compulsoriamente, perspectivas que nos dão espaço para amplas discussões

historiográficas.

Imagem 3: Relação nominal de

recrutas e voluntários em 20 de

Fevereiro de 1865

Imagem 4: Nome, idade, cor/etnia, filiação e

ocupação dos recrutas remetidos de Soure para

a Capital em 4 de Novembro de 1865

Jornais:O publicador Maranhense, p. 1-2. 16 de Fevereiro de 1865.Diário de Pernambuco, p. 1.1 8 de Abril de 1865.Manuscritos:APEP. Fundo da Secretaria de Presidente de Província. Doc Avulso. Caixa 266A.

FONTES

Imagem 1: Senhoras paraenses e Negociantes em

mobilização, Publicador Maranhense 16 de Fevereiro de

1865.

Imagem 2: Alunos do Liceu Paraense

voluntariando-se, Diário de Pernambuco 18 de

abril de 1865

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PERROT, Michelle. Os excluídos da história: operários, mulheres e prisioneiros/ Michelle

Perrot; seleção e introdução de Maria Stella Martins Bresciani; tradução de Denise Bottman.-8ª

ed - Rio de Janeiro/ São Paulo: Paz e Terra, 2017.

RUDÉ, George F.E. A multidão na história: estudo dos movimentos populares na França e na

Inglaterra, 1730-1848/George Rudé; tradução de Waltensir Dutra. - Rio de Janeiro : Campus,

1991.

THOMPSON, E.P. Costumes em Comum/ E.P. Thompson; revisão técnica Antonio Negro,

Cristina Meneguello, Paulo Fontes. - São Paulo: Companhia das Letras, 1998.