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QUANTO VALE SUA EMPRESA?Um Guia Prático para a Pequena e Média Empresa

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CLEÔNIMO DOS SANTOS é bacharel em Ciências Contábeis, com MBA em Controlado-ria Estratégica. Professor universitário em cursos de graduação e pós-graduação. Assessor e consultor de empresas em matéria de Imposto de Renda e Contabilidade. É autor dos livros “Depreciação de Bens do Ativo Imobilizado”, “Auditoria Fiscal e Tributária”; “Como Calcular e Recolher PIS/Pasep e Cofins”, “Contribuição Social Sobre o Lucro - Cálculo, Apuração e Recolhimento”, “Plano de Contas - Uma abordagem prática”, “Contabilidade Fundamental”, “Principais Providências para Fechamento de Balanço”, “Auditoria Contá-bil”, “Análise financeira e orçamentária, Contabilidade Fundamental, Simples Nacional, Fechamento de Balanço - Teoria e Prática”; “Manual da Demonstração dos Fluxos de Cai-xa”; “Manual das Demonstrações Contábeis”; “Contabilidade na Atividade Imobiliária” e coautor dos livros, “Estrutura e Análise de Balanços”, “Imposto de Renda Pessoa Jurídica para Contadores” e “Exame de Suficiência em Contabilidade”.

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Sumário

Apresentação ....................................................................................................... 11

Capítulo 1. Algumas Considerações sobre as Demonstrações Contábeis .... 151. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 15

2. FINALIDADE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ............................ 15

3. CONJUNTO COMPLETO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ........... 16

3.1. Relatório da Administração e Outros Relatórios ............................. 17

4. APRESENTAÇÃO APROPRIADA EM CONFORMIDADE COM AS PRÁTICAS CONTÁBEIS BRASILEIRAS .................................................... 18

4.1. Demonstrações Contábeis em Conformidade com os Pronuncia-mentos, Interpretações e Orientações do CPC ................................ 18

4.2. Representação Apropriada das Demonstrações Contábeis .............. 18

4.3. Utilização de Políticas Contábeis Inadequadas ............................... 19

4.4. Divulgações Necessárias quando a entidade não Aplicar um Re-quisito Necessário ........................................................................... 19

4.5. Conclusões Enganosas Tendo como Base um Requisito de Pro-nunciamento, Interpretação ou Orientação .................................... 20

4.6 Item de Informação versus Objeto das Demonstrações Contábeis .. 21

5. CONTINUIDADE ..................................................................................... 21

6. REGIME DE COMPETÊNCIA .................................................................. 22

7. MATERIALIDADE E AGREGAÇÃO ......................................................... 22

8. COMPENSAÇÃO DE VALORES ............................................................... 23

9. FREQUÊNCIA DE APRESENTAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CON-TÁBEIS ................................................................................................... 24

10. INFORMAÇÃO COMPARATIVA .............................................................. 24

10.1. Apresentação das Demonstrações Contábeis - Quantidade Mínima . 25

10.2. Reclassificação dos Montantes Apresentados para Fins Compara-tivos ................................................................................................. 25

10.3. Reclassificação dos Montantes - Impossibilidade ............................ 26

11. CONSISTÊNCIA DE APRESENTAÇÃO ................................................... 26

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6 Quanto Vale sua Empresa? Um Guia Prático para Pequena e Média EmpresaCleônimo dos Santos

Capítulo 2. Estrutura das Demonstrações Contábeis ..................................... 291. BALANÇO PATRIMONIAL ....................................................................... 29

2. ATIVO ....................................................................................................... 29

2.1. Ativo Circulante versus Ativo Realizável a Longo Prazo ................. 30

2.1.1. Duração do ciclo operacional na definição de um direito como circulante ou realizável a longo prazo ...................... 30

3. PASSIVO .................................................................................................... 31

3.1. Passivo Circulante versus Passivo Exigível a Longo Prazo .............. 31

4. ESTRUTURA BÁSICA DO BALANÇO ...................................................... 32

5. AS CONTAS NOS GRUPOS DO ATIVO.................................................... 32

5.1. Ativo Circulante .............................................................................. 32

5.2. Ativo Não Circulante ....................................................................... 33

5.2.1. Realizável a longo prazo ..................................................... 33

5.2.2. Investimentos (ativo permanente) ..................................... 33

5.2.3. Imobilizado (ativo permanente) ......................................... 33

5.2.4. Intangível (ativo permanente) ............................................ 34

6. CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS NOS GRUPOS DO PASSIVO ............... 34

6.1. Passivo Circulante ........................................................................... 34

6.2. Passivo Não Circulante.................................................................... 35

6.3. Patrimônio Líquido ......................................................................... 35

6.3.1. Utilização das reservas de capital ....................................... 36

6.3.2. Reserva legal ....................................................................... 37

6.3.3. Reservas estatutárias ........................................................... 37

6.3.4. Reservas de lucros a realizar ............................................... 38

6.3.5. Reserva para contingências ................................................ 39

6.3.6. Reservas de retenção de lucros (ou reserva de lucros para expansão) ........................................................................... 39

6.3.7. Reserva especial para dividendo obrigatório não distribuí-do ........................................................................................ 40

6.3.8. Reserva de incentivos fiscais .............................................. 40

7. EXEMPLO DE BALANÇO PATRIMONIAL .............................................. 40

8. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)................ 41

8.1. Exemplo de DRE ............................................................................. 42

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Quanto Vale sua Empresa? Um Guia Prático para Pequena e Média Empresa 7Sumário

Capítulo 3. Análise das Demonstrações Contábeis ........................................ 43I. INTRODUÇÃO À ANÁLISE ..................................................................... 43

1. USUÁRIOS/CONSUMIDORES DA INFORMAÇÃO ................................. 43

1.1. Instituições Financeiras ................................................................... 44

1.2. Administradores ou Gestores da Empresa ....................................... 44

1.3. Investidores ..................................................................................... 44

1.4. Análise da Concorrência ................................................................. 45

1.5. Fornecedores ................................................................................... 45

2. ANÁLISE HORIZONTAL (AH) ................................................................. 46

2.1. Análise Horizontal que Comparar Valores Positivos com Valores Negativos - Cuidados a Serem Tomados ......................................... 48

2.1.1. Exemplo ............................................................................. 48

I. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS PERÍODOS 20X2/20X1 ................. 48

II. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS PERÍODOS 20X3/20X2/X1 ............ 49

3. ANÁLISE VERTICAL (AV) ........................................................................ 50

4. ANÁLISE POR QUOCIENTES (AQ) ........................................................ 53

5. AJUSTES DAS DEMONSTRAÇÕES PARA FINS DE ANÁLISE ................ 54

6. NOTAS EXPLICATIVAS - IMPORTÂNCIA PARA A ANÁLISE E A IN-TERPRETAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ..................... 54

6.1. Conteúdo Mínimo das Notas Explicativas ...................................... 56

7. OBSTÁCULOS ENCONTRADOS PELO ANALISTA ................................ 56

7.1. Observância dos Princípios Contábeis ............................................ 57

II. ANÁLISE POR QUOCIENTES OU ÍNDICES ........................................... 57

1. QUOCIENTES DE LIQUIDEZ .................................................................. 57

1.1. Liquidez Corrente ........................................................................... 57

1.2. Liquidez Seca ................................................................................... 57

1.3. Liquidez Imediata ............................................................................ 58

1.4. Liquidez Geral ................................................................................. 58

2. QUOCIENTES DE IMOBILIZAÇÃO ........................................................ 58

2.1. Quociente do Nível de Imobilização do Ativo ................................ 58

2.2. Quociente de Imobilização de Capitais de Longo Prazo (Inclusive PL) 58

2.3. Quociente de Imobilização do Capital Próprio (AP) ...................... 58

2.4. Quociente de Imobilização do Capital Próprio (AP-Inv.) ............... 58

2.5. Quociente de Imobilização do Capital Próprio (AP-Imob.) ............ 58

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8 Quanto Vale sua Empresa? Um Guia Prático para Pequena e Média EmpresaCleônimo dos Santos

3. QUOCIENTES DE ENDIVIDAMENTO E DE DEPENDÊNCIA FINAN-

CEIRA ....................................................................................................... 59

3.1. Quociente de Dependência Financeira ........................................... 59

3.2. Quociente de Endividamento Relativo ............................................ 59

3.3. Quociente de Independência Financeira ........................................ 59

3.4. Endividamento de Curto Prazo ....................................................... 59

4. QUOCIENTES DE GIRO .......................................................................... 59

4.1. Giro dos Estoques ........................................................................... 60

4.1.1. Quociente de giro os estoques (empresa industrial) .......... 60

4.1.2. Quociente de giro dos estoques (empresa comercial) ........ 60

4.2. Quociente Giro de Duplicatas a Receber ......................................... 60

4.3. Quociente de Giro de Duplicatas a Pagar ........................................ 60

4.4. Giro de Duplicatas a Receber versus Duplicatas a Pagar (Quocien-te Relativo) ...................................................................................... 61

4.5. Giro do Ativo ................................................................................... 61

4.6. Giro do Ativo Circulante ................................................................. 61

4.7. Quociente de Giro do Ativo Permanente ........................................ 61

4.8. Quociente Giro do Ativo Permanente-Imobilizado ......................... 61

4.9. Quociente de Giro do Ativo Permanente-Investimento .................. 62

4.10. Giro do Patrimônio Líquido ............................................................ 62

4.11. Quociente de Giro do Capital Social (Nominal) ............................. 62

4.12. Quociente de Giro dos Estoques em Relação às Vendas ................. 62

5. QUOCIENTES DE RENTABILIDADE/RETORNO ................................... 63

5.1. Quociente Retorno Operacional sobre Vendas (Margem Operacional) 63

5.2. Quociente Retorno Líquido sobre Vendas (Margem Líquida) ........ 63

5.3. Quociente de Retorno do Ativo sobre o Lucro Líquido .................. 63

5.4. Quociente de Retorno do Patrimônio Líquido sobre o Lucro Lí-quido ............................................................................................... 63

5.5. Quociente de Retorno do Capital Social (Nominal) Aplicado so-bre o Lucro Líquido ......................................................................... 64

Capítulo 4. Projetando o Balanço e a Demonstração do Resultado do Exer-cício ...................................................................................................................... 651. BREVE COMENTÁRIO ............................................................................. 65

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Quanto Vale sua Empresa? Um Guia Prático para Pequena e Média Empresa 9Sumário

2. METODOLOGIA A SER ADOTADA NA PROJEÇÃO DAS DEMONS-TRAÇÕES CONTÁBEIS ............................................................................ 66

3. EXEMPLO DE PROJEÇÃO DO BALANÇO PATRIMONIAL E DA DRE COM BASE NA PERCENTAGEM SOBRE AS VENDAS ............................ 67

3.1. Determinação da Taxa Histórica de Crescimento das Vendas ......... 69

3.2. Projetando o Balanço Patrimonial ................................................... 69

3.3. Projetando a Demonstração do Resultado do Exercício .................. 71

Capítulo 5. Ebitda como Balizador do Fluxo de Caixa Descontado ............. 731. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 73

2. PREMISSAS PRA O DESENVOLVIMENTO DO EXEMPLO ..................... 74

3. DRE DOS 5 ANOS ANTERIORES ............................................................. 76

4. EVOLUÇÃO DAS CONTAS DE RESULTADO E MÉDIA DE CRESCI-MENTO HISTÓRICO ................................................................................ 77

5. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) PROJE-TADA ......................................................................................................... 78

5.1. Detalhamentos das Premissas Adotadas na Projeção da DRE ......... 79

6. DETERMINAÇÃO DO EBITDA ................................................................ 82

Capítulo 6. Exemplo Prático de Avaliação de Empresa .................................. 83

Capítulo 7. Laudo de Avaliação Emitido por Auditor Independente ............ 113

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ApreSentAção

São várias as situações que levam o profissional a fazer a avaliação de uma empresa; reestruturação societária, partilha entre herdeiros, dissolução ou, simplesmente, uma operação de compra e venda.

Este livro tem como proposta oferecer ao leitor conhecimentos bá-sicos de como se chegar ao valor de uma empresa quando o objetivo da avaliação for a compra ou a venda.

É fato que existe uma série de metodologias que podem ser utilizadas para se chegar ao valor da empresa. São elas:

Metodologia de fluxo de caixa descontado: de uma forma singela, por esse método, o valor da empresa é calculado a partir da capitalização dos fluxos de caixa da atividade principal, descontados por uma taxa de retorno que reflita o risco do negócio e, também, as incertezas.

Metodologia do valor contábil: de uma forma bem simplista, essa me-todologia estabelece que o valor da empresa é o valor do Patrimônio Líqui-do refletido em seu Balanço Patrimonial, o que significa dizer que o valor da empresa está baseado exclusivamente na informação contábil registrada em seus livros. Metodologia pouco utilizada, pois tende subestimar o valor da empresa, haja vista que desconsidera situações de mercado para a reali-zação de ativos e amortização de dívidas, além de não refletir os eventuais investimentos futuros que podem ser feitos pela empresa no seu capital de giro, ou em outros ativos para melhorar o seu desempenho.

Metodologia do valor de liquidação: esse método admite que o va-lor da empresa equivale ao preço possível de venda dos bens e direitos e de liquidação das dívidas, considerando os bens e direitos no estado em que se encontram, caso as atividades sejam encerradas. O problema dessa metodologia é que como a empresa está sendo encerrada, haverá por parte dos compradores pressão no sentido de “derrubar” o preço dos ativos da empresa reduzindo, portanto, o seu valor.

Metodologia de capitalização de lucros: por esse método, o valor da empresa é calculado por meio da ponderação média e capitalização dos

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12 Quanto Vale sua Empresa? Um Guia Prático para Pequena e Média EmpresaCleônimo dos Santos

lucros históricos, tendo como base a taxa de retorno ou custo de capital que corresponda ao risco do negócio e reflita as incertezas de mercado. Ao valor apurado deve ser adicionado o valor dos ativos não operacionais ao valor operacional, para se chegar ao valor da empresa. Os especialistas veem como principal entrave na utilização desse método o fato de se partir do lucro apurado pela contabilidade tradicional.

Metodologia dos múltiplos de faturamento: esse método pressupõe que o valor da empresa deva ser calculado mediante a multiplicação da Re-ceita Líquida de Vendas do último ano de atividade operacional, ou de uma média histórica, pelo fator Preço das Ações/Receita Média extraído de em-presas concorrentes de porte e atividades similares. Na prática, é o índice de preço de uma ação em relação à receita por ação. Adicionalmente, soma-se o valor dos Ativos Não Operacionais ao Valor Operacional do último ano de atividade operacional, encontrando o valor da empresa. Os especialistas veem como principal entrave na utilização desse método, o fato de se ter como ponto de partida a receita apurada contabilmente.

Metodologia dos múltiplos de lucros: por esse método, o valor da empresa é calculado baseando-se na multiplicação do Lucro Operacional do último ano de atividade operacional, ou de uma média histórica, pelo fator Preço das Ações/Lucro Operacional Médio extraído de empresas concorren-tes de porte e atividades similares. Em seguida, soma-se o valor dos ativos não operacionais para se chegar ao valor da empresa. A grande limitação é que parte de valores apurados pela contabilidade.

Como se observa, o leque de alternativas é amplo, o que pode fazer o trabalho do profissional difícil e confuso, o que torna prudente, do ponto de vista prático, optar por um dos métodos.

Neste livro, é privilegiado o método de fluxo de caixa descontado, tendo em vista a sua maior aceitação no meio profissional. A justificativa para tal predileção é capacidade e precisão que esse método tem de eviden-ciar a geração de riqueza por uma empresa.

Destaque ao Capítulo 6 que traz exemplo prático e completo de ava-liação de empresa. O exemplo parte da contratação do serviço, com exem-plo de proposta, passando pela elaboração de um cronograma de trabalho, check list de documentos necessários e elaboração do laudo final.

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Quanto Vale sua Empresa? Um Guia Prático para Pequena e Média Empresa 13Apresentação

Naturalmente, a obra não esgota o assunto e nem poderia fazê-lo, tendo em vista a complexidade e amplitude do tema, mas, certamente, será muito útil tanto para aqueles que simplesmente tiverem curiosidade sobre o tema, como para aqueles que necessitam da informação para fins profissionais.

O autor

Entre em contato com o autor pelo e-mail: <[email protected]>.

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CAPÍTULO 1

ALGumAS ConSiDerAçÕeS SoBre AS DemonStrAçÕeS ContáBeiS

1. INTRODUÇÃO

Neste capítulo, são abordadas as peças que compõem as demonstra-ções contábeis e, também, os aspectos relativos à sua finalidade, apresen-tação, continuidade, regime de competência, materialidade, frequência de apresentação, consistência, entre outros temas.

O assunto encontra-se em consonância com o Pronunciamento CPC 26 (R1) e aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). No âmbito da CVM, a aprova-ção se deu por meio da Deliberação CVM nº 676/2011, tornando o citado Pronunciamento obrigatório para todas as companhias abertas. No âmbito do CFC, a aprovação se deu pela Resolução nº 1.185/2009 e alterada pela Resolução nº 1.376/2011.

2. FINALIDADE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As demonstrações contábeis são uma representação estruturada da posição patrimonial e financeira e do desempenho da entidade. O objetivo

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16 Quanto Vale sua Empresa? Um Guia Prático para Pequena e Média EmpresaCleônimo dos Santos

das demonstrações contábeis é o de proporcionar informação acerca da po-sição patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande número de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas. As demonstrações contábeis também ob-jetivam apresentar os resultados da atuação da administração, em face de seus deveres e responsabilidades na gestão diligente dos recursos que lhe foram confiados. Para satisfazer a esse objetivo, as demonstrações contábeis proporcionam informação da entidade acerca do seguinte:

a) ativos;

b) passivos;

c) patrimônio líquido;

d) receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas;

e) alterações no capital próprio mediante integralizações dos pro-prietários e distribuições a eles; e

f) fluxos de caixa.

Essas informações, juntamente com outras informações constantes das notas explicativas, ajudam os usuários das demonstrações contábeis na previsão dos futuros fluxos de caixa da entidade e, em particular, a época e o grau de certeza de sua geração.

3. CONJUNTO COMPLETO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui:

a) balanço patrimonial ao final do período;

b) demonstração do resultado do período;

c) demonstração do resultado abrangente do período;

Nota

A demonstração do resultado abrangente pode ser apresentada em quadro de-monstrativo próprio ou dentro das mutações do patrimônio líquido.

d) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período;

e) demonstração dos fluxos de caixa do período;

f) demonstração do valor adicionado do período, conforme Pro-nunciamento Técnico CPC 09 - Demonstração do Valor Adicio-

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Capítulo 1 17 Algumas Considerações sobre as Demonstrações Contábeis

nado, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada voluntariamente;

g) notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas con-tábeis significativas e outras informações explanatórias; e

h) balanço patrimonial no início do período mais antigo comparati-vamente apresentado quando a entidade aplica uma política con-tábil retrospectivamente ou procede à reapresentação retrospecti-va de itens das demonstrações contábeis ou, ainda, quando proce-de à reclassificação de itens de suas demonstrações contábeis.

Nota

A entidade deve apresentar com igualdade de importância todas as demons-trações contábeis que façam parte do conjunto completo de demonstrações contábeis.

3.1. Relatório da Administração e Outros Relatórios

Muitas entidades apresentam, fora das demonstrações contábeis, re-latório da administração que descreve e explica as características principais do desempenho e da posição financeira e patrimonial da entidade e as prin-cipais incertezas às quais está sujeita. Esse relatório pode incluir a análise:

a) dos principais fatores e influências que determinam o desempe-nho, incluindo alterações no ambiente em que a entidade opera, a resposta da entidade a essas alterações e o seu efeito e a política de investimento da entidade para manter e melhorar o desempe-nho, incluindo a sua política de dividendos;

b) das fontes de financiamento da entidade e a respectiva relação pretendida entre passivos e o patrimônio líquido; e

c) dos recursos da entidade não reconhecidos nas demonstrações contábeis de acordo com os Pronunciamentos.

Muitas entidades apresentam, também, fora das demonstrações con-tábeis, relatórios e demonstrações tais como relatórios ambientais e sociais, sobretudo nos setores em que os fatores ambientais e sociais sejam signifi-cativos e quando os empregados são considerados um importante grupo de usuários. Os relatórios e demonstrações apresentados fora das demonstra-ções não se encontram no âmbito dos Pronunciamentos emitidos pelo CPC.

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18 Quanto Vale sua Empresa? Um Guia Prático para Pequena e Média EmpresaCleônimo dos Santos

4. APRESENTAÇÃO APROPRIADA EM CONFORMIDADE COM ASPRÁTICAS CONTÁBEIS BRASILEIRAS

As demonstrações contábeis devem representar apropriadamente a posição financeira e patrimonial, o desempenho e os fluxos de caixa da entidade. Para apresentação adequada, é necessário a representação fide-digna dos efeitos das transações, outros eventos e condições de acordo com as definições e critérios de reconhecimento para ativos, passivos, receitas e despesas como estabelecidos na Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro.

4.1. Demonstrações Contábeis em Conformidade com os Pronuncia-mentos, Interpretações e Orientações do CPC

Presume-se que a aplicação das normas, interpretações e comunica-dos técnicos, com divulgação adicional quando necessária, resulta em de-monstrações contábeis que se enquadram como representação apropriada.

A entidade cujas demonstrações contábeis estão em conformidade com as normas, interpretações e comunicados técnicos do CFC deve de-clarar de forma explícita e sem reservas essa conformidade nas notas ex-plicativas. A entidade não deve afirmar que suas demonstrações contábeis estão de acordo com essas normas, interpretações e comunicados técnicos a menos que cumpra todos os seus requisitos.

4.2. Representação Apropriada das Demonstrações Contábeis

Em praticamente todas as circunstâncias, a representação apropria-da é obtida pela conformidade com os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações aplicáveis.

A representação apropriada também exige que a entidade:

a) selecione e aplique políticas contábeis de acordo com o Pronun-ciamento Técnico CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Es-timativa e Retificação de Erro. Esse Pronunciamento estabeleceuma hierarquia na orientação que a administração deve conside-rar na ausência de Pronunciamento, Interpretação e Orientaçãoque se aplique especificamente a um item;

b) apresente informação, incluindo suas políticas contábeis, de for-ma que proporcione informação relevante, confiável, comparávele compreensível;

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Capítulo 1 19 Algumas Considerações sobre as Demonstrações Contábeis

c) proporcione divulgações adicionais quando o cumprimento dosrequisitos específicos contidos nos Pronunciamentos, Interpre-tações e Orientações é insuficiente para permitir que os usuá-rios compreendam o impacto de determinadas transações, outroseventos e condições sobre a posição financeira e patrimonial e odesempenho da entidade.

4.3. Utilização de Políticas Contábeis Inadequadas

A entidade não pode retificar políticas contábeis inadequadas por meio da divulgação das políticas contábeis utilizadas ou por meio de notas explicativas ou qualquer outra divulgação explicativa.

Em circunstâncias extremamente raras, nas quais a administração vier a concluir que a conformidade com um requisito de norma, interpretação ou comunicado técnico conduziria a uma apresentação tão enganosa que entraria em conflito com o objetivo das demonstrações contábeis estabe-lecido na Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, a entidade não aplicará esse requisito e seguirá o dis-posto no subitem a seguir, a não ser que esse procedimento seja terminan-temente vedado do ponto de vista legal e regulatório.

4.4. Divulgações Necessárias quando a entidade não Aplicar um Re-quisito Necessário

Quando a entidade não aplicar um requisito de Pronunciamento, In-terpretação ou Orientação ou de acordo com o subitem anterior, deverá divulgar:

a) que a administração concluiu que as demonstrações contábeisapresentam de forma apropriada a posição financeira e patrimo-nial, o desempenho e os fluxos de caixa da entidade;

b) que aplicou os Pronunciamentos, Interpretações e Orientaçõesaplicáveis, exceto pela não aplicação de um requisito específicocom o propósito de obter representação adequada;

c) o título da norma, interpretação ou comunicado técnico que a en-tidade não aplicou, a natureza dessa exceção, incluindo o trata-mento que a norma, interpretação ou comunicado técnico exigiria,a razão pela qual esse tratamento seria tão enganoso e entraria emconflito com o objetivo das demonstrações contábeis estabelecido

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20 Quanto Vale sua Empresa? Um Guia Prático para Pequena e Média EmpresaCleônimo dos Santos

na Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro e o tratamento efetivamente adotado; e

d) para cada período apresentado, o impacto financeiro da não apli-cação do Pronunciamento, Interpretação ou Orientação vigente em cada item nas demonstrações contábeis que teria sido infor-mado caso tivesse sido cumprido o requisito não aplicado.

Notas

1) Quando a entidade não aplicar um requisito de Pronunciamento, Interpreta-ção ou Orientação em período anterior, e esse procedimento afetar os mon-tantes reconhecidos nas demonstrações contábeis do período corrente, ela deverá proceder à divulgação estabelecida nas letras “c” e “d” acima.

2) O disposto na nota 1 acima, se aplica, por exemplo, quando a entidade dei-xa de adotar em período anterior determinado requisito de mensuração de ativos ou passivos contido em norma, interpretação ou comunicado técnico e esse procedimento tem impactos na mensuração de alterações de ativos e passivos reconhecidos nas demonstrações contábeis do período corrente.

4.5. Conclusões Enganosas Tendo como Base um Requisito de Pronun-ciamento, Interpretação ou Orientação

Em circunstâncias extremamente raras, nas quais a administração vier a concluir que a conformidade com um requisito de norma, interpretação ou comunicado técnico conduziria a uma apresentação tão enganosa que entraria em conflito com o objetivo das demonstrações contábeis estabe-lecido na Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, mas a estrutura regulatória vigente proibir a não apli-cação do requisito, a entidade deverá, na maior extensão possível, reduzir os aspectos inadequados identificados no cumprimento estrito da norma, interpretação ou comunicado técnico divulgando:

a) o título da norma, interpretação ou comunicado técnico em questão, a natureza do requisito e as razões que levaram a administração a concluir que o cumprimento desse requisito tornaria as demonstra-ções contábeis tão enganosas e entraria em conflito com o objetivo das demonstrações contábeis estabelecido na Estrutura Conceitual; e

b) para cada período apresentado, os ajustes de cada item nas de-monstrações contábeis que a administração concluiu serem ne-cessários para se obter uma representação adequada.

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Capítulo 1 21 Algumas Considerações sobre as Demonstrações Contábeis

4.6 Item de Informação versus Objeto das Demonstrações Contábeis

Para a finalidade dos subitens 4.3 a 4.5, um item de informação entra em conflito com o objetivo das demonstrações contábeis quando não repre-senta fidedignamente as transações, outros eventos e condições que se pro-põe a representar ou que se poderia esperar razoavelmente que represente e, consequentemente, seria provável que influenciasse as decisões econômicas tomadas pelos usuários das demonstrações contábeis. Ao avaliar se o cum-primento de requisito específico de norma, interpretação ou comunicado técnico resultaria em divulgação tão distorcida a ponto de entrar em con-flito com o objetivo das demonstrações contábeis estabelecido na Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, a administração deve considerar:

a) a razão pela qual o objetivo das demonstrações contábeis não éalcançado nessa circunstância particular; e

b) a forma como as circunstâncias da entidade diferem das circuns-tâncias de outras entidades que cumprem o requisito.

Nota

Se outras entidades em circunstâncias semelhantes cumprem o requisito, há um pressuposto refutável de que o cumprimento do requisito por parte da entidade não resultaria em divulgação tão enganosa e, portanto, não entraria em conflito com o objetivo das demonstrações contábeis estabelecido na Estrutura Concei-tual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro.

5. CONTINUIDADE

Quando da elaboração de demonstrações contábeis, a administraçãodeve fazer a avaliação da capacidade da entidade continuar em operação no futuro previsível. As demonstrações contábeis devem ser elaboradas no pressuposto da continuidade, a menos que a administração tenha intenção de liquidar a entidade ou cessar seus negócios ou, ainda, não possua uma alternativa realista senão a descontinuidade de suas atividades. Quando a administração tiver ciência, ao fazer a sua avaliação, de incertezas rele-vantes relacionadas com eventos ou condições que possam lançar dúvidas significativas acerca da capacidade da entidade continuar em operação no futuro previsível, essas incertezas deverão ser divulgadas. Quando as de-monstrações contábeis não forem elaboradas no pressuposto da continui-

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22 Quanto Vale sua Empresa? Um Guia Prático para Pequena e Média EmpresaCleônimo dos Santos

dade, esse fato deverá ser divulgado, juntamente com as bases com as quais as demonstrações contábeis foram elaboradas e a razão pela qual não se pressupõe a continuidade da entidade.

Ao avaliar se o pressuposto de continuidade é apropriado, a admi-nistração deve levar em consideração toda a informação disponível sobre o futuro, que é o período mínimo (mas não limitado a esse período) de doze meses a partir da data do balanço. O grau de consideração depende dos fatos de cada caso.

Quando a entidade tiver histórico de operações lucrativas e acesso tempestivo a recursos financeiros, a conclusão acerca da adequação do pres-suposto da continuidade poderá ser atingida sem análise pormenorizada.

Em outros casos, a administração pode necessitar da análise de vasto conjunto de fatores relacionados com a rentabilidade corrente e esperada, cronogramas de liquidação de dívidas e potenciais fontes alternativas de fi-nanciamentos para que possa suportar sua conclusão de que o pressuposto de continuidade no futuro previsível é adequado para essa entidade.

6. REGIME DE COMPETÊNCIA

A entidade deve elaborar as suas demonstrações contábeis, exceto para a demonstração dos fluxos de caixa, utilizando-se do regime de com-petência.

Quando o regime de competência é utilizado, os itens são reconheci-dos como ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas (os ele-mentos das demonstrações contábeis); quando satisfazem as definições e os critérios de reconhecimento para esses elementos contidos na Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro.

7. MATERIALIDADE E AGREGAÇÃO

A entidade deve apresentar separadamente nas demonstrações contábeis cada classe material de itens semelhantes. A entidade deve apresentar separa-damente os itens de natureza ou função distinta, a menos que sejam imateriais.

As demonstrações contábeis resultam do processamento de grandes números de transações ou outros eventos que são agregados em classes de acordo com a sua natureza ou função.

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Capítulo 1 23 Algumas Considerações sobre as Demonstrações Contábeis

A fase final do processo de agregação e classificação é a apresentação de dados condensados e classificados que formam itens das demonstrações contábeis. Se um item não for individualmente material, deverá ser agregado a outros itens, seja nas demonstrações contábeis, seja nas notas explicativas.

Um item pode não ser suficientemente material para justificar a sua apresentação individualizada nas demonstrações contábeis, mas pode ser suficientemente material para ser apresentado de forma individualizada nas notas explicativas.

Nota-se que não é necessário fornecer uma divulgação requerida se a informação não for material.

8. COMPENSAÇÃO DE VALORES

Ativos e passivos e receitas e despesas não devem ser compensados,exceto quando exigido ou permitido por Pronunciamento, Interpretação ou Orientação.

A entidade deve informar separadamente os ativos e os passivos, as receitas e as despesas. A compensação desses elementos no balanço patri-monial ou na demonstração do resultado, exceto quando refletir a essência da transação ou outro evento, prejudica a capacidade dos usuários de com-preender as transações, outros eventos e condições que tenham ocorrido e de avaliar os futuros fluxos de caixa da entidade. A mensuração de ativos líquidos de provisões relacionadas, por exemplo, a de obsolescência nos estoques ou a de créditos de liquidação duvidosa nas contas a receber de clientes não é considerada compensação.

O Pronunciamento Técnico CPC 30 - Receitas define o que são re-ceitas e requer que estas sejam mensuradas pelo valor justo do montante recebido ou a receber, levando em consideração a quantia de quaisquer des-contos comerciais e abatimentos de volume concedidos pela entidade.

A entidade desenvolve, no decurso das suas atividades ordinárias, outras transações que não geram propriamente receitas, mas que são inci-dentais às atividades principais geradoras de receitas. Os resultados de tais transações são apresentados, quando esta apresentação refletir a essência da transação ou outro evento, compensando-se quaisquer receitas com as despesas relacionadas, resultantes da mesma transação. Por exemplo: