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Quarta-feira 27 de Maio de 2020 • Ano 44 N.º 16003 Decreto Presidencial O Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, assinou, no dia 25 de Maio, o Decreto que declara a Situação de Calamidade Pública, ao abrigo da pandemia da Covid- 19, que começou a vigorar às zero horas do dia 26. O Decreto refere, como razões para a transição do Estado de Emergência para a Situação de Calamidade, a necessidade de se garantir um melhor equilíbrio entre a estratégia sanitária de prevenção e combate e a neces- sidade de relançar gradualmente a actividade económica, formal e informal, em especial aquelas usadas como meio de subsistên- cia, e o regresso à normalidade da vida social. Em síntese, defende-se que “sem descurar as regras de pre- venção e combate à pandemia Covid-19, é necessário criar con- dições para adaptação a uma nova postura social, capaz de garantir, com segurança, a gradual retoma da vida económica e social”. A Situação de Calamidade Pública ontem decretada pelo Chefe de Estado, e que começou a vigorar às zero horas do dia 26, vai prolongar-se enquanto se mantiver o risco de propagação massiva do vírus SARS-COV-2 e da pandemia Covid-19. Do Decreto assinado pelo Pre- sidente da República, consta um anexo com a descrição detalhada das regras de funcionamento dos serviços públicos e privados e dos equipamentos sociais, docu- mentos que o Jornal de Angola publica neste caderno especial.

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Quarta-feira 27 de Maio de 2020 • Ano 44 • N.º 16003

DecretoPresidencial

O Presidente da República, JoãoManuel Gonçalves Lourenço,assinou, no dia 25 de Maio, oDecreto que declara a Situaçãode Calamidade Pública, aoabrigo da pandemia da Covid-19, que começou a vigorar àszero horas do dia 26.O Decreto refere, como razões

para a transição do Estado deEmergência para a Situação deCalamidade, a necessidade dese garantir um melhor equilíbrioentre a estratégia sanitária deprevenção e combate e a neces-

sidade de relançar gradualmentea actividade económica, formale informal, em especial aquelasusadas como meio de subsistên-cia, e o regresso à normalidadeda vida social.Em síntese, defende-se que

“sem descurar as regras de pre-venção e combate à pandemiaCovid-19, é necessário criar con-dições para adaptação a uma novapostura social, capaz de garantir,com segurança, a gradual retomada vida económica e social”.A Situação de Calamidade

Pública ontem decretada peloChefe de Estado, e que começoua vigorar às zero horas do dia 26,vai prolongar-se enquanto semantiver o risco de propagaçãomassiva do vírus SARS-COV-2e da pandemia Covid-19.Do Decreto assinado pelo Pre-

sidente da República, consta umanexo com a descrição detalhadadas regras de funcionamento dosserviços públicos e privados edos equipamentos sociais, docu-mentos que o Jornal de Angolapublica neste caderno especial.

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O Mundo continua assolado por uma pandemia de altocontágio, causada pela Covid-19, que coloca em causaa estabilidade das relações sociais e a sustentabilidadedo tecido sócio-económico.

As acções implementadas pelo Executivo foramprontas e de intensidade variável e adaptável tendoculminado com a declaração do Estado de Emergência,por três vezes prorrogada.

No entanto, e apesar da subsistência do risco decontágio, urge, cada vez mais, garantir um melhorequilíbrio entre a estratégia sanitária de prevençãoe combate e a necessidade de relançar gradualmentea actividade económica, formal e informal, emespecial aquelas usadas como meio de subsistência,e o regresso à normalidade da vida social. Ou seja,sem descurar as regras de prevenção e combate àpandemia Covid-19, é necessário criar condiçõespara adaptação a uma nova postura social, capaz degarantir, com segurança, a gradual retoma da vidaeconómica e social.

Neste sentido, considerando que a Lei nº 28/03, de7 de Novembro, alterada pela Lei nº 14/20, de 22 deMaio, Lei de Protecção Civil, prevê o instituto da Situaçãode Calamidade Pública, o qual permite a adopção deum conjunto de medidas extraordinárias até ao regressoà normalidade.

Tendo em conta que, por outro lado, o RegulamentoSanitário Nacional, aprovado pela Lei nº 5/87, de 23de Fevereiro, complementado pelo RegulamentoSanitário Internacional-2005, recebido na ordemjurídica angolana pela Assembleia Nacional atravésda Resolução nº 32/08, de 1 de Setembro, obriga queo Executivo adopte medidas adicionais que se configuremindispensáveis para a salvaguarda da saúde e segurançada população, de forma a mitigar o contágio e a pro-pagação da Covid-19.

Convindo declarar a situação de Calamidade Públicae fixar as medidas de execução no território nacionaldurante o período da sua vigência;

Nos termos da alínea l) do artigo 120º e do nº 3 doartigo 125º, ambos da Constituição da República deAngola, conjugados com os artigos 5º e 19º da Lei nº5/87, de 23 de Fevereiro, a alínea c) do nº 2 do artigo11º da Lei nº 28/03, de 7 de Novembro, com as alteraçõesintroduzidas pela Lei nº 14/20, de 22 de Maio, o Presidenteda República decreta o seguinte:

DECLARAÇÃO DA SITUAÇÃO DE CALAMIDADE PÚBLICA AOABRIGO DA PANDEMIA COVID-19

ARTIGO 1.º(Declaração de Situação de Calamidade Pública)É declarada a situação de Calamidade Pública a partirda meia-noite (0h00) do dia 26 de Maio de 2020,que se prolonga enquanto se mantiver o risco de pro-pagação massiva do vírus SARS-COV-2 e da pandemiaCOVID-19.

ARTIGO 2.º(Objecto)1. O presente Decreto Presidencial define medidas deprevenção e controlo para evitar a propagação do vírusSARS-COV-2 e a doença Covid-19.

2. O presente diploma define igualmente as medidaspara o período de vigência da Situação de CalamidadePública referida no artigo anterior, assim como asregras de funcionamento dos serviços públicos eprivados e dos equipamentos sociais, com vista à pre-venção e mitigação da Covid-19.

3. As regras de funcionamento dos serviços públicose privados e dos equipamentos sociais constam doanexo ao presente Decreto Presidencial, de que é parteintegrante.

ARTIGO 3.º(Âmbito territorial)A situação de Calamidade Pública abrange todo oterritório nacional.

ARTIGO 4.º(Aplicação)As medidas decretadas no âmbito da situação de cala-midade Pública podem ser aditadas, modificadas ousuprimidas em função da evolução da situação epi-demiológica.

ARTIGO 5.º(Medidas de protecção individual)1. Sem prejuízo dos demais casos previstos no presentediploma, é obrigatório o uso de máscaras faciais nosseguintes casos:

a)Mercados;b) Venda ambulante;c) Estabelecimentos comerciais;

d) Recintos fechados de acesso ao público;e) Locais de culto;f) Estabelecimentos de ensino;g)Transportes colectivos;h) Salões de cabeleireiro, barbeiros e institutos debeleza.

2. É recomendado o uso de máscara facial em espaçosabertos em que não seja possível observar o distan-ciamento físico.

3. A não utilização de máscara facial nos casos referidosno nº 1 do presente artigo impossibilita o acesso aorespectivo local ou meio de transporte, devendo osresponsáveis pelos mesmos tomar todas as medidascom vista a vedar o acesso de cidadãos sem máscarafacial.

4. As instituições públicas e privadas devem garantiras condições essenciais de protecção individual dosfuncionários e respeitar as orientações das autoridadessanitárias, designadamente em matéria de higiene ebiossegurança.

5. O atendimento público deve observar as orientaçõessobre o distanciamento entre as pessoas.6. Sempre que possível é recomendado o atendimentomediante agendamento prévio.ARTIGO 6.º(Medidas)Para efeitos do presente diploma, e durante a vigênciada situação de Calamidade Pública, são implementadasmedidas que incidem sobre:

a) O funcionamento dos órgãos da administraçãodirecta e indirecta do Estado;b) O exercício da actividade agrícola, industrial ecomercial, nomeadamente nos sectores extractivo,transformador e dos serviços;c)O funcionamento dos mercados formais e infor-mais;d) As actividades que envolvam a participaçãomassiva de cidadãos enquanto existir o risco decontágio ou de insegurança dos cidadãos;e) A protecção de cidadãos em situação de vulne-rabilidade;f) O funcionamento dos transportes colectivos;g) O funcionamento de creches, infantários e ins-tituições de ensino, lares da terceira idade e laresde acolhimento;h) O funcionamento do tráfego rodoviário, aéreo,marítimo, fluvial e ferroviário;i) A prestação de serviços de saúde;j) A realização de espectáculos, actividades des-portivas, culturais e de lazer;k) O funcionamento dos locais de culto, enquantoexistir o risco de contágio ou de insegurança doscidadãos;l) A mobilização de voluntários;m) A defesa e controlo sanitário das fronteiras;n) Prestação compulsiva de cuidados individuaisde saúde, com ou sem internamento, no interesseda saúde pública;o) A definição de cordões sanitários.

ARTIGO 7.º(Dever cívico de recolhimento domiciliar)Recomenda-se a todos os cidadãos abster-se de circularem espaços e vias públicas e equiparadas, bem comopermanecer no respectivo domicílio, excepto paradeslocações necessárias e inadiáveis.

ARTIGO 8.º(Defesa e controlo sanitário das fronteiras)1. Sem prejuízo das situações especiais definidas nonúmero seguinte, as fronteiras da República de Angolamantêm-se encerradas, estando as entradas e saídasdo território nacional sujeitas a controlo sanitáriodefinido pelas autoridades competentes, de acordocom Regulamento Sanitário Internacional e com oRegulamento Sanitário Nacional.

2. Para efeitos do número anterior, são situaçõesespeciais as seguintes, estando sujeitas a regime decontrolo próprio definido pelas autoridades compe-tentes:

a) Regresso ao território nacional de cidadãosnacionais e estrangeiros residentes;b) Viagem dos cidadãos estrangeiros aos respectivospaíses;c) Viagens oficiais;d) Entrada e saída de carga, mercadoria e encomendaspostais;e) Ajuda humanitária;f) Emergências médicas;g) Escalas técnicas;h) Entrada e saída de pessoal diplomático e con-sular;

i) Transladação de cadáveres, sendo admitidos atédois acompanhantes;j)Entradas para cumprimento de tarefas específicaspor especialistas estrangeiros.

3.Nos casos previstos nas alíneas a),f), i) e j), as auto-ridades competentes podem estabelecer a obrigatoriedadede realização de testes de despistagem pré-embarque,bem como a comparticipação, total ou parcial, dasdespesas relativas aos testes de despistagem pós desem-barque ou à submissão à confinamento hospitalar, nostermos da lei.4.Compete aos titulares dos departamentos ministeriaisresponsáveis em razão da matéria a definição dostermos de aplicação do disposto no número anterior.

5.É proibida a saída do território nacional de produtosda cesta básica, combustível, medicamentos, equipa-mentos e material gastável de uso médico, sem prejuízodas acções de ajuda humanitária internacional.

ARTIGO 9.º(Cerca sanitária na província de Luanda)1.É definida a cerca sanitária na província de Luanda,a partir da meia-noite (0h00) do dia 26 de Maio de2020 às 23h59 do dia 9 de Junho de 2020.

2. Enquanto vigorar a cerca sanitária, as fronteiras daprovíncia de Luanda estão sujeitas a controlo sanitário,nos termos definidos pelas autoridades competentes,devendo salvaguardar:

a) Entrada e saída de bens e serviços essenciais;b) Ajuda humanitária;c) Entradas e saídas de doentes;d)Outras a determinar pelas autoridades compe-tentes.

ARTIGO 10.º(Dever de comunicação de casos suspeitos)Nos termos do Regulamento Sanitário Nacional, àmedida que as condições o permitirem, é recomendadoo controlo de temperatura à entrada dos estabelecimentos,devendo as entidades responsáveis, na hipótese deidentificação de casos suspeitos, impedir a entrada ecomunicar imediatamente às autoridades sanitáriaslocais.

ARTIGO 11.º(Cerca e cordão sanitário)1. Havendo risco de transmissão comunitária e sempreque a situação epidemiológica o recomendar, as auto-ridades competentes podem estabelecer cerca oucordão sanitário.

2.O estabelecimento de cerca ou cordão sanitário deveser proporcional à dimensão do risco de contágio,podendo determinar a adopção, entre outras, dasseguintes medidas:

a) Delimitação da área de abrangência;b) Definição de regras para entrada e saída de pes-soas;c) Definição de regras para o funcionamento dosserviços, equipamentos sociais, estabelecimentoscomerciais e demais instituições existentes noperímetro da cerca.

3.Os cidadãos residentes ou que se encontrem na áreaabrangida pela cerca ou cordão sanitário estão sujeitosà vigilância epidemiológica e sanitária.

ARTIGO 12.º(Quarentena e testagem obrigatórias)1.Havendo risco de transmissão comunitária e sempreque a situação epidemiológica o recomendar, as auto-ridades competentes podem determinar a quarentenae testagem obrigatórias, na medida do proporcional àredução do risco.

2. Compete às autoridades sanitárias definir, em funçãodas circunstâncias concretas, a modalidade de quarentenaobrigatória.

3. Os cidadãos a quem tenham sido imposta quarentenagozam de tratamento igual, não podendo ser discri-minados nem prejudicados nos seus direitos após ocumprimento do confinamento obrigatório.

ARTIGO 13.º(Serviços públicos)1. Os serviços públicos funcionam no período das 8às 15 horas, nos seguintes termos:

a)A partir do dia 26 de Maio: 50% da força de tra-balho;b) A partir de 8 de Junho: 75% da força de traba-lho;c) A partir de 29 de Junho: restabelecimento totalda força de trabalho.

POLÍTICA Quarta-feira27 de Maio de 2020II

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2. No caso específico da província de Luanda, os serviçospúblicos funcionam no período das 8 às 15 horas, nos seguintestermos:

a) A partir do dia 26 de Maio: 50% da força de trabalho;b) A partir de 29 de Junho: 75% da força de trabalho;c) A partir de 13 de Julho: restabelecimento total da forçade trabalho.

3. Os serviços públicos devem criar as condições para o usoobrigatório de máscara facial, a observância do distanciamentofísico obrigatório, de controlo de temperatura dos funcionáriose utentes, a instalação de pontos de higienização das mãos àentrada e no interior das instalações, bem como a observânciadas medidas de biossegurança.

4.Excepcionam-se do previsto nos nºs 1 e 2 os serviços portuáriose conexos, bem como as delegações aduaneiras, que podemoperar com a totalidade da força de trabalho, a partir de 26 deMaio.

5.As condições para o funcionamento estão previstas no anexodo presente Decreto Presidencial.

ARTIGO 14.º(Funcionamento das unidades sanitárias)É determinada a reabertura de todos os serviços preventivose curativos das unidades sanitárias públicas e privadas, nostermos previstos no anexo do presente Decreto Presidencial.

ARTIGO 15.º(Protecção especial de cidadãos vulneráveis)1. Nas áreas em que tenha sido estabelecida cerca ou cordãosanitário, estão sujeitos à protecção especial os cidadãosvulneráveis à infecção por Covid-19, nomeadamente:

a) Pessoas com idade igual ou superior a 60 anos;b) Pessoas com doença crónica considerada de risco, deacordo com as orientações das autoridades sanitárias,designadamente os imuno-comprometidos, os doentesrenais, os hipertensos, os diabéticos, os doentes cardio-vasculares, doentes respiratórios crónicos e doentes onco-lógicos;c) Gestantes;d) Crianças menores de 12 anos.

2. Os cidadãos abrangidos pelo disposto no número anterior,incluindo os que tenham a sua guarda crianças menores de 12anos, quando detentores de vínculo laboral com entidadepública ou privada, que deve prestar serviço no período devigência da situação de Calamidade Pública, estão dispensadosda actividade laboral presencial enquanto vigorar a cerca oucordão sanitário, devendo estar submetidos ao regime detrabalho em domicílio.

3. O benefício de dispensa à prestação presencial de trabalhoem relação às pessoas com menores a seu cuidado, nos termosda alínea d), do nº 1, apenas aproveita a uma pessoa, indepen-dentemente do número de menores a seu cuidado, não podendomais de um adulto do mesmo agregado beneficiar da referidadispensa.

4.Nas áreas não sujeitas à cerca ou cordão sanitário, as pessoasreferidas nas alíneas a), b) e c), do n.º 1 e as que tenham menoresde 12 anos à sua guarda devem, sempre que possível, fazerparte do efectivo laboral dispensado temporariamente daactividade laboral até à entrada em funcionamento da totalidadeda força de trabalho, nos termos dos nºs 1 e 2 do artigo 13º.

5.O disposto no nº 2 não abrange os titulares de cargo público,os profissionais de saúde, os operadores de tráfego e apoio à

mobilidade, bem como os membros dos órgãos de defesa esegurança.

ARTIGO 16.º(Trabalho em domicílio)1.Sempre que as condições o permitam, os cidadãos dispensadosda actividade laboral presencial durante o período da situaçãode Calamidade Pública estão sujeitos ao regime de trabalho emdomicílio.

2.É recomendada a adopção do regime de trabalho em domicílio,independentemente do vínculo laboral, sempre que a situaçãoconcreta do trabalhador e as funções em causa o permitam,mediante acordo entre as partes.

3. Nas funções em que não seja possível o cumprimento dodisposto no número anterior, devem ser estabelecidas, dentrodos limites previstos na lei ou em regulamentação laboralaplicável ao respectivo trabalhador, escalas de rotatividade dopessoal, diárias ou semanais, e com horários diferenciados deentrada e saída.

4. Compete a cada entidade pública ou privada definir e criaras condições para que o trabalhador dispensado possa exercera actividade a partir do domicílio.

ARTIGO 17.º(Estabelecimentos hoteleiros e similares)1.Os estabelecimentos hoteleiros e similares devem adoptarplanos operacionais de biossegurança internos, elaboradosde acordo com as directrizes definidas pelas entidades com-petentes, no qual devem ficar definidos, os níveis de respon-sabilidade de todos os intervenientes.

2. Devem ser assegurados:a) A formação e treino dos trabalhadores, bem como osequipamentos de protecção individual adequados;b) Mudança de roupa dos quartos, limpeza e adequadadesinfecção das instalações;c)Manutenção, limpeza e desinfecção das superfícies.

3.No caso de existência de pessoa doente ou suspeita de estarinfectada por Covid-19, o estabelecimento deve garantir quea pessoa seja mantida em isolamento até à intervenção dasautoridades sanitárias.

ARTIGO 18.º(Estabelecimentos de ensino) 1. Os estabelecimentos de ensino, públicos e privados, de nívelsuperior e do II ciclo do ensino secundário reiniciam a actividadelectiva a partir do dia 13 de Julho.

2. Os estabelecimentos do I ciclo do ensino secundário e doensino primário, públicos e privados,reiniciam a actividadelectiva a partir do dia 27 de Julho.

3. A abertura e funcionamento dos equipamentos de ensinopré-escolar estão sujeitos à regulamentação específica.

4. Os titulares dos departamentos ministeriais competentesdevem aprovar o calendário escolar reajustado.

5.O reinício das actividades lectivas, nos termos dos númerosanteriores, está sujeito à observância de regras de biossegurançae de distanciamento físico, nos termos das regras constantesdo anexo ao presente diploma.

6. Para efeitos do disposto nos números anteriores os serviçosadministrativos são permitidos nos termos do artigo 13º.

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I - REGRAS GERAIS E TRANSVERSAIS1. Dever cívico de recolhimento domiciliar;

2. Sair de casa apenas para necessidades urgentese inadiáveis;

3. Obrigação geral de uso de máscara facial noslocais fechados de utilização comum;

4. Obrigação geral de uso de máscara facial noslocais abertos em que se verifique a concentraçãode pessoas;

5. Obrigação de distanciamento físico entre oscidadãos em todos os locais;

6.Obrigação de lavar as mãos com água e sabão ou dedesinfectá-las à entrada de todos os estabelecimentose instituições públicas ou privadas de acesso ao público;

7. Obrigação de criação gradual de condições pararealização de controlo de temperatura à entrada dosserviços e estabelecimentos de acesso público;

8. Obrigação de cumprimento das orientações dasautoridades sanitárias;

9. Confinamento obrigatório para pessoas doentese em vigilância activa e obrigação de notificação àsautoridades sanitárias;

10.Higienização e desinfecção regular dos espaçospúblicos e privados;

11. Disponibilização de meios de biossegurança porparte de todas as entidades empregadoras;

12. A preferência, nos restaurantes e similares, pelautilização de material descartável;

13. Recurso preferencial à prestação de serviços pormarcação prévia;

II – OBRIGATORIEDADE DE USO DE MÁSCARA FACIAL1. É obrigatório o uso de máscara facial nos seguinteslocais:

a) Mercados;b) Venda ambulante;c) Estabelecimentos comerciais;d) Recintos fechados de acesso ao público;e) Recintos abertos em que há concentração decidadãos;f) Locais de culto;g) Estabelecimentos de ensino;h) Transportes colectivos;i) Salões de cabeleireiro, barbeiros e institutosde beleza.

2. Proibição de acesso para quem não esteja a usarmáscara individual.

III - REGRAS ESPECÍFICAS1. ESTABELECIMENTOS DE ENSINO

1.1. Previsão de reinício de actividade lectiva (depen-dente da evolução da situação epidemiológica):

a) A partir de 13 de Julho – ensino superior e IIciclo do ensino secundário;b) A partir de 27 de Julho – I ciclo do ensinosecundário e ensino primário;c) Ensino pré-escolar – sem previsão de reinício(sujeito à regulamentação específica).

1.2. O Reinício das actividades lectivas está dependenteda criação das seguintes condições/regras:

a) Garantia de existência de condições para odistanciamento físico nas salas de aula;b) Distanciamento físico à entrada e em todosos momentos no interior do estabelecimento deensino;c) Obrigação de renovação frequente do ar nassalas de aula e gabinetes de trabalho, preferen-cialmente com janelas e portas abertas, devendo,sempre que possível, estar protegidas por redeanti-insecto;d) Obrigação de gestão de resíduos segundoregras de biossegurança incluindo o esvaziamentodiário dos recipientes de resíduos e a disponi-bilização de recipientes higienizados ao começode cada dia de actividade lectiva;e) Garantia da existência de material e produtosde limpeza para os procedimentos adequadosde higienização dos edifícios escolares;f) Higienização regular de todas as superfíciese equipamento escolar (mesas, cadeiras, carteiras,etc.);g) Proibição de partilha de livros entre os alu-nos;h)Higienização das mãos à entrada dos edifíciosescolares, das salas de aula e existência de pontosde higienização ao longo do edifício;i)Obrigação de uso de máscara facial por pessoaladministrativo, professores e alunos;j)Distanciamento físico adequado entre pessoaladministrativo, professores, alunos e outraspessoas no acesso aos edifícios escolares edurante os intervalos;k) Obrigação de manter, sempre que possível,as portas de acesso ao edifício e as diferentesáreas abertas de forma a evitar o toque constantedas superfícies;l) Encerramento de espaços não necessários àactividade lectiva, como cantinas, refeitórios,as salas de apoio, as salas de convívio de alunos

e outros;m) Proibição de realização de celebrações festivase convívios nos estabelecimentos de ensino;n) As bibliotecas, laboratórios e salas de infor-mática, devem reduzir a lotação máxima em50%, e dispor de uma sinalética que indique oslugares que podem ser ocupados de forma agarantir as regras de distanciamento físico,devendo ser ventiladas e higienizadas a cadautilização.

2. CENTROS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

2.1 Previsão de reinício da actividade formativa(podendo ser suspensa em função da evolução dasituação epidemiológica):

• Reabertura dos Centros de Formação Profissionala partir do dia 26 de Maio (desde que reunidasas condições mínimas de biossegurança e dedistanciamento físico).

2.2O Reinício das actividades formativas está depen-dente da criação das seguintes condições/regras:

a) Distanciamento físico mínimo de 2 metrosentre os formandos;b) Obrigatoriedade de higienização das mãos àentrada dos centros de formação profissional;c)Obrigatoriedade de criação de condições para

Regras para o funcionamento das instituiçõese o comportamento dos cidadãos para

a prevenção e combate à pandemia COVID-19

PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO

ALBERTO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO

GARCIA MAYATOKO | EDIÇÕES NOVEMBRO

POLÍTICA Quarta-feira27 de Maio de 2020IV

Instituições devem criar condições para voltar a funcionar

Reinício da actividade lectiva será sob regras apertadas

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higienização permanente das mãos no interiordos centros;d) Limitação de presença simultânea de formandosno interior das salas a 50% da capacidade;e)Obrigatoriedade de higienizar as salas de aulae os utensílios de uso no processo formativo;f) Obrigatoriedade de ventilação dos espaços;g) Em geral, aplica-se aos centros de formaçãoprofissional as regras e condições aplicáveis aosestabelecimentos de ensino.

3. COMPETIÇÕES E TREINOS DESPORTIVOS

3.1 Previsão de reinício da actividade desportiva(dependente da evolução da situação epidemio-lógica):

a) A partir de 26 de Maio - prática desportivaindividual e de lazer em espaço aberto:• De segunda-feira à sexta-feira – entre as 5:50e as 7:30 e entre as 17:00 e as 20:30;• Sábados, Domingos e feriados – entre as 5:30e as 20:30.

b) A partir de 27 de Junho:i. Treinos e actividades desportivas federadas;ii. Prática desportiva colectiva não federada.c)Ginásio e similares – sem previsão de reinício(definida por diploma próprio);d) Presença de espectadores nas actividadesdesportivas federadas – sem previsão de reinício(definida por diploma próprio).

3.2O Reinício das actividades desportivas federadase não federadas está dependente da criação dasseguintes condições/regras:

a)Higienização regular dos recintos desportivose das superfícies;b)Higienização das mãos à entrada dos recintosdesportivos;c) Uso obrigatório de máscara facial, exceptodurante a competição;d)Distanciamento mínimo de 2 metros, exceptoem competição;e) Treinos e competições à porta fechada (atédecisão em sentido contrário);f) A prática de actividade física e desportiva emcontexto não competitivo e ao ar livre pode serrealizada, desde que sejam asseguradas condições,como um distanciamento mínimo de dois metrosentre pessoas, para actividades que se realizemlado a lado;g) Para as actividades que se realizam em fila,o distanciamento mínimo será de quatro metros;h) Impedimento de partilha de materiais e equi-pamentos pessoais, incluindo sessões com trei-nadores pessoais, bem como o acesso à utilizaçãode balneários.

4. COMÉRCIO DE BENS E SERVIÇOS EM GERAL

4.1. Continuação do exercício da actividade (depen-dente da evolução da situação epidemiológica)

• Novo horário a partir de 26 de Maio - entre as07h.00 e as 19h.00;• A partir de 26 de Maio – 50% da força de trabalhopresencial;• A partir de 8 de Junho – 75% da força de trabalhopresencial;• A partir de 29 de Junho – 100% da força detrabalho.

4.2. O funcionamento dos estabelecimentos quevendam bens e serviços deve observar as seguintes

condições/regras:a)Obrigatoriedade de assegurar a sensibilizaçãopara o cumprimento das regras de higienizaçãodas mãos, do uso obrigatório de máscara facial,assim como das outras medidas de higienepessoal e ambiental, através da afixação emlocal visível das recomendações das autoridadessanitárias;b) Afixação, no exterior e em local visível, dacapacidade máxima de pessoas dentro do esta-belecimento;c) Organização das filas de espera no exteriordo estabelecimento, observando-se um espa-çamento mínimo de 2 metros;d) Obrigatoriedade de disponibilizar soluçõespara a higienização das mãos à entrada do esta-belecimento;e) Sempre que possível, necessidade de assegurarque os lavatórios estejam acessíveis sem neces-sidade de manipular portas;f) Garantia de uma adequada limpeza e desin-fecção das superfícies;g) Garantia de existência e de cumprimento deprotocolos de limpeza e desinfecção dos espa-ços;h) Garantia de condições para a desinfecçãoregular dos equipamentos de uso regular pelosutentes (terminais de pagamentos automáticos,carrinhos de compras, etc);i) Garantia de higienização permanente das ins-talações sanitárias;j)Asseguramento da ventilação regular dos espa-ços;k)Manutenção regular dos aparelhos de ar con-dicionado;l)Obrigatoriedade de notificação às autoridadessanitárias sempre que algum colaborador desen-volva sinais ou sintomas sugestivos de COVID-19, devendo colocar o trabalhador em isolamento.

5. RESTAURANTES E SIMILARES

5.1 Previsão de reinício da actividade (dependenteda evolução da situação epidemiológica):a) A partir de 26 de Maio - de segunda-feira a

sábado entre as 6:00 e as 15:00;b) A partir de 8 de Junho – todos os dias, até às22:30.

5.2 O Reinício das actividades de restauração emcada estabelecimento está dependente da criaçãodas seguintes condições/regras:

a) Redução da capacidade máxima do estabe-lecimento (incluindo balcão, e esplanada), porforma a assegurar o distanciamento físico mínimode 2 metros entre as pessoas nas instalações;b) Limitação de pessoas em simultâneo no espaçodo restaurante ou similar até ao limite de 50%da capacidade máxima, sendo obrigatório a afi-xação de placa com a capacidade do espaço emlocal visível ao público;c) Privilegiar a utilização de espaços destinadosaos clientes em áreas exteriores como as espla-nadas (sempre que possível) e serviço take-away;d) Disposição das cadeiras e das mesas por formaa garantir uma distância de pelo menos 2 metrosentre as pessoas;e) Limite de quatro pessoas por mesa;f) Privilegiar o agendamento prévio para reservade lugares por parte dos clientes;g) Proibição de soluções self-service (buffet) edispensadores de alimentos que impliquem con-tacto por parte do cliente;

h) Obrigatoriedade de atendimentos e pagamentosà mesa;i) Garantia de instalações sanitárias para osclientes e colaboradores que possibilitem a lava-gem das mãos com água e desinfectantes;j) Garantia de existência de papel para a secagemdas mãos, sendo desincentivado o uso de seca-dores e toalhas de uso múltiplo;k) Sempre que possível, os lavatórios devemestar acessíveis sem necessidade de manipularportas; l)Garantir uma adequada limpeza e desinfecçãodas superfícies;m)Obrigatoriedade de existência de protocolosde limpeza e desinfecção. n)Garantia de desinfecção após cada utilização,com recurso a detergentes adequados, dos equi-pamentos críticos tais como terminais de paga-mento automático e ementas individuais);o)As filas de espera para entrada devem, sempreque possível, ser efectuadas no exterior do esta-belecimento e devem garantir as condições dedistanciamento e segurança;p) Obrigatoriedade de mudança de toalhas demesa e/ou higienização das mesas após cadaconsumo;q) Substituir as ementas individuais por ementasque não necessitem de ser manipuladas pelosclientes (por exemplo, quadros ou digitais);r) Disponibilizar a loiça e talheres apenas nomomento de consumo; s) Assegurar a ventilação dos espaços;t)Assegurar a manutenção regular dos aparelhosde ar condicionado;u) Contactar imediatamente as autoridades sani-tárias sempre que algum ou alguns dos colabo-radores desenvolvam sinais ou sintomas sugestivosde COVID-19, devendo colocar o trabalhadorem isolamento de acordo com o Plano de Segu-rança.

6. A ACTIVIDADE INDUSTRIAL, AGRO-PECUÁRIA E PESQUEIRA

6.1 Continuidade das actividades a partir de 26 deMaio.

6.2A continuidade das actividades industriais, agro-pecuárias e pesqueiras está dependente da criaçãodas seguintes condições/regras:

a) Higienização regular das superfícies;b)Disponibilização de material para higienizaçãodos trabalhadores;

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Actividade pesqueira deve cumprir medidas específicas

Serviços de restauração devem ajustar-se ao novo contexto

O distanciamento físico entre clientes é uma das regras

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c)Higienização regular dos utensílios de traba-lho;d) Uso obrigatório de máscara facial pelos tra-balhadores; e)Distanciamento físico entre os trabalhadores,adequado às condições de trabalho;f) Limitação do número de pessoas nos espaçospara observação de distanciamento físico.

7. CONSTRUÇÃO CIVIL E OBRAS PÚBLICAS

7.1 Previsão de reinício de actividade (dependenteda evolução da situação epidemiológica):

a)A partir de 26 de Maio - continuação das obraspúblicas urgentes, estratégicas e prioritárias;b) A partir de 8 de Junho - todas as obras deconstrução civil, públicas e privadas.

7.2 A continuidade/reinício das actividades dasobras de construção civil está dependente da criaçãodas seguintes condições/regras:

a) Higienização regular dos locais e dos instru-mentos de trabalho;b) Disponibilização de material de higienizaçãodas mãos à entrada dos locais de trabalho;c) Uso obrigatório de máscara facial pelos tra-balhadores e visitantes; d) Distanciamento físico de, no mínimo, 2 metrosentre trabalhadores, sempre que possível.

8. ACTIVIDADES E REUNIÕES

8.1 Reinício a partir de 26 de Maio.

8.2 A realização de actividades e reuniões está depen-dente da criação das seguintes condições/regras:

8.1.1. Quando realizadas em espaço fechado:a) Limite de 50% da capacidade da sala;b) Concentração de no máximo 150 pessoas;c) Distanciamento físico mínimo recomendávelentre os participantes;d) Uso obrigatório de máscara facial;e) Higienização das mãos à entrada.

8.1.2. Quando realizadas em espaços abertos:a) Distanciamento físico mínimo de 2 metrosentre os participantes;b) Obrigação de uso de máscara facial;c) Obrigatoriedade de os organizadores fornecerem

máscaras faciais aos participantes;d) Observância das regras de biossegurança.

9. ACTIVIDADES RECREATIVAS, CULTURAIS E DE LAZERNA VIA PÚBLICA OU EM ESPAÇO PÚBLICO

9.1. Previsão de reinício de actividades recreativas,culturais e de lazer na via pública ou em espaçopúblico (dependente da evolução da situação epi-demiológica):

a) A partir de 8 de Junho - reinício de funcio-namento de museus, teatros, monumentos eestabelecimentos similares;b) A partir de 8 de Junho, reinício da realizaçãode feiras de cultura e arte, bem como de expo-sições; c) A partir de 13 de Julho abertura de bibliotecase mediatecas;d) A partir de 31 de Julho - reabertura das salasde cinema.e)A partir de 15 de Agosto - reabertura de praias,piscinas de acesso público e demais zonas bal-neares; f)A partir de 15 de Agosto - reabertura de clubesnavais e marinas, para fins recreativos;g) Sem data prevista - outras actividades culturaise artísticas (espectáculos musicais) estão sujeitasa regulamentação específica.

9.2.O Reinício das actividades recreativas, culturaise de lazer na via pública ou em espaço público estádependente da criação das seguintes condições/regras:

a) Limitação da capacidade das salas a 50% dacapacidade;b) Higienização das mãos à entrada das super-fícies;c) Uso obrigatório de máscara facial por todosos participantes;d)Distanciamento físico de, no mínimo, 2 metrosentre os participantes, e afastamento de 2 metrosentre as bancadas no caso de feiras.

10. ACTIVIDADES RELIGIOSAS

10.1. Previsão de reinício de actividade (dependenteda evolução da situação epidemiológica):a)Até 24 de Junho – período reservado à preparaçãodas condições de biossegurança nos locais de culto;b) A partir de 24 de Junho – reinício das actividadesreligiosas.

10.2. O Reinício das actividades está dependenteda criação das seguintes condições/regras:

a) Limitação de até 50% da capacidade dos locaisde culto;b) Ajuntamento permitido no limite máximo deaté 150 pessoas;c) Ajuntamentos para fins religiosos nos locaisde culto fechados até quatro dias por semana,sendo que os restantes dias são reservados ahigienização do espaço;d) Higienização regular das superfícies;e) Celebrações religiosas em espaço fechadocom duração máxima de duas horas;f) Higienização das mãos à entrada dos locaisde culto.g) Uso obrigatório de máscara facial;h) Distanciamento de, no mínimo, 2 metrosentre fiéis;i) Localização privilegiada, nos locais de culto,para pessoas em grupos de risco;j)Afixação da lotação máxima da sala e de regrasde higiene e distanciamento durante os cultosem local visível aos fiéis;

k) Manutenção das portas de acesso aos locaisde culto e das portas de acesso as outras áreasabertas;l) Ventilação constante dos espaços de culto ehigienização obrigatória após cada celebração;m) Abstenção de utilização ou distribuição defolhetos ou documentos, durante os cultos;n)Os recipientes para oferta deverão ser colocadosem locais de fácil acesso devendo os fiéis des-locarem-se ao respectivo local observando odevido distanciamento físico;o) Peregrinações sujeitas a comunicação préviaàs autoridades competentes.

11. UNIDADES SANITÁRIAS

11.1. Reabertura da plenitude dos serviços nas uni-dades sanitárias:

a) Reabertura plena de todas as unidades sanitáriaspúblicas e privadas;b) Prestação de todos os serviços curativos epreventivos no sector público e privado.

11.2. Medidas a adoptar e regras de funcionamentodas unidades sanitárias, públicas e privadas:

a) Controlo sanitário de viajantes, bens, mer-cadorias, meios de transporte, contentores,carga e encomendas postais;b) Implementação de cerca e cordão sanitário,sempre que justificável, para a contenção dapandemia;c)Determinação de quarentena institucional oudomiciliar sempre que justificável para contençãoda pandemia;d) Disponibilização de informação ao utentesobre a adequada etiqueta respiratória, higie-nização das mãos e utilização de máscara, nomea-damente através de fixação de cartazes;

e) Testagem dos seguintes grupos:i. Cidadãos provenientes do exterior do País;ii. Contactos dos casos confirmados de SARSCOV-2;iii. Tripulação dos meios de transporte prove-nientes do exterior do país;iv. Trabalhadores de Saúde, efectivos da ordempública, defesa e segurança;v. População residente em zona de risco detransmissão comunitária.

f) Reforço das medidas de vigilância nas unidadessanitárias, nas unidades de cuidados continuados,lares infantis e de idosos, na comunidade, noslocais de trabalho, nas escolas, nas instituiçõespúblicas, privadas, nas cadeias, quartéis, unidadeshoteleiras e de restauração, entre outros;g) Reforço da busca-activa e seguimento doscontactos;h) Intensificação da divulgação de mensagenspara o aumento do nível de literacia da populaçãopara a mudança de comportamento face a pan-demia da COVID-19;i) Criação de disponibilidade de locais apropriadospara o alojamento dos casos suspeitos de SARSCOV-2.

11.3. Condições a que estão sujeitas as unidadessanitárias

a) Sempre que possível, deve ser efectuada amarcação prévia das consultas de forma remotapara evitar utentes em sala de espera;b) Remoção da sala de espera das revistas, folhetose outros objectos (máquinas de café, dispensadores

POLÍTICA Quarta-feira27 de Maio de 2020VI

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de água, etc) que possam ser manuseados porvárias pessoas;c) Disponibilização de máscaras (se o utentenão levar máscara própria) e solução de higie-nização à entrada dos estabelecimentos; d) Renovação frequente do ar da sala de espera,preferencialmente com as janelas e as portasabertas, devendo, sempre que possível, estaras janelas protegidas por redes anti-insecto;e) Protecção com barreiras plásticas ou papelde alumínio descartáveis as superfícies maisexpostas ao contacto com as mãos do gabinetede consulta (equipamento informático, pegado candeeiro, tabuleiro, painel de comando dacadeira, instrumentos rotativos, entre outros);f)Manutenção regular dos equipamentos de arcondicionado; g)Desinfecção das superfícies, dando especialatenção às de toque frequente;h) Remoção de todos os adereços, como anéis,pulseiras, colares, brincos e relógios, por partedos profissionais de saúde, para atender osutentes;i) Renovação do ar dos gabinetes no final decada consulta.

12. VISITA AOS ESTABELECIMENTOS HOSPITALARESE PRISIONAIS

12.1 Previsão de reinício das visitas aos estabele-cimentos hospitalares (dependente da evolução dasituação epidemiológica):

a) A partir de 24 de Junho.

12.2 Previsão de reinício das visitas aos estabele-cimentos prisionais (dependente da evolução dasituação epidemiológica):

a) Nos estabelecimentos de classe C – a partirde 29 de Junho;b) Nos estabelecimentos de classe B – a partirde 13 de Julho;c) Nos estabelecimentos de classe A – a partirde 27 de Julho.

12.3Regras de acesso definidas por diploma próprio(sem prejuízo disso):

• Obrigatoriedade de uso de máscara facial;• Observância de distanciamento físico;• Direito de visita de advogados em missão deserviço.

13. TRANSPORTE COLECTIVO DE PESSOAS E BENS

13.1 Previsão de reinício/continuidade da actividadede transporte colectivo de pessoas e bens (dependenteda evolução da situação epidemiológica):

a) A partir de 26 de Maio - até 50% da capaci-dade;b) A partir de 8 de Junho - até 75% da capaci-dade.c)A partir de 9 de Junho - transporte ferroviáriocom 50% da sua capacidade.

13.2 O funcionamento dos transportes colectivosdeve observar as seguintes condições/regras:

a) Disponibilização, para trabalhadores e uti-lizadores, de solução para a higienização das mãosà entrada e à saída dos veículos e das estações;b) Higienização regular dos veículos e das áreasdas estações e paragens;c)Garantir a renovação do ar nos veículos sempreque tal seja tecnicamente possível;d)Uso obrigatório de máscara facial pelos traba-lhadores e utilizadores. e) Obrigação de manutenção regular dos ares con-dicionados dos veículos;f)Lotação reduzida nos veículos para observaçãode distanciamento físico;g) Criação de condições para manter a distânciafísica recomendada entre os utilizadores duranteos períodos de espera nas paragens e estações;h)Observação de distanciamento físico no acto dacompra dos bilhetes e a entrada dos passageiros.

14. ESTABELECIMENTOS HOTELEIROS E SIMILARES

14.1. Continuação da prestação de serviços hote-leiros

• A partir de 26 de Maio.

14.2. A continuidade do funcionamento dos esta-belecimentos hoteleiros e similares está dependenteda criação das seguintes condições/regras:

a) Obrigação de uso de máscara no acesso enas zonas de concentração de pessoas;b)Higienização rigorosa das superfícies e áreascomuns, incluindo dos restaurantes e baresinternos;c)Disponibilidade de solução para higienizaçãona entrada e em todas as áreas onde seja sus-ceptível de se verificar concentração de pes-soas;d) Mudança e desinfecção rigorosa de roupados quartos ocupados;

e) Desinfecção rigorosa dos quartos entre adesocupação e a ocupação subsequente;f) Obrigação de comunicação as autoridadessanitárias sobre doentes ou suspeitos da doença,devendo isolar o suspeito até a chegada dasautoridades.

15. SERVIÇOS PÚBLICOS

15.1. Previsão de reinício/continuação do funcio-namento dos serviços públicos (dependente daevolução da situação epidemiológica):

a) A partir de 26 de Maio - 50% da força de tra-balho;b) A partir de 8 de Junho - aumento para 75%da força de trabalho;c) A partir de 29 de Junho - restabelecimentototal da força de trabalho;d) A partir de 26 de Maio - 100% da força detrabalho dos serviços portuários e das delegaçõesaduaneiras.

15.2.Reabertura dos serviços públicos na provínciade Luanda.

a) A partir de 26 de Maio - 50% da força de tra-balho;b) A partir de 29 de Junho - aumento para 75%da força de trabalho;c) A partir de 13 de Julho - restabelecimentototal da força de trabalho.

15.3. O Reinício/continuação do funcionamentodos serviços públicos está dependente da criaçãodas seguintes condições/regras:

a) Obrigação de higienização regular das super-fícies;b)Disponibilização de soluções de higienizaçãodas mãos à entrada e colocação de pontos dehigienização no interior.c)Obrigação de uso de máscara facial por fun-cionários e utentes. d)Obrigação de observância de distanciamentofísico de, no mínimo, 1,5 metros entre funcio-nários e utentes.e) Controlo da temperatura à entrada dos edi-fícios, sempre que possível;f) Garantir que o local destinado a espera dosutilizadores comporte apenas 50% da sua capa-cidade normal;g) Limitação do número de pessoas em simul-tâneo nos espaços para observância do distan-ciamento físico.

VIIQuarta-feira27 de Maio de 2020

Retoma paulatina da actividade permite reanimar a economia mas requer rigor na observação de medidas sanitárias

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