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Quatro Décadas de História - MPDFT

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Quatro Décadas de História

do

Ministério Público doDistrito Federal e Territórios

Organizador: Procurador de Justiça João Alberto Ramos

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Quatro Décadas de História

do

Ministério Público doDistrito Federal e Territórios

Brasília-DF2005

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

© 2005MPDFT

Eixo Monumental Praça Municipal, Lote 2 – Edifício-SedeBrasília (DF)Cep: 70075-900

Home page: www.mpdft.gov.br

Capa, Editoração eletrônica e Impressão: Editora JR Gráfica

Equipe Técnica: Comissão do Projeto Memorial e Assessoria deComunicação Social

Revisão: Adriana Custódio da Silveira

Tiragem: 500 exemplares

Quatro Décadas de História do Ministério Público do Distrito Federale Territórios / João Alberto Ramos (Org.)Brasília: MPDFT, 2005

396 p.

ISBN 85-99485-02-4

1. Ministério Público, história.

CDD 341.413

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

APRESENTAÇÃO

A presente obra, a par de se revelar marco inicial doProjeto Memória, reveste-se, também, em singular oportunidadepara todos nós, atuais integrantes, conhecermos a trajetóriado Ministério Público do Distrito Federal e Territórios e a forçaidealizadora construtiva daqueles que nos antecederam.

Se hoje vivemos no atual estágio de nossa instituição,onde as condições de trabalho são dignas e condizentes coma nobreza de nossa missão, é porque todo o passado históricofoi construído e conquistado por aqueles que nos precederamna luta incessante por um Ministério Público forte e atuante.

É imprescindível, pois, resgatar fatos, conhecimentos,experiências, acumulando informações no sentido de preservarvalores essenciais, adequando-os à nova realidade, senecessário, com a consciência de que o passado sempremantém compromisso com o presente e o futuro.

Uma linha de evolução nunca deve ser interrompida, paratanto, é condição indispensável que haja uma herançahistórica, que revele às gerações presentes e futuras o quantofoi árdua a caminhada para a conquista do respeito e dagrandeza do Ministério Público.

Por fim, destacamos que o livro é fruto de um incansáveltrabalho de pesquisa realizado sob a supervisão do ilustreprocurador de justiça João Alberto Ramos, com a inestimávelcolaboração das eminentes procuradoras de justiça Lenir de

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Azevedo, Suelly da Rocha Ambrósio da Fonzeca e ZenaideSouto Martins, bem como da servidora Gláucia DamascenoMartins dos Santos.

Necessário se faz, portanto, que o projeto ora iniciadonão se perca no tempo e que, de certa forma, possa servir deincentivo e inspiração aos nossos sucessores, a fim de quenossa identidade se fortaleça e de que nossos valorespermaneçam fiéis à nobre missão que a Carta Pública confiouao Ministério Público.

José Eduardo Sabo PaesProcurador -Geral de Justiça (2002 - 2004)

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

PRÓLOGO

Em novembro de 1996, o então procurador-geralHumberto Adjuto Ulhôa constituiu comissão para elaborar ohistórico do Ministério Público do Distrito Federal. O procuradorde justiça João Alberto Ramos, membro da comissão, haviaescrito um importante esboço histórico para a palestra queproferiu na abertura do II Congresso Interno do MinistérioPúblico do Distrito Federal, realizado na Pousada do RioQuente, em 1995. Decidiu a Comissão, então, atribuir a JoãoRamos a função de relator, com a incumbência de rever eampliar o seu trabalho. A tarefa muitas vezes interrompida,em razão de suas atribuições normais como procurador dejustiça e membro do Conselho Superior e da Câmara deCoordenação e Revisão da Ordem Jurídica Criminal foifinalmente concluída no segundo semestre de 2001 esubmetida à Comissão que o aprovou, fazendo os acréscimose supressões julgadas oportunas.

Em outubro de 2002, o procurador-geral de justiça JoséEduardo Sabo Paes, por meio da Portaria 1357/2002, criou oProjeto Memória do MPDFT prevendo, ainda, a instituição doConselho de Memória do MPDFT, o qual foi designado pelaportaria 1551/2002 e era formado pelos procuradores de justiçaaposentados Gilvan Correia de Queiroz, Arthur SebastiãoCesar da Silva, Marluce Aparecida Barbosa Lima e PauloTavares Lemos; pelos procuradores de justiça Suelly da RochaAmbrósio da Fonseca, Zenaide Souto Martins e Amarílio TadeuFreesz de Almeida; pelos promotores de justiça Consuelita

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Valadares Coelho, Laura Beatriz C.B. Alves S. Rito, SandraJulião Bonfá, Wanderley Ferreira dos Santos, Cristina RasiaMontenegro e Rita de Cássia Mendes de Souza; todos sob acoordenação do procurador de justiça João Alberto Ramos. OConselho de Memória do MPDFT incumbiu a coleta de materialhistórico e divulgação de acervo.

Concluído o trabalho, temos a satisfação de entregá-lo atodos os colegas do Ministério Público do Distrito Federal. Emsuas duzentas e poucas páginas não está toda a história danossa instituição, pois existem aqueles fatos que não foramregistrados em documentos, residindo apenas na lembrançade todos que os vivenciaram. Por outro lado, as alegrias diantedas vitórias conquistadas, bem como as mágoas e tristezaspelas derrotas e frustrações não puderam ser grafadas no papel.Ficaram arquivadas nos corações dos seus protagonistas.

Mas a história escrita, aquela à qual pudemos ter acesso,encheu-nos a todos, membros da Comissão, de enorme júbilo,porque testemunhamos, por intermédio de velhos eamarelecidos papéis, muito repletos de fungos e ácaros, aextraordinária, brilhante e vitoriosa caminhada queempreendeu o nosso Ministério Público, nesses quarenta equatro anos, graças ao esforço, dedicação e trabalho de todosque o amaram e o amam.

Os procuradores-gerais do Ministério Público do DistritoFederal de Dário Delio Cardoso, passando por WalterCeneviva, Leopoldo Miranda, Attila Sayol, Guimarães Lima,Geraldo Nunes, Dilermando Meireles até os mais recentes,todos contribuíram com o erguimento do edifício ministerial,cada qual colocando o seu tijolo. Desde Arthur Sebastião Cezarda Silva,- o primeiro servidor, até aqueles novos empossados,a caminhada foi árdua, em busca de condições razoáveis detrabalho.

A história revela não ser por acaso que o MinistérioPúblico do Distrito Federal se consolidou como o legítimo

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defensor da sociedade do Distrito Federal, atuando em todasas áreas de interesse da comunidade, inclusive comointerlocutor das partes para solução de conflitos grevistas queeclodiram em nossa cidade. O caminho foi aberto pela atuaçãofirme e corajosa de Milton Sebastião Barbosa, Gilvan Queiroz,Maria Paula Frassinetti Pires, Hilda Vieira, Carlos GomesSanromã, continuando com Sepúlveda Pertence, Luiz VicenteCernicchiaro, Marluce Aparecida, Celina Eutália, Jorge FerreiraLeitão, Temístocles Castro, Paulo Tavares, Francisco Leite emuitos e muitos outros bravos companheiros que elegeramcomo ideal de vida servir à Instituição que tem como razão deser a prestação de serviço ao público.

A nossa história destaca a importância de Lenir Azevedoe Celina Eutália de Souza, com os seus quase quarenta anosde serviços prestados à Instituição como servidoras e depoispromotoras e procuradoras de justiça, assim como dosservidores Margarida Maria Vieira Teixeira e Odálio AlvesFeitosa, nossos mais antigos e sempre dedicados servidores.

Auguramos que os novos e atuais membros e servidoresdo Ministério Público do Distrito Federal encontrem, naspáginas até aqui escritas, motivos e impulso para continuaremescrevendo a história do MPDFT com muita dedicação,trabalho, amor e, quando for preciso, renúncia e sacrifício.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

SUMÁRIO

CAPÍTULO ICAPÍTULO ICAPÍTULO ICAPÍTULO ICAPÍTULO I

1.1 Catalão ............................................................................ 17Lei nº 3.754/60 ................................................................ 18

1.3 Lei nº 4.158/62 ................................................................ 191.4 Decreto-Lei nº 114/67 ..................................................... 191.5 Decreto nº 63.348/68 ...................................................... 201.6 Decreto-Lei nº 622/69 ..................................................... 201.7 Lei nº 5.493/73 ................................................................ 211.8 Lei nº 6878/80 ................................................................. 211.9 Decreto-Lei nº 2267/85 ................................................... 221.10 Lei nº 8475/92 ................................................................. 231.11 Lei nº 8559/93 ................................................................. 231.12 Lei nº 10.293/01 .............................................................. 241.13 Lei nº 10.771/03 .............................................................. 25

CAPÍTULO IICAPÍTULO IICAPÍTULO IICAPÍTULO IICAPÍTULO II

2.1 Os Pioneiros ................................................................... 332.2 Promoção dos Pioneiros ................................................ 36

CAPÍTULO IIICAPÍTULO IIICAPÍTULO IIICAPÍTULO IIICAPÍTULO III

3.1 Nosso Primeiro Procurador-Geral .................................. 513.2 Os Nossos Procuradores-Gerais .................................. 53

CAPÍTULO IVCAPÍTULO IVCAPÍTULO IVCAPÍTULO IVCAPÍTULO IV

4.1 Nosso Primeiro Concurso .............................................. 83

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4.2 Nosso segundo Concurso .............................................. 864.3 Os demais Concursos .................................................... 92

CAPÍTULO VCAPÍTULO VCAPÍTULO VCAPÍTULO VCAPÍTULO V

5.1 Colégio de Procuradores e Promotores de Justiça ...... 1535.2 O Conselho Superior .................................................... 1555.3 Câmaras de Coordenação............................................ 1685.4 Corregedoria-Geral ....................................................... 172

CAPÍTULO VICAPÍTULO VICAPÍTULO VICAPÍTULO VICAPÍTULO VI

6.1 O Estágio no MPDFT ....................................................... 183

CAPÍTULO VIICAPÍTULO VIICAPÍTULO VIICAPÍTULO VIICAPÍTULO VII

7.1 A Defesa dos Direitos Humanos .................................. 201

CAPÍTULO VIIICAPÍTULO VIIICAPÍTULO VIIICAPÍTULO VIIICAPÍTULO VIII

8.1 O Edifício-Sede............................................................. 2278.2 O Prédio de Taguatinga ................................................ 2278.3 Projetos de outros edifícios .......................................... 2288.4 O 6º andar do “Bloco 6” ................................................ 2308.5 O 4º andar do “Bloco O” ............................................... 2308.6 Novamente o “Bloco 6” ................................................. 2318.7 No Prédio do TJDF ....................................................... 2318.8 O Prédio do INCRA ...................................................... 2348.9 Os passos iniciais para a construção do edifício-sede 234

CAPÍTULO IXCAPÍTULO IXCAPÍTULO IXCAPÍTULO IXCAPÍTULO IX

9.1 Atividade-fim ................................................................. 2459.2 Estrutura administrativa ................................................ 2679.3 O Quadro de servidores ............................................... 2819.4 O Setor de transportes ................................................. 294

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9.5 Informatização .............................................................. 2969.6 A Biblioteca ................................................................... 300

CAPÍTULO XCAPÍTULO XCAPÍTULO XCAPÍTULO XCAPÍTULO X

10.1 Participações em Congressos e outros ....................... 305

CAPÍTULO XICAPÍTULO XICAPÍTULO XICAPÍTULO XICAPÍTULO XI

11.1 Semana do MPDFT ...................................................... 33311.2 Colar do Mérito do MPDFT ........................................... 33411.3 Congressos Internos do MPDFT .................................. 33811.4 O Espaço Cultural Agora .............................................. 34211.5 Concurso de Monografias............................................. 34411.6 Prêmio de Jornalismo do MPDFT ................................. 34511.7 Um incidente sobre o controle externo da atividade

policial ........................................................................... 34711.8 A Associação do MPDFT ............................................. 35211.9 O Sindicato do MPDFT ................................................. 35811.10 A Revista....................................................................... 358

CAPÍTULO XIICAPÍTULO XIICAPÍTULO XIICAPÍTULO XIICAPÍTULO XII

12.1 A Fundação Escola Superior do MPDFT ..................... 367

CAPÍTULO XIIICAPÍTULO XIIICAPÍTULO XIIICAPÍTULO XIIICAPÍTULO XIII

13.1 As conquistas constitucionais ...................................... 38713.2 A atualidade do MPDFT ................................................ 387

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CATALÃO

A LEGISLAÇÃO QUE CRIOU CARGOS DEMEMBROS DO MPDFT

CAPÍTULO I

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CAPÍTULO I

1.1 1.1 1.1 1.1 1.1 CACACACACATTTTTALÃOALÃOALÃOALÃOALÃO - - - - - 19381938193819381938

Encontramos uma das primeiras raízes do MinistérioPúblico do novo Distrito Federal na cidade de Catalão, noEstado de Goiás, no longínquo ano de 1938, no dia 13 deagosto, quando ali chegou um jovem e promissor juristaformado em 1937 pela Faculdade de Direito da Universidadede Minas Gerais.

O jovem bacharel, animado do puro ideal de servir àJustiça, deixou o conforto da Capital do Estado de Goiás, ondelecionava a cátedra de Direito Comercial em sua Faculdadede Direito, para assumir, em Catalão, o cargo de PromotorPúblico.

Logo o novel promotor se destacou no seio dacomunidade catalense pelas suas indiscutíveis qualidades decaráter, pela sua cultura jurídica e pela sua formaçãohumanística. O recém-empossado, advogado da sociedade,empunhou incômoda quão perigosa bandeira, qual seja a delutar para diminuir o elevado número de crimes de homicídiosna comarca, pois que, em alguns meses apenas, foramcometidos quase três dezenas desses crimes. A luta rendeuao intrépido promotor a sua prematura remoção de Catalão,patrocinada pela retrógrada força política dos coronéis deentão, contrariados em seus interesses.

Mas Catalão, em pleito de reconhecimento ao destemidofiscal da lei que permaneceu na cidade até 1942, assimilou assuas idéias renovadoras e, em curto espaço de tempo, onúmero de crimes de homicídio na Comarca caiuconsideravelmente. Foi a homenagem da bela cidade ao jovempromotor, vítima da mediocridade dos tacanhos caciquesmunicipais. Esse promotor viria, anos depois, a tornar-se peçade fundamental importância para o Ministério Público do DistritoFederal e Territórios.

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Mas deixemos de lado, por hora, o promotor de Catalão evamos abordar mais diretamente a criação do nosso MinistérioPúblico.

1.2 A LEI Nº 3.754, DE 14 DE ABRIL DE 19601.2 A LEI Nº 3.754, DE 14 DE ABRIL DE 19601.2 A LEI Nº 3.754, DE 14 DE ABRIL DE 19601.2 A LEI Nº 3.754, DE 14 DE ABRIL DE 19601.2 A LEI Nº 3.754, DE 14 DE ABRIL DE 1960

A Lei nº 3754, de 14 de abril de 1960, que dispôs sobre aOrganização Judiciária do Distrito Federal de Brasília, criou oMinistério Público do Distrito Federal, constituído de umProcurador-Geral, de livre nomeação e demissão do Presidenteda República, escolhido dentre bacharéis em direito com, nomínimo, seis anos de prática forense, e de uma carreiraintegrada por dois promotores públicos, dois promotoressubstitutos e dois defensores públicos (art. 39). O ingresso nacarreira far-se-ia na classe inicial, mediante concurso públicode títulos e provas (art. 40), embora as disposições transitóriasprevistas no artigo 95 excetuasse a norma geral, possibilitandoaos membros do Ministério Público do antigo Distrito Federala transferência para o Ministério Público do novo DistritoFederal. Além do mais, a referida lei permitiu a nomeaçãointerina, excepcionalmente, para cargos da carreira.

Portanto, o nosso primeiro quadro, criado pela Lei nº3.754/60, era composto por seis membros mais o Procurador-Geral.

Embora a Lei nº 3.754 especificasse as atribuições decurador, não criou o respectivo cargo. Verificada a lacuna legal,o assunto foi submetido ao Consultor-Geral da República daépoca, o emérito jurista Victor Nunes Leal, o qual emitiu parecerentendendo que o cargo de curador havia sido criadoindiretamente, uma vez que a lei especificava as suasatribuições.

Aprovado o parecer pelo Senhor Presidente da República,o quadro ficou assim constituído:

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CAPÍTULO I

CargoCargoCargoCargoCargo QuantidadeQuantidadeQuantidadeQuantidadeQuantidadeProcurador-Geral 1Curador 2Promotor Público 2Promotor Substituto 2Defensor Público 2

1.3 A LEI Nº 4.158, DE 28 DE NOVEMBRO DE 19621.3 A LEI Nº 4.158, DE 28 DE NOVEMBRO DE 19621.3 A LEI Nº 4.158, DE 28 DE NOVEMBRO DE 19621.3 A LEI Nº 4.158, DE 28 DE NOVEMBRO DE 19621.3 A LEI Nº 4.158, DE 28 DE NOVEMBRO DE 1962

Decorridos poucos mais de dois anos, ou seja, em 28 denovembro de 1962, foi editada a Lei nº 4.158, que criou maisdez cargos na Carreira do Ministério Público do Distrito Federal,que passou a ser integrada de: dois subprocuradores-gerais,quatro curadores, quatro promotores públicos, quatropromotores substitutos e quatro defensores públicos,além, óbvio, do procurador-geral. Passamos a contarcom um quadro de 18 cargos que perdurou até 1967.

1.4 DECRETO-LEI Nº 114, DE 25.1.19671.4 DECRETO-LEI Nº 114, DE 25.1.19671.4 DECRETO-LEI Nº 114, DE 25.1.19671.4 DECRETO-LEI Nº 114, DE 25.1.19671.4 DECRETO-LEI Nº 114, DE 25.1.1967

O diploma legal acima identificado criou doiscargos de promotor público, dois cargos de promotorsubstituto e quatro cargos de defensor público.Nosso quadro ficou constituído da seguinte forma:

CargoCargoCargoCargoCargo Quant idadeQuant idadeQuant idadeQuant idadeQuant idade

Procurador-Geral 1

Subprocurador 2

Curador 4

Promotor Público 6

Promotor Substituto 6

Defensor Público 8

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1.5 DECRETO Nº 63.348, DE 2.10.19681.5 DECRETO Nº 63.348, DE 2.10.19681.5 DECRETO Nº 63.348, DE 2.10.19681.5 DECRETO Nº 63.348, DE 2.10.19681.5 DECRETO Nº 63.348, DE 2.10.1968

Este decreto transferiu um cargo de promotor público deum território federal para o MPDF, com o respectivo ocupanteHélio Fonseca.

1.6 DECRETO-LEI Nº 622, DE 11.6.19691.6 DECRETO-LEI Nº 622, DE 11.6.19691.6 DECRETO-LEI Nº 622, DE 11.6.19691.6 DECRETO-LEI Nº 622, DE 11.6.19691.6 DECRETO-LEI Nº 622, DE 11.6.1969

Criou um cargo de subprocurador, quatro de curador edez de defensor público, firmando a seguinte composição parao nosso quadro de membros, além do procurador-geral:

CargoCargoCargoCargoCargo QuantidadeQuantidadeQuantidadeQuantidadeQuantidadeSubprocurador 3Curador 8Promotor Público 6Promotor Substituto 6Defensor Público 18

Portanto, de quarenta e dois membros passou a serintegrado o nosso quadro. E, a respeito do decreto-lei nº 622/69, escreveu o jornalista Pedro Paulo Luz Cunha no CorreioBraziliense de 15.6.69:

“Há mais de ano o Procurador-Geral Guimarães Lima vinhase batendo sem desfalecimento, para a concretização desseideal e, à sua capacidade de trabalho, ao seu espíritoidealizador, à sua dinâmica liderança frente a uma impávidaequipe de bacharéis, por imperativo da justiça, forçoso éreconhecer e atribuir a importante conquista. Notícias do Foroo felicitam por mais esta vitória em prol do engrandecimentodo Parquet.”

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CAPÍTULO I

1.7 LEI Nº 5.493, DE 29.11.19731.7 LEI Nº 5.493, DE 29.11.19731.7 LEI Nº 5.493, DE 29.11.19731.7 LEI Nº 5.493, DE 29.11.19731.7 LEI Nº 5.493, DE 29.11.1973

Embora as atividades do Ministério Público não parassemde crescer, em razão do natural aumento da população doDistrito Federal, ficamos quatro anos sem aumento do nossoquadro. Finalmente, por meio da Lei nº 5.493/73, passamos ater um quadro de sessenta e cinco (65) membros, em razão dacriação de três cargos de curador, seis cargos de promotorpúblico, seis cargos de promotor substituto e oito cargos dedefensor público.

Aí está, resumidamente, o quadro:

CargoCargoCargoCargoCargo QuantidadeQuantidadeQuantidadeQuantidadeQuantidadeProcurador-Geral 1Subprocurador 3Curador 11Promotor Público 13Promotor Substituto 12Defensor Público 26

1.8 LEI Nº 6.878, DE 9.12.19801.8 LEI Nº 6.878, DE 9.12.19801.8 LEI Nº 6.878, DE 9.12.19801.8 LEI Nº 6.878, DE 9.12.19801.8 LEI Nº 6.878, DE 9.12.1980

Longos sete anos se passaram desde o último aumentodo nosso quadro, em 1973. Os heróicos sessenta e cincomembros, com um punhado de abnegados estagiários,desdobravam-se para cumprir as inúmeras atividades doMinistério Público do Distrito Federal. A Lei nº 6.878/80 criouquatro cargos de subprocurador-geral, vinte e um cargos decurador, três cargos de promotor público, um cargo de promotorsubstituto e doze cargos de defensor público.

A partir de então, o quadro ficou assim:

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

CargoCargoCargoCargoCargo QuantidadeQuantidadeQuantidadeQuantidadeQuantidadeProcurador-Geral 1Subprocurador 7Curador 32Promotor Público 16Promotor Substituto 13Defensor Público 38

Éramos cento e seis membros, pois, a partir de 1980.

1.9 DECRETO-LEI Nº 2.267, DE 13.3.19851.9 DECRETO-LEI Nº 2.267, DE 13.3.19851.9 DECRETO-LEI Nº 2.267, DE 13.3.19851.9 DECRETO-LEI Nº 2.267, DE 13.3.19851.9 DECRETO-LEI Nº 2.267, DE 13.3.1985

O Decreto-Lei em causa mudou a designação do cargode subprocurador-geral para procurador de justiça, criando oitonovos cargos; transformou o cargo de curador em promotor dejustiça e criou trinta e sete cargos; criou vinte e dois cargos depromotor de justiça substituto.

Com o Decreto-Lei nº 2.267/85, o quadro do MinistérioPúblico do Distrito Federal e Territórios ficou desta formacomposto:

CargoCargoCargoCargoCargo QuantidadeQuantidadeQuantidadeQuantidadeQuantidadeProcurador de Justiça 15Promotor de Justiça 98Promotor Substituto 60

Vale lembrar que o Decreto-Lei 2.267 transformou o cargode defensor público em promotor de justiça substituto. Cumpreressaltar ainda que esse dispositivo legal, editado ao apagardas luzes do Governo do Presidente João Figueiredo, foi uminstrumento de suma importância na vida do Ministério Públicodo Distrito Federal e Territórios, porque, além de tirar-nos da

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CAPÍTULO I

quase miséria, aumentando os nossos vencimentos, foi odiploma legal que estruturou a carreira na forma em que ela éhoje e retirou a defensoria pública da estrutura do MinistérioPúblico.

Para a edição do referido diploma legal, foi necessárioque os integrantes do Ministério Público do Distrito Federalrealizassem a sua primeira e, até a publicação destedocumento, a única paralisação das atividades (greve), poissó com este recurso extremo conseguimos sensibilizar oGoverno Federal para as nossas justas reivindicações. Se asituação caótica não fosse resolvida, a nossa instituição corriao risco de entrar em colapso, porquanto muitos a estavamdeixando, em busca de condições dignas de vida.Relembremos que, naquela época, em um únicoconcurso, mais de uma dezena dos nossos foram paraa Magistratura do Distrito Federal ( Léia Esteves, Tânia Gontijo,Aligari Starling, Darci Alvim, José André, João Garcia, NeusaCristofoli e muitos outros).

1.10 LEI Nº 8.475, DE 20.10.19921.10 LEI Nº 8.475, DE 20.10.19921.10 LEI Nº 8.475, DE 20.10.19921.10 LEI Nº 8.475, DE 20.10.19921.10 LEI Nº 8.475, DE 20.10.1992

Esta lei criou dez cargos de procurador de justiça. A partirde então, os procuradores de justiça passaram a ser vinte ecinco.

1.11 LEI Nº 8.559, DE 28.12.19931.11 LEI Nº 8.559, DE 28.12.19931.11 LEI Nº 8.559, DE 28.12.19931.11 LEI Nº 8.559, DE 28.12.19931.11 LEI Nº 8.559, DE 28.12.1993

Criou oito cargos de procurador de justiça, quarentacargos de promotor de justiça e vinte cargos de promotor dejustiça substituto. Com esta lei, a carreira ministerial passou aser composta dos seguintes quantitativos:

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

CargoCargoCargoCargoCargo QuantidadeQuantidadeQuantidadeQuantidadeQuantidadeProcurador de Justiça 33Promotor de Justiça 138Promotor Substituto 80

Portanto, um quadro com duzentos e cinqüenta e um(251) cargos. Em 1960, começamos com oito (8) cargos. Em1993, atingimos esta marca considerável.

1.12 LEI nº 10.293, de 28.09.20011.12 LEI nº 10.293, de 28.09.20011.12 LEI nº 10.293, de 28.09.20011.12 LEI nº 10.293, de 28.09.20011.12 LEI nº 10.293, de 28.09.2001

A lei em questão criou dois (2) cargos de procurador dejustiça, cento e treze (113) cargos de promotor de justiça esessenta e três (63) cargos de promotor de justiça adjunto, aserem providos a partir de janeiro de 2002.

A proposta inicial nasceu com o então procurador-geralHumberto Adjuto Ulhôa e contou com a atuação fundamentalde Eduardo Albuquerque, o qual também ocupou,posteriormente, o cargo de procurador-geral de Justiça. Oboletim do MPDFT de setembro de 2001 assim noticiou aaprovação do projeto:

“O trabalho de conscientização dos líderes do Governo e dospartidos da situação e da oposição, sobre a importância e aurgência na criação dos cargos de Membros do MPDFT, tevea condução direta e pessoal do Procurador-Geral de Justiça,Eduardo Albuquerque, que dedicou todo o empenho na buscadessa conquista indispensável para o crescimento cada vezmaior da atuação do Ministério Público no Distrito Federal.Tornava-se necessária, evidentemente, a sinalização positivada área econômica do Governo, diante das mencionadasimplicações de ordem financeira e orçamentária decorrentesda proposta de ampliação de cargos.

Em audiências com autoridades do Ministério do Planejamento,Orçamento e Gestão, da Casa Civil e da Secretaria-Geral da

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CAPÍTULO I

Presidência da República, Eduardo Albuquerque obteve doGoverno o devido apoio ao projeto de lei, que já contava coma decisão do presidente da Câmara dos Deputados, AécioNeves, em colocar imediatamente a proposição na pauta devotação, desde que não restasse óbice oferecido por algumaliderança.

Em 16 de agosto, a Câmara aprovou o requerimento deurgência e o mérito da proposição, pelo voto unânime daslideranças partidárias, oferecendo apenas duas emendas, compequenas adequações ao texto original.

Recebido no Senado Federal, no mesmo dia, iniciou-se atramitação do projeto naquela Casa, como PLC nº 56/01,mediante distribuição à Comissão de Constituição e Justiça eCidadania, tendo sido designado para a relatoriar o senadorRomero Jucá.

Ao término da reunião daquele órgão, no dia 29 de agosto, emque se aprovou o PL, o Procurador-Geral de Justiça, EduardoAlbuquerque, apresentou os agradecimentos do MPDFT aorelator e ao Presidente da CCJ, senador Bernardo Cabral, pelademonstração de apreço e reconhecimento ao trabalho doMPDFT. No dia seguinte, o Plenário aprovou regime deurgência para o projeto, e o Presidente o incluiu na pauta dapróxima sessão deliberativa, marcada para cinco desetembro”.

1.13 LEI nº 10.771, de 21/11/031.13 LEI nº 10.771, de 21/11/031.13 LEI nº 10.771, de 21/11/031.13 LEI nº 10.771, de 21/11/031.13 LEI nº 10.771, de 21/11/03

Esta lei criou quatro cargos de Procurador de Justiça,passando o Ministério Público do Distrito Federal e Territóriosa contar, nesta categoria, com trinta e nove cargos, equatrocentos e trinta e três cargos no geral, assim distribuídos:

CargoCargoCargoCargoCargo QuantidadeQuantidadeQuantidadeQuantidadeQuantidadeProcurador de Justiça 39Promotor de Justiça 251Promotor de Justiça Adjunto 143

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

A evolução do quadro de Membros do Ministério Públicofoi deveras extraordinária. Há quarenta e quatro anos tínhamosoito cargos; em 2004, contamos o número de quatrocentos etrinta e três. A significativa conquista não é fruto do trabalhoisolado deste ou daquele Procurador-Geral, mas do esforçoperseverante e continuado de todos que dignificaram a Chefiada instituição com o seu comando firme e dedicado.

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CAPÍTULO I

CAPÍTULOIIOS PIONEIROS

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CAPÍTULO II

Nova sede do MPDFT no prédio do INPS- 1968.

Membros do MPDFT: da esquerda para a direita (na primeira fila), José Lourençode Araújo Mourão, Washington Bolívar de Brito, Alfredo Buzaid, Hélio Fonseca eLincoln Magalhães Rocha; na segunda fila, José Dilermando Meireles, DarioCardoso, José Júlio, Antônio Honório Pires Oliveira Júnior, Hilda Vieira da Costae Orlandino Batista de Freitas - 1970

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

José Júlio Guimarães Lima (esq.) cumprimenta Gilvan Correia de Queiroz emsua posse - 1960.

Membros do MPDFT – Marluce Aparecida Barbosa Lima, Jarbas Fidelis, LincolnMagalhães Rocha e Carlos Augusto Machado de Faria - 1970.

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CAPÍTULO II

Membros do MPDFT – da direita para a esquerda, Marluce Aparecida BarbosaLima e João Carneiro Ulhôa – 1970.

Membros do MPDFT - 1970: Arthur Cezar Sebastião da Silva, José JúlioGuimarães Lima, Dilermando Meireles e Celina Eutália de Souza.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Hermenegildo Fernandes Gonçalves – 1972.

Posse de José Jerônymo de Souza – 1972.

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CAPÍTULO II

2.1 OS PIONEIROS2.1 OS PIONEIROS2.1 OS PIONEIROS2.1 OS PIONEIROS2.1 OS PIONEIROS

Como afirmamos há pouco, o artigo 95 da Lei nº 3.754/60 permitiu a transferência de membros do Ministério Públicodo antigo Distrito Federal para Brasília. Cinco efetuarampedidos de transferência.

Ei-los:

Mário Lima Rocha CuradorAttila Sayol de Sá Peixoto Promotor PúblicoJosé Júlio Guimarães Lima Promotor PúblicoMilton Sebastião Barbosa Promotor SubstitutoGilvan Correia de Queiroz Defensor Público

Em razão da lacuna legal a que nos referimos faz pouco,e antes que o assunto fosse equacionado pelo Consultor-Geralda República, o primeiro requerente não pôde ter o seu pedidoaceito, pela ausência do cargo de curador. Dos quatro outrosrequerentes, os primeiros atendidos foram Attila Sayol de SáPeixoto E Gilvan Correia de Queiroz, conforme decretospublicados em 20 de maio de 1960.

Os dois outros requerentes foram atendidos em 9 dejunho de 1960, de acordo com decretos dessa data. Nãohavendo outras opções de membros do Ministério Público doantigo Distrito Federal, o Governo transferiu para o nossoMinistério Público, em 4 de agosto de 1960, da comarca deDivinópolis, Minas Gerais, o promotor público Antônio HonórioPires de Oliveira Júnior.

Portanto, assim ficou formado o primeiro quadro doMinistério Público local, até 26 de setembro de 1960:

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Attila Sayol de Sá Peixoto Promotor PúblicoJosé Júlio Guimarães Lima Promotor PúblicoMilton Sebastião BarbosaOliveira Júnior Promotor SubstitutoAntônio Honório Pires de Promotor SubstitutoGilvan Correia de Queiroz Defensor Público

Os cinco primeiros companheiros tomaram posse naseguinte ordem:

Attila Sayol de Sá Peixoto eGilvan Correia de Queiroz 20 de maio de 1960Milton Sebastião Barbosa 20 de junho de 1960José Júlio de Guimarães Lima 2 de agosto de 1960Antônio Honório Pires deOliveira Júnior 17 de agosto de 1960

Funcionalmente, o exercício foi considerado a partir daposse, pois os membros citados já ficaram à disposição daadministração, mas, de acordo com o testemunho de JoséDilermando Meireles, na sessão do Conselho Superior do dia13 de julho de 1987 (Livro I, página 181), a instalação efetivado Ministério Público deu-se em 14 de julho de 1960. Nareferida sessão, o conselheiro Dilermando Meireles lembravaos vinte e sete anos do Ministério Público, que se completariamno dia seguinte.

Embora as primeiras Portarias de designação, no âmbitodo MPDFT, tenham sido editadas no início de agosto de 1960,a Justiça do Distrito Federal só foi efetivamente instalada emsetembro de 1960, conforme noticiado pelo jornalista PedroPaulo Luz Cunha, à página 156 do seu livro Justiça dosHomens1.1 PELUZ. Justiça dos Homens . Impresso pelo Centro Gráfico do Senado Federal. Brasília:

1985. O livro reúne cerca de 303 crônicas do jornalista Pedro Paulo Luz Cunha, versandosobre o cotidiano na Justiça do Distrito Federal entre os anos de 1963 a 1975.

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CAPÍTULO II

Em 3 de setembro de 1960, por influência do ilustredeputado federal Milton Brandão, foram assinados decretospublicados no D.O. de 26 do mesmo mês e ano promovendoos promotores públicos Attila Sayol de Sá Peixoto e José JúlioGuimarães Lima a curadores, respectivamente por antigüidadee merecimento; os promotores substitutos Milton SebastiãoBarbosa e Antônio Honório Pires de Oliveira Júnior apromotores públicos, por antigüidade e merecimento; e o únicodefensor público Gilvan Correia de Queiroz a promotorsubstituto.

Nessa mesma oportunidade (D.O. de 26.9.60), foitransferido para Brasília, como promotor substituto, o promotorJosé Lourenço de Araújo Mourão, que pertencia ao entãoTerritório Federal do Acre.

Com isso, os dois lugares de defensores públicos ficaramvagos.

Para preenchê-los, foram nomeados, interinamente, osbacharéis Aloísio Adjucto Silveira (D.O. de 26.11.60) e MariaPaula Frassinetti Pires de Saboia (D.O. de 29.12.60).

Por conseguinte, só nessa última data é que o quadroficou completo e assim constituído:

Attila Sayol de Sá Peixoto CuradorJosé Júlio Guimarães Lima CuradorMilton Sebastião Barbosa Promotor PúblicoAntônio Honório Pires deOliveira Júnior Promotor PúblicoGilvan Correia de Queiroz Promotor SubstitutoJosé Lourenço de AraújoMourão Promotor SubstitutoAloisio Adjucto Silveira Defensor PúblicoMaria Paula Frassinetti Piresde Saboia Defensora Pública

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

2.2 PROMOÇÕES DOS PIONEIROS2.2 PROMOÇÕES DOS PIONEIROS2.2 PROMOÇÕES DOS PIONEIROS2.2 PROMOÇÕES DOS PIONEIROS2.2 PROMOÇÕES DOS PIONEIROS

- ATTILA SAYOL DE SÁ PEIXOTO - curador em 3.9.60(D.O. 26.9.60), por antigüidade; 1º subprocurador-geralem 14.12.62 (DO 17.12.62), por antigüidade;

- JOSÉ JÚLIO GUIMARÃES LIMA - curador em 3.9.60(D.O. de 26.9.60), por merecimento; 2º subprocurador-geral em 14.12.62 (D.O. de 17.12.62), por merecimento;

- MILTON SEBASTIÃO BARBOSA - promotor públicoem 3.9.60, por antigüidade; 1º curador em 14.12.62(D.O. de 17.12.62), por merecimento; subprocurador-geral, por merecimento, em 29.12.65 (D.O. de 30.12.65);

- ANTÔNIO HONÓRIO PIRES DE OLIVEIRA JÚNIOR -promotor público em 3.9.60 (DO de 26.9.60); 2º curadorem 14.12.62 (D.O. de 17.12.62), por merecimento;subprocurador-geral, por antigüidade, em 28.4.67 (D.O.de 2.5.67);

- GILVAN CORREIA DE QUEIROZ - promotor substitutoem 3.12.60 (D.O. de 26.12.60), por antigüidade;promotor público em 14.12.62 (D.O. de 17.12.62), porantigüidade; 3º curador em 20.2.63 (D.O. de 21.2.63),por antigüidade; subprocurador-geral, pormerecimento, em 25.5.78 (D.O. de 30.8.78);

- JOSÉ LOURENÇO DE ARAÚJO MOURÃO - promotorpúblico em 14.12.62 (D.O. de 17.12.62), pormerecimento; 4º curador em 11.10.63 (D.O. de14.12.63), por merecimento; subprocurador-geral, porantigüidade, em 19.1.81 (D.O. de 21.1.81).

Os defensores públicos Aloisio Adjucto Silveira e MariaPaula Frassinetti Pires de Saboia, interinos, não alcançaram apromoção, pois foram exonerados no início do ano de 1961.

Os primeiros seis membros efetivos do Ministério Públicodo novo Distrito Federal eram juristas já bastante experientes.

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CAPÍTULO II

Attila Sayol de Sá Peixoto iniciou a sua carreira em 1944, comoPromotor Público da então Comarca de Porto Velho,transferindo-se para o Rio de Janeiro em 1946, como advogadode ofício, cargo transformado em Defensor Público em 1948.Attila continuou no Ministério Público do antigo Distrito Federalaté quando foi transferido para Brasília. José Júlio GuimarãesLima é aquele jovem promotor público da cidade de Catalão,Estado de Goiás, a quem nos referimos no início. GuimarãesLima iniciou a sua carreira, como já vimos, em 1938, e de 1943a 1948 exerceu, no Rio de Janeiro, o cargo de advogado deofício, e de 1951 a 1960 exerceu a Defensoria e,posteriormente, a Promotoria Pública no Rio de Janeiro. MiltonSebastião Barbosa ingressou no Ministério Público do antigoDistrito Federal em 1953, exercendo as suas funções até a suatransferência para Brasília. Antônio Honório Pires de OliveiraJúnior, oriundo do Ministério Público de Minas Gerais, trouxe aexperiência de oito anos de exercício ministerial. Gilvan Correiade Queiroz contava com nove anos de exercício no MinistérioPúblico do antigo Distrito Federal e, finalmente, José Lourençode Araújo Mourão pertencia ao Ministério Público do Territóriodo Acre havia um ano.

Milton Sebastião Barbosa foi o primeiro membro doMinistério Público do novo Distrito Federal a ser nomeado parao cargo de desembargador do Tribunal de Justiça do DistritoFederal em vaga destinada ao Ministério Público, o queaconteceu em 14 de março de 1967. Jurista emérito ecompositor inspirado, era conhecido no meio musical como CidMagalhães.

Da sua verve poética, permitimo-nos recordar a belahomenagem que fez ao seu estado natal, com a páginaintitulada “Luar de Goiás”:

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

LUAR DE GOIÁSLUAR DE GOIÁSLUAR DE GOIÁSLUAR DE GOIÁSLUAR DE GOIÁS

CID MAGALHÃES

“Posso me esquecer de tudoSó não me esqueço maisDa gente da minha terraDo luar do meu Goiás

Estribilho (bis)

Quem quiser felicidadeOu quem precisar de pazDeixe um pouco a cidade

Vai beber tranqüilidade no luar lá de Goiás

É luar tão diferente,Além da imaginação,Ele nasce lá no céu,

Entra no corpo da genteE vai parar no coração

Estribilho (bis)

Quem quer que não acredite,Ande logo, veja e creia,

Pois não há luar mais claroQue o luar do meu GoiásEm noites de lua cheia

É tamanha a claridadeLá na mata iluminada

Que enganada a passaradaCanta em plena meia-noite,Pensando ser madrugada”

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CAPÍTULO II

O nosso saudoso José Dilermando Meireles, emhomenagem póstuma que prestou ao estimado MiltonSebastião Barbosa, na Academia de Letras e Artes do Planalto,em 2 de abril de 1995, contou alguns casos protagonizadospelo ilustre homenageado. Ei-los, conforme publicação na“Tribuna Judiciária”, pág. 11, em abril de 1995:

Era um artista da tribuna, um nocauteador retórico.

Certa feita, sustentava a acusação contra o autor de um crimede homicídio ocorrido na garagem da Câmara dos Deputados,em Brasília.

Ambos, autor e vítima, eram motoristas de parlamentares,sendo que o autor servia no gabinete do saudoso senadorgoiano, professor Alfredo Násser.

O autor do homicídio, de inegável índole criminosa, portava,na ocasião, uma faca tipo peixeira e um revólver calibre 38.

O advogado de defesa, dos mais brilhante e cultos militantesna nova Capital, tinha visível dificuldade para aplacar a revoltapopular formada contra o bárbaro crime.

O salão do júri achava-se superlotado, quando, apóscontundente acusação, o advogado principiou a sua defesa,tentando justificar o porte simultâneo das duas armas pelo réu:

- Senhores jurados:

É preciso estabelecer a diferença existente entre uma arma eum instrumento de trabalho. Faca não é arma( e lá estavasobre o estrado do juiz uma “lambivânia” de cerca de 40cm decomprimento ao lado do temeroso trabuco de cano longo, aosolhares curiosos do numeroso público e dos meneios irônicosdo Promotor).

E prosseguia o advogado.

- Na cozinha, a faca é usada para cortar carne, descascarfrutas e verduras. Qual a profissão do réu presente? Um

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motorista de autoridade! Que autoridade? O senador AlfredoNásser! Um senador goiano, um homem ligado ao campo, umfazendeiro (o senador Násser, de origem libanesa, nunca foivinculado ao meio rural nem consta que já tenha tidopropriedade rural em seu Estado).

E o causídico, empolgado com o aparente bom achado dadefesa, continuava:

O senador vai à sua fazenda e deseja chupar uma laranja, oseu motorista tem a faca para descascá-la! Deseja chuparum rolete de cana, tem a faca para roletá-la!

Nesse ponto, intervém o Promotor Milton Barbosa.

- Vossa Excelência me permite um aparte? E o revólver? Seráque o senador gostava de comer perdizes? – e fez um gestocaracterístico de quem dispara uma arma de fogo, em direçãoaos jurados, que prorromperam em estrondosa gargalhada.

O advogado passou uns cinco ou dez minutos atordoado, alimpar o suor do rosto com uma toalha que costumava usardurante as sessões de julgamento.

Em 1967, Milton Barbosa é conduzido ao Tribunal de Justiçado Distrito Federal, como representante do quintoconstitucional do Ministério Público e ali continua a prestarserviços os mais relevantes, com decisões humanizadas peloseu grande coração, que só tinha lugar para armazenarbondade e nobreza.

De vez em quando, Milton quebrava a austeridade da Cortecom os lampejos de sua inteligência e a pureza de suairreverência espirituosa e eloqüente.

Tinha assento no Tribunal, em sua época, o cultoDesembargador Mário Dante Guerrera que, além de jurista deescol, era também exímio latinista.

Os votos do Desembargador Guerrera sempre foramenriquecidos com a sabedoria das parêmias latinas,decantadas pelos grandes jurisconsultos do Direito Romano.

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CAPÍTULO II

Certa vez, porém, o Desembargador Guerrera exagerou e fezextensa citação em latim, de modo que o seu pensamentoacabou por ficar obscurecido para os que deveriam votar emseguida, entre eles Milton Barbosa, que não deixou por menos,no aparte que lhe foi concedido.

- Desembargador Guerrera, eu até admito que VossaExcelência possa fazer os seus brilhantes votos em latim;contudo, deveria pelo menos fazer algumas citações em línguaportuguesa!

Não é preciso acrescentar que o Desembargador MiltonBarbosa expôs, de forma jocosa, tudo o que os seus paresdesejavam dizer a respeito.

Alguns anos depois, Milton é eleito Presidente da Corte, ondeexecutou uma administração marcante, não só pelasrealizações materiais, como, sobretudo, pelo ambiente deconcórdia e fraternidade que conseguiu restabelecer, apósalguns períodos de crises de convivência de triste memória.

Como cultor do pitoresco, registro também aqui algunsepisódios, que revelam a espirituosidade dos nosso ilustreshomenageados Milton Barbosa e Cid Magalhães, no exercícioda Corte, na Presidência do Tribunal e pedir-lhe que cedesseuma sala no edifício do fórum, para sediar o Instituto.

Lá fomos, uma Comissão de quatro a seis amigos de MiltonBarbosa, capitaneados por Antônio Carlos Osório.

Recebidos festivamente, pelo Presidente, sentamo-nos e oCarlos Osório, formalmente, começou a sua exposição maisou menos nestes termos:

- Caro Presidente, aqui viemos, em nome do Instituto dosAdvogados do Distrito Federal, para festejar a eleição de VossaExcelência para a Presidência do Tribunal (o Vossa Excelênciajá não caiu bem para simplicidade do Milton) e externar-lhe,de viva voz, os votos para que a sua gestão seja coroada deêxito, espelhando com fidelidade o seu passado rico derealizações em todas as áreas de sua atividade, nas quais

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

deixa o marco indelével de um grande administrador quesempre foi...

E o Osório ia prosseguir nesse tom por mais algum tempo,quando o Milton interrompeu-o, dizendo:

- Bem, feita essa breve introdução, o que é mesmo que vocêsvieram pedir ao Presidente?

Em meio ao riso geral, concluiu o Osório:

- Uma sala para sediar o Instituto no edifício do fórum.

- Está deferido o pedido, respondeu de pronto.

Seguiu-se o cafezinho na maior desconcentração e permeadode piadas e brincadeiras.

Nessa mesma época, correndo notícia de que Milton Barbosahavia assumido a Presidência do Tribunal, o fato constituiu,como não podia deixar de ser, um regozijo nacional entre osartistas, que nele tinham um verdadeiro líder, redator e relatorda Lei de Direitos Autorais e embaixador dos músicos naCapital da República.

O fato tem também o seu lado jocoso. Veio a Brasília,especialmente para visitar o amigo, o cantor Valdik Soriano.

Ao chegar à Portaria do Tribunal, foi interpelado pelo segurançaque o recebeu:

- Que deseja o senhor?

-Tenho uma audiência com o Cid Magalhães.

- Mas aqui não existe essa pessoa, admirou o recepcionista.

- Não existe, como, se ele é o Presidente do Tribunal, meuchapa?

A porta de imediato se abriu e os dois amigos se abraçaram,antes os olhares atônitos do chefe da Portaria da Corte.”

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CAPÍTULO II

Antônio Honório Pires de Oliveira Júnior, dez anos depois,ocupou a vaga de Desembargador do TJDF, com aaposentadoria de Milton Sebastião Barbosa.

Attila Sayol de Sá Peixoto, José Júlio Guimarães Lima eMilton Sebastião Barbosa retornaram à Pátria Espiritual em,respectivamente, 10 de outubro de 1965, 05 de agosto de 1985e 18 de janeiro de 1995.

Gilvan Correia de Queiroz e José Lourenço de AraújoMourão prestaram seus valiosos serviços ao Ministério Públicodo Distrito Federal por mais de três décadas, tendo o primeiroaposentado-se em 11 de abril de 1991 e o segundo em 10 demarço de 1995. Dos pioneiros, foram os que mais tempopermaneceram em exercício em nossa Instituição.Lamentavelmente, José Lourenço faleceu em 25 de outubrode 1997.

A esses valorosos companheiros da primeira hora, quedesbravaram os caminhos e ajudaram a escrever a história daInstituição, o nosso pleito de reconhecimento.

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CAPÍTULOIII- NOSSO PRIMEIRO PROCURADOR-GERAL

- TODOS OS PROCURADORES-GERAIS

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CAPÍTULO III

Dário Délio Cardoso – 1960. Walter Ceneviva – 1961.

Leopoldo César de Miranda Lima Filho– 1961

Attila Sayol de Sá Peixoto – 1963.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

José Júlio Guimarães Lima – 1964. Hélio Pinheiro da Silva – 1975.

Dimas Ribeiro da Fonseca – 1980. José Dilermando Meireles – 1982.

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CAPÍTULO III

Marluce Aparecida Barbosa Lima –1992.

Humberto Adjuto Ulhôa – 1996.

João Carneiro de Ulhôa – 1985. Geraldo Nunes – 1987.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

José Eduardo Sabo Paes – 2002.Eduardo José Oliveira de Albuquerque– 2000.

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CAPÍTULO III

3.1 O NOSSO PRIMEIRO PROCURADOR-GERAL3.1 O NOSSO PRIMEIRO PROCURADOR-GERAL3.1 O NOSSO PRIMEIRO PROCURADOR-GERAL3.1 O NOSSO PRIMEIRO PROCURADOR-GERAL3.1 O NOSSO PRIMEIRO PROCURADOR-GERAL

Para dirigir o recém-criado Ministério Público do novoDistrito Federal foi escolhido um jurista de inegáveis méritos elarga experiência na vida pública do país. Dário Délio Cardoso,formado em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade deDireito de Minas Gerais, em 1927, foi o nosso primeiroProcurador nomeado, tomou posse e entrou em exercício em14 de julho de 1960. Aos sessenta e um anos de idade, DárioCardoso trouxe, em sua bagagem, a experiência adquiridadesde 1921, quando ingressou no serviço público do Estadode Goiás, com exercício na secretaria particular do Governador,experiência essa sedimentada através dos anos nodesempenho dos mais variados e importantes cargos públicos,dos quais destacamos os seguintes:

- Procurador da República em Goiás, de 1928 a 1930;

- Diretor do liceu do Estado de Goiás em 1933;

- Professor Catedrático de Direito Constitucional daFaculdade de Direito de Goiás, aposentado nessecargo;

- Diretor da Faculdade de Direito de Goiás em 1934/35 eem 1945;

- Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado deGoiás, de 1934 a 1945;

- Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiásde 1937 a 1945;

- Membro e Presidente do Tribunal Regional Eleitoral doEstado de Goiás;

- Senador pelo Estado de Goiás de 1947 a 1955;

- 3º Secretário do Senado Federal de 1947 a 1951;

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

- Membro e Presidente da Comissão de Constituição eJustiça do Senado Federal de 1952 a 1955;

- Vice-líder e líder do PSD e do Governo no SenadoFederal;

- Membro e Presidente de diversas comissões naAssembléia Nacional Constituinte de 1946.

Dário integrou e chefiou a missão parlamentar que, em1952, visitou oficialmente o parlamento britânico e, em 1957,visitou os Estados Unidos da América do Norte, a convite doDepartamento de Estado desse país. Foi membro do ConselhoFederal da Ordem dos Advogados do Brasil, representando oEstado de Goiás, e membro de diversos congressos jurídicos.Publicou vários trabalhos jurídicos e foi condecorado com amedalha de prata comemorativa do Cinqüentenário daProclamação da República, diploma e medalha do “pacificador”;diploma e medalha do “mérito de Tamandaré” e medalha “RuiBarbosa”. Foi também jornalista profissional e sócio da A.B.I.

O Ministério Público do Distrito Federal não poderia terpretendido chefe mais douto e qualificado.

Dário Délio Cardoso recebeu a árdua tarefa de dar osprimeiros passos da nossa Instituição. Deu posse a José JúlioGuimarães Lima, Antônio Honório Pires de Oliveira Júnior eJosé Lourenço de Araújo Mourão, porquanto Attila Sayol deSá Peixoto, Gilvan Correia de Queiroz e Milton SebastiãoBarbosa foram empossados antes, pelo então Ministro daJustiça Armando Falcão. Instalou a Procuradoria-Geral naEsplanada dos Ministérios, Bloco VI, 6º andar. Baixouinstruções disciplinando o registro de Fundações (Portaria nº10, de 29 de agosto de 1960), expediu provimentoregulamentando o estágio de acadêmicos de direito junto àDefensoria Pública (Portaria nº 8, de 5 de agosto de 1960) econstituiu a Banca Examinadora do Primeiro Concurso para

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CAPÍTULO III

ingresso no Ministério Público do Distrito Federal e tomououtras medidas importantes para o regular desenvolvimentodas atividades do Ministério Público.

Dário Délio Cardoso faleceu em 16 de dezembro de1985, aos oitenta e seis anos de idade, após mais de sessentaanos de relevantes serviços prestados ao país.

3.2 OS NOSSOS PROCURADORES-GERAIS3.2 OS NOSSOS PROCURADORES-GERAIS3.2 OS NOSSOS PROCURADORES-GERAIS3.2 OS NOSSOS PROCURADORES-GERAIS3.2 OS NOSSOS PROCURADORES-GERAIS

1º - DÁRIO DÉLIO CARDOSO, nomeado em 14.7.60,tomou posse e assumiu o exercício no mesmo dia, mês e ano.Exonerado a pedido, ao término do mandato do presidenteJuscelino Kubitschek, em 4.2.61.

2º - WALTER CENEVIVA, nomeado em 6.3.61, tomouposse e assumiu o exercício em 13 desse mês. Exonerado, apedido, por ocasião da renúncia do presidente Jânio Quadros,em 25.8.61.

A passagem de Walter Ceneviva pelo Ministério Públicodo Distrito Federal foi breve, de apenas cinco meses, mas,ainda assim, o ilustre jurista marcou a sua administração coma realização, sob sua presidência, do primeiro concurso públicopara ingresso na carreira, quando foram aprovados os ilustrescolegas Francisco de Assis Andrade, Hilda Vieira da Costa,Washington Bolivar de Brito, Carlos Gomes Sanromã e Amauryde Souza Mello.

Interessante notar que Ceneviva destacou-se, durantetoda a sua vida profissional, como professor universitário, tendoregido a cadeira de Direito Civil na Faculdade Paulista deDireito, da Universidade Católica, sendo também autor devárias obras jurídicas. O cargo de Procurador-Geral da Justiçado Distrito Federal foi o único que ocupou na administraçãopública.

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Com efeito, o nosso eminente segundo Procurador-Geralafirmou, no prefácio do seu livro “Publicidade e Direito doConsumidor”: “Toda a minha vida profissional, desde que saída Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo – emesmo antes – tem sido ligada ao trabalho para jornais, revistase emissoras de rádio e de televisão”.

Observação: entre a exoneração do primeiro e a possedo segundo, assumiu a Procuradoria-Geral o curador AttilaSayol de Sá Peixoto, por força legal.

3º - LEOPOLDO CÉSAR DE MIRANDA LIMA FILHO,nomeado em 29.9.61, tomou posse e assumiu o exercício em6.10.61. Exonerado, a pedido, em 21.8.63.

Leopoldo César de Miranda Lima Filho, nosso terceiroProcurador-Geral, era funcionário de carreira do Ministério daJustiça e, fato digno de nota, ocupava cargo estranho à carreirajurídica, qual seja, o de Redator. Somente em 6 de junho de1963, já quase ao final da sua administração, que durou vintee dois meses, foi promovido, por decreto presidencial, ao cargode Assistente Jurídico, no Ministério da Justiça.

Miranda Lima, como era conhecido e chamado em nossomeio, empreendeu ferrenha luta para aumentar o quadro deMembros do Ministério Público do Distrito Federal,conseguindo, finalmente, graças ao seus incansáveis esforços,que o Congresso Nacional aprovasse e o Senhor Presidenteda República sancionasse a Lei nº 4.158, de 28 de novembrode 1962, passando o nosso quadro de oito para dezoitoMembros. A lei em questão criou dois cargos deSubprocuradores-Gerais, possibilitando a imediata promoçãodos pioneiros Attila Sayol de Sá Peixoto e José Julio GuimarãesLima, em dezembro de 1962.

Portanto, devemos a Miranda Lima o primeiro aumentoocorrido no quadro do Ministério Público do Distrito Federal,

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aumento substancial, pois mais que dobrou o quadro, saltandode oito para dezoito cargos.

Observação: entre a exoneração do segundo e a possedo terceiro, assumiu a Procuradoria-Geral o curador José JúlioGuimarães Lima, na ausência, por gozo de férias, do curadormais antigo, Attila Sayol de Sá Peixoto.

4º - ATTILA SAYOL DE SÁ PEIXOTO, nomeado em21.8.63, tomou posse e assumiu o exercício em 24 do mesmomês e ano. Exonerado, a pedido, no advento do governorevolucionário.

Attila nasceu em Manaus, Capital do Estado doAmazonas, em 29 de junho de 1915, filho do DesembargadorAntônio Pereira de Sá Peixoto e de Dona Maria Sayol de SáPeixoto.

Formou-se em Direito em 1938, pela Faculdade de Direitoda Universidade do Amazonas, colando grau em 19 denovembro. Neste mesmo ano foi nomeado professorcatedrático de Direito Constitucional da Escola de ComércioSolon de Lucena, de Manaus. Nos anos seguintes foi Diretordo Departamento de Educação, Consultor Jurídico e Secretáriode Estado do então território federal de Guaporé, hoje Estadode Rondônia, até que, em 7 de dezembro de 1944, foi nomeadoPromotor Público da Comarca de Porto Velho, Capital do antigoterritório federal de Guaporé.

Em 8 de janeiro de 1946, Attila Sayol foi nomeadoAdvogado de Ofício da Justiça do Distrito Federal e em 9 dejaneiro de 1948, por meio da Lei nº 216, o cargo em questãofoi transformado no cargo de Defensor Público, início da carreirado Ministério Público do Distrito Federal. Em 13 de janeiro de1951 e 5 de abril de 1957 foi promovido aos cargos de PromotorSubstituto e Promotor Público, respectivamente.

Com a inauguração da Capital da República e a criaçãodo nosso Ministério Público, Attila Sayol preferiu transferir-se

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para Brasília, como facultou a lei específica e, assim, passouele a integrar o primeiro quadro de Membros do MinistérioPúblico do Distrito Federal de Brasília (expressão pitoresca,utilizada pela Lei nº 3.754, de 14 de abril de 1960),concretizando-se a transferência por meio de Decreto de 20de maio de 1960, do Senhor Presidente da República. EmBrasília, Attila foi promovido a Curador em 3 de setembro de1960 e, a Subprocurador-Geral em 14 de dezembro de 1962.

Atuou em todas as áreas de atividade do MinistérioPúblico, sendo, inclusive, Membro e Presidente do ConselhoPenitenciário do Distrito Federal. Destacou-se como brilhantePromotor do Júri, desde os tempos do Rio de Janeiro. Integroucomissões examinadoras de concursos do Ministério Público,foi substituto do Procurador-Geral e encarregado de procedercorreições do Ministério Público dos Territórios, por váriasvezes.

Attila Sayol de Sá Peixoto faleceu no dia 10 de outubrode 1965, com apenas cinqüenta anos de idade, no Hospitaldos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, e a sua morte e oseu sepultamento foram noticiados pelos principais jornais doRio de Janeiro, como O Globo, Correio da Manhã, O Dia e aÚltima Hora, além do Correio Braziliense, da Capital daRepública.

Reproduzimos aqui duas publicações, que sãosignificativas para o Ministério Público do Distrito Federal eTerritórios:

“Ao sepultamento, ontem, no cemitério de São João Batista,do Procurador Attila de Sá Peixoto, estiveram presentes figurasdas mais representativas do Ministério Público, militares,escritores, deputados e outras personalidades da vida públicabrasileira. Embora chovesse muito, foi grande o número depessoas que compareceram à cerimônia, tendo sido enviadastrinta e três coroas, muitas cordélias e flores. Discursos à beirado túmulo foram proferidos pelos Srs. Emerson de Lima e

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Ramayana Chevalier, o primeiro falando em nome doMinistério Público da Guanabara e o segundo representandoa colônia amazonense. Entre outros presentes, estavam osMinistros Colombo de Souza e Djalma da Cunha Neto, doTribunal de Recursos; o Sr. Múcio Leão, da Academia Brasileirade Letras; o Sr. Gilberto Mestrinho, ex-Governador doAmazonas; os deputados Adauto Lúcio Cardoso, ArnaldoCerdeira e Leopoldo Perez Sobrinho; General Maurílio Avelar,Coronel Pinto Guedes, Coronel Ademar Aragão, CoronelSarmento e o psiquiatra Heitor Perez.” – O Globo, de 10.12.65,pág. 6.

“Pela Segunda vez, em menos de quinze dias, esta colunaleva a tarja do luto. Desapareceu o Dr. Áttila Sayol de SáPeixoto. Lei da morte! Lei da separação. Lei terrível, porém leinecessária. Lei amarga e dolorosa, porém lei de verdadeiraigualdade, porque é lei de verdadeira justiça... mistérioinsondável, augusto e cheio de majestade, para o homemreligioso. Segredo venerando que arrebata e absorve asmeditações do filósofo cristão. Áttila já não existe. A dor e opranto reúnem em torno de sua campa os seus familiares eos seus amigos, que permanecem como que assombradoscom a inconstância e a fugacidade da vida. A noite derramou-se em seus olhos e o bafo da destruição já manchou o seusemblante. Todavia, nada poderá arrebatar-lhe o brilho de umavirtude, virtude que o século filosófico chama de filantropia,mas, que nós, os outros que somos fiéis à linguagem daconvicção religiosa, damos-lhe a acepção genuína, chamandode caridade. Não tivemos a ventura de privar por muito tempoda convivência com a venerável figura que deploramos extinta.Mas nas oportunidades que nos surgiram pudemos vislumbrar,entre as facetas do seu nobre caráter, que aquela grande almaconstituiu a sua vida dentro dos rasgos mais característicosda verdadeira caridade cristã. Por isso, temos certeza de quepara ele valerão as palavras do Livro Sagrado: “o dia da morteé melhor do que o dia do nascimento”. Quando esta máximairrompe dos lábios de uma filosofia mundana, constituiria, semdúvida, uma verdade, de maior evidência; mas esta expressãoé filha da Revelação divina, é sentinela entre os pensamentos

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de Deus e está consignada por Código da Vida, escrita pelodedo imortal do Legislador Invisível! Unimo-nos ao pesar dafamília, aos sentimentos do Ministério Público local edepositamos nos altares do Cordeiro de Deus, pelas mãos doamor cristão, a nossa homenagem fúnebre que nada maisserá do que uma violeta, envolta ao incenso da nossa prece,depositada no túmulo do nosso amigo desaparecido.” – CorreioBraziliense, de 12.10.65.

5º - JOSÉ JÚLIO GUIMARÃES LIMA, nomeado em13.4.64, tomou posse e assumiu o exercício em 14 do mesmomês, sendo que, por força legal, já estava substituindo o seuantecessor desde o dia 2 do referido mês. Exonerado, a pedido,em 23. 5.75.

Mineiro de Três Pontas, Guimarães Lima nasceu em 5de janeiro de 1914. Seus pais foram José Augusto de AssisLima e Cidnéia Júlia Guimarães Lima. Bacharelou-se em Direitopela Universidade de Minas Gerais em 1937 e, transferindo-se para Goiânia no mesmo ano, assumiu o cargo de Secretárioda Prefeitura da referida cidade goiana. Em 1938, ingressouno Ministério Público do Estado de Goiás, assumindo aPromotoria da Comarca de Catalão, sendo transferido paraAnápolis em 1942. No ano seguinte, decidiu procurar novosdesafios no Rio de Janeiro, assumindo o cargo de Advogadode Ofício interino em 1º de setembro de 1943, cargo que ocupouaté agosto de 1947, quando passou a Promotor Público interino.No ano seguinte, em fevereiro, assumiu o cargo de DefensorPúblico interino, cargo no qual foi efetivado em fevereiro de1951. Daí em diante, Guimarães Lima percorreu os degrausda carreira do Ministério Público do Distrito Federal, no Rio deJaneiro, até que foi removido para o Ministério Público doDistrito Federal da nova Capital da República, por decretopresidencial de 9 de junho de 1960.

Guimarães Lima foi um entusiasta da divulgação científicae da troca de experiências, havendo organizado, como

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Procurador-Geral, inúmeros congressos, simpósios, cursos esemanas de estudo, propiciando a vinda à Brasília de eméritosjuristas do cenário nacional.

Guimarães Lima recebeu inúmeras condecorações, comoreconhecimento dos relevantes serviços prestados à sociedadee ao meio jurídico, dentre as quais podemos destacar amedalha de prata Santos Dumont, a medalha Marechal Rondone a medalha de ouro do Mérito Penitenciário.

Guimarães Lima foi o Procurador-Geral que mais tempopermaneceu no cargo (onze anos, um mês e nove dias). Sobresua gestão, transcrevemos trechos de um artigo de MárioMartins, publicado no Jornal do Brasil de 7 de março de 1965e incluído no livro “Na linha do Equador” e também crônica dojornalista Peluz, publicada na imprensa local à época e incluídano livro Justiça dos Homens1:

O primeiro diz:

“O exemplo dos T“O exemplo dos T“O exemplo dos T“O exemplo dos T“O exemplo dos Territórioserritórioserritórioserritórioserritórios

Alguns palacianos me acusam de não haver jeito de eudar uma colher de chá à revolução. Exagero, já se vê. É quenão é fácil, não. Eles não ajudam, só dão chances contrárias.Hoje, porém, quero prestar a minha homenagem a um trabalhorealizado pelo atual Governo. Refiro-me à correição que oProcurador-Geral do Distrito Federal e Territórios andoufazendo pelo Amapá, Rondônia e Roraima. Seu relatório éimpressionante.

Para começo de conversa ficou a Nação sabendo queessa foi a primeira correição já feita por aquelas paragens.Depois ficou sabendo mais. Por exemplo: no Amapá há presosaguardando há cinco anos que o júri se reúna para julgá-los.

1 Ibid, pág.18 (conferir na boneca)

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O Território só tem três juízes, sendo dois efetivos e umsubstituto. Na prática, só funciona mesmo o reserva, pois osefetivos são licenciados. Pior, ainda, acontece em Rondônia:na segunda comarca, o último juiz que funcionou ali estáaposentado há seis anos e o promotor está licenciado há longotempo. O mesmo acontece em Caracaraí, segunda Comarcade Roraima, cujos processos esperam há quatro anos queapareça por lá um juiz.”

O segundo registrou:

“Onze-anosOnze-anosOnze-anosOnze-anosOnze-anos

Foi noticiada a substituição do Sr. José Júlio GuimarãesLima, do cargo de Procurador-Geral da Justiça do DistritoFederal e dos Territórios, bem como o seu afastamento doConselho Penitenciário Federal.

A nosso ver, trata-se de um ato de rotina administrativa,como geralmente ocorre nas mudanças de governo. O fato,porém, enseja o registro de que, no dia 14 de abril deste 1975,onze anos se completaram da administração Guimarães Lima,à frente do Parquet local. Quem, como nós, acompanhou atrajetória do administrador, ora substituído, pode trazer o seutestemunho insuspeito dos relevantes serviços prestadosàquela Instituição, por aquele que, nos mais difíceis dias quese seguiram à Revolução de 31 de março, foi encarregado deconduzir os destinos do Ministério Público do DF e Territórios.

Como uma pequena homenagem ao dinâmicoProcurador-Geral substituído, relembramos, mui rapidamente,alguns lances de sua atuação, toda ela pontilhada de renúncia,abnegação e devotado espírito público. Ao assumir o cargonos idos de 1964, encontrou o Sr. Guimarães Lima, o MPinstalado, melhor seria dizer, encolhido num recanto do 6º andardo bloco 6 da Esplanada dos Ministérios, sem as devidascondições de trabalho.

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Mangas arregaçadas, dentro do dinamismo que lhe épeculiar, lançou-se em busca de conquistas e, em pouco tempo,já a respeitável instituição ganhava uma instalação condignae bem aparelhada, ocupando todo o 4º andar do bloco “O” -Setor de Autarquias - Na Av. L-2. Atualmente funciona emespaçosa área do Anexo do Palácio da Justiça.

Nos onze anos de seu mourejar contínuo, sem desídia esem preguiça corajosamente enfrentou todos os problemas,não se descurando do material humano, como nos dão notíciaa ampliação do quadro, através de vários concursos - agoramesmo será realizado mais um - inclusive também em Manaus,para o Ministério Público dos Territórios.

Foi ele o primeiro Procurador-geral a encetar, dandocumprimento ao preceito legal, as Correições nos TerritóriosFederais, o que realizou com regularidade, à exceção desteano, enfrentando até regiões infestadas pela febre amarela,como aconteceu em 1965. A finalidade era sempre sentir deperto os problemas e, voltando, empenhava-se na busca,estudo e equacionamento das soluções. Daí surgiram os livrosque publicou, “O Ministério Público e a Realidade nosTerritórios” e “Na linha do Equador” que mereceram da críticaespecializada, as mais abalizadas apreciações, consideradosque foram como um “brado de alerta”. Pena é que o nossoespaço seja exíguo, mas quando se escrever, algum dia, ahistória do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios,os onze anos da administração Guimarães Lima irão enchervários capítulos. Sai o Dr. Guimarães Lima, com a consciênciado dever cumprido, com as mãos cheias de realizações nodesempenho do munus munus munus munus munus público. Não sabemos se deixou oufez algum inimigo em sua gestão. Não conhecemos. Mas, sepor acaso, algum existir, sirva-lhe de consolo o ensinamentodo Padre Vieira: “Ter inimigo é honra. De o ter devemos dargraças a Deus. Ninguém quer mal a quem não tem bens. Todosos que têm bens, por certo terão inimigos. A maior desgraça

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que pode haver, é não ter o homem qualquer bem digno deinveja.”

Guimarães Lima exerceu a Presidência do ConselhoPenitenciário do Distrito Federal por longos anos e foi um dosmais empenhados batalhadores pela construção dapenitenciária da Papuda, procurando incessantementesensibilizar as autoridades para o grave problema da falta deuma penitenciária na Capital da República.

Foi ele, como registrou o jornalista Peluz, o primeiroProcurador-Geral do Distrito Federal, na fase da nova Capital,a realizar correição nos Territórios. É importante ressaltar quehá vinte anos não era realizada nenhuma correição nosTerritórios. Na primeira correição aos Territórios do Amapá,Roraima e Rondônia, Guimarães Lima esteve acompanhadodo curador José Lourenço de Araújo Mourão e dos promotoresWashington Bolivar de Brito, Carlos Gomes Sanromã e AristarteGonçalves Leite, secretariado pelo servidor Arthur SebastiãoCésar da Silva, produzindo, ao final, substancioso relatóriodirigido ao Ministro da Justiça, com excelentes sugestões,dentre as quais destacamos:

“a) Imediata reformulação da legislação relativa ao MinistérioPúblico do Distrito Federal e dos Territórios Federais, o que,certamente, levará o Tribunal de Justiça do Distrito Federal(como, aliás, é sua velha intenção) a promover igualprovidência dentro da sua autonomia constitucional, pelo queo Poder Executivo deverá entender-se com o Judiciário paraa consecução desse objetivo necessário e patriótico, inclusiveno que tange à nova divisão administrativa judiciária; b) Criaçãode lugares de defensores públicos nas comarcas em que nãohaja advogado militante; c) Criação de Curadorias nas capitaisdos Territórios; d) Possibilidade de remoção ou promoção demembros do Ministério Público para o Distrito Federal, pormerecimento e antigüidade, respeitados os direitos dos atuaisórgãos do Ministério Público do DF; e) Melhor aparelhamento

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material para que a administração da justiça seja uma realidade;f) Concessão de um abono correspondente à carestia de vidanesses Territórios, cujo índice é superior ao resto do Brasil,em face também da insalubridade da região, à semelhança doque ocorre com os militares; g) Concessão de transporte, parao cumprimento das diligências, grande parte das quais a 30 e40 léguas da sede.”

Na visita correicional, o Procurador-Geral encontroupresos que aguardavam há anos o julgamento dos seusprocessos, fato que o levou a baixar uma Portaria determinandoaos promotores que requeressem habeas corpushabeas corpushabeas corpushabeas corpushabeas corpus para osdetentos que estivessem custodiados provisoriamente há maistempo que o permitido por lei.

No intuito de divulgar as atividades do Ministério Públicodo Distrito Federal e, ao mesmo tempo, estabelecer um canalde comunicação com o povo, Guimarães Lima pleiteou eobteve, junto ao Ministro da Educação, um horário na RádioEducadora para a apresentação do programa “O MinistérioPúblico em ação”, que foi ao ar semanalmente, durante anos.

José Júlio Guimarães Lima faleceu no Rio de Janeiro, nodia 5 de agosto de 1987, e o Ministério Público do DistritoFederal, por intermédio da Portaria nº 229, do mesmo dia,designou Arthur Sebastião César da Silva para providenciar otraslado do corpo do ilustre morto para o Distrito Federal.

6º - HÉLIO PINHEIRO DA SILVA. Tomou posse e assumiuo exercício em 27 de maio de 1975. Exonerado, a pedido, em23 de agosto de 1979, havendo permanecido ao cargo,portanto, por quatro anos e três meses.

Nasceu no Rio de Janeiro, em 3 de maio de 1916, filhode João Pinheiro da Silva e Fathma Mascarenhas da Silva.Colou grau em Direito em dezembro de 1943 e, no mesmo ano,passou a exercer a função de Assistente de Advogado de Ofício,

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perdurando o exercício de tal função até julho de 1947, quandofoi nomeado Promotor Público interino, do antigo DistritoFederal.

Em maio de 1960 foi admitido no Departamento de PolíciaFederal como Comissário de Polícia, exercendo diversasfunções de chefia e direção, participando ainda de inúmerascomissões, no seio do referido Departamento de Polícia, até1968, quando foi nomeado para o Ministério Público Federal,no cargo de Procurador da República.

É importante destacar que Hélio Pinheiro, enquantopermaneceu como funcionário do Departamento Federal deSegurança Pública, foi incumbido das mais importantesmissões jurídicas no órgão, inclusive a de Corregedor-Geral.

Como Procurador-Geral da Justiça do Distrito Federal foidesignado para representar o Brasil na III Conferência deMinistros da Justiça dos Países Hispano-Luso-Americanos eFilipinos, realizado em Buenos Aires, Argentina, no períodode 9 a 13 de junho de 1975. Integrou o Conselho Penitenciáriodo Distrito Federal por quase treze anos, de dezembro de1962 a maio de 1975.

Hélio Pinheiro da Silva não se descuidou, nem por ummomento, da administração do Ministério Público nos territórios.Realizou viagens de inspeção aos territórios federais deRondônia, Roraima e Amapá nos anos de 1975, 1976, 1977 e1978, tomando as providências necessárias para corrigir, namedida das suas possibilidades, as irregularidadesencontradas.

Durante a gestão de Hélio Pinheiro da Silva foi realizadoo 5º concurso para o ingresso na carreira do Ministério Públicodo Distrito Federal, sendo aprovados dezessete candidatos.

Hélio Pinheiro da Silva iniciou também o 6º concursopúblico, que foi concluído pelo seu sucessor.

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7º - DIMAS RIBEIRO DA FONSECA. Assumiu o exercícioem 5 de fevereiro de 1980, conforme decreto que o nomeoupara responder pelos encargos de Procurador-Geral. Deixouo exercício do cargo de Procurador-Geral em 18 de março de1982, quando foi nomeado para o cargo de Desembargadordo Tribunal de Justiça de Rondônia.

Este piauiense da cidade de Guadalupe nasceu em 25de março de 1931, filho de Manoel Ribeiro da Fonseca eCarmina Mousinho Fonseca. Colou grau em 11 de dezembrode 1956, na Faculdade de Direito da Universidade de MinasGerais. Porém, não saiu direto do Piauí para As Alterosas1º.Com efeito, muito jovem ainda radicou-se no Estado doMaranhão, em São Luís, e aos dezoito anos de idade ingressouno Departamento dos Correios e Telégrafos, na função demanipulante de tráfego (9 de abril de 1949) e, em 22 defevereiro de 1954, foi removido, a pedido, para o Estado deMinas Gerais, ainda como funcionário dos Correios, aos quaisserviu até 21 de agosto de 1959. Quatro dias depois de deixaro Departamento dos Correios e Telégrafos, no qual trabalhoupor mais de dez anos, Dimas tomou posse como Promotor deJustiça do Estado de Minas Gerais, entrando em exercício naComarca de Unaí. Aliás, sua ligação com essa cidade foiinstantânea e consolidou-se com o seu casamento, em 14 dejaneiro de 1963, com uma filha da cidade, Dona Maria Dorly.

Foi Promotor de Justiça em Unaí até 16 de março de1967 e, no dia seguinte, tomou posse no cargo de DefensorPúblico, à época início da carreira do Ministério Público doDistrito Federal.

Dimas Fonseca percorreu todos os degraus da carreirado Ministério Público do Distrito Federal, sendo promovido aPromotor Substituto em 29 de julho de 1968; a Promotor Públicoem 7 de agosto de 1970; a Curador em 12 de março de 1975e a Subprocurador-Geral em 2 de junho de 1981.

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A vontade de servir à sociedade, ao Direito e à Justiçalevou Dimas Ribeiro da Fonseca para longe de nós pois, em19 de março de 1982, tomou posse como Desembargador doTribunal de Justiça do Estado de Rondônia. Dimas já haviamarcado, indelevelmente, o seu nome na história do MinistérioPúblico do Distrito Federal.

Observação: entre a exoneração de Hélio Pinheiro daSilva e a nomeação de Dimas Ribeiro da Fonseca, respondeupela Procuradoria-Geral Orlandino Batista de Freitas, substitutolegal.

8º - JOSÉ DILERMANDO MEIRELES. Tomou posse eassumiu o exercício em 12 de abril de 1982. Exonerado, apedido, em 10 de maio de 1985.

Esse goiano da cidade de Luziânia foi outro ilustreMembro do Ministério Público do Distrito Federal queabrilhantou a Instituição.

Filho de José da Costa Meireles e Rachel PimentelBarbosa, nasceu no dia 11 de maio de 1928. Obteve o títulode Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Goiás,em 18 de dezembro de 1954. Foi funcionário do Estado deGoiás, lotado na Secretaria da Fazenda no período de janeirode 1949 a dezembro de 1963. Foi nomeado para o MinistérioPúblico do Distrito Federal em março de 1967, conformedecreto do Senhor Presidente da República; promovido aocargo de Promotor Substituto em 28 de abril de 1967, por atodo Chefe do Executivo Federal; promovido ao cargo dePromotor Público em 15 de maio de 1970, por decretopresidencial; promovido ao cargo de Curador em 21 defevereiro de 1974, ainda por decreto do Senhor Presidente daRepública; promovido ao cargo de Subprocurador-Geral em15 de julho de 1981, por meio da Portaria nº 408, do SenhorMinistro da Justiça. O cargo de Subprocurador-Geral foi,posteriormente, transformado no cargo de Procurador deJustiça.

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Dilermando Meireles atuou em Promotorias Cíveis eCriminais, comuns e especializadas, como de RegistrosPúblicos e de Falências e Concordatas. Integrou inúmerosgrupos de trabalho, comissões e bancas examinadoras noâmbito do Ministério Público e, por longos períodos, foi Chefede Gabinete da Procuradoria-Geral.

Finalmente, em 29 de março de 1994, DilermandoMeireles foi nomeado Desembargador do Tribunal de Justiçado Distrito Federal, em vaga destinada ao Ministério Públicodo Distrito Federal e Territórios.

Observação: entre a exoneração de Dimas Ribeiro daFonseca e a nomeação de Dilermando Meireles respondeupela Procuradoria-Geral José Júlio Guimarães Lima.

9º - JOÃO CARNEIRO DE ULHÔA. Tomou posse e entrouem exercício em 15 de maio de 1985. Exonerado, a pedido,em 8 de março de 1987.

João Carneiro nasceu no dia 6 de junho de 1935, emParacatu, Minas Gerais, sendo filho de Ascendino Pimentelde Ulhôa e Maria Carneiro de Ulhôa. Bacharelou-se em Direitona Universidade Federal de Minas Gerais e em 1966 foiaprovado em concurso público para o Ministério PúblicoMineiro, tomando posse em 2 de fevereiro de 1967, assumindoa Promotoria da Comarca de Jequeri.

Ingressou no Ministério Público do Distrito Federal, comoDefensor Público, em 1º de outubro de 1971, aprovado no 3ºconcurso realizado pela Instituição. Em 21 de fevereiro de 1974foi promovido ao cargo de Promotor Substituto, conformedecreto presidencial publicado no órgão de imprensa oficialdo dia seguinte; promovido a Promotor Público em 17 de marçode 1976, de acordo com a Portaria nº 164, do Senhor Ministroda Justiça, Armando Falcão, e promovido a Procurador deJustiça em 9 de abril de 1985, como consta da Portaria nº 183.

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Carneiro de Ulhôa foi Membro do Conselho Penitenciáriodo Distrito Federal e atuou em todas as áreas do MinistérioPúblico do Distrito Federal, cíveis e criminais, exercendotambém a Assessoria da Procuradoria-Geral, até que foinomeado para o honroso cargo de Procurador-Geral da Justiçado Distrito Federal e, quando ainda se encontrava no exercíciodesse cargo, foi nomeado para ocupar o cargo deDesembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal,tomando posse no dia 9 de março de 1987.

Na gestão de Carneiro de Ulhôa, foi aprovado o Decreto-lei nº 2267, de 13 de março de 1985, que alterousubstancialmente o quadro de Membros do Ministério Públicodo Distrito Federal. Também na administração de Ulhôa foirealizado o décimo concurso público do MPDFT, sendoaprovados dezenove candidatos, conforme relação no capítuloIV deste Histórico.

10º - GERALDO NUNES. Tomou posse e entrou emexercício em 21 de maio de 1987. Exonerado, a pedido, em 17de março de 1992.

Geraldo Nunes é mineiro da cidade de Vau, município deDiamantina, nascido em 29 de outubro de 1928, sendo seuspais Modesto Neponuceno Alves e Luisa Martinha Alves. Colougrau em Direito em 10 de dezembro de 1958, na Universidadede Minas Gerais. Nove anos antes, ou seja, em 1949, haviadiplomado em Filosofia, pela mesma Universidade.

Ingressou no Ministério Público do Distrito Federal em16 de março de 1967 e, paulatinamente, galgou os cargos nacarreira, na forma seguinte: em 2 de maio de 1967 foi promovidoa Promotor Substituto; em 20 de julho de 1970, promovido aPromotor Público; em 12 de março de 1974, promovido aCurador e, finalmente, em 5 de agosto de 1982, promovido aSubprocurador-Geral, cargo esse transformado em Procuradorde Justiça por meio do Decreto-lei nº 2.267, de 13 de marçode 1985.

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CAPÍTULO III

Geraldo Nunes atuou, com brilhantismo ímpar, em todasas áreas do Ministério Público, inclusive massas falidas.Participou de inúmeros congressos e de correições nosterritórios federais, acompanhando os Procuradores-Gerais.

Observação: entre a exoneração de João Carneiro deUlhôa e a posse de Geraldo Nunes, respondeu pelaProcuradoria-Geral José de Nicodemos Alves Ramos.

Geraldo Nunes exerceu a Chefia do Parquet no períodode discussão, elaboração e aprovação da Constituição Federalde 1988 e desempenhou relevantíssimo papel para o destinodo Ministério Público do Distrito Federal. Com efeito, aquelesque já pertenciam à Casa naquela época devem se recordarque houve forte resistência, de alguns seguimentos, à inclusãoda nossa Instituição no Ministério Público da União. Na visãode algumas pessoas, o MPDF deveria pertencer à estruturapolítico-administrativa local, isto é, do Distrito Federal. GeraldoNunes, congregando à sua volta as forças mais atuantes donosso Ministério Público, especialmente os bravoscompanheiros que integravam a associação dos membros doMinistério Público do Distrito Federal, desenvolveu decisivopapel junto a influentes parlamentares, conseguindo, assim,manter a nossa Instituição no Ministério Público da União. Nãofoi tarefa fácil e aqueles que vivenciaram o problema sabemquão grandiosa foi a luta do nosso querido Geraldo Nunespara que pudéssemos, hoje, ostentar a posição de membrodo Ministério Público da União. Não é preciso grandesexercícios de futurismo para se avaliar os problemas queteríamos se o Ministério Público do Distrito Federal pertencesseà estrutura político-administrativa do GDF – Governo do DistritoFederal.

11º - MARLUCE APARECIDA BARBOSA LIMA. Tomouposse e entrou em exercício em 8 de junho de 1992. Foireconduzida em 8 de junho de 1994 para mais um mandato dedois anos à frente da Procuradoria-Geral.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Marluce Aparecida Barbosa Lima nasceu emNeponuceno, Estado de Minas Gerais, no dia 30 de janeiro de1940, sendo filha de José Sebastião Barbosa Lima e MariaRabello Barbosa, e bacharelou-se em Direito pela faculdademineira de Direito da Universidade Católica de Minas Gerais,em 11 de dezembro de 1962.

Em 1966 foi aprovada em concurso público para oMinistério Público do Estado de Minas Gerais, sendo nomeadaem 19 de dezembro daquele ano, entrando em exercício novedias depois. Em 1968 foi aprovada em concurso para Juiz deDireito de Minas Gerais, mas preferiu continuar no MinistérioPúblico mineiro até vir para o Distrito Federal.

Seu ingresso no Ministério Público do Distrito Federaldeu-se em 1º de outubro de 1971, quando tomou posse eentrou em exercício no cargo de Defensor Público, nomeadaque fora por decreto de 16 de setembro daquele ano, do SenhorPresidente da República. Foi promovida aos cargos dePromotor Substituto, Promotor Público, Curador e Procuradorde Justiça em, respectivamente, 3 de abril de 1974, 25 de marçode 1976, 10 de junho de 1981 e 16 de abril de 1985.

Esteve à disposição do então Tribunal Federal deRecursos, onde, por três anos, exerceu o cargo em comissãode Assessor de Ministro, recebendo elogios pelas suasadmiráveis qualidades morais e intelectuais, além da suaimpressionante eficiência. Exerceu funções docentes naUniversidade de Brasília, junto ao Departamento de Direito doInstituto Central de Ciências Humanas, na qualidade deinstrutora.

No Ministério Público do Distrito Federal atuou comoDefensora em todas as áreas, cíveis e criminais, nas maisdiversas Promotorias, Curadorias e Procuradorias. E participoude várias comissões de serviços especiais, tais como fiscal eexaminadora de concursos para Membros, coordenadora de

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CAPÍTULO III

Promotoria, Assessora do Procurador-Geral e Corregedora-Geral.

Foi com Marluce Aparecida Barbosa Lima que o MinistérioPúblico do Distrito Federal adquiriu a estrutura dinâmica emoderna que hoje ostenta.

Pedimos licença ao representante ministerial JoséEduardo Sabo Paes para transcrever trecho do discursoproferido em 16 de outubro de 2000, quando assumiu, pelasegunda vez, a Diretoria-Geral do Ministério Público:

“Naqueles idos, nossa Instituição não tinha sede própria, nãotinha orçamento compatível com suas necessidades, valedizer, não tinha orçamento compatível com o exercício de suaspróprias atribuições institucionais, não tinha quadro ou carreiraprópria.

Detinha apenas 29 funções comissionadas, pouco mais de100 servidores e eram apenas 15 Procuradores, 98 Promotoresde Justiça e 60 Promotores de Justiça Adjuntos.

Na Diretoria Geral desta Casa, de junho de 1992 a outubro de1994, por assim dizer, preparamos terra, semeamos econseguir colher os primeiros frutos de uma messe nova. Nãofoi tarefa fácil essa, a que nos submetemos: o esforço e odesgaste profissional e físico foram grandes. Todas as leis,de estrutura administrativa, com mais de 300 funçõescomissionadas, de criação de cargos de servidores, mais de500, de Procuradores mais 18, de Promotores de Justiça mais40 e Promotores de Justiça Adjuntos mais 20, a busca deespaço, o comodato com o IBAMA, a transferência de nossasede, a elaboração dos orçamentos, a busca e ogerenciamento dos recursos financeiros, a elaboração doprojeto arquitetônico deste edifício Sede e início de suaconstrução, tudo foi trabalho desenvolvido naquela época,como podem revelar os anais e os arquivos da Casa.

Todavia não credito a mim as realizações e o salto estruturale organizacional. É que eu dirigia a administração com o

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

acompanhamento de uma equipe e sob a visão e a orientaçãoda Marluce, nossa Procuradora-Geral de Justiça, ela simidealizadora e responsável pela evolução do Ministério Públicodo Distrito Federal.”

Observação: entre a exoneração de Geraldo Nunes e aposse de Marluce Aparecida Barbosa Lima, respondeu pelaProcuradoria-Geral Bernardino de Souza E Silva.

12º - HUMBERTO ADJUTO ULHÔA. Tomou posse eentrou em exercício em 10 de junho de 1996. Foi reconduzidoem 12 de junho de 1998 para mais um mandato de dois anos àfrente do Ministério Público do Distrito Federal.

Mais um mineiro de Paracatu a exercer o cargo deProcurador-Geral (o outro paracatuense, João Carneiro deUlhôa, por sinal é seu primo), Humberto nasceu em 2 de junhode 1947, sendo seus pais Rosival Hormidas Ulhôa e MariaClélia Adjuto Ulhôa. Colou grau na Faculdade de Direito daUniversidade de Minas Gerais, em 9 de dezembro de 1975.

Realizou estágio de nível universitário na Câmara dosDeputados, no período de 1º a 30 de setembro de 1973 eprestou relevantes serviços, também como estagiário, aoDepartamento de Assistência Judiciária de Minas Gerais.

Dedicou-se, inicialmente, à atividade privada naSeguradora Mineira S.A., no período de 1º de novembro de1971 a 2 de junho de 1972 e depois como advogado militanteem Belo Horizonte e Unaí, até que ingressou no MinistérioPúblico do Distrito Federal, aprovado em concurso público,sendo nomeado Defensor Público em 10 de março de 1980 eem 16 de maio de 1983 foi promovido a Promotor Substituto;em 14 de outubro de 1983 promovido a Promotor Público eem 18 de novembro de 1992 promovido ao cargo de Procuradorde Justiça.

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CAPÍTULO III

Humberto Ulhôa, até chegar à chefia da Instituição,destacou-se pelo exercício de muitas funções especiais, comoCoordenador das Promotorias Cíveis; Assessor do Procurador-Geral; Chefe de Gabinete e examinador de diversos concursosdo MPDFT e, finalmente, Membro do Conselho Superior.

Na sua administração foram realizados os 19º, 20º, 21º,22º e 23º concursos para ingresso na carreira do MinistérioPúblico do Distrito Federal e Territórios. Por outro lado, AdjutoUlhôa deu continuidade ao processo de modernização doMinistério Público do Distrito Federal e Territórios, iniciado naadministração de Marluce e, fato de maior relevância, concluiue inaugurou o edifício-sede da nossa Instituição, obra tambéminiciada na administração de Marluce.

Por fim, em 20 de agosto de 2003, Humberto Adjuto Ulhôafoi nomeado para exercer o cargo de Desembargador doTribunal de Justiça do Distrito Federal, havendo tomado posseem 19 de setembro do ano passado.

Observação: entre o término do mandato de MarluceAparecida Barbosa Lima e a posse de Humberto Adjuto Ulhôa,respondeu pela Procuradoria-Geral Adilson Rodrigues.

13º - EDUARDO JOSÉ OLIVEIRA DE ALBUQUERQUE.Tomou posse e entrou em exercício em 7 de junho de 2000.

Eduardo José Oliveira de Albuquerque nasceu no dia 26de outubro de 1956, na cidade de Campina Grande, Estado daParaíba, filho de José Cavalcanti de Albuquerque e DonaZuleica Oliveira de Albuquerque.

Graduou-se em Direito pela Associação de EnsinoUnificado do Distrito Federal – AEUDF, tendo colado grau em25 de fevereiro de 1981. Estagiou na Defensoria Pública noperíodo de 1981 a 1983. Antes, porém, no período de 1975 a1977, foi Oficial de Gabinete do Ministro do Interior e ingressou

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

na empresa de portos do Brasil S.A. – Portobrás, comoAssistente Administrativo. Permaneceu na Portobrás até o seuingresso no Ministério Público do Distrito Federal em 1984,quando foi nomeado por meio da Portaria nº 250, de 28 demaio, do Senhor Ministro de Estado da Justiça, após aprovaçãoem concurso público de provas e de títulos. Tomou posse eentrou em exercício no cargo de Defensor Público em 8 dejunho de 1984.

De acordo com o Decreto-lei nº 2267, de 13 de março de1985, o seu cargo foi transformado em Promotor Substituto e,em 22 de outubro de 1987, foi promovido ao cargo de Promotorde Justiça. Finalmente, por meio da Portaria de 4 de novembrode 1997, do Senhor Procurador-Geral da República, foipromovido ao cargo de Procurador de Justiça.

Como Defensor Público, Eduardo Albuquerque atuou emVaras Criminais, Cíveis e de Família, bem como no Tribunaldo Júri de Taguatinga, Gama, Sobradinho e Plano Piloto. Atuoutambém na Curadoria de Planaltina e Vara de ExecuçõesCriminais e exerceu diversas Coordenadorias, além de terprestado relevantes serviços em assessorias especiais devários Procuradores-Gerais.

A partir de 1994, Albuquerque começou a oficiar emProcuradorias de Justiça, em substituição, o que aconteceuaté a sua promoção ao cargo de Procurador de Justiça.

Importante registrar que, em 1989, Albuquerque foicredenciado como Assessor Especial do Procurador-Geral paraagilizar, junto à Secretaria de Planejamento e Coordenaçãoda Presidência da República (SEPLAN), dotação orçamentáriadestinada à construção do edifício-sede do Ministério Públicodo Distrito Federal.

Cumpre registrar ainda que, no período de 12 denovembro de 1990 a 12 de novembro de 1992, Albuquerquefreqüentou curso de Mestrado em Direito Penal, na Univer-

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CAPÍTULO III

sidade Gama Filho, no Rio de Janeiro, devidamente autorizadopela Administração Superior do Ministério Público.

Como vemos, ao assumir o cargo de Procurador-Geraldo Ministério Público do Distrito Federal, Albuquerque jápossuía um amplo conhecimento da Instituição e já lhe haviaprestado relevantes serviços.

14º – JOSÉ EDUARDO SABO PAES. Tomou posse eentrou em exercício em 14 de junho de 2002, permanecendono cargo até 14 de junho de 2004.

Eduardo Sabo nasceu na cidade de Ijuí, Estado do RioGrande do Sul, em 10 de setembro de 1962, sendo filho deFrancisco Nogueira Paes e Rosimari Sabo Paes. Formou-seem Direito na Universidade de Brasília, havendo colado grauem 29 de julho de 1985.

Até novembro de 1983 dedicou-se à atividade privada,ingressando no Tribunal de Contas do Distrito Federal em 29daquele mês e ano. Em 15 de maio de 1989 tomou posse nocargo de Promotor Substituto, do Ministério Público do DistritoFederal e Territórios, após aprovação em concurso público deprovas e títulos. Em 5 de junho de 1991, foi promovido aocargo de Promotor de Justiça.

Em 1º de junho de 1992 assumiu o cargo de Diretor-Geralda Secretaria da Procuradoria-Geral, cargo esse que foitransformado em Diretor-Geral a partir de 15 de fevereiro de1993, continuando a exercê-lo até 3 de dezembro de 1994,quando se afastou para realizar curso de Doutorado naEspanha.

Na administração de Eduardo Albuquerque, EduardoSabo voltou à Diretoria-Geral do Ministério Público do DistritoFederal em 16 de outubro de 2000, exercendo a nobre funçãoaté 6 de maio de 2002, deixando-a para concorrer à lista tríplicepara escolha do Procurador-Geral.

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Eduardo Sabo foi o mais jovem Procurador-Geral doMinistério Público do Distrito Federal e Territórios, até omomento, porquanto contava 39 anos de idade quando foinomeado para o cargo. Nem por isso a sua administraçãodeixou de ter a marca da eficiência, do equilíbrio e damoderação.

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CAPÍTULO III

CAPÍTULOIV- NOSSO PRIMEIRO CONCURSO

- NOSSO SEGUNDO CONCURSO

- OS DEMAIS CONCURSOS

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CAPÍTULO IV

Prova oral do Concurso Público para o cargo de Promotor de Justiça adjunto –2003

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24º turma de Promotores de Justiça – 2002

Posse de membros do MPDFT – 1983

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CAPÍTULO IV

25º turma de Promotores de Justiça – 2003

26º turma de Promotores de Justiça – 2004

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CAPÍTULO IV

4.1 O NOSSO PRIMEIRO CONCURSO4.1 O NOSSO PRIMEIRO CONCURSO4.1 O NOSSO PRIMEIRO CONCURSO4.1 O NOSSO PRIMEIRO CONCURSO4.1 O NOSSO PRIMEIRO CONCURSO

O primeiro concurso público para ingresso na carreira doMinistério Público do Distrito Federal foi aberto pelo Procurador-Geral Dário Délio Cardoso, através da Portaria nº 26, de 2janeiro de 1961, que constituiu a seguinte ComissãoExaminadora:

- Presidente: O Procurador-Geral, Dário Délio Cardoso.

- Membros: Ministro Amarilio Benjamim

Desembargador Joaquim de Souza Neto

Juristas Antônio Ferreira de Oliveira Britto e Moacir VelosoCardoso de Oliveira.

Posteriormente, Walter Ceneviva, que sucedeu a DárioDélio Cardoso na Procuradoria-Geral, substituiu AntônioFerreira de Oliveira Britto e Moacir Veloso Cardoso de Oliveirapor Attila Sayol de Sá Peixoto e Arnaldo Pinto Lima, o últimorepresentando a OAB, ficando a Comissão assim constituída:

- Presidente: o Procurador-Geral, Walter Ceneviva

- Membros: Ministro Amarilio Benjamim

Desembargador Joaquim de Souza Neto

Curador Attila Sayol de Sá Peixoto

Jurista Arnaldo Pinto Lima

- Secretário do Concurso: promotor substituto GilvanCorreia de Queiroz.

Inscreveram-se no concurso 33 (trinta e três) candidatos,logrando aprovação cinco deles. O resultado do concurso foihomologado pela Portaria nº 56, de 10 de maio de 1961, do

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Senhor Procurador-Geral Walter Ceneviva, publicada no DiárioOficial de 15 de maio de 1961, com a seguinte classificação:

1º - FRANCISCO DE ASSIS ANDRADE;

2º - HILDA VIEIRA DA COSTA;

3º - WASHINGTON BOLIVAR DE BRITO;

4º - CARLOS GOMES SANROMÃ;

5º - AMAURY DE SOUZA MELLO.

Após a homologação do concurso foram nomeados:

- Francisco de Assis Andrade, para defensor público pordecreto do Excelentíssimo Senhor Presidente da República,de 24 de maio de 1961, publicado no Diário Oficial na mesmadata. Tomou posse e assumiu o exercício de suas funções em25 de maio de 1961.

Promovido a promotor substituto por decreto de 14 dedezembro de 1961 (D.O. de 17 do mesmo mês e ano).

Promovido a 1º promotor público por decreto de 20 defevereiro de 1963 (D.O. de 21 do mesmo mês e ano).

- Hilda Vieira da Costa, para defensora pública pordecreto de 24 de maio de 1961, publicado no D.O. da mesmadata. Tomou posse e assumiu o exercício em 26 de maio de1961.

Promovida à promotora substituta por decreto de 14 dedezembro de 1963 (D.O. de 17 do mesmo mês e ano).

Promovida à 2ª promotora pública por decreto de 11 deoutubro de 1963 (D.O. de 14 do mesmo mês e ano).

- Washington Bolivar de Brito, para defensor públicointerino, por decreto de 3 de junho de 1961 (D.O. da mesma

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CAPÍTULO IV

data). Tomou posse e assumiu o exercício em 26 de junho de1961.

Efetivado por decreto de 9 de janeiro de 1963 (D.O. de10 do mesmo mês e ano).

Promovido a promotor substituto por decreto de 20 defevereiro de 1963 (D.O. de 21 do mesmo mês e ano).

Promovido a 3º promotor público por decreto de 11 deoutubro de 1963 (D.O. de 14 do mesmo mês e ano).

- Carlos Gomes Sanromã, para defensor público interino,por decreto de 19 de dezembro de 1961 (D.O. da mesma data).Tomou posse e assumiu o exercício em 20 do mesmo mês eano.

Efetivado por decreto de 9 de janeiro de 1963 (D.O. de10 do mesmo mês e ano).

Promovido a promotor substituto por decreto de 20 defevereiro de 1963 (D.O. de 21 do mesmo mês e ano).

Promovido a promotor público por decreto de 11 deoutubro de 1963 (D.O. de 14 do mesmo mês e ano).

- Amaury de Souza Mello, para defensor público pordecreto de 9 de janeiro de 1963 (D.O. de 10 do mesmo mês eano). Tomou posse e assumiu o exercício em 22 de janeiro de1963.

Promovido a promotor substituto por decreto de 14 deagosto de 1963 (D.O. de 16 do mesmo mês e ano).

Dos aprovados no primeiro concurso, Carlos GomesSanromã e Hilda Vieira da Costa ingressaram na Magistraturado Distrito Federal em 1976, mediante concurso público, eWashington Bolivar de Brito foi nomeado para o cargo deMinistro do então Tribunal Federal de Recursos em dezembrode 1977.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Amaury de Souza Mello foi aposentado no cargo dePromotor Público, em 13 de outubro de 1969, de acordo com oAto Institucional nº 5, de 13/12/68, mas retornou à atividadeem 1º de dezembro de 1983, por força de decisão judicial noMandado de Segurança nº 99.383, obtendo todas aspromoções devidas, até o último cargo da carreira. Faleceuem 13 de agosto de 1992, deixando saudades em todos quese acostumaram com o seu temperamento combativo.

Francisco de Assis Andrade prestou serviços ao MinistérioPúblico por quase trinta anos, aposentando-se em 11 de abrilde 1991. A morte tirou-o do nosso convívio físico, material, em10 de dezembro de 1991, mas temos certeza de que, comoespírito, continua acompanhando o Ministério Público que tantoamou.

4.2 O NOSSO SEGUNDO CONCURSO4.2 O NOSSO SEGUNDO CONCURSO4.2 O NOSSO SEGUNDO CONCURSO4.2 O NOSSO SEGUNDO CONCURSO4.2 O NOSSO SEGUNDO CONCURSO

Em razão da ampliação do quadro do Ministério Públicodo Distrito Federal, por meio da Lei nº 4.158, de 28 de novembrode 1962, realizou-se, na gestão do quarto Procurador-Geral,Attila Sayol de Sá Peixoto, o segundo concurso para a classeinicial da Carreira (Defensor Público). A ComissãoExaminadora foi composta pelos juristas Oswaldo Trigueiro(Direito Constitucional), Arnaldo Pinto Lima (DireitoAdministrativo), Ruy Cesar Nunes Pereira (Direito Comercial),Darci Rodrigues Lopes Ribeiro (Direito Processual Civil),Roberto Lyra Filho (Direito Penal), Abelardo Da Silva Gomes(Direito Processual Penal) e José Júlio Guimarães Lima (DireitoCivil), tendo como suplentes Décio Meireles de Miranda, SullyAlves de Sousa, Francisco Ferreira de Castro, Gilvan Correiade Queiroz, Antônio Honório Pires de Oliveira Júnior, JoséLourenço de Araújo Mourão e Francisco de Assis Andrade,conforme Portaria 19-A, de 3 de setembro de 1963. EssaComissão substituiu a anterior, composta em 4 de março de

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CAPÍTULO IV

1963 (Portaria nº 16) e que era integrada pelos juristas Joséde Aguiar Dias, Hugo Auler, Attila Sayol de Sá Peixoto,Djalmani Calafange Castello Branco, Oswaldo Trigueiro,Arnaldo Pinto Lima e Ruy Cesar Nunes Pereira. O resultadofinal do concurso foi homologado por intermédio da Portaria nº25-A, de 9 de outubro de 1963, e entre cento e cinco candidatosforam aprovados os seguintes bacharéis, pela ordem declassificação:

1 - JOSÉ PAULO SEPÚLVEDA PERTENCE2 - ANTÔNIO TORREÃO BRAZ3 - EDUARDO ANDRADE RIBEIRO DE OLIVEIRA4 - LINCOLN MAGALHÃES DA ROCHA5 - JOSÉ MANOEL COELHO6 - JORGE FERREIRA LEITÃO7 - JOSÉ FERNANDES DANTAS8 - ELMANO CAVALCANTI DE FARIAS9 - ROMILDO BUENO DE SOUZA10 - JOSÉ GERARDO GROSSI11 - LUIZ VICENTE CERNICCHIARO12 - JOSÉ DILERMANDO MEIRELES13 - GERSON DE CASTRO GARCIA14 - DIMAS RIBEIRO DA FONSECA15 - GERALDO NUNES16 - FRANCISCO ARAÚJO17 - BERNARDINO DE SOUZA E SILVA18 - JARBAS FIDELIS DE SOUSA19 - JOSÉ DE NICODEMOS ALVES RAMOS20 - ORLANDINO BATISTA DE FREITAS21 - JOSÉ ANDRÉ CASAS GARCIA22 - HELENIO RIZZO23 - LÉIA ESTEVES

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Porém, após a homologação do resultado final doconcurso, o candidato PEDRO SOBREIRA PIRAJÁ interpôsrecurso, que foi provido, sendo ele incluído na lista dosaprovados.

Enquanto se aguardava a homologação desse concurso,foram nomeados, interinamente, os seguintes bacharéis:

1 - NEWTON ANTUNES DE OLIVEIRA, para o cargo deDefensor Público por decreto de 20 de fevereiro de 1963 (D.O.de 21.2.63). Tomou posse e assumiu o exercício em 22.2.63.Exonerado por decreto de 11.10.63.

2 - ÍTALO GUERREIRA, para o cargo de Defensor Públicopor decreto de 20 de fevereiro de 1963 (D.O. de 21.2.63). Tomouposse e assumiu o exercício em 11.3.63. Exonerado por decretode 14.8.63.

Os candidatos aprovados no segundo concurso foramnomeados, tomaram posse e entraram em exercício na ordemseguinte:

1 - JOSÉ PAULO SEPÚLVEDA PERTENCE, decreto de11 de outubro de 1963, publicado no D.O. de 14. Posse eexercício na data da publicação.

2 - ANTÔNIO TORREÃO BRAZ, decreto de 11 de outubrode 1963, publicado no D.O. de 14. Posse e exercício na datada publicação.

3 - EDUARDO ANDRADE RIBEIRO DE OLIVEIRA,decreto de 11 de outubro de 1963, publicado em 14. Posse eexercício na data da publicação.

4 - LINCOLN MAGALHÃES DA ROCHA, decreto de 11de outubro de 1963, publicado no D.O. de 14. Posse e exercíciona data da publicação.

5 - JOSÉ MANOEL COELHO, decreto de 9 de dezembrode 1963, publicado no D.O. do dia seguinte. Posse e exercíciona data da publicação.

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CAPÍTULO IV

6 - JORGE FERREIRA LEITÃO, decreto de 9 dedezembro de 1963, publicado no D.O. do dia seguinte. Possee exercício na data da publicação.

7 - JOSÉ FERNANDES DANTAS, decreto de 9 dedezembro de 1963, publicado no D.O. do dia seguinte. Possee exercício na data da publicação.

8 - ELMANO CAVALCANTI DE FARIAS, nomeadointerinamente por decreto de 9 de dezembro de 1963, publicadono D.O. do dia seguinte. Posse e exercício na data dapublicação. Efetivado em 29 de dezembro de 1965.

9 - LUIZ VICENTE CERNICCHIARO, nomeadointerinamente por decreto de 7 de fevereiro de 1964, publicadono D.O. de 13. Posse e exercício na data da publicação.Permaneceu como interino até sua nomeação a Juiz de Direito,em 8.9.66.

10 - JOSÉ GERARDO GROSSI, nomeado interinamentepor decreto de 2 de junho de 1964, publicado em 3. Posse eexercício em 30 de junho de 1964. Efetivado em 9 de marçode 1967.

11 - ROMILDO BUENO DE SOUZA, nomeadointerinamente por decreto de 2 de junho de 1964, publicadoem 3. Posse em 31 de agosto e exercício em 30 de outubro de1964. Permaneceu como interino até sua exoneração em25.10.67, por ter sido nomeado para juiz substituto do DistritoFederal.

12 - JOSÉ DILERMANDO MEIRELES, decreto de 14 demarço de 1967, publicado no D.O. de 16. Posse e exercício nadata da publicação.

13 - GERALDO NUNES, decreto de 14 de março de 1967,publicado em 16. Posse e exercício na data da publicação.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

14 - BERNARDINO DE SOUZA E SILVA, decreto de 14de março de 1967, publicado no D.O. do mesmo dia. Posse eexercício em 16 de março de 1967.

15 - JARBAS FIDELIS DE SOUZA, decreto de 14 demarço de 1967, publica no D.O. do mesmo dia. Posse eexercício em 16 de março de 1967.

16 - DIMAS RIBEIRO DA FONSECA, decreto de 14 demarço de 1967, publicado na mesma data. Posse e exercícioem 17 de março de 1967.

17 - ORLANDINO BAPTISTA DE FREITAS, decreto de28 de abril de 1967, publicado no D.O. de 2 de maio de 1967.Posse e exercício em 3 de maio de 1967.

18 - HELÊNIO RIZZO, decreto de 28 de abril de 1967,publicado no D.O. de 2 maio de 1967. Posse e exercício em 3de maio de 1967.

19 - JOSÉ ANDRÉ CASAS GARCIA, decreto de 28 deabril de 1967, publicado no D.O. de 2 de maio de 1967. Possee exercício em 11 de maio de 1967.

20 - JOSÉ DE NICODEMOS ALVES RAMOS, decretode 28 de abril de 1967, publicado no D.O. de 2 de maio de1967. Posse e exercício em 28 de julho de 1967.

21 - LÉIA ESTEVES, decreto de 3 de outubro de 1967,publicado no D.O. de 5. Posse e exercício em 30 de outubrode 1967.

22 - PEDRO SOBREIRA PIRAJÁ, decreto de 23 deagosto de 1968, publicado no D.O. de 26.8.68. Posse eexercício em 27 de agosto de 1968.

Dois meses depois (Decreto nº 63.348, de 2.10.68), HélioFonseca foi transferido, com o respectivo cargo de PromotorPúblico, do quadro do Ministério Público dos Territórios para oquadro do Ministério Público do Distrito Federal.

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CAPÍTULO IV

Os bacharéis Gerson de Castro Garcia e Francisco Araújonão tomaram posse.

José Paulo Sepúlveda Pertence, primeiro colocado noconcurso, acabou perdendo a primazia da colocação paraAntônio Torreão Braz, Lincoln Magalhães da Rocha e JoséManoel Coelho por ter sido requisitado para exercer cargo emcomissão no Supremo Tribunal Federal, por dois anos, a partirde 1965.

O segundo concurso foi um verdadeiro celeiro de eméritosjuristas.

Dos vinte e dois que tomaram posse, dois delespresidiram as duas mais augustas Cortes de Justiça do País(STF e STJ - Sepúlveda Pertence e Bueno de Souza). Outrosdoze são ou foram ministros, desembargadores e juízes. Osdemais, que preferiram permanecer no Ministério Público portoda a sua vida profissional, nem por isso são ou foram juristasmenos brilhantes.

A nota triste relacionada a esse grupo do segundoconcurso, foi a aposentadoria precoce, injusta e arbitrária deJosé Paulo Sepúlveda Pertence e de José Gerardo Grossi, em16 de outubro de 1969, com base em ato institucional.

Mas se fez justiça aos ilustres colegas com a anistia daLei nº 6.683/79, e hoje estão aposentados como Procuradoresde Justiça do Ministério Público do Distrito Federal.

Do formidável grupo do segundo concurso, Joséde Nicodemos Alves Ramos e Helênio Rizzo foram os quepermaneceram em exercício, por mais tempo, no MinistérioPúblico do Distrito Federal. O primeiro aposentou-se,merecidamente, em 22 de fevereiro de 1996 e o segundofaleceu em 7 de setembro de 1997.

O saudoso companheiro Helênio Rizzo foi o promotor de

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

justiça que participou, representando o Ministério Público doDistrito Federal, da primeira sessão de julgamento do Tribunaldo Júri de Brasília, realizada no Anexo do Tribunal de Justiçaem 5 de abril de 1974, conforme consta da Portaria nº 2.587,de 1º.4.74, e da placa comemorativa existente no local.

4.3 OS DEMAIS CONCURSOS4.3 OS DEMAIS CONCURSOS4.3 OS DEMAIS CONCURSOS4.3 OS DEMAIS CONCURSOS4.3 OS DEMAIS CONCURSOS

Até 2003 o Ministério Público do Distrito Federal realizou,ao todo, vinte e seis concursos, sendo que o 26º começou em2003 e terminou em 2004, para a seleção de promotores dejustiça, aprovando quatrocentos e trinta e dois candidatos.

Eis os dados básicos dos concursos realizados, excluídosos dois primeiros, que já foram destacados:

3º CONCURSO - 1970/713º CONCURSO - 1970/713º CONCURSO - 1970/713º CONCURSO - 1970/713º CONCURSO - 1970/71

Foi aberto em 26 de fevereiro de 1970 e concluído em 19de fevereiro de 1971.

A Comissão de Concurso foi assim constituída:

Comissão de Concurso (Portaria nº 719, 2/fev/70, aditadapela 771, de 2/abr/70)

PROCURADOR-GERAL - PRESIDENTEJosé Júlio Guimarães LimaDIREITO PENALLincoln Magalhães da Rocha, Promotor de JustiçaDIREITO PROCESSUAL PENALJorge Ferreira Leitão, Promotor de JustiçaDIREITO CIVILCarlos Gomes Sanromã, Promotor de Justiça

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CAPÍTULO IV

DIREITO PROCESSUAL CIVILEduardo Andrade Ribeiro de Oliveira, JuristaDIREITO COMERCIALHumberto Gomes de Barros, AdvogadoDIREITO CONSTITUCIONALMilton Sebastião Barbosa, DesembargadorDIREITO ADMINISTRATIVOGilvan Correia de Queiroz, Curador

SECRETÁRIODimas Ribeiro da Fonseca, Promotor de Justiça Substituto

Inscreveram-se 176 candidatos, sendo que trinta e oitoforam aprovados, conforme relação publicada no Diário daJustiça de 2 de março de 1971.

A relação foi a seguinte:

1 - ELSER ROCHA DE MELLO MARTINS2 - HERMENEGILDO FERNANDES GONÇALVES3 - LUIZ CLÁUDIO DE ALMEIDA ABREU4 - ELVAN DO NASCIMENTO LOUREIRO5 - CARLOS AUGUSTO MACHADO FARIA6 - MARLUCE APARECIDA BARBOSA LIMA7 - JOÃO CARNEIRO DE ULHÔA8 - SIMÃO GUIMARÃES DE SOUZA9 - JOSÉ JERÔNIMO BEZERRA DE SOUZA10 - WANDERLEY DE ANDRADE MENDONÇA11 - OSMAR RODRIGUES DE CARVALHO12 - JOÃO GARCIA13 - HELOÍSA HELENA DUARTE PIMENTEL14 - LENIR DE AZEVEDO SOUZA15 - EDINALDO DE HOLANDA BORGES

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

16 - TÂNIA VALADARES GONTIJO17 - FERNANDO REIS LIMA18 - WALTER JOSÉ DE MEDEIROS19 - EVERARDS MOTA E MATOS20 - JOSÉ ALVES DE LIMA21 - NELSON PARUCKER22 - NEUZA CLAUDE CHRISTOFOLI23 - CLAUDIO LEMOS FONTELES24 - DARCY ALVIM PEREIRA25 - ALLIGARI CORRÊA STARLING LOUREIRO26 - ROMEU BARBOSA JOBIM27 - ROLDÃO JOAQUIM DOS SANTOS28 - ANGELA MARIA LÔBO RIBEIRO29 - MERCEDES SAMPAIO FERRAZ XAVIER ALVES30 - CACILDO MARTINS FERREIRA31 - PEDRO LUIZ DE ASSIS32 - ADILSON FLORÊNCIO DE ALENCAR33 - AMAURY DE SENA AYRES34 - PERCILIO DE SOUZA LIMA NETO35 - LUIZ CARLOS PIASUTTI36 - JEFFERSON FONSECA DE BRITO37 - JOSÉ RIBAMAR MORAES38 - CELINA EUTÁLIA DE SOUZADessa turma, não tomaram posse os seguintes

candidatos:

1 - WALTER JOSÉ DE MEDEIROS2 - JOSÉ ALVES DE LIMA3 - NELSON PARUCKER4 - CLAUDIO LEMOS FONTELES5 - ROMEU BARBOSA JOBIM6 - ROLDÃO JOAQUIM DOS SANTOS

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CAPÍTULO IV

7 - ÂNGELA MARIA LOBO RIBEIRO8 - MERCEDES SAMPAIO FERRAZ XAVIER9 - CACILDO MARTINS FERREIRA10 - AMAURY DE SENA AIRES11 - LUIZ CARLOS PIASUTTI12 - JEFFERSON FONSECA DE BRITO

Os demais tomaram posse na ordem cronológica indicadaa seguir.

Em 1º de outubro de 1971:

1 - ELSER ROCHA DE MELLO MARTINS2 - HERMENEGILDO FERNANDES GONÇALVES3 - LUIZ CLÁUDIO DE ALMEIDA ABREU4 - ELVAN DO NASCIMENTO LOUREIRO5 - CARLOS AUGUSTO MACHADO FARIA6 - MARLUCE APARECIDA BARBOSA LIMA7 - JOÃO CARNEIRO DE ULHÔA8 - SIMÃO GUIMARÃES DE SOUZA9 - WANDERLEY DE ANDRADE MENDONÇA10 - OSMAR RODRIGUES DE CARVALHO11 - JOÃO GARCIA12 - HELOÍSA HELENA DUARTE PIMENTEL13 - LENIR DE AZEVEDO SOUZA14 - EDINALDO DE HOLANDA BORGES

Em 15 de março de 1972:JOSÉ JERÔNIMO BEZERRA DE SOUZA

Em 5 de abril de 1972:TÂNIA VALADARES GONTIJO

Em 25 de junho de 1972:FERNANDO REIS LIMA

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Em 2 de abril de 1973:EVERARDS MOTA E MATOSNEUSA CLAUDE CHRISTOFOLI

Em 15 de agosto de 1973:DARCY ALVIM PEREIRA

Em 8 de novembro de 1973:ALLIGARI CORRÊA STARLING LOUREIRO

Em 14 de março de 1974:ROLDÃO JOAQUIM DOS SANTOSPEDRO LUIZ DE ASSISADILSON FLORÊNCIO DE ALENCARJOSÉ RIBAMAR MORAESCELINA EUTÁLIA DE SOUZA

Em 31 de maio de 1974:PERCÍLIO DE SOUZA LIMA NETO

Dos vinte e seis que tomaram posse, nove são hojedesembargadores, enquanto sete são juízes.

Elvan do Nascimento Loureiro, Fernando Reis Lima,Pedro Luiz de Assis, Percílio de Souza Lima Neto, MarluceAparecida Barbosa Lima e José Ribamar Moraes estão,merecidamente, aposentados.

Permanecem em exercício no Ministério Público, asprocuradoras de justiça Lenir de Azevedo e Celina Eutália deSouza. Aliás, a primeira é, na atualidade, a decana daInstituição, à qual serve há mais de 30 anos, sem contar o tempode servidora e estagiária.

4º - CONCURSO 1975/764º - CONCURSO 1975/764º - CONCURSO 1975/764º - CONCURSO 1975/764º - CONCURSO 1975/76

Foi aberto em 24 de setembro de 1974 e concluído em20 de agosto de 1975.

A Comissão de Concurso foi assim constituída:

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CAPÍTULO IV

COMISSÃO DE CONCURSO (Portaria 3119, 31/mar/75)

PROCURADOR-GERAL - PRESIDENTEJosé Júlio Guimarães Lima

DIREITO PENAL E DIREITO PROCESSUAL PENALFrancisco de Assis Andrade, Subprocurador-GeralJorge Ferreira Leitão, CuradorJarbas Fidelis de Souza, Promotor

DIREITO PRIVADO (CIVIL E COMERCIAL) E DIREITOJUDICIÁRIO CIVILJosé Dilermando Meireles, CuradorJosé André Casas Garcia, Promotor PúblicoCarlos Alfredo de Lima, Advogado

DIREITO CONSTITUCIONAL E DIREITOADMINISTRATIVOOrlandino Batista de Freitas, Promotor PúblicoJosé de Nicodemos Alves Ramos, Promotor PúblicoWashington Bolivar de Brito, Curador

SUBSTITUTO DO PROCURADOR-GERALAntônio Honório Pires de Oliveira Júnior,Subprocurador-Geral

SUPLENTESHelênio Rizzo, Promotor

Bernardino de Sousa e Silva, PromotorElser Rocha de Mello Martins, PromotorJoão Carneiro de Ulhôa, Promotor

SECRETÁRIODimas Ribeiro da Fonseca, Curador.

Inscreveram-se 137 candidatos, mas só dois lograramaprovação. Foram eles:

1 - CARLOS AUGUSTO FIGUEIREDO SALAZAR2 - ARNALDO ESTEVES LIMA

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Tomaram posse em 7 de junho de 1976.

Arnaldo deixou-nos pela magistratura federal e CarlosSalazar pela magistratura local.

Posteriormente, no concurso de 1993, Carlos AugustoSalazar, já aposentado na magistratura, logrou nova aprovaçãona nossa Instituição. Lamentavelmente, não permaneceu noparquet, optando por exonerar-se novamente, ingressando nadefensoria pública do Distrito Federal.

5º CONCURSO - 19765º CONCURSO - 19765º CONCURSO - 19765º CONCURSO - 19765º CONCURSO - 1976

Foi aberto em 14 de janeiro de 1976 e encerrado em 29de novembro do mesmo ano, mas a nomeação dos aprovadossó ocorreu em novembro de 1977.

A Comissão de Concurso foi assim constituída:

COMISSÃO DE CONCURSO (Portaria 3470, de 18/fev/76)

PROCURADOR-GERAL - PRESIDENTEHélio Pinheiro da Silva

DIREITO PENAL E DIREITO PROCESSUAL PENALLéia Esteves, promotora

DIREITO CIVIL E DIREITO PROCESSUAL CIVILGeraldo Nunes, Curador

DIREITO COMERCIALCarlos Alfredo de Lima, Advogado

DIREITO ADMINISTRATIVOOrlandino Batista de Freitas, Promotor

DIREITO CONSTITUCIONALJosé de Nicodemos Alves Ramos, Promotor

SUBSTITUTO DO PROCURADOR-GERALFrancisco de Assis Andrade, Subprocurador-geral

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CAPÍTULO IV

SUPLENTESElser Rocha de Mello Martins, PromotorJoão Carneiro de Ulhôa, PromotorDarcy Alvim Pereira, Promotor

SECRETÁRIODimas Ribeiro da Fonseca, Curador

Inscreveram-se 233 candidatos e foram aprovados osseguintes:

1 - TEMÍSTOCLES DE MENDONÇA CASTRO2 - JOÃO ALBERTO RAMOS3 - SUELLY DA ROCHA AMBRÓSIO DA FONSECA4 - MIRTÔ FRAGA5 - MÁRIO CÉSAR MACHADO MONTEIRO6 - ESTEVAM CARLOS LIMA MAIA7 - MARIA HELENA SALCEDO MAGALHÃES8 - LUIZ RAMOS PORTO9 - ÍSIS GUIMARÃES DE AZEVEDO10 - JÚLIO DE OLIVEIRA11 - GETÚLIO RIVERA VELASCO CASTANHEDO12 - JOÃO ALVES DE OLIVEIRA13 - UBALDO ATAÍDE CAVALCANTE14 - FABIANO GABRIEL GUIMARÃES15 - EDUARDO GALIL16 - ONÓRIO JUSTINIANO TEIXEIRA17 - EVALDO LOPES DE ALENCAR

Não tomaram posse apenas os candidatos EstevamCarlos Lima Maia e Maria Helena Salcedo Magalhães. Osdemais tomaram posse em 14.11.77, com exceção de GetulioRivera, que tomou posse em 14.12.77, além de OnórioJustiniano Teixeira, Evaldo Lopes de Alencar e Eduardo Galil,os quais tomaram posse em 30.8.78.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Mario Cesar Machado Monteiro, Júlio de Oliveira, JoãoAlves de Oliveira, Ubaldo Ataíde Cavalcante, Getúlio RiveraVelasco Catanhede, Onório Justiniano Teixeira, Mirtô Fraga eEvaldo Lopes de Alencar ingressaram posteriormente namagistratura (os quatro primeiros), no Ministério Público Federal(o quinto e o sexto), na Câmara dos Deputados (a sétima) eno Ministério Público do Estado de Rondônia (o último).

Luiz Ramos Porto, Temístocles de Mendonça Castro,Fabiano Gabriel Guimarães e Eduardo Galil foramaposentados.

Continuam em exercício, João Alberto Ramos e Suellyda Rocha Ambrósio da Fonseca. Ísis Guimarães de Azevedoaposentou-se em 23.4.2004.

6º CONCURSO - 1978/796º CONCURSO - 1978/796º CONCURSO - 1978/796º CONCURSO - 1978/796º CONCURSO - 1978/79

Foi aberto em 20 de outubro de 1978 e concluído em 23de outubro de 1979.

A Comissão de Concurso foi a seguinte:

COMISSÃO DE CONCURSO (Portaria 4725, de22/8/78)

PROCURADOR-GERAL - PRESIDENTEHélio Pinheiro da Silva

DIREITO PENALDimas Ribeiro da Fonseca, Curador

DIREITO PROCESSUAL PENALElser Rocha Mello Martins, Promotor

DIREITO CIVILJosé André Casas Garcia, Curador

DIREITO PROCESSUAL CIVILJosé Dilermando Meireles, Curador

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CAPÍTULO IV

DIREITO COMERCIALCarlos Alfredo de Lima, Advogado

DIREITO CONSTITUCIONALJosé de Nicodemos Alves Ramos, Curador

DIREITO ADMINISTRATIVOOrlandino Batista de Freitas, Curador

SUPLENTESBernardino de Sousa e Silva, CuradorHelênio Rizzo, CuradorJoão Carneiro de Ulhôa, PromotorLuiz Carlos Alvim Dusi, Advogado

SECRETÁRIODarcy Alvim Pereira

Inscreveram-se 277 candidatos, sendo aprovadosdezesseis, que foram os seguintes:

1 - HÉRCULES JOSÉ DO VALE2 - ISAAC BARRETO RIBEIRO3 - WELEYDE FERREIRA4 - PAULO ROBERTO DE MAGALHÃES ARRUDA5 - MARDEM COSTA PINTO6 - LECIR MANOEL DA LUZ7 - MARGARIDA MARIA CERQUEIRA CAFÉ8 - ROMÃO CÍCERO DE OLIVEIRA9 - ADILSON RODRIGUES10 - JESUS DE MORAIS AGUIAR11 - JOSÉ ALVES DE LIMA12 - JOSÉ MARIA DOS ANJOS13 - ZENAIDE SOUTO MARTINS14 - ROMEU GONZAGA NEIVA15 - HUMBERTO ADJUTO ULHÔA16 - TERESINHA FLORENZANO

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Dessa lista, só não tomou posse José Maria dos Anjos.Os outros tomaram posse em 11/1/80, 20/2/80 (Lecir), 7/3/80(Weleyde), 14/3/80 (Humberto) e 2/5/80 (Teresinha).

Hércules José do Vale, Mardem Costa Pinto e RomãoCícero de Oliveira deixaram o Ministério Público paraingressarem na Magistratura (o primeiro e o último) e noMinistério Público Federal (o segundo).

Weleyde Ferreira, irmã da nossa colega Wilsy Elias deQueiroga e tia da jovem Promotora Alessandra Elias deQueiroga retornou ao Mundo Maior, deixando-nos muitassaudades. Isaac Barreto Ribeiro, Paulo Roberto de MagalhãesArruda, Jesus de Moraes Aguiar e José Alves de Lima gozamde merecida aposentadoria.

Lecir Manoel da Luz e Romeu Gonzaga Neiva foramnomeados Desembargadores do Tribunal de Justiça do DistritoFederal.

Portanto, do sexto concurso continuam em exercícioMargarida Maria Cerqueira Café, Zenaide Souto Martins eTerezinha Florenzano, Adilson Rodrigues e Humberto AdjutoUlhôa, o qual, em 20.8.2003, desligou-se do MPDFT eingressou, como Desembargador, no Tribunal de Justiça doDistrito Federal .

7º CONCURSO – 19807º CONCURSO – 19807º CONCURSO – 19807º CONCURSO – 19807º CONCURSO – 1980

Foi aberto em 13 de junho de 1980 e encerrado em 11 dedezembro de 1980.

A Comissão de Concurso foi esta:

COMISSÃO DE CONCURSO

PROCURADOR-GERAL - PRESIDENTEDimas Ribeiro Fonseca

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CAPÍTULO IV

Bernardino de Sousa e SilvaJoão Carneiro de UlhôaEverards Mota e MatosJosé Dilermando MeirelesElser Rocha de Mello MartinsNeusa Claude ChristofoliFrancisco Carneiro Lacerda Neto

SECRETÁRIODarcy Alvim Pereira

Inscreveram-se 337 candidatos, logrando aprovação vintedeles, que foram os seguintes:

1 - RUTH KICIS TORRENTS PEREIRA2 - ARINDA FERNANDES3 - BENIS SILVA QUEIROZ BASTOS4 - MARIA APARECIDA FERNANDES DA SILVA5 - RITA FARACO DE FREITAS6 - TEREZINHA SILVIA LAVOCAT GALVÃO7 - WILZY ELIAS QUEIROGA8 - ZULEIKA ÁVILA DE REZENDE9 - PAULO TAVARES LEMOS10 - RUBENS TAVARES DE SOUZA11 - LÉLIA MARIA SOUZA DUARTE12 - MARIA DE LOURDES ABREU13 - MARIA ALICE DE FARIA14 - MARIA DILZA MACIEL15 - HILMA DE OLIVEIRA16 - MARGARIDA MARIA RODRIGUES PEREIRA17 - ANTÔNIO RAIMUNDO GOMES SILVA FILHO18 - HELENA CRISTINA TINOCO DE MENDONÇA19 - DÉCIO COSTA FERRAZ

20 - WALDIR LEÔNCIO JÚNIOR

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Dessa turma não tomaram posse Hilma de Oliveira eMargarida Maria Rodrigues. Dos demais, a grande maioriatomou posse em 10.2.81, com exceção de Helena Crista, DécioFerraz e Waldir Leôncio que tomaram posse em 4.6.81, 31.7.81e 14.8.81, respectivamente. Waldir Leôncio Júnior e MariaAparecida Fernandes Silva ingressaram posteriormente naMagistratura do Distrito Federal.

Os colegas Maria Alice de Faria, Wilzy Elias de Queiroga,Zuleika Ávila de Rezende, Paulo Tavares Lemos, RubensTavares de Souza e Antônio Raimundo Gomes Silva Filhoaposentaram-se. Décio Costa Ferraz faleceu quando já estavaaposentado.

Maria Nilza Maciel exonerou-se a partir de 16 de setembrode 1981.

Portanto, do sétimo concurso, estão em exercício asprocuradoras de justiça Ruth Kicis Torrents Pereira, ArindaFernandes, Benis Silva Queiroz Bastos, Rita Faraco de Freitas,Terezinha Silvia Lavocat Galvão, Lélia Maria Duarte deCerqueira, Maria de Lourdes Abreu e Helena Cristina Tinocode Mendonça .

8º CONCURSO - 1981/828º CONCURSO - 1981/828º CONCURSO - 1981/828º CONCURSO - 1981/828º CONCURSO - 1981/82

Foi aberto em 4 de agosto de 1981 e concluído em 18 deoutubro de 1982.

A Comissão de Concurso foi a seguinte:

COMISSÃO DE CONCURSO

PROCURADOR-GERALDimas Ribeiro Fonseca

PRESIDENTEJosé Lourenço de Araújo Mourão, Subprocurador-Geral

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CAPÍTULO IV

José Dilermando MeirelesJosé de Nicodemos Alves Ramos, CuradorHelênio Rizzo, CuradorEverards Mota e Matos, CuradorNeusa Claude Christofoli, PromotoraJosé de Almeida Coelho, AdvogadoLéia Esteves, Curadora

Elser Rocha de Mello Martins

SECRETÁRIODarcy Alvim Pereira

Inscreveram-se 746 candidatos e o resultado final desseconcurso foi o seguinte:

1 - ANTÔNIO BENJAMIM NETO

2 - HELOÍSA CARLOS MAGNO CORREIA

3 - CARLOS EDUARDO DE OLIVEIRA VASCONCELOS

4 - ADELÂNGELA SAGGIORO GARCIA

5 - GILBERTO PEREIRA DE OLIVEIRA

6 - LÚCIA GLÓRIA BASTOS ALVES

7 - JOSÉ DIVINO DE OLIVEIRA

8 - ALCIDES MARTINS

9 - ODETE ALVES CAMELO

10 - BRASILINO PEREIRA DOS SANTOS

11 - IGUATEMI DE CASTRO FILHO

12 - JOSÉ DE SOUZA ANTUNES

13 - FRANCISCO CAUBY SARAIVA FRANCO

14 - JOSÉ EDUARDO DE MELO LEITÃO SALMON

15 - MÁRIO GURTYEV DE QUEIROZ

16 - RENATO SÓCRATES GOMES PINTO

17 - JOSÉ RAIMUNDO XAVIER

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

18 - ARNALDO PEREIRA BUENO

19 - ELZA RODRIGUES LUGON

20 - JOSÉ JACINTO COSTA CARVALHO

21 - MARTA SILVA DE MARTINS CATOIRA

22 - ELINE TEIXEIRA MENDES FERNANDES LEVI

23 - EDGARD DE ALMEIDA CASTANHEIRA

Não tomaram posse: Antônio Benjamim Neto, AdelângelaSaggioro Garcia, Lúcia Glória Bastos Alves, Iguatemi de CastroFilho, José Eduardo de Melo Leitão Salmon e Mário Gurtyevde Queiroz. Os outros tomaram posse em 21.2.83, 18.3.83(Arnaldo), 29.3.83 (José Jacinto), 31.5.83 ( Marta e Drª Eline) e27.6.83 (Edgard).

Por outro lado, Heloísa Carlos Magno Correia, JoséJacinto Costa Carvalho, Gilberto Pereira de Oliveira, JoséDivino de Oliveira, Alcides Martins, Brasilino Pereira dosSantos, Carlos Eduardo de Oliveira Vasconcelos e Edgar deAlmeida Castanheira ingressaram posteriormente namagistratura (os quatro primeiros) e no Ministério PúblicoFederal (os quatro últimos).

Os colegas Francisco Cauby Saraiva Franco, JoséRaimundo Xavier, Elza Rodrigues Lugon, Arnaldo PereiraBueno, Marta Silva de Martins Catoira, Odete Alves Camelo,Renato Sócrates Gomes e José de Souza Antunes forammerecidamente aposentados.

Só continua em exercício, do 8º concurso, Eline LeviParanhos.

9º CONCURSO - 1983/849º CONCURSO - 1983/849º CONCURSO - 1983/849º CONCURSO - 1983/849º CONCURSO - 1983/84

Foi aberto em 12 de setembro de 1983 e encerrado em11 de maio de 1984.

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CAPÍTULO IV

A Comissão de Concurso foi assim constituída:

COMISSÃO DE CONCURSO

PROCURADOR-GERAL - PRESIDENTE

José Dilermando MeirelesGeraldo Nunes, Subprocurador-GeralJosé de Nicodemos Alves Ramos, CuradorHelênio Rizzo, CuradorJoão Carneiro de Ulhôa, CuradorJoão Alberto Ramos, CuradorFrancisco Carneiro Nobre de Lacerda, Advogado

SECRETÁRIOEverards Mota e Matos

Inscreveram-se 435 candidatos, sendo aprovados trintae três, que foram os seguintes:

1 - CARMEM MARIA MARTINS GOMES2 - CARLOS EDUARDO MAUL MOREIRA ALVES3 - JOSEMIAS COSTA4 - SUZANA VIDAL DE TOLEDO BARROS5 - NÍDIA CORRÊA LIMA6 - CÉLIA REGINA SOUZA DELGADO7 - JOÃO LUIZ DE SOUZA8 - ITIBERÊ ERNESTO DE OLIVEIRA RIBEIRO9 - FRANCISCA SOARES DA SOUSA10 - LUCAS RESENDE ROCHA11 - JOSUÉ PINHEIRO DE MENDONÇA12 - ABADIO JOSÉ MENDES13 - WILMA FRANCISCA MENDES14 - TÉRCIO FILIPE ALVES15 - ANÍSIO TEODORO

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

16 - SANDRA MENDES GONZAGA NEIVA17 - AMARÍLIO TADEU FREESZ DE ALMEIDA18 - JOSÉ DE ALMEIDA COELHO19 - MANSUETO NERY NETO20 - EDUARDO JOSÉ OLIVEIRA DE ALBUQUERQUE21 - JAIR MEURER RIBEIRO22 - MÁRIO-ZAM BELMIRO ROSA23 - SANSÃO BATISTA SALDANHA24 - NÉLIO REZENDE DA SILVA25 - TÂNIA MARIA NAVA MARCHEWKA26 - ANTÔNIO EZEQUIEL DE ARAÚJO NETO27 - ÁLVARO JOSÉ JORGE28 - HERALDO MACHADO PAUPÉRIO29 - MARILENE DA COSTA PEREIRA30 - JOSÉ FIRMO REIS SOUB31 - JOSÉ FILIPE DE ARAÚJO32 - JOSÉ DE OLIVEIRA33 - CARLOS GOMESDesse grupo apenas três não tomaram posse: Célia

Regina Souza Delgado, Sansão Batista de Saldanha eMarilene da Costa Pereira.

A maioria tomou posse em 8.6.84. Depois, Nélio tomouposse em 30.7.84, Tânia em 28.8.84, Álvaro em 27.9.84,Heraldo, José Firmo, José Filipe e Carlos Gomes em 30.11.84,JAIR em 1º.12.85, Ezequiel em 14.3.85, José de Oliveira em19.3.85 e Mansueto em 20.6.85.

Três deixaram-nos pela magistratura: João Luis de Souza,Mansueto Nery Neto e Mário Zam Belmiro Rosa. Outro, CarlosEduardo Maul Moreira Alves, foi para o Ministério PúblicoFederal.

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CAPÍTULO IV

Dos que ficaram, doze já se aposentarem. São eles:

1 - ITIBERÊ ERNESTO DE OLIVEIRA RIBEIRO2 - LUCAS RESENDE ROCHA3 - JOSUÉ PINHEIRO DE MENDONÇA4 - ABADIO JOSÉ MENDES5 - WILMA FRANCISCA MENDES6 - TÉRCIO FILIPE ALVES7 - ANÍSIO TEODORO8 - JOSÉ DE ALMEIDA COELHO9 - NÉLIO REZENDE DA SILVA10 - HERALDO MACHADO PAUPÉRIO11 - JOSÉ FILIPE DE ARAÚJO12 - CARMEM MARIA MARTINS GOMESNaquele ano de 1984, Arthur Sebastião Cesar da Silva,

curador do Ministério Público dos Territórios, foi aproveitadono quadro do Ministério Público do Distrito Federal, em igualcargo, conforme Portaria nº 447, de 24 de outubro de 1984.Arhtur Sebastião Cesar aposentou-se.

Do nono concurso estão em exercício: Josemias Costa,Suzana Vidal de Toledo Barros, Nídia Correa Lima, AmarílioTadeu Freesz de Almeida, Eduardo José Oliveira Albuquerque,Jair Meurer Ribeiro, Tania Maria Nava Marchewka, AntônioEzequiel de Araújo Neto, Álvaro José Jorge, José Firmo ReisSoub e Carlos Gomes.

Sandra Mendes Gonzaga Neiva aposentou-se em19.11.2003, Francisca Soares da Silva em 1.10.2005 e Joséde Oliveira em 8.1.2005.

Desta listagem, Wilma Francisca Mendes e NélioRezende da Silva faleceram em 28 de outubro de 1997 e 21de novembro de 1995, respectivamente.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

10º CONCURSO - 1985/8610º CONCURSO - 1985/8610º CONCURSO - 1985/8610º CONCURSO - 1985/8610º CONCURSO - 1985/86

Foi aberto em 8 de outubro de 1985 e concluído em 12de dezembro de 1986.

A Comissão de Concurso foi esta:

COMISSÃO DE CONCURSO (Ata da 130ª Sessão Ord.do CSMPDFT, de 11/nov/85)

PROCURADOR-GERALJoão Carneiro de Ulhôa

PRESIDENTEJosé Dilermando Meireles, Procurador de Justiça

DIREITO PENALEverards Mota e Matos, Procurador de Justiça (Titular)Paulo Tavares Lemos, Promotor de Justiça (Suplente)

DIREITO PROCESSUAL PENALMarluce Aparecida Barbosa Lima, Procuradora deJustiça (Titular)Temístocles de Mendonça Castro, Promotor de Justiça(Suplente)

DIREITO CIVILJosé Dilermando Meireles, Procurador de Justiça (Titular)Adilson Rodrigues, Promotor de Justiça (Suplente)

DIREITO COMERCIALMilton de Mello, Advogado (Titular)Francisco Carneiro Nobre de Lacerda, Advogado(Suplente)

DIREITO PROCESSUAL CIVILHelênio Rizzo, Procurador de Justiça (Titular)Paulo Roberto de Arruda, Promotor de Justiça (Suplente)

DIREITO ADMINISTRATIVO

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CAPÍTULO IV

Bernardino de Sousa e Silva, Procurador de Justiça(Titular)João Alberto Ramos, Promotor de Justiça (Suplente)DIREITO CONSTITUCIONALJosé de Nicodemos Alves Ramos, Procurador de Justiça(Titular)Temístocles de Mendonça Castro, Promotor de Justiça(Suplente)SECRETÁRIO (Ata da 129ª S. Ord. do CSMPDFT, de4/nov/85)

João Alberto Ramos, Promotor de JustiçaNesse concurso foram aprovados os seguintes

candidatos, nomeados através da Portaria nº 8, de 15 de janeirode 1987, do Excelentíssimo Senhor Ministro da Justiça:

1 - PAULO GUSTAVO GONET BRANCO2 - DEBORAH MACEDO DUTRA DE BRITO PEREIRA3 - ANA MARIA DUARTE AMARANTE BRITO4 - CARLOS AUGUSTO DE AMORIM DUTRA5 - SANDRA DE SANTIS MENDES DE FARIAS MELLO6 - MARIA APARECIDA DONATI BARBOSA7 - PETRÔNIO CALMON ALVES CARDOSO FILHO8 - ROGÉRIO SCHIETTI MACHADO CRUZ9 - GISELA DE CASTRO CHAMOUN10 - JAIR DE OLIVEIRA SOARES11 - LIA CELI FANUK12 - HELOISA MARIA MORAES REGO PIRES13 - MILTON ALVES DE SOUSA14 - MÁRIO PEREZ DE ARAÚJO15 - JOSÉ CARLOS SOUZA E AVILA16 - MARIA ANAÍDES DO VALE SIQUEIRA17 - OLINDA ELIZABETH CESTARI GONÇALVES18 - MARIA BEATRIZ FETEIRA GONÇALVES

PARRILHA

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

19 - LUCÍDIO BANDEIRA DOURADO

Não tomaram posse: Paulo Gustavo Gonet Branco,Sandra de Santis Mendes de Farias Melo e Heloísa MariaMoraes Rego Pires. Os demais tomaram posse em 3.2.87.Depois, Deborah Macedo Duprat de Brito Pereira e CarlosAugusto de Amorim Dutra ingressaram no Ministério PúblicoFederal. Ana Maria Duarte Amarante, Lia Celi Fanuk e MariaBeatriz Feteira Gonçalves Parrilha, bem como Jair de OliveiraSoares, José Carlos de Souza E. Ávila e Lucídio BandeiraDourado foram para a Magistratura do Distrito Federal.

Milton Alves de Souza faleceu em 27 de fevereiro de 2000,quando já se encontrava merecidamente aposentado.

Do décimo concurso, estão em exercício Maria AparecidaDonati Barbosa, Petrônio Calmon Alves Cardoso Filho,Rogerio Schietti Machado Cruz, Gisela de Castro Chamoun,Mario Perez de Araújo, Maria Anaídes do Vale Siqueira e OlindaElizabeth Cestari Gonçalves.

111111º CONCURSO - 1987/881º CONCURSO - 1987/881º CONCURSO - 1987/881º CONCURSO - 1987/881º CONCURSO - 1987/88

Foi aberto em 16 de novembro de 1987 e concluído em15 de dezembro de 1988.

A Comissão de Concurso foi esta:

COMISSÃO DE CONCURSO (Portarias nº 247, de 13/jul/88 e 312 de 26/ago/88)

PROCURADOR-GERALGeraldo Nunes

PRESIDENTEEverards Mota e Matos, Procurador de Justiça

DIREITO PENALEverards Mota e Matos (Titular), Procurador de JustiçaIsaac Barreto Ribeiro (Suplente), promotor de Justiça

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CAPÍTULO IV

DIREITO PROCESSUAL PENALMarluce Aparecida Barbosa Lima (Titular), Procuradorade JustiçaJosé Lourenço de Araújo Mourão (Suplente),Procurador de Justiça

DIREITO CIVILAdilson Rodrigues (Titular), Promotor de JustiçaTemístocles de Mendonça Castro (Suplente), Promotorde Justiça de Justiça

DIREITO PROCESSUAL CIVILPaulo Roberto de Magalhães Arruda (Titular), Promotorde JustiçaLuiz Ramos Porto (Suplente), Promotor de Justiça

DIREITO COMERCIALEsdras Dantas de Souza (Titular), AdvogadoHugo Figueiredo de Carvalho (Suplente), Advogado

DIREITO ADMINISTRATIVOPaulo Tavares Lemos (Titular), Promotor de JustiçaFrancisco Cauby Saraiva Franco (Suplente), Promotorde Justiça

DIREITO CONSTITUCIONALJosé de Nicodemos Alves Ramos (Titular), Procuradorde JustiçaBenis Silva Queiroz Bastos (Suplente), Promotora deJustiça

SECRETÁRIOJoão Alberto Ramos, Promotor de Justiça

Inscreveram-se 1.410 candidatos, sendo aprovadosapenas os seguintes:

1 - MARINITA MARIA DA SILVA2 - FERNANDO CEZAR PEREIRA VALENTE

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

3 - EUNICE PEREIRA AMORIM DE SOUZA4 - VITOR FERNANDES GONÇALVES5 - FRANCISCO LEITE DE OLIVEIRA6 - LÚCIA HELENA BARBOSA DE OLIVEIRA7 - DIVA LUCY DE FARIA PEREIRA8 - ANDRÉA LYRIO RIBEIRO DE SOUZA9 - JOSÉ EDUARDO SABO PAES10 - ANTÔNIO CARNEIRO SOBRINHO11 - JOSÉ VALDENOR QUEIROZ JÚNIOR

Todos tomaram posse em 15 de maio de 1989.

Desses onze companheiros, Diva Lucy de Faria Pereiradeixou-nos pela magistratura local. Antônio Carneiro Sobrinhoe Andréa Lyrio R. de Souza buscaram o Ministério PúblicoFederal.

12º CONCURSO – 1989/9012º CONCURSO – 1989/9012º CONCURSO – 1989/9012º CONCURSO – 1989/9012º CONCURSO – 1989/90

Foi aberto em 29 de novembro de 1989 e concluído em23 de outubro de 1990.

A Comissão de Concurso foi a seguinte:

COMISSÃO DE CONCURSO (Portaria nº 116, 21/mar/90)

PROCURADOR-GERALGeraldo Nunes

SUBSTITUTO DO PRESIDENTEMarluce Aparecida Barbosa Lima, Procuradora de JustiçaEverards Mota e Matos, Procurador de Justiça

DIREITO PENALEverards Mota e Matos (Titular), Procurador de JustiçaTânia Maria Nava Marchewka (Suplente), Promotora deJustiça

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CAPÍTULO IV

DIREITO PROCESSUAL PENALMarluce Aparecida Barbosa Lima (Titular), Procuradorade JustiçaCarmen Maria Martins Gomes (Suplente), Promotora deJustiça

DIREITO CIVILAdilson Rodrigues (Titular), Promotor de JustiçaJosé Firmo Reis Soub (Suplente), Promotor de Justiça

DIREITO PROCESSUAL CIVILTemístocles de Mendonça Castro (Titular), Promotor deJustiçaOlinda Elizabeth Cestari Gonçalves (Suplente),Promotora de Justiça

DIREITO COMERCIALEsdras Dantas de Souza (Titular), AdvogadoFernando Antônio Dusi Rocha (Suplente), Advogado

DIREITO ADMINISTRATIVOPaulo Tavares Lemos (Titular), Promotor de JustiçaFabiano Gabriel Guimarães (Suplente), Promotor deJustiça

DIREITO CONSTITUCIONALJosé Dilermando Meireles (Titular), Procurador de JustiçaPedro Luiz de Assis (Suplente), Promotor de Justiça

SECRETÁRIOJoão Alberto Ramos, Promotor de Justiça

Inscreveram-se 1.187 candidatos e conseguiramaprovação quinze deles. Ei-los:

1 - JOSÉ ELAERES MARQUES TEIXEIRA

2 - ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA

3 - ANA LUISA RIVERA

4 - RENATO BRILL DE GÓES

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

5 - EULER DE ALMEIDA SILVA JÚNIOR

6 - SANDOVAL GOMES DE OLIVEIRA

7 - URBANO LEAL BERQUÓ NETO

8 - MARIA ROSYNETE DE OLIVEIRA

9 - DIAULAS COSTA RIBEIRO

10 - ANTÔNIO LUIZ BARBOSA DE ALENCASTRO

11 - HUMBERTO JACQUES DE MEDEIROS

12 - WALTON ALENCAR RODRIGUES

13 - ADAUTO ARRUDA DE MORAIS

14 - JOAQUIM CARDOSO DE CAMPOS VALADARES

15 - SELMA LEITE DO NASCIMENTO SAVERBRONN DE SOUZA

Os que tomaram posse o fizeram em 29.11.90, comexceção de Diaulas, que foi empossado em 25.4.91.

Dessa seleta turma não tomaram posse Sandoval Gomesde Oliveira e Joaquim C. de C. Valadares, que preferiram amagistratura local e de Minas Gerais, respectivamente. UrbanoLeal Berquó Neto também não tomou posse. Posteriormente,Alexandre J. F. Laranjeira e Euler de Almeida S. Júnior forampara a magistratura federal, enquanto Renato Brill de Góes,Walton Alencar Rodrigues e Humberto Jacques de Medeirosforam para o Ministério Público Federal.

José Elaeres M. Teixeira exonerou-se a partir de 10 deabril de 1992.

Continuam em exercício Ana Luisa Rivera, MariaRosynete de Oliveira, Diaulas Costa Ribeiro, Antônio LuizBarbosa de Alencastro, Adauto Arruda de Moraes e Selma Leitedo Nascimento S. de Souza.

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CAPÍTULO IV

13º CONCURSO - 199113º CONCURSO - 199113º CONCURSO - 199113º CONCURSO - 199113º CONCURSO - 1991

Foi aberto em 25 de março de 1991 e concluído em 8 denovembro do mesmo ano.

A Comissão de Concurso foi a seguinte:

COMISSÃO DE CONCURSO (Portaria nº 266, 4/jun/91)

PROCURADOR-GERAL/PRESIDENTEGeraldo Nunes

DIREITO PENALEverards Mota e Matos (Titular), Procurador de JustiçaArinda Fernandes (Suplente), Promotora de Justiça

DIREITO PROCESSUAL PENALMarluce Aparecida Barbosa Lima (Titular), Procuradorade JustiçaTânia Maria Nava Marchewka (Suplente), Promotora deJustiça

DIREITO CIVILAdilson Rodrigues (Titular), Promotor de JustiçaOlinda Elizabeth Cestari Gonçalves (Suplente),Promotora de Justiça

DIREITO PROCESSUAL CIVILTemístocles de Mendonça Castro (Titular), Procurador deJustiçaCarmen Maria Martins Gomes (Suplente), Promotora deJustiça

DIREITO COMERCIALPedro Luiz de Assis (Titular), Procurador de JustiçaGisela de Castro Chamoun (Suplente), Promotora deJustiça

DIREITO ADMINISTRATIVOSebastião Baptista Afonso (Titular), Advogado

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Luiz Maurício Daou Lindoso (Suplente), Advogado

DIREITO CONSTITUCIONALElvan do Nascimento Loureiro (Titular), Procurador deJustiçaPaulo Tavares Lemos (Suplente), Promotor de Justiça

SECRETÁRIOJoão Alberto Ramos, Procurador de Justiça

Inscreveram-se 2.480 candidatos e o Diário Oficial daUnião, Seção 1, pág. 25.301, de 8 de novembro de 1991,publicou a seguinte relação de aprovados:

1 - MARIA DIVINA VITÓRIA2 - ANTÔNIO CARLOS ALPINO BIGONHA3 - ALEXANDRE MACHADO VASCONCELOS4 - NADJA KELLY PEREIRA DE SOUSA5 - ANDRÉ VINÍCIUS ESPÍRITO SANTO DE ALMEIDA6 - MARCUS VINÍCIUS REIS BASTOS7 - GASPAR ANTÔNIO VIEGAS8 - MOISÉS ANTÔNIO DE FREITAS9 - KÁTIE DE SOUSA LIMA VIEIRA10 - ADRIANA COSTA BROCKES11 - MAURO FARIA DE LIMA12 - MARTA ELIANA DE OLIVEIRA PAULA13 - ZACARIAS MUSTAFÁ NETO14 - TÂNIA REGINA FERNANDES GONÇALVES PINTO15 - CONSUELITA VALADARES COELHO16 - RENÉ ROCHA FILHO17 - MÁRCIO FLÁVIO MAFRA LEAL18 - RÔMULO DOUGLAS GONÇALVES DE OLIVEIRA19 - MARIA DE FÁTIMA DE PAULA PESSOA COSTA20 - GUILHERME ZANINA SCHELB

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CAPÍTULO IV

21 - CARMO ANTÔNIO DE SOUZA22 - LEONARDO ROSCOE BESSA23 - MARTA ALVES DA SILVA24 - ELIANE GAZOLA DE SOUZA25 - MAURÍCIO SILVA MIRANDA26 - ANTÔNIO MARCOS DEZAN27 - LAURA BEATRIZ CASTELO BRANCO A. S. RITO

Com exceção de três, todos tomaram posse em 5 dedezembro de 1991.

Não tomaram posse: Maria Divina Vitória, Nadja KellyPereira de Sousa e Carmo Antônio de Souza.

Marcus Vinícius Reis Bastos e Maria de Fátima de PaulaPessoa Costa pediram exoneração em fevereiro e agosto de1992, respectivamente, ingressando no Ministério Público ena Magistratura Federal.

Antônio Carlos Alpino Bigonha, Guilherme ZaninaSchelb, Alexandre Machado Vasconcelos e Marcio FlavioMafra Leal foram para o Ministério Público Federal (os doisprimeiros) e a magistratura federal.

Adriana Costa Brockes e Renê Rocha Filho nos deixarampelo Ministério Público Federal e pela Procuradoria do DistritoFederal em, respectivamente, 24 de abril de 1996 e 9 de agostode 1994.

Continuam em exercício André Vinícius Espírito Santo deAlmeida, Gaspar Antônio Viegas, Moisés Antônio de Freitas,Katie de Souza Lima Vieira, Mauro Faria de Lima, Marta Elianade Oliveira Paula, Zacarias Mustafá Neto, Tânia ReginaFernandes Gonsalves Pinto Consuelita Valadares Coelho,Rômulo Douglas Gonçalves de Oliveira, Leonardo RoscoeBessa, Marta Alves da Silva, Eliana Gazola de Souza, Maurício

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Silva Miranda, Antônio Marcos Dezan e Laura Beatriz CasteloBranco A.S. Rito.

14º CONCURSO - 1991/9214º CONCURSO - 1991/9214º CONCURSO - 1991/9214º CONCURSO - 1991/9214º CONCURSO - 1991/92

Foi aberto em 18 de outubro de 1991 e concluído em 1ºde outubro de 1992.

A Comissão de Concurso foi a seguinte:

COMISSÃO DE CONCURSO (Portaria nº 90, 12/fev/92)

PROCURADOR-GERALGeraldo NunesMarluce Aparecida Barbosa Lima

PRESIDENTEMarluce Aparecida Barbosa Lima, Procuradora de Justiça

DIREITO PENALEverards Mota e Matos (Titular), Procurador de JustiçaArinda Fernandes (Suplente), Promotora de Justiça

DIREITO PROCESSUAL PENALMarluce Aparecida Barbosa Lima (Titular), Procuradorade JustiçaTânia Maria Nava Marchewka (Suplente), Promotora deJustiça

DIREITO CIVILAdilson Rodrigues (Titular), Promotor de JustiçaOlinda Elizabeth Cestari Gonçalves (Suplente),Promotora de Justiça

DIREITO PROCESSUAL CIVILTemístocles de Mendonça Castro (Titular), ProcuradordeJustiçaCarmen Maria Martins Gomes (Suplente), Promotora deJustiça

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CAPÍTULO IV

DIREITO COMERCIALJosé Ribamar Moraes (Titular), Procurador de JustiçaGisela de Castro Chamoun (Suplente), Promotora deJustiçaDIREITO ADMINISTRATIVOSebastião Baptista Afonso (Titular), AdvogadoLuiz Maurício Daou Lindoso (Suplente), Advogado

DIREITO CONSTITUCIONALElvan do Nascimento Loureiro (Titular), Procurador deJustiçaPaulo Tavares Lemos (Suplente), Promotor de Justiça

SECRETÁRIOJoão Alberto Ramos, Procurador de Justiça

Inscreveram-se 1.284 candidatos e no Diário Oficial daUnião, Seção III, pág. 13.732, de 1º.10.92, foi publicado oresultado final do concurso.

Treze candidatos foram aprovados. Ei-los:

1 - LEÃO APARECIDO ALVES2 - GUILHERME FERNANDES NETO3 - GISLENE ASSIS PINHEIRO4 - ELIANA PERES T. DE CARVALHO5 - WANESSA ALPINO B. ALVIM6 - VANDIR DA SILVA FERREIRA7 - CESAR LABOISIERE LOIOLA8 - WELLINGTON CABRAL SARAIVA9 - RICARDO G. DA ROCHA CASTRO10 - DICKEN WILLIAN LEMES SILVA11 - HÉLIO TELHO CORREA FILHO12 - JULIANA P. GASPARONE E OLIVEIRA13 - MAÉRCIA CORREIA DE MELLO

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Todos tomaram posse em 20 de outubro de 1992. PorémLeão Aparecido Alves, Gislene Assis Pinheiro, CesarLaboissiere Loiola, Ricardo G. da Rocha Castro, WellingtonCabral Saraiva, Hélio Telho Correa Filho e Eliana Peres T. deCarvalho nos deixaram pela magistratura nacional (o primeiroe o quarto) e local (a segunda e o terceiro) e pelo MinistérioPúblico Federal, os outros três.

Os demais optaram por exercer as suas funções noMinistério Público do Distrito Federal.

15º CONCURSO - 1992/9315º CONCURSO - 1992/9315º CONCURSO - 1992/9315º CONCURSO - 1992/9315º CONCURSO - 1992/93

Foi aberto em 15 de setembro de 1992 e encerrado em25 de junho de 1993.

A Comissão de Concurso foi a seguinte:

COMISSÃO DE CONCURSO (Portaria nº 605, 6/nov/92)

PRESIDENTE - PROCURADORA-GERAL

Marluce Aparecida Barbosa Lima

DIREITO PENAL

Everards Mota e Matos (Titular), Procurador de JustiçaEdgar de Almeida Castanheira (Suplente), Promotor deJustiça

DIREITO PROCESSUAL PENAL

João Alberto Ramos (Titular), Procurador de JustiçaLelia Maria Duarte de Cerqueira (Suplente), Promotorade Justiça

DIREITO CIVIL

Adilson Rodrigues (Titular), Promotor de JustiçaJosé Firmo Reis Soub (Suplente), Promotor de Justiça

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CAPÍTULO IV

DIREITO PROCESSUAL CIVILTemístocles de Mendonça Castro (Titular), Procurador deJustiçaOlinda Elizabeth Cestari Gonçalves (Suplente),Promotora de Justiça

DIREITO COMERCIALJosé Ribamar de Moraes (Titular), Procurador de JustiçaRomeu Gonzaga Neiva (Suplente), Promotor de Justiça

DIREITO ADMINISTRATIVOCarlos Fernando Mathias de Souza (Titular), AdvogadoJosé Eduardo Rangel Alkimin (Suplente), Advogado

DIREITO CONSTITUCIONALElvan do Nascimento Loureiro (Titular), ProcuradordeJustiçaPaulo Tavares Lemos (Suplente), Promotor de Justiça

SECRETÁRIOLecir Manoel da Luz, Promotor de Justiça

Inscreveram-se 1.199 candidatos. O resultado final desseconcurso veio a público em 25 de junho de 1993, no DiárioOficial da União, Seção 3, com 28 aprovados.

Eis a lista:

1 - ANDRELINO BENTO SANTOS FILHO2 - CARLOS AUGUSTO FIGUEIREDO SALAZAR3 - FÁBIO SOARES JANOT4 - ALEXANDRE FERNANDES GONÇALVES5 - BRUNO AMARAL MACHADO6 - MARYA OLIMPIA RIBEIRO PACHECO7 - MARCIA DA ROCHA CRUZ8 - SANDRA DE OLIVEIRA JULIÃO9 - MARIA JOSÉ MIRANDA PEREIRA

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

10 - MARCELO LAVOCAT GALVÃO11 - JOÃO CARLOS SOARES12 - IVALDO CARVALHO GONÇALVES LEMOS JÚNIOR13 - LUIZ FRANCISCO FERNANDES DE SOUZA14 - NELSON FARACO DE FREITAS15 - VETUVAL MARTINS VASCONCELOS16 - MARCIA MILHOMENS SIROTHEAU CORRÊA ZEM17 - SANDRA ALCIONE SOUZA DE ALBUQUERQUE18 - FERNANDO ANTÔNIO TAVENARD LIMA19 - LUIZ GUSTAVO BARBOSA DE OLIVEIRA20 - MARLOUVE MORENO SAMPAIO SANTOS21 - LEONORA BRANDÃO MASCARENHAS PASSOS

PINHEIRO22 - ISRAEL PINHEIRO TORRES23 - DEBORAH GIOVANETTI MACEDO24 - TRAJANO SOUSA DE MELO25- CLAUDIA MARIA DE FREITAS CHAGAS PINTO26 - ROBERTO CARLOS SILVA27 - DEUSDEDIT DIAS DA ROCHA28 - ANTÔNIO FERNANDES DA LUZTodos, com exceção de Marcelo Lavocat Galvão, tomaram

posse em 9 de agosto de 1993.

Posteriormente Carlos Augusto Figueiredo Salazar, FábioSoares Janot, Luiz Francisco Fernandes de Souza e LuizGustavo Barbosa de Oliveira pediram exoneração porquepreferiram a Procuradoria do Distrito Federal/GDF (os doisprimeiros) e o Ministério Público Federal (os dois últimos).

Deixaram-nos também, um pouco mais à frente, JoãoCarlos Soares, Fernando Antônio Tavernad Lima e AntônioFernandes da Luz, que foram para a Magistratura Federal (oprimeiro) e a Magistratura local (os dois últimos).

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CAPÍTULO IV

Israel Pinheiro Torres aposentou-se.

Os demais continuam na ativa.

111116º CONCURSO - 1993/946º CONCURSO - 1993/946º CONCURSO - 1993/946º CONCURSO - 1993/946º CONCURSO - 1993/94

Foi aberto em 18 de maio de 1993 e concluído em 4 dejulho de 1994.

Eis a Comissão de Concurso:

COMISSÃO DE CONCURSO (Ata da 4ª S. Extr. doCSMPDFT, 23/set/93, DJU, de 21/out/93).

PRESIDENTE - PROCURADORA-GERALMarluce Aparecida Barbosa Lima

DIREITO PENAL E DIREITO PROCESSUAL PENALEverards Mota e Matos (Titular), Procurador de JustiçaJoão Alberto Ramos (Auxiliar), Procurador de Justiça

DIREITO CIVIL, DIREITO PROCESSUAL CIVIL eDIREITO COMERCIALJosé Ribamar Moraes (Titular), Procurador de JustiçaTemístocles de Mendonça Castro (Auxiliar), Procuradorde JustiçaAdilson Rodrigues (Auxiliar), Procurador de Justiça

DIREITO ADMINISTRATIVOAmauri Serralvo, Advogado

DIREITO CONSTITUCIONALInocêncio Martires Coelho, Jurista

SECRETÁRIOLecir Manoel da Luz, Procurador de Justiça

Inscreveram-se 809 candidatos e foram aprovados trintae sete, conforme resultado publicado no Diário Oficial da União,Seção 3, de 4 de julho de 1994.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Ei-los:

1 - ISABEL MARIA DE FIGUEIREDO FALCÃO2 - CÉSAR DE MORAES SABBAC3 - ISABEL CRISTINA AUGUSTO DE JESUS4 - ANA CLÁUDIA MAGALHÃES ALVES DE MELO6 - AUGUSTO CÉSAR BARBOSA DE CARVALHO7 - RENATA DE SALLES MOREIRA BORGES8 - LEONARDO AZEREDO BANDARRA9 - FRANCISCO ANTÔNIO ALVES DE OLIVEIRA10 - NÍSIO EDMUNDO TOSTES RIBEIRO FILHO11 - LEILA CURY12 - WILSON ISSAO KORESSAWA13 - JOSÉ EDUARDO BARBOSA14 - JOSÉ PIMENTEL NETO15 - PAULO EDUARDO NORI MORTARI16 - ROBERTO CARLOS BATISTA17 - DORIVAL BARBOSA FILHO18 - PAULO GOMES DE SOUSA JÚNIOR19 - PAULO ROBERTO BINICHESKI20 - AYMARA MARIA MARINHO BORGES21 - AISTON HENRIQUE DE SOUZA22 - AMAURY DAMASCENO E VASCONCELOS23 - CÁTIA GISELE MARTINS RODRIGUES24 - DONIZETI APARECIDO DA SILVA25 - CRISTINA RASIA26 - ANDERSON PEREIRA ANDRADE27 - CLARA REGINA PAIM DIAZ28 - LIBÂNIO ALVES RODRIGUES29 - MARILDA DOS REIS FONTINELE

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CAPÍTULO IV

30 - KÁTIA CHRISTINA LEMOS31 - ROSANA Mª QUEIROZ V. DE PINHO E CARVALHO32 - WENCESLAU BRAZ LOPES DE BARROS33 - GETÚLIO ALVES DE LIMA34 - YARA VELOSO TEIXEIRA35 - SANDRA GOMES BERNARDES36 - FABRÍCIO FONTOURA BEZERRA37 - WANDERLEY FERREIRA DOS SANTOS

Todos tomaram posse em 15 de agosto de 1994, comexceção de Wilson Issao Koressawa e Paulo RobertoBinicheski, os quais tomaram posse em 22.8.94 e 11.7.95,respectivamente.

Depois, Paulo Eduardo Nori Mortari, Francisco AntônioAlves de Oliveira, Leila Cury, Aiston Henrique de Souza,Donizete Aparecido da Silva e Fabrício Fontoura Bezerra forampara a Magistratura local.

César de Moraes Sabbag exonerou-se em 1º.2.95,conforme Portaria nº 109, de 9.3.95.

Os outros aprovados continuam firmes no MinistérioPúblico.

17º CONCURSO - 1994/9517º CONCURSO - 1994/9517º CONCURSO - 1994/9517º CONCURSO - 1994/9517º CONCURSO - 1994/95

Foi aberto em 13 de outubro de 1994 e concluído em 9de junho de 1995.

A Comissão de Concurso foi esta:

COMISSÃO DE CONCURSO (Ata da 22ª Sessão Extr.do CSMPDFT de 7/out/94, DJU de 10/nov/94)

PROCURADORA-GERAL E PRESIDENTEMarluce Aparecida Barbosa Lima

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

DIREITO PENAL E DIREITO PROCESSUAL PENALJoão Alberto Ramos, Procurador de JustiçaTemístocles de Mendonça Castro, Procurador de Justiça

DIREITO CIVIL E DIREITO PROCESSUAL CIVILJosé Ribamar Moraes, Procurador de JustiçaAdilson Rodrigues, Procurador de Justiça

DIREITO CONSTITUCIONALInocêncio Mártires Coelho, Jurista

DIREITO ADMINISTRATIVOJosé Gerardo Grossi, Advogado

SECRETÁRIAMaria de Lourdes Abreu, Procuradora de Justiça

Inscreveram-se 720 candidatos. Esse concurso teve oresultado final publicado no Diário Oficial, parte 3, de 9 de junhode 1995. Eis a relação dos aprovados:

1 - BRUNO CAIADO DE ACIOLI2 - DENISE LYRIO PACHECO3 - JOSÉ BRITTO DA CUNHA JÚNIOR4 - ADRIANNI FÁTIMA FALCÃO SANTOS ALMEIDA5 - JAIRO BISOL6 - VALÉRIA MOTTA IGREJAS LOPES7 - ÉUVER ROLIM8 - ELIZABETH HELENA DE FARIAS CAMPOS9 - CARLOS ALBERTO DE CARVALHO BARBOSA10- JESUS CRISÓSTOMO DE ALMEIDA11 - CLÁUDIA MÁRCIA RAMALHO LUZ DE CASTRO12 - ANA PAULA TOMÁS DA SILVA14 - DENISE RIVAS FISCHER VELOSO15 - WILTON QUEIROZ DE LIMA16 - MAX GUERRA KOPPER

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CAPÍTULO IV

17 - MARIA ELDA MELO BORGES18 - HELENA RODRIGUES DUARTE19 - JAMIL AMORIM FILHO20 - CÂNDIDA MARCOLINO FERREIRA DE FARIA

A posse aconteceu em 8 de agosto de 1995,empossando-se dezessete novos promotores.

Depois, deixaram-nos Valéria Motta Igreja Lopes, JesusCrisóstomo de Almeida e Bruno Caiado de Acioli, os doisprimeiros pela Magistratura e o último pelo Ministério PúblicoFederal.

Os outros continuam em exercício no Ministério Públicodo Distrito Federal.

18º CONCURSO - 1995/9618º CONCURSO - 1995/9618º CONCURSO - 1995/9618º CONCURSO - 1995/9618º CONCURSO - 1995/96

Foi aberto em 27 de setembro de 1995 e concluído em18 de abril de 1996.

A Comissão de Concurso foi assim constituída:

COMISSÃO DE CONCURSO

PROCURADORA-GERAL E PRESIDENTEMarluce Aparecida Barbosa Lima

DIREITO PENAL E DIREITO PROCESSUAL PENALJoão Alberto Ramos (Titular), Procurador de JustiçaPaulo Tavares Lemos (Suplente), Procurador de Justiça

DIREITO CIVIL E DIREITO PROCESSUAL CIVILJosé Ribamar Moraes (Titular), Procurador de JustiçaTemístocles de Mendonça Castro (Suplente), Procuradorde Justiça

DIREITO CONSTITUCIONALGilmar Ferreira Mendes, Jurista

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

DIREITO ADMINISTRATIVOJosé Gerardo Grossi, Advogado

SECRETÁRIAMaria de Lourdes Abreu, Procuradora de Justiça

Inscreveram-se 757 candidatos e, ao final, foramaprovados e nomeados os seguintes, conforme Portaria doSenhor Procurador-Geral da República, publicada no “DiárioOficial da União” do dia 14.5.96:

1 - RODOLFO CUNHA SALLES2 - FERNANDO AUGUSTO MARTINS CUOCO3 - ADAMASTOR NICOLAU TURNES4 - ANTÔNIO FERNANDO DOS SANTOS MACHADO5 - LUISA DE MARILLAC XAVIER DOS PASSOS6 - RITA DE CÁSSIA MENDES DE SOUZA7 - CÁSSIO GERALDO AGUIAR DUPIM8 - TERESINHA INÊS TELES PIRES9 - ANNA MARIA AMARANTE BRÂNCIO10 - INÁCIO PEREIRA NEVES FILHO11 - JOÃO LUIZ NOGUEIRA DA COSTA12 - MARCEL NÓBREGA DE ARAÚJO13 - GERMANO CAMPOS CÂMARA14 - JONAS FERNANDES LEMOS PINHEIRO15 - LANDELINO FRANCISCO DE SOUZA16 - FÁBIO BARROS DE MATOS17 - RUBIN LEMOS

Todos tomaram posse e entraram em exercício no dia 24de maio de 1996.

Antônio Fernando dos Santos Machado foi aprovado emconcurso para Juiz de Direito do Estado do Maranhão e, assim,

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131

CAPÍTULO IV

em 24.2.97, foi exonerado do MPDF. Adamastor Nicolau Turnespediu exoneração a partir de 26 de junho de 1996.

Os demais continuam em exercício na nossa Instituição.

19º CONCURSO - 199619º CONCURSO - 199619º CONCURSO - 199619º CONCURSO - 199619º CONCURSO - 1996

Foi aberto em 1º de julho de 1996 e encerrado em 19 dedezembro do mesmo ano.

Eis a Comissão de Concurso do 19º certame:

COMISSÃO DE CONCURSO (Portaria nº 534, 9/ago/96)

PROCURADOR-GERAL E PRESIDENTEHumberto Adjuto Ulhôa

DIREITO PENAL E DIREITO PROCESSUAL PENALJoão Alberto Ramos, Procurador de Justiça

DIREITO CIVIL E DIREITO PROCESSUAL CIVILHumberto Adjuto Ulhôa, Procurador-Geral de Justiça

DIREITO ADMINISTRATIVOJosé Gerardo Grossi, Advogado

DIREITO CONSTITUCIONALGilmar Ferreira Mendes, Jurista

SECRETÁRIOLecir Manoel da Luz, Procurador de Justiça

Inscreveram-se 849 candidatos, restando aprovados 29.

Foram eles:

1 - PAULO JOSÉ LEITE FARIAS2 - JOSÉ THEODORO C. DE CARVALHO3 - FLÁVIO AUGUSTO MILHOMEM4 - ROGÉRIO SHIMURA

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

5 - MARIEN CRISTINA DE SOUZA RODRIGUES6 - EDUARDO BARBOSA FERNANDES7 - LUCIANA BERTINI LEITÃO8 - LEONARDO ASSIS DOS SANTOS9 - ROSE MEIRE CYRILLO10 - LUCIANA MEDEIROS COSTA11 - LESLIE MARQUES DE CARVALHO12 - JOSEFINO CURSINO RIBEIRO13 - EDMILSON MARÇAL PASSOS14 - PEDRO OTO DE QUADROS15 - ALVARINA DE ARAÚJO NERY16 - ADRIANA DE ALBUQUERQUE HOLLANDA17 - ANDRÉA BERNARDES DE CARVALHO18 - DANIEL RODRIGUES DE FARIA19 - MARGARIDA SARTO20 - FABIANO COELHO VIEIRA21 - VYVYANY VIANA NASCIMENTO22 - RODRIGO DE MAGALHÃES ROSA23 - FERNANDO MOREIRA GONÇALVES24 - ALEXANDRE SALES DE PAULA E SOUZA25 - CANITO JOSÉ PINTO COELHO26 - NEWTON CÉZAR VALCARENGHI TEIXEIRA27 - NINO FRANCO28 - MARCOS JUAREZ CALDAS DE OLIVEIRA29 - JÂNIO ANTÔNIO COELHO

Todos tomaram posse em 5 de fevereiro de 1997, comexceção de Fernando Moreira Gonçalves, Eduardo BarbosaFernandes e Daniel Rodrigues de Farias, os dois primeirosporque desistiram da posse e o último foi empossado em 14de maio de 1998.

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CAPÍTULO IV

20º CONCURSO - 1996/9720º CONCURSO - 1996/9720º CONCURSO - 1996/9720º CONCURSO - 1996/9720º CONCURSO - 1996/97

Foi aberto em 21 de novembro de 1996 e concluído em18 de junho de 1997.

A Comissão de Concurso foi a seguinte:

COMISSÃO DE CONCURSO (Portaria nº 12, de 8/jan/97)

PROCURADOR-GERAL E PRESIDENTEHumberto Adjuto Ulhôa

DIREITO PENAL E DIREITO PROCESSUAL PENALJoão Alberto Ramos, Procurador de Justiça

DIREITO CIVIL E DIREITO PROCESSUAL CIVILRomeu Gonzaga Neiva, Procurador de Justiça

DIREITO CONSTITUCIONALGilmar Ferreira Mendes, Jurista

DIREITO ADMINISTRATIVOJosé Gerardo Grossi, Advogado

SECRETÁRIOLecir Manoel da Luz, Procurador de Justiça

Inscreveram-se no certame 601 candidatos e 29 delesobtiveram êxito.

Eis a relação dos aprovados:1 - EDUARDO MORAIS DA ROCHA2 - VALMIR SOARES SANTOS3 - FERNANDO HENRIQUE GONÇALVES MENDES4 - ZULEICA DE ALMEIDA ELIAS5 - DIÓGENES ANTERO LOURENÇO6 - DOMENICO D’ANDREA NETO

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

7 - JOÃO MENEZES SOBRINHO8 - VERA LÚCIA ABADIA GOMES9 - KEDYMA CRISTIANE ALMEIDA SILVA10 - ANA LUÍZA LOBO LEÃO OSÓRIO11 - ÁUREA LINS LEAL12 - DJACYR CAVALCANTI DE ARRUDA FILHO13 - ADRIANA SETTE ROCHA DE MENEZES14 - EDIMAR CARMO DA SILVA15 - DOUGLAS WILLIAM MAGALHÃES16 - CLÁUDIA VALÉRIA PEREIRA DE QUEIROZ17 - IZAAC PEREIRA DUTRA FILHO18 - RAIMUNDO GOMES VERAS FILHO19 - MILTON DE CARLOS JÚNIOR20 - RAILSON AMÉRICO BARBOSA DE OLIVEIRA21 - MARIA LÚCIA MORAIS22 - RENATO BARÃO VARALDA23 - JOSÉ WILSON FERREIRA LIMA24 - YARA MACIEL CAMELO25 - FAUSTO RODRIGUES DE LIMA26 - MARISA ISAR DOS SANTOS27 - SEBASTIÃO APARECIDO DA CUNHA28 - ANDRÉA CIRINEO SACCO29 - CLAUDIA OLIVEIRA DA COSTA TOURINHO

Todos tomaram posse em 8 de setembro de 1997, comexceção de Adjacir Cavalcanti de Arruda Filho. Claudia Oliveirada Costa Tourinho pediu exoneração em 30 de setembro de1998.

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CAPÍTULO IV

21º CONCURSO - 1997/9821º CONCURSO - 1997/9821º CONCURSO - 1997/9821º CONCURSO - 1997/9821º CONCURSO - 1997/98

Foi aberto em 27 de outubro de 1997 e concluído em 1ºde abril de 1998.

A Comissão de Concurso foi a seguinte:

COMISSÃO DE CONCURSO (Portaria nº 907, 30/out/97)

PROCURADOR-GERAL E PRESIDENTEHumberto Adjuto Ulhôa

DIREITO PENAL E DIREITO PROCESSUAL PENALZenaide Souto Martins, Procuradora de Justiça

DIREITO CIVIL E DIREITO PROCESSUAL CIVILRomeu Gonzaga Neiva, Procurador de Justiça

DIREITO ADMINISTRATIVOAmauri Serralvo, Advogado

DIREITO CONSTITUCIONALHumberto Jacques de Medeiros, Jurista

SECRETÁRIOLecir Manoel da Luz, Procurador de Justiça

Inscreveram-se no concurso 959 candidatos, sendoaprovados oito, que foram os seguintes:

1 - JULIANO TAVEIRA BERNARDES2 - RAFAEL PAULO SOARES PINTO3 - ANA PAULA GONÇALVES MARIMON4 - WAGNER DE CASTRO ARAÚJO5 - ANDRÉ LUIZ CASAL DURAN6 - MÁRCIO COSTA DE ALMEIDA7 - NARDEL LUCAS DA SILVA8 - IRÊNIO DA SILVA MOREIRA FILHO.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Todos, com exceção de Juliano Taveira Bernardes,tomaram posse em 18 de abril de 1998. Rafael Paulo SoaresPinto pediu exoneração a partir de 30 de setembro de 1998.Os demais continuam em exercício.

22º CONCURSO - 1998/9922º CONCURSO - 1998/9922º CONCURSO - 1998/9922º CONCURSO - 1998/9922º CONCURSO - 1998/99

Foi aberto em 31 de agosto de 1998 e concluído em 25de maio de 1999.

A Comissão de Concurso foi assim constituída:

COMISSÃO DE CONCURSO (Portaria nº 836, de 14/set/98)

PROCURADOR-GERAL E PRESIDENTEHumberto Adjuto Ulhôa

DIREITO PENAL E DIREITO PROCESSUAL PENALZenaide Souto Martins, Procuradora de Justiça

DIREITO CIVIL E DIREITO PROCESSUAL CIVILFrancisca Soares da Silva, Procuradora de Justiça

DIREITO CONSTITUCIONALHumberto Jacques de Medeiros, Jurista

DIREITO ADMINISTRATIVOAmauri Serralvo (Titular), AdvogadoMarcelo Henriques Ribeiro de Oliveira (Suplente),Advogado

SECRETÁRIOVetuval Martins Vasconcelos, Promotor de Justiça

Inscreveram-se no certame 1.382 candidatos e catorzeforam aprovados.

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CAPÍTULO IV

Ei-los:

1 - VINÍCIUS FERNANDO ALVES FIRMINO2 - GLAUBER JOSÉ DA SILVA3 - BRUNO OSMAR VERGINI DE FREITAS4 - JULIANA VIEIRA ÁVILA5 - ANA MARIA ELIZABETH PEREIRA MONTEIRO

BARRETO FONSECA6 - MARIA CRISTINA VIANA7 - KAREL OZON MONFORT COURI RAAD8 - FERNANDA DA CUNHA MORAES9 - VALTAN TIMBÓ MARTINS MENDES FURTADO10 - BERNARDO DE URBANO RESENDE11 - VALÉRIA MARQUES DOS SANTOS ROCHA12 - MARCELLO OLIVEIRA MEDEIROS13 - MARIA DALVA BORGES14 - DÊNIO AUGUSTO DE OLIVEIRA MOURA

Todos tomaram posse em 25 de junho de 1999. PorémValtan Timbó Martins Mendes Furtado e Vinícius Alves Firminopediram exoneração a partir de 13 de dezembro de 1999. Osdemais estão em exercício.

23º CONCURSO - 1999/200023º CONCURSO - 1999/200023º CONCURSO - 1999/200023º CONCURSO - 1999/200023º CONCURSO - 1999/2000

Foi aberto em 1º de junho de 1999 e encerrado em 24 demarço de 2000.

A Comissão de Concurso foi a seguinte:

COMISSÃO DE CONCURSO (Portaria nº 401, de 23/jun/99)

PROCURADOR-GERAL E PRESIDENTEHumberto Adjuto Ulhôa

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

DIREITO PENAL E DIREITO PROCESSUAL PENALZenaide Souto Martins, Procuradora de Justiça

DIREITO CIVIL E DIREITO PROCESSUAL CIVILFrancisca Soares da Silva, Procuradora de Justiça

DIREITO CONSTITUCIONALHumberto Jacques de Medeiros, Jurista

DIREITO ADMINISTRATIVOArthur Pereira de Castilho Neto, Advogado

SECRETÁRIOVetuval Martins Vasconcelos, Promotor de Justiça

Inscreveram-se 1.667 candidatos e obtiveram aprovação19 deles.

Eis a relação dos aprovados:

1 - ALAN ESTEVÃO2 - ALESSANDRA CAMPOS MORATO3 - ANDRÉA DE C. CHAVES4 - ANDRÉA JORGE SIQUEIRA5 - ANTÔNIO ROBERTO F. DA SILVA6 - CARLOS ALBERTO CANTARUTTI7 - DELSON LUIZ BASTOS FERRO8 - EDMUNDO ANTÔNIO D.N. JÚNIOR9 - FABIANA COSTA OLIVEIRA10 - FABIANA DE ASSIS PINHEIRO11 - FABIANA SCOTTI GIUSTI12 - JULIANA FERRAZ DA R. SANTILLI13 - LAÍS CERQUEIRA SILVA14 - LUCIANA CUNHA RODRIGUES15 - MARCELO LEITE BORGES

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CAPÍTULO IV

16 - NEURIMAR P. R. DE ALMEIDA17 - RICARDO W. CONTARDO18 - ROBERTO FLÁVIO B. FILHO19 - LIZ ROCHA LIBERATO

Todos, com exceção de Liz Rocha Liberato, tomaramposse em 18 de maio de 2000 e estão em efetivo exercício. LizLiberato foi nomeada para o cargo de Promotora de JustiçaAdjunta conforme Portaria nº 122, de 20 de abril de 2001 etomou posse no dia 21 do mesmo ano.

24º CONCURSO DO MPDFT24º CONCURSO DO MPDFT24º CONCURSO DO MPDFT24º CONCURSO DO MPDFT24º CONCURSO DO MPDFT

Foi aberto em 04 de janeiro de 2002 e encerrado em 11de junho do mesmo ano.

A Comissão de Concurso foi a seguinte (Portaria nº 012/2002, de 17 de janeiro de 2002):

COMISSÃO DE CONCURSO (Portaria nº 012, de 17/jan/2002)

PROCURADOR-GERAL E PRESIDENTEEduardo José Oliveira Albuquerque

DIREITO PENAL E DIREITO PROCESSUAL PENALRogerio Schietti Machado Cruz, Promotor de Justiça(examinador titular);Juliana Poggiali Gasparoni e Oliveira, Promotora deJustiça (examinadora suplente);

DIREITO CIVIL E DIREITO PROCESSUAL CIVILRuth Kicis Torrents Pereira, Procuradora de Justiça(examinadora titular);Leonardo Roscoe Bessa, Promotor de Justiça(examinador suplente);

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

DIREITO CONSTITUCIONALMinistro José Paulo Sepúlveda Pertence (examinadortitular);Suzana Vidal de Toledo Barros, Procuradora de Justiça(examinadora suplente);

DIREITO ADMINISTRATIVOJosé Gerardo Grossi, Advogado (examinador titular);Esdras Dantas de Souza, Advogado (examinadorsuplente);

SECRETÁRIASMaria de Lourdes Abreu, Procuradora de Justiça;Arinda Fernandes, Procuradora de Justiça.

Inscreveram-se dois mil quatrocentos e cinqüenta e oito(2.458) candidatos e obtiveram aprovação trinta e cinco deles.Eis a relação dos aprovados:

1 – LENNA LUCIANA DE PAULA NUNES2 – RODRIGO DE ABREU FUDOLI3 – ÂNGELO AUGUSTO COSTA4 – THAÍS FREIRE DA COSTA FLORES5 – MARCELO REBELLO PINHEIRO6 – ISRAEL GONÇALVES SANTOS SILVA7 – KARINE BORGES GOULAR8 – HIZA MARIA SILVA CARPINA LIMA9 – THIAGO ANDRÉ PIEROBOM DE ÁVILA10 – MARCELO DA SILVA BARENCO11 – LÍVIA NASCIMENTO TINOCO12 – SÉRGIO BRUNO CABRAL FERNANDES13 – CLOVES RIBEIRO CHAVES JÚNIOR14 – CARLOS AUGUSTO SILVA LIMA15 – RAQUEL APARECIDA RODRIGUES FELICIANO

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CAPÍTULO IV

16 – LEONARDO JUBERT DE MOURA17 – LAURO PINTO CARDOSO NETO18 – LEONARDO TODESCHINI19 – FLÁVIO MAIA PIMENTA20 – ALEX KEIN DE ALMEIDA SEBASTIÃO

21 – LUIS GUSTAVO MAIA LIMA22 – EDUARDO GAZZINELI23 – FABRÍCIO CARRER24 – ARTHUR JOSÉ JACON MATIAS25 – ANDRÉ LUIS PEREIRA DO LAGO CÉSAR26 – DENISE ROCHA MENDES COSTA27 – LENILSON FERREIRA MORGADO28 – CLÁUDIO HENRIQUE PORTELA DO REGO29 – TATIANA MEIRELES MARTINS30 – GEORGES CARLOS FREDDERICO MOREIRA

SEIGNEUR31 – MARCOS DONIZETI SAMPAR32 – EVANDRO MANOEL DA SILVEIRA GOMES33 – ALEXANDRE CHMELIK PUCC34 – CARREL IPIRANGA BENEVIDES GOMES35 – GERALDO MARIANO MACHADO ALVES DE

MACEDO

Com exceção de Israel Gonçalves Santos Silva, LeonardoTodeschini, Alex Kein de Almeida Sebastião e Arthur JoséJacon Matias, os acima relacionados tomaram posse no dia 5de julho de 2002, perante o Procurador-Geral José EduardoSabo Paes.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

25º CONCURSO25º CONCURSO25º CONCURSO25º CONCURSO25º CONCURSO

Foi aberto em 3 de setembro de 2002 e concluído emvinte e oito de março de 2003.

A Comissão do concurso foi a seguinte (Portarias nº 444/2003, 445/2003, 446/2003, 447/2003, 448/2003, 449/2003, 450/2003):

PROCURADOR-GERAL E PRESIDENTEJosé Eduardo Sabo Paes

DIREITO PENAL E DIREITO PROCESSUAL PENALRogerio Schietti Machado Cruz, Promotor de Justiça(examinador titular);Juliana Poggiali Gasparoni e Oliveira, Promotora deJustiça (examinadora suplente);

DIREITO CIVIL E DIREITO PROCESSUAL CIVILRuth Kicis Torrents Pereira, Procuradora de Justiça(examinadora titular);Leonardo Roscoe Bessa, Promotor de Justiça(examinador suplente);

DIREITO CONSTITUCIONALMinistro José Paulo Sepúlveda Pertence (examinadortitular);Suzana Vidal de Toledo Barros, Procuradora de Justiça(examinadora suplente);

DIREITO ADMINISTRATIVOMarcelo Mello da Rocha Martins, Advogado(examinador titular);Alde da Costa Santos Júnior, Advogado (examinadorsuplente);

SECRETÁRIAS – Portaria nº 1116/2002Maria de Lourdes Abreu, Procuradora de JustiçaArinda Fernandes, Procuradora de Justiça

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143

CAPÍTULO IV

EQUIPE MULTIPROFISSIONAL – Portaria nº 124, de25/2/2002José Firmo Reis Soub, Procurador de Justiça/Presidente;Vandir da Silva Ferreira, Promotor de Justiça/Membro;Carlos Alberto Cantarutti, Promotor de Justiça/Membro;Getúlio Homobono Paes Andrade, Analista de Saúde;Francisco Rosenelio de Carvalho, Analista Pericial emMedicina.

Inscreveram-se no certame dois mil e oitenta e dois(2.082) candidatos, conforme Edital nº 2, publicado em 8 deoutubro de 2002, no Diário Oficial da União. Lograramaprovação final, cinqüenta e cinco candidatos, de acordo como Edital nº 10, de 17 de março de 2003, publicado no DiárioOficial da União do dia seguinte.

Eis a relação dos aprovados:

1 – ANTÔNIO HENRIQUE GRACIANO SUXBERGER2 – VIVIAN BARBOSA CALDAS3 – TIAGO ALVES DE FIGUEIREDO4 – LUCIANA ASPER Y VALDÉZ5 – FREDERICO MEIMBERG SEROY6 – MARIANA FERNANDES TÁVORA7 – DANIELA ALBUQUERQUE MARQUES8 – LILIA SIMONE RODRIGUES DA COSTA VIEIRA9 – ANNA FLÁVIA NÓBREGA CAVALCANTI10 – MARCELO DA SILVA OLIVEIRA11 – JEFERSON LIMA LOPES12 – LINA MARIA DA MATTA E SILVA13 – ALESSANDRA GABRIELLA BORGES PEREIRA14 – PEDRO THOME DE ARRUDA NETO15 – LEANDRO LOBATO ALVAREZ

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

16 – RICARDO ANTÔNIO DE SOUZA17 – RENATO BIANCHINE18 – ANDRÉ LOPES LASMAR19 – ALBERTO TADACH HONDA20 – MARCOS ANTÔNIO JULIÃO21 – LIZ-ELAINNE DE SILVÉRIO E OLIVEIRA MENDES22 – MARCELLO PARANHOS DE OLIVEIRA MILLER23 – DARIO JARDIM CRUVINELO24 – CARINA COSTA OLIVEIRA25 – JULIANA DA SILVA RIBEIRO26 – ALESSANDRA CHARBEL JANIQUES REBOUÇAS27 – RAQUEL CRISTINA RESENDE SILVESTRE28 – AILTON BENEDITO DE SOUZA29 – HUDSON DE MORAES30 – FABIANO MENDES ROCHA31 – RODRIGO VALÉRIO SBRUZZI32 – SÉRGIO EDUARDO CORREIA COSTA GOMIDES33 – CLAYTON DA SILVA GERMANO34 – LILIANE GUIMARÃES CARDOSO35 – JAYDER RAMOS DE ARAÚJO36 – BERENICE MARIA SCHERER37 – RAFAEL MODELLI SABATÉ

38 – GUILHERME LIMA NOGUEIRA DA SILVA

39 – MARCELO DE TARSO ZANELLATO

40 – JAQUELINE FERREIRA GONTIJO

41 – DENISE SANKIEVICZ

42 – EDUARDO FRANCO CANDIA

43 – PATRÍCIA MARA DA CONCEIÇÃO

44 – LUCIANO COELHO ÁVILA

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CAPÍTULO IV

45 – IBRAHIM JORGE NASSER SAAD46 – PAULO ALMEIDA COELHO DE SENA47 – CRISTIANE MENDONÇA LAJE48 – SILVANO RODRIGUES DA SILVA49 – LEA BATISTA DE OLIVEIRA50 – LUIS EDUARDO MARROCOS DE ARAÚJO51 – ALBERTINO DE SOUZA PEREIRA NETTO52 – LUIS HENRIQUE ISCHIHARA53 – MOZAR LUIS MARINO DE SOUSA54 – ALINE RANIERO FONSECA NAOUM55 – RICARDO MARINO TASSI

Os candidatos relacionados do nº 1 ao 36, com exceçãode Jaider Ramos de Araújo, tomaram posse em 22 de abril de2003, enquanto os candidatos relacionados do nº 37 ao 55,com exceção de Guilherme Lima Nogueira da Silva, foramempossados pelo Procurador-Geral José Eduardo Sabo Paes,em 22 de agosto de 2003. A candidata Lilia Simone Rodriguesda Costa solicitou exoneração em 6 de junho de 2003, por tertomado posse em outro cargo público inacumulável.

26º CONCURSO26º CONCURSO26º CONCURSO26º CONCURSO26º CONCURSO

Foi aberto em 2 de outubro de 2003 e concluído em 4 demaio de 2004, conforme Editais publicados no Diário Oficialda União da primeira e da última data aqui referida.

A Comissão de concurso foi a seguinte (Portaria nº 1523,de 17 de setembro de 2003):

PROCURADOR-GERAL E PRESIDENTEJosé Eduardo Sabo Paes

DIREITO PENAL E DIREITO PROCESSUAL PENALJoão Alberto Ramos, Procurador de Justiça

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

(examinador titular);Amarílio Tadeu Freesz de Almeida, Procurador deJustiça (examinador titular a partir da correção daprimeira prova);Andrelino Bento Santos Filho, Promotor de Justiça(examinador suplente);

DIREITO CIVIL E DIREITO PROCESSUAL CIVILRuth Kicis Torrents Pereira, Procuradora de Justiça(examinadora titular);Leonardo Roscoe Bessa, Promotor de Justiça(examinador suplente);

DIREITO CONSTITUCIONALMinistro José Paulo Sepúlveda Pertence (examinadortitular);Paulo José Leite de Farias, Promotor de Justiça(examinador suplente);

DIREITO ADMINISTRATIVOAirton Rocha Nóbrega, Advogado (examinador titular);José Leite Saraiva Filho, Advogado (examinadorsuplente).

SECRETÁRIAS – Portaria nº 1525, de 17 de setembrode 2003Maria de Lourdes Abreu, Procuradora de Justiça(titular);Rita Faraco de Freitas, Procuradora de Justiça(suplente).

EQUIPE MULTIPROFISSIONAL – Portaria nº 1526, de17 de setembro de 2003José Firmo Reis Soub, Procurador de Justiça/Presidente;Vandir da Silva Ferreira, Promotor de Justiça/Membro;Carlos Alberto Cantarutti, Promotor de Justiça/Membro;

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CAPÍTULO IV

Getúlio Homobono Paes de Andrade, Analista deSaúde;Francisco Rosenélio de Carvalho, Analista Pericial deMedicina.

De acordo com o Edital nº 3, publicado no Diário Oficialda União nº 221, Seção 3, de 12 de novembro de 2003,retificado no Diário Oficial da União nº 230, mesma Seção, de26 do referido mês de novembro, inscreveram-se no concursodois mil quinhentos e cinqüenta e dois (2.552) candidatos.Lograram aprovação final dezenove candidatos, conformehomologação realizada por meio do Edital nº 14, de 14 de maiode 2004, publicado no Diário Oficial da União nº 93, Seção 3,de 17 de maio de 2004.

Os candidatos aprovados foram os seguintes:

1 – CARINA SOARES ROCHA2 – CAROLINA REBELO SOARES3 – ELISIO TEIXEIRA LIMA NETO4 – FABIANA CARVALHO MACEDO5 – ANA CAROLINA MARQUEZ6 – MOACYR REY FILHO7 – RAQUEL TIVERON8 – HUERIN HUEB9 – DANIELLE MARTINS SILVA10 – LARISSA BEZERRA LUZ DE ALMEIDA11 – BRUNO CÉSAR BANDEIRA APOLINÁRIO12 – GABRIEL JOSÉ QUEIROZ NETO13 – DERMEVAL FARIAS GOMES FILHO14 – CARLA ROBERTO ZEN15 – FERNANDO DE PAULA

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

16 – LIGIA DOS REIS17 – DANIEL BERNOULLI LUCENA DE OLIVEIRA18 – NATÁLIA DO CARMO RIOS DOS SANTOS19 – FLÁVIO ROBERTO BORGES SANTOS

Foram todos nomeados por meio da Portaria nº 296, de21 de maio de 2004, publicada no DOU nº 98, Seção 2, pág.32, de 24 de maio de 2004.

A posse dos aprovados no 26º concurso ocorreu no dia2 de junho de 2004.

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CAPÍTULO V

CAPÍTULO V- COLÉGIO DE PROCURADORES

- CONSELHO SUPERIOR

- CÂMARAS DE COORDENAÇÃO E REVISÃO

- CORREGEDORIA-GERAL

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

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CAPÍTULO V

Instalação do Conselho Superior – Ao centro, discursa o ex-procurador-geral dejustiça José Dilermando Meireles. À sua direita e à esquerda, respectivamente,os membros do MPDFT, Antônio Honório Pires e Helênio Rizzo. No canto direito,o então advogado, Maurício Correia - 1984.

Composição do Conselho Superior em 2003: da esquerda para a direita, RenatoSócrates, Eduardo Albuquerque, Jair Meurer, Carlos Gomes, José Eduardo SaboPaes, Nídia Correia Lima, Arinda Fernandes, Aparecida Donatti, José Firmo R.Soub, Amarílio Tadeu, Antônio Ezequiel Neto.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Reunião da Câmara de Coordenação Criminal – 2003

Reunião da Câmara de Coordenação Criminal – 2003

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CAPÍTULO V

5.1 COLÉGIO DE PROCURADORES E PROMOT5.1 COLÉGIO DE PROCURADORES E PROMOT5.1 COLÉGIO DE PROCURADORES E PROMOT5.1 COLÉGIO DE PROCURADORES E PROMOT5.1 COLÉGIO DE PROCURADORES E PROMOTORES DEORES DEORES DEORES DEORES DE JUSTIÇA JUSTIÇA JUSTIÇA JUSTIÇA JUSTIÇA

O Colégio foi criado pela Lei 7567, de 19 de dezembrode 1986, com o título simplesmente de “Colégio deProcuradores”, vez que era integrado apenas pelosProcuradores de Justiça. Foi incluído, o referido Colégio, entreos órgãos da Administração Superior do Ministério Público comas atribuições previstas no artigo 5º da referida lei, quais sejam:I – elaborar seu regimento interno; II – deliberar, medianteproposta do Procurador-Geral de Justiça ou de metade de seusintegrantes, sobre qualquer questão de natureza institucionaldo Ministério Público; III – eleger metade do Conselho Superiordo Ministério Público; IV – elaborar lista tríplice paradesignação do Corregedor-Geral do Ministério Público; V – darposse aos membros do Conselho Superior e ao Corregedor-Geral do Ministério Público; VI – julgar os pedidos de revisãode processos administrativos; VII – julgar os recursosinterpostos das decisões do Procurador-Geral de Justiça nassindicâncias e processos administrativos.

Em obediência ao estabelecido na Lei nº 7567/86, oColégio de Procuradores foi instalado em 4 de fevereiro de1987, ocasião em que estiveram presentes os Procuradoresde Justiça Gilvan Correia de Queiroz, Bernardino de Souza eSilva, José de Nicodemos Alves Ramos, Helênio Rizzo,Marluce Aparecida Barbosa Lima, Amaury de Souza Melo,Everards Mota e Mattos e Lenir de Azevedo. Não puderamcomparecer à sessão inaugural do Colégio os seguintesprocuradores de justiça: Geraldo Nunes, José Lourenço deAraújo Mourão, João Carneiro de Ulhôa, Jorge Ferreira Leitão,Pedro Sobreira Pirajá, José Dilermando Meireles, Franciscode Assis Andrade e Orlandino Batista de Freitas, os quais,todavia, nas sessões seguintes, fizeram-se presentes. Por outrolado, à medida que o quadro de procuradores de justiça ia

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aumentando, novos membros incorporavam-se ao Colégio deProcuradores. Assim, na sessão de 24 de março de 1988,ingressou ao Colégio Fernando Reis Lima; em 30 de agostode 1989 foi a vez de Celina Eutália de Souza passar a integraro colégio e, dias depois, Elvan do Nascimento Loureiroincorporou-se ao referido órgão. A sessão de 14 de junho de1991 registra a presença dos novos procuradores de justiçaPedro Luis de Assis, João Alberto Ramos, Temístocles deMendonça Castro e José Ribamar Moraes. A mesma ata anotaas aposentadorias dos procuradores de justiça Francisco deAssis Andrade, Gilvan Correia de Queiroz, Jorge Ferreira Leitãoe Fernando Reis Lima. Em 13 de março de 1992, SuellyAmbrósio da Fonseca e Ísis Guimarães de Azevedo foramelevadas à condição de integrantes do Colégio deProcuradores e, três meses depois, Paulo Roberto deMagalhães Arruda também daria a sua valiosa colaboraçãoao Colegiado. Finalmente, a sessão de 10 de dezembro de1992 registra a chegada ao Colégio dos procuradores de justiçaPercilio de Souza Lima Neto, Adilson Rodrigues, MargaridaMaria Cerqueira Café, José Alves de Lima, Zenaide SoutoMartins, Romeu Gonzaga Neiva, Lecir Manoel da Luz,Humberto Adjuto Ulhôa, Ruth Kicis Torrents Pereira e BenisSilva Queiroz Bastos. A última sessão do Colégio deProcuradores, sob a égide da Lei nº 7567/86, foi realizada em15 de abril de 1993.

O Colégio cumpriu as suas atribuições legais até oadvento da Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 1993,que alterou substancialmente a composição e as atribuiçõesdo Órgão, primeiro estabelecendo no seu artigo 161 que oColegiado é integrado por todos os membros da carreira ematividade e denomina-se “Colégio de Procuradores ePromotores de Justiça”. As atribuições do Colégio foramsensivelmente diminuídas, pois que muitas daquelas previstas

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na lei anterior passaram ao Conselho Superior. Porém, asatribuições do Colégio não tornou-se menos importantes, poisentre elas ficaram a de elaboração da lista tríplice para aescolha do Procurador-Geral, a lista sêxtupla para acomposição do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, a eleiçãode quatro membros do Conselho Superior, bem como aelaboração de lista sêxtupla para composição do SuperiorTribunal de Justiça. O inciso II do artigo 162 da LeiComplementar 75/93 estabelece que compete ao Colégioopinar sobre assuntos gerais de interesse da Instituição.

5.2 CONSELHO SUPERIOR5.2 CONSELHO SUPERIOR5.2 CONSELHO SUPERIOR5.2 CONSELHO SUPERIOR5.2 CONSELHO SUPERIOR

A Lei nº 3434, de 20 de julho de 1958, que dispôs sobre oCódigo do Ministério Público do antigo Distrito Federal, previu,no seu artigo 19, a existência de um Conselho, constituído doprocurador-geral, seu presidente e de quatro procuradores dejustiça, sendo dois escolhidos livremente pelo Presidente daRepública e dois eleitos pela maioria de todos os procuradoresem escrutínio secreto. O mandato dos membros do Conselhofoi fixado em um ano, susceptível de renovação. O Conselhocriado pela lei acima citada tinha mais as características deauxiliar do Procurador-Geral, haja vista a atribuiçãoestabelecida no artigo 95, de realizar correições “de acordo“de acordo“de acordo“de acordo“de acordocom as instruções do Procurador-Geral”com as instruções do Procurador-Geral”com as instruções do Procurador-Geral”com as instruções do Procurador-Geral”com as instruções do Procurador-Geral”, tanto que oConselho não tinha sequer o qualificativo de superior.

Porém, a Lei nº 3754, de 14 de abril de 1960, que dispôssobre a organização judiciária do Distrito Federal de Brasíliadeterminou, em seu artigo 42, que as atribuições conferidasao Conselho pelo Código do Ministério Público, aprovado pelaLei 3434/58, passariam a ser exercidas pelo procurador-geral,extinguindo, deste modo, o Conselho.

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Todavia, sentindo-se a necessidade de um órgão queexercesse funções orientadoras e normativas, gestões foramrealizadas pelos responsáveis do Ministério Público do DistritoFederal até que foi editado o Decreto 53387, de 31 dedezembro de 1963, criando o Conselho Superior do MinistérioPúblico do Distrito Federal. De acordo com o artigo 2º doreferido decreto, o Conselho Superior seria constituído porquatro integrantes das classes de subprocurador-geral eCurador, sendo dois escolhidos livremente pelo Ministro daJustiça e dois eleitos pelos membros efetivos da carreira, commandato de um ano, susceptível de renovação. O § 5º domesmo artigo estabeleceu que os membros do ConselhoSuperior, titulares e suplentes, seriam designados por portariado Ministro da Justiça.

Em razão do disposto no decreto acima referido, instalou-se o Conselho Superior do Ministério Público com a seguintecomposição: - José Julio Guimarães Lima, Presidente; - MiltonSebastião Barbosa, José Lourenço de Araújo Mourão eWashington Bolivar de Brito, Membros. O primeiro ato doConselho foi o provimento nº 1, dispondo sobre o seuRegimento. Seguiram-se o provimento nº 2, sobre a estruturado Ministério Público; o provimento nº 3, aprovando o regimentoda Corregedoria; o provimento nº 4, que fixou normas sobre autilização das dependências do sexto andar do prédio e osprovimentos nº 5 e nº 6, acrescentando dispositivos aoregimento da Corregedoria.

Mas chegaram os dias de trevas e com eles a restriçãodas liberdades democráticas, dando ensejo a uma legislaçãoaltamente repressiva. No caso do Ministério Público do DistritoFederal foi editado o decreto nº 60.057, de 13 de janeiro de1967, que no seu artigo 1º revogou o Decreto nº 53387/63,pondo fim, assim, à existência do Conselho Superior.

A partir de janeiro de 1967, o Ministério Público deixoude ter o seu órgão normativo. Mas as trevas estavam

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desaparecendo paulatinamente e, na nossa área, surgiu a LeiComplementar nº 40, de 14 de dezembro de 1981, queestabeleceu normas gerais a serem adotadas na organizaçãodo Ministério Público Estadual. A referida lei complementarprescreveu que a administração superior do Ministério Públicodos Estados seria composta, dentre outros órgãos, peloConselho Superior, “para fiscalizar e superintender a“para fiscalizar e superintender a“para fiscalizar e superintender a“para fiscalizar e superintender a“para fiscalizar e superintender aatuação do Ministério Público, bem como para velar pelosatuação do Ministério Público, bem como para velar pelosatuação do Ministério Público, bem como para velar pelosatuação do Ministério Público, bem como para velar pelosatuação do Ministério Público, bem como para velar pelosseus princípios institucionais”seus princípios institucionais”seus princípios institucionais”seus princípios institucionais”seus princípios institucionais”. No seu artigo 12, o diplomalegal em causa estabeleceu as seguintes atribuições doConselho Superior, além das previstas na lei estadual: I – opinarnos processos que tratem de remoção ou demissão de membrodo Ministério Público; II – opinar sobre recomendações semcaráter normativo, a serem feitas aos órgãos do MinistérioPúblico para o desempenho de suas funções, nos casos emque se mostrar conveniente à atuação uniforme; III – deliberarsobre instauração de processo administrativo; IV – opinar sobreafastamento de membro do Ministério Público; V – decidir sobreo resultado do estágio probatório; VI – indicar os representantesdo Ministério Público que integrarão comissão de concurso;VII – indicar, em lista tríplice, os candidatos à promoção pormerecimento.

Porém a Lei Complementar nº 40/81 não foi aplicada aoMinistério Público do Distrito Federal, automaticamente, naparte relativa ao Conselho Superior, pois dúvidas surgiram aeste respeito, sendo editado então o decreto nº 88.687, de 6de setembro de 1983, o qual criou no Ministério Público doDistrito Federal o Conselho Superior, integrado peloProcurador-Geral, que o presidiria, e pelos Subprocuradores-Gerais. Em razão do Decreto 88.687/83, foi instalado, em 2 defevereiro de 1984, o nosso Conselho Superior, na sua segundafase, tendo por procurador-geral José Dilermando Meireles ecomo membros os subprocuradores-gerais Francisco de AssisAndrade, Gilvan Correia de Queiroz, José Lourenço de AraújoMourão e Geraldo Nunes, embora Lourenço Mourão tenha

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estado ausente da referida seção de instalação. Naquelamemorável reunião de 2 de fevereiro de 1984, o ConselhoSuperior baixou o provimento nº 1, aprovando o regimentointerno do Conselho Superior, com as seguintes atribuições: I– opinar nos processos que tratem de remoção, suspensão oudemissão de membro do Ministério Público; II – opinar sobrerecomendações, sem caráter normativo, a serem feitas aosórgãos do Ministério Público para o desempenho de suasfunções, nos casos em que se mostrar conveniente a atuaçãouniforme; III – deliberar sobre instauração de processoadministrativo; IV – opinar sobre o afastamento de membro doMinistério Público para exercer cargo, emprego ou função denível equivalente ou maior na administração direta ou indireta;V – indicar, em lista tríplice, os candidatos à promoção pormerecimento, ouvida a Corregedoria-Geral do MinistérioPúblico; VI – exercer a inspeção suprema do Ministério Público,velando pela fixação e eficiência de seus membros nodesempenho de suas funções; VII – constituir comissõesexaminadoras dos concursos para ingresso no MinistérioPúblico, elegendo os seus integrantes; VIII – organizar listaspara nomeação e remoção e fazer a indicação respectiva; IX –conhecer da representação do Procurador-Geral sobreremoção compulsória, bem como instaurar e julgar sindicância,processos administrativos e correições relativas a atos demembros do Ministério Público; X – conhecer das reclamaçõessobre listas de antigüidade; XI – apreciar o merecimento depromotor em estágio probatório, propondo, quandoconveniente, a respectiva exoneração; XII – opinar sobrepedidos de permuta, readmissão, reintegração, reversão eaproveitamento de membros do Ministério Público; XIII –elaborar o seu regimento interno; XIV – indicar membros doMinistério Público para comissões de processosadministrativos; XV – opinar sobre qualquer assunto deinteresse do Ministério Público, desde que solicitado o seupronunciamento pelo Procurador-Geral; XVI – deliberar sobre

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o afastamento de membro do Ministério Público, em primeirograu, nos casos de designação, correição, sindicância ouprocesso disciplinar; XVII – deliberar sobre a aplicação dasnormas administrativas e financeiras previstas em lei e quedigam respeito ao Ministério Público, com responsabilidadesolidária; XVIII – eleger, entre os seus membros, o Corregedor-Geral do Ministério Público; XIX – julgar os pedidos de revisãode processos disciplinares; XX – elaborar e apresentar aoProcurador-Geral da Justiça as normas do concurso deingresso na carreira; XXI – opinar sobre o afastamento demembro do Ministério Público para freqüentar cursos ouseminários de aperfeiçoamento de estudos jurídicos; XXII –fixar a gratificação pela participação em órgão de deliberaçãocoletiva, na forma da lei.

No dia 9 de fevereiro de 1984, às 17h, no auditório doMinistério Público do Distrito Federal, localizado no 8º andardo edifício anexo do Tribunal de Justiça, realizou-se a sessãosolene de instalação do Conselho Superior, sob a presidênciado Procurador-Geral José Dilermando Meireles e contandotambém com a presença dos Conselheiros nominalmentecitados no tópico anterior. Como convidados, compareceramà solenidade Aldo Ferro, representante do Senhor Ministro daJustiça; Heládio Monteiro, presidente do Tribunal de Justiçado Distrito Federal; Emanuel Lyrio, Procurador-Geral doGoverno do Distrito Federal; Maurício Correia, Presidente daOrdem dos Advogados do Brasil, Seção do Distrito Federal;Luiz da Silva Flores, representante do Procurador-Geral daJustiça do Trabalho; Lincoln Magalhães da Rocha, do Tribunalde Contas da União e Helênio Rizzo, Presidente da Associaçãodo Ministério Público do Distrito Federal. Na oportunidade, JoséDilermando Meireles fez um histórico do Ministério Público,ressaltando a sua importância político-social e destacou orelevante papel a ser desempenhado pelo Conselho Superiordo Órgão.

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Na terceira sessão, realizada em 23 de fevereiro de 1984,na verdade a primeira sessão ordinária de trabalho, o Conselhojá realizou distribuição de processos e decidiu que as sessõesseriam realizadas todas as segundas-feiras, às 10h. Na sessãoseguinte, do dia 27 de fevereiro, o Conselho decidiu diversasquestões de interesse do Ministério Público, entre as quais arelativa ao estágio probatório dos defensores públicos.Interessante observar a partir da sétima sessão, incorporou-seao Conselho Jorge Ferreira Leitão.

É bom relembrar que, pela sistemática do Decreto 88687/83, não havia eleição para o Conselho Superior, pois ele eracomposto por todos os Subprocuradores-Gerais e, com a ediçãodo Decreto-Lei nº 2267, de 13 de março de 1985, quereestruturou a carreira do Ministério Público do Distrito Federal,deixou de existir o cargo de Subprocurador-Geral, surgindo,em seu lugar, o cargo de Procurador de Justiça. Assim, aoingressar ao cargo de Procurador de Justiça, o membropassava a integrar, automaticamente, o Conselho Superior. Daí,em agosto de 1984, Bernardino de Souza e Silva incorporou-se ao Órgão. Em 1º, 9 e 18 de abril de 1985, respectivamente,chegaram ao Conselho José de Nicodemos Alves Ramos, JoãoCarneiro de Ulhôa, Marluce Aparecida Barbosa Lima e HelênioRizzo, promovidos que foram ao cargo de Procurador deJustiça. Depois, as atas de reuniões dos dias 20 de maio e 3de junho do mesmo ano noticiam que os ProcuradoresEverards Mota e Mattos, Pedro Sobreira Pirajá e Lenir deAzevedo passaram a fazer parte do Conselho Superior.Interessante destacar que, a partir de 20 de maio de 1985, oConselho passou a ser presidido por João Carneiro de Ulhôa,o qual havia assumido o cargo de Procurador-Geral. Portanto,com os novos Procuradores, o Conselho passou a serconstituído por doze membros, inclusive o Presidente.

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Todavia, na sessão de 24 de junho de 1985, o ConselhoSuperior resolveu rever a legislação que o disciplinava eentendeu que o Colegiado deveria ter a composiçãopreconizada no artigo 19 da Lei nº 3434/58, isto é, compostode quatro Conselheiros, mais o Presidente. Baixou, então, oprovimento nº 2, alterando a composição do Conselho pararestringi-la a quatro Conselheiros, mais o Procurador-Geral eo Corregedor-Geral, ambos com direito a voto. Em conclusão,para ser preciso, é de se anotar que o Conselho Superiorpassou a ser constituído de seis membros, dois dos quaisseriam eleitos pelos Procuradores de Justiça e dois pela classeem geral. No dia seguinte ao provimento nº 2, ou seja, no dia25 de junho de 1985, foram eleitos pelos Procuradores deJustiça os membros Jorge Ferreira Leitão e José Lourenço deAraújo Mourão; como Conselheiros titulares e como suplentesforam indicados Bernardino de Souza e Silva e Pedro SobreiraPirajá. A classe elegeu Everards Mota e Mattos, que foidesignado Secretário, e José de Nicodemos Alves Ramos,como titulares, sendo escolhidos como suplentes GeraldoNunes e Gilvan Correia de Queiroz. Marluce AparecidaBarbosa Lima foi designada Corregedora-Geral. Iniciava-se,então, em 25 de junho de 1985, a terceira fase do ConselhoSuperior do Ministério Público do Distrito Federal. O citadoprovimento nº 2 estabeleceu também que o mandato dosConselheiros teria o prazo de um ano.

Em 5 de agosto de 1986, a composição do Conselho foirenovada, sendo eleitos pela classe os membros JoséDilermando Meireles e Helênio Rizzo, como titulares, enquantoos procuradores elegeram Bernardino de Souza e Silva eGilvan Correia de Queiroz, sendo designada comoCorregedora-Geral a representante ministerial Lenir deAzevedo. Helênio Rizzo foi indicado Secretário do Conselhonessa nova composição e, em 10 de junho de 1987, o Órgãopassou a ser presidido por Geraldo Nunes, que fora empossadocomo Procurador-Geral. Porém, em 19 de dezembro de 1986,

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foi editada a Lei nº 7.567, que dispôs sobre os órgãos deadministração do Ministério Público do Distrito Federal, e,quanto ao Conselho Superior, a referida lei estabeleceu que omandato de seus membros seria de dois anos, mantendo acomposição de quatro membros escolhidos entre osProcuradores de Justiça, metade pelo Colégio de Procuradorese metade pela classe, mais o Procurador-Geral, Presidente doÓrgão, e o Corregedor-Geral, com direito a voto. Em 2 dedezembro de 1987 foi realizada a eleição para a escolha dosnovos membros do Conselho Superior, agora sob a égide daLei 7567, sendo eleitos pelo Colégio os membros OrlandinoBatista de Freitas e Fernando Reis Lima, como titulares,enquanto Jorge Ferreira Leitão e Gilvan Correia de Queirozforam eleitos suplentes. A classe escolheu os Procuradoresde Justiça Amaury de Souza Mello e Everards Mota e Mattos,como titulares, e Pedro Sobreira Pirajá foi designado paraexercer o cargo de Corregedor-Geral, integrando,conseqüentemente, o Conselho. Os novos membros tomaramposse em 3 de fevereiro de 1988. É conveniente registrar queOrlandino Batista de Freitas renunciou ao mandato algunsmeses depois, por divergir de algumas decisões do Colegiado,acontecendo o mesmo com o seu suplente, Jorge FerreiraLeitão, sendo eleito para a vaga o membro Helênio Rizzo. Emfevereiro de 1989, renova-se metade do Conselho, saindo osConselheiros Fernando Reis Lima e Everards Mota e Mattos eentrando em seus lugares os membros Jorge Ferreira Leitão eMarluce Aparecida Barbosa Lima, a qual passou a exercer afunção de Secretária do Conselho. Jorge Leitão foi indicadopela classe, enquanto Marluce Aparecida o foi pelo Colégiode Procuradores. José de Nicodemos Alves Ramos assumiu,a partir de fevereiro de 1989, o cargo de Corregedor-Geral.Gilvan Correia de Queiroz e Bernadino de Souza e Silva forameleitos suplentes do Conselho. Em fevereiro de 1990,novamente se renova a metade do Colegiado, saindo HelênioRizzo e Amaury de Souza e Mello e entrando como titulares

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Gilvan Correia de Queiroz e Pedro Sobreira Pirajá. Em 9 denovembro de 1990, Elvan do Nascimento Loureiro passou aintegrar o Conselho Superior e, em junho de 1991, Pedro Luizde Assis assume a vaga de Gilvan Correia de Queiroz, quehavia se aposentado. Fernando Reis Lima foi indicadoCorregedor-Geral a partir de janeiro de 1991, mas se aposentouem junho do mesmo ano, assumindo em seu lugar o membroJosé Lourenço de Araújo Mourão. Em 7 de fevereiro de 1992,ingressaram, no Conselho Superior, Temístocles de MendonçaCastro e João Alberto Ramos, sendo este designado Secretáriodo Colegiado. Em 5 de fevereiro de 1993, renova-se acomposição do Órgão, passando a integrá-lo os Procuradoresde Justiça Lecir Manoel da Luz e Humberto Adjuto Ulhôa. APresidência do Conselho já era exercida por Marluce AparecidaBarbosa Lima que, no ano anterior, assumira o cargo deProcuradora-Geral. O cargo de Corregedor-Geral, a partir dejaneiro de 1993, passou a ser exercido por Adilson Rodrigues.Portanto, temos o Conselho Superior do Ministério Públicoassim constituído a partir de fevereiro de 1993: MarluceAparecida Barbosa Lima, Presidente; Adilson Rodrigues,Corregedor-Geral; Temístocles de Mendonça Castro, JoãoAlberto Ramos, Lecir Manoel da Luz e Humberto Adjuto Ulhôa.Este Conselho permaneceu até agosto daquele ano, quandofoi eleito um outro, já sob a égide da Lei nº 75, de 20 de maiode 1993.

A Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 1993,estabeleceu que o Conselho Superior seria composto peloProcurador-Geral de Justiça e pelo Vice-Procurador-Geral deJustiça, como membros natos e por oito procuradores de justiça,eleitos para mandato de dois anos, metade pelos Procuradoresde Justiça e a outra metade pelo Colégio de Procuradores ePromotores de Justiça. O artigo 280 da referida lei dispôs que,na primeira composição do Conselho Superior, os quatro maisvotados teriam mandatos de dois anos e os menos votadosmandatos de um ano. A competência do Conselho Superior foi

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especificada em 23 incisos do artigo 166, começando pelopoder normativo no âmbito da Instituição. De acordo com oartigo 174, inciso I, o Corregedor-Geral do Ministério Públicodeixou de ter direito a voto no Conselho Superior. O Conselho,sob o império da Lei Complementar 75, foi solenementeinstaurado em 18 de agosto de 1993, com a seguintecomposição: Marluce Aparecida Barbosa Lima, Presidente;Everards Mota E Mattos, na condição de Vice-Procurador-geralde Justiça; Lecir Manoel da Luz, Humberto Adjuto Ulhôa,Romeu Gonzaga Neiva, João Alberto Ramos, Zenaide SoutoMartins, José de Nicodemos Alves Ramos, Paulo Roberto deMagalhães Arruda e Bernardino de Souza e Silva. OsConselheiros Lecir Manoel da Luz, Humberto Adjuto Ulhôa,Romeu Gonzaga Neiva e João Alberto Ramos foram eleitospelo Colégio de Procuradores e Promotores de Justiça,enquanto os Conselheiros José de Nicodemos Alves Ramos,Zenaide Souto Martins, Paulo Roberto de Magalhães Arruda eBernardino de Souza e Silva foram eleitos pelos Procuradoresde Justiça. O Conselheiro João Alberto Ramos foi designadoSecretário do Conselho.

Em 14 de setembro de 1994, o Conselho Superior foirenovado, com a substituição dos Conselheiros Bernardino deSouza e Silva e Paulo Roberto de Magalhães Arruda pelosnovos integrantes Benis Silva Queiroz Bastos e José RibamarMoraes. Os Conselheiros João Alberto Ramos e RomeuGonzaga Neiva foram reeleitos. Em 28 do referido mês desetembro, João Alberto Ramos foi nomeado Vice-Procurador-Geral de Justiça, passando então a ser membro nato doConselho, fato que levou Paulo Tavares Lemos a assumir avaga de João Ramos. Todavia, em 14 de dezembro de 1994, oProcurador de Justiça João Alberto Ramos renunciou aomandato efetivo do Conselho Superior e pediu dispensa docargo de Vice-Procurador-Geral de Justiça para assumir, a partirde 1º de janeiro de 1995, o cargo de Corregedor-Geral. Adilson

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Rodrigues, nomeado Vice-Procurador-Geral de Justiça, passoua integrar o Conselho Superior a partir de 1º de janeiro de 1995.

Em 30 de agosto de 1995, o Conselho Superior passapor nova modificação dos seus integrantes, por força doordenamento legal. Saíram os Procuradores de Justiça LecirManoel da Luz, Humberto Adjuto Ulhôa, José de NicodemosAlves Ramos e Zenaide Souto Martins, entrando em seuslugares os Procuradores de Justiça Temístocles de MendonçaCastro, Renato Sócrates Gomes Pinto, Lenir de Azevedo e RuthKicis Torrents Pereira.

Em nove de outubro de 1996, o Conselho Superior passaa ter a seguinte composição: - Humberto Adjuto Ulhôa, nacondição de Procurador-Geral de Justiça; - Lenir de Azevedo,Temístocles de Mendonça Castro, Zenaide Souto Martins,Romeu Gonzaga Neiva, Lecir Manoel da Luz, Ruth KicisTorrents Pereira, Antônio Raimundo Gomes da Silva Filho eRenato Sócrates Gomes Pinto. A Procuradora de Justiça BenisSilva Queiroz Bastos foi designada Secretária do Conselho.Ressalte-se também que, em 11 de dezembro de 1996, ZenaideSouto Martins renunciou ao mandato do Conselho paraconcorrer ao cargo de Corregedor-Geral.

Em 4 de setembro de 1997, chegou a vez dasProcuradoras de Justiça Ísis Guimarães de Azevedo, TerezinhaSilvia Lavocat Galvão, Odete Alves Camelo e Nídia CorreiaLima darem a sua contribuição ao órgão, entrando nas vagasabertas com a saída de Ruth Kicis Torrents Pereira,Temístocles de Mendonça Castro, Renato Sócrates GomesPinto e Lenir de Azevedo. Benis continuou como Secretáriado Colegiado e, em 11 de março de 1998, Ruth Kicis T. Pereira,que estava na condição de suplente, voltou ao Conselho comotitular na vaga de Odete Alves Camelo que se aposentou.

Em 26 de agosto de 1998, o Conselho foi mais uma vezalterado, por força legal, ficando assim constituído: Humberto

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Adjuto Ulhôa, Presidente; João Alberto Ramos, Ísis Guimarãesde Azevedo, Romeu Gonzaga Neiva, Ruth Kicis TorrentsPereira, Terezinha Silvia Lavocat Galvão, Lélia Maria Duartede Cerqueira, Nídia Correia Lima, Francisca Soares da Silva eAmarílio Tadeu Freesz de Almeida, como membros. Dacomposição anterior, é importante ressaltar que Lecir Manoelda Luz participou pela última vez do Conselho em 15 de abrilde 1998, em razão da sua nomeação ao cargo deDesembargador. Em 4 de fevereiro de 1999, Nídia CorreiaLima passou a integrar o Conselho na condição de membronato, vez que fora designada Vice-Procuradora-Geral deJustiça, possibilitando à Procuradora de Justiça TerezinhaFlorenzano assumir a sua vaga no Conselho Superior. Em 8de setembro de 1999, entraram para o Conselho os membrosCarlos Gomes eTânia Maria Nava Marchewka nas vagas deRuth Kicis e Terezinha Florenzano. Ísis Guimarães e TerezinhaSilvia Lavocat foram reeleitas.

Em junho de 2000, Eduardo José Oliveira deAlbuquerque passou a presidir o Conselho — já que assumiuo cargo de Procurador-Geral — e, em agosto, Humberto AdjutoUlhôa foi eleito pela Classe para o Conselho, na vaga deFrancisca Soares da Silva, enquanto foram reeleitos JoãoAlberto Ramos, Amarílio Tadeu Freesz de Almeida e LeliaMaria Duarte de Cerqueira. Portanto, a composição doConselho Superior, em novembro de 2000, passou a ser aseguinte: Eduardo José Oliveira de Albuquerque, João AlbertoRamos, Ísis Guimarães de Azevedo, Terezinha Silvia LavocatGalvão, Lelia Maria Duarte de Cerqueira, Nídia Correia Lima,Humberto Adjuto Ulhôa, Amarílio Tadeu Freesz de Almeida,Carlos Gomes e Tânia Maria Marchewka. Todavia, nos dias23 e 24 de agosto de 2001, foram realizadas as eleições pararenovação de parte do Conselho Superior, sendo eleitos peloColégio de Procuradores e Promotores os membros CarlosGomes e Antônio Ezequiel de Araújo Neto, com 128 e 101

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votos, respectivamente, enquanto os procuradores José FirmoReis Soub e Arinda Fernandes foram eleitos com 26 e 13 votos,pela ordem, em votação restrita aos procuradores de justiça.Antônio Ezequiel de Araújo Neto, José Firmo Reis Soub eArinda Fernandes substituíram as procuradoras TerezinhaSilvia Lavocat Galvão, Ísis Guimarães de Azevedo e TâniaMaria Nava Marchewka. A Procuradora Maria de LourdesAbreu, Conselheira Suplente, assumiu a titularidade a partirde fevereiro de 2001, em lugar de Amarílio Tadeu Freesz deAlmeida, o qual assumiu o cargo de Corregedor-Geral.

O Conselho Superior foi o cenário das grandesdiscussões institucionais do Ministério Público do DistritoFederal. Em seu meio cogitou-se, pela primeira vez (pelomenos oficialmente), na palavra do Conselheiro Jorge FerreiraLeitão, na sessão de 11 de junho de 1984, a criação da EscolaSuperior do Ministério Público com o objetivo de ministrarcursos de aperfeiçoamento aos membros da Instituição,buscando o melhor desempenho funcional; discutiu-se aquestão dos vencimentos dos membros e funcionários doMinistério Público; debateu-se a necessidade da construçãoda sede própria e diligenciou-se no sentido da obtenção doterreno e de recursos para a consecução do objetivo; debateu-se sobre a Lei Orgânica do Ministério Público, apresentandopropostas e sugestões concretas; procuraram-se soluções paraassegurar assistência médica aos membros e servidores doMinistério Público do Distrito Federal, dando ensejo aosurgimento do convênio com o Hospital das Forças Armadas;buscaram-se caminhos para dotar a Instituição de melhorescondições materiais de funcionamento, tais como o aumentode funcionários, equipamentos e veículos.

É mister destacar que o Conselho Superior cumpriu a suamissão institucional — especialmente a partir da sua instalaçãoem 9 de fevereiro de 1984 —, pois no decorrer dos anos, dotoua Instituição dos instrumentos disciplinadores do

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acompanhamento do estágio probatório; da elaboração delistas para promoção e nomeações; do afastamento parafreqüentar cursos de aperfeiçoamento e simpósios; dofuncionamento das Câmaras de Coordenação e Revisão; daintervenção ministerial em casos especiais; do afastamentopara o exercício da Presidência da Associação dos Membrosdo Ministério Público do Distrito Federal; da conversão de fériasem pecúnia por membros do Ministério Público e tantos outrostemas que hoje estão normatizados por resoluções doConselho. Consolidou-se, o Conselho Superior, comoimportante órgão da administração superior do MinistérioPúblico, desde fevereiro de 1984 e, notadamente, com oadvento da Lei Complementar nº 75/93.

Fato digno de nota é que o Decreto 91369, de 25 de junhode 1985, revogou, expressamente, o Decreto 88.687, de 6 desetembro de 1983, que criara o Conselho Superior do MinistérioPúblico do Distrito Federal. Porém, conforme consta do livrode Atas da época, o Conselho Superior continuou a realizar assuas reuniões e decidir as questões a ele afetas como se oreferido Decreto 91.369/85 não tivesse existido.

5.3 CÂMARAS DE COORDENAÇÃO E REVISÃO5.3 CÂMARAS DE COORDENAÇÃO E REVISÃO5.3 CÂMARAS DE COORDENAÇÃO E REVISÃO5.3 CÂMARAS DE COORDENAÇÃO E REVISÃO5.3 CÂMARAS DE COORDENAÇÃO E REVISÃO

O artigo 167 da Lei nº 75/93 criou as Câmaras deCoordenação e Revisão do Ministério Público do DistritoFederal e Territórios como órgãos setoriais com o objetivoevidente de auxiliar a Procuradoria-Geral na administração doMinistério Público. Para dar cumprimento ao disposto na lei, oegrégio Conselho Superior baixou os provimentos nº 2 e nº 3,de 23 de março de 1994, aprovando a instituição e organizaçãode uma Câmara de Coordenação e Revisão da Ordem JurídicaCriminal e outra Cível. Em prosseguimento, foi realizada sessãosolene no dia 29 de setembro de 1994, quando foram instaladasas referidas Câmaras, com a presença da Procuradora-Geral

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CAPÍTULO V

Marluce Aparecida Barbosa Lima, a qual presidiu a solenidade;de Adilson Rodrigues, Corregedor-Geral; de Temístocles deMendonça Castro, Procurador-Distrital dos Direitos doCidadão; de Eunice Pereira Amorim de Souza, Presidente daAssociação do Ministério Público do Distrito Federal e muitosoutros membros do Ministério Público, os quais tiveram os seusnomes registrados na ata relativa àquela sessão solene. Naoportunidade, Marluce Aparecida Barbosa Lima deu posse aosmembros João Alberto Ramos, Suelly da Rocha Ambrósio daFonseca e Zenaide Souto Martins, como membros titulares daCâmara de Coordenação e Revisão da Ordem JurídicaCriminal, sendo João Alberto Ramos designado Coordenadorda Câmara. Como suplentes foram nomeados Paulo TavaresLemos e Lenir de Azevedo. A Câmara de Coordenação eRevisão da Ordem Jurídica Cível recebeu como CoordenadoraRuth Kicis Torrents Pereira e como membros titulares osmembros Helênio Rizzo e José Ribamar Moraes, enquantoBenis Silva Queiroz Bastos e Ísis Guimarães de Azevedo foramnomeadas suplentes. Na ocasião, fizeram uso da palavraMarluce Barbosa Lima e os Coordenadores das duas Câmarasacima referidos.

Em 3 de outubro de 1995, assumiram como titulares daCâmara de Coordenação e Revisão da Ordem Jurídica Criminalos membros Paulo Tavares Lemos e Odeth Alves Camelo, emrazão dos pedidos de dispensa formulados por Suelly da RochaAmbrósio da Fonseca, Zenaide Souto Martins e Lenir deAzevedo. Antônio Raimundo Gomes Silva Filho e HelenaCristina Mendonça Mafra foram designados suplentes.Posteriormente, aposentou-se o membro Paulo Tavares Lemose foi convocado para o seu lugar Antônio Raimundo GomesSilva Filho. A terceira composição da Câmara de Coordenaçãoe Revisão da Ordem Jurídica Criminal teve João Alberto Ramoscomo Coordenador e Lenir de Azevedo junto a Odete AlvesCamelo como membros titulares. Josemias Costa e NídiaCorreia Lima foram nomeados suplentes, havendo o membro

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Josemios assumido a titularidade com a aposentadoria deOdete Alves Camelo. Em 16 de novembro de 1998, o SenhorProcurador-Geral baixou a portaria nº 1058, designando Lenirde Azevedo para coordenar a Câmara de Coordenação eRevisão da Ordem Jurídica Criminal e João Alberto Ramos eAmarílio Tadeu Fressz de Almeida como membros titulares,enquanto o Procurador de Justiça Álvaro José Jorge e oPromotor de Justiça Antônio Ezequiel de Araújo Neto foramdesignados suplentes. O membro Álvaro José Jorge solicitoudispensa em maio de 2000.

A Câmara de Coordenação e Revisão da Ordem JurídicaCível teve a sua composição alterada em outubro de 1996,quando Francisca Soares da Silva assumiu a função decoordenadora do órgão, figurando Ruth Kicis Torrents Pereirae Benis Silvia Queiroz Bastos como membros titulares. Por suavez, a escolha dos suplentes recaiu nas pessoas dosprocuradores de justiça Helênio Rizzo e José de SouzaAntunes. Em 4 de setembro de 1997, Renato Sócrates GomesPinto passa a ocupar a suplência da Câmara no lugar deHelênio Rizzo e, em 10 de outubro do mesmo ano, RenatoSócrates e José de Souza Antunes assumem a titularidade daCâmara Cível nas vagas de Ruth Kicis e Benis Bastos quesolicitaram dispensa do encargo.

No dia 16 de novembro de 1998, a Câmara Cível, já agoradesignada de Primeira Câmara Cível, em razão da criação deoutra Câmara especializada em matéria cível, ficou assimconstituída: Procurador de Justiça Carlos Gomes –Coordenador; Suzana Vidal de Toledo Barros e Jair MeurerRibeiro – membros titulares, recaindo a escolha dos suplentessobre os membros José de Oliveira e Tânia Maria NavaMarchewka. Esta composição exerceu suas atribuições aténovembro de 2000.

Em face do crescente volume de processos submetidosà Câmara Cível, constatou-se a necessidade da criação de

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CAPÍTULO V

outro órgão especializado, razão pela qual o tema foi submetidoao Conselho Superior por intermédio do PA nº 08190.000955/96-2 que, na sessão do dia 29 de setembro de 1997, decidiupela criação de mais uma Câmara Cível. Dando cumprimentoà deliberação do Conselho Superior, o Procurador-Geral deJustiça baixou a Portaria nº 835, de 15 de outubro de 1997,declarando instalada a Câmara e, pela Portaria nº 1060, de 15de dezembro de 1997, designou os membros da 2ª Câmarade Coordenação e Revisão da Ordem Jurídica Cível. No dia30 de abril de 1998, realizou-se a primeira reunião ordináriada referida Câmara com a presença de Eduardo José Oliveirade Albuquerque, José Firmo Reis Soub e Olinda ElizabethCestari Gonçalves, sob a coordenação do primeiro.Posteriormente, ou seja, em 24 de agosto de 1998, a segundareunião da Câmara já conta com a coordenação de RomeuGonzaga Neiva, coordenação essa que perduraria até 29 dejaneiro de 1999, quando Nídia Correia Lima foi designada paraassumir a vaga de Romeu Gonzaga, o qual fora nomeadoDesembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.Finalmente, conforme decisão do Conselho Superior em 9 dedezembro de 1999, Nídia Correia Lima, bem como EduardoJosé Oliveira de Albuquerque e José Firmo Reis Soub foramreconduzidos à segunda Câmara Cível para o biênio 1999/2001, sendo nomeada suplente Olinda Elizabeth CestariGonçalves. Para concluir, devemos registrar que VitorFernandes Gonçalves integrou a segunda Câmara deCoordenação e Revisão da Ordem Jurídica Cível, na condiçãode suplente, havendo participado da sessão do dia 14 desetembro de 1998.

Eduardo Albuquerque deixou a 2ª Câmara Cível em junhode 2000, em razão da sua nomeação para o cargo deProcurador-Geral. A coordenação da Câmara recairia sobreOlinda Elizabeth Cestari Gonçalves, mas ela não pôde assumiro cargo, em função de compromissos particulares antesagendados. Então foi escolhida pelo Conselho Superior, para

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completar o mandato na 2ª Câmara Cível, Benis da SilvaQueiroz Bastos, tendo Ruth Kicis Torrents Pereira por suplente.

Finalmente, na sessão do dia 8 de novembro de 2000, oConselho Superior indicou os membros para a Câmara deCoordenação e Revisão da Ordem Jurídica Criminal e 1ªCâmara de Coordenação da Ordem Jurídica Cível, para obiênio 2000/2002. Os nomes da Câmara Criminal foram: Lenirde Azevedo, Coordenadora; João Alberto Ramos e AmarílioTadeu Freesz de Almeida, titulares; Josemias Costa eMargarida Maria Café, suplentes; já os nomes da Câmara Cívelforam: Maria de Lourdes Abreu, Coordenadora; Carlos Gomese Helena Cristina Mendonça Mafra, membros titulares; TâniaMaria Nava Marchewka e Antônio Ezequiel de Araújo Neto,suplentes.

5.4 CORREGEDORIA-GERAL5.4 CORREGEDORIA-GERAL5.4 CORREGEDORIA-GERAL5.4 CORREGEDORIA-GERAL5.4 CORREGEDORIA-GERAL

A Lei nº 3434, de 20 de julho de 1958, não dispôs sobrea Corregedoria-Geral, visto que as atribuições hoje conferidasa este órgão fiscalizador eram da alçada do Procurador-Geralde Justiça, conforme disposto nos artigos 16, 17 e 18 do citadodiploma legal.

Todavia, tendo em vista o regular desenvolvimento dasatividades do Ministério Público em prol da sociedade, afiscalização sempre fez parte das preocupações da chefia dainstituição, que desde cedo procurou estabelecer os meiosadequados para atingir o fim almejado.

Instrumento digno de nota é a Portaria nº 116, de 9 deoutubro de 1961, que contém o embrião das atividadesfiscalizadoras da Corregedoria-Geral. Com efeito, o referidoato, assinado pelo procurador-geral Leopoldo César de MirandaLima Filho, determinou que os membros do Ministério Públicoapresentassem, a cada segunda-feira, ao Procurador-Geral, um

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CAPÍTULO V

relatório de suas atividades funcionais da semana anterior, diaa dia, em um documento denominado de “boletim-resenha”. APortaria nº 117, do mesmo dia, ordenou à Secretaria a apuraçãodo comparecimento ao serviço dos membros da Instituição pormeio do referido boletim.

A questão foi disciplinada de forma diferente na Portarianº 42, de 17 de dezembro de 1962, que designou o 1ºSubprocurador-Geral para exercer a fiscalização permanentedos serviços a cargo dos promotores públicos, promotoressubstitutos e defensores públicos em exercício nas VarasCriminais, enquanto o 2º Subprocurador-Geral foi encarregadoda fiscalização permanente dos serviços dos curadores,promotores substitutos designados para o serviço do registrocivil e defensores públicos em exercício nas Varas da FazendaPública, Cível e de Família, Órfãos, Menores e Sucessões. Oreferido ato determinava que os dois Subprocuradores-Geraiscomunicassem ao Procurador-Geral, por escrito,imediatamente, as irregularidades e falhas que fossemconstatadas na fiscalização.

Dando prosseguimento ao aperfeiçoamento do processode fiscalização das atividades dos membros do MinistérioPúblico do Distrito Federal, o Procurador-Geral baixou aPortaria nº 31, de 31 de maio de 1963, estabelecendo rotinaspara a correição ordinária dos serviços, a cargo dos doisSubprocuradores-Gerais, que deveriam ser auxiliados poroutros membros. O ato em questão estabeleceu que a correiçãoordinária seria realizada, por setores, nos meses de junho,julho e agosto de cada ano.

Finalmente, o Decreto 53.387, de 31 de dezembro de1963, criou a Corregedoria-Geral, que teria funçõesfiscalizadoras, como claramente exposto no artigo 4º. O artigo6º do decreto em referência determinou que a função deCorregedor-Geral seria exercida por um dos membros doConselho Superior, eleito para um mandato de um ano,

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podendo ser reconduzido. Mas o Decreto nº 60057, de 13 dejaneiro de 1967, revogou o Decreto nº 53387/63 e, porconseqüência, extinguiu a Corregedoria-Geral, que só foirestabelecida no âmbito do Ministério Público por meio doDecreto 88687, de 6 de setembro de 1983.

Porém, os documentos da época indicam que aCorregedoria do Ministério Público do Distrito Federal nãodeixou de funcionar. Por exemplo, as Portarias nº 1471, de24.1.72, e 1581, de 3.2.72, designaram servidores para teremexercício na Corregedoria. Por outro lado, a Portaria nº 1592,de 12.4.72, determinou ao Gabinete da Procuradoria-Geral queouvisse previamente o Corregedor-Geral sobre as designaçõesdos diversos membros do Ministério Público e, conforme aPortaria 1604, de 14.4.72, o Corregedor da época era GilvanCorreia de Queiroz, situação essa que, ao que tudo indica,permaneceu até os três primeiros meses do ano de 1974, vistoque, na Portaria 2519, de 13.2.74, vemos ainda referência aGilvan como Corregedor. Porém, a partir de abril de 1974, JorgeFerreira Leitão assumiu a Corregedoria-Geral, conformenoticiam as Portarias nº 2629, de 9.4.74, 2801, de 23.7.74, e3064, de 27.1.75. Somente a partir de junho de 1975 é que aCorregedoria efetivamente deixou de existir, sendo JorgeFerreira Leitão designado assessor da Procuradoria-Geral,conforme Portaria nº 3191, de 30.5.75. A Corregedoria-Geraldo Ministério Público do Distrito Federal, no período em quenão estava prevista no ordenamento jurídico, foi disciplinadapelo provimento nº 13, de 20 de outubro de 1970, do MinistérioPúblico do Distrito Federal.

O Decreto nº 88.687, de 6 de setembro de 1983, querecriou a Corregedoria-Geral, repetiu, no seu § 2º, do artigo 1º,a norma de que a Corregedoria-Geral seria exercida por umdos membros do Conselho Superior, com mandato de um ano,mas trouxe a novidade de que não poderia haver recondução

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CAPÍTULO V

para o período imediato. Porém, apesar da criação daCorregedoria como órgão autônomo, as funções deCorregedor-Geral continuaram a ser exercidas pelo próprioProcurador-Geral, conforme se pode verificar das atas desessões do Conselho daquela época.

A primeira Corregedora-Geral autônoma, especificamentedesignada para a função, foi Marluce Aparecida Barbosa Lima,conforme se constata da sessão do Conselho Superiorrealizada em 25 de junho de 1985. Marluce Aparecida BarbosaLima, tão logo assumiu a Corregedoria, empreendeudiligências no sentido de levantar a real situação dos feitos noMinistério Público e, para tal, realizou correições nasPromotorias existentes, inclusive nos territórios federais,propondo medidas saneadoras. Pode-se afirmar, sem medode errar, que a Corregedoria-Geral do Ministério Públicorealmente nasceu em junho de 1985 com a assunção deMarluce Aparecida Barbosa Lima.

Em 5 de agosto de 1986, por força da norma expressa do§ 2º, do artigo 1º, do Decreto 88687/83, o Conselho indicouLenir de Azevedo para assumir a Corregedoria-Geral e, aexemplo da sua antecessora, imprimiu à sua atuação no órgãofiscalizador a marca do seu dinamismo e entusiasmo, dandoprosseguimento às correições não só em Brasília comotambém nos territórios e propondo a figura do “promotoritinerante”, com a atribuição exclusiva de auxiliar nasPromotorias onde houvesse grande acúmulo de feitos. Noperíodo de administração de Lenir de Azevedo à frente daCorregedoria, foram realizados diversos mutirões paraatualização dos processos e inquéritos com vista ao MinistérioPúblico, resultando em se dar andamento a quase cinco milprocessos que estavam paralisados desde 1981.

O terceiro Corregedor-Geral, Pedro Sobreira Pirajá,nomeado em 1987, procurou dar continuidade ao excelentetrabalho desenvolvido por sua antecessora, sendo substituído,em 1989, por José de Nicodemos Alves Ramos. Ressalte-se

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que, a partir de 1987, o mandato do Corregedor passou a serde dois anos. José de Nicodemos desenvolveu intensaatividade fiscalizadora e correicional à frente do órgão,marcando a sua passagem com o seu reconhecido brilhantismo.É de se registrar que, na administração de José de Nicodemos,o Ministério Público do Distrito Federal pode realizar,efetivamente, um acompanhamento eficiente dos promotoresde justiça substitutos, avaliando o seu desempenho durante oestágio probatório.

O Corregedor, a partir de janeiro de 1991, foi FernandoReis Lima, que compusera lista tríplice com José Lourenço deAraújo Mourão e Bernardino de Souza e Silva. TodaviaFernando Reis Lima não permaneceu por muito tempo no cargo,pois antes do final do primeiro semestre de 1991 resolveuaposentar-se, assumindo o cargo de Corregedor-Geral JoséLourenço de Araújo Mourão, que havia sido o segundo nomeda lista tríplice elaborada pelo Colégio de Procuradores no dia3 de dezembro de 1990. Elvan do Nascimento Loureiro foiindicado Corregedor substituto, havendo auxiliado JoséLourenço na Corregedoria até dezembro de 1992.

A partir de janeiro de 1993, o Corregedor-Geral passou aser Adilson Rodrigues, nomeado que fora pela entãoProcuradora-Geral. Adilson Rodrigues desenvolveu excelenteadministração à frente do órgão fiscalizador, dotando-o da infra-estrutura necessária para o desempenho das suas relevantesfunções, já então disciplinadas na Lei Complementar 75/93.Por outro lado, Adilson Rodrigues preocupou-se em dar àCorregedoria-Geral os instrumentos regulamentaresindispensáveis para o normal desenvolvimento das atribuições,baixando os atos disciplinadores pertinentes, inclusivenomeando as comissões de acompanhamento do estágioprobatório. João Alberto Ramos assumiu a Corregedoria emjaneiro de 1995 e a exerceu até dezembro de 1996. Durante a

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CAPÍTULO V

sua gestão, João Ramos deu continuidade à consolidação daimplantação das normas de atuação iniciada pelos seusantecessores e deu início aos encontros mensais com ospromotores de justiça em estágio probatório, para discussãode pontos relevantes e de interesse da Instituição e dosreferidos promotores.

Zenaide Souto Martins assumiu a direção do órgão emjaneiro de 1997 e a exerceu até dezembro de 2000. Aadministração de Zenaide teve a marca do seu equilíbrio eponderação. Finalmente, o Corregedor-Geral, Amarílio TadeuFreesz de Almeida, assumiu o cargo em fevereiro de 2001.

Outrossim, o Ministério Público do Distrito Federal semprese preocupou com a fiel observância dos prazos processuais.Assim, por meio da Portaria nº 230, de 12 de outubro de 1966,o Procurador-Geral determinou que nenhum expedientepermanecesse por mais de vinte e quatro horas sem ser dadaa respectiva vista e ordenou ainda que se exercesse rigorosocontrole dos processos distribuídos aos membros do MinistérioPúblico, para exame ou parecer, cobrando-os após o decursodo prazo legal e comunicando o atraso ao Corregedor-Geral,para as providências cabíveis. Portanto, a busca de umaprestação de serviços com excelência e regularidade semprefez parte dos objetivos dos companheiros da primeira hora,como é prova o ato administrativo acima citado, reafirmado pormuitos outros, entre eles a Portaria nº 955, de 29 de setembrode 1970, que recomendou aos membros do Ministério Públicoque tomassem a cautela de, ao receberem autos com vista,fazerem o registro em livro próprio e produzirem as suasmanifestações com estrita obediência aos prazos legais.

Registro que entristece a história do Ministério Públicodo Distrito Federal o que colhemos na Portaria nº 340, de 5 dedezembro de 1967, quando a Procuradoria-Geral impôs sanção

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disciplinar ao então promotor substituto José Paulo SepúlvedaPertence, por considerar reprovável o seu procedimento deaceitar convite para compor banca examinadora de concursopara serventuários da Justiça do Distrito Federal, sem préviaaquiescência do Procurador-Geral. Mais tarde, felizmente, oequívoco, quiçá injustiça, foi desfeito, com a anulação do ato.

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CAPÍTULO V

CAPÍTULOVIO ESTÁGIO NO MINISTÉRIO PÚBLICO DO

DISTRITO FEDERAL

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CAPÍTULO VI

Candidatos fazem prova no concurso para estágio no MPDFT – 2003

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CAPÍTULO VI

6.1 O ESTÁGIO NO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRIT6.1 O ESTÁGIO NO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRIT6.1 O ESTÁGIO NO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRIT6.1 O ESTÁGIO NO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRIT6.1 O ESTÁGIO NO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITOOOOO FEDERAL FEDERAL FEDERAL FEDERAL FEDERAL

O artigo 116 da Lei nº 3.434, de 20 de julho de 1958,estabelecia que o Procurador-Geral poderia designar, paraservir como estagiários junto aos órgãos do Ministério Público,bacharéis recém-formados e acadêmicos dos últimos dois anosdas faculdades ou escolas de direito, equiparadas ou oficiais.O artigo 117, por sua vez, estatuía que os estagiários seriamdesignados por um ano, sem ônus para os cofres públicos, epoderiam ser reconduzidos até duas vezes.

Para possibilitar a aplicação dos citados dispositivos noMinistério Público do novo Distrito Federal, o procurador-geralDário Délio Cardoso apressou-se em editar a Portaria nº 8, de5 de agosto de 1960, para disciplinar o tema e, dada aimportância histórica do documento, vamos transcrevê-lo naíntegra:

“considerando a necessidade de promover a formaçãoprofissional de acadêmicos de direito e de bacharéis recém-formados, através do estágio junto aos órgãos do MinistérioPúblico, facilitando-lhes o conhecimento técnico aplicado àdefesa social, na órbita judiciária, tal como o instituiu olegislador,

R E S O L V E

Expedir provimento para regular os deveres e a disciplinade estagiários junto aos Defensores Públicos, pela forma quese segue:

1 - Servirão como estagiários dos defensores públicosos bacharéis recém-formados e acadêmicos dos dois últimosanos das faculdades ou escolas de direito, oficiais equiparadasou reconhecidas, “ex-vi” do artigo 116 da lei acima citada.

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2 - Os estagiários são designados por um ano, sem ônuspara os cofres públicos, podendo ser reconduzidos até duasvezes e dispensados livremente pelo Procurador-Geral, naforma do disposto no art. 117 do Código do Ministério Públicodo Distrito Federal.

3 - Os estagiários têm direito: I - de contar, como de efetivoexercício na advocacia, o tempo de estágio; II - de contar pelametade, o referido tempo, para efeito de aposentadoria; III -de obter, sem despesas, provisão de solicitador após trêsmeses de exercício, consoante preceitua o artigo 118 do Códigomencionado.

4 - São deveres do estagiário que funcionar junto aodefensor público os mesmos que, de acordo com a legislaçãoespecial, tem os advogados, solicitadores e provisionados,estando ainda sujeitos à disciplina normal dos mais órgãos doMinistério Público, inclusive no que tange aos impedimentospara o exercício da advocacia particular, ainda que sob pretextode gratuidade, perante os juízes em que servir.

5 - O estagiário não deve aceitar qualquer espécie deremuneração das partes, pelos serviços prestados, nempermitirá que serventuários, funcionários ou auxiliares daJustiça cobrem dos beneficiários da justiça gratuita custas ouemolumentos não previstos em lei. Qualquer irregularidadedeve imediatamente ser comunicada ao Juiz ou ao membrodo Ministério Público com quem servir, procurando testemunharo fato para o procedimento disciplinar ou penal compatível.

6 - O estagiário deve comparecer diariamente ao Fórum,marcar horário para o atendimento das partes, ouvi-las comtolerância e aconselhá-las com probidade e dentro dosprincípios legais, invocando o auxílio do Defensor Públicoquando os seus conhecimentos profissionais não foremsuficientes para dirimir dúvidas de interpretação dos textoslegais ou ignorar a jurisprudência dominante dos Tribunais.

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CAPÍTULO VI

7 - Para uma perfeita formação profissional, devem osDefensores Públicos deixar ao estagiário a iniciativa dasdefesas prévias e dos arrazoados no Juízo Criminal, bem comoa postulação da hipótese controvertida no Juízo Cível, apondosempre, o seu “De acordo”, de vez que somente podem residirem Juízo os advogados legalmente habilitados, salvo quandoo Estagiário for bacharel em direito e inscrito na Ordem dosAdvogados do Brasil.

8 - Deve o estagiário desincumbir-se das suas obrigaçõescom discrição, porém, sem tibieza, obedecendo as instruçõesdo Defensor Público e, nos casos omissos, aconselhar-se como Procurador-Geral.”

O estágio para bacharéis recém-formados e acadêmicosde direito deu oportunidade a que promissores juristaspudessem iniciar as suas carreiras no Ministério Público doDistrito Federal. Por exemplo, Celina Eutália de Souza, quealçaria mais adiante o cargo de Procuradora de Justiça doMinistério Público do Distrito Federal, foi designada comoestagiária junto ao defensor público Carlos Gomes Sanromã,conforme se constata da Portaria nº 16, de maio de 1962. Oestágio de Celina foi prorrogado por mais um ano, como fazcerto a Portaria nº 30, de 22 de maio de 1963. Também Elvando Nascimento Loureiro, Procurador de Justiça aposentado, eDácio Vieira, posteriormente Desembargador do Tribunal deJustiça do Distrito Federal, iniciaram a sua carreira jurídicacomo estagiários do Ministério Público do Distrito Federal(Portarias nº 11, de 20.1.66 e nº 19, de 23.1.67). Da mesmaforma, a nossa ilustre colega Lenir de Azevedo, procuradorade justiça, decana da Instituição, e o eminente Procurador daRepública e professor de direito penal Claudio Lemos Fontelesderam os primeiros passos na vida jurídica como estagiários(Portarias nº 131, de 19.6.68 e 140, de 27.6.68. Lenir inicioucomo estagiária de Helenio Rizzo e Cláudio Fonteles, como

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estagiário de Léia Esteves).

Além das pessoas acima citadas, inúmeras outraselegeram o estágio no Ministério Público do Distrito Federalcomo a sua porta de entrada no mundo jurídico da capital daRepública. Dentre tantos nomes, pinçamos os seguintes, nosregistros que consultamos:

Elser Rocha de Melo Martins — que posteriormente veioa ingressar no Ministério Público, onde realizou brilhanteatuação por muitos anos e depois ingressou na Magistraturado Distrito Federal — começou como estagiária, segundo sepode ver da Portaria nº 320, de 4 de dezembro de 1968.Também Luiz Ramos Porto — que igualmente integrou oMinistério Público do Distrito Federal, e Nilson BernardesCurado — ilustre advogado há muitos anos militante no DistritoFederal, deram os primeiros passos nas lides jurídicas naDefensoria Pública do Distrito Federal, consoante noticiam asPortarias nº 379, de 28 de janeiro de 1969, nº 410, de 17 demarço de 1969 e nº 504, de 27 de junho de 1969.

O Desembargador Otávio Augusto Barbosa foi designadopor meio da Portaria nº 732, de 17 de fevereiro de 1970, paraestagiar perante a Vara de Família, Órfãos e Sucessões.Também Arthur Sebastião Cézar da Silva, que já era nossoservidor e posteriormente veio a ser membro do MinistérioPúblico do Distrito Federal, começou como estagiário da nossaDefensoria Pública, como está explícito na Portaria nº 754, de2 de março de 1970.

O Desembargador Oswaldo de Souza e Silva, do Tribunalde Justiça do Distrito Federal, por sinal irmão do nosso colegaBernardino de Souza e Silva, iniciou como estagiário daDefensoria Pública do Distrito Federal, consoante está postona Portaria nº 1003, de 20 de novembro de 1970. Outra nãofoi a verdadeira escola jurídica do renomado advogadobrasiliense Amaro Neres Cardoso e do Desembargador Lecir

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CAPÍTULO VI

Manoel da Luz, designados como estagiários por meio dasPortarias nº 1112 e nº 1114, de 31 de março e 15 de abril de1971. As ilustres procuradoras de justiça Suelly da RochaAmbrósio da Fonseca e Terezinha Florenzano, da mesmaforma, escolheram a Defensoria Pública do Distrito Federalcomo a escola que lhes daria o embasamento prático paradarem início à carreira jurídica que empreenderam com tantosucesso. Com efeito, a Portaria nº 1771 traz a designação daseminentes colegas para atuarem como estagiárias. Igualmente,o nosso colega Isaac Barreto Ribeiro, já aposentado, foidesignado para estagiar junto à Defensoria Pública, de acordocom a Portaria nº 2007, de 15 de janeiro de 1973. João Alvesde Oliveira, que mais tarde veio a ser membro do MinistérioPúblico dos Territórios e do Distrito Federal e membro daMagistratura dos Territórios Federais e da Capital da República(Portaria nº 1276, de 6.8.1971); Adelithe Lopes Coelho, queveio a ser integrante da Magistratura do Distrito Federal(Portaria nº 2501, de 31.1.74); Eulélio Munis, Juiz dos TerritóriosFederais (Portaria nº 2825, de 13.8.74); Maria Alice de Farias,posteriormente promotora de justiça do Ministério Público doDistrito Federal (Portaria nº 2824, de 13.8.74); Helena CristinaTinoco Mendonça, procuradora de justiça do Ministério Públicodo Distrito Federal (Portaria nº 4547, de 10.1.75); Clesia PiresNogueira, advogada atuante na Capital da República (Portarianº 3254, de 8.7.75); Álvaro José Jorge e João Alberto Ramos,procuradores de justiça do Ministério Público do DistritoFederal, Altimira de Oliveira e Maria Evangelina dos SantosResende, serventuárias da justiça do Distrito Federal e JoãoBraga Lima, Delegado da Polícia Federal (Portaria 3298, de22.8.75); João Matos da Silva Filho, assistente jurídico da União(Portaria 3339, de 26.9.75); Divaldo Theophilo de Oliveira Netto,conhecido advogado criminalista do Distrito Federal (Portarianº 3930, de 8.6.77); Adilson Rodrigues e José Raimundo Xavier,ilustres procuradores de justiça do Ministério Público do DistritoFederal (Portaria nº 4069, de 18.10.77 e nº 4068, de 17.10.77);

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Roberval Casemiro Belinati, ilustre Magistrado da Justiça doDistrito Federal (Portaria nº 4103, de 18.11.77); Gilmar FerreiraMendes, procurador da República e chefe da advocacia-geralda União, emérito professor de Direito Constitucional na UNB(Portaria nº 4114, de 18.11.77); Margarida Maria Vieira Teixeira,Diretora da Secretaria das Câmaras de Coordenação doMinistério Público do Distrito Federal (Portaria nº 4253, de13.4.78); Raul Livino Ventin de Araújo, brilhante advogadocriminalista da Capital da República e professor universitário(Portaria nº 4263, de 24.4.78); Mansueto Nery Neto e RuthKicis Torrents Pereira, o primeiro Magistrado da Justiça doDistrito Federal e a segunda procuradora de Justiça doMinistério Público do Distrito Federal (Portaria nº 4517, de4.12.78); Lélia Maria Souza Duarte (posteriormente Lélia MariaDuarte de Cerqueira), Zenaide Souto Martins e Décio CostaFerraz, as duas primeiras procuradoras de justiça do MinistérioPúblico do Distrito Federal e o terceiro promotor de justiçaaposentado (Portaria nº 4618, de 16.4.79); Antônio Ezequielde Araújo Neto, procurador de justiça do Distrito Federal(Portaria nº 4736, de 15.8.79); Fernando Reis Lima, queingressou no MPDF (Portaria nº 88, de 29 de abril de 1968);Paulo Gomes de Souza, funcionário da Fundação Brasil Centralcolocado à disposição do MPDF (Portaria nº 63, de 31 de marçode 1966. Portaria nº 63, de 31 de março de 1966). Interessanteobservar que Paulo Gomes de Souza foi o pai do nosso colegaPaulo Gomes de Souza Júnior, promotor de justiça FabianoCoelho Vieira, nosso promotor de justiça (Portaria nº 481, de6.11.81).

Amarílio Tadeu Freesz de Almeida, Procurador de Justiçado MPDFT (Portaria nº 4892, de 8.2.80); Irineu Oliveira Filho,Magistrado da Justiça do Distrito Federal (Portaria nº 4928, de28.3.80); Débora Souza Menezes, Delegada de Polícia daSecretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (Portarianº 4972, de 12.5.80); Eline Levi Paranhos, Promotora de Justiçado MPDFT e Rita Faraco de Freitas, Procuradora de Justiça

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CAPÍTULO VI

do MPDFT (Portaria nº 4992, de 12.6.80); Marlouve MorenoSampaio e Marta Martins Catoira, Promotoras de Justiça doMPDFT (Portaria nº 5034, de 24.7.80); Wilzy Elias de Queiroga,Procuradora de Justiça aposentada (Portaria nº 5189, de15.12.80); Carlos Eduardo Maul Moreira Alves, Procurador daRepública (Portaria nº 5267, de 27.2.81); Eduardo José OliveiraAlbuquerque, Nídia Correia Lima e Vera Lúcia Andrighi, os doisprimeiros Procuradores de Justiça do MPDFT e a últimaMagistrada da Justiça do Distrito Federal (Portaria nº 5504, de10.9.81); José Firmo Reis Soub, Maria de Fátima de PaulaPessoa Costa, Paulo Gustavo Gonet Branco e Silvia TavaresFerreira, Procurador de Justiça do MP, Magistrada Federal,Procurador da República e Advogada, respectivamente(Portaria nº 5651, de 8.3.82); Cândida Marcolina Ferreira deFaria e Selma Leite do Nascimento, Promotoras de Justiça doMPDFT (Portaria 5770, de 1º.7.82); José Carlos de Souza eÁvila, Magistrado da Justiça do Distrito Federal (Portaria nº5804, de 4.8.82); Ismail Gomes, Advogado militante no DistritoFederal (Portaria nº 6016, de 10.2.83); Maria José MirandaPereira, Promotora de Justiça do MPDFT (Portaria nº 6125,de 3.6.83); Valéria Mota Igreja Lopes, Magistrada da Justiçado Distrito Federal (Portaria nº 6242, de 31.8.83); Mariaaparecida Donati Barbosa, Consuelita Valadares Coelho,Marinita Maria da Silva e Diva Lucy de Faria Pereira, as trêsprimeiras Promotoras de Justiça do MPDFT e a últimaMagistrada da Justiça do Distrito Federal (Portarias nº 6252,de 8.9.83, nº 6437, de 20.3.84 e nº 6475, de 3.5.84); DiaulasCosta Ribeiro, Tânia Regina Fernandes Gonçalves, JoséEduardo Sabo Paes, Débora Giovanetti Macedo, RogerioSchietti Machado Cruz e Itiberê Ernesto de Oliveira R. Júnior,todos promotores de justiça do MPDFT (Portarias nº 6476, de3.5.84, de 25.5.84, nº 6594, de 28.8.84 e nº 6699, de 19.11.84);Andréia Lyrio Ribeiro de Souza, Magistrada Federal (Portarianº 115, de 26.4.85).

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O regulamento do estágio foi alterado por diversas vezes,sempre buscando o aperfeiçoamento do sistema (Portaria nº4, de 12 de janeiro de 1965; nº 229, de 7 de outubro de 1966;nº 989, de 30 de outubro de 1970; nº 3390, de 24 de outubrode 1975; nº 3488, de 5 de março de 1976 e muitas outras).

Os estagiários foram importantíssimos para que oMinistério Público do Distrito Federal pudesse se desincumbirdas suas atribuições, com a carência de pessoal que tinha àépoca. E tivemos que superar muitas dificuldades, com açõespositivas dos dirigentes do parquetparquetparquetparquetparquet. Eis algumas delas:

Em janeiro de 1967, a situação da Defensoria Pública doMinistério Público do Distrito Federal era caótica, não contandocom nenhum defensor titular na carreira, o que obrigou aProcuradoria-Geral a resolver a situação mediante adesignação de bacharéis de outras áreas. Assim, o promotorpúblico do Ministério Público dos Territórios Federais, AristartesGonçalves Leite, colocado à disposição do Ministério Públicodo Distrito Federal, foi designado para prestar serviços naDefensoria Pública, visando melhorar a situação.

Para se ter uma idéia do volume de trabalho da DefensoriaPública no final da década de sessenta, busquemos a notíciapublicado pelo “Correio Braziliense”, de 22.3.1970, e que estáincluída no livro “Justiça dos Homens”, à página 166:

“Prestando relevantes serviços à comunidade, atendendo auma média de 860 pessoas por mês e setenta e duas por dia,de março a dezembro de 1969, foram feitos na Defensoria8.631 atendimentos, sem se contar com o sempre crescentenúmero de convites expedidos às partes desavindas e oacompanhamento dos processos nas diversas varas judiciais,o que, em verdade, constitui autêntica peregrinação para osque, com denodo, sacrifício, eficiência e comprovadadedicação, estão encarregados de postularem, em Juízo, emfavor dos menos favorecidos que batem ás portas da Justiça.O trabalho, nem sempre compensador e reconhecido do

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CAPÍTULO VI

Defensor Público, é por demais estafante e, cada dia é maior,o volume de casos trazidos à sua análise e consideração.

O quadro de ocupantes é ainda irrisório e não atende aodesenvolvimento e necessidades da nova Capital. Quantasvezes o agente da lei é obrigado a desdobrar-se, até o limitede suas forças, para evitar que voltem, sem atendimento,pessoas humildes e necessitadas, residentes nas cidades-satélites, e que não dispõem, sequer, do dinheiro do transporte.Tal situação obriga muitas vezes, ou melhor quase sempre,os Defensores a se cotizarem a fim de tornar possível a voltaaos seus lares daquelas criaturas, cujos direitos foramesbulhados e que, por isso mesmo, procuram os serviços deassistência judiciária que o Estado lhes proporciona. Este fatoenseja lembrar que deveria ser destinada verba própria paraemergências dessa natureza, ou ser, pelo menos, ativado oserviço social para atuar também ali...

Uma outra dificuldade com que se defrontam os Defensores éque muitas pessoas confundem aquele órgão de AssistênciaJudiciária e, na sua ignorância, ali vão ter à procura de ajuda,desde passagens até empregos, dificultando enormemente otrabalho dos assistentes e estagiários, bem como o serviçode seleção e triagem.

Mas não é só. Ao famoso “corredor da fome” comojocosamente foi batizado o local que serve de ante-sala daDefensoria, acorrem também loucos, neuróticos, tuberculosose portadores de outras doenças, inclusive elementosagressivos e “fronteiriços”, pondo em risco, positivamente, asegurança e a saúde do encarregado de atendê-los.

Não seria o caso de se advogar a urgente necessidade de seestender aos membros da Instituição que tantos e tãorelevantes serviços presta à comunidade, à sociedade e aopúblico - Defensores e Promotores - a gratificação de risco devida atribuída aos policiais? Supomos que se equivalem dentrodo contexto de seu âmbito de trabalho...”

Buscando melhorar o atendimento da Defensoria Pública

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aos necessitados, os defensores públicos do Ministério Públicodo Distrito Federal realizaram encontro coletivo no qual surgiua proposta de atendimento diretamente nas cidades-satélites,dado o grande alcance social que adviria da medida. Os órgãospúblicos do Distrito Federal, notadamente a Secretaria deServiços Sociais, apoiaram a iniciativa, cedendo local para oatendimento e, assim, a Portaria nº 114, de 30 de maio de1968, instituiu, em caráter experimental, assistência dadefensoria pública nas cidades de Taguatinga, NúcleoBandeirante, Sobradinho, Gama e Planaltina.

Preocupado com o atendimento à população carente dascidades-satélites e compreendendo a dificuldade dessapopulação dirigir-se ao Plano Piloto para entrevista naDefensoria Pública, o procurador-geral José Júlio GuimarãesLima, instituiu o defensor itinerante, com a atribuição de atenderàs pessoas necessitadas de assistência judiciária gratuita,estabelecendo escala para o atendimento nas diversascidades-satélites então existentes (Taguatinga, NúcleoBandeirante, Sobradinho, Gama e Planaltina), tudo comoconsta da Portaria nº 114, de 30 de maio de 1968, sem prejuízodo atendimento direto na sede.

O cuidado do Ministério Público do Distrito Federal naescolha de estagiários pode ser aferido em razão daprovidência tomada através da Portaria nº 764, de 19 de marçode 1970, que designou José de Nicodemos Alves Ramos,Superintendente da Defensoria Pública, para manter contatocom os Diretores das Faculdades de Direito do Distrito Federal,no sentido de aliciar acadêmicos do penúltimo e último anopara estagiarem junto à Defensoria Pública do Distrito Federale, graças à diligência do ilustre Superintendente da DefensoriaPública, o número de estagiários cresceu consideravelmente,o que obrigou a Procuradoria-Geral a baixar a Portaria nº 1141,de 28 de abril de 1971, limitando em 18 o número de estagiários,considerando o pequeno espaço destinado à Defensoria

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CAPÍTULO VI

Pública no Bloco VI e, considerando, especialmente, queestavam para tomar posse os dezesseis primeiros colocadosem recente concurso para o provimento de cargos de DefensorPúblico.

Mais tarde, objetivando admitir um número maior deestagiários, o Procurador-Geral baixou a Portaria nº 2182, de18 de maio de 1973, reduzindo de quatro para duas horas operíodo diário de estágio, fixando dois turnos de atividades, oprimeiro de 13h às 15h e o segundo de 15h às 17h horas.Assim, foi possível admitir mais estagiários.

Em 17 de novembro de 1971, com o objetivo de melhoraros serviços da Defensoria Pública do Ministério Público doDistrito Federal, o nosso Procurador-Geral designou grupo detrabalho composto por Gilvan Correia de Queiroz, JoséDilermando Meireles e José de Nicodemos Alves Ramos paraobservar a estrutura da Defensoria Pública do Rio de Janeiroe, se possível, adaptar o mesmo esquema de funcionamentoà nossa Defensoria (Portaria nº 1378).

Segundo consta da Portaria nº 2864, de 30 de agosto de1974, que designou estagiários para os diversos órgãos doMinistério Público do Distrito Federal, contávamos, àquelaépoca, com quarenta e três estagiários.

Por meio da Portaria nº 4207, de 17 de fevereiro de 1978,João Alberto Ramos foi designado para exercer acoordenadoria da Defensoria Pública do Ministério Público doDistrito Federal, na parte cível, em substituição à defensoraNeusa Claude Cristofori, que havia sido promovida.

Fato digno de nota foi a presença, na Defensoria Públicado Ministério Público do Distrito Federal, em 1977, deestudantes da República de Guiné-Bissau, que aqui realizaramestágio pelo período de três meses. Os estudantes foram osseguintes: Alzira Benvinda Avelino Pires, Suzete Dylma de

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Jesus Souza Pereira, Antônio Adulai Queta e Baba Djani. Naocasião, o procurador-geral designou comissão especial paraorientar os referidos estagiários durante a sua permanênciano Distrito Federal. A comissão foi composta pelos seguintesmembros: Jorge Ferreira Leitão, Lincoln Magalhães da Rocha,José Dilermando Meireles, Dimas Ribeiro da Fonseca, JoséAndré Casas Garcia, Léia Esteves, Elser Rocha de MeloMartins, João Garcia, Heloisa Helena Pimentel, Lenir deAzevedo, Everards Mota e Mattos, Neusa Claude Cristofori,Aligari Loureiro Starling, Pedro de Assis e Carlos AlbertoFigueiredo Salazar (Portaria nº 3940, de 22.6.77).

Como foi destacado no capítulo I, o Decreto-Lei nº 2267,de 13.3.1985, extinguiu a Defensoria Pública do MinistérioPúblico do Distrito Federal, mas o MPDFT continuou a prestarassistência judiciária aos juridicamente necessitados, porqueos órgãos que deveriam assumir esse encargo ainda não sehaviam equipado adequadamente para tal. Tanto que, em11.11.87, o Procurador-Geral baixou a Portaria nº 351,designando Amarílio Tadeu Freesz de Almeida para mantercontatos com o GDF, a OAB-DF, Faculdades de Direito doDistrito Federal e LBA para viabilizar a transferência daassistência judiciária para esses órgãos, porquanto asatribuições do extinto cargo de defensor público continuavamsendo desempenhadas por promotores de justiça. Todavia,ainda continuamos prestando assistência judiciária por algumtempo, que foi suspensa gradativamente, à medida que outrosórgãos assumiam o encargo. As Portarias nº 306, de 23.8.88,nº 311, de 25.8.88 e nº 314, de 29.8.88, trataram do assunto.

Posteriormente, o programa de estágio do MinistérioPúblico ampliou seus objetivos, de modo a proporcionar aoestudante o desenvolvimento de habilidades técnicas, oaperfeiçoamento técnico-cultural e científico por meio doconvívio pessoal e de atividades relacionadas à sua área deformação, tendo em vista a complementação educacional.

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CAPÍTULO VI

Estudantes de curso superior (com 40% do curso concluído),estudantes do ensino profissionalizante (matriculados no 2ºou 3º ano) e supletivo, desde que regularmente matriculadose com freqüência efetiva em Instituição conveniada com oMPDFT, passaram a ser admitidos no programa de estágio.

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CAPÍTULOVII- A DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS

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CAPÍTULO VII

Campanha Nacional Permanente Contra a Tortura – 2001

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1ª Conferência Distrital de Direitos Humanos – 2004

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CAPÍTULO VII

7.1 A DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS7.1 A DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS7.1 A DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS7.1 A DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS7.1 A DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS

O Ministério Público do Distrito Federal é, por vocação,legítimo defensor dos direitos humanos e a atuação do parquetparquetparquetparquetparquetfez-se presente em todos os momentos da vida da Capital daRepública, na defesa da vida, da liberdade, do direito à livremanifestação do pensamento, da integridade física da pessoa,etc. Recordaremos, a seguir, alguns fatos que retratam comfidelidade a visceral afinidade da nossa Instituição com a lutaem prol da pessoa humana.

Preocupado com a efetiva garantia dos direitosindividuais, especialmente o direito à liberdade, o procurador-geral da justiça do Distrito Federal Walter Ceneviva baixou aPortaria nº 46-A, de 29 de março de 1961, designando AntônioOnório Pires de Oliveira Júnior para inspecionar as prisões doDistrito Federal e tomar as necessárias providências, visandoà libertação daqueles que estivessem detidos em condiçõesirregulares.

Cogitando a possibilidade de equívocos ou deirregularidades no arquivamento de inquéritos policiaispromovidos pelos juízos criminais da Justiça do Distrito Federal,o que teria ocorrido sem a anuência ou provocação de membrosda instituição, o Procurador-Geral designou, por intermédio daPortaria nº 33, de 19 de junho de 1963, o 1º Curador, MiltonSebastião Barbosa, e o 1º promotor substituto Amaury deSouza Melo, para, sem prejuízo de suas funções normais,realizarem o reexame de todos os inquéritos policiaismandados arquivar desde 21 de abril de 1960.

Em 21 de abril de 1964, um tenente do entãoDepartamento Federal de Segurança Pública prendeu,arbitrariamente, a proprietária do restaurante Hungria, quereclamou do policial e dos seus companheiros que atiravamcopos nos carros estacionados em frente da casa de refeições.A comerciante foi acusada da prática de crimes de desacato e

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desobediência. Recebendo os autos do inquérito, o promotorde justiça Eduardo Andrade Ribeiro de Oliveira notou o abusode poder praticado e determinou o retorno do inquérito à políciapara que indiciasse o mau policial no artigo 350 do CódigoPenal. O fato foi noticiado no “Correio Braziliense”, de 9.6.64.

O “Correio Braziliense” de 17.11.64 publicou a seguintenotícia, na coluna “Notícias do Foro”: Na semana passada, umamãe chorosa compareceu perante o defensor públicoNicodemos Ramos (atuante e eficiente e cujo atavismo bíblicoé um fato), para reclamar a posse de sua filha que, em momentode desespero, dor e desilusão, dera a outrem. Ali, aquela mãeaflita procurava preencher o vazio de sua alma, buscando aretomada de seu rebento que, nos registros hospitalares eanotações médicas, constava como sendo Gardênia, nomesonoro e perfumando, mas que, inexplicavelmente, foraregistrada, com maternidade e paternidade supostas, com onome de Maria da Graça. Em bem elaborado trabalho jurídico,onde apontou as falhas e defeitos, o defensor pediu a busca ea apreensão, já não sabendo, se de Maria da Graça ou deGardênia... Assim, Gardênia voltou aos braços de sua, agora,ditosa mãe que, sem perda de tempo, voou em busca dasalterosas, como velha águia triunfante, levando o perfume e agraça de sua vida, Gardênia, o fruto de suas entranhas”.

Em 1964, dois pastores de igrejas evangélicasAssembléia de Deus desentenderam-se em razão de possíveldesvio de mercadorias, havendo um deles intentado queixa-crime contra o outro. Observando que a questão de fundo eratão somente uma divergência interna das igrejas, o promotorde justiça (à época chamado de promotor público) opinou peloarquivamento da queixa, nos seguintes termos: “Pastores nãochegaram a um acordo em suas igrejas e resolveram acionara Justiça para dirimir a polêmica interna. Não é este o caminhopara um “pastor recuperar suas ovelhas. Opino pelo

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CAPÍTULO VII

arquivamento.” O “Correio Braziliense” de 19.11.64 noticiou ofato.

Pela Portaria nº 58, de 22 de fevereiro de 1965, oProcurador-Geral recomendou aos defensores públicos a fielobservância ao disposto na Lei nº 3434/58 sobre visita semanalao presídio. O referido ato determinou também que osdefensores públicos apresentassem relatório mensal àCorregedoria, dando conta das visitas feitas ao Núcleo deCustódia.

No início da construção de Brasília, os empregadorescostumavam conceder adiantamento de salário aosempregados, emitindo um “vale” como garantia da dívida. Umdeterminado vale não foi pago, porque o empregado teriadeixado o emprego, e sem ter o que receber, razão pela qual oempregador levou o “vale” a protesto perante um Cartório deTítulos e Protestos de Brasília. Não se conformando com oprotesto, o devedor ajuizou ação para anulá-lo, merecendoparecer favorável do curador de registros públicos, promotorCarlos Gomes Sanromã, o qual sustentou que vales, mesmoemitidos legalmente, não constituem documento de dívidalíquida e certa e não são títulos de créditos perfeitos eacabados. A notícia do feito foi dada em 23.3.65, pelo “CorreioBraziliense”.

Também o promotor Carlos Gomes Sanromã, designadopara se manifestar nos inquéritos policiais militares da área doDistrito Federal, opinou pelo arquivamento do IPM denominado“Rede da Ilegalidade”, instaurado para apurar a participaçãode inúmeras pessoas que, pelos microfones da Rádio e TVNacional, incitaram o povo à defesa do Governo do entãoPresidente João Goulart. Sustentou o nobre colega Sanromâ,corajosamente, que os indiciados não cometeram o crimeprevisto na lei de segurança nacional, pois estavam defendendoa Constituição Federal e o Governo legalmente constituído.Entre os indiciados, figuravam Darcy Ribeiro, Waldir Pires,

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Geraldo Campos, Geraldo Irineo Joffily, Maurício José Correia,Dom José Newton, Francisco Julião, Pompeu de Souza eAlmino Afonso, pessoas de destaque na política da Capital daRepública. O parecer de Sanromã foi sobre todos os aspectosbrilhante, com citação, inclusive, do general Peri ConstantBevilaqua, em seu primeiro pronunciamento como Ministro doSuperior Tribunal Militar, no qual afirmou que militares, tambémacusados de subversão em outros IPMs, estavam defendendoum governo legalmente constituído. Fato publicado pelo“Correio Braziliense de 14.4.65.

Em 1966, o promotor público Eduardo Andrade Ribeirode Oliveira arrolou um delegado de polícia como testemunhaem um processo criminal, provocando uma inesperada eimprocedente reação de um certo General, à época Diretor doDepartamento Federal de Segurança Pública. Na visão doGeneral, o promotor estava pretendendo enfraquecer aacusação, além de que seria uma situação vexatória para odelegado comparecer em Juízo como testemunha. EduardoRibeiro repeliu com veemência às insinuações à suahonorabilidade e demonstrou que o fato de ser arrolado comotestemunha não é vexatório para ninguém e que, inclusive,várias autoridades do país, como senadores, deputados,ministros e altas patentes das Forças Armadas haviamcomparecido à Justiça para deporem como testemunhas. O“Correio Braziliense de 16.4.66 deu publicidade ao fato.

Os promotores públicos Jorge Ferreira Leitão e JoséManoel Coelho foram designados para acompanhar osinquéritos instaurados em razão do célebre caso denominado“diamante 007”, no qual se envolveram alguns policiais dacapital da República. A designação deu-se através da Portarianº 127, de 16 de junho de 1966.

A Portaria nº 237, de 25 de agosto de 1967, designou odefensor público Dimas Ribeiro da Fonseca para fazer visita

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CAPÍTULO VII

semanal ao Núcleo de Custódia de Brasília, a fim de prestarassistência judiciária aos presos necessitados, devendoapresentar sucinto relatório à Procuradoria-Geral. Sempreatenta à assistência aos presos, a Procuradoria-Geraldesignou, no mesmo dia 25 de agosto de 1967, por meio daPortaria nº 240, o promotor público Carlos Gomes Sanromãpara acompanhar sindicância visando apurar fatos delituososnoticiados pelo detento Geraldo Ribeiro de Faria.

A partir de janeiro de 1968, a atribuição de fazer visitasemanal ao Núcleo de Custódia e prestar assistência judiciáriaaos detentos necessitados passou a ser do defensor públicoJosé André Casas Garcia, conforme se pode constatar daPortaria nº 3, de 12 de janeiro de 1968.

Na coluna “Notícias do Foro”, do Correio Braziliense dodia 15.5.68, foi estampada a seguinte notícia: “Água para quemtem sede... Geraldo de Paulo, através da Defensoria Pública,representada pelo Defensor Jarbas Fidelis, impetrou, no Juízoda Vara da Fazenda Pública local, um mandado de segurançacontra do engenheiro chefe do Departamento de Água eEsgotos da NOVACAP, que determinara o corte nofornecimento do precioso líquido ao impetrante, não obstanteinexistir atraso no pagamento das taxas concernentes aoreferido fornecimento. O motivo alegado pelo engenheiro nasinformações é o de que os barracos foram construídos demaneira irregular. Quid inde?... O titular Luiz VicenteCernicchiaro concedeu a liminar para que não fosse cerceadoo direito do impetrante. Assim, o bastão da Justiça, repetindoo gesto de Moisés, bate nas pedras do deserto daincompreensão para fazer jorrar a água e dar de beber a quemtem sede...”

A questão penitenciária do Distrito Federal agravava-sea cada dia, com a superpopulação do Núcleo de Custódia deBrasília. Porém, felizmente, em 1968, ficou pronto o Centro de

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Internação e Recolhimento – CIR e, por meio da Portaria nº125, de 10 de junho de 1968, o Procurador-Geral designou ospromotores José Gerardo Grossi e Jarbas Fidelis de Souza,ambos com exercício na Vara de Execuções Penais, paratratarem da transferência dos presos já condenados do Núcleode Custódia para a penitenciária da Papuda.

A prática de maus tratos de presos jamais ficou semprovidências do Ministério Público. Exemplo do assunto é aPortaria nº 135, de 24 de junho de 1968, que designou opromotor público Carlos Gomes Sanromã para acompanharinquérito instaurado na 11ª Delegacia Policial para apurarnotícia de agressão física contra doze detentos do Núcleo deCustódia, levada a efeito por policiais do referido Núcleo.

As Portarias de números 225 e 228, de 3 e 5 de setembrode 1968, foram instrumentos de designação dos promotorespúblicos Jorge Ferreira Leitão e Antônio Torreão Braz paraacompanhar os inquéritos policiais instaurados para apurar osfatos relacionados às agressões ao deputado federal SantiliSobrinho e do estudante Audoisio Moreira, bem como a outraspessoas, verificadas na Universidade de Brasília em 29 deagosto do mesmo ano, quando da realização de manifestaçõesde protesto dos estudantes.

Por meio da Portaria 365, de 2 de janeiro de 1969, opromotor Dimas Ribeiro da Fonseca e o Defensor PedroSobreira Pirajá foram designados para prestar colaboração aoDiretor do Núcleo de Custódia de Brasília na transferência dosinternos do referido Núcleo para o Centro de Internamento eReeducação – CIR, recém inaugurado e, visando a um regularatendimento aos detentos, o Senhor Procurador-Geraldeterminou, por meio da Portaria nº 450, de 9 de maio de 1969,que o promotor e os defensores em exercício junto à Vara deExecuções e às Varas Criminais realizassem visitas semanaisaos estabelecimentos penais do Distrito Federal.

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CAPÍTULO VII

Atento ao direito de egresso ao trabalho, para lheassegurar o ganha-pão honesto para si e sua família, o entãodefensor público Orlandino Batista de Freitas assim semanifestou, em expediente dirigido ao Procurador-Geral enoticiado no “Correio Braziliense” de 7.3.70:

“Viemos a conhecer o Sr. Manoel Santos Castro no Núcleode Custódia de Brasília, onde cumpria pena. Logo que foi postoem liberdade, procurou-nos e disse das dificuldades que estavaencontrando para conseguir um emprego que lhe permitissevida honesta, pois era inválido e não podia fazer força comum dos braços e uma das pernas.

Explicou-nos o Sr. Castro que procurara um emprego comovigia de bloco de apartamento ou de construções, mas nãoconseguira. Por esse motivo, como nós o defendêramosdurante o processo criminal, pedia nossa ajuda no sentido dever se obtinha um emprego, por mais modesto que fosse, quelhe permitisse viver com dignidade.

A primeira providência que nos pareceu oportuna foiencaminhar o Sr. Castro à Fundação do Serviço Social. Assimo fizemos, mas, alguns dias depois, voltava ele desiludido,visto que aquela Fundação não tinha elementos para auxiliá-lo.

Pensamos, então, que a venda de bilhetes de loteria talvezresolvesse o seu problema. Fomos, assim, à Caixa Econômica,na Rua da Igrejinha, mas lá nos disseram que as inscriçõespara a admissão de novos vendedores só seriam reabertasem julho deste ano, além de que os candidatos deveriamapresentar atestado de bons antecedentes.

Fechada mais esta porta, voltamos a conversar com ointeressado, ficando decidido que seria para ele uma boaprofissão ser feirante. Nesse mesmo dia saímos os dois, ebuscamos o edifício onde funcionam os serviços municipais.No 15º andar obtivemos as informações desejadas. Asinscrições para feirante dependiam da apresentação dosseguintes documentos: Carteira de Identidade, Carteira deSaúde, Atestado de Residência e Atestado de Bons

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Antecedentes.

Lá estava o empecilho. Atestado de bons Antecedentes nãoera possível obter.

Está ai narrada, Senhor Procurador-Geral, em poucaspalavras, a melhor maneira de se fazer um criminoso. Fecham-se-lhe todas as portas, deixando-lhe aberta apenas a do crime,para a qual não se exige atestado de bons antecedentes.”

Preocupado com o melhor atendimento aos internos doCentro de Internamento e Reeducação e do Núcleo deCustódia, o Procurador-Geral editou a Portaria nº 1337, de 6de outubro de 1971, determinando que o promotor público emexercício na Vara de Execuções Penais e todos os defensorespúblicos atuando perante os juízos criminais fizessem visitasemanal à penitenciária e ao presídio, para os fins previstosna legislação pertinente. As Portarias nº 4930, de 21.3.80, e5464, de 18.8.81, são exemplos de que a AdministraçãoSuperior da Instituição jamais descuidou do problema, poisque, por meio do primeiro ato, designou comissão de doisdefensores públicos e quatro estagiários para prestarassistência aos internos do CIR e do NCB, atendendo todasas sextas-feiras, enquanto a segunda Portaria designou o entãodefensor público Paulo Tavares Lemos para coordenarcomissão de assistência aos internos.

A questão do controle externo da atividade policial semprefez parte das cogitações do Ministério Público do DistritoFederal, conforme registram vários documentos por nósconsultados. Por exemplo, por meio da Portaria 1490, de 2 defevereiro de 1971, o Procurador-Geral determinou que ospromotores realizassem visitas semanais às Delegacias dePolícia, para examinar livros de ocorrências e para constatar aregularidade das prisões efetuadas, estabelecendo que ospromotores poderiam efetuar outras visitas, facultativas, nosdias e horários que desejassem, além daquelas semanaisobrigatórias.

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CAPÍTULO VII

O promotor de justiça João Garcia foi designado paraconduzir as diligências investigatórias visando apurar umprovável crime de latrocínio. A questão foi a seguinte: umdeterminado cidadão, motorista de táxi, residente emTaguatinga, Distrito Federal, desapareceu com o respectivocarro e o seu desaparecimento foi comunicado à autoridadepolicial. Dias depois, o carro foi encontrado em uma cidade deGoiás, dando ensejo então à instauração do procedimentoinvestigatório, que foi conduzido com absoluto sucesso porJoão Garcia, sendo convenientemente esclarecido o fato eidentificado e preso o autor do latrocínio. A designação deGarcia deu-se por meio da Portaria 1688, de 8.6.72.

José de Nicodemos Alves Ramos, a exemplo de outroscolegas, participou de muitos casos importantes, nos quaisdemonstrou a sua combatividade, aliada à indiscutívelcapacidade profissional. O jornalista Pedro Paulo Luz Cunhanarra o seguinte caso, no livro “Justiça dos Homens”:

“Há certos assuntos na Justiça que não permitem o enunciadodo nome das partes. Obedecemos. Mas, em se tratando defato inusitado, não pudemos sopitar o desejo de relatá-lo. Ocaso é o seguinte: Um nipo-brasileiro apaixonou-seperdidamente por uma brasileira, terminando por seduzi-la.Muito jovem ainda, mas homem de brio, quis reparar o deslize,casando-se com a mulher de seus sonhos. Como nãohouvesse atingido a chamada idade núbil, procurou seusvelhos pais, ambos japoneses, pedindo-lhes o consentimentopara a realização das bodas. Qual não foi a sua surpresa aover malograr-se o seu intento, ante a rejeição e recusa formale sistemática dos filhos do Sol Nascente, sob a alegação deque jamais consentiriam no casamento de um filho ou de umafilha com uma pessoa de outra raça, mesmo de raça branca,enfatizando assim procederem por motivo puramente racial.Ora, vejam.

O caso foi parar na justiça. Comparecendo à Vara de Família,formulou o jovem o pedido de suprimento de consentimento

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

judicial, sendo citados os seus progenitores, que, a despeitodisto, não compareceram a juízo e nem contestaram o pedido,radicalizando-se em seu ponto de vista e irredutivelmentenegando a permissão solicitada. Testemunhas ouvidasconfirmaram o motivo racial como causa da recusa.

Chamado a opinar, o curador de família, José de NicodemosAlves Ramos, emitiu parecer que, segundo consta, marcouépoca nos anais do foro. Partiu de uma interrogação: “Seriainjusta a denegação de consentimento por motivo meramenteracial? E respondeu: claro que sim, pois no Brasil aConstituição Federal (capítulo dos Direitos e GarantiasIndividuais) diz que: “Será punido por lei o preconceito de raça,existindo, aliás, em tal sentido, a chamada Lei Afonso Arinsoque não só proíbe terminantemente a discriminação racialcomo pune também os que, considerados infratores, violamou transgridem suas disposições.

Entre outras considerações, o agente da lei ressaltou que adenegação do consentimento por motivo meramente racial épor demais injusta, ferindo os princípios basilares e norteadoresde uma política como a nossa, sem similar no mundo inteiro,onde o Brasil se situa merecidamente como a maiordemocracia racial. Pondera que o velho casal de japoneses,segundo parece, ainda não se ajustou e nem se adaptou aosnossos costumes, tradição e cultura, permanecendo apegadosàs conservadoras tradições de seu país de origem. Manifestou-se pela concessão do consentimento, o que foi plenamenteautorizado pelo juiz. As bodas foram autorizadas, porque àviolência da denegação contrapõem-se as mais altas razõesda consciência e do coração e também as imperiosasdeterminações das leis humanas. O certo é que o japonesinhocasa, e a brasileirinha está garantida, non?...”

O tristemente famoso “caso Ana Lídia” também não ficousem uma atuação firme do Ministério Público do Distrito Federal,que acompanhou com dedicação exclusiva e integral todas asinvestigações visando à completa apuração dos fatos. Tantoassim que o promotor Edinaldo de Holanda Borges foi a João

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CAPÍTULO VII

Pessoa, Estado da Paraíba, para ouvir testemunhas, conformedesignação por meio da Portaria nº 2673, de 8.5.74.

A Portaria nº 2685, de 13.5.74, dispôs sobre a inspeçãoque os promotores criminais deveriam realizar, periodicamente,nas Delegacias Policiais e a Portaria nº 3031, de 18.12.74designou o promotor de justiça Orlandino Batista de Freitaspara ficar de plantão no período de recesso forense.

A atuação do Ministério Público do Distrito Federal nadefesa dos direitos humanos intensificou-se a cada dia,inclusive com a participação em comissões parlamentares,como é exemplo a designação de Paulo Tavares Lemos paraacompanhar os trabalhos da CPI do Narcotráfico (Portaria nº459, de 16 de outubro de 1991).

O Ministério Público do Distrito Federal passou a contarcom eficientes instrumentos para exercer a defesa dos direitoshumanos. Foram criadas as promotorias comunitárias quedefendem os direitos do cidadão em todos as áreas dasnecessidades humanas, tais como o direito à vida, à saúde, àeducação, ao lazer, ao meio ambiente, ao patrimônio público,etc.

A atuação ministerial faz-se cada vez mais próxima aopúblico. Vale dizer, o promotor de justiça cada vez mais dirige-se ao povo, ao homem, razão final da existência da própriaInstituição. Para tornar-se conhecido do povo, o MinistérioPúblico fez editar material de divulgação, consistente emcartilhas, manuais, cartazes e fôlderes, a seguir discriminados:

CARTILHAS E MANUAISCARTILHAS E MANUAISCARTILHAS E MANUAISCARTILHAS E MANUAISCARTILHAS E MANUAIS

Manual “Você e sua saúde”“Você e sua saúde”“Você e sua saúde”“Você e sua saúde”“Você e sua saúde” - Promotoria de Justiça e Defesade Saúde – PROSUS

Cartilha da Criança e do AdolescenteCartilha da Criança e do AdolescenteCartilha da Criança e do AdolescenteCartilha da Criança e do AdolescenteCartilha da Criança e do Adolescente - Promotoria de Justiçade Defesa da Infância e da Juventude

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Direito Humanos: Prioridade nossa sempre!Direito Humanos: Prioridade nossa sempre!Direito Humanos: Prioridade nossa sempre!Direito Humanos: Prioridade nossa sempre!Direito Humanos: Prioridade nossa sempre! - MinistérioPúblico do Distrito Federal e Territórios

TTTTToda dúvida tem resposta; todo problema, soluçãooda dúvida tem resposta; todo problema, soluçãooda dúvida tem resposta; todo problema, soluçãooda dúvida tem resposta; todo problema, soluçãooda dúvida tem resposta; todo problema, solução -Promotoria de Justiça de Defesa da Comunidade -PROCIDADÃ

Brás & Lia. Quando a Lei vira JustiçaBrás & Lia. Quando a Lei vira JustiçaBrás & Lia. Quando a Lei vira JustiçaBrás & Lia. Quando a Lei vira JustiçaBrás & Lia. Quando a Lei vira Justiça - o que o Promotor deJustiça e o Ministério Público podem fazer por você.

CARCARCARCARCARTTTTTAZESAZESAZESAZESAZES

Mude esta realidade - Mude esta realidade - Mude esta realidade - Mude esta realidade - Mude esta realidade - Promotoria de Justiça de Defesa daSaúde (PROSUS)

Somos todos iguais perante a Lei - Somos todos iguais perante a Lei - Somos todos iguais perante a Lei - Somos todos iguais perante a Lei - Somos todos iguais perante a Lei - Promotoria Distrital dosDireitos do Cidadão

Direito para todos - Direito para todos - Direito para todos - Direito para todos - Direito para todos - Promotoria de Justiça de Defesa daFiliação, do Idoso e do Portador de Deficiência

Não fique só olhando, entre para um mundo melhor -Não fique só olhando, entre para um mundo melhor -Não fique só olhando, entre para um mundo melhor -Não fique só olhando, entre para um mundo melhor -Não fique só olhando, entre para um mundo melhor -Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente ePatrimônio Cultural

Ministério Público: a mão que busca Justiça - Ministério Público: a mão que busca Justiça - Ministério Público: a mão que busca Justiça - Ministério Público: a mão que busca Justiça - Ministério Público: a mão que busca Justiça - Promotoriade Justiça Criminal de Defesa dos Usuários do Serviço deSaúde (PRÓ-VIDA)

Pare. Não se torne um criminoso - Pare. Não se torne um criminoso - Pare. Não se torne um criminoso - Pare. Não se torne um criminoso - Pare. Não se torne um criminoso - Promotoria de Justiça deDelitos de Trânsito

TTTTToda dúvida tem resposta; todo problema, solução -oda dúvida tem resposta; todo problema, solução -oda dúvida tem resposta; todo problema, solução -oda dúvida tem resposta; todo problema, solução -oda dúvida tem resposta; todo problema, solução -Promotoria de Justiça de Defesa da Comunidade(PROCIDADÃ)

Amanhã será a sua vez - Amanhã será a sua vez - Amanhã será a sua vez - Amanhã será a sua vez - Amanhã será a sua vez - Comemorativo do ano internacionaldo idoso

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CAPÍTULO VII

Você também é responsável por isso - Você também é responsável por isso - Você também é responsável por isso - Você também é responsável por isso - Você também é responsável por isso - Promotoria de Justiçade Defesa da Infância e da Juventude

Defenda sua cidade - Defenda sua cidade - Defenda sua cidade - Defenda sua cidade - Defenda sua cidade - Promotoria de Justiça de Defesa daOrdem Urbanística (PROURB)

FÔLDERESFÔLDERESFÔLDERESFÔLDERESFÔLDERES

Defenda sua cidade - Defenda sua cidade - Defenda sua cidade - Defenda sua cidade - Defenda sua cidade - Promotoria de Justiça de Defesa daOrdem Urbanística (PROURB)

Direito para todos - Direito para todos - Direito para todos - Direito para todos - Direito para todos - Promotoria de Justiça de Defesa daFiliação, do Idoso e do Portador de Deficiência

Não fique só olhando, entre para um mundo melhor -Não fique só olhando, entre para um mundo melhor -Não fique só olhando, entre para um mundo melhor -Não fique só olhando, entre para um mundo melhor -Não fique só olhando, entre para um mundo melhor -Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente ePatrimônio Cultural (PRODEMA)

VVVVVocê não está sozinho - ocê não está sozinho - ocê não está sozinho - ocê não está sozinho - ocê não está sozinho - Ministério Público do Distrito Federale Territórios

Ministério Público: a mão que busca Justiça - Ministério Público: a mão que busca Justiça - Ministério Público: a mão que busca Justiça - Ministério Público: a mão que busca Justiça - Ministério Público: a mão que busca Justiça - Promotoriade Justiça Criminal de Defesa dos Usuários dos Serviços deSaúde (PRÓ-VIDA)

Pare. Não se torne um criminoso - Pare. Não se torne um criminoso - Pare. Não se torne um criminoso - Pare. Não se torne um criminoso - Pare. Não se torne um criminoso - Promotoria de Justiçados Delitos de Trânsito

Defenda-se. Leve ao conhecimento de um Promotor deDefenda-se. Leve ao conhecimento de um Promotor deDefenda-se. Leve ao conhecimento de um Promotor deDefenda-se. Leve ao conhecimento de um Promotor deDefenda-se. Leve ao conhecimento de um Promotor deJustiça: violência, arbítrio, omissão, abuso de autoridadeJustiça: violência, arbítrio, omissão, abuso de autoridadeJustiça: violência, arbítrio, omissão, abuso de autoridadeJustiça: violência, arbítrio, omissão, abuso de autoridadeJustiça: violência, arbítrio, omissão, abuso de autoridade- - - - - Núcleo de Investigação Criminal e Controle Externo daAtividade Criminal.

Na gestão do procurador-geral de Justiça HumbertoAdjuto Ulhôa foi constituída Comissão, composta dosprocuradores de justiça Renato Sócrates Gomes Pinto, BenisSilva Queiroz Bastos e Maria de Lourdes Abreu e dospromotores de justiça Paulo José Farias, Roberto Carlos

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Batista, Alexandre Sales, Isabel Cristina A. de Jesus, Maérciade Mello e Marcia Milhomens Correa, para analisar a situaçãodos direitos humanos no Distrito Federal e a atuação doMPDFT na respectiva área. O relatório final da comissão foientregue ao Secretário Nacional dos Direitos Humanos doMinistério da Justiça, José Gregori, pelo procurador-geralHumberto Ulhôa. A Comissão apresentou diversas propostas,internamente, sendo algumas implementadas quase queimediatamente, como, por exemplo, a criação de cartazes,cartilhas e fôlderes com sua distribuição junto à comunidade,bem como a promoção de um concurso de monografias sobredireitos humanos, aberto à participação de estudantes. Oprimeiro concurso foi realizado em 1998 e teve como tema aDeclaração Universal dos Direitos Humanos. A Comissãojulgadora foi composta dos seguintes membros: procurador dejustiça Eduardo José Oliveira de Albuquerque, Presidente;Vice-procurador-geral da República Haroldo Ferraz DaNóbrega; Professores Inocêncio Mártires Coelho, José Geraldode S. Júnior e Marcus Faro de Castro e pela promotora de justiçaMaria Rosynete Oliveira Lima.

Os bravos promotores e promotoras de justiça realizamum excelente trabalho, no Distrito Federal, em prol dos direitosfundamentais dos homens. Os atuais defensores do povohonram e são os continuadores dos heróicos promotores dasprimeiras horas, os quais venceram todas as adversidades(desde a falta de equipamentos à tentativa de interferência naindependência funcional) para colocar no alto do mastro abandeira da defesa dos direitos humanos. Hoje, o promotor dejustiça usufrui de todas as garantias constitucionais e legaispara o nobilitante exercício das suas atribuições. Porém houveum tempo que não era assim e foi necessária muita coragempara lutar contra o arbítrio e a prepotência dos mandatáriosque queriam, mas sem sucesso, calar o defensor do povo - opromotor de justiça. Em razão das belas páginas escritas nopassado, podemos afirmar, com convicção que, quando os

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CAPÍTULO VII

promotores de agora erguem a voz ou tomam da pena emdefesa dos direitos alheios, estão reproduzindo ações dosinesquecíveis companheiros Sanromã, Eduardo Ribeiro,Nicodemos Ramos, Orlandino Batista, Amaury Mello, HildaVieira, Cernicchiaro, Celina Eutália, Lenir Azevedo, MarluceAparecida e tantos e tantos outros que construíram a históriado Ministério Público. O eminente colega Rogerio SchiettiMachado Cruz, um dos maiores e melhores valores doMinistério Público do Distrito Federal, expôs, com precisãoinigualável, a importância do trabalho dos nossosantecessores, quando escreveu em artigo publicado no “Jornalda Associação” de abril de 1998: “A reconhecida grandeza doMinistério Público e a sua importância no cenário de umasociedade que se consolida na democracia são frutos de umpaulatino processo de conquistas institucionais, apoiadas naqualidade dos serviços que temos prestado à nação”.

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CAPÍTULO VIII

CAPÍTULOVIIINOSSAS INSTALAÇÕES

- O EDIFÍCIO-SEDE

- O PRÉDIO DE TAGUATINGA

- PROJETOS DE OUTROS EDIFÍCIOS

- O 6º ANDAR DO BLOCO 6

- O 4º ANDAR DO BLOCO “O”

- NOVAMENTE O BLOCO 6

- NO PRÉDIO DO TJDFT

- O PRÉDIO DO INCRA

- OS PASSOS INICIAIS PARA ACONSTRUÇÃO DO EDIFÍCIO-SEDE

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CAPÍTULO VIII

Alicerces da construção do edifício-sede do MPDFT – 1996.

Diretor-geral Moisés Antônio de Freitas e assessores da Assessoria deEngenharia fiscalizam obras – 1997.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Procurador de Justiça José Firmo Reis Soub dá palestra a operários da obra noauditório do edifício-sede – 1997.

Equipe da Assessoria deEngenharia acompanhaobras – 1997.

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CAPÍTULO VIII

Vista aérea do edifício-sede do MPDFT – 1998.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Inauguração do edifício-sede do MPDFT: o procurador-geral da República,Geraldo Brindeiro, e o procurador-geral de justiça, Humberto Adjuto Ulhôa, cortama fita inaugural - 1998

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CAPÍTULO VIII

Inauguração da Promotoria de Justiça de Taguatinga pelo procurador-geral dejustiça, Humberto Adjuto Ulhôa, e o procurador-geral da República, GeraldoBrindeiro – 1998.

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Plano geral do edifício da Promotoria de Justiça do Gama – 2004.

Procurador-geral de justiça, Eduardo Sabo, diretor-geral, Antonio MarcosDezan, e promotores do Gama visitam as obras da futura sede da promotoria.

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CAPÍTULO VIII

Canteiro de obras da Promotoria de Justiça do Gama – 2004

Vista lateral do edifício da promotoria de Justiça do Gama – 2004.

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CAPÍTULO VIII

NOSSAS INSTNOSSAS INSTNOSSAS INSTNOSSAS INSTNOSSAS INSTALAÇÕESALAÇÕESALAÇÕESALAÇÕESALAÇÕES

8.1 O EDIFÍCIO-SEDE8.1 O EDIFÍCIO-SEDE8.1 O EDIFÍCIO-SEDE8.1 O EDIFÍCIO-SEDE8.1 O EDIFÍCIO-SEDE

Em 9 de junho de 1998, o então procurador-geral dejustiça, Humberto Adjuto Ulhôa, inaugurou o edifício-sede doMPDFT e, a respeito do prédio, consta do relatório geral desua gestão, à pág. 8: “Com 20,6 mil metros quadrados de áreaútil, o Edifício-Sede do MPDFT abriga todas as Procuradoriase Promotorias de Justiça de Brasília, permitindo melhorescondições de acesso e atendimento ao público. O prédio tem14 andares, sendo três subsolos. Sete andares são destinadosaos gabinetes e secretarias das Procuradorias e Promotoriasde Justiça. Os demais acolhem várias outras seções, comoBiblioteca, Almoxarifado, Protocolo, Serviço de AssistênciaMédico-Odontológica, agências bancárias e Reprografia. Notérreo, funciona um auditório, dotado com equipamentos desom e exibição de vídeo de última geração e tem capacidadepara 428 pessoas. No mezanino, funcionam restaurante e asala de treinamento para cursos do MPDFT. Todos ospavimentos são dotados de salas de reuniões.”

8.2 O PRÉDIO DE T8.2 O PRÉDIO DE T8.2 O PRÉDIO DE T8.2 O PRÉDIO DE T8.2 O PRÉDIO DE TAGUAAGUAAGUAAGUAAGUATINGATINGATINGATINGATINGA

Pouco depois, em abril de 1999, foi inaugurado o prédiodo Ministério Público do Distrito Federal em Taguatinga e, dorelatório citado há pouco, consta o seguinte registro: “A sededo Ministério Público do DF e Territórios, em Taguatinga, temárea total de 4.150 m2, dividida em três pavimentos. Comportaquinze Promotorias de Justiça, setores de apoio eadministrativo, refeitório, biblioteca, sala de informática, jardiminterno, garagem com capacidade para 48 vagas e uma copapor pavimento. A construção teve custo aproximado de R$1.870.000,00, o que equivale dizer que o metro quadrado saiupor pouco mais de R$ 400,00, quando as estimativaseconômicas para um edifício nesse padrão giravam em torno

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dos R$ 600,00. Essa performance deveu-se a um projetoarquitetônico correto e compatível com os recursos alocadosdiante da atual situação econômica do país. Para facilitar oacesso das pessoas portadoras de deficiências, a Promotoriapossui elevadores dotados de comandos alternativos em braile,vagas específicas para automóveis, rampas e banheirosadaptados. Todas as seções administrativos ou Promotoriasde Justiça possuem computadores interligados em rede eligados à Internet, com sistema no break”.

8.3 PROJETOS DE OUTROS EDIFÍCIOS8.3 PROJETOS DE OUTROS EDIFÍCIOS8.3 PROJETOS DE OUTROS EDIFÍCIOS8.3 PROJETOS DE OUTROS EDIFÍCIOS8.3 PROJETOS DE OUTROS EDIFÍCIOS

Outrossim, Humberto Ulhôa conseguiu junto ao Governodo Distrito Federal e à União a destinação de lotes paraconstrução de sedes próprias para diversas outras Promotorias.“Promotoria de Justiça do Paranoá - espaços da Q 4, conj. “B”,lote 1 (lote de esquina, com boa infra-estrutura urbana econtínuo à área reservada para o Fórum). Promotoria de Justiçade Planaltina - Área Especial Norte - Lote 10 “A” do SetorAdministrativo. Promotoria da Infância e da Juventude - áreacom 5.900m2 na EQN 711/911, módulo B, com frentes para asduas vias públicas de grande movimento e boa acessibilidadeao transporte coletivo. Promotoria de Justiça de Ceilândia - lotes2, 4 ,6 e 24 da área especial nº 1 da QNM 11, próximos aoFórum. Promotoria de Justiça de Sobradinho - área com2.400m2 no Bloco “B” e Lote 11 do Setor Comercial Central (aAR-11 e a AR-9 da Quadra 12). Promotoria de Justiça deSamambaia - Lote 2 do conjunto 1, quadra 302, no CentroUrbano 1 (terreno vizinho ao Fórum). Promotoria de Justiça doGama - a área já foi aprovada pela Câmara Legislativa do DF,por iniciativa de Projeto de Lei de autoria do Deputado CésarLacerda e será o lote 13 da Praça 1 do Setor Central, ladoOeste. Promotoria de Justiça de Brazlândia - CidadeTradicional, lote 2 do Setor Administrativo. Promotoria deJustiça de Santa Maria - Lote 14, do Conjunto “A”, da QR 21"

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CAPÍTULO VIII

Foi dada a partida para a construção do prédio dasPromotorias da Infância e da Juventude, graças às gestõeslevadas a efeito pelo Procurador-Geral, Eduardo Albuquerque,que conseguiu antecipar a destinação de recursos para o fim,e, realizada a licitação, saiu vencedora a empresa “AugustoVelloso”, sendo assinado em 18 de junho de 2001 o contratopara construção do prédio da Promotoria da Infância e daJuventude. A terraplanagem do terreno foi concluída no mêsde setembro de 2001 e em 8 de outubro, às 11 horas, foirealizada a solenidade de lançamento da obra. O evento foiconduzido pelo procurador-geral Eduardo Albuquerque eestiveram presentes diversos parlamentares federais que, naoportunidade, conheceram a maquete da obra e receberamplacas de agradecimento pela colaboração na destinação derecursos orçamentários para a edificação.

Vale registrar, ainda, que o procurador-geral EduardoAlbuquerque obteve, logo no início da sua administração, em2000, a cessão, pelo Tribunal de Justiça, de um espaçosoprédio na Ceilândia, para instalar as promotorias de justiça daCeilândia.

Em Planaltina, o Procurador-Geral também conseguiu acessão, pelo Tribunal de Justiça, de espaçosa área parainstalação das Promotorias. A Assessoria de Engenharia eArquitetura desenvolveu excelente projeto para a área, o quepossibilitará que todos os promotores tenham o seu gabinete,com a respectiva secretaria.

As promotorias das demais Circunscrições Judiciáriasfuncionam em dependências dos respectivos foros, emcondições razoáveis. Mas não foi sempre assim. Vamosretroceder 40 anos, mais precisamente ao mês de julho de1960, quando tomou posse o nosso primeiro procuradror-geral,Dário Délio Cardoso, e encontrou o Ministério Público doDistrito Federal com quatro membros e um punhado de

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

servidores. Depois retornaremos ao presente, fazendo a longaviagem de volta, para sentir como foram lentas e trabalhosascada uma das nossas conquistas.

8.4 O 6º ANDAR DO BLOCO 68.4 O 6º ANDAR DO BLOCO 68.4 O 6º ANDAR DO BLOCO 68.4 O 6º ANDAR DO BLOCO 68.4 O 6º ANDAR DO BLOCO 6

O Ministério Público do Distrito Federal e a Justiça foraminstalados no 6º andar do Bloco 6, da Esplanada dosMinistérios. Como anotou o jornalista Pedro Paulo Luz Cunha,o Peluz, à pág. 230 do livro “Justiça dos Homens”, o MinistérioPúblico ficou “encolhido num recanto do 6º andar do Bloco 6”.Na verdade, os juízes ocupavam dois terços do andar, ficandoo último terço para nós.

As nossas instalações no “Bloco 6” melhoraram em 1967,como será lembrado adiante.

8.5 O 4º ANDAR DO BLOCO “O”8.5 O 4º ANDAR DO BLOCO “O”8.5 O 4º ANDAR DO BLOCO “O”8.5 O 4º ANDAR DO BLOCO “O”8.5 O 4º ANDAR DO BLOCO “O”

A caótica situação perdurou por cinco anos, até que oprocurador-geral de justiça Guimarães Lima conseguiu acessão do 4º andar do Bloco “O”, do Setor de Autarquias, naavenida L-2 Sul e, por meio da Portaria nº 124, de 13 de junhode 1966, o Senhor Procurador-Geral designou comissão parapromover concorrências públicas destinadas à aquisição dematerial destinado às novas instalações do Ministério Públicodo Distrito Federal.

Antes mesmo da inauguração formal, a Curadoria deResíduos e Registros Públicos do Ministério Público do DistritoFederal passou a funcionar no quarto andar do edifício-sededo IAPC, (o Bloco “O”) na Avenida L2 Sul, no Setor deAutarquias, a partir de 6 de outubro de 1966, conforme Portarianº 226.

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CAPÍTULO VIII

Finalmente, em dezembro de 1966, foram solenementeinauguradas as instalações do Ministério Público no prédio daAvenida L-2 Sul e o ex-procurador-geral Walter Ceneviva e suaesposa foram convidados para tomarem parte das solenidades,tudo como consta da Portaria nº 332, de 14 de dezembro de1966.

8.6 NOV8.6 NOV8.6 NOV8.6 NOV8.6 NOVAMENTE O BLOCO 6AMENTE O BLOCO 6AMENTE O BLOCO 6AMENTE O BLOCO 6AMENTE O BLOCO 6

Porém, o dinamismo de Guimarães Lima não lhe permitiuconformar-se com pouco, porque as necessidades do MinistérioPúblico do Distrito Federal cresciam dia a dia. Logrou oprocurador-geral Guimarães Lima, graças ao seu mourejar, acessão de um espaço maior no próprio Bloco 6, da Esplanadados Ministérios, dotando-o de instalações condignas, tantoquanto possível. No mês de fevereiro de 1967, as novasinstalações foram inauguradas, contando a solenidade com apresença da senhora Lea Carpinteiro Peres de Sá Peixoto,viúva do ex-procurador-geral Átila de Sá Peixoto. O MinistérioPúblico do Distrito Federal funcionou, pois, a partir de dezembrode 1966, em dois lugares, quais sejam, no Bloco 6, daEsplanada dos Ministérios e no quarto andar do Bloco “O”, doSetor de Autarquias Sul, na Avenida da L-2 Sul. Houve, então,a necessidade de dividir os servidores, mantendo-se parte noBloco “O” e parte no Bloco 6, sendo designada a servidoraNeusa dos Anjos Piasera como responsável pela administraçãode pessoal do Bloco 6, da Esplanada dos Ministérios.

8.7 NO PRÉDIO DO TJDF8.7 NO PRÉDIO DO TJDF8.7 NO PRÉDIO DO TJDF8.7 NO PRÉDIO DO TJDF8.7 NO PRÉDIO DO TJDF

O prédio da Justiça do Distrito Federal foi inaugurado em5 de dezembro 1969 com dependências destinadas àinstalação do Ministério Público do Distrito Federal. Assim, pormeio da Portaria nº 548, de 25 de agosto de 1969, o Procurador-

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Geral constituiu comissão composta do promotor público JoséDilermando Meireles e do chefe da secretaria Arthur SebastiãoCésar da Silva para tratar da instalação dos Gabinetes doProcurador-Geral e dos Subprocuradores-Gerais, bem comode outras sessões da nossa Instituição, no Palácio da Justiça.

Todavia fora inaugurado apenas o prédio do Tribunal deJustiça, mas não o seu Anexo, o que só aconteceu algunsanos mais tarde, ou, mais precisamente, no final do ano de1973. Tudo preparado para a mudança, o expediente doMinistério Público foi suspenso nos dias 6, 7 e 8 de março de1974 para a transferência das máquinas, móveis eequipamentos do Bloco VI, da Esplanada dos Ministérios e doBloco O do Setor de Autarquias Sul para o Anexo do Tribunalde Justiça do Distrito Federal, que havia sido inaugurado hápouco. A suspensão do expediente consta da Portaria 2533,de 4.3.74. É digno de nota que recebemos, naquela época, osétimo e oitavo andares do referido Anexo, aos quais foramdados os nomes de “Pavilhão Nilton Sebastião Barbosa ePavilhão Desembargador Raimundo Macedo”,respectivamente.

Ficamos, inicialmente, bem instalados no sétimo e oitavoandares do Anexo do Tribunal de Justiça. Contávamos, àépoca, entre membros e servidores, pouco mais que 70(setenta) pessoas. Já não estávamos mais divididos em doislugares. E, aos poucos, fomos conquistando outros espaçosno Anexo do Tribunal de Justiça, dada a boa vontade daadministração do Tribunal, mesmo porque o prédio dispunhade muitos espaços vagos. Então vários Gabinetes paramembros foram instalados em diversos andares, junto àsrespectivas Varas.

Mas o sonho da “casa própria” já agitava mentes dealguns membros do Ministério Público, tanto assim que, porintermédio da Portaria nº 2658, de 25.4.74, o Procurador-Geral

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CAPÍTULO VIII

designou comissão composta por Lincoln Magalhães da Rocha,Orlandino Batista de Freitas, Jarbas Fidelis de Freitas e ArthurSebastião César da Silva para acompanharem a elaboraçãodo projeto do futuro prédio do Ministério Público do DistritoFederal, mas as condições do momento não permitiram que asemente germinasse. Porém a semente não morreu epermaneceu no solo, aguardando o momento propício paragerminar e, na gestão de Dilermando Meireles, foi dadoimportante passo: o Ministério Público do Distrito Federal logrouêxito em lhe ser destinado o terreno que, mais tarde, abrigariao nosso edifício-sede. O objetivo foi alcançado por meio doDecreto nº 8.476, de 26.2.1985.

Obtido o terreno, várias tentativas foram feitas no sentidode obter recursos para a construção do prédio. Verbas eramdestinadas no orçamento da União e, na última hora, eramretiradas. Era preciso saber esperar, pois os tempos estavamdifíceis. A fim de tomar posse do terreno, passamos a utilizá-locomo estacionamento, exclusivamente para membros, nagestão de Geraldo Nunes.

O tempo passou e, na gestão de Marluce AparecidaBarbosa Lima notava-se ambiente adequado a dar a partida,de forma definitiva, à construção do prédio. E já não era semtempo, pois o Tribunal de Justiça, em razão do considerávelaumento do seu quadro de juízes e servidores, a cada dia,tirava-nos um pouco de espaço. Assim, paulatinamente,devolvemos todos os gabinetes que tínhamos fora do 7º e 8ºandares do Anexo e iniciamos a década de noventa com omesmo espaço conquistado em 1974. Só que o nosso quadrode membros e servidores havia aumentado consideravelmente.A situação não era totalmente caótica porque já existiam ascircunscrições judiciárias de Taguatinga, Gama, Sobradinho,Planaltina, Brazlândia e Ceilândia, por onde se espalhavamdiversos membros e servidores.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

8.8 O PRÉDIO DO IBAMA8.8 O PRÉDIO DO IBAMA8.8 O PRÉDIO DO IBAMA8.8 O PRÉDIO DO IBAMA8.8 O PRÉDIO DO IBAMA

Para amenizar a situação, que era aflitiva, a procuradora-geral de Justiça Marluce Barbosa Lima conseguiu a cessãode cinco andares do prédio do IBAMA, no Setor de AutarquiasSul, que, após remodelados, abrigaram as procuradorias dejustiça, algumas promotorias especializadas, como as doConsumidor e do Meio Ambiente, a Procuradoria-Geral, aCorregedoria-Geral, a Procuradoria-Geral dos Direitos doCidadão e os Departamentos Administrativos, além daFundação Escola Superior. Com a inauguração do edifício-sede, as Procuradorias e Promotorias de Justiça deixaram oprédio do IBAMA, mas ali permaneceram alguns setoresadministrativos e a Escola Superior, porque, dado aoextraordinário crescimento do Ministério Público do DistritoFederal a partir de 1992, o nosso edifício-sede já nãocomportava todo o seu quadro de pessoal quando foiinaugurado. A Administração Superior do Ministério Público jápassou a cogitar, então, a construção de um segundo prédio,quando fosse possível.

8.9 OS PASSOS INICIAIS PARA A CONSTRUÇÃO DO8.9 OS PASSOS INICIAIS PARA A CONSTRUÇÃO DO8.9 OS PASSOS INICIAIS PARA A CONSTRUÇÃO DO8.9 OS PASSOS INICIAIS PARA A CONSTRUÇÃO DO8.9 OS PASSOS INICIAIS PARA A CONSTRUÇÃO DONOSSO EDIFÍCIO-SEDENOSSO EDIFÍCIO-SEDENOSSO EDIFÍCIO-SEDENOSSO EDIFÍCIO-SEDENOSSO EDIFÍCIO-SEDE

Mas, como já foi dito, na gestão de Marluce AparecidaBarbosa Lima, surgiram as condições favoráveis à construçãodo edifício-sede. Então, logo no início de 1993, a Procuradora-Geral empreendeu viagem ao Rio de Janeiro, em companhiado diretor-geral, José Eduardo Sabo Paes, para colhersubsídios com vista à construção do prédio central do MinistérioPúblico (Portaria nº 174, de 12.3.93). Seguiram-se outrasviagens do diretor-geral e de servidores graduados, como MarioCapp Filho, Faustino Barbosa Lins Filho e Regina FátimaFonteles Cabral, bem como do membro Paulo Roberto deMagalhães Arruda, ao Rio de Janeiro e a São Paulo, para

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CAPÍTULO VIII

providências relativas à construção (Portarias nºs 412, de2.7.93; 582, de 13.9.93; 183, de 18.4.94). Providenciou-se,outrossim, a assinatura de convênio com a NOVACAP, para aelaboração de projetos complementares visando à construção(Portaria nº 540, de 30.8.93), ao mesmo tempo em que foi criadaa comissão especial de obras, composta dos membros PauloRoberto de Magalhães Arruda, Paulo Tavares Lemos, AmarílioTadeu Freesz de Almeida, Carmem Maria Martins Gomes, JoséValdenor Queiroz Júnior e José Eduardo Sabo Paes, com aincumbência de coordenar os trabalhos de construção (Portarianº 499, de 19.8.93), e, com a prudência que lhe é peculiar,aliada ao seu tino administrativo, Marluce Aparecida constituiuuma Assessoria Especial composta do promotor de justiça JoséEduardo Sabo Paes e dos servidores Faustino Barbosa Filho,Regina Fátima Fonteles Cabral e Mario Capp Filho para darsuporte técnico à comissão de obras. Logo a seguir, dandoprosseguimento às providências administrativas para aconstrução da nossa Casa, Marluce Aparecida designoucomissão de licitação para a contratação das obras e serviçosde engenharia iniciais necessários à construção (Portaria nº771, de 26.11.93).

Realizou-se, em prosseguimento, a concorrência públicanº 2/93, para a contratação das obras e serviços acimareferidos, mas, constatando a necessidade de revisão doprojeto básico, a Procuradora-Geral revogou a citadaconcorrência pública (Portaria nº 127, de 18.3.94). Solucionadoo problema do projeto básico, foi designada nova comissãoespecial de licitação, composta pelo membro Paulo TavaresLemos e pelos servidores Mareval Marcos Freire, José deSouza Santos, Conceição de Maria Mendes Souza e ReginaFátima Fonteles Cabral (Portaria nº 406, de 23.8.94).

Seguiram-se providências técnicas visando,principalmente, a redução do custo da obra, com revisão eretificação do conjunto de plantas, supressão ou substituiçãode diversos itens das especificações, revisão e correção da

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planilha analítica de quantidades e preços e do orçamentoestimativo global da obra. Finalmente, em maio de 1994, oMinistério Público encaminhou à Administração Regional doPlano Piloto, para apreciação, o projeto da construção do nossoedifício-sede e, em dezembro do mesmo ano, a obra foiiniciada.

Marluce Aparecida Barbosa Lima, quando encerrou a suagestão, no início de junho de 1996, deixou concluídos os trêssubsolos, o andar térreo, o mezanino e o primeiro andar, alémde recursos assegurados no orçamento para normal execuçãodo cronograma físico-financeiro no exercício de 1996.

Nos dois anos seguintes, Humberto Adjuto Ulhôa deuprosseguimento à construção, levando à concretização dosonho em junho de 1998, como foi dito no início deste capítulo.

Muitos sonharam e trabalharam pela realização do sonho.Muitos tentaram levar adiante o projeto, mas não obtiveramêxito, porque o momento não era propício. Com efeito,percorrendo as páginas das atas das sessões do ConselhoSuperior, encontram-se várias referências à construção doedifício-sede. Por exemplo, na sessão do dia 20 de maio de1987, a Conselheira Lenir de Azevedo enfatizava anecessidade da construção da nossa sede e, na sessão dodia 10 de junho de 1987, Geraldo Nunes comunicou que estavaenvidando esforços junto a políticos e autoridades paraconseguir os recursos necessários à construção. Valeu a penasonhar!

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CAPÍTULO IX

A ESTRUTURA DO MINISTÉRIO PÚBLICODO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

- ATIVIDADE-FIM

- A ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

- O QUADRO DE SERVIDORES

- SETOR DE TRANSPORTES

- INFORMATIZAÇÃO

- A BIBLIOTECA

CAPÍTULO IX

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CAPÍTULO IX

Confraternização de membros e servidores do MPDFT – 1970.

Setor de Transporte do MPDFT: motorista Gabriel Jorge dos Santos, à direita.–1970.

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Garagem do MPDFT – 2000.

Setor de Transporte do MPDFT: motorista Gabriel Jorge dos Santos – 1970.

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CAPÍTULO IX

Garagem do MPDFT – 2000.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Equipe de servidores lotados na biblioteca em 2002: da esquerda para a direita,Arabela Cordeiro, Cristiano Antônio Verano, Gilson Carvalho da Silva, ElianeHelena Borges, Neide Cristina de Souza, Vanessa Lopes Freitas e MarcosGiraldes.

Acervo bibliográfico do MPDFT – 2002

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CAPÍTULO IX

Biblioteca do MPDFT – 2002

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

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CAPÍTULO IX

9.1 A9.1 A9.1 A9.1 A9.1 ATIVIDADE-FIMTIVIDADE-FIMTIVIDADE-FIMTIVIDADE-FIMTIVIDADE-FIM

Como está registrado no capítulo I deste histórico, oquadro do Ministério Público, criado por meio da Lei nº 3.754/60, era de seis membros, assim especificados:

CargoCargoCargoCargoCargo QuantidadeQuantidadeQuantidadeQuantidadeQuantidadePromotor Público 2Promotor Substituto 2Defensor Público 2

Depois, com a aprovação do parecer do Consultor-Geralda República, em setembro de 1960, passamos a contartambém com dois cargos de curador.

Como observou Marluce Aparecida Barbosa Lima em seu“relatório de gestão”, à pág. 31, “o Ministério Público nãopossuía seus próprios ofícios e os membros eram apenasdesignados para atuarem junto aos respectivos ofíciosjudiciais”.

Lenta, mas progressivamente, o Ministério Públicocaminhou em busca da organização moderna que passou aostentar.

Recordemos alguns atos dessa longa caminhada.

Em 2 de agosto de 1960, o primeiro Procurador-Geral deJustiça do Distrito Federal, Dario Délio Cardoso, editou aPortaria nº 5, designando o promotor público José JúlioGuimarães Lima para exercer as funções de curador,funcionando junto à Vara de Família, Órfãos, Menores eSucessões. Como vemos, uma única Vara aglutinava matériasque hoje estão compreendidas na competência de quatro Varasespecializadas.

Preocupado com a fiscalização das fundações, nostermos do Código Civil Brasileiro, o Procurador-Geral da Justiça

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

do Distrito Federal apressou-se em baixar ato com instruçõespara efetivar a fiscalização determinada pela nossa lei civil. Oato que dispôs sobre o assunto foi a Portaria nº 10, de 29 deagosto de 1960.

Em 16 de setembro de 1960, o procurador-geral de justiçaDário Délio Cardoso editou a Portaria nº 14, designando MiltonSebastião Barbosa para substituir o promotor público emexercício na 1ª Vara Criminal, enquanto durasse o impedimentodo titular efetivo e designou também Antônio Honório Pires deOliveira Júnior para substituir o promotor público em exercíciona 2ª Vara Criminal, nas mesmas condições da anteriordesignação. De seu lado, a Portaria 27, de 5 de janeiro de 1961,designou Maria Paula Frassinette Pires de Saboya, defensorapública interina, para ter exercício na Vara de Família, Órfãos,Menores e Sucessões e na Vara Cível.

Devendo afastar-se do exercício do cargo de Procurador-Geral da Justiça do Distrito Federal, Walter Ceneviva cuidoude designar José Júlio Guimarães Lima para exercer as funçõesde Procurador-Geral até que fosse nomeado o novo titular docargo, o que fez por meio da Portaria nº 86, de 25 de agostode 1961.

A Portaria nº 140, de 20 de dezembro de 1961, atribuiuao curador Áttila Sayol de Sá Peixoto as incumbências decurador de acidentes do trabalho, de massas falidas, deausentes e de registros públicos previstas na legislação vigentee ao curador José Júlio Guimarães Lima as incumbências decurador de menores, de família, de órfãos e de resíduos.

A Portaria nº 42, de 17 de dezembro de 1962, dispôssobre a substituição do Procurador-Geral. O então primeiroSubprocurador-Geral (Attila Sayol) foi designado para asubstituição nos casos do artigo 82 da Lei nº 3434/58 e pararepresentar o Procurador-Geral nas sessões da 1ª Turma doTribunal de Justiça, enquanto o segundo Subprocurador-Geral

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CAPÍTULO IX

(Guimarães Lima) foi indicado para substituir o 1ºSubprocurador e representar o Procurador-Geral nas sessõesda 2ª Turma do Tribunal de Justiça.

A Portaria nº 20, de 18 de março de 1963, dá-nos notíciada existência de quatro Curadorias, com exercício perante asVaras Cível, da Fazenda Pública e de Família, Órfãos, Menorese Sucessões, nas especialidades de registros públicos,resíduos, órfãos, massas falidas, acidentes de trabalho,ausentes e menores.

Pela Portaria 169, de 23 de abril de 1964, o entãoProcurador-Geral, José Júlio Guimarães Lima, recomendouao curador de resíduos visita às fundações para os fins legais,devendo fazer, todas as quartas-feiras, ao Procurador-Geral,um relatório verbal circunstanciado do que verificasse.

Em 1965, a Justiça do Distrito Federal, em primeirainstância, era composta de uma Vara de Família, Órfãos eSucessões; uma Vara de Menores; uma Vara de FazendaPública; uma Vara Cível e duas Varas Criminais, uma delastambém especializada em crimes do júri e outras em crimescontra a economia popular. Assim, as designações de membrosdo Ministério Público, tanto dos promotores quanto dosdefensores públicos eram realizadas em observância àquantidade de Varas existentes, como retratam as Portarias142, de 1º de julho e 147, de 8 de julho, ambas daquele ano.

Em 22 de outubro de 1965, José Júlio Guimarães Lima,Procurador-Geral, baixou a Portaria nº 245, mandando servirem Brasília o promotor público Hélio Fonseca, da comarca deCaracaraí, do então território federal de Roraima, HélioFonseca.

Em janeiro de 1966, a estrutura do Ministério Público doDistrito Federal era composta de duas Procuradorias de Justiça,bem como de Curadorias de Acidentes do Trabalho, de Família,Menores e Órfãos, de Ausentes, de Resíduos e Registros

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Públicos e de Promotorias Criminais junto à 1ª e 2ª VaraCriminal, conforme consta da designação por meio dasPortarias 3 e 4, daquele mês e ano.

A Portaria nº 177, de 30 de junho de 1967, registra aexistência dos seguintes órgãos:

CURADORIAS

- de Família, Órfãos e Sucessões;- de Menores;- de Resíduos e Registros Públicos;- de Ausentes e Massas Falidas;- de Acidentes do Trabalho.

PROMOTORIAS- Promotoria junto à 1ª Vara Criminal;- Promotoria junto à 2ª Vara Criminal;- Promotoria junto à 3ª Vara Criminal;- Promotoria junto à 4ª Vara Criminal.

DEFENSORIAS- uma em cada Vara Criminal.

De acordo com as designações efetuadas por meio daPortaria nº 356, de 11 de dezembro de 1967, o Tribunal deJustiça era composto por duas Turmas e, na primeira instância,a Justiça do Distrito Federal contava com 4 Varas Criminais, 1Vara Cível, 1 Vara de Família, Órfãos e Sucessões e a Vara deMenores. Portanto, as Promotorias à época existentes eramtão-somente as necessárias para atender à estrutura vigente.

O então promotor público Carlos Gomes Sanromã foidesignado para representar o Procurador-Geral nas sessõesdo Tribunal Pleno e os Subprocuradores nas sessões dasTurmas, em razão de doença dos titulares dos cargos, conformese pode constatar da Portaria nº 98, de 14 de maio de 1968.

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CAPÍTULO IX

De acordo com a Portaria nº 242, de 30 de setembro de1968, o Ministério Público do Distrito Federal contava, naquelaépoca, com as seguintes Curadorias: Curadoria de Resíduose Registros Públicos, Curadoria de Família, Órfãos e Menorese Curadoria de Ausentes e Massas Falidas e Curadoria deAcidentes do Trabalho. Havia também Promotorias Criminaisjunto às quatro Varas Criminais então existentes e Defensoriajunto à Vara de Família, Órfãos e Sucessões e junto às duasVaras Cíveis e de Menores e às Varas Criminais.

A Portaria nº 1771, de 28 de julho de 1972, noticia aexistência, naquela data, de oito Curadorias, quais sejam: deMassas Falidas, de Menores, de Família, de Acidentes doTrabalho, de Registros Públicos, de Resíduos, de Registro Civile de Ausentes e cinco Promotorias Criminais, distribuídas nasquatro Varas Criminais Comuns e no Tribunal do Júri.

Visando melhor distribuir as tarefas administrativas noMinistério Público do Distrito Federal, o Procurador-Geralbaixou a Portaria 1873, de 17 de outubro de 1972, criando aSuperintendência das Curadorias, com a atribuição dedeterminar as normas de atendimento ao público; distribuir oserviço entre os funcionários administrativos; tratar dasquestões relativas a material e administração de pessoal eexecutar outras atribuições que lhe fossem cometidas peloProcurador-Geral e pelo Chefe de Gabinete.

O relatório de gestão de Hélio Pinheiro da Silva, relativoao período de 1974 a 1978, elaborado em novembro de 1978,afirma quanto aos órgãos:

“CURADORIAS

Compõem o M.P.D.F. as seguintes curadorias:

a) de Família;b) de Resíduos;c) de Acidente do Trabalho;

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

d) de Massas Falidas;e) de Menores;f) de Registros Públicos.

Esses órgãos têm atribuições definidas nas seções I, II,III, IV, V, VI e VII, do Capítulo V, Título I da Lei 3434, de 20 dejulho de 1958.

Incumbe às Curadorias, no âmbito de suas atribuiçõeslegais, defender os interesses dos incapazes e dos ausentes.

Funciona, de igual modo, nos processos de interesse dasfundações; na fiscalização das massas falidas e na prestaçãode assistência jurídica às vítimas de acidentes do trabalho eaos seus beneficiários.

Faz-se presente a Curadoria de menores em todos osprocessos do juízo de menores, promovendo o que fornecessário e útil à proteção dos interesses dos menores.

Promove, ainda, os processos relativos a menores de 18anos por fatos definidos em lei como crimes ou contravenções.

À Curadoria de Registros Públicos incumbe oficiar nosfeitos contenciosos ou não, do juízo dos Registros Públicos, eexercer fiscalização sobre os cartórios sujeitos à jurisdição dojuízo.

Saliente-se que a atividade das Curadorias, quer quandoatuam como parte, quer quando oficiam como custos legis,além da prevista na Lei 3434/58, ampliou-se sobremaneira,com o advento do Código de Processo Civil, ao estabelecerque compete ao Ministério Público intervir em todas as demaiscausas em que há interesse público, evidenciado pela naturezada lide ou da qualidade da parte. (Art. 82, III do C.P.C).

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CAPÍTULO IX

PROMOTORIA PÚBLICAPROMOTORIA PÚBLICAPROMOTORIA PÚBLICAPROMOTORIA PÚBLICAPROMOTORIA PÚBLICA

O Promotor Público, titular da Ação Penal, exerce suasatividades específicas perante nove varas criminais nestaCapital com atribuições previstas nos artigos 34 a 37 da Lei3434/58.

A classe, no momento, compõe-se de dezoito membrosinclusive os Promotores Substitutos.

Essa a razão pela qual o número de Promotorias se tornainsignificante para atender a necessidade do serviço, que écrescente, na área criminal.

O trabalho da Promotoria Pública desenvolve-senotadamente na propositura da Ação Penal, acompanhamentoe fiscalização do processo, até final.

Além dessa atividade ministerial, comparece diariamenteàs audiências e, funciona, de forma permanente no Tribunaldo Júri.

O volume de trabalho afeto à Promotoria Públicademonstra-se neste relatório, através da síntese oferecida emquadro anexo.

DEFENSORIA PÚBLICADEFENSORIA PÚBLICADEFENSORIA PÚBLICADEFENSORIA PÚBLICADEFENSORIA PÚBLICA

A classe inicial da Carreira do Ministério Público do DistritoFederal é constituída de 26 (vinte e seis) Defensores Públicos,responsáveis pelo exercício da Assistência Judiciária em todasas áreas do direito onde se faça necessário o amparo jurídicoaos carentes de recursos e aos revéis.

A Defensoria Pública dispõe, no momento, de 18 (dezoito)membros para atender a clientela do Plano Piloto e cidades-satélites.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

A Lei nº 5.943, de 29 de novembro de 1973, foi a última aampliar o quadro para mais 8 (oito) Defensores, incluídos nototal de 26 (vinte e seis).

Enquanto isso, pela Lei nº 5.950, de 29 de novembro de1973, foram criados 32 (trinta e dois) cargos de Juízes de DireitoSubstituto, com o conseqüente aumento de Varas em númeroequivalente.

Essa amostragem simples denota uma situaçãosobremodo anômala que redunda em grave prejuízo para adistribuição da Justiça, notadamente na defesa de direitos dojuridicamente miserável.

Ressalte-se que, além do atendimento diário a uma médiade 200 (duzentas) pessoas, o Defensor Público comparece àsaudiências, no cível como no juízo criminal, ajuíza petições,interpõe recursos e atua na Tribuna do Júri.

Ocorre que, dos 26 (vinte e seis) Defensores quecompõem a classe, restam apenas 18 (dezoito), com a previsãode serem reduzidos a 14 (quatorze) nos próximos 3 (três)meses, como decorrência de promoções à classe de PromotorSubstituto.

Registre-se que essa situação angustiante reclama, deimediato, providências no sentido de se ampliar o número demembros do Ministério Público, de modo a possibilitar-lhes,com eficiência e sem sacrifício pessoal, como hoje ocorre, odesempenho dos relevante encargos que lhes são atribuídos,quer na Defensoria como nas Promotorias e Curadorias.

Por ser um dado histórico relevante, é convenienteregistrar aqui os nomes dos integrantes do Ministério Públicoem novembro de 1978, por isso novamente recorremos aorelatório de Hélio Pinheiro:

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CAPÍTULO IX

“DA COMPOSIÇÃO“DA COMPOSIÇÃO“DA COMPOSIÇÃO“DA COMPOSIÇÃO“DA COMPOSIÇÃO

O Quadro do Ministério Público do Distrito Federalcompõe-se dos seguintes membros:

SUBPROCURADORES-GERAISJosé Júlio Guimarães LimaFrancisco de Assis AndradeGilvan Correia de QueirozCURADORESJosé Lourenço de Araújo MourãoHélio FonsecaJorge Ferreira LeitãoJosé Dilermando MeirelesGeraldo NunesDimas Ribeiro da FonsecaOrlandino Batista de FreitasBernardino de Sousa e SilvaJosé de Nicodemos Alves RamosHelênio Rizzo

PROMOTOR PÚBLICOJosé André Casas GarciaLéia EstevesElser Rocha Mello MartinsPedro Sobreira PirajáJoão Carneiro de UlhôaMarluce Aparecida Barbosa LimaJoão GarciaHeloisa Helena Duarte PimentelLenir de AzevedoEverards Mota e MatosTânia Valadares GontijoNeusa Claude Cristofoli

PROMOTOR SUBSTITUTOFernando Reis LimaDarcy Alvim Pereira

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Aligari Corrêa Starling LoureiroAdilson Florêncio de AlencarPedro Luiz de AssisJosé Ribamar MoraesCelina Eutália de Souza

DEFENSOR PÚBLICOPercílio de Souza Lima NetoArnaldo Esteves LimaCarlos Augusto Figueiredo SalazarTemístocles de Mendonça CastroJoão Alberto RamosSuely da Rocha Ambrósio da FonsecaMirtô FragaMario Cezar Machado MonteiroLuiz Ramos PortoÍsis Guimarães de AzevedoJúlio de OliveiraUbaldo Ataíde CavalcanteFabiano Gabriel GuimarãesGetúlio Rivera Velasco CantanhedeOnório Justiniano TeixeiraEvaldo Lopes de AlencarEduardo Galil”

Como acentuou Hélio Pinheiro em seu relatório, a evasãode membros do Ministério Público do Distrito Federal era muitogrande, em razão dos nossos parcos vencimentos e ruinscondições de trabalho. Assim, as nossas vagas nunca estavampreenchidas. Para ter-se uma idéia, vejamos alguns dados,de acordo com as listas de antigüidade elaboradas, aprovadase publicadas à época: em 1967, tínhamos 26 (vinte e seis)membros, sendo dois subprocuradores (correspondente aohoje procurador de justiça), quatro curadores, seis promotorespúblicos, seis promotores substitutos e oito defensorespúblicos; em 1970, o quadro efetivo era de 22 (vinte e dois)

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CAPÍTULO IX

membros, distribuídos entre três subprocuradores-gerais,curadores, cinco promotores, dois promotores substitutos equatro defensores; dois anos depois, ou seja, em 1972, asituação estava acentuadamente melhor, com um efetivo de38 (trinta e oito) membros, escalonados da seguinte forma: trêssubprocuradores-gerais, oito curadores, sete promotorespúblicos, cinco promotores substitutos e quinze defensorespúblicos; em 1973, o quadro de membros efetivo aumentouem um promotor substituto, contando, pois, com 39 (trinta enove) integrantes; em 1978, o MPDFT contava com 49(quarenta e nove) membros, distribuídos entressubprocuradores, promotores públicos, promotores substitutose defensores públicos, conforme consta do relatório de HélioPinheiro da Silva.

Para se ter idéia do volume de trabalho a cargo dosbravos e poucos companheiros dos primeiros anos, vamostranscrever notícia publicada pelo “Correio Braziliense” de24.10.68, que mostra haver o promotor de justiça participadode quatro sessões de julgamento no Tribunal do Júri, em quatrodias seguidos. Inclusive, entre o primeiro e o segundo júri sóse passaram nove horas:

“Júri condena homicida no DF

O policial Amadeu Caetano Prates foi condenado a cumprir 9anos e 6 meses de reclusão, em sessão do Tribunal do Júri,iniciada às 12 horas de anteontem e encerrada às 3 horas damanhã de ontem. O réu foi condenado como incurso nos arts.121 (homicídio), 150 (invasão de domicílio) e 322 (violênciasarbitrárias). Presidiu o julgamento o Juiz Antônio Melo Martins,funcionando na acusação o promotor Geraldo Nunes, sendoadvogado de defesa o causídico Aloísio Barbosa. A votaçãodo júri levou cerca de duas horas e o réu assassinou, na noitede 25-12-63, na pensão “Pioneira”, no Núcleo Bandeirante, aJosé Ferreira dos Santos ou José Pereira da Silva.

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Também foi julgada ontem, em sessão iniciada às 12 horas eencerrada às 15h30, pelo Tribunal do Júri, José Nunes da Silva,acusado como incurso no art. 171 do Código Penal (homicídio),sendo absolvido por unanimidade, cuja absolvição foi solicitadapelo promotor Geraldo Nunes que reconheceu ter o crime sidopraticado em legítima defesa. O réu, em 12 de abril do correnteano, após Ter sido agredido por Luiz Leitão Braga, matou-outilizando um canivete. O fato ocorreu no Núcleo Bandeirante.

Hoje, a partir das 12 horas, em sessão presidida pelo JuizAntônio Melo Martins, será julgado Irênio Roque dos Santos,que, em 4-9-94, na cidade-satélite do Gama, matou a golpesde machado Eduardo Cassiano de Morais. Na acusaçãofuncionará o promotor Geraldo Nunes e na defesa o advogadoJosé Marcelino de Paula.

Amanhã será julgado Salleh Ibrahim Hassan, que matou em25-7-67 o seu primo Mohamad Abmad Moho Bajaa e o seugenro Juden Abdel Rahman Jadal Lal. O advogado Inezil PenaMarinho assistirá, na acusação, o promotor Geraldo Nunes;sendo advogado de defesa Dilermando Diniz, Océlio Medeirose Jackson Matos Braga.”

Com o advento da Lei nº 6.750, de 10 de dezembro de1979, que dispôs sobre a organização judiciária do DistritoFederal, foram criadas as Varas Especializadas, como FazendaPública, de Delitos de Trânsito e de Entorpecentes eContravenções Penais, bem como as CircunscriçõesJudiciárias de Taguatinga e Gama, com Varas Cíveis eCriminais, e de Sobradinho, Planaltina e Brazlândia, cada umacom uma Vara de competência geral. O Ministério Público doDistrito Federal teve, a partir de 1980, que se desdobrar paracumprir as atribuições junto às Varas recém-criadas einstaladas.

A Portaria nº 4889, de 5.2.80, designou José DilermandoMeireles para coordenar a instalação dos órgãos do MinistérioPúblico nas cidades-satélites de Taguatinga, Sobradinho eGama. Alguns dias depois, ou seja, em 14.2.80, o Procurador-

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CAPÍTULO IX

Geral editou a Portaria nº 4901, designando o então Diretor-Geral José Freire Pereira para assumir o encargo antesatribuído a José Dilermando Meireles. Todavia, por meio daPortaria nº 4902, do mesmo dia, Everards Mota e Matos ficouencarregado da parte institucional da instalação dos órgãosministeriais na cidade-satélite. Finalmente, em março de 1980,começamos a funcionar em Taguatinga, Sobradinho e Gama,com Promotorias e Curadorias, conforme consta da Portarianº 4908, de 29.2.80. Outrossim, em março de 1981, o MinistérioPúblico expandiu suas atividades ministeriais às cidades-satélites de Brazlândia e Planaltina, conforme está posto naPortaria nº 5265, de 26.2.81.

Portanto, de acordo com a Portaria 4963, de 29.4.80, oMinistério Público passou a ter as seguintes Curadorias: deFamília, de Resíduos, de Registro Civil, de Massas Falidas,de Acidentes de Trabalho e de Menores. Por outro lado,tínhamos as Promotorias a seguir especificadas: uma doTribunal do Júri, quatro Criminais comuns, duas de Delitos deTrânsito e uma de Entorpecentes, contando também comdefensores nessas Varas Criminais, além das cidades-satélitesde Taguatinga, Sobradinho e Gama.

A adequada adaptação dos novos membros à instituiçãofoi preocupação que esteve presente na mente dosadministradores desde cedo, que tomaram providências nosentido de orientar os novos companheiros que chegavam.Exemplos dessa preocupação, podemos colher na Portaria nº6000, de 1º.2.83, que designou comissão composta pelosmembros João de Carneiro Ulhôa, Everards Mota e Matos,Léia Esteves e Valdir Leôncio Júnior para ministrarem cursode orientação aos novos defensores públicos; idênticaprovidência foi repetida pela portaria nº 6509, de 4.6.84, quedesignou os membros Everards Mota e Matos, Helênio Rizzo,João Alberto Ramos, Arthur Sebastião César da Silva e outrospara ministrarem orientações aos recém-empossados e

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também a Portaria nº 251, de 6.6.89, que designou Temístoclesde Mendonça Castro e João Alberto Ramos para o mesmo fim.Nos anos seguintes, a providência consolidou-se, tornando-se prática rotineira.

A Portaria nº 6353, de 14.12.83, designou Everards Motae Matos, João Alberto Ramos, Humberto Adjuto Ulhôa, WaldirLeôncio Júnior e Heloísa Helena Carlos Magno Correia paraatender ao plantão do recesso forense de 20 a 30 de dezembrode 1983, na Curadoria, Promotoria e Defensoria Pública,respectivamente.

No ano de 1983, a carência de membros do MinistérioPúblico era enorme e a situação de processos e inquéritosacumulados era caótica. Tanto assim que, por meio da Portarianº 6036, de 28.2.83, João Alberto Ramos e Adilson Rodriguesforam designados para manifestarem-se em 1150 processoscada um, das duas Varas Criminais de Taguatinga, sem prejuízodas suas atribuições normais. Antes, a situação não eradiferente, conforme nos dá notícia a Portaria nº 5446, de 4.8.81,que elogiou Evaldo Lopes de Alencar por haver oficiado em1200 processos da Vara de Execuções Criminais, durante orecesso de julho daquele ano.

A Portaria nº 6411, de 23.2.84, criou a Coordenadoriadas Curadorias e das Promotorias, sendo designadocoordenador das Curadorias João Alberto Ramos, enquantoHumberto Adjuto Ulhôa foi designado Coordenador dasPromotorias, tudo conforme consta das Portarias nºs 6412, de23.2.84, de 24.2.84 e 6415, de 22.2.84. Como se podeobservar, as Coordenadorias foram o embrião das atuaisPromotorias-Chefes.

Com o advento da Lei nº 7347, de 24 de julho de 1985, edo Decreto-lei nº 2283, de 27 de fevereiro de 1986, aProcuradoria-Geral do Ministério Público do Distrito Federaleditou a Portaria nº 34, de 6 de março de 1986, criando a

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comissão permanente de defesa do meio ambiente, dos bense direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico,paisagístico e do consumidor, devendo a referida comissão sercomposta por um procurador de justiça, que a coordenaria, decinco promotores de justiça e oito promotores adjuntos,cabendo à Comissão promover cursos, palestras, semináriose reuniões sobre os assuntos da sua atribuição. A comissãoficou assim constituída: coordenador, procurador de justiçaEverards Mota e Matos; promotores Paulo Roberto deMagalhães Arruda, Adilson Rodrigues, Antônio RaimundoGomes Filho, Rubens Tavares e Souza e Josemias Costa;promotores substitutos Itiberê Ernesto Júnior, Lucas ResendeRocha, Abadio José Mendes, Amarílio Tadeu Freesz deAlmeida, João Luis de Souza, Heraldo Machado Paupério, JoséFilipe de Araújo e Mansueto Nery Neto.

As ações da Administração Superior tiveramprosseguimento, pois através da Portaria nº 88, de 23 de abrilde 1987, o procurador de justiça designou Helênio Rizzo eTemístocles de Mendonça Castro para participar do IVCongresso de Controle da Poluição Mineral, realizado nacidade de Manaus, Estado do Amazonas, de 4 a 8 de maio de1987. Alguns dias depois, ou seja, em 15 de maio de 1987, oSenhor Procurador-Geral editou a Portaria nº 100, criando aCuradoria Especial do Meio Ambiente, para a qual foi designadoTemístocles de Mendonça Castro. Dando prosseguimento àsprovidências no sentido de dotar o Ministério Público de órgãosespecializados na defesa do meio ambiente e do consumidor,a Procuradoria-Geral baixou a Portaria nº 133, de 6 de junhode 1987, autorizando o afastamento de Amarílio Tadeu Freeszde Almeida, Ruth Kicis Torrents Pereira, Luis Carlos Gomesdos Santos e Marta Maria Resende Pinto, os dois últimosintegrantes do Ministério Público dos Territórios, para estagiarjunto às Curadorias de proteção ao meio ambiente e de defesados direitos do consumidor dos Ministérios Públicos de SãoPaulo e do Paraná, no período de 7 a 19 de junho de 1987. No

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dia em que terminou o afastamento dos referidos membros, foieditada a Portaria nº 143, designando Amarílio Tadeu e RuthKicis para viabilizar a instalação dos serviços de defesa domeio ambiente, do consumidor e de obras de interesse artístico,histórico e paisagístico no Ministério Público do Distrito Federal.Os trabalhos desenvolvidos pelos membros Tadeu e Ruthresultaram na criação das coordenadorias do meio ambiente edo consumidor, diretamente vinculadas ao gabinete doProcurador-Geral, conforme Portaria nº 179, de 9.7.87. Algunsdias depois, a Portaria nº 195 fundiu as duas Coordenadorias.Tais coordenadorias foram o embrião das Promotorias do MeioAmbiente, do Consumidor, do Patrimônio Público e Cultural,além da Ordem Urbanística do Distrito Federal.

Dando prosseguimento às providências no sentido daespecialização de membros do Ministério Público para atuaremna área de defesa do meio ambiente e do consumidor, bemcomo do patrimônio artístico e cultural, seguiram-se asseguintes ações: Portaria nº 313, de 19.10.87, designandoAmarílio Tadeu e Ruth Kicis para oficiarem em inquéritospoliciais relativos aos crimes previstos na Lei 6766, de 12.12.79;Portaria nº 128, de 28.4.88, designando Amarílio Tadeu, RuthKicis, Elza Pereira Lugon, Luis Carlos Gomes dos Santos eMarta Maria Resende Pinto para participarem do SimpósioInternacional de Direito Ambiental, realizado em São Paulo,de 2 a 6 de maio de 1988; Portaria nº 216, de 24.5.89,designando Marta Maria Resende para participar do ICongresso Internacional do Direito do Consumidor, realizadoem São Paulo, de 29.5 a 2.6.89; Portaria nº 218, de 29.5.90,designando Amarílio Tadeu para participar do I EncontroNacional de Promotores do Meio Ambiente e de Defesa dosDireitos do Consumidor, realizado em Porto Alegre, no períodode 31.5 a 2.6 de 1990 e Portaria nº 517, de 28.11.90,designando Antônio Raimundo Gomes da Silva Filho paraparticipar do Seminário de Estudos sobre o novo Código deDefesa do Consumidor, realizado em Canela, Rio Grande doSul, de 6 a 8 de dezembro de 1990.

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A Portaria nº 12, de 3.2.86, pode ser considerada como oembrião das atuais Promotorias de Fundações, porquanto foiela que mais modernamente fixou o procedimento a seradotado pela Curadoria de Resíduos para a fiscalização dasFundações.

Em 14 de março de 1986, foi editada a Portaria nº 45 queinstituiu a Promotoria itinerante que, em caráter auxiliar,procuraria dar vazão aos milhares de processos acumuladosnas diversas Promotorias do Ministério Público do DistritoFederal. O ato que instituiu a Promotoria itinerante determinouque ela atuaria nos processos e inquéritos com vistas aoMinistério Público há mais de sessenta dias, designando,naquela oportunidade, Heraldo Machado Paupério e Edgar deAlmeida Castanheira como promotores itinerantes. A novidadeobteve sucesso, tanto assim que os processos e inquéritoscomeçaram a ser despachados com mais rapidez e aPromotoria itinerante foi ampliada, designando-se outrosmembros para nela atuar, havendo sempre um rodízio entreos diversos promotores. De acordo com as Portarias dedesignação de membros, a Promotoria itinerante existiu atépor volta de meados de 1987.

A Portaria nº 106, de 21.5.87, criou as assessorias deassuntos gerais, de assuntos parlamentares e assuntospenitenciários, sendo designados para elas, de acordo comas Portarias nº 110, 111 e 112, respectivamente, os promotoresJosé de Almeida Coelho, Eduardo José de OliveiraAlbuquerque e Francisco Cauby Saraiva Franco. Dias depois,ou seja, em 29.5.87, foi criada a Assessoria de RelaçõesPúblicas e para ela designada a promotora Elza RodriguesLugon, conforme Portaria nº 121.

Segundo consta da Portaria nº 198, de 27.7.87, oMinistério Público do Distrito Federal contava com os seguintesórgãos: duas Curadorias de Mandado de Segurança; duas, deResíduos; seis, de Família; uma, de Órfãos e Sucessões; uma,

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de Acidente de Trabalho; duas, de Registros Públicos; duas,de Massas Falidas; três, de Menores; seis, de Ausentes eIncapazes; além das curadorias, havia oito promotoriascriminais comuns; três, de Delitos de Trânsito e duas, deEntorpecentes. Nas cidades-satélites tínhamos onzeCuradorias e doze promotorias, além dos serviços deassistência judiciária em Brasília e nas satélites.

A Portaria nº 304, de 28.7.89, designou Humberto AdjutoUlhôa e Eduardo José Oliveira de Albuquerque para promoverencontros com associações de classe do Distrito Federal, afim de esclarecerem aos diversos seguimentos da sociedadesobre os seus direitos relativos ao meio ambiente, consumidor,menores, controle externo da atividade policial e direitoshumanos propriamente ditos.

Visando dotar o Ministério Público de melhores condiçõespara o desempenho de suas tarefas, o Procurador-Geral editouas Portarias nº 120, 121 e 122, todas do dia 22.4.88, criandoos núcleos de planejamento administrativo, de informática ede auditoria.

Em 17.10.88, foi editada a Portaria 387, criando aCoordenadoria de assuntos institucionais, com as atribuiçõesque hoje estão compreendidas na Promotoria de Defesa dosDireitos do Cidadão. Dando outros passos no sentido de melhordisciplinar os órgãos de atuação, foi editada a Portaria nº 455,de 13.11.90, que criou as Coordenadorias de Defesa daComunidade, da Ordem Jurídica Criminal, de Defesa do Direitoà Vida, da Ordem Jurídica Cível e de Tutela das Fundações eEntidades de Direito Social. A primeira coordenadoria agrupavaas Promotorias de Defesa do Patrimônio Público e Social, deDefesa dos Direitos do Consumidor, da Infância e Adolescênciae de Defesa dos Direitos da Vítima de Delito. Para essaCoordenadoria, foi designado João Alberto Ramos e, para asPromotorias citadas, pela ordem, foram designados ospromotores Amarílio Tadeu Freesz de Almeida, Antônio

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CAPÍTULO IX

Raimundo Gomes da Silva Filho, Wilma Francisca Mendes,Marta Maria Resende Pinto, Adilson Rodrigues, Odeth AlvesCamelo, Olinda Elizabeth Cestari Gonçalves e Francisco Leitede Oliveira. A segunda Coordenadoria agrupava aspromotorias criminais, as de execuções penais e a de ControleExterno da Atividade Policial. Lecir Manoel da Luz foidesignado Coordenador, sendo indicado para a Promotoria deControle Externo o membro Josemias Costa. Temístocles deMendonça Castro e Paulo Roberto de Magalhães Arruda foramdesignados para a terceira e a quarta Coordenadoria, tudocomo consta da Portaria nº 456, de 13.11.90.

Em 13.9.89, o Procurador-Geral baixou a Portaria 382,designando vários membros do Ministério Público para atuarno Juizado informal de pequenas causas, que havia sidorecentemente instaurado. A designação foi sem prejuízo dasatribuições normais antes exercidas e, entre os diversosmembros designados para o novo encargo, podemos anotaros nomes de Lecir Manoel da Luz, Romeu Gonzaga Neiva,Jesus de Moraes Aguiar e João Alberto Ramos. Maria deLourdes Abreu foi designada Coordenadora das atividadesministeriais junto ao Juizado informal de pequenas causas,conforme Portaria nº 438, de 24.10.89.

Surgiram, mais tarde, as Leis nº 8.185, de 14 de maio de1991; nº 8.407, de janeiro de 1992; nº 9.248, de 26 de dezembrode 1995 e nº 9.699, de 8 de setembro de 1998, que alteraram aorganização judiciária do Distrito Federal e aumentaram,conseqüentemente, as atribuições do Ministério Público doDistrito Federal, exigindo diversas ações na Procuradoria-Geral, entre elas as seguintes:

- Portaria nº 122, de 19.3.91, regulamentou a divisão dotrabalho no âmbito da Coordenadoria de Defesa doDireito à Vida;

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- A atuação da Promotoria de Tutela das Fundações eEntidades de Interesse Social foi disciplinada pelaPortaria nº 125, de 25.3.91, que também estabeleceuem detalhes as atribuições da referida Promotoria;

- A Portaria 435, de 27.9.91, criou a Coordenadoria deDefesa da Infância e da Adolescência, tal a amplitudedas atribuições das Promotorias da área;

- Segundo consta da Portaria 171, de 2.4.92, Elvan doNascimento Loureiro foi enviado ao Estado do Paranápara colher subsídios junto ao Ministério Público daqueleEstado com o objetivo de criar, no Distrito Federal, aPromotoria de Justiça Militar. Segundo consta daPortaria nº 195-A, de 17.2.92, a 2ª Turma Criminal doTribunal de Justiça do Distrito Federal começou afuncionar naquele dia;

- Por intermédio da Portaria nº 307, de 16.6.92, AntônioEzequiel de Araújo Neto foi designado para atuar naPromotoria do Patrimônio Público e Social e do MeioAmbiente;

- A Assessoria de Recursos Constitucionais, com asatribuições de centralizar a interposição de recursosespeciais e extraordinários, foi criada por meio daPortaria nº 659, de 4.11.92, sendo designado parapromover a sua efetiva implantação o Procurador deJustiça Elvan do Nascimento Loureiro;

- A Portaria nº 467, de 25.8.92, estabeleceu normas defuncionamento e as atribuições da Promotoria de Justiçade Defesa dos Direitos do Cidadão;

- Por meio da Portaria nº 651, de 30.11.92, foram criadasas Promotorias de Justiça em regime de plantão, coma finalidade de atender aos casos urgentes fora dohorário normal de funcionamento da Instituição;

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CAPÍTULO IX

- A Portaria nº 039, de 11.2.93, designou Antônio Ezequielde Araújo Neto para, sem prejuízo das suas atribuiçõesnormais, auxiliar na instalação da assessoria derecursos constitucionais;

- A Portaria nº 621, de 27.9.93, extinguiu a Promotoria deDefesa dos Direitos do Cidadão e criou, em seu lugar, aPromotoria de Defesa dos Direitos do Cidadão, doPatrimônio Público e do Meio Ambiente;

- A Promotoria de Justiça de Acidentes do Trabalho foicriada por meio da Portaria 622, de 27.9.93;

- A Promotoria de Justiça de Tutela dos DireitosIndisponíveis que, entre outras atribuições, tem a depromover a investigação de paternidade de que trata aLei nº 8560/92, foi criada por meio da Portaria nº 791,de 3.12.93;

- A Portaria nº 61, de 10.2.94, suspendeu a atuação demembros do Ministério Público como curador especial,em face da modificação legislativa ocorrida, e alterou adesignação das Curadorias Cíveis para PromotoriasCíveis;

- A Portaria nº 93, de 24.2.94, disciplinoupormenorizadamente a atuação da Promotoria de Tuteladas Fundações e Entidades de Interesse Social;

- De acordo com a Portaria nº 165, de 8.4.94, asPromotorias da Ceilândia, de atuação perante o Tribunaldo Júri, Varas Criminais comuns e Varas de Famíliaforam instituídas a partir daquela data;

- O funcionamento da Procuradoria Distrital dos Direitosdo Cidadão foi disciplinado por meio da Portaria nº 215,de 6.5.94;

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- A Portaria nº 253, de 30.5.94, estabeleceu roteiro paraa prestação de contas das entidades de interesse social,a serem apresentadas perante a PromotoriaEspecializada;

- A Portaria nº 266, de 7.6.94, estabeleceu as atribuiçõesda Assessoria Criminal da Procuradoria-Geral,substituindo o anterior regulamento;

- A Portaria nº 362, de 18.7.94, estabeleceu as atribuiçõesda Assessoria Criminal;

- As atribuições da Assessoria Cível, do Gabinete daProcuradoria-Geral, foram especificadas pela Portarianº 558, de 19.10.94;

- A Portaria nº 599, de 8.11.94, fixou as atribuições dospromotores do consumidor para atuar em inquéritospoliciais, até o oferecimento da denúncia, nos crimesespeciais e comuns;

- Por meio da Portaria nº 613, de 16.11.94, foramreestruturadas as Promotorias da Infância e daJuventude e a Portaria nº 650, de 29.11.94,estabelecendo-se os procedimentos para o plantão nasPromotorias da Infância e da Juventude;

- A Portaria nº 695, de 13.12.94, redefiniu as atribuiçõesda Promotoria de Justiça de Tutela dos DireitosIndividuais e Indisponíveis.

Foi na administração de Marluce Aparecida BarbosaLima que o Ministério Público do Distrito Federal deu o enormepasso de estruturar todas as Procuradorias e Promotorias deJustiça da Instituição, com a edição da Portaria nº 371, de 23de julho de 1992.

Além das tradicionais promotorias de justiça criminal ede família, o Ministério Público do Distrito Federal passou a

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contar com as modernas Promotorias de Justiça de Defesa doCidadão, do Idoso e do Portador de Deficiência Física; deDefesa da Infância e da Juventude; de Tutela das Fundações;de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural; de Defesado Patrimônio Público e Social; de Defesa da OrdemUrbanística; de Defesa do Consumidor; de Acidentes deTrabalho; de Defesa da Comunidade; de Defesa da Saúde; deDefesa dos Usuários dos Serviços de Saúde e de Defesa daEducação.

9.2 A9.2 A9.2 A9.2 A9.2 A ESTRUTURA ESTRUTURA ESTRUTURA ESTRUTURA ESTRUTURA ADMINISTRA ADMINISTRA ADMINISTRA ADMINISTRA ADMINISTRATIVTIVTIVTIVTIVAAAAA

O artigo 45 da Lei nº 3754, de 14 de abril de 1960, dispôs:

“O quadro da Secretaria do Ministério Público da Justiça doDistrito Federal é integrado pelos cargos isolados, deprovimento efetivo, e pela função gratificada constante databela nº 2, anexa, e que ora ficam criados.”

O anexo número 2 especificou dez cargos de provimentoefetivo e duas funções gratificadas — a de Secretário doProcurador-Geral e de Chefe da Secretaria Administrativa —e, em 7 de fevereiro de 1961, o então Procurador-Geral, ÁttilaSayol de Sá Peixoto, editou a Portaria nº 36, aprovando oregimento interno da Secretaria do Ministério Público do DistritoFederal e disciplinando as atribuições do Secretário doProcurador-Geral. O referido ato instituiu, internamente, ao queparece sem remuneração específica, uma seção administrativa,uma seção judiciária e uma seção de documentação.

O Ministério Público do Distrito Federal funcionou com aprecária estrutura acima referida até 22 de novembro de 1963,quando foi expedido o Decreto nº 52.911, aprovando oregulamento da Secretaria Administrativa, que tinha porfinalidade orientar, fiscalizar e executar as atividades relativasa pessoal, material, orçamento, documentação, comunicações,transportes e administração de edifícios. O artigo 2º do citado

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decretou criou quatro seções na estrutura da SecretariaAdministrativa, que foram as seguintes: seção de serviçosgerais; seção de documentação; seção de mecanografia eseção de transportes. O artigo 6º previu que, para o exatocumprimento das tarefas que lhe são afetas e observada aconveniência da racionalização dos serviços, a seção deserviços gerais poderia, por ato do Procurador-Geral, serdesdobrada em subsecções de pessoal, de material, deorçamento, de comunicações e de administração de edifícios.

No mesmo dia 22 de novembro de 1963, foi assinado oDecreto nº 52.912, outro importante diploma legal na históriado Ministério Público do Distrito Federal, que aprovou oregulamento do Gabinete do Procurador-Geral. De acordo como artigo 2º deste Decreto, o Gabinete compunha-se da chefiade gabinete, da Secretaria particular da Assessoria deplanejamento, da Assessoria parlamentar, da Assessoria derelações públicas e do serviço de administração do gabinete.

Cumpre observar que os decretos números 52.911 e52.912 criaram encargos específicos, mas não criaram funçõesgratificadas, que só surgiram com o Decreto nº 53.389, de 31de dezembro de 1963. O decreto, por último citado, criou, comonovidade, as funções gratificadas de assistente e secretáriodos subprocuradores-gerais, no Gabinete do Procurador-Geral,e chefe da seção de administração, na secretaria administrativa.

Para dar cumprimento ao decreto nº 52.912/63, na parterelativa à Assessoria de relações públicas que, entre outrasatribuições, tinha a de “manter o público permanentementeinformado sobre o sentido social, político e administrativo dasatividades do Ministério Público, de modo a despertar acompreensão e a confiança do povo, no fluxo operacional daInstituição”, o Procurador-Geral José Júlio Guimarães Limaconseguiu, junto ao Ministério da Educação e da Cultura, adestinação de horário especial e exclusivo na Rádio Educadora

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CAPÍTULO IX

para a divulgação de matéria pertinente à Instituição. Por isso,por intermédio da Portaria nº 60, de 23 de fevereiro de 1965,foram designados os membros Lincoln Magalhães da Rochae Pedro Sobreira Pirajá para dirigirem o programa “MinistérioPúblico em ação”.

A estrutura com as nove funções gratificadas criadas pelosdecretos 52.911, 52.912 e 53,389, de 1963, permaneceu até oadvento dos decretos 80.020, de 29 de julho de 1977, 80.276,de 5 de setembro de 1977 e 81.047, de 15 de dezembro de1977, que introduziram diversas alterações na estruturaadministrativa do Ministério Público do Distrito Federal, restandocriados 12 (doze) cargos de direção e assessoramento superiore trinta e quatro cargos de direção e assistência intermediária.Todavia, modificações posteriores diminuíram o número defunções gratificadas, no grupo “direção e assistênciaintermediária”, de modo que, Marluce Aparecida Barbosa Lima,ao assumir a chefia do Ministério Público em junho de 1992,encontrou-o dotado de doze cargos em comissão - DAS edezoito funções gratificadas - FG.

A procuradora-geral de justiça Marluce AparecidaBarbosa Lima, comprometida sobretudo com o futuro doMinistério Público, concentrou as ações iniciais da suaadministração na formação de uma equipe especializada,capaz de promover as mudanças necessárias à melhoria daestrutura administrativa do Ministério Público. A equipededicou-se ao trabalho com denodo1 e, em menos de cincomeses, preparou o projeto que resultou na Lei nº 8.559/92, que,aliada às leis 8.428/92 e 8.475/92, elevou o número de cargose funções de confiança para 302, sendo 72 (setenta e dois)DAS, 145 (cento e quarenta e cinco) FG e 75 (setenta e cinco)GRG.

Com o advento da Lei 8559, de 28 de dezembro de 1992,que tratou da estrutura básica do Ministério Público do DistritoFederal, a Instituição começou a passar por uma profunda

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

transformação em todos os seus segmentos. Novas eimportantes ações foram produzidas pela AdministraçãoSuperior. Eis algumas delas:

- A Portaria nº 25, de 1º.2.93, instituiu no Gabinete daProcuradoria-Geral a assessoria de perícias e dediligências complementares, com as atribuições, entreoutras, de realizar exames periciais, fazeracompanhamento de exames, prestar esclarecimentossobre laudos;

- A Portaria nº 038, de 10.2.93, deu notícia da viagem daProcuradora-Geral e do Diretor-Geral a Belo Horizonte,Minas Gerais, nos dias 11, 12 e 13 de fevereiro daqueleano, para colherem subsídios junto ao Ministério Públicomineiro na área administrativa, objetivando melhorestruturação do Ministério Público do Distrito Federal;

- A Portaria nº 244, de 29.4.93, baixou o regulamento daDivisão de Documentação e Biblioteca;

- Por meio da Portaria nº 331, de 7.6.93, foramestabelecidos os procedimentos para a tramitação deprocessos, inquéritos policiais e outros feitos noMinistério Público do Distrito Federal, determinando queos setores administrativos deveriam fazer a entregaimediatamente, aos respectivos membros, dosprocessos a eles distribuídos, para se evitar a nocivapermanência dos feitos nas secretarias das promotoriase procuradorias, como vinha acontecendo;

- Amarílio Tadeu Freesz de Almeida e José EduardoSabo Paes foram autorizados, por meio da Portaria nº40, de 31.1.94, a viajarem ao Estado de São Paulo, noperíodo de 7 a 9 de fevereiro daquele ano, paraconhecerem o serviço de informatização do MinistérioPúblico Paulista, visando aplicá-lo no Ministério Públicodo Distrito Federal;

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CAPÍTULO IX

- Por meio da Portaria nº 214, de 6.5.94, foi criado grupode trabalho com a finalidade de estabelecer metas deinformatização do Ministério Público do Distrito Federale Territórios. O grupo de trabalho foi constituído porAmarílio Tadeu Freesz de Almeida, José Eduardo SaboPaes, André Vinícius do Espírito Santo de Almeida eAntônio Marcos Dezan;

- Por meio da Portaria nº 611, de 16.11.94, a SenhoraProcuradora-Geral de Justiça criou o comitê dequalidade, visando implantar no Ministério Público doDistrito Federal o programa de qualidade total, cabendoa coordenação do comitê aos membros Amarílio TadeuFreesz de Almeida e Antônio Marcos Dezan.

Foi um período de intensa produção normatizadora dasmais diversas atividades da instituição, dotando o MinistérioPúblico do Distrito Federal dos instrumentos necessários paracumprir a sua determinação legal. São exemplos dessaprodução os seguintes atos: Portaria nº 561, de 14.1.0.92, quedisciplinou as sessões solenes de posse dos promotores dejustiça; Portaria nº 233, de 16.4.93, que criou o grupo detrabalho composto por Anderson Oliveira Machado, ValériaCampos da Silveira, Margarida Maria Vieira Teixeira, MariaIgnês de Barros Silveira e Ilton Muniz de Almeida para, noprazo de sessenta dias, providenciar a implantação do planode assistência médica dos membros e servidores da Instituição;Portaria nº 260, de 6.5.93, que designou comissão compostapelo membro José Eduardo Sabo Paes e pelos servidoresAnderson Oliveira Machado, Sônia de Menezes Nobre LiraMachado, Margarida Maria Vieira Teixeira e Marcos CésarMoreira Giraldez para elaborar tabela de temporalidade dedocumentos, processos e outros papéis; Portaria nº 374, de22.6.93, que estabeleceu os procedimentos para observânciado artigo 10 da Lei Complementar nº 75/93; Portaria nº 484,de 3.8.93, que designou o Promotor de Justiça Antônio Marcos

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Dezan para integrar o grupo de trabalho encarregado daimplantação do Plan-Assiste; Portaria nº 501, de 19.8.93, quedeu início às atividades do Plan-Assiste e estabeleceu prazopara a inscrição; Portaria nº 539, de 30.8.93, que fixou asnormas gerais de funcionamento do Plan-Assiste; Portarias546, 547 e 548, todas de 31.8.93, que disciplinou a concessãodo auxílio pré-escolar, do vale-transporte e do auxílio-alimentação; Portaria nº 597, de 8.11.94, que alterou oregulamento relativo ao auxílio pré-escolar; Portaria 057, de14.2.95, que criou três novas Promotorias Cíveis emSobradinho, em razão da instalação da 2ª Vara Cível daquelacidade-satélite; Portaria 063, de 15.2.95, criando, em caráterexperimental, a Promotoria de Defesa da Ordem Tributária;Portaria 065, de 16.2.95, que estabeleceu normas defuncionamento da Promotoria de Tutela dos Direitos Individuaise Indisponíveis; Portaria nº 153, de 4.4.95, que aprovou osistema de acompanhamento de processos da Promotoria deDefesa do Patrimônio Público e Social e do Meio Ambiente;Portaria nº 178, de 27.4.95, que aprovou as normas paraconcessão de licenças a membros e servidores do MinistérioPúblico; Portaria nº 260, de 8.6.95, que definiu as atribuiçõesbásicas de todas as promotorias cíveis do MPDFT; Portaria nº446, de 23.8.95, que redistribuiu atribuições entre promotoriascíveis, da circunscrição especial de Brasília, em razão dainstalação de novas Varas Cíveis; Portaria nº 469, de 1º.9.95,que disciplinou a concessão de afastamentos para participaçãoem cursos, congressos, simpósios, seminários, etc,estabelecendo que os pedidos deveriam ser formulados compelo menos quinze dias de antecedência; Portaria 492, de5.9.95, que disciplinou o andamento de processos e inquéritosnas Promotorias do Consumidor, do Patrimônio Público e doMeio Ambiente e da Ordem Tributária; Portaria 494, de 8.9.95,que reestruturou as atribuições específicas de todas asPromotorias de Justiça do Ministério Público do DistritoFederal, inclusive das cidades-satélites de Taguatinga,

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CAPÍTULO IX

Sobradinho, Brazlândia, Planaltina, Gama e Ceilândia. O atoapresentou uma síntese das atribuições de todas asPromotorias e continha trinta e duas páginas; Portaria nº 261,de 8.6.95, que definiu as atribuições das Promotorias de Defesada Infância e da Juventude; Portaria 624, de 30.11.95, queinstalou a Promotoria de Justiça do Paranoá; Portaria nº 055,de 26.2.96, que estabeleceu roteiro para a prestação de contasdas fundações e entidades de interesse social; Portaria nº 066,de 27.2.96, que criou mais uma promotoria criminal e duascíveis na circunscrição do Paranoá, determinando que a 1ªPromotoria Criminal acumularia todas as atribuições enquantoas outras não fossem instaladas; Portaria nº 071, de 1º.3.96,que normatizou a compensação e redistribuição de processos,nos casos de suspeição e impedimento, que só poderiam serdeclarados nos casos previstos em lei; Portaria nº 080, de5.3.96, que disciplinou o funcionamento das promotorias doconsumidor; Portaria nº 096, de 14.3.96, que disciplinou ofuncionamento da Promotoria de Justiça do Patrimônio Públicoe Social e do Meio Ambiente; Portaria nº 129, de 8.4.96, queestabeleceu critérios para ocupação e permuta de locaisdestinados à instalação de gabinetes de procuradores dejustiça, estabelecendo como primeiro critério a antigüidade;Portaria nº 149, de 16.4.96, que criou duas promotoriasespeciais criminais para atuarem perante os Juizados Cíveise Criminais de Brasília; Portaria 184, de 10.5.96, que instaloua 2ª Promotoria de Justiça Criminal e a 1ª Promotoria de JustiçaCível do Paranoá; Portaria 192, de 17.5.96, que criou novasPromotorias e redefiniu as atribuições específicas de todas asPromotorias de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal,merecendo destaque a criação da Promotoria de Justiça deSamambaia. O ato em questão, composto de cinqüenta e umapáginas, foi instrumento da maior importância para asatividades do Ministério Público; Portaria 212, de 24.5.96, quecriou novas Promotorias, destacando-se a 2ª Promotoria deJustiça dos Direitos Individuais e Indisponíveis e a 3ª Promotoria

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

de Justiça de Registros Públicos; Portaria nº 288, de 12.6.96,que declarou instaladas as Promotorias de Justiça deSamambaia.

A administração do procurador Humberto Adjuto Ulhôadeu prosseguimento à normatização das atividades ministeriais,merecendo destaque os seguintes atos: Portaria nº 484, de19.7.96, que fixou as atribuições das procuradorias de justiça(a Portaria nº 541, de 9.8.96, alterou o referido ato, melhordisciplinando o assunto); Portaria 482, de 19.7.96, que criou a10ª e 12ª Procuradorias de Justiça Criminais, a 1ª Procuradoriade Justiça dos Direitos Difusos, a 1ª Procuradoria de Justiçada Criança e do Adolescente e a 18ª Procuradoria de JustiçaCível; Portaria 509, de 1º.8.96, que estabeleceu novos critériospara concessão de afastamento para participação emcongressos, simpósios, seminários, etc; Portaria nº 510, de10.8.96, que dispôs sobre as atribuições das assessoriascriminal e cível; Portaria nº 525, de 7.8.96, que estabeleceunormas de organização da assessoria parlamentar; Portarias528, de 8.8.96 e 712, de 16.10.96, que estabeleceu critériospara o estágio no Ministério Público do Distrito Federal,possibilitando a admissão de estagiários de nível superior ede nível médio; Portaria nº 611, de 30.8.96, que alterou adenominação das Promotorias de Massas Falidas paraPromotorias de Justiça de Falências e Concordatas; Portaria685, de 2.10.96, que declarou instalada a 1ª Procuradoria deJustiça de Crimes Dolosos contra a Vida; Portaria 692, de7.10.96, que designou João Alberto Ramos, Vandir SilvaFerreira e André Vinícius do Espírito Santo Almeida pararealizarem inspeção na 19ª Delegacia de Polícia, com o objetivode exercer o controle externo da atividade policial; Portaria nº709, de 11.10.96, que definiu as atribuições das promotoriasde justiça de Tutela e Fundações e Entidades de InteresseSocial; Portaria nº 764, de 6.11.96, que dispôs sobre adistribuição extraordinária de processos, em caso deimpedimento dos procuradores de justiça; Portaria nº 788, de

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CAPÍTULO IX

19.11.96, que designou comissão composta por João AlbertoRamos, Lenir de Azevedo, Zenaide Souto Martins e SuellyAmbrósio da Fonseca para elaborar o histórico do MinistérioPúblico do Distrito Federal; Portaria nº 799, de 20.11.96, quecriou e instalou o núcleo de investigação criminal e controleexterno da atividade policial; Portaria nº 814, de 29.11.96, quecriou e instalou as Promotorias Eleitorais.

A atual estrutura administrativa do Ministério PúblicoFederal, consolidada no Regimento Interno aprovado porintermédio da Portaria nº 169, de 4 de março de 1997, é aseguinte:

GABINETE DO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA

ASSESSORIA

Assessoria Jurídica

Assessoria de Comunicação Social

Assessoria de Assuntos Parlamentares

Assessoria de Recursos Constitucionais

GABINETES DOS PROCURADORES DE JUSTIÇA

Departamento de Apoio às Atividades Jurídicas

Divisão de Apoio e Controle de Perícias, Contabilidade e Diligências Complementares

Divisão de Controle de Processos

Seção de Controle dos Feitos Criminais

Seção de Controle dos Feitos Cíveis

GABINETE DO VICE-PROCURADOR-GERAL DEJUSTIÇA

SECRETARIA DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS

Setor de Concursos

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

GABINETE DO CORREGEDOR-GERAL

CÂMARAS DE COORDENAÇÃO E REVISÃO

PROCURADORIA DISTRITAL DOS DIREITOS DOCIDADÃO

DIRETORIA-GERALAssessoria de Engenharia e ArquiteturaAssessoria TécnicaGabinete do Diretor-Geral

DEPARTAMENTO DE MODERNIZAÇÃO ADMINIS-TRATIVA

Divisão de Procedimentos e MétodosDivisão de Planejamento e ControleDivisão de Desenvolvimento de Sistemas

Seção de Avaliação e ProgramaçãoDivisão de Produção e SuporteSetor de Teleprocessamento

DEPARTAMENTO DE ORÇAMENTO E FINANÇASDivisão de Programação Orçamentária

Setor de Estudos e ProjeçõesDivisão de Programação FinanceiraDivisão de Avaliação e Acompanhamento

Seção de AvaliaçãoSeção de Acompanhamento

DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOSSeção de Assistência Médico-Ambulantorial e

OdontológicaDivisão de Administração de Pessoal

Seção de CadastroSeção de Pagamento

Divisão de Desenvolvimento de Recursos HumanosSeção de Treinamento e Desenvolvimento

Divisão de Legislação de Pessoal

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CAPÍTULO IX

DEPARTAMENTO DE APOIO ADMINISTRATIVODivisão de Material e Patrimônio

Seção de ComprasSetor de LicitaçãoSetor de CadastroSeção de AlmoxarifadoSeção de Registro e Controle Patrimonial

Divisão de Documental e BibliotecaBibliotecaSeção de Legislação, Jurisprudência e Consolidação

Divisão de Atividades AuxiliaresSeção de Protocolo-Geral, Publicação e ArquivoSeção de Elaboração e Acompanhamento de

Contratos e ConvêniosSeção de Execução Orçamentária e Financeira

Divisão de AdministraçãoSeção de Manutenção e ReparosSeção de Segurança e PortariaSeção de Comunicação Administrativa

Divisão de Transportes e Serviços GeraisSeção de Manutenção e Controle de VeículosSeção de Serviços Gerais

PROMOTORIA DE JUSTIÇA E DEFESA DOS DIREITOSINDIVIDUAIS E SOCIAIS

Gabinete do Promotor-ChefeSecretaria da Promotoria

Divisão de Registro e Controle Processual dos Feitosde Defesa da Infância e da Juventude

Setor de Apoio e Controle dos Feitos CriminaisSetor de Apoio e Controle dos Feitos Cíveis

Divisão de Registro e Controle Processual dos Feitosde Defesa do Consumidor

Setor de Apoio e Controle Processual

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Divisão de Registro e Controle Processual dos Feitosde Defesa de Outros Direitos

Setor de Apoio e Controle dos Feitos de Defesa doMeio Ambiente e do Patrimônio Público e SocialSetor de Apoio e Controle dos Feitos de Mandadode SegurançaSetor de Apoio e Controle dos Feitos de Defesa dosDireitos Humanos, Acidentes do Trabalho, Tuteladas Fundações e Entidades de Interesse SocialSetor de Apoio e Controle dos Feitos de Defesa dosDireitos Individuais Indisponíveis

PROMOTPROMOTPROMOTPROMOTPROMOTORIAS DE JUSTIÇAORIAS DE JUSTIÇAORIAS DE JUSTIÇAORIAS DE JUSTIÇAORIAS DE JUSTIÇA NAS CIRCUNSCRIÇÕES NAS CIRCUNSCRIÇÕES NAS CIRCUNSCRIÇÕES NAS CIRCUNSCRIÇÕES NAS CIRCUNSCRIÇÕESJUDICIÁRIASJUDICIÁRIASJUDICIÁRIASJUDICIÁRIASJUDICIÁRIAS

PROMOTORIAS DE JUSTIÇA NA CIRCUNSCRIÇÃOJUDICIÁRIA DE BRASÍLIA

Gabinete do Promotor-Chefe

Secretaria da Promotoria

Divisão de Registro e Controle Processual de MatériaCriminal

Seção de Apoio e Controle dos Feitos do JuizadoEspecial

Setor de Apoio e Controle dos Feitos Criminais

Setor de Apoio dos Feitos de Delitos de Trânsito

Setor de Apoio e Controle dos Feitos deAcompanhamento, Fiscalização e ExecuçõesPenais

Setor de Apoio e Controle dos Feitos deEntorpecentes e Contravenções Penais

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CAPÍTULO IX

Setor de Apoio e Controle dos Feitos do Tribunal doJúri e Militar

Setor de Apoio e Controle dos Feitos da OrdemTributária

Divisão de Registro e Controle Processual de MatériasCíveis

Setor de Apoio e Controle dos Feitos de RegistrosPúblicos e Massas Falidas

Setor de Apoio e Controle dos Feitos de Família,Órfãos e Sucessões Especiais

PROMOTORIA DE JUSTIÇA NA CIRCUNSCRIÇÃOJUDICIÁRIA DE TAGUATINGA

Gabinete do Promotor-Chefe

Secretaria da Promotoria

Divisão de Registro e Controle Processual

Setor de Apoio e Controle dos Feitos Criminais

Setor de Apoio e Controle dos Feitos Cíveis

Divisão de Apoio Administrativo

Setor de Serviços Gerais

PROMOTORIA DE JUSTIÇA NA CIRCUNSCRIÇÃOJUDICIÁRIA DE CEILÂNDIA

Gabinete do Promotor-Chefe

Secretaria da Promotoria

Divisão de Registro e Controle Processual e ApoioAdministrativo

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Setor de Apoio e Controle dos Feitos Criminais

Setor de Apoio e Controle dos Feitos Cíveis

Setor de Serviços Gerais

PROMOTORIA DE JUSTIÇA NA CIRCUNSCRIÇÃOJUDICIÁRIA DO GAMA

Gabinete do Promotor-Chefe

Secretaria da Promotoria

Divisão de Registro, Controle Processual e ApoioAdministrativo

Setor de Apoio e Controle dos Feitos Criminais

Setor de Apoio e Controle dos Feitos Cíveis

PROMOTORIA DE JUSTIÇA NA CIRCUNSCRIÇÃOJUDICIÁRIA DE SAMAMBAIA

Gabinete do Promotor-Chefe

Secretaria da Promotoria

Divisão de Registro, Controle Processual e ApoioAdministrativo

Setor de Apoio e Controle dos Feitos Criminais

Setor de Apoio e Controle dos Feitos Cíveis

PROMOTORIA DE JUSTIÇA NA CIRCUNSCRIÇÃOJUDICIÁRIA DE SOBRADINHO

Gabinete do Promotor-Chefe

Supervisão da Promotoria

Seção de Controle Processual e Apoio Administrativo

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CAPÍTULO IX

PROMOTORIA DE JUSTIÇA NA CIRCUNSCRIÇÃOJUDICIÁRIA DE PLANALTINA

Gabinete do Promotor-Chefe

Supervisão da Promotoria

Seção de Controle Processual e Apoio Administrativo

PROMOTORIA DE JUSTIÇA NA CIRCUNSCRIÇÃOJUDICIÁRIA DE BRAZLÂNDIA

Gabinete do Promotor-Chefe

Supervisão da Promotoria

Seção de Controle Processual e Apoio Administrativo

PROMOTORIA DE JUSTIÇA NA CIRCUNSCRIÇÃOJUDICIÁRIA DO PARANOÁ

Gabinete do Promotor-Chefe

Supervisão da Promotoria

Seção de Controle Processual e Apoio Administrativo

9.3 O QUADRO DE SER9.3 O QUADRO DE SER9.3 O QUADRO DE SER9.3 O QUADRO DE SER9.3 O QUADRO DE SERVIDORESVIDORESVIDORESVIDORESVIDORES

O primeiro quadro de servidores do Ministério Público doDistrito Federal, criado por intermédio do artigo 45 da Lei 3.754,de 14 de abril de 1960, era composto de dez cargos, assimdistribuídos: 1 (um) oficial administrativo; 2 (dois) auxiliaresadministrativos; 3 (três) datilógrafos; 1 (um) contínuo; 1 (um)motorista e 2 (dois) serventes.

O primeiro servidor do Ministério Público do DistritoFederal foi Arthur Sebastião César da Silva, nomeado Diretor

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

da Secretaria Administrativa, que correspondia a Diretoria-Geral. A partir de César, vieram mais os seguintes, para oscargos efetivos:

1 - Ália Felício Tobias, que foi a primeira secretária doProcurador-Geral

2 - José Faustino dos Santos, o primeiro motorista doProcurador-Geral (aliás, do Ministério Público)

3 - Sebastião do Carmo

4 - Raimundo Arruda

5 - Nelson Rodrigues de Souza

6 - Carmen Magalhães

7 - Oreste Mandarino

8 - Léia Horácio Severo de Souza Pereira

9 - Antônio Siqueira

10 - Dorgival Vilar Neto

Todos os servidores da primeira hora exerceram suasatividades no Ministério Público, com abnegação e sacrifícios,até a aposentadoria. Os últimos a se aposentarem foram NelsonRodrigues de Souza, em maio de 1995, e Raimundo Arruda,que se aposentou em 1989, retornando em 1993, para exercercargo em comissão, e, por fim, sendo exonerado em 1996.

Depois dos pioneiros vieram outros, com igual dedicaçãoe amor à nossa instituição. Nem sempre foram servidores dopróprio quadro, que era exíguo, mas requisitados a outrosórgãos públicos, mas nem por isso amaram menos o MinistérioPúblico. Vamos buscar nos registros da nossa história algunsatos e fatos que marcaram o crescimento do nosso quadro depessoal.

Lecir Manoel da Luz, posteriormente Desembargador doTribunal de Justiça do Distrito Federal, veio para o Ministério

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CAPÍTULO IX

Público em 1964, requisitado da Companhia Urbanizadora daNova Capital do Brasil, à qual pertencia como escriturário, nível8. Em 17 de setembro de 1964, Lecir Manoel da Luz foidesignado para substituir os chefes de seções de documentaçãoe transportes no período de 1º de outubro a 29 de novembrodaquele ano, iniciando assim uma brilhante carreira, que o levariaa exercer os mais diferentes e importantes cargos no MinistérioPúblico, até chegar à condição de Magistrado de 2º grau.

A Portaria nº 89, de 20 de abril de 1965, designou CelinaEutália de Souza, então funcionária do Ministério da Justiça eNegócios Interiores, colocada à disposição do MinistérioPúblico do Distrito Federal, para servir junto à DefensoriaPública. Vemos, portanto, que Celina pertenceu ao MinistérioPúblico do Distrito Federal há quase 40 anos, pois aquiingressou em 1962 como estagiária, passando à condição defuncionária e depois à de membro.

O Procurador-Geral da Justiça do Distrito Federal baixou,em 5 de outubro de 1965, a Portaria nº 220 determinando quefosse consignado na pasta de Arthur Sebastião César da Silva,o mais antigo funcionário do Ministério Público do DistritoFederal, as felicitações pelo reconhecimento dos excelentesserviços prestados à Instituição. A homenagem foi prestada aoensejo do 5ª aniversário de Arthur Sebastião na Chefia daSecretaria Administrativa do Ministério Público.

Embora decorridos mais de cinco anos da inauguraçãoda Capital da República, a maioria dos órgãos governamentaiscontinuava no Estado do Rio de Janeiro e, daí, havia anecessidade de constantes viagens do Chefe da SecretariaAdministrativa do Ministério Público do Distrito Federal àquelacidade, para tratar de assuntos corriqueiros da instituição, taiscomo pagamentos de substituições, gratificação derepresentação, diárias e ajuda de custo a membros doMinistério Público, conforme atestam vários atos deliberativosbaixados à época, dos quais é exemplo a Portaria nº 267, de10 de novembro de 1965.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

A Secretaria Administrativa do Ministério Público doDistrito Federal era composta, em 1965, dos seguintesfuncionários: Arthur Sebastião César da Silva, o chefe daSecretaria; Léia Horácio Severo de Souza, CarmemMagalhães, Maria de Lourdes Dantas Miranda, Maria das DoresValente Nascimento, Wilma Lacerda Botelho, José Faustinodos Santos, Veida Maria Costa Capone, Lecir Manoel da Luz,Raimundo Arruda, Antônio Siqueira, Neusa dos Anjos Piazera,Édmo de Oliveira, José Raimundo Xavier, José MariaGonçalves Coelho, Dorgival Vilar Neto, Amphilóquio Alves Filhoe Leonídio Souza Martins; enquanto o Gabinete do Procurador-Geral contava com as servidoras Claudia Ferreira de Souza,Lizete de Medeiros Passos, Alia Felício Tobias e Isacléria deBrito Pereira, que não mediam esforços para que as atividadesdo Ministério Público do Distrito Federal pudessem ser levadasa bom termo, merecendo, por isso mesmo, todos eles, elogiospela dedicação, eficiência e zelo no cumprimento de seusdeveres funcionais. As Portarias 302 e 303, de 14 de dezembrode 1965, bem retratam o fato. Cumpre esclarecer, que oMinistério Público sentia a carência de pessoal do seu próprioquadro e, para supri-la, contou com o apoio inestimável daCompanhia Urbanizada da Nova Capital do Brasil – NOVACAP,que nos cedeu alguns servidores, dentre eles Lecir Manoel daLuz, José Raimundo Xavier e José Maria Gonçalves Coelho,vindo os dois primeiros, posteriormente, a entrar à Instituiçãocomo promotores de justiça, galgando o primeiro ao cargo deDesembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal,como foi registrado há pouco.

De acordo com a Portaria 348, de 7 de dezembro de 1967,que elogiou os funcionários pela maneira dedicada e eficientecom que se houveram no desempenho de seus deveresfuncionais durante o ano de 1967, a Procuradoria-Geral contavacom os seguintes servidores: Arthur Sebastião Cézar da Silva,Léa Horácio Severo de Souza Pereira, Lizete de MedeirosPassos, Isacleria de Brito Pereira, Maria de Lourdes Dantas

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CAPÍTULO IX

Miranda, Carmem Magalhães, Raimundo Arruda, Neusa dosAnjos Piazera, Maria das Dores Valente Nascimento, VeidaMaria Costa Capone, Lecir Manoel da Luz, José MariaGonçalves Coelho, José Faustino dos Santos, José RaimundoXavier, Claudis Ferreira de Souza, Edmo de Oliveira, AntônioSiqueira, Jorge Cândido de Souza, Pedro Olegário Azevedo,Nelson Rodrigues de Souza, Sebastião Floristeu Pereira,Amphilóquio Alves Filho, Antônio Gomes da Silva, GabrielJorge dos Anjos, Moisés Nunes Gonçalves, Celina Eutália deSouza, Dorgival Vilar Neto, Fernando Reis Lima, Paulo Gomesde Souza, Manoel Dias Quixadá, Maria Noélia do NascimentoBrito, Geralda Lúcia Bezerra de Araújo, Júlio Barbosa e LucyPinheiro Lima.

A Portaria nº 8, de 18 de janeiro de 1968, estabeleceu aescala de férias de todos os servidores do Ministério Públicodo Distrito Federal para aquele ano. No referido ato, pode-severificar que o Ministério Público contava com trinta e doisservidores para a execução de todas as suas atividades-meio.Curiosamente, o número de membros permanecia mais oumenos o mesmo, vez que a Portaria nº 33, de 23 de fevereirode 1968, a qual fez as designações para o mês de marçodaquele ano, relaciona vinte e dois membros do MinistérioPúblico.

De acordo com a escala de férias para o ano de 1969,aprovada pela Portaria nº 348, de 16 de dezembro de 1968, oMinistério Público do Distrito Federal contava com trinta e seteservidores, entre os quais anotamos os nomes de Celina Eutáliade Souza, José Raimundo Xavier, Fernando Reis Lima, LuizRamos Porto, Lecir Manoel da Luz e Lenir de Azevedo, osquais, posteriormente, passaram à condição de membros doMinistério Público do Distrito Federal.

Como dissemos acima, o quadro de pessoal do MinistérioPúblico do Distrito Federal foi formado, no seu início, por

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

servidores oriundos dos mais diversos órgãos públicos, nacondição de requisitados, sobressaindo-se a valorosacolaboração da Companhia Urbanizadora da Nova Capital doBrasil – NOVACAP, que cedeu um grande número de servidoresque, posteriormente, foram incluídos no quadro de pessoal doMinistério Público. Assim, verificamos das Portarias nº 452 a464, de 9 de maio de 1969, a inclusão no quadro especial depessoal do Ministério Público dos seguintes servidores quetinham sido cedidos pela NOVACAP: - Neuza dos AnjosPiazera, Isacléria de Brito Pereira, José Maria GonçalvesCoelho, Jorge Cândido de Souza, Veida Maria Costa Capone,Lecir Manoel da Luz, José Raimundo Xavier, Claudis Ferreirade Souza, Edmo de Oliveira, Amfiphoquio Alves Filho, ManoelDias Quixadá, Antônio Gomes da Silva e Sebastião FloristeuPereira.

Visando à implantação de novo quadro de pessoal doMinistério Público do Distrito Federal, o Procurador-Geralconstituiu comissão composta do promotor público HélioFonseca e dos servidores Arthur Sebastião Cézar da Silva eLecir Manoel da Luz para elaborar estudos e apresentaranteprojeto a respeito do tema. De acordo com a escala deférias para o ano de 1972, aprovada por meio da Portaria nº1437, de 16.12.71, contávamos naquela época com sessentae dois servidores, entre os quais anotamos os nomes deFernando Reis Lima, Lecir Manoel da Luz, José RaimundoXavier, Celina Eutália de Souza e Luiz Ramos Porto.

Os poucos servidores do Ministério Público do DistritoFederal multiplicavam-se para atender a todas as atividades,com admirável dedicação ao órgão. Em 23 de julho de 1974, oProcurador-Geral baixou a Portaria 2796, elogiando osservidores pela dedicação e espírito voluntário de bem servirpor ocasião da mudança para o Anexo do Tribunal de Justiça.Por outro lado, a Portaria nº 2911, de 2.10.74, contém elogio àservidora Isacléia de Brito Pereira por completar dez anos como

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CAPÍTULO IX

Chefe da Secretaria particular do Procurador-Geral. A referidaservidora exerceu a função em questão até 30 de maio de 1975quando, na gestão do procurador Hélio Pinheiro da Silva, foidispensada. Arthur Sebastião César da Silva, nosso primeirofuncionário, exerceu a Chefia da Secretaria Administrativa até31.10.75, quando foi dela dispensado por meio da Portaria nº3377, sendo substituído pela servidora Léa Horácio Severode Souza Pereira, designada para a função através da Portarianº 3381, do mesmo dia. Nosso querido José Freire Pereira,que exerceu a Direção-Geral do Ministério Público por longosanos, ingressou na Instituição em 31 de outubro de 1975, comooficial de gabinete de Hélio Pinheiro da Silva, designado quefoi pela Portaria nº 3380. Margarida Maria Vieira Teixeira,Assessora das Câmaras de Coordenação, veio para oMinistério Público no início do ano de 1978, (5.1.78). Ela foi,portanto, a nossa mais antiga servidora em exercício nomomento em que registramos esses fatos, em dezembro de2000.

Vimos que o Ministério Público do Distrito Federal chegoua ter, em 1972, sessenta e dois servidores. No entanto, nagrande maioria eram requisitados, que tiveram que retornaraos seus órgãos, de modo que voltamos ao patamar de trintaa trinta e cinco servidores, como consta do relatório de HélioPinheiro da Silva, relativo ao período de 1974/78. Aliás, vamostranscrever na íntegra o nosso quadro de pessoal em novembrode 1978, como está no referido relatório:

“DIRETOR-GERALJosé Freire Pereira

DIVISÃO DE PESSOALLéa Horácio Severo de Souza Pereira

DIVISÃO DE DOCUMENTAÇÃO JURÍDICACarmen Magalhães

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

DIVISÃO DE ADMINISTRAÇÃOJosé Sebastião Ferreira

DIVISÃO DE ORÇAMENTO E FINANÇASLuci Pinheiro da Rocha Lima

SECRETARIA DA PROMOTORIA PÚBLICAMargarida Maria Vieira Teixeira

SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIAJosé Cassiano Barros de Oliveira

SECRETARIA DA SUBPROCRADORIA-GERALNeuza dos Anjos Piazera

SECRETARIA DOS TERRITÓRIOS FEDERAISMaria Noélia do Nascimento Brito

SEÇÃO DE LEGISLAÇÃO DE PESSOALJosé Raimundo Xavier

SEÇÃO DE CADASTRO, LOTAÇÃO E PAGAMENTOAntônio Siqueira

SEÇÃO DE RECRUTAMENTO, SELEÇÃO EAPERFEIÇOAMENTOSebastião Floristeu Pereira

SEÇÃO DO ALMOXARIFADOEdmo de Oliveira

SEÇÃO DE COMUNICAÇÕESJorge Cândido de Souza

SEÇÃO DE ATIVIDADES AUXILIARESRaimundo Arruda

SEÇÃO DE MATERIALNelson Rodrigues de Souza

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CAPÍTULO IX

SEÇÃO DE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIAOdécio Martins Baesa

SEÇÃO DE AVALIAÇÃO E CONTROLEAntônio Gomes da Silva

SEÇÃO DE LEGISLAÇÃO E JURISPRUDÊNCIACarmem Siqueira Bolzon

SEÇÃO PROCESSUALPedro Olegário de Azevedo

ASSISTENTES DAS SECRETARIAS:

PROMOTORIA PÚBLICADorgival Vilar NetoClotildes de Abreu Tavares

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIAManoel Dias QuixadáAmphilóquio Alves Filho

SUBPROCURADORIA-GERALVeida Maria Costa Capone

MOTORISTASJosé Faustino dos SantosGabriel Jorge dos SantosOdálio Alves FeitosaSebastião Francisco Barbosa

FUNCIONÁRIOS À DISPOSIÇÃOAlcy Coelho PereiraIsacléria de Brito Pereira

FUNCIONÁRIA REQUISITADAZoé de Bem”

Abrindo um parêntese, lembramos que significativahomenagem foi prestada à servidora Neuza dos Anjos Piazara,

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

pelo Tribunal de Contas da União, por ocasião da verificaçãoda regularidade da aposentadoria da referida servidora,homenagem que, pelo seu conteúdo, foi extensiva a todos osbravos servidores do início. Eis a declaração de voto do MinistroLincoln Magalhães da Rocha, publicada na “Revista doMinistério Público do Distrito Federal e Territórios”, nº 01, pág.254:

“Ao julgar esta Corte a aposentadoria da funcionária Neuzados Anjos, julgo-me no dever de expressar meus louvores àatuação desta exemplar servidora, sob pena de ser omisso.

D. Neuza, como a chamávamos carinhosamente, foi uma dascomponentes daquele bravo pugilo de lutadores quecompunham a equipe de apoio do Ministério Público do DistritoFederal.

Naqueles primeiros anos de Brasília, lutava o Ministério Públicocom as maiores dificuldades para conseguir seinstrumentalizar tanto de materiais como de pessoal que desseapoio àquele notável parquet, parquet, parquet, parquet, parquet, recrutado em concurso emtodos os Estados da Federação e cujos componentes hojesão ilustres Ministros do Tribunal Federal de Recursos,Desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federale do Tribunal Regional Eleitoral e, por sinal, três delesocupando as respectivas Presidências: Ministro JoséFernandes Dantas (Tribunal Federal de Recursos),Desembargador Antônio Honório Pires de Oliveira Júnior(Tribunal de Justiça do Distrito Federal), DesembargadorEduardo Andrade (Tribunal Regional Eleitoral do DistritoFederal).

Isso sem falar nos remanescentes integrantes que decidirampermanecer fiéis à instituição, aos quais homenageio napessoa do seu Procurador-Geral, o eminente Dr. JoséDilermando Meireles.

Sob a então chefia de Guimarães Lima e de Artur SebastiãoCésar da Silva, D. Neuza, através de seu trabalho e dedicação,se fez merecedora desse registro nesta alta Corte de Contas.

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CAPÍTULO IX

D. Neuza teve sorte melhor que suas colegas Maria das Dorese Isacléria Brito Pereira que vieram a falecer nesse iter titânicoem prol do serviço público brasileiro. Mesmo assim se viuatingida por doença especificada em lei.

Os benefícios que o Tribunal de Contas da União hoje lhereconhece são apenas um ato de justiça tardia que se lhe faze que tem a chancela do Direito Sumular do prestigiosoTribunal Federal de Recursos e agora jus positum por decreto-lei.

Sala das Sessões, 14 de agosto de 1984.”

Voltando ao quadro de servidores de 1978, vemos, doreferido quadro, que o servidor Odalio Alves Feitosa, quecontinua em pleno exercício, também já pertencia ao MinistérioPúblico do Distrito Federal. Portanto, Margarida e ele são osmais antigos funcionários da Instituição.

De acordo com a escala de férias aprovada pela Portaria5193, de 19.12.80, o Ministério Público do Distrito Federalcontava, naquela época, com vinte e oito servidores. No anoseguinte, a escala aprovada pela Portaria nº 5601, de 17.12.81,registrava a presença de três servidores a mais, ou seja, trintae um servidores. Este número foi diminuído de um servidor em1983, conforme consta da Portaria nº 5978, de 3.1.83, queaprovou a escala de férias para aquele ano. O plano geral deférias dos servidores para 1985 revela que o Ministério Públicodo Distrito Federal contava, ao final do ano de 1984, com vintee cinco servidores, o que revela um decréscimo de cincoservidores entre 1983 e 1984. Interessante observar que, naescala de férias para 1985, constava o nome do servidorWanderley Ferreira dos Santos, que passou, posteriormente,a integrar o Ministério Público do Distrito Federal como promotorde justiça.

Vagarosamente, e sempre aquém das necessidades, onosso quadro de pessoal foi aumentando e quando Marluce

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Aparecida Barbosa Lima assumiu a chefia do parquet, emjunho de 1992, encontrou um quadro de cento e vinte e setefuncionários (22 técnicos, 79 assistentes e 26 auxiliares) econseguiu elevá-lo para quinhentos e dezenove (87 técnicos,282 assistentes e 150 auxiliares), além de contarmos com oinestimável auxílio de estagiários, em face da implantação, apartir de 1992, do estágio remunerado para estudantes de níveissuperior e médio.

Como bem observou Marluce Aparecida Barbosa Limaem seu “relatório de gestão”, o “Cerne de toda Instituição sãoos seus recursos humanos. Essa afirmativa se aplica tanto paraos aspectos quantitativos como para os qualitativos”. Por isto,a qualificação profissional do servidor foi a principalpreocupação de Marluce, como está à pág. 10 de seu relatório:

“A partir de 1993 foi elaborado o primeiro Programa deCapacitação de Recursos Humanos no MPDFT calcadoem bases mais sólidas, ou seja, precedido de umLevantamento de Necessidades de Treinamento efetuadojunto às Chefias das Unidades e dos Servidores em todoo MPDFT.

O resultado foi que, ao final de 1993 o MPDFT promoveu09 (nove) eventos de treinamento internos com aparticipação de 153 servidores e 38 (trinta e oito) externoscom participação de 95 (noventa e cinco) servidores,registrando-se, ainda, a participação de 25 (vinte e cinco)membros em eventos patrocinados pelo Programa.

É importante registrar que a área mais beneficiada comtreinamento foi a área jurídica com 14 (quatorze) eventose 94 (noventa e quatro) treinados.

No ano de 1993, foram realizados os 04 (quatro) primeirosCiclos de Palestras sobre o MPDFT com participação de70 (setenta) servidores. Os ciclos de palestras, comduração de cinco dias, têm por objetivo a familiarização

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CAPÍTULO IX

do servidor com a estrutura organizacional e com asatividades institucionais do MPDFT.

Em 1994, foram promovidos 75 (setenta e cinco) eventosde treinamento, sendo 23 (vinte e três) internos e 52(cinqüenta e dois) externos, tendo participado desseseventos 441 (quatrocentos e quarenta um) servidores e94 (noventa e quatro) membros. Consolidado o Programade Qualificação Profissional do MPDFT, buscou-se, noexercício de 1995, o seu aperfeiçoamento, introduzindo-se novas técnicas de Levantamento de Necessidades deTreinamento, constituindo-se em cada Unidade ePromotoria o que se chamou Agente de Desenvolvimentode Treinamento, o qual orientado pelo Departamento deRecursos Humanos identificaria em sua Unidade as reaisnecessidade de treinamento.

Os resultados, então, evoluíram para a participação de533 (quinhentos e trinta e três) servidores e 166 (cento esessenta e seis) membros, nos 101 (cento e um) eventosrealizados.

Em 1966, ainda até maio, já foram oferecidos 41 (quarentae um) eventos de treinamento com 795 (setecentos enoventa e cinco) participantes.”

O horário de expediente do Ministério Público foimodificado através do tempo, sempre em busca de melhor servirà Justiça e ao povo. Com efeito, em 1961, o Procurador-Geralfixou o horário de doze às dezoito horas, de segunda a sexta-feira, e aos sábados de nove às doze (Portaria nº 90, de 29 deagosto). Todavia, por intermédio da Portaria nº 121, de 13 deoutubro de 1961, o horário de expediente foi fixado de oito etrinta às onze horas, e de treze às dezoito e trinta, de segundaa sexta-feira, não havendo expediente aos sábados.

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A Portaria nº 156, de 6 de abril de 1964, confirmou oexpediente do Ministério Público de 11h30 às 18h, de segundaa sexta-feira, sem expediente aos sábados, exceto o gabinetedo Procurador-Geral, não sujeito a horário.

Diversos outros atos trataram do assunto (Portarias 384,de 30.7.92; 572, de 26.10.94 e 527, de 8.8.96, entre outras),até fixar-se no horário de 40 horas para a atividade-meio e trintae cinco horas para a atividade-fim.

9.4 O SETOR DE TRANSPORTES9.4 O SETOR DE TRANSPORTES9.4 O SETOR DE TRANSPORTES9.4 O SETOR DE TRANSPORTES9.4 O SETOR DE TRANSPORTES

No início, o Ministério Público do Distrito Federal dispôsde apenas um veículo, destinado ao transporte do Procurador-Geral. A situação pouco alterou-se no decorrer dos anosseguintes, como mostra o relatório de Hélio Pinheiro da Silva,já muitas vezes citado:

“Em 1974 o Ministério Público do Distrito Federal dispunha de5 (cinco) veículos sendo 3 (três) destinados à condução dopessoal administrativo e 2 (dois) de representação.

Em 1975 foram adquiridos 4 (quatro) veículos e alienados 3(três).

Em 1976 o órgão possuía 6 (seis) veículos para o serviço decondução do pessoal, representação e entrega decorrespondência.

Em 1977 foi recolhido ao Ministério da Justiça, por força doDecreto nº 79.399/77, o carro “Galaxie”, placa nº 5558, anode fabricação 1972.

Foram cedidos ao Ministério da Justiça, no mesmo ano, osveículos Kombi-Placa nº 7042, ano de fabricação 1975 e aVariant-Placa nº 4681, ano de fabricação 1973, conforme termolavrado em 19 de maio de 1977.

Desse modo, cumprindo a orientação ministerial no sentidode restringir ao máximo o uso de veículo e o consumo de

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CAPÍTULO IX

combustível, o órgão passou a dispor de apenas 3 (três)veículos.

No corrente exercício, esses veículos servem à Procuradoria-Geral e se destinam ao transporte Oficial do Procurador, dosAssessores comissionados na categoria de DAS e ao serviçode distribuição de correspondência.”

Como se pode verificar do trecho acima transcrito, oMPDFT possuía, em 1978, dezoito anos depois de criado einstalado, apenas três veículos.

A situação melhorou um pouco entre 1978 e 1992.Vejamos o que escreveu Marluce Aparecida Barbosa Lima noseu relatório, sobre a situação que encontrou:

“No que concerne aos serviços de transporte, contava oMPDFT com uma frota de 12 (doze) veículos, númeroinsuficiente para atendimento da demanda. Todos os veículoscom mais de 07 (sete) anos de operação, sendo que diversosdeles apresentavam-se em péssimas condições de uso.

O transporte dos membros para as promotorias das cidades-satélites era realizado com a utilização exclusiva dessesveículos, sendo comum a interrupção da viagem, em razãode pane na viatura.”

Os membros e servidores que vivenciaram o período emque eram transportados por uma frota “em péssimas condiçõesde uso,” poderiam recordar quantas vezes ficaram nas estradasde Brazlândia, Gama, Taguatinga, Sobradinho, ou de quantasvezes preferiram utilizar-se de seus próprios veículos, mesmosem receberem cota de combustível, o que nunca aconteceuno Ministério Público do Distrito Federal.

Ao final da gestão de Marluce Aparecida Barbosa Lima,em junho de 1996, o MPDFT contava com uma frota de trinta eum (31) veículos, entre especiais, de serviço e carga,atendendo aos serviços da administração superior e daspromotorias das diversas cidades-satélites. Dos trinta e um

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veículos, apenas sete eram velhos, pois fabricados em 1974(um microônibus mercedes benz), 1987 e 1988. Os demais nãotinham mais que três anos de fabricados.

Outrossim, foi construída a garagem do MPDFT no setorde garagens e oficinas norte, com espaço para Almoxarifado,depósito, oficina e garagem.

Na administração de Humberto Adjuto Ulhôa, o Setor deTransporte foi redimensionado com a alienação ou cessão dealguns veículos mais velhos e a aquisição de novos, sendo afrota, hoje, composta de cinqüenta e sete veículos. Na garagemforam instalados serviços de manutenção, máquina paralavagem dos carros e cobertura para abrigo dos automóveis.

9.5 INFORMA9.5 INFORMA9.5 INFORMA9.5 INFORMA9.5 INFORMATIZAÇÃOTIZAÇÃOTIZAÇÃOTIZAÇÃOTIZAÇÃO

Nos primeiros dias, a árdua luta da administração doMinistério Público era para conseguir máquinas de escrever,máquinas de calcular e mimeógrafo. Inúmeras vezes, ArthurSebastião Cezar da Silva teve que viajar ao Rio de Janeiropara receber material destinado à nossa Instituição. Essasviagens eram necessárias porque, apesar da inauguração daCapital em 1960, a maioria dos órgãos federais permaneciana “cidade maravilhosa”.

Em 1978, não tínhamos mais que trinta máquinas deescrever, entre elétricas e manuais. Porém, na administraçãode Geraldo Nunes foram dados os primeiros passos para ainformatização do MPDFT. Eis como Marluce AparecidaBarbosa Lima descreveu a situação, em seu relatório degestão:

“O processo de informatização, ainda que timidamente, já haviainiciado no MPDFT quando do início da minha primeira gestão(junho/92).

Havia sido reservado um espaço físico onde fora instaladoum minicomputador SMX-390-SID com 07 (sete) terminais e

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CAPÍTULO IX

outros 10 (dez) microcomputadores XT encontravam-se porinstalar.

Importa registrar, no entanto, que os trabalhos de informáticaeram dirigidos único e exclusivamente para folha depagamento.

Todavia, ações e medidas visando à aceleração do processode informatização, racionalização do serviço e à simplificaçãodas rotinas eram requeridas, pois o estrangulamento dosserviços se fazia notar tanto na área meio, quanto na áreafinalística do MPDFT.

Inicialmente, para minimizar tal situação, optou-se pelaaquisição de mais computadores - 27 (vinte e sete)microcomputadores e 22 (vinte e duas) impressoras - parainstalação imediata nas procuradorias e promotorias quedemandavam maior volume de serviços, de forma a permitir aessas unidades processar seus próprios serviços de ediçãode textos e elaborar os controles necessários.

Mas, ações mais concretas visando ao desenvolvimento doprocesso de informatização do MPDFT passava pela criaçãode um meio físico adequado ao funcionamento da informática;adequação dos recursos de “hardware”, “software” e“peopleware” (pessoal).

Nessa linha de ação, em 1993 mais 39 (trinta e nove)microcomputadores e 55 (cinqüenta e cinco) impressoras,além de novos “softwares” de processamento de textos, emversões mais atualizadas, geradores de aplicação “on line” eplanilhas foram incorporadas ao parque computacional doMinistério Público.

Promoveu-se o treinamento de pessoal e a automação teveseu curso desviado para novas necessidades:

- o inter-relacionamento entre os diversos postos detrabalho e unidades por meio da utilização de uma redede informática.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

- Administração de dados para gerenciar todo e qualquertipo de informação dentro da Instituição

Paralelamente ao atendimento das necessidades quenaquele momento se manifestavam no contexto doprocesso de informatização, prosseguia-se na aquisiçãode novos equipamentos, cuja evolução estárepresentada a seguir:

PARQUE DE “HARDWARE”

A partir da identificação dessas necessidades, foram adquiridosnovos “softwares”, tais como Sistema de Gestão de Pessoal -SIGESP, Sistema de Controle de Processos, Sistema deControle de Patrimônio, Sistema de Controle de Almoxarifado,dentre outros, pois os sistemas em operação no MPDFT nãomais atendiam os anseios de modernização da Instituição.

O desenvolvimento dos recursos humanos, a incorporaçãode novas tecnologias e a modernização dos processosadministrativos imprimiram novos ritmos à Casa, cujas açõesrequisitaram novas reformulações de curto, médio e longoprazo para fazer face à tamanha demanda de modernizaçãoque se despontou neste Ministério Público

Nesse contexto, espera-se que, a curtíssimo prazo, o MPDFTesteja totalmente interligado através de uma rede decomputadores, comunicando-se entre si; a médio prazo, oaperfeiçoamento desse processo e, a longo prazo, amodernização presente na instituição.

Ressalte-se que a rede de informática já se encontra emfuncionamento em componentes situados no prédio do IBAMAe no anexo I do TJDF, disponibilizando o “mail” (correio

Equipamentos 1992 1992 1993 1994 1995 1996

de informática (30.06.92) (31.12.92) (31.12.93) (31.12.94) (31.12.95) (31.03.96)

Computadores 010 037 076 081 109 176

Impressoras 007 029 084 090 115 165

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CAPÍTULO IX

eletrônico); “Back up” (armazenamento central de segurança);e o informa jurídico (“software’ para consulta à jurisprudênciae legislação).

Brevemente estará disponibilizado o “SISPRO” - Sistema deControle de Processos e Documentos, que possibilitará grandevelocidade na recuperação de informações processuais edocumentais, além de eliminar por completo os controlesmanuais.

A médio prazo, o orçamento e a respectiva execução estãodisponíveis para consultas, facultando aos membros eservidores usuários de rede, pleno e imediato conhecimentoda matéria.”

Foi, sem dúvida nenhuma, um grande avançoconquistado na administração de Marluce. Pode-se afirmar,sem medo de errar, que nessa época o MPDFT entrou na erada modernidade.

Humberto Ulhôa deu continuidade ao processo, trazendopara o Ministério Público o que existia de mais atual no campoda informatização. Vamos buscar, no relatório de gestão deHumberto, dados importantes sobre o tema:

“Na primeira gestão, em 1996, foi desenvolvido o Sistema deControle de Processos e Documentos (SISPRO) que permitecruzar informações, controlar tramitações, registrarocorrências, produzir estatísticas e controlar prazos. Paraagilizar a identificação dos documentos, foram implementadoscódigos de barras e adquiridos 168 scaneers de mão paraleitura ótica. Esses sistemas, atualmente, estão disponíveispara todas as Procuradorias de Justiça e Promotorias deJustiça.

Após 1996, foram desenvolvidos outros sistemas que permitemo controle dos processos administrativos (SISPROADM);representação (SISRESP); atendimentos (DMATOOLS);lotação de procuradores e promotores de Justiça (LOTAÇÃO);estatísticas dos trabalhos realizados pelos membros

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(ESTATÍSTICAS); serviços de saúde prestados pelo Plan-Assiste (PLANABEN); acervo da biblioteca (LIBRUM);documentos (SISDOC); serviços médicos e odontológicos(SAMO); concursos (CONCURSOS); orçamento e finanças(SICOF) e registros de endereço (MALADIR).

Em fevereiro de 1998, o MPDFT entrou na rede mundial decomputadores, a Internet, com um site que reúne informaçõesinstitucionais, gerais e específicas sobre os órgãos da Casa.Também foi desenvolvido o sistema de comunicação interna,a Intranet, que permite acesso a contracheques, formulários,estatísticas, portarias, entre outros serviços. Funcionários daInstituição receberam treinamento especializado paramanipular as home pages, o que agilizou a atualização dasinformações.

Uma estação gráfica, com impressora laser colorida, foiinstalada na Assessoria de Comunicação Social para melhorara qualidade dos informativos e diminuir custos na produçãode materiais gráficos.

Também foram adquiridos 16 projetores multimídia data showpara facilitar a apresentação de peças jurídicas nos tribunaisdo júri e 31 notebooks para agilizar os trabalhos realizadosem trânsito. Até o mês de junho, há previsão para aquisiçãode mais 20 computadores portáteis.

Na administração de Ulhôa, o parque computacional doMPDFT cresceu em 76,3%, desde 1996, quando havia 152microcomputadores. Atualmente, o número é de 623. Osequipamentos são interligados em rede, o que permiteintercâmbio entre as Promotorias de Justiça situadas no PlanoPiloto e nas cidades do DF.”

9.6 A BIBLIOTECA9.6 A BIBLIOTECA9.6 A BIBLIOTECA9.6 A BIBLIOTECA9.6 A BIBLIOTECA

A Biblioteca sempre foi importante meio para que osmembros do Ministério Público do Distrito Federal pudessemdesenvolver as suas atividades, produzindo trabalho de

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CAPÍTULO IX

qualidade, do ponto de vista legal, doutrinário e jurisprudencial.Por isso mesmo, buscou-se, desde os primeiros anos, formaruma biblioteca que atendesse às nossas necessidades. Nãofoi nada fácil, em razão da conhecida falta de recursos, masem cada administração foram sendo adquiridas algumas dasobras necessárias, até que, em junho de 1992, contávamoscom um acervo de 13.010 (treze mil e dez) livros e periódicos.Implantou-se, então, o necessário tratamento técnico dasobras, com adequada ordenação nas estantes, abertura defichas técnicas com nome do autor, título ou assunto enormatização do sistema de empréstimo de livros.

O controle ideal não existia por falta de recursos técnicose humanos para exercê-lo, mas não por falta de previsão, poisJosé Júlio Guimarães Lima, sempre atento à necessidade desistematizar as atividades administrativas, editou a Portaria nº321, de 21 de novembro de 1967, aprovando o RegimentoInterno da biblioteca do Ministério Público e disciplinando, emdetalhes, as questões da consulta na Biblioteca, o empréstimoe renovação, a reserva de livros, as multas e penalidadesadministrativas por extravios, perdas e danos e até a arrumaçãodos livros nas estantes.

A partir de 1993 foi implantado um sistema automatizadocom geração da base de dados bibliográficos. Criou-se,também, a base de dados contendo a legislação comalimentação retroativa e informatizou-se o controle deempréstimos e intercâmbio entre as bibliotecas locais enacionais. “As estatísticas passaram a ser realizadas comacompanhamento mensal. No período de 1993 a 1996 foramadquiridos 2.366 (dois mil, trezentos e sessenta e seis) livrose periódicos” (trecho do relatório de gestão da Procuradora-Geral Marluce).

No período de gestão do Procurador-Geral de JustiçaHumberto Ulhôa foi designada uma comissão para levantar os

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livros e fascículos que deveriam ser adquiridos, resultando naaquisição de 1.130 livros e 86 fascículos avulsos paracomplementar coleções, além da renovação da assinatura detrinta e três (33) periódicos.

Com a inauguração do edifício-sede, a biblioteca ganhouespaço mais adequado, com sala de pesquisa de legislação ejurisprudência e sala de leitura para até 20 pessoas. A bibliotecapassou a dispor de três computadores e uma base librum, parafacilitar as consultas.

Para se ter uma idéia da relevância da biblioteca, ressalte-se que, somente nos três primeiros meses de 2000, foramemprestados 2.437 (dois mil, quatrocentos e trinta e sete) livrospara membros e servidores, com média mensal de 850(oitocentos e cinqüenta) empréstimos (dados extraídos dorelatório de Humberto Ulhôa).

Para concluir, cumpre lembrar que, por meio da Portarianº 103, de 21 de setembro de 1961, foi dado à biblioteca doMinistério Público do Distrito Federal o nome de “WalterCeneviva”, em homenagem e agradecimento ao muito que ofestejado jurista fez em prol da condigna instalação doMinistério Público, e por haver trabalhado, incansavelmente,pelo engrandecimento e pelo bom nome da Instituição

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CAPÍTULO IX

CAPÍTULO XPARTICIPAÇÕES EM CONGRESSOS,SIMPÓSIOS, COMISSÕES E OUTROS

ENCONTROS JURÍDICOS E AFINS

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CAPÍTULO X

10.1 P10.1 P10.1 P10.1 P10.1 PARARARARARTICIPTICIPTICIPTICIPTICIPAÇÕES EM CONGRESSOS E OUTROSAÇÕES EM CONGRESSOS E OUTROSAÇÕES EM CONGRESSOS E OUTROSAÇÕES EM CONGRESSOS E OUTROSAÇÕES EM CONGRESSOS E OUTROS

O Ministério Público sempre se preocupou com asrelevantes questões jurídicas de interesse da instituição, daJustiça e do país, bem como esteve sempre em busca doaprimoramento profissional de seus membros e servidores. Ointercâmbio com outros Ministérios Públicos também fez partedas nossas cogitações, desde os primórdios, como atestamos registros históricos. A participação dos membros do MPDFTem encontros regionais e nacionais tem sido intensa, comodemonstram os diversos atos de designação, com váriassolicitações para proferirem palestras como, por exemplo, ospromotores de justiça Diaulas Costa Ribeiro e José EduardoSabo Paes.

Não é nossa intenção registrar aqui, pormenori-zadamente, a participação de cada membro em todos osprogressos, simpósios e encontros variados, pois isso tornariaeste histórico quase interminável. Relembraremos apenasalgumas participações dos primeiros anos do Ministério Públicodo Distrito Federal, as quais foram marcantes exatamente pelopioneirismo. Os destaques são os seguintes.

Por meio da Portaria nº 25, de 1º de abril de 1963, foiconstituída comissão composta do 1º Subprocurador-Geral,Áttila Sayol de Sá Peixoto, do 1º Curador, Milton SebastiãoBarbosa, e do 1º Promotor Público, Francisco de AssisAndrade, para, sob a presidência do primeiro, efetuar estudoe a crítica do anteprojeto de Código Penal e apresentarsugestões que fossem capazes de aperfeiçoá-lo. Outrossim,o nosso Procurador-Geral participou do Congresso Regionaldo Ministério Público, promovido pelo Ministério Público doEstado de Minas Gerais e realizado na cidade de Uberlândia,nos dias 9 a 12 do mês de junho de 1966, conforme se podever do teor da Portaria nº 125, de 8 de junho de 1966.

O Ministério Público do Distrito Federal realizou, no anode 1966, encontro dos procuradores-gerais dos Estados, tendo

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a nossa Instituição mantido, previamente, inúmeros contatoscom as co-irmãs, para a consecução do objetivo. A Portaria nº223, de 5 de outubro de 1966, dá-nos notícia de algumasviagens de assessores do nosso Procurador-Geral para tal fim.

O Subprocurador-Geral Milton Sebastião Barbosa foiencarregado de realizar contatos no Rio de Janeiro, São Pauloe Minas Gerais com associações culturais, científicas eprofissionais visando à conclusão da legislação referente aosdireitos autorais, conforme designação da Portaria nº 11, de 9de janeiro de 1967. A designação de Milton Barbosa para ahonrosa tarefa partiu do Senhor Ministro da Justiça e não foiapenas pelos notáveis conhecimentos jurídicos do ilustremembro do Ministério Público do Distrito Federal, mas tambémem razão de Milton Sebastião Barbosa ser um especialista noassunto, já que era também compositor, com diversos sucessosde âmbito nacional, com o pseudônimo de Cid Magalhães. Jáem 26 de janeiro de 1967, o Procurador-Geral baixou a Portarianº 22, autorizando a ida de Milton Sebastião Barbosa ao Riode Janeiro para fazer entrega ao Senhor Ministro da Justiça doanteprojeto de lei, de sua autoria, sobre direitos autorais. Valelembrar que o trabalho tivera início em março de 1966, conformedesignação feita por meio da Portaria nº 66, de 31 de março.

Os promotores Lincoln Magalhães da Rocha e JoséGerardo Grossi foram designados, por meio das Portarias 274e 282, de 29 de outubro e 4 de novembro de 1968 paraparticiparem do Congresso do Ministério Público Fluminense,que foi realizado na cidade de Teresópolis no período de 18 a24 de novembro daquele ano, bem como do 3º Congresso deDireito Penal e Ciências afins, realizado na Capital do Estadode São Paulo de 24 a 30 dos mesmos mês e ano. O promotorsubstituto Geraldo Nunes, também foi designado para participardo Congresso de Teresópolis, conforme se colhe da Portaria291, de 5 de novembro de 1968.

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CAPÍTULO X

Em abril de 1968, o Procurador-Geral participou de umcongresso internacional. Eis como o jornalista Pedro PauloLuz Cunha, o “Peluz”, noticiou o fato em sua coluna “notíciasdo foro”, publicada no “Correio Braziliense” de 7.5.69:

“Realizou-se em Cuernavaca, Capital do Estado de Morellos,na República do México, o IV Congresso de Direito Penal eProcessual, com a participação de juristas internacionais.

O Procurador-Geral Guimarães Lima que participou doencontro informou que foram aprovadas teses e sugestõesno sentido de ampliar-se, ainda mais, a atuação do MinistérioPúblico, bem como o de criar-se um Direito Penal de aplicaçãoInternacional, pois que, hoje, os crimes têm organização demaior amplitude, atingindo quase sempre área extraterritorial.

Assim, os infratores deverão ser perseguidos onde quer quese homiziem, sem as formalidades previstas na própria lei,porquanto tais formalidades tornam-se normas benéficas doscriminosos.

Na civilização atual o crime deixou de ser, de certa forma,individual, para ser cometido em bandos previamenteorganizados.

Haja vista no Brasil, a incidência de assaltos aos bancos, oque, de resto, está ocorrendo, com a mesma intensidade, emvários outros países da América Central e do Sul, a exemplodas famosas “gangs” das grandes cidades dos Estados Unidos.

O próprio Governo da República Mexicana procurou prestigiaro Congresso, com o seu apoio direto e a sua hospitalidade, eas sessões foram realizadas no salão nobre do Paláciogovernamental.

Entre nós, apesar do rigor da recente Lei de SegurançaNacional, extensiva a crimes dessa natureza, não se conseguiuainda intimidar ou arrefecer o ânimo dos assaltantes, de altapericulosidade social, que continuam agindo em plena luz dodia, sob as vistas de numerosos transeuntes, nos principaiscentros do País.

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Que sazonem os frutos do IV Congresso de Direito Penal eProcessual, realizado no México e, quanto antes, venha oDireito Penal de aplicação Internacional”

O Ministério Público indicou os membros Guimarães Limae José Dilermando Meireles para participarem da Comissãoorganizadora do 2º Congresso de Direito Penal e Ciências afins,realizado no Distrito Federal entre os dias 8 a 14 de outubrode 1968.

Por outro lado, realizou ciclo de palestras sobre o anteprojetodo Código de Processo Civil elaborado pelo professor AlfredoBuzaid, trazendo ao Distrito Federal eminentes juristas, entreeles o professor Alcides de Mendonça Lima, da UniversidadeFederal de Pelotas, Rio Grande do Sul, conforme noticia aPortaria nº 844, de 25 de junho de 1970.

José Júlio Guimarães Lima participou de histórico encontrode procuradores-gerais, realizado em Petrópolis, Estado doRio de Janeiro, no qual se tomaram decisões que influenciaramtodos os Ministérios Públicos. O “Correio Braziliense” de15.7.70 noticiou o fato desta maneira:

“Encerrou-se, na histórica cidade de Petrópolis, no Estado doRio de Janeiro, o I Encontro dos Procuradores-Gerais daJustiça brasileira, no qual foram debatidas importantesreivindicações para a velha instituição.

A fim de bem esclarecer o mundo jurídico desta Capital, vamostranscrever essas decisões tais como foram aprovadas. OsProcuradores, reunidos naquele certame apreciando os temasque lhes foram propostos, deliberaram aprovar as seguintesresoluções e recomendações:

1 - A nomenclatura do órgão superior da direção do MinistérioPúblico estadual deve ser “Procuradoria-Geral da Justiça doEstado” e a denominação do cargo correspondente àrespectiva chefia “Procurador-Geral da Justiça”; 2 - Os órgãosde primeira instância do Ministério Público estadual devemter nomenclatura uniforme, sendo adotada a denominação

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CAPÍTULO X

“Promotor de Justiça”, em lugar de “Promotor Público”; 3 - Achefia do Ministério Público dos Estados deve ser privativados integrantes da carreira; 4 - O chefe do Ministério Públicoestadual deve ter as prerrogativas e o tratamento deDesembargador; 5 - Deve existir a Segunda instância noMinistério Público estadual, providos os cargos de Procuradorda Justiça integrantes da carreira, mediante promoção porantigüidade e merecimento; 6 - O Conselho do MinistérioPúblico, com atribuições e composição definidas em lei deveintegrar a administração superior da instituição; 7 - ACorregedoria do Ministério Público, com atribuições deinspeção, instrução e disciplina das atividades dos órgãos dainstituição, deve integrar sua administração superior. OCorregedor, eleito pelo Conselho, servirá por mandato certo;8 - Aos membros do Ministério Público de carreira devem serconferidas garantias estatutárias que lhes proporcionem ascondições de segurança e independência indispensáveis aopleno desempenho de sua missão tutelar dos interessesindispensáveis da coletividade; 9 - O direito de aposentadoriaaos trinta anos de serviço, tradicionalmente conferido àMagistratura e aos membros do Ministério Público, deve ser aestes novamente assegurado; 10 - Deve incumbir aos órgãosdas respectivas instituições a formação das listas tríplices parapreenchimento do quinto constitucional reservado nosTribunais a advogados e a membros do Ministério Público; 11- Os serviços da Assistência Judiciária devem ser estruturadosem organismo da Administração Pública, tendo em vista oexato cumprimento do preceito constitucional; 12 - Os serviçosda Assistência Judiciária devem ser destacados do MinistérioPúblico e ter organização própria; 13 - Deve ser restaurado,em sua plenitude, o princípio da iniciativa da ação penal públicacomo monopólio do Ministério Público; 14 - Os Códigos deProcesso Penal e Civil devem assegurar aos representantesdo Ministério Público junto aos Tribunais, além da sustentaçãooral na ocasião própria, o uso da palavra, pela ordem, parasucintos esclarecimentos, em qualquer fase do julgamento.

Entretanto, para que não morressem no nascedouro taisresoluções e recomendações, foi constituída, por aclamação,

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uma Comissão Executiva composta dos Procuradores-Geraisde Justiça Dario de Abreu Pereira, Leopoldo Braga, AtamirQuadro Mercês, José Diogo de Almeida Magalhães e JoséJúlio Guimarães Lima, respectivamente, dos Estados de SãoPaulo, Guanabara, Rio de Janeiro, Minas Gerais e DistritoFederal, que manterão contatos permanentes e se reunirão,eventualmente, nas Capitais do País, com a finalidade de seentrosarem com os escalões da Administração Pública.”

Preocupado com o aprimoramento das atividadesministeriais, o Procurador-Geral de então, José Júlio GuimarãesLima, aproveitou-se da estada do promotor substituto OrlandinoBatista de Freitas na França, no período de 1º de janeiro a 31de junho de 1971, e designou-o para observar o funcionamentodo Ministério Público francês, visando adquirir experiência quefosse aplicada à nossa instituição.

Por sua vez, o promotor substituto Helênio Rizzo foiautorizado a participar do Encontro de Promotores na cidadede Ouro Preto, Estado de Minas Gerais, no período de 28 a 30de maio de 1971, de acordo com a Portaria nº 1164-A. De seulado, a Portaria nº 1735, de 3 de julho de 1972, designou aindaHelênio Rizzo e seu colega Geraldo Nunes para participaremde outro Congresso do Ministério Público Fluminense, destavez realizado na cidade de Friburgo, no período de 3 a 8 dosmesmos mês e ano. O II Congresso Nacional do MinistérioPúblico, realizado na cidade de Guarapari, no Estado doEspírito Santo, no período de 24 de março a 1º de abril de1973, contou com uma considerável representação doMinistério Público do Distrito Federal, composta dos seguintesmembros: José Júlio Guimarães Lima, Carlos Gomes Sanromã,Lincoln Magalhães da Rocha, José Dilermando Meireles,Geraldo Nunes, Jarbas Fidelis de Souza, José André CasasGarcia, Marluce Aparecida Barbosa Lima, Elser Rocha de MeloMartins, Hermenegildo Fernandes Gonçalves, Carlos AugustoMachado de Faria, Simão Guimarães de Souza e Edinaldo de

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CAPÍTULO X

Holanda Borges, tudo como consta da Portaria nº 2052, de 16de fevereiro de 1973.

Atento aos acontecimentos marcantes da Capital daRepública, especialmente àqueles, direta ou indiretamente,ligados às suas atividades, o Ministério Público do DistritoFederal designou, por seu Procurador-Geral e pelas Portariasnº 1787 e 1851, de 18 de agosto e 5 de outubro de 1972, ospromotores públicos José Lourenço de Araújo Mourão e DimasRibeiro da Fonseca para participarem do 1º Encontro Nacionaldas classes empresariais para estudo do problema do menor,encontro este realizado no Distrito Federal.

Visando dotar membros e servidores do Ministério Públicodo Distrito Federal de conhecimentos específicos na área demedicina legal, o Procurador-Geral editou a Portaria nº 2128,de 10 de abril de 1973, instituindo o curso de medicina legal aser ministrado pelo médico legista Isaac Barreto Ribeiro (quemais tarde veio a ser membro do Ministério Público, visto quese formou também em Direito), curso que foi realizado noperíodo de 24 de abril a 15 de maio de 1973, no auditório daProcuradoria-Geral, situado na Avenida L-2, Quadra 2, Bloco“O”, 4º andar.

Por intermédio da Portaria 2346, de 18 de setembro de1973, foram designados os promotores públicos JoséDilermando Meireles e Arthur Sebastião Cézar da Silva pararepresentar o Ministério Público do Distrito Federal nassolenidades realizadas pelo co-irmão do Estado do Rio Grandedo Sul, as quais fomos convidados. Outrossim, o promotorpúblico Jarbas Fidelis de Souza foi designado para participardo seminário de Direito Penal, realizado em Aracaju, Estadode Sergipe, no período de 2 a 8 de outubro de 1973, conformeautorização instrumentalizada por meio da Portaria 2356, de28 de setembro daquele ano. As combativas integrantes doMinistério Público Hilda Vieira da Costa e Léia Esteves foramdesignadas para participar do 1º Congresso de Criminologia,

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realizado na cidade de Londrina, Estado do Paraná, de 21 a30 de outubro de 1973, conforme Portarias 2378 e 2379, de16 de outubro de 1973.

Em 2 de dezembro de 1971, o Procurador-Geral editou aPortaria 1410, estabelecendo critérios para a concessão deafastamento para participação em congressos e outros eventosnacionais e internacionais. De acordo com o ato, deveria haverrodízio entre os membros, de forma que os integrantes de todasas classes pudessem ter a oportunidade de participação. Oprimeiro critério era a ordem decrescente de antiguidade,havendo preferência para o membro que fosse apresentadorde tese. Mais tarde, a Portaria nº 2570, de 29.3.74, acrescentouo critério de que os autores de teses receberiam passagensfornecidas pelo Ministério Público.

A Portaria nº 1248, de 22.7.71, autorizou o promotorCarlos Gomes Sanromã e o Procurador-Geral, José JúlioGuimarães Lima, a participarem da 11ª SEMANA DEESTUDOS DO PROBLEMA DO MENOR, realizado em SãoPaulo, no período de 26 a 31 de julho de 1971, e do ICONGRESSO DE PENALOGIA E DIREITO PENITENCIÁRIO,levado a efeito no período de 31 de julho a 2 de agosto daqueleano, em Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul.

O promotor Dimas Ribeiro da Fonseca foi autorizado aparticipar do 10º Congresso Nacional de Prevenção deAcidentes do Trabalho, realizado em Brasília-DF, de 13 a 18de setembro de 1971, conforme Portaria 1308, de 10.9.71.

O Ministério Público do Distrito Federal sediou a primeirareunião da Confederação Nacional das Associações Estaduaisdo Ministério Público, que foi realizada no dia 19 de outubrode 1971, segundo consta da Portaria nº 1347, de 18.10.71.

O nosso “parquet” foi honrado pelo Ministério Público deSão Paulo com o convite para participar do I Congresso

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CAPÍTULO X

realizado pelo co-irmão paulista e, aceitando o convite, oprocurador-geral designou, por meio da Portaria nº 1411, de2.12.71, a seguinte delegação: o próprio Procurador-Geral eos promotores Carlos Gomes Sanromã, Washington Bolivarde Brito, José Dilermando Meireles, Jarbas Fidelis de Souza eHermenegildo Fernandes Gonçalves, sendo o evento realizadono período de 5 a 11 de dezembro de 1971. É importanteobservar que Guimarães Lima preferia, quase sempre, viajarde automóvel, só utilizando avião quando fosse absolutamentenecessário. Para São Paulo, foi ele de carro junto com algunscolegas. Esteve presente também no 3º Congresso Nacionaldo Ministério Público, realizado em Porto Alegre, Rio Grandedo Sul, no período de 29 de março a 7 de abril de 74, conformePortaria nº 2571, de 29.3.74. A nossa delegação foi a seguinte:Geraldo Nunes, Dimas Ribeiro da Fonseca, Jarbas Fidelis deSouza, Elser Rocha de Melo Martins, Marluce AparecidaBarbosa Lima, Tânia Valadares Gontijo, Neusa Claude Cristofolie Everards de Mota e Matos. Importante registrar que oProcurador-Geral designou uma comissão composta por JoséLourenço de Araújo Mourão, Jorge Ferreira Leitão e ArthurSebastião Cézar da Silva para acompanhar a delegação aoaeroporto de Brasília, no embarque para Porto Alegre e recebê-la, também no aeroporto, quando do regresso. Outra comissãofoi designada, após o Congresso, para examinar e emitirparecer sobre o relatório apresentado pelos participantes doreferido Congresso, tudo como consta da Portaria nº 2640, de18.4.74.

O servidor Raimundo Arruda, que era Chefe de ServiçosGerais no Ministério Público, foi designado para participar deCongresso Internacional de Microfilmagem realizado em SãoPaulo, no período de 7 a 10 de outubro de 1974, pela Portarianº 2917, de 3.10.74.

Nos dias 3 e 4 de maio de 1983, realizou-se em Brasíliaencontro de Procuradores-Gerais dos Ministérios Públicos

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Estaduais, e o nosso Procurador-Geral, por meio da Portarianº 6090, de 24.4.83, designou comissão composta por EverardsMota e Matos, Helênio Rizzo, Arthur Sebastião César da Silva,José Freire Pereira, Isacléa de Brito Pereira e Raimundo Arrudapara recepcionarem os procuradores dos outros Estados. Oencontro repetiu-se nos dias 1º e 2 de maio de 1984, enovamente o Procurador-Geral constituiu comissão pararecepcionar os chefes dos outros Ministérios Públicos,comissão desta vez integrada por Arthur Sebastião César daSilva, Lenir de Azevedo, Humberto Adjuto Ulhôa, Maria deLourdes Abreu e Helena Cristina Tinoco Mendonça (Portaria6465, de 27.4.84). Cinco meses depois tivemos nova reuniãode Procuradores-Gerais em Brasília, cabendo aos membrosGilvan Correia de Queiroz, Arthur Sebastião César da Silva eMaria de Lourdes Abreu recepcionarem os Procuradores-Gerais (Portaria 6647, de 28.9.84).

Por meio da Portaria nº 150, de 4 de junho de 1985,Adilson Rodrigues, então no exercício da Promotoria deMenores, foi designado para participar do 1º Encontro Nacionalde Juízes e Curadores de Menores das Capitais Brasileiras,realizado em Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, de17 a 21 de junho daquele ano.

A Portaria nº 70, de 2.4.87, disciplinou o afastamento demembros do Ministério Público do Distrito Federal paraparticipar de congressos, simpósios e seminários,estabelecendo a preferência por antigüidade, por ordem derequerimento e para quem não houvesse participado deencontros desse tipo nos dois anos anteriores.

A Portaria nº 229, de 4.6.90, designou Temístocles deMendonça Castro para, como representante do MinistérioPúblico do Distrito Federal, participar de comissão visando àcriação da Justiça Militar no Distrito Federal.

O colega Gilvan Correia de Queiroz foi incumbido departicipar de reunião preparatória para o congresso nacional

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CAPÍTULO X

do Ministério Público, reunião essa que teve lugar em PortoAlegre, Rio Grande do Sul, no dia 7 de fevereiro de 1985(Portaria 036, de 5.2.85). De seu lado, Temístocles deMendonça Castro foi designado, pela Portaria 447, de 5.11.90,para representar o Ministério Público do Distrito Federal emencontro do Ministério Público do Estado do Paraná, realizadona cidade de Foz de Iguaçu, de 8 a 10 de novembro de 1990.

João Alberto Ramos, Rogerio Schieti Machado Cruz,Petrônio Calmon Cardoso Filho e Welington Saraiva foramdesignados, de acordo com a Portaria 470, de 14.9.94, pararealizar estudos e acompanhamento do projeto de lei queobjetivava a criação dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais,fazendo as necessárias sugestões.

Na década de 90, foi intensa a participação de membrose servidores em encontros, congressos, simpósios, cursos, etc,visando à especialização profissional. São alguns exemplos:as Portarias 196, de 6.5.91, e 201, de 7.5.91, designaram JosuéPinheiro de Mendonça e Tânia Maria Nava Marchewka paraparticiparem de simpósio de direito civil e processual civil,realizado no Rio de Janeiro, de 8 a 11.5.91; a Portaria nº 423,de 18.9.91, designou José Waldenor de Queiroz para participarde encontro de juízes e curadores de menores, realizado emCampinas, São Paulo, de 24 a 27.9.91; a Portaria nº 452, de8.10.91, designou o promotor de justiça Carlos Augusto deAmorim Dutra para participar do congresso de juízes ecuradores de menores, realizado em Vitória, Espírito Santo,de 9 a 14.10.91; a Portaria nº 458, de 16.10.91, autorizouRubens Tavares e Souza a participar de curso de atualizaçãona área do consumidor, realizado em Porto Alegre, Rio Grandedo Sul, de 17 a 19.10.91; pela Portaria nº 460, de 16.10.91,Paulo Tavares Lemos foi autorizado a participar de semináriosobre estudos de trânsito, realizado em Uberlândia, MinasGerais; a Portaria nº 489, de 14.11.91, autorizou a promotoraDiva Lucy de Faria Pereira a participar do encontro nacional

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de promotores e procuradores do meio ambiente, realizado de18 a 20.11.91, em Belo Horizonte, Minas Gerais; a Portaria nº585, de 14.12.91, autorizou o afastamento de João AlbertoRamos, a partir de 12.12.91, para integrar a comissão deconcurso do recém-criado Estado de Roraima; a Portaria nº94, de 17.2.92, autorizou a ida de Temístocles de MendonçaCastro a Belo Horizonte, para colher subsídios junto aoMinistério Público mineiro, relativamente aos serviços daPromotoria Militar e de Controle da Atividade Policial, parafutura implantação no Distrito Federal; a Portaria nº 469, de26.8.92, autorizou o afastamento de membros para participardo 9º Congresso Nacional do Ministério Público, a ser realizadoem Salvador, Bahia, de 1 a 4.9.92; a Portaria 260, de 29.5.92,autorizou Everards Mota e Mattos e José de Nicodemos AlvesRamos a participar do Encontro Nacional de Procuradores deJustiça, realizado no Rio de Janeiro, de 3 a 6.6.92; a Portarianº 539, autorizou Temístocles de Mendonça Castro e JoséEduardo Sabo Paes a participar de Encontro sobre processoe Constituição, realizado no Rio de Janeiro, de 15 a 20.10.92;pela Portaria nº 594, de 4.11.92, a promotora de justiça CarmemMaria Martins Gomes foi autorizada a participar do congressodo Ministério Público Gaúcho, de 25 a 30.11.92; a Portaria nº596, de 4.11.92, autorizou Elvan do Nascimento Loureiro aparticipar de encontro sobre o processo civil, realizado de 10 a12.11.92, em São Paulo, Capital; a Portaria nº 598, de 4.11.92,autorizou Amarílio Tadeu Freesz de Almeida a participar do 2ºEncontro do Ministério Público do Centro-Oeste, realizado naPousada do Rio Quente, de 3 a 5.12.92; a Portaria nº 198, de24.3.93, autorizou Rubens Tavares de Souza e ConceiçãoMaria de Pacheco Brito a participarem do 4º Congresso deEspecialização em Direito do Consumidor, realizado em BeloHorizonte, Minas Gerais, de 5 a 7.4.93; as Portarias 274 de18.5.93 e 299, de 27.5.93, autorizaram os promotores PauloRoberto de Magalhães Arruda e José Eduardo Sabo Paes aparticipar do 3º Simpósio de Revisão Constitucional, realizado

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CAPÍTULO X

em Porto Velho, Rondônia, no período de 2 a 4.6.93; a Portarianº 293, de 24.5.93, autorizou a procuradora de justiça FranciscaSoares da Silva a participar de seminário de Direito Público,realizado em Aracajú, Sergipe, no período de 26 a 28.5.93;pela Portaria nº 335, de 14.6.93, Paulo Tavares Lemos foiautorizado a participar do 3º Congresso das Justiças MilitaresEstaduais, realizado em Belo Horizonte, de 17 a 19.6.93; aPortaria nº 384, de 23.6.93, autorizou a todos os membros doMinistério Público do Distrito Federal a participar do 1ºCongresso Interno do MPDFT, realizado na cidade dePirenópolis, Estado de Goiás, de 24 a 27.6.93; a Portaria nº426, de 14.7.93, autorizou a servidora Gleide Maria TeixeiraGalvão, a participar de curso de aperfeiçoamento emadministração pública, realizado no Rio de Janeiro, de 20 a23.7.93; a Portaria nº 447, de 28.7.93, autorizou a servidoraWaldelice Aparecida de Oliveira Poncione a participar do 3ºFórum de Recursos Humanos, realizado em Salvador, Bahia,de 11 a 13.8.93; a Portaria nº 468, de 5.8.93, concedeupermissão à Olinda Elizabeth Cestari Gonçalves para participardo 2º Encontro Nacional de Direito Constitucional, realizadode 17 a 18.9.93, em São Paulo, capital; a Portaria nº 507, de20.8.93, autorizou o promotor de justiça Wandir da Silva Ferreiraa participar do 2º Encontro Nacional de Direito Constitucional,realizado em São Paulo; pela Portaria nº 508, de 20.8.93, JoséFirmo Reis Soub e Wandir da Silva Ferreira foram autorizadosa participar do 1º Encontro Paulista de Direito Constitucional,realizado nos dias 26 e 27.9.93, na capital do Estado; a Portarianº 515, de 24.8.93, autorizou a diversos servidores aparticipação em curso de recursos humanos, realizado de 20a 24.9.93, na Capital de São Paulo; a Portaria 640, de 1º.10.93,autorizou os promotores José Waldenor de Queiroz, GuilhermeZanina Scheld, Carlos Augusto Amorim Dutra e Selma Lewitedo Nascimento a visitarem a Promotoria da Infância e daJuventude do Estado do Paraná, a fim de colher subsídiosnecessários ao bom funcionamento da nossa congênere; a

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Portaria nº 641, de 1º.10.93, autorizou Débora Giovannetti aparticipar de curso sobre averiguação oficiosa de paternidade,no Estado de São Paulo, de 4 a 6.10.93; Antônio Marcos Dezane Gisela de Castro Chaumon foram ao Estado de São Paulo,em outubro de 1993, colher experiências junto às Promotoriasde Falências e Concordatas daquele Estado, conformeautorização das Portarias 679 e 680, de 18.10.93; VetuvalMartins Vasconcelos participou de curso sobre legislaçãoambiental, no Rio de Janeiro, de 8 a 12.11.93, devidamenteautorizado pela Portaria nº 704, de 27.10.93; Marcio FlavioMafra Leal foi autorizado a participar de estudos no Estado deSão Paulo, sobre garrafas retornáveis, conforme autorizaçãoda Portaria nº 705, de 3.11.93. O referido promotor participoude diversos outros encontros sobre o mesmo tema, resultandona elaboração de um documento sobre o assunto; a Portarianº 739, de 18.11.93, autorizou os membros João Alberto Ramose Rogerio Schietti Machado Cruz a comparecer à cidade deCampo Grande, Mato Grosso do Sul, nos dias 1º e 2.12.93,para colher subsídios relativos aos Juizados Especiais depequenas causas, cíveis e criminais; Jair Meurer Ribeiro eWelington Saraiva participaram de encontro sobre fundações,realizado em Belo Horizonte, de 25 a 26.11.93, conformePortaria nº 741, de 18.11.93; a Portaria nº 755, de 24.11.93,autorizou a participação no 3º Encontro dos Ministérios Públicosdo Centro-Oeste de todos os membros que quisessem seinscrever para o conclave; a Portaria nº 197, de 2.5.94,autorizou os membros Paulo Tavares Lemos e Bruno AmaralMachado a participarem de encontro da Justiça Militar, realizadoem Porto Alegre, nos dias 5 e 6.5.94; a Portaria nº 227, de12.5.94, autorizou Vetuval Martins Vasconcelos a participar do1º Encontro Nacional de Promotores do Meio Ambiente,realizado em Ilhéus, Bahia; a Portaria nº 251, de 27.5.94,autorizou os promotores Francisco Leite de Oliveira e HumbertoJacques de Medeiros a participar do 3º Congresso Estadualdo Ministério Público Gaúcho, realizado de 9 a 11.6.94, em

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CAPÍTULO X

Canela, Rio Grande do Sul; a Portaria nº 252, de 27.5.94,autorizou a diversos membros do Ministério Público, entre elesLenir de Azevedo, Suelly Ambrósio da Fonseca, Zenaide SoutoMartins e João Alberto Ramos, a participarem do 7º SimpósioNacional de Direito Penal, realizado em Curitiba, Estado doParaná; as Portarias nº 414, de 26.8.94, 384, 324, de 4.7.94,autorizou a participação de diversos membros do MinistérioPúblico no 10º Encontro Nacional do Ministério Público,podendo se destacar os nomes de José Ribamar Moraes,Antônio Ezequiel de Araújo Neto, Eunice Amorim Pereira deSouza, Gaspar Antônio Viegas, Humberto Jaques de Medeiros,Zacharias Mustafa Neto, Temístocles de Mendonça Castro,Francisco Leite de Oliveira, Consuelita Valadares e AntônioLuiz Barbosa Alencastro; a Portaria nº 383, de 5.8.94, autorizouVetuval Martins Vasconcelos a participar de encontro sobrecrimes contra a ordem tributária, realizado de 10 a 12.8.94,em Florianópolis, Santa Catarina; a Portaria nº 628, de 22.11.94,autorizou João Alberto Ramos a participar do 1º Congressodo Ministério Público do Nordeste, realizado em Aracaju,Sergipe, de 28 a 30.11.94; os membros Rogerio Schietti, JoãoAlberto Ramos e Diaulas Costa Ribeiro, entre outros, foramautorizados a participar do 15º Congresso Internacional deDireito Penal e Processual Penal, realizado no Rio de Janeiro,de 4 a 10.9.94; a Portaria nº 393, de 16.8.94, autorizou AntônioEzequiel de Araújo Neto a participar de encontro sobre osdireitos do consumidor, realizado nos dias 18 e 19.8.94, emVitória, Espírito Santo; a Portaria nº 177, de 27.4.95, autorizouo promotor de justiça Amaury Damasceno Vasconcelos aparticipar do 5º Congresso Nacional da Justiça Militar, de 10 a13.5.95, em Florianópolis, Santa Catarina; as Portarias nº 246,de 2.6.95 e 254, de 6.6.95, autorizaram Arinda Fernandes eLeonardo Roscoe Bessa a participarem do 1º Simpósio latino-americano de Direito Penal e Processual Penal, realizado noRio de Janeiro, de 1 a 3.6.95; Leonardo Bessa foi autorizadotambém a visitar a Promotoria de Justiça do Consumidor do

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Rio Grande do Sul, de 22 a 23.6.95, conforme Portaria nº 247,de 2.6.95; Sandra Alcione Souza de Albuquerque, Ana CláudiaMagalhães Alves de Melo, Aymara Maria Borges, Cristina Rasiae Libânio Alves Rodrigues tiveram permissão, por meio daPortaria nº 289, de 22.6.95, para participar do CongressoBrasileiro de Direito Processual, realizado em Brasília, de 19 a22.6.95; a Portaria nº 407, de 4.8.95, autorizou Leonardo Bessaa efetuar nova visita à Promotoria do Consumidor do RioGrande do Sul, desta vez nos dias 17 e 18.8.95; a Portaria485, de 4.9.95, autorizou Jair Meurer Ribeiro a participar do 1ºEncontro Internacional de Fundações Privadas, realizado emPorto Alegre, de 4 a 7.10.95; os promotores de justiça FernandoCésar Pereira Valente, Andrelino Bento Santos Filho, MariaJosé Pereira Miranda, Maurício Silva Miranda e Sandra GomesBernardes, foram autorizados, por meio das Portarias 503, 504,505, 506 e 507, de 21.9.95, a participar do 1º CongressoNacional dos promotores do júri, realizado na cidade deCampos do Jordão, Estado de São Paulo, de 27.9 a 1º.10.95;a Portaria nº 522, de 28.9.95, designou comissão compostapor João Alberto Ramos, Ruth Kicis Torrents Pereira, JoséFirmo Reis Soub, Jair Meurer Ribeiro, Rogerio Schietti MachadoCruz, Gaspar Antônio Viegas, Mário Perez de Araújo, FranciscoLeite de Oliveira, Zacharias Mustafa Neto e Jamil Amorim Filhopara estudar a Lei 9099/95 e indicar as possíveis repercussõesdo citado diploma legal nas nossas atividades e as providênciasque deveriam ser adotadas; as Portarias 559 a 563, de18.10.95, designaram os promotores José Valdenor Queiroz,Katié de Souza Lima, Carlos Augusto Amorim Dutra, SelmaLeite do Nascimento, Wanessa Alvim e Maercia Melo aparticipar do 16º Congresso da Associação Brasileira deMagistrados e promotores de justiça da Infância e da Juventude,realizado de 15 a 18.5.95, em São Paulo, Capital; a Portaria565, de 18.10.95, designou João Alberto Ramos, Temístoclesde Mendonça Castro, José Ribamar Moraes, Leonardo Bessa,Guilherme Neto, Roberto Carlos Batista, Leonora Brandão M.Passos Pinheiro e Catia Gisele Martins Vergara para participar

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CAPÍTULO X

do encontro sobre os dez anos da Lei da Ação Civil Pública eencontro do Consumidor, realizado em Blumenau, SantaCatarina; a Portaria 113, de 27.3.96, designou os promotoresGuilherme Neto e Hélio Telho e os servidores Osvaldo Pinto eOsório Filho para participar de seminário sobre crimes contraa ordem tributária, realizado em São Paulo, no dia 29.3.96;Zenaide Souto Martins, Suelly Ambrosio da Fonseca, JulianaPogiolli e Gaspar Antônio Viegas foram autorizados a participardo 1º Simpósio Nacional de Direito Penal e Processual Penal,realizado no Rio de Janeiro, de 30.5 a 1º.6.96, conformePortaria nº 208, de 23.5.96.

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CAPÍTULO XIFATOS MARCANTES

- SEMANA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DODISTRITO FEDERAL

- COLAR DO MÉRITO DO MINISTÉRIOPÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL

- CONGRESSOS INTERNOS- O ESPAÇO CULTURAL ÁGORA- CONCURSO DE MONOGRAFIAS

- PRÊMIO DE JORNALISMO MINISTÉRIOPÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL

- UM INCIDENTE SOBRE O CONTROLEEXTERNO

- A ASSOCIAÇÃO- O SINDICATO- A REVISTA

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

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CAPÍTULO XI

Posse de AMPDFT: da esquerda para a direita, Carlos Augusto Machado deFaria, Milton Sebastião Barbosa, Lincoln Magalhães da Rocha e Jorge FerreiraLeitão, no canto à direita - 1960.

Diretoria da AMPDFT em Guarapari: da esquerda para a direita, José AndréCasas Garcia, Jarbas Fidelis e Lincoln Magalhães da Rocha. No canto, àesquerda, Simão Guimarães de Souza - 1960.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

I Congresso Interno, Pirenópolis (GO)– 1993

II Congresso Interno, Pousada do Rio Quente (GO) – 1995.

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CAPÍTULO XI

João Ramos apresentaesboço histórico sobre oMPDFT no II CongressoInterno do MPDFT – 1995

IV Congresso Interno – Pousada do Rio Quente (GO) – 1997.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Estandartes das instituições agraciadas com a Ordem do Mérito MPDFT – 2003

IV Congresso Interno – Pousada do Rio Quente (GO) – 1997.

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CAPÍTULO XI

Autoridades agraciadas com a Ordem do Mérito MPDFT. Em primeiro plano, oprocurador-geral da República, Cláudio Lemos Fonteles, o ministro do SuperiorTribunal de Justiça, Gilson Dipp e o ministro do Tribunal de Contas da União,Walmir Campelo – 2003

Procurador-Geral de Justiça, José Eduardo Sabo Paes condecora Viviane Senna,Deputado João Paulo Cunha e Senador José Sarney

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Lançamento do Selo MPDFT – 2003

Visão geral da cerimônia de outorga da Ordem do Mérito MPDFT – 2003

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CAPÍTULO XI

Pocurador-geral de Justiça, Humberto Adjuto Ulhôa, diretor-geral, Moisés Antôniode Freitas, e servidores que idealizaram o Espaço Cultural Ágora – 1998

Apresentação da peçaQuem és tú Coeolano, nainauguração do EspaçoCultural Ágora – 1998

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Apresentação da peçaQuem és tú Coeolano,na inauguração doEspaço Cultural Ágora– 1998

Vencedoras do concurso interno para a criação do nome e da logomarca doespaço cultural, Margarida Maria V. Teixeira e Luciane Bastos Lage Vieira.

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CAPÍTULO XI

111111.1 SEMANA1.1 SEMANA1.1 SEMANA1.1 SEMANA1.1 SEMANA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRIT DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRIT DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRIT DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRIT DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITOOOOO FEDERAL E TERRITÓRIOS FEDERAL E TERRITÓRIOS FEDERAL E TERRITÓRIOS FEDERAL E TERRITÓRIOS FEDERAL E TERRITÓRIOS

O então procurador-geral, José Júlio Guimarães Lima,editou a Portaria nº 669, de 28 de novembro de 1969, instituindoa Primeira Semana do nosso Ministério Público, a sercomemorada de 14 a 20 de abril de 1970. O evento tinha porobjetivos, especialmente, tornar a Instituição conhecida dacomunidade brasiliense e também contribuir para oengrandecimento da Capital da República, como está explícitonos considerandos do ato. A realização da semana foicoordenada por uma comissão composta de um membro decada classe do Ministério Público do Distrito Federal, com oassessoramento da secretaria administrativa, que correspondiaà Diretoria-Geral. O evento constitui-se de inegável sucesso,com a presença de inúmeras autoridades e estudiosos do meiojurídico local e nacional.

A segunda semana do Ministério Público do DistritoFederal e Territórios foi realizada no período de 24 a 28 deabril de 1971, conforme Portaria nº 1122, de 14 de abril de1971, contando com a participação de diversos e importantesjuristas, como, por exemplo, José Frederico Marques e JoséAugusto Cesar Salgado.

O referido encontro foi realizado ainda por alguns anos,sempre com o mesmo sucesso, como retrataram as Portariasnúmeros 2653, de 24.4.74 e 2708, de 30.5.74.

A “Semana do Ministério Público”, realizada em abril de1974, contou com a presença do emérito professor Luiz Antônioda Gama e Silva e de sua digníssima esposa, conforme sepode constatar das Portarias 2653, de 24.4.74 e 2708, de30.5.74.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

111111.2 COLAR DO MÉRIT1.2 COLAR DO MÉRIT1.2 COLAR DO MÉRIT1.2 COLAR DO MÉRIT1.2 COLAR DO MÉRITO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DOO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DOO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DOO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DOO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRIT DISTRIT DISTRIT DISTRIT DISTRITO FEDERALO FEDERALO FEDERALO FEDERALO FEDERAL

Em 16 de setembro de 1997, o Procurador-Geral,Humberto Adjuto Ulhôa, editou a Portaria nº 725, instituindo o“Colar do Mérito do Ministério Público do Distrito Federal eTerritórios” destinado a galardoar pessoas físicas, nacionaisou estrangeiras que, por seus méritos e relevantes serviçosprestados ao Ministério público ou à cultura jurídica, mereçamespecial distinção. A instituição do Colar veio a atender antigoanseio de considerável parcela dos integrantes da instituição,que há muito desejava a existência de uma condecoração quepossibilitasse o reconhecimento formal do trabalhodesenvolvido em prol do Ministério Público ou da cultura jurídicapátria, pelas mais diversas pessoas, da própria Casa ou foradela, juristas ou não juristas. Por exemplo, a ata da sessão doConselho Superior do dia 7 de dezembro de 1988 registrasugestão do Conselheiro Amaury de Souza Mello no sentidode se criar o “quadro de honra” do MPDFT, com o mesmoobjetivo do colar.

De acordo com o artigo 2º do ato instituidor, acondecoração “é constituída por uma fita de seda em goles(escarlate ou vermelho francês), simbolizando a nobreza e agrandeza da instituição, conferindo-lhe altivez digna de seudestino constitucional, com listras laterais em prata (branco),pendente a uma cruz floreada dourada, esmaltada de sínopla(verde) e jalne (amarelo-ouro), imitando as colunas do Palácioda Alvorada, situado na cidade que sedia o Ministério Públicodo Distrito Federal e Territórios, circundadas por quatro espadasde ouro, sob a qual passam os braços de uma balança comcorrentes tríplices. As cores verde e amarelo traduzem afidelidade aos símbolos nacionais. No centro surge o emblemado Ministério Público, em seus esmaltes próprios e, no reverso,a legenda: “MÉRITO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITOFEDERAL E TERRITÓRIOS”.

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CAPÍTULO XI

A outorga da condecoração é efetivada anualmente, atéo número de doze, metade indicada pelo Conselho Superior ea outra metade pelo Procurador-Geral, podendo qualquermembro do Ministério Público do Distrito Federal propor aoConselho ou a Procurador-Geral, mediante fundamentaçãoescrita, o nome de pessoa a ser agraciada com acondecoração.

A Portaria nº 725/97 estabeleceu também que todos osmembros do MPDFT, ao se aposentarem, devem receber o“Colar do Mérito”, com a roseta e o diploma.

As Portarias nº 1057, de 13 de novembro de 1998, e nº660, de 8 de agosto de 2000, introduziram modificações nanormatização da outorga do colar, ficando estabelecido queos membros do Ministério Público do Distrito Federal poderiamindicar, até o dia 10 de outubro de cada ano, o nome de pessoaa ser agraciada com a condecoração.

A primeira outorga do “Colar do Mérito do MinistérioPúblico do Distrito Federal e Territórios” ocorreu em 14 dedezembro de 1999, no auditório da Instituição, quando foramagraciadas as seguintes autoridades:

1 - DÁRIO DÉLIO CARDOSO (primeiro Procurador-Geral do MPDFT);

2 - WALTER CENEVIVA (Procurador-Geral do MPDFTem 1961);

3 - LEOPOLDO CÉSAR DE MIRANDA LIMA(Procurador-Geral do MPDFT de 1961 a 1963);

4 - ÁTILLA SAYOL DE SÁ PEIXOTO (membro doMPDFT e seu Procurador-Geral de 1963 a 1964);

5 - JOSÉ JÚLIO GUIMARÃES LIMA (membro doMPDFT e seu Procurador-Geral de 1964 a 1975);

6 - HÉLIO PINHEIRO DA SILVA (Procurador-Geral doMPDFT no período de 1974 a1978);

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

7 - DIMAS RIBEIRO DA FONSECA (membro do MPDFTe seu Procurador-Geral de 1980 a 1982; também foiDesembargador do Tribunal de Justiça de Rondônia);

8 - JOSÉ DILERMANDO MEIRELES (membro doMPDFT e seu Procurador-Geral de 1982 a 1985;também foi Desembargador do Tribunal de Justiçado Distrito Federal);

9 - JOÃO CARNEIRO DE ULHÔA (membro do MPDFTe seu Procurador-Geral de 1985 a 1987; também foiDesembargador do Tribunal de Justiça do DistritoFederal);

10 - GERALDO NUNES (membro do MPDFT e seuProcurador-Geral de 1987 a 1992);

11 - MARLUCE APARECIDA BARBOSA LIMA (membrodo MPDFT e sua Procuradora-Geral de 1992 a 94);

12 - JOSÉ PAULO SEPÚLVEDA PERTENCE (membrodo MPDFT; também foi Procurador-Geral daRepública e Ministro do STF);

13 - ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA (ex-Procurador-Geral da República);

14 - GERALDO BRINDEIRO (ex-Procurador-Geral daRepública);

15 - HERMENEGILDO FERNANDES GONÇALVES(Desembargador do Tribunal de Justiça do DistritoFederal);

16 - KLEBER DE CARVALHO COELHO (Procurador-Geral da Justiça Militar);

17 - JEFFERSON LUIZ PEREIRA COELHO (ex-Procurador-Geral do Trabalho);

18 - GUILHERME MASTRICHI BASSO (Procurador-Geral do Trabalho);

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CAPÍTULO XI

19 - ROMEU GONZAGA NEIVA (Desembargador doTribunal de Justiça do Distrito Federal e ex-membrodo MPDFT);

20 - LECIR MANOEL DA LUZ (Desembargador doTribunal de Justiça do Distrito Federal e ex-membrodo MPDFT);

21 - EVERARDS MOTA E MATTOS (Desembargador doTribunal de Justiça do Distrito Federal e ex-membrodo MPDFT);

22 - HAMILTON CARVALHIDO (Ministro do STJ);

23 - FÁTIMA NANCY ANDRIGHI (Ministra do STJ).

As condecorações merecidamente outorgadas a DARIODÉLIO CARDOSO, ATILLA SAYOL DE SÁ PEIXOTO, JOSÉJÚLIO GUIMARÃES LIMA, HÉLIO PINHEIRO DA SILVA eJOSÉ DILERMANDO MEIRELES, todos já falecidos quandoda outorga, foram entregues a seus familiares, como viúvas efilhos.

Na sessão realizada em 11 de outubro de 2000, oConselho Superior do Ministério Público do Distrito Federalresolveu outorgar o “Colar do Mérito” às seguintes pessoas:

1 - MARCO ANTÔNIO DE OLIVEIRA MACIEL (Vice-Presidente da República);

2 - CARLOS MARIO DA SILVA VELOSO (Presidente doSTF);

3 - PAULO ROBERTO SARAIVA COSTA LEITE(Presidente do STJ);

4 - EDMUNDO MINERVINO DIAS (Presidente do TJDF);

5 - JOSÉ NERI DA SILVEIRA (Presidente do TSE);

6 - ALMIR PAZZIANOTTO PINTO (Presidente do TST);

7 - GUILHERME ZANINA SCHELB (Procurador daRepública);

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

8 - LUIZ FRANCISCO FERNANDES DE SOUZA(Procurador da República);

9 - JOSÉ GENOÍNO (Deputado Federal);

10 - CARLOS CHAGAS (Jornalista);

11 - ADRIANA LORANDI FERREIRA CARNEIRO(Procuradora-Geral do Ministério Público Militar);

12 - MARGARIDA MARIA VIEIRA TEIXEIRA (Funcionáriado MPDFT).

A entrega do colar às pessoas acima relacionadas foifeita no dia 25 de outubro de 2001, no Auditório do MinistérioPúblico, contando com a presença de diversas autoridades,parentes e amigos dos agraciados. Na oportunidade, todos osmembros do Ministério Público aposentados receberam o“Colar do Mérito”, sendo os já falecidos (poucos, felizmente),representados pelos familiares.

111111.3 CONGRESSOS INTERNOS DO MPDFT1.3 CONGRESSOS INTERNOS DO MPDFT1.3 CONGRESSOS INTERNOS DO MPDFT1.3 CONGRESSOS INTERNOS DO MPDFT1.3 CONGRESSOS INTERNOS DO MPDFT

Por meio da Portaria nº 1603, de 14 de abril de 1972, oProcurador-Geral, José Julio Guimarães Lima, instituiu umareunião mensal de todos os membros do Ministério Público,na qual haveria o debate franco e leal de questões institucionaise jurídicas em geral, visando ao aprimoramento da Instituição.Em uma época em que o MPDFT não tinha ainda a EscolaSuperior, nem as Câmaras de Coordenação e Revisão, sócriadas com o advento da Lei Complementar nº 75/93, pode-se imaginar a grande importância da reunião mensal, que foimantida por muitos anos, com grande proveito.

A referida reunião foi, não há dúvida, o embrião doCongresso Interno do MPDFT, instituído a partir de 1993, sendouma realização da Escola Superior e da Associação dosMembros do MPDFT, com os objetivos de:

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CAPÍTULO XI

I - estudos de temas jurídicos;

II - obtenção de subsídios para emendas constitucionaise para reforma legislativa;

III - aprovação de propostas de enunciados para oementário do MPDFT;

IV - aprovação de trabalhos a serem levados aosencontros regionais e nacionais dos MinistériosPúblicos;

V - discussão de questões administrativas internas;

VI - congraçamento da classe.

A comissão organizadora do primeiro encontro foi assimconstituída:

“A comissão organizadora era composta pelos seguintesintegrantes: Drª. Carmen Maria Martins Gomes, Drª Maria deLourdes Abreu, Drª Eunice Pereira Amorim, Dr. André ViníciusE. S. de Almeida, Dr. Amarílio Tadeu Freesz de Almeida, Dr.Rogerio Schietti Machado Cruz, Drª Lelia Maria Duarte deCerqueira e Drª Sandra Mendes Gonzaga Neiva.”

O primeiro Congresso Interno foi organizado por grupos,em número de três – Direito Penal e Processual Penal, DireitoConstitucional, Administrativo, questões internas e Direito Civil,Comercial e Processual Civil – que se reuniram no DistritoFederal por dois meses, e discutiram e aprovaram as teses epropostas que foram levadas à discussão em plenário, emsessões realizadas na “Pousada dos Pirineus”, na cidade dePirenópolis, Estado de Goiás, em maio de 1993. O encontrofoi um estupendo sucesso, não só pela oportunidade de ampladiscussão de temas jurídicos, com a apresentação de 46(quarenta e seis) teses, mas também por propiciar agradáveismomentos de convivência social entre os participantes.

O segundo Congresso Interno, que teve lugar na Pousadado Rio Quente, Município de Rio Quente, em Goiás, no período

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

de 24 a 27 de agosto de 1995, teve a seguinte comissãoorganizadora: Ísis Guimarães de Azevedo, Coordenadora-Geral; Antônio Fernandes da Luz, Vice-Coordenador-Geral;Carlos Augusto de Amorim Dutra, Secretário-Geral; MaryaOlimpia Ribeiro Pacheco, Vice-Secretaria-Geral; VetuvalMartins de Vasconcelos, Coordenador de Assuntos Externos;Maria de Lourdes Abreu, Coordenadora de Assuntos Internos;Benis Silva Queiroz Bastos, Colaboradora; Débora GiovannettiMacedo, Colaboradora; Trajano de Souza Melo, Colaborador.

Os coordenadores de grupos foram os promotores dejustiça Zacharias Mustafa Neto (grupo A – Direito Penal eProcessual Penal); José Ribamar Moraes (grupo B – DireitoCivil e Processual Civil) e Suzana Vidal de Toledo Barros (grupoC – Direito Constitucional, Administrativo e questões internas).

O encontro obteve também muito sucesso, embora comum menor número de teses (foram 23 no 2º Congresso).

O terceiro Congresso Interno foi realizado, como oprimeiro, na “Pousada dos Pireneus”, em Pirenópolis, Estadode Goiás, no período de 2 a 5 de outubro de 1997. Foramapresentadas trinta e nove (39) teses, que provocaram amplose acirrados debates entre todos os participantes.

A comissão organizadora teve como presidente aprocuradora de justiça Francisca Soares da Silva e ospromotores de justiça André Vinícius do Espírito Santo deAlmeida, Isabel Maria de Figueiredo Falcão e Dorival BarbosaFilho, como Vice-Presidente, 1º Secretário e 2º Secretário,respectivamente. Foram criadas ainda as subcomissõeseditorial, de hospedagem, transportes e eventos e depatrimônio, que contaram com a colaboração de quase trêsdezenas de prestimosos e competentes promotores de justiça,como consta dos anais do Congresso.

O quarto Congresso Interno deveria ter sido realizadoem 1999, pois, desde que instituído o encontro, em 1993, ficou

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CAPÍTULO XI

estabelecido que se daria de dois em dois anos. Porém, emface da realização, no segundo semestre de 1999, doCongresso Regional dos Ministérios Públicos do Centro-Oestee do Congresso Nacional do Ministério Público, o nosso quartoencontro ficou para o período de 12 a 15 de abril de 2000, naPousada do Rio Quente, no Município do Rio Quente, Estadode Goiás. A Presidência da Comissão organizadora foi confiadaà procuradora de justiça Lelia Maria Duarte Cerqueira, queteve como Vice-Presidente e Secretários os promotores dejustiça Israel Pinheiro Torres, Leslie Marques de Carvalho eWilton Queiroz de Lima. A Comissão organizadora contou,ainda, com a valiosa colaboração dos promotores AlexandreFernandes Gonçalves, Ana Luisa Lobo Leão Osório, JânioAntônio Coelho, Luciana Medeiros Costa e Railson AméricoBarbosa de Oliveira. A exemplo do encontro anterior, o quartocontou com subcomissões editoral, de hospedagem, transportee eventos e de patrimônio e contratos.

A importância do último congresso interno ficou retratadana apresentação feita pela comissão organizadora, que aquise transcreve:

“O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, com ofito de manter a idéia nascida em 1993, uma vez mais reúne-se para realizar o seu IV Congresso Interno cuja tema, aolimiar do milênio, não poderia ser outro que não o proposto:“Ministério Público no Novo Milênio: Reflexões e Perspectivas.”

Em decorrência de tão relevante tema, os membros doParquet, ratificando seu constante espírito de participação nosassuntos que envolvem a Instituição, trouxeram à bailaexatamente 37 teses, versando sobre os mais diferentes temasque vão desde as questões estritamente jurídicas até osembates de caráter institucional.

Os trabalhos reunidos neste caderno são frutos dasexperiências vivenciadas pelos membros do Ministério Público,já em seus ofícios ministeriais, já em suas pesquisas científicasou acadêmicas.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Nesta coletânea, os trabalhos foram catalogados de formasistematizada visando a dar-lhes publicidade, bem como aoferecer aos Congressistas uma visão de todo o conjunto deteses que, certamente, serão de forma peremptória defendidaspor seus autores em plenário.

Ter a oportunidade de discutir as questões relevantes quevão nos conduzir ao novo milênio é uma rara oportunidade deque não podemos deixar de tirar o máximo proveito; daí aimprescindibilidade do estudo e do aperfeiçoamento dos temasque envolvem a Instituição na sua nobre missão constitucionalda defesa da sociedade.

É de se destacar, por oportuno, a prestimosa colaboraçãode todos os integrantes do Ministério Público, que à ComissãoOrganizadora se juntaram para dar cabo desta empreitada;valioso também foi o trabalho de integrantes e funcionários daFundação Escola Superior do Ministério Público do DistritoFederal e Territórios, da Associação do Ministério Público doDistrito Federal e Territórios e da Procuradoria-Geral deJustiça.”

111111.4 O ESP1.4 O ESP1.4 O ESP1.4 O ESP1.4 O ESPAÇO CULAÇO CULAÇO CULAÇO CULAÇO CULTURALTURALTURALTURALTURAL ÁGORA ÁGORA ÁGORA ÁGORA ÁGORA

Em 27 de abril de 2000, o Procurador-Geral, HumbertoAdjuto Ulhôa, inaugurou o espaço cultural “Ágora”, paraincentivar a produção cultural de Brasília, entre outros objetivos.O Boletim do MPDFT de maio de 2000 assim noticiou o fato:

“Nem só de processos, liminares, defesas e acusações, viveo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Agora elevive também de arte. Ou melhor, de incentivar a arte. Este é oÁgora: um espaço aberto para o artista, um lugar onde ademocratização da arte é fato; o acesso gratuito para apopulação.

O Ágora foi inaugurado recentemente e chegou paramovimentar o circuito das artes de Brasília. Para os antigos

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CAPÍTULO XI

gregos e romanos, Ágora era um espaço aberto nas cidades,normalmente circundado por pórticos, como um foro, onde serealizavam assembléias políticas, comícios e manifestaçõesartísticas. Ou seja, um espaço que, como os fóruns romanos,foi parte integrante de um lugar e de uma época que deramorigem ao direito ocidental, além de permitir a livremanifestação da população.

Transportado para a atualidade e preservando a característicade espaço aberto à população, o Ágora foi criado peloMinistério Público do Distrito Federal e Territórios com oobjetivo de incentivar a produção cultural de Brasília, adivulgação da cultura e garantir o acesso do público às váriasformas de manifestações artísticas. Um lugar ondecompartilham o mesmo palco a denúncia e a defesa, a culturaque questiona e a que homenageia. Vanguarda e tradição. Aarte que critica, mas constrói.

A estrutura do Ágora é formada por um auditório comcapacidade para 428 pessoas sentadas. É o espaço reservadopara a apresentação de dança, musicais, teatro, exibição defilmes e outras manifestações artísticas. O Ágora oferece,ainda, uma galeria de arte com 186 metros quadrados,preparada para exposições de artes plásticas como esculturas,fotografias, pinturas, etc.

O Ágora foi inaugurado no dia 27 de abril pelo Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios, HumbertoUlhôa. Durante a solenidade de inauguração foi apresentadaa peça teatral “Quem és tu, Coriolano”, uma edição livre deShakespeare, com direção e interpretação de André Amário eCesário Augusto. Na inauguração, a galeria de arte foi abertaao público com a exposição da artista plástica Isabel Ferreira,que apresentou esculturas em bronze, alumínio, concreto ecimento.”

Graças à dedicação de um pequeno grupo de servidores,somado a um decisivo apoio de importantes membros doMinistério Público do Distrito Federal, o Ágora tornou-se, empouquíssimo tempo, um espaço privilegiado de Brasília. No

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

seu curto período de existência, muitas personalidadesmarcaram sua presença. Cantores, fotógrafos, conferencistase artistas plásticos valorizaram o espaço. Por exemplo, no mêsde setembro de 2000, o Ágora abriu suas portas à cantoraJoyce, com o show “arte mulher”, como parte do ciclo depalestras “mulher-espaço, tempo e cidadania”. Em depoimentoapós o show, Joyce disse que – “o Ágora é um espaço lindo edurante a apresentação o público se mostrou emocionado”.

Assim, o MPDFT contribui também para a cultura doDistrito Federal.

111111.5 CONCURSO DE MONOGRAFIAS1.5 CONCURSO DE MONOGRAFIAS1.5 CONCURSO DE MONOGRAFIAS1.5 CONCURSO DE MONOGRAFIAS1.5 CONCURSO DE MONOGRAFIAS

Por intermédio da Portaria nº 298, de 13 de maio de1999, o procurador-geral Humberto Adjuto Ulhôa instituiu o“Concurso de Monografias”, destinado a promover o debatede temas de interesse da Instituição e a estimular o crescimentointelectual dos estudantes em geral. De acordo com o atoinstituidor, uma comissão permanente definirá, até o último diade junho de cada ano, o tema do concurso. A comissão écomposta do Chefe de Gabinete do Procurador-Geral, seuPresidente, do Diretor-Geral, do Chefe de Gabinete daCorregedoria-Geral e por um membro designado pela Chefiado parquet.

O primeiro Concurso de monografias, realizado em 1998,teve como tema “50 anos da Declaração Universal dos DireitosHumanos”, de acordo com o edital nº 1, de 21.8.98, publicadono DOU de 26.8.98, Seção 3, págs. 75 e 76, e a comissãojulgadora foi presidida pelo procurador de justiça Eduardo Joséde Oliveira Albuquerque e integrada pelo Vice-Procurador-Geral da República Haroldo Ferraz da Nóbrega e pelosprofessores Inocêncio Mártires Coelho, José Geraldo de SouzaJúnior e Marcus Faro de Castro e pela promotora de justiçaMaria Rosynete Oliveira Lima.

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CAPÍTULO XI

O 1º concurso distribuiu R$ 20 mil reais em prêmios paraalunos de 1º, 2º e 3º graus. Os vencedores foram os seguintes:

- Categoria 1º grau: Patrícia de Oliveira Almeida (1º lugar),prêmio de R$ 2.500,00 e Eliana de Farias (2º lugar),prêmio de R$ 1.500,00;

- Categoria 2º grau: Ilka Cristina Rodrigues Nunes (1ºlugar), prêmio de R$ 3.000,00 e Mônica Letícia RibeiroGomes (2º lugar), prêmio de R$ 2.000,00;

- Categoria 3º grau: Giovana Maria Frisso (1º lugar),prêmio de R$ 7.000,00 e Ricardo Gaban Fernandes (2ºlugar), prêmio de R$ 4.000,00.

Nos anos de 1999 e 2000 não foi realizado concurso demonografias, visto que a administração optou por realizar oconcurso do qual falaremos no tópico seguinte.

111111.6 PRÊMIO DE JORNALISMO MINISTÉRIO PÚBLICO DO1.6 PRÊMIO DE JORNALISMO MINISTÉRIO PÚBLICO DO1.6 PRÊMIO DE JORNALISMO MINISTÉRIO PÚBLICO DO1.6 PRÊMIO DE JORNALISMO MINISTÉRIO PÚBLICO DO1.6 PRÊMIO DE JORNALISMO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRIT DISTRIT DISTRIT DISTRIT DISTRITO FEDERALO FEDERALO FEDERALO FEDERALO FEDERAL E TERRITÓRIOS E TERRITÓRIOS E TERRITÓRIOS E TERRITÓRIOS E TERRITÓRIOS

“O procurador-geral de Justiça, Humberto Adjuto Ulhôa,instituiu o “Prêmio de Jornalismo Ministério Público do DistritoFederal e Territórios” para premiar as matérias jornalísticasveiculadas nas rádios, televisões e jornais que melhoresclarecerem à opinião pública sobre as competências eatribuições constitucionais e legais do MPDFT, bem como suaatuação junto à sociedade.

Participantes:Participantes:Participantes:Participantes:Participantes:

Profissionais de comunicação social devidamente habilitadosque tenham editado matérias (reportagens) veiculadas emjornais, emissoras de rádio e emissoras de televisão.

Categorias:Categorias:Categorias:Categorias:Categorias:

1ª categoria – trabalhos veiculados em rádio; 2ª categoria –trabalhos veiculados em jornal; 3ª categoria: trabalhosveiculados em televisão.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Autoria:Autoria:Autoria:Autoria:Autoria:

Serão aceitos trabalhos elaborados individualmente ou em co-autoria, concorrendo os co-autores em conjunto. Observar-se-á, ainda: a) Um mesmo autor poderá concorrer com maisde um trabalho. b) Estão excluídas da participação publicaçõesde circulação interna, de órgãos governamentais, empresas eassociações, bem como matérias premiadas em outrosconcursos.

Apresentação dos TApresentação dos TApresentação dos TApresentação dos TApresentação dos Trabalhos:rabalhos:rabalhos:rabalhos:rabalhos:

Os trabalhos devem ser encaminhados ao procurador-geralde Justiça e apresentados em envelope lacrado contendo omaterial jornalístico e cópia da documentação do(s) autor(es),sendo tudo protocolizado na Assessoria de ComunicaçãoSocial do MPDFT para posterior encaminhamento à ComissãoJulgadora. Os trabalhos devem ser acompanhados de cincocópias das páginas do periódico em que foram publicados(jornal), das gravações da reportagem em fita cassete (rádio)e das gravações da matéria em vídeo sistema VHS (televisão)e devem conter o (s) nome(s) do(s) autor(es), título e data dapublicação ou veiculação.

Inscrições:Inscrições:Inscrições:Inscrições:Inscrições:

As inscrições poderão ser realizadas pelo veículo decomunicação que divulgou os trabalhos ou por seu próprioautor.

Os participantes deverão apresentar documentação pessoale profissional no ato da inscrição.

Comissão Julgadora:

A Comissão Julgadora s s s s será presidida pelo procurador-geralde Justiça e constituída por um representante da Assessoriade Comunicação Social do MP, um representante daAssociação dos Membros do MPDFT, um representante daFundação Escola Superior do MPDFT, um representante doSindicato dos Jornalistas Profissionais do DF e umrepresentante do Sindicato dos Radialistas do DF.

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CAPÍTULO XI

Critérios de ACritérios de ACritérios de ACritérios de ACritérios de Avaliação:valiação:valiação:valiação:valiação:

a) será considerada a efetiva contribuição do trabalho paralevar ao conhecimento da sociedade as atribuições eatividades do MPDF;

b) nível e aprofundamento da pesquisa utilizada para aformulação dos trabalhos;

c) fidelidade dos fatos descritos;

d) adequado uso de linguagem na redação das matérias.

Prêmios:

Será concedido ao(s) autor(es) do melhor trabalho selecionadoem cada categoria (jornal, rádio e televisão), como prêmio,uma quantia em dinheiro, da qual serão descontados osimpostos e contribuições de lei.

Entrega dos Prêmios:

Os prêmios serão entregues em solenidade presidida peloProcurador-Geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios.”

111111.7 UM INCIDENTE SOBRE O CONTROLE EXTERNO DA1.7 UM INCIDENTE SOBRE O CONTROLE EXTERNO DA1.7 UM INCIDENTE SOBRE O CONTROLE EXTERNO DA1.7 UM INCIDENTE SOBRE O CONTROLE EXTERNO DA1.7 UM INCIDENTE SOBRE O CONTROLE EXTERNO DAAAAAATIVIDADE POLICIALTIVIDADE POLICIALTIVIDADE POLICIALTIVIDADE POLICIALTIVIDADE POLICIAL

Um fato recente da história do Ministério Público doDistrito Federal merece destaque, em razão da sua importânciapara a nossa Instituição. O fato foi o seguinte: o delegado titularda 19ª Delegacia Policial, da Ceilândia, não permitiu que opromotor de justiça realizasse o controle externo daquelaDelegacia, por considerar a ação como uma intromissãoindevida na atividade policial. O Procurador-Geral de então,Humberto Adjuto Ulhôa, designou comissão composta doprocurador de justiça João Alberto Ramos e dos promotoresde justiça Wandir da Silva Ferreira e André Vinícius do EspíritoSanto Almeida para realizar a inspeção na 19ª Delegacia. Ofato repercutiu como uma bomba no meio policial, que se uniu

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

para impedir o exercício regular e constitucional do controleexterno. Os membros da Comissão Ministerial compareceramà 19ª DP no dia 15 de outubro de 1996 e foram recebidos pormais de uma centena de policiais, entre delegados e agentes,e para chegarem à sala do Delegado Titular tiveram que passarpor um verdadeiro “corredor polonês”. Na sala da autoridadepolicial, onde estavam mais de uma dezena de delegados, ematitudes pouco amistosas, embora procurassem manter aaparência de cordialidade, o Presidente da Comissão, JoãoAlberto Ramos, leu o ato que designou a Comissão e indagouao Delegado Titular se permitia, ou não, o cumprimento dainspeção. A autoridade policial, vacilante mas encorajada peloscolegas, respondeu negativamente. O “Jornal de Brasília” dodia seguinte noticiou o acontecimento, à pág. 20, nos seguintestermos:

“Os delegados titulares das 28 delegacias da Polícia Civildo DF compareceram ontem à 19ª DP (Ceilândia) e impedirama inspeção interna que seria feita pelo Ministério Público. “Sópoderão ter acesso aos inquéritos policiais com mandadojudicial”, avisou o presidente do Sindicato dos Delegados dePolicia do DF (Sindepo), Achilles Benedito de Oliveira.

A Portaria 692 assinada pelo procurador-geral de Justiça,Humberto Ulhôa, autoriza o Ministério Público a fazer vistoriasnas delegacias da Polícia Civil, inclusive com acesso aos autosde inquéritos policiais. Apesar dos ânimos acirrados dacategoria, a situação foi contornada sem confrontos. Oprocurador de justiça do DF, João Ramos, saiu da 19 ª DPgarantindo que o Ministério Público tem o respaldo legal pararealizar inspeções nas delegacias.

O corregedor da Polícia Civil, delegado Ângelo Neto, afirmouque não. “Esta vistoria interna não cabe ao Ministério Público”,disse. Segundo ele, a Lei 75/93 permite aos promotores checaros inquéritos policiais somente depois de encaminhados àJustiça. “Ao impedirmos a inspeção não estamos agindo àrevelia. A lei é superior à portaria”, defendeu.

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CAPÍTULO XI

O impasse passa agora a ser problema da Justiça. “Vamosacionar a Justiça e ver o remédio jurídico cabível para aquestão”, esclareceu Ramos. O delegado Francisco Crisanto,titular da 19ª DP, prometeu também procurar a Justiça.“Encaminhei ofício ao diretor da Polícia Civil para que entrecom medida cautelar na Procuradoria de Justiça do DF parasustar a autorização de inspeção, que é inconstitucional.”

Assembléia Assembléia Assembléia Assembléia Assembléia ––––– Antes da chegada dos procuradores doMinistério Público à 19ª DP, os delegados fizeram assembléiana delegacia. A posição de todos era de barrar o acesso dosprocuradores às gavetas da delegacia. O deputado distritalRenato Rainha (PL), delegado de polícia licenciado, engrossouo coro contra a Portaria 692, baixada pelo procurador-geralde Justiça Humberto Ulhôa.

Segundo o parlamentar, a Lei Orgânica do Ministério Público,aprovada há dois anos pelo Congresso Nacional, eliminoutodos os dispositivos que permitiam ao órgão da Justiça fazero controle interno das atividades da Polícia Civil. “O MinistérioPúblico ficou com o controle externo: análise dos autos deinquéritos e de processos enviados à Justiça”, especificouRainha. Este controle permite à Justiça checar abuso de poderou omissão do dever legal por parte dos delegados.”

Com a resposta negativa do titular da 19ª DP, a Comissãoretirou-se e elaborou imediatamente o seu relatório,encaminhado ao Procurador-Geral. Como desdobramento, oMinistério Público do Distrito Federal impetrou mandado desegurança, para fazer valer as suas prerrogativas, sendo,estranhamente, denegada a ordem em primeiro grau. Todavia,o Tribunal de Justiça fez prevalecer a Constituição Federal e aLei Complementar nº 75/93 e concedeu a ordem. A partir deentão, caíram as barreiras que se opunham ao controle externo,muito embora, vez ou outra, num ou noutro ponto, surja tímidaresistência ao controle. Paralelamente, o Ministério Públicoofereceu denúncia contra o Delegado Titular da 19ª DP e contrao Corregedor-Geral da Polícia, que apoiou a ilegal recusa doseu subordinado.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Inclusive, por intermédio da Portaria nº 799, de 21 denovembro de 1998, foi criado o Núcleo de Investigação eControle Externo da Atividade Policial, com as seguintesatribuições:

“Art. 1º - Fica criado, no âmbito do Ministério Público do DistritoFederal e Territórios, o NÚCLEO DE INVESTIGAÇÃOCRIMINAL E CONTROLE EXTERNO DA ATIVIDADEPOLICIAL NO DISTRITO FEDERAL, vinculado ao Gabinetedo Procurador-Geral de Justiça e destinado a realizardiligências investigatórias e exercer o controle externo daatividade policial no Distrito Federal.

Art. 2º - Cabe ao Núcleo de Investigação Criminal e ControleExterno da Atividade Policial no Distrito Federal exercer ocontrole externo da atividade policial por meio de medidasjudiciais e extrajudiciais, e especialmente:

a) comparecer às delegacias de polícia e estabelecimentosprisionais do Distrito Federal, independentemente de prévioaviso, assegurado o livre ingresso nessas repartições e emsuas dependências;

b) verificar as condições em que se encontram os presos,promovendo, se for o caso, entrevista pessoal reservada;

c) examinar quaisquer documentos relativos à atividade-fimpolicial, podendo extrair cópias, fazer anotações e retirá-los quando necessário mais acurado exame. Neste últimocaso, mediante recibo;

d) representar à autoridade competente, quando esta não foro Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, paraadoção de providências que visem sanar omissões,prevenir, corrigir ou reprimir ilegalidade ou abuso de poderrelacionados com a atividade de investigação policial”.

Cumpre registrar, todavia, que atividades de controleexterno da atividade policial sempre foram exercidas peloMinistério Público do Distrito Federal, rotineiramente. Porém,

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CAPÍTULO XI

sempre que se fazia necessário, a Administração do MinistérioPúblico fazia designações especiais para acompanhamentode determinados casos. Por exemplo, as Portarias nº 4989,de 12.6.80, e nº 5026, de 14.7.80, designaram os promotoresEverards Mota e Matos e Lecir Manoel da Luz paraacompanharem inquéritos visando apurar notícias de maustratos a menores no interior da 15ª Delegacia policial; a Portaria6341, de 29.11.83, designou o promotor de justiça Décio CostaFerraz para acompanhar as investigações relativas à morteda menina Ana Lídia; as Portarias 6705, de 26.11.84, e 6731,de 11.12.84, criaram o Núcleo de acompanhamento de inquéritopolicial relativo à apuração do assassinato do jornalista MárioEugênio, designando o procurador de justiça Jorge FerreiraLeitão e o promotor de justiça Paulo Tavares Lemos paracoordenar o referido Núcleo. Mais tarde, o promotor de justiçaPaulo Tavares foi vinculado à ação penal respectiva; a Portarianº 22, de 15.1.88, designou o promotor de justiça PetrônioCalmon Alves Cardoso Filho para acompanhar inquérito queapurava a prática de violência e de morte no CIR; o promotorde justiça Amarílio Tadeu Freesz de Almeida foi designado,por meio da Portaria 377, de 11.9.89, para acompanhar asinvestigações tendentes à apuração da morte do prefeito deBoa Vista, Roraima; os promotores Lecir Manoel da Luz eLucídio Bandeira Dourado foram designados para acompanharas investigações relativas ao desaparecimento do meninoPedrinho, acompanhando, inclusive, diligências fora do DistritoFederal (Portaria 475, de 27.11.89).

O Controle Externo da Atividade Policial foi inicialmentedisciplinado por meio da Portaria 026, de 1º.2.93, queestabeleceu que os promotores deveriam fazer pelo menosuma visita mensal às Delegacias e que durante a visitadeveriam verificar a situação das pessoas presas e daregularidade das ocorrências policiais. Em caso de constataçãode violência praticada por policiais, determinava o referido atoque o inquérito policial deveria ser requisitado à Corregedoriade Polícia.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

111111.8 A1.8 A1.8 A1.8 A1.8 A ASSOCIAÇÃO DOS MEMBROS DO MINISTÉRIO ASSOCIAÇÃO DOS MEMBROS DO MINISTÉRIO ASSOCIAÇÃO DOS MEMBROS DO MINISTÉRIO ASSOCIAÇÃO DOS MEMBROS DO MINISTÉRIO ASSOCIAÇÃO DOS MEMBROS DO MINISTÉRIOPÚBLICO DO DISTRITPÚBLICO DO DISTRITPÚBLICO DO DISTRITPÚBLICO DO DISTRITPÚBLICO DO DISTRITO FEDERALO FEDERALO FEDERALO FEDERALO FEDERAL E TERRITÓRIOS E TERRITÓRIOS E TERRITÓRIOS E TERRITÓRIOS E TERRITÓRIOS

Com excelente visão do futuro, os companheiros daprimeira hora sentiram a necessidade de criar uma Associaçãoque, entre outros objetivos, defendesse as prerrogativas,direitos e interesses dos seus sócios. Passando da idéia àação, reuniram-se, no dia 23 de junho de 1961, Áttila Sayol deSá Peixoto, José Júlio Guimarães Lima, Milton SebastiãoBarbosa, Antônio Honório Pires de Oliveira Júnior, GilvanCorreia de Queiroz, Francisco de Assis Andrade e Hilda Vieirada Costa e fundaram a associação do Ministério Público doDistrito Federal e Territórios, tomando posse a seguinteDiretoria:

ATTILA SAYOL DE SÁ PEIXOTO - Presidente;GILVAN CORREIA DE QUEIROZ - Secretário;FRANCISCO DE ASSIS ANDRADE - Tesoureiro.

Depois, diversos outros companheiros prestaram a suacolaboração à associação, nesses quase quarenta e um anosde vida. Ei-los:

10.04.63 - Milton Sebastião Barbosa - PresidenteAntônio Honório Pires de Oliveira Júnior -Vice-PresidenteAmaury Souza Mello - SecretárioWashington Bolivar de Brito - Sec. ImprensaHilda Vieira da Costa - Relações Públicas

23.04.65 - Washington Bolivar de Brito -PresidenteLincoln Magalhães da Rocha -Vice-PresidenteElmano Farias - TesoureiroJosé Paulo Puris - Sec. ImprensaJosé Lourenço Mourão - Sec. RelaçõesPúblicas

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CAPÍTULO XI

10.04.67 - Gilvan Correia de Queiroz - PresidenteLincoln Magalhães da Rocha - Vice-PresidenteJosé Dilermando Meirelles - SecretárioJarbas Fidelis de Souza - TesoureiroAntônio Honório Pires de Oliveira Júnior -Sec. ImprensaJosé Lourenço Mourão - Sec. RelaçõesPúblicas

14.01.69 - José Dilermando Meirelles - PresidenteLincoln Magalhães da Rocha - Vice-PresidenteDimas Ribeiro da Fonseca - SecretárioCarlos Gomes Sanromã - Sec. ImprensaJosé Lourenço Mourão - Sec. RelaçõesPúblicas

15.04.71 - Carlos Gomes Sanromâ - PresidenteLincoln Magalhães da Rocha - Vice-PresidenteLéia Esteves - SecretáriaHelenio Rizzo - Sec. de ImprensaFrancisco de Assis Andrade - Sec. RelaçõesPúblicas

10.04.73 - Lincoln Magalhães da Rocha - PresidenteJarbas Fidelis de Souza - Vice-PresidenteCarlos Augusto Machado de Faria -SecretárioEdinaldo de Holanda Borges - TesoureiroJosé de Nicodemos Alves Ramos - Sec.Relações PúblicasHélio Fonseca - Sec. de Imprensa

10.04.75 - José Lourenço Mourão - PresidenteHelênio Rizzo - Vice-Presidente

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Neuza Claude Cristofoli - SecretáriaEverards Mota e Matos - TesoureiroJefferson Fonseca de Brito - Sec. deImprensaPercílio de Souza Lima - Sec. RelaçõesPúblicas

13.04.77 - Gilvan Correia de Queiroz - PresidenteElzer Rocha de Melo Martins - Vice-PresidenteMarluce Aparecida Barbosa Lima -SecretáriaEverards Mota e Matos - TesoureiroLéa Esteves - Sec. de ImprensaHelenio Rizzo - Sec. Relações Públicas

16.04.79 - Gilvan Correia de Queiroz - PresidenteDimas Ribeiro da Fonseca - Vice-PresidenteLéa Esteves - SecretáriaJoão Alberto Ramos - TesoureiroJosé Nicodemos Alves Ramos - Sec.Relações PúblicasJosé de Ribamar Moraes - Sec. de Imprensa

13.04.81 - Elzer Rocha de Mello Martins -PresidenteLuiz Ramos Porto - Vice-PresidenteHumberto Adjuto Ulhôa - SecretárioHelenio Rizzo - TesoureiroRuth Kicis Torrents - Sec. Relações PúblicasTemístocles de Mendonça Castro - Sec. deImprensa

18.04.83 - Helenio Rizzo - PresidenteLecir Manoel da Luz - Vice-PresidenteTânia Gontijo Roriz - SecretáriaElzer Rocha de Melo Martins - Tesoureira

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CAPÍTULO XI

Onório Justiliano Teixeira - Sec. de ImprensaElza Rodrigues Lougon - Sec. RelaçõesPúblicas

26.04.84 - José Raimundo Xavier - TesoureiroHelena Cristina Tinoco Mendonça -Secretária

10.04.85 - Elza Rodrigues Lougon - PresidenteJosé Lourenço Mourão - Vice-PresidenteEverards Mota e Matos - TesoureiroFrancisca Silva e Souza - SecretáriaGilvan Correia de Queiroz - Sec. RelaçõesPúblicasAntônio Raimundo Gomes Silva Filho - Sec.Imprensa

10.04.87 - Elza Rodrigues Lougon - President Paulo Tavares Lemos - Vice-PresidenteJosemias Costa - TesoureirCarmem Maria Martins Gomes - Sec.Relações PúblicaLucídio Bandeira Dourado - Diretor deImprensaLia Celi Fanuk - Tesoureira

10.04.89 - Amarílio Tadeu Freesz de Almeida –PresidenteAntônio Raimundo Gomes Silva Filho – Vice-PresidenteRenato Sócrates Gomes Pinto – SecretárioMaria de Lourdes Abreu – Diretora deImprensaJair Meurer Ribeiro – Secretário de RelaçõesPúblicasJosé Firmo Reis Soub - Tesoureiro

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

28.04.91 - Paulo Tavares Lemos - PresidenteEunice Pereira Amorim de Souza - Vice-PresidenteCarlos Gomes - SecretárioJosemias Costa - TesoureiroAntônio Ezequiel de Araújo Neto - DiretorAdministrativoSelam Leite Nascimento S. de Souza -Diretora Social

14.04.93 - Eunice Pereira Amorim de Souza -PresidenteSelma Leite Nascimento S. de Souza - Vice-PresidenteNídia Correia Lima - SecretáriaLucas Resende Rocha - TesoureiroJosé Valdenor Queiroz Júnior - DiretorAdministrativoAndré Vinícius Espírito Santo de Almeida -Diretor SocialVandir da Silva Ferreira - Diretor deRelações Públicas

26.04.95 - Selma Leite do Nascimento S. de Souza -PresidenteGaspar Antônio Viegas - Vice-PresidenteMarta Maria de Rezende - SecretáriaJonatas Pereira Cardoso - TesoureiroNisio Edmundo T. R. Filho - Dir.AdministrativoMarta Alves da Silva - Dir. SocialGuilherme Zanina Schelb - Dir. de RelaçõesPúblicas

08.04.97 - Maurício Silva Miranda - PresidenteLibânio Alves Rodrigues - Vice-PresidenteTrajano Souza de Melo - Secretário

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CAPÍTULO XI

Jonatas Pereira Cardoso - TesoureiroAlexandre Fernandes Gonçalves - DiretorAdministrativoSandra Mendes Gonzaga Neiva - DiretoraSocialMárcio Flávio Mafra Leal - Dir. RelaçõesPúblicas

08.04.99 - Maurício Silva Miranda - PresidenteAlexandre Fernandes Gonçalves - Vice-PresidenteVyvyany Viana Nascimento - SecretáriaKatia Christina Lemos - 2ª SecretáriaFabiano Coelho Vieira - TesoureiroKatie de Souza Lima - 2ª TesoureiroIsrael Pinheiro Torres - Dir. AdministrativoRailson Américo Barbosa Oliveira - Dir.SocialLuciana Medeiros Costa - Dir. RelaçõesPúblicas

27.04.2001 - Leonardo Azeredo Bandarra - PresidenteAlexandre Fernandes Gonçalves - Vice-PresidenteKarel Ozon Monfor Couri Raad - SecretárioYara Maciel Camelo - 2ª SecretáriaVetuval Martins Vasconcelos - TesoureiroRubin Lemos - 2ª TesoureiroJamil Amorim Filho - Dir. AdministrativoYara Veloso Teixeira - Dir. SocialRenato Barão Varalda - Dir. RelaçõesPúblicas

No ano de 2003 foi reeleito Leonardo Azeredo Bandarracomo presidente. Em 2005 foi eleito Alexandre FernandesGonçalves para presidência da entidade.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Desde a sua fundação, a Associação firmou-se comolídima defensora das prerrogativas, direitos e interesses deseus sócios, os membros do Ministério Público do DistritoFederal. Outrossim, unida às co-irmãs estaduais e à entidadenacional que congrega as associações, tem participado daslutas e dos debates no sentido do aperfeiçoamento da ordemjurídico-social. Foi a Associação que liderou o movimento,inclusive a paralisação das atividades ministeriais, que levouà edição do Decreto-lei nº 2267, de 13 de março de 1985, quetirou os membros da Instituição, como já foi dito, da quasemiséria.

111111.9 O SINDICA1.9 O SINDICA1.9 O SINDICA1.9 O SINDICA1.9 O SINDICATTTTTOOOOO

A Constituição Federal de 1988 permitiu a sindicalização,de modo geral, inclusive no serviço público, e algunscompanheiros resolveram criar o Sindicato dos Membros doMinistério Público do Distrito Federal. A filiação ao sindicatofoi pequena, porque a maioria da classe preferiu manter-sefiliada apenas à quase trintenária Associação. A convivênciado Sindicato e da Associação não foi pacífica, estabelecendo-se uma relação conflituosa entre as entidades. O Sindicato,paulatinamente, foi perdendo a pouca força que angariou nosseus breves dias de vida e já tem um bom tempo que estápraticamente extinto.

111111.10 A1.10 A1.10 A1.10 A1.10 A REVIST REVIST REVIST REVIST REVISTAAAAA DO MPDFT DO MPDFT DO MPDFT DO MPDFT DO MPDFT

Os integrantes do Ministério Público do Distrito Federalaspiravam por uma revista, por meio da qual pudessem publicaros trabalhos e matérias jurídicas não só de interesse da classe,mas de todo o mundo jurídico nacional. José DilermandoMeireles, à época Procurador-Geral, empenhou-se com afincopara concretização do objetivo e, na sessão do ConselhoSuperior do dia 22 de outubro de 1984, comunicou a seus

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CAPÍTULO XI

pares que havia firmado convênio com a gráfica do SenadoFederal para a publicação da revista (livro de Atas, vol. I, pág.31). Dias depois, ainda no mês de outubro de 1984, deu-seposse ao Promotor de Justiça Pedro Luiz de Assis, como Diretorda revista, e ao seguinte Conselho Editorial: Gilvan CorreiaQueiroz, Everards Mota e Matos, Helenio Rizzo, João AlbertoRamos, Arthur Sebastião Cezar da Silva, Arinda Fernandes ePaulo Tavares Lemos, contando com a servidora CarmemMagalhães como Secretária.

Finalmente, no dia 7 de maio de 1984, às 17 horas, nosalão nobre do MPDFT, foi lançado o primeiro número daRevista, com a publicação de diversos trabalhos de membrosdo MPDFT. Ao apresentar a Revista, escreveu o seu Diretor,Pedro de Assis:

“A Revista do Ministério Público do Distrito Federal e dosTerritórios vem, finalmente, à lume para somar com inúmerasoutras publicadas pela grande maioria dos órgãos do MinistérioPúblico Estadual vários anos antes.

Essa lacuna na literatura jurídica do País - notadamente noque dizia respeito à falta de um órgão de divulgação do ParquetParquetParquetParquetParquetdo Distrito Federal e dos Territórios - não foi preenchida de umsalto. Mais de vinte anos se passaram desde os pródromosdas primeiras tomadas de posição da Procuradoria-Geral edos seus membros mais ressentidos e pressurosos dadivulgação do órgão estatal, até o memorável 17 de outubrode 1984, quando, no Gabinete do Exmº Sr. Presidente doSenado Federal, foi assinado o Convênio que propicia a ediçãodeste órgão editorial.

Era o empenho hercúleo, incansável, determinado, doProcurador-Geral da Justiça do Distrito Federal e dosTerritórios - o jurista e o escritor laureado Dr. José DilermandoMeireles - aliado ao descortino e à aguda sensibilidade dehomem público de S. Exª o honrado senador da República ePresidente do Congresso Nacional, Dr. Moacyr Dalla, a darao Ministério Público na Capital do Brasil o prêmio e o

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coroamento de sua prolongada luta em prol de tão digno quãoinarredável desiderato.

Agora, resta ao ParquetParquetParquetParquetParquet, através do denodado e entusiásticoempenho de seus honrados e cultos membros, continuar pelaclareira aberta, descobrindo e fazendo-se descobrir, numaamostragem sóbria, porém sem tibieza e sem arroubos defalsa modéstia, apenas buscando deixar a sua marca - couleurcouleurcouleurcouleurcouleurlocallocallocallocallocal - como foram concreta de contribuir, como parteintegrante do elenco das publicações do gênero, para ointercâmbio das idéias ligadas ao aperfeiçoamento daInstituição do Ministério Público Nacional, das leis e da Justiça.

Esta é uma obra que se inicia e, como tantas outras geradaspelo desprendimento dos gáudios gratuitos e das mesmicesde áulicas legendas, mas tão-somente voltada para o primadodo espírito público, fica a merecer o aplauso dos coraçõesbem formados e, de outro lado, as contribuições críticas quepossam enriquecê-la e aperfeiçoá-la.

Buscamos, sopitando a tendência humanamentecompreensível de tentar “inovar”, haurir a experiência editorialde publicações similares primorosamente elaboradas pelosórgãos do Ministério Público de outras Unidades da Federação,daí seguirmos, mais ou menos de modo eclético, as variadasformas editoriais.

Desejamos agradecer a decisiva contribuição de um dosmelhores expertsexpertsexpertsexpertsexperts no campo editorial da Capital da República,quiçá um dos melhores do País - o Sr. Gaetano Ré - AssessorTécnico do Centro Gráfico do Senado Federal, quedesprendida e entusiasticamente elaborou o layoutlayoutlayoutlayoutlayout ecoordenou todo o trabalho de impressão.

Não seria justo deixar de consignar aqui o nosso preito dereconhecimento ao Dr. Aloísio Barbosa de Souza - figuraexponencial de advogado que engrandeceu o foro da CapitalFederal e alhures, com ênfase na Tribuna do Júri, de onde seencontra afastado em razão de haver sido convocado pelaPresidência do Senado Federal a assumir o cargo de DiretorExecutivo do CECGRAF e onde vem dando mostra

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CAPÍTULO XI

irredarguível de seu alto espírito público e de suainquestionável competência administrativa. A sua atuação juntoà Presidência do Senado e o gosto com que esteve sempreatento aos menores acentos da Procuradoria-Geral da Justiça,quer na pessoa de seu insigne titular, Dr. Dilermando Meireles,quer na pessoa deste modesto apresentador, constitui fato queserve de primoroso exemplo de respeito e apreço pelaInstituição do Ministério Público.”

Lamentavelmente, apenas dois números forampublicados pela Gráfica do Senado Federal. Em 2000, porém,o então Procurador-Geral, Humberto Adjuto Ulhôa, relançou aRevista, dando a lume o número 3 (três)

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CAPÍTULOXII- A FUNDAÇÃO ESCOLA SUPERIOR DO

MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITOFEDERAL E TERRITÓRIOS

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CAPÍTULO XII

Diretores da Fundação Escola Superior do MPDFT: Jair Meurer e Rogerio Schietti,ladeados por Alessandra Queiroga, José Firmo Reis Soube e Jairo Bisol - 1997.

Conselho Editorial da Fundação Escola Superior do MPDFT: Maria RosyneteOliveira Lima, Rodolfo Cunha Sales, Denise Lyrio Pacheco, Roberto CarlosBatista e Eunice Amorim Carvalhido (fundo) - 1997.

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Reunião de diretores da Fundação Escola Superior do MPDFT – Gestão dopromotor de justiça Leonardo Azeredo Bandarra - 1999.

Diretora Eunice Amorim Carvalhido e servidores da Fundação Escola Superiordo MPDFT – 1998.

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CAPÍTULO XII

12.1 A ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO12.1 A ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO12.1 A ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO12.1 A ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO12.1 A ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRIT DISTRIT DISTRIT DISTRIT DISTRITO FEDERALO FEDERALO FEDERALO FEDERALO FEDERAL E TERRITÓRIOS E TERRITÓRIOS E TERRITÓRIOS E TERRITÓRIOS E TERRITÓRIOS

O Ministério Público do Distrito Federal tem, de nascença,a vocação pelo estudo, pelo aprimoramento, pelo crescimentoprofissional. É prova desta afirmação a participação intensade membros da Instituição em congressos, simpósios, cursosde especialização, de doutorado, etc, desde as horas primeirasda existência do nosso Ministério Público. E logo surgiu o sonhode criar uma unidade interna que pudesse incentivar e promovero aperfeiçoamento e a especialização dos membros doMinistério Público do Distrito Federal, por meio de cursosregulares, seminários, congressos, ciclos de estudos, cursosde adaptação, etc.

Por exemplo, a idéia foi ventilada oficialmente na reuniãodo Conselho Superior do dia 11 de junho de 1984, quando oConselheiro Jorge Ferreira Leitão enfatizou a necessidade decriar-se, no MPDFT, um instituto cultural, que se encarregassede promover debates, ciclos de estudos, simpósios, cursosregulares, etc, com vista ao aprimoramento profissional dosmembros.

Mas ainda não era o momento de lançar a semente àterra, pois a semente ainda estava verde e a terra carecia donecessário adubo, pois a idéia estava em fase de crescimentoe de definição no plano mental.

Os dias, os meses e os anos correram, com o idealsempre alimentado pela força do pensamento dos sonhadores,até que a semente amadureceu e a terra se fez boa, com oadubo da esperança, da fé, da perseverança e da coragemdos sonhadores. E chegou ao palco das decisões o gênioempreendedor de Geraldo Nunes, que, como bom semeador,reuniu em torno de si os sempre sonhadores, primeiro poucos,mas que foram aumentando como o exército dos meninos nacanção de Roberto Carlos.

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Com efeito, Geraldo Nunes foi nomeado para o cargo deProcurador-Geral em 29 de abril de 1987 e, já na sessão doConselho Superior do dia 8 de junho de 1987, ouviu do amigoJosé de Nicodemos Alves Ramos a afirmação de que se faziaimperiosa a criação da escola do Ministério Público, para oaperfeiçoamento profissional dos membros, porque ele,Nicodemos, na condição de Corregedor-Geral, estava tomandoconhecimento de um grande número de denúncias rejeitadas,porque mal formuladas. Geraldo Nunes não se fez esperar,visto que a Escola era um velho sonho seu também e, nasessão seguinte, dois dias depois (10.6.1987, conforme constado livro de atas), comunica aos integrantes do ConselhoSuperior que era seu desejo instituir, no Ministério Público doDistrito Federal, uma fundação cultural incumbida de promoverpalestras, cursos regulares, simpósios e outros eventosjurídicos propícios ao aprimoramento profissional dosintegrantes do MPDFT.

Por meio da Portaria nº 129, de 2.6.87, o Procurador-Geralinstituiu comissão, sob a sua presidência, para promoverestudos preliminares visando à criação da Escola Superior doMinistério Público do Distrito Federal. Integraram a comissãoos seguintes membros: Everards Mota e Matos, Pedro Luiz deAssis, Temístocles de Mendonça Castro, João Alberto Ramos,Romeu Gonzaga Neiva e Lecir Manoel da Luz. Posteriormente,em continuidade aos estudos com o objetivo da implantaçãoda nossa Escola, os membros Humberto Adjuto Ulhôa e TâniaMaria Nava Marchewka foram designados para comparecerao I Encontro Nacional de Escolas do Ministério Público,realizado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, de 7 a 9 dedezembro de 1989, tudo como consta da Portaria 501, de1º.12.89. Menos de um ano depois, a promotora Carmem MariaMartins Gomes também foi a Porto Alegre com a missãoespecífica de colher subsídios para a implantação da EscolaSuperior do Ministério Público do Distrito Federal. O ato que

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CAPÍTULO XII

incumbiu Carmem Maria da tarefa foi a Portaria 433, de22.10.90.

De seu lado, José Eduardo Sabo Paes foi incumbido dedirigir-se a Porto Alegre, Rio Grande do Sul, de 22 a 24 demaio de 1991, para colher subsídios nas áreas administrativas,financeira e pedagógica, da Escola Superior do MinistérioPúblico gaúcho, para posterior implementação da nossaEscola. Novas viagens foram realizadas por José Eduardo, nomês de junho de 1991, com o mesmo objetivo, conforme estádocumentado pelas Portarias nº 218, de 16.5.91, e 310, de21.6.91.

Paralelamente às providências adotadas pelo procurador-geral, Geraldo Nunes, surgiram duas propostas, uma visandoà criação do “Instituto Superior de Estudos” do MPDFT e outrabuscando instituir a “Escola Superior do MPDFT”. O entãoConselheiro Everards Mota e Mattos propôs, na sessão doConselho Superior do dia 23 de março de 1988 (página 10 dolivro de atas, vol. II), que os processos fossem reunidos,proposição que foi acolhida por todos. Mas os processos foramsobrestados, aguardando as providências que estavam sendorealizadas por Geraldo Nunes, no comando de uma competenteequipe. É o próprio Geraldo Nunes quem relata, à página 16da “Revista da Fundação Escola Superior do Ministério Públicodo Distrito Federal e Territórios”, nº 7, edição comemorativa:

“Nesta fase embrionária do projeto, contei com a colaboraçãodecidida dos colegas Maria de Lourdes Abreu, Carmen MariaMartins Gomes, José Eduardo Sabo Paes, Suzana de ToledoBarros, Paulo Roberto M. Arruda, Elza Rodrigues Lugon,Everards Mota e Matos, Francisca Soares da Silva, AntônioRaimundo Gomes Filho, Humberto Adjuto Ulhôa, Lecir Manoelda Luz, Romeu Gonzaga Neiva, e outros que ajudaram atransformar o que poderia ter sido um sonho fugaz e transitóriona esplêndida realidade que é hoje a Fundação EscolaSuperior do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.

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Os Drs. Paulo Roberto M. Arruda, José Firmo Reis Soub eGisela de Castro Chamoun redigiram os Estatutos. Estes, apósdebatidos pela classe, foram aprovados. O patrimônio daFundação Escola Superior foi obtido com a venda de um vídeo,doado pela colega Elza Lugon.”

E, na sessão do Conselho Superior do dia 29 de junhode 1989, Geraldo Nunes comunica que o estatuto da “FundaçãoCultural” já estava elaborado (página 73, do livro de atas, vol.II). Porém, eclodiram duas dificuldades, que precisavam serafastadas: primeira, algumas vozes, pouquíssimas, é verdade,se colocavam contrárias à fundação cultural ou centro deestudos, temendo a grandeza do empreendimento; segunda,entre as muitas vozes favoráveis, algumas, embora raras,sustentavam que a fundação deveria ter o patrocínio do recém-criado sindicato dos membros do Ministério Público do DistritoFederal, enquanto outras, bem mais numerosas, afirmavamque a tarefa deveria ser da vetusta Associação dos Membrosdo Ministério Público do Distrito Federal. Geraldo Nunes,democrata até a medula, deu a saída para o impasse, com asua criatividade: uma assembléia geral da classe, realizadadurante três dias, na qual os membros poderiam se manifestarsobre as duas questões fundamentais que entravavam acaminhada no sentido da criação da fundação cultural. Aassembléia foi marcada para os dias 2, 3 e 4 de agosto de1989, podendo os membros comparecer no dia da sua escolha,e dar o seu voto.

Todavia, mesmo durante a realização da assembléia, ouplebiscito, como chamou alguém, a questão encontrouresistência. De fato, a ata da sessão do Conselho Superior dodia 3 (três) de agosto de 1989 (página 74 do livro II) registra amanifestação do Conselheiro Amaury de Souza Mello contraa consulta à classe, por entender que a matéria era daatribuição exclusiva do Procurador-Geral, e o Conselheiro JorgeFerreira Leitão manifestou-se no sentido de que o assuntoexigia a edição de uma lei. Mas a consulta à classe foi realizada

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CAPÍTULO XII

e, finalmente, no dia 4 de agosto de 1989, no Gabinete doProcurador-Geral de Justiça do Distrito Federal, localizado no8º andar do Tribunal de Justiça, às 17h30min, realizou-se aapuração dos votos da histórica assembléia dos integrantesdo MPDFT.

Aberta a urna, constatou-se o comparecimento de 66(sessenta e seis) membros, o que representou mais da metadedos integrantes da Instituição, à época.

As questões submetidas à assembléia, em cédula única,foram as seguintes:

“1ª) - é favorável à criação de uma fundação cultural noMinistério Público do Distrito Federal e Territórios?

2ª) -a fundação deverá ser instituída pela Associação doMinistério Público do Distrito Federal e Territórios?

3ª) - pelo Sindicato?”

Os participantes deveriam responder, a cada indagação,“sim” ou “não”.

Os promotores de justiça Humberto Adjuto Ulhôa e Mariade Lourdes Abreu foram designados escrutinadores, enquantoos promotores de justiça Lecir Manoel da Luz e RomeuGonzaga Neiva, bem como os servidores Manoel AugustoGarcia de Oliveira e Margarida Maria Vieira Teixeira foramindicados fiscais da apuração que apresentou os seguintesresultados:

1º) -65 (sessenta e cinco) votos a favor da criação dafundação cultural;

2º) -56 (cinqüenta e seis) votos a favor da instituição daFundação pela Associação dos membros doMinistério Público do Distrito Federal;

3º) -4 (quatro) votos a favor da instituição da fundação

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pelo Sindicato dos membros do Ministério Públicodo Distrito Federal.

Dada a importância das decisões tomadas na assembléiade agosto de 1989, é oportuno registrar aqui os nomes detodos que compareceram, que podem ser considerados,justamente, fundadores da Escola (pela ordem como foielaborada a folha de presença): 1) - Adilson Rodrigues; 2) -Álvaro José Jorge; 3) - Amarílio Tadeu Freesz de Almeida; 4) -Andréa Lyrio Ribeiro de Souza; 5) - Antônio Carneiro Sobrinho;6) - Antônio Ezequiel de Araújo Neto; 7) - Antônio RaimundoGomes da Silva Filho; 8) - Aristarte Gonçalves Leite; 9) - ArthurSebastião Cezar da Silva; 10) - Benis Silva Queiroz Bastos;11) - Bernardino de Souza e Silva; 12) - Carlos Augusto deAmorim Dutra; 13) - Diva Lucy de Faria Pereira; 14) - Edgar deAlmeida Castanheira; 15) - Eline Levi Paranhos; 16) - EunicePereira Amorim de Souza; 17) - Everards Mota e Matos; 18) -Fabiano Gabriel Guimarães; 19) - Fernando Cezar PereiraValente; 20) - Francisco Leite de Oliveira; 21) - Geraldo Nunes;22) - Helena Cristina Mendonça Mafra; 23) - Humberto AdjutoUlhôa; 24) - Isaac Barreto Ribeiro; 25) - Ísis Guimarães deAzevedo; 26) - Itiberê Ernesto de Oliveira; 27) - Jair MeurerRibeiro; 28) - Jesus de Morais Aguiar; 29) - João Alberto Ramos;30) - José Alves de Lima; 31) - José Carlos de Souza Ávila;32) - José de Souza Antunes; 33) - José Eduardo Sabo Paes;34) - José Felipe de Araújo; 35) - José Firmo Reis Soub; 36) -José Raimundo Xavier; 37) - José Ribamar Moraes; 38) - JoséValdenor Queiroz Júnior; 39) - Lecir Manoel da Luz; 40) - LucasResende Rocha; 41) - Lúcia Helena Barbosa de Oliveira; 42) -Lucídio Bandeira Dourado; 43) - Maria Anaides do Vale S. Soub;44) - Maria Aparecida Donati Barbosa; 45) - Maria de LourdesAbreu; 46) - Marinita Maria da Silva; 47) - Mario Perez de Araújo;48) - Marta Maria de Rezende Pinto; 49) - Nélio Rezende daSilva; 50) - Nídia Correia Lima; 51) - Paulo Tavares Lemos; 52)- Pedro Luiz de Assis; 53) - Pedro Sobreira Pirajá; 54) - PetronioCalmon A. Cardoso Filho; 55) - Renato Sócrates Gomes Pinto;

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CAPÍTULO XII

56) - Rogerio Schietti Machado Cruz; 57) - Romeu GonzagaNeiva; 58) - Rubens Tavares e Souza; 59) - Ruth Kicis TorrentsPereira; 60) - Sandra Mendes Gonzaga Neiva; 61) - SuzanaVidal de Toledo Barros; 62) - Tania Maria Nava Marchewka;63) - Temístocles de Mendonça Castro; 64) - Vilma FranciscaMendes; 65) - Zuleika Ávila de Rezende.

Decididas as questões fundamentais, o estatuto dafundação, elaborado por Geraldo Nunes e seus colaboradores,foi submetido à análise da então curadoria de fundações, sendoaprovado por meio do ato nº 19/90, de 17 de outubro de 1990,da lavra do promotor de justiça Paulo Roberto de MagalhãesArruda. O estatuto aprovado consignou em seus artigos 1º, 2ºe 3º:

“Artº 1º - A FUNDAÇÃO ESCOLA SUPERIOR DOMINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL ETERRITÓRIOS, constituída pela presente escritura é pessoajurídica de direito privado, sem fins lucrativos, com prazoindeterminado de duração. Artº 2º - A FUNDAÇÃO tem porfinalidade: I - Instituir e ministrar cursos de aperfeiçoamento ede pós-graduação visando o aperfeiçoamento e aespecialização dos membros do Ministério Público e de outrascarreiras jurídicas; II - Realizar seminários, congressos,simpósios, ciclos de estudos, cursos de adaptação, extensão,conferências, palestras e atividades assemelhadas quepromovam o aperfeiçoamento cultural e profissional dosintegrantes da carreira do Ministério Público; III - Instituir eministrar cursos de formação de estagiários e de preparaçãode candidatos ao concurso para ingresso na carreira doMinistério Público; IV - Editar a revista da Escola Superior doMPDFT e outras publicações de interesse para a categoria;V) - Apoiar e promover projetos e atividades de ensino epesquisa; VI - Firmar convênios e outras formas de intercâmbiocom entidades públicas e particulares, nacionais ouestrangeiras, para fins de concessão de bolsas de estudos,estádios para estudos, observação e pesquisas, no país e noexterior, em regime de gratuidade integral, aos membros do

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MPDFT; VII - Proporcionar aos membros do MPDFT espaçoadequado a atualização teórica e bibliográfica e intercâmbiode experiências, objetivando propiciar um amplo debate arespeito de temas de cunho jurídico; VIII - Criar, no âmbito daEscola Superior do MPDFT, comissão permanente destinadaao estudo e acompanhamento do Direito legislado, inclusiveencaminhamento de sugestões e projetos de lei; IX - Ofereceracompanhamento aos Promotores de Justiça Substituto,durante o estágio probatório. CAPÍTULO II - DO PATRIMÔNIOE RECEITAS - Artº 3º - O patrimônio da FUNDAÇÃO éconstituído: I - Pelo depósito em conta remunerada no Bancode Brasília da importância de Cr$-59.747,25 Conta nº 3672786,Ag Palácio da Justiça, transferida pela Associação doMinistério Público do Distrito Federal e Territórios”

Concretizando o sonho por tanto tempo acalentado, foilavrada escritura pública de constituição da Fundação EscolaSuperior do Ministério Público do Distrito Federal, no dia 7 defevereiro de 1991, no Cartório do 1º Ofício de Notas de Brasília,às fls. 130/132 do livro 1585, e registrada sob matrícula nº2153, do livro A-3, do Cartório do 1º Ofício de Registro Civildas Pessoas Jurídicas de Brasília, DF. Compareceu comoinstituidora a Associação dos Membros do Ministério Públicodo Distrito Federal, representada por seu presidente, promotorde justiça Amarílio Tadeu Freesz de Almeida. E, em sessãosolene realizada no dia 8 (oito) de março de 1991, sob apresidência do Excelentíssimo Procurador-Geral GeraldoNunes e, contando com a presença de Amarílio Tadeu Freeszde Almeida, presidente da Associação dos membros doMPDFT, de Fernando Reis Lima, Corregedor-Geral do MPDFT,do Desembargador Luiz Claudio de Almeida Abreu, Vice-Presidente do TJDF, de Paulo Roberto de Magalhães Arruda,Curador das Fundações, de Fátima Nancy Andrighi, Juíza deDireito e de diversos procuradores e promotores de justiça, foiempossado o Conselho Curador, órgão máximo da EscolaSuperior. Compuseram o referido Conselho, na primeira hora:procurador de justiça Everards Mota e Matos, como Presidente;

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CAPÍTULO XII

promotora de justiça Francisca Soares da Silva; promotora dejustiça Zuleika Ávila de Rezende; promotora de justiça NídiaCorrêa Lima e promotora de justiça Marta Maria de RezendePinto; indicados, respectivamente, pelo Corregedor-Geral doMPDFT, pelo Procurador-Geral do MPDFT e pela Associaçãodos Membros do MPDFT (as três últimas). Seis dias depois,ou seja, em 14 de março de 1991, foram empossados comomembros do Conselho Administrativo, na verdade a DiretoriaExecutiva da Fundação Escola, as Promotoras de JustiçaCarmem Maria Martins Gomes, Maria de Lourdes Abreu, TaniaMaria Nava Marchewka e os Promotores de Justiça JoséEduardo Sabo Paes, Alexandre Jorge Fontes Laranjeira ePaulo Tavares Lemos. Em 20 de junho de 1991, Francisco Leitede Oliveira substituiu Paulo Tavares Lemos e, em 5 de agostode 1991 e 19 de agosto de 1993, Paulo Roberto Arruda e ÍsisGuimarães de Azevedo passaram a integrar a administraçãoda Escola, em departamentos recém-criados.

A respeito da importância da Escola, escreveu GeraldoNunes, na “Revista” citada, às págs. 14 e 15:

“Pode-se afirmar, sem exagero, que a Constituição de 1988,definindo o Ministério Público como essencial órgão à funçãojurisdicional do Estado, legitimando-o para defesa dos direitosnela referidos, demarcou a convergência das aspirações queintegravam a história da luta de nossa classe com a opção dasociedade brasileira pela Democracia.

Promulgada a Constituição, todo este passado de lutas, quese incorporara à história do Ministério Público, não se poderiaperder. Tínhamos, diante de nós, situação aparentemente nova- em razão de sua consolidação - mas, por longos anos, objetode lenta elaboração.

Cabia, pensava eu em 1989, a cada Ministério Público, criarum tipo de organização, por iniciativa de seus membros, semvinculações com a Administração, para dar continuidade,consistência e perenidade à obra do passado, parte de nossa

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história, e imprescindível para projetarmos o futuro da nossainstituição. Essa organização poderia significar, para asociedade, que outorgou e passou a exigir do Parquet açãovigorosa, renovação de idealismo permanente na ordemdemocrática indissociável da Instituição. A nova entidadeintegrar-se-ia às existentes, como as Associações, centralizariaatividades que se destinassem não só ao debate de temasjurídicos, relacionados com as funções constitucionais doMinistério Público e leis ordinárias, como também refletiria arespeito do porvir ministerial.”

A aula inaugural da Escola, sobre o tema “A Função doMinistério Público como Defensor da Ordem Jurídica, doRegime Democrático e dos Interesses Sociais”, foi proferidapor Aristides Junqueira Alvarenga, em 25 de junho de 1991. Oprimeiro evento da Escola — com o tema “Reflexosconstitucionais do Tribunal do Júri” e com a participação deAfranio Silva Jardim, Antônio Scarante Fernandes, ClaudioLemos Fontelles, James Tubenchlak e Francisco de AssisToledo como expositores — foi promovido no período de 18 a21 de junho de 1991. O primeiro curso regular, intitulado “Cursode Aperfeiçoamento para as carreiras jurídicas”, com cargahorária de 787 horas, teve início em março de 1992, com 60alunos, aprovados no concurso seletivo realizado em novembrode 1991.

Nesses dez anos, foram presidentes do Conselho,Everards Mota e Matos, Francisca Soares da Silva, HumbertoAdjuto Ulhôa, Lelia Maria Duarte de Cerqueira e Zenaide SoutoMartins. Atualmente, o órgão é presidido por Maria Anaídes doVale Siqueira Soub.

Por sua vez, ocuparam a direção-geral da Escola, depoisde Carmem Maria, pela ordem, Rogerio Schietti Machado Cruz,Jair Meurer Ribeiro, Eunice Pereira Amorim Dutra, LeonardoAzeredo Bandarra, José Pimentel Neto e Humberto AdjutoUlhôa. Atualmente, a diretora-geral é Zenaide Souto Martins.

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CAPÍTULO XII

O Conselho Fiscal, por sua vez, já foi presidido por GladanielPalmeira de Carvalho e Suely Ambrósio da Fonseca. Nomomento, seu Presidente é o Procurador de Justiça JoãoAlberto Ramos. Cumpre lembrar que o Conselho Fiscal daEscola passou a existir em junho de 1997.

A história dos fatos que antecederam a criação daFundação Escola Superior do Ministério Público do DistritoFederal esclarece bem a razão de Geraldo Nunes ser o patronoda Escola.

A relevância da Escola no cenário jurídico do DistritoFederal e do Brasil é indiscutível. Temas importantíssimosforam debatidos em suas salas; luminares do mundo jurídicopátrio e internacional abrilhantaram a sua cátedra e quase cincocentenas de jovens bacharéis concluíram os cursos da Escola,e muitos hoje pontificam no Ministério Público e na MagistraturaNacionais.

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CAPÍTULOXIIICONCLUSÃO

- AS CONQUISTAS CONSTITUCIONAIS

- A ATUALIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICODO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

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CAPÍTULO XII

Solenidade de lançamento do Projeto Memória do MPDFT – 2003

Procurador de Justiça João Ramos faz pronunciamento sobre o Projeto Memória– 2003.

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O pioneiro Gilvan Correia Lima discursa no lançamento do Projeto Memória –2003.

Inauguração do Memorial do MPDFT – 2004

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CAPÍTULO XII

Os pioneiros Arthur Sebastião César da Silva e Gilvan Correia – 2004.

Eliane Gazola, José Jerônymo Barbosa e Eduardo Sabo Paes examinam fotosno Memorial do MPDFT – 2004.

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QUATRO DÉCADAS DE HISTÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS

Amarílio Tadeu, Arthur Sebastião César da Silva e Zenaide Souto Martinsexaminam fotos do Memorial do MPDFT – 2004.

Gilvan Correia, Antonio Marcos Dezan e Temístocles Mendonça na inauguraçãodo Memorial do MPDFT – 2004

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CAPÍTULO XII

João Ramos e Arthur Sebastião César da Silva na inauguração do Memorial doMPDFT – 2004.

Paulo Tavares, Lecir de M. Luz, Romeu Gonzaga Neiva e Amarílio Tadeu – 2004

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Arthur Sebastião César da Silva examina fotos do Memorial do MDPFT – 2004.

Marcos Giraldes, Pedro Otto de Quadros, Antônio Marcos Dezan e AlexandreSalles examinam fotos do Memorial do MPDFT – 2004

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CAPÍTULO XII

13.1 CONQUIST13.1 CONQUIST13.1 CONQUIST13.1 CONQUIST13.1 CONQUISTAS CONSTITUCIONAISAS CONSTITUCIONAISAS CONSTITUCIONAISAS CONSTITUCIONAISAS CONSTITUCIONAIS

Como observou o constitucionalista José Afonso da Silva— citado pelo Procurador da República Moacir AntônioMachado da Silva, em discurso proferido em 22.06.95, porocasião da posse de novos procuradores da República — aCarta Política de 1988 “fundou um novo tipo de Estado”, umEstado Democrático de Direito, e o Ministério Público foiincumbido da defesa da ordem jurídica, do regime democráticoe dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

Recebeu o Ministério Público organização e instrumentosde atuação necessários à consecução dos seus objetivos. Mas,observa ainda Moacir Antônio, que “o tratamento constitucionaldo Ministério Público - sua definição, seus princípios, asgarantias de seus integrantes, as normas fundamentais de suaorganização e instrumentos da atuação - não resultaram doacaso, de fatores circunstanciais ou de um eventual devaneiodo legislador constituinte. Longe disso! Todas essas inovaçõesnão são outra coisa senão salvaguardas da sociedade, emdefesa de seus mais legítimos interesses” - Correio Braziliense,caderno Direito e Justiça, de 03.07.95.

Mas, muito ainda existe por fazer. A Lei Complementarnº 75/93 dotou o Ministério Público de instrumentos eficientespara a realização de suas finalidades, mas é preciso capacitá-lo tecnicamente para usar esses instrumentos. A vida modernaexige cada vez mais técnica, rapidez e precisão. Necessitamosde equipamentos e de peritos especializados nas mais diversasáreas, para que o Ministério Público possa se desincumbir dassuas relevantes funções institucionais.

13.2 A13.2 A13.2 A13.2 A13.2 A A A A A ATUALIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO DOTUALIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO DOTUALIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO DOTUALIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO DOTUALIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRIT DISTRIT DISTRIT DISTRIT DISTRITO FEDERALO FEDERALO FEDERALO FEDERALO FEDERAL

O Ministério Público do Distrito Federal vive momentosde grande euforia pelas conquistas realizadas. Daquele

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Ministério Público que tinha apenas três salas deaproximadamente trinta metros quadrados cada uma, no sextoandar do antigo Bloco 6, na Esplanada dos Ministérios,evoluímos, em quarenta e um anos, para um Ministério Públicoque ocupa cinco andares no prédio do IBAMA; conquistou seuedifício-sede em Brasília, além da sede de Taguatinga, e temdependências condignas em todos os fóruns das cidades-satélites. Se há quarenta anos não tínhamos material deexpediente para as nossas atividades mais elementares,posteriormente, passamos a ter computadores em todas (ouquase todas) as Procuradorias e Promotorias.

Todavia, é preciso lembrar que as conquistas de que orausufruímos foram frutos do trabalho perseverante de muitoscompanheiros, no decorrer dos anos. As sementes lançadasna terra boa foram adubadas com o suor, com as lágrimas e osofrimento de quantos sonharam com uma realidade qual avivenciada hoje. O Ministério Público de hoje é conseqüênciado Ministério Público de ontem; o Ministério Público de amanhãserá filho do Ministério Público de hoje.

É oportuna a lição de insigne jornalista espírita DeolindoAmorim a respeito da ligação entre passado, presente e futuro.Escreveu ele: apesar de todo o engenho da inteligência e detodos os artifícios, o homem nunca poderá cortar o fio que ligao passado ao presente(...) Ainda não se formou até hoje umageração auto-suficiente em tudo por tudo. Seria ilusão. Hárenovação constante de idéias, costumes, conceitos, quadrossociais, etc, pois não haveria progresso se não houvesserenovação. Mas renovação é enriquecimento e melhoramento,não é destruição total de experiências acumuladas porgerações anteriores (...).

Não podemos dividir o tempo entre passado e presente,entre novo e velho, com a precisão com que balizamos oloteamento de um terreno. O tempo é uno e abstrato, não podeser configurado entre fronteiras irredutíveis. Justamente por

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isso, todos os conceitos em função do tempo são relativos.Cada geração recebe frutos da geração anterior, sempremelhorando, do mesmo modo que a geração futura terá desocorrer-se muito do acervo do passado. É da História.Ninguém inventaria contornar as voltas e reviravoltas do tempo.Quantas idéias, que já nos pareciam mortas, ressurgem deuma hora para outra, às vezes com rótulo novo, e com maisvigor ainda?...” - Análieses Espíritas, pág. 59/60.

Ou, na síntese admirável do autor de “A Queda do MundoOcidental” “o conhecimento do passado ilumina o presente eprofetiza o futuro”.

O progresso é lei da vida, é lei divina. Progridem osmundos, progridem as nações, progridem as instituições eprogridem as pessoas. Estacionar é aniquilar-se, é perder-se.

Seguindo essa lei, o Ministério Público do Distrito Federalhá de continuar a sua marcha progressiva. O que queremospara o nosso Ministério Público?

Esperamos um Ministério Público que abomine o crime eame o criminoso, pois abominar o crime, mas amar o criminosoé uma segura bússola para o Promotor de Justiça. Significaque o crime deve ser sempre combatido, não importa quemseja o seu autor. Mas significa também que o autor do crimemerece todo respeito como pessoa humana, como cidadão. Eessa regra deve valer para todos os criminosos, sem exceção.

Esperamos um Ministério Público que cada vez maisrespeite os direitos e garantias do cidadão, mesmo que essecidadão seja presumivelmente infrator da lei, para que possaexigir de quem quer que seja a observância desses mesmosdireitos e garantias. Sem a força do exemplo, o MinistérioPúblico não terá força alguma.

Esperamos um Ministério Público que tenha sempre aexata compreensão de que os fins não justificam os meios e

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que os caminhos da lei e da justiça são os únicos que lhe épermitido trilhar. Se o Ministério Público abandonar as armasda lei para se permitir usar as mesmas armas dos opressores,dos violentos, dos intransigentes, dos coatores, estará cavandoa sua própria cova.

Esperamos um Ministério Público que mantenha, emtodos os momentos, a consciência inequívoca de que éMinistério Público de toda a sociedade e não apenas dedeterminada parcela dessa sociedade. Assim, o MinistérioPúblico é tanto do consumidor como o é do comerciante; éMinistério Público do aluno, mas o é também do dono da escola.O equilíbrio e a imparcialidade devem estar sempre presentesnas ações ministeriais.

Esperamos um Ministério Público perfeitamenteentrosado entre todos os seus órgãos, de forma que se possarealizar, verdadeiramente, trabalho de equipe, trabalho emconjunto.

Esperamos um Ministério Público altivo, mas semprepotência ou autoritarismo. Que busque convencer pela forçada verdade, sem exigir ou impor.

Esperamos um Ministério Público presto, determinado,mas prudente e equilibrado. Como advertiu o Procurador daRepública Moacir Antônio Machado da Silva “a precipitação ea imprudência levam quase sempre a equívocos, de modo quedevemos duvidar das interpretações mais apressadas” - Direitoe Justiça, “Correio Braziliense” de 3 de julho de 1995. Açõesintentadas apressadamente e que resultam em nada desgastama Instituição.

Esperamos que o Ministério Público se aproxime do povo,para ouvir os seus anseios, as suas súplicas, as suas petiçõese promover medidas necessárias para que o homem possarealmente exercer os direitos que a Constituição lhe assegura.

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Esperamos um Ministério Público que, semestardalhaços, sem vedetismo, sem estrelismo, mas comcoragem, com sacrifício se preciso for, com firmeza e equilíbrio,lute por impedir a malversação do dinheiro público, lute porfazer com que sejam destinadas verbas para os programassociais.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios é econtinuará sendo ministério de serviço à cidadania. E todos,membros e servidores, são os responsáveis por manter oMinistério Público nessa vereda de trabalho, esforço ededicação, que o manterá fiel ao seu destino constitucional.Mantenhamo-nos conscientes de que o Ministério Público doDistrito Federal e Territórios não se permitirá paralisações emsua marcha evolutiva.

Mas a marcha será cautelosa, prudente, cuidadosamentepensada. Tomamos por empréstimo o pensamento de ManuelPascoal Nabuco D’Avila, Procurador-Geral de Justiça deSergipe:

“Evitar que o Ministério Público, qual aeronavedesorientada, empreendesse vôo cego, temerário, deresultados provavelmente desastrosos para si e para asociedade a que deve servir. Servir bem. O melhor possível...nos esforçamos à exaustão para que o Ministério Público nãofosse tão depressa que parecesse provocação e nem tãodevagar que parecesse covardia” - Um Ministério Público aserviço da cidadania.

Para concluir, o pensamento do venerando GuimarãesLima:

“Ministério Público é, no organismo do Judiciário, como aquelechefe de certa tribo indígena que, ao cair da noite, no quiriri,acendia o facho, para clarear a passagem segura dos quevinham atrás; Ministério Público representa o papel dossoldados da vanguarda de Napoleão, que tapavam o fosso,

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para a passagem vitoriosa das tropas de retaguarda; MinistérioPúblico, titular da ação penal pública, é quem promove ajustiça, como fiscal da lei e da sua fiel execução; MinistérioPúblico, opinando, como opina, antes da decisão, elabora, naobservação de insigne processualista - projeto de sentença;Ministério Público é a humildade ante a tragédia da condiçãohumana, a solidariedade aos oprimidos e a revolta contra asviolências e as injustiças; Ministério Público é seiva e vigor,iguais aos dessa mocidade idealista e sincera, que, na capitalda Coréia, após luta encarniçada, fez cair o governo deSINGMAN RHEE, ou na Turquia, o governo MENDERES ou,ainda, no Japão, o Primeiro Ministro KISHI.” - Linha doEquador, fls. 150/151.

João Alberto Ramos

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