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(1 Que o ideal se converta em realidade, . e o amor dirija a Humanidade! Reine a paz entre os homens _M«wei_-*_--^_*3w«_«u«*a«^-vii^^njtn ¦* At^py^^^ijStx^?^ Jornal iJidepradftEta pe visa'amparar o tralialbo e difundir a entoa Gerente - Proprietário . Emilio Fonini para a grandeza áo Brasil. Diretor: ALEXANDRE RAMOS Redator: PERCY DE ABREU LIMA ANO VII N. 355 Rio Grande do Sul—Caxias, Io. de Janeiro de 1940 Redação: Rua Sinimbú, N. 1907 Chegamos ao fim do ano com a impressão feliz de que iniciamos a mar- cha da vida por um caminho diferente, mais suave e mais convidativo e que sen- timos a alma levo o embalada de esperan- ças, deixando para trás todo um fardo de desilusões carregado através duma es- trada difícil o repleta de surpresas dece- pcionantes. Rememorando os dias que passaram, eles sempre sa nos apresentam como trezentas o tantas inutilidades que nos ofertaram muita:-, tristezas e poucas ale- grias, acumulando-nos na alma um pouco mais de cansaço e levando consigo muitas das ilusões. E sentimos sempre um res- quicio de desanimo. Desanimo por ter rea- lizado pouco. Ou não ter conseguido muito. Sim, porque o homem, por mais que rea- lize ou por muito que obtenha, na sua eterna insatisfação sempre acha que ainda ha bastanto por fazer e conseguir. B o que ele fez e ganhou, esquece com muita fa- cilidade. Mas nunca esquece nem perd.ôa os desejos irreaüzados. sempre guardando consigo a esperança de ve-los um dia trans- formados em realidades. Fim de ano. Um pedaço da nossa vida quo se vai, arrastando junto alguma coi- sa da nossa alma e um pouco de nossa mocidade. Despedimo-nos dele como de um amigo importuno, felizes porve-lo partir aI o sabermos que não retornará. Esquecidos de que todo Ano Velho foi, no principio, um Ano Novo e que este poderá ser tão velho ou talvez mais ainda do que aquele qu6 vemos ir embora. Felizmente a esperança nunca deixa de embalar e iludir o nosso coração, que vive numa constante espera de melhores dias. E é com uma grande esperança que hoje fitamos o vermelho numero um da fo- lhirihá nova e inviolada, essa folhinha que guarda consigo o encanto das nossas ilu- soes e o segredo de alentar-nos o intimo com a promessa de conceder-nos um po- quinho dessa palavra bonita, muito u- sada e quasi nada conhecida, que se cha- ma felicidade. Por isso. este primeiro dia do Ano Novo se reveste com o rumor e a.pa.pitação.das grandes festas.Esquece- mo-nos de que um ano a mais no tempo ê um ano a menos na nossa vida e no novo ciclo que hoje se inicia, parece-nos que a vida vai surgir mais nova, mais feliz, como si todas as tristezas, as in- quietações e as melancolias ficassem inu- tilizadas quando rasgamos a derradeira pagina da folhinha do ano que findou. Entretanto, á maneira de certas mu- lher.es difíceis, o Ano Novo irá se revê- lando aos poucos. Apresentar-nos-á as sur- orezas de sempre. Oom pequenas varian- tes e com menor ou maior intensidade, as alegrias e tristezas de todos os anos. Enquanto isso, o Tempo passa. Isto é, julgamos que ele passa. O Tempo nâo existe. O Tempo è apenas uma conven- ção estabelecida por astrônomos e mate- mafcicos. Si eJe não existe, não se pôde passar. Nòs & que passamos pelo Tempo. E cada ano temos a ilusão de que ini- ciamos um novo ciclo de vida quando na realidade não fazemos outra coisa sinão viver mais um minuto de eternidade, igual a todos Os outros minutos. Mas vamos deixar de pessimismos. Va- mos tentar iludir-nos de que iniciamos u- ma nova existência e armemo-nos com novas esperanças. Acreditamos que o Ano Novo pode ser muito melhor do que o ano que lindou. Que ele nos proporciona- uma infinidade de alegrias e uma in- significancia de tristezas. E que ali a- diante não existe ninguém, nem amargu- ras, nem dores, nem a Morte, a nos es- preitarera para alguma surpreza ou trai- ção. UATAL CHIARELO A crise contemporânea não é a conseqüência do conflito entre dou- trinas antagônicas e inconciliáveis. E' o resultado da incoerência entre os pensamentos formulados e a conduta dos homens. Estes não esqueceram as palavras dos sábios e dos santos; olvida- ram completamente o exemplo dos homens bons e simples. Os dirigentes mentais do mundo, em sua maioria, afirmam defender a doutrina de Sócrates, Jesus ou Spíposa; mas procedem como Taraeí- lão, Alexandre ou Atua. as palavras pronunciadas esternam amor e perdão, tolerância e cordura, simplicidade e cultura; os atos praticados revelam ódio e vin- gança. intransigência o tirania, arrogância e ignorância. As ações cometidas desmoralizam a grandeza dos principies pre- dicadoí*;': As multidões não descrêm das palavras de concórdia e de respeito; Lnão acreditam na., atitudes de seus mentores. rjf.a. inquietação que sacode a humanidade não provêm do estudo e ÉLda compreensão de sistemas teóricos; ela tem como origem o exemplo W]que vem dos chefes. yfeíO homem, era geral, é como a ereança. Não segue conselhos; irai- Lta alüiides. fj:Os bons cooselhoa não escasseiam; mas são excepcionalissimos os grandes exemplo^. Não ó de estranhar que o barbarismo eo niilismo se aposse dos se- res sem cultura, qnando os pseudos inovadores de sistemas sociais e defensores da civilização procedera com raaquiavelismo e com perver- y tis,.;.sidade calculada. . V* &'¦ O dinheiro creou o prestigio de muita gente; a contradição entre a ,' lho é a atitude. idéa e a conduta gerou o pessimismo. A imoralidade não tem sua expressão tipica na palavra; seu espe- ¦4, Não se enganam aqueles que querem virtudes atos em vez de gran- dezas platônicas. Um Homem, com maiúscula, não discute e não promete; realiza. Isso nos conduz a conclusão de que necessitamos de uma renova- ção completa em nossos costumes se pretendemos resolver a crise que infelicita os homens. Aos cristãos nãc cabe somente o dever de predicarem a doutrina do Mestre; cabe-lhes seguir os maravilhosos exemplos. aos admiradores do sábio ateniense não compete a divulgação de suas doutrinas, exclusivamente; bi/mpete-lhes continuarem suas atitudes. Aos adeptos e admiradores de Spinosa não toca elucidarem estrita- mente a complexidade de suas teses trancedentais; toca-lhes o dever de seguir o exemplo do grande e virtuoso stoico. Entre os homens que agem praticamente nunca ha crises, animo- sidades e desconfianças. a bondade real não conhece intolerância e nem ódio; a falsa bon- dade é mais perigosa e nociva do que toda ferocidade declarada. O ano de 39 passou, deixando aos homens a amarga convicção de que os homens falam como civilizados e procedem como bárbaros. Que o ano de 40 seja o prenuncio de uma nova era, creaudo ati- tudes de seres humanos nos seres que pensam como homens. Quando os homens, observando a conduta de seus mentores, verifi- carem que elas são a expressão real de suas doutrinas, volverá a con- fiauça. O amor e a paz não serão dous deuses a quem a humanidade o 1 lia- com terror e duvida. Serão duas magníficas realidades capazes de fazoréin a fílioidadj. dos animais que supuzeram ser divindades. Cremos que ha de chegar esse grande dia em que a palavra do homem será a imagem fiel de seus sentimentos e desejos. E não havendo motivos para descrer, não haverá motivos para crises. PERCY DE A. LIMA. •** <*' \.

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Que o ideal se converta em realidade,. e o amor dirija a Humanidade!

Reine a paz entre os homens

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¦* At^py^^^ijStx^?^

Jornal iJidepradftEta pe visa'amparar o tralialbo e difundir a entoaGerente - Proprietário . Emilio Fonini

para a grandeza áo Brasil.

Diretor: ALEXANDRE RAMOS Redator: PERCY DE ABREU LIMAANO VII N. 355 Rio Grande do Sul—Caxias, Io. de Janeiro de 1940 Redação: Rua Sinimbú, N. 1907

Chegamos ao fim do ano com aimpressão feliz de que iniciamos a mar-cha da vida por um caminho diferente,mais suave e mais convidativo e que sen-timos a alma levo o embalada de esperan-ças, deixando para trás todo um fardode desilusões carregado através duma es-trada difícil o repleta de surpresas dece-pcionantes.

Rememorando os dias que passaram,eles sempre sa nos apresentam comotrezentas o tantas inutilidades que nosofertaram muita:-, tristezas e poucas ale-grias, acumulando-nos na alma um poucomais de cansaço e levando consigo muitasdas ilusões. E sentimos sempre um res-quicio de desanimo. Desanimo por ter rea-lizado pouco. Ou não ter conseguido muito.Sim, porque o homem, por mais que rea-lize ou por muito que obtenha, na suaeterna insatisfação sempre acha que aindaha bastanto por fazer e conseguir. B o queele fez e ganhou, esquece com muita fa-cilidade. Mas nunca esquece nem perd.ôaos desejos irreaüzados. sempre guardandoconsigo a esperança de ve-los um dia trans-formados em realidades.

Fim de ano. Um pedaço da nossa vidaquo se vai, arrastando junto alguma coi-sa da nossa alma e um pouco de nossamocidade. Despedimo-nos dele como de umamigo importuno, felizes porve-lo partir

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o sabermos que não retornará. Esquecidosde que todo Ano Velho foi, no principio,um Ano Novo e que este poderá ser tãovelho ou talvez mais ainda do que aquelequ6 vemos ir embora.

Felizmente a esperança nunca deixade embalar e iludir o nosso coração, quevive numa constante espera de melhoresdias. E é com uma grande esperança quehoje fitamos o vermelho numero um da fo-lhirihá nova e inviolada, essa folhinha queguarda consigo o encanto das nossas ilu-soes e o segredo de alentar-nos o intimocom a promessa de conceder-nos um po-quinho dessa palavra bonita, muito u-sada e quasi nada conhecida, que se cha-ma felicidade. Por isso. este primeiro diado Ano Novo se reveste com o rumor ea.pa.pitação.das grandes festas.Esquece-mo-nos de que um ano a mais no tempoê um ano a menos na nossa vida e nonovo ciclo que hoje se inicia, parece-nosque a vida vai surgir mais nova, maisfeliz, como si todas as tristezas, as in-quietações e as melancolias ficassem inu-tilizadas quando rasgamos a derradeirapagina da folhinha do ano que findou.

Entretanto, á maneira de certas mu-lher.es difíceis, o Ano Novo irá se revê-lando aos poucos. Apresentar-nos-á as sur-orezas de sempre. Oom pequenas varian-tes e com menor ou maior intensidade,as alegrias e tristezas de todos os anos.

Enquanto isso, o Tempo passa. Istoé, julgamos que ele passa. O Tempo nâoexiste. O Tempo è apenas uma conven-ção estabelecida por astrônomos e mate-mafcicos. Si eJe não existe, não se pôdepassar. Nòs & que passamos pelo Tempo.E cada ano temos a ilusão de que ini-ciamos um novo ciclo de vida quando narealidade não fazemos outra coisa sinãoviver mais um minuto de eternidade, iguala todos Os outros minutos.Mas vamos deixar de pessimismos. Va-mos tentar iludir-nos de que iniciamos u-ma nova existência e armemo-nos comnovas esperanças. Acreditamos que o AnoNovo pode ser muito melhor do que oano que lindou. Que ele nos proporciona-rá uma infinidade de alegrias e uma in-significancia de tristezas. E que ali a-diante não existe ninguém, nem amargu-ras, nem dores, nem a Morte, a nos es-preitarera para alguma surpreza ou trai-ção.

UATAL CHIARELO

A crise contemporânea não é a conseqüência do conflito entre dou-trinas antagônicas e inconciliáveis.

E' o resultado da incoerência entre os pensamentos formulados e aconduta dos homens.

Estes não esqueceram as palavras dos sábios e dos santos; olvida-ram completamente o exemplo dos homens bons e simples.

Os dirigentes mentais do mundo, em sua maioria, afirmam defendera doutrina de Sócrates, Jesus ou Spíposa; mas procedem como Taraeí-lão, Alexandre ou Atua.

as palavras pronunciadas esternam amor e perdão, tolerância ecordura, simplicidade e cultura; os atos praticados revelam ódio e vin-gança. intransigência o tirania, arrogância e ignorância.

As ações cometidas desmoralizam a grandeza dos principies pre-dicadoí*;':As multidões não descrêm das palavras de concórdia e de respeito;

não acreditam na., atitudes de seus mentores.rjf. a. inquietação que sacode a humanidade não provêm do estudo eÉL da compreensão de sistemas teóricos; ela tem como origem o exemploW] que vem dos chefes.yfeí O homem, era geral, é como a ereança. Não segue conselhos; irai-

• ta alüiides.fj: Os bons cooselhoa não escasseiam; mas são excepcionalissimos os

grandes exemplo^.Não ó de estranhar que o barbarismo eo niilismo se aposse dos se-

res sem cultura, qnando os pseudos inovadores de sistemas sociais edefensores da civilização procedera com raaquiavelismo e com perver-y tis,.;.sidade calculada.

. V* &'¦ O dinheiro creou o prestigio de muita gente; a contradição entre a

,' lho é a atitude.

idéa e a conduta gerou o pessimismo.A imoralidade não tem sua expressão tipica na palavra; seu espe-

¦4, Não se enganam aqueles que querem virtudes atos em vez de gran-

dezas platônicas.Um Homem, com maiúscula, não discute e não promete; realiza.Isso nos conduz a conclusão de que necessitamos de uma renova-

ção completa em nossos costumes se pretendemos resolver a crise queinfelicita os homens.Aos cristãos nãc cabe somente o dever de predicarem a doutrina

do Mestre; cabe-lhes seguir os maravilhosos exemplos.aos admiradores do sábio ateniense não compete a divulgação de

suas doutrinas, exclusivamente; bi/mpete-lhes continuarem suas atitudes.Aos adeptos e admiradores de Spinosa não toca elucidarem estrita-

mente a complexidade de suas teses trancedentais; toca-lhes o deverde seguir o exemplo do grande e virtuoso stoico.

Entre os homens que agem praticamente nunca ha crises, animo-sidades e desconfianças.

a bondade real não conhece intolerância e nem ódio; a falsa bon-dade é mais perigosa e nociva do que toda ferocidade declarada.

O ano de 39 passou, deixando aos homens a amarga convicção deque os homens falam como civilizados e procedem como bárbaros.

Que o ano de 40 seja o prenuncio de uma nova era, creaudo ati-tudes de seres humanos nos seres que pensam como homens.

Quando os homens, observando a conduta de seus mentores, verifi-carem que elas são a expressão real de suas doutrinas, volverá a con-fiauça.

O amor e a paz não serão dous deuses a quem a humanidade o 1 lia-rá com terror e duvida.

Serão duas magníficas realidades capazes de fazoréin a fílioidadj.dos animais que supuzeram ser divindades.

Cremos que ha de chegar esse grande dia em que a palavra dohomem será a imagem fiel de seus sentimentos e desejos.

E não havendo motivos para descrer, não haverá motivos paracrises.

PERCY DE A. LIMA.

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O MOMENTO 355

Por nossa felicidade, a terrae o clima das Américas sãohostis á proliferação do ter-livel mal, porque não existenelas o primeiie elemento dasua cultura a monarquia, comtodos os preconceitos dal-cifícâdos em uma degenera-ção progressiva de muitosséculos, com as suas ambiçõeso seu egoismo, o seu orgulhoas suas fanfarrices e a suadesliumanidade.

A profüaxia da guerra ci-frase, pois no nosso conti-nente em conservar no ho-mem, individualmente consi-derado, as qualidades huma-nas por excelência, o amore á caridade, para que o ho'niera, animal gregario, for-ái árido o povo, não esqueçajamais o velho preceito bi-blico: «Não laças a outrerao que não queres quo telaçam;» cifra-se em afasta-loda corrupção europèa, eusi-

Extraímos o presentetrabalho de um discursopronunciado cm Junho

1 de 1915, pelo eminentecientista brasileiro Mi-guel Couto, uma riasmaiores glorias [do pen-saraento nacional.

página da obra de Pasteur.Foi portanto como higie-

nistas empenhados nesta obrasaneadora do d/ continenteque os menbros da Academiarie Medicina se apressarama enviar aos seus colegasdas Republicado Uruguai, daArgentina e do Chile umabraço fraternal ao ser assi-nada a convenção de pazrecentemente estatuída. Nietzche definiu o homem umanimal que faz promessas:mas que promete de coraçãonão falta, e nesse abraço foio selo do nosso coração.

A Academia não pôde con-ter o abraço à obra do profilaxia, de previdência e desuperioridade emprimida pelogovernos das grandes Repu-

iblicas do nosso continente,Icaminho seguro para a reali-r-zação da profecia soluçadaem uma pagina admirável deVi to

Hospital de Carida-de N. S. de PompeiaServiços prestados áidigencia num total de

Rs. filS:7!0$3£.0

nando-lhe a verdadeira histo- I Vlt01' Hugp:« Ura dia virá emria, que é a história do tra-balho; em cor.vence-lo deque o maior neroismo é odo operário obscuro nas for-uaihas, nas fabricas, nasminas, amassando com osuor do seu sofrimento umpouco do conforto de todos;o do lavrador rústico nos cara-pos semeando entre íntepem.ruis e colhendo para 03outros o pão nosso dé cadadia; o dos grandes descobri-

que a guerra parecerá tãoabsurda e será tão impossívelentre Paris c Londres, entrePeteísburgo e Berlim, entreViena o Roma, como seriaimpossível hoje entre Roueine Areiem., entre Bostom eFilandefia. Um dia virá emque vós França, vós, Rússia,vós Inglaterra, vós, Alemanhavós, todas nações do conti-nente vos 1'iindireis estreita-mente em unidade superiore consiituireis a fraternidadedores realizando utopias ai

golpes de gênio; o dos sábios:europeu. Um dia virá em queeègrégàdós dó mundo para não hu do haver mais outrosarrancar da, natureza os seus campos de batalha senão osmistérios. mercados abertos ao come--Todas ás*façànnas dos com- cio e es espíritos abertos àsquiatadores não valera uma idéas.

Associação deAgricultoresPor iniciativa do dr. Fran-

cisco da Cunha Rangel, dire-tor da Estação Experimentalde Viticultura e Enologia doEstado, foi fundada, nesta ci-dade, uma sociedade ds cias--se que virá congregar osprodutores de uvas finas dnregião do nordeste e com fi-nalidades de intensificar emelhorar tal fonte de produ-ção, indispensável ao bomnome da industria enologicaUo Rio Grande do Sul. A nova Associação, logo após tersido organisada, levou á pre-sença da Secretariado Agricultura uma comissão de co-lonos chefiada pelo presiden-te sr. Ludovico Cavinato emais outros interessados, a-fim de cientificar a esse altodepartamento governamentaldas necessidades dos cultiva-dores de vides européias, as-sim como solicitar medidasde amparo, quer sobre o pou-to de vista técnico, quer so-bre a parte comercial com oaproveitamento integral detoda a produção.

A Secretaria de Agricultu-ra tomando na devida consi-deração os pedidos formula-

dos, providenciou imediata-mente, lendo, de acordo comcombinação feita com osgrandes vinicultores, estabelecido normas que deverãoser observadas durante avindima próxima.

Com tais medidas, muitovirão a lucrar os agriculto-res que jà estão se agremian-do nos diversas municipiosviticolas.

O sr. dr. Secretario da A-gricultura dirigiu á Associa-ção o seeuinte oficio: «limo.sr. Ludovico Cavinato, ra. d.presidente da Associação deCultivadores de Viniferas deCaxias, acuso o recebimentode vosso atencioso telegramade 5 do corrente, comunican-dome a fundação de Cultiva-dores de Viniferas, nessaprospera cidade.

Agradecendo a gentilezada participação, auguro umlongo período d. prosperi-dade a novel Associação, oqual na consecução do seusobjetivos, terá o iutegralapoio e máximo auxilio destaSecretaria de Estado.

Aproveito o ensejo pnraapresentar-vos os protestosde minha elevada estima edistinto apreço. (Assinado)—ntaliba de F. P.-iz— secre-tario da Agricultura.

. A Diretoria dq. Hospital N.S. de Pompeia de Caxias emseu relatório do ano de 1939,consigna os serviços presta-dos á indigencia, cuja somaalcançou a rs.: ll9:7l0$30Ò,despezas estas distribuídaspeias diversas secções doHospital.

Do citado relatório, verifi-ca-se que foram hospitaliza-dos durante o ano de 1939,415 indigentes que permane-ceram no hospital 10.375 diasque computados a razão de58000 por dia perfazem aquantia de 5l:855$000.

Intematos permanentes, 16doentes com 5.840 dias a ra-zão de 58000 por dia: 29:200$.Foram atendidas 57 parturientes indigentes cuja per-manencia foi de 456 dias arazão de 0-8000 diários rs.:273GS000; serviços da parteira para as mesmas 1:140f. 000;57 exovais para bebes a 60$cada um 3:6208000; foram aviárias; 2090 receitas gratuitasno valor de 15:451$õÒ0; reme-dios e auxílios prestados nafarmácia e a domicilio13:1868800; roupas fornecidasaos pobres 2:5218000.

Como é do domínio publi-co, a Associação Damas deCaridade está construindo onovo hospital cujas obras es-tão orçadas em 1.000 contosde réis. Uma comissão de da-mas está percorrendo a ci-dade para angariar donativos.Caxias não desmente a suatradicional generosidade, porisso que de todos tom recebido franco apoio e valiososdonativos, destacando-se aSérie do Bispado oude S. Exa.o Sr. Bispo e todos or, _aeerdotes da uossa Igreja Metro-politana deram um exemploaltamente caritativo, f-ubscrevendo a elevada soma de licontos de réis. Nos poucosdias a comissão jà angariouquantia superior a 70:0008000.Ás obras do novo hospital jáestão muito ndeantadas e ajulgar pelas suas belas linhasarquitetônicas a par rias suasmodernas instalações, seráum dos melhores de toda aregião colonial.

0 desejo é breve; o amor é extensoO amor que nasce num repente dura pouco? Não é

verdade. Vede Manon e Mimi que seguem amando se atéa morte. Os que pensam de modo contrario confundem oamor, que é um sentimento elaborado pela imaginação,com o simples desejo vulgar do3 sentidos; este, de fato,dura pouco e, em geral, desaparece apenas tenha sidosatisfeito. Não è licito chamarmos amor ao desejo, enquan-to não for seguido de uma cristalização. Na flechada aimaginação trabalha para adatar a pessoa real á imagemideal preexistente; este processo é rápido, mas existe. Aflechada orna imediatamente com mil perfeições a pes-soas que se deseja; por mais seguro que esteja de seramado, corapraz-se infinitameute em aumentar com aima-ginação essa felicidade, descobrindo nela sem cessar no-vas perfeições. Este processo é desconhecido no homemprimitivo, era quem predomina o instinto; aumenta a me-dida que syrefina a cultura humana.

O desejo pouco duradouro é aquele que correspondeua um erro do ideal; na pessoa que se equivoca, a decep-ção sobrevem em seguida A satisfação do desejo. Isso o-corre constantemente com homens é mulheres, jcujos a-trativos tísicos são superiores às qualidades de seu espi-rito; despertam facilmente um brusco desejo que, por suaveenciri, pode parecer concordância eom o ideal; depoisda posse, porém, a flechada, livre de perturbação dos sen-tidos, reconsidera e adverte que não é esse o ideal, quese equivocou. Quantos homens que sa afastam da mulheramada ao ouvir palavras tolas de sim linda boca, comose fora uma espada de chumbo sairia de uma bainha depedrarias! Este é o maior consolo das pouco favoreci-das, que cuidam mais rio gênio e ria graça, suas armasnaturais; as belas soem descuida Ias o vivem pavoneando-se como se já possuíssem todos os i,.ii.maus para cativarcorações, hs belas despertam mais desejos no homem,mas são as menos amadas; o desejo farta' mais depressaque o sentimento. E ó por essa razão que as feias quan-do chegam a ser amadas não duvidam rio rifão correnteque não ueessitamos repelir.

A flexada mais duradoura não é, geralmente, a queentra pelos olhos, mas a que so insinua pcTâ inteligênciaou pelo coração. Talvez por isso as iriulhei.ès bonitas re-sistem aos rogos dns homens que elas flécham, compreen-dendo que a primeira impressão pôde não coincidir como ideal; por isso, resistem mais, além da natural vaidadeque as conduz a colocarem as suas preterições ou a suaambição muito acima de todos os sem oradores. Ao en-vez, as de físico pobre, se enclinam a sobrepor a emoçãoá razão, pois julgam que si agradaram, apezar de suapouca graça, é por qualidades de seu espirito, que expõemenos á desiluzão.

as pessoa., que se queixam da ingratidão de seusamantes, deveriam refletir si não são elas mesmas as cul-padas de que o amor não haja sobrevivido ao desejo. Jui-gam-se dignas de ser amadas, quando sò mereciam ser dese-jadas. E não é culpa do ingrato si faltaram qualidadesque poderiam alimentar a' chama viva ria primeira impressão; equivocaram se quando süpiifeMm satisfazer oideal de uma pessoa, cuja imaginação exigia mais do quese llie dà. Quem só possu.j mel, não deve queixar-se sia inquieta maripoza levantar o vôo depois de o haver libado.

A presente página foi escrita pelo no-tavel pensador argentino José Ingénieros que sabia harmonizar a agudezado cieniísta á simplicidade do estilistafino e inconfundível, que foi.

:s-Baar-Retaurante

Inaugurou-se a ultimasemana, nesta cidade árua Júlio de Castilhos,defronte ao hospital N. S.de Pompeia. um bem ins-talado Báâr-Restauránte.

A inauguração, emboranão tivesse caráter fes ti-vo, foi especialmente con-vidado o nosso represen-tante, tendo-lhe sido ofe-recidp pelo proprietáriodo novo restaurante, do-ces e finos líquidos.

Ao Baar-Restaurante, o"O Momento-» deseja-lhebom sucesso.

Edição de hoje — . paginias_E=»_E_._5ÍÇ30 $20'

JUI.ZG DE CASAMENTOS I:quem ANUNCIAVENDE

EDITAL N. 1785Carlos Dutra Vianna of-ficial do Registro Civilde Casamentos da cidadede Caxias.

Faz publico que pelo carto-rio de casamentos habilitamse para casar: Pedro Modena

EDITAL N. 1787Carli.s Dutra Vianna, of-ficial do Registro Civilde Casamentos da cidadede Caxias.

Faz publico que pelo carto-rio de casamentos habilitam-separa easurf João Bapíista

e Maria Bueno; solteiros, na- Rech e Alzirina Lúcio de Oturaes deste Estado, domiciliados e residentes nesta eidade.

Quem conhecer impedimentos, iteuseo no cartórioá rua Moreira Cesur, 784Era 151121939 O Official

Carlos Dutra Vianna

iiveira; solteiros, naturaesdeste Estado ele; ela do Es-lado de Santa Catharina, aquiresidentes.

Q.iem conhecer impedimen-tos, acuse» no cartório à ruaMoreira César. 784.

Em Í9|12l9'39 O Ofíicial:

Carlos Dutra Vianna

.**-.

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O MOMENTO 355

SEGUROSDe acidentes de Trabalho/com Posto de So-corro Próprio, a cargo do dr. Luiz Faccioli

Laurentino MuratoreEscritório: Cine-Teatro Central-Telefone 633.

Conselhos sobre a Syphilis:(DAS PUBLICAÇÕES OFFICIAES) >

X> *" íLsyphJ1U _un- do,*,«* STavlsslma, multo p_1_o*ípara a própria pessoa, para a família • para a rag*

¦) — A ayphlIU Um preferencia paios vasos fn iiinn-ii flayitema nervoso), peralyslaa • loucura.« — A typhlUu • multo contágios»; t*nha os ohjaotoa il

¦ fNotáveis médicos aconselhaín •"ELIXIR DE NOGUEIRA"

Do PK,-Oh. João ia Silva Silvsira_)MO UM SOM _3P_0I~r00 *QA STPHI_ffl

I Grande Prêmios — S Medalhas de OuroMEIO SÉCULO DETRWMPHOS 1! I

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OFFICIALMEN-EXERCITO

ADOPTADOTE NO

A: - ¦

ESH-IXIIFl 914Com seu uso

pcucos dias:nota-se em

1. O sangue limpo, deimpurezas e bem estar geral.2. Desapparecimento deEspinhas, Eczemas, Erupções,Furunculos, Coceira, Feridasbrancas, Boba, etc.

3. Desapparecimento com-pleto do RHEUMATISMO, dô-res nos ocos e dores de cabeça

4. Desapparecimento dasmanifestações syphiliticas ede todos os incommodos defundo syphilitico.

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po e pas.sa.sso por exquisito, pareciajpossuir umalegião de amigos e admiradores, a alta soçiéda-de fez se representar; a malandragem não dei-xou de comparecer, Uns vestiam casaca e cur-tola; outros ostentavam roupa domirigueirá Umaterceira categoria usava sapatos remendados outimancos. a riqueza e a miséria, a sabedoria ea ignorância, a virtude e o vicio, confraterniza-vam. A morte consegue operar milagres. A pre-sença de algumas senhoras de reputação duvi-dosa resurgiu comentários antigos. A malícia hu-mano não sucumbe e desconhece o senso da o,.,portúnidade; Cochichava se que o falecido apre-ciava as mulheres bonitas e não menosprezavaus feias. Houve, lagrimas barulhentas e silencio-sas. Dous desmaios dramatizaram acena. Foi nomomento em que o féretro saía da casa mortua-ria. A filha do Estevam não se conformava coma separação; soltava gritos qüe nos feriam osouvidos e nos contagiavam. Uma amiguinlia daórfã não resistiu e caiu vociferando palavrasdesconexas p tomando atitudes definidas. As o-pinjões. asseveravam que o primeiro ,'desmaio ti-vera como causa o amor e a taiper-sensibilidadeda herdeira do Estevam; o segundo, revelavanervosismo exagerado, havendo quem afirmasseser a moça uma histérica. O, medico da familianão discutiu e nem diagnosticou para os presen-tes. Mandou deitar as moças e aplicou lhes umainjeção calmante, aconselhando chás de larau-geira.

O desespero da filha do Estevam trouxe-meao movediço campo da consciência a lembrançade uma antiga palestra. Um filho, dous mezesapós perder o velho pai, ouvia contar anedotase sorria. Certa noite, disse me ele: «A mulheros filhos, as preocupações e os companheiros jàme estancaram as lagrimas. Ainda me não con-formei com o falecimento de papai, mas enca-ro o como um fato natural. Somos dez irmãosMeu pai nunca se cenformaria com a perda deum único filho. Se isso sucedesse, desceria aotúmulo, recordando a imagem do filho desapare-cido. A dôr dos pais difere em intensidade eduração da dôr dos filhos.» Anos depois esseamigo perdia uma filha. Nunca mais o vi'rir enem considerar a morte como fenômeno normalSeus olhos, tomaram uma expressão de indefini-vel ternura e tristeza, parecendo sempre emba-ciados e a procura de alguma cousa. O homempraticamente confirmou uma'intuição. Eu nãotenho filhos, mas concordo com eles. Raras ve-zes evoco a figura carinhosa de meus velhos efalecidos pais, mas não esqueço um cão quecriei e que foi o maia fiel companheiro de in-fancia que tive. Esse cachorro nunca ladrou con-tra mim e nunca cometeu o menor ato de des-lealdade. Antes de morrer, lambeume as mãose olhou me de tal maneira que me deu àimpí-es-sâo de compreender a profunda significação daquele instante.

Diário de um solteirão18-1-931.

A minha ultima afirmativa não , deve sur-prender a quem quer que seja. Nâò se precisaser profundo conhecedor de psicologia canina ehumana, para se entendera alma de um cachor-ro e desentender se a alma de um homem. Osfatos demonstram diariamente que ha certas vir-tudes que homens necessitam adquirir, que sãoinatas nesses animais. Eles levam sobre os ho-mens a vantagem de exteriorizarem uma qualidade natural. Enquanto a fidelidade é no serhumano um artificio que custa amargas renun-cias, no cão parece o máximo prazer.A mole humana moveu-se vagarosamente.Um sol terrível de verão nos perturbava a visãoe esquentava-nos a eabeça. O silencio era que-brado pelo ruido dos passos. Não sei dizer seaquelas creaturas pensavam no morto ou em simesmas. Eu meditava. Filosofava em torno damorte e idealizava em torno da vida. O Lopesenfiou-me o braço. Os órgãos visuais congestio-nados indicavam o alcoólatra crônico. Começoua doutrinar:

A instabilidade carateriza o mundo. Aquietude é uma enganadora ilusão dos sentidos.O Universo está em perpetuo movimento. O pa-radoxo de Claude Bernard é verdadeiro: «a vidaé a morte». Direi também que a morte é a vida.Se não existisse a morte, a vida não era somenteimpossível, seria incompreensível. A morte nãoé a negação da vida; é sua confirmação. O Es-tevam, morrendo, não morreu. Deixou uma filha.Esta prolonga a vida do pai. Amanhã casará; osnetos do Estevam vão aumentando a vida dele.Você, embora solteiro, não morrerá. Você pensou, trabalhou e conversou. Você enfluenciou,sern perceber, inúmeras pessoas Elas ficaramcom um pouco de você e transmitiram a outros.hs idéas são como os homens: imortais. O ho-mem é filho do prazer e da dôr; as idèas nãoescapam das alegrias e dos sofrimentos. Aquiloque produz estados afetivos, eterniza se. Você,sendo mortal, é imortal. A forma è passageira;a essência é duradoura e indestrutível.

Cospe tí continua:O descanço não existe. As pedras, as

plantas, os animais, os homens, os conceitos, tudose move. Os átomos e os vermes mexem-se Nãopercebemos as agitações dos seres infinitamentepequenos, porque eles vivem e morrera sem cau-sar preocupações. E, no entanto, são os dignosherdeiros dos astros imensos que vemos no espa-ço e das imensas vaidades humanas.

Observando Mm sorriso irônico em meuslábios, justifica se:—Os homens precisam de nomes para sedistinguirem um dos outros. Falalam em con-ciecia e em personalidade Fazem esforços parase diferenciaram. Os átomos e os vermes dis-

pensara denominações. Não uecessitam registarnacimentos em cartório e nem se batizam. Nacem,crescem, nutrem se, reproduzem se, e morrera!Não é o nome que caracteriza uma cousa; é quese caracteriza. Os seres possuem naturalmentepropriedades que os tornam inconfudiveis. Haqualidades comuns e particulares. A semelhançaentre os seres microscópicos é apenas aparente;ha difereuças. A sabedoria reside em ser dife-rente sem se envaidecer da diferença existente.Os vermes aproximam-se dos homens e levam-lhes algumas vantagens. Nao sugerem nuncanem piedade e nem ódios. Auxiliara-se e devo-ram-se com simplicidade e naturalidade. Invejoo destino anônimo dos seres minúsculos e in-conscientes que não ruminam indigestivas tesesmetafísicas e que não precisara de" dietas e mè-.todos para viverem e morrerem.

Com ar vitorioso solta-me o braço e vaesegurar na calça do caixão. Considerei absurdas,extravagantes, incoerentes e ridículas as suas'idéias, mas fiquei pensando nelas e uo Lopes.Se essas idéias, conjeturo eu, fossem pronun-ciadas num comício politico ou num centro lite-rario, o Lopes estaria com o prestigio feito. Dissecousas incompreensíveis e sutis. Esse Lope.-. èmesmo um tipo interessante. Esbanjou talento esaúde, conhece a miséria e vive de facadas, masparece feliz e goza de muitas simpatias. Sabefazer rir Seria Chefe de Estado ou Lider degrande projeção, se fosse menos sensível e maisambicioso. Não morreria anônimo como um ver-me. A imortalidade gloriosa é. muitas vezes,exclusivamente filha de um defeito. Os homensbons e simples nunca terão estatuas e ninguémlhes oferecerá banquetes, mas, em compensação,viverão no coração de muitas creaturas e fa-rão agradáveis refeições na companhia de aiguns amigos dedicados.

Ura rapaz de longa cabeleira e que usavauma gravata de artista, predicava pessimismo.Falava, tentando ser ouvido. Vendo uma mulherformosa e cheia de vida, disse ao companheiro:—A vida é somente dor e decepção. A be-leza è uma cousa efêmera. Vês aquela lindamulher que ostenta saúde e fascínio? Prenunciasofrimentos físicos e morais. O tempo enfeiaràseu rosto, enchendo-o de rugas. Mirandose numespelho, conhecerá o amargor de ter sido boni-ta. Ura dia transformar se à em esqueleto. Enada é mais indecente e horripilante do que umamontoado de ossos.

O companheiro concordou com um sinalde cebeça. O cabeludo mostrou-se satisfeito.Custámos a chegar na Igreja. Feita a encomen-

dação, subimos nos automóveis e nos dirigimosao cemitério. Os veículos puzeram-se em mar-cha lenta. Esta foi aumentando, foi auraendo.atèque se transformou om impetuosa velocidade,quando topámos á ladeira final. Tive a impres-são de que os fins são sempre mais curtos doque os começos.

São onze horas da noite. O cansaço vence-me. Vou deitar me. Vou adquirir o habito cons-ciente de morrer em pres tu ções.

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LIÇÕES DE

VIOLINO E APERFEIÇOA-MENTO DESENHO PINTURA

CONVITES D'ENTERRO

ProntiPicam-se com a ma-xima brevidade nesta ti-pografia.

"j m MMÊÈÈr * r\

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familiares e sociais que tem,lhe impõem um fra fomentoseguro, eficaz, econômicoo quo lhe nào roube otempo.

Não esqueça nunca que "A Vida Com Saúde é Outra Coisa!" cessas dores de cabeça contínuas, esse reumatismo que lhe impedeos movimentòSj essas feridas nas pernas e no corpo, essas "moscas"que dançam deante de seus olhos, as tonteiras, o desânimo, a fra-queza gerei inexplicável, a côr esverdenda, a magreza, muitos ou-tros padecimentos que o afligem, significam sangue impuro.Somente o Elixir de Inhame Goulart está em condi-ções de fa.vcr voltar seu marido ao pleno goso da saude.Fruto de longos anos de es-tudos e experiências, o Elixirde Inhame com a sua fór-mula privilegiada, na qualcombinam admiravelmente nabase tri-iodada, o arsênico, ohidrargirio, os princípios atí-vos do inhame e o melde abelhas, realizará o pro-digio.

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O sangue impuro ,.em geral, é a fonte de todas asdoenças no homem, na mulher e na criança.Inicie ou faç.i iniciar imediatamente o tratamento convo Eüxirde Inhame Goulart, antes que os sinais ameaçadores que a se-nhora ou seií marido estão notando, se transformem em pavo-rosas conseqüências. Seis vidros constituem uma bôa cura.

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no valor de i:279$500Em remédios: 20 vales

no valor de 133$500Carro fúnebre para umenterro 20$000

6 caixões para def. 156$000175 kls. de pào 175S0005 corridas automóvel 23$000Despesas gerais 408000(pagamento dealuguer de ca-sa correspondente ao mez deNovembro ao indigente Fran-cisco Castilhos).

Os pobres desta cidade re-ceberam durante a semanapassada, a quantia de 713$000.

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Florianópolis (S. Catarina)

(A?s) Dr. Thiago de Castro.

(Firma reconhecida)

uem goza tantodeste mundo como

aquele que melhor o co-nhece e admira.

** *

Os que menos sabemgoveraar-se são or-

din ária mente os que maisambicionam governar osoutros.

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Este novoconcentra-do de mi-n e ra es,iodo vita-minado,promoveum rápidoaugmen-to de peso.

Milhares de pes-sôus magras, Irneas,esgotadas e ubatl-das, de nnilios os se-xos, que 6e sentemnervosas, doentes oindispostas, não sus-peitam que a causaprincipal desses mu-les .', quasi sempre,a lalla dc iodo nasglândulas. Quandoestas, em particularas que controlam opeso e a vitalidade,estão desprovidas doindo natural (quenão se deve confun-dir com o iodo clilmi-camente obtido, emgorai tóxico), o melhor regimen nllmen-tnr, cm que entrem carnes e amilaceos,será incapaz do uugmcntur o peso e deproduzir torças e energias. E por Issoque muitas pessoas, a despeito dc teremoptimo appetite, continuam debilitadas,magras o esgotadas: os alimentos In-geridos nenhum benellclo lhes trazem.Qupri—lodo, é impossível um perfeito nielabo-

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ANO VII ESTADO DO RIO GRNDE DO SUL - CAXIAS, Io. DE JANEIRO DE 1940. N.° 355

Mmm tiovo

Eu lhe conheço bem, seu «pirralho» !Você chega de mansinho, com ares angeli-

cais. Vem miudinho, para a gente achar graça.E' sabido. Sabe perfeitamente, que todo o pe-ssoal gosta, mais ou menos, de criança. Rosadinho,gorduchinho, um verdadeiro brinco.

Apresenta-se dizendo:*Eu sou 1940, Novo Ano. Sou um coitadinho

que chegou, agorinha mesmo, ao mundo.Não sei nada, não conheço cousa alguma da

vida. Sou capaz de me perder por ai. Quero queVocês me guiem, sabem? Depois, então, eu meageito! Vocês comprendem, não ?»'.. «pPòis è — quando Você se ageitar, «tuto finito».Deixa todo o mundo atrapalhado.

Fedigundos, que acreditou no que lhe pro-meteu o seu irmão 1939-, ainda hoje está daquelegeito.

A sogra ainda não morreu, o bilhete da lo-teria do Natal saiu branco, o aumento não chegouo a cara-metade, a Pacifica, está pior do quenunca!

Rodolfina ainda espera pelo marido.E no entanto, seu irmão—1939—, disse que

ela casaria antes de Junho!E o Jeronimo. que não passou de segundo

cabo?E a Florentina, que já está cansada de es-

perar que o marido deixa de beber?E a Joana, que todos os anos espera um filho?Não, meu «amiguinho» Você embroma aos ou-

tros. A mim, não! Morra logo! Vire homem qu-ando quizer.

Não tomo conhecimento de sua vida!Quero a vida toda, todinha/Trezentos e sessenta e cinco dias somente.Ah! E seis. Você é bisexto!Mas que è isto? Um centimetro de vida.Um cisco!...

HERCULES LIMEIRA NETO

NATALNuma pobre e pequena estrebariasem conforto nenhum, sem claridade,foi onde deu a luz, Virgem Maria,para Jesus, o Rei da Humanidade.

Por berço simples mangedoura havianesse rude ambiente de humildade,no entanto o Infaute Deus aii sorriaporque gostava da simplicidade.

E nessa noite pelos céus do Oriente,uma estrela surgiu garhosamentederramando uma luz mística e loura,indicando o lugar da estrebariaaos viajores que iam em romaria,visitar o Jesus da mangedoura.

Caxias. ADÃO VALENTE

Conto de NatalRecebemos uma colabora-

ção com esle titulo O trabalho está em condições de serpublicndo. Não o fasemos,porque este j"rnai não pu-blica trabalhalhos anônimos,

Natal dosPobres

O centro espirita desta ci-dade «Fora da caridade nãoha salvação», num ra6go di-gno de louvor, patrocinoueste ano o natal das crian-ças pobres.

Mais de mil criançaa po-bres, receberam do centroespirita, roupinhase brinque-dos, 6endo que, foi verdadei-ramente inédito para nós, queassistimos a grande distribui-ção de brinquedos, roupas edoces.

Aqui, destacamos gravadoas nossas felicitações à comissão organisadora do nataldos pobres, que não mediuesforços no sentido de pro-porcionar um bom natal aospobres.

A camissão organisadoraera composta das seguintessenhoras: sra. dr. Tirado Pe-res, sra. Itália N. Chiaradia,sra. Maria Centenaro, srá. Ho-norina Cachoeira.

EditalO Dr. Lourenço V. Centeno, Juiz Municipal deCaxias.

Faz saber a quem interes-sar possa que foram denun»ciados como incursos na san-ção do artigo 303 da Conso-lidação das Leis Penaes osréus Rivadavia Magalhães eAntônio Antunes de Abreu ecomo se acham os mesmosem lugar incerto os chamo ecito a comparecerem no dia12 de Janeiro de 1940, ás 14horas, afim de serem inter-rogados e se verem proces-sados sob pena de revelia.Dado e passado, nesta cida-de de Caxias, aos 30 dias domez de Dezembro de 1939.Eu, Arthur de Lavra Pinto,escrivão, datilografei e osubscrevo.

LOURENÇO V. CENTENO

Juiz Municipal.

O FRITZCH & SOARESDepositários da

CERVEJARIA CONTINENTAL gdesejam aos seus freguezes e amigos um

próspero e feliz ano novo.

Audição de PianoComo nos anos anteriores,

a professora de piano senho-rinha Cleufe Andreazza en-ferrou o ano de estudos deseus alunos e alunas com u-ma audição, que realizou-sequarta-feira ultima, na resi-dencia de seus progenitores.

Constou de um vasto atra-hente programa musical eloqual foi obeservado o a >ro-veitamento e a tecnina >.uea ilnstre pianista vem trms-mitindo aos seus dicipulos,formando em nossa terra ele-mento artísticos que afir-marão, sem duvida os méritosda nossa jovem conterrânea.Todos os números executa-dos obetiveram muitas pai-mas da assistência, sendojus.o destacar se a meninaPilar Tirado eas senhorinhasEdi Caram, Nena Pierucinie Gessy Agostinelli e os jo-vens Henrique Grossi e TúlioMenegoto.Excutante do oitavo ano. teve também muitas ovaçóeso jovem Vasco Campanholo,já conhecido musicista local

q_e vem aperfeiçoando osseus conhecimentos no díficilmanejo do teclado.Por ulfimo, e a pedido, executou diversas partituras ciassicas a professora CleufeAndreazza, que encerrou aaudição com variações doHyno Nacional Brasileiro.

A família Andreazza obsequio fidalgamente 03 pre-sentes com finos doces e liquidos, tendo a professoraCleufe recebido muitas florese leiicitaçõe..

Ano NovoDo sr. Emanuel da Costa e

Silva, digno Delegado Regio-nal, recebemos um atenciosocartão de felicitações pelaentraria do ano novo.

Profunda e |sinceramentegratos, formulamos votos peia felicidade pessoal e piibli-ca do ilustre Delegado Re-gional.

Leia e assine"O MOMENTO"

' Beoroío da JuventudeFoi uma festa encantadora

a que o Clube Juventude de-dicou ontem aos seus asso-ciados em comemoração aofira de ano.

As dansas tiveram inicioás 22 horas, tendo-se prolon-gado até á manhã de hoje, ten-do causado a todos a maisagradável das impressões.

Conforme já havíamos no-ticiado, realizou se ontem, agrande velada juvenilistaquetão anciosamente fora espe-rada pelo nosso fino mundosocial

as dansas que estiveramsempre animadas, fora abri-lhantada pelo jàz 9. B. C.

Beereio GuaranyRealizou se ontem na sede

dessa sociedade, o baile defim de ano.

as dansas tiveram inicioàs 22 horas, com o concursodo festejado «Regional», deVasco Campanholo.

O baile esteve sempre ani-mado. tendo durado atè ámadrugada de hoje.

AniversárioFestejou sexta feira ultima,

seu aniversário natalicio, aexma. sra. d. Rosina Seadi,esposa do dr. Brasil Seadi,digníssimo delegado dc poli-cia desta cidade.

A família Seadi, que resideha pouco tempo nesta cidade,mas que conta com grandenumero de amizades, recebeumuitas felicitações nesse dia.

O "Pobre"Recebemos uma bela cola-

boração da Diretoria da«Scan»com este titulo.

Infelizmente, por falta de.espaço, não o publicamos nopresente número. Na proxi-ma edição teremos o. prazere a honra de publica-lu.

-O-

Dr. Pedro VianaI Encontra-se entre nós o dr.I Pedro Viana, que acaba de|colar grau em Direito. O dr.Pedro Viana, que conta com

.inumeras amizades na Péroladas Colônias, é filho do sr.

[Carlos Dutra Viana, oficial do:Registro Civil nesta cidade.

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Quem anuncia vende

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