Quebra Zero

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quebras na manutenção industrial

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    Manuteno Industrial e TPM

    DEFINIES:

    MANUTENO: Ato ou efeito de manter

    Medidas necessrias para conservao

    DEFEITO: Ocorrncias no equipamento que no impedem o funcionamento,

    todavia pode, a curto ou a longo prazo acarretar a sua indisponibilidade.

    FALHA: Ocorrncias no equipamento que impedem o seu funcionamento.

    COMPONENTE: Engenho essencial ao funcionamento de uma atividade

    mecnica, eltrica, etc., que conjugado a outro(s) cria(m) o potencial de realizar

    trabalho. Ex.: Um motor, uma bomba, um compressor, etc.

    EQUIPAMENTO: Conjunto de componentes interligados com que se realiza as

    atividades de uma instalao. Ex.: um trator, uma mquina operatriz, etc.

    SISTEMA: Conjunto de equipamentos necessrios para realizar uma funo de

    uma instalao. Ex.: uma frota de tratores, um conjunto de tornos mecnicos, etc.

    PRIORIDADES:

    A prioridade definida como: intervalo de tempo que deve decorrer entre a

    constatao da necessidade da manuteno e o incio desta atividade.

    As prioridades so estabelecidas de acordo com a importncia e a natureza do

    sistema com que se trabalha. A seguir dado um exemplo.

    Prioridade 1 ou Emergncia: manuteno realizada to logo seja constatada a

    sua necessidade. Ex.: falha em equipamento prioritrio.

    Prioridade 2 ou Urgncia: manuteno a ser realizada o mais breve possvel,

    no sendo passadas 24 horas aps a constatao da necessidade. Ex.: defeito prximo a

    falha em equipamento prioritrio ou falha em equipamento secundrio.

    Prioridade 3 ou Necessria: manuteno que pode aguardar alguns dias, no

    ultrapassando uma semana. Ex.: manuteno preventiva em equipamento prioritrio

    devido a programao preestabelecida ou reparos de defeitos em equipamentos

    secundrios.

    Prioridade 4 ou Desejvel: manuteno que pode aguardar algumas semanas,

    mas no omitida. Ex.: manuteno preventiva programada em equipamento secundrio

    ou falha de equipamento que no interfira na produo.

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    Prioridade 5 ou Prorrogvel: manuteno que pode deixar de ser realizada.

    Ex.: defeito em equipamento que no interfira na produo ou melhorias estticas.

    OO qquuee oo TTPPMM ??

    O TPM significa Total Productive Management e busca a eficincia mxima

    do Sistema de Produo com a participao de todos os funcionrios. Surgiu, h

    dcadas, no Japo, e chegou aos Estados Unidos em 1987, tendo logo em seguida sido

    introduzido no Brasil, atravs de visitas do Dr. Seiichi Nakajima. Segundo o Dr.

    Nakajima, a melhor preveno contra quebras deve partir de um agente bem particular,

    o operador, da a frase Da minha mquina cuido eu.

    O TPM Total Productive Management (Gerncia Produtiva Total), s

    alcanada quando se tiver: TPM = TPM + TPM2 + TPM

    3 + TPM

    4 , onde:

    TPM - Total Productive Maintenance (Manuteno Produtiva Total): onde a

    preocupao maior com a relao entre a manuteno e a operao, buscando a

    melhoria da disponibilidade do equipamento, a sua confiabilidade, etc.

    TPM2 Total Productive Manufacturing (Fabricao Produtiva Total): onde se

    cria uma grande parceria entre os empregados da produo.

    TPM3 Total Process Management (Gerncia de Processo Total): a

    administrao das interfaces do processo total da linha do negcio.

    TPM4 Total Personnel Motivation (Motivao Total do Pessoal): quando os

    empregados tero: conhecimento, aptides, ferramentas, o desejo e a vontade de

    influenciar a lucratividade global do processo. Todos os empregados so gerentes dos

    seus prprios servios e recebem autorizao para melhorar quaisquer conexes que

    faam parte do seu trabalho.

    PPrrooppssiittooss ddoo TTPPMM

    Construir no prprio local de trabalho mecanismos para prevenir as diversas

    perdas (genba-genbutsu), tendo como objetivo o ciclo de vida til do sistema de

    produo.

    Abrange-se todos os departamentos: manuteno, operao, transportes e outras

    facilidades, engenharia de projetos, engenharia de planejamento, estoques e

    armazenagem, compras, finanas e contabilidade.

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    QQuuaaiiss ssoo ooss oobbjjeettiivvooss ddoo TTPPMM ??

    1. Melhoria do PESSOAL

    Operador : Capaz de desempenhar mltiplas funes (Multifuncional).

    Pessoal da manuteno: Versatilidade no trabalho, realizando tarefas nobres.

    Engenheiro de processos: Capaz de projetar equipamentos que dispensem

    manuteno.

    2. Melhoria do EQUIPAMENTO

    . Equipamentos confiveis e eficientes.

    . Melhoria da Qualidade do produto.

    Para isso as metas a serem atingidas so:

    1. Garantir a eficincia global das instalaes:

    Significa que se deve trabalhar dentro das especificaes, ou seja, operar com a

    velocidade de projeto, produzir na taxa planejada, e obter resultados de qualidade em

    harmonia com esta velocidade e taxa. O grande problema que em grande nmero das

    empresas brasileiras no se conhece a velocidade de trabalho e a taxa de produo.

    Como exemplo podemos considerar o seu carro e perguntar:

    . Qual a velocidade econmica do processo?

    . Posso viajar no limite de velocidade possvel?

    . Qual a confiabilidade se utilizo o carro alm de 120 km/h?

    . Qual o consumo de combustvel a 140 km/h?

    . Vale a pena chegar antes andando a uma velocidade to alta?

    Quando no se conhece as respostas convenientes para a velocidade de projeto e

    a taxa de produo, estabelece-se cotas de produo arbitrrias.

    Um outro problema o fato de que com o passar do tempo, pequenos entraves

    fazem com que os operadores mudem a taxa, utilizada para o equipamento. A medida

    que as dificuldades persistem, a produo da mquina pode ser de apenas 50% da sua

    capacidade produtiva de projeto.

    2. Otimizar a vida dos equipamentos atravs de um programa de

    manuteno:

    A implementao deste plano de manuteno, na realidade, a criao de um

    plano de manuteno preventiva/ preditiva (MP / MPRED).

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    Vale salientar que este programa de manuteno leva em conta o estado da

    mquina, e atravs de registros dos equipamentos so estabelecidas as intervenes

    necessrias que so pr-programadas.

    Ao operador exigido que cuide da limpeza e lubrificao bsicas, primeira

    atitude para a melhora da conservao e eficincia da mquina.

    3. Integrao de todos os setores envolvidos no plano de elevao da

    eficincia:

    A nica maneira de se obter sucesso havendo total cooperao dos diversos

    setores envolvidos no plano de elevao da capacidade instalada, o que garantir total

    cooperao e compreenso entre as partes. Por exemplo, a incluso da manuteno de

    equipamentos nas decises de projeto / compras, assegura que a padronizao de peas

    e componentes necessrios a manuteno ser obedecida. Estes itens podem contribuir

    significativamente em grandes economias para a empresa. A padronizao reduz

    estoques, exigncias de treinamento e os tempos de partida.

    muito importante o apoio dado manuteno pela armazenagem. Bom

    atendimento logstico pode reduzir em muito o tempo de parada de produo, mais

    importante porm e a otimizao do estoque de componentes, ou tentar evitar grandes

    estoques.

    4. Colaborao dos funcionrios no processo de fabricao:

    A colaborao no processo de fabricao de funcionrios de todos os nveis com

    suas aptides e conhecimentos, alm da integrao traz a satisfao do cliente interno.

    Em algumas empresas este item est includo no processo de sugestes, como obter

    melhor manuteno, maior limpeza e organizao, etc.

    Esta prtica deveria ocorrer com maior freqncia em empresas brasileiras,

    evitando-se um ambiente de frustrao.

    Uma boa medida instaurar a gerncia de portas abertas, pois os gerentes de

    frente ou de topo, precisam estar mais disponveis para o pessoal da produo /

    manuteno, levando em considerao as sugestes dos funcionrios.

    A resposta que se deve dar a cada discusso, sobre a melhoria no

    funcionamento de uma mquina, no deve conter os constantes bloqueios do tipo:

    . Isto no vai funcionar.

    . No podemos levar isto em conta neste momento.

    . Isto s funciona no Japo.

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    . No temos dinheiro para treinar pessoas para esta atividade.

    . Isto o sindicato no vai aprovar.

    . D para voc parar de sonhar.......etc.

    As razes da no implementao das sugestes devem ser colocadas e bem

    explicadas, para que se mantenha a boa comunicao. Sem esta atitude a maior fonte

    geradora de economia da empresa ser perdida.

    5. Criao de equipes de trabalho:

    A criao e desenvolvimento de equipes consolidadas ou TMM (times de

    melhoria da manuteno), comea no item 4, quanto mais aberta for a gerncia s

    sugestes da fora de trabalho, melhor e mais fcil ser o funcionamento das equipes.

    Essas equipes podem ser formadas por reas, por departamentos, por linhas de

    produo, por processos ou por equipamentos. Podem ser constitudas por operadores,

    pessoal da manuteno e pessoal da gerncia. Podero ter a participao de outras

    pessoas diretamente envolvidas no problema, por exemplo: pessoal de compras e

    armazenagem.

    Os TMM realmente resolvem problemas que j tenham tentado resolver a algum

    tempo sem sucesso? Pode-se afirmar que o sucesso do TPM deve-se ao trabalho de

    equipe. Logicamente o maior convencimento dado por nmeros, tais como:

    Produtividade: aumento de 50% a 200%, elevao das taxas de operao de

    40% a 100% e diminuio das interrupes em at 80%.

    Qualidade: pode-se chegar a zero defeitos ou diminuio de 100% deles, pode-

    se reduzir em 80% as reclamaes de clientes.

    Custos: reduo de at 70% nos custos de trabalho, 50% nos de manuteno e

    de 80% nos de energia.

    Estoques: reduo de at 90% nos nveis de estoque, aumento de at 100% nos

    giros de estoque.

    Segurana: eliminao quase total dos problemas com segurana do ambiente

    de trabalho.

    Moral: aumento de at 500% nas sugestes (no reclamaes). Participao

    dos funcionrios nas reunies de grupos, o que faz com que vistam a camisa da

    empresa, procurando assim o aumento dos lucros.

    Pode-se dizer que o TPM ajuda at mesmo na preservao do sexo, como

    exemplo:

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    Seja Homem:

    Usando cabelo de homem.

    Usando roupas de homem.

    Apresentando-se como homem.

    Embora parea que isto nada tem a ver com TPM, pode-se dizer que a conduta

    dos participantes do programa esta intimamente ligada a sua implementao.

    PPrreeppaarraaoo ppaarraa iimmppllaannttaaoo ddoo TTPPMM

    So 12 etapas a serem observadas como preparatrias para implementao do

    programa:

    1. Declarao da Diretoria informando sobre a implantao do programa,

    que dever ser feita a todos os funcionrios, de maneira que todos possam compreender

    as intenes e expectativas da direo, resultando em uma condio de alerta por parte

    dos funcionrios em relao a introduo do sistema. Seria timo se o TPM fosse

    aplicado em toda a empresa, porm em grandes empresas devem ser escolhidos

    departamentos para servirem como modelo de aplicao.

    Caso a deciso de implantao parta de uma rea industrial especfica, o

    presidente deve ser informado e concordar com ela, e tomar para si a incumbncia de

    informar os funcionrios do setor.

    2. Educao introdutria e campanha do sistema TPM.

    Fazer com que todos compreendam o sistema TPM atravs do estabelecimento

    de uma linguagem comum, voltada aos propsitos da cultura TPM.

    3. Estabelecimento da estrutura de promoo do TPM e um modelo piloto.

    Organizao matricial que seja composta por organizao horizontal (comit de

    promoo TPM ou equipe de projeto) e organizao vertical, que combinem com a

    organizao regular da empresa.

    4. Estabelecimento da poltica e metas bsicas voltadas ao TPM.

    Papel da Alta Administrao:

    . A alta administrao dos departamentos dever apresentar ao presidente

    uma proposta do sistema e os efeitos provocados por ele, convencendo-o

    de modo que se torne partidrio e defensor do TPM.

    . O comunicado da implantao deve sempre ser feita pela direo

    superior. Funcionrios subordinados jamais devero ser encarregados

    desta tarefa.

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    Promoo do TPM como parte de uma poltica e de uma organizao objetiva.

    5. Criao de um plano piloto para implantao do TPM.

    Estabelecimento de um plano que cubra todo o processo TPM, desde o estgio

    introdutrio at a avaliao para concesso do conceito de excelncia.

    6. Incio do sistema TPM.

    Atravs de um aviso informado a todos os funcionrios a data de incio do

    programa TPM que visa reduzir a zero os oito tipos principais de perda em

    equipamentos.

    7. Estabelecimento de sistemas para aperfeioamento da eficincia produtiva.

    7.1. Melhoria individual.

    Criar equipe de projetos formada por engenheiros de produo, pessoal de

    manuteno, gerentes de linha e pequenos grupos integrantes de circulos de produo,

    para selecionar o equipamento piloto para incio da aplicao do TPM.

    7.2. Estabelecimento da Manuteno Autnoma.

    7.3. Fazer com que todos operadores compreendam a Manuteno

    Autnoma, desde a direo at os operrios de linha, desde o conceito at a execuo.

    7.4. Manuteno Planejada.

    Educao e treinamento para elevao dos nveis de operao e manuteno.

    8. Sistema de controle inicial para novos equipamentos.

    9. Estabelecimento do sistema Hinshitsu-Hozen (Manuteno da qualidade).

    10. Obteno de eficincia operacional nos departamentos administrativos.

    11. Estabelecimento de condies de segurana, higiene e ambiente de trabalho.

    12. Aplicao plena do TPM e elevao dos respectivos nveis.

    DDeeffiinniioo ddaass ppeerrddaass

    A filosofia TPM est calcada na identificao e eliminao de perdas, que so:

    As 7 principais perdas em equipamentos so:

    . Falhas em equipamentos.

    . Set-up e ajustes.

    . Troca de ferramentas de corte.

    . Perdas por acionamento.

    . Perdas por pequenas paradas.

    . Perdas por velocidade.

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    . Defeitos e retrabalhos.

    Perdas por mo de obra:

    . Perdas por controle: so perdas decorrentes do tempo de espera (materiais,

    ferramentas, instrues, etc.) geralmente ocasionadas por problemas administrativos.

    . Perdas por movimento: aquelas relacionadas a burocracia e aes que no

    agregam valor de trabalho.

    . Perdas por desorganizao da linha: resultantes da m organizao da linha

    ou da situao de uma nica pessoa manipulando mais de um equipamento ao mesmo

    tempo.

    . Perdas por falhas logsticas: tempo gasto com trabalhos de transporte,

    deslocamento, etc. executados por aqueles que as atribuies no incluem estas funes.

    . Perdas por medies e ajustes: tempo gasto com ajustes freqentes,

    executados como medida preventiva contra a ocorrncia de produtos defeituosos.

    Perdas com materiais, moldes, gabaritos, ferramentas e energia:

    . Perdas de energia: perda com energia (eltrica, gs, combustveis) aplicada

    que no utilizada no processo (desperdcio).

    . Perdas com moldes, ferramentas e gabaritos: so constitudas por despesas

    adicionais para substituio ou reparo de moldes, ferramentas e gabaritos decorrentes de

    quebra ou desgaste de utilizao.

    . Perdas por rendimento: resultante do mal uso da matria prima (diferena

    entre o peso da matria prima utilizada e o peso do produto acabado.

    PPeerrddaass ccrrnniiccaass So decorrentes da falta de confiabilidade dos equipamentos. A sua eliminao

    apresenta srias dificuldades, mesmo com a aplicao de medidas defensivas. A

    resoluo destas perdas exigem medidas inovadoras bastante diferentes das

    convencionais. Como so decorrentes de causas diversificadas e de difcil deteco, a

    relao entre a causa e efeito costuma ser obscura, dificultando as medidas defensivas

    adequadas. Mesmo que a causa real da perda seja nica, ela pode ser atribuda a vrios

    fatores. Para resolve-las preciso tomar medidas defensivas para todas as possveis

    causas (causa simples, causas mltiplas e causas mltiplas compostas).

    A eliminao das perdas crnicas exige:

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    1. Analise dos fenmenos (anlise PM).

    2. Estudo dos possveis fatores (anlise PM).

    3. Detectar todos os fatores causadores de defeitos:

    - Solucionar os problemas causadores de defeitos.

    - Estudar as condies em que os equipamentos devem estar.

    - Dar importncia as falhas nfimas.

    - Prevenir defeitos.

    Falhas nfimas

    So inconvenincias de difcil deteco, cuja contribuio na gerao de defeitos

    ou falhas no considerada de grande vulto. Por exemplo: poeira, manchas, pequenas

    folgas, etc. A tendncia, nas operaes dirias, que se preste ateno somente em

    defeitos graves e nas medidas para combate-los. Entretanto, so os pequenos defeitos

    os maiores causadores de defeitos crnicos e falhas em equipamentos.

    A primeira razo para prioridade de soluo de falhas nfimas que o acumulo

    destas falhas causam perda de rendimento. A segunda razo a necessidade de

    restringir as causas possveis, facilitando assim as solues de defeitos crnicos. A

    terceira razo que com a correo nos estgios iniciais, evita-se que se transformem

    em problemas graves.

    Para eliminar as falhas nfimas:

    1. Anlise baseada em princpios e regras.

    - Revisar a anlise do fenmeno, verificando princpios e regras bsicas.

    - Observar a situao com ateno, prestando ateno aos defeitos passveis de

    negligncia.

    2. No se fixar na taxa de contribuio.

    - No se fixar na proporo de contribuio para o defeito (a importncia dos

    defeitos leves ser reduzida).

    - Selecionar aspectos cujas contribuies sejam duvidosas sob o ponto de vista

    terico, independentemente de idias pr-concebidas.

    Quebra Zero

    A quebra ou falha a interrupo das funes de um equipamento ou

    componentes, geralmente proveniente de erros humanos. Desta forma, as quebras s

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    podem diminuir quando ocorrem mudanas de mentalidade e atitudes de todos os

    operadores que trabalham com o equipamento.

    O ponto de partida para se atingir quebra zero o descarte do conceito de que as

    quebras so inevitveis e adotar o conceito que os equipamentos podem ser protegidos.

    Se possvel detectar quebras antes que elas ocorram, possvel evit-las atravs de

    medidas preventivas.

    Na grande maioria dos casos, as razes das quebras so desconhecidas at que

    elas ocorram, por isso so chamadas de defeitos latentes. O princpio bsico para

    obteno da quebra zero a completa identificao destes defeitos.

    Os defeitos latentes so formados por fatores como poeira, manchas, desgastes,

    corroso, rachaduras, afrouxamentos, vazamentos, deformao, deslocamentos,

    anomalias relacionadas a temperatura, vibrao e rudos.

    Existem dois tipos de defeitos latentes:

    a) Defeitos fsicos:

    Que podem passar desapercebidos.

    . Detectveis somente com anlises.

    . No visveis devido ao mal posicionamento, instalao, poeira ou sujeira.

    b) Defeitos Psicolgicos:

    So devidos a falta de capacitao tcnica e conscientizao dos responsveis

    pela manuteno e operao.

    . Falta de interesse.

    . No distingue a falha ou defeito por falta de conhecimento.

    . Negligncia dos mantenedores e operadores com base em seus prprios

    critrios e opinies.

    Cinco medidas bsicas podem ser observadas visando a reduo de falhas:

    1. Estabelecimento das condies bsicas: limpeza, lubrificao e reapertos so

    itens bsicos para o funcionamento do equipamento.

    2. Manuteno das condies de operao: pr-definidas por projeto e quando

    operadores nestas condies so menos suscetveis a falhas.

    3. Restaurao das deterioraes: mesmo operando dentro das condies os

    equipamentos se deterioram. essencial detectar e restaurar as

    deterioraes antes que ocorra um problema.

    4. Aperfeioamento dos pontos fracos do projeto: atravs de anlises

    minuciosas deve-se descobrir estes pontos e elimina-los.

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    5. Aperfeioamento do nvel de capacitao: dar treinamento aos envolvidos.

    O Programa TPM

    O Programa TPM composto de oito pilares de sustentao, como se v a

    seguir:

    MMAANNUUTTEENNOO AAUUTTNNOOMMAA

    MANUTENO PLANEJADA

    MELHORIAS ESPECFICAS

    EDUCAO E TREINAMENTO

    MANUTENO DA QUALIDADE

    CONTROLE INICIAL

    TPM ADMINISTRATIVO

    SEGURANA, SADE E MEIO AMBIENTE

    T

    P

    M

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    1 pilar: MANUTENO AUTNOMA (Jishu Hozen)

    O objetivo deste pilar a melhoria da eficincia dos equipamentos,

    desenvolvendo a capacidade dos operadores para a execuo de pequenos reparos e

    inspees, mantendo o processo de acordo com padres estabelecidos, antecipando-se

    aos problemas potenciais.

    Do meu equipamento cuido Eu

    Operadores com habilidade para manuteno autnoma:

    1. Capacidade para descobrir anormalidades.

    2. Capacidade de tratamento e recuperao.

    3. Capacidade quantitativa para definir as condies do equipamento.

    4. Capacidade de cumprir as normas para manuteno da situao (limpeza,

    lubrificao e inspeo).

    As etapas de implementao da M A

    Etapa 0: Preparao.

    Etapa 1: Limpeza e inspeo.

    Etapa 2: Medidas contra fontes de sujeira e locais difceis.

    Etapa 3: Elaborao dos padres provisrios de limpeza/ inspeo/ lubrificao.

    Etapa 4: Inspeo geral.

    Etapa 5: Inspeo autnoma.

    Etapa 6: Padronizao.

    Etapa 7: Efetivao do controle autnomo.

    Nas etapas de 0 a 3, procura-se reduzir o tempo entre quebras atravs de:

    satisfao das condies bsicas do equipamento, cumprimento das condies de uso,

    restaurao das deterioraes, melhorias de pontos deficientes e elevao das

    habilidades dos operadores.

    A etapa 0, consiste basicamente na preparao para o incio das atividades da

    MA. Dependendo das condies em que se encontram as instalaes, pode-se tomar

    medidas diferentes de preparao.

    Uma boa providncia a implementao da tcnica japonesa dos 5S.

    O mtodo contm 5 sensos serem seguidos:

    - Senso de Utilizao (Seiri ).

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    - Senso de Limpeza (Seiso ).

    - Senso de Ordenao (Seiton ).

    - Senso de Sade (Seiketsu ).

    - Senso de Autodisciplina ( Shitsuke).

    Para implementar esta tcnica deve haver um treinamento onde sero passados

    conceitos bsicos de limpeza, organizao das reas de trabalho, demarcaes e

    sinalizaes de equipamentos.

    Iniciando-se pelo senso de utilizao, deve-se retirar do local de trabalho todo

    objeto e equipamento, peas em duplicidade, ferramentas quebradas, ferramentas que

    no tero utilizao imediata, guardando-as em local adequado.

    A seguir vem o senso de limpeza. Para-se o equipamento e realiza-se uma

    grande limpeza, cuja finalidade melhorar as condies de trabalho e melhoria do

    visual. Como regras bsicas pode-se adotar: limpeza de armrios, esvaziar recipientes

    de lixo, limpeza externa do equipamento, etc..

    A implantao do senso de ordenao faz com que as equipes de trabalho

    visualizem os ganhos com a tcnica dos 5S. Aqui deve-se demarcar o posicionamento

    de bancadas, quadro de ferramentas, carrinhos de transporte, recipientes para lixo, etc.

    O senso de sade visa a conservao da higiene pessoal e do local de trabalho.

    O senso de autodisciplina comea a ser imposto atravs de um formulrio,

    contendo os pontos necessrios implantao da tcnica, abaixo pode-se ver o

    formulrio criado pelo Escritrio Tcnico da TILIBRA:

    - Se a equipe fazia auto avaliao mensal.

    - Se haviam reunies peridicas das equipes de trabalho para discutir a

    organizao do setor.

    - Se eram montados planos de ao para implantao de mudanas.

    - Se piso, teto e paredes estavam limpos.

    - Se haviam vazamentos de leo, ar ou gua.

    - Se telefones, terminais de suprimento (energia, ar, etc.), tomadas,

    disjuntores, mveis, estavam limpos e identificados.

    - Se havia escala de limpeza para os mveis do local de trabalho.

    - Se haviam poucos objetos em cima das bancadas de trabalho.

    - Se armrios e gavetas estavam limpos e identificados.

    - Se as ferramentas estavam limpas, identificadas e guardadas corretamente.

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    - Se recipientes de lixo eram separados por tipo e haviam responsveis pela

    retirada.

    - Se haviam extintores e estavam identificados.

    - Se haviam quadros de avisos e se as informaes eram atualizadas.

    - Se havia organizao, o que se usava a todo momento estava prximo, o de

    pouco uso guardado e o que no se usa retirado do local de trabalho.

    - Se as bancas estavam identificadas e colocadas em locais demarcados.

    - Se havia local para objetos pessoais e se os mesmos estavam organizados.

    - Se o local possibilita boa movimentao.

    - Se os carrinhos eram identificados e colocados no local adequado.

    - Se todos estavam com uniformes limpos e usavam crachs de identificao.

    - Se o sanitrio do setor era limpo e utilizvel a qualquer momento.

    Tendo sido implantada a tcnica dos 5S, passa-se ento implantao da MA.

    Limpeza e Inspeo: sobre o equipamento, na etapa 1, deve-se prevenir a

    deteriorao forada pela poeira e por resduos, vindos da parte externa da mquina ou

    proveniente do prprio processo de fabricao. Defeitos latentes devem tambm ser

    identificados e eliminados, pois so ocultos e de difcil identificao. A falta de

    lubrificao ou um parafuso solto em pontos de difcil acesso, so exemplos deste tipo

    de defeitos.

    Nesta primeira etapa, as pessoas devem sentir os equipamentos, desenvolver

    um certo envolvimento com eles. Estimular a capacidade de detectar pequenos

    problemas com o olhar, aprender sobre as funes e componentes e conhecer seus

    pontos fracos. Antes de avanar para a etapa 2, deve ocorrer uma avaliao, que pode

    seguir o exemplo: avaliao feita pelo grupo de trabalho avaliao do chefe de rea

    avaliao da gerncia. Quando as 3 avaliaes forem satisfatrias, o grupo de

    trabalho estar apto a enfrentar a 3 etapa.

    Medidas contra fontes de sujeira e locais difceis: sobre o equipamento, nesta

    etapa 2, dever ser eliminada a deteriorao forada e a utilizao do controle visual na

    deteco de defeitos. As pessoas envolvidas devero promover melhorias a partir dos

    pontos mais prximos, raciocinar e desenvolver melhorias nos equipamentos,

    desenvolver habilidades para realizar e implantar melhorias, sentir satisfao de ter

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    realizado melhorias a partir de suas idias, conhecer o funcionamento do equipamento e

    manter o trabalho desenvolvido na etapa anterior.

    O avano nesta etapa ser facilitado se: forem verificados os fundamentos

    bsicos de limpeza, cronometragem do tempo de execuo da limpeza na etapa 1,

    determinados os pontos causadores de sujeira, melhorar acesso as reas de difcil

    acesso, estabelecer padro provisrio para os formulrios de verificao de limpeza e

    definir os itens a serem inspecionados. Algumas atitudes devem ser tomadas, tais

    como: estabelecimento de padres temporrios, diagnstico da causa da sujeira

    encontrada, encontrar mais de uma soluo para combate dos problemas, conseguir a

    participao de todos, determinar intervalo entre limpezas e realizar limpeza e

    lubrificao segundo os padres estabelecidos para a mquina.

    Elaborao dos padres provisrios de limpeza/lubrificao e inspeo: aqui

    na etapa 3, sobre o equipamento, devero ser observados trs requisitos bsicos:

    limpeza, lubrificao e inspeo (ajustes); a eliminao da deteriorao forada para que

    os equipamentos trabalhem na condio de desgaste normal; executar manuteno de

    qualidade no equipamento. As pessoas da equipe devero: decidir em cima de suas

    prprias observaes, entender o seu papel, estabelecer seus padres e entender a

    importncia da lubrificao. O avano nesta etapa ocorrer se a equipe: entender as

    condies necessrias e as condies satisfatrias de trabalho; aplicar mtodos corretos

    de lubrificao, tais como: locais de lubrificao, tipos de lubrificantes, mtodo de

    aplicao, quantidade correta a ser aplicada, etc.; criar etiqueta de lubrificao, aprovar

    (a manuteno), os padres determinados pela operao e indicar com clareza a rotina

    de limpeza/ lubrificao/inspeo. As atitudes a serem tomadas nesta etapa sero:

    estudo da teoria da lubrificao, estruturar a equipe de lubrificao, incorporao da

    lubrificao ao padro de limpeza provisrio, criar controle visual de lubrificao/

    inspeo de fcil realizao, estabelecimento de padro de limpeza/lubrificao/

    inspeo, criar folha de rotina que possibilite procedimentos segundo o padro e

    procurar reduzir o tempo de trabalho (medindo o tempo de observao das condies

    bsicas de trabalho).

    Inspeo geral: aqui o equipamento ser restaurado atravs de inspees gerais

    do exterior e do aperfeioamento da confiabilidade; KAIZEN* das reas difceis para

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    inspees e providenciar correes; fazer com que as inspees sejam rotineiras e

    eficientes.

    *KAIZEN: prtica de melhorias contnuas, obtidas por pequenas mudanas nos

    processos existentes, atravs da criatividade das pessoas que trabalham com o

    equipamento. Normalmente tornam o ambiente de trabalho melhor e no requerem

    investimentos ou apenas pequenos dispndios.

    As pessoas devem: familiarizar-se com os mtodos de inspeo; compreender

    funes e mecanismos dos equipamentos; utilizar-se dos dados coletados e ser

    participativas nas reunies; utilizar-se das atividades Kaizen e entender a importncia da

    educao para a comunicao. Para avanar nesta etapa 4, devem: adquirir

    conhecimentos e capacitao atravs dos manuais de verificaes; diagnosticar e reparar

    pequenos defeitos atravs da inspeo geral e preparar padro experimental para

    inspeo autnoma. Para tanto as atitudes a serem tomadas so: compreenso das

    estruturas e das funes dos produtos; compreender regras de garantia de qualidade;

    definir ferramentas (gabaritos, medidores, etc.) para garantir a qualidade imposta ao

    produto; preparao de material didtico para qualificao em inspeo geral;

    implementao de qualificao de lideres; acompanhamento de cursos de qualificao;

    preparao dos manuais de verificao.

    Inspeo autnoma: na inspeo autnoma o operador capacitado para

    detectar os problemas antes que ocorram. O alvo desta etapa a implementao da

    inspeo atravs do manual de padres de inspeo. Devem ser bem definidas as

    atribuies de inspees da manuteno e da operao. As inspees devem ser

    realizadas diariamente e dez pontos importantes devem ser observados:

    1. Deve ser realizada dentro de perodos pr-determinados (por exemplo em

    etapas de 5 minutos) e os itens a serem verificados devem ser controlados

    em relao a carga e a necessidade, com a diviso de um processo, se

    necessrio.

    2. Deve-se adotar medidas que permitam inspees visuais e fceis.

    3. As ferramentas e mtodos de inspeo devem ser usados de forma criativa.

    4. A localizao e os itens inspecionados devem ser claramente indicados.

    5. A inspeo deve ser feita de forma confivel, sem a ajuda de formulrio de

    verificao.

    6. As pessoas devem ser treinadas especificamente para inspees.

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    7. Os operrios da produo devem receber treinamento para que possam

    executar a inspeo autnoma.

    8. Os operrios devem aprender o porque da necessidade da inspeo, o que

    acontece se ela no for feita e o que acontece quando surgem condies

    anormais.

    9. A preveno da deteriorao deve receber nfase maior do que a inspeo.

    Durante a inspeo, retire a sujeira e a poeira e aperte imediatamente o que

    estiver solto.

    10. A importncia da deteco precoce de problemas deve sempre ser ressaltada.

    Padronizao: essa etapa visa a organizao, a ordem e a efetivao do controle

    de manuteno atravs de padronizao. As principais atividades desta etapa so: a

    reviso dos itens a serem controlados no local de trabalho e a reviso do controle feito

    visualmente. O ponto importante nesta etapa a realizao e a ordem em termos gerais,

    tanto no aspecto fsico como no administrativo.

    Controle autnomo: At aqui nesta ltima etapa, foram atribudas as

    qualificaes necessrias ao operador. Desta maneira o operador dever ter a

    capacidade de trabalhar com espirito de autonomia. O principal item desta etapa a

    utilizao das habilidades adquiridas nas etapas anteriores, para analisar-se os dados

    sobre quebra/falha, tcnicas de melhorias e aumento de eficincia do equipamento e

    capacitao tcnica para pequenos ajustes.

    Funes da Manuteno na Manuteno Autnoma:

    Basicamente a rea de manuteno ter como funo dar suporte operao para

    a implementao da MA. Os pontos bsicos a serem considerados so:

    - Reparo das deterioraes.

    - Eliminao das causas de deteriorao forada.

    Reparo das deterioraes:

    Quando inicia-se as atividades de TPM em um equipamento, os operadores

    encontraro diversos defeitos que devero ser identificados por etiquetas, uma forma de

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    identificar o defeito no prprio local. Estas etiquetas so geralmente divididas em duas

    classes e identificadas por cores diferentes:

    . Etiquetas vermelhas: defeitos encontrados pelo operador e que ele no tem

    condies para solucionar.

    . Etiquetas azuis: defeitos encontrados pelo operador e por ele solucionados.

    Na primeira etiquetagem realizada no equipamento, o nmero de etiquetas

    vermelhas muito superior ao nmero de azuis. Percebe-se ento que muitas

    intervenes poderiam ser realizadas pelo operador, porm este no tem condies

    tcnicas para realiza-las, portanto necessita ser treinado para reverso do quadro.

    Trs so as providncias bsicas a serem tomadas pela manuteno, visando

    apoiar o reparo das deterioraes:

    1. Ao rpida na resoluo das etiquetas vermelhas.

    2. Elaborao de lies ponto a ponto.

    3. Treinar operadores em pontos bsicos de manuteno/lubrificao.

    1. Ao rpida na resoluo das etiquetas vermelhas:

    A meta a ser atingida de pelo menos 90% das etiquetas vermelhas resolvidas

    pelo departamento de manuteno. Em muitos casos os defeitos so de difcil soluo

    ou requerem um grande tempo para soluo. Estes defeitos podem ser solucionados

    atravs do planejamento de solues das etiquetas pendentes. Neste plano deve estar

    claro: Qual o problema, quem ser responsvel pela soluo, como ser resolvido e

    quando ser resolvido. O envolvimento da produo aqui fundamental pois o reparo

    exigir a parada da mquina.

    2. Lies ponto a ponto:

    uma forma de transmitir conhecimento atravs de pequenas informaes.

    Deve ser transmitida de tal forma que qualquer pessoa possa entende-la e aplic-la

    lendo-a.

    Basicamente para se executar uma lio ponto a ponto, deve-se observar:

    - No ter medo, pois voc capaz de executa-la.

    - Na medida do possvel utilizar-se de desenhos, figuras ou fotos (facilita).

    - Deve ser manuscrita, no se preocupar com digitao.

    - Deve ser resumida porm compreensvel.

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    - Devem ser de pequenas partes da mquina (correia, engrenagens, etc.), lies

    grandes traro problemas na execuo.

    - Fazer lies de defeitos encontrados, descrevendo o procedimento correto,

    um novo procedimento...., e as idias implantadas.

    3. Treinar operadores em pontos bsicos de manuteno:

    A maioria dos defeitos encontrados nas mquinas so conseqncia do acmulo

    de pequenas causas. Entre elas a falta de conhecimento dos operadores do

    funcionamento e da manuteno da mquina grande. Sendo assim, a manuteno

    dever proporcionar treinamento prtico/terico de elementos bsicos aos operadores.

    Para executar este trabalho, deve-se seguir os seguintes itens:

    - O que o elemento? (nome).

    - Para que serve?

    - Como funciona?

    - Onde usado?

    - O que pode provocar problemas neste elemento?

    - Como evitar os problemas?

    Esta estrutura dever conter os elementos mecnicos/eltricos/eletrnicos e as

    respectivas lies ponto a ponto. Exemplos de alguns deste elementos bsicos:

    rolamentos, engrenagens, correias, parafusos, sensores, vlvulas, etc.

    Este treinamento deve evoluir com a MA e tratar dos assuntos de acordo com a

    necessidade apresentada. O objetivo treinar operadores para pequenas atividades, para

    que os tcnicos de manuteno faam as atividades mais nobres.

    Eliminao das causas de deteriorao forada:

    Na etapa 2 da MA cuida-se das fontes de sujeira e locais de difcil acesso para

    limpeza lubrificao e inspeo. A manuteno quem implantar estas melhorias, que

    se dividem em duas fases:

    - Aplicao de melhorias individuais nas fontes importantes.

    - Orientar as medidas contra as fontes atravs da MA.

    Aplicao de melhorias individuais nas fontes importantes:

    A manuteno dar respaldo a MA para execuo de melhorias individuais no

    equipamento. Chamam-se de melhorias individuais, todas mudanas idealizadas pelos

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    operrios implantadas no equipamento, que resultem na eliminao ou reduo de

    alguma(s) das 6 grandes perdas.

    As 6 grandes perdas so:

    1. Falhas e quebras.

    2. Tempo necessrio para troca de servios e ajustes.

    3. Operao em vazio e pequenas paradas.

    4. Baixa velocidade nominal do equipamento.

    5. Defeitos no processo (retrabalhos).

    6. Perda de produtos e de material.

    Orientar as medidas contra as fontes atravs da MA.:

    As medidas para a realizao de melhorias pelos operadores devem ser

    orientadas pelo pessoal da manuteno. Isto pode ser feito atravs de:

    - Auxlio do levantamento das reais causas das fontes de sujeira.

    - Analisando e indicando os elementos e materiais corretos serem utilizados.

    - Auxiliando a operao no estudo de custos/benefcios das melhorias.

    - Auxiliando na implantao de dispositivos que facilitem

    limpeza/lubrificao/ inspeo.

    - Sempre que for necessrio, a manuteno dever orientar os operadores.

    Uma forma eficiente de se aplicar melhorias a utilizao do TPM STORY,

    este formulrio dever estar afixado no quadro de atividades e sua funo incentivar e

    motivar o programa.

    Exemplo de TPM STORY:

    1. TEMA: Melhoria das condies da transmisso aberta. 2. MOTIVO DO TEMA: Alto ndice de intervenes para limpeza e

    lubrificao, o que provoca alto custo de mo de obra e lubrificantes.

    3. SITUAO ATUAL E ANLISE DAS CAUSAS: (1) O sistema utilizado aberto devido a baixa velocidade de trabalho, tendo

    o sistema sido desta maneira projetado. Como o lubrificante utilizado

    altamente aderente, a contaminao por poeira abrasiva, advinda do

    processo alta o que causa grande desgaste nos dentes das engrenagens

    mesmo aps a colocao de exaustor.

    (2) A limpeza/lubrificao adotada pela MA vem sendo efetuada a cada 2 horas de trabalho ou 4 vezes ao dia, com durao mdia de 10 minutos.

    (3) A cada interveno utilizado 1 litro de lubrificante. 4. CONTEDO DA MELHORIA: em uma mquina similar foi instalada um

    protetor (carenagem), isolando as engrenagens do contaminante abrasivo.

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    (1) O protetor provido de visor de acrlico transparente para permitir a visualizao da camada de lubrificante nos dentes das engrenagens.

    5. RESULTADOS: (da mquina similar) (1) Desde 1998 quando foi efetuada a melhoria as intervenes passaram a

    ser semanais, sem prejuzo s engrenagens.

    (2) O consumo de lubrificante passou de 20 litros por semana para 1 litro por semana.

    (3) O tempo de mo de obra baixou de 3h20min para 10 min. por semana.

    Pontos chaves para o sucesso da M A:

    Para se obter sucesso com a MA, os 8 itens abaixo devero ser rigorosamente

    seguidos:

    1- Treinamento introdutrio: necessrio que se faa treinamento de todos

    os envolvidos antes de iniciadas as etapas de implantao da MA, para que

    compreendam o por que da implantao.

    2- O trabalho propriamente dito: as atividades desenvolvidas no devem ser

    vistas como espordicas. Estas atividades so do prprio trabalho.

    3- Atividades de crculos: so estruturadas em torno de encarregados de

    primeira linha. Quando o nmero de participantes elevado, o grupo

    subdividido em sub-circulos de 5 a 6 pessoas. O encarregado participar de

    um circulo liderado pelo supervisor, o supervisor participar do circulo

    liderado pelo chefe de seo, o chefe participar do circulo de gerentes e os

    gerentes da comisso de desenvolvimento do TPM da empresa.

    4- Princpio da prtica: no deve se ater a formas e argumentos, e deve ter

    como principal objetivo o fato de fazer com as prprias mos.

    5- Efeitos reais: em cada etapa devem ser definidos temas e metas concretas

    que correspondam ao seu objetivo desenvolvendo atividades de melhorias

    que provoquem efeitos reais.

    6- A prpria pessoa define o que deve ser cumprido: fazer com que as

    pessoas envolvidas desenvolvam seus prprios padres de normas para as

    diversas atividades de limpeza, inspeo, lubrificao, etc., e desta maneira

    desenvolvam o controle autnomo das atividades.

    7- Execuo rigorosa: extremamente importante a execuo rigorosa de cada

    etapa. Cortar caminho, realizando as atividades de maneira incompleta, far

    com que o programa seja prejudicado e no trar os resultados esperados.

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    8- Segurana em primeiro lugar: a falta de segurana no justifica a pressa de

    se alcanar mais rapidamente uma etapa. Mudanas no equipamento devem

    obedecer as normas de segurana, em primeiro lugar.

    2 pilar: MANUTENO PLANEJADA

    Mentalidade tpica da produo: Eu opero, voc conserta

    Manuteno X Produo

    A dificuldade da diviso de manuteno em acompanhar as inovaes dos

    equipamentos, abaixam o moral do pessoal.

    A chefia tem a idia de que os equipamentos podem ser descartados nos

    perodos de grande desenvolvimento econmico e no tem conscincia das perdas

    decorrentes da manuteno insuficiente dos equipamentos.

    O resultado so equipamentos cheios de falhas crnicas e a incrementao de

    pontos fracos.

    Filosofia da Manuteno Planejada:

    Conscientizao das perdas decorrentes das falhas de equipamentos e as

    mudanas de mentalidade das divises de produo e manuteno, minimizando as

    falhas e defeitos com o mnimo custo.

    Funes da Produo e Manuteno:

    Produo:

    - Observao das condies bsicas do equipamento (limpeza e lubrificao).

    - Manuteno das condies operacionais.

    - Restaurao das deterioraes atravs da inspeo e descobertas precoces.

    - Aprimoramento dos conhecimentos de operao dos equipamentos.

    Manuteno:

    - Fornecimento de apoio tcnico as atividades de Manuteno Autnoma

    desenvolvidas pela produo.

    - No omitir e garantir a restaurao de deterioraes atravs de

    procedimentos de inspeo, verificao e desmontagem.

    - Descobrimento de falhas de projeto e esclarecimento das condies

    operacionais.

    - Aprimoramento dos conhecimentos de manuteno.

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    Para se manter o mximo possvel sobre controle a ocorrncia de falhas, deve-se

    seguir as etapas:

    1. Aumentar o MTBF ( Tempo Mdio Entre Falhas):

    - Introduo da Manuteno Autnoma.

    - Restaurao de deterioraes negligenciadas.

    - Remoo das deterioraes foradas provocadas por fadiga.

    - Estabelecer condies bsicas ( limpeza, lubrificao e reapertos).

    - Manter as condies de operao (vibrao, rudos, carga adequada).

    2. Prolongar a vida til:

    - Kaizen nos pontos fracos do projeto (falta de resistncia, defeitos de

    construo e processo, etc.).

    - Kaizen nos pontos relacionados a sobrecarga.

    - Seleo de peas adequadas as condies de uso.

    - Eliminao de falhas espordicas atravs de Kaizen nos mtodos

    operacionais e de reparo.

    3. Restaurao cronolgica das deterioraes s condies originais:

    - Estimativa da vida til e restaurao peridica das deterioraes.

    - Padronizao e execuo da manuteno peridica.

    - Compreenso da natureza das deterioraes internas, atravs dos 5 sentidos.

    4. Previso das falhas:

    - Tcnicas de diagnsticos de equipamentos: vazamentos, rachaduras,

    corroso, vibrao excessiva, deteriorao do lubrificante, afrouxamento,

    medio da vibrao, medio ultra-snica, avaliao das vedaes, etc..

    - Estimativa e prolongamento da vida til atravs da anlise tcnica das falhas

    catastrficas: anlise das superfcies quebradas, concentrao de tenso,

    anlise de fadiga do material, repetio da carga, alternncia da carga.

    EEttaappaass ddaa MMaannuutteennoo PPllaanneejjaaddaa

    Etapa 1: Avaliao do equipamento e levantamento da situao atual.

    Etapa 2: Restaurao das deterioraes e melhorias dos pontos deficientes.

    Etapa 3: Estruturao do controle de informaes e de dados.

    Etapa 4: Estruturao da Manuteno Preventiva.

    Etapa 5: Estruturao da Manuteno Preditiva.

    Etapa 6: Avaliao da Manuteno Planejada.

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    Etapa 1: Avaliao do equipamento e levantamento da situao atual:

    Nesta etapa deve-se avaliar o equipamento atravs de um inventrio e registrar

    os resultados desta avaliao em um cadastro.

    Inventrio: identificao dos elementos que compem um sistema, suas

    localizaes e funes.

    Quando da realizao do inventrio a seqncia estabelecida segundo a

    importncia do equipamento no sistema.

    O valor efetivo do equipamento caracterizado pelo estado de conservao da

    mquina e pela sua eficincia.

    O cadastro um registro que contm o maior nmero possvel de dados dos

    equipamentos, onde so anotados dados sobre: construo, compra, origem, transporte e

    armazenagem, operao e manuteno.

    A partir do cadastro do equipamento chega-se ao ndice de quebras e pequenas

    paradas, nmero de casos, ndice de intensidade, MTBF (mdia do tempo de bom

    funcionamento), MTTR (mdia dos tempos tcnicos de reparo), custos de manuteno,

    etc.

    Como ltima providncia nesta etapa, deve-se estabelecer as metas pretendidas

    pela manuteno e verificar o seu cumprimento atravs de indicadores e mtodos de

    medio de resultados.

    Etapa 2: Reparo das deterioraes e melhorias dos pontos deficientes:

    So atividades de apoio Manuteno Autnoma.

    Reparo das deterioraes:

    1. Atendimento das etiquetas vermelhas aes rpidas de reparo e reforma.

    2. Elaborao de lies ponto a ponto.

    3. Criao de rea de treinamento visando a manuteno e orientar melhorias.

    Cumprimento das condies bsicas:

    1. Confeco e orientao de controle visual.

    2. Padronizar treinamento de lubrificao e tipos de lubrificantes.

    3. Treinar sobre mecanismos e funes dos equipamentos.

    4. Melhorias em relao a limpeza, inspeo, lubrificao e locais de difcil

    acesso.

    5. Orientar elaborao de normas de inspeo e lubrificao.

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    Eliminar ambientes que provocam deteriorao forada:

    1. Executar melhorias individuais em pontos de relevncia.

    2. Orientar medidas contra fontes atravs da MA.

    Etapa 3: Estruturao do controle de informaes e de dados:

    O cadastro de equipamentos talvez o item mais importante quando se trabalha

    com manuteno planejada. Este cadastro iniciado com as informaes obtidas

    atravs das impresses de avaliao, a partir do inventrio. A partir da, toda e qualquer

    atividade de inspeo, lubrificao, manuteno, etc., executada na mquina deve ser

    registrada. De posse destas informaes sero estabelecidas as paradas para

    manuteno planejada. O nmero de fichas de controle deve ser racionalizado, ou seja,

    deve-se ter o cuidado com escassez ou com excessos destes documentos. O cadastro

    propriamente dito deve ser informatizado.

    Ordens de servios:

    Documentos atravs dos quais so requisitados os trabalhos de manuteno e

    constam informaes necessrias realizao eficaz do servio. Constam da ordem de

    servio:

    Informaes:

    - Prioridade da tarefa;

    - setor responsvel pela execuo do servio;

    - relato apropriado da tarefa;

    - onde executar o servio;

    - planejamento e tempo necessrio ao servio;

    - medidas de segurana necessrias;

    - avaliao do prestador de servio.

    - Registro de equipamentos:

    - trabalhos j realizados no equipamento;

    - modificaes j realizadas no equipamento.

    - Formulrio de procedimentos:

    - verificaes que devem se realizadas;

    - programao das intervenes;

    - planejamento das intervenes.

    Etapa 4: Estruturao da Manuteno Preventiva:

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    Generalidades da Manuteno Preventiva:

    Tal tipo de manuteno conhecido como "parada para manuteno" ou

    "overhaul". Sabemos que as peas que se movimentam, num dispositivo qualquer, no

    apresentam o mesmo desgaste em funo do tempo de funcionamento. Com isso as

    mquinas exigem que sejam substitudos alguns componentes, enquanto outros

    permanecem intactos. sabido, que um componente defeituoso, d origem ao fenmeno

    de avalanche , ou seja, no momento que um deles apresenta uma irregularidade ou

    defeito, as conseqncias so levadas a outros componentes que tambm passam a

    apresentar defeitos, que por sua vez passam a outros e, desta maneira, o equipamento

    sofre um processo rpido de degradao. Por este motivo faz-se um tipo de manuteno,

    que calcado em dados estatsticos, procura se antecipar as avarias dos componentes,

    recebendo o nome de manuteno preventiva.

    Os passos para implantao da manuteno preventiva podem ser apreendidos

    analisando-se os fracassos de outras fbricas neste campo do atividade.

    Os programas falham por:

    - Falta de apoio e interesse do gerente de produo.

    - Por no convencer os departamentos de manuteno e de produo dos

    benefcios proporcionados pelo sistema.

    - No treinamento do pessoal responsvel pela manuteno preventiva em seus

    deveres o responsabilidades.

    - Na superviso desses funcionrios.

    - No treinamento dos superiores.

    Deve-se criar uma comisso para realizar a implantao do sistema, e deste

    grupo devem fazer parte: planejadores de produo, engenheiros industriais e

    engenheiros de fbrica.

    De um ponto do vista restrito, a manuteno preventiva vista como uma

    inspeo sistemtica e programada, que compreende: limpeza, lubrificao e servios

    necessrios para manter equipamentos e prdios em condio de funcionamento.

    Um programa completo comporta a programao e planejamento da substituio

    de equipamentos problemticos que oneram a produo. Inclui tambm inspees que

    resultaro em vistorias e recondicionamento do equipamento de produo e auxiliares.

    O Programa de Manuteno Preventiva:

    O programa tem duas partes distintas que devem receber ateno:

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    1 - Os formulrios de procedimento.

    2 - Os manuais de trabalho.

    Os formulrios de procedimento so : listas de verificao, folhas de rotina,

    formulrios de programao e planejamento, registros de equipamentos e relatrios de

    controle. Estes so utilizados nas operaes dirias e servem para estabelecer e

    organizar o trabalho. Aliados e integrados aos formulrios esto os manuais de trabalho

    que compreendem: limpeza, ajustes, pequenos consertos, lubrificao e inspeo.

    Listas de verificao:

    So listas ou fichas que determinam os dias de inspeo, o trabalho a ser

    executado e as rotinas de lubrificao.

    Existem 5 classes:

    1 - Mecnica

    2 - Lubrificao

    3 - Instrumentao

    4 - Eltrica

    5 - Tubulaes.

    Para melhor identificao costuma-se faze-las em cores diferentes.

    Juntamente com essas listas de verificao esto as de rotina onde o inspetor

    anota suas verificaes.

    Lubrificao:

    As operaes de lubrificao ocorrem regularmente, so pr-programadas e

    possuem tempo padro para execuo. Raramente so feitas com a inspeo e consistem

    na colocao de leo e graxa nos pontos crticos dos equipamentos mecnicos.

    O local de lubrificao sendo colorido, indica o tipo e qualidade do lubrificante a

    ser utilizado, devendo os locais de estoque ter cdigo semelhante.

    Fazendo-se um estudo dos leos e graxas disponveis no mercado e

    padronizando-os, pode-se obter uma economia da ordem de 15 % neste setor.

    Ordens de servios:

    As listas de verificao so um tipo de ordem de servio. Existem outros tipos

    que so necessrios para o sucesso das operaes. Devem ser escritas e conter todas as

    informaes necessrias de modo que possam ser analisadas, avaliadas, medidas e

  • 28

    28

    controladas. So utilizadas em todas as operaes com durao superior a 15 minutos.

    Reparos com menor tempo de durao devem ser executados imediatamente pelo

    inspetor.

    O item mais importante so os registros de equipamentos, sendo que o estudo

    desses registros permitem localizar o ponto de maior incidncia de falhas e situaes de

    emergncia.

    Registro de equipamentos :

    necessrio para detectar e prevenir emergncias, sendo parte essencial do

    programa de manuteno preventiva, para que informaes importantes no sejam

    perdidas.

    Esses registros no devem conter todo equipamento da fbrica e sim os mais

    importantes para no onerar o sistema.

    O objetivo e receber informaes rpidas e precisas que servem de base para

    tomada de decises. Pode ser utilizado para ajustes no plano de manuteno preventiva,

    recomendar substituio de equipamento problemtico, estabelecer trabalhos e reparos

    modificaes e inspees.

    Implantao do programa:

    O trabalhador far melhor o seu trabalho se:

    - Souber o que fazer.

    - Onde fazer.

    - Quando fazer e

    - O tempo disponvel para ser feito.

    A melhor maneira implanta-lo por sees, devendo-se de incio ter o auxlio de

    um inspetor bem treinado, executando-se assim a primeira implantao. A passagem da

    manuteno preventiva para o resto da fbrica deve ocorrer de maneira gradual, aps o

    primeiro setor estar funcionando satisfatoriamente.

    importante que todas as ordens sejam dadas por escrito, devendo haver a

    verificao do cumprimento dessas ordens.

    O Comit de Conservao do Equipamento Industrial, elaborou um roteiro para

    a realizao eficiente da conservao do equipamento, quando da passagem de

    manuteno corretiva para preventiva. Os passos visam integrar e facilitar a

    conservao do equipamento.

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    29

    1 Passo - Intensificao da limpeza

    Dever haver treinamento e superviso do pessoal, tendo em vista as medidas

    mais simples de conservao (limpeza e lubrificao diria).

    2 Passo - Superviso contnua sem plano de fbrica -

    Superviso da manuteno, do manuseio e da segurana.

    3 Passo - Introduo dos servios de lubrificao -

    Introduo de identificao dos pontos a serem lubrificados bem como dos

    dispositivos de lubrificao. Esse trabalho deve ser executado por pessoal especializado.

    4 Passo - Conservao planejada das ferramentas -

    Organizao da ferramentaria, conservando as ferramentas prontas para o

    trabalho.

    5 Passo - Organizao de uma seo do consertos -

    Iniciar com alguns mecnicos e ampliar at que nenhum conserto seja executado

    na rea de fabricao.

    6 Passo - Incluso dos trabalhos de manuteno nos trabalhos de conserto -

    Registrar os trabalhos executados e supervisionar as partes mais vulnerveis da

    mquina.

    7 Passo - Manuteno preventiva das mquinas -

    Elaborao de um plano (atravs do arquivo de dados), com estabelecimento de

    prazos para as revises.

    8 Passo - Refinamento da superviso e anlise critica dos reparos -

    Analisar ocorrncias e reparos e se necessrio orientar a aquisio de mquinas

    novas.

    Etapa 5: Estruturao da Manuteno Preditiva:

    Generalidades da Manuteno Preditiva:

    A manuteno pode ser subdividida em trs nveis distintos. O nvel I e o mais

    simples e consiste em manter o equipamento funcionando. O nvel II a clssica

    manuteno preventiva que consiste na substituio de peas em perodos regulares,

    bem como de reparos e consertos devido a falhas e quebras inesperadas. O nvel III

    consiste numa tcnica diferente, pela qual a manuteno executada no momento

    adequado e antes que se processe o rompimento ou falha qualquer. Tal tcnica consiste

    na "Manuteno Preditiva", conhecida internacionalmente como "Condition

    Monitoring".

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    30

    A manuteno Preditiva tem por finalidade, estabelecer quais so os parmetros

    que devem ser escolhidos num determinado tipo de mquina ou equipamento em funo

    das informaes que as alteraes do tais parmetros trar, sobre o estado mecnico de

    um determinado componente. Estas informaes permitiro que providncias sejam

    tomadas visando evitar estragos de monta ou situaes catastrficas irreversveis.

    importante considerar a necessidade de uma organizao rgida, que coordene e analise

    uma srie aprecivel de inspees que so realizadas periodicamente em praticamente

    todo o equipamento. O quadro a seguir apresenta alguns parmetros que podem ser

    utilizados na manuteno Preditiva.

    Parmetros utilizados na manuteno Preditiva.

    Exame visual:

    o mtodo mais antigo e mais utilizado nas inspees de manuteno, de fcil

    aplicao e rpida execuo, no exige a utilizao de equipamentos especiais, alm de

    uma simples lupa.

    O primeiro passo de qualquer verificao o exame visual, podendo-se

    verificar a existncia de: lascas, dobras, costuras, distores fsicas e geomtricas,

    dimensionamento incorreto, aparncia inadequada, soldagem, etc..

    Ensaios

    no

    Destrutivos

    Exame

    Visual

    Controle

    de

    Presso

    Manuteno

    Preditiva

    Controle de

    Temperatura

    Anlises de

    Lubrificantes

    Medidas e

    Anlises de

    Vibraes

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    31

    Dependendo do que se verifica, um item importantssimo da

    Manuteno Preditiva, devendo ser peridico e registrado de maneira clara e precisa.

    um exame complementar aos demais mtodos, sendo que um defeito detectado

    por outro mtodo tem seu diagnstico confirmado ou negado pelo exame visual.

    Em caso de defeito detectado pelo exame visual em que o equipamento continua

    funcionando de maneira estvel, o programa de manuteno Preditiva deve ser

    informado que o parmetro referente a tal defeito no est correto, devendo ser revisto

    para sanar a falha do programa.

    Ensaios no destrutivos:

    Podem ser classificados como:

    Ensaios Visuais:

    Exame visual complementar

    Controle dimensional.

    Processos Eletromagnticos:

    Ensaios com correntes parasticas.

    Ensaios com partculas magnticas.

    Ensaios pela perturbao do campo magntico.

    Ensaio pela perturbao do campo eltrico.

    Ensaio por ressonncia magntica.

    Ensaios por Radiao Penetrante:

    Ensaios com raios X.

    Ensaios com raios Gama.

    Ensaios com neutrons.

    Ensaios com Energia Snica.

    Ensaios ultra-snicos.

    Ensaios por emisso acstica.

    Ensaios por analise tonal.

    Ensaios de Vazamentos.

    Ensaios com Lquidos Penetrantes.

    Ensaios Termogrficos.

    Medidas de temperatura e de presso:

    O acompanhamento contnuo da temperatura de um sistema ou equipamento

    qualquer um dado importantssimo na manuteno preditiva de qualquer dispositivo.

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    32

    A alterao da temperatura de funcionamento de qualquer equipamento indicativo de

    modificao no comportamento da maquina ou equipamento. Por tais motivos a

    temperatura devo ser levada em considerao em todo programa de manuteno, em

    qualquer que seja o nvel. A operao ou funcionamento das mquinas so

    estabelecidas por uma temperatura determinada, devendo a operao ser iniciada em

    marcha lenta, para que seja atingido o equilbrio trmico, sem o que, as dilataes de

    alguns componentes podero trazer prejuzos aos demais componentes ou a si mesmo.

    Os manuais de instrues de qualquer dispositivo costumam indicar os limites de

    temperatura em que o mesmo deve operar.

    Analogamente, a presso ou rarefao em diversos locais de um equipamento

    constituem indicadores importantes. As pulsaes de presso podem dar origem a

    vibraes mecnicas elevadas e, com isso, a manuteno de uma presso esttica

    constante, geralmente mostra um equipamento operando em boas condies.

    Anlises de leos lubrificantes:

    As anlises de leos lubrificantes possibilitam importantes informaes

    manuteno. O leo lubrificante pode ter as suas caractersticas originais alteradas por

    contaminantes internos e externos mquina. Por sua vez estes contaminantes podem

    ser de natureza qumica (oxidao) ou oriundos do prprio funcionamento da mquina

    (combustveis, elementos metlicos, etc.). A anlise criteriosa dos resultados dos testes

    traro revelaes e concluses importantes para a manuteno do equipamento e do

    prprio leo lubrificante. A troca prematura de uma carga de leo contaminada, evitar

    danos mecnicos ao equipamento, por outro lado, a constatao do bom estado do leo

    operando com tempo acima do previsto para a troca, proporcionar considervel

    economia de lubrificantes.

    Vibrao e nvel de rudo:

    Como tcnica de manuteno preditiva ou mtodo de verificao do estado de

    um componente ou de uma pea qualquer, o assunto relativamente recente, sendo os

    primeiros trabalhos referentes ao assunto publicados no final da dcada de cinqenta.

    Entretanto as vibraes assim como o rudo, existiam bem antes desta poca. 0 rudo

    sempre foi usado como indicador de irregularidade ou mal funcionamento. Todos

    conhecem o barulho de um motor fundido ou a vibrao provocada por um eixo torto.

    Por este motivo o diagnostico atravs do barulho e/ou vibrao havia no passado,

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    33

    embora de maneira latente. Quando o barulho por si s indica o defeito, geralmente j

    muito tarde para qualquer providncia.

    Etapa 6: Avaliao da Manuteno Planejada:

    Deve-se avaliar todas as etapas anteriores.

    Avaliao do aumento da confiabilidade: casos de quebras e pequenas paradas,

    MTBF, ndice de freqncia, etc..

    Avaliao da mantenabilidade: ndice de manuteno preventiva, ndice de

    manuteno preditiva, ndice de manuteno corretiva, etc.

    Avaliao da reduo de custos de manuteno.

    Os pilares da implantao da Manuteno Planejada:

    - Apoio e orientao s atividades Jishu-Hozen (manuteno autnoma).

    - Atividades para alcance de quebra zero.

    - Criao de estrutura para manuteno planejada (sistema, padro,

    planejamento, controle e informaes de manuteno).

    - Controle de lubrificao.

    - Controle de peas sobressalentes.

    - Controle de custos da manuteno.

    - Pesquisas sobre a manuteno preventiva.

    - Aprimoramento das tcnicas de manuteno.

    - Manuteno preditiva e tcnicas de diagnstico.

    Custos da Manuteno:

    Para manter o controle sobre as despesas com manuteno e obteno de

    informaes eficazes, pode-se classificar os custos referentes a manuteno diria

    (limpeza e ajustes, etc..), inspeo de equipamentos (irregularidades ou adequaes do

    equipamento), reparos e correes, manuteno preventiva e manuteno corretiva.

    Para se obter reduo dos custos da manuteno, pode-se observar os seguintes

    pontos:

    1. Estabelecer novo ciclo de inspees/verificaes, reduzindo as atividades da

    manuteno.

    - Ampliao do ciclo devido a maior durao das peas.

    - Mtodo de manuteno cronolgica, baseado nas condies do equipamento.

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    34

    2. Gastos com lubrificantes: se os equipamentos esto em condies normais,

    as deterioraes e consumo de lubrificantes so pequenos.

    3. Eliminao de tempo ocioso e perdas por transporte causadas por controles

    inadequados de reparos e de peas.

    4. Aprimoramento da restaurao de irregularidades: uniformizao de peas.

    5. Reviso dos sobressalentes, reduo e adequao das peas em estoque.

    6. Algumas peas podem ser desnecessrias ou substitudas por mais baratas.

    7. Reciclagem de equipamentos e peas no utilizados, intercmbio interno de

    informaes.

    8. Reduzir desperdcio de energia: preveno de vazamentos e

    transbordamentos de materiais. Prevenir ociosidade.

    9. Eliminao de perdas em equipamentos: reparos espordicos, recuperar

    perdas de rendimento.

    Deve-se levar em conta o custo inicial para escolha do melhor sistema de

    manuteno (custo do equipamento de reserva).

    3 pilar: MELHORIAS ESPECFICAS

    Melhoria individual (Kobetsu-Kaizen), atividade que serve para erradicar de

    forma concreta as oito grandes perdas que reduzem o OEE do equipamento. Atravs da

    eliminao destas perdas, melhora-se a eficincia global do equipamento.

    OEE (Overall Equipment Effectiveness) = Eficincia Operacional Mxima

    a utilizao plena das funes e capacidades de um equipamento. Para

    aumentarmos a eficincia, devemos trabalhar identificando e eliminando os oito fatores

    principais que constituem o obstculo a eficincia. As oito grandes perdas so:

    1. Perdas por falhas em equipamentos: Este tipo de perda constitui o maior obstculo ao OEE. So classificadas em

    falhas por paralisaes no funcionamento (que ocorrem inesperadamente, como um

    curto circuito) e falhas por deteriorao das funes (ocorrem lentamente e a funo do

    equipamento fica reduzida, como o desgaste de um pisto).

    2. Perdas por set-up e ajustes:

    a perda pelo tempo de paralisao necessria para uma operao de set-up,

    onde os equipamentos so preparados para operaes subsequentes.

    3. Perdas por troca de ferramentas de corte:

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    Ocorrem quando da paralisao da linha para troca de brocas, fresas, facas, por

    quebra ou perda de corte, decorrentes do trabalho ou utilizao inadequada.

    4. Perdas por acionamento:

    o tempo gasto para que o equipamento atinja condies ideais de

    funcionamento (velocidade, temperatura, etc.).

    5. Perdas por pequenas paradas e pequenos perodos de ociosidade:

    a inatividade do equipamento durante pouco tempo decorrente de problemas

    temporrios (parada da linha por falta de material, parada da linha por problemas de

    qualidade, etc.). Deve ser eliminado pela correo do problema, voltando a operao

    normal.

    6. Perdas por velocidade:

    Ocorre quando existe diferena entre a velocidade nominal e a velocidade real

    de trabalho. Ex.: Um trem que deveria pelo projeto trafegar a 80 km/h e trafega a 50

    km/h devido a problemas de segurana (dormentes podres).

    7. Perdas por defeitos e retrabalhos:

    Ocorre quando so constatados defeitos que requerem correo. Embora

    produtos defeituosos sejam normalmente descartados, existem os que podem ser

    retrabalhados, consumindo tempo adicional de mo de obra e da mquina.

    8. Perdas por desligamento:

    Paralisao da linha causada por inatividade do equipamento durante a produo

    para execuo de manuteno/inspeo peridicas ou programadas.

    PPaarraa qquuee sseerrvvee oo OOEE??

    A partir dos dados quantitativos, possvel verificar se a utilizao do

    equipamento est sendo plena e onde poderiam ser realizadas melhorias.

    CCoommoo ccaallccuullaarr oo OOEEEE??

    O OEE representado por 3 termos que relacionam as 8 perdas descritas

    anteriormente:

    % Disponibilidade = Tempo de operao Tempo programado p/ operar.

    % Desempenho = Produo real produo ideal.

    % Qualidade = (produtos bons produtos defeituosos) produtos bons.

    OEE = % Disponibilidade x % Desempenho x % Qualidade

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    Alm das perdas que afetam diretamente o OEE, temos ainda:

    Perdas que constituem obstculos eficincia de mo de obra:

    - Perdas por controle.

    - Perdas por falta de flexibilidade operacional.

    - Perdas por desorganizao das linhas de produo.

    - Perdas por deficincia logstica.

    - Perdas por medies e ajustes.

    Perdas que afetam o rendimento dos materiais e energia:

    - Perdas por desperdcio de energia.

    - Perdas por rendimento de material.

    - Perdas por moldes, ferramentas e gabaritos.

    O Kaizen se desenvolve em 10 etapas:

    Etapa 01: Selecionar equipamento / linha / processo, como modelo:

    1.1. As linhas, processos e equipamentos onde ocorrem mais perdas e haja

    possibilidade de replicao horizontal.

    1.2. Possam ser ciclonizadas com linhas, processos e equipamentos utilizados

    na manuteno autnoma, quando estiverem nas etapas 1 e 2.

    Etapa 02: Organizar as equipes de projeto:

    2.1. Formadas por gerentes de departamentos (lderes) tendo a participao de

    equipes de engenharia, produo e projetos, as quais sero atribudas responsabilidades

    correspondentes a cada perda.

    Etapa 03: Detectar as perdas atuais:

    3.1. Detectar e confirmar perdas analisando os dados.

    Etapa 04: Definir as metas e o tema Kaizen:

    4.1. Definio do tema Kaizen com base na situao atual.

    4.2. Definio de metas desafiantes introduzindo o conceito de perda zero.

    4.3. Definio da equipe para cada tipo de perda.

    Etapa 05: Desdobrar o plano Kaizen:

    5.1. Anlise do plano, medidas defensivas e preparao de procedimentos

    para implementao.

    5.2. Diagnstico efetuado pelos executivos da diviso.

    Etapa 06: Desdobrar, avaliar e analisar as medidas defensivas:

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    37

    6.1. Mapeamento dos planos Kaizen com utilizao de tcnicas de anlise,

    investigao e experimentos Kaizen, avaliando o plano de trabalho.

    6.2. Perseverar at que as metas sejam alcanadas.

    6.3. Aprimorar o Kaizen atravs dos diagnsticos realizados.

    Etapa 07: Implementar o Kaizen:

    7.1. Alocar o oramento necessrio e implementar o Kaizen.

    Etapa 08: Confirmar os efeitos:

    8.1. Verificar os efeitos obtidos em relao as perdas aps a implementao do

    Kaizen.

    Etapa 09: Evitar recorrncias:

    9.1. Confeccionar padres para procedimentos de produo, trabalho, compras e

    manuteno.

    9.2. Preparar o manual destinado a replicao horizontal.

    Etapa 10: Replicar na horizontal:

    10.1. Replicar horizontalmente em outras linhas, processos ou equipamentos

    similares.

    10.2. Dar partida nas atividades junto aos outros modelos.

    *Replicar = Discutir com argumentao.

    Para a implantao das melhorias individuais (Kaizen), utiliza-se 3 importantes

    ferramentas: o mtodo dos sete passos, a anlise PM e a anlise de porqus.

    1. Mtodo dos sete passos:

    Consiste em:

    1. Definio da misso / objetivos.

    2. Anlise da situao atual.

    3. Anlise das causas dos problemas.

    4. Anlise das solues dos problemas.

    5. Resultados obtidos com a melhor soluo.

    6. Padronizao.

    7. Planos futuros.

    2. Anlise PM:

    um dos mais eficientes meios de conduo de medidas contra quebra/falhas.

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    38

    Para que as perdas crnicas atinjam nvel zero, necessrio que se analise

    fisicamente o mecanismo do fenmeno, extraindo todas as informaes relacionadas

    com o equipamento, o pessoal, o material e os mtodos empregados. Este raciocnio de

    anlise dos fatores a anlise PM. A expresso PM significa anlise fsica (Physical)

    do fenmeno (Phenomenon), extraindo-se a inicial P das palavras em ingls e a inicial

    M das palavras mecanismo (Mechanism), mquina (Machine), pessoal (Men), material

    (Material) e mtodo (Method).

    O mtodo da anlise PM desenvolvido em oito etapas:

    Etapa 1: Esclarecer o fenmeno:

    Deve-se avaliar o fenmeno da maneira como surge, suas condies, suas partes

    afetadas, suas diferenas entre os tipos de mquinas, etc., estabelecendo um padro para

    cada camada ou grupo de mquinas.

    Etapa 2: Analisar fisicamente o fenmeno:

    necessrio a anlise sob o ponto de vista fsico, realizando diversos exames

    para identificar o tipo de ocorrncia.

    Etapa 3: Identificar as condies em que ocorre o fenmeno:

    Examina-se em que casos ocorrem as condies, necessrio listar sem falhas

    todos os casos que possam provocar a ocorrncia do fenmeno.

    Etapa 4: Listar cada fator de causa:

    Listar tudo a respeito de cada condio existente, raciocinando sobre os fatores

    que possam ter relao causa/efeito com o equipamento, material e pessoal, sem

    considerar o grau de influncia.

    Etapa 5: Avaliar o perfil ideal:

    Estabelecer a avaliao do perfil ideal para cada fator de causas, tornando

    possvel a realizao de uma avaliao eficiente e a deteco de falhas nos estudos at

    ento realizados.

    Etapa 6: Analisar o mtodo de pesquisa:

    Analisa-se de forma concreta o mtodo de pesquisa, de medio, os limites, para

    identificar as inconvenincias de cada fator.

    Etapa 7: Identificar os pontos de inconvenincias:

    De acordo com o mtodo de pesquisa, levanta-se os pontos de inconvenincias

    referentes a cada fator ou causa, verificando como est o perfil ideal e as falhas nfimas.

    Etapa 8: Levantar sugestes de melhoria:

    Este levantamento baseado nas inconvenincias detectadas.

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    39

    * A anlise PM eficaz quando se pretende reduzir o ndice de defeitos de 0,5%

    para 0%. Em casos de ndice bastante elevado, entre 5% e 10%, mais produtivo

    aplicar o mtodo de melhoria tradicional, a anlise dos porqus?.

    Ex.: Anlise PM: medidas contra pequenas paradas de uma mquina automtica.

    Fenmeno Ponto de

    vista

    Fsico

    Condies de

    ocorrncia

    Relao com o

    equipamento e o material

    1. Parada decorrente da

    atuao do dispositivo

    de deteco

    Falha na suco do

    bocal de vcuo

    Reduo da

    fora de

    suco

    1. Deformao

    da prpria pea

    2. Falhas no

    funcionamento

    do sistema de

    vcuo

    3. Infiltrao de

    ar pela

    superfcie de

    contato

    4.

    Desalinhamento

    do eixo

    1.1. Deformao da pea 1.2. Diferena na pea 2.1.Baixa intensidade de

    vcuo

    2.2. Variao na

    intensidade de vcuo

    2.3. Falha na sincronizao

    3.1. Desgaste do bocal de

    suco

    3.2. Desgaste no

    dispositivo de alimentao

    da pea

    3.3. Falha no ordenamento

    da pea na alimentao

    3.4. Falhas no contato

    4.1. Desalinhamento do

    bocal de suco e do

    dispositivo de alimentao

    4.2. Folga no bocal de

    suco

    4.3. Desvio no

    posicionamento devido a

    vibrao

    3. Anlise dos porqus:

    Esta anlise tem como objetivo encontrar as causas primrias de defeitos e falhas

    atravs da resposta a cada pergunta (5 porqus) como pergunta para a prxima etapa, at

    se atingir 5 etapas de porqus. No final da 5 etapa (em mdia) encontraremos a causa

    mais provvel do defeito ou falha.

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    40

  • 41

    41

  • 42

    42

    44 ppiillaarr:: EEDDUUCCAACCOO EE TTRREEIINNAAMMEENNTTOO

    Este pilar do TPM tem como objetivo desenvolver novas habilidades e

    conhecimentos para o pessoal da manuteno e da produo.

    De acordo com a filosofia TPM, habilidade o poder de agir de forma

    correta e automaticamente (sem pensar), com base em conhecimentos adquiridos

    sobre todos os fenmenos e utiliza-los durante um grande perodo.

    de fundamental importncia a capacitao do operador, atravs de cursos e

    palestras, para que ele possa conduzir uma manuteno voluntria, sem o receio de

    cometer erros.

    Como o sistema TPM assentado no homem e dele depende para a obteno de

    resultados efetivos, um programa de treinamento um investimento onde no se deve

    economizar, pois o retorno garantido.

    As habilidades so classificadas em 5 fases:

    1. No sabe: falta de conhecimento, no h compreenso total dos

    princpios e regras do trabalho e do equipamento.

    2. Conhece a teoria: falta de treinamento, conhece os princpios e regras

    do trabalho e equipamento, mas no consegue pratica-las.

    3. Consegue at certo ponto: falta de treinamento, age na pratica mas o

    desempenho e dispersivo e no possui reprodutividade. A causa a falta de

    treinamento.

    4. Consegue com segurana: aprendeu fazendo, o grupo j aprendeu

    perfeitamente.

    5. Consegue ensinar os outros: domnio perfeito, a habilidade est

    totalmente dominada, consegue explicar os porqus.

    HHaabbiilliiddaaddeess mmaaiiss ssoolliicciittaaddaass ddooss ooppeerraaddoorreess::

    Os operadores devem apresentar grande habilidade no ajuste correto dos

    equipamentos e no desempenho das seguintes funes:

    - Identificar e aprimorar fontes de fuguai. (pequenos defeitos).

    Entender que limpeza inspeo.

    - Entender as funes e mecanismos do equipamento e encontrar causas

    do problema.

    Conseguir diagnosticar falhas at certo ponto.

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    43

    - Entender a relao entre equipamento e qualidade do produto.

    Conhecer a relao entre as caractersticas de qualidade e o equipamento.

    - Conseguir consert-lo.

    Conseguir avaliar as causas das falhas e tomar atitudes de emergncia.

    - Desenvolver Kaizen individual de temas do trabalho.

    Conseguir prolongar a vida do equipamento e das peas atravs de melhorias

    constantes.

    HHaabbiilliiddaaddeess pprrooccuurraaddaass nnoo ppeessssooaall ddee MMaannuutteennoo::

    - Instruir a correta operao e manuteno diria do Equipamento.

    - Saber se o funcionamento do equipamento est normal ou no.

    - Analisar causas de anormalidade e implantar mtodos de restaurao corretos.

    - Conseguir aumentar confiabilidade do equipamento e das peas.

    - Conseguir atingir objetivos econmicos dessas atividades.

    Educao e treinamento:

    A medida que o equipamento se torna cada vez mais sofisticado e adquire maior

    grau de automao, atividades como segurana, poluio e racionalizao na utilizao

    de energia so cada vez mais necessrias. A abordagem sistemtica e planejada destes

    temas que se utilize da educao e treinamento disponveis, necessria e oportuna.

    As atividades de educao e treinamento so parte de seis etapas:

    1. Definir polticas bsicas de educao e treinamento.

    2. Treinamento para adquirir habilidades de operao e manuteno.

    3. Aprimoramento das habilidades de operao e manuteno.

    4. Estabelecimento e incio do desenvolvimento e treinamento de habilidades.

    5. Consolidao do ambiente de desenvolvimento voluntrio.

    6. Avaliao das atividades e estudo de abordagem futura.

    No deve-se esquecer que a motivao importante no treinamento e na

    promoo dos indivduos.

    55 ppiillaarr:: MMaannuutteennoo ddaa QQuuaalliiddaaddee ((HHiinnsshhiittssuu HHoozzeenn))

    Definio: O Hinshitsu Hozen (manuteno da qualidade) compreendem

    atividades que se destinam a definir condies do equipamento que excluam defeitos de

    qualidade, com base no conceito de manuteno do equipamento em perfeitas condies

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    para que possa ser mantida a perfeita qualidade dos produtos processados. As

    condies so verificadas e medidas regularmente, para que se constate se os valores

    medidos se encontram dentro dos valores padro para prevenir defeitos. A alterao de

    valores medidos observada para prever as possibilidades de ocorrncia de defeitos e

    para que se possam tomar medidas de combate antecipadamente.

    A necessidade da manuteno da qualidade

    A manuteno da qualidade do produto e a garantia da sua homogeneidade, tem

    se tornado importante tarefa das atividades de produo. A introduo da automao e

    economia de energia nas linhas de produo, passando a ser o trabalho no equipamento

    um dos pontos centrais da produo, pois as condies das mquinas afetam

    significativamente a garantia da qualidade.

    Desta forma, deve-se estabelecer um sistema de garantia da qualidade atravs

    das atividades de Manuteno da Qualidade, que visam abordar os problemas de

    qualidade de manuteno da fbrica. A idia bsica a segurana da continuidade e o

    aprimoramento de um alto nvel de qualidade atravs da manuteno efetiva dos

    equipamentos.

    Definio dos 4Ms que decidem a qualidade

    Mo de obra, mquinas, material e mtodos. Estes quatro fatores incidem

    diretamente sobre a qualidade, sendo que o objetivo bsico a transformao dos 4 Ms

    em condies ideais.

    Com os 4 Ms em condies ideais, pode-se aprimorar a capacidade de garantia

    da qualidade at que estabilize em um nvel alto. A partir da o gerenciamento da

    Manuteno da Qualidade consiste no acompanhamento do trabalho e inspecionar os

    padres que mantm as condies ideais definidas.

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    4 Ms RReeqquuiissiittooss IInnccoonnvveenniinncciiaass

    Mquinas,

    Gabaritos,

    Ferramentas,

    Dispositivos de

    Medio

    - A limpeza completa?

    - A lubrificao precisa?

    - Porcas e parafusos esto

    apertados?

    - Os componentes dos

    equipamentos esto firmes?

    - O que ocorre se as condies no forem

    observadas?

    - Se no for limpo, a poeira cair durante o

    processo causando aderncia ou misturando

    corpos estranhos e causando defeitos.

    - Se no forem lubrificadas adequadamente

    as mquinas no funcionaro bem e

    causaro defeitos no processo.

    - Vibrao provoca defeito no processo.

    - Partes das mquinas soltas vibraro.

    - No h arranhes ou marcas de compresso nas peas do

    gabarito?

    - No h arranhes ou marcas de

    compresso nas peas novas?

    - No h desgaste ou lascas nas

    peas do gabarito?

    - Arranhes causam defeitos no processo. - Marcas de compresso causam defeitos no

    processo.

    - Desgaste causa defeitos no processo.

    - Utiliza-se as ferramentas

    adequadas?

    - As ferramentas de corte esto

    reguladas corretamente?

    - As ferramentas de corte no

    esto desgastadas?

    - Se ferramentas corretas no forem

    utilizadas os parafusos no podero ser

    apertados corretamente causando defeitos

    no processo.

    - Posicionamento incorreto da ferramenta

    de corte causa defeito no processo. - Ferramentas de corte desgastadas causam

    defeitos no processo.

    - As sondas dos medidores no

    contem sujeira?

    - Os medidores funcionam bem?

    - Os medidores esto calibrados?

    - A poeira nas sondas causar erros na

    medio.

    - Se no funcionam bem ocorrero erros.

    - Se no esto calibrados ocorrero erros.

    Materiais

    (1) a qualidade dos materiais que afeta a qualidade do processo? - Os materiais esto isentos de arranhes ou poeira acumulada?

    - A composio e textura do material estvel?

    - A dureza do material estvel?

    (2) A qualidade do processo anterior afeta a qualidade do processo?

    - Produtos usinados anteriormente esto isentos de arranho e poeira?

    Mtodos de

    Trabalho e de

    Medio

    (1)So as condies do processo que produzem boa qualidade?

    - Os ajustes de rotao e velocidade de alimentao esto corretos?

    - As condies estabelecidas so seguidas? - Os ajustes de temperatura esto bons? So seguidos?

    - Os ajustes de presso e taxa de vazo esto bons?

    (2) Os mtodos de trabalho so corretos?

    - As medidas de presso so feitas adequadamente?

    - H especificaes de medio para os dispositivos? So seguidas?

    (2) Os mtodos de medio esto corretos? - As medidas so feitas sem erros de paralaxe?

    - So utilizados os medidores de presso corretos?

    - Foram preparadas especificaes de medio para os instrumentos? So

    Seguidas?

    Mo de obra

    Homens (moral)

    A moral aqui mencionada refere-se a vontade de executar e de aprimorar a

    qualidade atravs de forte conscientizao do problema. Uma preocupao com os pequenos defeitos que prejudiquem a qualidade e a determinao de

    resolve-los a qualquer custo.

    - O propsito de sempre seguir os padres produzir qualidade.

    - Forte conscientizao para excluir pontos de fuguai.

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    Condies preliminares para a Manuteno da Qualidade.

    a) Eliminao da deteriorao forada:

    A deteriorao forada altera a preciso do equipamento.

    b) Conhecimento do equipamento por todos os funcionrios:

    Todos os chefes, operadores e supervisores devem conhecer o equipamento,

    visando atingir zero defeitos e para decises rpidas e certas para defeitos que possam

    aparecer.

    c) Zero falhas no equipamento:

    d) Projeto de Manuteno de novos produtos e equipamentos:

    importante construir produtos e equipamentos que no gerem defeitos desde

    os primeiros estgios.

    Dez etapas para a Manuteno da Qualidade

    Etapa 1: Confirmao do estado atual.

    O estado atual verificado para que se tenham pontos de referncia e metas para

    a manuteno da qualidade. Quatro pontos principais devem ser confirmados nesta

    etapa:

    a) Padres de qualidade e valores caractersticos.

    b) Fluxograma do processo da unidade para a construo da qualidade.

    c) Pesquisa e estratificao das condies de defeitos de qualidade e fenmenos

    d) Estabelecimento de metas e preparao do programa de implementao das

    atividades.

    Etapa 2: Pesquisa dos processos que geram defeitos.

    Determinar quais processos geram defeitos que obstruem a qualidade.

    Etapa 3: Pesquisa e anlise das condies da fbrica.

    Quais materiais, energia, equipamentos, mtodos ou verificaes elim