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148 Queiletielose em cão – relato de caso Cheyletiellosis in dog - case report Luciana Maciel Ferreira - Médica Veterinária autônoma, pós graduanda em Dermatologia Veterinária. E-mail: [email protected] Kendra Costa Nassar - Médica Veterinária autônoma, pós graduada em Clínica Médica de Pequenos Animais. E-mail: [email protected] Ferreira LM, Nassar KC. Medvep Dermato - Revista de Educação Continuada em Dermatologia e Alergologia Veterinária; 2012; 2(3); 148-152. Resumo A Queiletielose é uma doença parasitária de pele que acomete cães, gatos, coelhos e mamíferos, incluindo o ser humano. As lesões de pele são inespecíficas como descamação e eritema e o prurido é variável. O diagnóstico é feito através da pesquisa de ectoparasitas e o tratamento pode ser feito com a maioria dos antipulgas encontrados no mercado atualmente. O trabalho tem por objetivo relatar um caso de queile- tielose em um cão filhote proveniente de Diadema- SP. Palavras-chave: Queiletiella, cão, zoonose, parasitologia, ácaro. Abstract Cheyletiellosis it is a parasitic disease of skin, which affects dogs, cats, rabbits and mammals, including human. The skin lesions are nonspecific, like peeling, erythema and the itch it is variable. The diagnosis can be done through the ectoparasites research and the treatment can be effective with de mosts of fleas medicine findding in the market currently. This article aims report a case of cheyletiellosis in a puppy dog from Diadema-SP. Keywords: Cheyletiella, dog, zoonose, parasitology, mite. RELATO DE CASO Introdução A queiletielose é uma dermatopatia sutil e levemen- te pruriginosa, transmitida pelo contato com ácaros de superfície do gênero Cheyletiella spp. Presume-se que o ácaro seja apenas espécie específico. Os cães são parasi- tados principalmente por Cheyletiella yasguri, os gatos por Cheyletiella blakei e os coelhos por Cheyletiella parasitovorax. Porém, várias espécies mamíferas (incluindo seres huma- nos) que habitam o mesmo ambiente podem ser parasita- das pelas mesmas espécies de Cheyletiella spp.(1,2,3). Revisão de Literatura A queiletielose é uma zoonose sub-relatada. Embora o ciclo completo de vida do ácaro seja concluído no hospe- deiro, as fêmeas adultas desses parasitas são capazes de sobreviver no ambiente de maneira transitória, aumen- tando, dessa forma, a probabilidade de contaminação de outros animais (1) Os seres humanos podem servir como hospedeiros acidentais ou transitórios (2). As infestações podem ocorrer de forma enzoótica em abrigos. A doença é mais frequente em regiões onde o controle vigoroso de pulgas não é necessário ou não é re- alizado, uma vez que os parasitas são sensíveis à maioria dos produtos parasiticidas (1). A Queiletielose é também conhecida como “caspa ambulante” devido ao grande tamanho do ácaro e à des- camação excessiva. (3,4,5,6). Epidemologia Classificação: Superfamília: Cheyletoidea (7,8,9,10) Familia: Cheyletidae (7,8,9,10,11) Subordem: Prostigmata (7,8,9,10) A maioria dos ácaros desta família é predadora, mas diversas espécies de ácaros do gênero Cheyletiella spp. são Medvep Dermato - Revista de Educação Continuada em Dermatologia e Alergologia Veterinária (2012); 2(3); 148-152. Revista de Educação Continuada em Dermatologia e Alergologia Veterinária

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Queiletielose em cão – relato de casoCheyletiellosis in dog - case report

Luciana Maciel Ferreira - Médica Veterinária autônoma, pós graduanda em Dermatologia Veterinária. E-mail: [email protected] Costa Nassar - Médica Veterinária autônoma, pós graduada em Clínica Médica de Pequenos Animais. E-mail: [email protected]

Ferreira LM, Nassar KC. Medvep Dermato - Revista de Educação Continuada em Dermatologia e Alergologia Veterinária; 2012; 2(3); 148-152.

ResumoA Queiletielose é uma doença parasitária de pele que acomete cães, gatos, coelhos e mamíferos, incluindo o ser humano. As lesões de pele são inespecíficas como descamação e eritema e o prurido é variável. O diagnóstico é feito através da pesquisa de ectoparasitas e o tratamento pode ser feito com a maioria dos antipulgas encontrados no mercado atualmente. O trabalho tem por objetivo relatar um caso de queile-tielose em um cão filhote proveniente de Diadema- SP.

Palavras-chave: Queiletiella, cão, zoonose, parasitologia, ácaro.

AbstractCheyletiellosis it is a parasitic disease of skin, which affects dogs, cats, rabbits and mammals, including human. The skin lesions are nonspecific, like peeling, erythema and the itch it is variable. The diagnosis can be done through the ectoparasites research and the treatment can be effective with de mosts of fleas medicine findding in the market currently. This article aims report a case of cheyletiellosis in a puppy dog from Diadema-SP.

Keywords: Cheyletiella, dog, zoonose, parasitology, mite.

RELATO DE CASO

IntroduçãoA queiletielose é uma dermatopatia sutil e levemen-

te pruriginosa, transmitida pelo contato com ácaros de superfície do gênero Cheyletiella spp. Presume-se que o ácaro seja apenas espécie específico. Os cães são parasi-tados principalmente por Cheyletiella yasguri, os gatos por Cheyletiella blakei e os coelhos por Cheyletiella parasitovorax. Porém, várias espécies mamíferas (incluindo seres huma-nos) que habitam o mesmo ambiente podem ser parasita-das pelas mesmas espécies de Cheyletiella spp.(1,2,3).

Revisão de Literatura

A queiletielose é uma zoonose sub-relatada. Embora o ciclo completo de vida do ácaro seja concluído no hospe-deiro, as fêmeas adultas desses parasitas são capazes de sobreviver no ambiente de maneira transitória, aumen-

tando, dessa forma, a probabilidade de contaminação de outros animais (1)

Os seres humanos podem servir como hospedeiros acidentais ou transitórios (2).

As infestações podem ocorrer de forma enzoótica em abrigos. A doença é mais frequente em regiões onde o controle vigoroso de pulgas não é necessário ou não é re-alizado, uma vez que os parasitas são sensíveis à maioria dos produtos parasiticidas (1).

A Queiletielose é também conhecida como “caspa ambulante” devido ao grande tamanho do ácaro e à des-camação excessiva. (3,4,5,6).

EpidemologiaClassificação:Superfamília: Cheyletoidea (7,8,9,10)Familia: Cheyletidae (7,8,9,10,11)Subordem: Prostigmata (7,8,9,10)A maioria dos ácaros desta família é predadora, mas

diversas espécies de ácaros do gênero Cheyletiella spp. são

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Queiletielose em cão – Relato de caso

de importância clínica e veterinária como ectoparasitas de cães, gatos, ou coelhos que podem ser transmitidos para seres humanos (7). Neste trabalho abordaremos somente o gênero Cheyletiella yasguri, por ser o parasita do cão.

O corpo do ácaro Cheyletiella yasguri mede até 0,4mm de comprimento, possui “cintura” e os palpos são aumen-tados, dando aparência de um par extra de patas (Figura 1). As patas terminam em “pentes” e não em garras ou ventosas (7,9,10).

O ciclo de vida é direto, todos os estágios incluindo ovo, larva, primeira ninfa, segunda ninfa e adulto machos e fêmeas, podem ser encontrados no hospedeiro e no am-biente, tendo seu ciclo de vida com duração de 35 dias, em média. Os ovos são encontrados aderidos ao pelo (9,12).

Embora o ciclo de vida completo do ácaro seja conclu-ído no hospedeiro, as fêmeas dos ácaros adultos podem viver até 10 dias no ambiente (13).

Cheyletiella spp sobrevivem fora do hospedeiro por mais tempo do que outros ácaros de sarna e as instala-ções podem permanecer como fonte de infestação após o tratamento dos animais acometidos (14).

Os ácaros do gênero Cheyletiella spp, sobretudo as es-pécies associadas com o ecossistema domiciliar, parecem ter melhor adaptação em climas úmidos, o que pode expli-car a prevalência mais alta em determinadas regiões fisio-gráficas, em que o homem está mais exposto a eles (15).

Sinais clínicosOs sinais clínicos em cães são altamente variáveis, os

casos podem ser divididos naqueles em que a descama-ção é o principal sinal clínico e o prurido seja mínimo ou inexistente e naqueles em que ocorrem inflamação e pru-

Figura 1 - Cheyletiella spp.

rido intenso.A descamação é o sinal clínico mais relatado, difusa

ou localizada, mais grave em animais cronicamente infes-tados ou debilitados (1,3,5). A descamação normalmente ocorre na região do tronco e pode se tornar generalizada com o tempo (1).

O prurido varia de ausente a grave, dependendo da resposta do indivíduo à infestação (1,3,5,16,17).

O papel do sistema imunológico na patogenia da quei-letielose foi pouco explorado. Admite-se que o acesso aos antígenos dos ácaros do gênero Cheyletiella spp, pelo sistema imunológico do hospedeiro, seja menor em com-paração aos antígenos dos ácaros da escabiose, uma vez que a Cheyletiella spp não invade a epiderme (1). Os ácaros movem-se em pseudotúneis nos debris epidérmicos (13).

Não obstante, é provável que tais ácaros induzam uma reação de hipersensibilidade complexa em alguns animais, igualmente ao que ocorre em animais acome-tidos pela escabiose. As variações relativas à tendência de desenvolver uma resposta hipersensível pode expli-car a grande variabilidade com que os sinais clínicos e o prurido se manifestam na queiletielose. Recentemente, demonstrou-se a reação cruzada entre antígenos produ-zidos por ácaros do gênero Cheyletiella spp e ácaros da poeira doméstica, comprovando que a hipersensibilida-de exerce um papel importante na patogenia da doen-ça. Reporta-se que a contagem de ácaros e a gravidade com que a doença se manifesta estejam correlacionados em filhotes de cães com menos de três meses de idade. A imaturidade do sistema imunológico pode favorecer uma contagem de ácaros mais elevada. Contudo, a gravidade elevada com que a doença se manifesta é inexplicada (1).

A frequência é mais acentuada em animais jovens (dois a três meses), podendo ser grave em raças de pe-queno porte e de pelo longo (17).

Cocker Spaniels e Poodles são portadores assintomá-ticos frequentes (3).

Cheyletiella spp. pode afetar seres humanos através do contato direto com animais portadores do ácaro. A carac-terística da lesão em humanos são pápulas eritematosas, vesículas, erupções vesículobolhosas e escoriações, em regiões onde há contato com o animal infestado (12,16).

DiagnósticoO exame parasitológico de raspado cutâneo e a prova

da colagem (impressões em fita de acetato) confirmam o diagnóstico, pois permitem detectar o parasita em qual-quer uma de suas fases. O ácaro pode também ser encon-trado em flutuações fecais (1,3,5,9,13,16,17).

Há relatos de que outros métodos diagnósticos como escovar o cão com pente fino a fim de visualizar o ácaro a olho nu ou com lente de aumento, e aspirar o corpo de

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Queiletielose em cão – Relato de caso

Tópico: Banhos semanais, durante 4 semanas, para remover

as escamas, com produtos parasiticidas (19,20).Produtos tópicos para cães incluem: sulfeto de cálcio

2% a 3%???; piretrina; piretróide; amitraz; carbamato ou organofosforado (19,20).

O fipronil tem se mostrado eficaz quando utilizado spray ou spot on em duas aplicações com intervalo de trinta dias (3,4,6,20).

Sistêmico:A Ivermectina tem se mostrado altamente eficaz com

duas doses de 0,2 a 0,3 mg/kg por via oral ou subcutâ-nea, com intervalo de 2 a 3 semanas, é o tratamento mais comum por ser fácil de administrar, com baixo custo e muito efetivo (16,20,21,22,23).

A milbemicina, tem se mostrado efetiva no controle da queiletielose quando feita por via oral, uma vez por semana na dose de 2mg/kg; porém precisa-se de um tra-tamento mais longo, por vota de 9 semanas, o que torna tal alternativa onerosa (6,18).

Relato de Caso

Foi atendido em um consultório particular na cidade de São Paulo, um cão da raça lhasa apso, macho, dois me-ses de idade (Figura 2), proveniente de um criador par-ticular localizado em Diadema- SP. A queixa principal era descamação intensa e prurido leve. Ao exame clínico, notou-se excesso de descamação, pele ligeiramente erite-matosa nas regiões de inserção de cauda, dorso (Figura 3), flanco (Figura 4) e orelhas. Linfonodos palpáveis de tamanho normal, e restante do exame clínico sem altera-ções. Segundo o proprietário, os outros animais da mes-ma ninhada apresentavam as mesmas lesões, porém o grau de prurido era variável.

animal com aspirador e um filtro acoplado no bocal, po-dem ser úteis quando não se consegue achar o ácaro nos outros exames (5,16)

Se a suspeita clínica for queiletielose e os exames acima citados não forem conclusivos, pode-se partir para o exame histopatológico. Para a realização da biópsia, áreas que apre-sentam descamação extrema podem ser amostradas. Deve--se ter cautela para que as crostas superficiais não se percam durante a coleta, pois elas são o habitat dos parasitas (1).

O resultado do exame histopatológico demonstra a epiderme irregularmente acantótica e apresentando hi-perceratose ortoceratótica moderada a grave. Uma quan-tidade variável de ácaros, medindo entre 350 e 500µm de comprimento é encontrada na camada de queratina. Os ovos são raramente observados e medem cerca de 200 µm. Em casos de prurido mais intenso, crostas sorocelu-lares e erosões extensas podem ser notadas. O número de ácaros pode ser reduzido em lesões mais graves, o que provavelmente decorre de sua remoção pelo prurido (1).

A derme superficial apresenta um conteúdo inflama-tório misto que varia de perivascular a intersticial e se compõe de eosinófilos, linfócitos, histiócitos e plasmóci-tos. A intensidade da inflamação, leve a grave, provavel-mente varia de acordo com a gravidade clínica e com o grau de prurido. Observa-se edema variável (1)

Os diagnósticos diferenciais incluem principalmente a sarna sarcóptica canina. A hiperqueratose pode ser mais proeminente na queiletielose do que na sarna sarcópti-ca. Em média os ácaros adultos da sarna sarcóptica são menores e possuem aparência mais arredondada do que alongada, comparativamente aos ácaros do gênero Chey-letiella spp. Ademais, a queiletielose canina se caracteriza pela presença de uma grande quantidade de ácaros, ao passo que a quantidade de ácaros em amostras aleatórias obtidas de cães com escabiose é bem menor (1).

A queiletielose deve ser considerada em todo animal que tenha descamação, com ou sem prurido. Dentre os demais diagnósticos diferenciais, citam-se: a disqueratose primária, dermatite alérgica à saliva da pulga, dermatite atópica e dermatite trofoalérgica (3).

TratamentoPrimeiramente, o tratamento deve ser instituído a to-

dos os animais do domicílio, sem esquecer de tratar tam-bém o ambiente, com limpeza frequente a base de inseti-cidas para pulgas (3,4,6,18).

A infestação pode ser resolvida com aplicações sema-nais de parasiticidas. A escolha do produto e sua admi-nistração dependem da espécie, idade do animal, e da natureza da lesão (8).

Animais de pelos longos, de modo geral, devem ser tosados, para facilitar o tratamento (3,4,6,18); Figura 2 - Lhasa Macho, 2 meses.

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Foi realizado pesquisa de ectoparasitas, por meio do exame parasitológico de raspado cutâneo (raspado pro-fundo) e encontrado Cheyletiella spp ++ (Figura 5 e 6).

Foi prescrito tratamento com Fipronil spray, em duas aplicações com intervalo de 30 dias e banhos semanais com peróxido de benzoíla 2,5%.

O paciente retornou um mês após a primeira consul-ta e, ao exame clínico, notou-se melhora da descamação, ausência de prurido relatada pelo proprietário e pesquisa de ectoparasitas negativa.

Discussão

O caso descrito mostrou um exemplo clássico de Queile-tielose em cães. O animal é um filhote, que reforça a questão da freqüência em animais jovens, imunossuprimidos. A sin-tomatologia clinica e diagnóstico corrobora com o descrito em literatura e o tratamento instituído se mostrou eficaz.

As manifestações clínicas são semelhantes às descritas em literatura, sendo descamação foliácea intensa, prurido e eritema variáveis mais comuns, podendo ser localizada ou generalizada, de maior ou menor intensidade em cada indivíduo.

A pesquisa de ectoparasitas realizada através de ras-pado cutâneo confirmou a suspeita clínica, sendo o me-lhor método de diagnóstico para tal alteração dermato-lógica.

O tratamento instituído com fipronil spray em duas aplicações com intervalos de 30 dias, foi escolhido devido à sua segurança no uso para filhotes e eficácia comprova-da através da literatura citada.

Conclusão

A queiletielose é uma dermatozoonose pouco relata-

Queiletielose em cão – Relato de caso

Figura 3 - Descamação em dorso.

Figura 4 - Descamação em flanco.

Figura 5 - Cheyletiella spp.

Figura 6 - Cheyletiella spp.

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Recebido para publicação em: 07/05/2012.Enviado para análise em: 24/05/2012.Aceito para publicação em: 11/06/2012.

da no sudeste brasileiro. Devido ao fato de ter sintomas pouco específicos e responder ao tratamento com os prin-cipais antipulgas, é comum que ela seja pouco diagnos-ticada. A disqueratinização comumente encontrada em afecções de pele mais rotineiras na clínica deve ser levada em consideração, já que muitas vezes é o único sinal clí-nico evidenciado. A pesquisa de ectoparasitas é uma fer-ramenta importante no diagnóstico da queiletielose e na diferenciação das outras sarnas que acometem os filhotes.

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