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Quem diz “Não ao futebol moderno”. Mídia, juventude e contracultura Profa. Leda Costa

Quem diz “Não ao futebol moderno”. Mídia, juventude e ... · O imaginário da autenticidade é algo que perpassa o discurso em torno do “não ao futebol moderno” e esse

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Quem diz “Não ao futebol moderno”. Mídia, juventude e contracultura

Profa. Leda Costa

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“Não ao futebol moderno”Against the modern football

Da insatisfação com o predomínio da lógica mercadológica e midiática, e seus possíveis efeitos negativos sobre os torcedores, surgiu o slogan “Against the modern football” (Contra o futebol moderno) e na Itália o “No al calcio moderno”.

No al calcio moderno – Torcida do Roma – Manifesto contra o futebol moderno, 1999. (http://www.asromaultras.org/manifesto.html)

Na Itália, muitas iniciativas contra o futebol moderno se relacionam a um contexto de radicalização política que incluía a intolerância aos imigrantes. Nas arquibancadas italianas havia o que Florenzano chama de “painel antropológico”, contendo denúncias contra “o escândalo de doping envolvendo as grandes esquadras; nas críticas ao torcedor de poltrona alimentado pelo sistema pay-per-view” e uma série de outras questões, entre as quais o repúdio a jogadores imigrantes (FLORENZANO, 2010, 154)

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“Não ao futebol moderno”Against the modern football

Contra a influência dos conglomerados televisivos

Contra o processo de mercadorização de futebol

Contra o processo de espetacularização do futebol

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A televisão vista como uma vilã

“If you want real emotions, turn off the televison” (NUMERATO, 2014).

Tradução: Se você quer emoções reais, desligue a televisão.

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Não ao futebol moderno - Inglaterra Década de 1990, momento de fortes transformações no futebol inglês

Questionamento da conversão do futebol em negócio (Walsh 1999).

Surgimento da Isa (Independent Supporters Association) que reúne torcedores independentes imbuídos de ideais e projetos contestatórios

IMUSA (Independent Manchester United Supporters’ Association’s) que teve papel importante na campanha vitoriosa contra a compra do clube inglês pela BSkyB de Rudolph Murdoch, em 1999 (NASH, 2010).

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Não ao futebol moderno - No Brasil

Setor 2: Torcida da Juventus de São Paulo

É em torno da negação ao futebol moderno que a Setor 2 constrói sua identidade coletiva, enfatizando um discurso de crítica e de resistência ao mercado e a mídia corporativa.

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Rua Javari. Abril/2015. Foto Leda Costa

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Não ao futebol moderno no BrasilNos anos 2000 esse “movimento” se expande graças a internet e às redes sociais.

Destaca-se, entre diversas manifestações, a fanpage “Não ao futebol moderno”, criada em 2011 e que até o momento da escrita deste projeto conta com cerca de 9000 seguidores.

Na descrição dessa fanpage podemos ler: “Antes, futebol era relação direta entre clubes e torcidas. Hoje, o clube depende financeiramente de patrocinadores, redes de TV, dirigentes, empresários, políticos, governo etc. Antes, era pura paixão. Hoje, puro negócio. ”

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Imaginário da autenticidade

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Arquibancada e política

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Não ao futebol moderno - Torcida e contracultura

Contestação das tentativas de pedagogização dos modos de torcer

Defesa do uso de artefatos Exaltação do torcer em pé, nas arquibancadas Defesa do uso de bandeiras, sinalizadores e bandeiras,

instrumentos musicais. Defesa de modos de torcer que tem sido ora proibidos, devido

a uma série de mudanças ocorridas na organização do futebol nacional enquanto espetáculo (TEIXEIRA, 2013).

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TORCIDA E CONTRACULTURAMuitos torcedores deliberadamente têm levantado voz e mostrado resistência contra o imperativo do lucro, do espetáculo e do domínio da televisão sobre o futebol.

Muitos torcedores, desse modo, têm mostrado atitudes e discursos que podem ser considerados como exemplo de uma contracultura. Esses torcedores exaltam a rebeldia e a busca por formas alternativas de se experimentar o futebol.

Algumas adesões ao “não ao futebol moderno”, portanto, pode ser pensado como um exemplo de uma manifestação de uma contracultura no futebol. Contracultura que carrega consigo projetos de resistência, sem deixar de lado as ambiguidades, contradições e conflitos existentes nessa proposta, nem sempre muito clara e que faz da rebeldia uma bandeira.

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Torcida e contracultura

Devido seu caráter contestador e de resistência no que se refere aos padrões do futebol espetáculo, a proposta deste projeto é compreender o “Não ao futebol moderno” – em algumas de suas faces - a partir da possibilidade de concebê-lo como a manifestação de uma contracultura.

Contracultura (Theodor Rosak, 1977)

Como menciona Gilberto Velho, a contracultura é um fenômeno fundamental à dinâmica da vida social que pressupõe a existência de indivíduos que optam por um modo de vida “diferente do que é, ou daquilo que seria, ou do que é sancionado, legitimado, oficializado” (VELHO, 2007).

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Castores da Guilherme É um grupamento inspirado nos barra bravas argentinos se propõem a ser um movimento

de arquibancada, sem rixas e que pretendem inaugurar um “novo conceito de torcida” (TEIXEIRA, 2013)

A Castores da Guilherme é uma torcida formada, em sua maioria, por jovens moradores do bairro que se reúnem nas arquibancadas localizadas atrás do gol à direita das sociais do estádio Proletário Guilherme da Silveira, também conhecido como Moça Bonita

Nele, torce-se em pé, pulando e cantando e quando ocorre um gol, a torcida costuma fazer um movimento chamado avalanche e alguns de seus integrantes escalam o alambrando do estádio, balançando-o de lá para cá. Esse tipo de torcer é considerado perigoso por autoridades e arquitetonicamente tornou-se inviável nas chamadas arenas e em diversos estádios reformados recentemente.

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Castores da Guilherme

Bangu x Boa Vista. 2015

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Imaginário da autenticidade

Em estádios antigos, como é o caso de Moça Bonita, em Bangu, ainda é possível experimentar o que se considera um estilo “autêntico” de torcer:

“Teve descontrole, samba, bloco, fantasia, bandeiras da mocidade, papel picado e muito orgulho operário!! A FFERJ não quer, a diretoria não quer, mas aqui o futebol vive! ÓDIO ETERNO AO FUTEBOL MODERNO!!” (Página da Castores da Guilherme)

O imaginário da autenticidade é algo que perpassa o discurso em torno do “não ao futebol moderno” e esse imaginário se constrói a partir de algumas oposições como, por exemplo, conforto x emoção, muitas vezes compreendidos como polos inconciliáveis

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Não ao futebol moderno – identidade de resistência

Torcer para um clube sem glórias a ser ostentada, sem craques e que costuma frequentar campeonatos sem alcance nacional, é fator importante para a composição de uma identidade de resistência (CASTELLS, 1999).

Adotar um clube com esse perfil, segui-lo no estádio e em caravanas é tomado como uma demonstração de adesão a um futebol que está à margem do mainstream em torno do qual circula o dinheiro e as luzes do espetáculo

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Torcidas anti-mainstream e anti-mídia – Torcer para times “pequenos”

Tem como significado para os torcedores:

Afirmar-se como alguém para quem a mídia não escolheu o time para o qual torce.

E uma forma de drop out do futebol espetáculo. Um drop out do futebol mainstream que gera capital simbólico (BOURDIEU, 1990) importante e que costuma ser exaltado.

A valorização da marginalidade – no sentido de estar à margem – foi uma característica importante da contracultura no Brasil. Como nos mostra Christofer Dunn artistas como HelioOiticica entendiam que a “marginalidade era uma tomada de posição estratégica que implicava uma rejeição

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TORCER POR UM CLUBE “PEQUENO”

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Negação das arenas

No caso do futebol, a negação das arenas representa para alguns agrupamentos uma tentativa de experimentar e demonstrar formas de torcer consideradas transgressoras. Esse tipo de marginalidade é uma possibilidade de "agressão e transgressão

Ressaltar a importância da experiência

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Não ao futebol moderno – juventude alternativa A Castores da Guilherme precisam ser pensadas em consonância com

outros fenômenos vinculados à busca por modos alternativos de vida, a ideais e iniciativas de resistência aos processos de globalização e às políticas neoliberais.

Iniciativas que também fazem uso da internet para compartilhar informação, divulgar reuniões, agenciar encontros etc. Em muitos casos, o recurso a web possibilita a tentativa de fuga das narrativas midiáticas hegemônicas.

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Fã-ativismo A internet potencializa a comunicação e, em grande medida, permite o surgimento

de canais independentes de acesso e produção de informação e representação.

Trata-se de um tipo de fã-ativismo no sentido de reunir fãs de futebol engajados em torno de interesses coletivamente compartilhados (JENKINS, 2012). Isso implica uma relação próxima entre as arquibancadas concretas e virtuais e não um distanciamento como a princípio se poderia imaginar. Isso ocorre, pois, grande parte das reivindicações expostas em página e blogs são reflexo de demandas discutidas no cotidiano torcedor. (VIMIEIRO, 2014).

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Questões A internet pode ser considerada como um campo de disputa no sentido

de Bourdieu (1990), ou seja, há vários atores envolvidos com seus interesses, capitais e estratégias. Sendo assim é importante ter algumas questões como norte:

- Quem são os responsáveis pela fanpage Castores da Guilherme e qual o papel da internet para a articulação de identidades coletivas, assim como para mobilização torcedora?

- Qual é o conteúdo, as representações e as categorias presentes na fanpage e de que modo se configura o que poderíamos chamar de contracultura?

- Quais são os significados do torcer para os autores envolvidos?

- Quais os diálogos possíveis entre as práticas e discursos da Castores da Guilherme com outros movimentos contraculturais visíveis na sociedade contemporânea?

- Qual o papel dos meios de comunicação de massa na estrutura do futebol e quais reflexos na esfera torcedora?

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