5
Ataque do Al Shabaab a universidade deixa ao menos 147 mortos no Quênia Atiradores do grupo radical islâmico invadem campus universitário, matando e ferindo dezenas de pessoas, a maioria estudantes cristãos. Quatro agressores morrem após confronto com forças de segurança. Ao menos 147 pessoas, possivelmente todas elas estudantes, morreram nesta quinta-feira (02/04) num atentado executado pelo grupo radical islâmico Al Shabaab na universidade de Garissa, no nordeste do Quênia. O balanço anterior, divulgado pelo governo, era de 70 mortos. "Há 147 mortes confirmadas no atentado de Garissa", afirmou o Centro Nacional de Gestão de Catástrofes (NDOC) em comunicado. A operação realizada pelas forças de segurança quenianas para retomar o controle sobre a universidade "terminou e os quatro terroristas foram mortos", acrescentou o NDOC. Segundo o balanço anterior, divulgado pelo ministro do Interior do Quênia, Joseph Nkaiserry, há ainda 79 feridos. No amanhecer desta quinta-feira, combatentes do Al Shabaab, armados com metralhadoras, invadiram o campus universitário na cidade de Garissa, a 150 quilómetros da fronteira com a Somália, atirando contra estudantes cristãos. Eles mantiveram cristãos como reféns e trocaram tiros com forças de segurança por várias horas. "Infelizmente perdemos um monte de vidas. Não confirmamos o total, mas são por volta de 70 alunos. E 79 ficaram feridos, sendo nove em estado crítico", disse Nkaiserry, horas antes do balanço divulgado pelo NDOC.

Quênia- Al Shababb

  • Upload
    thiego

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Atentados terroristas do grupo somaliano Al-shababb,

Citation preview

  • Ataque do Al Shabaab a universidade deixa aomenos 147 mortos no QuniaAtiradores do grupo radical islmico invadem campus universitrio, matando e ferindo dezenas de pessoas, a maioria estudantes cristos. Quatro agressores morrem aps confronto com foras de segurana.

    Ao menos 147 pessoas, possivelmente todas elas estudantes, morreram nesta quinta-feira (02/04) num atentado executado pelo grupo radical islmico Al Shabaab na universidade de Garissa, no nordeste do Qunia. O balano anterior, divulgado pelo governo, era de 70 mortos.

    "H 147 mortes confirmadas no atentado de Garissa", afirmou o Centro Nacional de Gesto de Catstrofes (NDOC) em comunicado. A operao realizada pelas foras de segurana quenianas para retomar o controle sobre a universidade "terminou e os quatro terroristas foram mortos", acrescentou o NDOC.

    Segundo o balano anterior, divulgado pelo ministro do Interior do Qunia, Joseph Nkaiserry, h ainda 79 feridos.

    No amanhecer desta quinta-feira, combatentes do Al Shabaab, armados com metralhadoras, invadiram o campus universitrio na cidade de Garissa, a 150 quilmetros da fronteira com a Somlia, atirando contra estudantes cristos. Eles mantiveram cristos como refns e trocaram tiros com foras de segurana por vrias horas.

    "Infelizmente perdemos um monte de vidas. No confirmamos o total, mas so por volta de 70 alunos. E 79 ficaram feridos, sendo nove em estado crtico", disse Nkaiserry, horas antes do balanodivulgado pelo NDOC.

  • O ataque aconteceu quando muitos estudantes ainda estavam nos dormitrios. Esse o pior ataque no pas desde o atentado contra a embaixada dos Estados Unidos, em 1998, quando 213 pessoas morreram.

    Os terroristas foram mortos depois que foras de segurana quenianas lanaram uma ofensiva no ltimo edficio onde os insurgentes estavam encurralados j h mais de 12 horas.

    O ministro disse que aproximadamente 500 dos 815 estudantes do Garissa University College foram resgatados. Alguns conseguiram escapar sem ajuda.

    O chefe da polcia queniana, Joseph Boinet, disse que o Qunia introduziu um toque de recolher, das 18h30 s 6h30, em quatro regies prximas da fronteira com a Somlia, como medida de segurana. Ele afirmou ainda que os extremistas dispararam indiscriminadamente dentro do complexo universitrio.

    Al Shabaab assume autoria

    Mohammed Dulyadayn apontado como mentor

    O governo queniano tambm ofereceu uma recompensa de cerca de 215 mil dlares pelo principal suspeito de ter organizado e planejado o ataque. Autoridades de segurana divulgaram uma fotografia de Mohammed Dulyadayn, tambm conhecido como Mohammed Kuno Gamadheere ou xeique Mohammed, um ex-professor que lecionava sobre o Alcoro e que teria se unido ao extremistas somalianos e chegado a postos de comando.

    O Al Shabaab assumiu a responsabilidade pelo ataque, realizado nas primeiras horas da manh, numa regio localizada a 140 quilmetros da fronteira com a Somlia. O grupo tem ligaes com a rede terrorista Al Qaeda e j realizou uma srie de ataques em solo queniano, em retaliao ao enviode tropas quenianas para combater o grupo na Somlia.

    Sheikh Abdiasis Abu Musab, porta-voz de operaes militares do Al Shabaab, disse que o grupo manteve muitos cristos como refns. "Separamos as pessoas, libertando os muulmanos", declarou agncia de notcias Reuters.

  • Qunia bombardeia dois campos do Al Shabaab na SomliaAtaques foram primeira grande reao militar a massacre de estudantes em campus universitrio queniano. Governo de Nairbi alvo de crticas pela resposta, considerada lenta, ao atentado.

    A Fora Area do Qunia destruiu dois campos do grupo extremista Al Shabaab na Somlia, afirmaram militares quenianos nesta segunda-feira (06/04). a primeira grande resposta militar desde que o movimento islamista massacrou estudantes em um campus universitrio do Qunia na semana passada.

    O Al Shabaab negou que os campos tenham sido atingidos, dizendo que as bombas erraram os alvos.

    Militantes do grupo mataram 148 pessoas na quinta-feira, depois de invadirem o campus da Garissa University College, a cerca de 200 quilmetros da fronteira com a Somlia.

    Caas atacaram campos dos extremistas na regio de Gedo, do outro lado da fronteira, no domingo, segundo o porta-voz das Foras de Defesa do Qunia David Obonyo. "Nossas imagens areas mostram que os campos foram destrudos completamente", afirmou, observando no ter sido possvel estimar o nmero de mortos.

    A misso foi, segundo Obonyo, parte dos esforos para impedir que combatentes daqueles campos

  • do Al Shabaab realizem ataques do outro lado da fronteira.

    O grupo extremista j matou mais de 400 pessoas em solo queniano nos ltimos dois anos, incluindo 67 durante um ataque a um shopping center em Nairbi, em 2013.

    Mais segurana

    A segurana foi reforada no Qunia depois do ataque da semana passada. O presidente do pas, Uhuru Kenyatta, anunciou, em discurso televisionado, que ordenou o recrutamento e a formao de 10 mil novos policiais o mais rpido possvel. Kenyatta tambm decretou trs dias de luto nacional.

    O governo tem sido criticado pela resposta, considerada lenta, ao ataque universidade de Garissa. O jornal Daily Nation informou no sbado que as foras de segurana levaram cerca de oito horas para chegar ao local do atentado.

    Presidente queniano declara luto e promete reao severa aps massacreEm discurso, Uhuru Kenyatta, garante que radicais responsveis pelo ataque em universidade no faro do pas um califado e promete combater o terrorismo at o fim. Polcia faz desfile com corpos nus de quatro agressores.

    Em seu primeiro discurso televisionado desde o ataque que resultou na morte de 148 pessoas, o presidente do Qunia, Uhuru Kenyatta, declarou trs dias de luto nacional e prometeu responder da forma "mais severa possvel" ao atentado contra a universidade de Garissa, na quinta-feira.

  • "O meu governo responder o mais severamente possvel ao ataque e a qualquer ataque que nos tenha como alvo", disse Kenyatta neste sbado (04/04), na capital Nairbi. "A quinta-feira feriu o Qunia. A quinta-feira feriu famlias, amigos e comunidades das vtimas do ataque."

    O presidente queniano afirmou, ainda, que os islamitas radicais nunca faro do Qunia um califado e que o pas far de tudo para preservar seu modo de vida. "A radicalizao que alimenta o terrorismo decorre em pleno dia, nas escolas cornicas, nas casas e nas mesquitas, com ims sem escrpulos", disse Kenyatta. "O combate ao terrorismo tornou-se particularmente difcil, pois os queo organizam e financiam esto profundamente inseridos nas nossas comunidades", desabafou. "Masiremos combater o terrorismo at o fim."

    "Eu quero que vocs saibam que as nossas foras de segurana esto perseguindo os cmplices restantes. Vamos trazer todos eles justia", prometeu o presidente, acrescentando que as autoridades quenianas colocaram uma recompensa de 220 mil dlares pelo principal suspeito de ter organizado e planejado o massacre, Mohammed Dulyadayn, tambm conhecido como Mohammed Kuno Gamadheere ou xeique Mohammed, um ex-professor que lecionava sobre o Alcoro e que teria se unido ao extremistas somalianos e chegado a postos de comando.

    Homens armados ligados ao grupo radical islmico Al Shabaab mataram 148 pessoas no campus da Garissa University College, em retaliao a participao do Qunia em misses militares contra os extremistas na Somlia. A maioria das vtimas no massacre eram alunos que frequentavam a instituio, localizada a cerca de 150 quilmetros da fronteira com a Somlia. Alm os estudantes, trs agentes policiais e trs militares morreram no ataque.

    Polcia faz desfile com corpos nus de agressores

    Quatro agressores foram mortos depois de um cerco de 15 horas, enquanto um teria sido detido. Tambm neste sbado, a polcia queniana conduziu os quatro cadveres nus dos supostos agressorespelas ruas, alegando que a exibio foi feita com o intuito de buscar ajuda na identificao da identidade deles.

    Centenas de pessoas testemunharam o desfile, incluindo crianas. Os corpos foram levados na parte traseira de uma caminhonete por quase meio quilmetro antes de serem devolvidos ao hospital. Enquanto alguns vaiavam e tiravam fotos, outros atiraram pedras contra os mortos.

    Muitos dos cidados, no entanto, disseram que estavam revoltados com a exibio dos corpos. "Em vez de dirigir corpos pelas ruas, as foras de segurana deveriam agir de maneira pr-ativa e impedir que eles matem estudantes", disse o estudante Ahmed Yusuf.

    Ataque do Al Shabaab a universidade deixa ao menos 147 mortos no QuniaQunia bombardeia dois campos do Al Shabaab na SomliaPresidente queniano declara luto e promete reao severa aps massacre