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QUENOPODIÁCEAS - Olericultura

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Disciplina: Olericultura

Acadêmica: Juli Ani Freitas Edimar Tenutti

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As quenopoodiáceas incluem uma cultura que

ocupa maior área cultivada, sendo uma importante

horaliça tuberosa, a beterraba, além de duas

hortaliças herbáceas; a acelga e o espinafre europeu.

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BETERRABABETERRABA

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A Beterraba

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Clima e Época de Plantio

Planta bienal que exige período de forte frio para chegar a fase de reprodução biológica, na qual ocorre a emissão do

pendão floral e a produção de semente. Na etapa vegetativa ocorre o desenvolvimento de folhas alongadas no entorno do caule o qual é pequeno e muito próximo da parte tuberosa, a qual é o principal produto

sendo comestível.

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Clima e Época de Plantio

Desenvolve-se melhor em temperaturas amenas e baixas, possui resistência a frios intensos e geadas leves.

O calor é limitante para a maioria das cultivares, assim quando plantada sob temperaturas e pluviosidade elevadas ocorre uma destruição prematura das folhas, devido ao ataque de diversas doenças fungicas, ficando as beterrabas com coloração interna

com visíveis anéis claros. Essas condições alteram o sabor tornando-a menos doce.

Seu plantio se dá durante o inverno, principalmente em

regiões de baixa altitude, nas regiões de altitude mais elevada é possível plantar o ano todo.

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Cultivares

Poucas cultivares são plantadas no Brasil, as sementes são importadas principalmente da Europa e EUA.

A cultivar Early Wonder, é adotada como padrão de qualidade e por isso é a mais comercializada.

Esta é uma variedade precoce, globular de coloração púrpura interna e externamente. As folhas eretas, alongadas e

coloração escura são comestíveis sendo ricas em nutrientes, chegando a superar a própria raiz.

A cultivar Itapuã 202 é a única nacional, sendo as sementes produzidas no Rio Grande do Sul, a qual se adaptou melhor as

condições do clima brasileiro, sendo mais resistente a cercosporiose, possuindo maior tolerância ao calor

comparando com as variedades importadas, diminuindo assim os anéis claros na raiz tuberosas.

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Cultivares

Variedades híbridas começaram a ser introduzidas no Brasil devido a sua alta produtividade, demonstrando maior precocidade, resistência a doenças fungicas nas folhas, maior uniformidade e qualidade do produto.

Essas beterrabas possuem coloração uniforme, sem anéis concêntricos claros no seu interior.

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Solo e Adubação

Por ser uma cultura exigente em solos livres de acidez, exige uma faixa de pH de 6,0 a 6,8, sendo necessário a correção com calcário para elevar a saturação por bases a 80% atingindo um pH de 6,5. Isto acarreta normalmente na deficiência de borro,

a qual deve ser suprida em adubação.

A preferência desta cultura é por solos de textura média ou argilosas, ricos em matéria orgânica e bem drenados. A

adubação orgânica (composto) incorporada semanas antes do plantio é indicada.

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A adubação pode ser aplicada a lanço, incorporado ao leito do canteiro quando feito a semeadura direta.

Em solos de baixa e media fertilidade recomenda-se aplicação de NPK na proporção N: 20, P2O5: 200 – 350, K2O: 100 – 150, podendo ser complementado com 60 – 120 kg/há de N, juntamente com 30 – 60 kg/ha de K2O.

Quanto ao boro B aplicar 2-3 kg/ha, evitando assim podridões.

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Implantação da Cultura

Aceita bem o transplante podendo ser semeada em sementeiras em sulcos transversais distanciados 15 cm e a uma profundidade

1,5 cm. Deve ser feito o transplante quando as mudas atingirem 12 cm e 4

a 5 folhas, isto aproximadamente aos 25 dias. O plantio direto também pode ser utilizado, pois diminui o custo

de produção e aumenta a precocidade.

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Tratos culturais

Quando semeada diretamente em canteiros é necessário o desbaste para reduzir e uniformizar o espaçamento da cultura,

selecionando somente as melhores plantas.

Deve ser evitada a pratica da poda, pois diminui a produtividade e assim dá preferência as mudas previamente feitas em

sementeiras.

Irrigações leves, freqüentes e por aspersão são indicadas para arrefecimento da cultura.

As capinas são feitas manualmente ou por meio mecânicos. Plantas e folhas largas são mais problemáticas.

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Anomalias Fisiológicas

Temperaturas elevadas ocasiona em anéis de coloração clara.

Para evitar deve-se plantar em climas mais frios ou em altitudes próximas de 1000 metros, ou utilizar variedades

nacionais de verão.Manchas escuras e rachaduras na superfície podem

ocorrer devido a deficiência de boro B (pouco material orgânico).

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Controle Fitossanitário

A beterraba não apresenta graves problemas fitossanitários, mas a mancha da folha, causada pelo fungo Cercospora beticola, é bem

danosa a cultura durante a primavera e o verão. Ocasiona pequenas manchas circulares, com margem púrpura e

centro claro, a folha fica perfurada. Temperatura e pluviosidade elevadas favorecem ao desenvolvimento

da doença e poucas variedades apresentam resistências a ela. Para controle convencional indica-se a utilização de fungicidas

sistêmicas. Para controle orgânico recomenda-se variedades adaptadas e uso

calda bordalesa e sufocalcica.

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Colheita e Comercialização

Em semeadura direta, o ciclo da cultura completa-se aos 50-65 dias, quando é feito o transplante é necessário mais

20-30 dias.A produtividade varia de 20-35 t/há.

O ponto de colheita é identificado quando a maioria das beterrabas apresentam tamanho preferido para o

mercado. Como nem todas chegam a esse ponto ao mesmo tempo a colheita pode ser parcelada em 3 etapas.

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Da espécie Beta vulgaris var. cicla, a acelga apresenta numerosas folhas, sendo elas mais largas e com nervuras

bem destacadas. Os pecíolos são carnosos, constituído, com as folhas, a

parte comestível. Esta planta apresenta sistema radicular mais ramificado e não ocorre a parte tuberosa, como no caso da beterraba.

ACELGAACELGA

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Clima e Época de Plantio

Cultura que se adapta a clima ameno ou frio, sendo resistente a baixas temperaturas e a geadas leves e que

pode também ser cultivada em temperaturas mais elevadas.

Na Europa, a planta adapta-se ao cultivo de verão. No Chile, é tolerante ao calor do verão e também suporta

o frio do inverno. No Brasil, na região centro-sul, planta-se acelga ao longo do ano, sendo nas regiões mais altas com verão suave e em regiões de baixa altitude durante o outono-inverno.

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Cultivares

Uma cultivar tradiconal é a Large Ribbed Dark Green (Verde Escura Folha Larga). Produz plantas mais vigorosas,

as folhas são mais largas que as demais cultivares, enrugadas, de coloração verde-intensa, com pecíolos e

nervuras de cor verde-clara. A cultivar Branca de Lyon é plantada em menor escala,

produzindo folhas grandes e tenras, de coloração verde-amarela, tendo pecíolos largos e brancos. Muito

resistente ao calor e indicada para a cultura de verão.

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Solo e Adubação

Em solos de textura média, ricos em matéria orgânica, com pH 6,0 a 6,8, asseguram maior desenvolvimento foliar.

Na calagem eleva-se a saturação por bases para 80%. Em solos de fertilidade mediana ou baixa, recomenda-se aplicação de

NPK na proporção N: 40, P2O5: 150 – 180, K2O: 80 – 100. Podem ser aplicados 70-90 kg/há, de N, utilizando-se adubos contendo N

na forma nítrica e também Ca. Aplicam-se, no canteiro definitivo, um terço da dose total no início do

desenvolvimento vegetativo da planta, e o restante, fracionado em pequenas doses, conforme a necessidade.

Assim, propicia-se uma constante renovação de folhas comerciáveis, com colheitas numerosas.

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Implantação da Cultura

Deixar as sementes de molho durante 24 horas antes da semeadura auxilia na germinação, e pode utilizar a mesma

agrotecnologia da cultura da beterraba. Semeia-se 3-4 glomérulos por vez em sulcos longitudinais,

diretamente nos canteiros, ou transplantam-se mudas desenvolvidas em bandejas. O espaçamento no canteiro

definitivo é de 40 x 30 cm, com plantas isoladas.

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Tratos Culturais

É necessário o desbaste das plantinhas quando se utiliza a semeadura direta.

Mantém-se as plantas selecionadas, bem espaçadas, e eliminam-se as demais.

As irrigações devem ser abundantes e freqüentes, pois as partes aproveitáveis da cultura são as folhas e os talos

suculentos. É recomendável irrigar na véspera de uma aplicação de N em

cobertura. Assim, evita-se a rápida lixiviação, com perda de N.

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Anomalias Fisiológicas

Nesta cultura não ocorre anomalias fisiológicas pelo que se observa no meio rural brasileiro.

Controle Fitossanitário

Problemas fitossanitários graves não é comum acontecer nesta cultura. Porém, podem surgir as mesmas doenças

que afetam a beterraba.

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Colheita e Comercialização

O transplante pode atrasar o ciclo da cultura em cerca de 20 dias, mas as colheitas iniciam-se aos 50-60 dias da

semeadura direta. Comercializa-se as folhas, juntamente com seus talos,

atadas em maços. Deve ser mantida em local úmido e fresco, após a colheita

e durante a comercialização.

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ESPINAFREESPINAFRE

De origem européia, o espinafre verdadeiro (para diferenciá-lo do outro espinafre), é uma planta da espécie

Spinacia oleracea, produz grandes folhas de coloração verde – escura, carnosas, dispostas ao redor de um caule

curto. É uma planta dióica, ou seja, produz flores exclusivamente

masculinas em certas plantas e femininas em outras.

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As cultivares européias são cultivadas durante o outono-inverno, pois exigem clima ameno ou frio, sendo

intolerantes ao calor, e em dias longos com temperaturas elevadas, ocorre o pendoamento.

Se forem semeadas na primavera-verão podem florescer prematuramente.

Quanto ao solo e adubação, as exigências são similares ao da acelga.

Semeia-se diretamente em canteiros, em sulcos com 2 cm de profundidade. O espaçamento final após o desbaste é

de 20 – 30 x 5 – 7 cm de profundidade. Sempre que necessário utiliza-se a irrigação.

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A colheita se dá aos 25-35 dias da semeadura em híbridos japoneses e no caso das cultivares européias o ciclo é mais

tardio. No plantio primavera-verão colhe-se antes que ocorra o pendoamento.

Colhem-se as plantas de uma só vez, ou cortando-se as folhas em colheitas parceladas.

Comercializam-se as folhas atadas em maços.

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Referências:

FIGUEIRA, Fernando Antonio Reis. Novo manual de olericultura; agrotecnologia

moderna na produção e comercialização de hortaliças. 3 ed. Rev. e ampl. – Viçosa,

MG. Ed. UFV, 2007.

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Obrigado!

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