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“Quero fazer um tetraplégico dar o pontapé inicial da copa de 2014, diz cientista brasileiro.” Estado de S. Paulo – 01/05/2011 Mariana Zagatti e Nathalia Nasralla Reconhecimento da ciência pela humanidade O jornal Estado de São Paulo publicou recentemente uma entrevista com o cientista Miguel Nicolelis, reconhecido mundialmente como o maior cientista do Brasil da atualidade, o qual é concorrente ao prêmio Nobel e já ganhou 38 prêmios internacionais por suas pesquisas. Dois deles, em 2010, dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos Estados Unidos, desfrutando da quantia de 4,4 milhões de reais recebida dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, que, de acordo com o próprio neurocientista, será usada para financiar sua pesquisa sobre a fusão entre homens e máquinas, cujos resultados vêm devolvendo a esperança para tetraplégicos e pacientes de Parkinson. Ao longo da entrevista, Miguel fala sobre a importância dos seus estudos e seu envolvimento com o projeto “Walk Again” e como será possível proporcionar uma melhor qualidade de vida para esses pacientes, que conseguirão recuperar os movimentos de membros inferiores e superiores. O projeto baseia-se em um diálogo bidirecional entre a mente e máquinas, que será realizado através de um chip no cérebro do paciente. Trata-se de uma estrutura movimentada por motores hidráulicos e feita de um material muito leve, que poderá ser dobrada, denominado exoesqueleto. O mesmo tornará possível a realização dos movimentos de pacientes tetraplégicos novamente, em parte por ligação direta com a mente e em parte por reflexos interpretados pelo robô. Apesar de trazer um alto reconhecimento em ciência e tecnologia para o Brasil, citando que o país vem avançando em

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“Quero fazer um tetraplégico dar o pontapé inicial da copa de 2014, diz cientista brasileiro.”

Estado de S. Paulo – 01/05/2011

Mariana Zagatti e Nathalia Nasralla

Reconhecimento da ciência pela humanidade

O jornal Estado de São Paulo publicou recentemente uma entrevista com o cientista Miguel Nicolelis, reconhecido mundialmente como o maior cientista do Brasil da atualidade, o qual é concorrente ao prêmio Nobel e já ganhou 38 prêmios internacionais por suas pesquisas. Dois deles, em 2010, dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos Estados Unidos, desfrutando da quantia de 4,4 milhões de reais recebida dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, que, de acordo com o próprio neurocientista, será usada para financiar sua pesquisa sobre a fusão entre homens e máquinas, cujos resultados vêm devolvendo a esperança para tetraplégicos e pacientes de Parkinson.

Ao longo da entrevista, Miguel fala sobre a importância dos seus estudos e seu envolvimento com o projeto “Walk Again” e como será possível proporcionar uma melhor qualidade de vida para esses pacientes, que conseguirão recuperar os movimentos de membros inferiores e superiores. O projeto baseia-se em um diálogo bidirecional entre a mente e máquinas, que será realizado através de um chip no cérebro do paciente. Trata-se de uma estrutura movimentada por motores hidráulicos e feita de um material muito leve, que poderá ser dobrada, denominado exoesqueleto. O mesmo tornará possível a realização dos movimentos de pacientes tetraplégicos novamente, em parte por ligação direta com a mente e em parte por reflexos interpretados pelo robô.

Apesar de trazer um alto reconhecimento em ciência e tecnologia para o Brasil, citando que o país vem avançando em relação às pesquisas, ainda enfrenta a barreira criada pela falta de investimento, interesse e reconhecimento. Em determinado momento da entrevista, é feita uma comparação entre os investimentos da ciência e tecnologia no Brasil e nos Estados Unidos exaltando a gritante diferença entre ambos.

Além do projeto “Walk Again’’ previsto para 2014, Nicolelis expressa muitas idéias e teorias envolvendo homem, máquinas e a neurologia em geral, dando ênfase ao pólo de ciência que será construído em Macaíba, Natal. Acrescenta, também, a divulgação e algumas informações que serão retratadas com detalhes em seu livro “Muito além do nosso eu”, que chegará ao Brasil em junho, como as dez descobertas mais importantes da neurociência dos últimos 10 anos e esclarecimentos sobre a realidade dos ocorridos sobre a ciência e a nova tecnologia, aproveitando a oportunidade para tirar a ilusão que filmes de ficção e informações equivocadas podem causar à humanidade.

Não se contentando em falar apenas sobre seus projetos, faz uma critica em relação à visão de ciência que a população brasileira adquiriu ao longo dos

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anos, destacando que somos pouco criativos, e como solução a esse problema, concluiu que deveríamos ‘criar’ mais e utilizar menos equipamentos prontos derivados de outros países. Dessa forma, o seu projeto em Natal reunirá alunos que terão que criar estes equipamentos para uso próprio, criando assim condições para que o Brasil se torne um país inovador.

A reportagem está bem explicada, esclarecendo dúvidas e trazendo informações que podem ser compreendidas sem a necessidade de altos conhecimentos sobre ciência. Tendo como base não apenas um melhor desenvolvimento da tecnologia no Brasil, conta com informações revolucionárias que afetarão todo o mundo. Com uma linguagem simples e direta, trata de assuntos economicamente muito promissores, que podem revolucionar a tecnologia em beneficio do homem.

Referência Bibliográfica:O Estado de S. Paulo – 01 de março de 2011Disponível em: http://www.deficienteciente.com.br/2011/05/uero-fazer-um-

tetraplegico-dar-o-pontape-inicial-da-copa-de-2014-diz-cientista-brasileiro.html