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Interbits – SuperPro ® Web 1. (Fuvest 2013) São Paulo gigante, torrão adorado Estou abraçado com meu violão Feito de pinheiro da mata selvagem Que enfeita a paisagem lá do meu sertão Tonico e Tinoco, São Paulo Gigante. Nos versos da canção dos paulistas Tonico e Tinoco, o termo “sertão” deve ser compreendido como a) descritivo da paisagem e da vegetação típicas do sertão existente na região Nordeste do país. b) contraposição ao litoral, na concepção dada pelos caiçaras, que identificam o sertão com a presença dos pinheiros. c) analogia à paisagem predominante no Centro-Oeste brasileiro, tal como foi encontrada pelos bandeirantes no século XVII. d) metáfora da cidade-metrópole, referindo-se à aridez do concreto e das construções. e) generalização do ambiente rural, independentemente das características de sua vegetação. 2. (Uema 2015) Considere o poema O Parto, extraído do livro Campo sem base, de Nauro Machado. O Parto Meu corpo está completo, o homem – não o poeta. Mas eu quero e é necessário que me sofra e me solidifique em poeta, que me destrua desde já o supérfluo e o ilusório e me alucine na essência de mim e das coisas, para depois, feliz e sofrido, mas verdadeiro, trazer-me à tona do poeta com um grito de alarma e de alarde: ser poeta é duro e dura e consome toda uma existência. Fonte: MACHADO, Nauro. Campo sem base. São Luís, 1958. a) No poema, o eu lírico estabelece a diferença entre a construção do homem e a construção do poeta. Retire do texto duas palavras ou expressões que exemplifiquem, respectivamente, essas caracterizações do homem e do poeta. b) No verso “ser poeta é duro e dura”, há uma figura de palavra denominada paronomásia (aproximação de palavras com recursos fonéticos e fonológicos semelhantes, mas de diferentes classes gramaticais). Identifique as palavras envolvidas nesse recurso e relacione-as a suas respectivas categorias morfológicas. Página 1 de 16

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Exercícios Figuras de Linguagens

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1. (Fuvest 2013) São Paulo gigante, torrão adoradoEstou abraçado com meu violãoFeito de pinheiro da mata selvagemQue enfeita a paisagem lá do meu sertão

Tonico e Tinoco, São Paulo Gigante.

Nos versos da canção dos paulistas Tonico e Tinoco, o termo “sertão” deve ser compreendido como a) descritivo da paisagem e da vegetação típicas do sertão existente na região Nordeste do

país. b) contraposição ao litoral, na concepção dada pelos caiçaras, que identificam o sertão com a

presença dos pinheiros. c) analogia à paisagem predominante no Centro-Oeste brasileiro, tal como foi encontrada pelos

bandeirantes no século XVII. d) metáfora da cidade-metrópole, referindo-se à aridez do concreto e das construções. e) generalização do ambiente rural, independentemente das características de sua vegetação. 2. (Uema 2015) Considere o poema O Parto, extraído do livro Campo sem base, de Nauro Machado.

O Parto

Meu corpo está completo, o homem – não o poeta. Mas eu quero e é necessário que me sofra e me solidifique em poeta, que me destrua desde já o supérfluo e o ilusório e me alucine na essência de mim e das coisas, para depois, feliz e sofrido, mas verdadeiro, trazer-me à tona do poeta com um grito de alarma e de alarde: ser poeta é duro e dura e consome toda uma existência.

Fonte: MACHADO, Nauro. Campo sem base. São Luís, 1958.

a) No poema, o eu lírico estabelece a diferença entre a construção do homem e a construção do poeta. Retire do texto duas palavras ou expressões que exemplifiquem, respectivamente, essas caracterizações do homem e do poeta.

b) No verso “ser poeta é duro e dura”, há uma figura de palavra denominada paronomásia (aproximação de palavras com recursos fonéticos e fonológicos semelhantes, mas de diferentes classes gramaticais). Identifique as palavras envolvidas nesse recurso e relacione-as a suas respectivas categorias morfológicas.

3. (Pucrj 2015) Entrevistador: - Queria que você falasse um pouquinho sobre uma coisa que eu sei que é muito importante pra você, a amizade.

Galeano: Sim, a amizade é uma forma de amor. E como dizia pra você, acho que se exerce na base da honestidade, porque a outra amizade, a amizade do “amo muito você” e “que lindo você é” não é a verdadeira amizade. Os amigos, quando são amigos de verdade, dizem o que se deve dizer, e isso diz respeito a processos coletivos também. Então, amizade às vezes é difícil sobre essa base, porque atravessa períodos complicados. Mas quando a gente ama de verdade, no amor, na amizade, ama as luzes e as sombras de cada pessoa ou de cada lugar.

Trecho de entrevista dada pelo escritor uruguaio Eduardo Galeano ao jornalista Eric Nepomuceno no programa Sangue Latino. Disponível em:

<http://canalbrasil.globo.com/programas/sangue-latino/videos/1289838.html>.

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a) No texto, o entrevistado fez uso de duas metáforas na última frase da sua fala. Identifique essas metáforas e explique o sentido que elas assumem no texto.

b) Transforme a fala do entrevistador em discurso indireto, fazendo adaptações necessárias para que o trecho não fique repetitivo.

4. (G1 - cps 2015) Leia este fragmento do poema A lua foi ao cinema, do escritor Paulo Leminski.

“A lua foi ao cinema,passava um filme engraçado,a história de uma estrelaque não tinha namorado.Não tinha porque era apenasuma estrela bem pequena,dessas que, quando apagam,ninguém vai dizer, que pena! (...)”

(http://tinyurl.com/n4oljo7 Acesso em: 24.07.2014. Adaptado)

A figura de linguagem predominante nesse poema é a) hipérbole, pois a palavra estrela foi empregada para suavizar um termo. b) pleonasmo, pois a palavra história apresenta o mesmo sentido de incidente. c) sinestesia, pois a felicidade da estrela é tratada com indiferença pelo poeta. d) catacrese, pois a palavra pena foi empregada inadequadamente, num sentido impróprio. e) personificação, pois a lua vivencia uma situação que é própria dos seres humanos. 5. (Unicamp 2015) No texto abaixo, há uma presença significativa de metáforas que auxiliam na construção de sentidos.

Entre silêncios e diálogos

Havia uma desconfiança: o mundo não terminava onde os céus e a terra se encontravam. A extensão do meu olhar não podia determinar a exata dimensão das coisas. Havia o depois. Havia o lugar do sol se aninhar enquanto a noite se fazia. Havia um abrigo para a lua enquanto era dia. E o meu coração de menino se afogava em desesperança. Eu que não era marinheiro nem pássaro - sem barco e asa.

Um dia aprendi com Lili a decifrar as letras e suas somas. E a palavra se mostrou como caminho poderoso para encurtar distância, para alcançar onde só a fantasia suspeitava, para permitir silêncio e diálogo. Com as palavras eu ultrapassava a linha do horizonte. E o meu coração de menino se afagava em esperança.

Ao virar uma página do livro, eu dobrava uma esquina, escalava uma montanha, transpunha uma maré.

Ao passar uma folha, eu frequentava o fundo dos oceanos, transpirava em desertos para, em seguida, me fazer hóspede de outros corações.

Pela leitura temperei a minha pátria, chorei sua miséria, provei de minha família, bebi de minha cidade, enquanto, pacientemente, degustei dos meus desejos e limites.

Assim, o livro passou a ser o meu porto, a minha porta, o meu cais, a minha rota. Pelo livro soube da história e criei os avessos, soube do homem e seus disfarces, soube das várias faces e dos tantos lugares de se olhar. (...) Ler é aventurar-se pelo universo inteiro.

Bartolomeu Campos de Queirós, Sobre ler, escrever e outros diálogos. Belo Horizonte: Autêntica, 2012, p. 63.

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a) No trecho “Assim, o livro passou a ser o meu porto, a minha porta, o meu cais, a minha rota”, há metáforas que expressam a experiência do autor com a leitura. Escolha uma dessas metáforas e explique-a, considerando seu sentido no texto.

b) O texto mostra que a experiência de leitura promove uma importante mudança subjetiva. Explique essa mudança e cite dois trechos nos quais ela é explicitada.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

O ARRASTÃO

Estarrecedor, nefando, inominável, infame. Gasto logo os adjetivos porque eles fracassam em dizer o sentimento que os fatos impõem. Uma trabalhadora brasileira, descendente de escravos, como tantos, que cuida de quatro filhos e quatro sobrinhos, que parte para o trabalho às quatro e meia das manhãs de todas as semanas, que administra com o marido um ganho de mil e seiscentos reais, que paga pontualmente seus carnês, como milhões de trabalhadores brasileiros, é baleada em circunstâncias não esclarecidas no Morro da Congonha e, levada como carga no porta-malas de um carro policial a pretexto de ser atendida, é arrastada à morte, a céu aberto, pelo asfalto do Rio.

Não vou me deter nas versões apresentadas pelos advogados dos policiais.1Todas as vozes terão que ser ouvidas, e com muita atenção à voz daqueles que nunca são ouvidos. Mas, antes das versões, o fato é que esse porta-malas, ao se abrir fora do script, escancarou um real que está acostumado a existir na sombra.

O marido de Cláudia Silva Ferreira disse que, se o porta-malas não se abrisse como abriu (por obra do acaso, dos deuses, do diabo), esse seria apenas “mais um caso”. 2Ele está dizendo: seria uma morte anônima, 3aplainada pela surdez da 4praxe, pela invisibilidade, uma morte não questionada, como tantas outras.

5É uma imagem verdadeiramente surreal, não porque esteja fora da realidade, mas porque destampa, por um “acaso objetivo” (a expressão era usada pelos 6surrealistas), uma cena 7recalcada da consciência nacional, com tudo o que tem de violência naturalizada e corriqueira, tratamento degradante dado aos pobres, estupidez elevada ao cúmulo, ignorância bruta transformada em trapalhada 8transcendental, além de um índice grotesco de métodos de camuflagem e desaparição de pessoas. 9Pois assim como 10Amarildo é aquele que desapareceu das vistas, e não faz muito tempo, Cláudia é aquela que subitamente salta à vista, e ambos soam, queira-se ou não, como o verso e o reverso do mesmo.

O acaso da queda de Cláudia dá a ver algo do que não pudemos ver no caso do desaparecimento de Amarildo. A sua passagem meteórica pela tela é um desfile do carnaval de horror que escondemos. 11Aquele carro é o carro alegórico de um Brasil, de um certo Brasil que temos que lutar para que não se transforme no carro alegórico do Brasil.

José Miguel WisnikAdaptado de oglobo.globo.com, 22/03/2014.

3 aplainada − nivelada4 praxe − prática, hábito6 surrealistas − participantes de movimento artístico do século 20 que enfatiza o papel do inconsciente7 recalcada − fortemente reprimida8 transcendental − que supera todos os limites10 Amarildo − pedreiro desaparecido na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, em 2013, depois de ser detido por policiais

6. (Uerj 2015) Pois assim como Amarildo é aquele que desapareceu das vistas, e não faz muito tempo, Cláudia é aquela que subitamente salta à vista, e ambos soam, queira-se ou não, como o verso e o reverso do mesmo. (ref. 10)

Neste trecho, para aproximar dois casos recentemente noticiados na imprensa, o autor emprega um recurso de linguagem denominado: a) antítese b) negação c) metonímia

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d) personificação TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:

SEPARAÇÃO

Voltou-se e mirou-a como se fosse pela última vez, como quem repete um gesto imemorialmente irremediável. 1No íntimo, preferia não tê-lo feito; mas ao chegar à porta 2sentiu que 14nada poderia evitar a reincidência daquela cena tantas vezes contada na história do amor, que é a história do mundo. 10Ela o olhava com um olhar intenso, onde existia uma incompreensão e um anelo1, 15como a pedir-lhe, ao mesmo tempo, que não fosse e que não deixasse de ir, por isso que era tudo impossível entre eles.

(...)Seus olhares 4fulguraram por um instante um contra o outro, depois se 5acariciaram

ternamente e, finalmente, se disseram que não havia nada a fazer. 6Disse-lhe adeus com doçura, virou-se e cerrou, de golpe, a porta sobre si mesmo numa tentativa de secionar2 aqueles dois mundos que eram ele e ela. Mas 16o brusco movimento de fechar prendera-lhe entre as folhas de madeira o espesso tecido da vida, e ele ficou retido, sem se poder mover do lugar, 11sentindo o pranto formar-se muito longe em seu íntimo e subir em busca de espaço, como um rio que nasce.

17Fechou os olhos, tentando adiantar-se à agonia do momento, mas o fato de sabê-la ali ao lado, e dele separada por imperativos categóricos3 de suas vidas, 12não lhe dava forças para desprender-se dela. 8Sabia que era aquela a sua amada, por quem esperara desde sempre e que por muitos anos buscara em cada mulher, na mais terrível e dolorosa busca. Sabia, também, que o primeiro passo que desse colocaria em movimento sua máquina de viver e ele teria, mesmo como um autômato, de sair, andar, fazer coisas, 9distanciar-se dela cada vez mais, cada vez mais. 18E no entanto ali estava, a poucos passos, sua forma feminina que não era nenhuma outra forma feminina, mas a dela, a mulher amada, aquela que ele 7abençoara com os seus beijos e agasalhara nos instantes do amor de seus corpos. Tentou 3imaginá-la em sua dolorosa mudez, já envolta em seu espaço próprio, perdida em suas cogitações próprias − um ser desligado dele pelo limite existente entre todas as coisas criadas.

13De súbito, sentindo que ia explodir em lágrimas, correu para a rua e pôs-se a andar sem saber para onde...

MORAIS, Vinícius de. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1986.

7. (Uerj 2015) A hipérbole é uma figura empregada na crônica de Vinícius de Morais para caracterizar o estado de ânimo do personagem.

Essa figura está exemplificada em: a) Ela o olhava com um olhar intenso, (ref. 10) b) sentindo o pranto formar-se muito longe em seu íntimo (ref. 11) c) não lhe dava forças para desprender-se dela. (ref. 12) d) De súbito, sentindo que ia explodir em lágrimas, (ref. 13) 8. (Uerj 2015) Uma metáfora pode ser construída pela combinação entre elementos abstratos e concretos.

No texto, um exemplo de metáfora que se constrói por esse tipo de combinação é: a) como a pedir-lhe, ao mesmo tempo, que não fosse e que não deixasse de ir, (ref. 15) b) o brusco movimento de fechar prendera-lhe entre as folhas de madeira o espesso tecido da

vida, (ref. 16) c) Fechou os olhos, tentando adiantar-se à agonia do momento, (ref. 17) d) E no entanto ali estava, a poucos passos, (ref. 18) 9. (G1 - cps 2014) Analise a charge considerando que o personagem de terno seja o dono da empresa aérea.

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Nessa charge, identifica-se a figura de linguagem a) antítese, já que os comissários de bordo apresentam reação idêntica ao saberem da

demissão. b) personificação, visto que o objetivo principal da charge é criar uma cena divertida e plena de

humor. c) hipérbole, pois há um exagero na solução drástica encontrada pelo dono da empresa para

demitir os comissários. d) metonímia, porque se percebe a indiferença do dono da empresa perante a sensação de

terror da tripulação. e) eufemismo, pois o dono da empresa resolve, sem sutileza, como cortar parte dos

funcionários da empresa aérea. 10. (Enem 2013)

A tirinha denota a postura assumida por seu produtor frente ao uso social da tecnologia para fins de interação e de informação. Tal posicionamento é expresso, de forma argumentativa, por meio de uma atitude a) crítica, expressa pelas ironias. b) resignada, expressa pelas enumerações. c) indignada, expressa pelos discursos diretos. d) agressiva, expressa pela contra-argumentação. e) alienada, expressa pela negação da realidade. 11. (Enem PPL 2013)

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A cada verão, o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, traz preocupação para os brasileiros. A charge retrata essa situação a que o país está submetido. Considerando os objetivos da charge, sua posição crítica se dá na medida em que a) compara o mosquito a um esportista. b) enfatiza o poder de resistência do inseto. c) elege o mosquito como o vilão da saúde. d) atribui características humanas ao mosquito. e) ignora a gravidade da questão por meio do humor. 12. (Uepb 2013) Da imagem, que foi capa da Revista Veja em 20 de agosto de 2008, pode-se compreender:

a) O registro do modelo de ensino representado pelo uso ultrapassado da tecnologia do giz. b) Uma constatação de que os alunos não precisam escrever à mão. c) Um apelo de aluno para que melhore o ensino. d) Uma crítica irônica em relação à situação do ensino na escola brasileira. e) Uma afirmação de que a relação entre ler e escrever não é explorada na escola. 13. (Insper 2013) O "gilete" dos tablets

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Num mundo capitalista como este em que vivemos, onde as empresas concorrem para posicionar suas marcas e fixar logotipos e slogans na cabeça dos consumidores, a síndrome do "Gillette" pode ser decisiva para a perpetuação de um produto. É isso que preocupa a concorrência do iPad, tablet da Apple.Assim como a marca de lâminas de barbear tornou-se sinônimo de toda a categoria de barbeadores, eclipsando o nome das marcas que ofereciam produtos similares, o mesmo pode estar acontecendo com o tablet lançado por Steve Jobs. O maior temor do mercado é que as pessoas passem a se referir aos tablets como "iPad" em geral, dizendo "iPad da Samsumg" ou "iPad da Motorola", e assim por diante.

(http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-edgard/o-gilete-dos-tablets-260395-1.asp)

No campo da estilística, a figura de linguagem abordada na matéria acima recebe o nome de a) metáfora, por haver uma comparação subentendida entre a marca e o produto. b) hipérbole, por haver exagero dos consumidores na associação do produto com a marca. c) catacrese, por haver um empréstimo linguístico na referência à marca do produto famoso. d) metonímia, por haver substituição do produto pela marca, numa relação de semelhança. e) perífrase, por haver a designação de um objeto através de seus atributos ou de um fato que

o celebrizou. 14. (Enem 2012)

O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações visuais e recursos linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre à a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para transmitir a ideia

que pretende veicular. b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”. c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o

espaço da população rica. d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.

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e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de descanso da família.

15. (Enem PPL 2012)

Conflitos de interação ajudam a promover o efeito de humor. No cartum, o recurso empregado para promover esse efeito é a a) intertextualidade, sugerida pelos traços identificadores do homem urbano e do homem rural. b) ambiguidade, produzida pela interpretação da fala do locutor a partir da variedade do

interlocutor. c) conotação, atribuidora de sentidos figurados a palavras relativas às ações e aos seres. d) negação enfática, elaborada para reforçar o lamento do interlocutor pela perda da estrada. e) pergunta retórica, usada pelo motorista para estabelecer interação com o homem do campo.

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Gabarito:

Resposta da questão 1: [E]

[Resposta do ponto de vista da disciplina de Geografia]

O sentido do termo “sertão” na música da dupla sertaneja paulista Tonico e Tinoco é como “meio rural” ou “interior do Estado”. O termo “sertão” foi muito utilizado na Música e na Literatura brasileiras para se referir aos ambientes rurais em diferentes estados, principalmente em Minas Gerais, nos estados do Centro-Oeste e nos estados do Nordeste. Hoje, rigorosamente, o termo é empregado em Geografia para uma sub-região do Nordeste, o Sertão (zona semiárida).

[Resposta do ponto de vista da disciplina de Português]

O termo “sertão” deve ser compreendido, no contexto, como metáfora do interior do Brasil, em contraponto à cidade-metrópole caracterizada pela aridez do concreto e das construções. Ao mencionar o material de que é feito o violão, o poeta não alude à vegetação típica do sertão, mas sim à simplicidade do povo do interior que usa os recursos de que dispõe para desenvolver uma cultura popular representativa do meio a que pertence (“meu violão / Feito de pinheiro da mata selvagem / Que enfeita a paisagem lá do meu sertão”).

Resposta da questão 2: a) Para homem a palavra é completo. Para poeta é essência.

b) A paranomásia ocorre porque a palavra duro é um adjetivo que significa rijo, sólido. Já a palavra dura, neste contexto, está na terceira pessoa do presente do indicativo do verbo durar. Ou seja, a paranomásia ocorre entre duas palavras com grafias semelhantes, mas com classes gramaticais diferentes: um adjetivo e um verbo.

Resposta da questão 3: a) No período indicado: (...) amizade às vezes é difícil sobre essa base, porque atravessa períodos complicados. Mas quando a gente ama de verdade, no amor, na amizade, ama as luzes e as sombras de cada pessoa ou de cada lugar. As duas metáforas utilizadas são luzes e sombras que referem-se às qualidades e defeitos inerentes a qualquer ser humano ou lugar.

b) O entrevistador pediu para que Galeano falasse um pouquinho sobre uma coisa muito importante para o entrevistado: a amizade.

Resposta da questão 4: [E]

A poesia é marcada pela personificação que é a figura de linguagem predominante indicada logo no primeiro verso: A lua foi ao cinema, e é dessa cena inusitada de que vai tratar o poema.

Resposta da questão 5: a) O aluno pode escolher entre uma das acepções:

- “Porto” indica duas alternativas: o livro sugere segurança, o qual também pode permitir tanto chegadas quanto partidas a diversos locais;

- “Porta” ilustra a capacidade que a leitura confere ao leitor de ultrapassar limites e alcançar lugares surpreendentes;

- “Cais” retoma parte da metáfora de “porto”: o ato de ler permite chegadas e partidas a diferentes locais;

- “Rota” caracteriza a leitura como o caminho a ser tomado pelo leitor.É válido ressaltar que todas as metáforas apresentadas estão relacionadas à expansão dos horizontes, tal qual a linha central da narrativa apresentada.

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b) Por mudança subjetiva compreende-se uma mudança íntima, particular do narrador; segundo o contexto, tal mudança ocorre a partir da leitura, a qual amplia seu conhecimento de mundo – uma necessidade que ele mesmo indicava no início do trecho. Essa mudança é explicitada em trechos como (vale ressaltar, a questão solicita apenas dois trechos): “E a palavra se mostrou como caminho poderoso para encurtar distância, para alcançar onde só a fantasia suspeitava, para permitir silêncio e diálogo”, “Com as palavras eu ultrapassava a linha do horizonte”, “E o meu coração de menino se afagava em esperança”, “Ao virar uma página do livro, eu dobrava uma esquina, escalava uma montanha, transpunha uma maré”, “Ao passar uma folha, eu frequentava o fundo dos oceanos, transpirava em desertos para, em seguida, me fazer hóspede de outros corações”, “Pela leitura temperei a minha pátria, chorei sua miséria, provei de minha família, bebi de minha cidade, enquanto, pacientemente, degustei dos meus desejos e limites”, “Pelo livro soube da história e criei os avessos, soube do homem e seus disfarces, soube das várias faces e dos tantos lugares de se olhar”.

Resposta da questão 6: [A]

As expressões “aquele que desapareceu” e “aquela que subitamente salta à vista”, assim como “verso” e “reverso”, constituem antíteses, figura de linguagem que ocorre quando há uma aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos. Assim, é correta a alternativa [A].

Resposta da questão 7: [D]

A hipérbole, figura de linguagem que enfatiza ou exagera a significação linguística, está presente no termo verbal na frase da alternativa [D]: “explodir em lágrimas”.

Resposta da questão 8: [B]

Na frase da alternativa [B], a expressão “o espesso tecido da vida” associa metaforicamente o elemento concreto “tecido” à ideia abstrata de “vida”.

Resposta da questão 9: [C]

A figura de linguagem que representa adequadamente a intenção do autor está assinalada em [C], pois é a hipérbole que exagera a significação linguística ao apresentar o dono da empresa em atitude radical para demitir os funcionários.

Resposta da questão 10: [A]

É correta a opção [A], pois a oposição entre o que é afirmado no cabeçalho de cada quadro e as posturas assumidas pelos personagens revela crítica e, também, ironia, figura de linguagem em que se declara o contrário do que se pensa.

Resposta da questão 11: [B]

A crítica ocorre no sentido de mostrar a força que tal inseto adquire a partir do momento em que seu combate não é efetivo, daí o Aedes aegypti ser retratado pelo princípio da personificação, uma vez que lhe são atribuídas características humanas.

Resposta da questão 12: [D]

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De acordo com o dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, ironia é um “modo de exprimir-se que consiste em dizer o contrário daquilo que se está pensando ou sentindo, [...] com intenção depreciativa e sarcástica em relação a outrem”. Pode-se, assim, afirmar que a intenção da capa da Revista Veja é de crítica irônica, pois a situação revela um estudante escrevendo na lousa que a educação no Brasil é ótima, ao passo que comete erros ortográficos em quatro palavras, revelando que a situação do ensino é oposta ao que se afirma na frase.

Resposta da questão 13: [D]

Metonímia é o uso de palavra ou expressão para designar um objeto por palavra designativa de outro objeto, estabelecendo relação de interdependência; no caso, a marca “Gillette” é usada para designar lâminas de aço.

Resposta da questão 14: [A]

Trata-se de polissemia da expressão “rede social”, pois tanto pode aludir a interligação de computadores para uso da internet como designar uma espécie de leito/balanço onde dorme toda uma família.

Resposta da questão 15: [B]

O diálogo que se estabelece entre os dois personagens do cartum, assim, como os acessórios que os acompanham, permitem deduzir que pertencem a meios diferentes: o primeiro à esquerda, da cidade, o segundo, do meio rural. Assim, é correta a opção [B], pois a pergunta do condutor produz ambiguidade ao ser entendida de forma diferente pelo camponês, promovendo o efeito de humor.

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Resumo das questões selecionadas nesta atividade

Data de elaboração: 10/06/2015 às 12:05Nome do arquivo: Figuras de Linguagem Pré

Legenda:Q/Prova = número da questão na provaQ/DB = número da questão no banco de dados do SuperPro®

Q/prova Q/DB Grau/Dif. Matéria Fonte Tipo

1.............122066.....Média.............Geografia.......Fuvest/2013.........................Múltipla escolha 2.............139220.....Média.............Português......Uema/2015...........................Analítica 3.............136018.....Média.............Português......Pucrj/2015............................Analítica 4.............137552.....Baixa.............Português......G1 - cps/2015.......................Múltipla escolha 5.............136328.....Média.............Português......Unicamp/2015......................Analítica 6.............132730.....Média.............Português......Uerj/2015..............................Múltipla escolha 7.............134392.....Baixa.............Português......Uerj/2015..............................Múltipla escolha 8.............134394.....Média.............Português......Uerj/2015..............................Múltipla escolha 9.............130359.....Média.............Português......G1 - cps/2014.......................Múltipla escolha 10...........128086.....Baixa.............Português......Enem/2013...........................Múltipla escolha 11...........131606.....Baixa.............Português......Enem PPL/2013...................Múltipla escolha 12...........126856.....Baixa.............Português......Uepb/2013............................Múltipla escolha 13...........122166.....Baixa.............Português......Insper/2013..........................Múltipla escolha 14...........122092.....Baixa.............Português......Enem/2012...........................Múltipla escolha 15...........127114.....Média.............Português......Enem PPL/2012...................Múltipla escolha

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