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Lista de Exercícios – UFBA – Prof. David Nogueira. Página 1 de 24 TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES: Na(s) questão(ões) adiante julgue os itens numerados de I a V e assinale a alternativa correta utilizando a chave de respostas a seguir: a) Apenas as afirmativas II e III são corretas. b) Apenas as afirmativas I, II e V são corretas. c) Apenas as afirmativas I, IV e V são corretas. d) Apenas as afirmativas II, III, IV e V são corretas. e) Todas as afirmativas são corretas. 1. (Ufba 1995) "(...) Os senhores poucos, os escravos muitos; os senhores rompendo galas, os escravos despidos e nus; os senhores banqueteando; os escravos perecendo a fome; os senhores nadando em ouro e prata; os escravos carregados de ferros; os senhores tratando-os como brutos, os escravos adorando-os e temendo-os como deuses; os senhores em pé apontando para açoite, como estátua da soberba e da tirania, os escravos prostrados com as mãos atadas atrás, como imagem vilíssima da servidão e espetáculos da extrema miséria. Oh Deus! Quantas graças devemos à Fé que nos destes, (...) para que à vista destas desigualdades reconheçamos com tudo vossa justiça e providência! (...)" (Vieira apud AVANCINI, p. 46) Com base no sermão do Padre Vieira, pode-se inferir: I - A posição do jesuíta referente à escravidão reflete o pensamento da Igreja Católica no período colonial. II - As denúncias da Igreja se limitavam ao repúdio às torturas e aos maus tratos, não havendo, porém, questionamento da escravidão enquanto instituição. III - As desigualdades terrenas são reconhecidas no discurso do jesuíta, que elege como espaço de julgamento o fórum divino. IV - A dominação colonialista se fazia pelo poder econômico, jurídico, político e ideológico sobre a classe trabalhadora escravizada. V - O negro ingressou na sociedade brasileira como cultura dominada, e as marcas da escravidão persistem no Brasil de hoje. Julgue os itens numerados de I a V e assinale a alternativa correta utilizando a chave de respostas a seguir: a) Apenas as afirmativas II e III são corretas. b) Apenas as afirmativas I, II e V são corretas. c) Apenas as afirmativas I, IV e V são corretas. d) Apenas as afirmativas II, III, IV e V são corretas. e) Todas as afirmativas são corretas. 2. (Ufba 1995) "Irã e Arábia Saudita disputam, com estratégias diferentes, a liderança na expansão islâmica." (FOLHA DE S. PAULO, jul. 1994, p. 3) Com base no fragmento anterior e nos conhecimentos sobre expansão islâmica, indique as

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TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES: Na(s) questão(ões) adiante julgue os itens numerados de I a V e assinale a alternativa correta utilizando a chave de respostas a seguir: a) Apenas as afirmativas II e III são corretas. b) Apenas as afirmativas I, II e V são corretas. c) Apenas as afirmativas I, IV e V são corretas. d) Apenas as afirmativas II, III, IV e V são corretas. e) Todas as afirmativas são corretas. 1. (Ufba 1995) "(...) Os senhores poucos, os escravos muitos; os senhores rompendo galas, os escravos despidos e nus; os senhores banqueteando; os escravos perecendo a fome; os senhores nadando em ouro e prata; os escravos carregados de ferros; os senhores tratando-os como brutos, os escravos adorando-os e temendo-os como deuses; os senhores em pé apontando para açoite, como estátua da soberba e da tirania, os escravos prostrados com as mãos atadas atrás, como imagem vilíssima da servidão e espetáculos da extrema miséria. Oh Deus! Quantas graças devemos à Fé que nos destes, (...) para que à vista destas desigualdades reconheçamos com tudo vossa justiça e providência! (...)"

(Vieira apud AVANCINI, p. 46) Com base no sermão do Padre Vieira, pode-se inferir: I - A posição do jesuíta referente à escravidão reflete o pensamento da Igreja Católica no período colonial. II - As denúncias da Igreja se limitavam ao repúdio às torturas e aos maus tratos, não havendo, porém, questionamento da escravidão enquanto instituição. III - As desigualdades terrenas são reconhecidas no discurso do jesuíta, que elege como espaço de julgamento o fórum divino. IV - A dominação colonialista se fazia pelo poder econômico, jurídico, político e ideológico sobre a classe trabalhadora escravizada. V - O negro ingressou na sociedade brasileira como cultura dominada, e as marcas da escravidão persistem no Brasil de hoje. Julgue os itens numerados de I a V e assinale a alternativa correta utilizando a chave de respostas a seguir:

a) Apenas as afirmativas II e III são corretas. b) Apenas as afirmativas I, II e V são corretas. c) Apenas as afirmativas I, IV e V são corretas. d) Apenas as afirmativas II, III, IV e V são corretas. e) Todas as afirmativas são corretas. 2. (Ufba 1995) "Irã e Arábia Saudita disputam, com estratégias diferentes, a liderança na expansão islâmica."

(FOLHA DE S. PAULO, jul. 1994, p. 3) Com base no fragmento anterior e nos conhecimentos sobre expansão islâmica, indique as

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afirmativas corretas. I - A difusão do islamismo e a expansão de domínios territoriais são ideais da Guerra Santa, ainda presentes nos Estados árabes, em vias de reunificação política e religiosa. II - A religião criada por Maomé, unificadora das tribos árabes, tem hoje milhões de seguidores espalhados pelo mundo, especificamente na Ásia e na África. III - No passado, em menos de um século, o Islã era a religião de toda a costa sul e leste do Mediterrâneo, além de se espalhar em direção à Pérsia, até o vale do Indo, e em direção à Península Ibérica. IV - Historicamente, o Islã é responsável pela mediação entre as antigas civilizações norte-africanas e orientais com o Ocidente cristão. V - A glorificação da mensagem de Alá ainda hoje é perseguida, reafirmando o caráter expansionista e universalista do Islã, com base na ideia de que cada muçulmano é califa do mundo. Julgue os itens numerados de I a V e assinale a alternativa correta utilizando a chave de respostas a seguir:

a) Apenas as afirmativas II e III são corretas. b) Apenas as afirmativas I, II e V são corretas. c) Apenas as afirmativas I, IV e V são corretas. d) Apenas as afirmativas II, III, IV e V são corretas. e) Todas as afirmativas são corretas. 3. (Ufba 1995) "A imagem do 'rei-sol', como era chamado Luís XIV, que reinou até sua morte, em 1715, se construiu sobre a pintura, a gravura, a escultura, a arquitetura, a música e a palavra escrita ou oral."

(ONOFRE, p. 74) Associando seus conhecimentos sobre absolutismo monárquico ao texto anterior, pode-se afirmar: I - A construção da imagem pública do rei absolutista evidencia uma defasagem entre teoria e prática do absolutismo. II - A utilização da arte como veículo de propaganda política indica o interesse do monarca absolutista em promover o desenvolvimento cultural das camadas populares. III - A preocupação com a difusão de uma imagem positiva perante a sociedade caracteriza o "rei-sol" como o precursor do despotismo esclarecido. IV - Os monarcas absolutos, assim como os políticos atuais, também buscavam, na construção de uma imagem pública, formas para legitimar o exercício do poder. V - O apoio da nobreza, classe politicamente privilegiada durante o Antigo Regime, era fundamental para a governabilidade do Estado, já que, na prática, ninguém governa sem o apoio das camadas mais fortes da população. Julgue os itens numerados de I a V e assinale a alternativa correta utilizando a chave de respostas a seguir: a) Apenas as afirmativas II e III são corretas. b) Apenas as afirmativas I, II e V são corretas. c) Apenas as afirmativas I, IV e V são corretas. d) Apenas as afirmativas II, III, IV e V são corretas. e) Todas as afirmativas são corretas.

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4. (Ufba 1995) "Quando chegaram a Creta, Ariadne viu Teseu e amou-o, atraiçoando seu pai Minos. Ela perguntou a Dédalo como poderia um homem sair do Labirinto, e ele deu-lhe um novelo de fio, a fim de salvar o seu compatriota ateniense. Teseu tomou o novelo e foi até o centro do Labirinto, onde encontrou o Minotauro, matando-o com as mãos, ou com a própria espada, que Ariadne lhe devolvera."

(PINSENT, p. 92) Associando o texto anterior aos conhecimentos sobre o legado cultural da Antiguidade, é possível afirmar: I - Os mitos gregos refletem a organização e os valores da sociedade na qual se inserem, incorporando, possivelmente, situações, episódios e até pessoas reais. II - O poder do Minotauro expresso no mito de Teseu, possivelmente, simboliza o domínio e a tirania de Creta sobre o território grego. III - O confronto entre Teseu e o Minotauro enquadra a mitologia grega no conjunto de crenças que manifestam uma concepção maniqueísta do universo, tal como ocorre com os antigos egípcios, mesopotâmicos e persas. IV - O mito de Teseu também se inspira na antiga religião dos hebreus, na medida em que reafirma ideias messiânicas, salvacionistas e sugere práticas monoteístas. V - A vitória de Teseu, possivelmente, simboliza a vitória de Atenas e a conquista da hegemonia marítima e comercial mediterrânica. Julgue os itens numerados de I a V e assinale a alternativa correta utilizando a chave de respostas a seguir:

a) Apenas as afirmativas II e III são corretas. b) Apenas as afirmativas I, II e V são corretas. c) Apenas as afirmativas I, IV e V são corretas. d) Apenas as afirmativas II, III, IV e V são corretas. e) Todas as afirmativas são corretas. 5. (Ufba 2012) Não se pode dizer que Colombo descobriu a América, afirmam os estudiosos do assunto, pois, quando ele aqui chegou pela primeira vez, o continente americano era habitado por milhões de indígenas. O historiador mexicano Miguel León Portilla sugeriu, então, que 12 de outubro de 1492 devia ser lembrado como data do “encontro de dois mundos”: o mundo americano e o europeu. Já outros historiadores discordam dele: preferem dizer que o dia da chegada de Colombo foi o dia da invasão da América pelo europeu. Afirmam que, devido à violência do contato entre europeus e nativos, só nos primeiros cinquenta anos após a chegada de Colombo, morreu mais da metade dos 88 milhões de nativos que o continente americano possuía no final do século XV.

(BOULOS JÚNIOR, 2004, p. 122). Considerando-se o conteúdo do texto e os conhecimentos sobre o Continente Americano como espaço integrador de culturas, pode-se afirmar: 01) Sociedades urbanizadas foram encontradas entre os “milhões de indígenas” citados no

texto, nas quais havia divisão de trabalho entre o campo e a cidade, e a produção pode ser classificada na categoria de modo de produção asiático.

02) O referido “encontro entre dois mundos” levou ao início das atividades do tráfico negreiro por genoveses e venezianos, tendo como destino as colônias inglesas do México e do Peru.

04) A violência do conquistador europeu contra as populações indígenas do Novo Mundo é semelhante àquela cometida contra populações do Continente Africano, trazidas para a América e aqui escravizadas.

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08) A sobrevivência de idiomas e práticas cotidianas de origem indígena entre populações camponesas de países da América de língua espanhola demonstra a resistência das culturas locais às experiências de aculturação daquelas populações pelos dominadores europeus.

16) As culturas africanas trazidas para o Brasil — mesmo na condição de culturas dominadas pelo sistema escravista — participaram ativamente da construção da sociedade brasileira, a partir da força de trabalho aplicada no âmbito da economia agrícola para exportação, vigente nos períodos Colonial e Monárquico.

32) A integração dos povos que formaram a sociedade brasileira foi orientada pela Igreja Católica que, respeitando as culturas de indígenas, europeus e africanos, procurou harmonizar usos e costumes de todos os povos, tendo como resultado o equilíbrio de oportunidades, existente entre os cidadãos do Brasil na contemporaneidade.

64) A América é, geograficamente, um continente peculiar, possui terras em todas as zonas climáticas, detém a maior extensão latitudinal em áreas sísmicas e vulcânicas ativas e está concentrada em três hemisférios simultaneamente.

6. (Ufba 2012)

Considerando-se os dados apresentados no gráfico e os conhecimentos sobre a evolução tecnológica, o crescimento, a distribuição e os principais movimentos migratórios da população mundial, é correto afirmar: 01) A população avançou lentamente, com a evolução da espécie — há, aproximadamente,

duzentos mil anos —, porém, a partir do surgimento da agricultura e da domesticação dos animais — promovendo o aumento de grãos e o suporte animal —, o crescimento populacional aumentou, apesar dos altos índices de mortalidade.

02) A Revolução Industrial estava em pleno curso, com alta produtividade, transportes mais rápidos e a população mundial atingia um bilhão de habitantes, quando Thomas Malthus alertou para a desarmonia entre o crescimento populacional e a falta de alimentos.

04) O século XIX, conhecido pelos avanços na educação e na saúde, ficou marcado pela queda da mortalidade infantil e pelas conquistas da medicina, acelerando, assim, o crescimento da população até os dias atuais.

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08) A Ásia é, atualmente, o continente mais populoso do planeta, a África tem as maiores taxas de crescimento demográfico, e os países ricos da Europa apresentam um envelhecimento da população.

16) As projeções estatísticas das últimas décadas apontam para uma redução dos movimentos migratórios, principalmente por causa da globalização e da diminuição dos conflitos.

32) O Brasil possui baixa densidade demográfica, mas a população está muito mal distribuída pelo território, havendo maior concentração na faixa litorânea, adentrando-se especialmente na Região Sudeste.

7. (Ufba 2012) A formação da propriedade da terra no Brasil teve uma peculiaridade: constituiu-se fundamentalmente a partir do patrimônio público. Em outros termos, o monopólio da terra foi se formando num lento processo de passagem das terras chamadas devolutas para o domínio privado. E a Primeira República foi um dos momentos mais importantes deste processo. Outra característica básica do processo de formação da propriedade da terra no Brasil é a predominância na estrutura agrária do latifúndio.

(SILVA, In: SILVA; SZMRECSÁNYI, 1996, p. 157).

A partir da análise do texto e dos conhecimentos sobre a história da propriedade da terra no Brasil, pode-se afirmar: 01) O Sistema de Capitanias Hereditárias que vigorou no Brasil Colonial dava ao donatário o

direito de posse sobre a terra que ficava sob sua administração e o direito de propriedade apenas a dez léguas de terras dentro da mesma Capitania.

02) O “lento processo de passagem das terras chamadas devolutas para o domínio privado” ocorreu no Brasil, na época colonial, com a instalação da pequena propriedade voltada para a produção de gêneros alimentícios, sob o controle monopolista do Estado português.

04) O liberalismo, que se expandiu no Brasil, no início das lutas pela independência, previa a emancipação dos escravos e a transformação dos latifúndios em médias e pequenas propriedades, acessíveis a todos os cidadãos, sem distinção de raça ou condição civil.

08) A Lei das Terras consolidou o domínio do latifúndio no Brasil e determinou, também, que os pretendentes a proprietários tinham que comprar suas terras do Estado ou de particular que as tivesse por título hábil.

16) As terras tradicionalmente ocupadas por comunidades remanescentes de quilombos, anteriormente conhecidas como “terras de negro”, têm recebido reconhecimento legal para a permanência de seus ocupantes, de acordo com o que estabelece a Constituição Federal de 1988.

32) A disputa de terras no interior do Brasil, entre antigos posseiros, fazendeiros e empresas madeireiras e mineradoras tem gerado episódios de extrema violência contra os primeiros e, por não serem elucidados ou punidos com presteza pela justiça nacional, tem atraído a censura de instituições internacionais defensoras dos direitos humanos.

8. (Ufba 2012) [...] Afirmo [...] que esta política colonial é um sistema concebido, definido e limitado do seguinte modo: repousa sobre uma tríplice base econômica, humanitária e política [...]. A questão colonial é, para os países voltados a uma grande exportação, pela própria natureza de sua indústria, como o nosso, uma questão de salvação. No tempo em que vivemos e na crise que atravessam todas as indústrias europeias, a fundação de uma colônia é a criação de uma válvula de escape [...].

(ARRUDA, s/d, p. 250). A partir da análise do texto e dos conhecimentos sobre os sistemas coloniais que já existiram na história mundial, pode-se afirmar: 01) As colônias fundadas pelas cidades-estado, na Antiguidade grega, gozavam de certa

autonomia, mantendo com a cidade-estado de origem, relações culturais e comerciais. 02) As relações de trabalho que caracterizaram as civilizações clássicas na Antiguidade eram

compostas pelo trabalho livre e pelo trabalho escravo, sendo que, entre as cidades gregas, a escravidão era aplicada com menor rigor que em Roma, considerando-se o caráter mais centralizador e explorador da economia romana.

04) A inexistência de estruturas de exploração colonial, na Idade Média europeia, não impedia a exploração da força de trabalho das populações pobres pelos senhores, que recorriam

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aos tributos servis, como forma de expropriação dos bens e garantia de sobrevivência da classe feudal.

08) A base humanística do sistema colonial a que se refere o texto diz respeito à teoria defendida pelos governos e pela Igreja, de que a dominação de povos ditos pagãos resultaria em benefício para eles mesmos, visto que seriam cristianizados e civilizados.

16) A visão da Colônia como “uma questão de salvação” refere-se ao papel a elas imposto pelas metrópoles, de serem paralelamente fornecedoras de matérias-primas, consumidoras dos produtos industrializados e áreas de imigração dos excedentes populacionais europeus.

32) O Imperialismo Colonial que atingiu os países asiáticos no século XIX limitou-se à exploração comercial, pouco influindo na política e no equilíbrio das forças internas daquelas regiões.

64) A desagregação do colonialismo e do controle estabelecido pelo Capitalismo ocidental sobre os mercados da Ásia, no século XIX, permitiu a elevação do nível econômico e financeiro do sudeste daquele continente, levando ao fenômeno de prosperidade conhecido sob a denominação de “Tigres Asiáticos”.

9. (Ufba 2012) Assinada pelo presidente Getúlio Vargas e todo o seu ministério, a Constituição de 1937 nunca foi submetida ao plebiscito da Nação, conforme prometeu ao ser imposta. Jamais os seus dispositivos foram formalizados. Por conseguinte, o Estado Novo pode ser considerado no que ele foi de mais autêntico: um regime político ditatorial, republicano-nacional-unitário-autoritário, legitimado no presidente da República. Foi por essa legitimação que construiu a sua marca no decurso de sua existência histórica (10 de novembro de 1937 a 18 de setembro de 1946).

(TAVARES, 2001, p. 421).

Com relação à estrutura política instalada no Estado brasileiro pela Constituição de 1937, pode-se afirmar: 01) Assemelhava-se à estrutura do Brasil Colonial, porque o Estado português que governava

o Brasil também era ditatorial e republicano nacionalista. 02) Originou-se da época colonial, quando a denominação “Estado do Brasil” referia-se a todo

o território nacional, dividido em províncias, com a capital no Rio de Janeiro. 04) Contrapunha-se ao Estado democrático fundamentado na vontade popular — instalado no

Brasil com as Constituições de 1946 e de 1988 —, que permitia a plena vigência da cidadania.

08) Era incompatível com a concepção de Estado federativo, considerando-se a autonomia que caracteriza a política interna de cada unidade da federação e o entendimento harmônico que deve existir entre as ações da União Federal e os Estados-Membros.

16) Foi reproduzida, em parte, pela ditadura militar de 1964 a 1985, no que diz respeito ao autoritarismo, à intervenção na política dos Estados-Membros, ao controle da imprensa e à proibição da livre expressão popular.

32) Enfatizou o nacionalismo econômico, o que foi contraposto, anos depois, pela política desenvolvimentista, que se caracterizou pela abertura da economia brasileira ao capital estrangeiro e à entrada das multinacionais no País.

10. (Ufba 2012) [...] Ao contrário da evolução ocorrida no mundo europeu, a indústria brasileira não resultou de um lento e progressivo desenvolvimento do artesanato e da pequena manufatura, mas já nasceu grande, na forma de fábricas modernas. Paradoxalmente, tal situação foi possível graças ao atraso econômico nacional. Na década de 1880, quando aqui começaram a ser implantadas as primeiras indústrias, a maquinaria fabril europeia já contava com cem anos de desenvolvimento técnico, e foi justamente com essa tecnologia importada que teve início nossa industrialização. Contudo, a aparente vantagem apresentava um gravíssimo inconveniente que deixa traços até os nossos dias: ela não estimulou o desenvolvimento de tecnologia industrial própria, muito necessária quando se quer construir máquinas que fazem máquinas ou simplesmente ajustar a produtividade aos padrões internacionais.

(PRIORE; VENANCIO, 2010, p. 235).

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Com base na análise do texto e nos conhecimentos sobre os sistemas econômicos existentes no Brasil, ao longo de sua história, pode-se concluir: 01) O “atraso econômico” a que se refere o texto tem sua origem no sistema econômico

colonial, quando as correntes do “exclusivo comercial” submetiam a produção e o comércio da colônia brasileira ao imediatismo da política econômica portuguesa.

02) A economia do Brasil Monárquico beneficiou-se, até a metade do século XIX, com a parceria, com os investimentos e com o volume da sua exportação de produtos industriais para os novos países da América Latina, cujos mercados também estavam em expansão.

04) A política econômica do início da república brasileira, popularmente conhecida como “encilhamento”, propiciou uma efetiva expansão dos recursos financeiros do país, gerando investimentos em empresas industriais que resultaram na ampliação do parque industrial nacional.

08) A característica essencialmente comercial da cidade do Salvador, no século XIX, a presença do trabalho escravo e os obstáculos advindos da economia internacional dominante, que não admitia concorrência, limitaram as possibilidades de instalação de indústrias na Província da Bahia.

16) O Brasil, além da importação de tecnologia industrial, importou também ideologias e práticas de organização do operariado, destacando-se o anarcossindicalismo e o socialismo/comunismo, que evoluiu para a formação do Partido Comunista Brasileiro (PCB) em 1922.

32) A economia brasileira, incapaz de se libertar das origens coloniais, manteve, até o final do século XX, sua característica dependente, marcada pela produção de matérias-primas para exportação, pela extensa importação de produtos industrializados, pelo mercado interno limitado e pelos baixos índices de urbanização.

64) O avanço da tecnologia, da gestão administrativa e dos conhecimentos científicos ligados ao melhoramento genético de produtos agrícolas e de animais tem dado ao agronegócio, no Brasil, no século XXI, um caráter empresarial, que difere do antigo sistema agrícola para exportação, vigente em séculos passados.

11. (Ufba 2012) O Estado deve ser fundamentalmente diferenciado da Nação, porque o Estado consiste em uma organização política, um poder independente no plano externo, e supremo no interno, provido de recursos humanos e financeiros para sustentar sua independência e autoridade. Não podemos identificar o primeiro com a segunda, como se costumava fazer, até entre os próprios patriotas catalães, que falavam ou escreviam sobre uma nação catalã no sentido de um Estado catalão independente. [...]

(CASTELLS, 1999, p. 60).

O conceito em análise, contido no texto, permite reconhecer como Estado 01) os reinos e os impérios da Antiguidade, visto constituírem organizações políticas dirigidas

por governos geralmente autoritários, apoiados no poder da classe dominante e na força militar, a fim de garantir as conquistas e a defesa de ameaças externas.

02) os feudos da Europa medieval, por terem conservado as fronteiras e a divisão política vigentes no antigo Império Romano do Ocidente.

04) as formações políticas que se construíram na Idade Moderna europeia, por possuírem fronteiras definidas, território unificado, sistema de leis e de justiça organizados, língua oficial predominante, moeda única e governo centralizado sob a forma de monarquias ou oligarquias aristocráticas.

08) os reinos da Itália (1860) e da Alemanha (1871), depois das lutas travadas interna e externamente, por alcançarem a unificação dos seus respectivos territórios, fator indispensável à concepção do Estado e ao reconhecimento de sua existência por outros países europeus.

16) a Nação Palestina, cujos cidadãos, dispersos no Egito, no Irã e em campos de refugiados da Síria, têm utilizado métodos pacifistas, para manterem o status de Estado, já reconhecido pela ONU desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

32) a Organização dos Estados Americanos (OEA), por aglutinar todos os países da América e por estar submetida aos princípios da Doutrina Monroe.

12. (Ufba 2012) Sobre o espaço social que compreende a sociedade e a família, é correto afirmar:

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01) A existência de uma sociedade humana depende do agrupamento de caráter durável entre seus componentes, localizados num determinado espaço territorial, no qual se estabelecem relações sociais complexas.

02) O nascimento da sociedade civil, segundo os pensadores iluministas John Locke e Jean Jacques Rousseau, decorreu do estabelecimento de um contrato social que superou o anterior “estado de natureza” vivido pelos homens.

04) A sociedade rural brasileira foi, no século XIX, suplantada pela sociedade urbana, em razão da transferência da capital do País de Salvador para o Rio de Janeiro e dos programas de urbanização das vilas litorâneas, desenvolvidos pelo Príncipe D. João.

08) A família patriarcal da sociedade colonial brasileira pode ser classificada como família extensa, por abrigar, além da família nuclear, os parentes colaterais e os agregados.

16) A atual família nuclear brasileira formou-se no início da história da república, quando então era considerada legítima a família composta por brancos livres e católicos de origem portuguesa.

32) Os laços familiares na sociedade ocidental contemporânea tendem a se tornar mais estreitos, em razão do aumento da natalidade nos países ricos, da superação do desemprego e da elevação do nível de segurança ao cidadão urbano.

13. (Ufba 2011) Hino ao “Dois de Julho” Nasce o sol a Dois de Julho Brilha mais que no primeiro É sinal que neste dia Até o sol é brasileiro! Nunca mais o despotismo Regerá nossas ações Com tiranos não combinam Brasileiros corações! (TITARA; BARRETO, 2009, p. 4). Elevado recentemente à condição de Hino Oficial do Estado da Bahia, o Hino ao Dois de Julho, de autoria de Ladislau dos Santos Titara, foi cantado pela primeira vez em 1846, no Teatro São João, em Salvador. Nos versos de sua primeira estrofe e no estribilho, estão contidas alusões a fatos e aspirações presentes nas classes dominantes urbanas da Bahia da época. A análise desse hino, associada aos conhecimentos dos fatos históricos que envolveram as lutas pela independência, permite afirmar: 01) O Dois de Julho de 1823 representa o ponto culminante e a vitória da resistência dos

habitantes do Recôncavo baiano contra a pressão recolonizadora do governo português sobre o Brasil.

02) “Nunca mais o despotismo” (v. 5) é um verso que se identifica com o despotismo esclarecido europeu, que se transferiu para o Brasil na figura da rainha D. Maria I.

04) As “nossas ações” (v. 6), regidas pelo despotismo, diziam respeito ao colonialismo e ao monopólio comercial português, que controlara o mercado colonial em seu próprio benefício.

08) A ingerência das Cortes Portuguesas, na Regência do Príncipe D. Pedro, expressava uma ação política de Portugal ditada pelo despotismo colonialista.

16) A expressão “tiranos” (v. 7), aludidos no texto, diz respeito à tirania da pressão das classes populares, que exigiam maior participação política por meio de eleições livres.

32) A história do Brasil, apesar do desejo demonstrado pelo autor do hino, registrou momentos de despotismo e tirania, em períodos posteriores, vividos na instalação de governos ditatoriais de composição civil e de composição militar.

64) O movimento pela independência da Bahia, à semelhança da Proclamação da República de 1889, no Rio de Janeiro, caracterizou-se por se desenrolar distante do povo, sendo, portanto, uma conspiração de elite.

14. (Ufba 2011) Sobre os movimentos sociais, na história do Brasil, que têm como ponto comum a questão da pobreza, é correto afirmar:

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01) O conflito conhecido como “Guerra dos Emboabas” representou um choque de interesses entre trabalhadores livres pobres e os grandes proprietários de lavras e casas de fundição do ouro, na região das minas.

02) A chamada “Guerra da Cisplatina”, ocorrida no Primeiro Reinado, resultou do confronto entre tribos indígenas da região do Prata e fazendeiros brasileiros que ocupavam aquele território.

04) O termo “cabano” designava uma grande população miserável de mestiços, brancos pobres e índios destribalizados, que participaram do levante armado conhecido como Cabanagem, na Província do Grão-Pará.

08) A Balaiada, ocorrida na Província do Maranhão, no Período Regencial, é considerada um movimento social que expressava, de forma violenta e desorganizada, a insatisfação de camadas populares constituídas por negros aquilombados e mestiços contra o poder das elites provinciais.

16) Os movimentos sociais ocorridos no Brasil, entre os séculos XIX e XX, têm como ponto comum sua ligação ideológica com o socialismo marxista.

32) A Revolta da Chibata diz respeito ao movimento que condenava o espancamento de escravos que trabalhavam nos navios da Marinha Brasileira, no século XIX.

64) A Revolta da Vacina, ocorrida no Rio de Janeiro, em 1904, foi favorecida pelo clima de descontentamento que se alastrou entre a população pobre, ao ser desalojada do centro da cidade para dar lugar ao projeto de modernização da então capital da República.

15. (Ufba 2011) Em referência ao processo político-partidário na República brasileira, do período pós-1930 até os dias atuais, é correto afirmar: 01) A recomposição do poder das velhas oligarquias estaduais verificou-se durante o período

do governo provisório, pós-revolução de 1930, a exemplo do ocorrido no Rio Grande do Sul, com a Revolução Federalista.

02) A inquietação política permaneceu no país, agravada pela influência ideológica de movimentos comunistas e fascistas, apesar da promulgação da Constituição de 1934.

04) A aliança da política externa do Estado Novo, com a URSS (União Soviética), no período que antecedeu à Segunda Guerra Mundial, levou à expulsão do país, no citado período, de alemães, judeus e comunistas.

08) O crescimento acelerado da população, a reforma agrária, a urbanização e a industrialização foram fatores que contribuíram para aumentar a influência dos senhores de terra no que se refere ao comportamento político da população residente no atual “Polígono das Secas”.

16) O ditador Getúlio Vargas, por ser extremamente popular entre as classes trabalhadoras e grandemente festejado nas suas aparições públicas, pode ser classificado como um governante populista.

32) A forma de governo republicana presidencialista que vigora no Brasil foi confirmada mediante um plebiscito, ou seja, uma consulta popular apresentada à nação, em 1993, que escolheu entre a monarquia e a república, logo após o processo de “impeachment” do presidente Fernando Collor de Mello, na vigência do governo de Itamar Franco.

64) O pluripartidarismo, adotado na política brasileira após 1945, refletia os interesses do extinto Estado Novo (PSD e PTB), das elites e das classes médias (UDN) e dos comunistas aliados a Getúlio Vargas (PCB).

16. (Ufba 2010) Salvador e o Recôncavo dependiam do sertão. Salvador necessitava da carne que o sertão fornecia. Carne, couro e sebo eram usados na cidade e no campo, e os engenhos precisavam igualmente de bois para o transporte, muitos também como força motriz. Grandes boiadas percorriam, às vezes, sessenta quilômetros por dia, com destino às feiras na orla do Recôncavo, onde um ativo comércio tinha lugar. A primeira dessas feiras foi Capoame, estabelecida por Francisco Dias d’Ávila em 1614. Localizada na paróquia de Santo Amaro de Ipitanga, próxima à atual Camaçari, a feira, realizada às quartas, prosperou e permaneceu a mais importante até a ascensão da feira de Santana, a “Princesa do Sertão”, na década de 1820. Na década de 1720, o couro tornou-se importante produto de exportação na Bahia. A frota de 1735, por exemplo, transportou 180861 meios de sola e mais de 11 mil peças de couro cru. Além disso, a indústria de fumo de Cachoeira dependia do couro para embalar os rolos e, assim, havia também uma demanda constante dentro da própria capitania pelo couro do sertão.

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(SCHWARTZ, 1995, p. 88). Considerando-se o texto, que trata sobre um dos aspectos da economia do Brasil Colonial — as atividades agropecuárias — e os conhecimentos sobre o tema, pode-se afirmar: 01) A marcha do povoamento, nas terras do Brasil, nos séculos XVI e XVII, aconteceu com o

deslocamento dos currais existentes no sertão em direção aos grandes centros urbanos do litoral.

02) As feiras de gado, referidas no texto, se estabeleceram em momentos históricos diferentes, mas ambas foram responsáveis pelo povoamento e pela fixação de núcleos urbanos na Colônia.

04) Os currais construídos no Vale do São Francisco garantiram, no século XIX, o intenso contrabando de africanos escravizados na fase posterior à Lei Eusébio de Queiroz.

08) A produção de couro e derivados na Bahia esteve destinada ao mercado metropolitano e ao mercado interno, como atividade complementar da economia colonial.

16) A Vila da Cachoeira, situada no chamado Recôncavo Sul da Bahia, além da produção de fumo, também atuou como polo da produção açucareira e ponto de partida para a penetração no sertão.

17. (Ufba 2010) A política externa do Segundo Reinado girou em torno de dois eixos fundamentais: as relações privilegiadas com a Inglaterra, que foram interrompidas momentaneamente com a Questão Christie, e as constantes intervenções do Brasil na Bacia do Prata, que geraram conflitos com vários países da região, como, por exemplo, Argentina e Paraguai.

(CÁCERES, 1993, p. 191). Considerando-se o texto e os conhecimentos sobre a política brasileira no Segundo Reinado, pode-se afirmar: 01) As “relações privilegiadas” referidas no texto dizem respeito a concessões especiais feitas

pela Inglaterra ao Brasil, anistiando a dívida brasileira com aquele país por ocasião do reconhecimento da independência.

02) A chamada “Questão Christie” (1863) representa mais um episódio dos conflitos entre Brasil e Inglaterra, ocorridos no período mais agudo da pressão inglesa contra o tráfico de africanos escravizados para o Brasil.

04) A dependência econômica do Brasil frente à Inglaterra, no período referido, comprova-se através dos empréstimos ingleses para obras de infraestrutura e as importações brasileiras de produtos daquele país por preços mais competitivos no mercado.

08) O Brasil desenvolveu uma política imperialista de agressão sistemática contra os países com os quais fazia fronteira, por ser a única monarquia entre os países republicanos da América do Sul.

16) A pressão brasileira na região platina, na segunda metade do século XIX, explica-se, em parte, pelo temor do Brasil de perder o livre acesso à navegação comercial no Rio da Prata.

32) Um dos desdobramentos da Guerra do Paraguai na política interna brasileira diz respeito ao fortalecimento do Exército e das reivindicações políticas dos oficiais de alta patente, ocasionando conflitos com o governo monárquico.

18. (Ufba 2010) Texto I

Narra a crônica que foi numa noite chuvosa do verão de 1939 que o mineiro de Ubá

Ary Barroso (1903-1964) compôs Aquarela do Brasil, canção que divulgou a imagem de um país de natureza exuberante, de cidadãos de todas as classes e raças convivendo em alegre harmonia. Lançada num período de acirrado nacionalismo, Aquarela consolidou o estilo samba-exaltação e, com versos ufanistas, ajudou a elevar o gênero samba à categoria de símbolo musical nacional.

(NARRA..., 2009, p. 178). Texto II

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Brasil, meu Brasil brasileiro Meu mulato inzoneiro Vou cantar-te nos meus versos Ô Brasil, samba que dá Bamboleio que faz gingar Ô Brasil, do meu amor Terra de Nosso Senhor Brasil, Brasil Pra mim, pra mim Ah, abre a cortina do passado Tira a Mãe Preta do cerrado Bota o Rei Congo no congado Brasil, Brasil Pra mim, pra mim

(BARROSO, 2009, p. 178).

A análise do texto, dos versos e os conhecimentos sobre as relações etnoculturais da sociedade brasileira permitem afirmar: 01) A imagem de “todas as classes e raças convivendo em alegre harmonia” no Brasil, citada

no Texto I, e a crença na inexistência de preconceito ou discriminação racial originaram o conceito de “democracia racial”.

02) A expressão “mulato inzoneiro”, referida no Texto II, traduz a imagem idealizada da malandragem alegre e inofensiva associada ao mestiço, geralmente pobre, sem profissão definida e habitante da periferia das grandes cidades brasileiras na primeira metade do século XX.

04) O Brasil de 1939, dirigido pelo governo constitucional e democrático de Getúlio Vargas, repeliu a poesia de Aquarela do Brasil por considerá-la pouco elaborada e distante do estilo clássico herdado da cultura europeia.

08) O “acirrado nacionalismo” a que o Texto I se refere se relaciona com ideologias nacionalistas cultivadas na Europa do período e constituiu a base teórica e política para a linha condutora do nacionalismo econômico do Brasil até o fim da Segunda Guerra Mundial.

16) As expressões “Mãe Preta” e “Rei Congo”, presentes no Texto II, representam a situação de integração social e o reconhecimento da cidadania do negro nas diferentes camadas da sociedade brasileira, nos anos 1930-1940.

32) O gênero samba, antes cultivado pelas classes populares, foi apropriado pela filosofia política do governo de Getúlio Vargas durante a Segunda Guerra Mundial, passando a compor um dos símbolos da imagem transmitida pelo Estado Novo para o exterior.

19. (Ufba 2010) Os militares republicanos eram, em sua maioria, oficiais em início de carreira, como os alunos da Escola Militar, localizada na Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. A maior parte dessa “mocidade militar” era de jovens de menos de 30 anos, que possuíam educação superior e valorizavam o estudo das ciências exatas. A Escola Militar da Praia Vermelha foi durante muito tempo a única escola de engenharia do Império, sendo conhecida por ministrar um ensino de qualidade. A mocidade militar escolheu para liderá-la o prestigiado major Benjamin Constant, professor de Matemática na Escola Militar e grande divulgador do positivismo entre os jovens oficiais. Segundo o positivismo, as leis das Ciências Exatas e Naturais (Química, Física, Matemática, Biologia) deveriam ser utilizadas para a compreensão e solução dos problemas sociais. Para os positivistas, só o conhecimento científico traria progresso e felicidade. Nesse sentido, proclamar a República seria, então, uma forma de acelerar o progresso do Brasil.

(BOULOS JÚNIOR, 2004, p. 23). Com base na análise do texto e nos conhecimentos sobre filosofia contemporânea, pode-se afirmar: 01) O contexto histórico da aplicação do positivismo no Brasil coincide com o da divulgação

das ideias liberais, que defendiam a liberdade, a igualdade e a fraternidade.

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02) A origem francesa do idealizador do positivismo, Augusto Comte, constituiu um impasse para sua aceitação pelos estudantes nacionalistas e antieuropeus que frequentavam as escolas de engenharia nas diversas províncias do Império Brasileiro.

04) O positivismo como filosofia política preconizava a abordagem, a compreensão e a solução dos problemas sociais a partir de métodos das ciências exatas e naturais, desprezando a imprevisibilidade dos atos humanos e, portanto, os fatos sociais.

08) O ideal republicano positivista defendido pelos jovens militares buscava a instalação de uma sociedade fundamentada na ordem e na disciplina, caminho então pretendido para se alcançar o progresso do país.

16) O movimento filosófico do positivismo transformou-se em movimento religioso, ao propor a organização de uma “Religião da Humanidade” baseada em verdades positivas estabelecidas através da verificação científica.

32) O “Estado Positivo” preconizado pelo positivismo seria essencialmente popular, liberal e democrático, e, portanto, mais adequado aos governos monárquicos que aos republicanos.

20. (Ufba 2010)

Países com arsenais nucleares

Países com programa de armamento

nuclear

Est

ados

U

nido

s

Rús

sia

Chi

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Fran

ça

Ingl

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Cor

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do

Nor

te

Irã

Número de ogivas 2700 4840 180 300 160 60 60 80 Menos

de 10 0

Gastos militares

anuais (em bilhões de dólares)

546 35 58 53 35 4,5 24 12 12 6,6

Signatário do Tratado de

Não Proliferação

Nuclear

Sim Sim Sim Sim Sim Não Não Não Não Sim

A análise dos dados da tabela e os conhecimentos sobre a política nuclear do mundo pós-Segunda Guerra Mundial permitem afirmar: 01) O número de ogivas nucleares registrado na Rússia, apoiado numa forte economia

estatizada, confere àquele país, nos dias atuais, hegemonia política e o papel de maior potência nuclear

do planeta. 02) O número de ogivas e os gastos militares apresentados pela Coreia do Norte, comparados

com os mesmos dados da China, indicam que os norte-coreanos são menos ameaçadores para a paz mundial que os chineses. 04) O Tratado de Não Proliferação Nuclear, assinado em 1968, constituiu um dos parâmetros

políticos e militares que evitariam confrontos entre nações nucleares rivais, mesmo durante o período conhecido como Guerra Fria. 08) Os gastos militares, comparados com o número de ogivas disponíveis pelos Estados

Unidos, sugerem que outros armamentos, que não os atômicos, ocupam as estratégias militares desse país na sua participação em conflitos políticos de diversas regiões do planeta.

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16) Signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear e não dispondo ainda de nenhuma ogiva, o Irã,

por questões políticas e ideológicas, torna-se uma ameaça para o equilíbrio nuclear mundial. 32) Índia e Paquistão, embora dispondo conjuntamente de um número menor de ogivas e de

menor volume de gastos militares, por questões políticas e culturais, tornam-se mais vulneráveis a um conflito armado atômico que países europeus, outros países asiáticos e os Estados Unidos,

como está demonstrado na tabela. 21. (Ufba 2010) Por volta de 1830, a maioria dos países da América já tinha proclamado a independência. Entretanto as diferenças entre eles eram bastante claras. Os Estados Unidos da América (EUA) começavam a se tornar o país mais industrializado do planeta. A América Latina continuava presa às pesadas heranças coloniais: predominavam as economias exportadoras de produtos primários, governos de latifundiários que olhavam com ar de superioridade para a multidão de governados de pele mais escura, grandes comerciantes que enriqueciam importando montanhas de produtos, de qualidade ou quinquilharias das fábricas inglesas, ausência de direitos para a maioria da população.

(SCHIMIDT, 2005, p. 427). Com base na análise do texto, associada aos conhecimentos sobre o Imperialismo, pode-se afirmar: 01) O imperialismo europeu do século XIX, em direção à América Latina, foi possível após

estabelecer com os Estados Unidos acordos de limites de áreas a serem recolonizadas. 02) As pesadas heranças coloniais referidas no texto explicam o limitado número de imigrantes

europeus direcionados à Argentina e ao Brasil, no período de 1820 a 1880. 04) Os Estados Unidos, ao se tornarem o país mais industrializado do planeta, reuniram

condições econômicas e políticas para concretizar seu projeto imperialista, no século XX, em direção à América Latina.

08) O olhar de superioridade dos governos de latifundiários em relação à multidão de governados de pele mais escura revela o fortalecimento dos desequilíbrios sociais, ampliados no contexto da dominação imperialista dos Estados Unidos.

16) O número de imigrantes europeus com destino aos Estados Unidos se intensificou durante a Primeira Grande Guerra, devido à ruralização da economia europeia.

32) O fortalecimento econômico do Brasil, nas três primeiras décadas do século XX, motivado pela política de substituição das importações, impediu a presença imperialista norte-americana no país, durante o período da Guerra Fria.

22. (Ufba 2010) A sociedade política é como um cabo composto de muitos fios: o fato de se acharem esses diferentes fios torcidos e enrolados uns sobre os outros aumenta não somente a força do cabo, mas também sua flexibilidade. Existem fios de interesses econômicos, fios de sentimento nacional e doméstico, fios de crença religiosa, fios de diferentes graus de experiência e educação. O próprio cabo é complexo por natureza, e mais complexo o fazem ainda os nós representados pelas dificuldades políticas que clamam solução; para uma política sã impõe-se, porém, uma condição, a saber: que não se deve recorrer ao exemplo de Alexandre, de desembainhar a espada para cortar o nó górdio. Qualquer imbecil poderá resolver os problemas do poder político pela lei marcial; mas ninguém, a não ser um imbecil, tomaria por governo semelhante processo.

(MUMFORD, s/d, p. 199). A análise do texto e os conhecimentos sobre a organização das sociedades modernas possibilitam afirmar: 01) A estrutura da sociedade política, na transição da Idade Média para a Idade Moderna,

caracterizou-se pelo entrelaçamento de fios fortemente amarrados ao pensamento teocêntrico cristão.

02) A economia mercantil e os governos dos “príncipes”, nas cidades italianas do período renascentista, confirmam a complexidade, a força e a flexibilidade da sociedade política de sua época.

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04) “Fios de sentimento nacional” estiveram ausentes no processo político de unificação da Alemanha, ao longo do século XVIII.

08) “Fios de crença religiosa”, aliados a fatores étnicos e territoriais, têm dificultado a construção e o reconhecimento de uma sociedade política de governo palestino no Oriente Médio.

16) O uso da força para a manutenção da ordem pública, de forma temporária ou permanente, em sociedades democráticas ou não, constitui sempre um indicador de falência da sociedade política.

32) Sociedades políticas organizadas em Estados Totalitários lançam mão, com frequência, da solução do “nó górdio” para enfrentar dificuldades de ordem política.

64) As cidades-estado representaram, ao longo da história, a incapacidade de diferentes povos para se organizarem em sociedades políticas compostas por “fios” múltiplos e complexos.

23. (Ufba 2010) [...] Os historiadores discordam sobre a exata porcentagem de escravos na população total de Atenas no século IV, mas Moses Finley afirma que a proporção era tão grande quanto o conjunto dos estados escravocratas do sul, na América, em 1860, e que os proprietários de escravos na Grécia eram até mais amplamente distribuídos entre a população livre do que na América. A economia grega não era tão dependente da escravidão como as economias das Índias Ocidentais e do sudeste dos Estados Unidos; no entanto, Finley argumenta persuasivamente que a instituição era um elemento intrínseco à sociedade helênica. Além disso, “as cidades em que a liberdade alcançou sua expressão mais alta — mais claramente Atenas — eram cidades em que a escravidão florescia”. Assim, a história da Grécia antiga apresenta o mesmo paradoxo que deixou os americanos perplexos a partir do século XVIII: liberdade e escravidão pareciam avançar juntas.

(DAVIS, 2001, p. 53-54). Considerando-se as informações do texto e os conhecimentos sobre as relações escravistas e rurais de produção na Antiguidade, na Idade Média e no Colonialismo Mercantil, pode-se afirmar: 01) As relações de produção no Feudalismo, ao estabelecerem os laços de dependência do

servo ao senhor, alteraram, mas não extinguiram, as relações escravistas, que seriam retomadas e modificadas no contexto do Colonialismo Mercantil do século XVI.

02) Ser proprietário de escravos, na Grécia antiga, não indicava, necessariamente, que o indivíduo fazia parte das elites ou das camadas dominantes, bastava-lhe ser livre e cidadão.

04) A presença expressiva da escravidão, nas cidades gregas que mais cultivavam a liberdade e a democracia, constitui uma contradição quando comparada às concepções de liberdade e democracia elaboradas pelo pensamento liberal/ocidental do século XIX.

08) A expansão militar/imperialista do Império Romano, a partir do século III a.C., foi fator responsável pelo fortalecimento do caráter escravista de sua sociedade e pela dependência de sua agricultura e atividades urbanas da mão de obra escrava.

16) O trabalho escravo era indispensável à sobrevivência econômica das metrópoles colonialistas dos séculos XVI ao XIX, da mesma forma como acontecia nas sociedades escravistas das cidades gregas da Antiguidade.

32) A origem africana e a cor negra identificavam o escravo e seus descendentes tanto nas cidades gregas quanto nas colônias do Novo Mundo, o que coloca as duas experiências escravistas no mesmo processo histórico.

64) O avanço da urbanização, no Brasil Colonial, foi fator de desestímulo ao trabalho escravo, em virtude da ampliação do mercado de trabalho livre e assalariado, que atraía grande parte de componentes das classes desprivilegiadas coloniais, independente da situação civil ou da origem étnica.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Assinale as proposições verdadeiras, some os números a elas associados e marque o resultado. 24. (Ufba 2006) Até 1866, pode-se dizer que a escravidão era tanto "res integra" [coisa

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correta], como era "res sacra" [coisa sagrada]. Algumas vozes se levantaram em todo tempo contra o cativeiro, mas tinham ficado sem repercussão, não tinham chegado aos ouvidos nem dos senhores nem dos escravos, interceptadas como eram pela impenetrável camada política exterior, que isolava a escravidão nos seus latifúndios.

(NABUCO, 1998, p. 695). A partir da análise do texto e dos conhecimentos sobre o processo da abolição da escravidão no Brasil, pode-se afirmar: 01) O momento histórico a que se refere o texto caracterizou-se pelos conflitos regionais no

país, nos quais as lutas entre conservadores × liberais × restauradores revelam a predominância dos interesses portugueses frente às necessidades brasileiras.

02) O movimento abolicionista instalou-se durante a Revolta dos Malês, visto que os senhores aderiram ao referido movimento por temerem que os escravos se revoltassem em massa contra a opressão e a exploração, resultando em situação desfavorável para toda a sociedade.

04) As vozes que se levantaram contra a escravidão na década de 60 do século XIX não alcançaram repercussão, dentre outras razões, porque ainda não eram apoiadas pela legislação nem por instituições representativas da vontade popular.

08) As reações da sociedade brasileira ao movimento abolicionista variavam de acordo com sua maior ou menor dependência do trabalho escravo, o que explica a posição contrária a esse movimento pela maioria dos produtores tradicionais de gêneros agrícolas para exportação.

16) As últimas décadas do século XIX registram um acelerado crescimento das cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, coincidindo com a expansão cafeeira e com o período no qual se consolidavam, na prática, as relações de trabalho livre e assalariado.

32) A predominância de afro-descendentes no mercado informal urbano nas regiões Nordeste e Sudeste relaciona-se com as dificuldades de sua inserção no mercado de trabalho, em decorrência da falta de planejamento para o pós-abolicionismo por parte dos setores oficiais responsáveis por aquele ato.

25. (Ufba 2006) O final do século XIX marca uma série de novos desdobramentos que afetaram o clima intelectual do nosso tempo. Em primeiro lugar, está o colapso das velhas maneiras de viver, enraizadas na era pré-industrial. O tremendo crescimento da capacidade técnica tornou a vida muito mais intrincada do que costumava ser. Se isto é bom ou mau, não está em questão aqui. Meramente observamos o fato de que as demandas do nosso tempo são enormemente mais variadas e as exigências da vida cotidiana muito mais complexas do que antes.

(RUSSEL, 2002, p. 411). Com base na análise do texto e nos conhecimentos sobre o assunto pode-se afirmar: 01) O momento histórico descrito no texto registrou o apoio da Igreja às teorias do socialismo

utópico e científico, expresso nos textos das Encíclicas "Rerum Novarum" e "Mater et Magistra".

02) A filosofia iluminista privilegiava a razão, enquanto filosofias do fim do século XIX enfatizavam a força da irracionalidade, expressa através dos impulsos e dos instintos.

04) O contexto histórico vivenciado na Europa, no fim do século XIX, possibilitou o aparecimento de teorias racistas, destacando-se, entre elas, a que preconizava a figura do homem superior (super-homem), elaborada pelo filósofo alemão Friedrich Nietzsche.

08) As teorias freudianas sobre a estrutura emocional do ser humano inscrevem-se no momento histórico descrito no texto, porque as mesmas reconheciam a existência do conflito entre os impulsos do homem e as regras estabelecidas pela civilização.

16) As novas teorias não afetaram o pensamento filosófico, nem o campo das artes e das concepções estéticas, apesar da complexidade registrada na sociedade contemporânea.

32) O marxismo, como filosofia política, rejeitou a interpretação cristã do desenvolvimento humano e preconizou o materialismo histórico impulsionado pela luta de classes.

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Gabarito: Resposta da questão 1: [E] Resposta da questão 2: [D] Resposta da questão 3: [C] Resposta da questão 4: [B] Resposta da questão 5:

01 + 04 + 08 + 16 + 64 = 93. [Resposta do ponto de vista da disciplina de Geografia] As afirmações corretas são [01], [04], [08], [16] e [64], perfazendo 93 pontos. As afirmações incorretas são: [02] O encontro de “dois mundos” refere-se à chegada dos colonizadores europeus no

continente americano onde encontraram vários povos e civilizações indígenas (ameríndios). O encontro resultou no extermínio e na descaracterização da cultura de parte das comunidades indígenas.

[32] A Igreja Católica não respeitou a diversidade cultural africana e indígena, procurando reprimir e impor sua visão de mundo.

[Resposta do ponto de vista da disciplina de História] [01] CORRETA. A afirmativa refere-se aos Astecas e Incas, já que os Maias já haviam

desaparecido quando da chegada dos europeus. [02] INCORRETA. O tráfico de escravos foi realizado por portugueses, ingleses e holandeses e

tinha como destinos o Brasil, América Central e as colônias inglesas de exploração na América do Norte.

[04] CORRETA. O litoral atlântico africano foi colonizado principalmente pelos portugueses e os africanos serviram como mão de obra principal dos grandes centros produtores de açúcar e algodão da América.

[08] CORRETA. Apesar de correta a afirmativa, pois houve resistência indígena à dominação estrangeira, é necessário lembrar que em todo choque cultural, por mais devastador que seja a aculturação, sempre implicará na natural absorção de parte da cultura dominada pela cultura dominante.

[16] CORRETA. Conforme já explicitado nas respostas anteriores, a mão de obra africana foi a base da produção açucareira, a ponto do Padre Antonil afirmar que "Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles não é possível fazer, conservar e aumentar fazenda, nem ter engenho corrente." (ANTONIL, "Cultura e opulência do Brasil". Belo Horizonte: Itatiaia, 1982, p. 89.)

[32] INCORRETA. A presença da Igreja no Brasil colonial teve como objetivos impor, por meio da catequese, a cultura europeia sobre os indígenas, justificar a escravidão africana e garantir manutenção da ideologia metropolitana sobre os colonizadores, evitando o "desvirtuamento" das almas.

[64] CORRETA. Questão específica de geografia física. Resposta da questão 6: 01 + 02 + 08 + 32 = 43. [Resposta do ponto de vista da disciplina de Geografia]

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As afirmações corretas são [01], [02], [08] e [32], perfazendo 43 pontos. As afirmações incorretas são: [04] As maiores quedas das taxas de mortalidade, inclusive a infantil, aconteceram a partir do

século XX com os avanços nos setores de saúde (novos medicamentos e atendimentos médico-hospitalar).

[16] Com a globalização da economia e a permanência de numerosos conflitos em várias regiões do mundo, houve um aumento dos fluxos migratórios internacionais nas últimas décadas.

[Resposta do ponto de vista da disciplina de História] O gráfico mostra, numa visão cronológica, informações relevantes quanto ao desenvolvimento tecnológico e o crescimento populacional. As alternativas [01], [02], [08] e [32] são as únicas que apresentam informações corretas dentro desse contexto. A alternativa [04] está incorreta, pois os descobrimentos realizados no século XX, e não XIX, potencializaram os efeitos da tecnologia, principalmente na área da saúde, promovendo inovações fundamentais. Com o avanço cada vez maior do capitalismo, fortalecido pelo fenômeno da globalização, os movimentos migratórios se intensificaram nas últimas décadas, sendo também impulsionados pelos crescentes conflitos, como, por exemplo, no Oriente Médio. Nesse contexto, a alternativa [16] também está incorreta. Resposta da questão 7:

01 + 08 + 16 + 32 = 57. [01] CORRETA. A proibição do direito de propriedade a menos de dez léguas visava evitar que

doações de terras (sesmarias) prejudicassem a produção açucareira. [02] INCORRETA. Questão interpretativa. A afirmativa é contrária ao próprio texto. Conforme o

autor, a transição atinge seu apogeu na República Velha e foi marcada pela predominância do latifúndio monocultor.

[04] INCORRETA. Após a Independência, o Brasil foi estruturado em um governo monárquico absolutista, escravocrata, latifundiário, monocultor e agroexportador. Pequenos focos de liberalismo, como a Confederação do Equador e as revoltas regenciais, foram esmagados pelo governo.

[08] CORRETA. De fato, a Lei de Terras de 1850 objetivava a manutenção do controle das terras aráveis, principalmente a partir da grande migração europeia, no século XIX, que ameaçava os interesses dos proprietários brasileiros e o próprio modelo latifundiário monocultor.

[16] CORRETA. O art. 68 da Constituição confere aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes títulos respectivos. Desde a promulgação da constituição, em 1988, diversos decretos, instruções normativas e portarias ministeriais vêm materializando a diretriz normativa.

[32] CORRETA. A década de 1990 foi marcada pelo nascimento de movimentos camponeses, como o MST (Movimento dos Sem Terras), cujos conflitos violentos com empresas agrícolas e proprietários alcançaram a mídia internacional. Resposta da questão 8:

Gabarito Oficial: 01 + 02 + 04 + 08 + 16 = 31. Gabarito SuperPro®: 01 + 04 + 08 + 16 = 29. [01] CORRETA. As colônias da Antiguidade, em geral, eram formadas pela expansão das

atividades comerciais, pelo aumento populacional e/ou necessidade de terras férteis, como ocorre na Segunda Diáspora Grega, no fim do período Homérico e início do Arcaico, na Grécia Antiga.

[02] INCORRETA. Apesar de a banca examinadora ter apontado a afirmativa como CORRETA, ela é falsa por vários motivos. A origem dos escravos, tanto na Grécia como em Roma, era a mesma: devedores que não honravam suas dívidas quanto os vencidos em guerras. Na Grécia, era rara a libertação de um escravo e o liberto não tinha direitos. Em Roma, a prática da alforria de escravos urbanos era comum e os filhos dos não alforriados eram considerados livres. Libertos, o ex-escravos adquiriam cidadania romana. O oposto se

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dava na Grécia, onde os descendentes continuavam escravos, as chances de alforria eram mínimas e os libertos continuavam sem direitos políticos, como as mulheres e os estrangeiros. Ademais, os escravos sofriam punições e maus-tratos diversos nos dois povos, que os consideravam como "res" (coisa, objeto). Assim, não há bases para se afirmar que a escravidão era aplicada com menos rigor na Grécia do que em Roma.

[04] CORRETA. De fato, no feudalismo, o servo era explorado pelo senhor feudal através da cobrança de uma série de tributos, tais como a corveia, a talha e as banalidades, pelo uso da terra e dos instrumentos coletivos (moinho, forno, etc.).

[08] CORRETA. No colonialismo dos séculos XVI ao XVIII, propagou-se a ideia salvacionista de conversão dos povos "pagãos" da América, através da catequese, para a "salvação" de suas almas. No neocolonialismo do século XIX, este conceito continuou inserto em uma ideologia etnocêntrica mais ampla: a missão civilizadora do homem branco, que promoveria o suposto desenvolvimento dos povos considerados atrasados da África e da Ásia.

[16] CORRETA. A colônia absorvia tanto o excedente populacional como o de produção que, com a Revolução Industrial, em muito ultrapassou a demanda do mercado consumidor interno europeu.

[32] INCORRETA. Uma das técnicas adotadas pelos países imperialistas era justamente o de alterar as fronteiras e governos já existentes entre os povos da África e da Ásia, facilitando o controle dos mesmos. Isto levou, após a descolonização no século XX, à deflagração de conflitos políticos e territoriais internos, como os que assolam principalmente os atuais países africanos, e internacionais, como o caso da Índia e do Paquistão.

[64] INCORRETA. O imperialismo europeu deixou marcas indeléveis nos países asiáticos, como a miséria de suas populações. A reação de alguns países do oriente, como Taiwan, Singapura e Coreia do Sul, ocorreu a partir das décadas de 1980 e 1990, graças a reformas internas nas áreas educacional e tributária e grandes investimentos em infraestrutura. Resposta da questão 9: 04 + 08 + 16 + 32 = 60. A estrutura política e administrativa do Brasil Colonial foi organizada conforme os interesses políticos e sobretudo econômicos da metrópole portuguesa, daí a divisão administrativa do Brasil em Capitanias hereditárias. Vale lembrar que o modelo político da metrópole portuguesa ainda era monarquia absolutista. Diante disso, consideramos a alternativa [01] e [02] como incorretas. Elaborada pelo jurista Francisco Campos, a Constituição outorgada de 1937 era o alicerce básico da estrutura jurídica do Estado Novo. O regime ditatorial implantado por Vargas teve inspiração no fascismo e no corporativismo, presentes sobretudo na Alemanha e Itália. Portanto, estão corretas as alternativas [04], [08], [16] e [32], as quais apresentam relatos pertinentes a esse período da Era Vargas. Resposta da questão 10: 01 + 08 + 16 + 64 = 89. [01] Correta. O sistema mercantilista foi uma ferramenta importante no processo de

colonização do Brasil, atendendo tão somente aos interesses econômicos da metrópole portuguesa.

[02] Incorreta. No final do império (fim do século XIX), a indústria brasileira passou por um “surto” de desenvolvimento, cuja figura principal foi o barão de Mauá. Porém, o progresso industrial não foi suficiente para revolucionar a face tradicional de nossa economia, tendo em vista que a estrutura econômica do Brasil colonial, pautada no latifúndio, na agricultura de exportação e no trabalho escravo, ainda se fazia presente.

[04] Incorreta. A política econômica implantada por Deodoro da Fonseca e executada pelo ministro da Fazenda, Rui Barbosa, tinha por objetivo principal promover o crescimento econômico nacional. Porém, o seu resultado foi desastroso, tendo em vista o crescimento da inflação e o aumento generalizado dos preços.

As alternativas [08], [16] e [64] estão corretas, tendo em vista que: no século XIX, o Brasil sofreu com a concorrência da economia internacional, inviabilizando assim o desenvolvimento industrial em diversas províncias. As péssimas condições de trabalho do operariado brasileiro no período da República Velha propiciaram o surgimento dos primeiros sindicatos e

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organizações operárias, como, por exemplo, o anarquismo. Já no século XXI, economicamente o Brasil apresenta um panorama diferente daquele cuja característica principal era a agricultura de exportação. Isso em decorrência, sobretudo, do desenvolvimento tecnológico e científico. Resposta da questão 11:

01 + 04 + 08 = 13. [01] CORRETA. As monarquias despóticas teocráticas da Antiguidade Oriental, bem como as

póleis gregas e o Império Romano, no ocidente, possuíam, em geral, governos centralizados, independentes e sustentados por exércitos bem organizados.

[02] INCORRETA. No feudalismo, o poder político era descentralizado, possuindo cada feudo um exército próprio, sendo o Rei uma figura simbólica e desprovida de poder, situação oposta àquela descrita no texto.

[04] CORRETA. É justamente com a formação dos Estados Modernos absolutistas que surge a definição atual de Estado, defendida pelo autor do texto.

[08] CORRETA. A Itália e a Alemanha foram os últimos países europeus a suplantarem a descentralização feudal. Somente após o processo de unificação ocorrido em cada país, nos anos apontados na afirmativa, é que surge em cada um o Estado centralizado e autônomo.

[16] INCORRETA. Logo após a criação do Estado de Israel (1947), explodiu a Guerra Civil na Palestina Mandatária e, em seguida, a Guerra de Independência, envolvendo vários países árabes e palestinos contra o novo país. Teve por resultado a dispersão do povo palestino pelo Oriente Médio, situação sem solução até os dias de hoje.

[32] INCORRETA. A OEA é um organismo internacional, assim como a ONU, que se caracteriza pela reunião de países para busca de soluções diplomáticas às divergências políticas, bem como promover acordos comerciais e ações conjuntas em diversas áreas de interesse comum, como a saúde e a educação. Não tem o poder de impor determinações aos países-membros, nem de violar a autonomia destes. Situação, portanto, contrária à descrita no texto. Resposta da questão 12:

01 + 02 + 08 = 11. [Resposta do ponto de vista da disciplina de Sociologia] [01] CORRETA. Essa afirmativa faz uma síntese das condições necessárias para que exista

um agrupamento humano, chamado de sociedade. Dentre outros fatores, é necessário que existam relações duráveis que permitam a criação de uma cultura e de relações sociais simbólicas e complexas.

[02] CORRETA. Não somente Locke e Rousseau, mas também Thomas Hobbes é considerado como um pensador contratualista. Para todos esses, a sociedade nasce a partir do pacto social entre os indivíduos, que com isso aceitam viver em sociedade e em uma comunidade política.

[04] INCORRETA. Ainda que no século XIX a sociedade brasileira tenha passado por uma forte urbanização, é somente no século XX que ela se torna majoritariamente urbana. Isso é devido, entre outros fatores, às transformações econômicas, à imigração e à mecanização do campo no Brasil.

[08] CORRETA. Na sociedade colonial, a família reunia-se na Casa-grande. Nesta, não estava somente o senhor do engenho com seus filhos, mas também criados, parentes, agregados e escravos.

[16] INCORRETA. A atual família nuclear brasileira (composta por pai, mãe e filhos) é uma construção cristã, já existente bem antes da Proclamação da República.

[32] INCORRETA. Os laços familiares não tendem a se estreitar. Pelo contrário, devido à queda da natalidade, ao sentimento de insegurança, ao individualismo e aos novos formatos de família (que não são mais baseados necessariamente na figura dos progenitores biológicos), os laços familiares tendem a estar cada vez menos estreitos.

[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]

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[01] CORRETA. Historicamente, o homem sempre dependeu da vida grupal para sua sobrevivência, tanto nas sociedades mais simples do Paleolítico, quanto nas organizações mais complexas, a partir do surgimento da civilização, haja vista depender da produção coletiva para subsistir.

[02] CORRETA. Não somente Locke e Rousseau, mas também Thomas Hobbes, são considerados pensadores contratualistas. Para todos esses, a sociedade nasce a partir do pacto social entre os indivíduos, que com isso aceitam viver em sociedade e em uma comunidade política.

[04] INCORRETA. Ainda que no século XIX a sociedade brasileira tenha passado por uma forte urbanização, é somente no século XX que ela se torna majoritariamente urbana. Isso é devido, entre outros fatores, às transformações econômicas, à imigração e à mecanização do campo no Brasil. Especialmente a partir da Era Vargas, quando o Estado assume pela primeira vez uma política industrialista de longo prazo, estabelecendo metas e agindo diretamente em setores estratégicos.

[08] CORRETA. Na sociedade colonial, a família reunia-se na casa-grande. Nesta, não estava somente o senhor do engenho com seus filhos, mas também criados, parentes, agregados e escravos.

[16] INCORRETA. A atual família nuclear brasileira (composta por pai, mãe e filhos) é uma construção cristã, já existente bem antes da Proclamação da República.

[32] INCORRETA. Os laços familiares não tendem a se estreitar. Pelo contrário, devido à queda da natalidade, ao sentimento de insegurança, ao individualismo e aos novos formatos de família (que não são mais baseados necessariamente na figura dos progenitores biológicos), os laços familiares tendem a estar cada vez menos estreitos. Resposta da questão 13:

01) V – Proclamada a independência em São Paulo no 7 de setembro, houve resistência de grupos lusitanos em diversas províncias do país. Na Bahia, a expulsão definitiva dos militares portugueses ocorreu em 2 de julho de 1823.

02) F – o despotismo é uma referência ao domínio português sobre o Brasil 04) V – pode ser considerada verdadeira, porém, destaca-se a independência política do Brasil,

sem alterações substanciais nas estruturas socioeconômicas. 08) V – no período de 1821 a 1822, marcado pelo retorno de D. João VI à Portugal, as Cortes

Portuguesas pretenderam recolonizar o Brasil 16) F – a expressão é uma referência aos portugueses que controlavam o Brasil 32) V – afirmação genérica, que pode ser analisada a partir de qualquer momento da História,

como o Estado Novo e o Governo Militar, períodos ditatoriais. 64) F – O movimento baiano que consolidou a Independência contou com grande participação popular. Resposta da questão 14:

01) F – a Guerra dos Emboabas envolveu mineradores pobres, de origem bandeirante, antes da instalação das Casas de Fundição. O choque envolveu os “forasteiros”, que podiam ser os comerciantes (que abusavam em seus preços) ou os novos proprietários de minas, privilegiados por possuírem escravos.

02) F – A Guerra da Cisplatina envolveu o governo brasileiro contra o movimento de independência do Uruguai. Terminada a guerra em 1828, a região deixou de pertencer ao Brasil e tornou-se uma república independente.

04) V – Essa população pobre morava na beira de rios, em cabanas e normalmente trabalhava em atividade extrativista. Uniram-se a fazendeiros decadentes contra a centralização do poder e os privilégios dos mercadores da capital, Belém.

08) F – Foi uma revolta popular, de setores marginalizados, mas envolveu também a disputa entre fazendeiros. Não podemos afirmar que foi um movimento de negros aquilombados.

16) F – Nenhum movimento do século XIX foi influenciado pelo marxismo. No século XX, podemos considerar que as greves operárias tiveram pequena influência marxista – a grande influencia foi anarquista.

32) F – A Revolta da Chibata ocorreu em 1910, está relacionada aos maus tratos dispensados aos marinheiros, na sua maioria ex-escravos ou descendentes de escravos.

64) V – As reformas urbanas no Rio de Janeiro, capital do Brasil, pretendiam modernizar a cidade segundo uma concepção urbana europeia, que significou eliminar as construções pobres próximas ao centro da cidade, onde foram abertas grandes avenidas. Os

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descontentamentos daí gerados se somaram aos problemas específicos da vacinação obrigatória determinada pelo governo e a violência empregada pelas “brigadas sanitárias”. Resposta da questão 15: 01) F – Após a Revolução de 1930 as velhas oligarquias tiveram seu poder limitado, apesar de continuarem influentes em seus estados e controlando os trabalhadores rurais, para os quais não foram dados direitos trabalhistas. A Revolução Federalista ocorreu no início da República Velha, no final do século XIX. 02) V – A Constituição de 1934 teve caráter liberal e, dentre outras, permitiu os movimentos de oposição. Nesse período se formou a Aliança Nacional Libertadora (ANL) liderada pelos comunistas e a Ação Integralista Brasileira (AIB), de cunho fascista. 04) F – O Brasil não se alinhou à URSS nesse período. Durante o Estado Novo, pode-se considerar que o país se assemelhava a uma ditadura fascista. 08) F – No período ainda se manteve forte influência dos proprietários rurais sobre a população rural, ainda subordinada ao coronelismo; porém, essa situação não pôde ser justificada como fruto da urbanização e industrialização, muito menos, a uma reforma agrária, que nunca ocorreu. 16) V – Getúlio foi o principal exemplo de populismo no Brasil, mesmo durante o período ditatorial, quando novas leis trabalhistas foram elaboradas. 32) V – Apesar de verdadeira, deve-se considerar que o plebiscito não esteve relacionado ao impeachment de Collor; ele estava programado para 1993 desde a promulgação da Constituição cinco anos antes. 64) F – Uma afirmação dúbia. A adoção do pluripartidarismo esteve relacionada a processo de redemocratização, em 1945, apoiado praticamente por todos os grupos político-sociais existentes. Foi nesse ano que se formaram os partidos políticos citados, uma vez que, durante o Estado Novo, inexistiam partidos políticos, dado o caráter ditatorial do poder. Alguns podem considerar que, no momento em que é impossível a sobrevivência do Estado Novo, seus apoiadores passam a defender a democracia e aderem a novos partidos, formados naquele ano (PTB e PSD). Resposta da questão 16: 02 + 08 + 16 = 26 O povoamento do Brasil nos séculos XVI e XVII concentrou-se litoral. A pecuária, juntamente com o bandeirantismo, a ação de missionários e exploração das drogas do sertão, constituiu-se numa atividade que favoreceu a marcha povoamento do litoral para o interior. Os currais do Vale do São Francisco foram essenciais para o abastecimento dos engenhos de açúcar e posteriormente das ‘minas gerais’. Resposta da questão 17: 04 + 16 + 32 = 52 As “relações privilegiadas” da Inglaterra com Brasil no século XIX caracterizam-se pela concessão de privilégios à Inglaterra quando do reconhecimento da independência, pois para o reconhecimento, além do fim do tráfico negreiro, os ingleses exigiram a renovação do Tratado de Comércio e Navegação de 1810, pelo qual pagavam tarifas alfandegárias preferenciais, por mais quinze anos. A Questão Christie foi o principal incidente diplomático com a Inglaterra, ocorrido durante o Segundo Reinado. A denominação do episódio deriva do nome do embaixador inglês do Brasil, William Christie, que conseguiu transformar dois pequenos incidentes numa grave questão diplomática. A política externa brasileira no Segundo Reinado orientava-se no sentido de evitar o fortalecimento dos vizinhos Argentina, Uruguai e Paraguai, visando preservar o equilíbrio sul-americano. Resposta da questão 18: 01 + 02 + 08 + 32 = 43 Em 1939, vigorava no Brasil o Estado Novo, período ditatorial de Getúlio Vargas, tempos de repressão e censura. O Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) chegou a vetar o

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verso "terra do samba e do pandeiro", da letra de Ary Barroso, sob a alegação de que era depreciativa para o país. As expressões “Mãe Preta” e “Rei Congo”, associadas à expressão “Abre as cortinas do passado”, apenas remetem elogiosamente a personagens negros do passado colonial. Resposta da questão 19: 04 + 08 + 16 = 28 O contexto histórico da aplicação do positivismo no Brasil coincide com o final do Segundo Reinado, momento em que o movimento republicano se intensificou e alguns de seus partidários propagavam os princípios de ordem e progresso. A difusão do positivismo durante o Segundo Império de deu por intermédio de brasileiros que foram completar seus estudos na França. Alguns foram alunos de Auguste Comte. O modelo positivista de regime político é o republicano, porém estruturado sob a forma de uma ditadura científica. Um dos princípios do positivismo é a separação entre o poder religioso e o poder civil, o que não ocorria no governo monárquico brasileiro. Resposta da questão 20: 04 + 08 + 16 + 32 = 60 A economia russa atual é de mercado e segundo o Tratado de Moscou, de maio de 2002 (o Tratado de Reduções Ofensivas), assinado pelos EUA e pela Federação Russa, os dois países comprometeram-se a reduzir seu arsenal operacional para algo entre 1.700 e 2.200 ogivas nucleares até 2012. Apesar de a Coreia do Norte apresentar um número menor de ogivas e de gastos militares em relação à China, pela postura de rivalidade do governo norte coreano com a vizinha Coreia do Sul, o país constitui uma ameaça para a paz mundial. Resposta da questão 21: 02 + 04 + 08 = 14 O imperialismo europeu do século XIX orientou-se para Ásia e a África. A imigração europeia para os Estados Unidos durante a Primeira Guerra Mundial se retraiu e os imigrantes eram em sua maioria originários de áreas urbanas da Europa, nas quais não vislumbravam expectativas de melhora de suas condições. No contexto da Guerra Fria, os Estados Unidos influenciaram a economia e a política brasileiras através de investimentos de capitais e da interferência na vida política do Brasil, de forma a conter o fortalecimento das esquerdas. Resposta da questão 22: 02 + 08 + 16 + 32 = 58 No contexto da transição da Idade Media para a Idade Moderna, o Renascimento Cultural, difusor de valores como o antropocentrismo, o racionalismo e o individualismo (este último expressão da burguesia mercantil emergente), e a Reforma Protestante proporcionaram, a alguns monarcas europeus, autoridade religiosa e representaram o advento de novos valores. Portanto, ocorreu a ruptura com o pensamento teocêntrico cristão predominante na Idade Média. Na Idade Moderna, a Alemanha não havia se consolidado como Estado Nacional, processo que só ocorrerá no século XIX. Resposta da questão 23: 01 + 02 + 04 + 08 = 15 As cidades da Grécia Antiga caracterizam-se como sociedades do modo de produção escravista, sendo o trabalho escravo essencial para que os homens livres pudessem se dedicar às necessidades políticas das pólies. Entre os séculos XVI e XVIII, nem todas as áreas colonizadas na América pelas nações europeias, empregavam trabalho escravo. Nos domínios espanhóis, empregavam-se modalidades de trabalho compulsório como a mita e a

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encomienda, aproveitando os nativos. Na Grécia Antiga, a escravidão não estava associada a critérios étnicos. No Brasil Colonial, a sociedade era notadamente agrária e mesmo nas cidades das áreas de mineração predominava o trabalho escravo africano, situação que mudará somente no século XIX com a introdução do trabalho livre, com imigrantes, na lavoura cafeeira do Oeste Paulista. Resposta da questão 24: 04 + 08 + 16 + 32 = 60 Resposta da questão 25: 02 + 04 + 08 + 32 = 46