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Língua Portuguesa Questões comentadas do CESPE/UnB Prof. Fernando Pestana Aula 00 Prof. Fernando Pestana www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 40 AULA 00: DEMONSTRATIVA SUMÁRIO RESUMIDO PÁGINA 1- Apresentação 01 2- Conteúdo Programático + Cronograma 03 3- Questões do CESPE/UnB 04 4- Gabarito Comentado 26 Apresentação Salve, salve, meus alunos inquietos! Grande satisfação é estar em uma equipe que preza a excelência em materiais didáticos voltados para pessoas que aspiram a um cargo público de alto nível. Fui convidado pelos coordenadores do Estratégia Concursos para elaborar uma obra que irá revolucionar o que há de melhor em cursos em PDF. Você está tendo a oportunidade de ter contato com um material realmente inédito voltado para as provas elaboradas pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (CESPE) — uma banca normalmente gramatiqueira. Na prova de Português que você irá fazer, há no máximo cinco textos (chegando até 30 questões). Isso ocorre porque o CESPE/UnB trabalha com uma gramática textual, ou seja, conhecimentos gramaticais aplicados à produção e compreensão de um texto. Mas fique calmo... não há mistérios. Se você souber bem a gramática da Língua Portuguesa... só alegria. À medida que eu começar a explanação, verá que a prova é muito bem elaborada. Entretanto, não duvide de que você vai sair deste curso na “ponta dos cascos”! Vou fazer de tudo para que a vaga seja sua! Quero que, em Gramática e Interpretação, você fique tão seguro quanto eu, professor de Língua portuguesa. Não guardarei nenhum segredo de que você precisa tomar conhecimento para adquirir confiança suficiente em acertar as questões do CESPE/UnB. Confie em mim! Você não precisará ter trabalho algum de cavoucar as provas nem de fazer mirabolantes organizações de estudo. Farei tudo isso por você. Seu trabalho será apenas ler com calma as questões comentadas, afinal estamos aqui para isto: fazer você enxergar o que cai realmente na sua prova. Não pense que sairá formado em Letras daqui, mas garanto que nada na prova de Português da CESPE/UnB será surpresa para você. Consequentemente, se você fizer sua parte, os cobiçados $$$$$$$$ estarão em suas mãos.

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AULA 00: DEMONSTRATIVA

SUMÁRIO RESUMIDO PÁGINA 1- Apresentação 01 2- Conteúdo Programático + Cronograma 03 3- Questões do CESPE/UnB 04 4- Gabarito Comentado 26

Apresentação

Salve, salve, meus alunos inquietos! Grande satisfação é estar em uma equipe que preza a excelência em materiais didáticos voltados para pessoas que aspiram a um cargo público de alto nível. Fui convidado pelos coordenadores do Estratégia Concursos para elaborar uma obra que irá revolucionar o que há de melhor em cursos em PDF. Você está tendo a oportunidade de ter contato com um material realmente inédito voltado para as provas elaboradas pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (CESPE) — uma banca normalmente gramatiqueira. Na prova de Português que você irá fazer, há no máximo cinco textos (chegando até 30 questões). Isso ocorre porque o CESPE/UnB trabalha com uma gramática textual, ou seja, conhecimentos gramaticais aplicados à produção e compreensão de um texto. Mas fique calmo... não há mistérios. Se você souber bem a gramática da Língua Portuguesa... só alegria. ☺

À medida que eu começar a explanação, verá que a prova é muito bem elaborada. Entretanto, não duvide de que você vai sair deste curso na “ponta dos cascos”! Vou fazer de tudo para que a vaga seja sua! Quero que, em Gramática e Interpretação, você fique tão seguro quanto eu, professor de Língua portuguesa. Não guardarei nenhum segredo de que você precisa tomar conhecimento para adquirir confiança suficiente em acertar as questões do CESPE/UnB. Confie em mim!

Você não precisará ter trabalho algum de cavoucar as provas nem

de fazer mirabolantes organizações de estudo. Farei tudo isso por você. Seu trabalho será apenas ler com calma as questões comentadas, afinal estamos aqui para isto: fazer você enxergar o que cai realmente na sua prova. Não pense que sairá formado em Letras daqui, mas garanto que nada na prova de Português da CESPE/UnB será surpresa para você. Consequentemente, se você fizer sua parte, os cobiçados $$$$$$$$ estarão em suas mãos.

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Adoro ser portador de boas notícias. E como estou “pipocando” de felicidade e sei que você também está, só tenho uma coisa a lhe dizer: ESTUDE, ESTUDE MUITO ESTE MATERIAL COMPLETO! Dessa vez a vaga é sua, e ela não vai mais escapar. Mentalize isso! Meu/minha nobre, fiquei tão empolgado com tudo isso que nem me apresentei ainda (rs). Bem, vamos lá: meu nome é Fernando Pestana, mas todos me conhecem mesmo como Pestana só. Fique à vontade, chamem-me do que quiser, só não vale xingar, hein. Sou formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em Português-Literaturas. Leciono desde os 18 anos de idade, ou seja, há mais de 10 anos. Quando me perguntam o que faço da vida, costumo dizer que estudo a Língua Portuguesa, pois sou um aficionado pelas gramáticas normativas e descritivas — tenho mais de 50 gramáticas (desde antiquíssimas (de Julio Ribeiro - 1910) a novíssimas (de José Carlos de Azeredo - 2010)). O que mais posso dizer de mim? No Rio de Janeiro, leciono nos principais cursos pré-militares, pré-vestibulares e de concursos públicos, além de escrever artigos para o site parceiro do Estratégia: www.euvoupassar.com.br. Estudei com os grandes mestres e mestras da UFRJ, além de ter feito a prova (e passado!) para o curso de pós-graduação no Liceu Literário Português, com o ilustre mestre Evanildo Bechara. Sensacional! Bem... assim como domino o corriqueiro conteúdo das provas elaboradas pelas principais bancas de concursos públicos (CESGRANRIO, ESAF, FCC, FGV, FUJB/UFRJ, VUNESP...), conheço igualmente o das provas preparadas pelo CESPE/UnB, as quais apresentam normalmente questões de CERTO ou ERRADO baseadas em textos, normalmente, dissertativos argumentativos ou expositivos. Os enunciados são extremamente objetivos e os conhecimentos gramaticais, geralmente, têm maior relevo que a intelecção textual. Fica ligado nisso!

Bem, já estou ficando inquieto, e vou terminando aqui a

apresentação, dizendo que minha função na Terra é ajudar-te a conseguir o que quer. Para isso, conte comigo:

[email protected]

[email protected].

Desde já, desejo toda a felicidade do mundo para você!

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Conteúdo Programático + Cronograma

O CESPE/UnB é previsível nas questões, portanto não tema o que vem pela frente. Qualquer dúvida, não hesite em enviar um e-mail. Meu objetivo é facilitar maximamente sua vida!

Chega de papinho. O conteúdo é este (com o cronograma): Aula 00 (16/07/2012): Intelecção, Tipologia e Coesão Textual Aula 01 (23/07/2012): Ortografia, Acentuação e Redação oficial Aula 02 (30/07/2012): Colocação Pronominal e Emprego/ correlação de tempos e modos verbais. Aula 03 (06/08/2012): Morfossintaxe Aula 04 (13/08/2012): Pontuação Aula 05 (20/08/2012): Concordância verbal e nominal Aula 06 (27/08/2012): Regência e Crase Aula 07 (03/09/2012): Reescritura de Frases

Fique tranquilo, meu aluno, pois vou pontuar exatamente aquilo de que você precisa ao longo deste curso. Serei mais amplo num e noutro momento, mas sempre chamando a atenção para o que realmente importa.

Espero com grande ansiedade que você, depois destas aulas,

consiga a sua tão almejada vaga, pois, parafraseando nada mais, nada menos que Paulo Freire, nossa etérea missão é não desistir de ensinar, uma vez que, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.

É a hora do “vamos ver”!

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Questões do CESPE/UnB sobre Intelecção, Tipologia e Coesão Textual

Quando se fala em intelecção textual no CESPE/UnB, saiba que as questões de compreensão vinculadas aos textos quase sempre (99%) encontram respaldo nele. Portanto, você verá nos meus comentários que usualmente me valho de partes do texto para embasar a alternativa correta. Fique esperto quanto a isso. Quanto à tipologia textual, relembro que os textos do CESPE/UnB são normalmente do tipo dissertativo argumentativo. Só raramente nos esbarramos com a narração e a descrição. Ok? Finalmente, quanto à coesão textual, faço questão de abrir microaulas durante os comentários de algumas questões para que você entenda a conexão entre as partes do texto, seja através da coesão referencial, sequencial ou recorrencial. Tenho de dar um foco maior a este assunto, pois é a “menina dos olhos” do CESPE/UnB.

Se você não conhece a prova do CESPE/UnB, saiba que as questões trabalham com o conceito de Certo (C) e Errado (E). Pede-se que você julgue determinada afirmação como certa ou como errada. Apenas isso. Segundo consta do edital, a nota em cada item das provas objetivas, feita com base nas marcações da folha de respostas, será igual a 1,00 ponto, caso a resposta do candidato esteja em concordância com o gabarito oficial definitivo das provas; 1,00 ponto negativo, caso a resposta do candidato esteja em discordância com o gabarito oficial definitivo da prova; 0,00 ponto, caso não haja marcação ou haja marcação dupla (C e E). Procurei adaptar os textos e enunciados das provas ao novo acordo ortográfico. Espero que o Word não me tenha dado uma pernada, pois ele ainda não aprendeu direitinho o novo acordo (sorte a dele). Fique tranquilo, entretanto (ah! sem trema!). Bastante calma na resolução das questões abaixo, ok?

Siga este roteiro de leitura de um texto, a fim de bem interpretar: 1) Dê uma primeira lida descompromissada e breve para tomar conhecimento do texto. 2) Releia com calma sublinhando as palavras e frases que você considera mais importantes (a CADA parágrafo) 3) Faça um resumo pequeno ao lado de cada parágrafo daquilo que você leu.

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4) Tente correlacionar as ideias presentes no primeiro parágrafo (introdução) e no último parágrafo (conclusão), pois, normalmente, as ideais se encontram, havendo reiteração. 5) Busque nos parágrafos do meio as frases mais importantes que estejam sendo usadas como argumento.

Isso o ajudará a entender melhor a maioria dos textos do CESPE/UnB. Começo pelas questões de coesão textual, depois intelecção e, por fim, tipologia, ok?

Ah, quero deixar claro que estou inteiramente à disposição para

atender suas dúvidas, demandas e sugestões. Caso haja uma necessidade de entrar em contato comigo, faça-o pelo meu e-mail pessoal ou profissional:

[email protected] ou [email protected]

Algumas questões foram adaptadas por uma questão didática e de

formatação! As últimas questões são as mais atuais!!! Vamos nessa!!!

CESPE/UnB – GESTOR DE ATIVIDADE JORNALÍSTICA – 2011

1- O efeito coesivo causado pelo emprego de ‘mas’ (l.9) depende da recuperação semântica de “escrita colaborativa” (l.8) como referente do sujeito implícito de ‘Pode parecer uma difícil realidade agora’ (l.9). CESPE/UnB – INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – 2011

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(...)

2- Na linha 3, o vocábulo “arquiteto” retoma por substituição o nome próprio “Oscar Niemeyer”, empregado na linha 2, mecanismo que corresponde a uma variedade de metonímia e por meio do qual se evita a repetição de vocábulo. 3- A elipse em “nem que estará” (l.18) e o emprego do pronome anafórico “ele” (l.20) são mecanismos de coesão utilizados para referenciar o substantivo “Oscar” (l.18). 4- Dada a propriedade que assume o pronome “este” nos mecanismos coesivos empregados no trecho “que estimulem e desenvolvam este nobre fim” (l.23-24), não é facultada a seguinte reescrita: que estimulem este nobre fim e o desenvolvam. CESPE/UnB – TJ/ES – ANALISTA JUDICIÁRIO (LETRAS) – 2011

(...)

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5- Na organização textual, o pronome “sua” (l.7) e (l.8) em ambas as ocorrências, retoma “etnocentrismo” (l.6). 6- Preservam-se a coerência entre os argumentos e a correção gramatical do texto, caso se inicie seu último período com um conectivo, da seguinte forma: Por isso, práticas de outros sistemas culturais (...). Texto II

7- Mantêm-se a coerência textual e a correção gramatical caso se retire do texto a expressão “cada história” (l.5), tornando-a subentendida. 8- Nas relações de coesão que se estabelecem entre os termos do texto, “ela” (l.6) refere-se a “cada história” (l.5) e “se” (l.10), a “os indivíduos e os grupos sociais específicos” (l.8-9) 9- A supressão da preposição em “em que” (l.13) desrespeitaria as regras gramaticais, pois, por meio dela, se indica que o pronome “que” retoma “subjetividade” (l.12). Texto III

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10- A substituição de “ao fazer” (l.20) por quando fazem manteria a relação semântica entre as ideias expressas no período e a sua correção Gramatical Texto IV

11- No desenvolvimento do texto, o pronome “Ela” (l.4) remete a “Sua cultura” (l.4), que, por sua vez, refere-se à cultura da paz. 12- Seriam mantidas a coerência e a correção gramatical do texto se a conjunção porque fosse inserida imediatamente antes de “é um meio” (l.2), tornando mais explícita a relação de causa e efeito entre as duas orações do período. CESPE/UnB – TJ/ES – ANALISTA JUD. (TAQUIGRAFIA) – 2011

13- A substituição da locução “a fim de” (l.16) por para manteria a correção gramatical e o sentido original do texto. Texto II

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14- A substituição de “por que” (l.2) por já que, antecedida de vírgula, manteria a correção gramatical e o sentido original do texto. 15- A substituição de “não obstante” (l.12) por no entanto manteria a correção gramatical e o sentido original do texto. CESPE/UnB – PC/ES – PERITO CRIMINAL ESPECIAL – 2011

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16- Conforme a autora, a necessidade de profissionalização da polícia brasileira advém do aumento do número de crimes nas grandes cidades e nas periferias do país. 17- Infere-se do texto que uma atuação renovada e eficaz da polícia deve envolver atitudes menos violentas. 18- De acordo com o texto, os sistemas judicial e policial brasileiros têm sido inoperantes no que tange ao aumento da criminalidade. Texto II

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19- Segundo o texto, o risco de uma pessoa ser vítima de assalto na Internet é maior do que o de ela ser assaltada em uma agência bancária. 20- De acordo com o texto, os assaltos à mão armada são menos nocivos à população e aos bancos do que os assaltos eletrônicos. 21- Afirma-se, no texto, que os crimes eletrônicos ocorrem cada vez mais amiúde, porque a falta de legislação específica favorece os bandidos. 22- A conjunção “mas” (l.4) poderia ser substituída, no texto, sem afetar o sentido ou a correção gramatical deste, por todavia ou por entretanto. CESPE/UnB – PC/TO - DELEGADO DE POLÍCIA – 2008 Texto I

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23- O texto apresenta uma apologia do emprego de software desenvolvido em estudos de inteligência artificial na resolução de crimes. 24- De acordo com o texto, os seres humanos necessitam de menos informações que um software para solucionar problemas e, por isso, chegam a resultados menos precisos. Texto II (logo abaixo)

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25- O autor apresenta uma visão otimista, visto que, segundo ele, os conflitos sociais são satisfatoriamente resolvidos dentro da sociedade, o que exige mudança no conceito de exclusão. 26- De acordo com o texto, os trabalhadores informais beneficiam-se por não pagarem impostos, o que estimula, cada vez mais, esse tipo de relação de trabalho. 27- Sem prejuízo para a coerência textual, a locução “na medida em que” (l.13-14) poderia ser substituída por visto que. 28- A expressão “por sua vocação natural à mundialização” (l.7), que exprime causa, poderia corretamente ser substituída por devido sua aptidão à globalização. CESPE/UnB – CORREIOS (SUPERIOR) – 2011

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29- Nesse texto, essencialmente informativo, o assunto está centrado nas menções feitas ao clima pelo Padre A. Vieira em cartas escritas no exílio. CESPE/UnB – ANALISTA DE CORREIOS (LETRAS) – 2011 Texto I

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30- No texto, que se caracteriza como expositivo-argumentativo, identificam-se a combinação de vocabulário abstrato com metáforas e o emprego de estruturas sintáticas repetidas. 31- Na linha 9, o pronome pessoal “ela” retoma, por coesão, o sentido de “Essa abordagem” (l.8). Texto II (logo abaixo)

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32- O texto, de caráter informativo, é exemplo do gênero biografia. Texto III

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33- O trecho “uma série de avanços (...) bens materiais e simbólicos” (l.6-9) constitui a tese que os autores visam comprovar por meio da argumentação formulada no texto, que pode ser classificado como dissertativo-argumentativo. CESPE/UnB – STM - ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011

34- O texto filia-se ao gênero informativo, o que justifica a predominância do emprego de linguagem denotativa. CESPE/UnB – INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – 2010 Texto I (logo abaixo)

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35- O texto tem natureza essencialmente descritiva, uma vez que informa o leitor a respeito das mudanças paradigmáticas e epistemológicas no estudo de questões ligadas à identidade de cada nação latino-americana. Texto II (logo abaixo)

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36- O autor do texto não se exime de emitir julgamento de valor em relação a obras literárias e a escritores, o que se conforma com o gênero do texto: a crônica. CESPE/UnB – BASA – ADMINISTRAÇÃO – 2010

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37- O texto constitui uma argumentação em defesa de determinada linha de pesquisa dentro das ciências econômicas. CESPE/UnB – EBC – ADVOCACIA – 2011

38- O vocábulo que, em ‘que deve ser cumprida’ (l.4-5) e ‘que faz da ação um dever’ (l.5) tem o mesmo referente no período. CESPE/UnB – STM – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR – 2011

39- Nas linhas 9, 13 e 14, o elemento “que” possui, em todas as ocorrências, a propriedade de retomar palavras ou expressões que o antecedem. 40- Os complementos elípticos da formas verbais “quebram” (l.7), “incendeiam” (l.7) e “agridem” (l.8) possuem o mesmo referente no texto.

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CESPE/UnB – FUB - ANALISTA TECNOLOGIA INFORMAÇÃO – 2011

41- No primeiro período do texto (l.1-3), a substituição de “sobre os” por referente aos não causaria prejuízo ao sentido nem à correção gramatical do trecho. CESPE/UnB – CNPQ – ANALISTA CIÊNCIA/TECNOLOGIA JR. - 2011 Texto I

42- Nas relações de coesão entre os elementos do texto, o termo “tal”, presente nas linhas 11 e 19, retoma, em ambas as ocorrências, o termo “conhecimento-emancipação” (l.8-9). Texto II

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43- Caso se inserisse também imediatamente depois de “mas” (l.17), seriam preservadas a correção gramatical do texto e as relações de coesão e coerência nele construídas. CESPE/UnB – TRE/ES - ANALISTA – 2011

44- A substituição da locução “já que” (L.19) por se bem que ou por ainda que não alteraria o sentido do texto nem prejudicaria a sua correção gramatical. CESPE/UnB – INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – 2009

45- O conector “por isso” (l.20) explicita uma relação lógica entre duas ideias do texto: as pessoas aceitarem como igual uma relação de desigualdade (efeito) e a máscara da igualdade ser uma ilusão (causa).

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CESPE/UnB – TCDF – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – 2012 46- O pronome “o” (... o poder do rei passou a ser um tanto limitado pelos nobres, que o obrigaram a...) retoma, por coesão, a expressão “o poder do rei”. CESPE/UnB – MPE/PI – ANALISTA MINISTERIAL – 2012 Fragmento de texto O seu método é simples. Harold utiliza garrafas de suco de laranja e se certifica de que as mensagens estão com data. Antes de enviá-las... 47- A forma pronominal “las”, em “enviá-las”, pode fazer referência tanto ao termo “garrafas” quanto ao termo “mensagens”. Fragmento de texto Na era das redes sociais, algumas formas de comunicação arcaicas ainda dão resultado. O canadense Harold Hackett que o diga. 48- Na expressão “que o diga”, o termo “o” refere-se à ideia expressa no período anterior. 49- No quarto período do primeiro parágrafo, a conjunção “Enquanto” introduz oração de valor consecutivo. CESPE/UnB – PEFOCE/CE – AUXILIAR DE PERÍCIA DE 1ª CLASSE – 2012 Fragmento de texto Assim, é atendido o princípio da autonomia, em que todo indivíduo tem por consagrado o direito de ser autor do seu destino... 50- A coesão do texto seria mantida caso o vocábulo “todo” fosse substituído por qualquer ou cada. 51- No segundo parágrafo, destaca-se o início de períodos com ideias de natureza adversativa, por meio das expressões “No entanto”, “Porém” e “Entretanto”. Fragmento de texto 2º Parágrafo

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No entanto, a despeito de toda a importância da ética deontológica, ela parece ser insuficiente para o aprofundamento de reflexões éticas sobre posturas profissionais, pois se pressupõe que seja atendida à medida que os códigos sejam simplesmente obedecidos. Porém, ser eticamente bom é mais do que isso, porque obedecer a códigos de ética pode ser medida puramente protocolar. Verdadeiras reflexões éticas podem chegar ao ponto de incomodar algumas pessoas por retirá-las de uma postura automática em seu exercício profissional. Entretanto, esse esforço é fundamental para o alcance de um trabalho que possa ser verdadeiramente valorizado e reconhecido como detentor de alguma utilidade pública. 3º Parágrafo

Um sistema de justiça imparcial, equitativo e previsível é requisito universal para o reconhecimento de seu valor por parte da sociedade. Jurisdições estão reconhecendo cada vez mais o papel limitado que confissões e testemunhos desempenham, o que vem aumentando progressivamente a importância das ciências forenses nos tribunais. Todo empenho deve voltar-se ao estabelecimento de uma postura eticamente boa, pois isso constitui um dos pilares fundamentais de todo trabalho. É necessário definir claramente o que pode ser considerado violação ética e desenvolver métodos transparentes e previsíveis de investigação de alegações de tal tipo de violação. 52- Comparado ao segundo parágrafo, o terceiro destaca-se pela utilização de maior número de conectores como recurso coesivo. CESPE/UnB – IRBr – DIPLOMATA – 2012 Fragmento de texto Escrevi para ele dizendo que não conhecia Joyce nem Virginia Woolf nem Proust quando fiz o livro, porque o diabo do homem só faltou me chamar de representante comercial deles. 53- No terceiro período do texto, a oração iniciada pelo conector “quando” e a iniciada pelo conector “porque” indicam, respectivamente, as circunstâncias de tempo e causa relacionadas ao fato expresso na oração “que não conhecia Joyce nem Virginia Woolf nem Proust”. Fragmento de texto Isto significa que um escritor pode colocar toda a sua personalidade na obra, contudo nela se diluindo de tal modo...

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54- No último período do texto, a referência do sujeito elíptico da oração “contudo nela se diluindo de tal modo” recupera o termo “um escritor”, o que possibilitaria, mantendo-se a mesma referência, a seguinte estrutura alternativa: que, contudo, se dilui de tal modo. Fragmento de texto Língua do meu Amor, velosa e doce, que me convences de que sou frase, que me contornas, que me vestes quase, como se o corpo meu de ti vindo me fosse. Língua que me cativas, que me enleias os surtos de ave estranha, em linhas longas de invisíveis teias, de que és, há tanto, habilidosa aranha... 55- Na primeira estrofe, tanto “ave” (v.6) quanto “aranha” (v.8) referem-se a “Língua” (v.5). CESPE/UnB – PF – AGENTE – 2012 Fragmento de texto São eles os conceitos de fetichismo e de alienação, ambos tributários da descoberta da mais-valia — ou do inconsciente, como queiram. (...) A rigor, não há grande diferença entre o emprego dessas duas palavras na psicanálise e no materialismo histórico. 56- A expressão “dessas duas palavras”, como comprovam as ideias desenvolvidas no parágrafo em que ela ocorre, remete não aos dois vocábulos que imediatamente a precedem — “mais-valia” e “inconsciente” —, mas, sim, a “fetichismo” e “alienação”. 57- Mantendo-se a correção gramatical e a coerência do texto, a oração “se alguém é executado”, que expressa uma hipótese, poderia ser escrita como caso se execute alguém, mas não, como se caso alguém se execute. 58- O termo “Essa discrição” (As execuções acontecem em lugares fechados, diante de poucas testemunhas: há uma espécie de vergonha. Essa discrição...) refere-se apenas ao que está expresso na primeira oração do período que o antecede. CESPE/UnB – PC/CE – INSPETOR – 2012 Fragmento de texto

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No coração histórico da sociedade moderna, a Comunidade Europeia (CE) supranacional parece dar especial crédito à tese de que a soberania político-nacional vem fragmentando-se. Ali, tem-se às vezes anunciado a morte efetiva do Estado nacional... 59- Na linha 12, “Ali” tem como referente “sociedade moderna”. Fragmento de texto O cientista político Phillippe Schmitter argumentou que, embora a situação europeia seja singular, seu progresso para além do Estado nacional tem uma pertinência mais genérica, pois “o contexto contemporâneo favorece... 60- O conector “embora” introduz um conteúdo que, mesmo sendo contrário à proposição contida no trecho “seu progresso para além do Estado nacional tem uma pertinência mais genérica”, não a invalida. 61- O conector “pois” introduz ideia de consequência no trecho em que ocorre. 62- Na linha 2, pode-se substituir “diante das” por perante as, sem prejuízo para a correção gramatical ou para o sentido original do texto.

Gabarito Comentado CESPE/UnB – GESTOR DE ATIVIDADE JORNALÍSTICA – 2011 1- GABARITO: C. Esta questão é de coesão textual, mais precisamente coesão sequencial. Uma vez que o sujeito implícito de ‘Pode parecer uma difícil realidade agora’ é ‘escrita colaborativa’, poderíamos reescrever o trecho em questão da seguinte maneira (só para facilitar nossa visão): “... Roger Chartier apontou a escrita colaborativa como aposta para o futuro. “A escrita colaborativa pode parecer uma difícil realidade agora, mas, na Idade Média, os monges escreviam em conjunto os livros para a posteridade”...

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Este conectivo de valor adversativo (estabelece uma relação de oposição, contraste) serve para imprimir coesão entre duas ideias: 1ª: ‘A escrita colaborativa pode parecer uma difícil realidade agora’ 2ª: ‘na Idade Média, os monges escreviam em conjunto os livros para a posteridade’ Ou seja, apesar de a escrita colaborativa poder parecer uma difícil realidade agora, na Idade Média, esta modalidade já era praticada pelos monges, os quais escreviam em conjunto os livros para as futuras gerações. Tranquilo, não? Como disse que faria, abrirei agora uma microaula sobre coesão e coerência, beleza? Este assunto é muito cobrado pelo CESPE/UnB, logo precisamos do-mi-nar! Preste atenção, agora: A coesão textual é um conceito que trata da ligação entre as partes do texto através de elementos da língua que normalmente se relacionam a outros dentro do texto ou que relacionam orações dentro do texto. Sem ela (“ela” quem? a “coesão”; acabou de haver coesão, percebeu?) não é possível entender plenamente um texto. Percebeu a importância?! Quer entender isso melhor? Venha comigo (vamos ver alguns elementos de coesão na prática analisando o texto abaixo): “Bem, até aqui entendemos o que é um texto, conhecemos os tipos de texto e suas características. Agora, precisamos ir mais a fundo. Explico o porquê. Para que (nós) entendamos bem um texto, existe a premente necessidade de percebermos que, se ele é um conjunto de frases que se relacionam, mantendo um sentido harmonioso, isso se deve ao fato de que há nele a famosa coesão — tão massificada nas provas de concursos variados, e não menos diferente nas do CESPE/UnB.” Comentários:

• Até aqui: indica que houve um texto anterior ligado a este. • Suas: liga-se à palavra texto. • Agora: indica que o texto irá continuar. • Para que: indica uma relação de finalidade. • (Nós): há uma elipse do pronome (omissão do nós); percebemos

isso pela terminação da forma verbal ‘entendamos’. • Que: este elemento conecta o verbo ‘percebermos’ (quem percebe,

percebe alguma coisa) ao seu complemento posterior. • Que: substitui a palavra anterior ‘frases’

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• Isso: retoma toda a ideia anterior (se ele é... sentido harmonioso). • (N)ele: retoma a palavra texto • (N)as: retoma ‘provas’

Eu acho que você está começando a se dar conta de que um texto é muito mais do que uma porção de frases. Certo?

Muitos me perguntam: “Pestana, qual é a diferença entre coesão e coerência?” A resposta é muito simples, e o melhor a responder isto é o mestre Bechara: “Coerência textual é a relação que se estabelece entre as diversas partes do texto, criando uma unidade de sentido. Está ligada ao entendimento, à possibilidade de interpretação daquilo que se ouve ou lê.” Agora minha humilde contribuição: enquanto a coesão está para os elementos conectores de ideias no texto, a coerência está para a harmonia interna do texto, o sentido. Muitos professores infelizmente ensinam ainda que não há coerência sem coesão. Não obstante, só para citar um exemplo, não haveria coerência, apesar de haver coesão se disséssemos: “Os jornalistas se comprometem a divulgar artigos políticos de maneira polida e imparcial, no entanto eles comumente afligem a opinião daqueles que se empenham em ter um cerne ou um ponto de vista menos fundamentalista.” Depois de realçados os elementos coesivos, do que o texto fala mesmo? O ‘no entanto’ estabelece uma relação de oposição com o quê? Com o fato de os artigos ou os jornalistas afligirem a opinião de quem? Dos leitores, dos jornalistas ou dos artigos políticos? Percebe que há uma confusão, que gera uma incompreensão do texto? Logo, podemos dizer que não houve coerência, assim como nossa namorada (ou namorado) nos diz: “Você é muito incoerente. Fala que odeia trabalhar, mas vive fazendo hora extra.” Acho que eu já ouvi isso (rs). A incoerência está ligada à ausência de sentido no texto, e o contrário é verdadeiro. Cabe ressaltar também o seguinte: pode haver coerência sem coesão! “Sério?!” Quer ver? Veja um exemplo de bilhete na geladeira: “Saí. Praia. Futebol. Volto à noite. Morto. Não espere nada de mim. Bj!” Sabemos que ela vai falar muito no ouvido dele, não? Não briguem comigo, alunas, vocês não têm culpa (rs). Bem — depois do comentário machista — quero que você perceba que não houve nenhum elemento conectando as frases; realmente não houve coesão, mas houve total coerência, pois as frases mantêm relações de sentido bem típicas de um homem cara de pau (do ponto de vista da mulher). A incoesão, ausência

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de elementos coesivos, não prejudicou o sentido do texto, ou seja, a coerência. Bem, já sabemos o que é coesão, o que é coerência... e a coesão sequencial? Muito simples: Ela ocorre quando se usam conjunções, locuções conjuntivas, preposições, locuções prepositivas ou simplesmente chamados de operadores argumentativos/discursivos que normalmente conectam orações dentro do texto, dando sequência à leitura, estabelecendo determinadas relações de sentido e concatenando as ideias dentro dele; segue uma lista abaixo:

Operadores argumentativos/discursivos

• Com ideia de soma, acréscimo, adição: e, nem (=e não), não só/apenas/somente... mas/como/senão (também, ainda)..., tanto... quanto/como, além de, além disso, também, ainda... Ex.: A alegria prolonga a vida e dá saúde. Não relaxe nem esmoreça. O amor não só faz bem, como alimenta. Obs.: O e pode ter os seguintes valores semânticos também: adversidade ou consequência. Ex.: A chuva foi intensa e a cidade ficou inundada.

Nós acordamos cedo, e chegamos atrasados.

• Com ideia de oposição, contraste, adversidade, compensação, concessão: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante, só que... / expressões concessivas: ainda que, mesmo (que), apesar de, em detrimento de, a despeito de, conquanto, se bem que, por mais/menos/melhor/pior/maior/menor que, sem que, quando, agora, ao contrário... Ex.: Trabalho muito, mas ganho pouco. Embora fume, não traga.

Eles vieram de carro, quando/agora — cá entre nós — poderiam ter vindo a pé.

Obs.: A expressão coesiva sem que pode indicar uma relação de concessão (oposição), condição ou modo, normalmente: Ex.: Saiu sem que se despedisse. (modo) Sem que estudasse, passou. (concessão)

Sem que estude, não passará. (condição)

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• Com ideia de alternância, exclusão, inclusão (raro): ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, já...já, umas vezes...outras vezes, talvez...talvez, seja...seja... Ex.: Flamengo ou Vasco ganhará o Brasileirão. O Flamengo ou o Vasco têm chances de vencer este ano.

Quer consiga uma vaga este ano, quer não, nunca desistirei. • Com ideia de conclusão, consequência: logo, portanto, por isso, por

conseguinte, então, assim, em vista disso, sendo assim, pois (depois do verbo), de modo/forma/maneira/sorte que... Ex.: Você ajudou; terá, pois, nossa gratidão.

O carro quebrou, assim não pudemos chegar. Não gostava de estudar de modo que o fazia à força.

Obs.: Se antes do que vierem as palavras tão/tanto/tamanho/tal, ele iniciará uma ideia de consequência: Faziam um barulho tão grande que não havia possibilidade de conversa.

• Com ideia de explicação, motivo, razão, causa: porque, que, porquanto, senão, pois (antes do verbo), visto que/como, uma vez que, já que, dado que, na medida em que, em virtude de, devido a, por motivo/causa/razão de, graças a, em decorrência de, como... Ex.: Não chore, porque (pois) será pior. (explicação) Comecei a estudar visto que aspiro a um cargo público. Em virtude de uma crise financeira, as fábricas faliram.

• Com ideia de comparação, analogia: (do) que (após mais, menos, maior, menor, melhor, pior), qual/ como (após tal), como/ quanto (após tanto, tão), como (= igual a), assim como, como se, feito... Ex.: Viva o dia como se fosse o último. O filho nasceu tal qual o pai.

Ele age feito um louco às vezes.

• Com ideia de condição, hipótese: se, caso, contanto que, exceto se, desde que (verbo no subjuntivo), a menos que, a não ser que, exceto se... Ex.: Exceto se eu tiver o documento, poderei te ajudar.

Ele ajuda desde que façamos a nossa parte. Se eu pudesse voltar atrás, faria tudo diferente.

• Com ideia de acordo, conformidade: conforme, consoante, segundo,

como (= conforme), que... Ex.: Consoante eu saiba, ela é casada.

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Essa notícia, conforme já anunciamos, é falsa. Cada um colhe como semeia.

• Com ideia de tempo: quando, logo que, depois que, antes que,

sempre que, desde que, até que, assim que, enquanto, mal, apenas... Ex.: Enquanto há vida, há esperança.

Mal abri a boca, mandou fechá-la. Até que eu consiga a minha vaga, não desistirei.

• Com ideia de objetivo, finalidade, propósito, intenção: para, para que, a fim de que, porque (=para que), com o objetivo/intuito/escopo/fito de (que)... Ex.: Viaje à janela com o fito de que aprecie a paisagem.

Estou estudando para que eu melhore nossa vida. Orai porque não entreis em tentação.

• Com ideia de proporcionalidade, simultaneidade, concomitância de

fatos: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais/ menos/menor/maior/melhor/pior... Ex.: Quanto mais conheço os homens, mais estimo os cachorros.

As plantas crescem à medida que as regamos. Fico mais inteligente ao passo que estudo.

• Com ideia de prioridade, relevância, ordem: primeiramente,

precipuamente, em primeiro lugar, primeiro, antes de mais nada, acima de tudo, sobretudo, por último...

Ex.: Antes de mais nada, quero apresentar dois argumentos:... Redizer é dizer, sobretudo quando o assunto é Amazônia. Primeiramente, preciso destacar a visão deles.

• Com ideia de resumo, recapitulação: em suma, em síntese, enfim,

dessa maneira, em resumo, recapitulando...

Ex.: O Brasil, infelizmente, é cercado de corruptos, pessoas incapazes de exercer a administração de um país como o nosso, tão equipado de qualidades naturais, as quais, se bem usadas, alavancariam nossa economia, tornando-nos grande potência mundial. Enfim, precisamos de novas pessoas no poder, e éticas, sobretudo.

• Com ideia de esclarecimento, exemplificação ou retificação: ou seja,

isto é, vale dizer ainda, a saber, melhor dizendo, quer dizer, ou melhor, ou antes, na realidade, aliás, por exemplo...

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Ex.: A pena para quem casa é de prisão perpétua. Pois o juiz, ou melhor, o padre sempre finaliza a sentença dizendo: “até que a morte os separe”.

• Com ideia de contraposição: de um lado... de/por outro lado...

Ex.: De um lado, esse carnaval; do outro, a fome total.

• Com ideia de inclusão: inclusive, ainda, mesmo, até, também...

Ex.: Até eles poderiam me trair, mas você?!

CESPE/UnB – INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – 2011 2- GABARITO: E. Esta questão é de coesão textual, mais precisamente de coesão referencial (alguns chamam de coesão lexical ou coesão por substituição). Ainda bem que a prova não exige de você saber estas muitas nomenclaturas desnecessárias. O vocábulo ‘arquiteto’ realmente retoma por substituição o nome próprio ‘Oscar Niemeyer’, evitando a repetição. O único problema desta questão é que não se trata de uma variedade de metonímia. O uso de ‘arquiteto’ no lugar de ‘Oscar Niemeyer’ trata de um caso de hiperonímia. Lembra o que é isso? Relembre agora: Sobre vocábulos hipônimos e hiperônimos... se você teve infância (rs), com certeza já brincou de 'adedaaaaanha'! Você se lembra que a gente colocava no alto da folha assim: Homem Mulher Cor Fruta Animal Objeto (...)

E, em baixo de cada um desses, colocávamos nomes de homens, mulheres, cores, frutas, animais, objetos, etc.? Bem, voltamos à infância, não? ☺

O que eu quero falar com tudo isso? Em linguagem séria, estou falando de hipônimos e hiperônimos; você já brincou com hipônimos e hiperônimos na sua vida, sabia disso?

É o seguinte: o hiperônimo é uma palavra cuja significação inclui o sentido de uma ou de diversas outras palavras, é uma palavra que se refere a todos os seres de uma 'espécie':

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Animal é hiperônimo de gato, tartaruga, burro, boi, etc. Fruta é hiperônimo de laranja, uva, maçã, morango, etc. Já o hipônimo é uma palavra de significação específica dentro de um campo semântico: Fernando, José, Saulo são hipônimos de Homem. Azul, Amarelo, Branco são hipônimos de Cor. Portanto, o hiperônimo é uma palavra que abarca o sentido de outras palavras, é mais abrangente; o hipônimo, por sua vez, tem o sentido mais restrito em relação a um vocábulo de sentido mais genérico. Acompanhe este texto (os hipônimos e hiperônimos estão em destaque): “Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves, Neymar e outros jogadores têm feito sucesso neste campeonato brasileiro. Tal competição continua acirrada uma vez que os principais clubes, muitos são tradicionais, estão prestes a conquistar a consagrada posição de campeão. O Flamengo, por exemplo, pode ser hexacampeão brasileiro (ou como querem alguns, heptacampeão).” Percebeu que jogadores é hiperônimo de 'Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves, Neymar'? Por sua vez Flamengo é hipônimo de 'clubes'? É isso aí. Ficou claro agora que ‘arquiteto’ é hiperônimo do seu hipônimo ‘Oscar Niemeyer’? É isso aí. Entenda mais sobre a coesão referencial: Ocorre esse tipo de coesão quando se usam pronomes (pessoais, possessivos, indefinidos, interrogativos, demonstrativos e relativos), numerais, advérbios, verbos vicários (fazer e ser substituem outros verbos), substantivos ou expressões substantivas (hipônimos, hiperônimos, expressões metonímicas), elipse (omissão de um termo; no exemplo, coloco !!) e tipos de abreviação, para substituir elementos dentro do texto chamados de referentes (termos ou ideias a que se fazem referência).

O objetivo deste tipo de coesão é evitar a repetição, portanto se um elemento faz referência a outro anterior, dizemos que ele tem valor anafórico; se um elemento faz referência a um posterior, dizemos que ele tem valor catafórico (os referentes estão sublinhados)

Ex.: João é estudioso, por isso ele consegue boas notas.

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Ele é um cara muito esforçado, por isso todos adoram o João. O estudo é algo primordial, e eu o levo muito a sério.

A aluna quer muito a vaga. Sua determinação é invejável. João e Pedro passaram, mas nenhum vai ficar. Ela e ele se classificaram, mas quem ficou realmente feliz? Só isto me interessa: a aprovação. O professor que me ajudou a passar foi o Pestana. João e Pedro passaram, mas só o primeiro se classificou. Maria sempre agiu assim: vigorosa e inteligentemente. Nos EUA há muito preconceito. Nunca moraria lá. O professor titular explicou bem, o substituto fez o mesmo. Ficamos satisfeitos aqui, mas não foi como esperávamos. Celso Cunha é excelente. O gramático foi ótimo linguista. Pelé foi grande! O melhor jogador do mundo merece! O Estratégia preza a excelência e !! conta com ótimos mestres. Fernando Henrique Cardoso privatizou tudo; FHC vacilou. 3- GABARITO: C. Esta questão é de coesão referencial. Como já sabemos do que se trata, fica fácil. A elipse é a omissão de um termo facilmente subentendido pelo contexto. E é exatamente o contexto que nos permite dizer que a afirmação da banca procede, pois na linha 18 o sujeito elíptico (implícito) é ‘Oscar’; por sua vez, o pronome anafórico ‘ele’ (retoma um termo anterior) de fato faz referência a ‘Oscar’ e não a outro nome. Talvez você confundisse o referente Oscar com Papai do Céu, mas o contexto não deixa dúvida, pois logo após ‘ele’ vem ‘como um verdadeiro homem’, logo não pode se referir a Papai do Céu, mas sim a ‘Oscar’. Safo? 4- GABARITO: C. Esta questão é chatinha! Trata do uso do pronome demonstrativo ‘este’ com valor catafórico (refere-se a um termo ou ideia posterior). Realmente não é possível a reescrita proposta, pois o pronome oblíquo átono ‘o’ (... e o desenvolvam) tem valor anafórico e está retomando aquilo que é ‘este nobre fim’, a saber, o que vem após os dois-pontos (fazer o homem feliz dentro do curto prazo que lhe foi dado para viver). O problema desta retomada anafórica pelo ‘o’ é que o referente do pronome catafórico ‘este’ só vem após os dois-pontos, logo não podemos retomar o referente do catafórico ‘este’ — pelo oblíquo átono anafórico ‘o’ — antes de ser apresentado.

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Em outras palavras, a reescrita só seria realmente possível assim: “... que estimulem e desenvolvam este nobre fim: fazer o homem feliz dentro do curto prazo que lhe foi dado para viver, e o desenvolvam.” Esta questão não era para qualquer um mesmo! CESPE/UnB – TJ/ES – ANALISTA JUDICIÁRIO (LETRAS) – 2011 5- GABARITO: E. Nossa! Que questão trabalhosa de coesão referencial! Note que o texto começa falando sobre o homem, centrando-se nele e em sua maneira de ver o mundo. Daí que não podemos jamais dizer que as expressões ‘sua sociedade’ e ‘sua expressão’ estejam se referindo a um fenômeno/conceito (etnocentrismo). Afinal, a sociedade é do homem e a maneira de se expressar (expressão) é igualmente do homem. Observe também que o pronome sua retoma, como anafórico que é, a palavra homem, presente nas linhas 1 e 2. Observe que, nas linhas 1, 2 e 3, fala-se sobre ‘sua cultura’ e ‘seu modo de vida’. Cultura de quem? Modo de vida de quem? Do homem. Veja, então: “É comum a crença de que sua própria sociedade (a própria sociedade do homem) é o centro da humanidade...” “É comum a crença de que sua própria sociedade é... a sua única expressão (a única expressão do homem).” Interessante, não? 6- GABARITO: C. Esta questão é de coesão sequencial. Decore os conectivos! O conectivo ‘Por isso’ estabelece uma relação de conclusão/consequência entre a ideia anterior e a ideia posterior (Os comportamentos etnocêntricos resultam em apreciações negativas, por isso (ou seja, em consequência disso) as outras culturas são tomadas como absurdas, etc.) Modernamente já vemos as provas aceitando o conectivo estabelecendo relações entre períodos, e não só entre termos e orações. 7-

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GABARITO: E. Questão de coesão e coerência. O texto vai ficar incoerente e não vai ter sua correção gramatical mantida uma vez que o sujeito implícito da forma verbal ‘contém’ (l.5) poderá ser ‘histórias’ ou ‘Sociologia’. Se entendermos que ‘histórias’ é o sujeito implícito da forma verbal ‘contém’, esta deveria ficar no plural (contêm), pois os verbos ‘vir’ e ‘ter’ (e seus derivados), na 3ª pessoa do plural, recebem acento circunflexo. Se entendermos que ‘Sociologia’ é o sujeito implícito de ‘contém’ haverá uma incoerência, pois o contexto se refere a ‘histórias’. Portanto a retirada de “cada história” realmente afeta o texto, pois implica uma má construção textual. 8- GABARITO: C. Questão de coesão referencial. O pronome de valor discursivo anafórico “ela” realmente se refere a “cada história”; o contexto nos indica isso explicitamente: “... porque cada história, obrigatoriamente, contém e revela um universo social muito vasto na medida da ilustração que ela ((cada) história) fornece acerca de uma formação...”. O mesmo ocorre no contexto em que o “se” (o primeiro ‘se’ da linha 10; o CESPE deu uma vacilada aí... fazer o quê?!) aparece retomando “os indivíduos e os grupos sociais específicos”: “... da mesma forma como os indivíduos e os grupos sociais específicos percebem os impactos resultantes do desenvolvimento dos contextos em que se (os indivíduos e os grupos sociais específicos) situam.” O ‘se’ é uma partícula integrante do verbo “situar-se”, e tal partícula tem valor anafórico, uma vez que se encontra na 3ª pessoa do plural, concordando em número e pessoa com o termo a que se refere (os indivíduos e os grupos sociais específicos). Para mim ocorre uma elipse do sujeito composto também, mas isso não muda a afirmação da banca. 9- GABARITO: E. Questão de coesão referencial. Tal afirmação é um samba do crioulo doido, porque não é por meio da preposição ‘em’ que se indica que o pronome “que” retoma “subjetividade”. A preposição é usada antes do pronome relativo “que” por uma questão de regência. E o “que” não retoma “subjetividade”, senão “êthos”.

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Veja o contexto das linhas 12-14, reescrito: “A sociabilidade assume um tom característico marcante em quê? Em “êthos” (significa ética).” Outras formas de reescrever o trecho seriam: “... um êthos em que a sociabilidade...”; “... um êthos no qual a sociabilidade...”; “... um êthos em cuja sociabilidade...” Foi? 10- GABARITO: E. Esta questão foi feita para sabotar aquele tipo de aluno “adestrado”, que se amarra em macetes, mas não sabe pensar ou tem preguiça. Espero que não seja seu caso, porque macetes não salvam vidas toda hora. Bem, a brincadeira da banca nesta questão é a seguinte: existem algumas estruturas fixas da língua portuguesa que 99% das vezes apresentam determinado valor semântico. Como assim? Veja: Preposição A + Verbo no infinitivo = valor semântico condicional A persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado. (SE os sintomas persistirem...) Contração AO + Verbo no infinitivo = valor semântico temporal Ao persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado. (QUANDO os sintomas persistirem...) Preposição POR + Verbo no infinitivo = valor semântico causal Por ser exato, o amor não cabe em si. (PORQUE é exato...) Preposição PARA + Verbo no infinitivo = valor semântico final Para passar, precisa estudar. (PARA QUE passe...) Preposição SEM + Verbo no infinitivo = valor semântico concessivo ou condicional Sem ter estudado, passou. (SEM QUE (=Embora não) tenha estudado...) Sem ter dinheiro, não entra. (SEM QUE (=Caso não) tenha dinheiro...)

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Daí que o ‘homem da banca’ formulou esta questão “pegadinha do Mallandro”. Você acha que eles têm senso de humor? ☺ Voltando à realidade... O problema é que a substituição de “ao fazer” (l.20) por quando fazem NÃO manteria a relação semântica entre as ideias expressas no período e a sua correção Gramatical, uma vez que “fazer” neste caso não é verbo, é um mero substantivo. Note que o contexto diz: “... ao fazer político”, ou seja, é o modo de fazer que é político. Inclusive, você facilmente percebe que “fazer” é um substantivo devido à presença do adjetivo ‘político’ caracterizando “o fazer”. Por fim, daria para você reescrever no contexto, mantendo a coerência “... quando fazem político”?! Pelamordedeus!!! 11- GABARITO: C. Questão de coesão referencial. Está percebendo que o CESPE/UnB adora questão desse tipo? Bem... uma maneira de visualizarmos melhor os referentes é através da reescritura, portanto faça-o: “(...) Sua cultura tem base em tolerância e solidariedade. Sua cultura respeita os direitos individuais...” Percebe que a reescritura mantém a coesão e a coerência? Portanto, realmente o pronome “Ela” remete a “Sua cultura”, que, por sua vez, refere-se à ‘cultura de paz’ presente na terceira linha do texto. Safo? 12- GABARITO: E. Questão de coesão sequencial (e coerência). Veja o contexto: “Cultura de paz, para mim, não é um objeto profissional, é um meio de vida.” Note que ‘um meio de vida’ se opõe a ‘objeto profissional’, logo a relação não é de causa e efeito, senão de oposição, contraste, adversidade. A reescrita correta seria não com o ‘porque’ (conectivo explicativo/causal), mas sim com uma conjunção adversativa (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante, só que...). Ou seja: “Cultura de paz, para mim, não é um objeto profissional, MAS é um meio de vida.” Essa foi moleza!

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CESPE/UnB – TJ/ES – ANALISTA JUD. (TAQUIGRAFIA) – 2011 13- GABARITO: C. Questão de coesão sequencial. Mero conhecimento de conectivos de mesmo valor semântico. Por isso, relembro: decore os conectivos. Tanto “a fim de” como “para” estabelecem relação semântica de finalidade. 14- GABARITO: E. Questão de coesão sequencial. Nesta questão, a banca exigia de você conhecimento de conectivos, novamente. A locução “já que” tem valor causal, portanto o equivalente a ela é “porque” (junto e sem acento). A expressão “por que” é usada quando equivale a “por qual razão” — ou “pelo qual”, o que é o caso no contexto. 15- GABARITO: C. Questão de coesão sequencial. Assim como “no entanto” é conectivo adversativo, “não obstante” igualmente o é. Logo, a substituição de um conectivo por outro de igual valor semântico manteria a correção gramatical e o sentido original do texto. CESPE/UnB – PC/ES – PERITO CRIMINAL ESPECIAL – 2011 16- GABARITO: E. Questão de intelecção. A afirmativa de que ‘a necessidade de profissionalização da polícia brasileira advém do aumento do número de crimes nas grandes cidades e nas periferias do país’ é equivocada, pois, para começar, não é nas ‘periferias do país’, é ‘nas periferias DAS grandes cidades do país’ (l.4-5).

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Ademais, a necessidade de profissionalização não advém do aumento do número de crimes, mas sim da sensação de insegurança que permeia a sociedade e da ineficiência da polícia. O terceiro parágrafo corrobora que ‘há a necessidade de capacitar a polícia para que ela seja mais efetiva na condução da ordem e de segurança públicas’. 17- GABARITO: C. Questão de intelecção. Inferir significa ‘deduzir, concluir baseado em indícios’. Sendo assim, o conteúdo das linhas 21 a 27 justificam a afirmação de que ‘uma atuação renovada e eficaz da polícia deve envolver atitudes menos violentas’, uma vez que o comportamento policial é o avesso disso. 18- GABARITO: C. Questão de intelecção. De fato, os sistemas judicial e policial brasileiros têm sido ineficazes em função de não conseguir “frear” o aumento da criminalidade. Isso está explícito no primeiro parágrafo. Basta ler. 19-GABARITO: E. Questão de intelecção. O texto nada fala sobre pessoas assaltadas. O texto fala tão somente sobre assaltos a bancos — reais ou virtuais (linhas 5-7). 20- GABARITO: E. Questão de intelecção. Simplesmente, em nenhum momento, o texto fala sobre assaltos à mão armada contra a população. Na linha 3, diz-se que a vida de clientes fica ameaçada pelos assaltos, mas o alvo deles não são as pessoas, mas sim o banco. Portanto, a afirmação da banca não procede. 21- GABARITO: C. Questão de intelecção

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As linhas 12-14 já são suficientes para corroborar a afirmação de que ‘os crimes eletrônicos ocorrem cada vez mais frequentemente (amiúde), porque a falta de legislação específica favorece os bandidos’. As linhas seguintes só fortalecem isso. 22- GABARITO: C. Questão de coesão sequencial. Como já sabemos a essa altura do campeonato, tais conectivos podem substituir-se uma vez que estabelecem a mesma relação de sentido: adversidade. CESPE/UnB – PC/TO - DELEGADO DE POLÍCIA – 2008 23- GABARITO: E. Questão de intelecção em que se fala das vantagens e desvantagens da IA na resolução de crimes, culminando na conclusão de que ainda não podemos esperar que superpoirots eletrônicos acabem com o mundo crime. Sendo assim, o texto não defende (apologia) o emprego de software desenvolvido em estudos de inteligência artificial na resolução de crimes. O autor apenas questiona se uma IA seria capaz de agir melhor (ou não) que um cérebro humano. 24- GABARITO: E. Questão de intelecção fácil. Tal afirmação extrapola o que se lê do texto. Em nenhum momento se diz que os seres humanos necessitam de menos informações que um software para solucionar problemas, tampouco que eles chegam a resultados menos precisos. 25- GABARITO: E. Questão de intelecção. A princípio até parece que a visão do autor é otimista: "Na sociedade moderna, ao inverso das anteriores, não há fronteiras, não há

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exterioridade. Todos os conflitos são resolvidos ou são passíveis de soluções internas." No entanto, diferente da afirmação de que ‘os conflitos sociais são SATISFATORIAMENTE resolvidos dentro da sociedade’, vemos que há muita exclusão em nossa sociedade ainda: "todos estão inseridos no processo de produção e consumo. Excluídos, mas não exteriores à sociedade. Excluídos porque não têm acesso aos bens materiais e simbólicos modernos ou não têm condições de participar da gestão pública, pelo simples fato de se encontrarem no patamar mínimo da sobrevivência. O espaço da desigualdade, em sua nova dimensão, impede que se consolide o espaço da igualdade, deixando à margem dos direitos justamente aqueles que não têm recursos para acionar os mecanismos de defesa." Sendo assim, ao fim do texto, percebemos que sua visão é pessimista uma vez que não há uma inserção de alguns indivíduos (ou grupos) marginais na resolução de conflitos sociais. 26- GABARITO: E Questão de intelecção. O autor diz apenas que tais trabalhos são um mecanismo de sobrevivência, na pseudoinclusão social. Os trabalhadores informais não se beneficiam por não pagarem impostos, mas a entidade ‘comércio’ e os ricos que estão por trás dos bastidores é que lucram com tal informalidade, pois essa mão de obra marginal — isolada de direitos — ‘reduz os custos da distribuição, evita o pagamento de impostos e benefícios salariais’. 27- GABARITO: C. Questão de coesão sequencial. Já decorou os operadores argumentativos? Seja esperto e se antecipe! Bem, “visto que” é um conectivo que expressa relação causal assim como “na medida em que”; cuidado com a expressão “à medida que”, pois ela exprime noção de proporcionalidade. Veja a diferença: “Ele fica bem ansioso à medida que a prova se aproxima”. “Ele ficou bem ansioso na medida em que o concurso chegou”. 28- GABARITO: E.

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Questão de coesão sequencial e de reescritura. Esta afirmação é perigosa, pois é quase certa, quiçá polêmica. A expressão “devido a” é que substitui o início do trecho; deveria ser: ‘devido a sua aptidão à globalização’. Sobre globalização e mundialização, vulgarmente falando, tais termos são sinônimos, portanto a reescritura neste caso estaria adequada. Se fosse um geógrafo fazendo a prova, este seria mais um motivo de marcar a afirmação como errada, uma vez que tais termos apresentam uma diferença em sentido mais técnico. CESPE/UnB – CORREIOS (SUPERIOR) – 2011 29- GABARITO: C. Questão de intelecção e tipologia textual. O texto é informativo (ou expositivo) porque tem o propósito de expor um determinado assunto de maneira objetiva e imparcial. A intenção é apenas instruir o leitor sobre algo. Quanto ao assunto do texto ser centrado pelas menções feitas ao clima pelo Padre, em exílio, através de cartas, isso é facilmente corroborado pelo próprio texto. Veja as linhas 7-9; 10-14; 17-21; 24-26; 30-32. Acho que cabe aqui uma breve aula sobre tipos de texto. O que acha? Vamos nessa... se quiser ler, fique à vontade (recomendo!): O que é um texto? Segundo Platão e Fiorin, “não é amontoando os ingredientes que se prepara uma receita; assim também não é superpondo frases que se constrói um texto”. Esta assertiva desses consagrados professores marca como uma epígrafe este tópico, pois um texto nunca é um emaranhado de frases. Um texto é, quando não só uma frase, um conjunto de frases que “dialogam” entre si, estabelecendo determinadas relações de sentido. Em um texto, o todo é o que importa, e não suas partes, pois frases soltas podem gerar interpretações equivocadas. Imagine o seguinte diálogo: — Que nota você daria para este material do Pestana? — Dez...

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Se o diálogo parasse aqui, poderíamos dizer que o Pestana ficaria feliz, certo? Afinal, o segundo falante atribui nota máxima a este material. Não obstante, o texto do segundo falante ainda não está terminado (agora o diálogo completo): — Que nota você daria para este material do Pestana? — Dez... quilômetros por hora. E agora? O Pestana fica triste, ora (rs). Aqui podemos entender que meu material é tão ruim, tão lento que dá sono. Em outras palavras, se tomássemos isoladamente o texto “Dez...” chegaríamos a uma conclusão diferente da que chegamos agora, pois as partes de um texto, mesmo que curto (ou em forma de uma palavra só), se completam. Por isso, o melhor leitor de um texto é aquele que não se apega a frases soltas dentro de um texto, mas que observa o contexto (o entorno do texto). Não há texto que possa ser bem lido e compreendido sem que se considerem também as questões extralinguísticas, as quais cerceiam o discurso do autor do texto, a saber: sua visão de mundo, seu contexto histórico e social. Um texto precisa ter textualidade, que é o conjunto de características que constituem um texto. Em outras palavras, ele precisa ter início, meio e fim. Precisa apresentar uma certa lógica para que atinja seu objetivo. Elementos linguísticos precisam colaborar para que a comunicação seja estabelecida, afinal todo autor escreve com a intenção de ser lido e compreendido. Perceber que existem parágrafos separando ideias que se relacionam já é um bom começo para dominar a leitura de um texto. Eu mesmo, Pestana, quando leio um texto pretensioso, divido minha leitura pelos parágrafos e faço pequenos resumos do que consta do parágrafo. Recomendo o mesmo! Tipos de texto (Tipologia textual) Para entendermos mais sobre ‘o que é um texto’ e consequentemente compreendê-lo bem, precisamos ter contato com diferentes tipos de texto, ou modos de organização do discurso; daí este tópico. A tipologia textual é a forma como um texto se apresenta e se organiza. Com tranquilidade, acompanhe os tipos e os exemplos: Descrição – tipo de texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal, um pensamento, um sentimento, uma sensação, um objeto, um movimento, etc. Características:

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• Os recursos formais mais encontrados são os de valor adjetivo (adjetivo, locução adjetiva e oração adjetiva), por sua função caracterizadora.

• Há descrição objetiva e subjetiva, com o tempo estático, parado.

• Normalmente usam-se verbos de ligação.

• Normalmente aparece dentro de um texto narrativo.

Ex.: "Era alto, magro, vestido todo de preto, com o pescoço entalado num colarinho direito. O rosto aguçado no queixo ia-se alargando até à calva, vasta e polida, um pouco amolgado no alto; tingia os cabelos que de uma orelha à outra lhe faziam colar por trás da nuca - e aquele preto lustroso dava, pelo contraste, mais brilho à calva; mas não tingia o bigode; tinha-o grisalho, farto, caído aos cantos da boca. Era muito pálido; nunca tirava as lunetas escuras. Tinha uma covinha no queixo, e as orelhas grandes muito despegadas do crânio.” Narração/Relato – modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens; toda narração tem um enredo ou intriga – é o encadeamento, a sucessão dos fatos, o conflito que se desenvolve, podendo ser linear ou não. Carcaterísticas:

• O tempo verbal predominante é o passado. • Alguns textos de gênero narrativo: piada, fábula, parábola, epístola

(carta com relatos), conto, novela, epopéia, crônica (literatura com jornalismo), romance.

• Quem conta (narrador), o que ocorreu (o enredo), com quem

ocorreu (personagem), como ocorreu (conflito/clímax), quando/onde ocorreu (tempo/espaço), por que ocorreu (o enredo) são “questões respondidas” neste tipo de texto;

• Foco narrativo com narrador de 1ª pessoa (participa da história) ou

de 3ª pessoa (não participa da história).

• Normalmente aparece em texto em prosa.

• Existem tipos de discurso (direto, indireto e indireto livre) na narração*.

Ex.: “Numa noite chuvosa do mês de Agosto, Paulo e o irmão caminhavam pela rua mal-iluminada que conduzia à sua residência.

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Subitamente foram abordados por um homem estranho. Pararam, atemorizados, e tentaram saber o que o homem queria, receosos de que se tratasse de um assalto. Era, entretanto, somente um bêbado que tentava encontrar, com dificuldade, o caminho de sua casa.” * Tipos de discurso Discurso direto: fala do personagem marcada pelo travessão ou aspas, antecedida por verbo elocutivo e dois-pontos. Ex.: O aluno perguntou: “Professor, o que é intertextualidade?” Discurso indireto: o narrador narra aquilo que foi falado pelo personagem. Ex.: O aluno perguntou ao professor o que era intertextualidade. Discurso indireto livre: fala do personagem sem marcas do discurso direto. Ex.: O aluno estava com uma intrigante pergunta na cabeça. O que é intertextualidade? O professor percebeu sua cara de dúvida e interpelou-o.

Dissertação (expositiva ou argumentativa (!!!)) – a expositiva trabalha o assunto de maneira atemporal com o objetivo de explicá-lo de maneira clara, sem intenção de convencer o leitor ou criar debate; a argumentativa — muito frequente nas provas do CESPE/UnB — é um estilo de texto com posicionamentos pessoais e exposição de ideias, apresentada de forma lógica, com razoável grau de objetividade e total coerência a fim de defender um ponto de vista e convencer o interlocutor; um simples artigo de opinião ou uma apreciação crítica de cinema ou de música, por exemplo, exigem a elaboração de um texto argumentativo bem estruturado, segundo um esquema lógico. Características:

• Presença de estrutura básica: apresentação da ideia principal (tese); argumentos (estratégias argumentativas comuns: causa-efeito, dados estatísticos, testemunho de autoridade, citações, confronto, comparação, fato-exemplo, enumeração...); conclusão (síntese dos pontos principais com sugestão/solução).

• Principais gêneros textuais: redação de concursos, artigos de

opinião, cartas de leitor, discursos de defesa/acusação, resenhas, relatórios, textos comerciais (publicitários)...

• Utiliza verbos na 1ª (normalmente nas argumentações informais) e

na 3ª pessoa do presente do indicativo (argumentações formais) para indicar uma atemporalidade e um caráter de verdade no que está sendo dito.

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• Linguagem cuidada: com estruturas lexicais e sintáticas claras, simples e adequadas ao registro culto.

• Normalmente uso de estruturas impessoais, de nominalizações e

modalidades de possibilidade, certeza ou probabilidade, em vez de juízos de valor ou sentimentos exaltados. Às vezes, usam-se elementos de primeira pessoa como recurso retórico para envolver o leitor no pensamento do autor do texto.

Ex.: A maioria dos problemas existentes em um país em desenvolvimento, como o nosso, podem ser resolvidos com uma eficiente administração política (tese), porque a força governamental certamente se sobrepõe a poderes paralelos, os quais — por negligência de nossos representantes — vêm aterrorizando as grandes metrópoles (tópico frasal). Isso ficou claro no confronto entre a força militar do RJ e os traficantes, o que comprovou uma verdade simples: se for do desejo dos políticos uma mudança radical visando o bem-estar da população, isso é plenamente possível (estratégia argumentativa: fato-exemplo). É importante salientar, portanto, que não devemos ficar de mãos atadas à espera de uma atitude do governo só quando o caos se estabelece; o povo tem de colaborar com uma cobrança efetiva (conclusão). Injunção - indica como realizar uma ação, aconselha, impõe, instrui o interlocutor; chamado também de Instrucional, é utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos, nas leis jurídicas. Características:

• Normalmente apresenta frases curtas e objetivas, com verbos de comando, no imperativo; há também o uso do futuro do presente (10 mandamentos e leis diversas).

• Este tipo de texto é encontrado em horóscopos, receitas de bolo,

discursos de autoridades, manual de instruções, livros de auto-ajuda, leis, etc.

• Marcas de interocução: vocativo, verbos e pronomes de 2ª pessoa

ou 1ª pessoa do plural, perguntas reflexivas, etc. Ex.: Impedidos do Alistamento Eleitoral (art. 5º do Código Eleitoral) – Não podem alistar-se eleitores: os que não saibam exprimir-se na língua nacional, e os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos. Os militares são alistáveis, desde que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino superior para formação de oficiais. / Seção IV - Da Contingência na Votação - Art. 58. Na hipótese de falha na urna, em qualquer momento da votação,

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o presidente da mesa receptora de votos, à vista dos fiscais presentes, deverá desligar e religar a urna, digitando o código de reinício da votação. CESPE/UnB – ANALISTA DE CORREIOS (LETRAS) – 2011 30- GABARITO: C. Questão de tipo de texto (tipologia textual). O texto se caracteriza como expositivo-argumentativo, pois mistura as características desses dois tipos de dissertação, como já vimos na breve aula da questão anterior. Reveja o conteúdo dela. Vale a pena! Sobre o vocabulário abstrato com metáforas e estruturas sintáticas repetidas, veja algumas passagens: “(...) Essa abordagem "objetal" levanta um problema específico no plano da memória (...); (...) cuja tendência foi fazer prevalecer o lado egológico da experiência mnemônica (...); (...) Se nos apressarmos a dizer (...); (...) Se não quisermos nos deixar confinar (...) Foi? 31- GABARITO: E. Questão de coesão referencial. O pronome de valor anafórico “ela” retoma “memória”, pois a ideia seguinte de “reflexividade, lembrar-se de, etc.” se refere tão somente à memória. 32- GABARITO: C. Questão de tipo e gênero textual. Bem, gênero textual é uma categoria distintiva de compor um texto, ou seja, romance é um gênero textual, poema é outro, por sua vez, uma charge é outro, e por aí vai. A biografia é um texto que tem caráter informativo mais próximo da narração, na medida em que se conta a história de vida de uma pessoa eminente na sociedade de maneira objetiva. 33- GABARITO: E.

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Questão de tipologia textual. De fato o texto é dissertativo-argumentativo, pois se expõe um assunto de maneira opinativa e se usam argumentos para comprovar a tese (ponto de vista) sobre um determinado assunto a fim de persuadir o interlocutor. O problema é que a tese não se encontra entre as linhas 6 e 9. A tese é a base do texto, é o ponto de vista do autor sobre o tema desenvolvido. Normalmente ela se encontra no início do texto, e não podia ser diferente desta vez. A tese está entre as linhas 3 e 5, logo após vem a argumentação em defesa do desenvolvimento da tese. CESPE/UnB – STM - ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 34- GABARITO: C Questão de tipologia textual. O emissor se detém a explicar a prática físico-militar (objetivo, origem, etc.) e depois começa a abordar, segundo seu ponto de vista, os efeitos disso, fazendo-o com uma linguagem clara, objetiva, direta e sem que haja duplo sentido. Isso nos leva a caracterizar o texto como um texto informativo e de linguagem denotativa. CESPE/UnB – INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – 2010 35- GABARITO: E. Questão de intelecção e tipologia textual. Observe que o próprio enunciado se sabota: “O texto tem natureza essencialmente descritiva, uma vez que informa...” Este texto é dissertativo-argumentativo uma vez que expõe-se uma tese, desenvolvem-se argumentos em defesa dela e segue um roteiro progressivo coeso e coerente (início-meio-fim) com o fim de mostrar a importância da identidade latino-americana. 36-GABARITO: C.

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A crônica é uma breve narrativa sobre temas cotidianos e atuais, com comentários, críticas e posicionamentos muitas vezes em tom poético. Nas linhas 10-15 está clara a emissão de julgamento de valor sobre obras literárias e escritores. CESPE/UnB – BASA – ADMINISTRAÇÃO – 2010 37- GABARITO: E. Questão de intelecção e tipologia textual. O texto não apresenta a defesa de uma determinada linha de pesquisa; apenas aborda duas formas distintas de pesquisa (linhas 15-22), sem se posicionar favoravelmente a uma delas. A autora não elege uma linha como sendo a mais adequada, somente expõe as bases de uma e de outra (hard science x soft science). CESPE/UnB – EBC – ADVOCACIA – 2011 38- GABARITO: E. Questão de coesão referencial. Leia com atenção: “... uma lei que representa... a ação que deve ser cumprida... (uma lei) que faz da ação um dever”. Portanto, o primeiro “que” retoma “ação”, já o segundo “que” retoma “lei”, logo os pronomes relativos retomam termos diferentes. CESPE/UnB – STM – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR – 2011 39- GABARITO: C. Questão de coesão referencial. Em todos os casos, o vocábulo que é um pronome relativo. Como tal, seu propósito na língua é retomar termos, evitando a repetição. “... misturar à massa de gente que protesta pacificamente...” (linha 9)

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“... nos protestos de rua que dominaram a Europa este ano.” (linhas 12 e 13) “... formada por anarquistas — que... imitam os métodos violentos...” (linhas 14 e 15) Simples assim. 40- GABARITO: E. Questão de coesão referencial. Nas linhas 5 e 6, atestamos os diversos referentes (alvos da ação dos manifestantes de quebrar, incendiar e agredir). Pela semântica dos verbos, fica claro que os referentes são diferentes. Incendiar e quebrar estão ligados aos alvos: vitrine e agência bancária. Já agredir está associado aos policiais. CESPE/UnB – FUB - ANALISTA TECNOLOGIA INFORMAÇÃO – 2011 41- GABARITO: C Questão de coesão sequencial. Tanto ‘sobre’ quanto ‘referente a’ são expressões ligadas à ideia de ‘assunto’, portanto, cabe a substituição. Outras expressões com o mesmo intento: ‘acerca de’, ‘quanto a’, ‘a respeito de’. CESPE/UnB – CNPQ – ANALISTA CIÊNCIA/TECNOLOGIA JR. - 2011 42- GABARITO: E. Questão de coesão referencial. A primeira ocorrência do pronome demonstrativo "tal" (l.11) retoma o termo "conhecimento-emancipação" (l.11). Na segunda ocorrência, o termo "tal" não retoma nada, pois se trata de um conectivo de valor comparativo (tal como = assim como). 43- GABARITO: C. Questão de coesão sequencial.

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A estrutura “não só/apenas/somente ... mas/como (também, ainda)” é chamada de expressão correlativa aditiva. Veja: “... preservar não somente a segurança... mas também a sua liberdade.”

Por favor, não seja um alienado, ou seja, viu o ‘mas’ — Ih! Adversativo! Não é para rir disso, porque tem um monte de gente que não age sensatamente, hein! ☺ CESPE/UnB – TRE/ES - ANALISTA – 2011 44- GABARITO: E. Questão de coesão sequencial. Na boa, a banca deu esta questão para você não zerar. Diz aí? Hehe... Bem... ‘se bem que’ e ‘ainda que’ são locuções concessivas (ideia de oposição). A expressão ‘já que’ tem valor causal. Confira isso naquela microaula da questão 1. CESPE/UnB – INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – 2009 45- GABARITO: E. Questão de coesão sequencial. O conector “por isso” (valor semântico conclusivo), assim como todo conector, estabelece uma relação entre uma ideia anterior e uma ideia posterior, mas ‘a máscara da igualdade... é uma ilusão’ é uma oração que vem após a ideia iniciada pelo conector. Em suma: o “por isso” conecta, estabelecendo uma relação de conclusão/conseqüência, o que vem antes dele (linhas 17-20) e o que vem logo após ele (linhas 20-22). Safo? É isso! CESPE/UnB – TCDF – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – 2012

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46- GABARITO: E. Basta trocar o “o” por “poder do rei” e ver que não faz sentido no contexto: “... o poder do rei passou a ser um tanto limitado pelos nobres, que obrigaram o poder do rei a...”. Quem obriga, obriga alguém, logo o “o” retoma “rei”. Veja: “... o poder do rei passou a ser um tanto limitado pelos nobres, que obrigaram o rei a...”. Mole! CESPE/UnB – MPE/PI – ANALISTA MINISTERIAL – 2012 47- GABARITO: C. De fato, há dois referentes que podem ser retomados pelo oblíquo “las”: garrafas e mensagens, de modo que a afirmação está correta. Veja: “O seu método é simples. Harold utiliza garrafas de suco de laranja e se certifica de que as mensagens estão com data. Antes de enviar as garrafas (ou enviar as mensagens...). A essa altura do campeonato, dá para errar questão disso? 48- GABARITO: C. O termo “o” é um pronome demonstrativo, substituível por “isso”, o qual, por sua vez, retoma de fato toda a ideia do período anterior. Veja: “Na era das redes sociais, algumas formas de comunicação arcaicas ainda dão resultado. O canadense Harold Hackett que diga que ‘na era das redes sociais, algumas formas de comunicação arcaicas ainda dão resultado’. 49- GABARITO: E. Não coloquei o contexto, pois a conjunção (ou conector) “Enquanto” NUNCA indica consequência, isto é, nunca tem valor consecutivo, mas tão somente valor temporal (ou proporcional, como diz Celso Cunha). CESPE/UnB – PEFOCE/CE – AUXILIAR DE PERÍCIA DE 1ª CLASSE – 2012 50- GABARITO: C.

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Trocar seis por meia-dúzia dá no mesmo, certo? É o que ocorre aqui: trocou-se um indefinido por outro, não prejudicando a coesão tampouco a coerência. 51- GABARITO: C. Essas conjunções (porém, entretanto) e locução conjuntiva (no entanto) são sempre adversativas, logo a afirmação procede. 52- GABARITO: E. O vocábulo conector pode se referir a conjunções, locuções conjuntivas, preposições e locuções prepositivas. No CESPE/UnB, conector é 99% das vezes sinônimo de conjunção e locução conjuntiva. Compare: 2º Parágrafo

No entanto, a despeito de toda a importância da ética deontológica, ela parece ser insuficiente para o aprofundamento de reflexões éticas sobre posturas profissionais, pois se pressupõe que seja atendida à medida que os códigos sejam simplesmente obedecidos. Porém, ser eticamente bom é mais do que isso, porque obedecer a códigos de ética pode ser medida puramente protocolar. Verdadeiras reflexões éticas podem chegar ao ponto de incomodar algumas pessoas por retirá-las de uma postura automática em seu exercício profissional. Entretanto, esse esforço é fundamental para o alcance de um trabalho que possa ser verdadeiramente valorizado e reconhecido como detentor de alguma utilidade pública. 3º Parágrafo

Um sistema de justiça imparcial, equitativo e previsível é requisito universal para o reconhecimento de seu valor por parte da sociedade. Jurisdições estão reconhecendo cada vez mais o papel limitado que confissões e testemunhos desempenham, o que vem aumentando progressivamente a importância das ciências forenses nos tribunais. Todo empenho deve voltar-se ao estabelecimento de uma postura eticamente boa, pois isso constitui um dos pilares fundamentais de todo trabalho. É necessário definir claramente o que pode ser considerado violação ética e desenvolver métodos transparentes e previsíveis de investigação de alegações de tal tipo de violação. Pelo que se vê, há mais conectores no 2º do que no 3º.

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CESPE/UnB – IRBr – DIPLOMATA – 2012 53- GABARITO: E. Escrevi para ele... porque o diabo do homem só faltou me chamar de representante comercial deles. Pelo que se vê, a causa está ligada a “Escrevi para ele”, e não a “que não conhecia Joyce nem Virginia Woolf nem Proust”. 54- GABARITO: E. A personalidade do escritor se dilui na obra, e não o escritor. Questão maldosa. 55- GABARITO: E. Não está claro a que se refere “ave”, mas parece que se refere ao eu-lírico, está claro, entretanto, de que “aranha” se refere de fato a “Língua”, quando se diz: “... (tu = língua) és... aranha.” CESPE/UnB – PF – AGENTE – 2012 56- GABARITO: C. As duas palavras que são o foco da explicação do texto são fetichismo e alienação, logo a afirmação da banca procede, a saber: “A rigor, não há grande diferença entre o emprego dessas duas palavras (fetichismo e alienação)...”. 57- GABARITO: C. Se e caso são conjunções sinônimas. Ambas indicam condição. O que não pode ocorrer é a união dessas duas conjunções. Ou se usa uma ou outra. 58- GABARITO: C. “Essa discrição” se refere a “As execuções acontecem em lugares fechados”, pois o conteúdo dessa oração apresenta uma ideia de discrição (lugares fechados).

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Língua Portuguesa para PF Questões comentadas do CESPE/UnB

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CESPE/UnB – PC/CE – INSPETOR – 2012 59- GABARITO: E. “Ali”, que indica lugar, tem como referente uma expressão que indica lugar também: “No coração histórico da sociedade moderna”. 60- GABARITO: C “Embora” é uma conjunção concessiva (concessão), que, por definição, é “um conteúdo que, mesmo sendo contrário à proposição, não a invalida”. 61- GABARITO: E. NUNCA!!! O “pois” indica ou causa ou explicação. 62- GABARITO: C. Tanto “diante de” como “perante a” são locuções prepositivas que indicam lugar ou direção, logo são sinônimas e substituíveis entre si. ---------------------------------------------------------------------------------- Meus nobres, chegamos ao fim de apenas uma parte de nossa saga. Espero que vocês tenham gostado de acompanhar a aula superimportante de hoje. Mentalize sempre que a vaga é sua e só depende de você! Sei que é clichê, mas é uma máxima. E, só para piorar (rs), cito duas frases motivadoras (uma bem a minha cara — preciso trabalhar divertindo-me, ué! — e a outra para pessoas sérias como você): “E lembrem-se: “O Poder é de vocês!”’ (Capitão Planeta) “Somos donos do nosso destino. Somos capitães da nossa alma!” (Winston Churchill). Grande abraço e até a próxima! Pestana [email protected] ou [email protected]