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Aula 00 RETA FINAL - Questões Comentadas de Português p/ TCU - Técnico Professor: Ludimila Lamounier 00000000000 - DEMO

Questões Comentadas de Português p/ TCU - Técnico

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  • Aula 00

    RETA FINAL - Questes Comentadas de Portugus p/ TCU - Tcnico

    Professor: Ludimila Lamounier

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    AULA 00 LNGUA PORTUGUESA

    Ol, amigos do Estratgia Concursos, tudo bem?

    Sejam bem-vindos ao curso de Questes de Lngua Portuguesa para o concurso do TCU Tcnico Federal de Controle Externo. Como o CESPE foi a banca organizadora do ltimo concurso, este curso ser focado exclusivamente em questes dessa instituio e no edital passado.

    A Lngua Portuguesa um importante diferencial em qualquer concurso, tanto na prova objetiva quanto na discursiva. Em grande parte deles, a disciplina apresenta um nmero elevado de questes e, muitas vezes, tem peso dois. As bancas tm formulado provas cada vez mais difceis e complicadas, e, assim, o candidato que domina a matria tem mais chances de sucesso nos certames.

    O aluno precisa dominar a sintaxe, a semntica, a ortografia, a gramtica, como um todo, alm da interpretao de textos. Somente bem afiados, vocs sero capazes de conseguir uma alta pontuao e fazer a diferena entre seus concorrentes. fato: a nota de Lngua Portuguesa pode definir a colocao no concurso. Ela pode tanto desclassificar excelentes candidatos quanto colocar outros nas primeiras posies.

    Alm disso, qualquer pessoa s ganha em aprender corretamente o prprio idioma, em saber se expressar, em saber falar, e em saber ler e interpretar o que realmente est escrito. Como bom adquirir conhecimento, no mesmo? Ainda mais um que aplicado em tudo o que fazemos, durante todos os dias de nossa vida. Por isso, estudar portugus nunca demais, vocs sempre aprendero coisas novas para colocar em prtica.

    A inteno deste curso que o aluno, por meio da resoluo dos exerccios e anlise das questes comentadas, tenha um domnio geral e completo da disciplina e esteja preparado para

    SUMRIO PGINA Apresentao da professora 02 - 04 Cronograma do Curso 04 05 Informaes sobre o Curso 05 07 A prova do CESPE 07 08 Lista de Questes 08 39 Gabarito 40 - 41 Questes Comentadas 42 111 Interpretao de texto: informaes adicionais 112 - 123

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    prestar este concurso e outros. Os exerccios so o meio ideal para o candidato se familiarizar com as provas de concursos pblicos e a forma como cada assunto explorado pela banca.

    Geralmente, as questes utilizadas pelas bancas examinadoras se repetem. Por isso, alm de analisar as provas mais recentes e perceber qual o posicionamento adotado pela organizadora em certos temas, importante tambm resolver as provas dos ltimos dez anos. A prioridade deve ser sempre a instituio responsvel pelo seu concurso.

    Pretendo, portanto, que todos melhorem seu desempenho na disciplina, mesmo que alguns pontos da matria paream bsicos demais. H sempre algum detalhe para (re)aprender e memorizar, no mesmo?

    Apresentao da professora

    Antes de iniciar os comentrios sobre o funcionamento do nosso curso, gostaria de fazer uma apresentao pessoal.

    Meu nome Ludimila Lamounier e sou Consultora Legislativa da Cmara dos Deputados (rea XIII Desenvolvimento Urbano, Trnsito e Transportes) desde janeiro de 2015, em concurso realizado pelo CESPE. Antes de tomar posse no meu atual cargo, trabalhei por quase dois anos como Analista Legislativo/Tcnica Legislativa tambm da Cmara dos Deputados. Antes disso, exerci por pouco mais de oito anos, no Ministrio Pblico Federal, o cargo de Analista em Arquitetura/Perita. Este foi meu primeiro cargo no mundo do concurso pblico, no qual obtive a primeira colocao no certame promovido pela ESAF em 2004. Mas, antes de conquist-lo, passei por vrias provas, com aprovao nos seguintes concursos:

    y Arquiteto - Emater 2004 (1 lugar); y Arquiteto - Infraero 2004;

    y Arquiteto - Correios/MG 2004; y Arquiteto - Cmara dos Deputados 2003; y Arquiteto - BNDES 2002; y Arquiteto - BR Distribuidora 2002; y Arquiteto - Prefeitura Municipal de Sete Lagoas/MG 2002.

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    Em 2012, apesar de adorar meu trabalho como perita, decidi sair do Ministrio Pblico em busca de um salrio maior e de melhores condies de plano de carreira. No incio daquele ano, prestei o concurso de Tcnico Legislativo/Processo Legislativo do Senado Federal, realizado pela FGV, no qual obtive a 34 colocao. No mesmo ano, tambm participei do concurso para o cargo de Analista Legislativo/Tcnica Legislativa da Cmara dos Deputados, promovido pelo CESPE.

    Sobre a minha relao com a Lngua Portuguesa, tenho o costume de dizer que ela vem desde sempre. Digo isso, porque, ainda nos antigos tempos de colgio, j era uma relao bastante ntima, pois a escola onde estudei tratava o Portugus com uma importncia especial. Os alunos sempre eram direcionados para o constante contato com a leitura e a escrita. esse aprendizado que trago comigo, uma base que me ajuda nos concursos, na minha vida pessoal e no trabalho.

    Antes de minha aprovao no MPF, fui professora particular de portugus para provas da ESAF e do CESPE, com aulas especficas sobre questes. Atividade a que dei continuidade por mais trs anos depois de comear a trabalhar no MPF.

    No MPF, a minha carreira como perita exigia muito conhecimento em nossa lngua, pois meu trabalho era a produo de laudos e pareceres. A minha rotina era escrever e escrever, e, desse modo, o treino contnuo me habilitou ainda mais na atividade de redatora e me trouxe mais conhecimento, tornando-me uma verdadeira amante das letras.

    Essa habilidade foi fundamental para que eu conseguisse notas altas nas provas objetivas de Portugus e nas discursivas, diferencial para a minha aprovao nos dois concursos que prestei em 2012. No concurso da Cmara dos Deputados (2012), minha nota nas duas provas discursivas foi a soma de 171,81 em um total de 175 pontos (em uma delas a nota foi a mxima). Pontuao decisiva, com a qual subi em torno de quatrocentas posies no resultado final.

    Por sua vez, o concurso de Consultor Legislativo da Cmara dos Deputados (2014) tambm exigiu bastante desenvoltura em Portugus e nas discursivas, porque tivemos que escrever quatro peas (dissertao, discurso, parecer e minuta de proposio), cada uma com 120 linhas e sem tempo suficiente para rascunho. muito gratificante ter conseguido ficar dentro das duas vagas disponveis, no edital, para a rea de Desenvolvimento Urbano, Trnsito e Transportes. Sem dvida alguma, dominar a Lngua Portuguesa foi o meu grande recurso, o meu diferencial para conquistar essa to sonhada aprovao em um dos concursos mais difceis do pas.

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    Em 2014, iniciei meus estudos de ps-graduao em Portugus Reviso de Texto, e estou muito animada com a nova oportunidade.

    Pessoal, este meu compromisso aqui no Estratgia: dedicar-me a vocs. Quero disponibilizar o conhecimento e a experincia adquiridos para que meus alunos consigam superar as barreiras e dificuldades do Portugus, tirar notas altas e conquistar o to almejado cargo.

    Alm de buscar da melhor forma a disponibilizao de um material adequado e de qualidade, estarei disposio e darei suporte a vocs nessa rdua e complicada fase de preparao. Podem contar comigo!

    Sempre que precisarem, entrem em contato. E postem suas dvidas no frum das aulas, aproveitem essa ferramenta, que de grande auxlio.

    Bom, feitas as apresentaes iniciais, passemos proposta do nosso curso.

    Cronograma do Curso

    Vejamos como ser o cronograma do nosso curso:

    Aulas Tpicos abordados Data

    Aula 00 Compreenso e interpretao de textos. Tipologia textual.

    06/05

    Aula 01 Ortografia oficial. Acentuao grfica. 18/05 Aula 02 Emprego das classes de palavras. 27/05

    Aula 03

    Sintaxe da orao e do perodo. 08/06

    Aula 04 Concordncia nominal e verbal. Pontuao. 17/06

    Aula 05 Regncia nominal e verbal. Emprego do sinal indicativo de crase.

    29/06

    Aula 06

    Redao de correspondncias oficiais.

    08/07

    Aula 07 Aula extra: Verbos 20/07

    Aula 08 Aula extra: Pronomes.

    29/07

    Aula 09

    Aula extra: Interpretao de textos - Texto: compreenso, interpretao, reescritura e correo gramatical. Coeso, coerncia e semntica. Significao das palavras.

    10/08

    Aula 10 Reviso e dicas. Simulado com questes CESPE. 19/08

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    Ateno!

    A depender da data de publicao do edital e realizao do concurso, adaptaremos o cronograma para antecipar a liberao das aulas e o ajuste dos assuntos.

    Informaes sobre o Curso

    A nossa metodologia ser o desenvolvimento da teoria por meio de questes comentadas, de forma a conjugar a explanao do contedo com a prtica das provas, o que facilita a assimilao completa da matria. Essa metodologia permite uma preparao mais eficaz e efetiva, pois o estudo concentrado apenas na teoria se torna muito cansativo.

    Assim, cada aula contar com, no mnimo, 50 questes do CESPE para que vocs as resolvam, procedam correo pelo gabarito e revisem por meio dos comentrios apresentados no final.

    Assim, este curso ser composto de uma mdia de 500 questes propostas e comentadas. um verdadeiro arsenal de questes, capaz de deix-los preparadssimos para a prova!

    ACORDO ORTOGRFICO

    Neste curso, tambm ser tratado o Novo Acordo Ortogrfico, que j est em vigor. A banca examinadora pode, portanto, cobrar o conhecimento do candidato em relao a essas novas regras de ortografia. importante que o aluno se atualize, pois as instituies j vm adaptando suas provas nova grafia.

    Salienta-se que o Decreto n. 7875, de 27 de dezembro de 2012, prorrogou o prazo de transio, at 31 de dezembro de 2015, para implementao do Acordo Ortogrfico. Nesse perodo, coexistiro a norma ortogrfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.

    INTERPRETAO DE TEXTOS E SIMULADO

    Pessoal, pela minha experincia no mundo concurseiro, percebo que h uma grande dificuldade dos alunos em relao interpretao de textos. Os candidatos reclamam que no se sentem confiantes e no sabem como fazer para responder s questes. Alm disso, a

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    interpretao de textos vem tendo uma participao cada vez maior no nmero de questes das provas. Desse modo, quero tratar desse assunto e desvendar as tcnicas de interpretao, para que vocs tenham mais segurana na hora da prova.

    Este curso, alm desta aula com aspectos introdutrios sobre interpretao de textos, ter outra especfica e detalhada sobre esse tema. Esta primeira aula expe o assunto de forma mais genrica e introdutria, com explicao de conceitos relativos a essa parte da disciplina.

    A aula extra voltada interpretao de textos ensinar tticas para facilitar a interpretao de textos. Nela, darei vrias dicas para serem usadas na hora da prova, de forma a otimizar a leitura e a compreenso, e, assim, usar o tempo disponvel da melhor maneira. Ser uma oportunidade nica de treinamento em interpretao de textos.

    Outro tpico do curso, que ser muito proveitoso para vocs, se refere ltima aula. Nela, faremos uma espcie de reviso por meio de dicas sobre o correto uso do idioma. Alm disso, teremos um simulado com questes comentadas exclusivas do CESPE, para que vocs tenham a oportunidade de treinar os conhecimentos adquiridos ao longo do curso.

    SUPORTE

    Nossos estudos vo alm das aulas que constam deste curso. Quero que vocs compartilhem comigo suas dvidas. Todos ns as temos, e isso natural. S quem estuda tem dvidas. Vocs podem ter todas as dvidas do mundo agora, mas no na hora da prova.

    Como j mencionei, no deixem de usar o frum das aulas. Vamos discutir o que for preciso para que vocs terminem o curso realmente seguros de que possam fazer uma boa prova.

    O meu objetivo que vocs aproveitem bem o curso e adquiram o conhecimento transmitido. Por isso, estou aberta a crticas, sugestes, questionamentos, solicitao de mais explicaes sobre a teoria e as questes, etc.

    Contem comigo!

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    Ficarei muito feliz com o sucesso de cada um de vocs, nada mais gratificante para um professor do que saber que pde fazer diferena na vida de seu aluno, de saber que o ajudou na conquista de um sonho.

    A prova do CESPE

    O CESPE foi o organizador do ltimo concurso. Essa banca atua no ramo dos concursos pblicos h algum tempo, de modo que no difcil traar um perfil sobre sua forma de avaliao e correo. Lembrem-se, conhecer o estilo de cobrana de uma banca e o posicionamento acerca de alguns temas pode fazer toda a diferena na hora da aprovao!

    As provas do CESPE costumam gerar nos candidatos um pouco de receio, a comear pelo sistema de cobrana que geralmente no traz alternativas para o candidato escolher a correta. O mais comum haver uma afirmativa que deve ser julgada como CERTO ou ERRADO. importante lembrar que, nesse caso, uma alternativa marcada erroneamente anula um acerto. Dessa forma, preciso que vocs estejam muito seguros e atentos na hora de marcar o gabarito. Normalmente, o grau de dificuldade do CESPE considerado complexo. Vale destacar que as provas de Portugus tm dado uma relevncia cada vez maior s questes de interpretao de texto.

    Mas no se preocupem! Assim que o edital for divulgado, analisaremos melhor a cobrana da banca examinadora. Os pontos do edital de Lngua Portuguesa sero examinados cuidadosamente, e chamarei ateno do aluno para as principais questes. Dessa forma, no h preocupaes, exploraremos todos os tpicos do edital de maneira terica e prtica, a fim de deix-los afiados at a data da prova.

    De todo modo, vale ressaltar que para montar este curso, foi utilizado como base o edital do concurso passado, abaixo discriminado. Voc notar que o cronograma divulgado abarca todos os pontos e ainda apresenta trs aulas com contedo extra: Verbos, Pronomes e Interpretao de Texto. Esses assuntos foram acrescentados, no s porque so fundamentais para o completo domnio da Lngua Portuguesa, bem como porque podero aparecer no edital a ser publicado.

    LNGUA PORTUGUESA: Compreenso e interpretao de textos. Tipologia textual. Ortografia oficial. Acentuao grfica. Emprego das classes de palavras. Emprego do sinal indicativo de crase. Sintaxe da orao e do perodo. Pontuao. Concordncia nominal e verbal. Regncia nominal e verbal. Significao das palavras. Redao de correspondncias oficiais.

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    Dito tudo isso, j podemos partir para a nossa aula 00! Todos prontos?

    Bons estudos,

    Ludimila Lamounier

    [email protected]

    LISTA DE QUESTES

    Questo 01 (CESPE) Oficial de Controle Externo TCE-RS/2013

    O sistema de banco de milhagens desenvolvido pelo TCE/RS modelo para outras instituies no Rio Grande do Sul e no Brasil. O banco de registro de milhagens utiliza os crditos de passagens areas custeadas com recursos pblicos. De acordo com o presidente do TCE/RS, a proposta ir gerar considervel economia aos cofres pblicos. Considerando que as despesas com a emisso de passagens para viagens oficiais so custeadas pelo tesouro, entendemos que devem ser adotadas todas as medidas possveis para que esses crditos sejam utilizados na aquisio de novos bilhetes, em benefcio dos HQWHVGDSUySULDDGPLQLVWUDomRS~EOLFDDVVLQDORX

    Prmios ou crditos de milhagens oferecidos pelas companhias de transporte areo, quando resultantes de passagens adquiridas com recursos da administrao direta ou indireta de qualquer dos poderes do Rio Grande do Sul, sero incorporados ao errio e utilizados apenas em misses oficiais.

    Internet: (com adaptaes).

    Com base no texto acima, julgue o item que se segue.

    Depreende-se das informaes do texto que os funcionrios que usarem passagens areas custeadas pelo governo do Rio Grande do Sul podem usufruir, para viagens particulares, dos prmios ou crditos de milhagens concedidos pelas companhias areas.

    Questo 02 - (CESPE) Todos os cargos - MS/2013

    Trecho de entrevista concedida por Lgia Giovanella (LG) revista Veja (VJ).

    VJ Por que o Brasil investe pouco?

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    LG Temos limites nas nossas polticas econmicas, alm de disputas sociais e polticas que atrapalham a discusso sobre a quantidade de recursos. Sabemos que um Sistema nico de Sade (SUS) de qualidade e com oferta universal de servios aumentaria a disposio da classe mdia em contribuir com o pagamento de impostos que financiam o sistema. Atualmente, h baixa disposio porque a classe mdia no utiliza o servio e porque os servios no so completamente universalizados. VJ O SUS corre o risco de se tornar invivel? O que precisa ser feito para que no ocorra um colapso no sistema pblico?

    LG No acredito que haja risco iminente de colapso do SUS, mas as escolhas que fizermos a partir de agora podem levar construo de diferentes tipos de sistema, a exemplo de uma poltica mais direcionada a parcelas mais pobres da populao ou um sistema sem acesso universal. O SUS ter de responder s mudanas sociais. Com a melhoria da situao econmica de uma parcela da sociedade, precisar atender a expectativas da nova classe mdia baixa.

    VJ Alm de aumentar o investimento, o que mais importante? LG Outro desafio estabelecer prioridades para o modelo assistencial. Atualmente, a cobertura de ateno bsica, por meio do programa Sade da Famlia, alcana apenas 50% da populao. preciso que haja uma ampliao sustentada, de modo a atingir 80% da populao. J estamos em um momento avanado no SUS, em que necessrio dar populao garantias explcitas de que os servios iro funcionar. Alm disso, o Brasil precisa intensificar a formao de mdicos especializados em medicina de famlia e comunidade.

    Natalia Cuminale. Desafios brasileiros. Brasil precisa dobrar gasto em sade, diz especialista. Internet: (com adaptaes).

    No que diz respeito organizao das ideias no texto, julgue o item que se segue.

    Conforme o texto, o SUS autossuficiente, visto que tem capacidade de gerenciar as necessidades de atendimento de novas demandas e expectativas; por isso, prescinde de recursos financeiros do poder pblico.

    Questo 03 - (CESPE) Assistente em Cincia e Tecnologia - INCA/2010

    Criada em 1983 pela doutora Zilda Arns, a Pastoral da Criana monitora atualmente cerca de 2 milhes de crianas de at 6 anos de idade e 80 mil gestantes, com presena em mais de 3,5 mil municpios em todo o pas, graas colaborao de 155 mil voluntrios. A importncia da Pastoral palpvel: a mdia nacional de mortalidade infantil para crianas de at 1 ano, que de 22 indivduos por mil nascidos vivos, cai para 12 por mil nos lugares atendidos pela instituio. Na primeira experincia da Pastoral, em Florestpolis, no Paran, a mortalidade infantil despencou de 127 por mil nascimentos para 28 por mil em apenas um ano. Sua metodologia simples por meio de conversas frequentes com a famlia, o voluntrio receita cuidados bsicos para evitar que a criana morra por falta de conhecimento, como os hbitos de higiene, a administrao do soro caseiro e a adoo da farinha de multimistura na alimentao, que

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    se tornou uma soluo simples e emblemtica contra a desnutrio. Mas o seu segredo um s: a persistncia.

    Jornal do Commercio (PE), Editorial, 20/1/2010 (com adaptaes).

    Acerca do texto acima, das suas caractersticas e estruturas lingusticas, julgue a afirmativa:

    Esse texto predominantemente narrativo.

    Questo 04 - (CESPE) Tcnico TRE-AP/2007

    Jornal do comrcio O voto aberto nos processos de cassao poderia mudar o destino dos acusados?

    Schirmer No sei se o voto aberto mudaria o resultado final. O que ele mudaria seria a responsabilidade individual. Porque, com a votao aberta, voc e responsvel pelo seu voto. Votando sim ou no, voc assume a responsabilidade pelo voto dado. Com o voto fechado, a responsabilidade difusa, pois ningum sabe quem votou em quem e, sendo assim, todos carregam o nus do resultado da votao. O voto fechado muito ruim porque quem sai perdendo a prpria instituio. Em vez de voc falar mal de um ou de outro deputado, voc acaba penalizando a instituio.

    Jornal do Comrcio, 17.4.2006.

    Assinale a opo correta quanto compreenso e tipologia do texto.

    a) Por estar estruturado em duas partes, compreendendo uma pergunta e uma resposta, o texto pode pertencer ao gnero entrevista.

    b) Na pergunta feita pelo Jornal do Comrcio, predomina a descrio dos processos de cassao.

    c) O pargrafo que contm a resposta de Schirmer possui estrutura predominantemente narrativa, porque o falante explica como se processam as atividades de cassao de eleitos.

    d) O segundo pargrafo do texto estruturalmente argumentativo, porque apresenta, primeiro, os aspectos favorveis ao voto em aberto e, em um segundo momento, os aspectos desfavorveis dessa modalidade de votao.

    e) O primeiro e o segundo pargrafos tm a mesma estrutura textual e a mesma tipologia: so dissertativos.

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    Questo 05 (CESPE) Diplomata Instituto Rio Branco/2012

    Fragmento I

    Macunama

    No fundo do mato-virgem nasceu Macunama, heri da nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silncio foi to grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a ndia tapanhumas pariu uma criana feia. Essa criana que chamaram de Macunama.

    J na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis anos no falando. Si o incitavam a falar exclamava:

    Ai! Que preguia!...

    e no dizia mais nada. Ficava no canto da maloca, trepado no jirau de paxiba, espiando o trabalho dos outros e principalmente os dois manos que tinha, Maanape j velhinho e Jigu na fora do homem.

    Fragmento II

    9 Carta pras icamiabas

    s mui queridas sbditas nossas, Senhoras Amazonas.

    Trinta de Maio de Mil Novecentos e Vinte e Seis,

    So Paulo.

    Senhoras:

    No pouco vos surpreender, por certo, o endereo e a literatura desta missiva. Cumpre-nos, entretanto, iniciar estas linhas de saudade e muito amor, com desagradvel nova. bem verdade que na boa cidade de So Paulo a maior do universo, no dizer de seus prolixos habitantes QmRVRLVFRQKHFLGDVFRPRLFDPLDEDVvoz espria, sino que pelo apelativo de Amazonas; e de vs, se afirma, cavalgardes ginetes belgeros e virdes da Hlade clssica; e assim sois chamadas. Muito nos pesou a ns, Imperator vosso, tais dislates da erudio, porm heis de convir conosco que, assim, ficais mais heroicas e mais conspcuas, tocadas por essa platina respeitvel da tradio e da pureza antiga.

    (...)

    Macunama, Imperator

    Mrio de Andrade. Macunama, o heri sem nenhum carter. Rio de Janeiro: Agir, 2008, p. 13, 97 e 109.

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    Considerando a coerncia, a progresso temtica e as marcas de referencialidade do fragmento II do texto, julgue (C ou E) o seguinte item. A formalidade da linguagem, na carta endereada s icamiabas, adequada ao texto e FRHUHQWH FRP DV FDUDFWHUtVWLFDV GR UHPHWHQWH 0DFXQDtPD ,PSHUDWRU H GDVdestinatrias, as icamiabas.

    Questo 06 (CESPE) Diplomata Instituto Rio Branco/2012

    (Responda com base nos textos da questo anterior.)

    Considerando os aspectos lingusticos e a estrutura da narrativa nos fragmentos DSUHVHQWDGRV H[WUDtGRV GD REUD 0DFXQDtPD R +HUyL 6HP 1HQKXP &DUiWHUjulgue (C ou E) o item subsequente.

    Ambos os fragmentos apresentam a estrutura textual tpica da narrativa, recurso empregado pelo autor como forma de manter a coerncia dos fatos narrados.

    Questo 07 (CESPE) Nvel Mdio TJ-RR/2012

    A dependncia do mundo virtual inevitvel, pois grande parte das tarefas do nosso dia a dia so transferidas para a rede mundial de computadores. A vivncia nesse mundo tem consequncias jurdicas e econmicas, assim como ocorre no mundo fsico. Uma das questes suscitadas pelo uso da Internet diz respeito justamente aos efeitos dessa transposio de fatos do mundo real para o mundo virtual, sobretudo no que se refere sua interpretao jurdica. Como exemplos de situaes problemticas, podemos citar a aplicao das normas comerciais e de consumo nas transaes realizadas pela Internet, o recebimento indesejado de mensagens por email (spam), a validade jurdica do documento eletrnico, o conflito de marcas com os nomes de domnio, a propriedade intelectual e industrial, a privacidade, a responsabilidade dos provedores de acesso, de contedo e de terceiros na Web bem como os crimes de informtica.

    Renato M. S. Opice Blum. Internet: (com adaptaes).

    Considerando as ideias e as estruturas lingusticas do texto, julgue o item subsequente. Infere-se das informaes do texto que no mundo virtual os problemas jurdicos e econmicos potenciais tm equivalncia aos problemas do mundo fsico.

    Questo 08 - (CESPE) Tcnico Segurana do Trabalho - SERPRO/2008

    A ansiedade no doena. Faz parte do sistema de defesa do ser humano e est projetada em quase todos os animais vertebrados. O significado mais aceito hoje em dia vem do psiquiatra australiano Aubrey Lewis, que, em 1967, caracterizou-D FRPR XP

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    estado emocional com a qualidade do medo, desagradvel, dirigido para o futuro, GHVSURSRUFLRQDOHFRPGHVFRQIRUWRVXEMHWLYR

    A ansiedade no doena. problema de ordem do comportamento que afeta o convvio social. A ansiedade pode se apresentar como sintoma em muitas doenas ditas emocionais e mentais, e interfere sobremaneira nos nveis de satisfao do indivduo.

    Quem no se sentiu ansioso at hoje? Com o mundo do jeito que est, natural se sentir ansioso; permitido ficar ansioso. Prejudicial no saber lidar com a ansiedade. A proposta abordar meios eficazes de lidar com esse comportamento que gera tantos distrbios.

    Diz Patch Adams que indivduo saudvel aquele que tem uma vida vibrante e feliz, porque utiliza ao mximo o que possui e s o que possui, com muito prazer. Este o indivduo satisfeito que no anseia quimeras e que sabe viver alegre e feliz.

    Internet: (com adaptaes).

    A partir da leitura interpretativa e da tipologia do texto acima, julgue o item a seguir.

    O segundo pargrafo do texto do tipo expositivo, pois caracteriza a ansiedade.

    Questo 09 - (CESPE) Tcnico-BACEN/2013

    Em relao ao texto apresentado acima, julgue os itens seguintes. (P35(6(17(35$*5(*2RHPSUHJRGDIRUPDSUHSRVLWLYDSUDpLQDGHTXDGRGDGRo grau de formalidade do texto.

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    Questo 10 (CESPE) Tcnico Judicirio TRT-17 Regio/2013

    Existem vrias formas de punio para aqueles que pratiquem assdio moral, podendo essa punio recair tanto no assediador, quanto na empresa empregadora que no coba, ou que at mesmo incentive o assdio, como ocorre, por exemplo, no caso do assdio moral organizacional, decorrente de polticas corporativas. O empregador responde pelos danos morais causados vtima que tenha sofrido assdio em seu estabelecimento, nos termos do artigo 932 do Cdigo Civil. Em caso de condenao, cabe justia do trabalho fixar um valor de indenizao, com o objetivo de reparar o dano. O assediador, por sua vez, poder ser responsabilizado em diferentes esferas: na penal, estar sujeito condenao por crimes de injria e difamao, constrangimento e ameaa (artigos 139, 140, 146 e 147 do Cdigo Penal); na trabalhista, correr o risco de ser dispensado por justa causa (artigo 482 da Consolidao das Leis do Trabalho) e ainda por mau procedimento e ato lesivo honra e boa fama de qualquer pessoa; por fim, na esfera cvel, poder sofrer ao regressiva, movida pelo empregador que for condenado na justia do trabalho ao pagamento de indenizao por danos morais, em virtude de atos cometidos pelo empregado.

    Internet: (com adaptaes).

    A respeito das estruturas lingusticas do texto acima, julgue o item seguinte. O texto classifica-se como expositivo, visto que, nele, defendida, com base em argumentos, a punio daqueles que pratiquem assdio moral.

    Questo 11 (CESPE) Auditor de Contas Pblicas - CGE-PB/2008

    No passado, havia uma viso global de trocar o capitalismo pelo socialismo. Hoje vivemos uma situao em que o capitalismo uma realidade. As alternativas postas em prtica pela histria no deram certo. Ento, hoje nada mais resta seno aceitar o capitalismo e tentar transform-lo, no derrub-lo. Hoje possvel utilizar outras formas de luta, que no rompem com os requisitos legais, com uma capacidade de xito maior.

    Fernando Gabeira. Entrevista. Isto, 6/6/2007, p. 8 (com adaptaes)

    Infere-se da argXPHQWDomR GR WH[WR TXH XPD GDV RXWUDV IRUPDV GH OXWD(sublinhado no texto)

    a) trocar o capitalismo pelo socialismo.

    b) vivenciar o capitalismo como realidade.

    c) pr em prtica as alternativas propostas pela histria.

    d) transformar o capitalismo, respeitando-se os requisitos legais.

    e) buscar xito maior na troca do socialismo pelo capitalismo.

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    Questo 12 - (CESPE) Auxiliar de Administrao - FUB/2013

    Mais verbas tm de se traduzir em mo de obra qualificada, instalaes de excelncia e equipamentos de ponta. Sade e educao devem atrair os talentos mais cobiados do pas, capazes de ombrear com profissionais que sobressaem no mundo globalizado. Atingir o patamar de excelncia implica perseguir metas, avaliar resultados e corrigir rumos. Jeitinho, outro nome da improvisao, falta de compromisso e consequente desperdcio, precisa fazer parte de um passado que cultivou a ineficincia para sustentar orgias pessoais que condenaram geraes ignorncia e ao atraso.

    Correio Braziliense, 18/08/2013 (com adaptaes).

    Em relao ao fragmento de texto acima, julgue o prximo item. Predomina no fragmento em questo o tipo textual narrativo.

    Questo 13 (CESPE) Analista Administrativo - ANTAQ/2014

    A participao e o lugar da mulher na histria foram negligenciados pelos historiadores e, por muito tempo, elas ficaram sombra de um mundo dominado pelo gnero masculino. Ao pensarmos o mundo medieval e o papel dessa mulher, o quadro de excluso se agrava ainda mais, pois, alm do silncio que encontramos nas fontes de consulta, os textos, que muito raramente tratam o mundo feminino, esto impregnados pela averso dos religiosos da poca por elas.

    Na Idade Mdia, a maioria das ideias e de conceitos era elaborada pelos escolsticos. Tudo o que sabemos sobre as mulheres desse perodo saiu das mos de homens da Igreja, pessoas que deveriam viver completamente longe delas. Muitos clrigos consideravam-nas misteriosas, no compreendiam, por exemplo, como elas geravam a vida e curavam doenas utilizando ervas.

    A mulher era considerada pelos clrigos um ser muito prximo da carne e dos sentidos e, por isso, uma pecadora em potencial. Afinal, todas elas descendiam de Eva, a culpada pela queda do gnero humano. No incio da Idade Mdia, a principal preocupao com as mulheres era mant-las virgens e afastar os clrigos desses seres demonacos que personificavam a tentao. Dessa forma, a maior parte das autoridades eclesisticas desse perodo via a mulher como portadora e disseminadora do mal.

    Isso as tornava ms por natureza e atradas pelo vcio. A partir do sculo XI, com a instituio do casamento pela Igreja, a maternidade e o papel da boa esposa passaram a ser exaltados. Criou-se uma forma de salvao feminina a partir basicamente de trs modelos femininos: Eva (a pecadora), Maria (o modelo de perfeio e santidade) e Maria Madalena (a pecadora arrependida). O matrimnio vinha para saciar e controlar as pulses femininas. No casamento, a mulher estaria restrita a um s parceiro, que tinha a funo de domin-la, de educ-la e de fazer com que tivesse uma vida pura e casta.

    Essa falta de conhecimento da natureza feminina causava medo aos homens. Os religiosos se apoiavam no pecado original de Eva para lig-la corporeidade e inferioriz-la. Isso porque, conforme o texto bblico, Eva foi criada da costela de Ado,

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    sendo, por isso, dominada pelos sentidos e os desejos da carne. Devido a essa viso, acreditava-se que ela fora criada com a nica funo de procriar.

    Essa concepo de mulher, que foi construda atravs dos sculos, anterior mesmo ao cristianismo. Foi assegurada por ele e se deu porque permitiu a manuteno dos homens no poder; forneceu ao clero celibatrio uma segurana baseada na distncia e legitimou a submisso da ordem estabelecida pelos homens. Essa construo comeou apenas a ruir, mas os alicerces ainda esto bem fincados na nossa sociedade.

    Patrcia Barboza da Silva. Colunista do Brasil Escola. (com adaptaes).

    A respeito das ideias e de aspectos gramaticais do texto acima, julgue o item.

    De acordo com o texto, a viso medieval em relao mulher permanece at os dias atuais.

    Questo 14 (CESPE) Estudante universitrio SEE-DF/2014

    Ao nos contar a histria dos percalos de um funcionrio em ascenso pela burocracia do Brasil imperial, Antonio Candido revisita as questes cruciais de nosso sculo XIX.

    Nascido em um Rio ainda joanino em 1810, Antonio Nicolau Tolentino entrou para o servio pblico em 1825, atravessou os anos turbulentos das Regncias e do incio do Segundo Reinado, falecendo em julho de 1888, logo aps a abolio da escravatura. O personagem viveu, portanto, quase todo o perodo. Em si, o fato no tornaria mais, ou menos, interessante sua trajetria pessoal, no fosse ela significativa o suficiente para revelar a dinmica social do tempo. Filho de lavradores pobres ou de me solteira no se sabe ao certo , saiu da obscuridade por esforo prprio, foi reconhecido em seu valor por figures da poltica, arranjou um bom casamento entre a elite e terminou seus dias como alto funcionrio.

    Da roa aos sales de baile na Corte, a subida no foi feita sem nimo prestativo, hesitaes, orgulho das prprias qualidades, espera do momento oportuno e resignao de quem teve de ouvir calado. Tudo isso num quadro social que no lhe garantia qualquer reconhecimento e uma constante brasileira at hoje. Entretanto, Tolentino no apenas abaixava a cabea para resguardar sua carreira, como faria um adulador medocre; havia nele um idealismo, no bom sentido do termo, que obviamente encontrou resistncias quando foi posto em prtica. O nervo da narrativa de Antonio Candido o conflito entre as intenes racionais do burocrata e a politicagem ampla, geral e irrestrita.

    No se trata, contudo, de luta do bem contra o mal, pois tal embate tem uma especificao histrica cuja raiz se encontra no prprio surgimento do Brasil como pas. Em outras palavras, o Brasil independente afirmava-se como nao moderna, adotava uma Constituio, um Parlamento, fraque e cartola, ao mesmo tempo em que mantinha a maior parte de sua populao fora do mbito da cidadania.

    Milton 2KDWD$VFHQVmRjEUDVLOHLUD- Resenha de Um funcionrio da monarquia: ensaio sobre o segundo escalo, de Antonio Candido. In: Novos estudos CEBRAP. n. 34, nov./2002 (com

    adaptaes).

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    Julgue o item seguinte, relativo ideia do texto acima.

    O autor considera como elemento relevante da narrativa de Antonio Candido o fato de que o percurso biogrfico da personagem central do livro revela peculiaridades da dinmica social brasileira do perodo monrquico.

    Questo 15 (CESPE) Nvel Superior TC-DF/2014

    Na casa todos dormiam. Todos, menos a irm.

    Era quieta, essa irm. No cantava, no ria; mal falava. Trazia gua do poo, varria o terreiro, passava a roupa, comia pouco, magra que era e ia para a cama sem dar boa-noite a ningum. Dormia num puxado, um quartinho s dela; tinha nojo dos irmos. Se, na cama, suspirava ou revirava os olhos, nunca ningum viu. O nome dela era Honesta.

    (Nome dado pela me. O pai queria-a ali, na roa; a me, porm, tinha esperana que um dia a filha deixasse o campo e fosse para a cidade se empregar na casa de uma famlia de bem. E que melhor nome para uma empregada do que Honesta? O pai acreditava no campo; a me secretamente ansiava pela cidade por um cinema! Nunca tinha entrado num cinema! Minha filha far isto por mim, dizia-se, sem notar que a filha vagueava por paisagens estranhas, distantes do campo, distantes da cidade, distantes de tudo. [...])

    Moacyr Scliar. Doutor Miragem. Porto Alegre: L&PM, 1998, p. 22-3 (com adaptaes). Julgue o item subsequente, com base nas ideias e estruturas lingusticas do texto acima.

    Julgue o item seguinte.

    $H[SUHVVmRPDOIDODYDVXEOLQKDGDQRWH[WRLQGLFDTXHDSHUVRQDJHPQmRHPSUHJDYDas regras gramaticais da norma-padro da lngua ao se expressar.

    Questo 16 (CESPE) Agente de Polcia Federal - PF/2014

    +RMHWRGRVUHFRQKHFHPSRUTXH0DU[LPS{VHVWDGHPRQVWUDomRQR/LYUR,,G2&DSLWDOque no h produo possvel sem que seja assegurada a reproduo das condies materiais da produo: a reproduo dos meios de produo.

    Qualquer economista, que neste ponto no se distingue de qualquer capitalista, sabe que, ano aps ano, preciso prever o que deve ser substitudo, o que se gasta ou se usa na produo: matria-prima, instalaes fixas (edifcios), instrumentos de produo (mquinas) etc. Dizemos: qualquer economista igual a qualquer capitalista, pois ambos exprimem o ponto de vista da empresa.

    Louis Althusser. Ideologia e aparelhos ideolgicos do Estado. 3. ed. Lisboa: Presena, 1980 (com adaptaes)

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    Julgue o item a seguir, a respeito dos sentidos do texto acima.

    1RWH[WRRVWHUPRVPDWpULD-SULPDVXEOLQKDGRQRWH[WRLQVWDODo}HVIL[DVHGLItFLRVVXEOLQKDGR QR WH[WR H LQVWUXPHQWRV GH SURGXomR PiTXLQDV VXEOLQKDGR QR WH[WRso exemplos de PHLRVGHSURGXomRVXEOLQKDGRQRWH[WR

    Questo 17 (CESPE) Agente de Polcia Federal - PF/2014 (Responda com base no texto da questo anterior.)

    Julgue o item a seguir, a respeito dos sentidos do texto acima.

    Infere-se do texto que todo economista capitalista, mas o inverso no verdadeiro, pois nem todo capitalista proprietrio de empresa.

    Questo 18 (CESPE) Agente de Polcia Federal - PF/2014

    Imigrantes ilegais, os homens e as mulheres vieram para Prato, na Itlia, como parte de snakebodies liderados por snakeheads na Europa. Em outras palavras, fizeram a perigosa viagem da China por trem, caminho, a p e por mar como parte de um grupo pequeno, aterrorizado, que confiou seu destino a gangues chinesas que administram as maiores redes de contrabando de gente no mundo. Nos locais em que suas viagens comearam, havia filhos, pais, esposas e outros que dependiam deles para que enviassem dinheiro. No destino, havia paredes cobertas com anncios de mau gosto de empregos que representavam a esperana de uma vida melhor.

    Pedi a um dos homens ao lado da parede que me contasse como tinha sido sua viagem. Ele objetou. Membros do snakebody tm de jurar segredo aos snakeheads que organizam sua viagem. Tive de convenc-lo, concordando em usar um nome falso e camuflar outros aspectos de sua jornada. Depois de uma srie de encontros e entrevistas, pelos quais paguei alguma coisa, a histria de como Huang chegou a Prato emergiu lentamente.

    James Kynge. A China sacode o mundo. So Paulo: Globo, 2007 (com adaptaes).

    Julgue o seguinte item, relativo s ideias e s estruturas lingusticas do texto acima.

    O texto narrativo e autobiogrfico, o que se evidencia pelo uso da primeira pessoa do singular no segundo pargrafo, quando contado um fato acontecido ao narrador.

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    Questo 19 (CESPE) Analista Administrativo - ANTAQ/2014

    Alexandria, no Egito, reinou quase absoluta como centro da cultura mundial no perodo do sculo III a.C. ao sculo IV d.C. Sua famosa Biblioteca continha praticamente todo o saber da Antiguidade em cerca de 700.000 rolos de papiro e pergaminho e era frequentada pelos mais conspcuos sbios, poetas e matemticos.

    A Biblioteca de Alexandria estava muito prxima do que se entende hoje por Universidade. E faz-se apropriado o depoimento do insigne Carl B. Boyer, em A Histria GD 0DWHPiWLFD $ 8QLYHUVLGDGH GH $lexandria evidentemente no diferia muito de instituies modernas de cultura superior. Parte dos professores provavelmente se notabilizou na pesquisa, outros eram melhores como administradores e outros ainda eram conhecidos pela sua capacidade de ensinar.

    Em 47 a.C., envolvendo-se na disputa entre a voluptuosa Clepatra e seu irmo, o imperador Jlio Csar mandou incendiar a esquadra egpcia ancorada no porto de Alexandria. O fogo se propagou at as dependncias da Biblioteca, queimando cerca de 500.000 rolos.

    Em 640 d.C., o califa Omar ordenou que fossem queimados todos os livros da Biblioteca, XWLOL]DQGR R VHJXLQWH R DUJXPHQWR RX RV OLYURV FRQWrP R TXH HVWi QR $OFRUmR H VmRdesnecessrios ou contm o oposto e no devemos l-ORV

    A destruio da Biblioteca de Alexandria talvez tenha representado o maior crime contra o saber em toda a histria da humanidade.

    Se vivemos hoje a era do conhecimento porque nos alamos em ombros de gigantes do passado. A Internet representa um poderoso agente de transformao do nosso modus vivendi et operandi.

    um marco histrico, um dos maiores fenmenos de comunicao e uma das mais democrticas formas de acesso ao saber e pesquisa. Mas, como toda inovao, a Internet tem potencial cuja dimenso no deve ser superdimensionada. Seu contedo fragmentado, desordenado e, alm disso, cerca de metade de seus bites descartvel.

    Jacir J. Venturi. Internet: (com adaptaes).

    Em relao ao texto acima, julgue o item a seguir

    Nesse texto, que pode ser classificado como artigo de opinio, identificam-se trechos narrativos e dissertativos.

    Questo 20 (CESPE) Analista Administrativo - ANATEL/2014

    A ANATEL anunciou novas regras para os servios de telefonia fixa e mvel, banda larga e televiso por assinatura, que buscam melhorar a transparncia das empresas com seus clientes e ampliar os direitos dos ltimos em relao oferta de servios. Destacam-se, entre as novas normas, aquelas que facilitam a vida do usurio e reduzem as barreiras de contato com a contratada, como a exigncia de que haja uma forma de cancelamento por meio da Internet, a obrigatoriedade de que a empresa retorne a ligao que caia

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    durante um atendimento e a necessidade de que o cliente receba retornos a suas solicitaes em, no mximo, trinta dias. Alm disso, as promoes devem ser mais transparentes e ampliadas a todos os contratantes, estendendo-se aos que j possuem produtos e no usufruem de nenhuma condio especial.

    A estratgia da agncia reguladora de fato parece contribuir para que o consumidor seja mais bem atendido e tenha acesso a todos os benefcios a que tem direito. No entanto, necessrio que a fiscalizao seja estrita, uma vez que as regras desse setor so recorrentemente atualizadas e mesmo assim boa parte das empresas permanece com prticas irregulares. A baixa competitividade do mercado faz com que a qualidade dos servios e do atendimento oferecidos deixe a desejar e permite que os preos cobrados por pacotes de canais, minutos para celular ou Internet assumam valores altos, sobretudo quando comparados aos de outros pases.

    aconselhvel que o usurio permanea sempre atento s ofertas disponveis no somente na empresa contratada como tambm em suas concorrentes, para aumentar seu poder de barganha em momentos nos quais quiser negociar preos e condies melhores. A solicitao de portabilidade ou a demonstrao da inteno de trocar os servios pelos oferecidos por uma concorrente que oferea condies melhores tm-se mostrado boas estratgias, visto que as empresas comumente dispem de vantagens para no perder seus consumidores.

    Samy Dana. De olho em gastos com telefonia e direitos de consumidores. In: Folha de S.Paulo, 21/7/2014 (com adaptaes).

    Considerando as ideias e estruturas do texto, julgue o item seguinte.

    Os altos preos que as empresas de telefonia, de banda larga e de TV por assinatura cobram por minutos para celular ou Internet e por pacotes de canais, bem como a qualidade aqum do esperado dos servios e do atendimento prestados por essas empresas so reflexos da pequena concorrncia que existe no mercado e da falta de uma fiscalizao mais estrita por parte das agncias reguladoras.

    Questo 21 (CESPE) Analista Administrativo - ANATEL/2014

    (Responda com base no texto da questo anterior.)

    Considerando as ideias e estruturas do texto, julgue o item seguinte.

    Melhor atendimento ao consumidor e acesso do consumidor a todos os benefcios a que ele tem direito so exemplos de melhorias na transparncia das empresas com seus clientes e de ampliaes dos direitos destes no que se refere oferta de servios.

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    Questo 22 (CESPE) Consultor de Oramento e Fiscalizao Financeira Cmara dos Deputados/2014

    Pedi ao antroplogo Eduardo Viveiros de Castro que1 falasse sobre a ideia que o SURMHWRX$VtQWHVHGDPHWDItVLFDGRVSRYRVH[yWLFRVVXUJLXHPHJDQKRXRQRPHde SHUVSHFWLYLVPRDPHUtQGLR. Fazia j alguns anos, ento, que o antroplogo se ocupava de um trao especfico do pensamento indgena nas Amricas. Em contraste com a nfase dada pelas sociedades industriais produo de objetos, vigora entre esses povos a lgica da predao. O pensamento amerndio d muita importncia s relaes entre caa e caador que tm, para eles, um valor comparvel ao que conferimos ao trabalho e fabricao de bens de consumo. Diferentes espcies animais so pensadas com base na posio que ocupam nessa relao. Gente, por exemplo, , ao mesmo tempo, presa de ona e predadora de porcos.

    Pesquisas realizadas por duas alunas de Viveiros de Castro, na mesma poca, com diferentes grupos indgenas da Amaznia, chamavam a ateno para outra caracterstica curiosa de seu pensamento: de acordo com os interlocutores de ambas, os animais podiam assumir a perspectiva humana. Um levantamento realizado ento indicava a existncia de ideias semelhantes em outros grupos espalhados pelas Amricas, do Alasca Patagnia. Segundo diferentes etnias, os porcos, por exemplo, se viam uns aos outros como gente. E enxergavam os humanos, seus predadores, como ona. As onas, por sua vez, viam a si mesmas e s outras onas como gente. Para elas, contudo, os ndios eram tapires ou pecaris eram presa.

    Ser gente parecia uma questo de ponto de vista. Gente quem ocupa a posio de sujeito. 1RPXQGR DPD]{QLFR HVFUHYHX R DQWURSyORJR KiPDLV SHVVRDVQR FpX H QDWHUUDGRTXHVRQKDPQRVVDVDQWURSRORJLDV

    Ao se verem como gente, os animais adotam tambm todas as caractersticas culturais humanas. Da perspectiva de um urubu, os vermes da carne podre que ele come so peixes grelhados, comida de gente. O sangue que a ona bebe , para ela, cauim, porque cauim o que se bebe com tanto gosto. Urubus entre urubus tambm tm relaes sociais humanas, com ritos, festas e regras de casamento.

    Tudo se passa, conforme Viveiros de Castro, como se os ndios pensassem o mundo de PDQHLUD LQYHUVDjQRVVDVHFRQVLGHUDGDVDVQRo}HVGHQDWXUH]DHGHFXOWXUD3DUDns, o que dado, o universal, a natureza, igual para todos os povos do planeta. O que construdo a cultura, que varia de uma sociedade para outra. Para os povos amerndios, ao contrrio, o dado universal a cultura, uma nica cultura, que sempre a mesma para todo sujeito. Ser gente, para seres humanos, animais e espritos, viver segundo as regras de casamento do grupo, comer peixe, beber cauim, temer ona, caar porco.

    Mas se a cultura igual para todos, algo precisa mudar. E o que muda, o que construdo, dependendo do observador, a natureza. Para o urubu, os vermes no corpo em decomposio so peixe assado. Para ns, so vermes. No h uma terceira posio, superior e fundadora das outras duas. Ao passarmos de um observador a outro, para que a cultura permanea a mesma, toda a natureza em volta precisa mudar.

    Rafael Cariello. O antroplogo contra o Estado. In: Revista Piau, n. 88, jan./2014 (com adaptaes).

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    Em relao ao texto acima, julgue o item abaixo.

    Narrado em primeira pessoa e tratando de tema cientfico, o texto classifica-se como artigo cientfico, ainda que tenha sido publicado em peridico no especializado.

    Questo 23 (CESPE) Consultor de Oramento e Fiscalizao Financeira Cmara dos Deputados/2014

    (Responda com base no texto da questo anterior.)

    Em relao ao texto acima, julgue o item abaixo.

    $V LGHLDV H[SUHVVDV QDV IUDVHV 6HU JHQWH SDUHFLD XPD TXHVWmR GH SRQWR GH YLVWDVXEOLQKDGRQRWH[WRH*HQWHpTXHPRFXSDDSRVLomRGHVXMHLWRVXEOLQKDGRQRWH[WRFRQVWLWXHP DVSHFWRV LPSRUWDQWHV GDTXLOR TXH R WH[WR DSUHVHQWD FRPR SHUVSHFWLYLVPRDPHUtQGLRHPQHJULWRQRWH[WR

    Questo 24 (CESPE) Nvel Superior - ICMBio/2014

    De acordo com uma lista da International Union for the Conservation of Nature, o Brasil o pas com o maior nmero de espcies de aves ameaadas de extino, com um total de 123 espcies sofrendo risco real de desaparecer da natureza em um futuro no to distante. A Mata Atlntica concentra cerca de 80% de todas as aves ameaadas no pas, fato que resulta de muitos anos de explorao e desmatamentos. Atualmente, restam apenas cerca de 10% da floresta original, no sendo homognea essa proporo de floresta remanescente ao longo de toda a Mata Atlntica. A situao mais sria na regio Nordeste, especialmente nos estados de Alagoas e Pernambuco, onde a maior parte da floresta original foi substituda por plantaes de cana-de-acar. nessa regio que ainda podem ser encontrados os ltimos exemplares das aves mais raras em todo o pas, como o criticamente ameaado limpa-folha-do-nordeste (Philydor novaesi). Essa pequena ave de dezoito centmetros vive no estrato mdio e dossel de florestas bem conservadas e ricas em bromlias, onde procura artrpodes dos quais se alimenta. Atualmente, as duas nicas localidades onde a espcie pode ser encontrada so a Estao Ecolgica de Murici, em Alagoas, e a Serra do Urubu, em Pernambuco.

    Pedro F. Develey et al. O Brasil e suas aves. In: Scientific American Brasil, 2013 (com adaptaes). Em relao ao texto acima, julgue o item abaixo.

    Julgue o item seguinte, relativo s ideias e aos aspectos estruturais do texto acima.

    2YRFiEXORUHPDQHVFHQWHVXEOLQKDGRQRWH[WRSRGHULDVHUVXEVWLWXtGRSRUameaada, sem alterao do sentido original do texto.

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    Questo 25 (CESPE) Nvel Superior - ICMBio/2014

    Se a Dinamarca tivesse seguido a corrente rodoviria dominante desde a dcada de 60 do sculo passado, nunca viraria um modelo de planejamento urbano. Em uma poca em que parecia fazer mais sentido priorizar o trnsito de carros, Copenhague apostou na criao da primeira rua para pedestres do pas. Antes de se tornar o maior calado da Europa, com um quilmetro de extenso, a Strget era uma rua comercial dominada por automveis, assim como todo o centro da cidade. O arquiteto por trs da iniciativa, Jan Gehl, acreditava que os espaos urbanos deveriam servir para a interao social. Na poca, foi criticado pela imprensa e por comerciantes, que ponderavam que as pessoas no passariam muito tempo ao ar livre em uma capital glida. Erraram. As vendas triplicaram, e a rua de pedestres foi ocupada pelos moradores. A experincia reforou as convices de Gehl, que defende o planejamento das cidades para o usufruto e o conforto das pessoas.

    Camilo Gomide. Cidades prazerosas. In: Planeta, fev./2014 (com adaptaes).

    Julgue o item seguinte, relativo s ideias e s estruturas lingusticas do texto acima.

    objetivo do texto defender a ideia de que comerciantes do mundo inteiro podem triplicar seu faturamento caso seja adotado o modelo de planejamento urbano da Dinamarca.

    Questo 26 (CESPE) Mdico do Trabalho Caixa/2014

    Campos achava grande prazer na viagem que amos fazendo em trem de ferro. Eu confessava-lhe que tivera maior gosto quando ali ia em caleas tiradas a burros, umas atrs das outras, no pelo veculo em si, mas porque ia vendo, ao longe, c embaixo, aparecer a pouco e pouco o mar e a cidade com tantos aspectos pinturescos. O trem leva a gente de corrida, de afogadilho, desesperado, at a prpria estao de Petrpolis. E mais lembrava as paradas, aqui para beber caf, ali para beber gua na fonte clebre, e finalmente a vista do alto da serra, onde os elegantes de Petrpolis aguardavam a gente e a acompanhavam nos seus carros e cavalos at a cidade; alguns dos passageiros de baixo passavam ali mesmo para os carros onde as famlias esperavam por eles. Campos continuou a dizer todo o bem que achava no trem de ferro, como prazer e como vantagem. S o tempo que a gente poupa! Eu, se retorquisse dizendo-lhe bem do tempo que se perde, iniciaria uma espcie de debate que faria a viagem ainda mais sufocada e curta. Preferi trocar de assunto e agarrei-me aos derradeiros minutos, falei do progresso, ele tambm, e chegamos satisfeitos cidade da serra.

    Machado de Assis, Memorial de Aires. RJ. Ed. Nova Aguilar. 1994 (com adaptaes)

    Acerca dos sentidos e das estruturas lingusticas do texto acima, julgue o seguinte item.

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    Considerando-se que o trecho em questo trata da viagem de duas pessoas, o narrador e &DPSRVpFRUUHWRDILUPDUTXHDVRFRUUrQFLDVGRWHUPRDJHQWH (em negrito no texto), no primeiro pargrafo, referem-se especificamente a esses dois personagens.

    Questo 27 (CESPE) Diplomata Instituto Rio Branco/2014

    $ FU{QLFD QmR p XP JrQHUR PDLRU 1mR VH LPDJLQD XPD OLWHUDWXUD IHLWD GH JUDQGHVcronistas, que lhe dessem o brilho universal dos grandes romancistas, dramaturgos e poetas. Nem se pensaria em atribuir o Prmio Nobel a um cronista, por melhor que fosse. Portanto, parece mesmo que a crnica um gnero menor.

    *UDoDVD'HXVVHULDRFDVRGHGizer, porque, sendo assim, ela fica mais perto de ns. E para muitos pode servir de caminho no apenas para a vida, que ela serve de perto, mas para a literatura. Por meio dos assuntos, da composio solta, do ar de coisa sem necessidade que costuma assumir, ela se ajusta sensibilidade de todo dia. Principalmente porque elabora uma linguagem que fala de perto ao nosso modo de ser mais natural. Na sua despretenso, humaniza; e esta humanizao lhe permite, como compensao sorrateira, recuperar com a outra mo certa profundidade de significado16 e certo acabamento de forma, que de repente podem fazer dela uma inesperada, embora discreta, candidata perfeio.

    Antonio Candido. A vida ao rs do cho. In: Recortes. So Paulo: Companhia das Letras, 1993, p. 23 (com adaptaes).

    Em relao ao texto, julgue (C ou E) o item subsequente.

    1R WUHFKR 3ULQFLSDOPHQWH SRUTXH HODERUD XPD OLQJXDJHP TXH IDOD GH SHUWR DR QRVVRPRGR GH VHU PDLV QDWXUDO VXEOLQKDGR QR WH[WR R DXWRU LQGLFD TXH D FU{QLFD H Dlinguagem falada a que consegue a mais perfeita comunicao literria.

    Questo 28 (CESPE) Diplomata Instituto Rio Branco/2014

    Jos Lins do Rego, em ensaio admirvel dedicado a Fialho de Almeida, pe talvez H[DJHUDGDrQIDVHQD FRQGLomRGH WHO~ULFRGH)LDOKR como virtude acima de qualquer outra num escritor. Tanto que nos d a impresso de que, em literatura, s os telricos se salvam. O que me parece generalizao muito prxima da verdade; mas no a verdade absoluta.

    Nem Ea nem Ramalho foram rigorosamente telricos e, entretanto, sua vitalidade nas letras portuguesas das que repelem, meio sculo depois de mortos os dois grandes crticos, qualquer unguento ou leo de complacncia com que hoje se pretenda adoar a reviso do seu valor social, os dois tendo atuado como revolucionrios ou, antes, renovadores no s das convenes estticas da lngua e da literatura, como das convenes sociais do povo e da nao que criticaram duramente para, afinal, terminarem cheios de ternura patritica e at mstica pela tradio portuguesa. Um, revoltado contra o IUDQFHVLVPRRXFRVPRSROLWLVPRTXHRDIDVWDUDGRVFOiVVLFRVGDFR]LQKDGRVDQWLJRVGDYLGDHGRDUGDVVHUUDVRRXWURHQMRDGRGRUHSXEOLFDQLVPR,

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    que tambm o separara de tantos valores bsicos da vida portuguesa, fazendo-o exigir da Monarquia e da Igreja, em Portugal, atitudes violentamente contrrias s condies de um povo apenas tocado pela Revoluo Industrial e pela civilizao carbonfera do norte da Europa.

    Gilberto Freyre. Ea, Ramalho como renovadores da literatura em lngua portuguesa. In: Alhos & Bugalhos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1978, p. 15 (com adaptaes).

    Em relao ao texto, julgue (C ou E) o item subsequente.

    Depreende-se do texto que Ea de Queirs reagiu radicalmente contra o francesismo, Ramalho Ortigo estava farto do republicanismo (sublinhado no texto) e nenhum dos dois, na opinio de Gilberto Freyre, demonstrou ser inflexivelmente telrico.

    Questo 29 (CESPE) Nvel Superior SUFRAMA/2014

    O homem habita a Amaznia h mais de 11.000 anos. No entanto, foi s no sculo XVI que o rio Amazonas foi navegado pela primeira vez, pelo explorador e conquistador espanhol Don Francisco de Orellana (1511-1546). Em busca de vastas florestas de canela e da lendria cidade do ouro El Dorado, Orellana deixou Quito, no Equador, em fevereiro de 1541. No encontrou nem canela nem ouro, e, sim, o maior rio da Terra. O explorador EDWL]RXRULRUHFpP-GHVFREHUWRGHULRGH2UHOODQD7DOQRPHGHSRLVVHULDDEDQGRQDGRem troca do nome rio Amazonas, inspirado na mtica tribo de guerreiras.

    Passaram-se muitos anos at a Amaznia receber uma nova expedio a primeira a subir o rio inteiro. Entre 1637 e 1638, as primeiras informaes detalhadas sobre a regio, sua13 histria natural e seu povo foram registradas pelo Padre Cristvo de Acua, que viajou como membro de uma grande expedio comandada pelo general portugus Pedro Teixeira. Ele registrou dados de impressionante preciso acerca da extenso e do tamanho do rio Amazonas, e da topografia de seu curso, com descries detalhadas das reas de floresta19 inundada ao longo do rio, da fauna aqutica, dos sistemas agrcolas e das plantaes dos povos indgenas.

    Internet: (com adaptaes).

    No que se refere aos aspectos lingusticos e tipologia do texto acima, julgue o item que se segue.

    No texto, de carter informativo, h trechos narrativos que tratam da navegao na regio amaznica.

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    Questo 30 (CESPE) Nvel Superior FUB/2014

    Muitas vezes, na divulgao miditica de pesquisas e projetos cientficos, o profissional da rea de comunicao tropea em questes tericas, no d a devida importncia para a pesquisa em si, pe em foco questes do processo de pesquisa que so irrelevantes para o projeto e para o pesquisador, ou mesmo propaga conhecimentos e crenas SRSXODUHVHPYH]GHVHUILHODRWUDEDOKRGRSHVTXLVDGRU-iRSHVTXLVDGRUDRHVFUHYHUsobre seu projeto ou pesquisa, esquece por vezes que aqueles que lero nem sempre tm conhecimento lingustico da rea e utiliza uma linguagem no acessvel a pessoas que no pertencem ao meio acadmico e, dessa forma, dificulta a divulgao de sua pesquisa.

    O jornalista est dentro de uma esfera que tem como foco a comunicao em si e no o que se comunica. O foco uma linguagem acessvel, interessante e que chame a ateno do pblico para comprar e consumir os textos e artigos que so escritos e, se for necessrio, ele sacrifica o contedo em prol da ateno do pblico e da linguagem. J o pesquisador est em uma esfera cujo foco o contedo, o objeto de pesquisa e a pesquisa em si e, muitas vezes, ele sacrifica um grupo extenso de leitores ao empregar linguagem especfica, cientfica e no acessvel. Portanto, ao escrever, os dois profissionais tm de ter em mente que sua esfera de atividade humana e, por consequncia, de comunicao, se torna mais complexa. O jornalista deve ter em mente que, quando escreve sobre um projeto cientfico, no atua apenas em sua rea de atividade humana, a comunicao, mas na comunicao cientfica. O cientista ou pesquisador deve considerar que a divulgao de sua pesquisa no deve ser feita apenas para a comunidade cientfica, mas para o pblico em geral. Dessa forma, o pesquisador precisa constantemente pensar mais nesse pblico e, consequentemente, na linguagem utilizada. O jornalista, por sua vez, precisa ficar mais atento pesquisa que est sendo divulgada. Cada um precisa aprender com o outro, permitindo-se entrar mais em uma esfera de atividade humana qual no pertence originalmente. O principal motivo desse intercmbio de intenes ao escrever aumentar o acesso do pblico cincia.

    A academia no pode estar voltada apenas para seu pblico interno. muito importante que as informaes sejam divulgadas e no permaneam circulando em um grupo fechado, at para que haja crescimento da prpria comunidade cientfica.

    Camila Delmondes Dias et al. Divulgando a arqueologia: comunicando o conhecimento para a sociedade. In: Cincia e Cultura. So Paulo, v. 65, n.o 2, jun./2013. Internet:

    (com adaptaes).

    De acordo com as ideias expressas no texto,

    para que a divulgao miditica de pesquisas e projetos seja compreensvel e acessvel, necessrio que os jornalistas se aproximem mais da esfera de atividade humana dos pesquisadores e vice-versa.

    Questo 31 (CESPE) Nvel Superior MEC/2014

    Nenhuma ao educativa pode prescindir de uma reflexo sobre o homem e de uma anlise sobre suas condies culturais. No h educao fora das sociedades humanas e no h homens isolados. O homem um ser de razes espaotemporais. De forma que

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    ele , na e[SUHVVmRIHOL]GH0DUFHOXPVHUVLWXDGRHWHPSRUDOL]DGR$LQVWUXPHQWDomRda educao algo mais que a simples preparao de quadros tcnicos para responder s necessidades de desenvolvimento de uma rea depende da harmonia que se consiga entre a vocDomRRQWROyJLFDGHVVH VHUVLWXDGRH WHPSRUDOL]DGRHDVFRQGLo}HVespeciais dessa temporalidade e dessa situacionalidade.

    Se a vocao ontolgica do homem a de ser sujeito e no objeto, ele s poder desenvolv-la se, refletindo sobre suas condies espaotemporais, introduzir-se nelas de maneira crtica. Quanto mais for levado a refletir sobre sua situacionalidade, sobre VHXHQUDL]DPHQWRHVSDoRWHPSRUDOPDLVHPHUJLUiGHODFRQVFLHQWHPHQWHFDUUHJDGRGHcompromisso com sua realidade, da qual, porque sujeito, no deve ser simples espectador, mas na qual deve intervir cada vez mais.

    Paulo Freire. Educao e mudana. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979, p. 61 (com adaptaes)

    Julgue o item seguinte, referentes s ideias e a aspectos lingusticos do texto acima.

    Segundo o texto, a educao deve considerar no apenas o homem, mas tambm o contexto em que ele vive, levando-o a refletir sobre sua realidade e atuar sobre ela na condio de sujeito.

    Questo 32 (CESPE) Analista Legislativo Cmara dos Deputados/2014

    Em episdio que no sei mais se se estuda na Histria do Brasil, pois nem mesmo sei se ainda se estuda Histria do Brasil, nos contavam, s vezes com admirao, que D. Pedro, o da Independncia, irritado com a primeira Assembleia Constituinte brasileira, por ele considerada folgada e ousada, encerrou a brincadeira e outorgou a Constituio do novo Estado. Decerto a razo no esta, antes um sintoma, mas vejo a um momento exemplar da tradio de encarar o Estado (que, na conversa, chamDPRVGHJRYHUQRcomo nosso mestre e os nossos direitos como por ele dadivados. Os governantes no so mandatrios ou representantes nossos, mas patres ou chefes.

    Claro, h muito que discutir sobre o conceito de praticamente cada palavra que vou usar isto sempre, de alguma forma, possvel , mas vamos fingir que existe consenso sobre elas, no h de fazer muito mal agora. Nunca, de fato, tivemos democracia. E a Repblica no trouxe nenhuma mudana efetivamente bsica para o povo brasileiro, nenhuma revoluo ou movimento o fez. Tudo continua como era dantes, s que os defeitos, digamos, de fbrica, vo piorando com o tempo e ficam cada vez mais difceis de consertar. Alguns, na minha lgubre opinio, jamais tero reparo, at porque a Humanidade, pelo menos como a conhecemos, deve acabar antes.

    Joo Ubaldo Ribeiro. A gente se acostuma a tudo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006, p. 113-4 (com adaptaes).

    Em relao ao trecho acima reproduzido, julgue o item que se segue.

    correto afirmar que o trecho foi extrado de um ensaio acadmico, pois versa sobre tema histrico com base em conceitos de teoria poltica.

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    Questo 33 (CESPE) Analista Legislativo Cmara dos Deputados/2014

    Tarde de vero, levado ao jardim na cadeira de braos sobre a palhinha dura a capa de plstico e, apesar do calor, manta xadrez no joelho. Cabea cada no peito, um fio de baba no queixo. Sozinho, regala-se com o trino da corrura, um cacho dourado de giesta e, ao arrepio da brisa, as folhinhas do choro faiscando verde, verde! Primeira vez depois do insulto cerebral aquela nsia de viver. De novo um homem, no barata leprosa com caspa na sobrancelha e, a sombra das folhas na cabecinha trmula, adormece. Gritos: Recolha a roupa. Maria, feche a janela. Prendeu o Nero? Rebenta com fria o temporal. Aos trancos Joo ergue o rosto, a chuva escorre na boca torta. Revira em agonia o olho vermelho uma coisa, que a famlia esquece na confuso de recolher a roupa e fechar as janelas?

    Dalton Trevisan. Ah, ? Rio de Janeiro: Record, 1994. p. 67 (com adaptaes).

    Em relao ao texto acima, julgue o item

    Por tratar-se de narrativa em terceira pessoa, o texto apresenta, alm do relato das aes, alguns comentrios do narrador, sem perscrutar o pensamento do personagem principal.

    Questo 34 (CESPE) Nvel Superior CAIXA/2014

    As primeiras moedas, peas representando valores, geralmente em metal, surgiram na Ldia (atual Turquia), no sculo VII a.C. As caractersticas que se desejava ressaltar eram transportadas para as peas por meio da pancada de um objeto pesado, em primitivos cunhos. Com o surgimento da cunhagem a martelo e o uso de metais nobres, como o ouro e a prata, os signos monetrios passaram a ser valorizados tambm pela nobreza dos metais neles empregados.

    Embora a evoluo dos tempos tenha levado substituio do ouro e da prata por metais menos raros ou suas ligas, preservou-se, com o passar dos sculos, a associao dos atributos de beleza e expresso cultural ao valor monetrio das moedas, que quase sempre, na atualidade, apresentam figuras representativas da histria, da cultura, das riquezas e do poder das sociedades.

    A necessidade de guardar as moedas em segurana levou ao surgimento dos bancos. Os negociantes de ouro e prata, por terem cofres e guardas a seu servio, passaram a aceitar a responsabilidade de cuidar do dinheiro de seus clientes e a dar recibos escritos das quantias guardadas. Esses recibos passaram, com o tempo, a servir como meio de pagamento por seus possuidores, por ser mais seguro port-los do que portar dinheiro YLYR $VVLP VXUJLUDP DV SULPHLUDV FpGXODV GH SDSHO PRHGD RX FpGXODV GH EDQFRconcomitantemente ao surgimento das cdulas, a guarda dos valores em espcie dava origem a instituies bancrias.

    Casa da Moeda do Brasil: 290 anos de Histria, 1694/1984.

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    No que se refere aos aspectos lingusticos, classificao tipolgica do texto acima e s ideias nele expressas, julgue o item a seguir.

    No texto, predominantemente descritivo, so utilizados trechos narrativos como recurso para defender os argumentos elencados.

    Questo 35 (CESPE) Nvel Superior - FUB/2014

    Em 2006 e em 2010, o Ministrio da Cincia e Tecnologia promoveu uma pesquisa de cunho nacional cujo objetivo era fazer um mapeamento do interesse, grau de informao, atitudes e vises dos brasileiros sobre cincia e tecnologia. Para tanto, foram realizadas 2.016 entrevistas organizadas quanto a variveis como gnero, idade, escolaridade, renda e regio de moradia. Um dos resultados a que se chegou apresentado no grfico acima, que mostra a viso dos brasileiros em relao aos benefcios trazidos pela cincia e tecnologia.

    Ministrio da Cincia e Tecnologia. Percepo pblica da cincia e tecnologia no Brasil: resultados da enquete de 2010. Internet: (com adaptaes).

    Considerando que ns/nr signifique que o entrevistado no sabe/no respondeu, julgue o item com base nas informaes acima.

    Somente em 2010, o brasileiro passou a acreditar que a cincia e a tecnologia resultam em mais benefcios que malefcios.

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    Questo 36 (CESPE) Nvel Superior CADE/2013 (Texto para as questes 36 e 37)

    Atualmente, h duas Amricas Latinas. A primeira conta com um bloco de pases incluindo Brasil, Argentina e Venezuela com acesso ao Oceano Atlntico, que confere ao Estado grande papel na economia. A segunda composta por pases de frente para o Pacfico, como Mxico, Peru, Chile e Colmbia adota o livre comrcio e o mercado livre.

    Os dois grupos de pases compartilham de uma geografia, de culturas e de histrias semelhantes, entretanto, por quase dez anos, a economia dos pases do Atlntico cresceu mais rapidamente, em grande parte graas ao aumento dos preos das commodities no mercado global. Atualmente, parece que os anos vindouros so mais promissores para os pases do Pacfico. Assim, a regio enfrenta, de certa forma, um dilema sobre qual modelo adotar: o do Atlntico ou o do Pacfico?

    H razes para pensar que os pases com acesso ao Pacfico esto em vantagem, como, por exemplo, o fato de que, em 2014, o bloco comercial Aliana do Pacfico (formado por Mxico, Colmbia, Peru e Chile) provavelmente crescer a uma mdia de 4,25%, ao passo que o grupo do Atlntico, formado por Venezuela, Brasil e Argentina unidos pelo MERCOSUL , crescer 2,5%. O Brasil, a maior economia da regio, tende a crescer 1,9%.

    Segundo economistas, os pases da Amrica Latina que adotam o livre comrcio esto mais preparados para crescer e registram maiores ganhos de produtividade. Os pases do Pacfico, mesmo aqueles como o Chile, que ainda dependem de commodities como o cobre, tambm tm feito mais para fortalecer a exportao. No Mxico, a exportao de bens manufaturados representa quase 25% da produo econmica anual (no Brasil, representa 4%). As economias do Pacfico tambm so mais estveis. Pases como Mxico e Chile tm baixa inflao e considerveis reservas estrangeiras.

    Venezuela e Argentina, por sua vez, comeam a se parecer com casos econmicos sem soluo. Na Venezuela, a inflao passa de 50% ao ano igual da Sria, pas devastado pela guerra.

    David Juhnow. Duas Amricas Latinas bem diferentes. The Wall Street Journal. In: Internet: (com adaptaes).

    Julgue o item a seguir, no que se refere tipologia e s ideias do texto acima.

    A ideia defendida no texto, que se classifica como dissertativo, construda por meio de contrastes.

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    Questo 37 (CESPE) Nvel Superior CADE/2013

    Julgue o item a seguir, no que se refere tipologia e s ideias do texto acima.

    Infere-se do texto que pases no banhados pelo Atlntico ou pelo Pacfico, como Paraguai e Equador, no esto inseridos em nenhuma das duas Amricas Latinas citadas pelo autor.

    Questo 38 (CESPE) Oficial da Polcia Militar PM-CE/2013 (Texto para as questes 38 a 40)

    Mundo animal

    No morro atrs de onde eu moro vivem alguns urubus. Eles decolam juntos, cerca de dez, e aproveitam as correntes ascendentes para alcanar as nuvens sobre a Lagoa Rodrigo de Freitas. Depois, planam de volta, dando rasantes na varanda de casa. O grupo dorme na copa das rvores e lembra o dos carcars do Mogli. s vezes, eles costumam pegar sol no terrao. Sempre que dou de cara com um, trato-o com respeito. O urubu um pssaro grande, feio e mal-encarado, mas da paz. Ele no ataca e s vai embora se algum o afugenta com gritos.

    Recentemente, notei que um bem-te-vi aparecia todos os dias de manh para roubar a palha da palmeira do jardim. De vez em quando, trazia a senhora para ajudar no ninho. Comecei a colocar po na mesa de fora, e eles se habituaram a tomar o caf conosco. Agora, quando no encontram o repasto, cantam, reclamando do atraso. Um outro casal descobriu o banquete, no sei a que gnero esses dois pertencem. A cor um verde-escuro brilhante, o tamanho menor do que o do bem-te-vi e o Pavarotti da dupla o macho.

    A ideia de prender um passarinho na gaiola, por mais que ele se acostume com o dono, muito triste. Comprei um periquito, uma vez, criado em crcere privado, e o soltei na sala. Achei que ele ia gostar de ter espao. Sa para trabalhar e, quando voltei, o pobre estava morto atrs da poltrona. Ele tentou sair e morreu dando cabeadas no vidro. Carrego a culpa at hoje. De boas intenes o inferno est cheio.

    O Rio de Janeiro existe entre l e c, entre o asfalto e a mata atlntica, mas a fauna daqui mais delicada do que a africana e a indiana. Quem tem janela perto do verde conhece bem o que conviver com os micos. Nos meus tempos de So Conrado, eu costumava acordar com um monte deles esperando a boia. Foi a primeira vez que experimentei cativar espcies no domesticadas.

    Lano aqui a campanha: crie vnculos com um curi, uma paca ou um formigueiro que seja. Eles so fiis e conectam voc com a me natureza. Experimente, ponha um pozinho no parapeito e veja se algum aparece.

    Fernanda Torres. In: Veja Rio, 2/12/2012 (com adaptaes).

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    Com relao s ideias e s suas estruturas lingusticas do texto apresentado, julgue o item a seguir.

    A ideia central do texto consiste na necessidade de criao de mecanismos para a separao entre espao urbano e natureza, a fim de se preservar a vida de espcies animais.

    Questo 39 (CESPE) Oficial da Polcia Militar PM-CE/2013

    Com relao s ideias e s suas estruturas lingusticas do texto apresentado, julgue o item a seguir.

    Os dois primeiros pargrafos do texto so predominantemente narrativos.

    Questo 40 (CESPE) Oficial da Polcia Militar PM-CE/2013

    Com relao s ideias e s suas estruturas lingusticas do texto apresentado, julgue o item a seguir.

    O emprego da primeira pessoa do singular confere ao texto um carter testemunhal que possibilita a criao de empatia entre o leitor e as experincias da autora.

    Questo 41 (CESPE) Primeiro-Tenente CBM-CE/2013 (Texto para as questes 41 e 42)

    A histria da formao dos corpos de bombeiros no pas comeou no sculo XVI, no Rio de Janeiro. Nessa poca, quando ocorria um incndio, os voluntrios, aguadeiros e milicianos, corriam para apag-lo e, na maior parte das vezes, perdiam a batalha devido s construes de madeira. Os incndios ocorridos noite vitimavam ainda mais pessoas, devido precria iluminao das ruas.

    Quando havia um incndio na cidade, os aguadeiros eram avisados por trs disparos de canho, partidos do morro do Castelo, e por toques de sinos da igreja de So Francisco de Paula, correspondendo o nmero de badaladas ao nmero da freguesia onde se verificava o sinistro. Esses toques eram reproduzidos pela igreja matriz da freguesia. Assim, os homens corriam para os aguadeiros, e a populao fazia aquela fila quilomtrica, passando baldes de mo em mo, do chafariz at o incndio.

    Os primeiros bombeiros militares surgiram na Marinha, pois os incndios nos antigos navios de madeira eram constantes. Porm, eles existiam apenas como uma especialidade, e no como uma corporao. A denominao de bombeiros deveu-se a RSHUDUHPSULQFLSDOPHQWHERPEDVGiJXDGLVSRVLWLYRVUXGLPHQWDUHVHPPDGHLUDIHUURHcouro.

    Com a vinda da famlia real portuguesa ao Brasil, no sculo XIX, mais precisamente ao Rio de Janeiro, foi criado, 25 em julho de 1856, por decreto imperial, o Corpo de

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    Bombeiros Provisrio da Corte. Quando recebiam aviso de incndio, os praas saam puxando o corrico (que tinha de seis a oito mangueiras) pela via pblica e procuravam debelar o fogo, solicitando os reforos necessrios, conforme a extenso do sinistro.

    Internet: (com adaptaes).

    Considerando as ideias e a estrutura lingustica do texto, julgue o item que se segue.

    2 VXEVWDQWLYR IUHJXHVLD VXEOLQKDGR QR WH[WR SRGH VHU VXEVWLWXtGR QR WH[WR VHPprejuzo de sentido, por clientela.

    Questo 42 (CESPE) Primeiro-Tenente CBM-CE/2013

    Considerando as ideias e a estrutura lingustica do texto, julgue o item que se segue.

    Nesse texto, de cunho informativo, predomina o tipo narrativo.

    Questo 43 (CESPE) Analista Tcnico MDIC/2013

    Os municpios do Brasil alcanaram, em mdia, um ndice de desenvolvimento humano municipal (IDHM) alto, graas a avanos em educao, renda e expectativa de vida nos ltimos vinte anos.

    Mas o pas ainda registra considerveis atrasos educacionais, de acordo com dados divulgados pela Organizao das Naes Unidas e pelo Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada.

    O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 aponta que o IDHM mdio do pas subiu de 0,493, em 1991, para 0,727, em 2010 quanto mais prximo de 1, maior pRGHVHQYROYLPHQWR&RPLVVRR%UDVLOSDVVRXGHXPSDWDPDUPXLWREDL[RSDUDXPSDWDPDUDOWRGHGHVHQYROYLPHQWRVRFLDO2TXHPDLVFRQWULEXLXSDUDHVVH tQGLFHIRLRaumento na longevidade, que subiu de 64,7 anos para 73,9 anos. Tambm houve aumento de 14,2% ou (R$ 346,31) na renda nesse perodo.

    Os maiores desafios concentram-se na educao, o terceiro componente do IDHM. Apesar de ter crescido de 0,279 para 0,637 em vinte anos, o IDHM especfico de educao o mais distante da meta ideal, de 1. Em 2010, pouco mais da metade dos brasileiros com dezoito anos de idade ou mais havia concludo o ensino fundamental; e s 57,2% dos jovens entre quinze e dezessete anos de idade tinham o ensino fundamental comSOHWR 2 PLQLVWUR GD (GXFDomR DGPLWLX XP LPHQVR GHVDILR QD iUHDmas destacou que a educao o componente que, tendo partido de um patamar mais baixo, registrou os maiores avanos, graas ao aumento no fluxo de alunos matriculados nas escolas. O ndice de crianas de cinco e seis anos de idade que entraram no sistema de ensino passou de 37,3%, em 1991, para 91,1%, em 2010.

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    Conforme o atlas, dois teros dos 5.565 municpios brasileiros esto na faixa de desenvolvimento humano considerada alta ou mdia. Ao mesmo tempo, a porcentagem GHPXQLFtSLRVQD FODVVLILFDomR PXLWREDL[D FDLXGHHPSDUD HP2010. O relatrio identificou uma reduo nas disparidades sociais entre Norte e Sul do Brasil, mas confirmou que elas continuam a existir. Um exemplo disso que 90% dos municpios das regies Norte e Nordeste tm baixos ndices de IDHM em educao e renda.

    Internet: (com adaptaes).

    No que se refere s ideias e expresses lingusticas contidas no texto, julgue o item que se segue.

    De acordo com dados do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, houve GHFUpVFLPR VLJQLILFDWLYR QR Q~PHUR GH PXQLFtSLRV LQFOXtGRV QD FODVVLILFDomR PXLWREDL[D

    Questo 44 (CESPE) Procurador TCE-PB/2013

    A Carta Roubada um dos contos mais clebres de Edgar Allan Poe. Nele, o escritor norte-americano conta a histria de um ministro que resolve chantagear a rainha roubando a carta que lhe fora endereada por um amante.

    Desesperada, a rainha encarrega sua polcia secreta de encontrar a carta, que provavelmente deveria estar na casa do ministro. Uma astuta anlise, com os mais modernos mtodos, feita sem sucesso. Reconhecendo sua incompetncia, o chefe de polcia apela a Auguste Dupin, um detetive que tem a nica ideia sensata do conto: procurar a carta no lugar mais bvio possvel, a saber, em um porta-cartas em cima da lareira.

    A leitura do conto de Edgar Allan Poe deveria ser obrigatria para os responsveis pela educao pblica. Muitas vezes, eles parecem se deleitar em procurar as mais finas explicaes, contratar os mais astutos consultores internacionais com seus mtodos pretensamente inovadores, sendo os problemas a combater primrios e bvios para qualquer um que queira, de fato, enxerg-los.

    Por exemplo, h semanas descobrimos, graas ao Censo Escolar de 2011, que 72,5% das escolas pblicas brasileiras simplesmente no tm bibliotecas. Isto equivale a 113.269 escolas. Um descaso que no mudou com o tempo, j que, das 7.284 escolas construdas a partir de 2008, apenas 19,4% tm algo parecido com uma biblioteca.

    Diante de resultados dessa magnitude, no difcil entender a matriz dos graves problemas educacionais que atravessamos. Difcil entender por que demoramos tanto para ter uma imagem dessa realidade.

    Ningum precisa de mais um discurso bvio sobre a importncia da leitura e do contato efetivo com livros para a boa formao educacional, ou melhor, ningum a no ser os administradores da educao pblica, em todas as suas esferas, no fazendo sentido algum discutir o fracasso educacional brasileiro se questes elementares so negligenciadas a tal ponto.

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    (PSROtWLFDHGXFDFLRQDOWDOYH]YDPRVDFDEDUSRUGHVFREULUTXHPHQRVpPDLV4XDQWRPHQRV UHYROXo}HV QD HGXFDomR H TXDQWR PDLV FDSDFLGDGH GH UHDOPHQWH priorizar a resoluo de problemas elementares (bibliotecas, valorizao da carreira dos professores etc.), melhor para todos.

    Vladimir Safatle. A biblioteca roubada. In: Folha de S.Paulo, So Paulo, 5/2/2013 (com adaptaes).

    Em relao ao texto, assinale a opo correta.

    a) O uso dos dados estatsticos decisivo para a argumentao do autor e, tambm, para interpretao do ttulo do texto, A biblioteca roubada.

    b) A descrio desempenha papel determinante na exposio das ideias do autor, haja vista a natureza figurativa do texto.

    c) O emprego da primeira pessoa do plural, em algumas partes do texto, evidencia que o autor possui influncia nas instncias gestoras que decidem sobre a educao no Brasil.

    d) Predomina no texto a estrutura narrativa, o que se evidencia na referncia ao conto de Edgar Allan Poe.

    e) No possvel discernir claramente o posicionamento do autor acerca da realidade da educao brasileira das opinies veiculadas pelos programas governamentais ligados ao ensino brasileiro.

    Questo 45 (CESPE) Procurador TCE-PB/2013 (Texto para as questes 45 e 46)

    s vezes, eu sinto a angstia de um menino perdido numa multido. Vivemos hoje no Brasil um perodo inusitado de estabilidade poltica permeada pelas superimposies promovidas SHOR FDVDPHQWR HQWUH KLHUDUTXLDV DULVWRFUiWLFDV TXH HP WRGDV DVsociedades (e sobretudo na escravido, como percebeu o seu terico mais sensvel, -RDTXLP 1DEXFR WrP FRPR EDVH D DPL]DGH H D VLPSDWLD SHVVRDO H SHORindividualismo moderno relativamente igualitrio, que demanda burocracia e, com ela, uma impecvel, abrangente e inatingvel impessoalidade.

    O hibridismo resultante pode ser negativo ou positivo. Pelo que capturo, o hibridismo sempre mal visto porque ele no cabe no modo ocidental de pensar. Provam isso as Cruzadas, a Inquisio, o Puritanismo, as Guerras Mundiais, o Holocausto e a exagerada rQIDVHQDSXULILFDomRHQDHXJHQLDQDFRHUrQFLDDEVROXWDHQWUHJHQWHWHUUDOtQJXDHcostumes, tpicas do eurocentrismo. A mistura corre do lado errado e tende a derrapar como um carro dirigido por jovens bbados quando saem da balada.

    Como gostamos de brincar com fogo, estamos sempre a um passo da legitimao da violncia, justificada como a voz dos oprimidos que ainda no aprenderam a se manifestar corretamente. E como faz-lo se jamais tivemos um ensino efetivamente igualitrio ou instrumental para o igualitarismo numa sociedade cunhada pelo escravismo e por uma tica de condescendn