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Coletânea Emagis: 1) É possível discussão de débito tributário inscrito em dívid ativa, com execuão !scal a"ui#ada, por outro meio $ue não os embargos % execuão & 'esposta em $uin#e lin(as R:A doutrina clássica apregoa que, na execução fscal, o art.3o 683080 e o art. !0" do #$% prescre&e' que a d(&ida ati&a regular'ente inscrita go)a de presunção relati&a de certe)a e l e s* poderá ser discutida, con+or'e o 'anda'ento do art. 6 da de -xecução iscal, &ia e'/argos execução fscal. Assi', est d(&ida ati&a inscrita dentro das +or'alidades legais a ela atin estando ela a1ui)ada na con+or'idade da L- , , não resta outra para o de&edor que queira discutir a certe)a e liquide) do t(tu executi&o senão +a)2 lo &ia e'/argos, ap*s garantido o 1u()o. 4oderna'ente, apesar de não se encontrarpositi&ada no ordena'ento legal &igente, a fgura +or'al da c5a'ada exceção de pr executi&idade &e' sendo aceita para fns de de+esa no proce executi&o. -' que pese o art. 6, 7 3 da Lei 6.83080 preceit as exceç9es, não sendo de suspeição, inco'pet2nciae i'pedi'entos, de&e' ser processadas e 1ulgadas co' os e'/argos do de&edor, está sedi'entado o entendi'ento de que certas 'at rias, por sere' de orde' p /lica, de caráter cogente e, portanto, indecliná&eis da i'ediata apreciação 1urisdicional, p ser discutidas e' qualquer +ase ou 'o'ento processual, inclusi& sere' decididas ex o;cio pelo 1ui). < retardo e' decid quest9es pode tra)er ne+astas conseq=2ncias para as part 'es'o 'acular todo o processo 1á instaurado, tornando se, dessa +or'a, in*cua a e+eti&idade da 1urisdição estatal. %esse sentid > 'ula 3?3 do >$@: A exceção de pr executi&idade ad'iss(&el na execução relati&a'ente s 'at rias con5ec(&eis de o+(cio que não de'and dilação pro/at*ria. -' relação propositura de de'andas aut no'as B aç9es declarat*rias ou anulat*riasC, quando 1á a1ui)ada execução fsca caso seria de aus2ncia de interesse processual, na 'odalidade interesse adequação, co'o 1á alertado por Alexandre reitas #D' Eo interesse de agir &erifcado pela presença de dois ele'ent +a)e' co' que esse requisito do pro&i'ento fnal se1a &erdadeiro /in 'io: necessidade da tutela 1urisdicional e adequação do pro&i'ento pleiteado. ala se, assi', e' Finteresse necessidade Finteresse adequaçãoG. A aus2nciade qualquerdos ele'entos co'ponentes deste /in 'io i'plica aus2ncia do pr*prio interesse agir B...C. Assi' sendo, terá interesse de agir aquele que apre necessidade da tutela 1urisdicional, tendo pleiteado u' pro&i'e

Questões Discursivas

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Questões Discursivas. Questões subjetivas com a respectiva resposta. Vários concursos.

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Coletnea Emagis:1) possvel discusso de dbito tributrio inscrito em dvida ativa, com execuo fiscal ajuizada, por outro meio que no os embargos execuo ? Resposta em quinze linhas

R:A doutrina clssica apregoa que, na execuo fiscal, o art.3o da Lei 6830/80 e o art. 204 do CTN prescrevem que a dvida ativa regularmente inscrita goza de presuno relativa de certeza e liquidez e s poder ser discutida, conforme o mandamento do art. 16 da Lei de Execuo Fiscal, via embargos execuo fiscal. Assim, estando a dvida ativa inscrita dentro das formalidades legais a ela atinentes e estando ela ajuizada na conformidade da LEF, , no resta outra opo para o devedor que queira discutir a certeza e liquidez do ttulo executivo seno faz-lo via embargos, aps garantido o juzo. Modernamente, apesar de no se encontrar positivada no ordenamento legal vigente, a figura formal da chamada exceo de pr-executividade vem sendo aceita para fins de defesa no processo executivo. Em que pese o art. 16, 3 da Lei 6.830/80 preceituar que as excees, no sendo de suspeio, incompetncia e impedimentos, devem ser processadas e julgadas com os embargos do devedor, est sedimentado o entendimento de que certas matrias, por serem de ordem pblica, de carter cogente e, portanto, indeclinveis da imediata apreciao jurisdicional, podem ser discutidas em qualquer fase ou momento processual, inclusive serem decididas ex officio pelo juiz. O retardo em decidir estas questes pode trazer nefastas conseqncias para as partes, ou mesmo macular todo o processo j instaurado, tornando-se, dessa forma, incua a efetividade da jurisdio estatal. Nesse sentido a Smula 393 do STJ:A exceo de pr-executividade admissvel na execuo fiscal relativamente s matrias conhecveis de ofcio que no demandem dilao probatria.Em relao propositura de demandas autnomas ( aes declaratrias ou anulatrias), quando j ajuizada execuo fiscal, o caso seria de ausncia de interesse processual, na modalidade interesse-adequao, como j alertado por Alexandre Freitas Cmara: o interesse de agir verificado pela presena de dois elementos, que fazem com que esse requisito do provimento final seja verdadeiro binmio: necessidade da tutela jurisdicional e adequao do provimento pleiteado. Fala-se, assim, em interesse-necessidade e interesse-adequao. A ausncia de qualquer dos elementos componentes deste binmio implica ausncia do prprio interesse de agir (...). Assim sendo, ter interesse de agir aquele que apresentar necessidade da tutela jurisdicional, tendo pleiteado um provimento que se revela adequado para a tutela da posio jurdica de vantagem afirmada na demanda (Lies de Direito Processual Civil, vol. I, Ed. Lmen Jris, 2003, 9 Edio). Nesse sentido j se manifestou o Superior Tribunal de Justia:

AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ART. 544 DO CPC. EXECUO FISCAL. AO ANULATRIA. INEXISTNCIA DE INTERESSE DE AGIR. RECURSO ESPECIAL. AUSNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SMULA 211/STJ. ADEMAIS, AO AUTNOMA ANTE A EXECUO FISCAL. AUSNCIA DE INTERESSE DE AGIR. PRECEDENTE.1. O recurso especial inadmissvel quando no ventilada na deciso recorrida a questo federal suscitada, bem como quanto questo que, a despeito da oposio de embargos de declarao, no foi apreciada pelo tribunal a quo (cf. Smulas 282/STF e 211/STJ).2. Ademais, esta Eg. Corte entende que: 9. A finalidade da regra no impedir a execuo calcada em ttulo da dvida lquida e certa pelo simples fato da propositura da ao de cognio, cujo escopo temerrio pode ser o de obstar o processo satisfativo desmoralizando a fora executria do ttulo executivo. 10. luz do preceito e na sua exegese teleolgica, colhe-se que a recproca no verdadeira; vale dizer: proposta a execuo, torna-se despiscienda e, portanto, falece interesse de agir a propositura de ao declaratria, porquanto os embargos cumprem os desgnios de eventual ao autnoma. (REsp 758.270/RS, julgado em 08/05/2007, DJ 04/06/2007).3. Agravo regimental desprovido.

Ocorre que, mais recentemente, o Superior Tribunal de Justia tem alargado a possibilidade de utilizao das chamadas defesas heterpicas na execuo fiscal, fora da sede habitual dos embargos de devedor, mesmo em caso de perda do prazo:

AgRg no AREsp 31488 / PRAGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL2011/0178451-6 PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTRIO. VIOLAO DO ART. 535 DO PC.INEXISTNCIA. DEVIDO ENFRENTAMENTO DAS QUESTES RECURSAIS. EXECUO FISCAL. AO ANULATRIA. AUSNCIA DE INTERPOSIO DE EMBARGOS. POSSIBILIDADE DE PROPOSITURA DE AO DESCONSTITUTIVA POSTERIOR. COISA JULGADA MATERIAL. NO OCORRNCIA. PRECEDENTES.1. Inexiste violao dos arts. 458 e 535 do CPC quando a prestao jurisdicional dada na medida da pretenso deduzida, com enfrentamento e resoluo das questes abordadas no recurso.2. Discute-se nos autos o cabimento de ao declaratria em que se intenta desconstituir o ttulo executivo, ante o excesso de execuo, bem como a ocorrncia da precluso, quando no opostos os embargos execuo.3. Esta Corte possui entendimento sedimentado no sentido de que, no curso do processo de execuo, no h impedimento a que seja ajuizada ao tendente a desconstituir o ttulo em que aquela fundamenta-se. Todavia, carecendo a ao da eficcia prpria dos embargos, a execuo prosseguir, salvo se admitida a antecipao de tutela, desde que preenchidos os requisitos bsicos da fumaa do bom direito e do perigo na demora, o que ocorreu in casu.4. Conforme iterativos precedentes desta Corte, a no oposio dos embargos execuo no acarreta a precluso, porquanto esta opera dentro do processo, no atingindo outros que possam ser instaurados, o que prprio da coisa julgada material.Agravo regimental improvido.

Com o devido respeito deciso do Egrgio Superior Tribunal de Justia, no vejo sentido no entendimento sufragado. Cria-se uma situao de prazo indefinido para impugnao de execuo fiscal, controlado pelo executado. Se o que se quer maior garantia do contraditrio, bastaria a eliminao da garantia do Juzo nos embargos execuo fiscal

2) possvel falar-se em abuso de direito sem dano? H diferenas entre o abuso de direito e a responsabilidade civil? Resposta em at 15 (quinze) linhasR: A teoria do abuso de direito, como sabemos, surge como uma reao ao excesso no exerccio de posies jurdicas protegidas pelo ordenamento.Na verdade, foi ela quem inaugurou a guinada da teoria do direito, da sua concepo individualista fincada nos princpios do direito romano, em direo a uma avaliao social dos efeitos da conduta do titular do direito subjetivo.Portanto, como adverte Aguiar Dias, trata-se de um princpio geral do direito, cuja aplicabilidade no se limita ao mbito do direito civil.Vamos s suas caractersticas. ato ilcito, pois excede os limites do permitido.Independe de culpa, pois a sua ocorrncia baseia-se menos na inteno do agente e mais nos efeito do ato.Independe do dano, pois, no seu ncleo essencial, o abuso de direito pode apenas alargar indevidamente o mbito da liberdade de determinada parte numa relao contractual ou extracontratual.Se, desse alargamento indevido, resultar dano, cabe a responsabilidade. Se no resultar, cabe apenas a adoo de medidas retificadoras. a concluso contida no Enunciado n. 539, da VI Jornada de Direito Civil do CJF: O abuso de direito uma categoria juridical autnoma em relao responsabilidade civil. Por isso, o exerccio abusivo de posies jurdicas desafia controle independentemente de dano.Notemos que o abuso de direito est intrinsecamente relacionado boa-f objetiva, pois nela que encontra os seus critrios de avaliao.Vamos a alguns exemplos: denncia contractual baseada em descumprimento mnimo (teoria do adimplemento substancial); imputao de descumprimento incidente sobre conduta admitida pelos contratantes e no lesiva ao objeto do negcio jurdico nem finalidade (nemo venire contra factum proprium); inadimplemente baseado em desdia do titular do direito (duty to mitigate the loss). o que concluram os civilistas no Enunciado 412 do CJF: Art. 187: As diversas hipteses de exerccio inadmissvel de uma situao juridical subjetiva, tais comosupressio, tu quoque, surrectioevenire contra factum proprium,so concrees da boa-f objetiva.A questo do abuso de direito j mereceu diversos outros enunciados do CJF. So eles: 37, 49, 217, 362, 413 e 414.A jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia posiciona-se na linha das caractersticas ora apresentadas.3) A abertura de poo artesiano para fins de irrigao de uma pequena lavoura de tomate prescinde de outorga administrativa? (Fundamente sua resposta sem exorbitar o limite de 20 linhas)R: Aquinhoado com recursos hdricos em abundncia no cotejo com a maioria absoluta dos outros pases, o Brasil no exibe apenas cursos dgua de grande porte, como os Rios Amazonas, So Francisco e Paran. Em carter menos vistoso, mas nem por isso menos relevante, o subsolo ptrio alberga aquferos de colossal dimenso, que se espraiam por vrias unidades federadas, como o caso dos Aquferos Guarani (com afloramento nas Regies Sul, Sudeste e Centro-Oeste) e Urucuia (abrangendo desde o sul do Piau at o noroeste de Minas Gerais). A ponto de estatsticas divulgadas pela Agncia Nacional de guas (ANA) darem conta de que aproximadamente 2/5 dos municpios brasileiros tm o abastecimento provido com exclusividade por guas subterrneas.A despeito dessa conjuntura favorvel, a ordem jurdica vigente em nosso pas no descurou da disciplina quanto ao uso da gua. Antes, qualificou-a como bem de domnio pblico e recurso natural limitado, dotado de valor econmico, a ser objeto de gesto descentralizada, destinando-se invariavelmente a proporcionar o uso mltiplo e, em situaes de escassez, com prioridade voltada a suprir o consumo humano e a dessedentao de animais (art. 1 da Lei n. 9.433/1997, instituidora da Poltica Nacional de Recursos Hdricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hdricos).Um dos mecanismos previstos na legislao para garantir que o uso da gua se d sob uma dinmica ordenada e racional, prevenindo a ocorrncia de conflitos e a perpetrao de abusos pelos que ignoram a determinao de cooperar para que o aproveitamento desse bem de domnio pblico seja mltiplo em vez de nico, o regime estatal de outorga dos direitos de uso de recursos hdricos. Ele visa, conforme explicitado no art. 11 da precitada Lei n. 9.433/1997, a assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da gua e o efetivo exerccio dos direitos de acesso gua.A outorga necessria para conferir o direito ao uso de gua se formaliza por uma autorizao. um ato administrativo emitido por tempo preestabelecido, com limitao fixada em 35 anos (mas que pode ser renovado), comportando ser suspenso ou at suprimido em razo de fatos supervenientes inspirados no interesse pblico, como a necessidade premente de gua para atender a situaes de calamidade, inclusive as decorrentes de condies climticas adversas (art. 15, III, da Lei n. 9.433/1997). pessoa diretamente beneficiada com a outorga de uso cabe exerc-la em carter personalizado, abstendo-se de transferi-la sem prvia e expressa anuncia do rgo ou ente pblico outorgante.A propsito, a participao estatal no se limita a autorizar o uso de recursos hdricos por um perodo determinado e a registrar a data a partir de quando a autorizao foi expedida. Para alm disso, compreende a atribuio de acompanhar e fiscalizar se esse uso est ocorrendo de acordo com as diretrizes sob as quais foi autorizado e se no est atentando contra o equilbrio ambiental. Trata-se de uma manifestao tpica do poder de polcia administrativa, que o texto constitucional de 1988 inseriu no mbito da competncia comum da Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios (art. 23, XI).Por outro lado, como a Carta Magna de 1988 estabeleceu no art. 26, I, que tanto as guas superficiais quanto as subterrneas so bens dos Estados (e, por interpretao extensiva, do Distrito Federal), tem-se que a competncia para outorgar a extrao de gua de aqufero subterrneo para consumo final ou insumo de processo produtivo, prevista no segundo inciso do art. 12 da Lei n. 9.433/1997, pertence ao mbito daquelas unidades federadas.A circunstncia de o recurso hdrico ser retirado do lenol fretico por meio de poo artesiano, visando a suprir demanda de irrigao de uma lavoura com rea de pequena dimenso, no torna dispensvel a obteno prvia de outorga. Afinal, o propsito imediato do aproveitamento no satisfazer a necessidade de um segmento populacional, tampouco se confunde com derivao ou captao insignificante de curso dgua de fluxo corrente na superfcie, menos ainda com o uso de um volume acumulado de gua em carter estanque. Cuida-se de um procedimento mais engenhoso, que pressupe a contratao de um responsvel tcnico, a elaborao de estudos hidrogeolgicos do subsolo e cuja finalidade imediata servir como insumo na dinmica de uma atividade econmica produtiva, ainda que de contornos modestos, como o cultivo de uma plantao de tomate. Pelo que se revela plausvel a exegese, de resto corroborada mais de uma vez pela jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia (v.g., no REsp 1.276.689, Rel. CAMPBELL MARQUES, publicao em 13.12.2011), a teor da qual necessria a outorga estatal para legitimar o uso de gua extrada de poo artesiano. At mesmo porque isso contribui para evitar a instalao de um quadro de desordem e de abuso de direitos, em que cada titular de gleba poderia perfurar quantos poos artesianos desejasse e fosse capaz de custear, reduzindo mais dia menos dia a disponibilidade em sua regio de um recurso natural to precioso.4) Em relao ao crime de coao no curso do processo, previsto no art.344 do Cdigo Penal, pergunta-se: a desistncia, pelo autor da ameaa, da oitiva de testemunha por ele arrolada no processo, impede a configurao do delito? Resposta em quinze linhasR: O tipo penal previsto no art. 344 do CP tipifica a conduta do agente que usar de violncia ou grave ameaa, com o fim de favorecer interesse prprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juzo arbitral.Assim, mesmo tendo havido a desistncia da testemunha, se o processo ainda est em curso, nada impede que o Juzo queira ouvi-la, para esclarecer eventuais fatos ainda pendentes no processo. Dessa forma, a conduta do ameaador tem como finalidade perturbar a liberdade psquica e a tranqilidade da testemunha, que, j tendo sido chamada a intervir ,poderia ainda ser chamada de novo no processo. O referido crime j se consumou com o emprego da violncia ou a grave ameaa, independentemente do autor da ameaa conseguir o resultado pretendido, mesmo j tendo ocorrido a desistncia da oitiva da testemunha.Ademais, o objeto jurdico tutelado pelo crime do art. 344 do CP a Administrao da Justia, que independentemente da testemunha no ter sido ouvida em audincia, violada pela ameaa concretizada. Nesse sentido:TRF 1 Regio - ACR 200034000429937 rgo Julgador: 4 Turma - e-DJF1: 23/11/2009PENAL. APELAO CRIMINAL. COAO NO CURSO DO PROCESSO. ART. 344 DO CP. AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS. CONDENAO MANTIDA. PENA. DOSIMETRIA. 1. (...) 3. O crime do art. 344 do Cdigo Penal possui natureza formal, consumando-se independentemente da coao surtir ou no resultado e da testemunha prestar ou no o depoimento. 4. Comprovadas materialidade e autoria delitivas, de ser mantida a r. sentena de 1 grau que condenou a apelante pela prtica do crime do art. 344 do Cdigo Penal. (...)TRF 1 Regio - HC - HABEAS CORPUS - 200901000356627 rgo Julgador: 4 TurmaPROCESSUAL PENAL. PRISO PREVENTIVA. CONCUSSO. COAO NO CURSO DO PROCESSO. POLICIAL RODOVIRIO FEDERAL. FUGA. AMEAA VTIMA E FAMILIARES. DECRETO PRISIONAL. MANUTENO. MAGISTRADO SINGULAR. PROXIMIDADE DOS FATOS E PROVAS. LIBERDADE PROVISRIA. ORDEM DENEGADA.(...) 4. O fato de j terem sido ouvidas as testemunhas de acusao no afasta, necessariamente, o temor do cidado de que tais ameaas venham a ser cumpridas, mormente se elas partiram de agente do estado (policial rodovirio federal). (...)RECURSO ESPECIAL 2009/0073629-9PENAL. PROCESSUAL PENAL. RECURSO ESPECIAL. COAO NO CURSO DOPROCESSO (ART. 344 DO CP). CONSUMAO. CRIME FORMAL. GRAVAOAMBIENTAL REALIZADA POR UM DOS INTERLOCUTORES. LICITUDE DA PROVA.AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS. SUBSTITUIO DA PENA.IMPOSSIBILIDADE. ACRDO RECORRIDO EM HARMONIA COM A JURISPRUDNCIA DOS TRIBUNAIS SUPERIORES.1. sabido que o crime de coao no curso do processo, por ser de natureza formal, consuma-se com a simples ameaa praticada contra qualquer pessoa que intervenha no processo, seja autoridade, parte ou testemunha, sendo irrelevante que a ao delitiva produza ou no algum resultado.2. Com efeito, para configurar o crime em questo, basta que a ameaa seja grave e capaz de intimidar, independentemente de o sujeito atingir o fim almejado, pois tal circunstncia consiste no simples exaurimento da ao delituosa.3. Ora, a possibilidade concreta de perda do emprego ameaa grave o bastante para intimidar qualquer pessoa, ainda mais em uma poca em que o mercado de trabalho se encontra mais competitivo do que nunca. De qualquer forma, irrelevante perquirir, no caso, se a vtima de fato se sentiu ou no intimidada.4. De outra parte, em regra, a violao do sigilo das comunicaes, sem autorizao dos interlocutores, proibida, pois a Constituio Federal assegura o respeito intimidade e vida privada das pessoas, bem como o sigilo da correspondncia e das comunicaes telegrficas e telefnicas (art. 5, inciso XII, da CF 88).5. Entretanto, no se trata nos autos de gravao da conversa alheia (interceptao), mas de registro de comunicao prpria, ou seja, em que h apenas os interlocutores e a captao feita por um deles sem o conhecimento da outra parte(...)6) Mutiro de conciliao administrativa institudo por pessoa jurdica de direito pblico pode ser considerado ofensivo regra do precatrio, quando envolver relaes jurdicas semelhantes a outras j objeto de aes judiciais?R: Prezadas (os) colegas, A questo desta rodada foi formulada pelo Prof. Barbosa Moreira, na prova oral de concurso para Procurador do Estado do Rio de Janeiro, nos idos dos anos 80, a um candidato que hoje exerce o cargo de juiz federal - mas ele assegura que acertou! Rsrs. O tema continua atual. O Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justia constantemente so instados a decidir sobre a constitucionalidade da conciliao administrativa, e vem respondendo positivamente. Uma das funes da Administrao , justamente, de gerir a litigiosidade, que, em tempos atuais vem sendo apontadas nos jornais e anlises econmicas como um grande entrave ao crescimento. Exemplos: questes ambientais, infraestrutura, regulao e passivo judicial relativo a servidores pblicos, aposentados e pensionistas. Por isso no h menor dvida quanto possibilidade de serem equacionadas questes na via administrativa, ainda que impliquem desembolso de recurso por parte do ente pblico. E esse desembolso dispensa precatrio. No entra na regra do art. 100, da CRFB/88, pois se trata de atividade de gesto do Estado, e, no, de dbito judicial. Mas a surge a nossa questo: se o Estado resolve conciliar administrativamente em matria idntica a que est sendo objeto de discusso judicial, como agir em relao queles que j litigam em juzo sobre o mesmo assunto? Deve dar a oportunidade aos litigantes para fazerem o mesmo. Mas como fazer isso sem ferir a regra do precatrio? S h uma sada: desistncia da ao, para por fim ao litgio. Se o Estado reconhece a procedncia do pedido, a consequncia a condenao judicial, que faria incidir a regra do art. 100. Os litigantes desistem e so contemplados como os demais que no propuseram a ao. Se no concordarem com os termos da transao, submeter-se-o ao processo judicial + precatrio? E a parcela incontroversa que o Estado reconheceu aos demais? A discordncia dar ensejo ao prosseguimento da ao. Quanto parcela incontroversa, temos um problema. Seria preciso que a parte desistisse do pedido em relao a essa parcela, para que fosse paga administrativamente sem precatrio, como fez para os demais. No havendo desistncia, seria o caso de prolao de julgamento parcial do processo e expedio de precatrio nessa parte, aps decorrido o prazo recursal, e tomando cuidado para no haver fracionamento contrrio regra do precatrio. Exemplo: parcela incontroversa correspondendo a valor enquadrvel em RPV. Em resumo: a regra do precatrio deve ser tratada luz da sua finalidade constitucional, que assegurar isonomia entre litigantes. Mas nada impede que essa isonomia seja assegurada sem precatrio, e sem ofensa Constituio, como vimos acima. Bons estudos, e at a prxima!7) Servidor pblico contraiu emprstimo bancrio, autorizando que a amortizao da dvida ocorresse gradualmente pela modalidade da consignao em folha de pagamento. Ficou acordado que os descontos mensais seriam efetuados no maior percentual admitido para efeito de margem consignvel. Ocorre que, alguns meses depois desse ajuste, expediu-se ordem judicial determinando fosse deduzida de sua remunerao uma quantia para pagamento de penso alimentcia ao ex-cnjuge. Considerados em conjunto, os descontos correspondem a 3/4 do que o servidor recebe em contrapartida pela atividade pblica que desempenha. Eles podero, ainda assim, ser efetivados concomitantemente? Responder em at 20 linhas.R: A intensa facilitao de acesso ao crdito no Brasil, com oferta de longos prazos para pagamento sob forma parcelada, tem sido nas dcadas mais recentes uma das principais causas do endividamento de um expressivo nmero de pessoas naturais, em patamares que muitas vezes extrapolam o que, pela sensatez da boa lgica, equivaleria a um limite prudencial por assim dizer. Pesquisa divulgada pelo jornal Valor Econmico em agosto de 2012 revelou ser de 42% a mdia de comprometimento do oramento domstico com dvidas resultantes de parcelamentos. Percentual que seria ainda maior se considerados fossem tambm os dispndios com aluguis e tarifas de servios pblicos essenciais, como luz, gua e telefonia.Faturas de carto de crdito que deixam de ser pagas em seu valor total, compras realizadas sem planejamento e taxas de juros mais atrativas para os emprstimos com clusula expressa autorizadora de desconto na folha de pagamento tambm designados como emprstimos por consignao tendem a gerar a deteriorao das finanas pessoais. A ponto de provocar um endividamento mais agudo, que se convencionou identificar pelo termo superendividamento. Ele fica delineado quando a renda mensal auferida pela pessoa se apresenta insuficiente para quitar as dvidas advindas dos parcelamentos que ela contraiu, colocando sob ameaa concreta a preservao do chamado mnimo existencial, que compreende a capacidade de arcar com despesas essenciais para uma vivncia, individual ou familiar, conforme padres elementares de dignidade. Experimenta-se, na prtica, o enfrentamento de um cenrio muito assemelhado ao de uma insolvncia civil.Uma das maneiras de abrandar os efeitos do superendividamento retirar do alcance da penhora os valores mensalmente recebidos em decorrncia do exerccio de atividades profissionais como os salrios dos trabalhadores da iniciativa privada e as remuneraes dos agentes pblicos. Prevista no inciso IV do art. 649 do diploma processual civil em vigor, essa garantia de impenhorabilidade no , contudo, inafastvel. Norma veiculada no segundo pargrafo desse mesmo artigo legal reconhece, guisa de exceo, ser cabvel a penhora para pagamento de prestao alimentcia. Cabendo destacar, vista de outro dispositivo da codificao processual de 1973, o art. 734, que se o devedor dessa prestao alimentcia for, entre outros perfis de atividades ali enunciadas, servidor pblico, o respectivo pagamento deve ocorrer com base em mandado judicial ordenando a efetivao de desconto direto em folha de pagamento.Mas h tambm previso de desconto direto por iniciativa do prprio servidor pblico. No mbito federal, encontra supedneo normativo no p. nico do art. 45 da Lei n. 8.112/1990, atualmente regulamentado pelo Decreto n. 6.386, de 2008. Distinguindo consignaes compulsrias (ex. contribuio para regime previdencirio) de consignaes facultativas (ex. prestaes resultantes de emprstimos bancrios), o aludido ato regulamentar prev que os descontos autorizados por vontade de quem recebe estipndios da Administrao Pblica no podem, em somatria, exceder a trinta por cento da respectiva remunerao, excludo do clculo o valor pago a ttulo de contribuio para servios de sade patrocinados por rgos ou entidades pblicas (art. 8). Consagra tambm, por norma inspirada no mais puro bom senso (art. 9), que na coexistncia de consignaes facultativas e compulsrias, estas devem necessariamente prevalecer sobre aquelas, enfatizando que se os elementos das duas categorias, tomados em conjunto, indicarem um comprometimento remuneratrio acima de 70%, os de origem facultativa sero afetados primeiramente. Trata-se de um mecanismo inibitrio da ecloso do superendividamento. Eis o que diz o preceito que trata especificamente de tal situao: Art. 9. (...) 2. Na hiptese em que a soma das consignaes compulsrias e facultativas venha a exceder o limite definido no 1, sero suspensas as facultativas at a adequao ao limite, observando-se para tanto a ordem de prioridade definida no art. 4.No obstante estar prevista a suspenso dos descontos facultativos, no se revela incompatvel com a razoabilidade, e por outro lado traduz reverncia ao princpio da conservao dos negcios jurdicos, que o servidor acorde com o credor dos recolhimentos consignados uma soluo alternativa e mais benfica para ambos: reconhecida a ocorrncia de um fato superveniente, gerador de involuntria onerosidade excessiva para o contratante que assumiu obrigao de pagamento de trato sucessivo, o ajuste original comporta reviso destinada a ajustar sua dinmica de cumprimento ao novo quadro delineado. E o modo mais fcil de implement-la, corolrio direto e imediato da vedao ao limite global de 70% da remunerao auferida mensalmente pelo servidor, pactuar uma dilao de prazo para fins de resgate da dvida peridica, evitando com isso o desequilbrio financeiro da relao constituda a partir de um acordo de vontades formalizado antes da elevao do grau de endividamento daquele mesmo servidor.8) A previso contida no art. 310, II, do CPP, que autoriza a converso do flagrante em priso preventiva de ofcio pelo magistrado, viola o sistema acusatrio? Analise em quinze linhas, abordando necessariamente a disciplina do art. 311 do CPPR: Ao receber o auto de priso em flagrante (APF) o juiz pode tomar as seguintes medidas, conforme art. 310, I a III do CPP: 1) relaxar a priso ilegal; 2) converter a priso em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos do art. 312, e desde que se revelem inadequadas as medidas cautelares diversas da priso, e; 3) conceder liberdade provisria com ou sem fiana. Por outro lado, o art. 311 do CPP dispe que o juiz pode decretar de ofcio a priso preventiva na fase pr-processual e processual. Ocorre que tal artigo deve ser interpretado com temperamentos, ou seja, o juiz na fase pr-processual s pode decretar a priso preventiva desde que seja requerida pelo membro do parquet. Portanto, quando o magistrado receber o APF, no pode simplesmente convert-lo em priso preventiva, isto , de ofcio. Necessrio que o Ministrio Pblico tenha feito o requerimento. Assim, tal conduta no fere o sistema acusatrio. Dessa forma, o art. 310, II do CPP deve ser interpretado em conjunto com os seguintes artigos: 306, caput, que prev a comunicao da priso em flagrante ao Ministrio Pblico, e 282, 2 c/c 311, que prevem que o juiz s dado decretar a priso preventiva, na fase investigatria, se for provocado.

9) Havendo desistncia do consorciado (pessoa fsica consumidora) ao plano, quando haver a pretenso de devoluo das parcelas j vertidas ao consrcio? Confronte o entendimento jurisprudencial consolidado e a Lei 11.795/08. Mximo de 15 linhas.R: O Superior Tribunal de Justia possui entendimento firmado em recurso especial repetitivo que, para os contratos de consrcios realizados antes do advento da Lei 11.795/08, a desistncia do consorciado lhe confere o direito de receber a devoluo das parcelas j vertidas, mas somente aps 30 dias do encerramento do consrcio. Naquela oportunidade, a maioria dos ministros entendeu que no seria o caso de analisar as novas regras trazidas pela Lei 11.795/08. No obstante isso, de se observar excelente fundamentao divergente levantada pela Ministra Nancy Andrighi, que afirmou merecer temperamentos o entendimento daquele Tribunal mesmo para os contratos anteriores ao novo diploma legal, principalmente em face da aplicao das normas de proteo ao consumidor. De qualquer sorte, de se observar que, para os contratos de consrcio firmados j na vigncia da Lei 11.795/08, h ao menos duas previses para devoluo dos valores vertidos antes do trmino do contrato: caso o consorciado excludo seja contemplado no sorteio (art. 22) ou caso o grupo possua fundos suficientes para devoluo dos valores (art. 27, 2).

10)Os danos ambientalmente evitveis esto abarcados pela obrigao compensatria prevista no art. 36 da Lei n. 9.985/2000, imposta ao obtentor de licenciamento para iniciar empreendimento que acarrete significativo impacto ao meio ambiente? Responda em at 20 linhas.R: A compensao ambiental, prevista no art. 36 da lei 9.985/00, um instrumento econmico de compensao de impactos ambientais causados por determinadas atividades, onde o empreendedor dever compartilhar com o Poder Pblico e com a sociedade os custos advindos da utilizao dos recursos naturais e da implementao de instrumentos de preveno, controle e reparao dos impactos negativos ao meio ambiente.Destarte, o empreendedor deste tipo de atividade, para obter licena ambiental, fica condicionado a destinar recursos financeiros para a manuteno de unidades de proteo integral ou de uso sustentvel, numa clara aplicao do princpio do usurio-pagador. Na medida em que o empreendedor utiliza de recursos ambientais escassos, que constituem um bem de toda a coletividade, lhe imposto adquirir um compromisso de preservar o meio ambiente, atravs de destinao de recursos para esses espaos territoriais especialmente protegidos, independentemente de causar danos ambientais ou no.Nesse desiderato, resta claro que a compensao ambiental prevista no art. 36 refere-se aos danos inevitveis e imprescindveis realizao do empreendimento, j previstos no EIA/RIMA, no havendo, portanto, a possibilidade de ali serem includos os danos imprevisveis da atividade ao meio ambiente, que devero ser ressarcidos por meio de recuperao do ambiente degradado, ou de indenizao. J os danos ambientalmente evitveis devem ser controlados independentemente da compensao, atravs da emisso das licenas ambientais cabveis pelos rgos competentes.11)O mecanismo de suspenso de tributos na aquisio de insumos(drawback) no ratificado pelo Fisco impede a cobrana dos tributos suspensos e a aplicao de multas, caso no haja lanamento de ofcio ? Resposta em quinze linhasR: O drawback, instituto de direito tributrio, foi criado como uma forma de fomentar a exportao de bens e servios, quando, dependendo da modalidade que se adota, os importadores de insumos para suas atividades passam a ter benefcios em relao ao recolhimento de tributos destes.No caso especfico do drawback na modalidade suspenso, os tributos relacionados aquisio de matria prima e insumos para a fabricao de produtos destinados a exportao ficam em suspenso, aguardando-se o momento da exportao para que ocorra a extino do crdito tributrio. Caso no ocorra a comprovao das exportaes nos termos e condies previstos na legislao, os impostos suspensos devero ser recolhidos com os devidos acrscimos legais.Sendo assim, uma vez que o que se suspende a possibilidade de cobrana do crdito tributrio, j que o mesmo constitudo no momento da assinatura do termo de compromisso, no existiria bice para sua cobrana, bem como para a aplicao de multas, j que dispensvel, nesse caso, o lanamento de ofcio.exploram um mesmo objeto social, em geral, tida como constitucional ou 12)Lei que fixa distncia mnima entre estabelecimentos empresariais que inconstitucional? possvel vislumbrar alguma exceo? Mximo de 15 linhasR: O art. 174 da Constituio Federal estabelece que "como agente normativo e regulador da atividade econmica, o Estado exercer, na forma da lei, as funes de fiscalizao, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor pblico e indicativo para o setor privado". O STF, com base neste inciso, reconheceu em recurso extraordinrio a impossibilidade de um municpio, sob pena de olvidar o princpio constitucional da liberdade de iniciativa econmica, proibir a abertura de novo estabelecimento comercial similar ao existente dentro de uma distncia de quinhentos metros. Se diferente fosse estar-se-ia criando uma verdadeira reserva de mercado, o que feriria os princpios contidos na Carta Magna, principalmente o da livre concorrncia. Nestes termos que o Pretrio Excelso editou a Smula n 646 , sendo, portanto, tidas essas leis em regra como inconstitucionais.13) Emitente de nota promissria que, em vez de subscrev-la de prprio punho, lanou sua assinatura utilizando-se de scanner, est obrigado ao pagamento daquele ttulo de crdito pela via executiva? Responder em at 20 linhasR: O decreto n 57.663/66, que dispe sobre as normas gerais quanto nota promissria, condiciona sua existncia e validade como ttulo executivo extrajudicial assinatura do credor, de prprio punho aposta no documento.No caso em apreo, uma vez que o promitente lanou sua assinatura por meio de scanner, em tese, a nota promissria estaria viciada por desobedecer este requisito. Ocorre que o STJ, em deciso paradigmtica entendeu de forma diferente, uma vez que a teoria dos atos prprios e a boa-f objetiva autorizam, no caso concreto, a validao de promissria que no observou regras formais. No caso em questo, entendeu-se que, ainda que a norma cambiria internacional exija que a assinatura da nota seja de prprio punho, o devedor que reconhece ter assinado o ttulo por meio de imagem escaneada no pode alegar sua nulidade sob pena de incorrer nos institutos do "venire contra factum proprium" e "tu quoque", que se levantam como uma forma de barrar comportamentos contraditrios na execuo do contrato, bem como que se venha a invocar uma norma jurdica depois de voluntariamente descumprida. Por assim dizer: no havendo por parte do devedor contestao quanto veracidade da assinatura aposta, o mesmo no poderia alegar a nulidade da nota promissria por ele emitida afirmando no conhecer da lei, j que "ningum se escusa de cumprir a lei, alegando que no a conhece" (art. 3 da Lei de Introduo s Normas do Direito Brasileiro). Entender de forma diversa seria sobrelevar a formalidade dos ttulos de crdito, em face da boa-f objetiva, principio fundamental aplicado nas relaes privadas, cuja funo estabelecer um padro tico de conduta para as partes nas relaes obrigacionais.14) Admite-se a contagem do tempo decorrido no curso do processo de usucapio, para fins de integralizao do prazo legal necessrio aquisio da propriedade? Resposta em at 10 (dez) linhas. R: Prezadas (os) colegas, A questo desta rodada trata da usucapio, porm com grandes intersees com o direito processual civil. A primeira se refere ao interesse processual. No problema posto, possvel visualizar duas situaes: ou a insuficincia do prazo para a usucapio estar patente, ou ser objeto de controvrsia. Tambm seria possvel considerar, com base na estabilizao da demanda, que, aps a citao, nenhuma das partes pode inovar em relao ao direito litigioso. Pois bem, em relao ao primeiro ponto, quando a insuficincia do prazo puder ser detectada de plano, ser possvel cogitar a carncia de ao. Muito embora a concluso implcita seja a ausncia do direito; matria de mrito. Quando essa insuficincia no for patente que a questo ganha os seus verdadeiros contornos. Nesse caso, no parece plausvel falar-se em carncia de ao, quando a instruo mostra-se imperiosa. Ento vamos admitir que a ao de usucapio teve incio. Ser que podemos considerar que a contagem da posse durante o trmite do processo configuraria inovao sobre a coisa litigiosa? Tudo indica que no. O que ocorreu foi apenas o decurso do tempo: um legtimo fato jurdico. Ento a pergunta: Fatos jurdicos constituem direito? E a resposta sim. Ora, porque negar valor a um fato jurdico que por excelncia constitutivo de direito na usucapio? Alguns afirmariam: se no curso da demanda o juiz observar que, ao tempo da propositura da ao, a parte no era titular do direito, dever julgar o pedido improcedente. Mas tal postura de h muito foi afastada pela constatao de que algumas relaes jurdicas tem no tempo o seu principal elemento constitutivo. E se o tempo possui essa relevncia nesses casos, ignor-lo seria negar direito constitudo, ainda que no decorrer do feito. Raciocnio ainda mais vlido nos tempos atuais, marcados pela busca de efetividade e economia processuais. A posse relao continuativa, e a contestao no figura entre as hipteses interruptivas da fluncia do prazo da prescrio aquisitiva. Vigendo a posse, a sua contagem imperativa, independentemente da pendncia da ao de usucapio - a menos que medida de ndole cautelar ou antecipatria desconstitua o estado de fato observado no incio da ao, obstando a permanncia do autor da ao em poder do bem. No sendo essa a situao, os art. 462 e 471, I, do CPC, exigem manifestao do juiz sobre a alterao do estado de fato ou de direito havida no decorrer do processo. Se a posse no transcurso da ao altera o estado de fato e de direito, ento o juiz deve sobre ela se manifestar. A essa concluso chegaram civilistas de renome durante a V Jornada de Direito Civil, do CJF, dando ensejo ao Enunciado n. 497, cuja redao segue: " O prazo, na ao de usucapio, pode ser completado no curso do processo, ressalvadas as hipteses de m-f processual do autor". O Superior Tribunal de Justia tambm decidiu nessa linha, em julgado de 2012: DIREITOS REAIS E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. OMISSO. INEXISTNCIA. PREQUESTIONAMENTO. IMPRESCINDIBILIDADE. USUCAPIO. CONTRATO DE ARRENDAMENTO RURAL FIRMADO ENTRE EXTINTA FUNDAO PBLICA E A AUTORA. ANIMUS DOMINI. MOLDURA FTICA PECULIAR QUE IMPOSSIBILITA A APURAO ACERCA DA SUA EXISTNCIA. RESISTNCIA POSSE PELO PROPRIETRIO. TERMO INICIAL DA PRESCRIO AQUISITIVA. DECLARAO DA USUCAPIO OCORRIDA NO TRANSCURSO DA AO. POSSIBILIDADE. 1. O caso bastante peculiar, pois, em que pese o ru sustentar no ter havido animus domini, j que a posse era subordinada da fundao pblica, contraditoriamente, reconhece que houve "notificao judicial em 1987, interrompendo o prazo prescricional" dirigida, no Fundao Pblica, mas genitora da recorrente e que, mesmo cientificada acerca da propriedade do demandado sobre a rea, a usucapiente continuou se submetendo pactuao firmada com a Fundao Pblica. 2. Ademais, se a Fundao Pblica tivesse exercido posse prpria, dado ao decurso do tempo, a rea seria pblica, ora pertencente ao Distrito Federal, como sucessor em direitos e obrigaes daquela Fundao, todavia, por reiteradas vezes, aquele ente federado manifestou seu desinteresse na presente lide, conforme consta da sentena. 3. Como a usucapiente ops resistncia posse do proprietrio, passou a fluir o prazo para reconhecimento do usucapio. Por isso, considerar no ter havido posse com animus domini, nem mesmo com a cincia formal de quem era o proprietrio, aliada resistncia oferecida a esse, significaria conferir a contrato eivado de vcio efeito que nem mesmo um negcio jurdico hgido teria. 4. A contestao oferecida na ao de usucapio no tem o condo de interromper o prazo da prescrio aquisitiva, sendo incontroverso que a resistncia oposta limitou-se ao protesto, efetuado em fevereiro de 1987, tendo a ao ao reivindicatria sido ajuizada apenas em maio de 2009. Portanto, cabe, tendo em vista o disposto no artigo 462 do Cdigo de Processo Civil, o reconhecimento e declarao da usucapio ocorrida durante a tramitao do processo. 5. Recurso especial parcialmente provido. (REsp 1210396/DF, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMO, QUARTA TURMA, julgado em 12/04/2012, DJe 19/06/2012) Em concluso: se o tempo decorrido no curso da ao no resulta de m-f processual, deve, sim, ser computado no clculo da usucapio. Bons estudos e at a prxima!

15)Considerando as redaes dos artigos 33, 3, e 44, III, todos do Cdigo Penal, pergunta-se: o indeferimento de substituio de pena privativa de liberdade inferior a quatro anos por restritiva de direito, com base no art. 44, III, implica necessariamente em fixao de regime mais gravoso que o aberto, em face da previso do art.33, 3? Explique em quinze linhasR: De incio, cabe ressaltar que o enunciado da questo tem como objetivo verificar a confrontao entre regime prisional e o carter substitutivo da pena restritiva de direito. Em nenhum momento afirmou-se uma suposta inverso dos momentos de dosimetria da pena, o que foi feito apenas no enunciado, para fins de explicitao do questionamento.O melhor entendimento de que no h vinculao legal que obrigue o magistrado a impor regime inicial mais severo sempre que as circunstncias do caso concreto no recomendarem a substituio da pena privativa de liberdade (PPL) por restritiva de direitos.De fato, h semelhana entre as circunstncias analisadas para determinao do regime inicial de cumprimento da pena (critrios previstos no art. 59 do CP, conforme art.33, 3, do mesmo cdigo) e as circunstncias que norteiam a anlise de viabilidade da substituio da pena privativa de liberdade (art. 44, inciso III, do CP). Mas isso no elimina a possibilidade de que os contornos da hiptese no contemplem a substituio da pena, mas abarquem o regime inicial aberto.Se assim no fosse, chegar-se-ia ao completo esvaziamento das normas insculpidas no art. 33, 1, alnea c, e 2, alnea c, do Cdigo Penal. Ou seja, jamais haveria cumprimento de pena em regime inicial aberto sem substituio, j que o limite objetivo para a substituio da PPL e para a fixao de regime aberto idntico, no quesito quantidade de pena aplicada (igual ou inferior a 4 anos).A proximidade entre as circunstncias a serem analisadas tambm no suficiente para igualar pena restritiva de direitos a regime inicial aberto, tampouco para vincular os dois institutos, que, frise-se, so dspares. Acerca do tema, a jurisprudncia ptria j registrou que o propsito da pena e do regime prisional so distintos e inconfundveis (STJ. HC108.022/SP. Rel. Min. Napoleo Nunes Maia Filho. 5 Turma. Fonte: DJe de 15/06/2009).Significa dizer que h um plano intermedirio, no qual a substituio no recomendvel, mas as circunstncias desmerecedoras no so to intensas que possam impedir a imposio de um regime prisional mais benfico.Em que pese a atual desnaturao do regime aberto, em virtude da omisso do Poder Pblico na efetivao das denominadas casas de albergado, fato que, juridicamente, o regime prisional sempre mais gravoso do que a pena restritiva. Na prtica, contudo, no isso que ocorre, pelo que muitos magistrados faziam uma conjugao de reprimendas, agora expressamente vedada pela Smula 493 do STJ: inadmissvel a fixao de pena substitutiva (art. 44 do CP) como condio especial ao regime aberto16) Parlamentar de oposio ao governo federal vai tribuna da casa legislativa onde exerce seu mandato para questionar a validade de acordo feito pela chefia do Executivo brasileiro com um pas europeu. Acordo esse que fez constar clusula interpretativa referente ao termo final da vigncia de um tratado anteriormente celebrado entre os dois pases, sobre o qual o Congresso Nacional j dera seu referendo. No entender do orador oposicionista, o aditamento invlido se no contar, a exemplo do tratado a que se reporta, com expresso abono congressual. Como voc analisa tal situao? Responda em at 20 linhas.R: A Unio, nos termos do que dispe a CF/88 em seu art. 21, I, competente para manter relaes com Estados estrangeiros e participar de organizaes internacionais. Tal relacionamento exercido diretamente pelo Poder Executivo, conforme o art. 84, VII da CF, a quem cabe, discricionariamente firmar acordos e tratados de natureza internacional, bem como envi-los ao Congresso Nacional para sua aprovao legislativa, condio essencial para que o mesmo possua fora de norma no ordenamento ptrio.Ocorre que, de acordo com o art. 49, I, da CF, da competncia exclusiva do Congresso Nacional "resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimnio nacional". E o alcance da obrigatoriedade da apreciao legislativa controverso na doutrina e na prtica, havendo corrente doutrinria no sentido de que a mesma obrigatria para todos os tratados concludos pelo pas, bem como os que interpretam o art. 49, I, como exigindo a aprovao legislativa apenas dos tratados que acarretem encargos ao patrimnio nacional.No caso em apreo, uma vez que o tratado j foi referendado pelo Congresso Nacional, em tese, qualquer aditamento deveria se submeter aprovao pelo mesmo meio pelo qual foi incorporado ao ordenamento ptrio, desde que o mesmo trouxesse mais deveres. Porm, uma vez que se trata apenas de clusula interpretativa, a tese do parlamentar no deve prosperar, uma vez que no se enquadra no que dispe o aresto legal citado anteriormente: seria tomar do Executivo uma discricionariedade que lhe garantida constitucionalmente, que s deve ser tolhida quando houver qualquer tipo de nus imposto nao.17) A responsabilidade solidria do CDC alcana os veculos de comunicao que divulgam propaganda abusiva e/ou enganosa? Mximo de 15 linhas.

O Cdigo de Defesa do Consumidor, em seus art.37, 1 e 2, estabelece a vedao ao uso de propaganda abusiva ou enganosa, em ateno aos princpios da presuno de vulnerabilidade do consumidor, da lealdade e da boa-f objetiva, que devem estar presentes em todas as relaes de consumo.Neste desiderado, importante traar uma diferena entre as duas condutas: a publicidade enganosa aquela que induz o consumidor a acreditar em virtudes que o produto no tem, seja por omisso ou por comisso. E a propaganda abusiva acontece quando valores importantes, tais como a proteo do meio ambiente, so desrespeitados.Ocorre que a responsabilidade solidria do CDC, de acordo com o art. 38 do dispositivo em comento, no se aplica aos veculos de comunicao que divulgam propaganda enganosa ou abusiva, uma vez que compete a quem as patrocina o nus de sua veracidade. Por esta razo que o STJ vem entendendo que tais agncias s respondero solidariamente por este tipo de propaganda caso incorram em culpa ou dolo, j que o contedo das mesmas de responsabilidade de quem quer divulgar produto ou servio.18) Em relao ao art.185-A do Cdigo Tributrio Nacional, para que se defira a penhora on line, necessrio o esgotamento das diligncias em busca de bens penhorveis? Resposta em quinze linhasR: necessrio o esgotamento das diligncias em busca de bens penhorveis. O dispostos no art. 185-A do CTN est em consonncia com o previsto no art. 655-A do CPC, com redao dada pela Lei n 11.382/06. A expresso "no forem encontrados bens penhorveis", constante do art. 185-A, do CTN, exige interpretao sistmtica com o previsto no 655 e 655-A, do CPC sob pena de tornar inexequvel a vontade normativa expressada pela Lei n 11.382/06. No plano jurisprudencial no outro o entendimento. O STJ, em recurso ao qual se deu o rito do art. 543-C, do CPC, assentou que, aps a entrada em vigor da indigitada lei, no se exige do credor o exaurimento das diligncias na busca por outros bens. Tal entendimento oferece concretude ao princpio da mxima utilidade da execuo ao disponibilizar meios mais geis e rpidos para o credor satisfazer o seu crdito.Com efeito, no se desconhece entedimento assentado pela Segunda Turma do STJ, segundo o qual no h de se confundir as figuras do art 185-A, do CTN, com as do 655, do CPC. Sendo a figura do CTN mais constritiva e ampla, a Segunda Turma entende que devam ser esgotadas as diligncias. Reputa-se, no entanto, que o entedimento firmado pela Segunda Turma no tem fora suficiente para permitir se afirmar, perempetoriamente, que a medida do art. 185-A no dispense o esgotamento das diligncias, mormente diante do Resp. em que se deu o rito do 543-C.19) A previso em contrato de sociedade empresria - de que o ingresso de terceiros no quadro social est obrigatoriamente condicionado anuncia dos demais scios - exerce alguma influncia sobre a penhora das quotas sociais em execuo civil? Mximo de 15 linhas.R:O Cdigo Civil, ao tratar sobre as sociedades empresrias, em ateno autonomia da vontade presente no direito privado, permite que sejam estipuladas determinadas vedaes a condutas dos scios, inclusive a possibilidade de cesso de sua quota parte sem anuncia dos demais integrantes da empresa.Ocorre que, segundo entendimento do STJ, a previso contratual de proibio livre alienao das cotas de sociedade de responsabilidade limitada no impede a penhora de tais cotas para garantir o pagamento de dvida pessoal de scio. Isto porque referida penhora no encontra vedao legal e nem afronta o princpio da ociaffectio setatis, j que no enseja, necessariamente, a incluso de novo scio. Ademais, o devedor responde por suas obrigaes com todos os seus bens presentes e futuros, nos termos do art. 591 do Cdigo de Processo Civil.Aplicando-se o disposto no art. 1026 do Cdigo Civil, verifica-se a possibilidade de, em havendo insufincia de bens particulares do scio para quitar suas obrigaes, poder recair a execuo sobre os lucros da sociedade ou sobre a parte que lhe couber na liquidao. Ou seja, a vontade dos scios no poderia se sobrepor vontade do legislador.Sendo assim, nenhuma influncia exerce a vedao de ingresso de terceiros na sociedade sobre a penhora das quotas sociais em execuo civil.

20) possvel a fixao de prestao em moeda estrangeira, nos contratos firmados no Brasil, quando a obrigao tiver que ser cumprida no pas? Resposta em 10 (dez) linhas.O Decreto-Lei N 857/1969, em seu art. 1, determina que "so nulos de pleno direito os contratos, ttulos e quaisquer documentos, bem como as obrigaes que exeqveis no Brasil, estipulem pagamento em ouro, em moeda estrangeira, ou, por alguma forma, restrinjam ou recusem, nos seus efeitos, o curso legal do cruzeiro". Ocorre que o STJ, ao analisar caso anlogo, concluiu que no existe vedao ao estabelecimento de fixao de prestao em moeda estrangeira em contrato quando a obrigao tiver que ser prestada no Brasil, proibindo apenas o pagamento em moeda que no seja a nacional: ou seja, pode um pagamento ser estipulado em euro, mas o mesmo dever ser quitado em reais.21) Jazida de mangans foi detectada no subsolo de fazenda do Mato Grosso do Sul. Concentra-se na rea do imvel qualificada como sendo de preservao permanente. Discorra se ou no juridicamente possvel explorar aquela reserva mineral. (Resposta em at 20 linhas)Via de regra, no se permite a explorao em rea de proteo permanente. Somente excepcionalmente que o Cdigo Florestal autoriza o licenciamento ambiental para a explorao em vegetao de APP, nas hipteses de utilidade pblica, interesse social e baixo impacto ambiental. No caso, a explorao de reserva mineral (minerao) encontra-se prevista como sendo hiptese de utilidade pblica, no art. 3, inciso VIII, do Cdigo Florestal, ressalvando-se somente a extrao de argila, areia, saibro e cascalho. As atividades de pesquisa e extrao de areia, argila, saibro e cascalho so tratadas como hipteses de interesse social, previstas no art. 3, IX, do Cdigo Florestal, devendo ser outorgadas pela autoridade competente. A nica ressalva encontra-se ligada supresso de vegetao nativa protetora de nascentes, dunas e restingas, a qual somente poder ser autorizada em caso de utilidade pblica. Portanto, poder haver explorao da reserva mineral de jazida de mangans, localizada no subsolo de fazenda do Mato Grosso do Sul, mesmo em se tratando de rea de preservao permanente, visto que encontra-se prevista como sendo uma das hipteses excepcionais em que o Cdigo Florestal autoriza o licenciamento ambiental.