QUESTÕES HUGO GOES

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QUESTES HOGO GES

1. A base de clculo da contribuio previdenciria do empregador domstico : (A) A remunerao total do empregado domstico a seu servio. (B) O salrio mnimo. (C) O valor total do salrio registrado na carteira profissional do empregado domstico. (D) O salrio-de-contribuio do empregado domstico a seu servio. (E) O salrio-base do empregado domstico a seu servio. Gabarito: D Fundamentao: Lei n 8.212/91, art. 24, in verbis: Art. 24. A contribuio do empregador domstico de 12% (doze por cento) do salrio-de-contribuio do empregado domstico a seu servio. Atente-se para o fato de que a base de clculo da contribuio do empregador domstico no a remunerao paga ao empregado domstico, e sim o salrio-de-contribuio do empregado domstico. A observao necessria para que no se confunda com a contribuio da empresa incidente sobre a remunerao dos empregados, trabalhadores avulsos ou contribuintes individuais. Quando se trata da contribuio da empresa, a base de clculo a remunerao total dos empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais. Quando se trata de empregador domstico, a base de clculo da contribuio o salrio-de-contribuio do empregado domstico a seu servio. Se, por exemplo, a empregada domstica tem uma remunerao mensal de R$5.000,00, a contribuio do empregador domstico ser de R$416,09 (que corresponde a 12% de R$3.467,40). A contribuio que o empregador domstico descontar da empregada domstica ser de R$381,41 (que corresponde a 11% de R$3.467,40). Neste caso, o empregador domstico recolher aos cofres da Previdncia Social, at o dia 15 do ms seguinte, o valor de R$797,50 (que corresponde soma das duas contribuies). Se no exemplo anterior a remunerao mensal da empregada domstica fosse R$700,00, a contribuio do empregador domstico seria de R$84,00 (correspondente a 12% de R$700,00). A contribuio que o empregador domstico descontaria da empregada domstica seria de R$56,00 (correspondente a 8% de R$700,00). Neste caso, o empregador domstico recolheria aos cofres da Previdncia Social, at o dia 15 do ms seguinte, a quantia de R$140,00 (correspondente soma das duas contribuies). 2. Assinale a assertiva correta acerca do segurado especial: (A) No obrigado a recolher contribuies previdencirias. (B) Pode recolher contribuies facultativas. (C) Para aposentar-se por idade, ter que comprovar o recolhimento das contribuies correspondentes carncia do benefcio. (D) Pode filiar-se ao RGPS como segurado facultativo. (E) Tem direito aposentadoria por tempo de contribuio, mesmo que no recolha contribuies previdencirias.

Comentrios Alternativas A, B e C - para entermos as contribuies previdencirias a cargo do segurado especial faz-se necessria a leitura dos seguintes dispositivos da Lei n 8.212/91: Art. 21. A alquota de contribuio dos segurados contribuinte individual e facultativo ser de vinte por cento sobre o respectivo salrio-de-contribuio. [...] Art. 25. A contribuio do empregador rural pessoa fsica, em substituio contribuio de que tratam os incisos I e II do art. 22, e a do segurado especial, referidos, respectivamente, na alnea a do inciso V e no inciso VII do art. 12 desta Lei, destinada Seguridade Social, de: I - 2% da receita bruta proveniente da comercializao da sua produo; II - 0,1% da receita bruta proveniente da comercializao da sua produo para financiamento das prestaes por acidente do trabalho. 1 O segurado especial de que trata este artigo, alm da contribuio obrigatria referida no caput, poder contribuir, facultativamente, na forma do art. 21 desta Lei. [...] Com base nos dispositivos supramencionados, o segurado especial obrigado a recolher contribuies previdencirias (Lei n 8.212/91, art. 25, caput). Mas a contribuio obrigatria s existe quando o segurado especial vende seus produtos rurais, pois neste momento que ocorre o fato gerador da contribuio. No havendo venda, no h obrigao de recolher contribuio. Para efeito de concesso dos benefcios previdencirios ao segurado especial, no exigvel a comprovao do recolhimento das contribuies incidentes sobre a receita bruta da comercializao da produo rural. Para receber benefcio previdencirio, o que o segurado especial deve comprovar o tempo mnimo de efetivo exerccio de atividade rural, ainda que de forma descontnua, igual ao nmero de meses necessrio concesso do benefcio requerido (RPS, art. 26, 1). Imagine-se, por exemplo, uma segurada especial que completou 55 anos de idade. Para ter direito aposentadoria por idade no valor de um salrio mnimo, ela no precisa comprovar recolhimento de contribuies previdencirias. O que ela precisa comprovar o exerccio da atividade rural por pelo menos 180 meses. Em suma, pode-se dizer que para efeito da relao tributria que o segurado especial mantm com a previdncia social, sempre que vender produtos rurais, ele ser obrigado a recolher contribuies previdencirias. Mas para receber benefcio previdencirio, ele no precisa comprovar o recolhimento de tais contribuies. Alm das contribuies obrigatrias incidentes sobre a receita bruta da comercializao da produo, o segurado especial poder contribuir, facultativamente, com alquota de 20% sobre o salrio-de-contribuio (Lei n 8.212/91, art. 25, 1). Neste caso, o salrio-de-contribuio do segurado especial ser o valor por ele declarado (IN RFB n 971/2009, art. 55, V). Vale frisar que o recolhimento de contribuies facultativas sobre o salrio-de-contribuio no

desobriga o segurado especial de continuar contribuindo sobre a receita bruta da comercializao da produo rural. Contribuindo, facultativamente, sobre o salrio-de-contribuio, o segurado especial ter, alm dos benefcios que j lhes so assegurados, as seguintes vantagens: (a) benefcios com valores superiores a um salrio mnimo; e (b) aposentadoria por tempo de contribuio. Frise-se, contudo, que o recolhimento facultativo de contribuies sobre o salrio-decontribuio no assegura ao segurado especial a percepo de duas aposentadorias, em virtude da proibio legal do recebimento de mais de uma aposentadoria, razo pela qual somente ter renda mensal superior ao salrio mnimo se contribuir sobre salrio-decontribuio superior a um salrio mnimo. O recolhimento de contribuies facultativas, incidentes sobre o salrio-de-contribuio, no provoca a perda da qualidade de segurado especial. Vale dizer, o recolhimento destas contribuies no transforma o segurado especial em segurado facultativo nem em contribuinte individual. Ele poder usar a faculdade de contribuir individualmente, mantendo a qualidade de segurado especial no RGPS (IN RFB n 971/2009, art. 10, 10). Ou seja, ele contribui, facultativamente, como se contribuinte individual fosse, mantendo, porm, a condio de segurado especial. Alternativa D - O segurado especial segurado obrigatrio do RGPS (Lei n 8.213/91, art. 11, VII). Assim, o segurado especial no pode filiar-se ao RGPS como segurado facultativo, pois uma das condies para ser segurado facultativo no ser segurado obrigatrio (Lei n 8.213/91, art. 13). Alternativa E - O trabalhador rural, na condio de segurado especial, sujeito contribuio obrigatria sobre a produo rural comercializada, somente faz jus aposentadoria por tempo de contribuio, se recolher contribuies facultativas (Smula 272 do STF). Gabarito: B 3. Assinale a assertiva correta acerca da seguridade social: (A) A concesso de benefcios da assistncia social prescinde de contribuio do beneficirio. (B) A criao de benefcios da assistncia social prescinde de fonte de custeio. (C) A seguridade social tem carter contributivo. (D) A previdncia social prescinde de contribuio. (E) A previdncia complementar tem carter contributivo e filiao obrigatria. Comentrios Primeiramente, vale frisar que o verbo prescindir significa dispensar, abrir mo de, no levar em conta. Alternativa A - Conforme o art. 203 da Constituio Federal, "a assistncia social ser prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuio seguridade social". Assim, esse ramo da seguridade social ir tratar de atender os hipossuficientes, destinando pequenos benefcios a pessoas que nunca contriburam para o sistema.

Portanto, a concesso de benefcios da assistncia social dispensa a contribuio do beneficirio. Alternativa B - De acordo com o 5 do art. 195 da Constituio Federal, "nenhum benefcio ou servio da seguridade social poder ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total". Esse dispositivo constitucional tem como objetivo assegurar o equilbrio financeiro da seguridade social: o caixa da seguridade social s pode pagar o benefcio se existir dinheiro para isso. Perceba-se que o dispositivo em tela aplica-se no somente previdncia social, mas seguridade social como um todo. Assim, ser inconstitucional a lei que criar um benefcio, previdencirio ou assistencial, sem tambm criar a fonte de custeio. Portanto, a criao de benefcios da assistncia social no prescinde de fonte de custeio. Ou seja, a fonte de custeio imprescindvel. Alternativa C - A seguridade social compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa dos Poderes Pblicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos sade, previdncia e assistncia social (CF, art. 194). A seguridade social o gnero do qual so espcies a Previdncia Social, a Assistncia Social e a Sade. Desses trs segmentos, apenas a previdncia social tem carter contributivo (CF, art. 201). A sade e a assistncia social sero prestadas independentemente de contribuio. Assim, no correto afirmar que a seguridade social, como um todo, tem carter contributivo. Alternativa D - A previdncia social tem carter contributivo, portanto, no prescinde de contribuio. Ou seja, na previdncia social a contribuio do segurado imprescindvel. Alternativa E - De acordo com o art. 202 da Constituio Federal, "o regime de previdncia privada, de carter complementar e organizado de forma autnoma em relao ao regime geral de previdncia social, ser facultativo, baseado na constituio de reservas que garantam o benefcio contratado, e regulado por lei complementar". Assim, na previdncia complementar a filiao no obrigatria. Gabarito: A 4. Assinale a assertiva correta acerca do salrio-de-contribuio. (A) Em qualquer regime de previdncia social, salrio-maternidade o nico benefcio previdencirio sobre o qual incide contribuio previdenciria. (B) No RGPS, independentemente da finalidade, salrio-maternidade o nico benefcio previdencirio que integra o salrio-de-contribuio. (C) A participao nos lucros ou resultados da empresa, paga mensalmente aos empregados, integra o salrio-de-contribuio. (D) O valor mensal do auxlio-acidente integra o salrio-de-contribuio, para fins de clculo de qualquer benefcio previdencirio. (E) A gratificao natalina integra o salrio-de-contribuio, para todos os fins. Comentrios Alternativa A - Incide contribuio sobre os proventos de aposentadorias e penses concedidas pelo RPPS que superem o limite mximo estabelecido para os benefcios do RGPS,

com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos (CF, art. 40, 18). A referida contribuio incidir apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de penso que superem o dobro do limite mximo estabelecido para os benefcios do RGPS, quando o beneficirio, na forma da lei, for portador de doena incapacitante (CF, art. 40, 21). Alternativas B e D - O nico benefcio previdencirio concedido pelo RGPS sobre o qual a lei prev a incidncia de contribuio previdenciria o salrio-maternidade. No entanto, vale frisar que o valor mensal do auxlio-acidente integra o salrio-de-contribuio, para fins de clculo do salrio-de-benefcio de qualquer aposentadoria (Lei 8.213/91, art. 31). Mas para fins de clculo da contribuio previdenciria, o auxlio-acidente no integra o salrio-decontribuio (Lei n 8.212/91, art. 28, 9, a). Para efeito de clculo de contribuio previdenciria, o nico benefcio do RGPS que integra o salrio-de-contribuio o salriomaternidade. A alternativa est errada, pois h uma finalidade para a qual outro benefcio (auxlio-acidente) tambm integra o salrio-de-contribuio. A alternativa D tambm est errada, pois no para fins de clculo de qualquer benefcio previdencirio que o auxlio acidente integra o salrio-de-contribuio, mas somente para fins de clculo das aposentadorias. Por exemplo, o auxlio-acidente no integra o salrio-decontribuio para fins de clculo de auxlio-doena. Alternativa C - Quando paga ou creditada de acordo com lei especfica, a participao nos lucros ou resultados da empresa no integra o salrio-de-contribuio (Lei n 8.212/91, art. 28, 9, j). A Lei n 10.101/2000 dispe sobre a participao dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa. De acordo com o disposto no 2 do art. 3 dessa Lei, " vedado o pagamento de qualquer antecipao ou distribuio de valores a ttulo de participao nos lucros ou resultados da empresa em periodicidade inferior a um semestre civil, ou mais de duas vezes no mesmo ano civil". Assim, sendo paga mensalmente, a participao nos lucros no est de acordo com a lei especfica, por isso, integra o salrio-de-contribuio. Alternativa E - O dcimo terceiro salrio (gratificao natalina) integra o salrio-decontribuio, exceto para o clculo de benefcio ((Lei n 8.212/91, art. 28, 7). Assim, no para todos os fins que a gratificao natalina integra o salrio-de-contribuio. Para fins de clculo de benefcio, a gratificao natalina no integra o salrio-de-contribuio. Gabarito: C 5. De 10/5/1980 a 12/12/1994, Joo foi empregado de uma construtora. Em FEV/2010, completou 65 anos e em MAR/2010, faleceu. Joo no era aposentado. Em JAN/2011, Maria, que mantinha unio estvel com Joo, requereu penso por morte. O pedido deve ser: A) Indeferido, pois, na data do seu falecimento, Joo j havia perdido a qualidade de segurado. B) Indeferido, pois, para fins previdencirios, Maria no era dependente de Joo. C) Indeferido, por falta do cumprimento do perodo de carncia. D) Indeferido, pois na data do seu falecimento, Joo no tinha a qualidade de segurado, no era aposentado e no tinha direito adquirido a nenhuma aposentadoria.

E) Deferido, pois na data do bito, Joo j havia adquirido direito aposentadoria por idade. Comentrios O perodo de graa do segurado que deixa de exercer atividade remunerada pode ser: I - De 12 meses - para o segurado com menos de 120 contribuies mensais; II - De 24 meses - para o segurado com mais de 120 contribuies mensais; ou para o segurado com menos de 120 contribuies mensais que comprovar que permanece na situao de desemprego; III - De 36 meses - para o segurado com mais de 120 contribuies mensais que comprovar que permanece na situao de desemprego. Na questo ora comentada, na data do seu falecimento, fazia mais de cinco anos que Joo havia deixado de exercer atividade remunerada. Ele exerceu atividade remunerada, abrangida pelo RGPS, at 12/12/1994 e faleceu em maro de 2010. Assim, na data do seu falecimento, Joo j havia perdido a qualidade de segurado. Em regra, no ser concedida penso por morte aos dependentes do segurado que falecer aps a perda da qualidade de segurado (Lei 8.213/91, art. 102, 2). Todavia, caber a concesso de penso aos dependentes, mesmo que o bito tenha ocorrido aps a perda da qualidade de segurado, desde que, na data do bito, o segurado j tivesse implementado todos os requisitos para obteno de uma aposentadoria. Nesse sentido, confira-se o seguinte julgado do STJ: PREVIDENCIRIO. EMBARGOS DE DIVERGNCIA EM RECURSO ESPECIAL. BENEFCIO DE PENSO POR MORTE. DE CUJUS. PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO. POSSIBILIDADE DE DEFERIMENTO DA PENSO, NOS TERMOS DO ART. 102 DA LEI N. 8.213/91, SE RESTAR COMPROVADO O ATENDIMENTO DOS REQUISITOS PARA CONCESSO DE APOSENTADORIA, ANTES DA DATA DO FALECIMENTO. 1. assegurada a concesso do benefcio de penso por morte aos dependentes do de cujos que, ainda que tenha perdido a qualidade de segurado, tenha preenchido os requisitos legais para a obteno de aposentadoria, antes da data do falecimento. 2. Embargos de divergncia conhecidos, porm, rejeitados (STJ, EREsp 524006/MG, Rel. Min. Laurita Vaz, DJ 30/03/2005, p. 132). Em regra, a aposentadoria por idade do segurado do sexo masculino exige dois requisitos: (I) 65 anos de idade; e (II) carncia de 180 contribuies mensais. Todavia, para os segurados inscritos na Previdncia Social Urbana at 24/07/91, observa-se a regra de transio prevista no art. 142 da Lei n 8.213/91. A carncia desta regra de transio leva em conta o ano em que o segurado implementou todas as condies necessrias obteno do benefcio. De acordo com esta regra de transio, para o segurado que implementou tais condies em 2010, a carncia de 174 meses. Na questo em tela, Joo trabalhou como empregado de uma construtora durante 14 anos e 7 meses (de 10/5/1980 a 12/12/1994). Este perodo corresponde a 175 meses. Em fevereiro de 2010, Joo completou 65 anos de idade. Assim, na data do seu falecimento (maro de 2010), Joo j havia adquirido direito aposentadoria por idade.

Vale frisar que na hiptese de aposentadoria por idade, a perda da qualidade de segurado no ser considerada para a concesso desse benefcio, desde que o segurado conte com, no mnimo, o tempo de contribuio correspondente ao exigido para efeito de carncia na data do requerimento do benefcio (Lei n 10.666/2003, art. 3, 1). O enunciado da questo afirma que Joo no era aposentado. Provavelmente, ele ainda no tinha requerido o benefcio. Contudo, na data em que completou 65 anos de idade, ele adquiriu o direito a aposentar-se por idade, pois, alm da idade, ele tambm j havia completado a carncia. Assim, a partir da data do seu aniversrio de 65 anos, a qualquer momento que ele tivesse requerido a aposentadoria por idade, o benefcio deveria ser concedido. Infelizmente, Joo faleceu antes de requerer a aposentadoria por idade. Mas isso no prejudica o recebimento da penso por morte pelos seus dependentes, pois na data do seu falecimento, Joo j havia adquirido direito aposentadoria por idade. De acordo com o art. 16, I, da Lei n 8.213/91, os dependentes preferenciais (de 1 classe) so os seguintes: o cnjuge, a companheira, o companheiro e o filho no emancipado, de qualquer condio, menor de 21 (vinte e um) anos ou invlido. Assim, Maria, companheira de Joo, beneficiria do RGPS na qualidade de dependente (de 1 classe). Portanto, o benefcio de penso por morte requerido por Maria deve ser concedido. Gabarito: E 6. Assinale a assertiva correta acerca do auxlio-acidente: A) benefcio mensal, vitalcio e indenizatrio. B) Em regra, exige carncia de 12 contribuies mensais. C) benefcio de prestao continuada. D) devido a todos os segurados do RGPS. E) A concesso de aposentadoria no prejudicar a continuidade do recebimento do auxlio-acidente. Comentrios Alternativa A - O auxlio-acidente ser concedido, como indenizao, ao segurado quando, aps consolidao das leses decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem seqelas que impliquem reduo da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia (Lei n 8.213/91, art. 86). O auxlio-acidente mensal corresponder a cinqenta por cento do salrio-de-benefcio e ser devido at a vspera do incio de qualquer aposentadoria ou at a data do bito do segurado (Lei n 8.213/91, art. 86, 1). Na redao original do 1 do art. 86 da Lei n 8.213/91, o auxlio-acidente era vitalcio (s cessava em razo do bito do segurado). Mas na redao atual, o auxlio-acidente ser devido at a vspera do incio de qualquer aposentadoria ou at a data do bito do segurado (Lei n 8.213/91, art. 86, 1). Assim, atualmente, o auxlio-acidente benefcio mensal e idenizatrio, mas no vitalcio. Alternativa B - A concesso do auxlio-acidente independe de carncia (Lei n 8.213/91, art. 26, I).

Alternativa C - Prestaes continuadas so todas aquelas que no so eventuais. Os benefcios que so pagos em prestaes mensais e sucessivas so considerados benefcios de prestao continuada. Atualmente, todos os benefcios do RGPS so de prestao continuada, pois todos so pagos em prestaes mensais e sucessivas. O auxlio-acidente pago mensalmente pelo RGPS, sendo devido a partir do dia seguinte ao da cessao do auxlio-doena, at a vspera do incio de qualquer aposentadoria ou at a data do bito do segurado (Lei n 8.213/91, art. 86, 1 e 2). Assim, o auxlio-acidente um benefcio de prestao continuada. Na redao original da Lei n 8.213/91, havia dois benefcios previdencirios que eram pagos em prestao nica: auxlio-natalidade e auxlio-funeral. Estes no eram de prestao continuada, mas de prestao nica. Mas atualmente o pagamento destes dois benefcios no da responsabilidade da previdncia social. O art. 40 da Lei n 8.742/93 (LOAS) transferiu estes dois benefcios para a assistncia social. No mbito da assistncia social h um benefcio que se chama "benefcio de prestao continuada" - BPC/LOAS (Lei 8.742/93, art. 20). Esse o nome que o legislador escolheu para este benefcio. Mas isso no significa que este benefcio assistencial seja o nico benefcio de prestao continuada. Na verdade, todos os benefcios (da previdncia ou da assistncia social) que so pagos em prestaes mensais e sucessivas so de prestao continuada. O BPC/LOAS a garantia de um salrio mnimo mensal pessoa portadora de deficincia e ao idoso com 65 anos ou mais e que comprovem no possuir meios de prover a prpria manuteno e nem de t-la provida por sua famlia (CF, art. 203, V). Teria andado melhor a lei se tivesse chamado esse benefcio de "amparo ao idoso e ao deficiente", pois evitaria essa confuso terminolgica. Alternativa D - Somente podero beneficiar-se do auxlio-acidente os segurados empregado, trabalhador avulso e segurado especial (Lei n 8.213/91, art. 18, 1). Alternativa E - O recebimento de salrio ou concesso de outro benefcio, exceto de aposentadoria, no prejudicar a continuidade do recebimento do auxlio-acidente (Lei n 8.213/91, art. 86, 3). O auxlio-acidente ser devido at a vspera do incio de qualquer aposentadoria ou at a data do bito do segurado (Lei n 8.213/91, art. 86, 1). Assim, quando o beneficirio do auxlio-acidente se aposenta, o auxlio-acidente cessado. Gabarito: C 7. Assinale a assertiva incorreta acerca da aposentadoria por tempo de contribuio: A) Beneficia quase todos os segurados do RGPS. B) devida ao segurado especial, desde que recolha contribuies facultativas, sendo o tempo de contribuio reduzido em cinco anos para os trabalhadores rurais de ambos os sexos. C) O tempo de contribuio reduzido em cinco anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exerccio das funes de magistrio na educao bsica em seus diversos nveis e modalidades. D) Na educao bsica, as atividades de exerccio de direo de unidade escolar e as de coordenao e assessoramento pedaggico tambm tero o tempo de contribuio reduzido em cinco anos, desde que exercidas por professores. E) possvel o segurado j ter um tempo de contribuio de 35 anos e ainda no ter a carncia de 180 contribuies mensais. Neste caso, o benefcio no poder ser concedido.

Comentrios Alternativa A - Em regra, todos os segurados do RGPS tm direito aposentadoria por tempo de contribuio. Todavia, necessrio que duas ressalvas sejam feitas: I - O segurado especial s tem direito a este benefcio se contribuir, facultativamente, com a alquota de 20% sobre o salrio-de-contribuio. II - O segurado contribuinte individual, que trabalhe por conta prpria, sem relao de trabalho com empresa ou equiparado, e o segurado facultativo que contribuam com a alquota de 11% sobre um salrio mnimo, no faro jus aposentadoria por tempo de contribuio (Lei 8.213/91, art. 18, 3). Assim, correto afirmar que a aposentadoria por tempo de contribuio beneficia quase todos os segurados do RGPS. Alternativa B - Como visto no comentrio do item anterior, a aposentadoria por tempo de contribuio devida ao segurado especial, desde que ele recolha contribuies facultativas. Contudo, para receber este benefcio, o segurado especial no se beneficia de nenhuma reduo no tempo de contribuio. Para o segurado especial, a reduo de cinco anos ocorre apenas na aposentadoria por idade. Alternativa C - Conforme o art. 201, 8, da Constituio Federal, na aposentadoria por tempo de contribuio, o tempo de contribuio ser reduzido em cinco anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exerccio das funes de magistrio na educao infantil e no ensino fundamental e mdio. A educao bsica formada pela educao infantil, ensino fundamental e ensino mdio (Lei n 9.394/96, art. 21, I). Assim, para os professores da educao bsica, a aposentadoria por tempo de contribuio exige trinta anos de contribuio, se homem, e vinte e cinco anos de contribuio, se mulher. Alternativa D - Para efeito da reduo de cinco anos na aposentadoria por tempo de contribuio, considera-se funo de magistrio a exercida por professor, quando exercida em estabelecimento de educao bsica em seus diversos nveis e modalidades, includas, alm do exerccio da docncia, as funes de direo de unidade escolar e as de coordenao e assessoramento pedaggico (RPS, art. 56, 2). No julgamento da ADIn n 3772, o STF entendeu que as atividades de exerccio de direo de unidade escolar e as de coordenao e assessoramento pedaggico tambm tero o tempo de contribuio reduzido em cinco anos, desde que exercidas por professores. Alternativa E - possvel o segurado efetuar 180 contribuies mensais no perodo de 15 anos. Assim, a exigncia de uma carncia de 180 contribuies mensais seria, aparentemente, contraditria, pois o tempo de contribuio exigido de 35 anos de contribuio para o homem e 30 anos de contribuio para a mulher. Mas no h contradio, pois nem tudo que considerado como tempo de contribuio pode ser aproveitado para efeito de carncia. A ttulo de exemplo, relacionamos abaixo alguns perodos que contam como tempo de contribuio, mas no contam para efeito de carncia: I - o tempo de servio militar obrigatrio;

II - perodo em que o segurado recebeu benefcio por incapacidade (auxlio-doena ou aposentadoria por invalidez), entre perodos de atividade; III - perodo em que o segurado recebeu benefcio por incapacidade (auxlio-doena ou aposentadoria por invalidez) decorrente de acidente do trabalho, intercalado ou no. IV - o tempo de servio do segurado trabalhador rural anterior competncia novembro de 1991. Nesse perodo, o trabalhador rural no contribua para a previdncia social. Assim, possvel o segurado j ter um tempo de contribuio de 35 anos e ainda no ter a carncia de 180 contribuies mensais. Neste caso, o benefcio no poder ser concedido. Gabarito: B 8. Assinale a assertiva correta acerca da aposentadoria por invalidez: A) Sempre precedida de auxlio-doena. B) Sempre exige carncia. C) Quando no precedida de auxlio-doena, devida aos segurados a partir da data do incio da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de trinta dias. D) Pode ser cumulada com salrio-famlia. E) A doena de que o segurado j era portador ao filiar-se ao RGPS no lhe conferir direito aposentadoria por invalidez, ainda quando a incapacidade sobrevier por motivo de agravamento dessa doena. Comentrios Alternativa A - De acordo com o art. 42 da Lei n 8.213/91, a aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carncia exigida, ser devida ao segurado que, estando ou no em gozo de auxlio-doena, for considerado incapaz e insusceptvel de reabilitao para o exerccio de atividade que lhe garanta a subsistncia, e ser-lhe- paga enquanto permanecer nesta condio. Veja que o art. 42 da Lei n 8.213/91 determina que a aposentadoria por invalidez poder ser concedida estando ou no o segurado em gozo de auxlio-doena. Assim, para que seja concedido o benefcio de aposentadoria por invalidez, no h necessidade de concesso prvia de auxlio-doena. A incapacidade para o trabalho insuscetvel de reabilitao, em alguns casos, pode ser constatada de imediato pelo mdico perito, em face da gravidade das leses integridade fsica ou mental do indivduo. No entanto, nem sempre possvel verificar a incapacidade total e definitiva de imediato. Por isso, na maioria das vezes, concede-se inicialmente ao segurado o benefcio de auxlio-doena e, posteriormente, concluindo-se pela impossibilidade de retorno atividade laborativa, transforma-se o benefcio inicial em aposentadoria por invalidez. Alternativa B - O perodo de carncia para a concesso da aposentadoria por invalidez , em regra, de 12 contribuies mensais. Todavia, a concesso independe de carncia nos casos em que a incapacidade for decorrente de acidente de qualquer natureza ou causa, bem como nos casos de segurado que, aps filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das seguintes doenas: tuberculose ativa, hansenase, alienao mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversvel e incapacitante, cardiopatia grave, doena de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avanado de doena de Paget (ostete deformante), AIDS, contaminao por radiao com base em concluso da medicina especializada ou hepatopatia grave (IN INSS n 45/2010, art. 152, III).

Alternativa C - Quando no for precedida de auxlio-doena, a data do incio da aposentadoria por invalidez segue s seguintes regras: (I) Para o segurado empregado: a contar do 16 dia do afastamento da atividade ou a partir da data da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias; e (b) Para os demais segurados: a contar da data do incio da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias (Lei n 8.213/91, art. 42, 1). Durante os primeiros 15 dias de afastamento consecutivos da atividade por motivo de invalidez, caber empresa pagar ao segurado empregado o salrio. Quando for precedida de auxlio-doena, a aposentadoria por invalidez ser devida a partir do dia seguinte ao daquele benefcio (Lei n 8.213/91, art. 42, caput). Alternativa D - O aposentado por invalidez ou por idade e os demais aposentados com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais de idade, se do sexo masculino, ou 60 (sessenta) anos ou mais, se do feminino, tero direito ao salrio-famlia, pago juntamente com a aposentadoria (Lei n 8.213/91, art. 65, pargrafo nico). Assim, fica claro que a aposentadoria por invalidez pode ser cumulada com salrio-famlia. Alternativa E - A doena ou leso de que o segurado j era portador ao filiar-se ao RGPS no lhe conferir direito aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progresso ou agravamento dessa doena ou leso (Lei n 8.213/91, art. 42, 2). Assim, quando a incapacidade sobrevier por motivo de progresso ou agravamento de doena ou leso de que o segurado j era portador ao filiar-se ao RGPS, no haver impedimento concesso da aposentadoria por invalidez.

Gabarito: D

9. Assinale a assertiva correta acerca do fator previdencirio: A) calculado considerando-se a idade, a expectativa de sobrevida e o tempo de contribuio do segurado ao se aposentar por invalidez. B) um mecanismo utilizado pela previdncia social para reduzir o valor de todas as aposentadorias concedidas a partir da vigncia da Lei n 9.876/99. C) Aplica-se, obrigatoriamente, no clculo da aposentadoria por idade e da aposentadoria por tempo de contribuio. D) Na aposentadoria por tempo de contribuio, sempre provoca a reduo do valor do benefcio. E) Na aposentadoria por idade, sua aplicao opcional, podendo reduzir ou majorar o valor do benefcio. Comentrios Alternativa A: O fator previdencirio ser calculado considerando-se a idade, a expectativa de sobrevida e o tempo de contribuio do segurado ao se aposentar (Lei n 8.213/91, art. 29,

7). Mas no clculo da aposentadoria por invalidez, o fator previdencirio no aplicado. Por isso, esta alternativa est errada. Alternativa B: O fator previdencirio no aplicado nas aposentadorias por invalidez e especial. Por isso, esta alternativa est errada. Alternativa C: O fator previdencirio aplicado obrigatoriamente na aposentadoria por tempo de contribuio. Mas na aposentadoria por idade, o fator previdencirio aplicado facultativamente (Lei n 9.876/99, art. 7) Alternativa D: Aposentadoria por tempo de contribuio corresponde a 100% da na mdia aritmtica simples dos maiores salrios-de-contribuio correspondentes a oitenta por cento de todo o perodo contributivo, multiplicada pelo fator previdencirio. O clculo do fator previdencirio pode resultar num valor maior, igual ou menor que um. Sendo maior que um, elevar o valor do salrio-de-benefcio; sendo menor que um, reduzir o valor do salrio-de-benefcio; sendo igual a um, no interferir no valor do salrio-de-benefcio. Alternativa E: Tratando-se de aposentadoria por idade, o INSS calcular o salrio-de-benefcio de duas formas diferentes: a primeira, aplicando o fator previdencirio; a segunda, sem a aplicao do fator previdencirio. Ser concedido ao segurado o que resultar mais vantajoso. Assim, na aposentadoria por idade, o fator previdencirio somente ser aplicado se for para majorar o valor do benefcio. Gabarito: ANULADA (todas as alternativas esto erradas).

10. Assinale a assertiva correta acerca dos benefcios do RGPS: A) Nenhum benefcio do RGPS ter valor mensal inferior ao salrio mnimo. B) Nenhum benefcio do RGPS ter valor mensal superior ao limite mximo do salrio de contribuio, que, atualmente, corresponde a R$ 3.689,66. C) vedada a adoo de requisitos e critrios diferenciados para a concesso de aposentadoria aos beneficirios do RGPS, quaisquer que sejam as atividades exercidas pelos segurados. D) Os benefcios do RGPS sero reajustados anualmente, com base no INPC, na mesma data do reajuste do salrio mnimo. E) Todos os salrios de contribuio considerados para o clculo de benefcio sero devidamente atualizados, com base no INPC, na mesma data do reajuste do salrio mnimo. Comentrios Alternativa A - De acordo com o art. 201, 2, da Constituio federal, nenhum benefcio que substitua o salrio de contribuio ou o rendimento do trabalho do segurado ter valor mensal inferior ao salrio mnimo. De acordo com esse dispositivo constitucional, os benefcios que no podem ter renda mensal inferior ao salrio mnimo so somente aqueles que substituem o salrio-de-contribuio ou o rendimento do trabalho. Assim, benefcios como salrio-famlia e o auxlio-acidente podem ter renda mensal inferior ao salrio mnimo, pois nestes casos, o beneficirio recebe, concomitantemente, o benefcio previdencirio (pago pelo INSS) e o rendimento do seu trabalho (pago pela empresa). Os citados benefcios no substituem a renda mensal do trabalhador, por isso, podem ser inferior ao salrio mnimo.

Alternativa B - Em regra, a renda mensal do benefcio da previdncia social no ter valor superior ao do limite mximo do salrio-de-contribuio (Lei n 8.213/91, art. 33). No entanto, esta regra admite as seguintes excees: (I) No caso de aposentadoria por invalidez, quando o segurado necessitar da assistncia permanente de outra pessoa, ele ter direito a um acrscimo de 25% no valor de sua aposentadoria, podendo, nesse caso, o limite mximo da renda mensal do benefcio superar o limite mximo do salrio-de-contribuio; (II) O salrio-maternidade das seguradas empregada e trabalhadora avulsa consiste numa renda mensal igual sua remunerao integral, limitada ao subsdio dos Ministros do STF (CF, art. 248), podendo, assim, ser superior ao limite mximo do salrio-de-contribuio. Alternativa C - vedada a adoo de requisitos e critrios diferenciados para a concesso de aposentadoria aos beneficirios do regime geral de previdncia social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica e quando se tratar de segurados portadores de deficincia, nos termos definidos em lei complementar (CF, art. 201, 1). Esse dispositivo constitucional probe o legislador ordinrio de adotar regras diferenciadas para concesso de aposentadorias para os beneficirios do RGPS, evitando, assim, favorecimentos indevidos e assegurando tratamento equnime a todos os segurados. Esse princpio tambm aplicado aos regimes prprios (CF/88, art. 40, 4). A Constituio abre, no entanto, uma exceo, no sentido de assegurar um tratamento diferenciado aos trabalhadores que exercem atividades em condies que prejudiquem a sade ou a integridade fsica e quando se tratar de segurados portadores de deficincia. Alternativa D - De acordo com o art. 41-A da Lei n 8.213/91, o valor dos benefcios em manuteno ser reajustado, anualmente, na mesma data do reajuste do salrio mnimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de incio ou do ltimo reajustamento, com base no ndice Nacional de Preos ao Consumidor - INPC, apurado pela Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE. Alternativa E - Conforme o art. 201, 3, da Constituio Federal, todos os salrios de contribuio considerados para o clculo de benefcio sero devidamente atualizados, na forma da lei. A Lei n 8.213/91, art. 29-B, regulamenta esse dispositivo constitucional, determinando que os salrios-de-contribuio considerados no clculo do valor do benefcio sero corrigidos ms a ms de acordo com a variao integral do ndice Nacional de Preos ao Consumidor - INPC, calculado pela Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica ? IBGE. Contudo, a data em que vai ocorrer o reajuste destes salrios-de-contribuio no a mesma do reajuste do salrio mnimo, mas a da concesso do benefcio. Gabarito: D

11. Em janeiro de 2011, estando no 7 ms de gestao, Marinete conseguiu o seu primeiro emprego como empregada domstica, com salrio mensal de R$5.000,00. No ms seguinte, o filho que Marinete esperava nasceu morto. Nessa situao, (A) Marinete receber o salrio-maternidade durante 120 dias, sendo R$5.000,00 o valor mensal do benefcio. (B) Marinete receber o salrio-maternidade durante 120 dias, sendo R$3.689,66 o

valor mensal do benefcio. (C) Marinete receber o salrio-maternidade durante 120 dias, sendo um salrio mnimo o valor mensal do benefcio. (D) Marinete receber o salrio-maternidade durante duas semanas. (E) Marinete no ter direito ao salrio-maternidade, pois no cumpriu o perodo de carncia. Comentrios 1) Marinete segurada empregada domstica (Lei n 8.213/91, art. 11, II); 2) Para a empregada domstica, a concesso do salrio-maternidade independe de carncia (Lei n 8.213/91, art. 26, VI); 3) Para fins de concesso de salrio-maternidade, considera-se parto o evento ocorrido a partir da 23 semana (6 ms) de gestao, inclusive em caso de natimorto (IN INSS n 45/2010, art. 294, 3). Assim, na questo ora comentada, apesar de a criana ter nascido morta, Marinete no abortou. Marinete pariu, pois o evento ocorreu no 8 ms de gestao. 4) Quando o fato gerador do salrio-maternidade for o parto, o benefcio ser devido segurada durante 120 dias (Lei n 8.213/91, art. 71); 5) Para a segurada empregada domstica, o salrio-maternidade consistir em um valor correspondente ao do seu ltimo salrio-de-contribuio (Lei n 8.213/91, art. 73, I); 6) A ltima remunerao da Marinete foi R$ 5.000,00. Assim, o seu ltimo salrio-decontribuio foi R$ 3.689,66 (atual limite mximo do salrio-de-contribuio); 7) Diante do exposto, conclui-se que Marinete receber o salrio-maternidade durante 120 dias, sendo R$3.689,66 o valor mensal do benefcio. Gabarito: B

12. Golias, um ms depois de conseguir seu 1 emprego, cometeu crime, sendo condenado a 20 anos de recluso. Onze meses aps o livramento, Golias, desempregado, sofreu acidente que o deixou incapacitado para o trabalho por mais de 15 dias consecutivos. Nessa situao, A) Golias ter direito ao recebimento de auxlio-doena. B) Golias no ter direito ao auxlio-doena, pois no cumpriu o perodo de carncia. C) Golias no ter direito ao auxlio-doena, pois j perdeu a qualidade de segurado. D) Golias receber auxlio-doena apenas por um perodo de 30 dias, pois no ms seguinte, se no recolher contribuies, perder a qualidade de segurado. E) Como se trata de acidente, Golias ter direito ao auxlio-doena, independentemente de realizao de percia mdica. Comentrios 1) O segurado detido ou recluso mantm a qualidade de segurado, independentemente de

contribuies, at 12 meses aps o livramento (Lei n 8.213/91, art. 15, IV); 2) Assim, na data em que sofreu o acidente, Golias estava com a qualidade de segurado mantida (ele estava no perodo de graa); 3) Nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa, a concesso de auxlio-doena independe de carncia (Lei n 8.213/91, art. 26, II); 4) Enquanto estiver em gozo de auxlio-doena, Golias estar com a qualidade de segurado mantida (Lei n 8.213/91, art. 15, I); 5) O auxlio-doena ser devido ao segurado enquanto ele permanecer incapaz (Lei n 8.213/91, art. 60); 6) O Perito Mdico Previdencirio emitir parecer tcnico na avaliao dos benefcios por incapacidade. Auxlio-doena um benefcio por incapacidade. Assim, o direito ao benefcio de auxlio-doena, inclusive o decorrente de acidente, dever ser analisado com base no parecer tcnico do Perito Mdico Previdencirio. 7) Diante do exposto, conclui-se que Golias ter direito ao recebimento de auxlio-doena. Gabarito: A 11. Em janeiro de 2011, estando no 7 ms de gestao, Marinete conseguiu o seu primeiro emprego como empregada domstica, com salrio mensal de R$5.000,00. No ms seguinte, o filho que Marinete esperava nasceu morto. Nessa situao, (A) Marinete receber o salrio-maternidade durante 120 dias, sendo R$5.000,00 o valor mensal do benefcio. (B) Marinete receber o salrio-maternidade durante 120 dias, sendo R$3.689,66 o valor mensal do benefcio. (C) Marinete receber o salrio-maternidade durante 120 dias, sendo um salrio mnimo o valor mensal do benefcio. (D) Marinete receber o salrio-maternidade durante duas semanas. (E) Marinete no ter direito ao salrio-maternidade, pois no cumpriu o perodo de carncia. Comentrios 1) Marinete segurada empregada domstica (Lei n 8.213/91, art. 11, II); 2) Para a empregada domstica, a concesso do salrio-maternidade independe de carncia (Lei n 8.213/91, art. 26, VI); 3) Para fins de concesso de salrio-maternidade, considera-se parto o evento ocorrido a partir da 23 semana (6 ms) de gestao, inclusive em caso de natimorto (IN INSS n 45/2010, art. 294, 3). Assim, na questo ora comentada, apesar de a criana ter nascido morta, Marinete no abortou. Marinete pariu, pois o evento ocorreu no 8 ms de gestao. 4) Quando o fato gerador do salrio-maternidade for o parto, o benefcio ser devido

segurada durante 120 dias (Lei n 8.213/91, art. 71); 5) Para a segurada empregada domstica, o salrio-maternidade consistir em um valor correspondente ao do seu ltimo salrio-de-contribuio (Lei n 8.213/91, art. 73, I); 6) A ltima remunerao da Marinete foi R$ 5.000,00. Assim, o seu ltimo salrio-decontribuio foi R$ 3.689,66 (atual limite mximo do salrio-de-contribuio); 7) Diante do exposto, conclui-se que Marinete receber o salrio-maternidade durante 120 dias, sendo R$3.689,66 o valor mensal do benefcio. Gabarito: B

13. Pablo peruano, mas tem residncia permanente na Bolvia e l trabalha como empregado de uma agncia de um banco constitudo sob as leis brasileiras que tem sede e administrao no Brasil. Nessa situao, (A) Pablo segurado obrigatrio do RGPS, na condio de empregado. (B) Pablo segurado obrigatrio do RGPS, na condio de empregado, desde que seu contrato de trabalho tenha sido celebrado no Brasil. (C) Pablo no segurado obrigatrio do RGPS. (D) Pablo segurado obrigatrio do RGPS, como contribuinte individual. (E) Pablo segurado obrigatrio do RGPS, como empregado, salvo se segurado na forma da legislao vigente do pas do domiclio. Comentrios Primeiramente, transcrevo os dispositivos da Lei 8.213/91 e do Regulamento da previdncia social que tratam do tema em tela: Lei 8.213/91

Art. 11. So segurados obrigatrios da Previdncia Social as seguintes pessoas fsicas: I - como empregado: [...] c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agncia de empresa nacional no exterior;Regulamento da Previdncia Social

Art. 9. So segurados obrigatrios da previdncia social as seguintes pessoas fsicas: I - como empregado: [...] c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado no exterior, em sucursal ou agncia de empresa constituda sob as leis brasileiras e que tenha sede e administrao no Pas;Na questo em tela, temos o caso de um estrangeiro que trabalha no exterior como empregado de uma agncia de uma empresa constituda sob as leis brasileiras que tem sede e administrao no Brasil. Nesse caso, para que o trabalhador estrangeiro seja segurado do RGPS imprescindvel que ele seja domiciliado no Brasil e que tenha sido contratado no Brasil.

O domiclio da pessoa natural o lugar onde ela estabelece a sua residncia com nimo definitivo (Cdigo Civil, art. 70). O enunciado da questo informa que Pablo peruano, tem residncia permanente na Bolvia e trabalha na Bolvia. Assim, ainda que tenha sido contratado no Brasil, Pablo no amparado pelo RGPS, pois no tem domiclio no Brasil. Gabarito: C

14. Solineuza, dois meses depois de conseguir o seu primeiro emprego, na condio de empregada domstica, adotou uma criana de 10 anos de idade. Nessa situao, (A) Solineuza no ter direito ao salrio-maternidade, pois no cumpriu o perodo de carncia. (B) Solineuza receber salrio-maternidade durante o perodo de 30 dias. (C) Solineuza receber salrio-maternidade durante o perodo de 120 dias. (D) Solineuza no ter direito ao salrio-maternidade, em razo da idade da criana por ela adotada. (E) Solineuza no ter direito ao salrio-maternidade, pois este benefcio no concedido s empregadas domsticas. Comentrios Alternativa A - para empregada domstica, a concesso do salrio-maternidade independe de carncia (Lei 8.213/91, art. 26, VI). Alternativas B, C e D - segurada da Previdncia Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoo de criana devido salrio-maternidade pelo perodo de 120 (cento e vinte) dias, se a criana tiver at 1(um) ano de idade, de 60 (sessenta) dias, se a criana tiver entre 1 (um) e 4 (quatro) anos de idade, e de 30 (trinta) dias, se a criana tiver de 4 (quatro) a 8 (oito) anos de idade (Lei 8.213/91, art. 71-A). Assim, se a criana adotada tiver mais de 8 (oito) anos de idade, a segurada adotante no ter direito ao recebimento do salriomaternidade. Alternativa E - O salrio-maternidade devido a todas as seguradas do RGPS (Lei 8.213/91, arts. 71 a 73). Gabarito: D 15. No perodo de 04/1997 a 05/2008, Joana trabalhou como empregada da empresa Alfa. Desde 06/2008, ela est, comprovadamente, desempregada. Em 03/2011, ela sofreu um acidente e ficou incapacitada para o seu trabalho por mais de 15 dias consecutivos. Nessa situao, (A) Joana no ter direito ao auxlio-doena, pois j perdeu a qualidade de segurada. (B) Joana ter direito ao auxlio-doena, pois a perda da qualidade de segurado no ser considerada para a concesso deste benefcio. (C) Joana no ter direito ao auxlio-doena, pois este benefcio somente ser concedido enquanto existir relao de emprego.

(D) Joana ter direito ao auxlio-doena, pois est no perodo de graa. (E) Joana ter direito ao auxlio-acidente a partir da data do acidente.

Comentrios Alternativa A - Conforme a Lei 8.213/91, art. 15, II, mantm a qualidade de segurado, independentemente de contribuies, at 12 (doze) meses aps a cessao das contribuies, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdncia Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remunerao. Este prazo ser prorrogado para at 24 meses, se o segurado j tiver pago mais de 120 contribuies mensais sem interrupo que acarrete a perda da qualidade de segurado (Lei 8.213, art. 15, pargrafo 1). Estes dois prazos (12 ou 24 meses) sero acrescidos de mais 12 meses para o segurado que comprove estar desempregado (Lei 8.213/91, art. 15, pargrafo 2). Na situao hipottica em exame, Joana j conta com mais de 120 contribuies mensais e, comprovadamente, est desempregada. Assim, seu perodo de graa de 36 meses. Na data em que sofreu o acidente, fazia 33 meses que ela havia deixado de exercer atividade remunerada. Portanto, na data do acidente, Joana estava no perodo de graa, ou seja, estava com a qualidade de segurada mantida. Alternativa B - Para ter direito ao recebimento do auxlio-doena imprescindvel que o beneficirio esteja com a qualidade de segurado mantida (Lei 8.213/91, art. 102). Alternativa C - Durante o perodo de graa, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdncia Social (Lei 8.213/91, art. 15, pargrafo 3). Assim, para receber auxliodoena no necessria a existncia de relao de emprego. Alternativa D - Como foi visto nos comentrios da alternativa A, na data do acidente, Joana estava no perodo de graa, ou seja, estava com a qualidade de segurada mantida. Em decorrncia do acidente, ela ficou incapacitada para o seu trabalho por mais de 15 dias consecutivos. Assim, Joana ter direito ao auxlio-doena (Lei 8.213/91, art. 59). Alternativa E - A partir da data do acidente, o benefcio que Joana ter direito ser o auxliodoena, e no o auxlio-acidente. Contudo, se aps a consolidao das leses decorrentes de acidente, resultarem seqelas que impliquem reduo da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia, ela ter direito ao auxlio-acidente (Lei 8.213/91, art. 86). Gabarito: D

16. Acerca da evoluo histrica e dos princpios constitucionais da seguridade social, assinale a opo correta. (A) Antes do Decreto Legislativo 4.682, de 24/1/1923, conhecido como Lei Eloy Chaves, no existia nenhuma legislao em matria previdenciria no Brasil. Por esse motivo, o dia 24 de janeiro considerado oficialmente o dia da previdncia social. (B) Com a criao do INSS, foram unificados, nessa autarquia federal todos os Institutos de Aposentadorias e Penses ento existentes no Brasil. (C) Entre os princpios da seguridade social incluem-se a universalidade da cobertura e do atendimento; uniformidade e equivalncia dos benefcios e servios s populaes urbanas e rurais; e a descentralizao, com direo nica em cada

esfera de governo. (D) A equidade na forma de participao no custeio princpio constitucional da seguridade social, mas as entidades beneficentes de assistncia social que atendam s exigncias estabelecidas em lei so isentas de contribuio para a seguridade social. (E) A previdncia social, por seu carter necessariamente contributivo, no est inserida no sistema constitucional da seguridade social. Comentrios Alternativa A - Apesar de no ser o primeiro diploma legal sobre assuntos securitrios, (j havia o Decreto-legislativo 3.724/19, sobre o seguro obrigatrio de acidente do trabalho), devido ao desenvolvimento posterior da previdncia e a estrutura interna da Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo 4.682, de 24-1-1923), ficou esta conhecida como marco inicial da previdncia social brasileira. Esta Lei instituiu as Caixas de Aposentadoria e Penses (CAP's) para os ferrovirios. Assegurava, para esses trabalhadores, os benefcios de aposentadoria por invalidez, aposentadoria ordinria (equivalente atual aposentadoria por tempo de contribuio), penso por morte e assistncia mdica. Os beneficirios eram os empregados e diaristas que executavam servios de carter permanente nas empresas de estrada de ferro existentes no Pas. Os regimes das CAP's eram organizados por empresa, mediante contribuies dos trabalhadores, das empresas do ramo e do Estado. Atualmente, comemora-se o aniversrio da previdncia social brasileira no dia 24 de janeiro, em aluso Lei Eloy Chaves. Mas antes da Lei Eloy Chaves, alm do Decreto-legislativo 3.724/19, j havia tambm algumas leis concedendo aposentadorias para algumas categorias de trabalhadores (professores, empregados dos Correios, servidores pblicos etc.). Assim, no correto afirmar que antes da Lei Eloy Chaves, no existia nenhuma legislao em matria previdenciria no Brasil. Alternativa B - At 1930, a tendncia era os regimes previdencirios se organizarem por empresa. A partir daquele ano, no entanto, o sistema passou a se organizar em torno de categorias profissionais. Seguindo essa orientao, em 1933, o Decreto 22.872 criou o Instituto de Aposentadoria e Penses dos Martimos (IAPM); em 1934, o Decreto 24.273 criou o Instituto de Aposentadorias e Penses dos Comercirios (IAPC); o Decreto 24.615/34 criou o Instituto de Aposentadorias e Penses dos Bancrios (IAPB); a Lei 367/36, criou o Instituto de Aposentadoria e Penses dos Industririos (IAPI); o Decreto 775/38, criou o Instituto de Aposentadoria e Penses dos Empregados em Transportes e Cargas (IAPTC). Em 1967 foram unificados os Institutos de Aposentadorias e Penses, com o surgimento do INPS. Em 1990, foi criado o INSS, mediante a fuso do IAPAS com o INPS. O INPS (Instituto Nacional de Previdncia Social) tratava da concesso e manuteno dos benefcios. O IAPAS (Instituto de Administrao Financeira da Previdncia Social) cuidava da arrecadao, da fiscalizao e da cobrana das contribuies previdencirias. Inicialmente, o INSS acumulou as funes que eram da competncia do INPS e IAPAS (concesso de benefcios, arrecadao, da fiscalizao e da cobrana das contribuies previdencirias). Com o advento da Lei 11.457/2007, a Receita Federal passou a ser responsvel pela arrecadao, fiscalizao e cobrana das contribuies previdencirias, ficando o INSS apenas com responsabilidade de conceder benefcios. Veja, portanto, que o INSS no resultado da unificao de todos os Institutos de Aposentadorias e Penses ento existentes no Brasil. Na verdade, o INSS resultado da fuso do IAPAS com o INPS.

Alternativa C - Os princpios constitucionais da seguridade social, enumerados no pargrafo nico do art. 194 da Constituio Federal, so os seguintes:

I - universalidade da cobertura e do atendimento; II - uniformidade e equivalncia dos benefcios e servios s populaes urbanas e rurais; III - seletividade e distributividade na prestao dos benefcios e servios; IV - irredutibilidade do valor dos benefcios; V - eqidade na forma de participao no custeio; VI - diversidade da base de financiamento; VII - carter democrtico e descentralizado da administrao, mediante gesto quadripartite, com participao dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos rgos colegiados.Tais princpios regem no s a previdncia social, mas a seguridade social com um todo, que compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa dos Poderes Pblicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos sade, previdncia e assistncia social (CF, art. 194, caput). "Descentralizao, com direo nica em cada esfera de governo" uma das diretrizes do sistema nico de sade (CF, art. 198, I). Portanto, este no um princpio da seguridade social, nem da previdncia social, mas da sade. Alternativa D - A equidade na forma de participao no custeio um dos princpios constitucionais da seguridade social (CF, art. 194, pargrafo nico, V). De acordo com este princpio, quem tem maior capacidade econmica ir contribuir com mais; quem tem menor capacidade contribuir com menos. Conforme o art. 195, pargrafo 7, da Constituio Federal, "so isentas de contribuio para a seguridade social as entidades beneficentes de assistncia social que atendam s exigncias estabelecidas em lei". Atualmente, a iseno das entidades beneficentes de assistncia social regulamentada pela Lei 12.101/2009. Alternativa E - Conforme o art. 194 da Constituio Federal, "a seguridade social compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa dos Poderes Pblicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos sade, previdncia e assistncia social". Assim, a seguridade social o gnero do qual so espcies a Previdncia Social, a Assistncia Social e a Sade. Gabarito: D

17. A RESPEITO DA BASE DE INCIDNCIA DAS CONTRIBUIES PREVIDENCIRIAS, ASSINALE A OPO CORRETA. (A) A contribuio previdenciria do empregador domstico de 12% (doze por cento) da remunerao do empregado domstico a seu servio. (B) O dcimo terceiro salrio (gratificao natalina) integra o salrio-decontribuio, inclusive para o clculo de benefcio.

(C) O fato de o salrio-maternidade ser custeado pelos cofres da Previdncia Social no exime o empregador da obrigao tributria relativamente contribuio previdenciria incidente sobre o valor deste benefcio. (D) Esto includas como fontes de receitas da seguridade social as contribuies sociais do trabalhador e dos demais segurados da previdncia social, no incidindo contribuio sobre aposentadoria e penso concedidas pelo regime prprio de previdncia. (E) O auxlio-acidente no integra o salrio-de-contribuio para nenhuma finalidade. Comentrios Alternativa A - De acordo com o art. 24 da Lei 8.212/91, a contribuio do empregador domstico de 12% (doze por cento) do salrio-de-contribuio do empregado domstico a seu servio. Atente-se para o fato de que a base de clculo da contribuio do empregador domstico no a remunerao paga ao empregado domstico, e sim o salrio-de-contribuio do empregado domstico. Se, por exemplo, a empregada domstica tem uma remunerao mensal de R$5.000,00, a contribuio do empregador domstico ser de R$442,76 (que corresponde a 12% de R$3.689,66). A contribuio que o empregador domstico descontar da empregada domstica ser de R$405,86 (que corresponde a 11% de R$3.689,66). Neste caso, o empregador domstico recolher aos cofres da Previdncia Social, at o dia 15 do ms seguinte, o valor de R$848,62 (que corresponde soma das duas contribuies). Alternativa B - De acordo com o pargrafo stimo do art. 28 da Lei 8.212/91, o dcimo terceiro salrio (gratificao natalina) integra o salrio-de-contribuio, exceto para o clculo de benefcio. Assim, no PARA TODOS OS FINS que o dcimo terceiro integra o salrio-decontribuio. Para fins de clculo de benefcio, o dcimo terceiro salrio no integra o salriode-contribuio. Alternativa C - Salrio-maternidade o benefcio devido segurada da Previdncia Social em funo do parto, de aborto no-criminoso, da adoo ou da guarda judicial obtida para fins de adoo de criana pelo perodo estabelecido em lei, conforme o motivo da licena. O salrio-maternidade considerado salrio-de-contribuio (Lei 8.212, art. 28, pargrafo segundo), sendo o nico benefcio do RGPS que sofre a incidncia da contribuio previdenciria. Alternativa D - No incide contribuio previdenciria sobre os proventos de aposentadoria e penso concedidas pelo regime geral de previdncia social (CF, art. 195, II). Contudo, incidir contribuio sobre os proventos de aposentadorias e penses concedidas pelo regime prprio de previdncia social que superem o limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos (CF, art. 40, pargrafo 18). Alternativa E - De acordo com o art. 31 da Lei 8.213/91, o valor mensal do auxlio-acidente integra o salrio-de-contribuio, para fins de clculo do salrio-de-benefcio de qualquer

aposentadoria. Mas para fins de clculo da contribuio previdenciria, o auxlio-acidente no integra o salrio-de-contribuio (Lei 8.212/91, art. 28, pargrafo nono, "a"). Para efeito de clculo de contribuio previdenciria, o nico benefcio do RGPS que integra o salrio-decontribuio o salrio-maternidade.

De acordo com as lies de Celso Antnio Bandeira de Mello, princpio , por definio, mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposio fundamental que se irradia sobre diferentes normas compondo-lhes o esprito e servindo de critrio para sua exata compreenso e inteligncia exatamente por definir a lgica e a racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a tnica e lhe d sentido harmnico. o conhecimento dos princpios que preside a inteleco das diferentes partes componentes do todo unitrio que h por nome sistema jurdico positivo. Os princpios da seguridade social encontram-se em vrios dispositivos da Constituio Federal. , porm, no pargrafo nico do art. 194 da Constituio onde est inserida a maioria desses princpios. Embora esse dispositivo constitucional utilize a expresso objetivos, na verdade, esto enumerados ali verdadeiros princpios constitucionais tanto assim que a Lei n 8.212/91, art. 1, pargrafo nico, denomina-os de princpios e diretrizes. Passaremos a comentar alguns dos princpios constitucionais da seguridade social com base na anlise de uma questo elaborada pela ESAF, referente prova de Direito Previdencirio aplicada em 12/02/2006 para o cargo de Procurador da Fazenda Nacional. Vejamos a questo: 18. Quanto aos princpios constitucionais da Seguridade Social, correto afirmar: a) a universalidade da cobertura e do atendimento significa a cobertura de todos os riscos, chamados riscos sociais, que podem atingir as pessoas que vivem em sociedade e que todos os residentes e domiciliados no territrio nacional brasileiros e estrangeiros devem ser atendidos pelo Sistema de Seguridade Social. b) a seletividade refere-se escolha dos beneficirios que sero atendidos pelo Sistema da Seguridade Social, enquanto que a distributividade define o papel de distribuio efetiva de renda reconhecido Seguridade Social. c) o princpio da irredutibilidade do valor dos benefcios, segundo a orientao do Supremo Tribunal Federal, significa a irredutibilidade do valor real, protegendo-os do fenmeno inflacionrio. d) o princpio da uniformidade e equivalncia dos benefcios e servios s populaes urbanas e rurais no abrange o valor econmico dos benefcios do trabalhador rural, que podem ser menores em razo das caractersticas do trabalho desenvolvido, conforme legislao prpria. e) a garantia do carter democrtico e descentralizado da administrao o princpio materializado na gesto tripartite empregadores, aposentados e Governo nos rgos colegiados.

Comentrios Alternativa A (certa) Por universalidade da cobertura entende-se que a proteo social deve alcanar todos os riscos sociais. A universalidade do atendimento tem por objetivo tornar a seguridade social acessvel a todas as pessoas residentes no pas, inclusive estrangeiras. Com relao sade, esse princpio aplicado sem nenhuma restrio. No tocante assistncia social, ser aplicado para todas aquelas pessoas que necessitem de suas prestaes. E no

tocante previdncia social, por ter carter contributivo, todos, desde que contribuam para o sistema, podem participar. Para atender a esse princpio constitucional, foi criada, no regime geral de previdncia social, a figura do segurado facultativo. Assim, todos, mesmo que no exeram atividade remunerada, tm a cobertura previdenciria para tanto, necessrio contribuir para o sistema previdencirio. Alternativa B (errada) A seletividade atua na delimitao do rol de prestaes, ou seja, na escolha dos benefcios e servios a serem mantidos pela seguridade social, enquanto a distributividade direciona a atuao do sistema protetivo para as pessoas com maior necessidade, definindo o grau de proteo. Alternativa C (errada) Com o princpio da irredutibilidade (CF, art. 194, pargrafo nico, IV), busca-se impedir a reduo dos valores nominais dos benefcios previdencirios ou assistenciais. Uma vez definido o valor do benefcio, este no pode ser reduzido nominalmente, salvo se houver erro na sua concesso. Em relao aos benefcios previdencirios, alm da irredutibilidade do valor nominal, o 4 do art. 201 da Constituio Federal assegura o reajustamento dos benefcios para preservar-lhes, em carter permanente, o valor real, conforme critrios definidos em lei. O Supremo Tribunal j fixou o entendimento de que a Constituio Federal assegurou to somente o direito ao reajuste do benefcio previdencirio, atribuindo ao legislador ordinrio a fixao de critrios para a preservao de seu valor real o que foi implementado pelas Leis n 8.212 e 8.213/91 (STF, RE 459.794, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 30/09/2005). Atualmente, o valor dos benefcios em manuteno ser reajustado, anualmente, na mesma data do reajuste do salrio mnimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de incio ou do ltimo reajustamento, com base no ndice Nacional de Preos ao Consumidor INPC, apurado pela Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE (Lei n 8.213/91, art. 41A, caput). A adoo do INPC, como ndice de reajuste dos benefcios previdencirios, no ofende a norma do art. 201, 4, da Carta de Outubro (STF, RE 376.145, Rel. Min. Carlos Britto, DJ 28/11/2003). Alternativa D (errada) A uniformidade igualdade quanto ao aspecto objetivo, ou seja, no que se refere s contingncias que iro ser cobertas. A equivalncia refere-se ao valor pecunirio dos benefcios ou qualidade dos servios. Quanto equivalncia dos benefcios, o princpio constitucional impede que sejam aprioristicamente estabelecidos critrios diferentes para o clculo do valor do benefcio dos trabalhadores urbanos e rurais. Todavia, a renda mensal do benefcio de cada trabalhador depender de uma srie de fatores como tempo de contribuio, valor dos salrios-decontribuio, idade, expectativa de sobrevida etc. Alternativa E (errada) A gesto da Seguridade Social ocorre de forma quadripartite, com participao dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos rgos colegiados (CF, art. 194, pargrafo nico, VII). Gabarito: A