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tributarioparaconcursos.wordpress.com Direito Tributário – Questões Resolvidas – ICMS/SP (Parte 3) Página 1 1) PROCURADOR LEGISLATIVO – CÂMARA DE SÃO PAULO/SP - 2014 O exercício da competência constitucional tributária (A) é atribuído constitucionalmente para os entes federados, suas autarquias e fundações. (B) é atribuído constitucionalmente para os entes federados, que podem delegá-la às suas autarquias e fundações, para os fatos geradores relacionados com suas funções. (C) se manifesta através da criação de leis instituidoras e modificadoras de tributos, bem assim de leis que disciplinam as causas de exclusão, suspensão e extinção do crédito tributário. (D) somente se delega através de lei específica do ente federado que é competente para a instituição do tributo. (E) pode ser renunciado pelo ente federado, bem assim delegado por lei a outro ente, desde que por meio de lei complementar. Competência tributária é o poder outorgado pela Constituição aos entes políticos para instituir tributos. Há que se fazer a distinção entre competência tributária e competência para legislar sobre direito tributário. A primeira, como explicado, diz respeito à instituição de tributos. A segunda, de caráter mais geral, indica a competência de cada ente federativo para editar leis que tratem de matéria tributária. Tomando-se a lição do mestre Ricardo Alexandre (Direito Tributário Esquematizado, Editora Método), foi exercendo a competência para legislar sobre direito tributário que a União editou o CTN, lei de normas gerais em direito tributário. Mas foi exercendo a competência tributária que ela (União) instituiu o imposto de renda e as contribuições para a seguridade social, entre outros tributos. Letra A: INCORRETA. A competência tributária é atribuída apenas aos entes federados, e não às suas autarquias e fundações. Letra B: INCORRETA. Nos termos do artigo 7º do CTN, “a competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra”. Ou seja, a regra é a indelegabilidade da competência tributária. A parte delegável (funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, etc) é a chamada capacidade tributária ativa. Letra C: CORRETA. Embora essa alternativa tenha sido dada como gabarito, vejo imprecisões em seu texto. Competência tributária é tão somente o poder para instituir tributos. Claro que daí decorre também o poder para editar leis que disponham sobre outros aspectos tributários, como isenções de tributos, por exemplo. Mas aí já adentramos o espaço da competência para legislar sobre direito tributário. Certamente que as outras alternativas estão bem mais erradas que essa, e não estamos aqui para brigar com a prova! Letra D: INCORRETA. A regra é a indelegabilidade da competência tributária. Letra E: INCORRETA. A competência tributária é outorgada pela própria Constituição, que não deixou margem para

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1) PROCURADOR LEGISLATIVO – CÂMARA DE SÃO PAULO/SP - 2014

O exercício da competência constitucional tributária

(A) é atribuído constitucionalmente para os entes federados, suas autarquias e fundações.

(B) é atribuído constitucionalmente para os entes federados, que podem delegá-la às suas autarquias e fundações, para os fatos geradores relacionados com suas funções.

(C) se manifesta através da criação de leis instituidoras e modificadoras de tributos, bem assim de leis que disciplinam as causas de exclusão, suspensão e extinção do crédito tributário.

(D) somente se delega através de lei específica do ente federado que é competente para a instituição do tributo.

(E) pode ser renunciado pelo ente federado, bem assim delegado por lei a outro ente, desde que por meio de lei complementar.

Competência tributária é o poder outorgado pela Constituição aos entes políticos para instituir tributos. Há que se fazer a distinção entre competência tributária e competência para legislar sobre direito tributário. A primeira, como explicado, diz respeito à instituição de tributos. A segunda, de caráter mais geral, indica a competência de cada ente federativo para editar leis que tratem de matéria tributária.

Tomando-se a lição do mestre Ricardo Alexandre (Direito Tributário Esquematizado, Editora Método), foi exercendo a competência para legislar sobre direito tributário que a União editou

o CTN, lei de normas gerais em direito tributário. Mas foi exercendo a competência tributária que ela (União) instituiu o imposto de renda e as contribuições para a seguridade social, entre outros tributos.

Letra A: INCORRETA. A competência tributária é atribuída apenas aos entes federados, e não às suas autarquias e fundações.

Letra B: INCORRETA. Nos termos do artigo 7º do CTN, “a competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra”. Ou seja, a regra é a indelegabilidade da competência tributária. A parte delegável (funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, etc) é a chamada capacidade tributária ativa.

Letra C: CORRETA. Embora essa alternativa tenha sido dada como gabarito, vejo imprecisões em seu texto. Competência tributária é tão somente o poder para instituir tributos. Claro que daí decorre também o poder para editar leis que disponham sobre outros aspectos tributários, como isenções de tributos, por exemplo. Mas aí já adentramos o espaço da competência para legislar sobre direito tributário. Certamente que as outras alternativas estão bem mais erradas que essa, e não estamos aqui para brigar com a prova!

Letra D: INCORRETA. A regra é a indelegabilidade da competência tributária.

Letra E: INCORRETA. A competência tributária é outorgada pela própria Constituição, que não deixou margem para

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que o ente político renuncie a esse poder ou o delegue a outra pessoa política. A não instituição de determinado tributo não deve ser confundida com renúncia de competência. Nesse caso, o ente federativo detém a competência, mas por razões de conveniência e oportunidade decide não exercê-la. É o caso do imposto sobre grandes fortunas, cuja competência é da União, mas que nunca foi instituído.

GABARITO: C

2) AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL – PREF. RECIFE/PE – FGV – 2014

Com relação à competência tributária, assinale a afirmativa correta.

(A) Permite que uma pessoa jurídica de direito público delegue a outra a atribuição de executar leis em matéria tributária, conforme a legislação.

(B) Significa que todos os entes políticos que compõem a Federação estão dotados de competência legislativa plena.

(C) Representa o poder que é outorgado pela Constituição Federal para a criação de tributos a todos os entes administrativos de direito público.

(D) Admite a delegação da administração dos tributos, porém não confere ao delegatário as garantias e privilégios do poder delegante.

(E) Autoriza que pessoa jurídica de direito público possa exercer, em caráter residual, a competência conferida a outrem que, entretanto, não a exerce.

Letra A: CORRETA. Inteligência do artigo 7º do CTN:

Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções

de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.

Letra B: INCORRETA. Nos termos do artigo 6º do CTN, “a atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena”. Ou seja, a competência legislativa plena decorre da competência tributária. Mas não podemos afirmar que esse é o significado de competência tributária, que quer dizer tão somente o poder constitucional que cada ente federado tem para instituir tributos.

Letra C: INCORRETA. A Constituição atribui competência tributária apenas aos entes políticos (União, Estados, DF e Municípios) e não a todos os entes administrativos de direito público.

Letra D: INCORRETA. A delegação administrativa dos tributos é uma ressalva à indelegabilidade da competência tributária, nos termos do artigo 7º do CTN, transcrito acima. O § 1º desse mesmo artigo explicita que a delegação dessas funções administrativas “compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir”.

Letra E: INCORRETA. Inteligência do artigo 8º do CTN:

Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído.

GABARITO: A

3) AUDITOR – ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DA BAHIA – FGV – 2014

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Com referência à competência tributária, assinale a afirmativa correta.

(A) Limita‐se à esfera legislativa e é plena para todos os entes políticos.

(B) É plena nas esferas legislativa, administrativa e de julgar para todos os entes políticos.

(C) À União cabe a competência tributária plena, sendo limitada para Estados e Municípios.

(D) No caso da União, está restrita à possibilidade de editar normas gerais de direito tributário.

(E) Aos Estados e Municípios cabe a competência plena na esfera legislativa.

Letra A: CORRETA. Os entes federativos exercem a competência tributária instituindo tributos. A instituição de tributos deve observar a legalidade estrita, ou seja, só pode se realizar por meio de lei. Assim, é correto dizer que a competência tributária limita-se à esfera legislativa. Ainda, nos termos do artigo 6º do CTN, a competência tributária compreende a competência legislativa plena.

Letra B: INCORRETA. Embora o Executivo e o Judiciário também participem do processo de instituição de tributos (o primeiro com a iniciativa do projeto de lei e o veto de dispositivos após as discussões do Congresso, e o segundo afastando dispositivos por ilegalidade ou inconstitucionalidade), a instituição de tributos é operacionalizada pelo Legislativo.

Letra C: INCORRETA. A competência tributária é plena para todos os entes federados.

Letra D: INCORRETA. No caso da União, a competência tributária diz respeito à instituição de todos os tributos que a Constituição lhe permite. A atribuição constitucional para a União editar normas gerais de direito tributário decorre da competência concorrente (CF/88, art. 24, I)

Letra E: INCORRETA. Em minha opinião, essa alternativa também está correta, já que os Estados e Municípios detêm competência tributária e essa competência é plena na esfera legislativa. Talvez o examinador esteja se referindo à competência legislativa concorrente, em que cabe à União editar normas gerais e aos Estados e Municípios editar normas específicas. Apenas quando a União deixa de editar a norma geral é que as outras pessoas políticas adquirem competência legislativa plena para tratar de matéria tributária.

GABARITO: A

4) ANALISTA DE COMÉRCIO EXTERIOR – MDIC – ESAF – 2012

Competência Tributária é a parcela de poder fiscal que as pessoas políticas que compõem a Federação recebem diretamente da Constituição para instituir, cobrar e administrar os tributos a ela atribuídos. Sobre a Competência Tributária, julgue os itens abaixo, e em seguida assinale a opção correspondente.

I. Embora tal competência seja indelegável, a lei permite a delegação das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos a outras pessoas jurídicas de direito público.

II. O produto da arrecadação do Imposto de Renda retido na fonte dos servidores estaduais e municipais, embora pertença aos respectivos Estados e Municípios, não

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retira da União sua competência legislativa e regulamentadora em relação a este tributo, tampouco as funções de fiscalizar e exigir o pagamento quando não tenha havido retenção.

III. A mesma pessoa política detentora da competência de instituir, arrecadar e administrar determinado tributo é também aquela competente para conceder isenções dele, sem exceções.

IV. O não exercício da competência tributária por determinada pessoa política autoriza a União a exercitar tal competência.

(A) Há apenas um item correto.

(B) Há apenas dois itens corretos.

(C) Há apenas três itens corretos.

(D) Todos os itens estão corretos.

(E) Todos os itens estão incorretos.

Item I: CORRETO, nos termos do artigo 7º do CTN, transcrito nos comentários da questão 2.

Item II: CORRETO. A Constituição, de fato, determina que a arrecadação do IR retido na fonte de servidores estaduais e municipais pertence aos respectivos entes que empregam esses servidores (CF/88, arts. 157, I e 158, I). Trata-se de técnica de repartição tributária que visa a preservar e fortalecer o pacto federativo. Embora o dispositivo constitucional indique a destinação dos recursos arrecadados, ele não retira da União a sua competência originária em relação ao tributo. Tal é a inteligência do artigo 6º, § único, do CTN:

Parágrafo único. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público

pertencerá à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos.

Item III: INCORRETO. A regra é a vedação às isenções heterônomas. Entretanto, o texto constitucional traz duas exceções a essa regra (CF/88, arts. 156, § 3º, II e 155, § 2º, XII, “e”). É facultado à União, por meio de lei complementar, desonerar os serviços exportados para o exterior do ISS, tributo de competência municipal, bem como para isentar as operações que destinem determinados serviços e mercadorias ao exterior do ICMS, tributo de competência estadual. No caso do ICMS, o dispositivo constitucional é considerado letra morta, já que com o advento da EC 42/2003, as operações que destinem quaisquer mercadorias e serviços ao exterior passaram a ser imunes.

Item IV: INCORRETO, nos termos do artigo 8º do CTN, transcrito nos comentários da questão 2.

GABARITO: B

5) ANALISTA TRIBUTÁRIO – RECEITA FEDERAL – ESAF – 2012

Analise as proposições a seguir e assinale a opção correta.

I. Se a Constituição atribuir à União a competência para instituir certa taxa e determinar que 100% de sua arrecadação pertencerá aos Estados ou ao Distrito Federal, caberá, segundo as regras de competência previstas no Código Tributário Nacional, a essas unidades federativas a competência para regular a arrecadação do tributo.

II. Embora seja indelegável a competência tributária, uma pessoa jurídica de direito público pode atribuir a outra as funções de arrecadar e fiscalizar tributos.

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III. É permitido, sem que tal seja considerado delegação de competência, cometer a uma sociedade anônima privada o encargo de arrecadar impostos.

(A) As duas primeiras afirmações são corretas, e errada a outra.

(B) A primeira é correta, sendo erradas as demais.

(C) As três são corretas.

(D) A primeira é errada, sendo corretas as demais.

(E) As três são erradas.

Item I: INCORRETO. A competência para regular a arrecadação de determinado tributo decorre da própria competência tributária. Assim, mesmo que o produto da arrecadação seja constitucionalmente direcionado a outra pessoa política, o titular da competência tributária permanece apto a regular a arrecadação desse tributo, nos termos do artigo 6º, § único, do CTN.

Item II: CORRETO, nos termos do artigo 7º, caput, do CTN, transcrito nos comentários da questão 2.

Item III: CORRETO. É o caso da delegação aos bancos privados da função de arrecadar tributos. O fundamento é extraído do art. 7º, § 3º, do CTN:

§ 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos.

GABARITO: D

6) AGENTE FISCAL DE RENDAS – SEFAZ/SP – FCC – 2009

A respeito da competência tributária, considere:

I. A competência tributária é o poder, conferido a determinado ente político, por lei complementar específica, para aumentar tributos.

II. A competência tributária é indelegável. Porém, as funções de arrecadar ou fiscalizar os tributos ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária podem ser delegadas por uma pessoa jurídica de Direito Público a outra.

III. A competência tributária, que compreende a competência legislativa e a capacidade tributária, é delegável.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I.

(B) II.

(C) III.

(D) I e II.

(E) I e III.

Item I: INCORRETO. Competência tributária é o poder outorgado aos entes políticos pela Constituição para instituir tributos.

Item II: CORRETO, nos termos do artigo 7º do CTN.

Item III: INCORRETO. A competência tributária é indelegável, mas a capacidade tributária é delegável.

GABARITO: B

7) AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL – PREF. SÃO PAULO/SP – FCC – 2007

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Relativamente à competência tributária e às funções de arrecadação e fiscalização, é correto afirmar que

(A) ambas sempre são delegáveis, dependendo de lei complementar federal.

(B) a competência é delegável de uma pessoa jurídica de direito público para outra, mas a atribuição das funções de arrecadação e de fiscalização é indelegável.

(C) a competência é indelegável de uma pessoa jurídica de direito público para outra, mas a atribuição das funções de arrecadação e de fiscalização é delegável.

(D) tanto a competência como a atribuição das funções de arrecadação e de fiscalização são indelegáveis de uma pessoa jurídica de direito público para outra.

(E) tanto a competência como a atribuição das funções de arrecadação e de fiscalização são delegáveis de uma pessoa jurídica de direito público para outra.

Letra A: INCORRETA. A competência tributária é indelegável, mas as funções de arrecadação e fiscalização são delegáveis (art. 7º, caput, do CTN).

Letra B: INCORRETA. É justamente o contrário.

Letra C: CORRETA (art. 7º, caput, do CTN).

Letra D: INCORRETA. A atribuição das funções de arrecadação e de fiscalização é delegável.

Letra E: INCORRETA. A competência tributária é indelegável.

GABARITO: C

8) ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA – TRF 2ª – FCC – 2007

No que diz respeito à competência legislativa, o Código Tributário Nacional, dentre outras situações, dispõe que,

(A) a competência tributária é sempre indelegável, abrangendo a atribuição das funções de fiscalizar tributos ou de executar leis ou serviços de natureza tributária.

(B) a atribuição da função de arrecadar tributos implica que sua revogação seja feita com prévio aviso, e por ato bilateral entre as partes.

(C) a atribuição da função de fiscalizar tributos não compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir.

(D) o não-exercício da competência tributária a defere à pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído.

(E) não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos.

Letra A: INCORRETA. A competência tributária é indelegável, mas a atribuição das funções de fiscalizar tributos ou de executar leis ou serviços de natureza tributária é delegável, nos termos do artigo 7º, caput, do CTN.

Letra B: INCORRETA. A atribuição da capacidade tributária ativa por uma pessoa política a outra pode ser revogada a qualquer tempo por ato unilateral do ente federativo que a deferiu (CTN, art. 7º, § 2º):

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§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido.

Letra C: INCORRETA. A delegação de capacidade tributária ativa confere ao ente que a recebe as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir (CTN, art. 7º, § 1º).

Letra D: INCORRETA, pois contraria o artigo 8º do CTN.

Letra E: CORRETA, nos exatos termos do artigo 7º, § 3º, do CTN, transcrito nos comentários da questão 6.

GABARITO: E

9) AUDITOR CONSELHEIRO SUBSTITUTO – TCM/GO – FCC – 2015

De acordo com a Constituição Federal, a competência tributária para instituir o ICMS é dos Estados federados e do Distrito Federal. Relativamente a este imposto e, considerando a disciplina estabelecida no Código Tributário Nacional,

(A) a atribuição da função de arrecadar o ICMS pode ser cometida à pessoa jurídica de direito privado e isso não constitui delegação de competência.

(B) os Estados não poderão delegar sua competência tributária a nenhuma outra pessoa, mas poderão delegar aos Municípios a atribuição de fiscalizá-los, não podendo essa atribuição ser revogada sem a anuência do município que recebeu essa atribuição.

(C) o não-exercício da competência tributária pelo Estado defere-a, primeiramente, à União e, caso essa

competência não seja por ela exercida, defere-a aos Municípios localizados no território do Estado que não a exerceu.

(D) a competência para legislar sobre ele é tanto dos Estados como dos Municípios que se encontram nesse Estado, em razão de uma parte do produto da arrecadação desse imposto pertencer a esses Municípios.

(E) a competência para instituir esse tributo poderá ser delegada aos Municípios localizados no território desse Estado.

Letra A: CORRETA. A atribuição da função de arrecadar o ICMS, ou qualquer outro tributo, pode ser cometida a pessoa jurídica de direito privado sem que isso constitua delegação de competência, nos termos do artigo 7º, § 3º, do CTN.

Letra B: INCORRETA. É verdade que os Estados não podem delegar sua competência tributária a outra pessoa jurídica. E é verdade também que podem delegar aos Municípios a função de fiscalizar tributos de competência estadual. Entretanto, essa atribuição pode ser revogada a qualquer tempo, sem necessidade de anuência da pessoa política que a recebeu (CTN, art. 7º, § 2º).

Letra C: INCORRETA, nos termos do artigo 8º do CTN.

Letra D: INCORRETA. A competência para legislar sobre ICMS é exclusiva dos Estados, ainda que parte do produto de sua arrecadação seja destinada aos Municípios (CTN, art. 6º, § único).

Letra E: INCORRETA. A competência tributária é indelegável.

GABARITO: A

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10) JUIZ SUBSTITUTO – TJ/GO – FCC – 2015

Considere as seguintes afirmativas:

I. A competência tributária pode ser deslocada para outro ente diante da inércia na instituição do tributo pelo ente político originalmente competente.

II. A competência se distingue da capacidade tributária ativa porque esta está relacionada à instituição do tributo e aquela à cobrança do tributo.

III. A competência tributária é fixada pela Constituição da República.

IV. A imunidade tributária significa ausência de competência do ente para instituir tributo na situação definida pela norma constitucional imunizante.

V. A competência tributária pode ser delegada por lei a outro ente político, hipótese em que se torna também o titular da capacidade tributária ativa.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) III e IV.

(B) I, II e III.

(C) III, IV e V.

(D) I e II.

(E) IV e V.

Item I: INCORRETO, nos termos do artigo 8º do CTN.

Item II: INCORRETO. A competência tributária é que está relacionada à instituição de tributos, ao passo que a capacidade tributária refere-se a atividades administrativas, como a arrecadação e a fiscalização tributárias.

Item III: CORRETO. É a Constituição que determina a competência tributária dos entes federativos.

Item IV: CORRETO. Da mesma forma que a Constituição outorga competência aos entes políticos para instituir tributos, em alguns casos ela os proíbe de cobrar tributo, imunizando determinadas pessoas ou situações. O ente então passa a ser incompetente para instituir tributos relativos a essas pessoas e situações.

Item V: INCORRETO. A competência tributária é indelegável.

GABARITO: A

11) AUDITOR-FISCAL – RECEITA FEDERAL – ESAF – 2012

Sobre competência concorrente da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, assinale a opção incorreta.

(A) A competência, privativa ou concorrente, para legislar sobre determinada matéria, não implica automaticamente a competência para a instituição de tributos.

(B) Os entes federativos somente podem instituir os impostos e as contribuições que lhes foram expressamente outorgados pela Constituição.

(C) Os Estados-membros podem instituir apenas contribuição que tenha por finalidade o custeio do regime de previdência de seus servidores.

(D) Norma que pretendesse fixar alíquota mínima igual à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos na União, para a contribuição a ser cobrada pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime

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previdenciário, seria inconstitucional por contrariar o pacto federativo.

(E) A expressão "regime previdenciário" de seus servidores, a ensejar a instituição de contribuição pelos Estados-membros, não abrange a prestação de serviços médicos, hospitalares, odontológicos e farmacêuticos.

Letra A: CORRETA. Do ponto de vista do direito constitucional, competência privativa é aquela concedida a um ente federativo para legislar sobre determinado assunto. Essa competência legislativa pode ser delegada pela pessoa que a detém a outra pessoa política. Já a competência concorrente é técnica legislativa que atribui à União a edição de normas gerais relativas a determinados assuntos e aos demais entes a edição de normas específicas sobre esses mesmos assuntos. As competências privativa e concorrente não se confundem com a competência tributária, pois esta refere-se ao poder específico para instituir tributos, enquanto aquelas referem-se a uma atribuição mais genérica para legislar sobre determinados assuntos, inclusive direito tributário, que é de competência concorrente dos entes federativos (CF/88, art. 24, I).

Letra B: CORRETA. A instituição de tributos pelos entes federativos fica adstrita àqueles previstos na Constituição. Ainda que a União venha a exercer a sua competência residual tributária para instituir novos impostos e contribuições para a seguridade social não previstos no texto constitucional, tal competência é expressa na própria Constituição (CF/88, arts. 154, I e 195, § 4º).

Letra C: CORRETA. Somente a União tem competência para instituir contribuições (exceto contribuição de melhoria, que é de

competência comum a todos os entes federativos), nos termos do artigo 149, caput, da CF/88. A única ressalva é para que Estados, DF e Municípios instituam contribuição previdenciária (espécie de contribuição social) para o custeio de regime próprio de previdência em benefício de seus servidores (CF/88, art. 149, § 1º).

Letra D: INCORRETA. Nos termos do artigo 149, § 1º, da CF/88, a alíquota da contribuição previdenciária a ser instituída por Estados, DF e Municípios para o custeio de regime próprio de previdência em benefício de seus servidores não pode ser inferior àquela praticada pela União em relação a seus servidores. Não há problema se as alíquotas estaduais forem iguais ou maiores que as da União.

Letra E: CORRETA. A seguridade social compreende ações nas áreas de saúde, previdência e assistência social (CF/88, art. 194, caput). Do ponto de vista da seguridade social, previdência e saúde não se confundem. Assim, o conceito de regime previdenciário previsto no artigo 149, § 1º, da CF/88 não abrange a prestação de serviços de saúde.

GABARITO: D

12) ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA – TRF 4ª – FCC – 2010

Em tema de competência tributária, considere:

I. É vedado à União cobrar imposto sobre o patrimônio e a renda com base em lei anterior à data inicial do exercício financeiro a que corresponda.

II. O não exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica

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de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído.

III. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencerá à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos.

IV. É permitido aos Estados e aos Municípios, em obediência ao princípio da isonomia, estabelecer diferença tributária entre bens de qualquer natureza, em razão da sua procedência ou do seu destino.

V. Somente a União, no caso excepcional de conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo, pode instituir empréstimos compulsórios.

Está correto o que consta APENAS em

(A) IV e V.

(B) I, II e IV.

(C) III, IV e V.

(D) II, III e V.

(E) I e III.

Item I: INCORRETO. É justamente o contrário. A União só pode cobrar o IR se a lei que o instituir ou majorar for publicada no exercício anterior ao da cobrança/majoração (CF/88, art. 150, III, “b”).

Item II: CORRETO, nos exatos termos do artigo 8º do CTN.

Item III: CORRETO, nos exatos termos do artigo 6º, § único, do CTN.

Item IV: INCORRETO. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens

e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino (CF/88, art. 152).

Item V: INCORRETO. Embora considerado correto pela banca examinadora, o item está flagrantemente errado. É que o artigo 15, III, do CTN não foi recepcionado pela CF/88, de tal sorte que a conjuntura que exija absorção temporária de poder aquisitivo não é mais situação autorizativa para a instituição de empréstimos compulsórios. O examinador poderia ter tentado salvar a questão se cobrasse o entendimento pela literalidade do CTN, mas isso não aparece no caput da questão.

GABARITO: D (MAS DEVERIA SER ANULADA)

13) AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL – PREF. SÃO PAULO/SP – FCC – 2012

Município Deixa pra Lá, não conseguindo, hipoteticamente, exercer sua competência constitucional tributária para instituir o ITBI no seu território, celebrou acordo com o Estado federado em que se localiza, para que esse Estado passasse a exercer, em seu lugar, a competência constitucional para instituir o referido imposto em seu território municipal e, ainda, para que exercesse as funções de fiscalizar e arrecadar esse tributo, recebendo, em contrapartida, um pagamento fixo anual, a título de "retribuição compensatória".

Relativamente a essa situação, o Município Deixa pra Lá

(A) não pode delegar sua competência tributária, nem suas funções de arrecadar e de fiscalizar tributos de sua competência tributária a qualquer outra pessoa jurídica de direito público, mas pode delegar as

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funções de arrecadação às instituições bancárias públicas e privadas.

(B) pode delegar sua competência tributária e suas funções de arrecadar e de fiscalizar tributos a outra pessoa jurídica de direito público.

(C) não pode delegar sua competência tributária a qualquer outra pessoa jurídica de direito público, embora possa delegar as funções de arrecadar e de fiscalizar tributos de sua competência tributária.

(D) não pode delegar sua competência tributária, nem suas funções de fiscalizar tributos a qualquer outra pessoa jurídica de direito público, embora possa delegar suas funções de arrecadar tributos de sua competência tributária.

(E) não pode delegar sua competência tributária, nem suas funções de arrecadar e de fiscalizar tributos de sua competência tributária a qualquer outra pessoa jurídica de direito público.

O Município não pode delegar sua competência tributária, mas pode delegar as funções de arrecadar e fiscalizar o tributo a outras pessoas jurídicas de direito público.

GABARITO: C

14) PROCURADOR DO ESTADO – PGE/MT – FCC – 2011

Sobre competência tributária e capacidade tributária ativa, é correto afirmar:

(A) A competência tributária é delegável por lei.

(B) A capacidade tributária ativa indica o sujeito ativo da obrigação tributária principal.

(C) O Código Tributário Nacional fixa as competências tributárias.

(D) A capacidade tributária ativa é exclusiva do ente político definido na Constituição Federal.

(E) Somente o ente político competente para instituir o tributo pode ser titular da capacidade tributária ativa.

Letra A: INCORRETA. A competência tributária é indelegável.

Letra B: CORRETA. Nos exatos termos do artigo 119 do CTN, “sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento.” Ora, a capacidade tributária ativa relaciona-se justamente ao poder para arrecadar e fiscalizar tributos, de modo que é correto afirmar que ela indica o sujeito ativo da obrigação tributária.

Letra C: INCORRETA. O CTN é uma norma geral de direito tributário. As competências tributárias são fixadas pela Constituição.

Letra D: INCORRETA. A competência tributária é exclusiva do ente político definido na Constituição, mas a capacidade tributária ativa pode ser delegada a outra pessoa jurídica de direito público.

Letra E: INCORRETA, como explicado no comentário da letra D e nos termos do artigo 7º, caput, do CTN.

GABARITO: B

15) AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL – PREF. SÃO PAULO/SP – FCC – 2012

Admitindo-se que caiba apenas aos Estados federados colocar à disposição da população um determinado serviço

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público específico e divisível, e, admitindo-se, também, que, em decorrência de omissão de alguns Estados, os municípios neles localizados resolvam, fora do âmbito de suas respectivas atribuições, tornar esse serviço disponível às suas respectivas populações, cobrando, em razão disso, taxas pelos serviços que estão sendo colocados à sua disposição, conclui-se que a instituição dessa taxa está em

(A) desconformidade com a legislação, pois as taxas só podem ser cobradas em razão de serviços efetivamente prestados e não meramente colocados à disposição do munícipe.

(B) desconformidade com a legislação, pois uma pessoa jurídica de direito público não pode cobrar taxa por atividade que não esteja no âmbito de suas respectivas atribuições.

(C) conformidade com a legislação, desde que o Estado delegue sua competência tributária para o município.

(D) desconformidade com a legislação, pois a atividade desenvolvida pelo município deve ser prestada gratuitamente, custeada pela receita geral de impostos, já que os municípios não estão constitucionalmente autorizados a cobrar taxa de espécie alguma.

(E) conformidade com a legislação, pois, se o Estado não exerceu sua competência constitucional, o município deve fazê-lo, cobrando, consequentemente, as taxas cabíveis.

Letra A: INCORRETA. As taxas podem ser cobradas pelo serviço efetivamente prestado ou simplesmente posto à disposição do contribuinte, nos termos do artigo 77 do CTN.

Letra B: CORRETA. Ainda recorrendo ao artigo 77 do CTN, o dispositivo estabelece que as taxas cobradas pelos entes federados devem guardar relação com suas respectivas atribuições, de modo que não pode o Município cobrar esse tributo em função de atividade fora de sua competência.

Letra C: INCORRETA. A competência tributária é indelegável.

Letra D: INCORRETA. Se a atividade fosse da competência do Município, este poderia instituir a taxa correspondente (CTN, art. 77).

Letra E: INCORRETA, pois contraria o comando do artigo 8º do CTN.

GABARITO: B.

16) AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL – PREF. SÃO PAULO/SP – FCC – 2012

Um município brasileiro, desconsiderando as regras de direito privado a respeito de transmissões onerosas e doações de bens e direitos, inseriu, na lei ordinária que instituiu o ITBI naquele município, uma regra jurídica que equiparava as doações de imóveis, feitas entre parentes em linha reta e entre parentes em linha colateral, até o terceiro grau, a transmissões onerosas e, com base nessa norma legal, passou a cobrar o ITBI sobre essas transmissões.

Nesse caso, a norma municipal acima referida

(A) poderia ter sido criada pelo município, desde que o município firmasse convênio com o Estado no qual está localizado, transferindo a competência tributária do Estado para a do município e promovendo repartição de receita com o ente estadual,

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de modo que este recebesse em repasse a mesma importância que receberia se a operação tivesse sido tributada pelo ITCMD.

(B) não poderia ter sido criada pelo município, pois é competência dos Estados, e não dos municípios, legislar sobre o ITBI.

(C) não poderia ter sido criada pelo município, pois ela fere norma geral de direito tributário que impede que a pessoa jurídica de direito público edite norma para alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, para definir ou limitar competências tributárias.

(D) poderia ter sido criada pelo município, pois é competência dos municípios legislar sobre o ITBI.

(E) poderia ter sido criada pelo município, desde que o município firmasse convênio com o Estado no qual ele está localizado, transferindo a competência tributária do Estado para a competência tributária do município.

Essa questão se resolve com o conhecimento do artigo 110 do CTN:

Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias.

Como veremos com mais detalhe na próxima aula, o ITBI é um imposto

municipal que incide sobre a transmissão onerosa de bens imóveis. Já o ITCMD é um imposto estadual que incide sobre a transmissão de bens por causa mortis ou doação.

Em se tratando de transmissão de bem imóvel, portanto, pode haver competência municipal para instituir o ITBI ou competência estadual para instituir o ITCMD, a depender se a transmissão se dá por ato oneroso ou se é resultado de herança ou doação.

Note que os conceitos envolvidos na definição da competência para instituir o imposto em cada caso (“transmissão onerosa”, “doação”, “causa mortis”) são emprestados do direito privado e, nos termos do artigo 110 do CTN, transcrito acima, esses conceitos não podem ter sua definição alterada para definir ou limitar competências tributárias.

Dessa forma, a lei municipal não pode alterar a definição do conceito de doação, equiparando-a a uma transmissão onerosa, para atrair esse fato gerador para a competência tributária municipal.

Letra A: INCORRETA. A competência tributária é indelegável.

Letra B: INCORRETA. O ITBI é imposto de competência municipal.

Letra C: CORRETA, conforme explicado acima.

Letra D: INCORRETA, conforme explicado acima.

Letra E: INCORRETA. A competência tributária é indelegável.

GABARITO: C

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17) AUDITOR FISCAL DA FAZENDA ESTADUAL – SEFAZ/PI – FCC – 2015

De acordo com o Código Tributário Nacional, caso o atual município pernambucano de Fernando de Noronha fosse transformado em Estado federado, não dividido em municípios,

(A) a União teria competência para instituir os tributos federais e os impostos estaduais.

(B) o novo Estado teria competência para instituir apenas o ITBI e o IPTU.

(C) o novo Estado teria competência para instituir apenas o ISS e o ITBI.

(D) nem a União, nem o novo Estado teriam competência para instituir impostos municipais.

(E) o novo Estado teria competência para instituir todos os impostos municipais.

A questão se resolve com o conhecimento do artigo 18 do CTN:

Art. 18. Compete:

I - à União, instituir, nos Territórios Federais, os impostos atribuídos aos Estados e, se aqueles não forem divididos em Municípios, cumulativamente, os atribuídos a estes;

II - ao Distrito Federal e aos Estados não divididos em Municípios, instituir, cumulativamente, os impostos atribuídos aos Estados e aos Municípios.

Letra A: INCORRETA. A União somente teria competência para instituir os impostos estaduais se o município fosse transformado em território federal (CTN, art. 18, I).

Letra B: INCORRETA. O novo estado teria competência para instituir todos os impostos municipais, e não apenas o ITBI e o IPTU.

Letra C: INCORRETA, pelos motivos explicados na letra B.

Letra D: INCORRETA. O novo estado teria competência para instituir todos os impostos municipais.

Letra E: CORRETA, nos termos do art. 18, II, do CTN.

GABARITO: E

18) DEFENSOR PÚBLICO – DPE/PA – FCC – 2009

Sobre competência constitucional em matéria tributária, é correto afirmar, EXCETO

(A) a competência tributária é indelegável, inalienável, imprescritível, irrenunciável e inalterável.

(B) a competência para instituição do ITR é da União, mas a capacidade poderá ser transferida aos Municípios que optarem pela arrecadação e fiscalização deste tributo, nos termos da lei.

(C) a isenção equivale a incompetência tributária para instituir tributos sobre determinados fatos geradores, estando regulada na Constituição Federal.

(D) a competência para instituição do ISS é municipal e do ICMS é estadual.

(E) as competências para instituição de impostos são classificadas como legislativas exclusivas e não podem ter seu rol ampliado.

Letra A: CORRETA. A competência tributária é indelegável, nos termos do

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artigo 7º, caput, do CTN. É inalienável e irrenunciável pelo fato de o detentor da competência não dispor dela e nem poder abdicar desse direito. É imprescritível, já que o não exercício da competência tributária não a defere a pessoa diversa daquela a que a Constituição tenha atribuído (CTN, art. 8º). É também inalterável, no sentido de que o ente político não pode modificar o alcance da competência tal qual estabelecido pela Constituição.

Letra B: CORRETA. O ITR é de competência da União (CF/88, art. 153, VI). Nos termos do art. 153, § 4º, III, da Carta Magna, esse imposto será fiscalizado e cobrado pelos municípios que assim optarem, desde que não implique redução de arrecadação ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.

Letra C: INCORRETA. A alternativa misturou os conceitos de isenção e imunidade. Isenção é a dispensa legal do pagamento do tributo, ao passo que imunidade é uma proibição de tributar emanada da própria Constituição, caracterizando verdadeira incompetência tributária.

Letra D: CORRETA, nos termos dos artigos 156, III e 155, II, da CF/88.

Letra E: CORRETA. A competência tributária compreende a competência legislativa plena (CTN, art. 6º, caput). Ainda, quando a Constituição outorga competência aos entes federados para instituir impostos, ela o faz privativamente a cada um deles (CF/88, arts. 153, 155 e 156). A União, entretanto, pode instituir novos impostos no exercício de sua competência residual (CF/88, art. 154, I) ou de sua competência extraordinária (CF/88, art. 154, II).

GABARITO: C

19) JUIZ SUBSTITUTO – TJ/MS – FCC - 2010

Sobre a competência tributária, é correto afirmar que

(A) trata-se de competência administrativa, passível de delegação por lei complementar.

(B) é competência legislativa comum para todas as espécies de tributos.

(C) é competência concorrente da União e dos Estados.

(D) é competência legislativa exclusiva em relação a impostos e empréstimo compulsório.

(E) pode ser delegada por lei relativamente ao exercício da fiscalização e arrecadação de tributos.

Letra A: INCORRETA. Trata-se de competência para instituir tributos e, portanto, tem natureza legislativa. Além disso, a competência tributária é indelegável.

Letra B: INCORRETA. Apenas os tributos vinculados (taxas e contribuições de melhoria) são de competência legislativa comum, dentro da respectiva área de atuação de cada membro da Federação.

Letra C: INCORRETA. Legislar sobre direito tributário é de competência concorrente dos entes federados. Entretanto, a competência tributária diz respeito apenas ao poder para instituir tributos e é plena para a União, Estados, DF e Municípios.

Letra D: CORRETA. Ao contrário das taxas e das contribuições de melhoria, que são de competência comum dos entes políticos dentro de suas respectivas áreas de atuação, a competência para instituir impostos e empréstimos compulsórios é

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exclusiva de cada ente (CF/88, arts. 153, 155, 156 e 148).

Letra E: INCORRETA. A competência tributária é indelegável. Já a capacidade tributária, que inclui a atribuição de fiscalizar e arrecadar tributos, pode ser delegada de uma pessoa jurídica de direito público a outra.

GABARITO: D

20) ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA – TRF 5ª – FCC – 2012

Sobre competência legislativa em matéria tributária, é correto afirmar:

(A) A União tem sempre competência exclusiva para instituir contribuição social para seguridade social de todos os serviços públicos dos entes da Federação.

(B) Os entes da Federação têm competência comum para instituir contribuição de intervenção no domínio econômico.

(C) A competência para instituição de impostos vem discriminada na Constituição Federal para cada um dos entes da Federação.

(D) A competência para instituição de imposto residual é privativa da União, muito embora seja cabível delegação desta competência aos Estados-membros e Distrito Federal mediante lei complementar.

(E) A competência para instituição do ITR é de competência da União, mas a Constituição Federal admite expressamente a delegação desta competência aos Municípios, nos termos de lei complementar que regulamente as hipóteses e forma de delegação.

Letra A: INCORRETA. Acho que o examinador quis se referir à contribuição para a seguridade social de todos os “servidores” públicos. De qualquer forma, a alternativa estaria incorreta, já que Estados, DF e Municípios também podem instituir contribuição a ser cobrada de seus servidores para o custeio de regime próprio de previdência (CF/88, art. 149, § 1º).

Letra B: INCORRETA. A competência para instituir contribuição de intervenção no domínio econômico é exclusiva da União (CF/88, art. 149, caput).

Letra C: CORRETA. A Constituição atribui competência aos entes federados para instituir impostos nos artigos 153 a 156.

Letra D: INCORRETA. A competência para instituir impostos residuais é privativa da União (CF/88, art. 154, I) e é indelegável.

Letra E: INCORRETA. A competência para instituir o ITR é da União (CF/88, art. 153, VI) e é indelegável. A Constituição (art. 153, § 4º, III) permite aos municípios que assim optarem, na forma da lei, fiscalizar e arrecadar o imposto.

GABARITO: C

21) PROCURADOR DO ESTADO – PGE/SP – FCC – 2009

I. É vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional, ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais a contribuintes hipossuficientes.

II. A competência legislativa dos Estados, em matéria tributária, é residual, podendo instituir outros impostos, além dos já

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previstos na Constituição Federal, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos nela discriminados.

III. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão sua competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

IV. Existindo norma geral da União, é facultado aos Estados legislar supletivamente em matéria tributária.

V. A competência legislativa dos Estados para instituir o IPVA depende da prévia edição de lei complementar, conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal.

Está correto o que se afirma em

(A) II e V, apenas.

(B) III e IV, apenas.

(C) I, II e IV, apenas.

(D) I, III e V, apenas.

(E) I, II, III, IV e V.

Item I: INCORRETO. Trata-se do princípio da uniformidade geográfica da tributação, abordado na aula 01 (CF/88, art. 151, I). Admite-se a concessão de incentivos fiscais para promover o equilíbrio sócio-econômico entre as regiões do País, mas não a concessão de benefícios fiscais a contribuintes hipossuficientes.

Item II: INCORRETO. O rol de impostos de competência estadual é exaustivo (CF/88, art. 155). Somente a União tem a chamada competência residual para instituir impostos (CF/88, art. 154, II).

Item III: CORRETO. Trata-se da competência concorrente da União , dos Estados e do DF. À União, cabe editar

normas gerais sobre os assuntos definidos no artigo 24 da Constituição, cabendo aos Estados e ao DF as normas específicas. Se a União silenciar e não editar determinada norma geral, os demais entes federados adquirem competência legislativa plena para atender a suas peculiaridades (CF/88, art. 24, § 3º).

Item IV: CORRETO. Ainda que a União edite norma geral em matéria tributária, os Estados podem legislar de maneira suplementar à União, preenchendo eventuais lacunas deixadas pela norma geral (CF/88, art. 24, § 2º).

Item V: INCORRETO. O entendimento do STF é de que na ausência de uma norma geral da União que discipline o IPVA, os Estados e o DF têm competência legislativa plena em relação ao assunto (RE 236.931/SP).

GABARITO: B

22) AGENTE FISCAL DE RENDAS – SEFAZ/SP – FCC – 2009

Em relação à competência tributária, cabe

(A) à União instituir impostos sobre: I) importação de produtos estrangeiros; II) propriedade territorial rural; III) doação de quaisquer bens e direitos.

(B) aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I) transmissão causa mortis; II) operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação; III) propriedade de veículos de qualquer natureza.

(C) aos Municípios instituir impostos sobre: I) propriedade territorial urbana e rural; II) serviços de qualquer natureza não compreendidos na competência

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tributária dos Estados, definidos em lei complementar; III) doação de quaisquer bens e direitos.

(D) aos Estados instituir impostos sobre: I) propriedade predial territorial e urbana; II) transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso ou gratuito de quaisquer bens e direitos; III) serviços de qualquer natureza.

(E) à União instituir impostos sobre: I) importação de produtos estrangeiros; II) propriedade territorial rural; III) os impostos estaduais em território Federal e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais.

Os impostos de competência da União são: II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGF, impostos residuais e imposto extraordinário de guerra (CF/88, arts. 153 e 154). Ainda, cabem à União os impostos de competência estadual nos territórios federais e, caso o território não seja dividido em Municípios, cumulativamente os impostos municipais (CF/88, art. 147).

Os impostos de competência dos Estados e do DF são: ITCMD, ICMS e IPVA (CF/88, art. 155).

Os impostos de competência dos Municípios e do DF são: IPTU, ITBI e ISS (CF/88, art. 156).

Assim, o gabarito é a letra E.

Cuidado com a pegadinha na letra B. O IPVA incide sobre a propriedade de veículo automotor e não de “veículo de qualquer natureza”.

GABARITO: E

23) AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL – SEFAZ/PB – FCC - 2006

NÃO é competência da União instituir contribuição

(A) de melhoria.

(B) social.

(C) de intervenção no domínio econômico.

(D) de interesse das categorias profissionais ou econômicas.

(E) para o custeio do serviço de iluminação pública.

Contribuição de melhoria é de competência comum da União, Estados, DF e Municípios, nos termos do art. 145, III, da CF/88 (INCORRETA a letra A).

Contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas são de competência exclusiva da União, nos termos do art. 149, caput, da CF/88 (INCORRETAS as letras B, C e D).

Contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública é da competência dos Municípios e do DF, nos termos do art. 149-A, da CF/88 (CORRETA a letra E).

GABARITO: E

24) ANALISTA DE PROCURADORIA/APOIO JURÍDICO – PGE/BA – FCC – 2013

A União poderá instituir, mediante Lei

(A) Ordinária, impostos não previstos na Constituição Federal, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos nela discriminados.

(B) Complementar, quaisquer tributos não previstos na Constituição Federal, desde que sejam cumulativos e tenham fato

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gerador ou base de cálculo próprios dos nela discriminados.

(C) Complementar, impostos não previstos na Constituição Federal, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos nela discriminados.

(D) Complementar ou ordinária, impostos não previstos na Constituição Federal, desde que sejam cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos nela discriminados.

E) Ordinária, quaisquer tributos não previstos na Constituição Federal, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos nela discriminados.

A questão trata da competência residual da União para instituir impostos, conforme o artigo 154, I, da CF/88:

Art. 154. A União poderá instituir:

I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;

Do dispositivo acima depreende-se que, diferentemente do que acontece com os Estados, DF e Municípios, o rol de impostos que a Constituição defere à União não é taxativo. A União pode instituir novos impostos, por lei complementar, desde que não tenham base de cálculo ou fato gerador dos impostos discriminados no texto constitucional e sejam não cumulativos.

GABARITO: C

25) JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PE – FCC - 2011

Em nosso sistema tributário, os impostos designados residuais

(A) podem ser instituídos por lei ordinária federal, desde que não sejam cumulativos e tenham fato gerador e base de cálculo inéditos.

(B) podem ser instituídos pela União, Estados ou Municípios, desde que não sejam cumulativos e tenham fato gerador e base de cálculo inéditos.

(C) podem ser instituídos por lei ordinária federal, desde que tenham fato gerador e base de cálculo inéditos.

(D) são de competência privativa da União e só podem ser instituídos mediante lei complementar.

(E) são instituídos para cobertura das despesas residuais orçamentárias.

Letra A: INCORRETA. Os impostos residuais devem ser instituídos por lei complementar.

Letra B: INCORRETA. Somente a União tem competência residual para instituir impostos.

Letra C: INCORRETA. Os impostos residuais devem ser instituídos por lei complementar.

Letra D: CORRETA, nos termos do artigo 154, I, da CF/88.

Letra E: INCORRETA. Imposto é tributo não vinculado a qualquer despesa específica.

GABARITO: D

26) AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – TCM/GO – FCC – 2015

De acordo com a Constituição Federal, são tributos de competência

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(A) do Distrito Federal: o ITBI, o IGF, o ITCD e o ISSQN.

(B) federal: o II, o IE, o ITR e os impostos extraordinários passíveis de serem instituídos na iminência ou no caso de guerra externa.

(C) estadual: o ICMS, o IPTU, o IPVA e o ITCD.

(D) municipal: o ISSQN, o IPTU, o ITR e o ITBI.

(E) federal: o IPI, o ITBI, o IOF, ITCD e o IR.

Letra A: INCORRETA. IGF é de competência da União.

Letra B: CORRETA, nos termos dos artigos 153, I, II e VI e 154, II, da Carta Magna.

Letra C: INCORRETA. IPTU é de competência dos Municípios e do DF.

Letra D: INCORRETA. ITR é de competência da União.

Letra E: INCORRETA. ITBI é de competência dos Municípios e do DF e ITCD é de competência dos Estados e do DF.

GABARITO: B

27) AGENTE FISCAL DE RENDAS – SEFAZ/SP – FCC – 2006

A Constituição Federal atribui à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios competências tributárias privativas, vedando que um ente político invada a competência do outro, exceto, em relação

(A) à União, que pode instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

(B) aos Estados-membros, que podem conceder parcelamento, isenções e anistia de tributos municipais.

(C) à União que, no exercício de sua competência residual, poderá invadir as competências tributárias dos entes políticos, para instituir impostos cumulativos, com fato gerador e base de cálculo já relacionados na Constituição Federal.

(D) aos Estados-membros, que podem conceder moratória de caráter geral, em relação aos tributos municipais.

(E) à União que, na iminência ou no caso de guerra externa, poderá instituir impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária.

Letra A: INCORRETA. É vedada a isenção heterônoma (CF/88, art. 151, III).

Letra B: INCORRETA. Não há previsão legal para que os Estados concedam parcelamento, isenções ou anistia de tributos municipais.

Letra C: INCORRETA. Os impostos residuais devem ser não cumulativos e não podem ter base de cálculo ou fato gerador próprio dos impostos discriminados na Constituição (CF/88, art. 154, I).

Letra D: INCORRETA. A moratória só pode ser concedida em caráter geral pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo a que se refira (CTN, art. 152, I, “a”).

Letra E: CORRETA. O comando do artigo 154, II, da CF/88 representa verdadeira autorização para que a União invada a competência dos demais entes federados em caso de guerra externa ou sua iminência:

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Art. 154. A União poderá instituir:

II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

GABARITO: E

28) AUDITOR FISCAL DO TESOURO ESTADUAL – SEFAZ/PE – FCC – 2014

De acordo com a Constituição Federal,

(A) a União poderá instituir, mediante lei ordinária, na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

(B) a União poderá instituir, mediante lei ordinária, impostos não compreendidos em sua competência tributária, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição Federal.

(C) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição de melhoria, decorrente de obra pública, ainda que não haja valorização imobiliária dela decorrente.

(D) a União poderá instituir empréstimos compulsórios, mediante medida provisória, no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.

(E) os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública.

Letra A: CORRETA, nos termos do artigo 154, II, da CF/88.

Letra B: INCORRETA. A alternativa misturou os conceitos dos dois incisos do artigo 154 da Constituição (imposto residual e imposto extraordinário de guerra). Como o texto não se refere à circunstância de guerra externa ou sua iminência, não pode ser o imposto extraordinário. Por outro lado, também não pode ser o imposto residual, já que este deve ser instituído por lei complementar e não pode invadir a competência tributária dos demais entes federados.

Letra C: INCORRETA. A valorização imobiliária decorrente de obra pública é condição para a instituição de contribuição de melhoria (CTN, artigo 81).

Letra D: INCORRETA. Empréstimos compulsórios devem ser instituídos por lei complementar (CF/88, art. 148).

Letra E: INCORRETA. Somente os Municípios e o DF são competentes para instituir contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública (CF/88, art. 149-A).

GABARITO: A

29) JUIZ SUBSTITUTO – TJ/AL – FCC - 2007

Nos termos do art. 153, § 4o , III, da Constituição Federal, o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural poderá ser fiscalizado e cobrado pelo Município. Se o Município, em caráter excepcional, resolver fazer uso dessa faculdade, passará a exercer

(A) a competência tributária plena.

(B) juntamente com a União a competência tributária.

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(C) a competência e a capacidade tributária ativa.

(D) juntamente com a União a capacidade tributária ativa.

(E) a capacidade tributária ativa, ficando reservada à União a competência tributária.

A competência tributária é indelegável. Ainda que o Município decida fazer uso da faculdade outorgada pelo dispositivo constitucional citado, ele estará exercendo apenas a capacidade tributária ativa ao fiscalizar e cobrar o ITR, permanecendo a competência tributária com a União.

GABARITO: E

30) AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO – PREF. CUIABÁ/MT – FGV – 2014

Com relação ao Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), assinale a afirmativa correta.

(A) Pode ser instituído pela União, pelos Estados e pelos Municípios, no exercício de competência concorrente.

(B) Pode ser instituído pela União, mas, enquanto esta não o fizer, poderão instituí-lo os Estados, no exercício de competência supletiva.

(C) Pode ser instituído pela União, mas, enquanto esta não o fizer, poderão instituí-lo os Municípios, no exercício de competência supletiva.

(D) Pode ser instituído apenas pela União, por meio de lei complementar, inexistindo competência concorrente ou supletiva de qualquer outro ente público.

(E) Pode ser instituído apenas pela União, por meio de lei ordinária, inexistindo

competência concorrente ou supletiva de qualquer outro ente público.

Letra A: INCORRETA. O IGF é de competência da União (CF/88, art. 153, VII).

Letra B: INCORRETA. O não exercício da competência tributária pela pessoa jurídica de direito público a quem a Constituição atribuiu não permite que pessoa diversa a exerça (CTN, art. 8º).

Letra C: INCORRETA, pelos motivos explicados na letra B.

Letra D: CORRETA, nos termos do artigo 153, VII, da CF/88:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:

VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.

Letra E: INCORRETA. O IGF deve ser instituído “nos termos de lei complementar”. A doutrina diverge sobre a interpretação do artigo 153, VII, da Constituição. Há duas possibilidades: ou o IGF deve ser regulamentado por lei complementar antes de sua instituição por lei ordinária da União, ou a própria instituição do imposto deve se dar por lei complementar. As bancas examinadoras parecem seguir o último entendimento.

GABARITO: D

31) PROCURADOR DO MUNICÍPIO – PREF. CUIABÁ/MT – FCC – 2014

Procurador do município de Cuiabá consultado sobre possibilidades legislativas de iniciativa do executivo municipal que propiciassem um aumento da arrecadação, elaborou parecer indicando quais seriam as espécies tributárias de competência do município

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passíveis de serem alteradas. São tributos de competência da União, dos Estados e dos Municípios, respectivamente:

(A) Imposto sobre a propriedade territorial rural; Imposto sobre a prestação de Serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei ordinária federal; Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias.

(B) Imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; Imposto sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis por acessão física; Imposto sobre a propriedade de veículos automotores.

(C) Impostos extraordinários, no caso de iminência de guerra externa ou interna; Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana; Imposto sobre a prestação de serviços de comunicação.

(D) Imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar; Imposto sobre grandes fortunas, nos termos de lei ordinária federal; Imposto sobre a prestação de serviços de transporte interestadual.

(E) Imposto sobre operações relativas a valores mobiliários; Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias; Imposto sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza.

Letra A: INCORRETA. ISS é de competência dos Municípios e do DF; ICMS é de competência dos Estados e do DF.

Letra B: INCORRETA. ITCMD e IPVA são de competência dos Estados e do DF; ITBI é de competência dos Municípios e do DF.

Letra C: INCORRETA. IPTU é de competência dos Municípios e do DF; ICMS é de competência dos Estados e do DF (prestação de serviços de comunicação é fato gerador do ICMS)

Letra D: INCORRETA. ISS é de competência dos Municípios e do DF; IGF é de competência da União, nos termos de lei complementar; ICMS é de competência dos Estados e do DF (prestação de serviços de transporte interestadual é fato gerador do ICMS).

Letra E: CORRETA, nos termos dos artigos 153, V, 155, II e 156, II, da CF/88.

GABARITO: E

32) PROCURADOR DO MUNICÍPIO – PREF. CUIABÁ/MT – FCC – 2014

Considere as seguintes afirmações:

I. Compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, instituir contribuições de intervenção no domínio econômico, observados os princípios da legalidade e da anterioridade, como previsto na Constituição Federal.

II. Tendo em vista a proximidade da Copa do Mundo e sendo Cuiabá uma das cidades-sede escolhidas para a realização de jogos do mundial, verificou-se a necessidade urgente de ampliação da sua rede de transporte de passageiros. Para fazer face aos custos deste investimento, considerado de caráter urgente, o Município de Cuiabá poderia, mediante lei complementar municipal, instituir empréstimo compulsório, desde que observado o princípio da anterioridade.

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III. A cobrança da contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública, passível de instituição pelo município de Cuiabá, pode ser feita na fatura de consumo de energia elétrica.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) II e III.

(B) I e III.

(C) III.

(D) II.

(E) I.

Item I: INCORRETO. As contribuições de intervenção no domínio econômico são de competência exclusiva da União (CF/88, art. 149, caput).

Item II: INCORRETO. Os empréstimos compulsórios são de competência exclusiva da União (CF/88, art. 148).

Item III: CORRETO. O artigo 149-A, caput, da CF/88 determina que a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública é de competência dos Municípios e do DF. O parágrafo único do mesmo dispositivo faculta a cobrança do tributo na fatura de consumo de energia elétrica.

GABARITO: C

33) PROCURADOR DO ESTADO – PGE/RR – FCC – 2006

É INCORRETO afirmar:

(A) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.

(B) Cabe à lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.

(C) As taxas serão cobradas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.

(D) A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência.

(E) Compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de atuação nas respectivas áreas.

Letra A: CORRETA, nos termos do art. 149, § 1º, da CF/88.

Letra B: CORRETA, nos termos do art. 146, III, “c”, da CF/88:

Art. 146. Cabe à lei complementar:

III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:

c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.

Letra C: CORRETA, nos termos do art. 145, II, da CF/88.

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Letra D: CORRETA, nos termos do art. 148, I, da CF/88.

Letra E: INCORRETA. As contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas são de competência exclusiva da União (CF/88, art. 149, caput).

GABARITO: E

34) AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL – SEFAZ/RJ – FCC – 2014

De acordo com o que estabelece a Constituição Federal, o IPVA é tributo de competência estadual e 50% de sua receita deve ser repassada aos municípios, observados os critérios constitucionais para isso.

Nesse sentido, considere:

I. As atribuições do Estado do Rio de Janeiro para arrecadar o crédito tributário do IPVA e para fiscalizá-lo são delegáveis aos municípios fluminenses, relativamente aos veículos neles licenciados.

II. A competência do Estado do Rio de Janeiro para instituir o IPVA é delegável aos municípios fluminenses, em cujos territórios os proprietários de veículos tenham seus domicílios.

III. Caso o Estado do Rio de Janeiro decida por não exercer sua competência tributária, tal fato só deferirá essa competência aos municípios fluminenses que tiverem veículos licenciados em seus territórios.

IV. O Estado do Rio de Janeiro tem competência legislativa plena, em relação ao IPVA, ressalvadas as limitações

contidas na Constituição Federal e na Constituição Estadual Fluminense.

V. O fato de os municípios fluminenses terem direito a receber 50% da receita do IPVA não retira a competência do Estado do Rio de Janeiro para legislar sobre esse imposto, mas permite o compartilhamento da atividade legislativa, em relação às obrigações tributárias acessórias.

Com base no CTN, está correto o que se afirma APENAS em

(A) IV e V.

(B) I e II.

(C) III e V.

(D) II e III.

(E) I e IV.

Item I: CORRETO. A atribuição para fiscalizar e arrecadar tributos é delegável, nos termos do art. 7º, caput, do CTN.

Item II: INCORRETO. A competência tributária é indelegável.

Item III: INCORRETO. O não exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa da que a Constituição a tenha atribuído (CTN, art. 8º).

Item IV: CORRETO. Os Estados têm competência legislativa plena para instituir os impostos atribuídos a eles pela Constituição. No caso do IPVA, eles também adquirem a competência legislativa plena para legislar sobre esse tributo, já que inexiste lei de normas gerais da União sobre o assunto.

Item V: INCORRETO. Nos termos do artigo 6º, § único, do CTN, a repartição

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constitucional da receita tributária com outras pessoas jurídicas de direito público não implica em delegação de competência legislativa aos destinatários da receita. Em outras palavras, ainda que parte da arrecadação do IPVA seja constitucionalmente destinada aos Municípios, permanece com os Estados a competência para legislar sobre o tributo, seja relativamente a obrigação principal ou a obrigações acessórias.

GABARITO: E

35) AGENTE FISCAL DE RENDAS – SEFAZ/SP – FCC – 2013

Possuem competência para instituir o Imposto Sobre Doações e Transmissão causa mortis, Imposto Territorial Rural, Impostos sobre Importações e Impostos sobre Serviços de Qualquer Natureza, respectivamente,

(A) Estados; Municípios; União; Estados e Distrito Federal.

(B) Municípios; Estados e Distrito Federal; União; Municípios.

(C) Estados e Distrito Federal; União; União; Distrito Federal.

(D) Estados; União; Estados e Distrito Federal; Municípios.

(E) Estados; Municípios; União; Municípios e Distrito Federal.

O ITCMD é de competência dos Estados e do DF (CF/88, art. 155, I); o ITR e o II são de competência da União (CF/88, arts. 153, VI e I); o ISS é de competência dos Municípios e do DF (CF/88, art. 156, III).

GABARITO: C

36) AGENTE TÉCNICO LEGISLATIVO/DIREITO – ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/SP – FCC – 2010

É da competência constitucional legislativa dos Estados a instituição de

(A) impostos não discriminados expressamente na Constituição Federal, dentro da competência residual.

(B) taxas, pelo exercício regular de poder de polícia de competência estadual.

(C) contribuição de intervenção no domínio econômico.

(D) imposto sobre a transmissão inter vivos de bens imóveis a título oneroso.

(E) empréstimo compulsório para cobrir despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública.

Letra A: INCORRETA. Somente a União pode instituir impostos não discriminados expressamente na Constituição, no exercício da competência residual (CF/88, art. 154, I).

Letra B: CORRETA. As taxas são de competência comum da União, Estados, DF e Municípios, dentro das respectivas áreas de atuação (CF/88, art. 145, II).

Letra C: INCORRETA. Contribuição de intervenção no domínio econômico é de competência exclusiva da União (CF/88, art. 149, caput).

Letra D: INCORRETA. O ITBI é de competência dos Municípios e do DF.

Letra E: INCORRETA. Os empréstimos compulsórios são de competência da União (CF/88, art. 148).

GABARITO: B

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37) PROCURADOR JUDICIAL – PREF. RECIFE/PE – 2014

Procurador Judicial do Recife recém empossado no cargo recebe a incumbência de apresentar estudo detalhado sobre competência tributária. Demonstrando profundo conhecimento sobre o tema, ele correlaciona corretamente os entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) aos respectivos tributos, conforme definido na Constituição Federal de 1988. É correto afirmar que são de competência do Distrito Federal:

(A) Contribuição sobre a receita ou faturamento das empresas, imposto sobre a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e imposto sobre a prestação de serviços de transporte intramunicipal.

(B) Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; imposto predial e territorial urbano e imposto sobre a transmissão de bens imóveis.

(C) Imposto sobre serviços de qualquer natureza, imposto extraordinário em caso de guerra externa e imposto sobre a propriedade de veículos automotores.

(D) Imposto sobre a prestação de serviço de comunicação, imposto predial e territorial urbano e imposto territorial rural.

(E) Imposto sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza; imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e imposto sobre a doação, de quaisquer bens ou direitos.

Letra A: INCORRETA. Contribuição sobre a receita ou faturamento de empresas é de competência da União (CF/88, art. 149, caput combinado com art. 195, I, “b”).

Letra B: INCORRETA. IOF é de competência da União (CF/88, art. 153, V).

Letra C: INCORRETA. Imposto extraordinário de guerra é de competência da União (CF/88, art. 154, II).

Letra D: INCORRETA. ITR é de competência da União (CF/88, art. 153, VI).

Letra E: CORRETA, nos termos do art. 156, II, combinado com o art. 147; art. 155, II; e art. 155, I, da CF/88).

GABARITO: E

38) AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL – PREF. SÃO PAULO/SP – FCC - 2007

São tributos de competência municipal:

(A) imposto sobre a transmissão causa mortis de bens imóveis, imposto sobre a prestação de serviço de comunicação e imposto sobre a propriedade territorial rural.

(B) imposto sobre a transmissão causa mortis de bens imóveis, imposto sobre a transmissão onerosa, inter vivos, de bens imóveis e imposto sobre a propriedade predial urbana.

(C) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana, imposto sobre a transmissão onerosa, inter vivos, de bens imóveis e imposto sobre a propriedade territorial rural.

(D) imposto sobre a propriedade territorial urbana, imposto sobre a transmissão onerosa, inter vivos, de bens

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imóveis e imposto sobre a prestação de serviço de comunicação.

(E) imposto sobre a propriedade territorial urbana, imposto sobre serviços de qualquer natureza, definidos em lei complementar e não-compreendidos na tributação do ICMS, e imposto sobre a transmissão onerosa, inter vivos, de bens imóveis.

Letra A: INCORRETA. ITCMD e ICMS são de competência dos Estados e do DF; ITR é de competência da União.

Letra B: INCORRETA. ITCMD é de competência dos Estados e do DF.

Letra C: INCORRETA. ITR é de competência da União.

Letra D: INCORRETA. ICMS é de competência dos Estados e do DF.

Letra E: CORRETA, nos termos do artigo 156, I, III e II, da CF/88.

GABARITO: E

39) PROCURADOR MUNICIPAL – PREF. TERESINA/PI – FCC – 2010

NÃO é competência municipal a instituição de

(A) imposto sobre a transmissão de bens imóveis por ato inter vivos a título oneroso.

(B) imposto sobre a propriedade territorial urbana.

(C) contribuição social dos servidores municipais para custeio de regime previdenciário próprio.

(D) contribuição de melhoria.

(E) contribuição de interesse de categorias profissionais ou econômicas.

Nos termos da Constituição Federal, o ITBI (art. 156, II), o IPTU (art. 156, I), a contribuição social dos servidores para regime próprio de previdência (art. 149, § 1º) e a contribuição de melhoria (art. 145, III) inserem-se no âmbito da competência tributária municipal.

A contribuição de interesse de categorias profissionais ou econômicas é de competência exclusiva da União (CF/88, art. 149, caput).

GABARITO: E

40) PROCURADOR MUNICIPAL – PREF. JABOATÃO/PE – FCC – 2006

Compete aos Municípios a instituição de imposto sobre

(A) a propriedade predial e territorial urbana, que poderá ser progressivo em razão do valor do imóvel e ter alíquotas diferenciadas de acordo com a localização e uso do imóvel.

(B) a transmissão inter vivos, a qualquer título, por negócio gratuito, de bens imóveis.

(C) a propriedade predial e territorial urbana, bem como sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, que poderão ter sistema de alíquotas progressivas.

(D) serviço de qualquer natureza, que recairá sobre qualquer serviço, mesmo que não oneroso, em razão do princípio da capacidade contributiva.

(E) serviço de qualquer natureza, cabendo à lei ordinária fixar suas alíquotas máximas e mínimas, bem como regular a forma e as condições como as isenções e incentivos serão concedidos e revogados.

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Letra A: CORRETA. O IPTU é de competência dos Municípios (CF/88, art. 156, I). Ainda, o § 1º do artigo 156 da Carta Magna determina que esse imposto poderá ser progressivo em razão do valor do imóvel (alíquotas maiores para imóveis de maior valor, atendendo ao princípio da capacidade contributiva) e poderá ter alíquotas diferenciadas de acordo com a localização e o uso do imóvel.

Letra B: INCORRETA. O ITBI, de competência municipal, incide sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis (CF/88, art. 156, II). A transmissão por negócio gratuito caracteriza doação e se insere no campo de incidência do ITCMD, de competência estadual (CF/88, art. 155, I).

Letra C: INCORRETA. O IPTU e o ITBI são de competência dos Municípios (CF/88, art. 156, I e II). O IPTU pode ser progressivo, como explicado no comentário da letra A. Entretanto, não existe previsão de progressividade de alíquotas para o ITBI, havendo inclusive entendimento do STF em sentido contrário (Súmula 656):

“É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis – ITBI com base no valor venal do imóvel.”

Letra D: INCORRETA. O ISS é de competência dos Municípios (CF/88, art. 156, III). A Lei Complementar nº 116/2003 determina em seu artigo 7º que a base de cálculo do imposto é o preço do serviço, de tal sorte que a prestação gratuita de serviços não é alcançada pela incidência desse tributo.

Letra E: INCORRETA. Nos termos do artigo 156, § 3º, I e III, da CF/88, cabe à lei complementar fixar as alíquotas máximas e mínimas do ISS, bem como regular a

forma e as condições sobre como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

GABARITO: A

41) ASSESSOR JURÍDICO – CÂMARA DE RECIFE/PE – FGV – 2014

Segundo a Constituição Federal, compete aos Municípios a instituição de:

(A) imposto sobre a propriedade territorial rural.

(B) imposto sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis.

(C) empréstimo compulsório para atender as despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública.

(D) taxa em razão do serviço público de gás canalizado por eles prestado diretamente.

(E) imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos.

Letra A: INCORRETA. O ITR é de competência da União (CF/88, art. 153, VI).

Letra B: CORRETA, nos termos do artigo 156, II, da CF/88.

Letra C: INCORRETA. Empréstimos compulsórios são de competência da União (CF/88, art. 148).

Letra D: INCORRETA. Nos termos do artigo 25, § 2º, da CF/88, cabe aos Estados a exploração do serviço público de gás canalizado. Consequentemente, a competência para instituir taxa relativa a esse serviço também é dos Estados.

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Letra E: INCORRETA. O ITCMD é de competência dos Estados e do DF (CF/88, art. 155, I).

GABARITO: B

42) ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA – TRF 5ª – FCC – 2012

Admite-se constitucionalmente a bitributação e o bis in idem na seguinte hipótese:

(A) imposto de competência dos Estados pela União, para incidir em Território Federal.

(B) contribuição de melhoria.

(C) imposto residual de competência da União.

(D) imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza pelos Estados-membros e Municípios em relação aos seus servidores públicos.

(E) imposto extraordinário, pela União, na iminência ou no caso de guerra externa.

Ocorre o bis in idem quando determinado ente político tributa o mesmo fato gerador mais de uma vez. É o que acontece, por exemplo, com a COFINS e o PIS, contribuições de competência da União que incidem sobre a receita auferida pela pessoa jurídica.

Já a bitributação é fenômeno decorrente da tributação do mesmo fato gerador por mais de um ente político. A maioria dos casos concretos de bitributação deve-se a conflitos de competência, sendo a bitributação ilegítima. É o caso, por exemplo, de uma mesma propriedade ser tributada pelo ITR (competência da União) e pelo IPTU (competência dos Municípios), por não restar claro se se trata de área

rural ou urbana. A questão eventualmente se resolve no Judiciário e o fato gerador passa a ser tributado por apenas um ente federado.

Letra A: INCORRETA. A União tem competência para instituir os impostos estaduais em Território Federal (CF/88, art. 147). Mas não ocorre bis in idem, pois a cada fato gerador de imposto estadual corresponde apenas um tributo. Tampouco ocorre bitributação, já que somente a União pode instituir impostos estaduais em Território Federal.

Letra B: INCORRETA. Contribuição de melhoria é tributo cobrado em função de valorização imobiliária decorrente de obra pública (CTN, art. 81). O valor cobrado deve guardar proporção com o custo total da obra e com a valorização de cada imóvel individualmente (CTN, art. 82, § 1º), de forma que não é possível que um mesmo ente político tribute mais de uma vez o mesmo fato gerador (bis in idem). Por outro lado, ainda que a obra pública provocadora da suposta valorização imobiliária fosse empreendida por mais de uma pessoa política, cada uma delas poderia cobrar contribuição de melhoria apenas na medida do seu próprio custo em relação à obra, de forma que também não há que se falar em bitributação.

Letra C: INCORRETA. O imposto residual, de competência da União, (CF/88, art. 154, I) não pode ter fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos discriminados na Constituição. Portanto, trata-se de verdadeira vedação ao bis in idem e à bitributação.

Letra D: INCORRETA. Ainda que o produto da arrecadação do imposto de renda incidente na fonte e cobrado de servidores públicos municipais e estaduais pertença

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aos respectivos estados e municípios, a competência para instituir o IR permanece com a União (CF/88, arts. 157, I e 158, I, combinado com o artigo 6º, § único, do CTN). Portanto, não há bis in idem (a União tributa cada fato gerador de IR apenas uma vez), nem bitributação (apenas a União está tributando o fato gerador de IR).

Letra E: CORRETA. O artigo 154, II, da CF/88 autoriza a União a instituir, na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária. Isso quer dizer que a União pode instituir um novo ITR ou um novo IR (bis in idem) ou então um novo ICMS ou ISS (bitributação). Trata-se de competência extraordinária e temporária, sendo que os impostos instituídos nessas circunstâncias devem ser gradativamente suprimidos à medida que as causas de sua criação se extinguirem.

GABARITO: E