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GABARITO 1 Prova 3 – Filosofia Q Q Q U U U E E E S S S T T T Õ Õ Õ E E E S S S O O O B B B J J J E E E T T T I I I V V V A A A S S S N. o DE ORDEM: N. o DE INSCRIÇÃO: NOME DO CANDIDATO: I I I N N N S S S T T T R R R U U U Ç Ç Ç Õ Õ Õ E E E S S S P P P A A A R R R A A A A A A R R R E E E A A A L L L I I I Z Z Z A A A Ç Ç Ç Ã Ã Ã O O O D D D A A A P P P R R R O O O V V V A A A 1. Confira os campos N. o DE ORDEM, N. o DE INSCRIÇÃO e NOME, conforme o que consta na etiqueta fixada em sua carteira. 2. Confira se o número do gabarito deste caderno corresponde ao constante na etiqueta fixada em sua carteira. Se houver divergência, avise, imediatamente, o fiscal. 3. É proibido folhear o Caderno de Provas antes do sinal, às 9 horas. 4. Após o sinal, confira se este caderno contém 20 questões objetivas e/ou qualquer tipo de defeito. Qualquer problema, avise, imediatamente, o fiscal. 5. O tempo mínimo de permanência na sala é de 2 horas após o início da resolução da prova. 6. No tempo destinado a esta prova (4 horas), está incluído o de preenchimento da Folha de Respostas. 7. Transcreva as respostas deste caderno para a Folha de Respostas. A resposta correta será a soma dos números associados às proposições verdadeiras. Para cada questão, preencha sempre dois alvéolos: um na coluna das dezenas e um na coluna das unidades, conforme exemplo ao lado: questão 13, resposta 09 (soma das proposições 01 e 08). 8. Se desejar, transcreva as respostas deste caderno no Rascunho para Anotação das Respostas constante nesta prova e destaque-o, para retirá-lo hoje, nesta sala, no horário das 13h15min às 13h30min, mediante apresentação do documento de identificação do candidato. Após esse período, não haverá devolução. 9. Ao término da prova, levante o braço e aguarde atendimento. Entregue ao fiscal este caderno, a Folha de Respostas e o Rascunho para Anotação das Respostas. Corte na linha pontilhada. ....................................................................................................................... R R R A A A S S S C C C U U U N N N H H H O O O P P P A A A R R R A A A A A A N N N O O O T T T A A A Ç Ç Ç Ã Ã Ã O O O D D D A A A S S S R R R E E E S S S P P P O O O S S S T T T A A A S S S P P P R R R O O O V V V A A A 3 3 3 I I I N N N V V V E E E R R R N N N O O O 2 2 2 0 0 0 1 1 1 1 1 1 N. o DE ORDEM: NOME: 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 UEM – Comissão Central do Vestibular Unificado

Questões - UEM de Filosofia

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Vestibular - U. E. de Maringá - PR.

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  • GABARITO 1

    Prova 3 Filosofia QQQUUUEEESSSTTTEEESSS OOOBBBJJJEEETTTIIIVVVAAASSS

    N.o DE ORDEM: N.o DE INSCRIO: NOME DO CANDIDATO:

    IIINNNSSSTTTRRRUUUEEESSS PPPAAARRRAAA AAA RRREEEAAALLLIIIZZZAAAOOO DDDAAA PPPRRROOOVVVAAA 1. Confira os campos N.o DE ORDEM, N.o DE INSCRIO e NOME, conforme o que consta na etiqueta fixada em sua

    carteira. 2. Confira se o nmero do gabarito deste caderno corresponde ao constante na etiqueta fixada em sua carteira. Se houver

    divergncia, avise, imediatamente, o fiscal. 3. proibido folhear o Caderno de Provas antes do sinal, s 9 horas. 4. Aps o sinal, confira se este caderno contm 20 questes objetivas e/ou qualquer tipo de defeito. Qualquer problema,

    avise, imediatamente, o fiscal. 5. O tempo mnimo de permanncia na sala de 2 horas aps o incio da resoluo da prova. 6. No tempo destinado a esta prova (4 horas), est includo o de preenchimento da Folha de Respostas. 7. Transcreva as respostas deste caderno para a Folha de Respostas. A resposta correta ser a soma

    dos nmeros associados s proposies verdadeiras. Para cada questo, preencha sempre dois alvolos: um na coluna das dezenas e um na coluna das unidades, conforme exemplo ao lado: questo 13, resposta 09 (soma das proposies 01 e 08).

    8. Se desejar, transcreva as respostas deste caderno no Rascunho para Anotao das Respostas constante nesta prova e destaque-o, para retir-lo hoje, nesta sala, no horrio das 13h15min s 13h30min, mediante apresentao do documento de identificao do candidato. Aps esse perodo, no haver devoluo.

    9. Ao trmino da prova, levante o brao e aguarde atendimento. Entregue ao fiscal este caderno, a Folha de Respostas e o Rascunho para Anotao das Respostas.

    Corte na linha pontilhada. ....................................................................................................................... RRRAAASSSCCCUUUNNNHHHOOO PPPAAARRRAAA AAANNNOOOTTTAAAOOO DDDAAASSS RRREEESSSPPPOOOSSSTTTAAASSS PPPRRROOOVVVAAA 333 IIINNNVVVEEERRRNNNOOO 222000111111

    N.o DE ORDEM: NOME:

    01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

    UEM Comisso Central do Vestibular Unificado

  • GABARITO 1 UEM/CVU

    Vestibular de Inverno/2011 Prova 3 Filosofia

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    FILOSOFIA Questo 01

    So designados sofistas os interlocutores de Scrates e Plato, pertencentes ao sculo V a.C., que deram enfoque antropolgico a questes morais, polticas e metafsicas que debatiam. Sobre a filosofia dos sofistas, assinale o que for correto. 01) A palavra sofista vem de sophos, sbio, pois

    designava os professores da sabedoria. Adquiriu, posteriormente, sentido pejorativo, em virtude da utilizao de raciocnios capciosos, chamados sofismas.

    02) O pensamento dos sofistas foi valorizado por Georg Wilhelm Hegel, no sculo XIX, que chamava o perodo em que viveram de Aufklrung grega, comparado ao Iluminismo do sculo XVIII.

    04) Os sofistas no representam a nobreza aristocrtica enraizada de Atenas, razo pela qual no praticavam a filosofia por amor sabedoria, como Scrates, Plato e Aristteles, uma vez que, para garantir o subsistncia, cobravam por suas aulas.

    08) Plato, na obra Teeteto, ope-se radicalmente a Protgoras, autor da afirmao o homem a medida de todas as coisas.

    16) Pelo teor fortemente relativista em suas teses sobre a origem das espcies, Aristteles tambm pode ser considerado um sofista.

    Questo 02

    A Idade Mdia caracteriza-se por uma concepo teocrtica da poltica. O processo de secularizao, que ocorre no bojo da modernidade, produz concepes laicas da poltica. Sobre os novos ideais da modernidade, assinale o que for correto. 01) A teoria poltica contratualista de Jean-Jacques

    Rousseau foi utilizada como ponto de apoio pela burguesia, preocupada em modificar a ordem poltica e social.

    02) A teoria poltica de Thomas Hobbes ataca a ideia de soberania do Estado e preconiza a organizao pluralista de governo, que d origem formao do parlamentarismo ingls.

    04) O termo secularizao surgiu nos sculos XVI e XVII, no campo jurdico, para indicar a passagem de um Estado religioso para um Estado secular, ou da transio de propriedades e prerrogativas eclesisticas para instituies laicas.

    08) Para Max Weber, o processo de secularizao, que ocorre entre a modernidade e o fim da teocracia, teria como consequncia a formao de um Estado democrtico, que delegaria todo poder ao cidado.

    16) Maquiavel preconiza, tanto em O Prncipe quanto em Comentrios sobre a primeira dcada de Tito Lvio, a formulao de um Novo Estado, de carter laico e autnomo em relao ao poder espiritual dos pontfices.

    Questo 03

    Entre os problemas principais da Filosofia, destaca-se a teoria do conhecimento, que tem por objetivo investigar as fontes do conhecimento, as formas de juzos verdadeiros e as regras para a obteno do conhecimento seguro. Sobre a teoria do conhecimento, assinale o que for correto. 01) O problema do conhecimento, em suas diferentes

    formas de fundamentao, seja racional (atravs da razo) ou emprica (atravs da experincia), no diz respeito ao nascimento da Filosofia, na Grcia antiga, nem filosofia da Idade Mdia. Ele se deve apenas filosofia moderna.

    02) O sofista Protgoras, com a afirmao de que o homem a medida de todas as coisas, pode ser considerado um precursor do relativismo contemporneo, do ponto de vista da teoria do conhecimento.

    04) O que diferencia, segundo Plato, opinio e conhecimento, que a opinio fornece apenas um quadro provisrio do mundo, ao passo que o conhecimento o estudo do imutvel e permanente.

    08) Para Ren Descartes, o desejo de verdade no suficiente para fundar o conhecimento, mas, sim, regras para a direo do esprito, estabelecidas pelo rigor de um mtodo lgico e metafsico.

    16) Em se tratando das formas do conhecimento, para Plato, no mito da caverna, abordado em A Repblica, o conhecimento sensvel idntico ao conhecimento inteligvel.

  • GABARITO 1 UEM/CVU

    Vestibular de Inverno/2011 Prova 3 Filosofia

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    Questo 04

    Desde a filosofia da antiguidade clssica grega at a filosofia contempornea, encontra-se, nas obras filosficas, formulado em vrias concepes, o tema da relao entre saber e poder. Sobre essa relao, assinale o que for correto. 01) Para a teoria da ao comunicativa, de Jrgen

    Habermas, a linguagem deve ser imperativa, de forma que seja conhecida e mantida a ordem social; isso explica por que o ato de fala expressa sempre uma relao de poder.

    02) Os sofistas utilizaram a retrica como uma forma de maiutica, de maneira que seus interlocutores, ao descobrirem a verdade, procuraram, alm da ambio poltica, a melhor forma de governo.

    04) Nicolau Maquiavel considera que o prncipe pode governar apenas com o uso do poder das armas e que o conhecimento da realidade poltica desnecessrio.

    08) Para Francis Bacon, o conhecimento e a cincia no so apenas instrumentos de exerccio do poder sobre a natureza, mas tambm devem ser postos a servio do poder poltico, fortalecendo o Estado.

    16) Michel Foucault inverte a relao tradicionalmente posta entre saber e poder, segundo a qual o saber antecede o poder. Para ele, o poder no se encontra separado do saber, mas, sim, condio dele.

    Questo 05

    A Filosofia apresentou como debate poltico, ao longo da histria, as questes da liberdade do indivduo na sociedade, teorizando a finalidade do Estado e das instituies sociais. Sobre a natureza do debate filosfico acerca das questes polticas, assinale o que for correto. 01) Em virtude da defesa da Igreja catlica, a fundao

    do Estado Moderno de Direito essencialmente dogmtica, j que os tericos da Idade Mdia faziam da unio dos planos humano e divino a exigncia central do republicanismo.

    02) O debate poltico em torno dos ideais liberais e socialistas se d no interior de questes religiosas, pois nem John Locke nem Thomas Hobbes desvinculam o debate poltico das questes metafsicas e morais.

    04) A importncia do projeto de Ludwig Feuerbach para a filosofia da poca seu profundo apego ao cristianismo de Hegel, razo pela qual defendeu, na Essncia do Cristianismo, a tese espiritualista de que o Estado o poder de Deus em nossas mos.

    08) Para Karl Marx, no basta reivindicar a liberdade sem tomar decises histricas e efetivas, capazes de controlar os meios de produo e formar a conscincia de classe dos trabalhadores.

    16) So conceitos fundamentais do marxismo os conceitos de fetiche da mercadoria, alienao poltica, ao poltica transformadora e emancipao humana.

    Questo 06

    A filosofia poltica encontrou nas utopias renascentistas uma forma peculiar de expresso em que a imaginao e a razo conjugam-se para apresentar ideias sobre a melhor forma de organizao social e poltica. Sobre o papel das utopias, assinale o que for correto. 01) Karl Marx e Friederich Engels criticaram as utopias

    por consider-las ideologias, isto , sistemas de ideias dissociadas da realidade, bem como opuseram, ao socialismo utpico, o socialismo cientfico.

    02) Thomas More, filsofo humanista renascentista, escreve A Utopia para criticar a Repblica de Plato e para afirmar sua adeso teoria poltica aristotlica.

    04) A Nova Atlntida, utopia escrita por Francis Bacon, reflete o novo esprito da Idade Moderna, que prestigia a tcnica, a experincia e a observao dos fatos, rejeitando a filosofia contemplativa da antiguidade clssica.

    08) A Utopia, de Thomas More, uma obra de fico cientfica na qual est ausente a crtica social e econmica. Foi escrita com o intuito de propor a modernizao tecnolgica da Inglaterra.

    16) O humanista renascentista Erasmo de Roterdam escreveu, junto com Francis Bacon, vrias utopias para denunciar a insensatez, a loucura e os desmandos dos estados e governantes de sua poca.

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    Questo 07

    A palavra arte vem do latim ars e corresponde ao termo grego tekhne, tcnica, significando toda atividade humana submetida a regras, tendo em vista a fabricao de alguma coisa que ser acrescentada natureza. Sobre o conceito de arte, assinale o que for correto. 01) Inicialmente ligada s atividades manuais dos

    artfices, a arte, no perodo clssico, era um saber prtico dotado de regras para a produo de um objeto artificial.

    02) A partir do conceito de juzo de gosto, amplamente estudado por Immanuel Kant, a experincia artstica visa ao ponto de vista do sujeito (espectador, ouvinte, leitor), que avalia o objeto belo.

    04) Para Maurice Merleau-Ponty, a arte funda uma tradio apoiada sobre outra tradio: a percepo, responsvel pelos nossos hbitos e, ao mesmo tempo, abertura para o mundo.

    08) particular arte, em relao a outros tipos de atividades humanas, o fato de no transformar ou transfigurar a realidade existente, ou seja, neutra face ao mundo.

    16) As artes mecnicas, nos sculos XVII e XVIII, intensificaram a relao entre o artista e o sagrado, razo pela qual as vanguardas modernas retornam s manifestaes religiosas do divino, pois seu papel a preservao dos mitos.

    Questo 08

    A publicao de A Origem das Espcies, em 1859, por Charles Darwin, d origem a muitas polmicas no apenas com a cincia, mas tambm com a religio da poca, em virtude de seu teor revolucionrio. Sobre a teoria evolucionista de Charles Darwin, assinale o que for correto. 01) A teoria evolucionista de Charles Darwin contestava

    a concepo criacionista sobre a origem da diversidade das espcies. A religio considerava o evolucionismo uma teoria hertica.

    02) Charles Darwin, ao declarar-se ateu, rejeita a religio e manifesta um confesso anticlericalismo, motivo pelo qual excomungado da Igreja.

    04) A teoria da evoluo de Charles Darwin, ao instituir um novo paradigma na Biologia, acabou influenciando outras cincias, como, por exemplo, as Cincias Sociais, representando um momento importante no processo de secularizao do pensamento e do saber.

    08) Charles Darwin desprezou a filosofia aristotlica por consider-la uma mera especulao abstrata e teolgica que ignorava o estudo da natureza.

    16) Charles Darwin costumava apresentar como prova de sua teoria da seleo natural e da luta pela sobrevivncia o confronto entre o poder espiritual e o poder temporal, que opunha a Igreja crist aos governos monrquicos.

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    Questo 09

    A Filosofia existe h mais de 26 sculos. Nessa histria to longa e de perodos diferentes, surgiram temas, disciplinas e campos de investigao especficos. Sobre os diversos campos de atuao da Filosofia, assinale o que for correto. 01) Chama-se metafsica o conhecimento das causas e

    primeiros princpios de toda a realidade, de todos os seres.

    02) A epistemologia (do grego episteme, cincia) estuda as relaes de poder existentes entre as esferas pblica e privada. Por essa razo, o debate epistemolgico vale-se da psicologia social do imaginrio, que lhe confere um estatuto intermedirio entre a cincia e a filosofia.

    04) A filosofia da histria tem por objeto a exegese dos mitos, sua participao no divino, o discurso dos trgicos e a histria das narrativas que deram origem ao mundo.

    08) Chama-se filosofia analtica a corrente filosfica que se interessa pelas regras e modos de funcionamento da linguagem. Seu incio atribudo a Ludwig Wittgenstein.

    16) Chama-se esttica o debate filosfico em torno da moralidade das obras de arte e da eticidade do artista. Para o campo da esttica, recorre-se filosofia moral e tica, sem as quais ela perde a especificidade e o rigor metodolgico.

    Questo 10

    A filosofia ocidental origina-se na Jnia e na Magna Grcia. Entre os primeiros filsofos jnicos, destacam-se os nomes de Anaxgoras, Anaximandro, Anaxmenes e Tales de Mileto. Sobre o pensamento dos filsofos jnicos, assinale o que for correto. 01) Os filsofos jnicos polemizaram contra Scrates e

    refutaram a filosofia socrtica por consider-la incapaz de fundamentar qualquer verdade e, por conseguinte, conduzir os homens ao ceticismo.

    02) Scrates criticava o carter metafsico e subjetivista da filosofia jnica, pois acreditava que a filosofia deveria indagar a realidade objetiva.

    04) Empdocles, filsofo da Magna Grcia, concordava com os jnicos no que se referia procura da origem, isto , a arch do cosmos na physis; todavia, Empdocles discordava dos jnicos, quando eles procuravam a origem em um nico elemento da matria.

    08) A filosofia jnica distingue-se da representao mtica do mundo, pois rompe com uma explicao monogentica e sobrenatural da origem do cosmos, alm de apresentar uma concepo natural e pluralista do universo.

    16) A filosofia pr-socrtica, que inclui a escola jnica, desenvolveu-se durante um perodo de grandes mudanas histricas ocorridas no nvel jurdico-poltico da organizao social da Grcia antiga.

    Questo 11

    Toda cultura e cada sociedade institui uma moral, isto , valores concernentes ao bem e ao mal, ao permitido e ao proibido e conduta correta e incorreta, vlidos para todos os seus membros (CHAUI, Marilena. Convite filosofia. 13 ed. So Paulo: tica, 2005, p.310). Sobre a moral, assinale o que for correto. 01) A tica nasce quando se passa a indagar o que so, de

    onde vm e o que valem os costumes, pois a tica no pode ser dissociada da filosofia moral.

    02) Santo Agostinho rompe com a concepo moral da religio maniquesta ao defender que o mal no tem uma entidade, mas a ausncia do bem.

    04) A tica hegeliana fundamenta-se no princpio rousseauniano da bondade natural dos homens, segundo o qual a sociedade que a corrompe.

    08) Immanuel Kant afirma que o homem um ser vido de prazeres insaciveis, em nome dos quais ele rouba e mata. Para Kant, no existe bondade natural, pois a natureza do homem egosta, ambiciosa, agressiva e cruel.

    16) Pode-se afirmar, com base nos textos de Plato e de Aristteles, que, no Ocidente, a tica inicia-se com Scrates.

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    Questo 12

    Para Nicola Abbagnano, a liberdade tem trs significaes fundamentais, correspondentes a trs concepes que se sobrepuseram ao longo de sua histria e que podem ser caracterizadas da seguinte maneira: 1. Liberdade como autodeterminao ou autocausalidade, segundo a qual a liberdade ausncia de condies e de limites; 2. Liberdade como necessidade, que se baseia no mesmo conceito da precedente, a autodeterminao, mas atribuindo-a totalidade a que o homem pertence (Mundo, Substncia, Estado); 3. Liberdade como possibilidade ou escolha, segundo a qual a liberdade limitada e condicionada, isto , finita (ABBAGNANO, Nicola. Dicionrio de filosofia. Traduo da 1. ed. coordenada e revista por Alfredo Bossi. 5 ed. So Paulo: Martins Fontes, 2007, p.699). Sobre a liberdade, assinale o que for correto. 01) O anarquismo individualista defende a segunda

    concepo de liberdade, expressa no enunciado. 02) A filosofia existencialista de Jean-Paul Sartre

    desenvolve a primeira concepo de liberdade, expressa no enunciado.

    04) A filosofia de Georg Wilhelm Hegel identifica-se com a segunda concepo de liberdade, expressa no enunciado.

    08) Para Thomas Hobbes, existe uma liberdade de fazer, no uma liberdade de querer; portanto, a liberdade para este filsofo caracterizada pela terceira concepo, expressa no enunciado.

    16) Enquanto as duas primeiras concepes de liberdade, expressas no enunciado, possuem um ncleo conceitual comum, a terceira no recorre a esse ncleo.

    Questo 13

    Diz-se que a modernidade corresponde sociedade industrial (aquela em que o poder econmico e poltico pertence s grandes indstrias e em que se explora o trabalho produtivo), enquanto a ps-modernidade corresponde sociedade ps-industrial (aquela em que o poder econmico e poltico pertence ao capital financeiro e ao setor de servio das redes de informao e automao) (CHAUI, Marilena. Convite filosofia. 13 ed. So Paulo: tica, 2005, p.54). Com base nessa afirmao, que contextualiza a passagem da modernidade ps-modernidade, assinale o que for correto. 01) notrio, na ps-modernidade, o contexto filosfico

    de crtica ao racionalismo e abertura a novos campos de experincia vlidos, como as vivncias corporais, artsticas e lingusticas.

    02) Ao contrrio da modernidade, a ps-modernidade fundamentou o conhecimento atravs da subjetividade e suas leis racionais, tanto no domnio terico (produo do conhecimento) quanto no domnio prtico (mandamentos da ao).

    04) A sociedade ps-moderna, ao criticar o etnocentrismo das culturas europeias, deixa de lado o debate epistemolgico em nome das teses para a filosofia da histria, bem como reconhece o sentido descontnuo da histria e a crise dos ideais revolucionrios utpicos de emancipao humana.

    08) A filosofia moderna, ao estabelecer um consenso na questo da fundamentao do conhecimento, no reproduz o debate, incessante na ps-modernidade, em torno da natureza humana.

    16) A sociedade ps-moderna procura estabelecer princpios a partir dos quais a cincia e a Filosofia podem, atravs do bom-senso, adquirir resultados universais e andar de mos dadas, como acontece no positivismo de Auguste Comte.

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    Questo 14

    O Iluminismo moderno um perodo da histria da Filosofia que vai dos ltimos decnios do sculo XVII aos ltimos decnios do sculo XVIII. Como linha filosfica, caracteriza-se pelo empenho em estender a razo como guia a todos os campos da experincia humana. Sobre o Iluminismo, assinale o que for correto. 01) Os iluministas ingleses fizeram uma crtica Igreja

    oficial, pregaram a tolerncia religiosa e desenvolveram uma religio natural chamada Desmo.

    02) Para Immanuel Kant, no h nenhuma relao entre a razo e a experincia. Fundamentado na filosofia platnica, Kant afirma que o conhecimento do mundo sensvel fruto das ideias inatas.

    04) Tanto na Frana de Montesquieu quanto na Alemanha de Immanuel Kant, o Iluminismo adotou uma posio poltica de defesa do sufrgio universal como nico instrumento para instaurar um Estado democrtico.

    08) O Iluminismo ingls teve, na teoria do pacto social de Thomas Hobbes, um dos seus expoentes, pois, ao realizar um pacto entre si, os indivduos preservavam diante do Estado sua autonomia poltica.

    16) Jean-Jacques Rousseau desenvolveu uma filosofia poltica inovadora ao distinguir o conceito de soberania do conceito de governo, atribuindo, dessa maneira, ao povo, uma soberania inalienvel.

    Questo 15

    papel da Filosofia, em relao prtica das cincias empricas, expor os fundamentos metafsicos, estabelecer critrios de verdade, apontar para a responsabilidade social do cientista, criticar os limites e abusos da tcnica, quando necessrio, dentre outros. Sobre a prtica das cincias empricas, assinale o que for correto. 01) A cincia produz, do ponto de vista prtico, um

    conhecimento eficiente e aplicvel, razo pela qual a Filosofia deve, em sua crtica, esquecer a teoria e atacar as multinacionais, os meios de comunicao e as redes de relacionamento virtual na Internet.

    02) Para a Escola de Frankfurt, a cincia estabelece uma nova mitologia a partir da imagem de cincia infalvel. Essa imagem veiculada pelo senso comum, que representa o cientista como gnio ou intelectual superdotado.

    04) A revoluo verde e outras novidades da biotecnologia moderna multiplicaram os ganhos na agroindstria, o que acabou fortalecendo a justia social e a distribuio de renda para as famlias pobres.

    08) Galileu Galilei, por interferncia da Igreja, no pode publicar os resultados cientficos de sua pesquisa, considerados nocivos para os valores religiosos da poca.

    16) Temas polmicos da biotica, como a clonagem, a manipulao gentica e a pesquisa em torno de clulas tronco, ocupam os filsofos e os desviam do caminho, que a epistemologia das cincias empricas no plano puramente terico e metafsico, sem discutir a prtica cientfica.

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    Questo 16

    A restrio que Marx faz ao Estado de Direito burgus, enquanto abstrao da condio bsica da sociabilidade humana atrelada imediatidade do viver-junto dos homens, que este Estado acaba, por fora da sua estrutura burocratizante e da reduo do poltico aos aspectos jurdicos, representando os interesses de uma parcela da sociedade e, nessa medida, impotente para garantir os fins maiores e universais da coletividade (Filosofia Ensino Mdio. Curitiba: SEED-PR, 2006, p.224). Com base nessa afirmao, assinale o que for correto. 01) nas ideias do liberalismo clssico de John Locke

    que Karl Marx procura subsdios tericos para a concepo de uma sociedade socialista, segundo a qual a liberdade de cada indivduo seria garantida pela emancipao poltica de toda a coletividade.

    02) Para Karl Marx, o fim da luta entre as classes sociais tornar-se- possvel quando o trabalho e o capital chegarem a um acordo jurdico sobre uma forma democrtica de distribuio igualitria da renda entre todos os indivduos de todas as classes sociais.

    04) Para Karl Marx, a lei deve garantir uma justia social fundamentada no princpio de que o trabalho deve ser remunerado conforme os mritos e a capacidade produtiva de cada indivduo.

    08) O materialismo histrico de Karl Marx preconiza que a estrutura jurdico-poltica instaurada com o modo de produo capitalista precisa ser mantido, de forma que a transio para uma economia socialista possa ser efetivada sem conturbaes.

    16) Para Karl Marx, o direito burgus no passa de uma fico da lei e expresso de uma ideologia cuja compreenso e desvelamento s pode realizar-se a partir de uma anlise da infraestrutura econmica do modo de produo capitalista.

    Questo 17

    Diferenciam-se, na Filosofia, os juzos de conhecimento e os juzos de valor. Os primeiros qualificam os seres em suas propriedades objetivas, enquanto os segundos revelam as relaes estabelecidas entre os seres a partir de um sujeito que julga. Sobre os juzos de conhecimento e os juzos de valor, assinale o que for correto. 01) Uma proposio do tipo A caneta azul um juzo

    de conhecimento. Uma proposio do tipo A caneta ruim, pois falha muito um juzo de valor.

    02) A temtica dos valores considera, de maneira notvel, os juzos morais (realidade do dever ser) e os juzos estticos (realidade dos sentimentos em relao aos objetos belos).

    04) Enquanto a moral o conjunto de regras de conduta admitidas em determinada poca por um grupo de pessoas, a tica a parte da Filosofia que se ocupa da reflexo sobre a moral.

    08) Juzos de conhecimento, assim como juzos de gosto, so relativos vontade dos indivduos e no podem encontrar, por isso, fundamento racional que lhes d estatuto universal e coletivo.

    16) Para o existencialismo, os juzos morais so indiscutveis, razo pela qual se devem aceitar os padres de conduta sem julgamento pessoal ou segundo as particularidades dos indivduos.

    Questo 18

    A fenomenologia um mtodo e uma filosofia que surge no final do sculo XIX, com Franz Brentano, tendo como um dos principais representantes o filsofo Edmund Husserl. Sobre a fenomenologia, assinale o que for correto. 01) A fenomenologia de Edmund Husserl procura superar

    as teorias do conhecimento empirista e idealista, como tambm o dualismo entre o sujeito e o objeto.

    02) Para a fenomenologia, a conscincia sempre conscincia de alguma coisa; portanto, no h uma realidade pura, isolada do homem, mas a realidade enquanto ser percebido.

    04) O filsofo alemo Martin Heidegger, pertencente escola fenomenolgica, resgata um conceito de verdade desenvolvido pelos gregos arcaicos: o conceito de altheia, que significa o no-oculto, aquilo que se mostra ou se desvela.

    08) O filsofo francs Maurice Merleau-Ponty defende uma concepo dualista para a matria e o esprito. De um lado, esto os objetos e o corpo, de outro, o sujeito e a conscincia.

    16) A gestalt, corrente da Psicologia que se desenvolveu no comeo do sculo XX, ao reconhecer a influncia da fenomenologia, ope-se psicologia de tendncia positivista.

  • GABARITO 1 UEM/CVU

    Vestibular de Inverno/2011 Prova 3 Filosofia

    9

    Questo 19

    A lgica o estudo que visa formalizao de regras com o fim de orientar o bom funcionamento e a validade dos raciocnios e argumentos. Sobre as consideraes da lgica na histria da Filosofia, assinale o que for correto. 01) O primeiro grande filsofo a sistematizar as regras

    para o bom funcionamento da proposio e dos juzos foi Erasmo de Roterdam, j que, apesar de tratar do silogismo, Aristteles no pode ser considerado o fundador da lgica.

    02) Pode-se chamar de raciocnio indutivo a passagem do particular ao universal, e de raciocnio dedutivo o movimento contrrio, a passagem do universal ao particular.

    04) A lgica tambm pode ser definida como a parte da Filosofia que estuda os conjuntos coerentes de enunciados, a partir do conceito de inferncia vlida.

    08) A ps-modernidade introduz, como mtodo de garantir a verdade cientfica, os princpios da geometria euclidiana.

    16) A alta Idade Mdia pode ser caracterizada pelo profundo debate em torno do pensamento lgico. Prova disso, o reconhecimento de uma disciplina autnoma, que incorpora a dialtica, compilada em grandes manuais, sob o ttulo de Summae ou Summulae.

    Questo 20

    A Escola de Frankfurt tem sua origem no Instituto de Pesquisa Social, fundado em 1923. Entre os pensadores expoentes da Escola de Frankfurt, destaca-se Walter Benjamin, que se dedicou particularmente reflexo sobre a esttica. Sobre a Escola de Frankfurt e Walter Benjamin, assinale o que for correto. 01) Walter Benjamin no se interessava pela teoria

    crtica, pois concebia a obra de arte e o belo artstico como manifestaes do esprito absoluto e, por isso, no poderiam ser objeto de crtica.

    02) O substantivo esttica foi introduzido por Walter Benjamin para defender a tese de que as obras de arte so representaes confusas, incapazes de serem conceituadas e analisadas.

    04) Walter Benjamian retoma, no livro A obra de arte na poca da reprodutibilidade tcnica, o pensamento do filsofo Paul Valry, que considerava o homem moderno um ser fragmentado que no consegue viver plenamente todas as suas dimenses.

    08) Os integrantes da Escola de Frankfurt, com exceo de Walter Benjamin, no se preocuparam com a questo cultural da produo artstica, por acreditarem que a obra de arte no o objeto da filosofia.

    16) Os tericos da Escola de Frankfurt, identificando o irracional e as formas de totalitarismo presentes na histria, criticaram a razo instrumental.