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SÉRIE ENSINO TC P-UNIVERSITÁRIO ____/____/____ Rumo ao ITA – Nº 01 SÉRGIO MATOS QUÍMICA ALUNO(A) T URMA T URNO DATA SEDE PROFESSOR(A) OSG.: 56744/11 Estrutura Atômica Introdução Diz a lenda que foi observando os grãos de areia na praia que os gregos Demócrito e Leucipo, cerca de 450 anos antes de Cristo, tiveram a primeira concepção atomística. Achavam eles que toda a matéria era formada por diminutas partículas, às quais chamaram de átomos, que em grego significa “indivisíveis”. Hoje, nós sabemos que toda a matéria é formada por átomos, partículas extremamente pequenas, mas não indivisíveis. Sabemos que o átomo contém prótons, nêutrons e elétrons. E sabemos também que os prótons e os nêutrons são formados por partículas ainda menores, que são chamadas de “quarks”. E mais ainda: no interior do átomo, o que mais existe é espaço vazio. A eletrosfera é cerca de 10000 a 100000 vezes maior que o núcleo do átomo! O átomo de Dalton Por volta de 1808, o inglês John Dalton, utilizando combinações químicas, formulou a seguinte teoria: Toda a matéria é formada de átomos, esferas extremamente pequenas, maciças, homogêneas, indivisíveis e indestrutíveis. Os átomos do mesmo elemento químico são idênticos em massa. Em uma reação química, os átomos das substâncias reagentes se reorganizam para formar os produtos. Modelo "bola de bilhar", de Dalton. O modelo de Dalton não explicava os fenômenos da eletricidade e da radioatividade, bem como a existência dos isótopos, tendo por isso se tornado obsoleto. A descoberta dos elétrons Em meados do século XIX, Sir William Crookes, criou um tubo de vidro que ficou conhecido como ampola de Crookes, o qual continha um gás rarefeito (gás a baixa pressão) que era submetido a uma descarga elétrica (como no tubo de imagem de uma TV). Vários experimentos foram realizados, observando-se a formação de uma mancha luminosa em frente ao cátodo (polo negativo). Constatou-se que havia um feixe de partículas que partia do cátodo, ao qual se chamou de raios catódicos. Cátodo Gerador Ânodo Vácuo A experiência dos raios catódicos. Foram descobertas as seguintes propriedades para os raios catódicos: 1ª. Os raios catódicos possuíam massa. 2ª. Os raios catódicos possuíam carga elétrica negativa. 3ª. Os raios catódicos se propagavam em linha reta. Posteriormente, os raios catódicos foram chamados de elétrons. A descoberta dessas partículas é atribuída a J. J. Thomson, físico inglês que conseguiu medir a relação entre sua carga e sua massa (e/m) pela análise do movimento do elétron quando submetido a um campo elétrico ou magnético. Para o elétron, em um campo magnético, temos: e m v BR = Sendo: v = velocidade atingida pelo elétron em um campo elétrico-magnético de indução; B = módulo do vetor indução magnética; R = raio da trajetória circular descrita pelo elétron no campo magnético. A experiência de Millikan A determinação da carga do elétron foi feita em 1909, pelo físico estadunidense Robert Millikan, através da observação do movimento, em um campo elétrico, de gotículas de óleo eletrizadas. O experimento de Millikan consiste em pulverizar um óleo dentro de uma câmara contendo gás ionizado. Na queda, as gotas de óleo ficam eletrizadas com um ou mais elétrons. Isso ocorrendo com várias gotículas, cada uma delas deve adquirir a carga correspondente a 1 elétron ou mais de um. Medindo-se a carga das várias gotículas, o máximo divisor comum dos resultados obtidos é a carga do elétron. A medição da carga de uma gotícula é feita através de dados obtidos de seu movimento dentro do campo elétrico, ao ser observada com o auxílio de um microscópio. G O A M N T C L J J R B + -------- ++++++ A experiência de Millikan, da gota de óleo. M é um manômetro para a regulagem, na câmara C, da pressão do gás que vem pela tubulação T. N é o nebulizador do óleo e R é um tubo produtor de raios X. A e B são placas planas e paralelas eletrizadas. Há um orifício O na placa A pelo qual uma gotícula G de óleo entra no campo elétrico, iluminado pela lâmpada L através da janela lateral J.

Quimica Modelos Atomicos Gvf

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  • Srie Ensino

    TC

    Pr-Universitrio

    ____/____/____

    Rumo ao ITA N 01

    srgio Matos

    QUMicaAluno(a)

    Turma Turno Data

    Sede

    N

    Professor(a)

    OSG.: 56744/11

    Estrutura Atmica

    IntroduoDiz a lenda que foi observando os gros de areia na praia

    que os gregos Demcrito e Leucipo, cerca de 450 anos antes de Cristo, tiveram a primeira concepo atomstica. Achavam eles que toda a matria era formada por diminutas partculas, s quais chamaram de tomos, que em grego significa indivisveis.

    Hoje, ns sabemos que toda a matria formada por tomos, partculas extremamente pequenas, mas no indivisveis. Sabemos que o tomo contm prtons, nutrons e eltrons. E sabemos tambm que os prtons e os nutrons so formados por partculas ainda menores, que so chamadas de quarks. E mais ainda: no interior do tomo, o que mais existe espao vazio. A eletrosfera cerca de 10000 a 100000 vezes maior que o ncleo do tomo!

    O tomo de DaltonPor volta de 1808, o ingls John Dalton, utilizando

    combinaes qumicas, formulou a seguinte teoria: Toda a matria formada de tomos, esferas

    extremamente pequenas, macias, homogneas, indivisveis e indestrutveis.

    Os tomos do mesmo elemento qumico so idnticos em massa.

    Em uma reao qumica, os tomos das substncias reagentes se reorganizam para formar os produtos.

    Modelo "bola de bilhar", de Dalton.

    O modelo de Dalton no explicava os fenmenos da eletricidade e da radioatividade, bem como a existncia dos istopos, tendo por isso se tornado obsoleto.

    A descoberta dos eltronsEm meados do sculo XIX, Sir William Crookes, criou um

    tubo de vidro que ficou conhecido como ampola de Crookes, o qual continha um gs rarefeito (gs a baixa presso) que era submetido a uma descarga eltrica (como no tubo de imagem de uma TV). Vrios experimentos foram realizados, observando-se a formao de uma mancha luminosa em frente ao ctodo (polo negativo). Constatou-se que havia um feixe de partculas que partia do ctodo, ao qual se chamou de raios catdicos.

    CtodoGerador

    nodo

    Vcuo

    A experincia dos raios catdicos.

    Foram descobertas as seguintes propriedades para os raios catdicos:

    1. Os raios catdicos possuam massa.2. Os raios catdicos possuam carga eltrica negativa.3. Os raios catdicos se propagavam em linha reta.

    Posteriormente, os raios catdicos foram chamados de eltrons. A descoberta dessas partculas atribuda a J. J. Thomson, fsico ingls que conseguiu medir a relao entre sua carga e sua massa (e/m) pela anlise do movimento do eltron quando submetido a um campo eltrico ou magntico. Para o eltron, em um campo magntico, temos:

    e

    m

    v

    BR=

    Sendo:v = velocidade atingida pelo eltron em um campo

    eltrico-magntico de induo;B = mdulo do vetor induo magntica;R = raio da trajetria circular descrita pelo eltron no campo

    magntico.

    A experincia de MillikanA determinao da carga do eltron foi feita em 1909, pelo

    fsico estadunidense Robert Millikan, atravs da observao do movimento, em um campo eltrico, de gotculas de leo eletrizadas.

    O experimento de Millikan consiste em pulverizar um leo dentro de uma cmara contendo gs ionizado. Na queda, as gotas de leo ficam eletrizadas com um ou mais eltrons. Isso ocorrendo com vrias gotculas, cada uma delas deve adquirir a carga correspondente a 1 eltron ou mais de um. Medindo-se a carga das vrias gotculas, o mximo divisor comum dos resultados obtidos a carga do eltron. A medio da carga de uma gotcula feita atravs de dados obtidos de seu movimento dentro do campo eltrico, ao ser observada com o auxlio de um microscpio.

    G

    O A

    M

    N

    T

    C

    L

    J J

    R

    B

    +

    + + + + + +

    A experincia de Millikan, da gota de leo. M um manmetro para a regulagem, na cmara C, da presso do gs que vem pela tubulao T. N o nebulizador do leo e R um tubo produtor de raios X. A e B so placas planas e paralelas eletrizadas. H um orifcio O na placa A pelo qual uma gotcula G de leo entra no campo eltrico, iluminado pela lmpada L atravs da janela lateral J.

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    A descoberta dos prtonsEm 1886, Eugen Goldstein, utilizando um ctodo perfurado

    em uma ampola semelhante de Crookes, observou que havia a formao de um feixe luminoso que aparecia atrs do ctodo, originado no nodo. Goldstein chamou esse feixe de raios andicos ou raios canais.

    Ctodo

    nodo

    Gerador

    Vcuo A experincia dos raios canais.

    Goldstein verificou as seguintes propriedades dos raios andicos:

    1 Os raios andicos possuam massa.2 Os raios andicos possuam carga eltrica positiva.3 Os raios andicos se propagavam em linha reta.

    Verificou-se ainda que, se o gs contido na ampola fosse o hidrognio, os raios apresentavam a menor massa possvel. Conclui-se que, neste caso, os raios canais eram constitudos essencialmente da menor partcula de carga positiva, a qual recebeu o nome de prton.

    O tomo de ThomsonBaseando-se nos experimentos com a ampola de Crookes,

    J.J. Thomson, em 1898, sugeriu a seguinte teoria: O tomo era formado por uma massa esfrica, que

    possua carga eltrica positiva. Essa massa possua cargas eltricas negativas incrustadas

    (os eltrons), semelhantemente s passas em um pudim. A carga total do tomo era nula, de modo a haver a

    neutralidade da matria.

    Modelo pudim de passas, de Thomson.

    Anotaes

    Os raios X e a radioatividade

    A descoberta dos raios X ocorreu por acaso, em 1895, quando Wilhelm Rntgen verificou a existncia de raios invisveis, desprovidos de massa e carga eltrica, com grande poder de penetrao e que eram capazes de manchar chapas fotogrficas.

    Em 1896, o francs Henri Becquerel observou que algumas substncias contendo urnio emitem espontaneamente raios capazes de atravessar a matria. Muitas pesquisas foram realizadas at 1900, culminando com a descoberta de trs tipos de radiao, designadas por , e .

    Partculas alfa (): so formadas por dois prtons e dois nutrons. Tm, portanto, carga eltrica positiva, so relativamente pesadas e so o tipo de radiao de menor poder penetrante (podem ser bloqueadas por uma folha de papel);

    Partculas beta (): cada partcula corresponde a um eltron altamente energizado. So, portanto, relativamente leves e de carga eltrica negativa. Possuem maior poder penetrante que as partculas , podendo ser barradas por uma folha de alumnio.

    Raios gama (): so radiaes eletromagnticas semelhantes luz e aos raios X, s que mais energticas. Possuem carga e massa nulas e possuem o maior poder penetrante, somente podendo ser bloqueadas por um bloco de chumbo bem espesso.

    Partculas 24 24 2 ou He +

    Partculas

    10 ou e

    Raios gama 00

    Partcula alfa

    Partcula beta

    Papel Folha dealumnio

    Bloco dechumbo

    Raio gama

    Testando o poder de penetrao das radiaes.

    Muitas descobertas no campo da radioatividade so atribudas ao casal Curie. Pierre Curie, francs, e Marie Sklodovska Curie, polonesa, conseguiram descobrir dois elementos radioativos: o polnio e o rdio.

    A descoberta do ncleo O tomo de Rutherford

    Em 1911, Ernest Rutherford, fsico neozelands, auxiliado por Geiger e Marsden, bombardeou uma fina lmina de ouro com partculas que eram emitidas por uma amostra de polnio, como mostra a figura:

    bloco de Pb

    amostra de Po

    placa de Pbcom orifcio

    lminade Au

    folha de ZnS

    partculas

    A experincia de Rutherford.

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    Rutherford fez as seguintes observaes:

    1 A maioria das partculas atravessava a lmina de ouro sem

    sofrer desvio.

    2 Algumas poucas partculas eram desviadas de sua trajetria.3 Outras partculas , em menor quantidade, eram rebatidas e

    retornavam.Em 1911, Rutherford apresentou ao mundo o seu modelo

    atmico (tomo nucleado), concluindo que o tomo possui um grande espao vazio, onde esto os eltrons (eletrosfera), e um ncleo, que possui carga eltrica positiva e onde se acha concentrada a massa do tomo.

    Muitos cientistas da poca sentiram-se impelidos a acreditar que o tomo se assemelhava a um sistema solar, em que o ncleo se assemelharia ao Sol e os eltrons aos planetas. Essa ideia ficou conhecida como modelo planetrio ou modelo atmico clssico.

    O tomo clssico era semelhante a um sistema solar.

    Anotaes

    A Teoria Quntica de Max Planck

    Os raios gama, os raios X, a luz visvel, ultravioleta e infravermelho, as hertzianas (ondas de rdio e TV) e as micro-ondas propagam-se no vcuo sempre velocidade de 300000 quilmetros por segundo e so chamadas ondas eletromagnticas.

    Micro-ondas Luz visvel

    Ondas infravermelhas

    Ondas visveisBaixa frequncia

    A parte visvel do espectro eletromagntico uma faixa estreita de comprimento de onda.

    Alta frequncia

    Ondas de rdio

    Raios X

    Raios gama

    Raios ultravioleta

    O espectro eletromagntico.

    Com o objetivo de justificar a distribuio de energia entre as diversas formas de radiao emitidas por um corpo negro, o fsico alemo Max Planck formulou, no ano de 1900, uma ideia segundo a qual a energia somente pode ser emitida por quantidades discretas, ou seja, por quantidades mltiplas de uma mnima chamada quantum (plural: quanta). Era a Teoria Quntica de Max Planck.

    Segundo a Teoria Quntica, a energia das ondas eletromagnticas proporcional frequncia da radiao e pode ser calculada pelas expresses:

    E hv ou Eh c

    = =

    Sendo:E = energia, em joules (J);v = frequncia da radiao, em hertz (Hz);

    vc

    =

    l = comprimento de onda da radiao, em metros (m).c = velocidade da luz no vcuo = 2,9979 108 m/s;h = constante de Planck = 6,6262 10

    43 J s.

    0 1

    Comprimentode onda

    Comprimentode onda

    Amplitude

    Vale

    Crista

    2 3 4 5

    Exemplo de uma onda simples.

    O efeito fotoeltricoQuando um feixe de luz incide sobre uma placa metlica,

    verifica-se, em determinadas condies, uma emisso de eltrons pela placa irradiada. Segundo Einstein, para que haja emisso de um eltron necessria uma energia mnima caracterstica do metal (a sua energia de ionizao). Quando o fton incidente tem energia maior que a energia de ionizao, a diferena entre as duas parcelas passa a ser a energia cintica do eltron emitido, ou seja:

    E c = = E I ou mv hv Itot1

    22

    Sendo:E

    tot = hv = energia do fton;

    I = energia de ionizao;

    Ec =

    1

    22mv = energia cintica do eltron emitido.

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    O tomo de Bhr

    No incio do sculo XX, havia uma difi culdade em se aceitar o modelo atmico planetrio, pois se sabia que uma carga eltrica que gira em torno de uma outra de sinal contrrio perde energia continuamente, resultando numa aproximao entre as duas, conforme mostravam os estudos de Eletrodinmica. Isso signifi cava que os eltrons deveriam se aproximar continuamente do ncleo at haver a coliso, o que tornava invivel a ideia sobre os tomos.

    Para resolver o impasse, o fsico dinamarqus Niels Bhr formulou em 1913 o seu modelo atmico, observando o espectro de emisso do tomo de hidrognio e baseando-se na Teoria Quntica de Planck.

    Tubo de descargaem gs contendohidrognio

    Fendas

    Prisma

    Violeta Azul Vermelho

    656,

    3nm48

    6,3

    nm432,

    4nm41

    0,3

    nm

    O espectro do tomo de hidrognio (um espectro descontnuo).

    Compare esse espectro com um espectro contnuo, por exemplo, o da luz solar:

    Fendas

    Prisma

    Anteparo Vio

    leta

    Ani

    lA

    zul

    Verd

    eA

    mar

    elo

    Lara

    nja

    Verm

    elho

    Luz branca

    O espectro contnuo.

    O modelo de Bhr consistia nos seguintes postulados:

    Postulados Mecnicos

    O eltron descreve rbitas circulares em torno do ncleo sem absorver ou emitir energia espontaneamente.

    Somente so possveis certas rbitas com energias fi xas (energias quantizadas). As rbitas permitidas so aquelas para as quais o momento angular do eltron (mvr) um mltiplo inteiro de h/2:

    mvrnh

    =

    2pi

    Sendo h a constante de Planck e n um nmero inteiro maior que zero.

    O modelo das rbitas circulares de Bhr.

    K L M N O P QNcleo

    rbitas circulares(eletrosfera)

    Os nveis de energia so numerados de n = 1 at n = (infi nito). Quanto mais afastado do ncleo estiver o eltron, maior a energia.

    Postulado ptico

    Ao receber energia, o eltron salta para rbitas mais externas. Ao retornar para rbitas mais internas, emite energia na forma de ondas eletromagnticas.

    Energia

    Eltron absorvendo energia Eltron emitindo energia

    Ncleo Ncleo

    Energia

    Saltos qunticos do eltron no tomo de Bhr.

    A energia absorvida ou emitida pelo eltron no chamado salto quntico dada pela diferena entre as energias dos nveis envolvidos:

    E E Efinal inicial=

    Essa energia absorvida ou emitida, DE, dependente da frequncia da radiao eletromagntica envolvida, de acordo com a Teoria Quntica de Planck:

    E hV ou E h c= =

    Observaes:

    I. tomos hidrogenoides so aqueles que possuem apenas 1 eltron. Para esse tipo de tomo se aplica tambm a teoria de Bhr, com a energia do eltron na rbita sendo dada por:

    Eme Z

    n hou E

    Z

    neVn n= =

    4 2

    02 2 2

    2

    28

    13 6

    ,

    Sendo:Z = nmero atmico

    m = massa do eltron = 9,1095 1031kg

    e = carga do eltron = 1,6022 1019C

    0 = permissividade do vcuo = 8,8542 1012C2 N1 m2

    h = constante de Planck = 6,626 1034J s

    eV = eltron-Volt (unidade de energia que equivale a

    1,6022 1019J).

    Desse modo, a energia do eltron numa rbita do tomo

    de hidrognio (Z = 1) dada por:

    eV En

    n =13 6

    2

    ,

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    II. medida que o eltron se afasta do ncleo, a energia aumenta, mas os nveis energticos se tornam cada vez mais prximos:

    eV

    0

    I

    n = 3

    n = 2

    n = 1 13,6

    n =

    Os nveis de energia em um tomo de hidrognio. Os nveis energticos se tornam cada vez mais prximos, quando n aumenta.

    III. O raio da rbita de um tomo hidrogenoide dado por:

    r = =

    pi0

    2 2

    2

    20 0529n h

    me Zou r

    n

    Znm

    ,

    1nm = 109m

    IV. Os raios das rbitas tambm aumentam medida que cresce o valor de n. No entanto, o afastamento entre as rbitas tambm cresce:

    +

    As rbitas de Bhr. A diferena entre os raios das rbitas cresce com n.

    Anotaes

    Sries espectrais

    Por meio da teoria de Bhr se pode calcular o nmero de onda (recproco do comprimento de onda) da radiao eletromagntica emitida pelo eltron, utilizando-se para isso a equao abaixo:

    v

    =

    RZ n nf i

    22 2

    1 1(Equao de Rydberg)

    Sendo:v = nmero de onda = 1/l, medido em m1

    R = constante de Rydberg, 1,097 107m1

    Z = nmero atmicon

    i = nvel inicial do salto quntico de emisso, n

    i > n

    f

    nf = nvel fi nal do salto quntico de emisso

    As linhas (raias) observadas no espectro do tomo de hidrognio (Z = 1) podem ser classifi cadas de acordo com o tipo de radiao eletromagntica emitida e, consequentemente, com o nvel fi nal do salto quntico. So as chamadas sries espectrais.

    Pela equao de Rydberg, temos:

    Srie de Lyman: nf = 1 (ultravioleta)

    Srie de Balmer: nf = 2 (visvel)

    Srie de Paschen: nf = 3 (infravermelho)

    Srie de Brackett: nf = 4 (infravermelho)

    Srie de Pfund: nf = 5 (infravermelho)

    Srie de Humphries: nf = 6 (infravermelho)

    Srie

    de

    Lym

    an

    Srie de Pf

    undSr

    ie de B

    racket

    t

    Srie

    de Pa

    schem

    H

    H

    S

    rie d

    e Ba

    lmer

    K L M N O P

    O modelo atmico de SommerfeldEm 1916, Arnold Sommerfeld, ao estudar com mais cuidado

    os espectros atmicos, observou que as raias possuam subdivises. Sommerfeld tentou explicar o fato estabelecendo que para cada camada eletrnica haveria 1 rbita circular e n1 rbitas elpticas de diferentes excentricidades (razo entre a distncia focal e o eixo maior da elipse). Por exemplo, para a 5 camada, haveria 1 rbita circular e 4 rbitas elpticas. O modelo de Sommerfeld deu a primeira ideia a respeito das subcamadas eletrnicas.

    Exemplo de um tomo segundo Sommerfeld.

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    A descoberta dos nutros

    Em 1932, o fsico ingls James Chadwick, realizando experincias com partculas alfa, verificou que os ncleos continham, alm dos prtons, outras partculas, de massa aproximadamente igual do prton mas eletricamente neutras, s quais chamou de nutrons. O experimento de Chadwick consistiu em bombardear tomos de berlio-9 com partculas :

    49

    24

    612

    01Be + + C n

    Os nutrons j haviam sido previstos por Rutherford, que imaginou que somente seria possvel os prtons compartilharem o minsculo volume do ncleo atmico se l existissem partculas de carga neutra.

    O modelo atmico atualOs tomos no so esferas macias e indivisveis como

    pensava Dalton, mas sistemas compostos por vrias partculas. Prtons e nutrons (ambos chamados ncleons) compem o ncleo, equanto a eletrosfera formada pelos eltrons. A massa do tomo est praticamente toda concentrada no ncleo, uma vez que a massa do eltron muito pequena em relao s massas do prton e do nutron.

    O modelo atual baseado ainda em orbitais regies onde os eltrons mais provavelmente podem ser encontrados.

    Partculas atmicas fundamentais (partculas elementares):

    Partcula MassaMassa

    relativaCarga

    Carga relativa

    prtonnutroneltron

    1,67261027 kg1,67491027 kg9,10951031 kg

    11

    1/1836

    +1,60221019 C0

    11,60221019 C

    +101

    Conceitos fundamentais

    Nmero atmicoNmero atmico (Z) o nmero de prtons de um tomo.

    Exemplo: sdio (Na): Z = 11

    tomo neutro todo tomo que possui igual nmero de prtons e

    eltrons. Exemplo: clcio (Ca): Z = 20 possui 20 prtons e 20 eltrons.

    on um tomo eletricamente carregado. Um on pode ter

    carga positiva ou negativa: Ctiontomoqueperdeueltronseque,portanto,possui

    carga positiva. Exemplo: Na+ = tomo de sdio que perdeu 1 eltron;

    niontomoqueganhoueltrons,eque,portanto,possuicarga negativa. Exemplo: O2 = tomo de oxignio que ganhou 2 eltrons.

    Nmero de massaNmero de massa (A) a soma dos nmeros de prtons e

    nutrons de um tomo.

    A = Z + N

    Exemplo: Um tomo de potssio (K) que possui 19 prtons (Z) e 20 nutrons (N), tem nmero de massa 39.

    Levando-se em conta o nmero atmico e o nmero de massa, o tomo pode ser representado da seguinte maneira:

    ZA qX

    Sendo:

    X = smbolo do elemento A = n de massaZ = n atmico q = carga (no caso dos ons)

    Massa atmica de um tomo

    a massa do tomo medida em unidades de massa atmica (u) grandeza que corresponde a 1/12 do tomo 6

    12C. A massa atmica dada por um valor muito prximo do nmero de massa, mas as duas grandezas so diferentes. Exemplo: o tomo de 17

    35C possui nmero de massa igual a 35, mas sua massa atmica 34,969u.

    IstoposSo tomos do mesmo elemento qumico, portanto

    possuem o mesmo nmero atmico (Z), mas possuem diferentes nmeros de nutrons.

    Exemplo: os istopos do hidrognio so o prtio 11H( ), o deutrio

    12H( ) e o trtio 13H( ) .

    As massas dos istopos so obtidas atravs de um espectrgrafo de massa, como mostra a figura:

    Grade negativa

    Filamentoaquecido

    Feixe deeltrons

    Entrada denenio gasoso

    Para a bombade vcuo

    (+)

    () ()

    m

    Detector

    Tubo de vidroevacuado

    Nmeros demassa

    N

    S

    O espectrgrafo de massa. Neste caso esto sendo utilizados os istopos do nenio.

    IsbarosSo tomos de elementos qumicos diferentes que possuem

    o mesmo nmero de massa (A).

    Exemplo: 614

    714C e N .

    IstonosSo tomos de elementos qumicos diferentes que possuem

    o mesmo nmero de nutrons (N).

    Exemplo: 1939

    2040K e Ca possuem N = 20.

    IsodiferosSo tomos que tm a mesma diferena entre o nmero

    de nutrons e o nmero de prtons.

    Exemplo:

    715N: possui 7 prtons e 8 nutrons N Z = 1817O: possui 8 prtons e 9 nutrons N Z = 1

    IsoeletrnicosSo espcies qumicas (tomos ou grupos de tomos) que

    possuem o mesmo nmero de eltrons.

    Exemplo: 8O2,

    9F,

    12Mg2+, NH

    3 e H

    2O possuem 10 eltrons cada.

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    Exerccios

    Exerccios de Fixao

    01. Dalton, em sua Teoria Atmica, criou um modelo que serviu para explicar alguns fatos como a conservao da massa nas reaes qumicas (Lei de Lavoisier). Explique como isso foi possvel.

    02. No experimento de espalhamento das partculas , o que mais impressionou Rutherford foi o fato de algumas dessas partculas no atravessarem a lmina de ouro. Explique por que esse fato ocorreu e qual a razo do espanto de Rutherford.

    03. Segundo o modelo de Bhr para o tomo de hidrognio, o raio das rbitas era proporcional a n2 e a energia a 1/n2. Faa consideraes a respeito dos espaamentos relativos entre as rbitas eletrnicas e a respeito dos espaamentos entre os nveis em um diagrama de energia.

    04. Para a determinao da 1 energia de ionizao de um determinado elemento qumico, forneceu-se uma radiao eletromagntica de 1152,0 eV ao seu tomo. O eltron foi ento ejetado a uma velocidade de 2,0 107 m/s. A 1 energia de ionizao do elemento analisado de, aproximadamente:A) 1392 kJ/mol B) 1683 kJ/molC) 1904 kJ/mol D) 2410 kJ/molE) 2258 kJ/mol

    05. Dados trs tomos, A, B e C, notamos que A e B so istopos, A e C so istonos e B e C so isbaros. Sabe-se ainda que: A soma dos nmeros de prtons de A, B e C 79; A soma dos nmeros de nutrons de A, B e C 88; O nmero de massa de A 55. Encontre seus nmeros de nutrons.

    Encontre seus nmeros de nutrons.

    Exerccios Propostos

    01. Um conceito estabelecido pelo modelo atmico de Bhr, ainda aceito hoje, o dos nveis de energia. A energia absorvida ou liberada por um eltron na transio entre dois nveis dada por: DE = hn, onde:h = contante de Planck (6,626 1034 J s)n = frequncia da reao absorvida ou emitida.

    Determine a frequncia da radiao absorvida ou emitida com uma energia de 10,2 eV.

    02. Qual o progresso significativo alcanado pelo modelo de Thomson, em relao ao de Dalton?

    03. O modelo de Bhr propunha um tomo com ncleo que concentrava a massa, eltrons girando em rbitas circulares em torno do ncleo e nveis energticos permitidos aos eltrons, entre outras caractersticas. Quais das caractersticas citadas ainda hoje so aceitas?

    04. A energia de um nvel no tomo de hidrognio dada por: E = 13,6/n2 eV, onde n = n inteiro positivo. Determine, em eV, a energia de ionizao do tomo de hidrognio.

    05. Dalton, na sua Teoria Atmica, props entre outras hipteses que:A) Os tomos so indivisveis.B) Os tomos de um determinado elemento so idnticos

    em massa. luz dos conhecimentos atuais, quais as crticas que podem

    ser formuladas a cada uma dessas hipteses?

    06. Na clebre experincia da gota de leo colocada em um recipiente contendo gs eletricamente carregado, Millikan mediu a carga do eltron em unidades eletrostticas, ues. Os dados coletados incluem a seguinte srie de cargas encontradas nas gotas de leo: 9,6 1010ues, 1,92 109ues, 2,40 109ues, 2,88 109ues e 4,80 109 ues. Assinale a opo que indica o nmero de eltrons em uma gota de leo com carga de 6,72 109ues.A) 1 B) 3C) 8 D) 11E) 14

    07. O modelo atmico de Bhr considera que o eltron executa movimento circular uniforme em torno do ncleo, e que o momento angular do eltron um mltiplo inteiro de h/2. Utilizando esses dois conceitos demonstre uma expresso para o clculo da velocidade do eltron de um tomo hidrogenoide em funo, apenas, do nmero atmico (Z), da carga elementar (e), da constante de Planck (h), da permissividade do vcuo (

    0) e do nmero do nvel eletrnico (n).

    08. O efeito fotoeltrico pode ser utilizado para se calcular a energia de ionizao de um tomo. Essa energia corresponde ao mnimo necessrio para ejetar o eltron do tomo isolado, partindo do estado fundamental. Suponha que o eltron solitrio de um tomo monoeletrnico no estado fundamental seja incidido por um fton com comprimento de onda l. Utilizando a teoria de Bhr, demonstre uma expresso para a velocidade de ejeo que o eltron ter nessas condies, em funo do nmero atmico (Z), do comprimento de onda do fton incidente (l), da constante de Planck (h), da massa do eltron (m), da velocidade da luz no vcuo (C) e da constante de Rydberg (R).

    09. O eltron do tomo de hidrognio, no estado fundamental, incidido por um fton e atinge a camada Q. Aps isso o eltron emite um fton de energia igual a 3,122 eV. A srie espectral qual pertence o salto quntico de emisso, e o comprimento de onda do fton emitido so, respectivamente:A) Lyman, 396 nm B) Balmer, 396 nmC) Lyman, 396 D) Balmer, 396 E) Brackett, 3960

    10. Considere as seguintes informaes sobre os tomos A, B e C: Seus nmeros atmicos so 3x + 4, 4x 1 e 2x + 10,

    respectivamente: Os ons A+ e C2+ so isoeletrnicos; A e C so istonos; B e C so isbaros; A soma dos nmeros de nutrons de A, B e C 61.Encontre os nmeros atmicos e de massa dos trs tomos.

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    Gabarito Exerccios de Fixao

    01 02 03 04 05

    * * * A *

    * 01: Segundo Dalton, os tomos eram indivisveis e tomos de um mesmo elemento possuam a mesma massa. Uma reao qumica consistia to somente num rearranjo das pequenas esferas, de modo que a massa do sistema reacional se mantinha constante.

    02: As partculas ao se aproximarem do ncleo sofriam desacelerao e repulso. O bombardeio de partculas sobre a lmina de ouro era como atirar com um canho numa folha de papel. Rutherford esperava que todas as partculas atravessassem a lmina.

    03: r proporcional a n2. Assim, para: n = 1 r 1; n = 2 r 4; n = 3 r 9; n = 4 r 16; etc.

    O espaamento entre as rbitas aumenta com n. A energia proporcional a 1/n2. Assim, para: n = 1 E 1; n = 2 E 1/4; n = 3 E 1/9; n = 4 E 1/16; etc. O espaamento entre as linhas diminui com n. 05.

    26A55,

    26B56,

    27C56

    Gabarito Exerccios Propostos

    01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

    * * * * * E * * B *

    * 01: 2,4 1015 s1

    02: Com a descoberta dos eltrons (raios catdicos), pequenas partculas de carga negativa arrancadas de uma placa metlica (ctodo) na ampola de Crookes, conseguiu-se explicar a natureza da eletricidade (corrente eltrica), j conhecida na poca.

    03: A existncia do ncleo e dos nveis de energia. Estes ltimos representam a quantizao da energia, proposta por Max Planck, sendo aplicada a sistemas atmicos.

    04: Estado fundamental: n = 1 E = 13,3 eV.

    Estado ionizado: n = (a distncia terica do eltron ao ncleo infinita) E = 0

    Energia de ionizao = 0 (13,6 eV) EI = 13,6 eV

    05: A) Os tomos so constitudos por prtons, nutrons, eltrons e outras partculas, sendo, portanto, divisveis.

    B) Podemos ter tomos de um mesmo elemento com massas diferentes, que constituem os istopos desse elemento.

    07:

    =

    Ze

    nh

    2

    02

    08:

    =

    2 1 2hc

    mRZ

    10: 19

    A39; 19

    B40; 20

    C40

    AN 16/02/12 Rev.: TM

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