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bernardo-santos-oliveira
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So misturas homogneas de duas ou mais
substncias. Nas solues o disperso recebe o
nome de soluto e o dispersante de solvente.
So sistemas nos quais uma substncia esta
disseminada sob a forma de pequenas
partculas numa segunda substncia. Disperso
a primeira substncia e a segunda e o
Dispersante.
Soluto: Em uma soluo, as partculas do
soluto so tomos, ons ou molculas
totalmente dissolvidas no solvente.
Solvente: aquele que dissolve o Soluto.
Exemplo: gua mineral
Polaridade:
Semelhante dissolve semelhante
Uma substncia polar tende a se dissolver
num solvente polar e uma substncia apolar
num solvente apolar. Exemplo:
NaCl em H2O (ambos so polares).
I2 em CCl4 (ambos so apolares).
De acordo com a Fase de Agregao
Solues slidas: aliana de ouro
Solues lquidas: gua mineral
Solues gasosas: ar atmosfrico
De acordo com a natureza do soluto
Solues moleculares: quando as partculas
dispersas so molculas,
Ex: molculas de acar (C12H22O11) em gua.
Solues inicas: quando as partculas dispersas
so ons. Ex: os ons do sal de cozinha Na+
e Cl-
em gua.
As disperses podem ser classificadas, com base na dimenso mdia das partculas da fase
dispersa.
Quando as partculas dispersas tm at 1nm
(10-9
m) de dimetro. No possvel ver as
partculas dissolvidas nem com microscopia
eletrnica. Exemplos: Soluo de sal em gua;
soluo de acar em gua.
Colides ou disperso coloidal: quando as
partculas dispersas tm entre 1nm e 100nm de
dimetro. So misturas que a olho nu aparentam
ser homogneas, mas na realidade no o so. Ex:
sangue humano, fumaa, gelatina.
Quando as partculas dispersas tm mais de
100nm de dimetro. possvel ver as partculas
a olho nu. Ex: gua e areia.
Observao: 1 nm (nanmetro) = 10-9
metros
1 nm (angstron) = 1O = 10-10
metros
a quantidade mxima de soluto capaz de se
dissolver em uma quantidade fixa de solvente
sob certas condies de temperatura e presso.
Ex: o coeficiente de solubilidade do KNO3 em
gua 31,6g de KNO3 para 100g de H2O a 20C.
51
Mg(HCO3)2
NaHCO3
KHCO3
H2O
Ca(HCO3)2
Com base no coeficiente de solubilidade de
um soluto em determinado solvente se
classifica as solues em:
(a) Soluo Insaturada: Dizemos que uma
soluo insaturada, quando ela contm uma
quantidade de soluto inferior ao seu
coeficiente de solubilidade na temperatura que
se encontra a soluo.
Observao: todos os pontos do grfico que
esto abaixo da curva de solubilidade
correspondem a concentraes de solues
insaturadas
Dependendo da quantidade de soluto em
relao quantidade de solvente, uma soluo
insaturada pode ser classificada em:
- Soluo Diluda: A quantidade de soluto
dissolvida na soluo bem abaixo do
coeficiente de solubilidade.
- Soluo Concentrada: A quantidade de
soluto dissolvido na soluo bem prximo
do coeficiente de solubilidade.
(b) Soluo Saturada: Dizemos que uma
soluo saturada quando ela contm uma
quantidade de soluto igual ao seu coeficiente
de solubilidade na temperatura em que se
encontra a soluo.
Se acrescentarmos 36,0g de NaCl a 20C
todo o sal ir se dissolver na gua e a soluo
ser saturada sem a presena de corpo de
fundo.
Se acrescentarmos 38,0g de NaCl em 100g
de gua a 20C, apenas 36,0g do sal ir se
dissolver na gua e 2,0g do sal precipitar para
o fundo do recipiente. A soluo obtida ser
saturada com presena de corpo de fundo.
(c) Soluo Supersaturada: Uma soluo
supersaturada quando contm uma quantidade
de soluto superior ao seu coeficiente de
solubilidade na temperatura que se encontra.
A soluo supersaturada instvel, e a
mnima perturbao do sistema faz com que o
Excesso de soluto sofra cristalizao. Nesse
caso, a soluo torna-se saturada em presena
de corpo de fundo.
52
a representao grfica dos coeficientes de
solubilidade de uma soluo em funo da
temperatura
Supersaturada
Saturada
Insaturada
Temperatura/C
Grfico de dissoluo Endotrmica
Curva de solubilidade do KNO3 em gua em funo da temperatura
160 -
140 - 120 - 100 - 80 -
60 -
40 -
20 -
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Temperatura/C
Quando o aumento da temperatura provoca um
aumento da solubilidade ou do coeficiente de
solubilidade. A dissoluo endotrmica ocorre
com absoro de energia e favorecida pelo
aumento da temperatura.
Grfico de dissoluo Exotrmica Curva de solubilidade do Ca(OH)2 em gua em funo da temperatura
0.200 -
0.180 - 0.160 - 0.120 - 0.100 -
0.060 -
0.040 -
0.020 -
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Temperatura/C
Quando o aumento da temperatura provoca
uma diminuio da solubilidade ou do
coeficiente de solubilidade. Ocorre com
liberao de energia e por isso inibida pelo
fornecimento de energia trmica.
Grfico de Compostos Hidratados
Curva de solubilidade Na2SO4 .10 H2O e do Na2SO4
50 - Ponto de Inflexo 40 -
30 -
20 -
10 -
Temperatura/C
O 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Grfico da solubilidade
de gases em lquidos
Os gases em geral so poucos solveis em
lquidos. Podemos tomar como exemplo lL de gua dissolve apenas 19mL de ar em condies ambientes.
Efeito da Temperatura
A solubilidade do gs no lquido sempre
diminui com o aumento da temperatura. Por
isso os peixes no vivem bem em guas
quentes, pois tem pouco oxignio dissolvido.
0,006 -
0,005 - O2
0.004 -
0,003 -
0,002 - N2
0,001 -
O 10 20 30 40 50
Efeito da Presso
A presso s influi na solubilidade de
solutos gasosos. Praticamente no influi na
solubilidade de solutos slidos ou lquidos.
Aumentando-se a presso sobre o gs
estaremos empurrando o gs para dentro do
lquido, portanto, a solubilidade do gs
aumenta.
Em temperaturas constantes a solubilidade de
um gs diretamente proporcional presso
do gs.
Nas expresses adotamos a seguinte conveno
para diferenciar soluto, solvente e soluo.
Soluto ndice (1)
Soluto ndice (2)
Soluo no ter ndice
n1 = Quantidade de matria do soluto m2 = massa do solvente V = Volume da soluo
Essa conveno est relacionada ao proce-
dimento correto em laboratrio. O soluto (1)
colocado primeiro no recipiente o solvente (2)
acrescentado depois para complementar deter-
minado volume da soluo.
1) Titulo ou Porcentagem
em massa ou volume
a) Titulo em massa: a relao entre a massa do
soluto e a massa da soluo.
b) Titulo Percentual ou Percentagem em massa:
a relao entre o volume do soluto e o volume
da soluo.
ou
c) Titulo em volume: a relao entre o volume
do soluto e o volume da soluo.
Onde V V1 + V2
Como a relao entre a massa feita sempre
numa mesma unidade o ttulo sempre ser um
nmero puro e menor que a unidade, pois a
massa do soluto sempre menor que a massa da
soluo. Quando dizemos que uma soluo
possui um ttulo igual a 0,25, isso significa que a
unidade de massa do solvente de 0,75. um
valor que varia entre 0 e 1. Por este motivo que
geralmente escrito na forma percentual ou
percentagem em massa do soluto.
53
m2+= m1mEm que
m1=T
+ m2
m1Logo
=T% 100 T.=T m1% 100 .
m
=TV
v1
=Tm1m
Quando calculamos o titulo em volume, o
volume da soluo (V) no sempre igual
soma do volume do soluto com o volume do
solvente, porque ao misturarmos gua e lcool
etlico ocorre uma contrao de volume, ou
seja, o volume da soluo V menor que a
soma dos volumes. Quando dizemos, por
exemplo, que uma soluo de gua dissolvida
em lcool etlico apresenta ttulo em volume
igual a 0,04 ou 4% isso significa que, de cada
100 unidades de volume da soluo, apenas 4
unidades de volume so de soluto nesse caso,
a gua.
2) Concentrao Comum ou
Concentrao em g/l
A concentrao em massa (C) indica a quanti-
dade de soluto (m1) que se encontra dissolvida
em um volume-padro de soluo (V).
Simplificamente podemos escrever:
Quando dizemos, por exemplo, que uma
soluo possui concentrao igual a 150g/L,
isso significa que em cada litro de soluo, h
150g de soluto dissolvido.
3) Densidade
A densidade (d) de uma soluo a relao
entre a massa (m) e o volume (V) dessa
soluo.
Simplificamente podemos escrever:
A densidade da soluo geralmente ex-
pressa em g/mL, mas tambm pode ser
expressa em g/L, g/cm3, etc.
Quando dizemos que uma soluo apresenta,
por exemplo, densidade igual a 0,8g/mL, isso significa que cada 1 mL da soluo tem massa igual a 0,8g.
Relao entre as expresses fsicas
Observando atentamente as expresses da
concentrao (C), da densidade (d) e do ttulo
em massa (T), verificamos que possvel
relacionar todas elas numa nica expresso.
54
Acompanhe:
Portanto, podemos escrever:
Portanto, podemos escrever:
Substituindo na expresso da concentrao em
massa, teremos:
Se a concentrao estiver expressa em g/L e a densidade em g/mL, basta multiplicar a densidade por 1000, pois 1L = 1000mL. Nesse caso, temos:
C (g/L) = 1000. d (g/mL) .T
4) Concentrao em quantidade de matria
por volume, concentrao molar,
concentrao mol/L ou simplesmente molaridade
a razo entre o nmero de mols de soluto e o
volume de soluo dado em L.
Como Ento:
Unidade
Mol/L ou Molar
M = Molaridade;
n1= nmero de mols de soluto;
V= Volume da soluo (litros);
m1= massa do soluto (gramas);
M1 ou Mol = massa molar do soluto.
Quando se diz, por exemplo, que uma soluo
apresenta concentrao em quantidade de
matria igual a 2,5 mol/L, isso significa que existem 2,5 mol de soluto a cada litro de
soluo.
=Tm1m
m1 = T m.d =
m
V
d=
mV
d=Cm
.mT .=C T d.
T m.
d
mC =C =
m1
V
n1 =m1
M1
g/LV
m1=C
d =m
Vg/mL
.VM =
m1
M1
(g)
(g/mol) (L)
(L)V=M
n1
Relao entre concentrao
comum e molaridade
e
Dividindo a concentrao comum pela
molaridade temos:
Simplificando a massa pelo volume
5) Frao em quantidade de matria ou
Frao Molar
A frao em quantidade de matria de soluto (X1) em uma soluo a relao entre a
quantidade de matria do soluto (n1) a
quantidade de matria da soluo (n).
X1 = Frao molar do soluto
X2 = Frao molar do solvente
n1 = nmero de mols de soluto
n2 = nmero de mols de solvente
Por ser uma relao entre quantidades de
matria, X1 e X2 so sempre nmeros
adimensionais e menores que a unidade.
X1 + X2 = 1
Se uma soluo feita de dois ou mais solutos
diferentes, cada soluto ter a sua respectiva
frao em quantidade de matria na soluo.
6) Equivalente-grama (Eq-g)
Equivalente-grama para um
elemento qumico
K o nox do elemento qumico em mdulo
Ex: clcio Ca E = M1/K E = 40/2 = 20g
Equivalente-grama para uma
substncia simples
K a valncia do elemento que forma a
substncia, multiplicada pelo nmero de vezes
que ele aparece na frmula.
Ex: gs flor F2
E = M1/K E = 38/1.2 E = 19g
Equivalente-grama de um cido
Pode ser calculado pela razo entre a massa
molar do composto anidro (no ionizado) e o
nmero de hidrognios ionizveis.
E = Equivalente-grama
M1 = Massa Molar
K = nmero de hidrognios ionizveis
unidade eq-g
Equivalente-grama de uma base
O equivalente-grama de uma base calculado
pela razo entre a massa molar dessa base e o
nmero de grupos hidrxidos, OH-1
.
E = Equivalente-grama
M1 = Massa Molar
K = nmero de grupos OH-1
unidade eq-g
Equivalente-grama de um sal
O equivalente-grama de um sal calculado
pela razo entre a massa molar desse sal e a
carga total de ction ou de nions em mdulo.
E = Equivalente grama
M1 = Massa molar
K = mdulo do produto x.y
unidade eq-g
55
X1 =n1
nX1 =
n1
n2+n1
X1 =
+m1 m2
M1 M2
M1
m1
X2n2
n= X2
n2
n1 + n2=
X2 =
+m1 m2
M1 M2
m2
M2
.VM m1
M1
C=
m1
V
V..
m1=
C M1m1
M
V.
C =m1
V
=C
M1M
.VM =
m1M1
MM1C = .
KE
M1=
KE
M1=
KE
M1=
7) Nmero de equivalente-grama (eq-g)
Calcula-se o nmero de equivalentes-gramas
em uma massa qualquer de determinada
substncia pela razo entre essa massa (m) em
gramas e a massa de 1 equivalente-grama (E)
da substncia.
e = n de equivalente grama
m = massa da substncia(g)
E = 1 equivalente grama
8) Normalidade
A normalidade (N) a relao entre o nmero
de equivalentes-gramas do soluto (e1) e o
volume da soluo em litro (V).
Quando se diz que a normalidade, por exemplo, possui 2,5 eq/L ou que a soluo 2,5 normal (2,5 N), isso significa que em cada
litro de soluo h 2,5 equivalentes-gramas de
soluto.
Relao entre
Normalidade (N) e Molaridade (M)
e
Sabendo que:
Portanto:
Relao entre Normalidade (N) e
(C) concentrao em massa
Temos que: e
Portanto: ou
56
Diluio de Solues
Diluir uma soluo significa acrescentar
solvente a essa soluo de modo a
diminuir a sua concentrao. A quantidade
de soluto permanece inalterada.
1 2
V2 = V1 + Vadicionado
Misturas de Solues
Na mistura de solues de um mesmo
soluto, sem reao qumica, obtemos uma
nova soluo, onde a soluo intermediria
as concentraes misturadas.
A + B C
O volume final a soma dos volumes
de todas Solues intermedirias
Titulao
Titulao: Em geral utiliza-se um cido para
titular uma base e vice-versa. No instante em
que ocorre a neutralizao cido-Base total
(ponto de viragem), verifica-se a mudana de
cor de um indicador (geralmente Fenolftalena).
A = cido B = base
n eq-g = V. N
Na.Va = Nb.Vb
Xa.ma.Va = Xb. mb.Vb
e =m(g)(g/eq)E
=(g)
(g/eq)N
V(L)
m1
E1 .
(L)V
e1N =
E1
m1e1 =
KE1
M1=
=N .K M
=NV(L)
m1E1.
(L)M1K
V
m1
.N =
(L)
=N. m1
V
K
M1.
(L).VM =
m1
M1
=NV(L)
m1E1. (L)V
m1=C
=NE1
CE1.N=C
C1 > C2
V1 < V2
m1(soluto) = m2(soluto)
C1.V1 = C2.V2
M1.V1 = M2.V2
N1.V1 = N2.V2
Cc.Vc = Ca.Va Cb.Vb +
+Nc.Vc = Na.Va Nb.Vb
Mc.Vc = Ma.Va Mb.Vb +
Propriedades coligativas das solues
Significado: A gua pura mantm temperatura
constante durante a ebulio 100C ao nvel do
mar, o que no acontece se a ela misturarmos
sal. Nesse caso a gua inicia a ebulio a
temperatura superior a 100C. Dizemos que a
temperatura de ebulio uma propriedade
coligativa.
Propriedades coligativas: So aquelas que
surgem com a presena de um soluto e
dependem nica e exclusivamente do nmero
de partculas que esto dispersas na soluo,
no dependendo da natureza do soluto. Isso
significa dizer que a quantidade de partculas
que esto dispersas na soluo que ir
influenciar na intensidade das propriedades
coligativas.
Presso mxima de vapor: a presso que
seu vapor exerce num recipiente fechado
quando se est em equilbrio com o lquido, a
uma certa temperatura.
- Quanto maior a temperatura, maior a presso
de vapor de uma substncia.
- Quanto mais voltil uma substncia, maior a
sua presso de vapor, ou seja, entram em
ebulio antes.
- Maior presso de vapor implica atingir o
ponto de ebulio mais rpido.
- Quando a presso de vapor se iguala a
presso externa local o lquido entra em
ebulio.
- A presso atmosfrica diminui conforme a
altitude aumenta, ou seja, quanto maior a
altitude menor a presso atmosfrica.
- O tempo de cozimento dos alimentos
aumenta quando a presso externa diminui.
Efeitos coligativos
Tonoscopia
Abaixamento da presso mxima de vapor de um solvente causado pela adio de um
soluto no-volatil.
Ebulioscopia
Aumento do ponto de ebulio do solvente
causado pela adio de um soluto no-voltil.
Crioscopia
Abaixamento do ponto de solidificao do solvente causado pela adio de um soluto no-
voltil.
Osmocopia
Presso osmtica: Lquidos podem aparecer
separados por uma membrana semipermevel. A
membrana semipermevel uma barreira fina
que permite a passagem de certas espcies
atmicas, mas de outras no neste caso, permite
a passagem de molculas do solvente e do
Soluto no.
Osmose: Passagem do solvente do meio mais
diludo para o meio mais concentrado atravs de
uma membrana semipermevel.
Diagrama de fases
Diagrama de fases e o ponto triplo caracterstico
de cada substncia.
O ponto exato em que as curvas da variao
das temperaturas de ebulio e de solidificao
em funo da presso de vapor coincidem
denominado ponto triplo da substncia e
representa o equilbrio entre as fases slida,
lquida e vapor.
Exemplo: Para a gua, isso ocorre quando a
presso igual a 4,579mmHg e a temperatura
igual a 0,0098C.
760
4,579
0 0.0098 100 t/C
No ponto triplo coexistem as 3 fases
fase slida fase lquida fase vapor
Na curva de sublimao coexistem as fases
fase slida fase vapor
Na curva da solidificao coexistem as fases
fase slida fase lquida
Na curva de ebulio coexistem as fases
fase lquida fase vapor
57
A termoqumica a parte de uma cincia
denominada termodinmica que estuda as
trocas de calor entre o sistema e o meio
ambiente. Desenvolvida durante uma reao
qumica.
Conceitos
Sistema: parte isolada do universo fsico
cujas propriedades esto sendo estudadas.
Fronteira: so os limites que definem o
espao fsico do sistema, separando-o do resto
do universo.
Meio ambiente: a poro do universo que
rodeia as fronteiras do sistema e que pode, na
maioria dos casos, interagir com o sistema.
Calor: a energia que diretamente
transferida de um sistema para outro, ou entre
o sistema e o meio. Normalmente medido
em cal ou Kcal.
Temperatura: medida da energia cintica
mdia das partculas de um corpo qualquer
que estamos considerando.
Entalpia (H)
o calor trocado a presso constante
Variao da entalpia (H)
o calor liberado ou absorvido em uma
reao a presso constante.
Variao de entalpia H: a diferena entre a entalpia dos produtos e a entalpia dos
reagentes.
Reagente Produto Inicio Fim
H = H(fim) H(inicio)
H = H(produto) H(reagente)
H = HP HR
Unidades: Caloria (cal) e Joule (J) ou em um
dos seus mltiplos como quilojoule (KJ).
1 cal = 4,18J ou 1 Kcal = 1 KJ
Classificao
As reaes podem ser classificadas como
58 endotrmicas ou exotrmicas.
So aquelas que liberam energia
na forma de calor.
A + B C + D + calor
Numa reao exotrmica, a entalpia dos
reagentes maior do que a entalpia dos produtos
uma vez que ocorre liberao de energia.
Reao exotrmica: HR > HP
Sendo, H = HP - HR Conclumos que: H < O (-)
Reao exotrmica representada em grfico.
H
A + B
HR
AH < O C + D
HP
Caminho da Reao
So aquelas que absorvem energia
na forma de calor.
A + B + calor C + D
Numa reao endotrmica a entalpia dos
produtos maior que a entalpia dos reagentes
uma vez que ocorre absoro de energia.
Reao endotrmica: HR < HP Sendo, H = HP - HR Conclumos que H > O (+)
Reao endotrmica representada em grfico.
H
C + D
HP
A + B AH > O
HR
Caminho da reao
H um princpio fundamental da Termoqumica,
determinado por Thompsen e Berthelot (1867).
Segundo o qual:
Dentre um conjunto de reaes qumicas possveis ocorrer primeiro, espontaneamente,
aquela que for mais exotrmica.
Equao Termoqumica
Como o valor do H de uma reao varia em funo de vrios fatores, preciso fornecer
na equao as seguintes informaes.
As substncias que reagem e que so produzidas, com os respectivos coeficientes.
A temperatura e a presso. A fase de agregao (slido-lquido-gasoso). A variedade alotrpica. A quantidade de calor que foi liberada ou absorvida durante a reao.
Notaes utilizadas
Para informar que uma reao exotrmica
ou endotrmica, utiliza-se uma das notaes
indicadas nos exemplos a seguir.
Reao exotrmica
O calor liberado, portanto um produto da
reao retirado dos reagentes:
2H2(g) + 1O2(g) 2H2O(L) H = - 136,6 Kcal 2H2(g) + 1O2(g) 2H2O(L) + 136,6 Kcal 2H2(g) + 1O2(g) - 136,6 Kcal 2H2O(L)
Reao endotrmica
O calor absorvido, integrando aos reagentes
da reao.
4C(graf) + 1S8(romb) 4CS2(L) H= + 104,4 Kcal 4C(graf) + 1S8(romb) 4CS2(L) -104,4 Kcal 4C(graf) + 1S8(romb) + 104,4 Kcal 4CS2(L)
Fatores que influenciam o H de uma reao
Fase de agregao.
fase slida < fase lquida < fase gasosa
H2 + O2 H2O(g) H = - 57,8 Kcal/mol H2 + O2 H2O(l) H = - 68,3 Kcal/mol
A forma alotrpica.
Entre as formas alotrpicas de um mesmo
elemento, h aquela mais estvel e, portanto,
menos energtica, e a menos estvel, portanto,
mais energtica. Em geral, quanto maior a
estabilidade, menor a energia e vice-versa.
C(grafite) + O2 CO2 H = - 94,0 Kcal C(diamante) + O2 CO2 H = - 94,45 Kcal
Temperatura: O aumento da temperatura pro-
voca um aumento da quantidade de calor
liberado.
CH4 + 2O2 CO2 + 2 H2O H = - 210,8 Kcal/mol (20C)
CH4 + 2O2 CO2 + 2 H2O H = - 212,8 Kcal/mol (25C)
Quantidade de matria.
A quantidade de calor envolvida em uma
reao proporcional quantidade de reagentes
e produtos que participam da reao (ou seja,
dependem da massa). Se, por exemplo,
dobrarmos a quantidade de reagentes e produtos,
a quantidade de calor ir dobrar igualmente.
1H2 + 1Cl2 2HCl H = - 44,2 Kcal 2H2 + 2Cl2 4HCl H = - 88,4 Kcal
Dissoluo (presena ou no de solvente)
Quando dissolvemos uma substncia em um
solvente qualquer, ocorre liberao ou absoro
de energia na forma de calor.
1H2 + 1Cl2 2HCl(g) H = - 44,2 Kcal 2H2 + 2Cl2 4HCl(aq) H = - 80,2 Kcal
A diferena 80,2 44,2 = 36,0 Kcal igual energia liberada na dissoluo de 2 mol de HCl em gua (cada 1 mol de HCl dissolvido em gua liberada 18,0 Kcal).
Entalpia Padro (HO)
Para Toda substncia simples, no estado
padro possui entalpia (H) igual a zero.
O estado padro obedece seguinte condio.
condies ambientes de 25C e 1 atm; estado alotrpico mais estvel;
Variaes de entalpia de uma reao
Para simplificar o estudo, classificam-se as
variaes de entalpia que ocorrem nas reaes
termoqumicas conforme o tipo de fenmeno
qumico envolvido, a saber: H de combusto, H de neutralizao, H de formao. Em todos os casos, convenciona-se que o valor de H deve ser medido em condies padro. O H para combusto, neutralizao, ou formao de
1 mol de determinada substncia indicado pela
notao H0.
59
Entalpia padro de combusto
Denomina-se entalpia-padro de combusto
a variao de entalpia, H0, envolvida na combusto completa de l mol de determinada
substncia em que todos os participantes da
reao se encontram em condies padro.
Ex: Combusto completa do metano. CH4.
1 CH4(g) + 2 O2(g) 1 CO2(g) + 2 H2O(L) H0combusto
= -212,8 Kcal
Note que a combusto completa de qualquer
composto que possua apenas carbono e
hidrognio ou carbono, hidrognio e oxignio
ir produzir sempre gs carbnico e gua.
- Combusto: a reao entre um combustvel
e um comburente, liberando calor.
- combustvel: pode ser qualquer substncia.
- comburente: o principal deles o oxignio.
OBS: a combusto sempre exotrmica.
Entalpia padro de formao
Denomina-se entalpia padro de formao a
variao de entalpia, Hf envolvida na reao de formao de 1 mol de molculas de
determinada substncia, a partir de substncias
simples na forma alotrpica mais estvel, em
condies padro. Ex: H2O; HCl, O3.
1 H2(g) + O2 1 H2O(L) Hf = -68,3 Kcal H2 + Cl2(g) 1 HCl(g) Hf = -22,1 Kcal 3/2 O2(g) 1 O3(g) Hf = +34,0 Kcal
Pela definio de entalpia padro de
formao, conclumos que a entalpia padro
de qualquer substncia simples, na forma
alotrpica mais estvel e em condies padro,
zero.
Ex: H2(g) H2(g) Hf = 0,0 Kcal O2(g) O2(g) Hf = 0,0 Kcal
Entalpia padro de neutralizao
Denomina-se entalpia padro de neutralizao
a variao de entalpia, (HN), envolvida na neutralizao de 1 equivalente-grama de um
cido, por um equivalente-grama de uma base,
ambos em solues aquosas diludas.
1HCl(aq) + 1NaOH(aq) 1NaCl(aq) + 1 H2O(L) HN = -13,8 Kcal
1HNO3(aq) + 1KOH(aq) 1KNO3(aq) + 1 H2O(L) 60 HN = -13,8 Kcal
Observe que o HN de neutralizao entre cidos fortes e bases fortes constante e igual a
-13,8 Kcal/equivalente. Isso se justifica porque
todos os cidos fortes e as bases fortes se
encontram praticamente 100% ionizados ou
dissociados em solues aquosas diludas.
Energia de Ligao
a medida pela energia mdia (H) que necessria para romper 1 mol de ligaes
covalentes (simples, dupla ou tripla) entre 2
tomos de modo a obter esses tomos na fase
gasosa.
Quebra de ligaes: O processo de romper
uma ligao qumica sempre endotrmico.
Ex: H H(g) H(g) + H(g) H = +104,2 Kcal
Formao de ligaes: O processo de formar
uma ligao qumica sempre exotrmico.
Ex: H(g) + H(g) H H(g) H = -104,2 Kcal
Calculando a entalpia de formao
H = HP - HR
Ex: Reao de obteno do ferro a partir da
hematita: A partir das entalpias de formao
das substncias:
Hf Fe2O3(S) = - 196,5 Kcal Hf CO(g) = - 26,4 Kcal Hf Fe(S) = 0,0 Kcal Hf CO2(g) = - 94,1 Kcal
1 Fe2O3(S) + 3CO(g) 2 Fe(S) + 3 CO2(g) - 196,5 + 3x (-26,4) 2x (0) + 3x (-94,1) - 275,7 - 282,3
H = HP - HR H = -282,3 - (- 275,7) H = - 6,6 Kcal
Calculando a energia de ligao
O H pode ser calculado atravs das energias de ligao das substncias compostas, a partir da
seguinte equao:
H = H ligaes rompidas + H ligaes formadas
dos reagentes dos produtos
H = H0reagentes + H = H0produtos
Ex: H2(g) + Cl2(g) 2 HCl(g) H = ?
H H(g) + Cl Cl(g) 2 H Cl(g) 436KJ + 242,6KJ 2x 431,8KJ + 678,6 - 863,6
H = H0reagentes + H = H0produtos
H = + 678,6 + (-868,6) H = - 185 KJ
LEI DE HESS
A quantidade de calor liberada ou absorvida
numa reao qumica depende unicamente do
estado inicial e final da mesma e no dos
estados intermedirios.
Ex: A reao de combusto incompleta do
carbono produzindo apenas CO(g):
Equao x: 2C(graf) + 1O2(g) 2CO(g) H = ?
Equao I.
1C(graf) + 1O2(g) 1CO2(g) H = -94,1 Kcal
Equao II.
2C(graf) + 1O2(g) 2CO2(g) H = - 135,4 Kcal
Obedecendo algumas regras matemticas
podemos manipular as equaes I e II, de modo que ao som-la o resultado seja a
equao x.
Na equao I devemos multiplicar toda a
equao por 2.
Importante: ao multiplicar ou dividir os
coeficientes de uma reao termoqumica por
um nmero qualquer, deve-se multiplicar ou
dividir o valor de H dessa reao pelo mesmo nmero.
Na equao II devemos inverter a reao para
que possamos obter a reao x.
Importante: Ao inverter uma reao termo-
qumica , deve-se trocar o sinal do H, pois, se em determinado sentido a reao libera
calor, em sentido contrrio a reao ter de
absorver a mesma quantidade de calor que
havia liberado e vice-versa.
Somando-se a equao I e II, aps a aplicao
das regras iremos obter a equao x.
2C(graf) + 2O2(g) 2CO2(g) H = -188,2 Kcal
2CO2(g) 2CO(g) + 1O2(g) H = +135,4 Kcal
2C(graf) + 1O2(g 2CO(g) H = - 52,8 Kcal
A Cintica Qumica estuda a velocidade das
reaes e os fatores que a influenciam. Estuda
ainda a possibilidade de controlar essa
velocidade, tornando as reaes mais rpidas ou
mais lentas.
O termo velocidade em Qumica no tem o
mesmo sentido que em Fsica ou seja, espao
percorrido em funo do tempo. Em qumica o
termo velocidade est relacionado a quanto uma
reao qumica se desenvolve mais rapidamente
ou mais lentamente.
Classificao quanto velocidade
Reaes Lentas: Formao do petrleo. Reaes Moderadas: Digesto dos alimentos. Reaes Rpidas: A combusto do TNT.
Velocidade Mdia das substncias
A velocidade mdia, Vm, calculada em funo
de uma das substncias participantes da reao
a razo entre a quantidade consumida ou
produzida da substncia e o intervalo de tempo,
t, em que isso ocorreu.
Vm = Velocidade mdia a reao em funo de
qualquer substncia participante.
|substncia| = variao da concentrao molar. t = intervalo de tempo. t = tfinal - tinicial
Velocidade Mdia da reao
A velocidade mdia da reao o mdulo da
velocidade de consumo de um dos reagentes, ou
da velocidade de formao de um dos produtos,
dividido pelo respectivo coeficiente da
substncia na equao da reao corretamente
balanceada.
Se considerarmos a equao genrica:
aA + bB cC + dD
OBS: Podem ser expressas tambm em variao
de massa m, variao de quantidade de matria n, ou em variao de presso p.
61
Vm = Quantidade
t
[A]
t
- =Vm =a
=Vm =-
t
[B]
b
[D]
t=Vm=Vm =
t
[C]
c d
+ +
Grfico: Velocidade da Reao
Antes que uma reao tenha incio, a
quantidade de reagentes mxima e a
quantidade de produtos zero. medida que a
reao se desenvolve, os reagentes vo sendo
consumidos e, portanto, a quantidade de
reagentes vai diminuindo at se tornar mnima
(ou eventualmente zero). Ao mesmo tempo, os
produtos vo sendo formados. Logo, a
quantidade de produtos, que no inicio baixa
comea a aumentar, at que no final da reao,
se torna mxima.
produtos
reagentes
Grfico da velocidade em funo do tempo
para uma reao genrica:
Condies fundamentais para que ocorra
uma reao qumica
H duas condies que so fundamentais
(embora no sejam suficientes) para que uma
reao qumica possa ocorre:
Contato entre os reagentes (coliso efetiva) Afinidade qumica
Alm disso necessrio que as partculas
(molculas,ons) dos reagentes colidam entre
si, e a coliso entre as partculas dos reagentes
deve ocorrer numa orientao favorvel, com
energia suficiente para romper as ligaes
existentes.
Teoria das colises: Quanto maior o nmero
de colises efetivas maior ser a velocidade da
reao.
62
Energia de ativao (Ea)
a quantidade mnima de energia necessria
para que ocorra uma reao. Ex: fasca eltrica.
Complexo ativado
Estado intermedirio ou estado de transio
formado entre reagentes e produtos, cuja
estrutura existe ligaes fracas nos reagentes
permitindo a formao de novas ligaes
ocorrendo assim formao dos produtos.
Grfico da Reao Endotrmica
Complexo ativado
Produtos
Ea
Reagentes H > 0
caminho da reao
Grfico da Reao Exotrmica
Complexo ativado
Reagentes Ea
H < 0 Produtos
caminho da reao
OBS: Quanto menor a Ea maior a velocidade da
reao e vice-versa.
Fatores que influenciam a
velocidade da reao
Superfcie de Contato: Em reaes das quais participa um slido, a velocidade ser tanto
maior quanto maior for superfcie de contato
desse slido.
Temperatura: Quanto maior a temperatura, maior a energia cintica das molculas
reagentes, aumentando o nmero de colises,
portanto maior a velocidade de reao.
Regra de VantHoff
Um aumento de 10C faz com que a
velocidade da reao dobre.
Temperatura 5C 15C 25C
Velocidade V 2V 4V
Concentrao dos reagentes: Quanto maior o nmero de partculas de reagente por
unidade de volume, maior a chance de haver
coliso efetiva entre essas partculas e maior a
velocidade da reao.
Presso: A presso s provoca a variao na velocidade de uma reao onde exista pelo
menos um reagente gasoso. Caso esta
condio exista, o aumento da presso provoca
a reduo no volume do sistema, provocando
um aumento na concentrao dos reagentes, o
que aumenta a velocidade da reao.
Natureza dos reagentes: Reaes que envolvem a separao de muitos tomos
tendem a ser mais lentas e as que envolvem a
separao de poucos tomos tendem a ser mais
rpidas. Exemplos:
Reao muito lenta a 20C
1C3H6(s) + 5O2(g) 3CO2(g) + 4 H2O(v)
Reao muito rpida a 20C
1HCl(aq) + 1NaOH(aq) 1NaCl(aq) + 1 H2O(L)
Luz e Eletricidade: Muitas reaes s so ativadas na presena de luz (reaes
fotoqumicas) ou de eletricidade (eletrlise).
Quanto maior o fornecimento de luz e de
eletricidade maior a velocidade das reaes.
* Fotossntese
6CO2 + 6H2O Luz C6H12O6 + 6O2
clorofila
* Fotlise
2H2O(L) fasca 2H2(g) + O2(g)
Catalisador: o catalisador uma substncia que interage com os reagentes fornecendo um
caminho mais fcil para que a reao se
efetive. Todo catalisador possui em comum as
seguintes caractersticas:
- No sofre alterao permanente na sua massa
ou na sua composio, ele ser integralmente
recuperado no final da reao.
- A ao cataltica s possvel quando existe
afinidade qumica entre os reagentes. Isso
significa que no h catalisador que faa ocorrer
uma reao no espontnea, por exemplo, a gua
reagir com o monxido de carbono.
- Se a reao for reversvel, os produtos reagem
entre si formando novamente os reagentes.
reao direta Reagentes Produtos
reao indireta
A adio de um catalisador ir aumenta
igualmente as velocidades das reaes direta e
inversa no alterando o H das reaes.
Podemos representar graficamente
a ao de um catalisador.
Grfico da Reao Endotrmica
Sem
Com catalisador
catalisador
Ea
caminho da reao
Grfico da Reao Exotrmica
Com Sem
Catalisador Ea catalisador
caminho da reao
Catlise
So reaes que ocorrem na presena de
catalisadores tais como:
Metais (Co, Ni ,Pd ,Pt), xidos metlicos Al2O3
Fe2O3,V2O5, cidos,bases, enzimas.
Catlise homognea Quando o catalisador forma com os reagentes
um sistema monofsico.
NO2(g)
2 SO2(g) + 1O2(g)
2SO3(g)
63
Catlise heterognea
Nesse tipo de reao, os reagentes e o
catalisador formam um sistema com mais
de uma fase.
V2O5(S)
2SO2(g) + 1O2(g) 2SO3(g)
Autocatlise
um tipo de reao na qual um dos produtos
reage como catalisador.
Ex: reao entre cobre metlico e cido ntrico
catalisada pelo monxido de nitrognio que
um dos produtos da reao:
3Cu + 8HNO3 3Cu(NO3)2 + 4H2O + 2NO
Outros conceitos
- Inibidor: tambm chamado de catalisador
negativo, a substncia que diminui a
velocidade de uma reao. Ex: o nitrito de
sdio, NaNO2(s) diminui a velocidade da
reao de decomposio das carnes.
- Ativador: tambm chamado de promotor do
catalisador, a substncia que intensifica o
efeito do catalisador que sozinha, no
exerceria nenhum efeito sobre a reao.
Ex: a fabricao da amnia que utiliza o ferro
como catalisador e ativada pelo xido de
potssio K2O(s) e xido de alumnio Al2O3(S). - Veneno do catalisador: a substncia que
diminui ou mesmo anula o efeito do
catalisador. Ex: Arsnio As(s) anula a ao
cataltica da platina.
- Catlise enzimtica: Algumas reaes
que seriam lentas em um tubo de ensaio
ocorrem rapidamente em organismos
vivos pela presena de catalisadores deno-
minados enzimas. Tambm chamados de
catalisadores biolgicos, as enzimas so
molculas de protenas com grande massa
molar. A ao de uma enzima altamente
especfica, ou seja, geralmente cada
enzima catalisa uma nica reao.
Ex: A enzima maltase catalisa apenas o
processo de transformao da maltose em
glicose.
maltase
C12H22O11 + H2O 2C6H12O6 maltose glicose
64
A LEI DA AO DAS MASSAS DE
GULDBERG E WAAGE
Condisere a equao genrica, corretamente
balanceada abaixo:
aA + Bb cC + dD
A velocidade dessa reao pode ser calculada
pela equao:
V = K.[A]a . [B]
b
Na qual K uma constante que s depende da
temperatura.
Reao elementar: Quando uma reao qumica
se desenvolve em uma nica etapa.
H3O+1
(aq) + OH-1
(aq) 2 H2O(L)
V = K. [H3O+].[ OH
-1]
Reao no elementar: Quando a reao se
desenvolve em duas ou mais etapas distintas, a
velocidade da reao depende apenas da
velocidade da etapa lenta.
A etapa lenta a etapa
determinante da velocidade da reao
Etapa I H2 + 2NO N2O + H2O (lenta)
Etapa II H2 + N2O N2 + H2O (rpida)
2H2 + NO N2 + 2H2O
A velocidade da reao ser determinada pela
velocidade da etapa I, que a etapa lenta.
V = K.[H2].[NO]2
Ordem de uma reao: Chamamos de ordem
de uma reao soma de todos os expoentes que
aparecem na expresso da velocidade da reao.
V = K.[H2].[NO]2
Ordem da reao: 1+ 2 = 3 (3 ordem)
Ordem da reao em relao ao H2: 1 ordem
Ordem da reao em relao ao NO: 2 ordem
Isso significa que se dobrarmos a concentrao
de H2(g) e mantivermos a concentrao do NO(g)
constante, a velocidade da reao dobra.
Por outro lado, se dobrarmos a concentrao de
NO(g) e mantivermos constante a concentrao
do H2(g) a velocidade da reao quadruplica.
Muitas das reaes qumicas, realizadas em
determinadas condies so reversveis, nos
quais os reagentes do origem a produtos e os
produtos reagem entre si, reconstituindo os
reagentes.
Reaes irreversveis: Queima de um fsforo.
Reaes reversveis: H2O(s) H2O(L)
O equilbrio qumico ocorre em:
Sistema fechado: No h troca de matria com o meio ambiente.
Temperatura constante: No h troca de energia com o meio ambiente.
Ex: reao realizada em ambiente fechado e a
presso constante.
Reao direta H2(g) + CO2(g) H2O(L) + CO(g)
Reao indireta
Caracterstica do equilbrio
1) Velocidade direta = Velocidade indireta
No equilbrio qumico no inicio da reao,
tm-se apenas as substncia reagentes. A
quantidade de produtos igual a zero. A
reao inicia-se e a velocidade da reao direta
mxima, pois a concentrao de reagentes
mxima. Os produtos vo sendo formados. A
reao inversa inicia-se. Em certo instante, as
velocidades das reaes direta igualam-se e o
equilbrio atingindo.
2) O equilbrio dinmico
As propriedades macroscpicas de um siste-
ma em equilbrio qumico, permanecem cons-
tantes. As propriedades microscpicas de um
sistema em equilbrio tais como transformao
de uma substncia em outra, permanecem em
evoluo, ou seja, no para.
3) As concentraes permanecem constante
No inicio da reao, a concentrao dos
reagentes mxima com o passar do tempo, a
concentrao dos reagentes vai diminuindo e a
dos produtos aumentando, at atingir o tempo
de equilbrio e as concentraes de reagentes e
produtos se estabilizarem.
Grfico da Velocidade x Tempo
Velocidade
Reagentes (Velocidade direta) = V1
V1 = V2 0
Produtos (Velocidade indireta) = V2
te Tempo
OBS: A adio de um catalisador em um sistema
em equilbrio qumico aumenta igualmente as
velocidades das reaes direta e inversa, sem
favorecer nenhuma das reaes.
Grfico da Concentrao x Tempo
[ ] mol.L-1
[Reagentes] = [Produtos]
te Tempo
[r] = [p]
Reao direta Reagentes Produtos
Reao indireta
[ ] mol.L-1
[Reagentes] > [Produtos]
te Tempo
[r] > [p]
Reao direta Reagentes Produtos
Reao inversa
[ ] mol/L-1
[Reagentes] < [Produtos]
te Tempo
[r] < [p]
Reao direta Reagentes Produtos
Reao inversa
65
onstante em termos de Concentrao
Dada a equao genrica
V1
aA + bB cC + dD
V2
V1 = K1. [A]a. [B]
b
V2 = K1. [C]c. [D]
d
Sabendo que no equilbrio V1 = V2
K1. [A]a. [B]
b = K2. [C]
c. [D]
d
Isolando as constantes K1/K2
K1 = [C]c. [D]
d
K2 = [A]a. [B]
b
Convencionou-se chamar K1/K2 = K
Genericamente, temos:
Kc = [PRODUTO]
[REAGENTE]
Ex: N2(g) + 3H2(g) 2NH3(g)
- Na expresso do Kc no entra slido
somente substncias que se encontram no
estado lquido e gasoso.
Constante em termos de
resso parcial
A definio da constante de equilbrio em
termos de presso parcial, Kp, anloga
definio de Kc.
Dada a reao genrica:
V1
aA + bB cC + dD
V2
66
Exemplo: N2(g) + 3H2(g) 2NH3(g)
- Na expresso de Kp s entram gases,
pois a presso parcial de slidos e lquidos
desprezvel.
- A constante de equilbrio caracterstica de
cada reao e tambm da temperatura, ou seja, o
valor de Kc ou de Kp para uma mesma reao,
s ir variar se a temperatura variar.
- Um valor alto de Kc ou de Kp indica que a
quantidade de produtos alta em relao
quantidade de reagentes, sendo assim, o
equilbrio tende para a direita, ou seja, no
sentido de formao dos produtos.
Relao entre Kc e Kp
Kp = Kc . (R.T)n
Kp = constante de presses parciais
Kc = constante de concentraes molares
R = constante universal (0,082 atm.L.mol-1
.k-1
)
T = temperatura absoluta (Kevin)
T/K = T/C + 273
n = (n de mol produtos ) - (n de mol reagente) Exemplo: N2(g) + 3H2(g) 2NH3(g) n = 2 (1+3) n = -2
Grau de equilbrio ()
Denomina-se grau de equilbrio de uma reao qumica em relao a um reagente o
quociente entre a quantidade de matria
consumida desse reagente e a quantidade de
matria que havia no inicio.
=
ou
=
Ex: Na reao A(g) + B(g) C(g) + D(g) temos no inicio da reao 50 mol de A e, ao chegarmos ao
equilbrio, ainda sobram 20 mol de A sem
reagir, isso indica que reagiram:
50 20 = 30 mol = 30 50 = 0,6
comum expressar em porcentagem, logo no exemplo citado teramos = 60%.
Kc =[NH3]
[H2][N2]
2
.3
=. 3
Unidade(mol/L)2
(mol/L)(mol/L)
2(mol/L)=-
=.
Kc( )pC c. pD( )d
( )pBpA( )a b
=. 3
22 (atm)=Kc
( )pNH3
.( )( )pN2 pH2 (atm)(atm)=
3(atm)-2
quantidade de matria consumida
quantidade de matria inicial
quantidade de matria que sofreu dissociao
quantidade de matria inicial
Quando um sistema de reao atinge o
equilbrio qumico, ele tende a permanecer
dessa maneira indefinidamente, desde que no
seja perturbado por algum fator externo, que
pode ser uma mudana na concentrao das
substncias participantes da reao, na presso
ou na temperatura. Le Chatelier, estudando o
comportamento de sistemas em equilbrio
qumico quando sujeitos variao de um
desses trs fatores, chegou concluso
experimental.
Quando se provoca uma perturbao
sobre um sistema em equilbrio, este se
desloca no sentido que tende a anular essa
perturbao, procurando se ajustar a um
novo equilbrio.
Fatores que deslocam o equilbrio
Concentrao
Quando aumentamos a concentrao de um lado da reao, deslocamos o equilbrio para o
lado oposto.
Quando reduzimos a concentrao de um lado da reao, deslocamos o equilbrio para o
mesmo lado.
Presso
Quando aumentamos a presso sobre o sistema o equilbrio deslocado no sentido do
maior nmero de mols gasosos para o menor.
Quando reduzimos a presso sobre o sistema, o equilbrio deslocado no sentido do
menor nmero de mols gasosos para o maior.
Temperatura
Quando aumentamos a temperatura de um sistema, favorecemos a reao endotrmica,
deslocando o equilbrio no sentido da mesma.
Quando reduzimos a temperatura de um sistema, favorecemos a reao exotrmica,
deslocando o equilbrio no sentido da mesma.
A reao direta exotrmica
e a reao inversa endotrmica.
Influencia do Catalisador
O catalisador faz com que o equilbrio seja
atingido mais depressa, mas no o desloca no
sentido de nenhuma das reaes.
Equilbrio Inico um caso particular de
equilbrio qumico onde aparecem ons.
Como em qualquer equilbrio, aqui tambm
sero definidos um e um K, que agora recebem nomes definidos:
= Grau de ionizao ou dissociao inica. Ki = Constante de ionizao ou dissociao inica.
CIDOS
Considere, por exemplo, a reao reversvel de
ionizao de um cido genrico:
A expresso de kc para essa reao :
Como a gua tambm atua como solvente,
podemos considerar sua concentrao prati-
camente constante e incluir o valor [H2O] no
valor do kc.
Se chamarmos kc.[H2O] = Ki
No caso dos cidos Ki = ka
BASES
Da mesma maneira como definimos cons-tante
de ionizao para cidos, podemos faz-lo para
bases fracas.
No caso das bases Ki tambm simbolizado por
Kb.
Observaes sobre cidos e bases
Quanto maior for o valor de Ka, maior a
ionizao do cido; portanto, maior a sua fora e
vice-versa.
Quanto maior o valor de Kb, maior a
dissociao da base; portanto, maior a sua fora
e vice-versa.
Os valores de ka e Kb assim como os valores
de Kc s dependem da temperatura.
67
Kc =[H3O
+]
[H2O][HA]
[A-]
.
.
Kc =[H3O
+]
[H2O][HA]
[A-]
..
.[A-]
[HA]
[H3O+]
=Ka
HA + H2O H3O+
+ A-
BOH + H2O B+
+ OH-
. [OH-]
[BOH]
[B+]
=Kb
GUA
Produto Inica da gua
Sabe-se que a gua sofre auto-ionizao em
escala muito pequena, ou seja, a gua um
eletrlito fraco que apresenta valores baixos
de e de kc o que significa a baixa condutibilidade eltrica da gua pura.
Equao que representa a auto ionizao da
gua
2H2O(L) 1H3O+
+ 1OH-
Expressando kc para essa reao, temos:
Simplificando: H2O(L) H+
(aq) + OH-(aq)
Como a auto-ionizao da gua extrema-
mente pequena, podemos considerar a concen-
trao em quantidade de matria da gua
praticamente constante e, desse modo, embutir
seu valor de kc.
Kc . [H2O] = [H+] . [OH
-]
O produto [H+].[OH-] denominado produto
inico da gua e simbolizado por kW
(W = Walter, gua).
kW = [H+].[OH
-]
10-14
= 10-7
. 10-7
Assim como o Kc e Ki, o produto inica da
gua, Kw, s varia com a temperatura.
Dentro deste contexto, definem-se o meio
neutro, cido e bsico.
Neutro
[H+] = [OH
-]
[H+] =10-7
cido
[H+] > [OH
-]
[H+] >10-7
Bsico
[H+] < [OH
-]
[H+]
Deslocando equilbrios cido-base
Por envolverem a presena de ons, os
equilbrios cido-base pertencem categoria
dos equilbrios inicos. Um equilbrio inico
pode ser deslocado para um dos lados por
meio da remoo ou adio de algum on
presente na soluo.
Por exemplo: Considere a dissoluo em
meio cido dos sais cromato de potssio,
K2CrO4(S) que forma soluo de cor amarela,
e dicromato de potssio, K2Cr2O7(S) que
forma soluo de cor laranja, representada
pela equao inica.
Se adicionarmos um cido como o cido
clordrico ao sistema ele ir se ionizar
formando o on hidrnio.
1HCl + 1H2O 1H3O+ + 1Cl-
O equilbrio, ento ir se deslocar no
sentido da reao direta, de modo a
consumir o excesso de ons H3O+.
A colorao final do sistema diferente da
colorao inicial porque, a concentrao de
cada on no equilbrio foi alterada.
Se adicionarmos no sistema uma base
como, por exemplo, o NaOH o equilbrio se
deslocar para o sentido inverso de modo a
repor os ons H3O+.
Efeito do on comum
o deslocamento da posio de equilbrio
de um eletrlito, causado pela adio de um
segundo eletrlito possuidor de um on
comum com o primeiro.
Exemplo: HF(aq) H+
(aq) + F-(aq)
Adicionando NaF soluo, ocorrer a
dissociao do sal.
NaF(S) + H2O(L) Na+
(aq) + F-(aq)
Os dois processos possuem o on fluoreto,
ou seja, F- comum ao cido e ao sal.
HF(aq) H+ + F
-
De acordo com o princpio de Le Chatelier
possvel prever que a adio de F- deslocar
o equilbrio do cido para a esquerda.
Soluo Tampo
Denomina-se soluo-tampo a soluo que
praticamente no sofre variao de pH ou de
pOH pela adio de pequenas quantidades de
cidos fortes ou de bases fortes.
H dois tipos de solues-tampo mais comuns:
Um cido fraco e um sal dele derivado. HCN e NaCN (nion comum CN
-)
Uma base fraca e um sal dela derivado. NH4OH e NH4Cl (ction comum NH4
+)
O sangue um exemplo de soluo-tampo cujo
pH se mantm praticamente constante e igual a
7,4 mesmo quando ingerimos pequenas
quantidades de cidos fortes ou bases fortes.
Hidrlise de Sais
Hidrlise de um sal a reao entre o sal e gua
produzindo o cido e a base correspondentes.
SAL + GUA CIDO + BASE
Consideraes importantes:
Sal: Se dissocia muito ( inico) gua: Se ioniza muito pouco ( molecular)
Somente sofrem hidrlise os sais solveis que liberam seus ons para reagir com a gua
formados por um ction proveniente de uma
base fraca e/ou um nion proveniente de um
cido fraco. Sais formados pela reao entre um
cido forte e uma base forte no sofrem
hidrlise.
1. Sal de cido fraco e base fraca.
carter neutro
Ex: NH4CN
2. Sal de cido fraco e base forte.
carter bsico (alcalino)
Ex: NaCN
3. Sal de cido forte e base fraca.
carter cido
Ex: NH4Cl
4. Sal de cido forte e base forte.
no ocorre a Hidrlise
carter neutro
Ex: NaCl
69
CrO4-2
tende para o laranja
tende para o amarelo
++ 2 H3O+ Cr2O7
-23H2O
Amarelo Laranja
Kw
Ka Kb.Kh =
Kw
KaKh =
Kw
KbKh =
Produto de Solubilidade (KPS,KS,PS)
Ocorrem em solues saturadas de sais
pouco solveis, onde existe um equilbrio
qumico entre a soluo e o precipitado
(equilbrio Heterogneo).
O estudo de compostos poucos solveis
fundamental a vrias situaes ligadas a
sade das comunidades. Exemplo:
Al(OH)3 O hidrxido de alumnio, um precipitado branco e gelatinoso, bastante
utilizado no tratamento de guas para as
cidades.
BaSO4 O sulfato de brio, devido a sua
pouca solubilidade ele aproveitado em
exames do sistema gastro-intestinal, para
formar contrastes em raios x.
Vamos analisar o cloreto de prata,AgCl,
que precipita facilmente a partir de uma
mistura de nitrato de prata, AgNO3, e cloreto
de sdio NaCl.
Note que deve haver um equilbrio dinmico
entre os ons do slido e os ons dissolvidos.
1: dissoluo
2: precipitado
Temos ento, a expresso da constante de
equilbrio.
Lembre-se, porm que nessa expresso
devemos considerar como constante a
concentrao molar dos participantes slidos
assim temos: Precipitado [Ag+].[Cl-] = k
Logo AgCl(S) Ag+
(aq) + Cl-(aq)
KPS = [Ag+].[Cl
-]
Outro exemplo:
Equilbrio
Produto de solubilidade: o produto das
concentraes em mol/L dos ons existentes numa soluo saturada, estando cada con-
centrao elevada potncia igual ao
coeficiente do on na equao de dissoluo
inica correspondente.
70
Clculo do KPS
Ex: Cloreto de prata slido, AgCl, adicionado
em gua pura a 25C. O sistema deixado em
repouso por alguns dias, para que se tenha
certeza de que foi atingido o equilbrio entre o
slido e os ons Ag+ e Cl
- em soluo. Qual o
KPS do cloreto de prata.
1,34.10
-5mol/L 1,34.10
-5 mol/L
AgCl(s)
A expresso do KPS [Ag+].[Cl
-]
Substituindo na expresso os valores
apresentados temos:
KPS = [1,34.10-5
].[1,34.10-5
] = 1,8.10-10
Outro exemplo: Suponha a concentrao da
soluo igual a 1 mol/L, qual o valor de KPS?
Ca3(PO4)2(S) 3Ca2+
(aq) + 2PO42-
(aq)
1 mol/L 3 mol/L 2 mol/L
Portanto:
KPS = [Ca2+
]3.[PO4
2-]
2 (3mol/L)3. (2mol/L)2
KPS = 108 (mol/L)5
OBS: BA B+ + A-
quando [B+].[A
+] < soluo insaturada
quando [B+].[A
+] = soluo saturada
quando [B+].[A
+] > soluo super saturada
quanto menor o valor de KPS de um eletrlito,
menos solvel ser esse eletrlito e vice-versa.
Introduo a eletroqumica
A eletroqumica estuda o aproveitamento
prtico do fenmeno de transferncia de eltrons
entre diferentes substncias para converter
energia qumica em energia eltrica e vice-versa.
A converso de energia qumica em energia
eltrica um processo espontneo, denominado
pilha ou clula galvnica.
A converso de energia eltrica em energia
qumica um processo no-espontneo, deno-
minado eletrlise.
+(S) (aq)(aq)BaSO4 Ba SO4-2+2
KPS = [Ba ].[ ]SO4-2+2
K=[AgCl]
[Ag+].[Cl
-]
[Ag+].[Cl
-]=PSKK.K' =
[AgCl]K=
[Ag+].[Cl
-]
(aq) (aq)(S)2
1
+ Cl-
Ag+
AgCl
Cl-Ag
+
Pilha: Processo espontneo
Eletrlise: Processo no-espontneo
Processo espontneo: aquele que ocorre
naturalmente. Ex: combusto da madeira.
Processo no-espontneo: Necessita de um
fornecimento constante de energia.
Ex: Empurrar um carro ladeira acima.
Em 1791 Luigi Galvani estava dissecando
uma r e amarrou um de seus nervos a um
fio de cobre. Acidentalmente o fio tocou
uma placa de ferro e a r morta entrou em
violentas convulses. Galvani no soube
explicar o fato.
O cientista italiano Alessandro Volta certa-
mente no imaginava a enorme agitao que
iria provocar no mundo cientfico quando
em, 1800, empilhou alternadamente discos
de zinco e de cobre, separando-os por
pedaos de tecido embebidos em soluo de
cido sulfrico. A pilha de Volta, como
ficou conhecida produzia energia eltrica
sempre que um fio condutor era ligado aos
discos de zinco e de cobre, colocados nas
extremidades da pilha. Volta apresentando a
sua pilha a Napoleo Bonaparte diante dos
membros da Academia de Cincias em
1801. Dessa data em diante, todos os
aparelhos que produziam eletricidade a
partir de processos qumicos passaram a ser
chamados de celas voltaicas ou, simples-
mente, pilhas.
PILHA DE DANIELL
ando R ctado
(-) (+)
Zn Cu
ZnSO4 CuSO4
Em 1836, Jonh Frederic Daniell construiu
uma pilha diferente, substituindo as solues
cidas utilizadas por Alessandro Volta que
produziam gases txicos por solues de
sais, tornando as experincias com pilha
menos arriscadas.
Eletrodos da pilha: nodo [-] e ctodo [+]
nodo ou plo negativo da pilha: o eletrodo de onde saem os eltrons, no qual ocorre
oxidao. No esquema, o zinco metlico da
placa doa 2 eltrons que correm pelo fio condutor em direo ao eletrodo de cobre e se
transforma em ction zinco, Zn+2
(aq) que passa a
fazer parte da soluo.
Ctodo ou plo positivo da pilha: o eletrodo para onde vo os eltrons, no qual ocorre
reduo. No esquema, o ction cobre, Cu2+
(aq)
que estava em soluo, recebe os 2 eltrons
doados pelo zinco que vieram pelo fio condutor
at a placa de cobre e se transforma em Cu(S),
que passa a fazer parte da placa metlica.
A reao global da pilha (de xido-reduo) a
soma das reaes parciais de cada eletrodo:
Representao da pilha
Zn/Zn+2
//Cu+2
/Cu
Ponte salina: Em consequncia dos fenmenos
descritos na pilha de Daniell, teremos:
No nodo: a placa de zinco diminui de massa
ao mesmo tempo em que a concentrao de
ctions zinco em soluo aumenta.
No ctodo: a placa de cobre aumenta de massa
ao mesmo tempo em que a concentrao de
ctions cobre em soluo diminui.
Neste processo, as solues de ambos os
eletrodos vo perdendo a neutralidade eltrica e
interromperiam precocemente o funcionamento
da pilha se no fosse adaptada ao sistema uma
ponte salina. A ponte salina constituda de um
tubo de vidro em U contendo uma soluo
aquosa concentrada de um bastante solvel,
como por exemplo, KCl(aq) cloreto de potssio. A funo da ponte salina permitir a migrao de
ons de uma soluo para a outra, de modo que o
nmero de ons positivos e negativos na soluo
de cada eletrodo permanea em equilbrio.
71
Zn+2oxidao
2e-
+Zn(S) (aq)
2e-
+Cu+2
(S)(aq)reduo Cu
Zn+2
2e-
+
Cu+2
(aq)Zn
Cu
(S)
(S)(aq)+ e
-2
+(aq) (S)(S) CuZn (aq)Cu
+2+ Zn
+2
Medida de potencial de um eletrodo
A capacidade de perder eltrons ou sofrer
oxidao diferente para cada substncia,
dizemos que um metal reativo quando ele
possui grande facilidade em doar eltrons.
O funcionamento de uma pilha depende
principalmente de conectarmos metais com
diferentes capacidades de sofrer oxidao, ou
melhor, de diferentes potencias de oxidao.
Quanto maior a diferena de potencial (ddp)
dos eletrodos de uma pilha, maior ser a
intensidade de corrente eltrica produzida.
potencial padro (E)
O potencial padro de um eletrodo varia
com a temperatura e a concentrao da
soluo. Convencionou-se o potencial de cada
eletrodo em relao a um eletrodo padro
descrito a seguir.
25C; gases participantes com presso de 1
atm ons participantes com concentrao
molar igual a 1M o eletrodo escolhido como
referncia para servir de padro de compara-
o para os demais foi o eletrodo de
hidrognio. Por conveno, foi atribudo a este
eletrodo o valor zero.
Potencial de Reduo e Oxidao (E)
Nas pilhas, os eltrons fluem do eletrodo
onde ocorre oxidao (nodo) para o eletrodo
onde ocorre a reduo (ctodo), atravs do fio
externo, se colocarmos, nesse fio externo, um
aparelho denominado voltmetro conseguire-
mos medir a fora eletromotriz (f.e.m. ou E)
da pilha.
U = E - r.i
Considerando as pilhas como geradores
ideais, r = zero. Assim temos:
U = E
A diferena de Potencial da pilha (E)
E = Ered ctado - Ered nado E = Eoxid nado - Eoxid ctado
Em termos prticos, o valor de E sempre pode ser calculado pela diferena algbrica
entre o potencial maior e o menor.
E = Ered maior - Ered menor E = Eoxid maior - Eoxid menor
72
Exemplo:
1,10 V
Zn(S) CU(S)
Zn+2
CU+2
E red = - 0,76 V E red = + 0,34 V
oxidao reduo
E = Ered maior - Ered menor
E = (+0,34) (-0,76) = 1,10V
Algumas concluses sobre potenciais:
Em uma pilha, a espcie que apresenta maior Ered sofre reduo e portanto, a outra espcie, de
maior Eoxi sofre oxidao.
Os melhores agentes oxidantes so aqueles que apresentam maior potencial de reduo.
Os melhores agentes redutores so aqueles que apresentam maior potencial de oxidao.
Por que as pilhas deixam de funcionar?
No caso das pilhas, a ddp diminui com o passar
do tempo, at chegar praticamente a zero. Nesse
momento, as pilhas deixam de funcionar e uma
das razes mais importantes para que isso ocorra
no o esgotamento dos reagentes, mas a
variao das concentraes dos ons partici-
pantes. Por exemplo: medida que a pilha Zn-
Cu for sendo utilizada, [Zn2+
] aumenta e a [Cu2+
]
diminui.
Outros tipos de pilhas
As pilhas feitas em soluo aquosa s
apresentam aplicao em termos de pesquisa.
A pilha seca, entretanto, alm de ser muito
prtica, fornece uma corrente eltrica razovel
por um perodo de tempo prolongado. Esse tipo
de pilha foi desenvolvida pelo engenheiro
francs Georges Leclanch, por volta de 1866.
A reao qumica numa pilha seca
considerada irreversvel, ou seja, uma vez que
todos os reagentes foram transformados em
produtos, a pilha cessa seu funcionamento.
As pilhas comum possuem voltagem de 1,5V.
O esquema a seguir ilustra a composio de uma pilha comum.
Pilhas alcalinas: As pilhas comuns so consideradas cidas porque o cloreto de
amnio, NH4Cl(aq) sofre hidrlise tornando o meio cido, Assim, se na pasta externa, no
lugar do cloreto de amnio, for utilizada uma
substncia de carter bsico, como o hidrxido
de potssio, KOH(aq), por exemplo, temos
uma pilha alcalina. As pilhas alcalinas
possuem rendimento de cinco a oito vezes
maior que o de uma pilha comum.
Porque as pilhas alcalinas duram mais que
as pilhas comuns? Na pilha alcalina no
ocorre formao de amnia que dificulta a passagem dos eltrons ao redor da barra de
grafite, alm disso, o hidrxido de potssio
melhor condutor eletroltico resultando numa
resistncia interna menor que na pilha de
lecanch e por este motivo possuem voltagem
praticamente constante de 1,5V.
Acumuladores ou baterias
Quando associamos um conjunto de pilhas
em srie, ou seja, ligamos o plo positivo de
uma pilha ao negativo de outra de modo que a
primeira e a ltima pilha sejam ligadas a um
aparelho que consuma energia eltrica,
formamos uma bateria ou um acumulador
capaz de adicionar esse aparelho.
Bateria do automvel: composta de 6 pilhas cada uma planejada para apresentar
uma fora eletromotriz de 2 volts, produzindo
12V no total.
Porque uma bateria de automvel dura
tanto? Em uso contnuo, a bateria de chumbo
duraria poucas horas, mas no automvel, ela
recarregada pelo gerador, atravs da aplicao
de uma diferena de potencial superior a da
bateria em sentido contrrio (eletrlise).
A eletrlise um processo no-espontneo de
descarga de ons, no qual, custa de energia
eltrica, se faz o ction receber eltrons e o
nion doar eltrons, de modo que ambos fiquem
com carga eltrica zero e com energia qumica
acumulada. Para efetuar o processo de eletrlise,
nece-ssrio que haja ons livres no sistema, o
que s pode ser conseguido de duas maneiras:
Pela Fuso de uma substncia inica Pela dissociao ou ionizao de certas subs-tncias em meio aquoso.
A eletrlise permite obter uma srie de subs-
tncias que no so encontradas na natureza,
como cloro, iodo, soda custica e outros.
A eletrlise gnea feita com a substncia
inica na fase lquida (fundida). Na ausncia da
gua. O recipiente onde ocorre a eletrlise
denominado clula ou cuba eletroltica e
construdo de modo a suportar temperaturas
bastante elevadas, pois o ponto de fuso das
substncias inicas em geral muito alto.
nado: onde ocorre a oxidao. o eletrodo
ligado ao plo positivo do gerador, do nado
que saem os eltrons e, portanto, onde os
nions se descarregam.
Catado: onde ocorre a reduo: o eletrodo
ligado ao plo negativo que chegam os eltrons
e, portanto, onde os ctions descarregam.
(+) (-)
(+) (-)
Na+
Cl-
Na temperatura de 800,4C, a eletrlise gnea
do cloreto de sdio, passa do estado solido para
a fase lquida. No estado lquido o cloreto de
sdio se dissocia-se em ons Na+ + Cl
-.
Na+ + 1e
- Na Ered = - 2,71 2Cl- 2e- + Cl2 Ered = + 1,36
E = Ered do ctado - Ered do nado E = - 2,71 (+1,36) E = - 4,07
Por se tratar de uma reao no-espontnea, o
sinal da fora eletromotriz negativo.
73
pasta externa
ZnCl (aq) + NH4Cl (aq)
H2O + amido
pasta interna
(aq) + NH4Cl (aq)
H2O + amido
MnO2
barra de grafite:
polo positivo
envoltrio de Zn(s)polo negativo
Considere uma soluo aquosa de NaCl.
Quais ons estaro presentes nessa soluo?
H+ OH
-
- +
Na+ Cl
-
A ionizao da gua muito fraca so
necessrios 555 milhes de molculas de gua
para apenas uma se ionizar. Ocorrendo a
ionizao esses ons vo competir com os ons provenientes da dissociao do NaCl.
entre o Na+ e o H
+, o plo negativo (catado)
prefere descarregar o H+; entre o Cl
- e o OH
-, o plo positivo (nado)
prefere descarregar o Cl-.
Atravs da eletrlise do NaCl pode se obter trs substncias de grande valor comercial:
NaOH, H2 e Cl2.
Ordem de preferncia (prioridade) de descarga.
ction nion
1) Grupo B 1) nion
desoxigenados
2) H+ 2) OH
-
3) Famlia 1A 3) nion oxigenados
4) Famlia 2A 4) Flor
5) Famlia 3A
OBS: a eletrlise do hidrognio produz gs
hidrognio. A eletrlise da hidroxila produz
gua e oxignio gasoso. A descarga de um
ction produz o metal correspondente. A
descarga de um nion simples libera o prprio
nion.
O ato de recobrir uma superfcie de metal
com uma camada fina de outro metal
conhecido como galvanizao.
74
Clculos que envolvem a eletrlise
1 mol de eltrons corresponde a 6,02.1023
e-
Carga eltrica de um eltron igual a 1,6.10-19
C
1 eltrons 1,6.10-19C 6,02.10
23 eltrons X
X = (6,02.1023
)(1,6.10-19
C) = 96500C
O valor 96500C foi denominado
unidade faraday (F)
Uma das relaes fundamentais de eletricidade:
Q = i . t Q = carga Coulomb
i = intensidade da corrente (A) ampres
t = tempo segundos
Leis da eletroqumica: 1 e 2 Lei de Faraday
Michael Faraday (1791-1867) Formulou as
duas leis que regem a parte quantitativa dos
fenmenos ligados eletrlise. Essas leis
relacionam a quantidade de eletricidade que
percorre o sistema com a massa e o equivalente-
grama das substncias formadas nos eletrodos.
1 Lei : A massa ,m, de determinada substncia,
formada ou transformada pela eletrlise,
diretamente proporcional carga eltrica, Q, que
atravessa o sistema de um eletrodo a outro.
m = k.Q Deste modo, podemos escrever: m = k. i . t
2 Lei : A massa, m, de determinada substncia
formada ou transformada por eletrlise, na
passagem de uma carga eltrica, Q, entre os
eletrodos, diretamente proporcional ao
equivalente-grama, E, dessa substncia.
m = k. E K uma constante de proporcionalidade.
Equao Geral da Eletrlise
Como Q = i.t, Podemos escrever:
Equivalente eletroqumico: Massa da substncia
formada, liberada ou depositada num eletrodo,
quando numa eletrlise passa pela soluo uma
carga de 1 Coulomb.
m = e Q ou m = e i t
m = Q . E
96 500
m = i . t . E
96 500
=96 500
e E
Denomina-se radioatividade a atividade que certos tomos possuem em emitir radiaes
eletromagnticas e partculas de seus ncleos
instveis com o propsito de adquirir estabi-
lidade.
Radiaes nucleares naturais
Em 1896 o fsico Antoine Henri becquerel,
ao fazer pesquisa sobre os raios X, que havia
sido recentemente descoberto por Retgen,
descobriu a possibilidade de um elemento
qumico emitir radiaes naturalmente.
Maria Sklodowska Curie, jovem fsica
polonesa, ao pesquisar a radioatividade de um
minrio de urnio descobriu o polnio
elemento com maior capacidade de emitir
radiaes, ela e seu marido Pierre Curie
dedicaram sua vida ao estudo de tal fenmeno.
Ernest Rutherford realizou em 1903 um
experimento atravs no qual pode separar as
radiaes emitidas determinando a natureza
delas.
Material fluorescente
Chumbo material
radioativo
desviada para a placa negativa desviada para a placa positiva no ocorre desvio
Emisses Alfa ( ) Caractersticas: so partculas pesadas com
carga eltrica positiva constituda de 2 prtons
e de 2 nutrons (como o ncleo de um tomo
de Hlio.
Velocidade: de 3000 at 30 000 Km/s (5% da
velocidade da luz).
Poder de Ionizao: alto, a partcula alfa
captura 2 eltrons do meio ambiente, transfor-
mando-se em um tomo de hlio.
4
2 + 2e- 42He
Poder de penetrao: pequeno, so detidos por
uma folha de papel ou pela camada de clulas
mortas que reveste o corpo humano, podendo no
mximo causar queimaduras.
Emisses Beta ( -10 )
Caractersticas: partculas leves, com carga
eltrica negativa e massa desprezvel (seme-
lhante a eltrons).
Velocidade: varia de 100 000 Km/s at 290 000
Km/s (95% da velocidade da luz).
Poder de ionizao: mdio, como as partculas
beta possuem carga eltrica menor que a das
partculas alfa, a ionizao que provoca menor.
Poder de penetrao: mdio, so detidas por
uma chapa de chumbo de 2 mm, podem penetrar
at 2 cm do corpo humano e causar srios danos.
Emisses Gama ( )
Caractersticas: So radiaes eletromagnticas
semelhantes aos raios X. No possuem carga
eltrica e no possuem massa.
Velocidade: possuem velocidade igual da luz,
ou seja, aproximadamente 300 000 Km/s.
Poder de ionizao: pequeno, o poder de
ionizao depende quase que exclusivamente da
carga eltrica; por isso, a radiao gama
praticamente no forma ons.
Poder de penetrao: Alto, so detidas por
placas de chumbo de pelo menos 5 cm. So mais
penetrantes que os raios X. Atravessam o corpo
humano e causam danos irreparveis.
Leis da Radioatividade
A emisso de partculas do ncleo de um
tomo instvel, isto , o decaimento radioativo,
ocorre de acordo com algumas leis bsicas,
estabelecidas por Ernest Rutherford e pelo
fsico-qumico Frederick Soddy.
Quando um tomo de determinado elemento qumico emite uma partcula
42 ou uma
partcula 0
-1 ele se transforma em um tomo de outro elemento qumico.
Na radioatividade natural, a radiao 00 nunca emitida sozinha, mas sempre acom-
panhando a emisso de uma partcula 42 e
0-1 .
A intensidade da emisso de partculas pro-porcional quantidade de elemento radioativo
presente.
Soddy determinou exatamente o que ocorre com
um tomo que se desintegra emitindo partcula ou e elaborou as leis da radioatividade.
75
42
00
0-1
Primeira Lei de Soddy
Quando um tomo emite uma partcula
42
seu nmero atmico (Z) diminui de 2 unidades
e seu nmero de massa (A) diminui de 4
unidades.
ZXA 42 + Z - 2Y
A 4
Ex: 92U238
42 + 90Th234
Segunda Lei de Soddy
Quando um tomo emite uma partcula -1
0
seu nmero atmico (Z) aumenta de 1 unidade
e seu nmero de massa (A) permanece
constante.
ZQA -1
0 + Z + 1R
A
Ex: 55Cs137
-10
+ 56Ba137
Hiptese de Fermi
A partcula -1
0 emitida quando um
nutron instvel se desintegra convertendo-se
em um prton.
Ex: 0n1 1P
1 + -1
0 + 0
0 + 0
0
so eliminados do ncleo
O prton fica no ncleo e, como a massa do prton praticamente igual massa do
nutron, a massa total do ncleo atmico no
se altera.
A partcula -10 expulsa do ncleo com
radiao 00 e uma outra partcula chama