61
São misturas homogêneas de duas ou mais substâncias. Nas soluções o disperso recebe o nome de soluto e o dispersante de solvente. São sistemas nos quais uma substância esta disseminada sob a forma de pequenas partículas numa segunda substância. Disperso é a primeira substância e a segunda e o Dispersante. Soluto: Em uma solução, as partículas do soluto são átomos, íons ou moléculas totalmente dissolvidas no solvente. Solvente: é aquele que dissolve o Soluto. Exemplo: água mineral Polaridade: Semelhante dissolve semelhante Uma substância polar tende a se dissolver num solvente polar e uma substância apolar num solvente apolar. Exemplo: NaCl em H 2 O (ambos são polares). I 2 em CCl 4 (ambos são apolares). De acordo com a Fase de Agregação Soluções sólidas: aliança de ouro Soluções líquidas: água mineral Soluções gasosas: ar atmosférico De acordo com a natureza do soluto Soluções moleculares: quando as partículas dispersas são moléculas, Ex: moléculas de açúcar (C 12 H 22 O 11 ) em água. Soluções iônicas: quando as partículas dispersas são íons. Ex: os íons do sal de cozinha Na + e Cl - em água. As dispersões podem ser classificadas, com base na dimensão média das partículas da fase dispersa. Quando as partículas dispersas têm até 1nm (10 -9 m) de diâmetro. Não é possível ver as partículas dissolvidas nem com microscopia eletrônica. Exemplos: Solução de sal em água; solução de açúcar em água. Colóides ou dispersão coloidal: quando as partículas dispersas têm entre 1nm e 100nm de diâmetro. São misturas que a olho nu aparentam ser homogêneas, mas na realidade não o são. Ex: sangue humano, fumaça, gelatina. Quando as partículas dispersas têm mais de 100nm de diâmetro. É possível ver as partículas a olho nu. Ex: água e areia. Observação: 1 nm (nanômetro) = 10 -9 metros 1 nm (angstron) = 1O Å = 10 -10 metros É a quantidade máxima de soluto capaz de se dissolver em uma quantidade fixa de solvente sob certas condições de temperatura e pressão. Ex: o coeficiente de solubilidade do KNO 3 em água é 31,6g de KNO 3 para 100g de H 2 O a 20ºC. 51 Mg(HCO 3 ) 2 NaHCO 3 KHCO 3 H 2 O Ca(HCO 3 ) 2

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  • So misturas homogneas de duas ou mais

    substncias. Nas solues o disperso recebe o

    nome de soluto e o dispersante de solvente.

    So sistemas nos quais uma substncia esta

    disseminada sob a forma de pequenas

    partculas numa segunda substncia. Disperso

    a primeira substncia e a segunda e o

    Dispersante.

    Soluto: Em uma soluo, as partculas do

    soluto so tomos, ons ou molculas

    totalmente dissolvidas no solvente.

    Solvente: aquele que dissolve o Soluto.

    Exemplo: gua mineral

    Polaridade:

    Semelhante dissolve semelhante

    Uma substncia polar tende a se dissolver

    num solvente polar e uma substncia apolar

    num solvente apolar. Exemplo:

    NaCl em H2O (ambos so polares).

    I2 em CCl4 (ambos so apolares).

    De acordo com a Fase de Agregao

    Solues slidas: aliana de ouro

    Solues lquidas: gua mineral

    Solues gasosas: ar atmosfrico

    De acordo com a natureza do soluto

    Solues moleculares: quando as partculas

    dispersas so molculas,

    Ex: molculas de acar (C12H22O11) em gua.

    Solues inicas: quando as partculas dispersas

    so ons. Ex: os ons do sal de cozinha Na+

    e Cl-

    em gua.

    As disperses podem ser classificadas, com base na dimenso mdia das partculas da fase

    dispersa.

    Quando as partculas dispersas tm at 1nm

    (10-9

    m) de dimetro. No possvel ver as

    partculas dissolvidas nem com microscopia

    eletrnica. Exemplos: Soluo de sal em gua;

    soluo de acar em gua.

    Colides ou disperso coloidal: quando as

    partculas dispersas tm entre 1nm e 100nm de

    dimetro. So misturas que a olho nu aparentam

    ser homogneas, mas na realidade no o so. Ex:

    sangue humano, fumaa, gelatina.

    Quando as partculas dispersas tm mais de

    100nm de dimetro. possvel ver as partculas

    a olho nu. Ex: gua e areia.

    Observao: 1 nm (nanmetro) = 10-9

    metros

    1 nm (angstron) = 1O = 10-10

    metros

    a quantidade mxima de soluto capaz de se

    dissolver em uma quantidade fixa de solvente

    sob certas condies de temperatura e presso.

    Ex: o coeficiente de solubilidade do KNO3 em

    gua 31,6g de KNO3 para 100g de H2O a 20C.

    51

    Mg(HCO3)2

    NaHCO3

    KHCO3

    H2O

    Ca(HCO3)2

  • Com base no coeficiente de solubilidade de

    um soluto em determinado solvente se

    classifica as solues em:

    (a) Soluo Insaturada: Dizemos que uma

    soluo insaturada, quando ela contm uma

    quantidade de soluto inferior ao seu

    coeficiente de solubilidade na temperatura que

    se encontra a soluo.

    Observao: todos os pontos do grfico que

    esto abaixo da curva de solubilidade

    correspondem a concentraes de solues

    insaturadas

    Dependendo da quantidade de soluto em

    relao quantidade de solvente, uma soluo

    insaturada pode ser classificada em:

    - Soluo Diluda: A quantidade de soluto

    dissolvida na soluo bem abaixo do

    coeficiente de solubilidade.

    - Soluo Concentrada: A quantidade de

    soluto dissolvido na soluo bem prximo

    do coeficiente de solubilidade.

    (b) Soluo Saturada: Dizemos que uma

    soluo saturada quando ela contm uma

    quantidade de soluto igual ao seu coeficiente

    de solubilidade na temperatura em que se

    encontra a soluo.

    Se acrescentarmos 36,0g de NaCl a 20C

    todo o sal ir se dissolver na gua e a soluo

    ser saturada sem a presena de corpo de

    fundo.

    Se acrescentarmos 38,0g de NaCl em 100g

    de gua a 20C, apenas 36,0g do sal ir se

    dissolver na gua e 2,0g do sal precipitar para

    o fundo do recipiente. A soluo obtida ser

    saturada com presena de corpo de fundo.

    (c) Soluo Supersaturada: Uma soluo

    supersaturada quando contm uma quantidade

    de soluto superior ao seu coeficiente de

    solubilidade na temperatura que se encontra.

    A soluo supersaturada instvel, e a

    mnima perturbao do sistema faz com que o

    Excesso de soluto sofra cristalizao. Nesse

    caso, a soluo torna-se saturada em presena

    de corpo de fundo.

    52

    a representao grfica dos coeficientes de

    solubilidade de uma soluo em funo da

    temperatura

    Supersaturada

    Saturada

    Insaturada

    Temperatura/C

    Grfico de dissoluo Endotrmica

    Curva de solubilidade do KNO3 em gua em funo da temperatura

    160 -

    140 - 120 - 100 - 80 -

    60 -

    40 -

    20 -

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Temperatura/C

    Quando o aumento da temperatura provoca um

    aumento da solubilidade ou do coeficiente de

    solubilidade. A dissoluo endotrmica ocorre

    com absoro de energia e favorecida pelo

    aumento da temperatura.

    Grfico de dissoluo Exotrmica Curva de solubilidade do Ca(OH)2 em gua em funo da temperatura

    0.200 -

    0.180 - 0.160 - 0.120 - 0.100 -

    0.060 -

    0.040 -

    0.020 -

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

    Temperatura/C

    Quando o aumento da temperatura provoca

    uma diminuio da solubilidade ou do

    coeficiente de solubilidade. Ocorre com

    liberao de energia e por isso inibida pelo

    fornecimento de energia trmica.

  • Grfico de Compostos Hidratados

    Curva de solubilidade Na2SO4 .10 H2O e do Na2SO4

    50 - Ponto de Inflexo 40 -

    30 -

    20 -

    10 -

    Temperatura/C

    O 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

    Grfico da solubilidade

    de gases em lquidos

    Os gases em geral so poucos solveis em

    lquidos. Podemos tomar como exemplo lL de gua dissolve apenas 19mL de ar em condies ambientes.

    Efeito da Temperatura

    A solubilidade do gs no lquido sempre

    diminui com o aumento da temperatura. Por

    isso os peixes no vivem bem em guas

    quentes, pois tem pouco oxignio dissolvido.

    0,006 -

    0,005 - O2

    0.004 -

    0,003 -

    0,002 - N2

    0,001 -

    O 10 20 30 40 50

    Efeito da Presso

    A presso s influi na solubilidade de

    solutos gasosos. Praticamente no influi na

    solubilidade de solutos slidos ou lquidos.

    Aumentando-se a presso sobre o gs

    estaremos empurrando o gs para dentro do

    lquido, portanto, a solubilidade do gs

    aumenta.

    Em temperaturas constantes a solubilidade de

    um gs diretamente proporcional presso

    do gs.

    Nas expresses adotamos a seguinte conveno

    para diferenciar soluto, solvente e soluo.

    Soluto ndice (1)

    Soluto ndice (2)

    Soluo no ter ndice

    n1 = Quantidade de matria do soluto m2 = massa do solvente V = Volume da soluo

    Essa conveno est relacionada ao proce-

    dimento correto em laboratrio. O soluto (1)

    colocado primeiro no recipiente o solvente (2)

    acrescentado depois para complementar deter-

    minado volume da soluo.

    1) Titulo ou Porcentagem

    em massa ou volume

    a) Titulo em massa: a relao entre a massa do

    soluto e a massa da soluo.

    b) Titulo Percentual ou Percentagem em massa:

    a relao entre o volume do soluto e o volume

    da soluo.

    ou

    c) Titulo em volume: a relao entre o volume

    do soluto e o volume da soluo.

    Onde V V1 + V2

    Como a relao entre a massa feita sempre

    numa mesma unidade o ttulo sempre ser um

    nmero puro e menor que a unidade, pois a

    massa do soluto sempre menor que a massa da

    soluo. Quando dizemos que uma soluo

    possui um ttulo igual a 0,25, isso significa que a

    unidade de massa do solvente de 0,75. um

    valor que varia entre 0 e 1. Por este motivo que

    geralmente escrito na forma percentual ou

    percentagem em massa do soluto.

    53

    m2+= m1mEm que

    m1=T

    + m2

    m1Logo

    =T% 100 T.=T m1% 100 .

    m

    =TV

    v1

    =Tm1m

  • Quando calculamos o titulo em volume, o

    volume da soluo (V) no sempre igual

    soma do volume do soluto com o volume do

    solvente, porque ao misturarmos gua e lcool

    etlico ocorre uma contrao de volume, ou

    seja, o volume da soluo V menor que a

    soma dos volumes. Quando dizemos, por

    exemplo, que uma soluo de gua dissolvida

    em lcool etlico apresenta ttulo em volume

    igual a 0,04 ou 4% isso significa que, de cada

    100 unidades de volume da soluo, apenas 4

    unidades de volume so de soluto nesse caso,

    a gua.

    2) Concentrao Comum ou

    Concentrao em g/l

    A concentrao em massa (C) indica a quanti-

    dade de soluto (m1) que se encontra dissolvida

    em um volume-padro de soluo (V).

    Simplificamente podemos escrever:

    Quando dizemos, por exemplo, que uma

    soluo possui concentrao igual a 150g/L,

    isso significa que em cada litro de soluo, h

    150g de soluto dissolvido.

    3) Densidade

    A densidade (d) de uma soluo a relao

    entre a massa (m) e o volume (V) dessa

    soluo.

    Simplificamente podemos escrever:

    A densidade da soluo geralmente ex-

    pressa em g/mL, mas tambm pode ser

    expressa em g/L, g/cm3, etc.

    Quando dizemos que uma soluo apresenta,

    por exemplo, densidade igual a 0,8g/mL, isso significa que cada 1 mL da soluo tem massa igual a 0,8g.

    Relao entre as expresses fsicas

    Observando atentamente as expresses da

    concentrao (C), da densidade (d) e do ttulo

    em massa (T), verificamos que possvel

    relacionar todas elas numa nica expresso.

    54

    Acompanhe:

    Portanto, podemos escrever:

    Portanto, podemos escrever:

    Substituindo na expresso da concentrao em

    massa, teremos:

    Se a concentrao estiver expressa em g/L e a densidade em g/mL, basta multiplicar a densidade por 1000, pois 1L = 1000mL. Nesse caso, temos:

    C (g/L) = 1000. d (g/mL) .T

    4) Concentrao em quantidade de matria

    por volume, concentrao molar,

    concentrao mol/L ou simplesmente molaridade

    a razo entre o nmero de mols de soluto e o

    volume de soluo dado em L.

    Como Ento:

    Unidade

    Mol/L ou Molar

    M = Molaridade;

    n1= nmero de mols de soluto;

    V= Volume da soluo (litros);

    m1= massa do soluto (gramas);

    M1 ou Mol = massa molar do soluto.

    Quando se diz, por exemplo, que uma soluo

    apresenta concentrao em quantidade de

    matria igual a 2,5 mol/L, isso significa que existem 2,5 mol de soluto a cada litro de

    soluo.

    =Tm1m

    m1 = T m.d =

    m

    V

    d=

    mV

    d=Cm

    .mT .=C T d.

    T m.

    d

    mC =C =

    m1

    V

    n1 =m1

    M1

    g/LV

    m1=C

    d =m

    Vg/mL

    .VM =

    m1

    M1

    (g)

    (g/mol) (L)

    (L)V=M

    n1

  • Relao entre concentrao

    comum e molaridade

    e

    Dividindo a concentrao comum pela

    molaridade temos:

    Simplificando a massa pelo volume

    5) Frao em quantidade de matria ou

    Frao Molar

    A frao em quantidade de matria de soluto (X1) em uma soluo a relao entre a

    quantidade de matria do soluto (n1) a

    quantidade de matria da soluo (n).

    X1 = Frao molar do soluto

    X2 = Frao molar do solvente

    n1 = nmero de mols de soluto

    n2 = nmero de mols de solvente

    Por ser uma relao entre quantidades de

    matria, X1 e X2 so sempre nmeros

    adimensionais e menores que a unidade.

    X1 + X2 = 1

    Se uma soluo feita de dois ou mais solutos

    diferentes, cada soluto ter a sua respectiva

    frao em quantidade de matria na soluo.

    6) Equivalente-grama (Eq-g)

    Equivalente-grama para um

    elemento qumico

    K o nox do elemento qumico em mdulo

    Ex: clcio Ca E = M1/K E = 40/2 = 20g

    Equivalente-grama para uma

    substncia simples

    K a valncia do elemento que forma a

    substncia, multiplicada pelo nmero de vezes

    que ele aparece na frmula.

    Ex: gs flor F2

    E = M1/K E = 38/1.2 E = 19g

    Equivalente-grama de um cido

    Pode ser calculado pela razo entre a massa

    molar do composto anidro (no ionizado) e o

    nmero de hidrognios ionizveis.

    E = Equivalente-grama

    M1 = Massa Molar

    K = nmero de hidrognios ionizveis

    unidade eq-g

    Equivalente-grama de uma base

    O equivalente-grama de uma base calculado

    pela razo entre a massa molar dessa base e o

    nmero de grupos hidrxidos, OH-1

    .

    E = Equivalente-grama

    M1 = Massa Molar

    K = nmero de grupos OH-1

    unidade eq-g

    Equivalente-grama de um sal

    O equivalente-grama de um sal calculado

    pela razo entre a massa molar desse sal e a

    carga total de ction ou de nions em mdulo.

    E = Equivalente grama

    M1 = Massa molar

    K = mdulo do produto x.y

    unidade eq-g

    55

    X1 =n1

    nX1 =

    n1

    n2+n1

    X1 =

    +m1 m2

    M1 M2

    M1

    m1

    X2n2

    n= X2

    n2

    n1 + n2=

    X2 =

    +m1 m2

    M1 M2

    m2

    M2

    .VM m1

    M1

    C=

    m1

    V

    V..

    m1=

    C M1m1

    M

    V.

    C =m1

    V

    =C

    M1M

    .VM =

    m1M1

    MM1C = .

    KE

    M1=

    KE

    M1=

    KE

    M1=

  • 7) Nmero de equivalente-grama (eq-g)

    Calcula-se o nmero de equivalentes-gramas

    em uma massa qualquer de determinada

    substncia pela razo entre essa massa (m) em

    gramas e a massa de 1 equivalente-grama (E)

    da substncia.

    e = n de equivalente grama

    m = massa da substncia(g)

    E = 1 equivalente grama

    8) Normalidade

    A normalidade (N) a relao entre o nmero

    de equivalentes-gramas do soluto (e1) e o

    volume da soluo em litro (V).

    Quando se diz que a normalidade, por exemplo, possui 2,5 eq/L ou que a soluo 2,5 normal (2,5 N), isso significa que em cada

    litro de soluo h 2,5 equivalentes-gramas de

    soluto.

    Relao entre

    Normalidade (N) e Molaridade (M)

    e

    Sabendo que:

    Portanto:

    Relao entre Normalidade (N) e

    (C) concentrao em massa

    Temos que: e

    Portanto: ou

    56

    Diluio de Solues

    Diluir uma soluo significa acrescentar

    solvente a essa soluo de modo a

    diminuir a sua concentrao. A quantidade

    de soluto permanece inalterada.

    1 2

    V2 = V1 + Vadicionado

    Misturas de Solues

    Na mistura de solues de um mesmo

    soluto, sem reao qumica, obtemos uma

    nova soluo, onde a soluo intermediria

    as concentraes misturadas.

    A + B C

    O volume final a soma dos volumes

    de todas Solues intermedirias

    Titulao

    Titulao: Em geral utiliza-se um cido para

    titular uma base e vice-versa. No instante em

    que ocorre a neutralizao cido-Base total

    (ponto de viragem), verifica-se a mudana de

    cor de um indicador (geralmente Fenolftalena).

    A = cido B = base

    n eq-g = V. N

    Na.Va = Nb.Vb

    Xa.ma.Va = Xb. mb.Vb

    e =m(g)(g/eq)E

    =(g)

    (g/eq)N

    V(L)

    m1

    E1 .

    (L)V

    e1N =

    E1

    m1e1 =

    KE1

    M1=

    =N .K M

    =NV(L)

    m1E1.

    (L)M1K

    V

    m1

    .N =

    (L)

    =N. m1

    V

    K

    M1.

    (L).VM =

    m1

    M1

    =NV(L)

    m1E1. (L)V

    m1=C

    =NE1

    CE1.N=C

    C1 > C2

    V1 < V2

    m1(soluto) = m2(soluto)

    C1.V1 = C2.V2

    M1.V1 = M2.V2

    N1.V1 = N2.V2

    Cc.Vc = Ca.Va Cb.Vb +

    +Nc.Vc = Na.Va Nb.Vb

    Mc.Vc = Ma.Va Mb.Vb +

  • Propriedades coligativas das solues

    Significado: A gua pura mantm temperatura

    constante durante a ebulio 100C ao nvel do

    mar, o que no acontece se a ela misturarmos

    sal. Nesse caso a gua inicia a ebulio a

    temperatura superior a 100C. Dizemos que a

    temperatura de ebulio uma propriedade

    coligativa.

    Propriedades coligativas: So aquelas que

    surgem com a presena de um soluto e

    dependem nica e exclusivamente do nmero

    de partculas que esto dispersas na soluo,

    no dependendo da natureza do soluto. Isso

    significa dizer que a quantidade de partculas

    que esto dispersas na soluo que ir

    influenciar na intensidade das propriedades

    coligativas.

    Presso mxima de vapor: a presso que

    seu vapor exerce num recipiente fechado

    quando se est em equilbrio com o lquido, a

    uma certa temperatura.

    - Quanto maior a temperatura, maior a presso

    de vapor de uma substncia.

    - Quanto mais voltil uma substncia, maior a

    sua presso de vapor, ou seja, entram em

    ebulio antes.

    - Maior presso de vapor implica atingir o

    ponto de ebulio mais rpido.

    - Quando a presso de vapor se iguala a

    presso externa local o lquido entra em

    ebulio.

    - A presso atmosfrica diminui conforme a

    altitude aumenta, ou seja, quanto maior a

    altitude menor a presso atmosfrica.

    - O tempo de cozimento dos alimentos

    aumenta quando a presso externa diminui.

    Efeitos coligativos

    Tonoscopia

    Abaixamento da presso mxima de vapor de um solvente causado pela adio de um

    soluto no-volatil.

    Ebulioscopia

    Aumento do ponto de ebulio do solvente

    causado pela adio de um soluto no-voltil.

    Crioscopia

    Abaixamento do ponto de solidificao do solvente causado pela adio de um soluto no-

    voltil.

    Osmocopia

    Presso osmtica: Lquidos podem aparecer

    separados por uma membrana semipermevel. A

    membrana semipermevel uma barreira fina

    que permite a passagem de certas espcies

    atmicas, mas de outras no neste caso, permite

    a passagem de molculas do solvente e do

    Soluto no.

    Osmose: Passagem do solvente do meio mais

    diludo para o meio mais concentrado atravs de

    uma membrana semipermevel.

    Diagrama de fases

    Diagrama de fases e o ponto triplo caracterstico

    de cada substncia.

    O ponto exato em que as curvas da variao

    das temperaturas de ebulio e de solidificao

    em funo da presso de vapor coincidem

    denominado ponto triplo da substncia e

    representa o equilbrio entre as fases slida,

    lquida e vapor.

    Exemplo: Para a gua, isso ocorre quando a

    presso igual a 4,579mmHg e a temperatura

    igual a 0,0098C.

    760

    4,579

    0 0.0098 100 t/C

    No ponto triplo coexistem as 3 fases

    fase slida fase lquida fase vapor

    Na curva de sublimao coexistem as fases

    fase slida fase vapor

    Na curva da solidificao coexistem as fases

    fase slida fase lquida

    Na curva de ebulio coexistem as fases

    fase lquida fase vapor

    57

  • A termoqumica a parte de uma cincia

    denominada termodinmica que estuda as

    trocas de calor entre o sistema e o meio

    ambiente. Desenvolvida durante uma reao

    qumica.

    Conceitos

    Sistema: parte isolada do universo fsico

    cujas propriedades esto sendo estudadas.

    Fronteira: so os limites que definem o

    espao fsico do sistema, separando-o do resto

    do universo.

    Meio ambiente: a poro do universo que

    rodeia as fronteiras do sistema e que pode, na

    maioria dos casos, interagir com o sistema.

    Calor: a energia que diretamente

    transferida de um sistema para outro, ou entre

    o sistema e o meio. Normalmente medido

    em cal ou Kcal.

    Temperatura: medida da energia cintica

    mdia das partculas de um corpo qualquer

    que estamos considerando.

    Entalpia (H)

    o calor trocado a presso constante

    Variao da entalpia (H)

    o calor liberado ou absorvido em uma

    reao a presso constante.

    Variao de entalpia H: a diferena entre a entalpia dos produtos e a entalpia dos

    reagentes.

    Reagente Produto Inicio Fim

    H = H(fim) H(inicio)

    H = H(produto) H(reagente)

    H = HP HR

    Unidades: Caloria (cal) e Joule (J) ou em um

    dos seus mltiplos como quilojoule (KJ).

    1 cal = 4,18J ou 1 Kcal = 1 KJ

    Classificao

    As reaes podem ser classificadas como

    58 endotrmicas ou exotrmicas.

    So aquelas que liberam energia

    na forma de calor.

    A + B C + D + calor

    Numa reao exotrmica, a entalpia dos

    reagentes maior do que a entalpia dos produtos

    uma vez que ocorre liberao de energia.

    Reao exotrmica: HR > HP

    Sendo, H = HP - HR Conclumos que: H < O (-)

    Reao exotrmica representada em grfico.

    H

    A + B

    HR

    AH < O C + D

    HP

    Caminho da Reao

    So aquelas que absorvem energia

    na forma de calor.

    A + B + calor C + D

    Numa reao endotrmica a entalpia dos

    produtos maior que a entalpia dos reagentes

    uma vez que ocorre absoro de energia.

    Reao endotrmica: HR < HP Sendo, H = HP - HR Conclumos que H > O (+)

    Reao endotrmica representada em grfico.

    H

    C + D

    HP

    A + B AH > O

    HR

    Caminho da reao

    H um princpio fundamental da Termoqumica,

    determinado por Thompsen e Berthelot (1867).

    Segundo o qual:

    Dentre um conjunto de reaes qumicas possveis ocorrer primeiro, espontaneamente,

    aquela que for mais exotrmica.

  • Equao Termoqumica

    Como o valor do H de uma reao varia em funo de vrios fatores, preciso fornecer

    na equao as seguintes informaes.

    As substncias que reagem e que so produzidas, com os respectivos coeficientes.

    A temperatura e a presso. A fase de agregao (slido-lquido-gasoso). A variedade alotrpica. A quantidade de calor que foi liberada ou absorvida durante a reao.

    Notaes utilizadas

    Para informar que uma reao exotrmica

    ou endotrmica, utiliza-se uma das notaes

    indicadas nos exemplos a seguir.

    Reao exotrmica

    O calor liberado, portanto um produto da

    reao retirado dos reagentes:

    2H2(g) + 1O2(g) 2H2O(L) H = - 136,6 Kcal 2H2(g) + 1O2(g) 2H2O(L) + 136,6 Kcal 2H2(g) + 1O2(g) - 136,6 Kcal 2H2O(L)

    Reao endotrmica

    O calor absorvido, integrando aos reagentes

    da reao.

    4C(graf) + 1S8(romb) 4CS2(L) H= + 104,4 Kcal 4C(graf) + 1S8(romb) 4CS2(L) -104,4 Kcal 4C(graf) + 1S8(romb) + 104,4 Kcal 4CS2(L)

    Fatores que influenciam o H de uma reao

    Fase de agregao.

    fase slida < fase lquida < fase gasosa

    H2 + O2 H2O(g) H = - 57,8 Kcal/mol H2 + O2 H2O(l) H = - 68,3 Kcal/mol

    A forma alotrpica.

    Entre as formas alotrpicas de um mesmo

    elemento, h aquela mais estvel e, portanto,

    menos energtica, e a menos estvel, portanto,

    mais energtica. Em geral, quanto maior a

    estabilidade, menor a energia e vice-versa.

    C(grafite) + O2 CO2 H = - 94,0 Kcal C(diamante) + O2 CO2 H = - 94,45 Kcal

    Temperatura: O aumento da temperatura pro-

    voca um aumento da quantidade de calor

    liberado.

    CH4 + 2O2 CO2 + 2 H2O H = - 210,8 Kcal/mol (20C)

    CH4 + 2O2 CO2 + 2 H2O H = - 212,8 Kcal/mol (25C)

    Quantidade de matria.

    A quantidade de calor envolvida em uma

    reao proporcional quantidade de reagentes

    e produtos que participam da reao (ou seja,

    dependem da massa). Se, por exemplo,

    dobrarmos a quantidade de reagentes e produtos,

    a quantidade de calor ir dobrar igualmente.

    1H2 + 1Cl2 2HCl H = - 44,2 Kcal 2H2 + 2Cl2 4HCl H = - 88,4 Kcal

    Dissoluo (presena ou no de solvente)

    Quando dissolvemos uma substncia em um

    solvente qualquer, ocorre liberao ou absoro

    de energia na forma de calor.

    1H2 + 1Cl2 2HCl(g) H = - 44,2 Kcal 2H2 + 2Cl2 4HCl(aq) H = - 80,2 Kcal

    A diferena 80,2 44,2 = 36,0 Kcal igual energia liberada na dissoluo de 2 mol de HCl em gua (cada 1 mol de HCl dissolvido em gua liberada 18,0 Kcal).

    Entalpia Padro (HO)

    Para Toda substncia simples, no estado

    padro possui entalpia (H) igual a zero.

    O estado padro obedece seguinte condio.

    condies ambientes de 25C e 1 atm; estado alotrpico mais estvel;

    Variaes de entalpia de uma reao

    Para simplificar o estudo, classificam-se as

    variaes de entalpia que ocorrem nas reaes

    termoqumicas conforme o tipo de fenmeno

    qumico envolvido, a saber: H de combusto, H de neutralizao, H de formao. Em todos os casos, convenciona-se que o valor de H deve ser medido em condies padro. O H para combusto, neutralizao, ou formao de

    1 mol de determinada substncia indicado pela

    notao H0.

    59

  • Entalpia padro de combusto

    Denomina-se entalpia-padro de combusto

    a variao de entalpia, H0, envolvida na combusto completa de l mol de determinada

    substncia em que todos os participantes da

    reao se encontram em condies padro.

    Ex: Combusto completa do metano. CH4.

    1 CH4(g) + 2 O2(g) 1 CO2(g) + 2 H2O(L) H0combusto

    = -212,8 Kcal

    Note que a combusto completa de qualquer

    composto que possua apenas carbono e

    hidrognio ou carbono, hidrognio e oxignio

    ir produzir sempre gs carbnico e gua.

    - Combusto: a reao entre um combustvel

    e um comburente, liberando calor.

    - combustvel: pode ser qualquer substncia.

    - comburente: o principal deles o oxignio.

    OBS: a combusto sempre exotrmica.

    Entalpia padro de formao

    Denomina-se entalpia padro de formao a

    variao de entalpia, Hf envolvida na reao de formao de 1 mol de molculas de

    determinada substncia, a partir de substncias

    simples na forma alotrpica mais estvel, em

    condies padro. Ex: H2O; HCl, O3.

    1 H2(g) + O2 1 H2O(L) Hf = -68,3 Kcal H2 + Cl2(g) 1 HCl(g) Hf = -22,1 Kcal 3/2 O2(g) 1 O3(g) Hf = +34,0 Kcal

    Pela definio de entalpia padro de

    formao, conclumos que a entalpia padro

    de qualquer substncia simples, na forma

    alotrpica mais estvel e em condies padro,

    zero.

    Ex: H2(g) H2(g) Hf = 0,0 Kcal O2(g) O2(g) Hf = 0,0 Kcal

    Entalpia padro de neutralizao

    Denomina-se entalpia padro de neutralizao

    a variao de entalpia, (HN), envolvida na neutralizao de 1 equivalente-grama de um

    cido, por um equivalente-grama de uma base,

    ambos em solues aquosas diludas.

    1HCl(aq) + 1NaOH(aq) 1NaCl(aq) + 1 H2O(L) HN = -13,8 Kcal

    1HNO3(aq) + 1KOH(aq) 1KNO3(aq) + 1 H2O(L) 60 HN = -13,8 Kcal

    Observe que o HN de neutralizao entre cidos fortes e bases fortes constante e igual a

    -13,8 Kcal/equivalente. Isso se justifica porque

    todos os cidos fortes e as bases fortes se

    encontram praticamente 100% ionizados ou

    dissociados em solues aquosas diludas.

    Energia de Ligao

    a medida pela energia mdia (H) que necessria para romper 1 mol de ligaes

    covalentes (simples, dupla ou tripla) entre 2

    tomos de modo a obter esses tomos na fase

    gasosa.

    Quebra de ligaes: O processo de romper

    uma ligao qumica sempre endotrmico.

    Ex: H H(g) H(g) + H(g) H = +104,2 Kcal

    Formao de ligaes: O processo de formar

    uma ligao qumica sempre exotrmico.

    Ex: H(g) + H(g) H H(g) H = -104,2 Kcal

    Calculando a entalpia de formao

    H = HP - HR

    Ex: Reao de obteno do ferro a partir da

    hematita: A partir das entalpias de formao

    das substncias:

    Hf Fe2O3(S) = - 196,5 Kcal Hf CO(g) = - 26,4 Kcal Hf Fe(S) = 0,0 Kcal Hf CO2(g) = - 94,1 Kcal

    1 Fe2O3(S) + 3CO(g) 2 Fe(S) + 3 CO2(g) - 196,5 + 3x (-26,4) 2x (0) + 3x (-94,1) - 275,7 - 282,3

    H = HP - HR H = -282,3 - (- 275,7) H = - 6,6 Kcal

    Calculando a energia de ligao

    O H pode ser calculado atravs das energias de ligao das substncias compostas, a partir da

    seguinte equao:

    H = H ligaes rompidas + H ligaes formadas

    dos reagentes dos produtos

    H = H0reagentes + H = H0produtos

    Ex: H2(g) + Cl2(g) 2 HCl(g) H = ?

  • H H(g) + Cl Cl(g) 2 H Cl(g) 436KJ + 242,6KJ 2x 431,8KJ + 678,6 - 863,6

    H = H0reagentes + H = H0produtos

    H = + 678,6 + (-868,6) H = - 185 KJ

    LEI DE HESS

    A quantidade de calor liberada ou absorvida

    numa reao qumica depende unicamente do

    estado inicial e final da mesma e no dos

    estados intermedirios.

    Ex: A reao de combusto incompleta do

    carbono produzindo apenas CO(g):

    Equao x: 2C(graf) + 1O2(g) 2CO(g) H = ?

    Equao I.

    1C(graf) + 1O2(g) 1CO2(g) H = -94,1 Kcal

    Equao II.

    2C(graf) + 1O2(g) 2CO2(g) H = - 135,4 Kcal

    Obedecendo algumas regras matemticas

    podemos manipular as equaes I e II, de modo que ao som-la o resultado seja a

    equao x.

    Na equao I devemos multiplicar toda a

    equao por 2.

    Importante: ao multiplicar ou dividir os

    coeficientes de uma reao termoqumica por

    um nmero qualquer, deve-se multiplicar ou

    dividir o valor de H dessa reao pelo mesmo nmero.

    Na equao II devemos inverter a reao para

    que possamos obter a reao x.

    Importante: Ao inverter uma reao termo-

    qumica , deve-se trocar o sinal do H, pois, se em determinado sentido a reao libera

    calor, em sentido contrrio a reao ter de

    absorver a mesma quantidade de calor que

    havia liberado e vice-versa.

    Somando-se a equao I e II, aps a aplicao

    das regras iremos obter a equao x.

    2C(graf) + 2O2(g) 2CO2(g) H = -188,2 Kcal

    2CO2(g) 2CO(g) + 1O2(g) H = +135,4 Kcal

    2C(graf) + 1O2(g 2CO(g) H = - 52,8 Kcal

    A Cintica Qumica estuda a velocidade das

    reaes e os fatores que a influenciam. Estuda

    ainda a possibilidade de controlar essa

    velocidade, tornando as reaes mais rpidas ou

    mais lentas.

    O termo velocidade em Qumica no tem o

    mesmo sentido que em Fsica ou seja, espao

    percorrido em funo do tempo. Em qumica o

    termo velocidade est relacionado a quanto uma

    reao qumica se desenvolve mais rapidamente

    ou mais lentamente.

    Classificao quanto velocidade

    Reaes Lentas: Formao do petrleo. Reaes Moderadas: Digesto dos alimentos. Reaes Rpidas: A combusto do TNT.

    Velocidade Mdia das substncias

    A velocidade mdia, Vm, calculada em funo

    de uma das substncias participantes da reao

    a razo entre a quantidade consumida ou

    produzida da substncia e o intervalo de tempo,

    t, em que isso ocorreu.

    Vm = Velocidade mdia a reao em funo de

    qualquer substncia participante.

    |substncia| = variao da concentrao molar. t = intervalo de tempo. t = tfinal - tinicial

    Velocidade Mdia da reao

    A velocidade mdia da reao o mdulo da

    velocidade de consumo de um dos reagentes, ou

    da velocidade de formao de um dos produtos,

    dividido pelo respectivo coeficiente da

    substncia na equao da reao corretamente

    balanceada.

    Se considerarmos a equao genrica:

    aA + bB cC + dD

    OBS: Podem ser expressas tambm em variao

    de massa m, variao de quantidade de matria n, ou em variao de presso p.

    61

    Vm = Quantidade

    t

    [A]

    t

    - =Vm =a

    =Vm =-

    t

    [B]

    b

    [D]

    t=Vm=Vm =

    t

    [C]

    c d

    + +

  • Grfico: Velocidade da Reao

    Antes que uma reao tenha incio, a

    quantidade de reagentes mxima e a

    quantidade de produtos zero. medida que a

    reao se desenvolve, os reagentes vo sendo

    consumidos e, portanto, a quantidade de

    reagentes vai diminuindo at se tornar mnima

    (ou eventualmente zero). Ao mesmo tempo, os

    produtos vo sendo formados. Logo, a

    quantidade de produtos, que no inicio baixa

    comea a aumentar, at que no final da reao,

    se torna mxima.

    produtos

    reagentes

    Grfico da velocidade em funo do tempo

    para uma reao genrica:

    Condies fundamentais para que ocorra

    uma reao qumica

    H duas condies que so fundamentais

    (embora no sejam suficientes) para que uma

    reao qumica possa ocorre:

    Contato entre os reagentes (coliso efetiva) Afinidade qumica

    Alm disso necessrio que as partculas

    (molculas,ons) dos reagentes colidam entre

    si, e a coliso entre as partculas dos reagentes

    deve ocorrer numa orientao favorvel, com

    energia suficiente para romper as ligaes

    existentes.

    Teoria das colises: Quanto maior o nmero

    de colises efetivas maior ser a velocidade da

    reao.

    62

    Energia de ativao (Ea)

    a quantidade mnima de energia necessria

    para que ocorra uma reao. Ex: fasca eltrica.

    Complexo ativado

    Estado intermedirio ou estado de transio

    formado entre reagentes e produtos, cuja

    estrutura existe ligaes fracas nos reagentes

    permitindo a formao de novas ligaes

    ocorrendo assim formao dos produtos.

    Grfico da Reao Endotrmica

    Complexo ativado

    Produtos

    Ea

    Reagentes H > 0

    caminho da reao

    Grfico da Reao Exotrmica

    Complexo ativado

    Reagentes Ea

    H < 0 Produtos

    caminho da reao

    OBS: Quanto menor a Ea maior a velocidade da

    reao e vice-versa.

    Fatores que influenciam a

    velocidade da reao

    Superfcie de Contato: Em reaes das quais participa um slido, a velocidade ser tanto

    maior quanto maior for superfcie de contato

    desse slido.

    Temperatura: Quanto maior a temperatura, maior a energia cintica das molculas

    reagentes, aumentando o nmero de colises,

    portanto maior a velocidade de reao.

  • Regra de VantHoff

    Um aumento de 10C faz com que a

    velocidade da reao dobre.

    Temperatura 5C 15C 25C

    Velocidade V 2V 4V

    Concentrao dos reagentes: Quanto maior o nmero de partculas de reagente por

    unidade de volume, maior a chance de haver

    coliso efetiva entre essas partculas e maior a

    velocidade da reao.

    Presso: A presso s provoca a variao na velocidade de uma reao onde exista pelo

    menos um reagente gasoso. Caso esta

    condio exista, o aumento da presso provoca

    a reduo no volume do sistema, provocando

    um aumento na concentrao dos reagentes, o

    que aumenta a velocidade da reao.

    Natureza dos reagentes: Reaes que envolvem a separao de muitos tomos

    tendem a ser mais lentas e as que envolvem a

    separao de poucos tomos tendem a ser mais

    rpidas. Exemplos:

    Reao muito lenta a 20C

    1C3H6(s) + 5O2(g) 3CO2(g) + 4 H2O(v)

    Reao muito rpida a 20C

    1HCl(aq) + 1NaOH(aq) 1NaCl(aq) + 1 H2O(L)

    Luz e Eletricidade: Muitas reaes s so ativadas na presena de luz (reaes

    fotoqumicas) ou de eletricidade (eletrlise).

    Quanto maior o fornecimento de luz e de

    eletricidade maior a velocidade das reaes.

    * Fotossntese

    6CO2 + 6H2O Luz C6H12O6 + 6O2

    clorofila

    * Fotlise

    2H2O(L) fasca 2H2(g) + O2(g)

    Catalisador: o catalisador uma substncia que interage com os reagentes fornecendo um

    caminho mais fcil para que a reao se

    efetive. Todo catalisador possui em comum as

    seguintes caractersticas:

    - No sofre alterao permanente na sua massa

    ou na sua composio, ele ser integralmente

    recuperado no final da reao.

    - A ao cataltica s possvel quando existe

    afinidade qumica entre os reagentes. Isso

    significa que no h catalisador que faa ocorrer

    uma reao no espontnea, por exemplo, a gua

    reagir com o monxido de carbono.

    - Se a reao for reversvel, os produtos reagem

    entre si formando novamente os reagentes.

    reao direta Reagentes Produtos

    reao indireta

    A adio de um catalisador ir aumenta

    igualmente as velocidades das reaes direta e

    inversa no alterando o H das reaes.

    Podemos representar graficamente

    a ao de um catalisador.

    Grfico da Reao Endotrmica

    Sem

    Com catalisador

    catalisador

    Ea

    caminho da reao

    Grfico da Reao Exotrmica

    Com Sem

    Catalisador Ea catalisador

    caminho da reao

    Catlise

    So reaes que ocorrem na presena de

    catalisadores tais como:

    Metais (Co, Ni ,Pd ,Pt), xidos metlicos Al2O3

    Fe2O3,V2O5, cidos,bases, enzimas.

    Catlise homognea Quando o catalisador forma com os reagentes

    um sistema monofsico.

    NO2(g)

    2 SO2(g) + 1O2(g)

    2SO3(g)

    63

  • Catlise heterognea

    Nesse tipo de reao, os reagentes e o

    catalisador formam um sistema com mais

    de uma fase.

    V2O5(S)

    2SO2(g) + 1O2(g) 2SO3(g)

    Autocatlise

    um tipo de reao na qual um dos produtos

    reage como catalisador.

    Ex: reao entre cobre metlico e cido ntrico

    catalisada pelo monxido de nitrognio que

    um dos produtos da reao:

    3Cu + 8HNO3 3Cu(NO3)2 + 4H2O + 2NO

    Outros conceitos

    - Inibidor: tambm chamado de catalisador

    negativo, a substncia que diminui a

    velocidade de uma reao. Ex: o nitrito de

    sdio, NaNO2(s) diminui a velocidade da

    reao de decomposio das carnes.

    - Ativador: tambm chamado de promotor do

    catalisador, a substncia que intensifica o

    efeito do catalisador que sozinha, no

    exerceria nenhum efeito sobre a reao.

    Ex: a fabricao da amnia que utiliza o ferro

    como catalisador e ativada pelo xido de

    potssio K2O(s) e xido de alumnio Al2O3(S). - Veneno do catalisador: a substncia que

    diminui ou mesmo anula o efeito do

    catalisador. Ex: Arsnio As(s) anula a ao

    cataltica da platina.

    - Catlise enzimtica: Algumas reaes

    que seriam lentas em um tubo de ensaio

    ocorrem rapidamente em organismos

    vivos pela presena de catalisadores deno-

    minados enzimas. Tambm chamados de

    catalisadores biolgicos, as enzimas so

    molculas de protenas com grande massa

    molar. A ao de uma enzima altamente

    especfica, ou seja, geralmente cada

    enzima catalisa uma nica reao.

    Ex: A enzima maltase catalisa apenas o

    processo de transformao da maltose em

    glicose.

    maltase

    C12H22O11 + H2O 2C6H12O6 maltose glicose

    64

    A LEI DA AO DAS MASSAS DE

    GULDBERG E WAAGE

    Condisere a equao genrica, corretamente

    balanceada abaixo:

    aA + Bb cC + dD

    A velocidade dessa reao pode ser calculada

    pela equao:

    V = K.[A]a . [B]

    b

    Na qual K uma constante que s depende da

    temperatura.

    Reao elementar: Quando uma reao qumica

    se desenvolve em uma nica etapa.

    H3O+1

    (aq) + OH-1

    (aq) 2 H2O(L)

    V = K. [H3O+].[ OH

    -1]

    Reao no elementar: Quando a reao se

    desenvolve em duas ou mais etapas distintas, a

    velocidade da reao depende apenas da

    velocidade da etapa lenta.

    A etapa lenta a etapa

    determinante da velocidade da reao

    Etapa I H2 + 2NO N2O + H2O (lenta)

    Etapa II H2 + N2O N2 + H2O (rpida)

    2H2 + NO N2 + 2H2O

    A velocidade da reao ser determinada pela

    velocidade da etapa I, que a etapa lenta.

    V = K.[H2].[NO]2

    Ordem de uma reao: Chamamos de ordem

    de uma reao soma de todos os expoentes que

    aparecem na expresso da velocidade da reao.

    V = K.[H2].[NO]2

    Ordem da reao: 1+ 2 = 3 (3 ordem)

    Ordem da reao em relao ao H2: 1 ordem

    Ordem da reao em relao ao NO: 2 ordem

    Isso significa que se dobrarmos a concentrao

    de H2(g) e mantivermos a concentrao do NO(g)

    constante, a velocidade da reao dobra.

    Por outro lado, se dobrarmos a concentrao de

    NO(g) e mantivermos constante a concentrao

    do H2(g) a velocidade da reao quadruplica.

  • Muitas das reaes qumicas, realizadas em

    determinadas condies so reversveis, nos

    quais os reagentes do origem a produtos e os

    produtos reagem entre si, reconstituindo os

    reagentes.

    Reaes irreversveis: Queima de um fsforo.

    Reaes reversveis: H2O(s) H2O(L)

    O equilbrio qumico ocorre em:

    Sistema fechado: No h troca de matria com o meio ambiente.

    Temperatura constante: No h troca de energia com o meio ambiente.

    Ex: reao realizada em ambiente fechado e a

    presso constante.

    Reao direta H2(g) + CO2(g) H2O(L) + CO(g)

    Reao indireta

    Caracterstica do equilbrio

    1) Velocidade direta = Velocidade indireta

    No equilbrio qumico no inicio da reao,

    tm-se apenas as substncia reagentes. A

    quantidade de produtos igual a zero. A

    reao inicia-se e a velocidade da reao direta

    mxima, pois a concentrao de reagentes

    mxima. Os produtos vo sendo formados. A

    reao inversa inicia-se. Em certo instante, as

    velocidades das reaes direta igualam-se e o

    equilbrio atingindo.

    2) O equilbrio dinmico

    As propriedades macroscpicas de um siste-

    ma em equilbrio qumico, permanecem cons-

    tantes. As propriedades microscpicas de um

    sistema em equilbrio tais como transformao

    de uma substncia em outra, permanecem em

    evoluo, ou seja, no para.

    3) As concentraes permanecem constante

    No inicio da reao, a concentrao dos

    reagentes mxima com o passar do tempo, a

    concentrao dos reagentes vai diminuindo e a

    dos produtos aumentando, at atingir o tempo

    de equilbrio e as concentraes de reagentes e

    produtos se estabilizarem.

    Grfico da Velocidade x Tempo

    Velocidade

    Reagentes (Velocidade direta) = V1

    V1 = V2 0

    Produtos (Velocidade indireta) = V2

    te Tempo

    OBS: A adio de um catalisador em um sistema

    em equilbrio qumico aumenta igualmente as

    velocidades das reaes direta e inversa, sem

    favorecer nenhuma das reaes.

    Grfico da Concentrao x Tempo

    [ ] mol.L-1

    [Reagentes] = [Produtos]

    te Tempo

    [r] = [p]

    Reao direta Reagentes Produtos

    Reao indireta

    [ ] mol.L-1

    [Reagentes] > [Produtos]

    te Tempo

    [r] > [p]

    Reao direta Reagentes Produtos

    Reao inversa

    [ ] mol/L-1

    [Reagentes] < [Produtos]

    te Tempo

    [r] < [p]

    Reao direta Reagentes Produtos

    Reao inversa

    65

  • onstante em termos de Concentrao

    Dada a equao genrica

    V1

    aA + bB cC + dD

    V2

    V1 = K1. [A]a. [B]

    b

    V2 = K1. [C]c. [D]

    d

    Sabendo que no equilbrio V1 = V2

    K1. [A]a. [B]

    b = K2. [C]

    c. [D]

    d

    Isolando as constantes K1/K2

    K1 = [C]c. [D]

    d

    K2 = [A]a. [B]

    b

    Convencionou-se chamar K1/K2 = K

    Genericamente, temos:

    Kc = [PRODUTO]

    [REAGENTE]

    Ex: N2(g) + 3H2(g) 2NH3(g)

    - Na expresso do Kc no entra slido

    somente substncias que se encontram no

    estado lquido e gasoso.

    Constante em termos de

    resso parcial

    A definio da constante de equilbrio em

    termos de presso parcial, Kp, anloga

    definio de Kc.

    Dada a reao genrica:

    V1

    aA + bB cC + dD

    V2

    66

    Exemplo: N2(g) + 3H2(g) 2NH3(g)

    - Na expresso de Kp s entram gases,

    pois a presso parcial de slidos e lquidos

    desprezvel.

    - A constante de equilbrio caracterstica de

    cada reao e tambm da temperatura, ou seja, o

    valor de Kc ou de Kp para uma mesma reao,

    s ir variar se a temperatura variar.

    - Um valor alto de Kc ou de Kp indica que a

    quantidade de produtos alta em relao

    quantidade de reagentes, sendo assim, o

    equilbrio tende para a direita, ou seja, no

    sentido de formao dos produtos.

    Relao entre Kc e Kp

    Kp = Kc . (R.T)n

    Kp = constante de presses parciais

    Kc = constante de concentraes molares

    R = constante universal (0,082 atm.L.mol-1

    .k-1

    )

    T = temperatura absoluta (Kevin)

    T/K = T/C + 273

    n = (n de mol produtos ) - (n de mol reagente) Exemplo: N2(g) + 3H2(g) 2NH3(g) n = 2 (1+3) n = -2

    Grau de equilbrio ()

    Denomina-se grau de equilbrio de uma reao qumica em relao a um reagente o

    quociente entre a quantidade de matria

    consumida desse reagente e a quantidade de

    matria que havia no inicio.

    =

    ou

    =

    Ex: Na reao A(g) + B(g) C(g) + D(g) temos no inicio da reao 50 mol de A e, ao chegarmos ao

    equilbrio, ainda sobram 20 mol de A sem

    reagir, isso indica que reagiram:

    50 20 = 30 mol = 30 50 = 0,6

    comum expressar em porcentagem, logo no exemplo citado teramos = 60%.

    Kc =[NH3]

    [H2][N2]

    2

    .3

    =. 3

    Unidade(mol/L)2

    (mol/L)(mol/L)

    2(mol/L)=-

    =.

    Kc( )pC c. pD( )d

    ( )pBpA( )a b

    =. 3

    22 (atm)=Kc

    ( )pNH3

    .( )( )pN2 pH2 (atm)(atm)=

    3(atm)-2

    quantidade de matria consumida

    quantidade de matria inicial

    quantidade de matria que sofreu dissociao

    quantidade de matria inicial

  • Quando um sistema de reao atinge o

    equilbrio qumico, ele tende a permanecer

    dessa maneira indefinidamente, desde que no

    seja perturbado por algum fator externo, que

    pode ser uma mudana na concentrao das

    substncias participantes da reao, na presso

    ou na temperatura. Le Chatelier, estudando o

    comportamento de sistemas em equilbrio

    qumico quando sujeitos variao de um

    desses trs fatores, chegou concluso

    experimental.

    Quando se provoca uma perturbao

    sobre um sistema em equilbrio, este se

    desloca no sentido que tende a anular essa

    perturbao, procurando se ajustar a um

    novo equilbrio.

    Fatores que deslocam o equilbrio

    Concentrao

    Quando aumentamos a concentrao de um lado da reao, deslocamos o equilbrio para o

    lado oposto.

    Quando reduzimos a concentrao de um lado da reao, deslocamos o equilbrio para o

    mesmo lado.

    Presso

    Quando aumentamos a presso sobre o sistema o equilbrio deslocado no sentido do

    maior nmero de mols gasosos para o menor.

    Quando reduzimos a presso sobre o sistema, o equilbrio deslocado no sentido do

    menor nmero de mols gasosos para o maior.

    Temperatura

    Quando aumentamos a temperatura de um sistema, favorecemos a reao endotrmica,

    deslocando o equilbrio no sentido da mesma.

    Quando reduzimos a temperatura de um sistema, favorecemos a reao exotrmica,

    deslocando o equilbrio no sentido da mesma.

    A reao direta exotrmica

    e a reao inversa endotrmica.

    Influencia do Catalisador

    O catalisador faz com que o equilbrio seja

    atingido mais depressa, mas no o desloca no

    sentido de nenhuma das reaes.

    Equilbrio Inico um caso particular de

    equilbrio qumico onde aparecem ons.

    Como em qualquer equilbrio, aqui tambm

    sero definidos um e um K, que agora recebem nomes definidos:

    = Grau de ionizao ou dissociao inica. Ki = Constante de ionizao ou dissociao inica.

    CIDOS

    Considere, por exemplo, a reao reversvel de

    ionizao de um cido genrico:

    A expresso de kc para essa reao :

    Como a gua tambm atua como solvente,

    podemos considerar sua concentrao prati-

    camente constante e incluir o valor [H2O] no

    valor do kc.

    Se chamarmos kc.[H2O] = Ki

    No caso dos cidos Ki = ka

    BASES

    Da mesma maneira como definimos cons-tante

    de ionizao para cidos, podemos faz-lo para

    bases fracas.

    No caso das bases Ki tambm simbolizado por

    Kb.

    Observaes sobre cidos e bases

    Quanto maior for o valor de Ka, maior a

    ionizao do cido; portanto, maior a sua fora e

    vice-versa.

    Quanto maior o valor de Kb, maior a

    dissociao da base; portanto, maior a sua fora

    e vice-versa.

    Os valores de ka e Kb assim como os valores

    de Kc s dependem da temperatura.

    67

    Kc =[H3O

    +]

    [H2O][HA]

    [A-]

    .

    .

    Kc =[H3O

    +]

    [H2O][HA]

    [A-]

    ..

    .[A-]

    [HA]

    [H3O+]

    =Ka

    HA + H2O H3O+

    + A-

    BOH + H2O B+

    + OH-

    . [OH-]

    [BOH]

    [B+]

    =Kb

  • GUA

    Produto Inica da gua

    Sabe-se que a gua sofre auto-ionizao em

    escala muito pequena, ou seja, a gua um

    eletrlito fraco que apresenta valores baixos

    de e de kc o que significa a baixa condutibilidade eltrica da gua pura.

    Equao que representa a auto ionizao da

    gua

    2H2O(L) 1H3O+

    + 1OH-

    Expressando kc para essa reao, temos:

    Simplificando: H2O(L) H+

    (aq) + OH-(aq)

    Como a auto-ionizao da gua extrema-

    mente pequena, podemos considerar a concen-

    trao em quantidade de matria da gua

    praticamente constante e, desse modo, embutir

    seu valor de kc.

    Kc . [H2O] = [H+] . [OH

    -]

    O produto [H+].[OH-] denominado produto

    inico da gua e simbolizado por kW

    (W = Walter, gua).

    kW = [H+].[OH

    -]

    10-14

    = 10-7

    . 10-7

    Assim como o Kc e Ki, o produto inica da

    gua, Kw, s varia com a temperatura.

    Dentro deste contexto, definem-se o meio

    neutro, cido e bsico.

    Neutro

    [H+] = [OH

    -]

    [H+] =10-7

    cido

    [H+] > [OH

    -]

    [H+] >10-7

    Bsico

    [H+] < [OH

    -]

    [H+]

  • Deslocando equilbrios cido-base

    Por envolverem a presena de ons, os

    equilbrios cido-base pertencem categoria

    dos equilbrios inicos. Um equilbrio inico

    pode ser deslocado para um dos lados por

    meio da remoo ou adio de algum on

    presente na soluo.

    Por exemplo: Considere a dissoluo em

    meio cido dos sais cromato de potssio,

    K2CrO4(S) que forma soluo de cor amarela,

    e dicromato de potssio, K2Cr2O7(S) que

    forma soluo de cor laranja, representada

    pela equao inica.

    Se adicionarmos um cido como o cido

    clordrico ao sistema ele ir se ionizar

    formando o on hidrnio.

    1HCl + 1H2O 1H3O+ + 1Cl-

    O equilbrio, ento ir se deslocar no

    sentido da reao direta, de modo a

    consumir o excesso de ons H3O+.

    A colorao final do sistema diferente da

    colorao inicial porque, a concentrao de

    cada on no equilbrio foi alterada.

    Se adicionarmos no sistema uma base

    como, por exemplo, o NaOH o equilbrio se

    deslocar para o sentido inverso de modo a

    repor os ons H3O+.

    Efeito do on comum

    o deslocamento da posio de equilbrio

    de um eletrlito, causado pela adio de um

    segundo eletrlito possuidor de um on

    comum com o primeiro.

    Exemplo: HF(aq) H+

    (aq) + F-(aq)

    Adicionando NaF soluo, ocorrer a

    dissociao do sal.

    NaF(S) + H2O(L) Na+

    (aq) + F-(aq)

    Os dois processos possuem o on fluoreto,

    ou seja, F- comum ao cido e ao sal.

    HF(aq) H+ + F

    -

    De acordo com o princpio de Le Chatelier

    possvel prever que a adio de F- deslocar

    o equilbrio do cido para a esquerda.

    Soluo Tampo

    Denomina-se soluo-tampo a soluo que

    praticamente no sofre variao de pH ou de

    pOH pela adio de pequenas quantidades de

    cidos fortes ou de bases fortes.

    H dois tipos de solues-tampo mais comuns:

    Um cido fraco e um sal dele derivado. HCN e NaCN (nion comum CN

    -)

    Uma base fraca e um sal dela derivado. NH4OH e NH4Cl (ction comum NH4

    +)

    O sangue um exemplo de soluo-tampo cujo

    pH se mantm praticamente constante e igual a

    7,4 mesmo quando ingerimos pequenas

    quantidades de cidos fortes ou bases fortes.

    Hidrlise de Sais

    Hidrlise de um sal a reao entre o sal e gua

    produzindo o cido e a base correspondentes.

    SAL + GUA CIDO + BASE

    Consideraes importantes:

    Sal: Se dissocia muito ( inico) gua: Se ioniza muito pouco ( molecular)

    Somente sofrem hidrlise os sais solveis que liberam seus ons para reagir com a gua

    formados por um ction proveniente de uma

    base fraca e/ou um nion proveniente de um

    cido fraco. Sais formados pela reao entre um

    cido forte e uma base forte no sofrem

    hidrlise.

    1. Sal de cido fraco e base fraca.

    carter neutro

    Ex: NH4CN

    2. Sal de cido fraco e base forte.

    carter bsico (alcalino)

    Ex: NaCN

    3. Sal de cido forte e base fraca.

    carter cido

    Ex: NH4Cl

    4. Sal de cido forte e base forte.

    no ocorre a Hidrlise

    carter neutro

    Ex: NaCl

    69

    CrO4-2

    tende para o laranja

    tende para o amarelo

    ++ 2 H3O+ Cr2O7

    -23H2O

    Amarelo Laranja

    Kw

    Ka Kb.Kh =

    Kw

    KaKh =

    Kw

    KbKh =

  • Produto de Solubilidade (KPS,KS,PS)

    Ocorrem em solues saturadas de sais

    pouco solveis, onde existe um equilbrio

    qumico entre a soluo e o precipitado

    (equilbrio Heterogneo).

    O estudo de compostos poucos solveis

    fundamental a vrias situaes ligadas a

    sade das comunidades. Exemplo:

    Al(OH)3 O hidrxido de alumnio, um precipitado branco e gelatinoso, bastante

    utilizado no tratamento de guas para as

    cidades.

    BaSO4 O sulfato de brio, devido a sua

    pouca solubilidade ele aproveitado em

    exames do sistema gastro-intestinal, para

    formar contrastes em raios x.

    Vamos analisar o cloreto de prata,AgCl,

    que precipita facilmente a partir de uma

    mistura de nitrato de prata, AgNO3, e cloreto

    de sdio NaCl.

    Note que deve haver um equilbrio dinmico

    entre os ons do slido e os ons dissolvidos.

    1: dissoluo

    2: precipitado

    Temos ento, a expresso da constante de

    equilbrio.

    Lembre-se, porm que nessa expresso

    devemos considerar como constante a

    concentrao molar dos participantes slidos

    assim temos: Precipitado [Ag+].[Cl-] = k

    Logo AgCl(S) Ag+

    (aq) + Cl-(aq)

    KPS = [Ag+].[Cl

    -]

    Outro exemplo:

    Equilbrio

    Produto de solubilidade: o produto das

    concentraes em mol/L dos ons existentes numa soluo saturada, estando cada con-

    centrao elevada potncia igual ao

    coeficiente do on na equao de dissoluo

    inica correspondente.

    70

    Clculo do KPS

    Ex: Cloreto de prata slido, AgCl, adicionado

    em gua pura a 25C. O sistema deixado em

    repouso por alguns dias, para que se tenha

    certeza de que foi atingido o equilbrio entre o

    slido e os ons Ag+ e Cl

    - em soluo. Qual o

    KPS do cloreto de prata.

    1,34.10

    -5mol/L 1,34.10

    -5 mol/L

    AgCl(s)

    A expresso do KPS [Ag+].[Cl

    -]

    Substituindo na expresso os valores

    apresentados temos:

    KPS = [1,34.10-5

    ].[1,34.10-5

    ] = 1,8.10-10

    Outro exemplo: Suponha a concentrao da

    soluo igual a 1 mol/L, qual o valor de KPS?

    Ca3(PO4)2(S) 3Ca2+

    (aq) + 2PO42-

    (aq)

    1 mol/L 3 mol/L 2 mol/L

    Portanto:

    KPS = [Ca2+

    ]3.[PO4

    2-]

    2 (3mol/L)3. (2mol/L)2

    KPS = 108 (mol/L)5

    OBS: BA B+ + A-

    quando [B+].[A

    +] < soluo insaturada

    quando [B+].[A

    +] = soluo saturada

    quando [B+].[A

    +] > soluo super saturada

    quanto menor o valor de KPS de um eletrlito,

    menos solvel ser esse eletrlito e vice-versa.

    Introduo a eletroqumica

    A eletroqumica estuda o aproveitamento

    prtico do fenmeno de transferncia de eltrons

    entre diferentes substncias para converter

    energia qumica em energia eltrica e vice-versa.

    A converso de energia qumica em energia

    eltrica um processo espontneo, denominado

    pilha ou clula galvnica.

    A converso de energia eltrica em energia

    qumica um processo no-espontneo, deno-

    minado eletrlise.

    +(S) (aq)(aq)BaSO4 Ba SO4-2+2

    KPS = [Ba ].[ ]SO4-2+2

    K=[AgCl]

    [Ag+].[Cl

    -]

    [Ag+].[Cl

    -]=PSKK.K' =

    [AgCl]K=

    [Ag+].[Cl

    -]

    (aq) (aq)(S)2

    1

    + Cl-

    Ag+

    AgCl

    Cl-Ag

    +

  • Pilha: Processo espontneo

    Eletrlise: Processo no-espontneo

    Processo espontneo: aquele que ocorre

    naturalmente. Ex: combusto da madeira.

    Processo no-espontneo: Necessita de um

    fornecimento constante de energia.

    Ex: Empurrar um carro ladeira acima.

    Em 1791 Luigi Galvani estava dissecando

    uma r e amarrou um de seus nervos a um

    fio de cobre. Acidentalmente o fio tocou

    uma placa de ferro e a r morta entrou em

    violentas convulses. Galvani no soube

    explicar o fato.

    O cientista italiano Alessandro Volta certa-

    mente no imaginava a enorme agitao que

    iria provocar no mundo cientfico quando

    em, 1800, empilhou alternadamente discos

    de zinco e de cobre, separando-os por

    pedaos de tecido embebidos em soluo de

    cido sulfrico. A pilha de Volta, como

    ficou conhecida produzia energia eltrica

    sempre que um fio condutor era ligado aos

    discos de zinco e de cobre, colocados nas

    extremidades da pilha. Volta apresentando a

    sua pilha a Napoleo Bonaparte diante dos

    membros da Academia de Cincias em

    1801. Dessa data em diante, todos os

    aparelhos que produziam eletricidade a

    partir de processos qumicos passaram a ser

    chamados de celas voltaicas ou, simples-

    mente, pilhas.

    PILHA DE DANIELL

    ando R ctado

    (-) (+)

    Zn Cu

    ZnSO4 CuSO4

    Em 1836, Jonh Frederic Daniell construiu

    uma pilha diferente, substituindo as solues

    cidas utilizadas por Alessandro Volta que

    produziam gases txicos por solues de

    sais, tornando as experincias com pilha

    menos arriscadas.

    Eletrodos da pilha: nodo [-] e ctodo [+]

    nodo ou plo negativo da pilha: o eletrodo de onde saem os eltrons, no qual ocorre

    oxidao. No esquema, o zinco metlico da

    placa doa 2 eltrons que correm pelo fio condutor em direo ao eletrodo de cobre e se

    transforma em ction zinco, Zn+2

    (aq) que passa a

    fazer parte da soluo.

    Ctodo ou plo positivo da pilha: o eletrodo para onde vo os eltrons, no qual ocorre

    reduo. No esquema, o ction cobre, Cu2+

    (aq)

    que estava em soluo, recebe os 2 eltrons

    doados pelo zinco que vieram pelo fio condutor

    at a placa de cobre e se transforma em Cu(S),

    que passa a fazer parte da placa metlica.

    A reao global da pilha (de xido-reduo) a

    soma das reaes parciais de cada eletrodo:

    Representao da pilha

    Zn/Zn+2

    //Cu+2

    /Cu

    Ponte salina: Em consequncia dos fenmenos

    descritos na pilha de Daniell, teremos:

    No nodo: a placa de zinco diminui de massa

    ao mesmo tempo em que a concentrao de

    ctions zinco em soluo aumenta.

    No ctodo: a placa de cobre aumenta de massa

    ao mesmo tempo em que a concentrao de

    ctions cobre em soluo diminui.

    Neste processo, as solues de ambos os

    eletrodos vo perdendo a neutralidade eltrica e

    interromperiam precocemente o funcionamento

    da pilha se no fosse adaptada ao sistema uma

    ponte salina. A ponte salina constituda de um

    tubo de vidro em U contendo uma soluo

    aquosa concentrada de um bastante solvel,

    como por exemplo, KCl(aq) cloreto de potssio. A funo da ponte salina permitir a migrao de

    ons de uma soluo para a outra, de modo que o

    nmero de ons positivos e negativos na soluo

    de cada eletrodo permanea em equilbrio.

    71

    Zn+2oxidao

    2e-

    +Zn(S) (aq)

    2e-

    +Cu+2

    (S)(aq)reduo Cu

    Zn+2

    2e-

    +

    Cu+2

    (aq)Zn

    Cu

    (S)

    (S)(aq)+ e

    -2

    +(aq) (S)(S) CuZn (aq)Cu

    +2+ Zn

    +2

  • Medida de potencial de um eletrodo

    A capacidade de perder eltrons ou sofrer

    oxidao diferente para cada substncia,

    dizemos que um metal reativo quando ele

    possui grande facilidade em doar eltrons.

    O funcionamento de uma pilha depende

    principalmente de conectarmos metais com

    diferentes capacidades de sofrer oxidao, ou

    melhor, de diferentes potencias de oxidao.

    Quanto maior a diferena de potencial (ddp)

    dos eletrodos de uma pilha, maior ser a

    intensidade de corrente eltrica produzida.

    potencial padro (E)

    O potencial padro de um eletrodo varia

    com a temperatura e a concentrao da

    soluo. Convencionou-se o potencial de cada

    eletrodo em relao a um eletrodo padro

    descrito a seguir.

    25C; gases participantes com presso de 1

    atm ons participantes com concentrao

    molar igual a 1M o eletrodo escolhido como

    referncia para servir de padro de compara-

    o para os demais foi o eletrodo de

    hidrognio. Por conveno, foi atribudo a este

    eletrodo o valor zero.

    Potencial de Reduo e Oxidao (E)

    Nas pilhas, os eltrons fluem do eletrodo

    onde ocorre oxidao (nodo) para o eletrodo

    onde ocorre a reduo (ctodo), atravs do fio

    externo, se colocarmos, nesse fio externo, um

    aparelho denominado voltmetro conseguire-

    mos medir a fora eletromotriz (f.e.m. ou E)

    da pilha.

    U = E - r.i

    Considerando as pilhas como geradores

    ideais, r = zero. Assim temos:

    U = E

    A diferena de Potencial da pilha (E)

    E = Ered ctado - Ered nado E = Eoxid nado - Eoxid ctado

    Em termos prticos, o valor de E sempre pode ser calculado pela diferena algbrica

    entre o potencial maior e o menor.

    E = Ered maior - Ered menor E = Eoxid maior - Eoxid menor

    72

    Exemplo:

    1,10 V

    Zn(S) CU(S)

    Zn+2

    CU+2

    E red = - 0,76 V E red = + 0,34 V

    oxidao reduo

    E = Ered maior - Ered menor

    E = (+0,34) (-0,76) = 1,10V

    Algumas concluses sobre potenciais:

    Em uma pilha, a espcie que apresenta maior Ered sofre reduo e portanto, a outra espcie, de

    maior Eoxi sofre oxidao.

    Os melhores agentes oxidantes so aqueles que apresentam maior potencial de reduo.

    Os melhores agentes redutores so aqueles que apresentam maior potencial de oxidao.

    Por que as pilhas deixam de funcionar?

    No caso das pilhas, a ddp diminui com o passar

    do tempo, at chegar praticamente a zero. Nesse

    momento, as pilhas deixam de funcionar e uma

    das razes mais importantes para que isso ocorra

    no o esgotamento dos reagentes, mas a

    variao das concentraes dos ons partici-

    pantes. Por exemplo: medida que a pilha Zn-

    Cu for sendo utilizada, [Zn2+

    ] aumenta e a [Cu2+

    ]

    diminui.

    Outros tipos de pilhas

    As pilhas feitas em soluo aquosa s

    apresentam aplicao em termos de pesquisa.

    A pilha seca, entretanto, alm de ser muito

    prtica, fornece uma corrente eltrica razovel

    por um perodo de tempo prolongado. Esse tipo

    de pilha foi desenvolvida pelo engenheiro

    francs Georges Leclanch, por volta de 1866.

    A reao qumica numa pilha seca

    considerada irreversvel, ou seja, uma vez que

    todos os reagentes foram transformados em

    produtos, a pilha cessa seu funcionamento.

    As pilhas comum possuem voltagem de 1,5V.

  • O esquema a seguir ilustra a composio de uma pilha comum.

    Pilhas alcalinas: As pilhas comuns so consideradas cidas porque o cloreto de

    amnio, NH4Cl(aq) sofre hidrlise tornando o meio cido, Assim, se na pasta externa, no

    lugar do cloreto de amnio, for utilizada uma

    substncia de carter bsico, como o hidrxido

    de potssio, KOH(aq), por exemplo, temos

    uma pilha alcalina. As pilhas alcalinas

    possuem rendimento de cinco a oito vezes

    maior que o de uma pilha comum.

    Porque as pilhas alcalinas duram mais que

    as pilhas comuns? Na pilha alcalina no

    ocorre formao de amnia que dificulta a passagem dos eltrons ao redor da barra de

    grafite, alm disso, o hidrxido de potssio

    melhor condutor eletroltico resultando numa

    resistncia interna menor que na pilha de

    lecanch e por este motivo possuem voltagem

    praticamente constante de 1,5V.

    Acumuladores ou baterias

    Quando associamos um conjunto de pilhas

    em srie, ou seja, ligamos o plo positivo de

    uma pilha ao negativo de outra de modo que a

    primeira e a ltima pilha sejam ligadas a um

    aparelho que consuma energia eltrica,

    formamos uma bateria ou um acumulador

    capaz de adicionar esse aparelho.

    Bateria do automvel: composta de 6 pilhas cada uma planejada para apresentar

    uma fora eletromotriz de 2 volts, produzindo

    12V no total.

    Porque uma bateria de automvel dura

    tanto? Em uso contnuo, a bateria de chumbo

    duraria poucas horas, mas no automvel, ela

    recarregada pelo gerador, atravs da aplicao

    de uma diferena de potencial superior a da

    bateria em sentido contrrio (eletrlise).

    A eletrlise um processo no-espontneo de

    descarga de ons, no qual, custa de energia

    eltrica, se faz o ction receber eltrons e o

    nion doar eltrons, de modo que ambos fiquem

    com carga eltrica zero e com energia qumica

    acumulada. Para efetuar o processo de eletrlise,

    nece-ssrio que haja ons livres no sistema, o

    que s pode ser conseguido de duas maneiras:

    Pela Fuso de uma substncia inica Pela dissociao ou ionizao de certas subs-tncias em meio aquoso.

    A eletrlise permite obter uma srie de subs-

    tncias que no so encontradas na natureza,

    como cloro, iodo, soda custica e outros.

    A eletrlise gnea feita com a substncia

    inica na fase lquida (fundida). Na ausncia da

    gua. O recipiente onde ocorre a eletrlise

    denominado clula ou cuba eletroltica e

    construdo de modo a suportar temperaturas

    bastante elevadas, pois o ponto de fuso das

    substncias inicas em geral muito alto.

    nado: onde ocorre a oxidao. o eletrodo

    ligado ao plo positivo do gerador, do nado

    que saem os eltrons e, portanto, onde os

    nions se descarregam.

    Catado: onde ocorre a reduo: o eletrodo

    ligado ao plo negativo que chegam os eltrons

    e, portanto, onde os ctions descarregam.

    (+) (-)

    (+) (-)

    Na+

    Cl-

    Na temperatura de 800,4C, a eletrlise gnea

    do cloreto de sdio, passa do estado solido para

    a fase lquida. No estado lquido o cloreto de

    sdio se dissocia-se em ons Na+ + Cl

    -.

    Na+ + 1e

    - Na Ered = - 2,71 2Cl- 2e- + Cl2 Ered = + 1,36

    E = Ered do ctado - Ered do nado E = - 2,71 (+1,36) E = - 4,07

    Por se tratar de uma reao no-espontnea, o

    sinal da fora eletromotriz negativo.

    73

    pasta externa

    ZnCl (aq) + NH4Cl (aq)

    H2O + amido

    pasta interna

    (aq) + NH4Cl (aq)

    H2O + amido

    MnO2

    barra de grafite:

    polo positivo

    envoltrio de Zn(s)polo negativo

  • Considere uma soluo aquosa de NaCl.

    Quais ons estaro presentes nessa soluo?

    H+ OH

    -

    - +

    Na+ Cl

    -

    A ionizao da gua muito fraca so

    necessrios 555 milhes de molculas de gua

    para apenas uma se ionizar. Ocorrendo a

    ionizao esses ons vo competir com os ons provenientes da dissociao do NaCl.

    entre o Na+ e o H

    +, o plo negativo (catado)

    prefere descarregar o H+; entre o Cl

    - e o OH

    -, o plo positivo (nado)

    prefere descarregar o Cl-.

    Atravs da eletrlise do NaCl pode se obter trs substncias de grande valor comercial:

    NaOH, H2 e Cl2.

    Ordem de preferncia (prioridade) de descarga.

    ction nion

    1) Grupo B 1) nion

    desoxigenados

    2) H+ 2) OH

    -

    3) Famlia 1A 3) nion oxigenados

    4) Famlia 2A 4) Flor

    5) Famlia 3A

    OBS: a eletrlise do hidrognio produz gs

    hidrognio. A eletrlise da hidroxila produz

    gua e oxignio gasoso. A descarga de um

    ction produz o metal correspondente. A

    descarga de um nion simples libera o prprio

    nion.

    O ato de recobrir uma superfcie de metal

    com uma camada fina de outro metal

    conhecido como galvanizao.

    74

    Clculos que envolvem a eletrlise

    1 mol de eltrons corresponde a 6,02.1023

    e-

    Carga eltrica de um eltron igual a 1,6.10-19

    C

    1 eltrons 1,6.10-19C 6,02.10

    23 eltrons X

    X = (6,02.1023

    )(1,6.10-19

    C) = 96500C

    O valor 96500C foi denominado

    unidade faraday (F)

    Uma das relaes fundamentais de eletricidade:

    Q = i . t Q = carga Coulomb

    i = intensidade da corrente (A) ampres

    t = tempo segundos

    Leis da eletroqumica: 1 e 2 Lei de Faraday

    Michael Faraday (1791-1867) Formulou as

    duas leis que regem a parte quantitativa dos

    fenmenos ligados eletrlise. Essas leis

    relacionam a quantidade de eletricidade que

    percorre o sistema com a massa e o equivalente-

    grama das substncias formadas nos eletrodos.

    1 Lei : A massa ,m, de determinada substncia,

    formada ou transformada pela eletrlise,

    diretamente proporcional carga eltrica, Q, que

    atravessa o sistema de um eletrodo a outro.

    m = k.Q Deste modo, podemos escrever: m = k. i . t

    2 Lei : A massa, m, de determinada substncia

    formada ou transformada por eletrlise, na

    passagem de uma carga eltrica, Q, entre os

    eletrodos, diretamente proporcional ao

    equivalente-grama, E, dessa substncia.

    m = k. E K uma constante de proporcionalidade.

    Equao Geral da Eletrlise

    Como Q = i.t, Podemos escrever:

    Equivalente eletroqumico: Massa da substncia

    formada, liberada ou depositada num eletrodo,

    quando numa eletrlise passa pela soluo uma

    carga de 1 Coulomb.

    m = e Q ou m = e i t

    m = Q . E

    96 500

    m = i . t . E

    96 500

    =96 500

    e E

  • Denomina-se radioatividade a atividade que certos tomos possuem em emitir radiaes

    eletromagnticas e partculas de seus ncleos

    instveis com o propsito de adquirir estabi-

    lidade.

    Radiaes nucleares naturais

    Em 1896 o fsico Antoine Henri becquerel,

    ao fazer pesquisa sobre os raios X, que havia

    sido recentemente descoberto por Retgen,

    descobriu a possibilidade de um elemento

    qumico emitir radiaes naturalmente.

    Maria Sklodowska Curie, jovem fsica

    polonesa, ao pesquisar a radioatividade de um

    minrio de urnio descobriu o polnio

    elemento com maior capacidade de emitir

    radiaes, ela e seu marido Pierre Curie

    dedicaram sua vida ao estudo de tal fenmeno.

    Ernest Rutherford realizou em 1903 um

    experimento atravs no qual pode separar as

    radiaes emitidas determinando a natureza

    delas.

    Material fluorescente

    Chumbo material

    radioativo

    desviada para a placa negativa desviada para a placa positiva no ocorre desvio

    Emisses Alfa ( ) Caractersticas: so partculas pesadas com

    carga eltrica positiva constituda de 2 prtons

    e de 2 nutrons (como o ncleo de um tomo

    de Hlio.

    Velocidade: de 3000 at 30 000 Km/s (5% da

    velocidade da luz).

    Poder de Ionizao: alto, a partcula alfa

    captura 2 eltrons do meio ambiente, transfor-

    mando-se em um tomo de hlio.

    4

    2 + 2e- 42He

    Poder de penetrao: pequeno, so detidos por

    uma folha de papel ou pela camada de clulas

    mortas que reveste o corpo humano, podendo no

    mximo causar queimaduras.

    Emisses Beta ( -10 )

    Caractersticas: partculas leves, com carga

    eltrica negativa e massa desprezvel (seme-

    lhante a eltrons).

    Velocidade: varia de 100 000 Km/s at 290 000

    Km/s (95% da velocidade da luz).

    Poder de ionizao: mdio, como as partculas

    beta possuem carga eltrica menor que a das

    partculas alfa, a ionizao que provoca menor.

    Poder de penetrao: mdio, so detidas por

    uma chapa de chumbo de 2 mm, podem penetrar

    at 2 cm do corpo humano e causar srios danos.

    Emisses Gama ( )

    Caractersticas: So radiaes eletromagnticas

    semelhantes aos raios X. No possuem carga

    eltrica e no possuem massa.

    Velocidade: possuem velocidade igual da luz,

    ou seja, aproximadamente 300 000 Km/s.

    Poder de ionizao: pequeno, o poder de

    ionizao depende quase que exclusivamente da

    carga eltrica; por isso, a radiao gama

    praticamente no forma ons.

    Poder de penetrao: Alto, so detidas por

    placas de chumbo de pelo menos 5 cm. So mais

    penetrantes que os raios X. Atravessam o corpo

    humano e causam danos irreparveis.

    Leis da Radioatividade

    A emisso de partculas do ncleo de um

    tomo instvel, isto , o decaimento radioativo,

    ocorre de acordo com algumas leis bsicas,

    estabelecidas por Ernest Rutherford e pelo

    fsico-qumico Frederick Soddy.

    Quando um tomo de determinado elemento qumico emite uma partcula

    42 ou uma

    partcula 0

    -1 ele se transforma em um tomo de outro elemento qumico.

    Na radioatividade natural, a radiao 00 nunca emitida sozinha, mas sempre acom-

    panhando a emisso de uma partcula 42 e

    0-1 .

    A intensidade da emisso de partculas pro-porcional quantidade de elemento radioativo

    presente.

    Soddy determinou exatamente o que ocorre com

    um tomo que se desintegra emitindo partcula ou e elaborou as leis da radioatividade.

    75

    42

    00

    0-1

  • Primeira Lei de Soddy

    Quando um tomo emite uma partcula

    42

    seu nmero atmico (Z) diminui de 2 unidades

    e seu nmero de massa (A) diminui de 4

    unidades.

    ZXA 42 + Z - 2Y

    A 4

    Ex: 92U238

    42 + 90Th234

    Segunda Lei de Soddy

    Quando um tomo emite uma partcula -1

    0

    seu nmero atmico (Z) aumenta de 1 unidade

    e seu nmero de massa (A) permanece

    constante.

    ZQA -1

    0 + Z + 1R

    A

    Ex: 55Cs137

    -10

    + 56Ba137

    Hiptese de Fermi

    A partcula -1

    0 emitida quando um

    nutron instvel se desintegra convertendo-se

    em um prton.

    Ex: 0n1 1P

    1 + -1

    0 + 0

    0 + 0

    0

    so eliminados do ncleo

    O prton fica no ncleo e, como a massa do prton praticamente igual massa do

    nutron, a massa total do ncleo atmico no

    se altera.

    A partcula -10 expulsa do ncleo com

    radiao 00 e uma outra partcula chama