Upload
daniele-zafra
View
7
Download
1
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Quimica Inorganica em Geral
Citation preview
Prof Carlos Fernando de Brito
Bibliografias
1) LEE, J. D. Qumica Inorgnica No To Concisa 1a ed. So
Paulo: Edgard Blcher, 2000.
2) SHIRIVER, S; ATKINS, P. W. Qumica Inorgnica. 4a ed. Porto Alegre: Bookman, 2008.
3) Entre outras.
Qumica Inorgnica
Ementa:
Introduo a Qumica dos Complexos
Estrutura de Complexos: N de coordenao, tipos de
ligantes e principais geometrias
Nomenclatura dos complexos
Teoria de Ligao em complexos: Valncia, Campo
cristalino, Orbital molecular, Aspectos cinticos,
Isomerias e Reatividades.
Qumica Inorgnica
So conhecidos na natureza pouco mais de 100 elementos.
Porm, j foram caracterizados cerca de 10 milhes de
compostos qumicos.
Estes compostos so formados por combinaes
especificas de tomos de elementos diferentes, ou seja,
tomos se unem para formar compostos com
propriedades especficas ou molculas.
Qumica Inorgnica
Voc poderia responder as perguntas seguintes?
Por que os tomos se combinam para formar molculas e como?
Como os tomos se mantem unidos numa ligao qumica?
Por que a molcula de gua tem uma ligao qumica num ngulo de 104,5o?
Por que os materiais de construo (estrutura e propriedade) apresentam resistncia ao corte ou esforo menores do que o valor terico esperado?
Qumica Inorgnica
Em um tomo isolado, os eltrons se encontram sob a
influncia de apenas um ncleo e dos outros eltrons do
prprio tomo, porm, quando outro tomo se aproxima,
estes eltrons passam a sofrer a influncia de outro ncleo e
de outros eltrons.
A interao pode produzir atrao entre os tomos e com
isso, um novo arranjo eletrnico energeticamente mais
favorvel e produzido.
Qumica Inorgnica
Uma propriedade que quase todos os tomos possuem e a
capacidade de se combinar para formar espcies mais
complexas. A maneira como os tomos formam as ligaes
qumicas est relacionado com sua estrutura eletrnica.
Ligao qumica e um processo que possibilita estado
energtico menor (e assim maior estabilidade) do que o do
tomo isolado, caso contrrio a Terra seria uma massa de
gases rarefeitos se e que ela existiria.
Qumica Inorgnica
Em 1901, o qumico Gilbert Newton Lewis tentou explicar a
tabela peridica em termos de distribuio eletrnica,
porm, o conhecimento mais detalhado da distribuio dos
eltrons nos tomos s estaria disponvel anos mais tarde,
com o desenvolvimento da mecnica quntica.
Qumica Inorgnica
Lewis props, em 1916, uma forma de representao em
termos de diagramas estruturais onde os eltrons
aparecem como pontos. Um pouco antes dessa data, Ernest
Rutherford havia mostrado que o nmero total de eltrons
em um tomo neutro era igual ao seu nmero de ordem
sequencial, ou nmero atmico, na tabela peridica.
Qumica Inorgnica
A teoria de Lewis e frequentemente chamada de teoria do
octeto, por causa do agrupamento cbico de oito eltrons.
Por exemplo, o flor encontra-se no grupo VIIA da tabela
peridica, e precisa receber um eltron para completar
oito.
Qumica Inorgnica
Ligaes Qumicas e Interaes Intermoleculares
Qumica Inorgnica
Os tomos podem adquirir uma configurao eletrnica estvel por
trs maneiras: perdendo, recebendo ou compartilhando eltrons.
Diante disso, os elementos podem ser classificados segundo a sua
eletronegatividade ou sua facilidade em doar ou ganhar eltrons da
seguinte forma:
elementos eletropositivos: elementos cujos tomos perdem um
ou mais eltrons com relativa facilidade;
elementos eletronegativos: elementos cujos tomos tendem a
receber eltrons.
Qumica Inorgnica
ELEMENTO ELETROPOSITIVO + ELEMENTO ELETRONEGATIVO = LIGAO INICA
ELEMENTO ELETRONEGATIVO + ELEMENTO ELETRONEGATIVO = LIGAO COVALENTE
ELEMENTO ELETROPOSITIVO + ELEMENTO ELETROPOSITIVO = LIGAO METLICA
A ligao inica envolve a transferncia completa de um ou
mais eltrons de um tomo para outro. A ligao covalente
envolve o compartilhamento de um par de eltrons entre
dois tomos, e na ligao metlica os eltrons de valncia
so livres para se moverem livremente atravs de todo o
cristal.
Qumica Inorgnica
Esses tipos de ligaes so idealizados. Embora um dos
tipos de ligao geralmente predomine, na maioria das
substncias as ligaes se encontram em algum ponto entre
essas formas limites, por exemplo, o cloreto de ltio e
considerado um composto inico, mas ele e solvel em
lcool, o que sugere um certo carter de ligao covalente.
Qumica Inorgnica
Embora no caso de molculas diatmicas haja ligao e
coordenao de somente dois tomos, muitos materiais
envolvem uma coordenao de alguns tomos numa
estrutura integrada. As distncias interatmicas e os
arranjos espaciais so os dois fatores principais de
importncia.
Qumica Inorgnica
As foras de atrao entre os tomos mantem os tomos
unidos; mas, o que reserva aos tomos essa propriedade
de serem levados at essa posio de aproximao? H
muito espao vago no volume que circunda o ncleo de
um tomo. A existncia desse espao e evidenciada pelo
fato de que nutrons podem se mover atravs do
combustvel e outros materiais de um reator nuclear,
viajando entre vrios tomos antes de sua paralisao.
Qumica Inorgnica
O espao entre tomos e causado pelas foras repulsivas
interatmicas, as quais existem em adio as foras
atrativas interatmicas. A repulso mtua e resultado do
fato de que a grande proximidade de dois tomos torna
muitos eltrons suficientemente prximos, possibilitando a
repulso. A distncia de equilbrio aquela na qual so
iguais as foras atrativas e repulsivas.
Qumica Inorgnica
Comprimento de ligao (distncia mnima entre dois tomos adjacentes)
(a) num metal puro (tomos iguais) e (b) num slido inico (tomos diferentes)
Qumica Inorgnica
A distncia de equilbrio entre os centros de dois tomos
vizinhos pode ser considerada como a soma de seus raios.
No ferro metlico, por exemplo, a distncia mdia entre os
centros dos tomos e 0,2482 nm na temperatura ambiente.
Como os raios so iguais, o raio atmico do ferro vale
0,1241 nm.
Qumica Inorgnica
Muitos fatores podem alterar a distncia entre os centros
de tomos. O primeiro a temperatura. Qualquer aumento
de energia aumentara a distncia mdia. Este aumento no
espaamento entre os tomos e responsvel pela expanso
trmica experimentada pelos materiais
Qumica Inorgnica
A valncia inica tambm influencia o espaamento interatmico. O
on ferroso (Fe2+) tem um raio de 0,074 nm, bem menor que o do
tomo de ferro metlico. Como os dois eltrons de valncia do ferro
foram removidos, os remanescentes 24 so atrados mais
efetivamente pelo ncleo, que ainda mantm uma carga positiva de
26. Uma reduo a mais no espaamento interatmico e observada
quando um outro eltron e removido a fim de produzir o on frrico
(Fe3+). O raio deste on e de 0,064 nm
Qumica Inorgnica
Um terceiro fator que afeta o tamanho de um tomo ou on o
nmero de tomos adjacentes. Um tomo de ferro tm um raio de
0,1241 nm quando em contato com 8 tomos de ferro adjacentes,
arranjo normal a temperatura ambiente. Se os tomos fossem
rearranjados a fim de que cada um deles contatasse outros 12, o raio
atmico seria aumentado ligeiramente. Quanto maior o nmero de
tomos adjacentes, maior a repulso eletrnica proveniente dos
tomos vizinhos e, consequentemente, maiores as distncias
interatmicas.
Qumica Inorgnica
Dimenses atmicas e inicas
Qumica Inorgnica
Qumica Inorgnica
A dependncia das energias repulsiva, atrativa e resultante em relao separao interatmica para dois tomos isolados
Qumica Inorgnica
A dependncia das energias repulsiva, atrativa e resultante em relao
separao interatmica para dois tomos isolados.
(a) foras atrativa, repulsiva e total em funo da distncia interatmica (b) EA, ER, EN em funo da separao interatmica dos dois tomos.
Qumica Inorgnica
Qumica Inorganica II
Estrutura Cbica de Faces Centradas (CFC) Exemplos de metais com estrutura CFC: Pb, Ni, Fe (de 912C
1394C).
Qumica Inorgnica II
Estrutura Cbica de Faces Centradas (CFC) tomos por Clula Unitria: 4 Nmero de Coordenao: 12 ndice de Ocupao Volumtrica ou FEA: 0,74
Qumica Inorgnica II
Estrutura Cbica de Corpo Centrado (CCC) Exemplos de metais com estrutura CCC: Mo, Na, W (at
912C e de 1394C 1538C).
Qumica Inorgnica II
Estrutura Cbica de Corpo Centrado (CCC) tomos por Clula Unitria: 2 Nmero de Coordenao: 8 ndice de Ocupao Volumtrica: 0,68
Qumica Inorgnica II
Estrutura Hexagonal Compacta (HC) tomos por clula unitria: 6 Nmero de Coordenao: 12 ndice de Ocupao Volumtrica: 0,74 Exemplos: Zn, Zr, Cd
Qumica Inorgnica II
Lacunas e Auto-Intersticiais
Representaes bidimensionais de uma lacuna e de um auto-
intersticial.
Qumica Inorgnica II
Mecanismos de Difuso
Representao esquemtica da difuso por lacunas.
Qumica Inorgnica II
Mecanismos de Difuso
Representao esquemtica da difuso intersticial.
A forma das molculas ou a maneira como os tomos
esto arranjados no espao afeta muitas das suas
propriedades fsicas e qumicas. Uma propriedade fsica
afetada seria, por exemplo, a polaridade das molculas e
uma propriedade qumica, seria o tipo reao qumica nos
sistemas biolgicos uma vez que estes dependem do
entrelaamento dos encaixes especficos e quando um
deles falha o organismo morre.
Qumica Inorgnica
Desta forma fundamental o entendimento da
geometria molecular uma vez que boa parte das
propriedades de um composto depende da
geometria de suas molculas.
Qumica Inorgnica
Uma teoria que extremamente simples e eficiente para explicar a
estrutura molecular a teoria da repulso dos pares de eltrons da
camada de valncia. A camada externa contm um ou mais pares de
eltrons, que podem ser pares compartilhados ou pares no
compartilhados de eltrons (pares de eltrons isolados).
Consideram-se equivalentes os pares de eltrons compartilhados e
isolados, j que ambos ocupam algum espao e se repelem
mutuamente. A repulso entre os pares de eltrons ser minimizada
se eles estiverem situados o mais distante possvel uns dos outros.
Qumica Inorgnica
Essa teoria foi melhorada em meados 1957, possibilitando
a previso das estruturas moleculares e dos ngulos de
ligao de forma mais exata. Esta teoria ficou conhecida
como VSEPR (do ingles, Valence Shell Electron Pair
Repulsion Theory; pronunciar vesper). Ela pode ser
resumida assim:
Qumica Inorgnica
Os pares eletrnicos da camada de valncia do tomo
central numa molcula ou num on poliatmico tendem
a se orientar de forma que sua energia total seja
mnima.
O mtodo procura determinar a orientao mais estvel
dos pares eletrnicos ao redor de um tomo central
numa molcula e, a partir disto, a geometria da
molcula.
Qumica Inorgnica
A estrutura das molculas e determinada pelas
repulses entre todos os pares de eltrons presentes
na camada de valncia.
A magnitude das repulses entre os pares de eltrons
ligantes depende da diferena de eletronegatividade
entre o tomo central e os demais tomos. Ligaes
duplas repelem-se mais intensamente que ligaes
simples, e ligaes triplas provocam maior repulso
que ligaes duplas.
Qumica Inorgnica
Foras repulsivas decrescem bruscamente com o aumento
do ngulo entre pares. So fortes em ngulos de 90o, mais
fracas em ngulos de 120o e extremamente fracas em
ngulos de 180o. Na prtica, no e necessrio considerar
repulses para ngulos superiores a 90o.
Qumica Inorgnica
Exemplo: A molcula de fluoreto de berlio gasoso, BeF2. A
configurao eletrnica do Be no estado fundamental e 1s2
2s2. No ha eltrons desemparelhados, e no pode haver
formao de ligaes.
Qumica Inorgnica
Fornecendo energia a molcula, um eltron 2s pode ser
promovido para um orbital 2p vazio, gerando um tomo
no estado excitado com configurao eletrnica 1s2 2s1
2px1 . Agora existem dois eltrons desemparelhados e o
tomo poder formar duas ligaes.
Qumica Inorgnica
tomo de berlio estado fundamental
tomo de berlio estado excitado
Molcula de BeF2 que recebeu dois eltrons, formando ligaes com tomos de F
Esta molcula apresenta uma estrutura linear, F Be F, onde o Be e o tomo central da molcula.
Qumica Inorgnica